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caixas dynaudio evidence platinum, amplificador monobloco air tight atm-3b e pré-amplificador mcintosh c2500
Ano 18
A ESSÊNCIA DO HI-END
AUDIO VIDEO MAGAZINE - MUSICIAN MAGAZINE . setembro 2013 . # 193. ANO 18
amplificador monobloco AIR TIGHT ATM-3B
E MAIS
Testes de áudio
SUPER AUDIO CD PLAYER LUXMAN CD D-05
CABOS DE CAIXA SYNERGISTIC RESEARCH
ELEMENT TUNGSTEN
opinião
MÉDIOS NATURAIS E VEROSSÍMEIS.
SERÁ QUE OS TEMOS?
PRÉ-AMPLIFICADOR
MCINTOSH C2500
POLIVALENTE, VERSÁTIL E COMPLETO
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
FONE DE OUVIDO AKG
QUINCY JONES Q 701S
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CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM
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FIDELIDADE ABSOLUTA
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Arte em reprodução eletrônica
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clubedoaudioevideo.com.br
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setembro 2013
teste áudio 1
CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM
Fernando Andrette
[email protected]
Todos conhecem minha admiração por esse fabricante dinamarquês de caixas acústicas. Meu primeiro contato foi em 1993, quan-
feito na Dinamarca, dentro da própria fábrica, e seus alto-falantes há
mais de uma década não são comercializados para terceiros!
do ainda na revista Audio News recebi para teste as Contour 1.8. Foi
As caixas da Dynaudio produzidas no fim da década de 1980 e
amor à primeira vista! O acabamento irretocável, a coerência tonal e
no início da década de 1990 eram muito exigentes com os amplifi-
o grau de transparência e velocidade me fizeram ficar com as caixas,
cadores. Isso lhe deu uma fama de caixas difíceis de ‘domar’. Outra
e ali teve início uma longa jornada por vários modelos, até culminar
queixa muito comum era de que seus graves eram demasiadamente
com a Evidence Temptation, que foi minha referência por mais de
secos, e seu grau de transparência muito grande, o que para muitos
cinco anos! Essa relação deu-me a oportunidade de conhecer toda
‘retirava’ o calor necessário para uma reprodução! A questão, no
a linha e testar para os nossos leitores praticamente todos os mo-
meu modo de entender, era outra: devido ao seu alto grau de coe-
delos mais interessantes. Paralelamente também utilizei monitores
rência tonal e sua enorme transparência, não havia o ‘mascaramen-
Dynaudio em todas as gravações realizadas para a CAVI Records, e
to’ dos problemas ou a limitação da eletrônica, e isso acabava se
também nos dois discos da série ‘Genuinamente Brasileiro’! Foram
tornando realmente um problema. Por outro lado, quando as caixas
quase 20 anos de parceria ininterrupta! O que aprendi sobre a mar-
da Dynaudio eram bem ajustadas, elas proporcionavam um altíssi-
ca nesses anos todos? Que esses dinamarqueses, além de muito
mo grau de prazer ao usuário! Claro que tudo depende do gosto
sérios, possuem um padrão de qualidade e conhecimento técnico
do audiófilo, o que para muitos pode ser uma virtude, e para outros
muito grande! A coerência sônica está presente desde o primeiro
pode ser algo não desejável! Mas algumas de suas características,
produto de entrada até as caixas top de linha. O que muda de escala
quando bem utilizadas, são realmente irrefutáveis! Seus graves,
é o refinamento, que obviamente é maior e mais preciso nas séries
livres de qualquer tipo de coloração, permitem uma melhor adequa-
superiores! Outra característica inata desse fabricante dinamarquês
ção a salas com problemas entre 60 e 120 Hz! O posicionamento
é o seu alto grau de conservadorismo. Na Dynaudio, um upgrade só
em salas de tamanhos reduzidos também é muito compatível. Quais
é realizado quando realmente ele atingiu um patamar superior, o que
outras caixas do tamanho das Temptation poderia usar em uma sala
leva um modelo tranquilamente a ficar até mesmo uma década em
de apenas 16 metros quadrados e extrair a qualidade que necessita-
produção sem nenhuma alteração técnica! E outro grande diferen-
va para testar os produtos? Eu brincava que transportava um cavalo
cial é o grau de verticalização na produção de toda a linha: tudo é
em uma Kombi! E essa analogia era perfeita para a situação em que
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CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM
até então por nenhum outro fabricante de caixas hi-end! Bem, mas
toda grande ideia tem sempre um começo, e o princípio desta tecnologia começou no meio da década de 1990, quando o engenheirochefe da Dynaudio Mark Thorup empilhou duas caixas monitores
modelo Dynaudio Air de ponta-cabeça. Sua ideia inicial era estudar
o efeito de direcionalidade vertical, tentando diminuir as reflexões do
chão e do teto. O problema é que todas as tentativas de alinhar os
alto-falantes dessa maneira levam à anulação e interferência, principalmente das frequências mais altas! Por isso que a maioria dos
fabricantes só utiliza um alto-falante para cada frequência.
Mark Thorup teve então a ideia de ir diminuindo o volume de um
dos médios e de um dos tweeters, usando um filtro passa-baixa de
primeira ordem (6 dB / oitava). E o resultado foi espetacular! Nas
frequências mais altas, um tweeter tocou sozinho sem interferência,
e nas frequências mais baixas o tweeter adicional aparecia apenas
para gerar o efeito de direcionalidade desejado. Mas ele ainda estava muito longe do resultado pretendido, pois era necessário uma
série interminável de cálculos e testes com o crossover para que
este pudesse ser construído em grande quantidade! Em outra fase
do projeto, Mark Thorup estudou o problema acústico nas baixas
frequências e percebeu que com todos os alto-falantes de graves
distribuídos verticalmente, os modos de graves são muito menos
excitados pela sala, consequentemente eles são mais limpos e equilibrados! Bem, o restante da história todo audiófilo informado já coas Temptation trabalharam por dois anos! Outra qualidade delas é
o grau de transparência e precisão desde o modelo mais simples, o
As Dynaudio Platinum utilizam os melhores alto-falantes Esotar 2
que permite fazer uma avaliação criteriosa de todas as limitações e
especiais, com o mesmo domo de seda de 28 mm, sendo que o
qualidades de qualquer eletrônica! Elas realmente se portam como
tweeter debaixo responde de 2,5 kHz até mais de 25 kHz, e o de
um monitor de alta qualidade de estúdio. Agora, esse grau de trans-
cima vai somente até 10 kHz! A radiação efetiva é gradualmente
parência também pode ser um problema para todos que desejam
aumentada à medida que a frequência desce, enquanto que o ân-
um som mais colorido, eufônico e sedoso! Para esse gosto, as
gulo vertical de radiação permanece inalterado. Os alto-falantes de
Dynaudio não são caixas adequadas. Outra questão também rele-
médios de 6 polegadas possuem o famoso cone de polímero de
vante é que os modelos mais tops necessitam de um ajuste muito
magnésio, feito a partir de uma peça única. Eles são direcionados
sensível e coerente, caso contrário elas soarão frias e jogarão nos
direto para o ouvinte, fazendo com que as reflexões no teto e no
nossos ouvidos todas as limitações de nossas escolhas!
chão sejam drasticamente diminuídas, proporcionando ao ouvinte a
Quando a Dynaudio apresentou os modelos Master Evidence
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nhece, ambas as caixas estão no mercado há mais de uma década!
audição diretamente sem as reflexões da sala.
e Temptation na passagem para o século XXI, o grande pulo do
Ao contrário dos modelos anteriores, as Platinum possuem um
gato para uma estética tão ‘slim’ foi a tecnologia DDC (Dynaudio
padrão de direcionalidade horizontal maior, então é preciso um cui-
Directivity Control - Controle de Direcionalidade Dynaudio), uma bela
dado adicional com o posicionamento um pouco mais distante das
sacada para a estabilização no padrão de direcionalidade das caixas,
paredes laterais (isso seria para mim um problema na antiga sala,
usando alto-falantes adicionais e um novo crossover que restringe
pois as Temptation ficavam apenas 0,4 cm das paredes laterais!).
a verticalidade para que o ouvinte de seu ponto de audição ouça
Os quatro alto-falantes de graves são de 7 polegadas (18 cm - 1 cm
mais o som direto do que os refletidos, ganhando uma reprodução
a mais que os alto-falantes de graves das Temptation) e as bobinas
com menor coloração da soma do som direto com as reflexões do
têm 3 polegadas, competindo diretamente em termos de perfor-
ambiente! Parecia o ovo de Colombo, mas jamais tinha sido utilizado
mance com os alto-falantes de 8 polegadas das Master Evidence.
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CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM
apreciar toda a sua coerência tonal. Mais 100 horas, e os agudos
desabrocham, nos dando a magia de sua naturalidade, com velocidade e decaimento correto. E com aproximadamente 220 horas, os
graves apresentam suas credenciais, e é possível começar o teste!
Minha primeira avaliação muito antes de aplicar a metodologia foi
ver o quanto as Platinum são superiores às Temptation. Diria apenas
que elas que são de campeonatos distintos! As Platinum são muito
Crossover
mais corretas, possuindo melhor resposta na fundação dos graves,
na velocidade e no peso, além de um equilíbrio tonal superior até
Ainda assim, o gabinete possui o mesmo volume das Temptation.
mesmo em relação às Master Evidence! Não conheço até o mo-
O modelo enviado para teste tinha acabamento laca de piano, e
mento caixas que possuam maior transparência que as Platinum. É
a grande diferença visual em relação às Temptation é que o bloco
simplesmente um misto de espanto, incredulidade e perplexidade! E
sólido de alumínio em que são instalados os tweeters e alto-falantes
não estou falando da recuperação de microdetalhes, e sim do seu
de médios agora é preto, e não mais prata. Isso deu às caixas um
senso do tamanho da sala, dos instrumentos, dos planos, da inten-
ar ainda mais elegante e imponente! E os pés agora possuem spike
cionalidade, da velocidade, do foco, do recorte etc. E no que esse
(12 spikes por caixa)!
pacote resulta? Resulta em um grau de realismo e prazer auditivo
Para o teste das Platinum, utilizamos os seguintes equipamentos:
inigualável!
amplificadores: BMC 2, Krell Evo One, Air Tight ATM-3B (leia o Teste 2
Em relação às Temptation que conheço tão bem, a maior dife-
nesta edição), Sunrise Lab V8 MkII e Atlas; pré-amplificadores: BMC
rença certamente se encontra nos dois extremos e na naturalidade
Pré DAC, darTZeel NHB-18NS, Air Tight ATC 1 e ATC 2; fontes digitais: Luxman D-05 (leia o Teste 4 nesta edição) e dCS Scarlatti; cabos de caixa: Tara Labs Zero Omega, Transparent Audio Reference
XL MM2 e Kubala-Sosna Elation; fontes analógicas: toca-discos
Basis Debut V, Braço SME V e Cápsula Benz LP-S; prés de phono:
Tom Evans Groove 25th Anniversary e VTL 6.5; e condicionadores
de energia: AC Organizer 311 SE Plus e Audience RT6.
e coerência tonal. A fundação dos graves é muito mais realista e
impactante, o extremo agudo é mais preciso, veloz e natural, e a
região média é fisicamente palpável! Fiquei com a sensação nítida de
que neste quesito de naturalidade e coerência tonal as Platinum são
superiores até mesmo às Master Evidence! E na resposta dos extremos, se as Platinum não são superiores, elas também não ficam
nada a dever às Master Evidence. Sua precisão em termos de foco e
Ainda que todas as caixas necessitem de um longo período de
recorte, quando corretamente posicionadas (testamos as caixas em
amaciamento, algumas já saem da embalagem dando-nos uma
duas posições distintas: sem toe-in nenhum, com 4 m de distância
ideia exata de seu potencial. Quando ligadas em um sistema cor-
entre cada tweeter, 1,2 m das paredes laterais e 2 m da parede atrás
reto, qualquer Dynaudio já nos apresenta de cara suas qualidades,
delas; e com 25 graus de toe-in, com 4 m de distância entre cada
ainda que os médios estejam um pouco frontais, os agudos se mostrem tímidos e os graves engessados! Aquele grau de transparência
assustador e a velocidade já estão presentes desde o primeiro minuto
de audição! Com apenas 50 horas, os médios recuam e já é possível
tweeter, 1,2 m das paredes laterais e 2,4 m da parede atrás delas)
é de longe o melhor palco sonoro que já tivemos em nossa sala de
referência. No final, optamos por 25 graus de toe-in, para ter o ganho de uma maior profundidade na reprodução de obras sinfônicas.
Os planos das Platinum são tão nítidos e precisos, que você
percebe até se existiu vazamento de algum microfone próximo ao
solista, pois o foco se movimenta. Em obras sinfônicas com orquestra e coral, o ouvinte consegue delimitar o espaço de cada músico,
pois a largura, profundidade e altura são simplesmente exemplares!
Ouvir órgão de tubo nas Platinum é um acontecimento, pois elas
permitem a percepção exata do som direto, do som de ambiência
da sala, dando-nos uma ideia exata do tamanho do ambiente e do
Módulo traseiro
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posicionamento dos rebatimentos (se eles são laterais, de teto ou
de profundidade).
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Como todas as caixas da Dynaudio, as Platinum não se intimidam com o alto volume, diria que elas até gostam do desafio. Levamos em muitos exemplos as caixas próximas ao limite, e a folga
é absurdamente impressionante! Elas não se perdem, mesmo com
gravações mais limitadas ou comprimidas. E, ainda que em volumes
próximos do real, as Platinum somem na sala como se literalmente
fossem apenas objetos de decoração! Vozes são os melhores exemplos para se ter uma ideia concreta do grau de realismo e equilíbrio
tonal das caixas. Parece que estamos ouvindo aquelas gravações
pela primeira vez e descobrindo nuances antes completamente submersas! Esse é o grande diferencial da tecnologia DDC, pois o grau
de estabilização e de direcionalidade permite ao ouvinte escutar o
som direto com o menor nível de coloração!
A macrodinâmica das Platinum também é muito superior às
Temptation, e ombreia tranquilamente com as Master Evidence. Reproduzindo os mesmos discos que usei no teste das Master Evidence
e com o mesmo volume (ainda que com eletrônicas distintas - no
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teste das Master Evidence, o amplificador era o Evo 600 da Krell, e
CONCLUSÃO
agora utilizei o Evo One), o resultado foi muito similar! E em termos
Para quem deseja ter audições repletas de precisão, naturalidade
de palco sonoro e folga, eu preferi sem dúvida alguma a resolução
e detalhamento de seus discos preferidos e possui sala e equipa-
das Platinum. Claro que para uma conclusão mais segura, o ideal
mento à altura de caixas Estado da Arte, as Platinum devem ser
seria um teste A x B, mas como isso é praticamente impossível
levadas em consideração e escutadas com interesse redobrado!
nesse momento, dou meu testemunho apenas para que o leitor
Suas virtudes são direcionadas a todos que possuem como refe-
tenha uma ideia do patamar em que as Platinum se encontram em
rência a música reproduzida ao vivo, e desejam trazê-la para a sala
relação às Master Evidence.
de audição. Com elas, você terá a garantia que suas audições serão
Conhecendo como a Dynaudio atua no mercado, diria que as
muito mais verossímeis e emocionantes. Mas como todas supercai-
Platinum são apenas o primeiro round de uma nova geração de
xas hi-end, não esqueça que seus pares devem estar rigorosamente
caixas que em breve esse fabricante dinamarquês irá apresentar ao
no mesmo patamar, pois as Platinum irão denunciar qualquer vacilo
mercado. Certamente, em algum momento virão caixas acima das
ou limitação imediatamente! Agora, atendendo aos seus caprichos,
Master Evidence também com a denominação Platinum, afinal, a
você receberá em troca tudo que sempre desejou de caixas Estado
concorrência atual com outras grandes caixas hi-end do mercado é
da Arte: fidelidade absoluta!
muito mais intensa do que era há 15 anos! A Dynaudio já mostrou
ser capaz de produzir supercaixas que possuem uma longevidade
impressionante. Com essa nova geração, ela certamente manterá
sua posição de destaque e continuará a ser uma sólida referência
para o mercado.
CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM
Equilíbrio Tonal12,0
Palco Sonoro13,0
Sensibilidade
89 dB
Textura12,0
Transientes13,0
Potência mínima
Distância:
Dinâmica12,0
recomendada
3 m: 20 W (4 Ohms)
Corpo Harmônico12,0
5 m: 60 W (4 Ohms)
Organicidade12,0
7 m: 120 W (4 Ohms)
Musicalidade13,0
10 m: 250 W (4 Ohms)
Total99,0
Potência
550 W
Impedância
4Ω
Faixa de freqüência
28 Hz - 25 kHz (± 3 dB)
Princípio
Bass-Reflex
Frequência de
27 Hz
ressonância
VOCAL
ROCK . POP
JAZZ . BLUES
MÚSICA DE CÂMARA
SINFÔNICA
Ferrari Technologies
(11) 5102.2902
Preço: sob consulta
do duto
Crossover
6 dB / oitava
Peso
115 kg
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