Ed 17
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2 Julho / Agosto 2009 Julho / Agosto 2009 3 PALAVRA DA DIRETORIA Eng° Humberto S. Quintanilha - presidente Rua Nilo Peçanha, 73 Sl. 05 (CREA) Centro - Cabo Frio - RJ Tel.: (22) 2645-6524 e-mail: [email protected] EXPEDIENTE Conselho Diretor biênio 2009-2010 PRESIDENTE: - eng° Humberto Sanchez Quintanilha VICE-PRESIDENTE: - eng° José Deguchi Junior DIRETOR SECRETÁRIO: - eng° Luis Sérgio dos Santos Souza DIRETOR TESOUREIRO: - eng° Raimundo Neves Nogueira (Dokinha) DIRETOR TÉCNICO: - eng° Marco Aurélio dos Santos Abreu DIRETOR SOCIAL: - eng° Milton José Furtado Lima Ao completarmos 32 anos estamos comemorando a realização de mais um ano de nossa associação, pois as dificuldades são muitas, mas graça a colaboração de nossos parceiros, da confiança dos nossos associados e do trabalho de toda a diretoria estamos vencendo os obstáculos, somos uma associação jovem criada em bases sólidas e por grandes profissionais e como podemos ver pelo histórico o companheirismo sempre foi a palavra de ordem. Acredito, assim como minha diretoria que é por essas e outras, que hoje, enquanto assistimos o esvaziamento das entidades de classe, inclusive as grandes, a nossa aguerrida ASAERLA vem sobressaindo, daí a importância de, a cada ano, comemorarmos essa importante data. Ao homenagearmos os 12 profissionais que fundaram nossa associação, queremos na realidade homenagear todos os presidentes e diretorias que já passaram e a mantiveram viva, assim como todos os profissionais que já fizeram e os que fazem parte da associação. Quando nos reunimos na nossa plenária, nos happy hours, ou datas festivas e trocamos idéias, opiniões e pontos de vista, apesar da grande concorrência, acabamos nos unindo por ideais e fortalecendo o setor por um maior profissionalismo com ética e responsabilidade. Trazer cursos, palestras, o congraçamento da família, o companheirismo e o livre exercício da profissão com ética são nossas metas principais. Queremos trazer os associados para mais próximo e dar continuidade em vários projetos e se possível melhorálos. Já fizemos parceria com a “A+C Desenvolvimento Profissional”, que estará administrando nos dias 21 e 22 de agosto o curso “Construção Sustentável – Técnicas para Edifícios Sustentáveis”. Também estamos participando de vários conselhos e Foruns. Agora queremos aumentar nosso quadro de associados com uma maior participação. Sabemos que essa meta é difícil, pois sempre prevalece o individualismo, mas do que depender de nós iremos vencer essa etapa, pois estamos de portas abertas a ouvir todas as reivindicações dos profissionais. Vamos reforçar e renovar os convênios e parcerias com as demais associações e entidade de classe. Nós viemos para fortalecer a Asaerla e mostrar a sua importância para todos os profissionais, assim como para a comunidade de toda Região dos Lagos. Humberto Sanchez Quintanilha é Engenheiro civil DIRETOR DE MEIO-AMBIENTE: - eng° Juarez Marques Lopes DIR. DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: - eng° Ricardo Valentim Azevedo DIRETORES DE PUBLICAÇÕES: - eng° Fernando Luiz F. Caedoso - eng° Luis Carlos da Cunha Silveira COMISSÃO FISCAL: - eng° Luiz Césio Caetano Alves - enga Maria Yara Coelho - eng° Aurenio Ribeiro - eng° Elídio Lopes Mesquita Neto - eng° Anísio Machado de Resende - eng° Raul Antonio Alberto L. Lazcano ASSESSORIA DE IMPRENSA: W2Imagens.com -Walmor Freitas - (22) 9214-3940 [email protected] Construção Sustentável - Técnicas para Edifícios Sustentáveis Numa parceria com a “A+C Desenvolvimento Profissional”, a ASAERLA está oferecendo neste mês de agosto em Cabo Frio o curso “Construção Sustentável - Técnicas para Edifícios Sustentáveis”. Um curso altamente procurado e do qual os profissionais da Região dos Lagos só conseguiriam participar em São Paulo. O número de vagas é limitado! De acordo com a parceria firmada, todos os cursos a serem oferecidos em Cabo Frio pela ASAERLA terão um desconto de 10% para os associados em dia com sua anuidade. HORÁRIO: das 09h às 18h - (Sexta-feira e Sábado) PROGRAMA DO CURSO: 1.1- Materiais e Métodos Construtivos • Impactos ambientais da construção • Técnicas construtivas para construção sustentável • Análise do ciclo de vida dos materiais • Controle de resíduos e desperdícios na construção • Reciclagem de materiais construtivos 1.2- Instalações e Equipamentos para Edifícios Eficientes • Sistemas de Condicionamento Ambiental • Sistemas eficientes de condicionamento ambiental • Síndrome do edifício patogênico • Iluminação Artificial Eficiente • Projeto de iluminação energeticamente eficiente • Técnicas e tecnologias avançadas para iluminação artificial eficiente • Automação e Controle • Sistemas de controle e automação predial • Gerenciamento de energia • Uso racional da água • Tecnologias para conservação, reuso e uso racional de água • Sistemas de controle de consumo de água 1.3- Gestão, Regulamentação e Certificação • Sistemas de avaliação e certificação de edifícios sustentáveis • Regulamentação nacional e internacional • Políticas e incentivos à construção sustentável CARGA HORÁRIA: 16 horas/aula LOCAL: a definir (em Cabo Frio-RJ) IMPRESSÃO: Gráfica do Jornal do Commércio TIRAGEM: 5.000 EXEMPLARES EDIÇÃO N° 17 Junho / Agosto - 2009 VALOR: À vista = R$ 790,00 02 parcelas = R$ 410,00 03 parcelas = R$ 282,00 Para Associados ASAERLA: Desconto de 10% INSCRIÇÃO: Srª. Tereza Maria. Tels: (11) 2626 0101 e (11) 3868 3090 Email: [email protected] Julho / Agosto 2009 4 Lombada ou quebra-molas: O símbolo da falta de educação no trânsito causa prejuízo aos proprietários de veículos MEIO AMBIENTE fotos: Walmor Freitas Construídos em asfalto, concreto ou paralelos, maioria dos quebra-molas encontra-se sem qualquer sinalização indicativa e fora das medidas determinadas pelo Contran A ondulação transversal destinada a reduzir a velocidade de veículos multiplica-se por toda a região. Solução adotada pelo Contran para ser utilizada somente quando esgotadas todas as outras alternativas de engenharia de tráfego, vira praga nas ruas dos municípios. A falta de educação de alguns motoristas somada à total ausência de planejamento viário municipal são os principais motivos para a construção desenfreada desses famigerados dispositivos, que em sua maioria são construídos pelos governantes sem qualquer critério e fora dos padrões estabelecidos pela Resolução do Contran n° 39/98, o que vem gerando inúmeras ações Brasil afora com ganho de causa para os cidadãos que se sentem lesados. O risco de acidentes é eminente, principalmente para os motocliclistas. Os quebra-molas tornam-se perigosos devido a construção errada, normalmente bem altos e estreitos, alguns ainda sem sinalização adequada. A despesa com a manutenção de veículos também aumenta. - Todos os dias recebemos carros com problemas provocados por quebra-molas, que afetam a suspensão, freios, rolamentos e outros componentes -, disse o técnico em mecânica, Márcio Fabiano, da Magnauto, uma das oficinas mais antigas de Cabo Frio. As vias urbanas que servem de acesso para alguns dos principais cartões postais da região são exemplos clássicos de construção de lombadas fora dos padrões do Contran. A construção de quebra-molas, ao invés de atender a um planejamento urbano viário, dá-se através de pedidos que chegam diariamente às prefeituras, mas não só os municípios ferem a legislação, moradores inconformados com o descaso das autoridades também implantam lombadas em várias vias da região, a diferença é que essas normalmente são construídas em concreto. A lei é clara nessa situação, a Resolução do Contran em seu Art. 15 prescreve que a colocação de ondulação transversal sem permissão prévia da autoridade de trânsito sujeitará o infrator às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro. - Vamos retirar todos os quebramolas que não atenderem a viabilidade técnica, ou seja, feito por moradores sem consultar a prefeitura -, disse o Cel. Gilson da Costa, Secretário de Ordem Pública do município. Em Búzios, a prefeitura alega não ter pedido para a construção de novos quebra-molas. - Os quebra-molas existentes foram instalados há anos pela prefeitura e pelo DER, que é quem controla isso junto com o município. No momento não existe nenhuma determinação sobre o assunto, nem indicação ou registro de necessidade de se construir novos quebra-molas em nossa cidade -, informou a assessoria de comunicação por e-mail. Cabo Frio vai licitar, nos próximos meses, novos radares eletrônicos para substituir os quebra-molas nas vias de grande fluxo de veículos. De acordo com o Art. 2° da resolução CONTRAN, as ondulações transversais devem ser utilizadas em locais onde se pretende reduzir a velocidade do veículo, principalmente onde há grande movimentação de pedestres. Prefeitura readequa quebra-molas seguindo determinação do MP A administração municipal está readequando todos os quebra molas instalados em Maringá (PR). Servidores das secretarias de Transportes e Serviços Públicos trabalham na retirada e na reimplantação das lombadas, seguindo o padrão determinado pelo Conselho Nacional de Trânsito - Contran, conforme a Resolução 39/98. O trabalho de readequação dos quebramolas atende uma recomendação do Ministério Público e cumpre o Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a Prefeitura e Promotoria de Justiça e Defesa do Patrimônio Público, que prevê a retirada ou readequação de quebra-molas instalados em ruas e avenidas de Maringá e dos distritos de Floriano e Iguatemi. Com a readequação todos os quebra-molas existentes nas vias coletoras, principais vias dentro dos bairros, passam a ter 3,70 m de comprimento por 10 cm de altura. Já as lombadas das vias locais terão a medida de 1,50 m x 8 cm. Antes os quebra-molas instalados em Maringá (PR) variavam de tamanho. Julho / Agosto 2009 5 Dimensões Padrão para os Quebra-Molas conforme a Resolução do Contran n° 39/98 I - TIPO I, a serem instalados em vias locais, onde não circulem linhas regulares de transporte coletivos: a) largura: igual à da pista, mantendo-se as condições de drenagem superficial; b) comprimento: 1,50 c) altura: até 0,08m. II - TIPO II, a serem instalados em vias coletoras pricinpais: a) largura: igual à da pista, mantendo-se as condições de drenagem superficial; b) comprimento: 3,70m; c) altura: até 0,10m. Julho / Agosto 2009 6 fotos: Walmor Freitas Cones irregulares se multiplicam pelas ruas de Cabo Frio Procura-se engenheiros O abuso dos cones O crescimento da construção civil no país abriu vagas para todas as profissões no setor. Além de pedreiros, carpinteiros e eletricistas, as construtoras estão à procura de engenheiros. Muitas estão recrutando estudantes do último ano da faculdade, algo que há tempos não se via na construção civil. De acordo com especialistas do setor, um engenheiro recém-formado demorava um ou dois anos para conseguir uma colocação. Hoje ele já sai da faculdade com o emprego garantido, com salários que variam de R$ 4 mil a R$ 5 mil. Em Arraial do Cabo, por exemplo, a prefeitura precisa de engenheiros ou arquitetos para compor o quadro e inclusive assumir a Secre- taria de Obras, mas esbarra nos baixos salários. - Precisamos de engenheiros experientes. Como o município só pode pagar, em média, R$ 4 mil, não conseguimos. Por isso estou como secretário -, disse o viceprefeito Reginaldo Mendes Leite, que é professor de História. No Rio, a Funasa lançou um concurso público para uma vaga temporária. Não foi preenchida porque nenhum engenheiro se candidatou. - Os poucos profissionais disponíveis no mercado ganham mais do que o que a Funasa estava oferecendo -, disse o engenheiro Marcos Roberto Muffareg, coordenador regional da Funasa no Rio. Para o engenheiro civil, Humberto Quintanilha, presidente da Asaerla, o mercado aquecido valoriza os profissionais. - As ofertas são muitas, e mesmo quem entra no serviço público recebe propostas tentadoras do setor privado -, disse. Apenas a cidade de Montes Claros (MG) coloca no mercado anualmente cerca de 90 novos engenheiros. No Brasil são mais de 40 mil recém-formados no mesmo período. Isso representa apenas 10% do que seriam necessários, segundo os especialistas. Com foco em gerar mãode-obra para atuar nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o programa espera treinar 180 mil pessoas, com recursos de R$ 150 milhões em todo o país. Bastam alguns minutos e o cidadão que anda pelas ruas de Cabo Frio se depara com cones espalhados por toda a cidade. Laranjas, vermelhos ou listrados; novos, velhos, quebrados, as peças são usadas à vontade para garantir vagas de estacionamento. Em frente a restaurantes, lojas comerciais, casas religiosas e em frente a obras. Sem qualquer fis- calização, os cones são colocados e retirados a qualquer hora do dia ou da noite. Em frente aos prédios mais caros da Praia do Forte os cones foram reforçados com pneus e concreto para evitar que sejam removidos. Em alguns casos o abuso é tanto que o espaço utiliza cones e fita amarela e preta para reservar vagas de estacionamento. Para a prefeitura, todos os cones colocados para “guardar” vagas de estacionamento estão irregulares e serão apreendidos. - Estamos recolhendo todos os cones ou materiais que não foram autorizados, mas as pessoas insistem em querer marcar espaço. Vamos continuar trabalhando -, disse o Cel. Gilson da Costa, secretário de Ordem Pública de Cabo Frio. Julho / Agosto 2009 7 Julho / Agosto 2009 8 Dedicação, pesquisa e paciência. Resultado: Sucesso Planejamento urbano Por Agostinho Guerreiro Desde o mês de junho, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro tem discutido as modificações para o novo plano diretor da capital fluminense. Esta semana, foi a vez do prefeito da cidade, Eduardo Paes, participar de uma audiência pública na Comissão Especial do Plano Diretor e apresentar suas propostas ao substitutivo nº 3 do PD, que foi elaborado pelo governo anterior e ainda tramita na Câmara. A princípio, a apresentação da prefeitura foi focada nas questões urbanísticas e dividiu a cidade em quatro zonas: “controlada” (zona sul), onde seria necessário controlar o adensamento populacional; “incentivada” (zona norte e parte de Jacarepaguá), áreas com boa infraestrutura onde deve ser incentivada a ocupação do solo; “assistida” (zona oeste, entre Bangu e Sepetiba), que tem prioridade no recebimento de recursos públicos; e “condicionada” (Barra, Recreio, Vargem Grande e Guaratiba), em que a idéia é condicionar o adensamento à infra-estrutura e proteção ambiental. A definição do plano diretor é a base do planejamento do município, já que estabelece diretrizes para a ocupação do solo urbano, devendo identificar e analisar as características físicas, as atividades predominantes e as vocações da cidade, além de seus problemas e potencialidades. O documento deve traduzir os anseios dos cidadãos, portanto seu conteúdo deve ser amplamente debatido por todas as pessoas e instituições interessadas, para que as regras definidas tenham como objetivo o desenvolvimento do município e de sua população. Por outro lado, para verificar se seus objetivos estão sendo cumpridos, é necessário criar um sistema de planejamento para acompanhá-lo durante os dez anos de sua vigência. Afinal, o documento é essencial para viabilizar uma gestão urbana estratégica e eficaz, em benefício dos que vivem no município e de nossas futuras gerações. Agostinho Guerreio - Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (CREA-RJ) Engenheiro Sandro Colonese proferiu palestra para membros da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural - ABECE Eng Civil Sandro Colonese durante palestra na ABECE Foram meses de dedicação, muitos finais de semana em meio a dezenas de modelos matemáticos e leitura de livros de inúmeras nacionalidades. Todo esse hercúleo esforço resultou numa excelente tese de mestrado intitulada: Comparação entre os métodos de análises para lajes lisas protendidas com cordoalhas engraxadas - Estudo de casos. Através desse trabalho, o associado da ASAERLA, M.Sc. engenheiro civil Sandro Colonese recebeu convite para proferir uma palestra para os membros da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural - ABECE, que foi realizada em julho na cidade do Rio de Janeiro. - Trata-se de um excelente trabalho e de grande aplicação prática para o sistema de lajes protendidas com cordoalhas engraxadas, cuja utilização vem crescendo muito -, definiu o engenheiro civil Cesar Pinto, Delegado Regional da ABECE-RJ, na convocação aos associados. Importantes nomes da engenharia nacional participaram do evento. Entre eles, o engenheiro Bruno Contarini, responsável técnico da construção da ponte RioNiterói, autor do projeto de estruturas do Mu- seu de Arte Contemporânea de Niterói, consultor estrutural da Cidade da Música e tantas outras grandes obras espalhadas pelo mundo. Sandro desenvolveu o assunto de maneira simples e direta, transmitindo o difícil conteúdo de forma prática. Apresentou as diferenças nos resultados de análise pelo método de pórticos equivalentes e o método de elementos finitos. Com tranqüilidade, o engenheiro respondeu todas as inúmeras perguntas e concluiu a palestra sob um caloroso aplauso. A agradável noite foi finalizada com um bom bate-papo, pizza e cerveja gelada. Asaerla 32 anos Julho / Agosto 2009 9 história Muito antes de existir oficialmente, a Asaerla dava os primeiros sinais de união entre profissionais da construção civil na região. Reunidos em bares, em obras e nos finais de semana, os poucos profissionais que trabalhavam na região se encontravam para trocar experiências e fortalecer a classe. No dia 21 de junho de 1977, a Associação dos Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos, ASAERLA deu o primeiro passo para fazer história no estado. A maioria dos fundadores da Asaerla continua na ativa. O primeiro presidente da Asaerla foi o arquiteto Luiz Fernando Lobo, hoje com 66 anos. Primeira diretoria Transcrito da Ata de reunião conforme o registro em cartório Luiz Fernando Lobo, brasileiro-casado, arquiteto - Presidente. Mario Márcio Saab de Souza, brasileiro, casado, engenheiro civil - Vice Presidente. Ricardo Valentim de Azevedo, brasileiro, casado, engenheiro civil - Diretor Financeiro Raul Antônio Roberto Lora Lascano, boliviano, casado engenheiro civil Secretário. Sérgio Paladino Solano, Brasileiro, casado, engenheiro civil - Representante da Associação na comissão Municipal de Desenvolvimento Urbano. Nikolaos Eleftherios Nikolau, brasileiro, casado engenheiro civil - Diretor de Atividade Social e Relações Públicas José Arthur de Almeida Lima, brasileiro, casado, engenheiro civil - Representante da Associação na Comissão Municipal de Desenvolvimento Urbano Presidentes da Asaerla: 01 - Arquiteto Luiz Fernando Lobo 10 - Arquiteta Marcia Cabral Faria 02 - Arquiteto Aristarco Acioli de Oliveira 11 - Engenheiro Juarez Marques Lopes 03 - Engenheiro José Arthur de Almeida Lima 12 - Engenheiro Fernando Luiz de 04 - Engenheiro Mário Marcio Saab Figueiredo Cardoso Aristarco Acioli de Oliveira, brasileiro, casado, arquiteto - Membro do Conselho Diretor. 05 - Engenheiro Wilmar Mureb 13 - Engenheiro Luciano Silveira 06 - Engenheiro José Geraldo de Abreu 14 - Engenheiro José Arthur de Almeida Francisco Manuel da Rocha Guimarães , brasileiro, casado, engenheiro civil 08 - Engenheiro Carlos Alberto Lima Salvador Maiques Alves, brasileiro, solteiro, engenheiro civil. Paulo César da Fonseca Pereira Soares, brasileiro, casado, engenheiro civil. José Deguchi, brasileiro, casado, engenheiro eletricista. Cabo Frio, 21 de junho de 1977 07 - Engenheiro Flávio José Scali Reynaldo 09 - Arquiteto João Santucci Lima 15 - Engenheiro Humberto Sanchez Quintanilha Asaerla 32 anos 10 Julho / Agosto 2009 Julho / Agosto 2009 11 confraternização Asaerla 32 anos Julho / Agosto 2009 12 homenageados Na grande festa que reuniu mais de 200 pessoas no salão nobre do Costa Azul Iate Clube, profissionais da construção civil, patrocinadores, parceiros e autoridades aplaudiram a homenagem feita a todos aqueles que se destacaram ao longo da existência da entidade. A professora e apresentadora Eliane Ribeiro fez questão de ler o texto da placa entregue aos homenageados: “Na comemoração de 32 anos da ASAERLA - Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos, prestamos justa homenagem ao sr......................... por considerá-lo um dos grandes empreendedores que transformam sonhos em realidade” Julho de 2009 - Humberto Quintanilha - Presidente Ao Sr. Eng°. RICARDO VALETIN DE AZEVEDO Entregou o Engº. Raimundo Nogueira (foto 1) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Ao Sr. Engº. RAUL ANTÔNIO ALBERTO LORA LAZCANO Entregou o Engº. Marco Aurélio (foto 2) Ao Sr. Engº. JOSÉ ARTUR DE ALMEIDA LIMA Entregou o Engº. Humberto Quintanilha (foto 3) Ao Sr. Engº. SALVADOR MAIQUES ALVES Entregou o Engº. Raimundo Nogueira (foto 4) Ao Sr. Engº. PAULO CESAR DA FONSECA FERREIRA SOARES Entregou o Engº. Marco Aurélio (foto 5) Ao Sr. Engº. JOSÉ DEGUCHI Entregou o Engº. José Deguchi Júnior (filho) (foto 6) Ao Sr. Engº. SÉRGIO PALADINO SOLANO Entregou o Engº. Milton Lima (foto 7) Ao Sr. Engº. MÁRIO MÁRCIO SAAB DE SOUZA Entregou o Engº. Marius Marcel Antunes de Souza (filho) (foto 8) Ao Sr. Arqtº. ARISTARCO ACIOLI DE OLIVEIRA Entregou o Engº. Luis Sergio (foto 9) Não puderam comparecer para receber: Sr. Engº. LUIZ FERNANDO LOBO Sr. Engº. NIKOLAOS ELEFTHERIOS NIKOLAU Sr. Engº. FRANCISCO MANOEL DA ROCHA GUIMARÃES A ASAERLA anuncia: 1º Fórum Nacional de Tecnologia para Construção Sustentável - Búzios/RJ Durante a festa em comemoração pelo aniversário de 32 anos da ASAERLA, o Diretor Social da entidade, Engº. Milton Lima, anunciou, em primeira mão, a realização do “1º Fórum Nacional de Tecnologia para Construção Sustentável - Búzios/RJ”. Será o primeiro fórum a ser realizado pela ASAERLA na região. Será um evento de grande porte e com palestrantes reconhecidos em todo o Brasil. Segundo Milton, este evento se dará ainda no ano de 2009. Vem aí, pela primeira vez na região, um fórum sobre sustentabilidade com as maiores autoridades do assunto. Fiquem atentos. Julho / Agosto 2009 13 Drenagem do Rio Una ameaçada Cabo Frio ,03 de agosto de 2009. Ao Cons. Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Est. do Rio de Janeiro – CREA-RJ A/C Eng. Agrônomo Agostinho Guerreiro - Presidente Rua Buenos Aires, 40 – 2o andar – Centro - Rio de Janeiro – RJ Ref.: Valor do repasse da ART. Prezado Senhor, A ASAERLA – Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos, neste ano em que completa 32 anos de fundação, assumiu sua verdadeira posição frente às cidades que abrange. Seus profissionais tem se destacado em diversos setores públicos e empresariais. Seus eventos, festivos, cívicos e culturais, como fór uns, seminários, palestras e cursos, têm sido amplamente comentados e elogiados. Em especial a sua par ticipação na ECOTECH e a realização do 1º Fórum de Tecnologia para Construção Sustentável, a ser realizado em Armação dos Búzios, em novembro próximo. Por fim, seu informativo bimestral tem atuado como um veículo de comunicação realmente importante e como a verdadeira voz da classe junto aos fatos nas cidades da região. Denunciando, criticando, elogiando e sugerindo. Fazendo enfim, o papel que cabe aos engenheiros e arquitetos dentro de suas comunidades. 3. Quantidade de ART’s recolhidas, em exigências, incluindo o valor total em reais, de janeiro a junho de 2009, nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama; E tudo isso demanda custos. 7. Item nas ART’s dos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama que aparece com o maior índice de exigência; Diante disso, conforme reunião realizada no dia 15 de julho de 2009 com os funcionários do CREA-RJ, Sr. Paulo Taranto e Sra. Cínthia Athié, e tento em vista a importância que o repasse de verbas tem para a nossa entidade, vimos solicitar as seguintes informações: 4. Quantidade de ART’s recolhidas, incluindo o valor total em reais, de janeiro a junho de 2009, nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, tendo a ASAERLA como entidade beneficiada; 5. Quantidade de ART’s em exigência, recolhidas nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, no período de janeiro a junho de 2009, tendo a ASAERLA como entidade beneficiada; 6. Itens do formulário de ART que a faz ficar em exigência; 8. Se o preenchimento do campo 27 da ART faz a mesma ficar em exigência, não gerando repasse para as entidades; 1. Quantidade de ART’s recolhidas, incluindo o valor total em reais, nos anos de 2007, 2008 e de janeiro a junho de 2009, nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama; 9. Situação cadastral do convênio da ASAERLA com o CREA-RJ. 2. Valor, em reais, do total de ART’s recolhidas, nos anos de 2007 e 2008 e de janeiro a junho de 2009, nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, tendo a ASAERLA como entidade beneficiada; Sem outro particular, colocamo-nos a disposição para esclarecimentos necessários e desde já agradecemos a prestimosa atenção. Obs.: Para os itens 1 ao 5 solicitamos relacionar os quantitativos individualmente para cada município. Atenciosamente, Humberto Sanchez Quintanilha Presidente O trabalho de drenagem do Rio Una pode ficar por menos da metade do previsto. Pelos cálculos do Inea apenas três quilômetros será dragado até o final deste ano. Os outros 27 quilômetros precisam de mais verba para que a obra seja concluída. De acordo com o engenheiro Túlio Vagner, superintende regional do Inea, o trabalho desenvolvido no momento é apenas emergencial para tratar dos gargalos que provocam alagamentos em tempos de chuvas naquela área. - Precisamos de um projeto maior para trabalhar em toda a extensão do Rio Una e seus afluentes. Para isso é preciso mais verba. Já estamos conversando com o consórcio Lagos São João para encon- trar formas de captar recursos -, disse o engenheiro, que tem visitado pessoalmente os trabalhos no rio Una. O subprefeito da zona rural, Beto Nogueira, disse que o trabalho está em bom ritmo e que entende as dificuldades de se realizar obras em todos 30 quilômetros do rio que deságua no rio São João. - Foram mais de 30 anos sem obras de manutenção. Agora, os estudos apontam que precisamos, pelo menos de dois a três anos de obra nas margens do rio -, disse Beto. Pelo convênio, máquinas, equipamentos e técnicos são fornecidos pelo estado; a manutenção, combustível e apoio fica por conta da prefeitura. Aterro sanitário vai beneficiar 360 mil moradores O projeto da construção de um aterro sanitário para atender os municípios de Araruama, Silva Jardim, Arraial do Cabo e Saquarema começa a sair do papel. O prefeito de Araruama, André Mônica participou recentemente de encontro com o governador Sérgio Cabral e a secretária de Ambiente, Marilene Ramos, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras para assinatura do contrato e elaboração de projeto do aterro sanitário. Implantado em Saquarema, o novo local para colocar o lixo vai beneficiar cerca de 360 mil moradores da Região dos Lagos. De acordo com André Monica, a Secretaria de Obras do Estado vai realizar, em novembro, a licitação para a escolha da empresa que construirá o centro de tratamento. A implantação do aterro integra o Pacto pelo Saneamento: Rio Limpo, Lixão Zero, lançado ano passado pelo Governo do Estado. A idéia é ampliar de 25% para 80% a coleta e tratamento de esgoto e erradicar os lixões do Estado do Rio de Janeiro em 10 anos e para isso, cerca de R$ 5 milhões serão investidos. O governador Sérgio Cabral anunciou também o aumento dos recursos do Fundo Estadual para Conservação Ambiental (Fecam) com a ampliação de 10% dos royalties do pré-sal, e afirmou: “Isso é fruto de um consórcio de trabalho. Nós aprovamos o ICMS Verde, uma lei em que os municípios precisam ficar atentos. O tratamento de lixo e esgoto conta pontos para a recepção desses recursos, importantes na gestão de cada prefeitura”. A secretária de ambiente, Marilene Ramos, disse que os lixões são uma doença e um verdadeiro drama social e ambiental no Rio. - Estamos avançando muito na área ambiental. O aterro sanitário é solução, não é lixão -, afirmou a secretária. Julho / Agosto 2009 14 Dalila Tardelli Fazenda Campos Novos pode se transformar em centro cultural Asaerla sugere discussão técnica porque parte do prédio já está interditado ameaçando cair Depois da publicação no informativo da Asaerla sobre a falta de manutenção que ameaça o prédio da Fazenda Campos Novos, a prefeitura criou uma comissão para tratar do assunto. De acordo com a assessoria municipal, representantes de secretarias estão elaborando um projeto para nova utilização da fazenda. O objetivo é unir o projeto ao plano de restauração da fazenda em parceria com o IPHAN e o INEPAC. Discutem o assunto representante da Subprefeitura Rural, das secretarias de Agricultura, Meio Ambiente, Educação, Cultura, Turismo, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, Promoção Social e Planejamento. A idéia é transformar a Fazenda Campos Novos em um Centro de Difusão Cultural, explorando diversas atividades. Uma possibilidade é criar na área externa da fazenda o Parque Municipal de Cabo Frio; outra idéia é criar um espaço de educação ambiental, com visitação das escolas. Há também a pretensão de exploração turística, e para isso a fazenda irá dispor de um restaurante campeiro, e os visitantes terão à sua disposição atividades como caminhada ecológica, cavalgada, lago de pesca e feira de artesanato regional. Outros projetos estão previstos para funcionar na fazenda, como por exemplo, uma casa de fabricação de farinha artesanal e box para venda de hortaliças e leguminosas orgânicas produzidas no próprio local. Um dos destaques é o que se poderia chamar de “carro chefe” dos projetos: a criação do Museu de História Natural “Caminhos de Darwin”. A idéia é explorar o turismo e inserir a fazenda no circuito de visitação do Ministério da Ciência e Tecnologia. Carlos, esse espaço aberto para a colaboração da sociedade na campanha é uma forma de aproximar a população de um patrimônio público de grande importância para Cabo Frio. - Convidamos a sociedade para participar desta campanha, enviando idéias e sugestões para o nosso e-mail “[email protected]”. Solicitamos a colaboração de todos para ser uma campanha nossa, não apenas da prefeitura -, observou Jonatas Carlos. Campanha pela restauração do prédio Asaerla quer discussão mais técnica A Secretaria de Agricultura pretende lançar ainda em agosto uma campanha pela restauração e preservação da Fazenda Campos Novos, com objetivo de transformá-la em um Centro de Difusão Cultural, Econômico e Turístico, com restaurações que possibilitarão uma visibilidade turística para a Região dos Lagos. A sociedade cabofriense pode atuar ativamente nesta campanha enviando sugestões de artes gráficas para elaboração de cartaz, folder e frases de impacto para campanha. Segundo o chefe de administração da fazenda, Jonatas Antes mesmo de colocar em prática campanhas de utilização da Fazenda Campos, a Asaerla sugere uma discussão técnica com IPHAN, INEPAC e órgãos municipais envolvidos, para tratar da restauração estrutural do prédio, que em alguns pontos já ameaça cair. A parte de cima, inclusive, já está interditada e as visitas turísticas e de escolas estão suspensas. - Precisamos primeiro estudar de que forma será restaurado o prédio sem afetar o valor histórico e de patrimônio -, disse um diretor da Asaerla. PROFISSIONAL – ASAERLA Luis Césio de Souza Caetano Alves Engenheiro Mecânico Apaixonado pela profissão. É assim que definimos o engenheiro Luis Césio de Souza Caetano Alves (59), natural de Campos dos Goytacazes. Do pai, herdou o gosto pela engenharia. Inclusive o nome “Césio” foi escolhido quando o pai ainda cursava a faculdade de “engenharia química” e o bebê ainda nem havia nascido. O nome agradou tanto que está na família pela terceira geração. - Tenho identidade muito grande com a engenharia, desde o meu nome. Meu pai era engenheiro químico e o “Césio” foi dado ao primogênito. Como minha mãe não gostou muito, acrescentaram o Luis. O mesmo aconteceu com meu primeiro filho e meu neto; ambos herdaram o Luis Césio -, orgulha-se. Formado em engenharia de fabricação mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduado em engenharia mecânica na Gama Filho e especialização em engenharia de segurança, Luis Césio, diz torcer para que o neto se apaixone pela profissão. - Não trabalho mais como engenheiro, hoje estou como administrador. A única função que exerço da engenharia é de segurança do trabalho, área que está em ascensão principalmente por ser um requisito do Ministério do Trabalho. Torço para que meu neto siga está profissão. Já meu filho optou pela publicidade -, comentou. Presidente do Conselho da Representação Regional da Firjan no leste fluminense e Diretor Corporativo da Sal Cisne, Luis Césio Caetano relembra da sua trajetória profissional e afirma atuar em defesa dos interesses da indústria salineira fluminense. - Sempre trabalhei em empresa, no Rio de Janeiro. Logo após ter me formado trabalhei numa empresa que fazia isolamento térmico, no qual utilizava minha formação técnica. Cheguei a Cabo Frio em 1984, onde comecei a trabalhar na Refinaria Nacional de Sal, (Sal Cisne). Depois mudei minha atuação dentro da refinaria na área industrial. Voltei à capital para integrar a parte mais corporativa da empresa. Hoje dedico muito do meu tempo à Federação das Indústrias -. No segundo casamento e pai de dois filhos e com um neto, o engenheiro diz gostar da vida ao ar livre, caminhar e estar em contato com os amigos. - Gosto muito de ler, mas prefiro uma leitura mais atual, não gosto de clássicos. Todo ano escrevo na minha agenda “É possível melhorar”. Acredito que devemos sempre estar indo ao encontro do desafio. Julho / Agosto 2009 W2 Imagens 15 David Barreto - Secretário de Meio Ambiente de Arraial do Cabo “A sociedade tem se mostrado muito consciente com relação à preservação ambiental” Walmor Freitas Asaerla - O sr. é concursado? David - Como professor sou concursado em Búzios, no estado como professor universitário. Também dou aulas na Estácio e no Cefet, na área de meio ambiente. E agora estou como secretário pela primeira vez. O sr. conhece os problemas existentes na região. Existe um plano para resolvê-los? Demos prioridade para sanar os passivos ambientais do município, como a ocupação irregular e a questão de destinação do lixo. E a ocupação irregular? Concentramos nossas atividades primeiro em Monte Alto, depois em Massambaba. Temos ali uma área com risco de alagamento, onde o mar sobe e ocorre um fenômeno chamado cabeça d’água, que nada mais é que uma forte ressaca. Mar e lagoa podem se unir? É possível? Sim, justamente na restinga de Massambaba, numa localidades chamada de Poças, em Monte Alto (poças porque alaga). Dependendo da força dessa ressaca ela pode subir o continente, passando pelos canais de maré e se unindo à Lagoa de Araruama. Aconteceu há pouco tempo? Essa ligação já não ocorria há dez anos, mas em abril desse ano tivemos uma alerta porque o mar subiu bem e alagou toda aquela localidade que está sendo pressionada por essa ocupação irregular. Quais as área de maior risco? As áreas de maior pressão são a restinga de Massambaba, com o foco em Monte Alto, em Figueira como o Parque das Gaivotas, onde a faixa marginal de proteção também é atacada por essas ocupações irregulares, e nas encostas do município, principalmente no Morro da Cabocla, no centro. O sr. recebe algum apoio? Sim, trabalhamos junto com a Secretaria de Obras e de Habitação do município. Trabalhamos em conjunto porque os recursos são escassos. Agora obtivemos recursos do INEA, que cedeu equipamentos como maquinário e retro-escavadeira. O sr. está pedindo ajuda? Para a Secretaria de Estado do Ambiente, que tem a Ceca (Comissão Estadual de Controle Ambiental) que E nas encostas próximas às praias? Realizamos operações lá em cima. Detectamos também as mesmas situações de construção em andamento, que já foram demolidas. Três entraram com liminar para impedir que a prefeitura fizesse demolições, que estão sendo monitoradas. Como a gente não pode demolir, eles também não podem construir. Eles não tinham licença de obra e a área é particular. A área do Morro da Cabocla pertence à Companhia Marina do Cabo. Já tivemos várias reuniões e eles estão reforçando seu patrulhamento particular da área, evitando novas invasões . Experiência sobre os problemas ambientais que afligem a região, o professor cabista David Barreto tem de sobra. Biólogo, formado pela Ferlagos e com mestrado em ciências ambientais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), David enfrenta o desafio de recuperar parte da vegetação nativa e impedir novas invasões em Arraial do Cabo, onde foi nomeado secretário de meio ambiente. - Sou cabista e já trabalhei na secretaria como técnico, mas agora temos que resolver o passivo ambiental e ainda colocar em prática novos projetos. É a corrida contra o tempo -, diz David, que se divide entre a nova função e ministrar aulas em outras cidades. é um órgão com objetivo de coordenar, supervisionar e controlar o uso racional do meio ambiente no Rio de Janeiro. Também conto com a ajuda do Batalhão Florestal e do 25° BPM, que enviam homens para atuar na segurança das operações, inclusive até para podermos encaminhar os infratores para a delegacia, conforme a necessidade. O Batalhão Florestal tem sede na região? Em Praia Seca, ao lado da sede de Massambaba. Temos um resultado positivo de ação, mais de 50 desfazimentos em todo município nesses primeiros seis meses. E a maioria na localidade de Poças, em Monte Alto. Qual o prejuízo ambiental para as espécies nativas? Nessas localidades de restinga, onde existem cordões arenosos, a vegetação nos auxilia na barreira de nossas costas. Uma vez que se retira vegetação, destrói o cordão arenoso. Temos verificado muito isso. Há destruição de dunas para fazer o aterro dessas ocupações, e aí a costa fica desprotegida. Então o mar, que seria defendido por essa barreira costeira (que não existe mais), sobe com facilidade e ocasiona danos à população. Como a comunidade pode ajudar? Estamos colocando placas de informação nas áreas de preservação e de risco. Alertamos a população que antes de comprar qualquer terreno, negociar ou construir, deve procurar a Secretaria de Meio Ambiente para se informar. Se for preciso, o cidadão deve entrar com um processo administrativo para saber sobre a legalidade da área, para depois não ter o IPTU cancelado ou a casa demolida. Em todo o município? Sim, principalmente em Monte Alto, porque o município sofreu uma ação do Ministério Público Estadual em 2006. A sentença judicial obriga o município a fazer a demolição de ocupações irregulares em andamento nessas localidades. Existe algum levantamento da prefeitura para evitar invasões? A Secretaria de Habitação tem uma assistente social e na hora da operação é tomada uma decisão em conjunto com todos os órgãos que estão participando. É feito uma triagem e o reconhecimento de cada construção. Havendo sinais verdadeiros de habitabilidade, não podemos desobedecer uma decisão judicial . A prefeitura tem feito vistorias? Fazemos vistorias de rotina. Até mesmo a questão de segurança para nossa equipe de fiscalização é levado em conta também. Não podemos fazer inspeção do local sem ter um aparato de segurança. É fundamental a gente ter esse cuidado com a integridade dos nossos fiscais. E a sociedade já percebeu todo o trabalho da prefeitura? Temos recebido muitas denúncias. A sociedade se mostra muito consciente com relação à preservação ambiental e qualquer indício de ocupação irregular, a gente recebe a denúncia. As administrações regionais de Monte Alto e Figueira também são os nossos olhos nesses locais. As invasões são de pessoas de fora? Detectamos um fluxo de pessoas que vem da Baixada e Norte Fluminense. E Porto do Forno? Algumas empresas queriam transportar minério por aqui. Qual a solução? O que está sendo pedido é licença ambiental do porto, para as atividades que já existem e com possibilidades de outras atividades. De minério eu não tenho conhecimento. O porto tem um departamento próprio de gestão ambiental e qualquer atividade que for proposta ali é alvo de licenciamento de competência do IBAMA ou do INEA. Existe alternativa para transporte de caminhões do porto? Está sendo implantado um plano de trafegabilidade para que os impactos dessa trafegabilidade na população seja reduzida. Hoje a comunidade está mais consciente? Tem algum trabalho nas escolas para que se crie uma cultura de defesa ao meio ambiente? O governo entendeu nesse ano que deveria reforçar a questão dos projetos ambientais e educação ambiental. Concentramos nossas atividades com a questão da gestão do licenciamento da qualidade ambiental e a Fundação Ambiental se concentra nos projetos relacionados a captação de recursos e projetos de educação ambiental, só que todas duas instituição trabalham forte com a questão de educação, da comunicação. Arraial ainda não aderiu ao aterro sanitário? Municípios vizinhos como Saquarema, Araruama, Silva Jardim e Arraial não aderiram porque não tiveram condições de pagar o alto valor do custo operacional. Julho / Agosto 2009 16 Inea promete intensificar fiscalização Walmor Freitas Obras em Cabo Frio já foram licenciadas O engenheiro Túlio Vagner dos Santos explica o funcionamento do INEA na região As mudanças operacionais no Inea começam a dar resultados positivos. Essa é a avaliação do engenheiro Túlio Vagner dos Santos Vicente, 50 anos, superintendente regional do órgão para os municípios de Silva Jardim, Araruama, Cabo Frio, Armação de Búzios, Saquarema, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo e, parcialmente, os municípios de Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu e Maricá. As ações estão concentradas nas áreas de fiscalização, licenciamento e monitoramento. Segundo o engenheiro, a nova orientação mobiliza equipe de 30 pessoas e prevê avanços imedia- tos como a instalação de um laboratório em Araruama, para análises de águas e balneabilidade das praias e um posto avançado em Cabo Frio para atender também Arraial, Búzios e São Pedro da Aldeia. - Estamos bem adiantados e devemos instalar o posto no Terminal Marítimo de Cabo Frio -, disse Túlio durante visita à sede da Asaerla, quando foi recebido pelos diretores Juarez Lopes e Luis Sérgio. Licenciamento Com a criação do Inea, o licenciamento ambiental ficou descentralizado, o que, segundo Túlio Vagner, tornou mais fácil a fiscalização. Cabo Frio já está autorizado a licenciar empreendimentos de pequeno porte. - A descentralização tem por objetivo agilizar o processo de licenciamento -, disse, lembrando que quando a nova equipe assumiu a regional, havia cerca de 450 processos parados no órgão. - Eram de 95 até 2000, 2002, 2004 e 2005. Trabalhamos para analisar os processos mais antigos e priorizar os processos públicos de prefeituras e concessionárias como Ampla, Prolagos e Juturnaíba -, disse. A estimativa é que, dos 170 processos ainda em análise, até o final do ano fiquem apenas os compromissos de 2009. Túlio Vagner disse ainda que o órgão traba- lha em total sintonia com o MP com cerca de 100 processos. No início eram 270. Além disso, explicou o engenheiro, todas as construções embargadas estão respeitando a fiscalização e providenciando a documentação necessária. - As pessoas construíam de qualquer maneira. Por isso temos mais de 30 processos em andamento -, disse. Segundo Túlio, a regional ganhou em qualidade com a fusão dos órgãos. Quatro fiscais eram da Serla, dois eramda Feema e oito técnicos na fiscalização. - Cada um traz uma experiência. Faltam ainda mais profissionais, mas avançamos muito -, avalia. Com o convênio entre Estado e municípios, Cabo Frio passou a licenciar obras de pequeno porte como lavajato e oficinas mecânicas. A construção do edifício-garagem, que está a todo vapor na esquina da rua Miguel Couto com Raul Veiga, já foi autorizado pelo novo sistema. - Licenciamos porque todos os requisitos foram cumpridos pelos construtores -, garante o biólogo Alcebíades Terra, secretário de Meio Ambiente de Cabo Frio. A aprovação de projetos é uma preocupação constante da Asaerla. Alguns profissionais têm reclamado que as exigências da prefeitura vêm aumentando para a liberação de obras, o que contraria o convênio com o estado para a liberação de obras de pequeno porte. - As regras não estão claras e o Inea precisa agir com rigor para que a prefeitura cumpra o acordo e trate todas as licenças da mesma forma -, disse o engenheiro Juarez Marques Lopes, diretor de meio ambiente da Asaerla. O Inea regional tem a responsabilidade ainda sobre as bacias hidrográficas dos rios São João e Una, bacias contribuintes ao Complexo Lagunar de Saquarema, Jaconé e Araruama, e bacias do litoral de Búzios. Walmor Freitas Julho / Agosto 2009 17 Uma nova ponte para Cabo Frio por Luiz Carlos da Cunha Silveira Azul - Rodovias existentes Verde - Estrada de ferro projetada Vermelho - Rodovia projetada engenheiro eletricista O centro urbano de Cabo Frio surgiu e desenvolveu-se, durante três séculos, ilhado entre o oceano, o canal e a lagoa, dependendo de embarcações para manter o contato com o continente. Finalmente, em 1898, inaugurou-se a primeira ponte, denominada Miguel de Carvalho, mesmo assim para atender ao projeto de trazer o trem até Cabo Frio. Tendo essa ponte ferroviária desabado em l920, foi substituída em1926 pela atual Feliciano Sodré, duplicada recentemente pela moderna ponte Deputado Márcio Corrêia (todas três entre os morros da Guia e do Telégrafo). Enquanto isso, em outro local, entre o Baixo Grande e a Ponta do Ambrósio, foi inaugurada em 1960 a ponte da nova estrada para a fábrica nacional de Álcalis (substituída há pouco tempo por outra mais alta, e de mão dupla, batizada como Wilson Mendes), ligando a Praia do Siqueira, em Cabo Frio, ao Baixo Grande, em São Pedro da Aldeia, por motivo distinto do atendimento ao crescimento urbano de Cabo Frio: era parte da rodovia São Pedro-Arraial do Cabo (RJ-140), construída para atender a recém inaugurada Fábrica Nacional de Álcalis, mas que sem dúvida evitou que a Feliciano Sodré entrasse em colapso, ao canalizar o tráfego de entrada e saída da cidade para a outra extremidade da mesma. Esta nova ponte, contudo, tendo sido construída a toque de caixa para inauguração da Álcalis pelo presidente Jucelino Kubitschek naquele seu embalo de “fazer cinqüenta anos em cinco”, o foi como um dique aterrado sobre a lagoa (exceto dois curtos trechos, um sobre o canal Palmer entre a Ilha da Conceição e a Praia do Siqueira e outro de 25 ou 30 metros extremidade oposta, no Baixo Grande), prejudicando sensivelmente a navegação naquele trecho, inclusive inviabilizando alguns projetos de marinas na lagoa. Recebeu o nome do autor do hino municipal de Cabo Frio (letra e música), Victorino Carriço. Para piorar, a obra complementar a esta ponte, a construção da nova rodovia ligando São Pedro da Aldeia ao Arraial do cabo (RJ-140) no final dos anos cinqüenta, visando atender à recéminaugurada Fábrica Nacional de Álcalis, provocou também séria agressão ambiental às dunas e à orla como um todo, em função de seu novo trajeto que deixou de seguir a primitiva estrada velha do Arraial (atual Rua Adolfo Beranger Júnior) em seu trajeto inteligentemente eqüidistante do mar e da lagoa, o qual corria pela linha média da restinga, em prolongamento direto da Avenida Teixeira e Souza. De fato, a nova rodovia passou direto pelo atual rodo e avançou perpendicularmente sobre a praia, fazendo curva fechada e perigosa, em 90°, quase já na linha da maré alta, cortando como faca todo o grande campo de dunas da área. Consequentemente, ao se aproximar do final da praia, na área do pontal, a estrada vê-se forçada a recuar para oeste tudo o que havia avançado a leste em seu início, tornando seu trajeto no trecho Cabo Frio-Arraial mais longo do que seria necessário, a rigor quase o dobro da distância no caso da alternativa proposta mais adiante. O motivo do aparente absurdo era valorizar toda a extensão da Praia do Forte, ao longo da qual corria o trajeto assim adotado. Quanto às dunas, não aceitaram ser divididas e prosseguem há quase meio século cobrindo continuamente o asfalto, em seu deslocamento para sudoeste impulsionadas pelo vento nordeste, obrigando o poder público a remover indefinidamente, com caminhões e escavadeiras, toneladas de areia que, de outro modo, rapidamente enterrariam em profundidade todo aquele trecho rodoviário. De fato esta nova rodovia estimulou, apenas por sua presença, a ocupação de toda a orla entre a citada curva e o Pontal (Foguete, etc.) até o limite da maré, com várias casas sujeitas até a inundações no caso de ressacas particularmente fortes. Por outro lado, o projeto inicial da Álcalis, nos anos quarenta do século passado, previa a implantação de um ramal de ferrovia inciando-se na estação de São Pedro da Aldeia da Estrada de Ferro Maricá e seguindo até a Praia dos Anjos no Arraial, local do único porto de águas profundas entre as baías de Guanabara e Vitória, ramal este que ultrapassaria a lagoa no último ponto estreito da mesma, entre a Enseada Maracanã e o corpo prin- cipal da lagoa, indo da Ponta da Areia para a Ponta dos Macacos, utilizando a Ilha das Pombas como ponto de apoio no meio da passagem, vindo a seguir a interconectarse com a ferrovia particular das Salinas Perynas, que já possuía seu próprio porto na Praia dos Anjos. Embora nada disso tenha vindo afinal a ser feito, este trajeto seria o ideal, a meu ver, para uma nova ponte rodoviária, complementar à do Baixo Grande, que prolongasse o atual término da Via Lagos ao longo da península da Praia do Sudoeste de São Pedro até, já do outro lado na restinga, terminar na curva da Estrada Velha do Arraial muito próxima do aeroporto internacional (facilitando enormemente o acesso de e para, de passageiros e cargas, através de um acesso muito mais rápido e direto), e atendendo assim, além deste, três ramificações diretas e já existentes: para Cabo Frio, pelo trecho da Estrada Velha hoje denominado Av. Adolfo Beranger Júnior; para o Arraial, pelo trecho da Estrada Velha na direção oposta até seu encontro com a Estrada Nova (RJ-140); e para a restinga da Massambaba, pela bifurcação à direita, também da Estrada Velha, que atravessa a ponte da comporta da eclusa da Álcalis. Esta nova estrada desafogaria totalmente todo o atual trecho entre o final prematuro da Via Lagos e o Arraial, que passa por São Pedro, Campo Redondo, Vinhateiro, Baixo Grande, Av. América Central, etc., nos quais a RJ-140 já ficou convertida em típica avenida de área urbana congestionada. Julho / Agosto 2009 18 A importância da manutenção preventiva Risco da Atividade de Pavimentação Asfáltica Por Luciano Silveira * É possível ter idéia da pujança econômica de uma nação pelo conhecimento do nível de atividade na indústria da construção civil. Motor e termômetro da economia, este setor é terreno fértil para o estudo das engenharias. Em um campo reconhecidamente concentrador de mão-de-obra, é equivocada a abordagem estritamente tecnicista, com foco na Engenharia Civil, em detrimento de aspectos importantes de gestão. Cabe a Engenharia de Segurança promover sua inserção como um dos principais atores na discussão da indústria da construção civil, trazendo, à luz da relevância, a preocupação com os riscos inerentes, potenciais causadores de perdas humanas, ambientais e materiais. Este artigo defende o efetivo gerenciamento da segurança e saúde do trabalhador na indústria da construção civil pesada voltada para a manutenção de rodovias, mais especificamente na atividade de pavimentação asfáltica. Ao observar uma obra de manutenção de rodovia com uma área pavimentada em torno de 20.000 m2, a obra foi dividida em 04 (quatro) serviços, cada uma representando uma etapa da obra: imprimação mecanizada da área a ser pavimentada executada pelo espargidor; transporte do concreto asfáltico executado por caminhões; distribuição e espalhamento do concreto asfáltico executado pela acabadora; e compactação do concreto asfáltico executado pelos rolos de pneumáticos e vibratórios. De posse de informação visual fornecida por uma matriz de risco, a maior concentração de riscos é de intolerável e moderado. Isso reflete nitidamente a precariedade em que se encontra atividade como um todo no tocante à avaliação e controle dos riscos inerentes. Analisando qualitativamente o sistema da análise preliminar de risco por serviço e considerando os critérios adotados para estabelecer um ranking dos graus de riscos, verificou-se que a compactação do concreto asfáltico executado pelos rolos de pneumáticos e vibratórios apresenta maior potencial de risco para atividade de pavimentação asfáltica. Objetivamente, os principais riscos encontrados na obra analisada foram os de acidentes, como os atropelamentos e quedas de pessoas dos equipamentos, e os químicos devido à intoxicação com vapores e poeiras provenientes do asfalto. Especificamente, este último, é digno de nota, uma vez que concorre para patogenicidade do ambiente não só o vapor asfáltico, como também, poeiras químicas e insolação, constituindo dessa forma, um autêntico risco combinado. * Luciano Silveira é Engenheiro Civil e Engenheiro de Segurança do Trabalho, Mestrando em Engenharia Civil, UFF e Ex-Presidente da Asaerla Por Elidio Lopes Mesquita Neto A maioria de acidentes problemas Essa vistoria feita planejar alternativas viáveis. prediais é causada por falha de por engenheiro habilitado, de Além disso, a execução desses manutenção. Os noticiários ordem técnica, construtiva, serviços pode ser agendada e alertam para diversos aciden- operacional e funcional tem executada em momentos tes prediais, com vítimas fatais, como objetivo levantar infor- oportunos com menores imnas edificações brasileiras. A mações para se poder executar pactos para os diversos usuácâmara de inspeção predial do corretamente as manutenções rios da propriedade. Já a Ibape/SP (Instituto Brasileiro necessárias nas propriedades. manutenção corretiva será de Avaliações e Perícias de O planejamento torna-se quase sempre executada com Engenharia de São Paulo) fundamental, principalmente regime de urgência, sob conatualmente realiza estudo porque, antes de tudo, será dições críticas, sujeitando-se o sobre acidentes ocorridos em necessário alocar recursos mantenedor ao pagamento de edificações com mais de 30 físicos e financeiros para tanto. preços de momento e da Por ser de custo significa- possibilidade de privar seus anos, mostrando nos resultados iniciais obtidos, que 66% tivo (alguns pesquisadores usuários do suporte necessário das prováveis causas e origens indicam porcentagens de até para execução de suas tarefas, dos acidentes são relacionadas 8% ao ano para se manter além de expô-los a riscos até à falta de manutenção, que adequadamente uma proprie- de integridade física. É claro que isso significa maiores gera a perda precoce de custos para execução de desempenho e deterioum mesmo serviço sob ração acentuada. Apenas 66% das prováveis causas e melhores condições. 34% dos acidentes posorigens dos acidentes são As normas de suem causa e origem relacionadas à falta de desempenho (ABNT relacionadas às falhas de manutenção, que gera a perda NBR 15575), partes 1 a projetos ou execução que precoce de desempenho e 5, que vieram contribuir podem ser chamados de para a determinação de vícios construtivos. deterioração acentuada requisitos mínimos de Normalmente, síndicos, desempenho às edificações, proprietários de imóveis ou usuários ignoram as atividades dade comercial) as ações neces- definem as exigências dos preventivas, corretivas, refor- sárias para manutenção quase usuários como: “conjunto de mas e outras que, por defini- sempre são erroneamente necessidades do usuário do ção, deveriam melhorar a per- entendidas como postergáveis. edifício habitacional a serem Os serviços que se exe- satisfeitas por este (e seus formance de desempenho nos sistemas e elementos constru- cutam nas manutenções sistemas) de modo a cumprir tivos. Essas negligências causam prediais, e que, portanto, pre- com suas funções”. Já a ABNT cisam ser planejados, podem NBR 5674, sobre manutenprejuízos e até acidentes. As edificações, sejam elas ser divididos em dois grupos: ção de edificações, define as residências, edifícios ou preventivos e corretivos. O necessidades dos usuários indústrias necessitam de primeiro apresenta custos me- como: “exigências de seguranatividades de manutenção ao nores por possibilitar melho- ça, saúde, conforto, adequação longo de sua vida útil, para res aquisições, fruto de obten- ao uso e economia cujo atengarantir níveis aceitáveis de ção de vantagens comerciais dimento é condição para a desempenho e de segurança. quando se dispõe de tempo realização das atividades É importante a execução para negociar e, se necessário, previstas em projeto”. de vistoria ou inspeção predial Elídio Lopes Mesquita Neto para a constatação de eventuais é engenheiro civil e conselheiro regional do CREA_RJ Julho / Agosto 2009 19