Ed 17

Transcrição

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Julho / Agosto 2009
Julho / Agosto 2009
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PALAVRA DA DIRETORIA
Eng° Humberto S. Quintanilha - presidente
Rua Nilo Peçanha, 73 Sl. 05 (CREA)
Centro - Cabo Frio - RJ
Tel.: (22) 2645-6524
e-mail: [email protected]
EXPEDIENTE
Conselho Diretor biênio 2009-2010
PRESIDENTE:
- eng° Humberto Sanchez Quintanilha
VICE-PRESIDENTE:
- eng° José Deguchi Junior
DIRETOR SECRETÁRIO:
- eng° Luis Sérgio dos Santos Souza
DIRETOR TESOUREIRO:
- eng° Raimundo Neves Nogueira
(Dokinha)
DIRETOR TÉCNICO:
- eng° Marco Aurélio dos Santos Abreu
DIRETOR SOCIAL:
- eng° Milton José Furtado Lima
Ao completarmos 32 anos estamos comemorando a
realização de mais um ano de nossa associação, pois
as dificuldades são muitas, mas graça a colaboração de
nossos parceiros, da confiança dos nossos associados
e do trabalho de toda a diretoria estamos vencendo os
obstáculos, somos uma associação jovem criada em
bases sólidas e por grandes profissionais e como podemos ver pelo histórico o companheirismo sempre foi a
palavra de ordem.
Acredito, assim como minha diretoria que é por essas
e outras, que hoje, enquanto assistimos o esvaziamento
das entidades de classe, inclusive as grandes, a nossa
aguerrida ASAERLA vem sobressaindo, daí a importância de, a cada ano, comemorarmos essa importante data.
Ao homenagearmos os 12 profissionais que fundaram nossa associação, queremos na realidade homenagear todos os presidentes e diretorias que já passaram
e a mantiveram viva, assim como todos os profissionais
que já fizeram e os que fazem parte da associação.
Quando nos reunimos na nossa plenária, nos happy
hours, ou datas festivas e trocamos idéias, opiniões e
pontos de vista, apesar da grande concorrência, acabamos nos unindo por ideais e fortalecendo o setor por um
maior profissionalismo com ética e responsabilidade.
Trazer cursos, palestras, o congraçamento da família,
o companheirismo e o livre
exercício da profissão com ética são nossas metas principais. Queremos trazer os associados para mais próximo e
dar continuidade em vários projetos e se possível melhorálos.
Já fizemos parceria com a “A+C Desenvolvimento
Profissional”, que estará administrando nos dias 21 e 22
de agosto o curso “Construção Sustentável – Técnicas
para Edifícios Sustentáveis”. Também estamos participando de vários conselhos e Foruns.
Agora queremos aumentar nosso quadro de associados com uma maior participação. Sabemos que essa
meta é difícil, pois sempre prevalece o individualismo,
mas do que depender de nós iremos vencer essa etapa,
pois estamos de portas abertas a ouvir todas as reivindicações dos profissionais.
Vamos reforçar e renovar os convênios e parcerias
com as demais associações e entidade de classe.
Nós viemos para fortalecer a Asaerla e mostrar a sua
importância para todos os profissionais, assim como para
a comunidade de toda Região dos Lagos.
Humberto Sanchez Quintanilha é Engenheiro civil
DIRETOR DE MEIO-AMBIENTE:
- eng° Juarez Marques Lopes
DIR. DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS:
- eng° Ricardo Valentim Azevedo
DIRETORES DE PUBLICAÇÕES:
- eng° Fernando Luiz F. Caedoso
- eng° Luis Carlos da Cunha Silveira
COMISSÃO FISCAL:
- eng° Luiz Césio Caetano Alves
- enga Maria Yara Coelho
- eng° Aurenio Ribeiro
- eng° Elídio Lopes Mesquita Neto
- eng° Anísio Machado de Resende
- eng° Raul Antonio Alberto L. Lazcano
ASSESSORIA DE IMPRENSA:
W2Imagens.com
-Walmor Freitas - (22) 9214-3940
[email protected]
Construção Sustentável - Técnicas para Edifícios Sustentáveis
Numa parceria com a “A+C Desenvolvimento Profissional”, a ASAERLA
está oferecendo neste mês de agosto
em Cabo Frio o curso “Construção
Sustentável - Técnicas para Edifícios
Sustentáveis”. Um curso altamente
procurado e do qual os profissionais
da Região dos Lagos só conseguiriam
participar em São Paulo.
O número de vagas é limitado!
De acordo com a parceria firmada,
todos os cursos a serem oferecidos em
Cabo Frio pela ASAERLA terão um
desconto de 10% para os associados em
dia com sua anuidade.
HORÁRIO:
das 09h às 18h - (Sexta-feira e Sábado)
PROGRAMA DO CURSO:
1.1- Materiais e Métodos Construtivos
• Impactos ambientais da construção
• Técnicas construtivas para construção
sustentável
• Análise do ciclo de vida dos materiais
• Controle de resíduos e desperdícios na
construção
• Reciclagem de materiais construtivos
1.2- Instalações e Equipamentos para Edifícios
Eficientes
• Sistemas de Condicionamento Ambiental
• Sistemas eficientes de condicionamento
ambiental
• Síndrome do edifício patogênico
• Iluminação Artificial Eficiente
• Projeto de iluminação energeticamente
eficiente
• Técnicas e tecnologias avançadas para
iluminação artificial eficiente
• Automação e Controle
• Sistemas de controle e automação predial
• Gerenciamento de energia
• Uso racional da água
• Tecnologias para conservação, reuso e uso
racional de água
• Sistemas de controle de consumo de água
1.3- Gestão, Regulamentação e Certificação
• Sistemas de avaliação e certificação de
edifícios sustentáveis
• Regulamentação nacional e internacional
• Políticas e incentivos à construção
sustentável
CARGA HORÁRIA: 16 horas/aula
LOCAL: a definir (em Cabo Frio-RJ)
IMPRESSÃO:
Gráfica do Jornal do Commércio
TIRAGEM:
5.000 EXEMPLARES
EDIÇÃO N° 17
Junho / Agosto - 2009
VALOR: À vista = R$ 790,00
02 parcelas = R$ 410,00
03 parcelas = R$ 282,00
Para Associados ASAERLA: Desconto de 10%
INSCRIÇÃO: Srª. Tereza Maria.
Tels: (11) 2626 0101 e (11) 3868 3090
Email: [email protected]
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Lombada ou quebra-molas: O símbolo da falta de educação
no trânsito causa prejuízo aos proprietários de veículos
MEIO AMBIENTE
fotos: Walmor Freitas
Construídos em asfalto, concreto ou paralelos, maioria dos quebra-molas encontra-se sem qualquer sinalização indicativa e fora das medidas determinadas pelo Contran
A ondulação transversal destinada
a reduzir a velocidade de veículos
multiplica-se por toda a região.
Solução adotada pelo Contran para ser
utilizada somente quando esgotadas
todas as outras alternativas de engenharia de tráfego, vira praga nas ruas
dos municípios.
A falta de educação de alguns
motoristas somada à total ausência de
planejamento viário municipal são os
principais motivos para a construção
desenfreada desses famigerados
dispositivos, que em sua maioria são
construídos pelos governantes sem
qualquer critério e fora dos padrões
estabelecidos pela Resolução do
Contran n° 39/98, o que vem gerando
inúmeras ações Brasil afora com ganho
de causa para os cidadãos que se
sentem lesados.
O risco de acidentes é eminente,
principalmente para os motocliclistas.
Os quebra-molas tornam-se perigosos
devido a construção errada, normalmente bem altos e estreitos, alguns
ainda sem sinalização adequada.
A despesa com a manutenção de
veículos também aumenta. - Todos os
dias recebemos carros com problemas
provocados por quebra-molas, que
afetam a suspensão, freios, rolamentos
e outros componentes -, disse o técnico
em mecânica, Márcio Fabiano, da
Magnauto, uma das oficinas mais
antigas de Cabo Frio.
As vias urbanas que servem de
acesso para alguns dos principais
cartões postais da região são exemplos
clássicos de construção de lombadas
fora dos padrões do Contran.
A construção de quebra-molas, ao
invés de atender a um planejamento
urbano viário, dá-se através de pedidos
que chegam diariamente às prefeituras,
mas não só os municípios ferem a legislação, moradores inconformados com
o descaso das autoridades também
implantam lombadas em várias vias da
região, a diferença é que essas normalmente são construídas em concreto. A
lei é clara nessa situação, a Resolução
do Contran em seu Art. 15 prescreve
que a colocação de ondulação
transversal sem permissão prévia da
autoridade de trânsito sujeitará o
infrator às penalidades previstas no
Código de Trânsito Brasileiro.
- Vamos retirar todos os quebramolas que não atenderem a viabilidade
técnica, ou seja, feito por moradores
sem consultar a prefeitura -, disse o
Cel. Gilson da Costa, Secretário de
Ordem Pública do município.
Em Búzios, a prefeitura alega não
ter pedido para a construção de novos
quebra-molas.
- Os quebra-molas existentes foram
instalados há anos pela prefeitura e pelo
DER, que é quem controla isso junto
com o município. No momento não
existe nenhuma determinação sobre o
assunto, nem indicação ou registro de
necessidade de se construir novos
quebra-molas em nossa cidade -,
informou a assessoria de comunicação
por e-mail.
Cabo Frio vai licitar, nos próximos
meses, novos radares eletrônicos para
substituir os quebra-molas nas vias de
grande fluxo de veículos. De acordo
com o Art. 2° da resolução
CONTRAN, as ondulações transversais devem ser utilizadas em locais
onde se pretende reduzir a velocidade
do veículo, principalmente onde há
grande movimentação de pedestres.
Prefeitura readequa
quebra-molas seguindo
determinação do MP
A administração municipal está
readequando todos os quebra molas instalados
em Maringá (PR). Servidores das secretarias
de Transportes e Serviços Públicos trabalham
na retirada e na reimplantação das lombadas,
seguindo o padrão determinado pelo Conselho
Nacional de Trânsito - Contran, conforme a
Resolução 39/98.
O trabalho de readequação dos quebramolas atende uma recomendação do
Ministério Público e cumpre o Termo de
Ajustamento de Conduta firmado entre a
Prefeitura e Promotoria de Justiça e Defesa
do Patrimônio Público, que prevê a retirada
ou readequação de quebra-molas instalados
em ruas e avenidas de Maringá e dos
distritos de Floriano e Iguatemi.
Com a readequação todos os quebra-molas
existentes nas vias coletoras, principais vias
dentro dos bairros, passam a ter 3,70 m de
comprimento por 10 cm de altura. Já as lombadas
das vias locais terão a medida de 1,50 m x 8 cm.
Antes os quebra-molas instalados em Maringá
(PR) variavam de tamanho.
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Dimensões Padrão para os Quebra-Molas conforme a
Resolução do Contran n° 39/98
I - TIPO I, a serem
instalados em vias
locais, onde não
circulem linhas
regulares de
transporte
coletivos:
a) largura: igual à
da pista,
mantendo-se as
condições de
drenagem
superficial;
b) comprimento:
1,50
c) altura: até
0,08m.
II - TIPO II, a serem
instalados em vias
coletoras pricinpais:
a) largura: igual à da
pista, mantendo-se as
condições de
drenagem superficial;
b) comprimento:
3,70m;
c) altura: até 0,10m.
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fotos: Walmor Freitas
Cones irregulares se multiplicam pelas ruas de Cabo Frio
Procura-se engenheiros O abuso dos cones
O crescimento da
construção civil no país
abriu vagas para todas as
profissões no setor. Além
de pedreiros, carpinteiros e eletricistas, as construtoras estão à procura
de engenheiros. Muitas
estão recrutando estudantes do último ano da
faculdade, algo que há
tempos não se via na
construção civil.
De acordo com especialistas do setor, um engenheiro recém-formado
demorava um ou dois
anos para conseguir uma
colocação. Hoje ele já sai
da faculdade com o emprego garantido, com
salários que variam de
R$ 4 mil a R$ 5 mil.
Em Arraial do Cabo,
por exemplo, a prefeitura precisa de engenheiros ou arquitetos para
compor o quadro e inclusive assumir a Secre-
taria de Obras, mas esbarra nos baixos salários.
- Precisamos de engenheiros experientes.
Como o município só
pode pagar, em média,
R$ 4 mil, não conseguimos. Por isso estou como
secretário -, disse o viceprefeito Reginaldo Mendes Leite, que é professor de História.
No Rio, a Funasa lançou um concurso público para uma vaga temporária. Não foi preenchida
porque nenhum engenheiro se candidatou.
- Os poucos profissionais disponíveis no
mercado ganham mais
do que o que a Funasa
estava oferecendo -, disse o engenheiro Marcos
Roberto Muffareg, coordenador regional da
Funasa no Rio.
Para o engenheiro civil,
Humberto Quintanilha,
presidente da Asaerla, o
mercado aquecido valoriza os profissionais.
- As ofertas são muitas, e mesmo quem entra no serviço público recebe propostas tentadoras do setor privado -,
disse.
Apenas a cidade de
Montes Claros (MG)
coloca no mercado anualmente cerca de 90 novos engenheiros. No Brasil são mais de 40 mil recém-formados no mesmo período. Isso representa apenas 10% do
que seriam necessários,
segundo os especialistas.
Com foco em gerar mãode-obra para atuar nas
obras do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), o programa espera treinar 180
mil pessoas, com recursos de R$ 150 milhões
em todo o país.
Bastam alguns minutos
e o cidadão que anda
pelas ruas de Cabo Frio
se depara com cones espalhados por toda a cidade. Laranjas, vermelhos ou listrados; novos,
velhos, quebrados, as
peças são usadas à vontade para garantir vagas
de estacionamento. Em
frente a restaurantes, lojas comerciais, casas religiosas e em frente a
obras. Sem qualquer fis-
calização, os cones são
colocados e retirados a
qualquer hora do dia ou
da noite.
Em frente aos prédios
mais caros da Praia do
Forte os cones foram reforçados com pneus e
concreto para evitar que
sejam removidos. Em alguns casos o abuso é tanto que o espaço utiliza
cones e fita amarela e
preta para reservar vagas
de estacionamento.
Para a prefeitura, todos os
cones colocados para
“guardar” vagas de estacionamento estão irregulares e serão apreendidos.
- Estamos recolhendo todos os cones ou materiais
que não foram autorizados, mas as pessoas insistem em querer marcar
espaço. Vamos continuar trabalhando -, disse o
Cel. Gilson da Costa, secretário de Ordem Pública de Cabo Frio.
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Dedicação, pesquisa e paciência.
Resultado: Sucesso
Planejamento
urbano
Por Agostinho Guerreiro
Desde o mês de junho, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro
tem discutido as modificações
para o novo plano diretor da capital fluminense. Esta semana, foi
a vez do prefeito da cidade, Eduardo Paes, participar de uma audiência pública na Comissão Especial do Plano Diretor e apresentar
suas propostas ao substitutivo nº
3 do PD, que foi elaborado pelo
governo anterior e ainda tramita na
Câmara.
A princípio, a apresentação da
prefeitura foi focada nas questões
urbanísticas e dividiu a cidade em
quatro zonas: “controlada” (zona
sul), onde seria necessário controlar o adensamento populacional; “incentivada” (zona norte e parte de
Jacarepaguá), áreas com boa infraestrutura onde deve ser incentivada
a ocupação do solo; “assistida”
(zona oeste, entre Bangu e
Sepetiba), que tem prioridade no recebimento de recursos públicos; e
“condicionada” (Barra, Recreio,
Vargem Grande e Guaratiba), em
que a idéia é condicionar o
adensamento à infra-estrutura e proteção ambiental.
A definição do plano diretor é a
base do planejamento do município, já que estabelece diretrizes
para a ocupação do solo urbano,
devendo identificar e analisar as características físicas, as atividades
predominantes e as vocações da
cidade, além de seus problemas e
potencialidades. O documento
deve traduzir os anseios dos cidadãos, portanto seu conteúdo deve
ser amplamente debatido por todas as pessoas e instituições interessadas, para que as regras definidas tenham como objetivo o desenvolvimento do município e de
sua população.
Por outro lado, para verificar se
seus objetivos estão sendo cumpridos, é necessário criar um sistema
de planejamento para acompanhá-lo durante os dez anos de sua
vigência. Afinal, o documento é essencial para viabilizar uma gestão
urbana estratégica e eficaz, em benefício dos que vivem no município e de nossas futuras gerações.
Agostinho Guerreio - Presidente do Conselho Regional
de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (CREA-RJ)
Engenheiro Sandro
Colonese proferiu
palestra para
membros da
Associação Brasileira
de Engenharia e
Consultoria Estrutural
- ABECE
Eng Civil Sandro Colonese durante palestra na ABECE
Foram meses de dedicação, muitos finais de
semana em meio a dezenas de modelos matemáticos e leitura de livros
de inúmeras nacionalidades.
Todo
esse
hercúleo esforço resultou
numa excelente tese de
mestrado intitulada:
Comparação entre os
métodos de análises para
lajes lisas protendidas
com cordoalhas engraxadas - Estudo de casos.
Através desse trabalho, o associado da
ASAERLA, M.Sc. engenheiro civil Sandro
Colonese recebeu convite para proferir uma palestra para os membros
da Associação Brasileira
de
Engenharia
e
Consultoria Estrutural -
ABECE, que foi realizada em julho na cidade
do Rio de Janeiro.
- Trata-se de um excelente trabalho e de
grande aplicação prática
para o sistema de lajes
protendidas
com
cordoalhas engraxadas,
cuja utilização vem crescendo muito -, definiu
o engenheiro civil Cesar
Pinto, Delegado Regional da ABECE-RJ, na
convocação aos associados.
Importantes nomes
da engenharia nacional
participaram do evento.
Entre eles, o engenheiro
Bruno Contarini, responsável técnico da construção da ponte RioNiterói, autor do projeto de estruturas do Mu-
seu de Arte Contemporânea de Niterói, consultor estrutural da Cidade
da Música e tantas outras grandes obras espalhadas pelo mundo.
Sandro desenvolveu o
assunto de maneira simples e direta, transmitindo o difícil conteúdo de
forma prática. Apresentou
as diferenças nos resultados de análise pelo método de pórticos equivalentes e o método de elementos finitos. Com tranqüilidade, o engenheiro respondeu todas as inúmeras perguntas e concluiu
a palestra sob um caloroso aplauso.
A agradável noite foi
finalizada com um bom
bate-papo, pizza e cerveja gelada.
Asaerla 32 anos
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história
Muito antes de existir
oficialmente, a Asaerla dava os
primeiros sinais de união entre
profissionais da construção civil na
região. Reunidos em bares, em obras
e nos finais de semana, os poucos
profissionais que trabalhavam na
região se encontravam para trocar
experiências e fortalecer a classe. No
dia 21 de junho de 1977, a
Associação dos Arquitetos e
Engenheiros da Região dos Lagos,
ASAERLA deu o primeiro passo para
fazer história no estado.
A maioria dos fundadores da
Asaerla continua na ativa. O
primeiro presidente da
Asaerla foi o arquiteto Luiz
Fernando Lobo, hoje com 66 anos.
Primeira diretoria
Transcrito da Ata de reunião conforme o registro em cartório
Luiz Fernando Lobo, brasileiro-casado,
arquiteto - Presidente.
Mario Márcio Saab de Souza, brasileiro,
casado, engenheiro civil - Vice
Presidente.
Ricardo Valentim de Azevedo, brasileiro,
casado, engenheiro civil - Diretor
Financeiro
Raul Antônio Roberto Lora Lascano,
boliviano, casado engenheiro civil Secretário.
Sérgio Paladino Solano, Brasileiro,
casado, engenheiro civil - Representante
da Associação na comissão Municipal
de Desenvolvimento Urbano.
Nikolaos Eleftherios Nikolau, brasileiro,
casado engenheiro civil - Diretor de
Atividade Social e Relações Públicas
José Arthur de Almeida Lima, brasileiro,
casado, engenheiro civil - Representante
da Associação na Comissão Municipal
de Desenvolvimento Urbano
Presidentes da Asaerla:
01 - Arquiteto Luiz Fernando Lobo
10 - Arquiteta Marcia Cabral Faria
02 - Arquiteto Aristarco Acioli de Oliveira
11 - Engenheiro Juarez Marques Lopes
03 - Engenheiro José Arthur de Almeida Lima
12 - Engenheiro Fernando Luiz de
04 - Engenheiro Mário Marcio Saab
Figueiredo Cardoso
Aristarco Acioli de Oliveira, brasileiro,
casado, arquiteto - Membro do Conselho
Diretor.
05 - Engenheiro Wilmar Mureb
13 - Engenheiro Luciano Silveira
06 - Engenheiro José Geraldo de Abreu
14 - Engenheiro José Arthur de Almeida
Francisco Manuel da Rocha Guimarães ,
brasileiro, casado, engenheiro civil
08 - Engenheiro Carlos Alberto Lima
Salvador Maiques Alves, brasileiro,
solteiro, engenheiro civil.
Paulo César da Fonseca Pereira Soares,
brasileiro, casado, engenheiro civil.
José Deguchi, brasileiro, casado,
engenheiro eletricista.
Cabo Frio, 21 de junho de 1977
07 - Engenheiro Flávio José Scali Reynaldo
09 - Arquiteto João Santucci
Lima
15 - Engenheiro Humberto Sanchez
Quintanilha
Asaerla 32 anos
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confraternização
Asaerla 32 anos
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homenageados
Na grande festa que reuniu mais de 200 pessoas no salão nobre do Costa
Azul Iate Clube, profissionais da construção civil, patrocinadores, parceiros e
autoridades aplaudiram a homenagem feita a todos aqueles que se destacaram
ao longo da existência da entidade. A professora e apresentadora Eliane Ribeiro
fez questão de ler o texto da placa entregue aos homenageados:
“Na comemoração de 32 anos da ASAERLA - Associação de Arquitetos e
Engenheiros da Região dos Lagos, prestamos justa homenagem ao
sr......................... por considerá-lo um dos grandes empreendedores que
transformam sonhos em realidade”
Julho de 2009 - Humberto Quintanilha - Presidente
Ao Sr. Eng°. RICARDO VALETIN DE AZEVEDO
Entregou o Engº. Raimundo Nogueira
(foto 1)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Ao Sr. Engº. RAUL ANTÔNIO ALBERTO LORA
LAZCANO
Entregou o Engº. Marco Aurélio
(foto 2)
Ao Sr. Engº. JOSÉ ARTUR DE ALMEIDA LIMA
Entregou o Engº. Humberto Quintanilha
(foto 3)
Ao Sr. Engº. SALVADOR MAIQUES ALVES
Entregou o Engº. Raimundo Nogueira
(foto 4)
Ao Sr. Engº. PAULO CESAR DA FONSECA
FERREIRA SOARES
Entregou o Engº. Marco Aurélio
(foto 5)
Ao Sr. Engº. JOSÉ DEGUCHI
Entregou o Engº. José Deguchi Júnior (filho)
(foto 6)
Ao Sr. Engº. SÉRGIO PALADINO SOLANO
Entregou o Engº. Milton Lima
(foto 7)
Ao Sr. Engº. MÁRIO MÁRCIO SAAB DE SOUZA
Entregou o Engº. Marius Marcel Antunes de
Souza (filho)
(foto 8)
Ao Sr. Arqtº. ARISTARCO ACIOLI DE OLIVEIRA
Entregou o Engº. Luis Sergio
(foto 9)
Não puderam comparecer para receber:
Sr. Engº. LUIZ FERNANDO LOBO
Sr. Engº. NIKOLAOS ELEFTHERIOS NIKOLAU
Sr. Engº. FRANCISCO MANOEL DA ROCHA
GUIMARÃES
A ASAERLA anuncia:
1º Fórum Nacional de Tecnologia para Construção Sustentável - Búzios/RJ
Durante a festa em comemoração
pelo aniversário de 32 anos da
ASAERLA, o Diretor Social da
entidade, Engº. Milton Lima,
anunciou, em primeira mão, a
realização do “1º Fórum Nacional de
Tecnologia
para
Construção
Sustentável - Búzios/RJ”. Será o
primeiro fórum a ser realizado pela
ASAERLA na região. Será um evento
de grande porte e com palestrantes
reconhecidos em todo o Brasil.
Segundo Milton, este evento se dará
ainda no ano de 2009.
Vem aí, pela primeira vez na
região, um fórum sobre
sustentabilidade com as
maiores autoridades do
assunto.
Fiquem atentos.
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Drenagem do Rio Una ameaçada
Cabo Frio ,03 de agosto de 2009.
Ao
Cons. Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do
Est. do Rio de Janeiro – CREA-RJ
A/C Eng. Agrônomo Agostinho Guerreiro - Presidente
Rua Buenos Aires, 40 – 2o andar – Centro - Rio de Janeiro – RJ
Ref.: Valor do repasse da ART.
Prezado Senhor,
A ASAERLA – Associação de Arquitetos
e Engenheiros da Região dos Lagos,
neste ano em que completa 32 anos de
fundação, assumiu sua verdadeira
posição frente às cidades que abrange.
Seus profissionais tem se destacado em
diversos setores públicos e
empresariais. Seus eventos, festivos,
cívicos e culturais, como fór uns,
seminários, palestras e cursos, têm sido
amplamente comentados e elogiados.
Em especial a sua par ticipação na
ECOTECH e a realização do 1º Fórum
de Tecnologia para Construção
Sustentável, a ser realizado em
Armação dos Búzios, em novembro
próximo. Por fim, seu informativo
bimestral tem atuado como um veículo
de comunicação realmente importante e
como a verdadeira voz da classe junto
aos fatos nas cidades da região.
Denunciando, criticando, elogiando e
sugerindo. Fazendo enfim, o papel que
cabe aos engenheiros e arquitetos dentro
de suas comunidades.
3. Quantidade de ART’s recolhidas, em
exigências, incluindo o valor total em
reais, de janeiro a junho de 2009, nos
municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo,
Armação dos Búzios, São Pedro da
Aldeia, Iguaba Grande e Araruama;
E tudo isso demanda custos.
7. Item nas ART’s dos municípios de
Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação dos
Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba
Grande e Araruama que aparece com o
maior índice de exigência;
Diante disso, conforme reunião realizada
no dia 15 de julho de 2009 com os
funcionários do CREA-RJ, Sr. Paulo
Taranto e Sra. Cínthia Athié, e tento em
vista a importância que o repasse de
verbas tem para a nossa entidade, vimos
solicitar as seguintes informações:
4. Quantidade de ART’s recolhidas,
incluindo o valor total em reais, de
janeiro a junho de 2009, nos municípios
de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação
dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba
Grande e Araruama, tendo a ASAERLA
como entidade beneficiada;
5. Quantidade de ART’s em exigência,
recolhidas nos municípios de Cabo Frio,
Arraial do Cabo, Armação dos Búzios,
São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e
Araruama, no período de janeiro a junho
de 2009, tendo a ASAERLA como
entidade beneficiada;
6. Itens do formulário de ART que a faz
ficar em exigência;
8. Se o preenchimento do campo 27 da
ART faz a mesma ficar em exigência, não
gerando repasse para as entidades;
1. Quantidade de ART’s recolhidas,
incluindo o valor total em reais, nos anos
de 2007, 2008 e de janeiro a junho de
2009, nos municípios de Cabo Frio,
Arraial do Cabo, Armação dos Búzios,
São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e
Araruama;
9. Situação cadastral do convênio da
ASAERLA com o CREA-RJ.
2. Valor, em reais, do total de ART’s
recolhidas, nos anos de 2007 e 2008 e
de janeiro a junho de 2009, nos
municípios de Cabo Frio, Arraial do
Cabo, Armação dos Búzios, São Pedro
da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama,
tendo a ASAERLA como entidade
beneficiada;
Sem outro particular, colocamo-nos a
disposição para esclarecimentos
necessários e desde já agradecemos a
prestimosa atenção.
Obs.: Para os itens 1 ao 5 solicitamos
relacionar
os
quantitativos
individualmente
para
cada
município.
Atenciosamente,
Humberto Sanchez Quintanilha
Presidente
O trabalho de drenagem do Rio
Una pode ficar por menos da metade
do previsto. Pelos cálculos do Inea apenas três quilômetros será dragado até
o final deste ano. Os outros 27 quilômetros precisam de mais verba para
que a obra seja concluída.
De acordo com o engenheiro Túlio
Vagner, superintende regional do Inea,
o trabalho desenvolvido no momento
é apenas emergencial para tratar dos
gargalos que provocam alagamentos em
tempos de chuvas naquela área.
- Precisamos de um projeto maior
para trabalhar em toda a extensão do Rio
Una e seus afluentes. Para isso é preciso
mais verba. Já estamos conversando com
o consórcio Lagos São João para encon-
trar formas de captar recursos -, disse o
engenheiro, que tem visitado pessoalmente os trabalhos no rio Una.
O subprefeito da zona rural, Beto
Nogueira, disse que o trabalho está em
bom ritmo e que entende as dificuldades de se realizar obras em todos 30
quilômetros do rio que deságua no rio
São João.
- Foram mais de 30 anos sem obras
de manutenção. Agora, os estudos
apontam que precisamos, pelo menos
de dois a três anos de obra nas margens do rio -, disse Beto.
Pelo convênio, máquinas, equipamentos e técnicos são fornecidos pelo
estado; a manutenção, combustível e
apoio fica por conta da prefeitura.
Aterro sanitário vai beneficiar 360 mil moradores
O projeto da construção de um
aterro sanitário para atender os
municípios de Araruama, Silva Jardim,
Arraial do Cabo e Saquarema começa
a sair do papel. O prefeito de
Araruama, André Mônica participou
recentemente de encontro com o
governador Sérgio Cabral e a secretária
de Ambiente, Marilene Ramos, no
Palácio Guanabara, em Laranjeiras para
assinatura do contrato e elaboração de
projeto do aterro sanitário.
Implantado em Saquarema, o novo
local para colocar o lixo vai beneficiar
cerca de 360 mil moradores da Região
dos Lagos.
De acordo com André Monica, a
Secretaria de Obras do Estado vai
realizar, em novembro, a licitação para
a escolha da empresa que construirá o
centro de tratamento. A implantação
do aterro integra o Pacto pelo
Saneamento: Rio Limpo, Lixão Zero,
lançado ano passado pelo Governo do
Estado. A idéia é ampliar de 25% para
80% a coleta e tratamento de esgoto
e erradicar os lixões do Estado do Rio
de Janeiro em 10 anos e para isso, cerca
de R$ 5 milhões serão investidos.
O governador Sérgio Cabral
anunciou também o aumento dos
recursos do Fundo Estadual para
Conservação Ambiental (Fecam) com
a ampliação de 10% dos royalties do
pré-sal, e afirmou: “Isso é fruto de um
consórcio de trabalho. Nós aprovamos
o ICMS Verde, uma lei em que os
municípios precisam ficar atentos. O
tratamento de lixo e esgoto conta
pontos para a recepção desses recursos,
importantes na gestão de cada
prefeitura”.
A secretária de ambiente, Marilene
Ramos, disse que os lixões são uma
doença e um verdadeiro drama social
e ambiental no Rio.
- Estamos avançando muito na área
ambiental. O aterro sanitário é
solução, não é lixão -, afirmou a
secretária.
Julho / Agosto 2009
14
Dalila Tardelli
Fazenda Campos Novos pode
se transformar em centro cultural
Asaerla sugere discussão
técnica porque parte do
prédio já está interditado
ameaçando cair
Depois da publicação no
informativo da Asaerla sobre
a falta de manutenção que
ameaça o prédio da Fazenda
Campos Novos, a prefeitura
criou uma comissão para tratar do assunto.
De acordo com a assessoria municipal, representantes
de secretarias estão elaborando um projeto para nova utilização da fazenda.
O objetivo é unir o projeto
ao plano de restauração da fazenda em parceria com o
IPHAN e o INEPAC. Discutem o assunto representante da
Subprefeitura Rural, das secretarias de Agricultura, Meio
Ambiente, Educação, Cultura,
Turismo, Indústria e Comércio, Ciência e Tecnologia, Promoção Social e Planejamento.
A idéia é transformar a Fazenda Campos Novos em um
Centro de Difusão Cultural,
explorando diversas atividades.
Uma possibilidade é criar na
área externa da fazenda o Parque Municipal de Cabo Frio;
outra idéia é criar um espaço
de educação ambiental, com
visitação das escolas. Há também a pretensão de exploração
turística, e para isso a fazenda
irá dispor de um restaurante
campeiro, e os visitantes terão
à sua disposição atividades
como caminhada ecológica,
cavalgada, lago de pesca e feira
de artesanato regional.
Outros projetos estão previstos para funcionar na fazenda, como por exemplo, uma
casa de fabricação de farinha
artesanal e box para venda de
hortaliças e leguminosas orgânicas produzidas no próprio
local. Um dos destaques é o
que se poderia chamar de “carro chefe” dos projetos: a criação do Museu de História
Natural “Caminhos de
Darwin”. A idéia é explorar o
turismo e inserir a fazenda no
circuito de visitação do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Carlos, esse espaço aberto
para a colaboração da sociedade na campanha é uma forma de aproximar a população
de um patrimônio público de
grande importância para
Cabo Frio.
- Convidamos a sociedade
para participar desta campanha, enviando idéias e sugestões para o nosso e-mail
“[email protected]”.
Solicitamos a colaboração de
todos para ser uma campanha
nossa, não apenas da prefeitura -, observou Jonatas Carlos.
Campanha pela
restauração do prédio
Asaerla quer discussão
mais técnica
A Secretaria de Agricultura pretende lançar ainda em
agosto uma campanha pela
restauração e preservação da
Fazenda Campos Novos, com
objetivo de transformá-la em
um Centro de Difusão Cultural, Econômico e Turístico,
com restaurações que possibilitarão uma visibilidade turística para a Região dos Lagos.
A sociedade cabofriense
pode atuar ativamente nesta
campanha enviando sugestões
de artes gráficas para elaboração de cartaz, folder e frases
de impacto para campanha.
Segundo o chefe de administração da fazenda, Jonatas
Antes mesmo de colocar
em prática campanhas de utilização da Fazenda Campos, a
Asaerla sugere uma discussão
técnica
com
IPHAN,
INEPAC e órgãos municipais
envolvidos, para tratar da restauração estrutural do prédio,
que em alguns pontos já ameaça cair. A parte de cima, inclusive, já está interditada e as
visitas turísticas e de escolas
estão suspensas.
- Precisamos primeiro estudar de que forma será restaurado o prédio sem afetar o
valor histórico e de
patrimônio -, disse um diretor da Asaerla.
PROFISSIONAL – ASAERLA
Luis Césio de Souza Caetano Alves
Engenheiro Mecânico
Apaixonado pela profissão. É
assim que definimos o engenheiro Luis Césio de Souza
Caetano Alves (59), natural de
Campos dos Goytacazes. Do
pai, herdou o gosto pela engenharia. Inclusive o nome
“Césio” foi escolhido quando o
pai ainda cursava a faculdade
de “engenharia química” e o
bebê ainda nem havia nascido.
O nome agradou tanto que está
na família pela terceira geração.
- Tenho identidade muito
grande com a engenharia, desde
o meu nome. Meu pai era
engenheiro químico e o “Césio”
foi dado ao primogênito. Como
minha mãe não gostou muito,
acrescentaram o Luis. O
mesmo aconteceu com meu
primeiro filho e meu neto;
ambos herdaram o Luis Césio -,
orgulha-se.
Formado em engenharia de
fabricação mecânica pela
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) e pós-graduado
em engenharia mecânica na
Gama Filho e especialização em
engenharia de segurança, Luis
Césio, diz torcer para que o neto
se apaixone pela profissão.
- Não trabalho mais como
engenheiro, hoje estou como
administrador. A única função
que exerço da engenharia é de
segurança do trabalho, área que
está em ascensão principalmente por ser um requisito do
Ministério do Trabalho. Torço
para que meu neto siga está
profissão. Já meu filho optou
pela publicidade -, comentou.
Presidente do Conselho da
Representação Regional da
Firjan no leste fluminense e
Diretor Corporativo da Sal Cisne,
Luis Césio Caetano relembra da
sua trajetória profissional e
afirma atuar em defesa dos
interesses da indústria salineira
fluminense.
- Sempre trabalhei em
empresa, no Rio de Janeiro.
Logo após ter me formado
trabalhei numa empresa que
fazia isolamento térmico, no
qual utilizava minha formação
técnica. Cheguei a Cabo Frio em
1984, onde comecei a trabalhar
na Refinaria Nacional de Sal,
(Sal Cisne). Depois mudei
minha atuação dentro da
refinaria na área industrial.
Voltei à capital para integrar a
parte mais corporativa da
empresa. Hoje dedico muito do
meu tempo à Federação das
Indústrias -.
No segundo casamento e
pai de dois filhos e com um
neto, o engenheiro diz gostar da
vida ao ar livre, caminhar e
estar em contato com os
amigos.
- Gosto muito de ler, mas
prefiro uma leitura mais atual,
não gosto de clássicos. Todo
ano escrevo na minha agenda
“É possível melhorar”. Acredito
que devemos sempre estar
indo ao encontro do desafio.
Julho / Agosto 2009
W2 Imagens
15
David Barreto - Secretário de Meio Ambiente de Arraial do Cabo
“A sociedade tem se mostrado muito consciente com relação à preservação ambiental”
Walmor Freitas
Asaerla - O sr. é concursado?
David - Como professor sou
concursado em Búzios, no estado como
professor universitário. Também dou
aulas na Estácio e no Cefet, na área de
meio ambiente. E agora estou como
secretário pela primeira vez.
O sr. conhece os problemas existentes
na região. Existe um plano para
resolvê-los?
Demos prioridade para sanar os
passivos ambientais do município,
como a ocupação irregular e a questão
de destinação do lixo.
E a ocupação irregular?
Concentramos nossas atividades primeiro
em Monte Alto, depois em Massambaba.
Temos ali uma área com risco de
alagamento, onde o mar sobe e ocorre
um fenômeno chamado cabeça d’água,
que nada mais é que uma forte ressaca.
Mar e lagoa podem se unir? É possível?
Sim, justamente na restinga de
Massambaba, numa localidades
chamada de Poças, em Monte Alto
(poças porque alaga). Dependendo da
força dessa ressaca ela pode subir o
continente, passando pelos canais de
maré e se unindo à Lagoa de Araruama.
Aconteceu há pouco tempo?
Essa ligação já não ocorria há dez anos,
mas em abril desse ano tivemos uma
alerta porque o mar subiu bem e alagou
toda aquela localidade que está sendo
pressionada por essa ocupação irregular.
Quais as área de maior risco?
As áreas de maior pressão são a restinga
de Massambaba, com o foco em Monte
Alto, em Figueira como o Parque das
Gaivotas, onde a faixa marginal de
proteção também é atacada por essas
ocupações irregulares, e nas encostas do
município, principalmente no Morro
da Cabocla, no centro.
O sr. recebe algum apoio?
Sim, trabalhamos junto com a
Secretaria de Obras e de Habitação do
município. Trabalhamos em conjunto
porque os recursos são escassos. Agora
obtivemos recursos do INEA, que
cedeu equipamentos como maquinário
e retro-escavadeira.
O sr. está pedindo ajuda?
Para a Secretaria de Estado do
Ambiente, que tem a Ceca (Comissão
Estadual de Controle Ambiental) que
E nas encostas próximas às praias?
Realizamos operações lá em cima.
Detectamos também as mesmas
situações de construção em andamento,
que já foram demolidas. Três entraram
com liminar para impedir que a
prefeitura fizesse demolições, que estão
sendo monitoradas. Como a gente não
pode demolir, eles também não podem
construir. Eles não tinham licença de
obra e a área é particular. A área do
Morro da Cabocla pertence à
Companhia Marina do Cabo. Já
tivemos várias reuniões e eles estão
reforçando seu patrulhamento
particular da área, evitando novas
invasões .
Experiência sobre os problemas ambientais
que afligem a região, o professor cabista David
Barreto tem de sobra. Biólogo, formado pela
Ferlagos e com mestrado em ciências
ambientais pela Universidade Federal
Fluminense (UFF), David enfrenta o desafio
de recuperar parte da vegetação nativa e impedir novas invasões em Arraial do Cabo, onde
foi nomeado secretário de meio ambiente.
- Sou cabista e já trabalhei na secretaria como
técnico, mas agora temos que resolver o
passivo ambiental e ainda colocar em prática
novos projetos. É a corrida contra o tempo -,
diz David, que se divide entre a nova função e
ministrar aulas em outras cidades.
é um órgão com objetivo de coordenar,
supervisionar e controlar o uso racional
do meio ambiente no Rio de Janeiro.
Também conto com a ajuda do
Batalhão Florestal e do 25° BPM, que
enviam homens para atuar na segurança
das operações, inclusive até para
podermos encaminhar os infratores para
a delegacia, conforme a necessidade.
O Batalhão Florestal tem sede na
região?
Em Praia Seca, ao lado da sede de
Massambaba. Temos um resultado
positivo de ação, mais de 50
desfazimentos em todo município
nesses primeiros seis meses. E a maioria
na localidade de Poças, em Monte Alto.
Qual o prejuízo ambiental para as
espécies nativas?
Nessas localidades de restinga, onde
existem cordões arenosos, a vegetação
nos auxilia na barreira de nossas costas.
Uma vez que se retira vegetação, destrói
o cordão arenoso. Temos verificado muito
isso. Há destruição de dunas para fazer
o aterro dessas ocupações, e aí a costa
fica desprotegida. Então o mar, que seria
defendido por essa barreira costeira (que
não existe mais), sobe com facilidade e
ocasiona danos à população.
Como a comunidade pode ajudar?
Estamos colocando placas de
informação nas áreas de preservação e
de risco. Alertamos a população que
antes de comprar qualquer terreno,
negociar ou construir, deve procurar a
Secretaria de Meio Ambiente para se
informar. Se for preciso, o cidadão deve
entrar com um processo administrativo
para saber sobre a legalidade da área,
para depois não ter o IPTU cancelado
ou a casa demolida.
Em todo o município?
Sim, principalmente em Monte Alto,
porque o município sofreu uma ação
do Ministério Público Estadual em
2006. A sentença judicial obriga o
município a fazer a demolição de
ocupações irregulares em andamento
nessas localidades.
Existe algum levantamento da
prefeitura para evitar invasões?
A Secretaria de Habitação tem uma
assistente social e na hora da operação
é tomada uma decisão em conjunto
com todos os órgãos que estão
participando. É feito uma triagem e o
reconhecimento de cada construção.
Havendo sinais verdadeiros de
habitabilidade,
não
podemos
desobedecer uma decisão judicial .
A prefeitura tem feito vistorias?
Fazemos vistorias de rotina. Até mesmo
a questão de segurança para nossa
equipe de fiscalização é levado em conta
também. Não podemos fazer inspeção
do local sem ter um aparato de
segurança. É fundamental a gente ter
esse cuidado com a integridade dos
nossos fiscais.
E a sociedade já percebeu todo o
trabalho da prefeitura?
Temos recebido muitas denúncias. A
sociedade se mostra muito consciente
com relação à preservação ambiental e
qualquer indício de ocupação irregular,
a gente recebe a denúncia. As
administrações regionais de Monte Alto
e Figueira também são os nossos olhos
nesses locais.
As invasões são de pessoas de fora?
Detectamos um fluxo de pessoas que
vem da Baixada e Norte Fluminense.
E Porto do Forno? Algumas empresas
queriam transportar minério por aqui.
Qual a solução?
O que está sendo pedido é licença
ambiental do porto, para as atividades
que já existem e com possibilidades
de outras atividades. De minério eu
não tenho conhecimento. O porto tem
um departamento próprio de gestão
ambiental e qualquer atividade que for
proposta ali é alvo de licenciamento
de competência do IBAMA ou do
INEA.
Existe alternativa para transporte de
caminhões do porto?
Está sendo implantado um plano de
trafegabilidade para que os impactos
dessa trafegabilidade na população seja
reduzida.
Hoje a comunidade está mais
consciente? Tem algum trabalho nas
escolas para que se crie uma cultura de
defesa ao meio ambiente?
O governo entendeu nesse ano que
deveria reforçar a questão dos projetos
ambientais e educação ambiental.
Concentramos nossas atividades com a
questão da gestão do licenciamento da
qualidade ambiental e a Fundação
Ambiental se concentra nos projetos
relacionados a captação de recursos e
projetos de educação ambiental, só que
todas duas instituição trabalham forte
com a questão de educação, da
comunicação.
Arraial ainda não aderiu ao aterro
sanitário?
Municípios vizinhos como Saquarema,
Araruama, Silva Jardim e Arraial não
aderiram porque não tiveram condições
de pagar o alto valor do custo
operacional.
Julho / Agosto 2009
16
Inea promete intensificar fiscalização
Walmor Freitas
Obras em Cabo Frio
já foram licenciadas
O engenheiro Túlio Vagner dos Santos explica o funcionamento do INEA na região
As mudanças operacionais no Inea começam a dar resultados positivos. Essa é a avaliação
do engenheiro Túlio
Vagner dos Santos
Vicente, 50 anos, superintendente regional do
órgão para os municípios de Silva Jardim, Araruama, Cabo Frio, Armação de Búzios, Saquarema, Iguaba Grande,
São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo e, parcialmente, os municípios de
Rio Bonito, Cachoeiras
de Macacu, Casimiro de
Abreu e Maricá.
As ações estão concentradas nas áreas de fiscalização, licenciamento
e monitoramento. Segundo o engenheiro, a
nova orientação mobiliza equipe de 30 pessoas
e prevê avanços imedia-
tos como a instalação de
um laboratório em Araruama, para análises de
águas e balneabilidade
das praias e um posto
avançado em Cabo Frio
para atender também
Arraial, Búzios e São
Pedro da Aldeia.
- Estamos bem adiantados e devemos instalar
o posto no Terminal
Marítimo de Cabo Frio
-, disse Túlio durante visita à sede da Asaerla,
quando foi recebido pelos diretores Juarez Lopes
e Luis Sérgio.
Licenciamento
Com a criação do Inea,
o licenciamento ambiental ficou descentralizado,
o que, segundo Túlio
Vagner, tornou mais fácil
a fiscalização. Cabo Frio
já está autorizado a licenciar empreendimentos de
pequeno porte.
- A descentralização
tem por objetivo agilizar
o processo de licenciamento -, disse, lembrando que quando a nova
equipe assumiu a regional,
havia cerca de 450 processos parados no órgão.
- Eram de 95 até
2000, 2002, 2004 e
2005. Trabalhamos para
analisar os processos mais
antigos e priorizar os
processos públicos de
prefeituras e concessionárias como Ampla, Prolagos e Juturnaíba -, disse.
A estimativa é que,
dos 170 processos ainda
em análise, até o final do
ano fiquem apenas os
compromissos de 2009.
Túlio Vagner disse
ainda que o órgão traba-
lha em total sintonia
com o MP com cerca de
100 processos. No início eram 270.
Além disso, explicou o
engenheiro, todas as construções embargadas estão
respeitando a fiscalização
e providenciando a documentação necessária.
- As pessoas construíam de qualquer maneira. Por isso temos mais
de 30 processos em andamento -, disse.
Segundo Túlio, a regional ganhou em qualidade com a fusão dos
órgãos. Quatro fiscais
eram da Serla, dois
eramda Feema e oito técnicos na fiscalização.
- Cada um traz uma
experiência. Faltam
ainda mais profissionais, mas avançamos
muito -, avalia.
Com o convênio entre Estado e municípios, Cabo Frio passou a
licenciar obras de pequeno porte como
lavajato e oficinas mecânicas. A construção
do edifício-garagem,
que está a todo vapor na
esquina da rua Miguel
Couto com Raul Veiga,
já foi autorizado pelo
novo sistema.
- Licenciamos porque todos os requisitos
foram cumpridos pelos
construtores -, garante
o biólogo Alcebíades
Terra, secretário de
Meio Ambiente de
Cabo Frio.
A aprovação de projetos é uma preocupação constante da Asaerla.
Alguns profissionais
têm reclamado que as
exigências da prefeitura
vêm aumentando para a
liberação de obras, o
que contraria o convênio
com o estado para a liberação de obras de pequeno porte.
- As regras não estão claras e o Inea precisa agir com rigor para
que a prefeitura cumpra o acordo e trate todas as licenças da mesma forma -, disse o engenheiro Juarez Marques Lopes, diretor de
meio ambiente da
Asaerla.
O Inea regional tem
a responsabilidade ainda sobre as bacias
hidrográficas dos rios
São João e Una, bacias
contribuintes ao Complexo Lagunar de
Saquarema, Jaconé e
Araruama, e bacias do
litoral de Búzios.
Walmor Freitas
Julho / Agosto 2009
17
Uma nova ponte para Cabo Frio
por Luiz Carlos da Cunha Silveira
Azul - Rodovias existentes
Verde - Estrada de ferro projetada
Vermelho - Rodovia projetada
engenheiro eletricista
O centro urbano de
Cabo Frio surgiu e desenvolveu-se, durante três séculos, ilhado entre o oceano, o canal e a lagoa, dependendo de embarcações
para manter o contato com
o continente. Finalmente,
em 1898, inaugurou-se a
primeira ponte, denominada Miguel de Carvalho,
mesmo assim para atender
ao projeto de trazer o trem
até Cabo Frio. Tendo essa
ponte ferroviária desabado
em l920, foi substituída
em1926 pela atual
Feliciano Sodré, duplicada
recentemente pela moderna ponte Deputado
Márcio Corrêia (todas três
entre os morros da Guia e
do Telégrafo).
Enquanto isso, em
outro local, entre o Baixo
Grande e a Ponta do
Ambrósio, foi inaugurada em 1960 a ponte da
nova estrada para a fábrica nacional de Álcalis
(substituída há pouco
tempo por outra mais
alta, e de mão dupla, batizada como Wilson
Mendes), ligando a Praia
do Siqueira, em Cabo
Frio, ao Baixo Grande,
em São Pedro da Aldeia,
por motivo distinto do
atendimento ao crescimento urbano de Cabo
Frio: era parte da rodovia
São Pedro-Arraial do
Cabo (RJ-140), construída para atender a recém inaugurada Fábrica
Nacional de Álcalis, mas
que sem dúvida evitou
que a Feliciano Sodré entrasse em colapso, ao canalizar o tráfego de entrada e saída da cidade
para a outra extremidade
da mesma. Esta nova
ponte, contudo, tendo
sido construída a toque
de caixa para inauguração
da Álcalis pelo presidente Jucelino Kubitschek
naquele seu embalo de
“fazer cinqüenta anos em
cinco”, o foi como um dique aterrado sobre a lagoa (exceto dois curtos
trechos, um sobre o canal Palmer entre a Ilha da
Conceição e a Praia do
Siqueira e outro de 25 ou
30 metros extremidade
oposta, no Baixo Grande), prejudicando sensivelmente a navegação naquele trecho, inclusive
inviabilizando alguns
projetos de marinas na
lagoa. Recebeu o nome
do autor do hino municipal de Cabo Frio (letra
e música), Victorino
Carriço.
Para piorar, a obra
complementar a esta ponte, a construção da nova
rodovia ligando São
Pedro da Aldeia ao Arraial do cabo (RJ-140) no
final dos anos cinqüenta,
visando atender à recéminaugurada Fábrica Nacional de Álcalis, provocou também séria agressão ambiental às dunas e
à orla como um todo, em
função de seu novo trajeto que deixou de seguir a
primitiva estrada velha do
Arraial (atual Rua Adolfo
Beranger Júnior) em seu
trajeto inteligentemente
eqüidistante do mar e da
lagoa, o qual corria pela
linha média da restinga,
em prolongamento direto da Avenida Teixeira e
Souza.
De fato, a nova rodovia passou direto pelo
atual rodo e avançou perpendicularmente sobre a
praia, fazendo curva fechada e perigosa, em
90°, quase já na linha da
maré alta, cortando
como faca todo o grande
campo de dunas da área.
Consequentemente, ao
se aproximar do final da
praia, na área do pontal,
a estrada vê-se forçada a
recuar para oeste tudo o
que havia avançado a leste em seu início, tornando seu trajeto no trecho
Cabo Frio-Arraial mais
longo do que seria necessário, a rigor quase o dobro da distância no caso
da alternativa proposta
mais adiante. O motivo
do aparente absurdo era
valorizar toda a extensão
da Praia do Forte, ao longo da qual corria o trajeto assim adotado.
Quanto às dunas, não
aceitaram ser divididas e
prosseguem há quase
meio século cobrindo continuamente o asfalto, em
seu deslocamento para sudoeste impulsionadas
pelo vento nordeste, obrigando o poder público a
remover indefinidamente,
com caminhões e
escavadeiras, toneladas de
areia que, de outro modo,
rapidamente enterrariam
em profundidade todo
aquele trecho rodoviário.
De fato esta nova rodovia
estimulou, apenas por sua
presença, a ocupação de
toda a orla entre a citada
curva e o Pontal (Foguete, etc.) até o limite da
maré, com várias casas sujeitas até a inundações no
caso de ressacas particularmente fortes.
Por outro lado, o projeto inicial da Álcalis, nos
anos quarenta do século
passado, previa a implantação de um ramal de ferrovia inciando-se na estação de São Pedro da Aldeia da Estrada de Ferro
Maricá e seguindo até a
Praia dos Anjos no Arraial, local do único porto de
águas profundas entre as
baías de Guanabara e Vitória, ramal este que ultrapassaria a lagoa no último ponto estreito da
mesma, entre a Enseada
Maracanã e o corpo prin-
cipal da lagoa, indo da
Ponta da Areia para a Ponta dos Macacos, utilizando a Ilha das Pombas
como ponto de apoio no
meio da passagem, vindo
a seguir a interconectarse com a ferrovia particular das Salinas Perynas,
que já possuía seu próprio
porto na Praia dos Anjos.
Embora nada disso tenha vindo afinal a ser feito, este trajeto seria o ideal, a meu ver, para uma
nova ponte rodoviária,
complementar à do Baixo
Grande, que prolongasse o
atual término da Via Lagos ao longo da península
da Praia do Sudoeste de
São Pedro até, já do outro
lado na restinga, terminar
na curva da Estrada Velha
do Arraial muito próxima
do aeroporto internacional
(facilitando enormemente
o acesso de e para, de passageiros e cargas, através de
um acesso muito mais rápido e direto), e atendendo assim, além deste, três
ramificações diretas e já
existentes: para Cabo Frio,
pelo trecho da Estrada
Velha hoje denominado
Av. Adolfo Beranger Júnior;
para o Arraial, pelo trecho
da Estrada Velha na direção oposta até seu encontro com a Estrada Nova
(RJ-140); e para a restinga
da Massambaba, pela bifurcação à direita, também
da Estrada Velha, que atravessa a ponte da comporta
da eclusa da Álcalis. Esta
nova estrada desafogaria
totalmente todo o atual
trecho entre o final prematuro da Via Lagos e o Arraial, que passa por São
Pedro, Campo Redondo,
Vinhateiro, Baixo Grande,
Av. América Central, etc.,
nos quais a RJ-140 já ficou convertida em típica
avenida de área urbana
congestionada.
Julho / Agosto 2009
18
A importância da manutenção preventiva
Risco da Atividade
de Pavimentação Asfáltica
Por Luciano Silveira *
É possível ter idéia da pujança econômica de uma nação pelo conhecimento do nível de atividade na indústria da
construção civil. Motor e termômetro da
economia, este setor é terreno fértil para
o estudo das engenharias.
Em um campo reconhecidamente
concentrador de mão-de-obra, é
equivocada a abordagem estritamente tecnicista, com foco na
Engenharia Civil, em detrimento de aspectos importantes de gestão.
Cabe a Engenharia de Segurança promover sua inserção como um
dos principais atores na discussão da indústria da construção civil,
trazendo, à luz da relevância, a preocupação com os riscos inerentes,
potenciais causadores de perdas humanas, ambientais e materiais.
Este artigo defende o efetivo gerenciamento da segurança e saúde
do trabalhador na indústria da construção civil pesada voltada para a
manutenção de rodovias, mais especificamente na atividade de
pavimentação asfáltica.
Ao observar uma obra de manutenção de rodovia com uma área
pavimentada em torno de 20.000 m2, a obra foi dividida em 04 (quatro)
serviços, cada uma representando uma etapa da obra: imprimação
mecanizada da área a ser pavimentada executada pelo espargidor;
transporte do concreto asfáltico executado por caminhões; distribuição
e espalhamento do concreto asfáltico executado pela acabadora; e
compactação do concreto asfáltico executado pelos rolos de
pneumáticos e vibratórios.
De posse de informação visual fornecida por uma matriz de risco,
a maior concentração de riscos é de intolerável e moderado. Isso
reflete nitidamente a precariedade em que se encontra atividade como
um todo no tocante à avaliação e controle dos riscos inerentes.
Analisando qualitativamente o sistema da análise preliminar de
risco por serviço e considerando os critérios adotados para estabelecer
um ranking dos graus de riscos, verificou-se que a compactação do
concreto asfáltico executado pelos rolos de pneumáticos e vibratórios
apresenta maior potencial de risco para atividade de pavimentação
asfáltica.
Objetivamente, os principais riscos encontrados na obra analisada
foram os de acidentes, como os atropelamentos e quedas de pessoas
dos equipamentos, e os químicos devido à intoxicação com vapores e
poeiras provenientes do asfalto. Especificamente, este último, é digno
de nota, uma vez que concorre para patogenicidade do ambiente não
só o vapor asfáltico, como também, poeiras químicas e insolação,
constituindo dessa forma, um autêntico risco combinado.
* Luciano Silveira é Engenheiro Civil e Engenheiro de
Segurança do Trabalho, Mestrando em Engenharia Civil,
UFF e Ex-Presidente da Asaerla
Por Elidio Lopes Mesquita Neto
A maioria de acidentes problemas Essa vistoria feita planejar alternativas viáveis.
prediais é causada por falha de por engenheiro habilitado, de Além disso, a execução desses
manutenção. Os noticiários ordem técnica, construtiva, serviços pode ser agendada e
alertam para diversos aciden- operacional e funcional tem executada em momentos
tes prediais, com vítimas fatais, como objetivo levantar infor- oportunos com menores imnas edificações brasileiras. A mações para se poder executar pactos para os diversos usuácâmara de inspeção predial do corretamente as manutenções rios da propriedade. Já a
Ibape/SP (Instituto Brasileiro necessárias nas propriedades. manutenção corretiva será
de Avaliações e Perícias de O planejamento torna-se quase sempre executada com
Engenharia de São Paulo) fundamental, principalmente regime de urgência, sob conatualmente realiza estudo porque, antes de tudo, será dições críticas, sujeitando-se o
sobre acidentes ocorridos em necessário alocar recursos mantenedor ao pagamento de
edificações com mais de 30 físicos e financeiros para tanto. preços de momento e da
Por ser de custo significa- possibilidade de privar seus
anos, mostrando nos resultados iniciais obtidos, que 66% tivo (alguns pesquisadores usuários do suporte necessário
das prováveis causas e origens indicam porcentagens de até para execução de suas tarefas,
dos acidentes são relacionadas 8% ao ano para se manter além de expô-los a riscos até
à falta de manutenção, que adequadamente uma proprie- de integridade física. É claro
que isso significa maiores
gera a perda precoce de
custos para execução de
desempenho e deterioum mesmo serviço sob
ração acentuada. Apenas
66% das prováveis causas e
melhores condições.
34% dos acidentes posorigens dos acidentes são
As
normas
de
suem causa e origem
relacionadas à falta de
desempenho
(ABNT
relacionadas às falhas de
manutenção, que gera a perda NBR 15575), partes 1 a
projetos ou execução que
precoce de desempenho e
5, que vieram contribuir
podem ser chamados de
para a determinação de
vícios construtivos.
deterioração acentuada
requisitos mínimos de
Normalmente, síndicos,
desempenho às edificações,
proprietários de imóveis ou
usuários ignoram as atividades dade comercial) as ações neces- definem as exigências dos
preventivas, corretivas, refor- sárias para manutenção quase usuários como: “conjunto de
mas e outras que, por defini- sempre são erroneamente necessidades do usuário do
ção, deveriam melhorar a per- entendidas como postergáveis. edifício habitacional a serem
Os serviços que se exe- satisfeitas por este (e seus
formance de desempenho nos
sistemas e elementos constru- cutam nas manutenções sistemas) de modo a cumprir
tivos. Essas negligências causam prediais, e que, portanto, pre- com suas funções”. Já a ABNT
cisam ser planejados, podem NBR 5674, sobre manutenprejuízos e até acidentes.
As edificações, sejam elas ser divididos em dois grupos: ção de edificações, define as
residências, edifícios ou preventivos e corretivos. O necessidades dos usuários
indústrias necessitam de primeiro apresenta custos me- como: “exigências de seguranatividades de manutenção ao nores por possibilitar melho- ça, saúde, conforto, adequação
longo de sua vida útil, para res aquisições, fruto de obten- ao uso e economia cujo atengarantir níveis aceitáveis de ção de vantagens comerciais dimento é condição para a
desempenho e de segurança. quando se dispõe de tempo realização das atividades
É importante a execução para negociar e, se necessário, previstas em projeto”.
de vistoria ou inspeção predial
Elídio Lopes Mesquita Neto
para a constatação de eventuais
é engenheiro civil e conselheiro regional do CREA_RJ
Julho / Agosto 2009
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