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Brasília, DF
Boletim da Embaixada
da República da Polônia N° 2/2015
Caros Amigos!
Prezados Leitores,
Neste Natal de 2015 e no Ano
Novo de 2016 gostaria de compartilhar meus sinceros votos de
muita felicidade, prosperidade,
saúde e paz a todos os nossos leitores e suas famílias.
Andrzej Maria Braiter
Embaixador da República
da Polônia no Brasil
foto: M. Cieszewski
A Primeira Conferência sobre Ciência
e Tecnologia Polônia-Brasil
Mais de 40 cientistas participaram da Conferência promovida pelo
Instituto de Aviação da Polônia e pela Universidade de Brasília.
A primeira Conferência sobre Ciência e Tecnologia Brasil-Polônia, com a presença de aproximadamente 15 cientistas, acadêmicos poloneses e a participação
dos representantes do Ministério das Relações Exteriores da Polônia, aconteceu nos dias 21 e 22 de setembro na Universidade de Brasília. Foi a primeira realização do Centro Polono-Brasileiro de Excelência em Altas Tecnologias
Aeroespaciais, criado em 15 de abril de 2015, resultado da cooperação entre
o Instituto de Aviação da Polônia e a Universidade de Brasília.
Na ocasião da visita da delegação polonesa, foi assinado o Acordo de
Cooperação entre as Agências Espaciais da Polônia e do Brasil. n
ÍNDICE
Viagem Educacional – Os melhores
desempenhos recentes em educação
2
Visita do Vice – presidente Michel
Temer à Polônia 2
Zhanna Nemtsova foi agraciada
com o Prêmio Solidariedade
Lech Walesa 3
Aniversário do Levante de Varsóvia
3
Os Acordos de Agosto – nascimento
do Solidariedade
4
Museu Katyń inaugurado em Varsóvia 5
O Partido Lei e Justiça vence
5
as eleições na Polônia
Mesa Redonda do Grupo Visegrad 6
Promoção turística da Polônia 6
Africanista polonês em Brasília,
Salvador e Rio de Janeiro 6
Colóquio sobre o teatro
contemporâneo polonês 6
Stavar7
Como um polonês construiu
ferrovias no Brasil
7
História da coleção
da família Wierzbowski
7
Feira Internacional das Embaixadas
– a banca da Polônia atraiu multidões 8
Mais de 30 países participaram
da festa anual realizada
no Clube do Exército
8
Próximos eventos8
Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
Viagem Educacional – Os melhores desempenhos recentes em educação
A Polônia e a Inglaterra foram escolhidas pelo Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado
de São Paulo) como os destinos da próxima missão educacional a ser realizada pela Instituição em maio de 2016.
A Polônia receberá em torno de 80 educadores e professores brasileiros interessados em conhecer o seu sistema
educacional, apontado como o 11° no mundo na classificação PISA.
“Será uma oportunidade única para conhecer o milagre da estratégia que revolucionou a educação da Polônia, sendo conhecida internacionalmente como um
excepcional caso de sucesso, adaptado à realidade do país.(…)
Face à política de descentralização que constitui parte importante da reforma,
são as autoridades locais as responsáveis pelo suporte e relacionamento com as escolas. Assim, tivemos promessa de portas abertas para conhecer as mais significativas
instituições da Capital. (…)
Após várias reuniões prévias em Varsóvia, comprovamos um grande interesse das
escolas em trocarem experiências com as instituições brasileiras. Teremos, assim,
ampla visão da educação pública e privada do país. Importa destacar as importantes apresentações feitas pelo Embaixador da Polônia no Brasil, que muito contribuíram para o êxito desta visita preliminar.”
Visita no Ministério da Educação em Varsóvia
Artigo publicado por Oswaldo Tavares, Diretor de Relações Internacionais
do SIEEESP, na Revista Escola Particular, Nov. 2015. n
Visita do Vice – presidente Michel Temer à Polônia
“O Brasil é o nosso parceiro estratégico na América Latina” – enfatizou o Ministro Grzegorz Schetyna
no dia 17 de setembro, durante a reunião com o Vice-presidente Temer.
Durante a conversa sobre as relações Polônia-Brasil, o Chefe da diplomacia polonesa relembrou que este ano celebramos 95 anos das relações diplomáticas entre os dois Países. O vínculo
que une nossos países é a colônia polonesa que soma 1,5 milhão de pessoas – salientou
o Ministro. Discutiu-se também a questão dos desafios enfrentados no momento pela Polônia
e pela União Europeia.
Foram abordados também, questões de cooperação econômica. “O Brasil é o maior parceiro comercial da Polônia na América Latina, corresponde a um quarto do nosso fluxo
comercial com a região” – apontou o Ministro Schetyna. No ano 2014, o volume do comércio atingiu o seu maior nível da história (quase 1,7 bilhões de dólares). O Vice-presidente
Temer ressaltou, com apreço, o crescimento dinâmico da Polônia, mesmo nos tempos da
crise mundial.
Durante a visita do Vice-presidente Temer no Ministério das Relações Exteriores, foi
assinado um acordo sobre a cooperação entre as Academias Diplomáticas dos dois países:
o Instituto Diplomático da Polônia “Ignacy Jan Paderewski” e o Instituto Rio Branco.
“Tenho certeza que esse acordo será o início de relações promissoras entre as duas instituições, seus professores e alunos, e que contribuirá para o fortalecimento dos nossos serviços
diplomáticos, permitindo o desenvolvimento de laços de amizade entre as futuras gerações
de diplomatas” – apontou o Ministro Schetyna.
Acompanharam a visita do Vice-presidente os Ministros de Minas e Energia, Aviação
Civil, Pesca, Portos e Turismo, o Vice-ministro das Relações Exteriores e da Ciência e Tecnologia, além da comitiva de empresários brasileiros.
O Vice-presidente Temer reuniu-se também com o Presidente da República da Polônia,
Andrzej Duda, e com a Primeira Ministra Ewa Kopacz. Juntamente com o Ministro da Economia, Janusz Piechocinski, o Vice-presidente inaugurou o Fórum de Negócios Polônia-Brasil, realizado na Câmara de Comércio da Polônia. n
Assessoria de Imprensa
Ministério das Relações Exteriores
foto: M. Jasiulewicz
foto: M. Jasiulewicz
foto: M. Jasiulewicz
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Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
Zhanna Nemtsova foi agraciada com o Prêmio Solidariedade Lech Walesa
“Devemos ser gratos às pessoas que dizem às suas nações: este é o caminho errado; que têm a coragem
de caminhar contra a corrnete”, salientou o Presidente Bronislaw Komorowski, durante a Gala da entrega
do Prêmio Solidariedade Lech Wałęsa, realizada em Varsóvia, no dia 4 de agosto de 2015.
“Este prêmio é especial. É concedido pela segunda vez a um país que partilha a sua experiência de uma transformação democrática bem-sucedida”, apontou o Ministro das Relações Exteriores da Polônia, Grzegorz Schetyna, durante a cerimônia realizada no Palácio Presidencial.
A estatueta foi entregue pelo Presidente da Polônia, Bronisław Komorowski, e pelo presidente do Comitê do Prêmio e ex-presidente, Lech
Wałęsa. É a segunda edição do Prêmio, organizada pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Fundação Instituto Lech Walęsa. O objetivo
da iniciativa é promover a democracia e respeito pelos direitos humanos. “Zhanna Nemtsova, laureada
deste ano, escolheu o caminho da liberdade. Sabemos que muitos jovens russos estão convencidos de que
o segredo para um estado forte e moderno não é expansão e agressão, mas a cooperação e convivência
pacífica, o respeito pelo direito internacional e pelas liberdades civis”, enfatizou o Ministro Schetyna.
“Muitos russos que estão preocupados com que está acontecendo com o nosso país e se solidarizam com meu pai. Eu e muitos outros compartilhamos as convicções democráticas dele. Acredito que a Rússia poderia ser um país livre”, disse Zhanna Nemtsova, que ainda acrescentou que
o prêmio a coloca em grande responsabilidade.
O prêmio foi criado em 2014 para marcar os 25 anos de liberdade reconquistada pela Polônia. O primeiro laureado foi Mustafa Dzhemilev, o endário líder dos tártaros da Criméia, que participou da
cerimônia este ano e estava entre aqueles que propunham candidatos. “Boris Nemtsov mostrou ousadia
e coragem ao falar contra um regime que causou tanta dor ao meu país. Zhanna vai continuar a sua obra.
foto: M. Jasiulewicz, K. Siemion
Estou muito feliz com esta escolha e deixo as minhas sinceras felicitações”, disse Mustafa Dzhemilev.
As nove pessoas do Comitê do Prêmio, chefiado por Lech Wałęsa, escolheram o vencedor entre os
13 candidatos que haviam sido inscritos este ano em todo o mundo. Em seu discurso, o Presidente Wałęsa disse que a maioria dos países tem
escolhido uma maneira de resolver problemas sem recorrer à força ou anexações, mas ainda há países que utilizam outros métodos. “É especialmente importante que a Rússia se junte a nós. Seria uma grande vitória da nossa geração e do movimento Solidariedade”, salientou.
Até o mês de maio de 2015, Zhanna Nemtsova era jornalista de economia do canal de notícias RBK TV. Ela faz parte da nova geração
de russos que querem construir o seu futuro e vida social em valores como a verdade, a democracia e a liberdade de expressão. O potencial
de força e caráter de Zhanna poderá inspirar os jovens russos que querem a Rússia de volta à família de países democráticos. Como Zhanna
Nemtsova anunciou, a sua prioridade no futuro será a criação de uma fundação que levará o nome de Boris Nemtsov.
Boris Nemtsov foi um político da oposição russa. Nos anos 90, foi governador de Nizhny Novgorod e vice-primeiro-ministro da Rússia
(1997-1998). Foi cofundador do Partido do Povo da Liberdade (PARNAS) e do movimento Solidariedade. Boris Nemtsov foi assassinado
no centro de Moscovo no dia 27 de Fevereiro de 2015. n
Assessoria de Imprensa
Ministério das Relações Exteriores
Aniversário do Levante
de Varsóvia
Por ocasião do Aniversário do Levante de Varsóvia, a Embaixada da Polônia organizou a segunda edição do Concurso de Modelos Estáticos
Relativos ao Período da Segunda Guerra Mundial. A premiação e exposição dos modelos teve
lugar no sábado, 26 de Setembro, na sede da Embaixada da Polônia. Na ocasião, estiveram presentes os veteranos da II Guerra Mundial e membros
dos clubes de modelismo de Brasília e de Anápolis – Ratos de Hangar.
O concurso anual “Polônia e Brasil na Segunda Guerra Mundial 1939 – 1945” tem como objetivo divulgar informações sobre o militarismo
polonês e brasileiro do período da Segunda Guerra Mundial. n
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Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
Os Acordos de Agosto – nascimento do Solidariedade
“A criação de sindicatos em Gdansk, há 35 anos, independentes das autoridades comunistas, contribuiu, em grande parte,
para o colapso do comunismo na Polônia e em outros países da Europa Central e Oriental”, escreve Piotr Długołęcki,
historiador do Ministério das Relações Exteriores, na véspera do aniversário da constituição do movimento Solidariedade.
Em 1980, a situação na Polônia era bastante peculiar. Chegava ao fim o décimo ano do governo de Edward Gierek e a Polônia enfrentava um enorme
endividamento internacional e crescente escassez de suprimentos. Em julho, em resposta ao aumento dos preços dos alimentos, imposto pelas autoridades, uma série de greves eclodiu em Lublin ( um prelúdio para os eventos de agosto). Em 14 de agosto de 1980, cerca de três semanas após o final das
greves de Lublin, começou uma paralisação no Estaleiro de Gdansk, o que deu início às greves em outras fábricas da região.
Os protestos trabalhistas de agosto de 1980 ganharam força com alguns novos fatores que entraram em jogo. Em primeiro lugar, a partir da solidariedade dos trabalhadores e da criação do Comitê Geral da Greve, que representava os interesses dos trabalhadores em protesto de diversas fábricas.
Além disso, ao contrário das manifestações anteriores (brutalmente reprimidas) em 1956 e 1970,
foi uma greve pacífica, os trabalhadores não protestavam em frente à sede do Partido Comunista;
resolveram estabelecer sua própria estrutura, o que facilitou as negociações com as autoridades.
O caráter único da greve também se deve à cooperação de trabalhadores com representantes dos
intelectuais que se juntaram à greve. Alguns deles atuavam na oposição, por exemplo, nas estruturas do KOR, ou no Comitê de Defesa dos Trabalhadores. As autoridades comunistas não gostaram
da sua participação. Acreditavam que o eixo Gdansk-Gdynia-Sopot “estava sob forte influência de
desordeiros, principalmente da organização KOR”.
No entanto, o mais importante foi que a lista das exigências, além das reivindicações sociais,
também incluiu chamadas políticas relativas à criação de um sindicato independente. Os manifestantes ainda exigiram o respeito pela liberdade de expressão, contra a censura do Estado, e o acesso
a meios de comunicação que, até aquele momento, eram totalmente controlados pelas autoridades.
A inclusão dessas reivindicações foi duramente criticada pelo partido governista, que se referiu
a eles como “demandas de caráter antissocialista” que minavam os fundamentos políticos do país Fot. M. Stepniak/ Reporter EastNews
e levavam à “legalização efetiva da oposição.”
As autoridades, em última análise, cederam à determinação dos manifestantes e assim os acordos foram assinados tanto em Gdansk, onde Lech Wałęsa
firmou o acordo em nome dos trabalhadores, como em outras cidades consumidas pelas greves. As autoridades concordaram em atender aos pedidos,
incluindo o mais importante: a criação de novos sindicatos. Considerando a situação política da Polônia e a dos países do bloco comunista, foi uma
decisão histórica. Pela primeira vez desde o fim da II Guerra Mundial, uma organização legal, além do controle comunista, foi fundada. Além disso,
o Movimento Independente Sindical “Solidariedade”, criado oficialmente em setembro e mais tarde registrado pelo Supremo Tribunal Federal, começou
a publicar seu próprio jornal semanal em 1981 (Tygodnik Solidarność). O Solidariedade começou a operar no exterior com a criação de escritórios fora
do país, organizando viagens para o exterior dos seus representantes, a fim de estabelecer a cooperação com outros sindicatos. Meios de comunicação
independentes e, acima de tudo, a atividade externa independente constituía uma violação sem precedentes da política implementada pelos partidos
comunistas naquela parte da Europa.
Obviamente, a então URSS estava insatisfeita com estes desenvolvimentos. Especulouse que o consentimento para o estabelecimento do Solidariedade poderia provocar uma intervenção militar soviética. Autoridades de outros países socialistas temiam que o exemplo polonês pudesse ser
contagioso e fomentasse atitudes dissidentes e tendências para minar o governos comunistas além Polônia.
A Europa Ocidental e os EUA mostraram um interesse significativo na greve e nos acordos. As autoridades da então República Popular da Polônia
tentaram marginalizálo, limitando o fluxo de informações. Para este efeito, foram feitas tentativas de restringir a atividade dos jornalistas estrangeiros.
Os postos consulares poloneses foram instruídos a prolongar o processamento de vistos, a fim de tornar mais difícil para os correspondentes estrangeiros a entrada no país. Os funcionários consulares também foram instruídos a prestar atenção especial a jornalistas que tentassem conseguir vistos
como turistas comuns sem especificar a sua profissão e o verdadeiro propósito da sua viagem à Polônia. Além disso, os diplomatas poloneses deviam
realizar uma campanha de propaganda “ofensiva” a fim de “defender o socialismo.”
Essas ações simplesmente não trouxeram os resultados esperados e nos meses seguintes, o Solidariedade ganhou uma presença permanente nas capas
dos jornais ocidentais e transmissões de televisão e rádio. No entanto, o Ocidente mostrou diversas respostas para o estabelecimento do Solidariedade. Os
sindicatos estrangeiros reagiram com entusiasmo, declarando assistência e cooperação. As sociedades ocidentais também se congratularam com o fato,
ainda que seus governos tenham sido mais moderados na resposta, temendo a desestabilização da situação na Polônia e a resposta da então URSS.
Não obstante, não há qualquer dúvida de que a criação de sindicatos independentes foi um acontecimento sem precedentes, que pode ser considerado um marco não só na história do país, mas também contribuiu, em grande parte, para o colapso do comunismo na Polônia e em outros
países da Europa Central e Oriental. E como tal, teve a sua parte no processo de democratização que expandiuse pela Europa. É difícil imaginar
a ransformação de 1989 e a queda do sistema comunista sem as experiências anteriores do movimento Solidariedade. A pergunta sobre a possibilidade de antecipação das mudanças democráticas e recuperação da plena soberania da Polônia já no início dos anos 1980, permanece em aberto.
A oportunidade, se realmente existiu, foi frustrada pela decisão das autoridades comunistas de impor a lei marcial. n
Piotr Długołęcki, Historiador do Ministério das Relações Exteriores
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Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
foto: B. Krupa
foto: Muzeum Katyńskie oddział MWP
Museu Katyń inaugurado em Varsóvia
foto: Muzeum Katyńskie oddział MWP
O Partido Lei e Justiça vence
as eleições na Polônia
O partido Lei e Justiça (PiS) venceu as eleições na Polônia, que deu
ao partido 37% dos votos e 235 deputados de um total de 460. Com
esses resultados, Beata Sdzydlo será a nova Primeira-Ministra. A Plataforma Cívica (PO), grupo da direita liberal até agora no poder, ficou
muito atrás do PiS, com 24% dos votos, 138 parlamentares.
O Gabinete da Premiê Beata Szydło tomou posse perante o Presidente Andrzej
Duda no dia 16 de novembro. O Ministro Witold Waszczykowski vai chefiar o Ministério das Relações Exteriores no novo governo.
A nova Primeira-Ministra, Beata Szydło, foi eleita Deputada federal e é o quarto
mandato dela na Câmara dos Deputados. Atua como a Vice-presidente do partido Lei e Justiça e foi Prefeita do Município Brzeszcze. Formada
em Etnografia pela Universidade Jaguelônica em Cracóvia. Concluiu também o curso de Gestão Cultural na Academia de Economia de Varsóvia
e o curso de Gestão Pública Municipal na União Europeia na Academia de Economia de Cracóvia. Foi bolsista do programa “International Visitors
Programme”do Departamento do Estado Americano.
O Ministro Witold Waszczykowski, o novo Chefe do Ministério das Relações Exteriores no Governo da Primeira-ministra Beata Szydło,
é deputado pelo partido Lei e Justiça. No mandato anterior foi Vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores, também Vice-diretor
do Departamento de Segurança Nacional, Vice-chanceler e Embaixador da Polônia no Teerã. Iniciou
a carreira no Ministério das Relações Exteriores em 1992, como um Especialista Sênior do Departamento do Sistema das Nações Unidas e do Departamento das Instituições Europeias. Em 1996, foi
nomeado Vice-diretor do Departamento de Instituições Europeias, e, em seguida, do Departamento
de Política de Segurança. Witold Waszczykowski é Doutor em Ciências Humanas. Formado em História na Faculdade de Filosofia e História da Universidade de Lodz. Cursou também a Faculdade de
Relações Internacionais na Universidade de Oregon. Continuou um programa de pós-graduação em
Segurança Internacional e Controle de Armas em Geneva Centre for Security Policy.
Na sequência da sua vitória na eleição geral de 25 de outubro de 2015, o partido Lei e Justiça
ganhou uma maioria que lhe permitirá governar sozinho. O Lei e Justiça garantiu 37,58 por cento
dos votos, o que lhe deu 235 deputados dos 460 lugares na Câmara dos Deputados, e 61 senadores
dos 100 assentos no Senado. n
foto: S. Kowalczuk/ EastNews
foto: S. Kowalczuk/ EastNews
Foi inaugurado em Varsóvia, no dia 17 de Setembro, o Museu Katyń,
como uma homenagem às vítimas do crime de Katyń de 1940, e em
reconhecimento àqueles que têm procurado descobrir a verdade sobre
o massacre. Depois do Museu do Levante de Varsóvia esse é o segundo
museu de estrutura moderna a homenagear os mais importantes eventos
da história da Polônia. n
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Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
foto: H. Raymundo / AIGMRE
Nas fotos os representantes e os quarto Embaixadores dos Países do Grupo Visegrad.
Mesa Redonda do Grupo Visegrad
No dia 5 de outubro aconteceu no Instituto das Relações Internacionais da Universidade de Brasília, a Mesa Redonda Brasil-Visegrad
Group relations and current issues in international relations in Europe”, com a participação dos Embaixadores do Grupo Visegrad: o Embaixador da Polônia, Andrzej Braiter, o Embaixador da República Tcheca, Jiri Havlik, o Embaixador da Eslováquia, Milan Cigan, e o Embaixador da Hungria, Norbert Konkoly.
O Grupo de Visegrad, conhecido como „Visegrad Four” ou simplesmente „V4”, reflete os esforços dos países da Europa Central de
trabalhar juntos em inúmeras áreas para o interesse comum da integração europeia. Os quatro países fazem parte da mesma civilização,
compartilhando valores intelectuais e culturais, assim como as mesmas raízes que pretendem preservar e fortalecer. Todas as ações do Grupo
Visegrad são direcionadas para fortalecer a estabilidade na região da Europa Central. n
Promoção turística
da Polônia
A Organização Polonesa de
Turismo, em parceria com os
países do Grupo Visegrad, mais
uma vez organizou um roadshow de promoção turística
nos países da América Latina.
O evento LATAM 2015 aconteceu nos dias 10 –18 de novembro. Os roadshows, como todas
as edições anteriores, tiveram
o caráter de workshops. Além da
participação dos representantes
das organizações nacionais de
turismo dos países V4, participaram dos eventos os empresários
do setor de turismo da República Tcheca, Polônia, Eslováquia
e Hungria. Durante os cinco
encontros da delegação com os
empresários locais, organizados
nas principais cidades turísticas
da América Latina, ou seja, Cidade do México, Lima, Bogotá,
São Paulo e Buenos Aires, foi
apresentada a oferta turística
com o objetivo de promover toda
a região da Europa Central. n
Africanista polonês em Brasília, Salvador e Rio de Janeiro
A Embaixada da República da Polônia em Brasília, em parceria com as Cátedras Cyprian
Norwid e Agostinho da Silva do Instituto de Letras, promoveu duas conferências do Prof. Dr.
Eugeniusz Rzewuski, da Universidade de Varsóvia:
• Utraque unum. Multilinguismo e ensino em África. “Utraquism” linguístico e pedagogia do
oprimido em prol do desenvolvimento inclusivo.
20 de outubro de 2015, às 10h, Auditório do IL, ICC SUL
• Ilhas escravocratas da África Oriental.
22 de outubro de 2015, às 18h45, Embaixada da Polônia
Eugeniusz Rzewuski é Linguista e Filólogo polonês, que atua há quarenta anos na Universidade de
Varsóvia e há seis na Universidade Eduardo Mondlane de Maputo, dedicando-se ao estudo da língua
e cultura suaíli e suas fontes orais e escritas, inclusive em escrita árabe, tais como crônicas e outras
narrativas e poemas da historiografia local e sua influência histórica e atual no continente africano. n
Colóquio sobre o teatro contemporâneo polonês
O colóquio, mais uma realização que resultou da parceria da Embaixada da Polônia com
a Cátedra Cyprian Norwid da Universidade de Brasília, atraiu alunos do Departamento de Letras e Artes Visuais, além de muitos entusiastas do teatro polonês. Os palestrantes convidados,
a escritora polonesa Aleksandra Pluta, autora do
livro “Aquele bárbaro sotaque polonês. Ziembinski
nos palcos brasileiros”, Marcelo de Paiva Souza,
tradutor e professor da Universidade Federal do
Paraná e o professor Biagio D’Angelo, diretor do
Departamento de Artes Visuais da Universidade de
Brasília – descreveram um amplo panorama do teatro contemporâneo polonês, apresentando os seus
maiores nomes Witkacy, Kantor, Gombrowicz
e Ziembinski. Durante o seminário foi exibida
uma coleção de fotos experimentais de Stanislaw
Ignacy Witkiewicz – Witkacy. n
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Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
Stavar
Duas apresentações do grupo Stavar fizeram sucesso em Brasília. A banda Stavar, apontada como um
dos grupos renovadores do jazz polonês, veio pela primeira vez ao Brasil e teve suas únicas apresentações no
país, no Clube do Choro no dia 2 de novembro e no
restaurante Bierfass no Lago Sul.
Os quatro integrantes misturam o jazz clássico,
sempre dando vida às improvisações típicas do gênero. Além de tocar o rock e o punk, o sax solitário é uma marca registrada do grupo.
O grupo Stavar apresentou suas próprias composições, bem como improvisações de jazz moderno. A música clássica, jazz rock, fusion
e músicas de artistas famosos como: Bob Mintzer, Michael Brecker, combinadas entre si, resultam em um projeto que tem arrastado
multidões de fãs em seus concertos.
O grupo (piano, saxofone, baixo – bass guitar e bateria) é dirigido por um dos maiores pianistas poloneses na área de jazz, o também compositor,
Michal Stawarski. Graduado pela Academia de Música de Viena e criador da orquestra internacional Michal Stawarski Jazz Septet (2000-2004).
Tocou com o Bobby McFerrin no famoso auditório vienense Goldener-saal Musikverein. Fascinado pela música e cultura da América Latina, realizou uma turnê pelos países da América Central (Costa Rica, Panamá). n
Como um polonês construiu
ferrovias no Brasil
Casa da Cultura Polônia Brasil exibiu a mostra de
fotos tiradas há um século na construção de ferrovias no Paraná pelo engenheiro polonês Teofil
Witold Wierzbowski.
Esta preciosa coleção faz parte da doação realizada pelos
netos do engenheiro Wierzbowski, residente hoje na Polônia,
para a Biblioteca Silesiana em Katowice. É um excelente exemplo da contribuição dos imigrantes poloneses no desenvolvimento do estado do Paraná, que é pouco ou nada conhecida.
Durante a inauguração do dia 6 de julho estavam presentes
várias autoridades locais e os representantes das organizações
polonesas como BRASPOL, Sociedade Kosciuszko, Sociedade Pilsudski, Casa da Cultura Polônia Brasil, e também
o Cônsul da República da Polônia em Curitiba, Marek Makowski e Jerzy Luka, o neto do engenheiro Wierzbowski.
– Como se pode ver, meu avô teve uma pequena contribuição
na construção do Estado do Paraná, deixando o nome honrado de um polonês. Acredito que ele deixou as marcas eternas
na história do Paraná e do Brasil, mas durante sua vida não
foi reconhecido, já que na época Polônia era do regime socialista e no Brasil sabia-se muito pouco, ou nada, do engenheiro
Wierzbowski. Através do meu gesto de doação dos documentos
para a sociedade, estou pagando a dívida pelo trabalho, personalidade e honestidade do meu avô – explica Jerzy Łuka. n
Confira uma reportagem interessante sobre
a exposição na revista Contemporartes da autoria de Izabel Liviski na página:
http://www.revistacontemporartes.com.
br/2015/07/como-um-polones-construiuferrovias-no.html
foto: G. L. Cordeiro
foto: G. L. Cordeiro
História da coleção da família Wierzbowski
Eo dia 28 de julho de 2005, a Biblioteca Silesiana na Polônia recebeu solenemente
um presente especial: o patrimônio da família Wierzbowski. A coleção única do seu
gênero, doada pelos herdeiros Jerzy Łuka e Ewa Sońska, consiste em diversos documentos da família, arquivos fotográficos e mapas feitos à mão. Ilustra a incrível história
da família Wierzbowski, primeiramente ligada às terras polonesas sob ocupação russa,
depois à Silésia Maior, e finalmente, sua vida no país distante, o Brasil. Demostra
a persistente luta pela polonidade e um patriotismo inabalável.
Os documentos mais antigos da coleção datam da primeira metade do século XIX, entre
eles, um diploma de 1847 “Heroldya do Reino Polonês” confirmando o título de nobreza
de Tomasz Wierzbowski, com brasão de Lubicz. Porém, os mais curiosos e raros são os
materiais referentes à emigração de Teofil Witold Wierzbowski para o Brasil; engenheiro
e construtor de ferrovias no Brasil. As imagens registradas por ele formam um testemunho
único do processo da construção de ferrovias no Paraná entre os anos 1909 e 1914.
Não menos interessante é um mapa do estado, feito em próprio punho por Teofil Witold Wierzbowski. E finalmente, temos os interessantes documentos da Silésia
Maior, onde a família se estabeleceu nas décadas entre guerras. O herdeiro e doador da
coleção, Jerzy Łuka, mora ali até os dias de hoje. Sua mãe, Sra. Zofia Łuka (de solteira:
Wierzbowska), filha do construtor, que ainda lembra os tempos da emigração, morava
até a sua morte em 2013, em Rzeszów.
Esta coleção foi cuidadosamente organizada, e os manuscritos, as fotografias e mapas
enriqueceram o acervo da Biblioteca Silesiana. A exposição apresenta uma parte especial
dessa coleção, sob o título: “Como um polonês construiu ferrovias no Brasil...”, contendo
as fotos tiradas na selva brasileira por um imigrante e engenheiro polonês, construtor de
ferrovias no Brasil, Teofil Witold Wierzbowski. Graças à sua paixão por fotografia, podemos nos transportar no tempo e espaço de um
país distante. Em cor sépia podemos admirar
FONTE:
as incríveis paisagens do início do século XX
http://www.kurytyba.msz.gov.pl
e as pessoas, encarando com bravura a natureza selvagem. n
7
Boletim da Embaixada da República da Polônia
2/2015
Feira Internacional das Embaixadas – a banca da Polônia atraiu multidões
A Feira Internacional das Embaixadas, um evento cultural beneficente,
realizado no dia 28 de novembro no Estádio Nacional Mané Garrincha,
atraiu em torno de 50 mil pessoas. Por meio de doações e vendas de produtos típicos de cada Embaixada participante, fundos foram arrecadados para
apoiar e ajudar ações e instituições brasileiras de caridade.
A renda arrecadada na Feira, uma iniciativa do Grupo dos Cônjuges de
Chefes de Missão (GCCM), é destinada a entidades beneficentes brasileiras: hospitais, orfanatos, associações, comunidades necessitadas, centros
sociais, creches e organizações não governamentais. n
PRÓXIMOS EVENTOS
444
Mais de 30 países participaram
da festa anual realizada no Clube do Exército
No stand polonês foram servidos pratos tradicionais da culinária polonesa (fasolka po
bretońsku i pierogi). A festa foi organizada pela
Adidância de Defesa em parceria com a Embaixada, que forneceu decorações e artesanato.
Participaram do evento os representantes do Instituto de Aviação da Polônia e da Agência Espacial Polonesa, além da Consul Katarzyna Braiter
e funcionários da Embaixada. A tradicional festa
promovida pela Associação dos Adidos Militares
acreditados no Brasil atrai anualmente milhares
de pessoas. n
• No próximo ano a Polônia promoverá um dos projetos mais
importantes do país já realizados
no Brasil: o Ano da Cultura Polonesa. A iniciativa foi concebida pelo Instituto Cultural Adam
Mickiewicz e por seu braço digital, o Culture.pl, ambos vinculados ao Ministério da Cultura
e da Herança Nacional.
• A inciativa tem como objetivo
estabelecer uma aproximação
cultural através do intercâmbio
de artistas e ideias dos dois países.
• O início desta parceria foi a exposição “Máquina Tadeusz Kantor”, inaugurada no dia 18 de
agosto, no Sesc Consolação, em
São Paulo.
foto: K. Grabowiec
CONTATO / KONTAKT
Embaixada da República da Polônia
SES, Av. Das Nações, Qd. 809, Lote 33
Brasília, DF
www.brasilia.msz.gov.pl
Embaixada da Polônia, Brasília
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Aleksandra Luszczynska
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