2 Faculdade Novaunesc Ressonância Magnética Da Hipófise
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2 Faculdade Novaunesc Ressonância Magnética Da Hipófise
Ressonância Magnética Da Hipófise Orientações a profissionais Faculdade Novaunesc Ressonância Magnética Da Hipófise Orientações a profissionais 1ª Edição Amanda Azevêdo Ana Cláudia Isannara Fernandes Jucyan Larisse Monteiro Luís Henrique Alencar Teresina, PI 2012 2 SUMÁRIO O EXAME 1. Descrição do exame 2. Afinal o que é Hipófise? 2.1 Doenças da hipófise 3. Sinônimos do exame 4. Indicações do exame 5. Contra indicações do exame 6. Preparo do exame 7. Posicionamento do paciente 8. Contraste usado no exame PROTOCOLO DO EXAME 1. Programação de cortes 2. Sequencia do exame 3. Garantia de qualidade 4. Documentações 5. Filme 6. Observações 7. Referencias bibliográficas 3 PREZADOS PREZADOS PROFISSIONAIS Esta cartilha foi preparada especialmente para vocês profissional de RM, com o objetivo de ajudá-lo na realização deste exame, que é de extrema relevância clínica. A primeira parte da cartilha traz informações sobre a realização do exame: descrição do exame, o que é a hipófise, sinônimos do exame, indicações e contraindicações do exame, preparo do exame, posicionamento do paciente e contraste usado no exame. Na segunda parte da cartilha as informações estão relacionadas à programação e formação de imagens como protocolo do exame, programação de cortes anatômicos, sequência do exame, garantia de qualidade, documentações e observações. Nosso principal objetivo é informar e esclarecer dúvidas a respeito desse exame, para que a realização e execução deste sejam obtidas com êxito. Reforçamos este compromisso e pedimos a vocês que ajudem a melhorar esse serviço. Sua participação é muito importante. 4 O EXAME 5 1. Descrição do exame A RM hipófise é um exame rápido, de fácil execução e que é utilizado para estudo das funções neuro-funcionais de algumas da glândula hipofisária. Podendo utilizar o contraste para melhor avaliação diagnóstica. A ressonância magnética é o método de eleição para o estudo da pituitária. Não se utiliza de R-X e seu contraste não é iodado e é hipoalergênico. Fornece dados anatômicos extremamente precisos em relação tanto à glândula quanto a suas estruturas vizinhas. 6 2. Afinal o que é Hipófise? A hipófise, ou glândula pituitária, tem forma de pêra e está situada numa estrutura óssea denominada sela-turca, localizada debaixo do cérebro. A sela-turca protege-a, mas, em contrapartida, deixa muito pouco espaço para a sua expansão. Figura 1: LOCALIZAÇÃO DA HIPÓFISE. A hipófise controla, em grande parte, o funcionamento das outras glândulas endócrinas e é, por sua vez, controlada pelo hipotálamo, uma região do cérebro que se encontra por cima da hipófise. A hipófise consta de dois lobos, o anterior (adeno-hipófise) e o posterior (neuro-hipófise). Figura 2: REGIÕES DA HIPÓFISE. 7 Como a hipófise controla o funcionamento da maioria das outras glândulas endócrinas, com frequência recebe o nome de glândula principal. Tabela 1: HORMÔNIOS E SEUS RESPECTIVOS ORGÃOS-ALVO. 2.1 Doenças da hipófise Segundo Dr. Marcello Bronstein, endocrinologista, em razão de a hipófise ser responsável por produzir hormônios que controlam várias outras glândulas, as doenças da hipófise frequentemente comprometem essas glândulas que dela são dependentes. Estes distúrbios podem ser de redução de sua função (hipopituitarismo), ou de aumento da função. Estas doenças podem ser de origem tumoral, inflamatória, traumática, ou mesmo genética. Segundo o Dr. Marcello Bronstein, endocrinologista, as doenças da hipófise mais importantes são: 8 PROLACTINOMAS São os tumores hipofisários mais comuns e produzem excesso de prolactina. Seu tratamento geralmente se faz com drogas como a cabergolina e a bromocriptina, e menos freqüentemente por cirurgia da hipófise, geralmente através do nariz, sem necessidade de abrir o crânio. Figura 4:: PRODUÇÃO DE PROLACTINA. Figura 3:: CIRURGIA DA HIPÓFISE. ADENOMAS PRODUTORES DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO: CRESCIMENTO Se ocorrem na infância ou adolescência levam a uma situação clínica chamada gigantismo. Se aparecem na idade adulta, levam à acromegalia Figura 5:: ACROMEGALIA. Figura 6: GIGANTISMO. ADENOMAS PRODUTORES DE CORTICOTROFINA Esta classe de tumores, em geral microadenomas, produz ACTH que estimula as glândulas suprarrenais a produzir cortisona. Isto provoca um quadro clínico chamado doença de Cushing,, caracterizada por 9 obesidade central, isto é, que atinge mais o tronco do que os membros, face redonda como se fosse uma “lua cheia”, estrias avermelhadas na pele principalmente no abdome, pressão alta e diabetes. Figura 7: DOENÇA DE CUSHING. 10 3. Sinônimos do exame • Ressonância Magnética da sela turca ou sela túrcica • RM do crânio para avaliação da sela turca ou para avaliação da hipófise 11 4. Indicações do exame Segundo o Manual Merck as principais indicações são: Hiperprolactinemia; Disfunção hipofisária; Hipopituitarismo; Hipotireoidismo/hipogonadismo; Distúrbio de crescimento, baixa estatura; Puberdade precoce; Hamartoma hipotalâmico / crises gelásticas; Síndrome de Cushing; Microadenoma – controle; Macroadenoma / lesões grandes da região; Lesões do seio cavernoso; Síndrome de Kallmann. 12 5. Contra indicações do exame As contra indicações são as mesmas dos demais exames de Ressonância Magnética: Clipes de aneurisma; Implantes e aparelhos oculares (exceto lentes intraoculares para catarata); Implantes otológicos cocleares; Marca-passo cardíaco; Fixadores ortopédicos externos; Gestantes com menos de 12 semanas de gestação. 13 6. Preparo do exame O preparo do exame de RM de hipófise dependerá da instituição em que for feito o exame, em geral deve-se ter um jejum de 4 horas antes do exame. 14 7. Posicionamento do paciente O paciente é posicionado na mesa do equipamento em decúbito dorsal inserindo a cabeça do paciente na bobina de RF do tipo quadratura, onde a área de interesse, crânio, ficará no centro do magneto, isocentro. A Luz de posicionamento sagital acompanhando a linha média sagital e luz de posicionamento axial acompanhando o centro da bobina. Figura 8: BOBINA QUADRADURA. 15 8. Contraste usado no exame São substancias usadas para aumentar o contraste entre possiveis patologias e os tecidos normais. O meio de contraste usado é o gadolineo. Esse contraste é seguro, com raros casos relatados de reações alérgicas leves. Sempre que o contraste for acompanhando o exame. 16 utilizado, um médico estará PROTOCOLO DO EXAME 17 1. Programação de cortes Axial: Cortes a partir da transição crânio cervicais até a alta convexidade, sendo orientados pela linha entre as comissuras. Sagital: Cortes orientados em paralelo à fissura sagital, varrendo a região próxima à hipófise. Coronal: Cortes orientados perpendicular à fissuras sagitais, orientados pela linha da haste da hipófise. 18 2. Sequencia do exame T2 FLAIR TRA Utilizado para verificar lesões desmielinizantes. Apresentando bom contraste entre o córtex e substancia branca. T1 TSE COR Utilizado para verificar a anatomia muscular, óssea e principalmente os meniscos. Gordura fica branca fornecendo contraste para tendão e músculo T1 TSE COR - DINÂMICO Utilizado para verificar a anatomia muscular, óssea e principalmente os meniscos. Gordura fica branca fornecendo contraste para tendão e músculo Realizado em 4 fases. 19 T2 TSE COR Utilizado para verificar lesões com o preenchimento de líquido. Apresentando bom contraste com contraste entre o tecido muscular. Gordura fica branca fornecendo contraste para tendão e músculo. T1 TSE SAG Utilizado para verificar a anatomia muscular, óssea e principalmente os meniscos. Gordura fornecendo contraste para tendão e músculo 20 fica branca 3. Garantia de qualidade No exame, observa-se a ocorrência de artefatos de movimentos, metálicos e de inconsistência, sendo o último grupo referente a máquina. Ainda sobre qualidade observa-se que o posicionamento correto, o uso adequado de campo de visualização e resolução são os principais fatores de qualidade para o estudo. • Artefatos de dobradura • Posicionamento incorreto 21 4. Documentações São fotografadas normalmente todas as sequências adquiridas, observando a importância específica para cada uma. Cuidado ao fotografar o dinâmico. As imagens devem ser fotografadas agrupadas pela localização (24 ou 36 imagens – blocos de 4 ou 6 imagens), e deve-se retirar a identificação do paciente exceto pelo primeiro bloco de imagens (senão fica muito poluído). 22 5. Filme • • • Axial: 20 imagens por filme, de baixo para cima. Coronal: 09 imagens por filme, de anterior para posterior. Sagital: 09 imagens por filme, da direita para esquerda. 23 6. Observações Espessura do corte é fina (3 mm idealmente) Macroadenoma / lesões grandes da região – Fazer também: • Volume (3D) FSPGR pós-Gd, reformatar no plano axial e fotografar Síndrome de Kallmann – Fazer também: • Coronal T2 FSE fino (3 mm) desde o globo ocular até o final do quiasma óptico • Coronal FIESTA desde o globo ocular até o final do quiasma óptico • Volume (3D) FSPGR pós-Gd Lesões do seio cavernoso – Fazer também: • Axial T2 FSE fino (3 mm) do seio cavernoso • Volume (3D) FSPGR pós-Gd, reformatar no plano axial e fotografar 24 7. Referencias bibliográficas Artigo: MICROADENOMAS HIPOFISÁRIOS. REVISÃO DE 95 CASOS: http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1969 http://200.218.30.122/upload/di/ProtocolosFinalizadosHaocRM1, 5.pdf http://webmail.diagnosticosdaamerica.com.br/ISO9000/DELBONI/C onhecMedico.nsf/All/5A5F5BD917306DCF832574A20080E4D8? OpenDocument http://www.clinicavillasboas.com.br/Paciente/DetalhesExame.aspx?id =1880382837 http://info-radiologie.ch/pt/ressonancia-hipofise.php http://www.biolabor.com.br/exame.php?ref=18844 http://www.inac.com.br/novo/?pag=exames&pg_ex=ex_busca_detalhe &ex=1856 http://clinicamedimagem.com.br/como_solicitar_exames_rm_hipofise. htm http://webimagemradiol.com.br/index.php?option=com_content&vie w=article&id=288:-ressonancia-magnetica-hipofise&catid=23:ressonancia-magnetica 25