cavalinha - Embrafarma

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CAVALINHA
Nome Científico: Equisetum giganteum L..
Nome Popular: Cavalinha (aliás, este nome é dado, indistintamente, a todas as
espécies do gênero Equisetum a qual ela pertence). Rabo-de-cavalo, Lixa-vegetal,
Cana-de-jacaré, Cauda-de-raposa, Cola-de-cavalo, Erva-carnuda , Eqüiseto, Rabode-asno, Rabo-de touro, Cavalinha-dos-campos, Pinheirinha, Milho-de-cobra, Rabode-cabra, no Brasil; Cola de Caballo e Equiseto Mayor, em língua espanhola;
Equiseto, Coda di Cavallo e Setolone, na Itália; Prêle des Champs, Prêle e Queuede-chat, na França; Common Horsetail e Horsetail, em inglês; Ackerschchtelhalm, na
Alemanha. Cavalinha gigante, cola-de-cavalo, erva-canudo, rabo-de-raposa, rabode-cobra, lixa vegetal, rabo-de-rato, erva-carnuda, cana-de-jacaré, cauda-equina.
Família Botânica: Equisetaceae.
Parte Utilizada: Caule e folha.
Princípios Ativos: Sais minerais: Ácido silício, ácido málico, ácido oxálico, ácido
ascórbico acilglicérideos de ácido esteárico, oléico, linoléico e linolênico. Alcalóides
(piridinicos, nicotina e palustrina), flavonóides glicosilados da apigenina, quercetina e
do campferol, e derivados do ácido clorogênico, cafêico e tartárico. Também se
constatou a presença da tiaminase, uma enzima que acelera a destruição da tiamina
também chamada de vitamina B1 ou aneurina.
O Extrato pó micronizado deverá apresentar no mínimo de 2% de flavonóides totais.
1. Características: a Cavalinha caracteriza-se por ser uma planta espontânea,
medindo de 10 a 30 centímetros de altura, não possui flores, e, desta forma,
também não possui sementes. Sua reprodução é feita através dos esporos
contidos nos esporângios, situados na base de pequenos escudos agrupados
numa espécie de espiga terminal. Outra característica marcante é a sucessão
de dois tipos de caule na mesma planta, sendo um deles avermelhados e
curtos, sem clorofila, brotam no início da Primavera, apresentam na
extremidade a espiga produtora de esporos (estróbilo) e murcham quando
terminada a sua função. O segundo tipo de caule são os denominados caules
estéreis, considerados como a única parte medicinal da planta e
caracterizados por serem ramificados, altos, verdes e divididos em segmentos
separados por nós. São os seus rizomas que dão origem aos dois tipos de
caule. As folhas são em forma de agulhas emendadas. É nativa da Europa.
São colhidos durante todo o verão os caules estéreis. Depois de cortados,
secam rapidamente à sombra ou em estufas à temperatura de 40ºC.
Medicinalmente a espécie E.giganteum é aplicada em substituição a E.
Arvense na América do Sul, pois suas aplicações terapêuticas são similares.
2. Indicações e Ações Farmacológicas: é indicada na astenia; convalescença;
anemia; consolidação de fraturas; reumatismo; osteoporose; prevenção da
arterosclerose; como diurético, sendo então utilizada nas afecções
genitourinárias (cistite, ureterite, uretrite e urolitíase), gota, hipertensão
arterial, edemas e sobrepeso acompanhado de retenção de líquidos.
A abundância de sais de silício confere propriedades remineralizantes e
contribui na manutenção do tecido conjuntivo, estimulando a biossíntese das
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fibras de colágeno e de elastina, pelos fibroblastos, aumentando desta forma
a elasticidade dos tecidos
Mantém também as paredes elásticas das artérias exercendo uma
comprovada ação antiateromatosa contra a deposição lipídica, sobretudo na
artéria aorta, diminuindo os níveis de LDL colesterol. Portanto, a Cavalinha
regulariza a elasticidade e a resistência dos vasos sangüíneos.
Pela abundância de taninos, possui propriedade adstringente (antidiarréico,
hemostático, promovendo vasoconstrição local e cicatrizante). As saponinas
atuam como coadjuvante no tratamento da acne. Deve-se recordar que o
silício contribui para a formação dos glicosaminoglicanos, elementos vitais
para o metabolismo e desenvolvimento dos ossos e cartilagens. Por outro
lado, os sais de potássio abundantes somados a ação da equisetonina,
flavonóides e o ácido gálico proporcionam um sinergismo como diurético
suave, sendo assim utilizado em tratamentos de hipertensão arterial e
terapias de emagrecimento coadjuvantes.
Experimentalmente tem-se comprovado que a Cavalinha proporciona um
efeito que retarda o crescimento de células neoplásicas e sobre a difusão de
metástases.
3. Toxicidade/Contra-indicações: os primeiros estudos sobre a toxicidade da
Cavalinha foram realizados em animais como cavalos e outras espécies
domésticas, observando-se em princípio falta de coordenação motora, perda
de peso, pulso lento, hipotermia e ocasionalmente diarréia. Estes efeitos
foram observados quando a Cavalinha era consumida em altas quantidades e
especialmente por animais jovens. A Cavalinha apresenta os seguintes
princípios tóxicos: tiaminase (destrói a vitamina B1), alcalóides (palustrina)
saponinas (equisetonina) e ácido aconitínico. Recomenda-se a administração
de tratamentos curtos. O uso como diurético na presença de hipertensão ou
cardiopatias deve ser somente feito sob cuidados médicos.
4. Posologia:
Extrato Seco: 400 a 1000 mg/dia, em três doses.
Pó: 0,5-1 g, duas vezes ao dia.
5. Referências Bibliográficas:
PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª edição.
1998.
SCHAWENBERG, P.; PARIS, F. Guia de las Plantas Medicinales. Omega. 1980.
Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais. Reader’s Digest do Brasil. 1ª edição.
1999.
ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina. Isis Ediciones. 1998.
LORENZI, H., MATOS, F.F.A., Plantas Medicinais no Brasil. Nativas e
Exóticas. Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda., 2002.
Quimer - Opção Natural de Qualidade.
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