Untitled
Transcrição
Untitled
ENGLISH P. 2 DEUTSCH S. 3 PORTUGUESE P. 4 LYRICS P. 7 Rodrigo Costa Félix is one of the precursors of the new generation of Fado and heir to the great tradition of male Fado singers in Lisbon. A professional Fado singer since the age of 17, his versatile career has led him to sing in Fado houses as well as concerts in Portugal and abroad, participating in TV shows and documentaries, and in major record projects and main Fado events. Among these are the tributes to Amália Rodrigues in Lisbon, Porto, Café Luso and National Pantheon; the show Sol y Luna - Flamenco y Fado by the Compañia de Danza Siglo XXI with whom he toured Europe in 2000 and 2001; or Mario Pacheco’s show Clube de Fado - A Música e a Guitarra at Queluz Palace in June 2005, where he shared the stage with Mariza, Camané, Mísia and Ana Soia Varela, from which a CD/DVD was recorded and edited worldwide by World Connection – distinguished by Songlines Magazine as the best of 2005 in World Music. For its international launch, Rodrigo later performed with Mariza in The Hague. Rodrigo Costa Félix has a vast concert experience, having performed in Portugal’s main venues (São Carlos Theatre, São João and São Luís theatres, Lisbon and Porto Coliseums, CCB, Aula Magna, etc) as well as internationally in important markets like the US, England, Canada, France, Spain, Benelux, Italy, Germany, Poland, Tunisia and China, among others. Rodrigo was one of the guest singers for the documentary TV series Trovas Antigas, Saudade Louca made by RTP in 2011. His irst solo album, Fados d’Alma (2008), very well received by the critics and Fado aicionados, was produced by Mario Pacheco and had introductory notes by Adriana Calcanhotto. There he sang poets like Fernando Pessoa and Vinícius de Moraes, classics such as Vendaval, Guitarra Triste and Minha Rua or compositions by Mario Pacheco and Fontes Rocha like Soneto da Fidelidade or Balada ao Meu Amor. His new CD, Fados de Amor, released in Portugal in May 2012, holds several original songs, special collaborations and duets. Rodrigo himself wrote the lyrics for two songs. The other lyrics are by poets like Tiago Torres da Silva, who wrote two poems for this album speciically, and classics such as Guerra Junqueiro and Pedro Homem de Melo as well as versions of classics like Max’ Rosinha dos Limões, Manuel de Almeida’s Como te quis e te quero and Carlos Ramos’s O teu olhar. Among the several original songs, a special note for the CD’s irst single, Amigo Aprendiz, composed specially for Rodrigo by Tiago Bettencourt, considered by prestigious American magazine “The Atlantic” as one of the best ballads worldwide of 2012. On the duets side, there is great complicity with famous Fado singer Kátia Guerreiro in Morena and an exquisite musical warmth with emerging Angolan singer composer Aline Frazão in Fado Contido, a great theme by Ana Geraldo and Rogério Charraz. 2 In Fados de Amor and in his concerts, Rodrigo Costa Félix is accompanied by Marta Pereira da Costa, the only female professional Portuguese guitar player in Fado in Portugal. The tour Fados de Amor began with a sold out CCB (Centro Cultural de Belém), then Rodrigo’s performance at Madrid’s 2nd Fado Festival, followed by concerts in Oporto, Aveiro, Moledo, Estoril (FIARTIL) and several other private events. This year Rodrigo has already performed in Madrid, Toronto and Paris. In the following months there will be several other concerts in Portugal, and also in Brazil and the United States. Together with his wife Marta, he was chosen by famous Spanish brand Corteiel to be part of their Fall-Winter international collection called “Talented People”. In June 2013 Rodrigo and Marta will stage their new concert No Fado e na Vida (In Fado and in Life) at one of Lisbon’s main venues, the Tivoli theatre. Rodrigo Costa Félix ist Erbe der großen Tradition männlicher Fado-Sänger in Lissabon und gleichzeitig einer der Vorreiter einer neuen Generation von Fado. Er ist seit seinem 17. Lebensjahr professioneller Fado-Sänger. Seine Vielseitigkeit führte ihn auf viele Bühnen in portugiesischen und ausländischen Fado-Häusern und Konzertsälen; er nahm an Fernsehsendungen und Dokumentarfilmen und an Aufnahmen und großen Fado-Veranstaltungen teil. Darunter waren Hommagen an Amália Rodrigues in Lissabon, Porto, Café Luso und im National-Pantheon, die Show Sol y Luna - Flamenco y Fado der Compañia de Danza Siglo XXI, mit der er 2000 und 2001 ganz Europa bereiste; Mario Pachecos Show Clube de Fado - A Música e a Guitarra (‚FadoClubs - die Musik und die [portugiesische] Gitarre‘) im Queluz Palast, im Juni 2005, wo er die Bühne mit Mariza, Camané, Mísia und Ana Soia Varela teilte. Davon wurde eine CD/DVD gemacht, die von World Connection weltweit vertrieben wurde und von Songlines als das beste WeltmusikAlbum 2005 bezeichnet wurde. Zur internationalen Veröfentlichung trat Rodrigo mit Mariza in Den Haag auf. Rodrigo Costa Félix hat große Konzert-Erfahrung, gesammelt auf allen seinen Auftritten in den wichtigsten Häusern Portugals (Teatro São Carlos, São João- und São Luís-Theater in Lissabon und dem Coliseum in Porto, CCB [Centro Cultural de Belém, Lissabon], Aula Magna, usw.), sowie international wichtigen Märkten wie den USA, England, Kanada, Frankreich, Spanien, Benelux, Italien, Deutschland, Polen, Tunesien und China, u.a. Rodrigo war einer der Gast-Sänger in der Dokumentar-Fernsehserie Trovas Antigas, Saudade Louca, die 2011 von RTP (Rundfunk & TV Portugal). Sein erstes Soloalbum Fados d’Alma (2008, Produzent: Mario Pacheco, Einleitung von Adriana Calcanhotto) kam bei Kritikern und Fans sehr gut an. Die Liedertexte stammen von Dichtern, wie Fernando Pessoa und Vinícius de Moraes und Fontes Rocha, wie z.B. in Soneto da Fidelidade oder Balad 3 ao Meu Amor. Seine neue CD Fados de Amor kam im Mai 2012 in Portugal heraus. Sie enthält mehrere Eigenkompositionen, Duette und besondere Kollaborationen. Rodrigo schrieb zwei der Liedertexte selbst. Andere Texte sind von Poeten, wie Tíago Torres da Silva (der zwei Gedichte speziell für dieses Album schrieb) und Klassikern, wie Guerra Junqueiro oder Pedro Homem de Melo sowie Versionen von Klassikern, wie Max‘ Rosinha dos Limões, Manuel de Almeidas Como te quis e te quero und Carlos Ramos’ O teu olhar. Unter den verschiedenen Eigenkompositionen, eine besondere Notiz zur ersten Single von der CD: Amigo Aprendiz, speziell von Tiago Bettencourt für Rodrigo komponiert, wurde von dem amerkanischen Magazin ‚The Atlantic‘ als eine der besten Balladen weltweit von 2012 bezeichnet. Von den Duetten, arbeitete ich sehr gerne mit der berühmten Fado-Sängerin Kátia Guerreiro in Morena und mit ganz besonderer musikalischer Wärme, mit der aufstrebenden angolanischen Sängerin/Komponistin Aline Frazão in Fado Contido, ein großartiges Lied von Ana Geraldo und Rogério Charraz. In Fados de Amor und auf seinen Konzerten wird Rodrigo von Marta Pereira da Costa, begleitet, der einzigen weiblichen professionellen Guitarra Portuguesa-Spielerin im Fado in Portugal. Die Fados de Amor-Tournee begann mit einem ausverkauften CCB (Centro Cultural de Belém), danach ging es zu Madrids 2. Fado Festival, gefolgt von Konzerten in Oporto, Aveiro, Moledo, Estoril (FIARTIL) und in verschiedenen privaten Veranstaltungen. Dieses Jahr trat Rodrigo bereits in Madrid, Toronto und Paris auf. In den folgenden Monaten kommen mehrere Konzerte in Portugal, Brasilien und in den USA dazu. Er wurde zusammen mit seiner Frau Marta von der berühmten spanischen Mode-Marke Corteiel ausgewählt, Teil ihrer Herbst/Winter-Kollektion zu sein, die unter dem Motto „Talentierte Menschen“ steht. Im Juni 2013 werden Rodrigo und Marta im ‚Tivoli‘ in Lissabon ihr neue Konzertreihe No Fado e na Vida (In Fado und im Leben) starten. Rodrigo Costa Félix é um dos fadistas precursores da nova geração de fadistas e um dos cantores herdeiros da grande tradição masculina do fado de Lisboa. Fadista proissional desde os 17 anos, tem mantido uma carreira artística multifacetada, actuando em casas de fado, concertos em Portugal e no estrangeiro, participando ainda em programas e documentários, ou em importantes projectos discográicos e grandes eventos do fado. Dessas colaborações podemos destacar as actuações nos espectáculos de homenagem a Amália em Lisboa, Porto, Café Luso e Panteão Nacional; o espectáculo Sol y luna – Flamenco y Fado, da Compañia de Danza del Siglo XXI – Madrid, com o qual efectuou digressões pela Europa em 2000 e 2001; ou o espectáculo do guitarrista Mário Pacheco no Palácio de Queluz em junho de 2006, onde cantou ao lado de Mariza, Camané e Ana Soia Varela, de que resultou a gravação de um CD/DVD editado mundialmente pela World Connection – distinguido pela revista Songlines como o 4 Melhor de 2005 no campo da World Music – tendo actuado em haia e Madrid juntamente com Mariza para o seu lançamento internacional. Rodrigo Costa Félix possui uma larga experiência de concertos, tendo actuado nas principais salas do país (Teatro de S. Carlos, S. João e S. Luíz, Coliseus de Lisboa e Porto, CCB, Aula Magna, etc.) e internacionalmente, a solo ou integrado em vários elencos, em importantes mercados como os Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, França, Espanha, Benelux, Itália, Alemanha, Polónia, Tunísia e China, entre outros. Rodrigo Costa Félix foi um dos fadistas convidados da série documental sobre fado que a RTP estreou em 2011. Rodrigo Costa Félix lançou o seu primeiro CD Fados d’Alma em 2008, trabalho muito bem recebido pela crítica e aiccionados do fado, produzido por Mário Pacheco, com uma dedicatória e nota introdutória de Adriana Calcanhotto, onde canta poetas como Fernando Pessoa ou Vinícius de Moraes, clássicos como Vendaval, Guitarra triste ou Digam, ou fados originais de Mário Pacheco e Fontes Rocha como Soneto da Fidelidade ou Balada ao meu amor, entre outros. O novo CD de fados de Rodrigo Costa Félix, Fados de Amor, editado em maio de 2012, conta com vários temas originais, colaborações especiais e duetos. Como letristas podemos destacar o próprio Rodrigo que compõem dois fados, Tiago Torres da Silva, autor de dois poemas e da nota introdutória, e ainda o recurso a poemas de Guerra Junqueiro ou Pedro Homem de Melo entre outros. Nos fados versões conta com novas interpretações de Rosinha dos limões de Max, Como te quis e te quero de Manuel de Almeida ou O teu olhar de Carlos Ramos. Entre os vários originais uma menção especial para o primeiro single do CD, Amigo aprendiz de Tiago Bettencourt, reconhecido pela prestigiada revista americana ‘The Atlantic’ como uma das melhores baladas de 2012 a nível mundial. No capítulo dos duetos existem parcerias com a fadista Kátia Guerreiro (Morena) e Aline Frazão (Fado contido), a nova e emergente cantautora angolana. Em Fados de Amor e nos seus concertos, Rodrigo é acompanhado á guitarra portuguesa por Marta Pereira da Costa, a única mulher no fado a dedicar-se proissionalmente a este difícil instrumento. A tour Fados de Amor começou com um concerto esgotado no CCB, antecedido pela presença de Rodrigo no segundo Festival de Fado de Madrid, seguido de concertos no Porto, Aveiro, Moledo, Estoril (FIARTIL) e diversos eventos privados. Já este ano, Rodrigo actuou em Madrid, Toronto e Paris. Nos próximos meses tem agendados vários concertos em Portugal mas também no Brasil e Estados Unidos. Juntamente com a sua mulher Marta, foi escolhido pela prestigiada marca espanhola Corteiel para fazer parte da campanha internacional outonoinverno denominada Pessoas com Talento. Em junho próximo, Rodrigo e Marta irão apresentar o seu novo espectáculo No Fado e na Vida no famoso Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa. 5 6 I do not want more songs! I want your lips Open to mine with such magic That our hearts will become wiser And kisses will survive poetry 1. Paixões Secretas (Secret Passions) Tiago Torres da Silva (lyrics) / Casimiro Ramos (music) Se os versos sobrevivem aos poetas E às almas que os gritaram como loucas Porque é que nas paixões, por mais secretas, Os beijos não sobrevivem às bocas? 2. Fonte (Spring) Pedro Homem de Melo (lyrics) / José Joaquim Cavalheiro jr. (music) Os beijos são os versos que os amantes Recitam quando as noites são eternas Palavras sem vogais nem consoantes Que escorrem no suor das nossas pernas Meu amor diz-me o teu nome Nome que desaprendi Diz-me apenas o teu nome Nada mais quero de ti Vou ser poeta, sim!, oh minha musa Poeta do silêncio e do desejo E se a eternidade me recusa Serei eterno em ti em cada beijo Diz-me apenas se em teus olhos Minhas lágrimas não vi Se era noite nos teus olhos Só porque passei por ti Não quero mais canções!, quero os teus lábios Abertos para os meus com tal magia Que os nossos corações icam mais sábios E os beijos sobrevivem à poesia Depois calaram-se os versos Versos que desaprendi E nasceram outros versos Que me afastaram de ti If verses survive poets And the souls that cried them as lunatics Why is it that in passion, even the most furtive Kisses will not survive mouths? Meu amor diz-me o teu nome Alumia o meu ouvido Antes que eu rasgue estes versos Como quem rasga um vestido Kisses are the verses that lovers Recite when the nights are eternal Words without vowels or consonants That drip in the sweat from our legs My love, tell me your name The name that I unlearned Just tell me your name From you, I want nothing more Yes, I will be a poet! Oh my muse Poet of silence and desire And if the eternity refuses me I will be eternal in you, in every kiss Just tell me if in your eyes I did not see my tears 7 If it was night in your eyes Only because I let you be I want to be your friend, Not too much, not too little, Not too distant and not too close, In the most precise measure at my reach But to love you without measure And rest in your life In the discreetest way possible Without taking your freedom Without ever smothering you Without forcing your will Without speaking when it is time to hold my tongue Without holding my tongue when the time arises to speak Neither distant, nor too present Simply, calmly, to be, to you, peace. It is wonderful to be a friend However, I admit, it is hard to learn And so I beg of you patience I will ill your face with remembrances Just give me time to bridge our distances. And then, the verses were silenced Verses which I unlearned And other verses were born That drove me away from you My love, tell me your name Lighten my ear Before I tear these verses apart As one tears a dress 3. Amigo Aprendiz (Apprentice Friend) Pe. Zezinho, scj (lyrics) / Tiago Bettencourt (music) Quero ser o teu amigo, nem de mais e nem de menos, Nem tão longe e nem tão perto, Na medida mais precisa que eu puder. Mas amar-te sem medida E icar na tua vida Da maneira mais discreta que eu souber. Sem tirar-te a liberdade, Sem jamais te sufocar, Sem forçar tua vontade, Sem falar quando for hora de calar, Sem calar quando for hora de falar! Nem ausente nem presente por demais. Simplesmente, calmamente, ser-te paz. É bonito ser amigo! Mas, confesso, é tão difícil aprender. E por isso eu te suplico paciência: Vou encher esse teu rosto de lembranças… Dá-me tempo pra acertar nossas distâncias. 4. Fado Contido (Restrained Fado) Ana Geraldo (lyrics) / Rogério Charraz (music) O grito que este meu peito Insiste em guardar sozinho Desagua no teu leito Perde força no caminho Chega a ti feito lamento Não é mais do que um gemido Canta a voz do desalento Parece um fado contido Em ti esquece que é grito Transforma-se em canção 8 Desmaia no corpo alito Ganha força no coração Grito que este meu peito Insiste em guardar sozinho Virou canto do meu jeito Pra te encontrar no caminho Não tem a graça, a curva luminosa Das linhas do teu corpo, amor e ardil. Chamam-te linda, encantadora ou bela; Da tua graça é pálida aguarela Todo o nome que o mundo à graça der. Pergunto a Deus o nome que hei-de dar-te, E Deus responde em mim, por toda parte: Não chames bela – Chama-lhe Mulher! The cry that this bosom of mine Insists in holding alone Flows into your seabed Losing strength on the way They call you pretty, they call you fair, They call you beautiful, they call you kind... The rose is pretty, it is beautiful, it is graceful, But your grace is more subtle. It comes to you as a grief It is not more than a groan Sings the voice of dismay It resembles a restrained fado The wave that sinuous, in the beach, The sand embellishes with a thousand charms, Has not the grace, the luminous curve Of the lines of your body, love and wiles. In you it forgets that it is a cry It changes into song It collapses in the alicted body It gains strength in the heart They call you pretty, enchanting or beautiful; Of your grace it is a pale watercolour All the names that the world lends grace. Cry that this bosom of mine Insists in holding alone Turned into a song I fashioned So I could ind you on the road I ask God the name that I shall give you, And God answers in me, everywhere: Do not call her beautiful – Call her Woman! 5. Mulher (Woman) Rui de Noronha (lyrics) / Raúl Simões Pereira (music) 6. Rosinha dos Limões (Lemon Rosie) Artur Ribeiro (lyrics) / Max (music) Chamam-te linda, chamam-te formosa, Chamam-te bela, chamam-te gentil... A rosa é linda, é bela, é graciosa, Porém a tua graça é mais subtil. Quando ela passa, franzina, cheia de graça Há sempre um ar de chalaça No seu olhar feiticeiro A onda que na praia, sinuosa, A areia enfeita com encantos mil, Lá vai catita, cada dia mais bonita E o seu vestido de chita 9 Tem sempre um ar domingueiro When she passes near my window My eyes follow her Until I see the end of the street With a merry look, she walks in a rush Laughing at everything and nothing And, sometimes, she smiles at me Passa ligeira, alegre e namoradeira A sorrir pra a rua inteira Vai semeando ilusões Quando ela passa, vai vender limões à praça E até lhe chamam por graça A Rosinha dos limões When she passes, selling lemons, Alone, to myself In my window well I lay thinking that one of these days, in jest, I will go to buy lemons to the market And then I will marry her Quando ela passa junto da minha janela Meus olhos vão atrás dela Até ver da rua o im Com ar gaiato ela caminha apressada Rindo por tudo e por nada E às vezes sorri pra mim 7. Como te quis e te quero (How I wanted you and want you) Quando ela passa, apregoando os limões, A sós com os meus botões No vão da minha janela Fico pensando que qualquer dia por graça Vou comprar limões à praça E depois caso com ela Manuel de Almeida (lyrics) / trad. Amei-te com desespero Mais do que ninguém te quis E agora que te não quero Vejo as iguras que iz Adorei-te noite e dia Com toda a força da alma Ninguém me levava à palma A querer-te como eu te queria When she passes, so petite, full of grace There is always something of scorn In her bewitching eyes There she goes so brightly, lovelier each day And her calico dress Always looks its Sunday best A minha vida daria P’lo teu amor de raiz Vivi um sonho feliz Feliz e belo também Amei-te como a ninguém Mais do que eu ninguém te quis She passes lightly, joyful and with lirt Smiling to the whole street Sowing illusions When she passes, to sell lemons in the market People call her, in jest, Lemon Rosie Mas a vida atroz, medonha, Quis este bem terminar 10 E não chorei com vergonha Que alguém me visse chorar About the faith with which I wanted you Not without reason, the world says That my love was sincere And now that no more I want you I see the spectacle I made O que eu sofri ao pensar Na crença com que te quis Com razão o mundo diz Que o meu amor foi sincero E agora que te não quero Vejo as iguras que iz I sufered much, I admit, Now that I lost you But it I went back to the start I would love you again Sofri bastante, confesso, Agora que te perdi Mas se voltasse ao começo Tornava a gostar de ti 8. Canto Breve (Brief Song) Rodrigo Costa Félix (lyrics) / Pedro Pinhal (music) Porque canto, porque grito Porque me sentes tão longe Quando te tenho tão perto Porque pedes o ininito Se o nosso tempo nos foge Se tudo é vão e incerto I loved you with despair More than anyone wanted you And now that no more I want you I can see the spectacle I made Porque me dizes adeus Porque te escondes fechada Sem me dizer onte vais Não vês que os olhos meus Seguem os teus p’la estrada E não os deixam jamais I adored you night and day With all the might of my soul No-one surpassed me In wanting you like I did For my life I would give For your blossoming love I loved a happy dream Happy and beautiful it was I loved you like no other I wanted you like no other Não entendes quando digo Que sou teu eternamente E o mais que o tempo deixar Tu és meu porto de abrigo Minha luz do sol poente Meu horizonte, meu mar However, life, atrocious and frightening, Wanted this good to end And I did not weep for shame Of letting strangers see my tears What I sufered, wondering Que eu não e guardo segredos Amor, nem mágoas enim Nem de mentiras me visto 11 Tu já conheces meus medos Tu já és parte de mim E eu sem ti não existo Since I sing, since I scream Since you feel me so far When I hold you so near Since you ask me the ininite If our time slips through our ingers If all is vanity and uncertainty Teus olhos, meninos tontos, Dentro de mim estão brincando Se ergo os meus olhos um pouco Vejo os teus olhos dançando Eu quis cantar oa teu olhar que me encantou Pois nele achei, como não sei, inspiração Foi o calor de um olhar teu que me prendeu E desde então o teu olhar é a razão desta paixão Since you bid me farewell Since you hide, closed Without telling me where you go Won’t you see my eyes Follow yours through the road Never leaving them alone Todas as minha canções Vivem do teu lindo olhar Se tu não olhas pra mim Já eu não posso cantar Teus olhos são dois poetas De grande imaginação Foram eles que ditaram Os versos desta canção Don’t you grasp when I tell you That I am yours, for eternity And all the more that time will allow That you are my safe haven My light of the setting sun My horizon, my sea Ever since I saw your eyes I have my fate decided My fate is your eyes Your eyes are my fate That I hold no secrets from you Love, nor sorrows, in the end, Nor disguise myself with lies You already know my fears You are already a part of me And without you there is no I. Your eyes, silly children, Are playing inside me If I raise my eyes a little I see your eyes dancing 9. O teu olhar (Your eyes) I wanted to sing to your look that enchanted me For in it I found, I do not know how, inspiration It was the warmth of one of your looks that restrained me Carlos Ramos (lyrics) / Carlos Ramos (music) Desde que vi os teus olhos Trago o meu fado marcado Meu fado são os teus olhos Teus olhos são o meu fado And ever since then your look is this passion’s reason 12 You do not know how much desire And how much wretchedness Live in my thought Only a few hours ago You bid me farewell And I was left, sad, pondering Hour to hour, my sorrows That are growing sadder For I do not see you come back All my songs Live from your beautiful look If you do not look at me I can no longer sing Your eyes are a couple of poets Of great imagination They were the ones who dictated to me The verses for this song My heart guesses That you will come here no more That I will not see you again That it was my entire fault In clinging so dearly to you And for not knowing how to bond you 10. Desde ontem que te não vejo (I have not seen you since yesterday) António Calem (lyrics) / Pedro Rodrigues (music) Desde ontem que te não vejo E o meu pobre coração Não descansa um só momento Sabes lá quanto desejo E quanta desolação Vivem no meu pensamento 11. Morena (Brunette) Guerra Junqueiro (lyrics) / Pedro Pinhal (music) Não negues, confessa Que tens certa pena Que as mais raparigas Te chamem morena. Há poucas horas apenas Que de mim te despediste E eu iquei triste a pensar Hora a hora as minhas penas Se vão tornando mais tristes Pois não te vejo voltar Pois eu não gostava, Parece-me a mim, De ver o teu rosto Da cor do jasmim. Meu coração adivinha Que não mais voltas aqui Que não mais te torno a ver A culpa foi toda minha Em me prender tanto a ti E não te saber prender Eu não... mas enim É fraca a razão, Pois pouco te importa Que eu goste ou que não. Mas olha as violetas Que, sendo umas pretas, O cheiro que têm! Vê lá que seria, I have not seen you since yesterday And my poor heart Does not rest for a single moment 13 Se Deus as izesse Morenas também! To see your face The colour of the jasmine. Tu és a mais rara De todas as rosas; E as coisas mais raras São mais preciosas. Not I... but alas! Reason is weak, Little matters to you Whether I like it or not. Há rosas dobradas E há-as singelas; Mas são todas elas Azuis, amarelas, De cor de açucenas, De muita outra cor; Mas rosas morenas, Só tu, linda lor. But behold violets That, being so dark, How fragrant they are! How would it be, If God made them Brunettes as well! You are the rarest Of all the roses; And what is rare Is all the more precious. E olha que foram Morenas e bem As moças mais lindas De Jerusalém. E a Virgem Maria Não sei... mas seria Morena também. There are folded And plain roses; But they are all Blue, yellow, The colour of white lilies, Of many other colours; But brunette roses, Only you, fair lower. Moreno era Cristo. Vê lá depois disto Se ainda tens pena Que as mais raparigas Te chamem morena! Do not deny it, admit it That you have a certain shame In hearing other girls Calling you a brunette. And think that were real dark brunettes The most beautiful girls In Jerusalem. And the Virgin Mary I don’t know... but probably Was a brunette as well. For I would not like, It seems as such to me, Dark was Christ. So see if after all 14 That our story was written by us By our hands, makers of fates You still have shame In hearing other girls Calling you a brunette! 12. De nós (Of Us) Of us, time will tell that it was too short For so much more there was to do And that the world will gaze upon us as lunatics And say, love, of us, what it pleases. Ana Vidal (lyrics) / Alfredo Marceneiro (music) De nós que diga o mar como deixámos O cais certo do medo, à descoberta E como nos perdemos e achámos Em cada atol, cada ilha deserta 13. Nos olhos de alguém (To Someone’s Eyes) Tiago Torres da Silva (lyrics) / Joaquim Campos (music) De nós que diga o vento que voámos Com asas que nasceram da vontade E conte aos que vierem como ousámos Desaiar a própria liberdade Quem disse que o amor é ininito Não sabe que a razão também se gasta O nosso amor é tanto e tão bonito Que ser só ininito não lhe basta De nós que diga a vida que a vivemos Sem nos perder em estéreis desatinos Que a nossa história foi a que escrevemos Por nossas mãos, obreiras de destinos Amar é, sem saber, vencer a morte É ver em cada noite um novo dia Coitado de quem não teve essa sorte E amou com paixão mas sem poesia De nós que diga o tempo que foi pouco Pra tanto mais que havia por fazer E o mundo que nos olhe como loucos E diga, amor, de nós, o que quiser. Que seja ininito já que é chama Mas porque é água, terra e ar também Que vença o tempo, posto que quem ama Se torna eterno...nos olhos de alguém Amar é um prazer...não é um vício Um verso que Deus desenhou em mim E diz que o nosso amor não teve início Por isso é que também não terá im Of us, the sea will say how we left The certain pier of fear, on the way to discovery And how we lost and found ourselves In each atoll, each desert island Of us, the wind will say that we lew With wings that were born of will And tell those who will come how we dared To challenge freedom itself Who said that love is ininite Does not know that reason also wears out Our love is such, so beautiful, That in ininity it cannot be contained Of us, life will say that we lived it Without losing ourselves in thoughtless pursuits To love is, without knowing, to beat death To see, in every night, a new day 15 Wretched the one, who was not as fortunate And loved with passion but without poetry And I will take the (crazy) dreams that I will dream To regain, at last, freedom! Let it be ininite, since it is lame But since it is water, earth and also air May it beat time, since the one who loves Becomes eternal… to someone’s eyes Of the earth I take the smell of the sea mist, The light and vain breeze of Spring; And take in me sweet poetry From the arms of the one who sleeps, awaiting me. To love is a pleasure... not an addiction A verse that God drew in me And says that our love had no beginning And so, it will also have no end. From my country I take the memory Of so many who knew how to stand for it! I take from its poets all the glory Of those who brandish words… like swords. 14. Partida (Departure) I will take with me, forever, the sweet song Of Fado, made of tears and sorrow. I take all the joy, all the cries, And I take you, love, in thought. Rodrigo Costa Félix (lyrics and music) Da vida levo aquilo que deixarem: A lua, o mar, o vento, a tempestade. E levo os sonhos (loucos) que sonharem Reconquistar, por im, a liberdade! 15. As palavras que eu procuro (The words I search) Rodrigo Serrão (lyrics) / Rodrigo Costa Félix, Rodrigo Serrão, Pedro Pinhal, Marta Pereira da Costa (music) Da terra levo o cheiro a maresia, A leve brisa vã da primavera; E trago em mim a terna poesia Dos braços de quem dorme à minha espera. Eu só queria que soubesses Que pra mim és mais que um fado Mas a forma de o dizer Não encontro noutro lado Do meu país eu levo a memória De tantos que o souberam defender! Levo de seus poetas toda a glória De quem usa a palavra…a combater. Queria ao menos que estes versos Te mostrassem a sorrir A promessa que os teus lábios Sempre deixam ao abrir Trarei em mim p’ra sempre o doce canto Do Fado, feito lágrima e lamento. Levo toda a alegria, todo o pranto, E levo-te a ti, amor, no pensamento. Mas o vento não tem forma Nem tem forma de ser ver E as palavras que eu procuro Não existem pra escrever Of life I will take what they leave: The moon, the sea, the wind, the tempest. Se o que vejo é tão diverso 16 Que não cabe em nenhum lado Resta então que o mundo saiba Que eu tentei fazer-te um fado I only wanted you to know That to me you are more than a fado. However, the way to say it I cannot ind anywhere else I wanted these verses, at least, Would show you, smiling, The promises your lips Always leave when they open But the wind has no way Nor has it shape to be seen And the words I search Are not there to be written If what I see is so diverse That it is not suitable anywhere Then what is left, is for the world to know That I tried to make you a fado 17 Musicians: Rodrigo Costa Félix - vocals Marta Pereira da Costa - guitarra portuguesa Pedro Pinhal - viola de Fado (classical guitar) Rodrigo Serrão - double bass Aline Frazão - vocals, guitar (track 4) Katia Guerreiro - vocals (track 11) All tracks arranged by Rodrigo Costa Félix / Rodrigo Serrão / Mário Pacheco (track 3) / Aline Frazão (track 4) Produced by Rodrigo Costa Félix / Rodrigo Serrão Musical director, engineer and mixer: Rodrigo Serrão Recorded at K Branca Records & Studio Mastered by Rodrigo Serrão Final master: Diz Heller Cover design: Rui Garrido Photography: Jorge Simão Liner notes: Rodrigo Costa Felix German translation: Diz Heller Typesetting/layout: Sarah Ash 18