editorial - Paróquia da Maia
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editorial - Paróquia da Maia
JULHO / AGOSTO 2011 ANO XXII - Nº 239 BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL PUBLICAÇÃO MENSAL Preço avulso: 0,50 € EDITORIAL Sai este número do S. Miguel da Maia, no dia da Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho, dia 10 de Julho. São coincidências que maravilham todo aquele e aquela que assume a história como um dom precioso feito de vitórias e derrotas a qual tem um fio condutor que entronca num mundo de esperança. Ao celebrar hoje a Festa estamos a reescrever, com toda a nossa capacidade, o que de belo e bom temos. Este acontecimento comove-me, envolve-me e faz-me sonhar em algo de novo que o Senhor Jesus, por Sua Mãe nos oferece. Gosto de terminar uma Festa e começar, pelo menos no coração, a preparar a do próximo ano e não "arrumar os estandartes e os demias objectos" para voltar a fazer o mesmo, no ano seguinte. Embora ainda ouça e leia que as festas se transformam em romarias, não no sentido genuíno do termo, mas em exteriores, que terminam com o som do último foguete, procuro tudo fazer para que o centro e sentido seja a Veneração a Nossa Senhora e que Ela não seja pano de fundo para outras coisas. Sinto-me contente porque as gentes desta Paróquia comigo sintonizam, não poderia ser doutra maneira. Deveremos todos preservar o verdadeiro sentido desta nossa Festa cristã. Quem vier e, cada vez é maior o número dos que participam, deverá perceber isto mesmo. Os dois grandes momentos são a celebração da Eucaristia e a Procissão. Nesta, creio que todas as Paróquias da Maia, irão participar com um andor de Nossa Senhora, o que a torna esplendorosa e de verdadeira manifestação de amor e louvor a Nossa Senhora do Bom Despacho que, em 2003, foi proclamada Padroeira do Concelho da Maia, o que é um privilégio. Celebremos a Padroeira. A todos os que se empenham neste louvor: Câmara Municipal, Autarquia, Presidente e Comissão de Festas, Comissão Fabriqueira, Grupos de Zeladoras, Canto, Liturgia e toda a gente que sempre sabe apoiar, quer no Solar, quer na Tômbola, e em tudo o que tem a ver com esta Festa os meus Parabéns que o são de toda a Paróquia. PDJ http://www.paroquiadamaia.net Celebra a Maia , no dia 10, a Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho. A Procissão será um grande momento que nos ultrapassa em viveência, pois é também participação de todas as Paróquias da Maia. É momento único. Peçamos a Nossa Senhora do Bom Despacho a Bênção para a Paróquia e para todo o Concelho da Maia. [email protected] CONSULTANDO A HISTÓRIA Conforme podemos ler no Livro de Actas da Junta de Paróquia da Freguesia de S. Miguel de Barreiros (1896 - 1902), fl. 18v. e 19r., as contas da Junta de Paróquia de Barreiros relativas a 1897 são apresentadas na reunião de 10 de Abril de 1898; por elas ficamos a saber que, nessa época, as despesas anuais da Junta eram de menos de 400 mil reis, o que corresponde a 400 escudos, ou seja, cerca de 2 €: "Aberta a sessão pelo presidente foi por elle dito que estando coordenadas as respectivas contas relativas à gerência d'esta Junta do anno civil findo em trinta e um de Dezembro de mil oito centos e noventa e sete, foram as mesmas contas postas em reclamação durante oito dias e com a devida antecipação, conforme a lei determina, e tendo-se feito publico por meio de editaes affixados nos logares do estylo, não houve nem foi apresentada reclamação alguma contra as mesmas contas; o qual pelas normas se vê que a receita cobrada foi na importancia de 720:920 reis e a despeza feita e paga em 327:200 reis, havendo portanto um saldo de 393:720 reis, não tendo esta Junta dividas de especie alguma, por isso propunha à approvação difinitiva das mesmas contas a fim de serem enviadas a auctoridade competente para a sua completa approvação; o qual esta Junta unanimamente as approvou. (…)" Maria Artur NOTÍCIAS DA COMUNIDADE No dia 19 de Junho celebrou-se a FESTA DA EUCARISTIA, onde os catequisandos do 3º ano receberam o corpo de Jesus pela 1ª vez.Foi uma festa muito bonita e apesar das crianças estarem ansiosas também estavam bastante entusiasmadas e felizes pela experiência de sentirem Jesus mais perto dos seus corações e poderem participar mais activamente na Eucaristia.Todas as crianças estão de parabéns pelo comportamento exemplar que demonstraram ao longo da celebração . Queremos deixar um agradecimento aos pais e familiares que se disponibilizaram e aceitaram participar nesta festa tão especial para as nossas crianças. Desejamos boas ferias não esquecendo que nunca devemos tirar ferias de Jesus,Ele está sempre disponível para nós (Ele nunca está de ferias ,não precisa!) Esperamos por vós em Setembro para novo ano de catequese, para uma nova etapa na nossa vida de Cristãos. A FESTA DA FÉ Dia 26 de Junho de 2011, foi um dia especial. Especial porque pelas 11 horas na Igreja da Nª Sra. da Maia, 36 meninos e meninas, juntamente com as catequistas professavam a sua fé. A igreja estava cheia, para esta Festa da Fé, com os pais e mães, avós, tios e padrinhos, convidados e quem quis participar nesta eucaristia celebrada pelo nosso pároco Padre Domingos Jorge. Foi um momento muito especial, assumir e afirmar diante de todos os votos que outrora os pais e padrinhos tinham feito no dia do baptismo. Esta celebração decorreu muito bem, onde se destaca o "saber estar" de todos os meninos e meninas, que, para além de terem um comportamento exemplar, também viveram este momento com o coração. Jesus estava ali presente em cada um deles e isso tornou mais alegre e mais vivo cada momento desta Eucaristia. Pelas catequistas do 3º ano Palmira Magalhães Proprietário e Editor Paróquia da Maia Director e Chefe de Redacção P. Domingos Jorge Colaboradores Ana Maria Ramos Ângelo Soares António Matos Arlindo Cunha Carlos Gomes Conceição Dores de Castro Henrique Carvalho Higino Costa Idalina Meireles Isilda Irene R. Silva Alves José Carlos Teixeira José Manuel Dias Cardoso Luís Clemente Ribeiro Luís Sá Fardilha Manuel Machado Mª Artur C.de Araújo Barros Mª Fernanda Ol. Ramos Maria Lúcia Dores deCastro Mª Luísa C.M. Teixeira Maria Teresa Almeida Mário Oliveira Paula Isabel Garcia Santos Pedro Antunes Victor Meireles Correspondentes Pelas catequistas do 6º ano Cristina Oliveira 27 de Julho,às 14h,Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2 S. MIGUEL DA MAIA Vários (eventuais) Col. na Composição João Aido José Tomé Tiragem MOVIMENTO DEMOGRÁFICO Mês de Junho BAPTIZADOS 12 - Alexandre Pinto Ferreira Nunes Romão Maria Francisca Nunes Romão Ferreira Sebastião 18 - Ana Rita Pinto Rebelo 19 - Gonçalo Alexandre Preira Martins Gonçalo Ferreira Barbosa Inês Magalhães Oliveira Inês Nogueira Rebelo Maria Inês tavares Ferreira Teresa Eduarda da Rocha Pereira Tiago de Sousa Martins 24 - Mafalda Lopes Teixeira 25 - Tomé Almeida Ferreira CASAMENTOS 10 - Pedro Miguel Gonçalves Louro e Célia Mónica Pires de Araújo 11 - Paulo Miguel Constante Moreira e Márcia Alexandra Grácio Neto 12 - João Nuno de Sousa Pacheco e Mafalda Sofia de Sousa Aguiar 18 - António José Cardoso de Oliveira Rebelo e Maria Odete Marques Pinto Rebelo ÓBITOS 11 - Maria Emília Ferreira de Oliveira (85 anos) 12 - José Barbosa de Miranda (85 anos) 22 - Palmira Rita de Oliveira (87 anos) 28 - Maria Beatriz Rodrigues dos Santos (81anos) 27/3-Eduardo Osório Branco- fal.Escócia (57anos) globalização, a política, as redes sociais, o lazer. A Eucaristia foi o momento alto desta Missão J. Rica de simbologia a relembrar os caminhos já andados em edições anteriores e o desafio deste encontro, foi tempo forte po forte de ação de graças pela vida e pela comunhão e expressão dum compromisso de concretizar na vida de cada um a missão de fazer o rosto do Bom Pastor mais presente no mundo. Pró - VOCAÇÃO, por vocação Aproxima-se o final de mais um ano escutista Entrámos em Julho, mês por excelência de Festas da Santa Padroeira da Missão J 2011 Maia: Nossa Senhora do Bom Despacho. Como já vem sendo tradição, o Os jovens questionam-se, sob o olhar atento do Agrupamento 95 vai ter a sua barraquinha junto ao recinto da Feira Municipal. Bom Pastor Teremos muitos petiscos e bebidas para apaziguar o calor, entre os dias 7 e 11 Alguns de nós pudemos participar no grande encontro juvenil e missionário que é a Missão J, feliz iniciativa dos Missionários Combonianos que congregou cerca de 350 jovens dispostos a viver um fim de semana diferente e mais próximo de Deus. Nesteano,otemadaMissãoJfoi"OrostodoBomPastor", cujo ícone foi acolhido previamente por vários dos grupos participantes e que marcou e deu unidade a todo o encontro. Através dum conjunto variado de atividades de convívio, partilha, oração, reflexão e celebração, os participantes foram descobrindo e conhecendo melhor este rosto do Bom Pastor. Este Missão J realizou-se em regime de acampamento, que traduz não só a comunhão com a natureza mas também o sentido de povo em marcha e de disponibilidade para a conversão e para a missão. Todo o encontro constituiu uma oportunidade excelente para uma maior tomada de consciência da vocação cristã e compromisso missionário, vividos num ambiente ao mesmo tempo descontraído e profundo, com excelente clima de amizade. Através de vários workshops, os jovens puderam aprofundar formas de traduzir a sua vocação de cristãos em domínios tão variados como a família, a profissão, a de Julho. Contamos com a vossa presença. A chegada do verão também anuncia o encerramento de mais um ano escutista. Nos dias 10 e 11 de Junho, a Alcateia com cerca de 30 Lobitos partiu à descoberta da cidade do Porto. Numa actividade denominada de "Casas que Contam e Rezam Histórias", as crianças percorreram as ruas da cidade, de mochila às costas e mapa na mão. Apreciar a vida própria da Ribeira, subir a encosta de funicular, "ouvir" o silêncio das Igrejas e descobrir a emoção de andar de eléctrico foram alguns dos momentos altos da actividade. No mesmo fim-de-semana prolongado, também os Exploradores partiram à conquista de S. Jacinto, Aveiro. Para chegar a Tatanka, a Expedição teve de construir jangadas para atravessar a Ria, um momento emblemático, prova que o trabalho em conjunto tem resultados positivos. Durante os três dias de actividade, os Exploradores construíram o campo, cozinharam as suas refeições, partilharam jogos, aprenderam a fazer porta-chaves em corda, viveram em grupo, em espírito de partilha. Agora que o ano escutistaseaproxima do final é hora de guardar as boas memórias deste ano para ganhar forças para as próximas aventuras… Teresa Oliveira Santos S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3 CENTRO SOCIAL Os nossos idosos sentem-se totalmente desactualizados das novas tecnologias que os surpreendem, a toda a hora, nas mãos dos filhos e, principalmente dos netos. Alguém me dizia, há poucos dias, que tem um neto de quatro anos que já domina o telemóvel com o à vontade de um adulto, mesmo, curiosamente, ainda antes de saber ler. De facto, as chamadas Redes Sociais Tecnológicas que nos dominam, surgem em catadupa de modo a, de um dia para outro, desactualizarem completamente as ferramentas de que dispomos. Ele é o Facebook, o Twitter, o Vkontakte, o Pandora, o Taobao, o Skype, que nas mãos de empresas como a Apple, a IBM. a Amazon. a Google, a Zynga, a Groupon e outras do género, dão a volta à cabeça de qualquer estudioso. O que hoje é uma alta tecnologia, amanhã já não passaVüma mera vulgaridade. Daquilo que sabemos, nenhuma época na existência do mundo teve tão rápida evolução como a nossa. Eu. que fui profissionalmente muito empenhado nas telecomunicações, no tempo dos telefones accionados à manivela, das galenas e dos emissoresreceptores a válvulas que. para atingirem grandes distâncias, só era possível fazê- lo em grafia e sempre à custa de equipamentos muito volumosos e de enorme consumo, estamos, agora, perante minúsculos equipamentos, quase sem consumo, a chegar a todos os cantos do mundo. Quando em 1957 chegou a Portugal a televisão e. pouco tempo depois, pudemos ver. através dela, o homem a caminhar na Lua, quase não acreditávamos que era real o que estávamos a ver. Os mais incrédulos até diziam que tudo era uma farsa, e que as imagens que recebíamos seriam de uma qualquer ilha. Mas o certo é que era mesmo verdade, e até já estão a programar viagens turísticas à Lua e a Marte. Também na medicina tem havido um enorme progresso à base destas tecnologias. A cura de muitas doenças já se consegue com esta electrónica. Só é pena que ela não tenha nos comportamentos e nos valores humanos, morais, cívicos, espirituais e éticos, a mesma eficiência que tem nos equipamentos. Ironicamente, uma presença constante nas redes sociais torna as pessoas anti-sociais. As amizades na Internet substituem os amigos verdadeiros. Os viciados não dormem, faltam à escola e ao trabalho e negligenciam as tarefas domésticas, até a higiene pessoal. Segundo o psiquiatra Jane Morris, a obsessão com a Internet vai levar a mais desemprego, obesidade, anorexia e, até, a suicídios. No passado também havia pessoas estranhas, mas não conseguiam alimentar as suas bizarrias como se consegue hoje. Vamos lá a ver até onde vai tudo isto. ainda no nossa tempo. Mas aqui deixo um alerta á actual geração digital: há dias paguei uma factura no valor de 154,58 com 170,00 euros, e porque a menina que me atendeu não tinha à mão a máquina de calcular, foi o cabo das tormentas para ela me dar a demasia certa. Manuel Machado AVE MARIA "Avé Maria Cheia de graça…" Da alma ou dos campos, Cuidadas por nós, Flores lhe oferecemos… "O Senhor é convosco, Bendita sois vós." Flores para vós Que sois a mais pura "Entre as mulheres…" Flores perfumadas Plenas de luz… "Bendito é o fruto Do vosso ventre, Jesus." "Santa Maria, Mãe de Deus, Rogai por nós, pecadores," Aceitai nossas flores! "Agora", flores do campo. "E na hora da nossa morte" As flores de nossas almas… Senhora do Bom Despacho, Aliviai nossas dores, Aceitai nossas flores! Ana Maria Ramos O Centro Social e Paroquial da Maia (Lar de Nazaré) para ser levado ao fim precisa da sua generosidade. Se tem coração terá generosidade. O que se fizer pelo bem redunda sempre em bem para quem o faz. Ouvir, Falar,Amar Este livro regista um diálogo muito vivo, muito rico, sob o ponto de vista comunicacional entre Laurinda Alves, competente jornalista, e Alberto Brito, jesuíta especializado em Relações Humanas e Comunicação Interpessoal. Ouvir, Falar, Amar é o título que bem resume o conteúdo desta obra, nas palavras da autora - Ouvir, porque ouvir os outros é a maior escola de vida; Falar, porque é a comunicar e a dialogar que nos entendemos e que se constroem as relações; Amar, porque é a partir da aceitação de nós próprios e dos outros que tudo é possível. Através das perguntas e respostas aqui apresentadas, retiramos importante informação que nos permitirá certamente crescer como pessoas. A família, a escola, o convívio e a espiritualidade são apontados como os quatro pilares do desenvolvimento humano. A compreensão é a grande força para a mudança. O modo como se trata o outro, a linguagem não verbal, mais do que as palavras utilizadas, transmitem a nossa capacidade de aceitação do outro. E aceitar outra pessoa não significa concordar com ela, mas permitir que seja ela própria perante mim - diz-nos Alberto Brito. Tal exercício não é nada fácil, exige um grande trabalho interior, talvez a vida inteira, porque tentar ser para os outros a imagem daquilo que Deus é para connosco, é o Grande Desafio que nos é proposto pelo Cristianismo! Maria Fernanda e Maria Teresa S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 4 EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR A Equipa Paroquial de Pastoral familiar preparou e alguns Elementos estiveram presentes no Dia Diocesano da Pastoral familiar celebrado, no dia 19 de Junho, no Pavilhão Polivalente de Espinho. Prsidiu o Senhor Bispo, D.Manuel Clemente. Vários Casais da nossa Paróquia foram homenagiados. www.paroquiadamaia.net - Navegue [email protected] E. P.P.F Maria Luísa e José Carlos Teixeira Armandina e Jorge Lopes Lídia Mendes Fernanda e António Teixeira Maria Elizabete e Jorge Real Maria Brízida e José Tomé P.Domingos Jorge Contactos: 917373873 - 962384918 966427043 - 229416209 919047039 - 961829756 965450809 - 229448287 917630347 - 229486634 919664994 Voz do Secretariado Diocesano da Pastoral acreditamos. Lembrou ainda que para o cristão a divisa deve ser “Amo, logo existo”, pois que saindo de nós é que nos Familiar A diocese do Porto celebrou uma vez mais o Dia Diocesano da Família, como habitualmente na Solenidade da Santíssima Trindade. De facto, na plena comunhão que é o amor trinitário encontra as suas raízes a comunhão matrimonial, que participa do amor divino e O testemunha pela sua forma de viver. A Alguns Elementos da Equipa Paroquial da Pastoral Femiliar estiveram presentes na Festa Diocesana da Família que teve lugar no Pavilhão de Espinho/ Anta, no dia 19 de Junho. dado que o Secretariado Diocesano publicou no seu site a notícia do acontecimento, resolveu a Equipa transcrevê-lo, com a devida vénia, juntando fotos próprias. A Equipa entrou de ´ferias e o seu plano pastoral para o novo ano começa a ser gisado. BOAS FÉRIAS. Neste ano, coube à vigararia de Espinho-Ovar acolher a celebração deste dia, que teve lugar na excelente nave do polidesportivo de Anta. Deve realçar-se a ótima colaboração da Câmara Municipal de Espinho, quer na cedência quer no arranjo geral do espaço, numa disponibilidade que muito nos apraz registar e agradecer. As paróquias da vigararia e em especial as da cidade assumiram com grande dedicação a preparação e animação da liturgia. Neste ano, foram quase mil os casais que quiseram juntar-se como igreja diocesana para celebrar 10, 25, 50 e 60 anos de matrimónio. Deve salientar-se o crescente empenho das equipas paroquiais na procura dos casais, convite, realização de encontros específicos de preparação e acompanhamento no dia da celebração. O Senhor D. Manuel Clemente presidiu à Eucaristia, acompanhado dos Senhores Bispos Auxiliares D. Pio Alves e D. João Lavrador, de algumas dezenas de sacerdotes e de muitos familiares e amigos dos jubilados. Na homilia, o Senhor Bispo convidou a, sem dispersarmos a atenção, centrarmo-nos no encontro de Deus através de Jesus, Aquele que nos mostra o Pai e por Quem Deus vem ao nosso encontro. Quando afirmamos “Ele está no meio de nós”, mais não fazemos do que exprimir aquilo em que encontramos e nos ganhamos. D. Manuel reforçou esta ideia lembrando que cada casal que vive plenamente o seu Matrimónio é testemunha do amor de Deus – uno, indissolúvel e fecundo – no mundo e por isso mesmo a resposta às interpelações que o mundo faz à Igreja, na medida em que é a prova viva de que “Ele está no meio de nós”. Mesmo que o testemunho do casal plenamente cristão não faça manchete ou abra telejornais, ele é plenamente eficaz em fazer Deus presente no meio dos homens e na reconstrução do mundo à maneira de Deus, como o comprovou a família de Nazaré e como vemos em tantos exemplos dos nossos tempos. Terminou convidando a fazermos Eucaristia, ou seja, ação de graças a Deus pelo acontecimento que todos estavam a viver e pela vida matrimonial que testemunha de forma privilegiada que “o amor é possível!”. Antes de terminar a celebração, o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Espinho saudou a assembleia, agradeceu a presença de todos e testemunhou a sua alegria por este encontro que tão bem exprime os valores em que acredita e que o norteiam. No final, todos os casais jubilados receberam, como habitualmente, o diploma que contém uma saudação e bênção personalizada do Senhor Bispo – expressão de congratulação, voto de felicidades e convite à perseverança no amor e no testemunho. Fotos de: José Carlos Teixeira Em 2012, a celebração do Dia Diocesano da Família terá lugar na vigararia de Gondomar. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 5 NOAMORTUDO SE SOMA Ouvi a frase, no amor tudo se soma, mais de uma vez, dita pela Dra. Teresa Tomé Ribeiro, na conferência que tão amavelmente se dispôs a apresentar no auditório contíguo à Igreja da Nossa Senhora da Maia, na noite de 17 de Junho passado, a convite da Equipa Paroquial da Pastoral Familiar. Já na altura de comentários e perguntas por parte dos assistentes, alguém evidenciou a sua admiração, perante o reduzido número de pessoas que se interessou pela oportunidade de ouvir tão rica exposição sobre o tema - sexualidade: uma visão actual - e em face da apreciação dos elevados FAZ DA TUA ALMA UM DIAMANTE conhecimentos e valorosas perspectivas e convicções pessoais demonstrados pela conferencista, disse, que deveria ser obrigatória e repetida a conferência para muita mais gente. Obrigatória, eu não a direi porque estas realizações são sempre colocadas à disposição das pessoas, mas a realidade é que, não se consegue entender a falta de motivação da sociedade para aproveitar estas impagáveis oportunidades para viver melhor, mais esclarecidamente e consequentemente mais feliz. Eu que já sou avó, mas, precisamente por ter assistido à conferência, meses antes, na casa Diocesana de Vilar, pensei que era de imensa riqueza para as famílias da nossa comunidade poderem ouvir e questionar sobre o tema, alguém tão competete. Por isso se decidiu solicitar à Dra. Teresa a sua disponibilidade para benefício das nossas famílias. A sua anuência ao convite foi imediata, infelizmente não teve igual resposta o anúncio da conferência, por parte de quem frequenta as nossas igrejas ou vive na Maia, visto terem sido colocados cartazes nalguns locais. O teor do que seria falado destinava-se a todos, desde adolescentes, jovens, pais a avós. Quem não vive preocupado ou sensibilizado com a dimensão dos conflitos e problemas insanáveis que a toda a hora emergem no dia a dia das famílias, nomeadamente nas relações entre pais e filhos, por dificuldades de diálogo e compreensão entre gerações, e desconhecimento de como gerir as varias fases de crescimento, a maturidade e respectivos afectos do ser humano? Quantas vezes surgirá a discussão, que se poderia evitar? Quantas vezes os jovens tomarão atitudes erradas ou optarão por um mau caminho, porque na altura certa, o pai ou a mãe não souberam como conduzir o assunto, ou não tiveram firmeza e conhecimento para esclarecer e fazer ver aos filhos o que é bom para as suas vidas e seus futuros. Na abordagem do tema, fomos conduzidos, em tom afável de um rosto sorridente, através de causas e consequências que se somam nas etapas da vida de cada pessoa. Não pode, um adolescente ou um jovem, ter determinados comportamentos, pensando que quando for adulto na sua vida nada se reflectirá daquilo que foi nessas idades. Pensa errado. A pessoa vai sendo estruturada interiormente desde que nasce. O que se vive não desaparece, soma-se á constituição da pessoa. É bom que os pais encaminhem os filhos para assumirem a responsabilidade das suas escolhas. Que lhes permitam adquirir comportamentos que os construam como pessoas que saibam gerir as necessidades, que saibam esperar pela recompensa, que saibam gerir as frustrações, que saibam olhar, que saibam pensar, que saibam decidir, que saibam esperar esperar, dá-nos o valor daquilo que estamos à espera, dá-nos a certeza daquilo que esperamos. È preciso que os pais ajudem a gerir as emoções e a identificá-las para saber construir os sentimentos. Os sentimentos constroem-se com razões. Aquilo que um filho quer, deve perguntar-se-lhe por que o quer. Na educação é muito importante compreender. A sexualidade é uma dimensão, que constrói a pessoa, biológica, psicológica, afectiva, social, espiritual, ética, que tudo soma na construção do projecto de vida. M. Luísa C. M. Teixeira Haverá mais iniciativas que a Equipa de Pastoral Familiar irá propôr a toda a gente, pois a Família é o cerne de toda a construção da personalidade humana e da Fé. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6 An Duas ordenações na diocese de Vannes (França) Gwenaël Airault, de 35 anos, e Sébastien Brossard, de 33, foram ordenados sacerdotes em Junho passado na Catedral de Vannes. Se o evento é importante para a diocese, é excecional na vida desses dois companheiros de caminhada, que entraram no seminário em 2005 e foram ordenados diáconos em 2010 em Sainte-Anne-d'Auray. Ambos responderam a um chamamento de Deus, quando a vida lhes parecia ter já um caminho traçado: estudos, carreira... Gwenaël Airault, depois de estudar comércio, começou a trabalhar no setor imobiliário. Procurava no seu íntimo um sentido de vida, sem conseguir encontrar resposta. Até ao dia 3 de Abril de 2005 em que participou numa vigília de oração pela morte do Papa João Paulo II; aí sentiu um apelo "brilhante, muito forte" para seguir a Cristo. "É relativamente misterioso", disse ele. "Como uma graça especial, uma força em mim que me determina a seguir este caminho." Para Sébastien Brossard, já com uma pós-graduação em gestão, o despertar ocorreu no seu local de trabalho, a câmara de Vannes, onde desempenhou tarefas administrativas durante três anos: "Disse para mim mesmo: não gosto do que faço. Vou demitir-me e tornar-me sacerdote." Tinha na altura 23 anos. "Foi surpreendente, acrescentou. Tinha havido outros chamamentos, contra os quais tinha lutado. Aquele foi o momento certo". Ele, que tinha deixado de praticar desde os 18 anos, foi falar com o pároco e lançou-se numa redescoberta da sua vida com diretores espirituais, durante dois anos. Os seis anos de seminário em Rennes ajudaram os dois jovens do Morbihan a refletir e amadurecer a sua decisão. Foi uma caminhada para fundamentar a vocação e criar disponibilidade interior, culminando no momento da ordenação em que, rodeados por suas famílias e amigos, receberam a imposição das mãos do bispo. "Esta cerimónia é uma festa. É todo o povo de Deus que celebra as ordenações", disse Gwenaël. "Para nós, é uma grande alegria. A nossa liberdade fica comprometida ao serviço da nossa felicidade." Uma vez ordenados sacerdotes e tendo recebido a casula, o cálice e a patena, Sébastien e Gwenaël permanecem nas suas paróquias de inserção até Setembro. Em seguida, ficarão disponíveis para uma missão nas paróquias que o bispo lhes irá indicar. Uma grande missão: "chamar a ovelha perdida", alegra-se Sébastien Brossard; "Transmitir a boa nova aos nossos contemporâneos", anuncia Gwenaël Airault. Muito trabalho em perspetiva, num sector que quer recrutar novos trabalhadores! (Le Télégramme.com - Morbihan) ANO VOCACIOAL COMBONIANO Vocação é vida Quando se fala de vocação, é praticamente impossível falar de maneira abstracta. Quando alguém (homem ou mulher, adulto ou jovem) fala, dialoga, partilha sobre a vocação, acaba sempre por falar de si mesmo. Porque vocação é vida; a minha, a tua vida. A vocação não é um sentimento, muito menos um capricho ou uma fuga dos problemas; não é a escolha ou o desempenho de uma profissão, por mais bela e nobre que ela seja; não é uma predestinação à qual não se pode fugir. Vocação é a resposta à interrogação: que vou fazer da minha vida? Visa descobrir o meu lugar na Igreja e no mundo; Insere-se no movimento de busca de felicidade, de sentido e de realização humanas. Vocação é uma livre e corajosa escolha que convoca a totalidade da pessoa chamada; é resposta de amor Àquele que nos amou primeiro; é uma escolha radical do absoluto de Deus como valor e sentido da vida; é viver em chave de serviço. Ser cristão afirma-se não por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento: a pessoa de Jesus de Nazaré. Por isso a melhor maneira de discorrer sobre a vocação é viver a própria vocação, com alegria, entusiasmo honestidade e verdade. No fundo, viver em discípulo de Jesus Cristo, a razão e a meta da minha vida. Ser "vocacionado" é actualizar esse encontro com Jesus e aquela relação de amizade íntima que esse encontro, e outros, proporcionaram. E cada vez que há encontro entre uma pessoa e Jesus de Nazaré, há sempre um convite, que exige uma resposta. Essa resposta é a vocação de cada um que responde. Nós somos todos chamados, convidados, desafiados. Resta saber: 1) se nos damos conta desse convite; 2) se o compreendemos, ou o procuramos compreender; 3) se respondemos e de que maneira o fazemos. Neste ano vocacional que os Missionários Combonianosestãoapromover,disponibilizemo-nospelo menos para escutar o convite, aproximando-nos da palavra de Deus, dos sacramentos, dos outros,… cultivemos hábitos de oração, leitura, convívio. Encorajemos todos aqueles e aquelas que sentem o convite de Jesus e procuram percebê-lo e responder-lhe afirmativamente e generosamente. Actividades para jovens: 26-30 Julho - Sempabrir - caminhada jovem a Fátima a partir de Coimbra. 29 Julho a 7 Agosto - SEM: Semana de Experiência Missionária. Semana de vida de grupo e serviço a doentes, idosos e deficientes. Leonel Claro S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7 HINO A NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO Senhora do Bom Despacho, Senhora da nossa terra. Abençoa as gentes da Maia, E o Povo que Te venera. 1. Chegamdas terras da Maia, As gentes agradecidas, Para cumprir as promessas, De graças já recebidas. Também dos lados da serra, Do campo e da beira mar, Louvando p'los bens da terra, P'la faina e por voltar. 2. Alguém no Brasil distante Sofrendo grave doença Voltou-se p'ra Ti, Senhora, Sentiu a Tua presença. Cumprindo sua promessa, Após o mal ser curado, Mandou erguer este Templo P'ra sempre a Ti dedicado. 3. Minha Mãe, a petição Aceitai de um pecador O despacho a teu favor O ponde por Vossa mão. Pois tendes, mãe singular, Para mais glória Vos dar A tinta p'ra deferir E pena p'ra despachar. 4. Neste dia de alegria Cantamos em Teu louvor Despacha nossas preces Pedimos-Te, com fervor Nossa Mãe, nossa Rainha, Serás sempre celebrada Neste Templo de oração Onde fostes coroada. Letra de Henrique Carvalho Música de Mário Oliveira Consultando os Arquivos da Paróquia O P. Luiz de Oliveira Alvim, Pároco da Igreja de S. Miguel de Barreiros descreve a Procissão da Festa de Nossa Senhora do Bom Despacho do dia 12 de Julho de 1733 Obs. Mantem-se o texto original... " A Igreja ricamente se armou, e se compuseram perfeitamente os Altares de Damascos. Fez-se à Senhora nove dias com todo o asseio novena de tarde, com a sua prática, a ladainha, e outras devotas orações... foi orador dos milagres e prodígios da Divina Senhora o P. Mestre Pregador geral Fr. Francisco Xavier Gramaxo da escçlarecida ordem do meu Seráfico S. Francisco que pregou sermão de acção de graças com o seu costumado engenho, e elevada erudição e de tarde estava preparado para fazer o mesmo, se senão temera o faltar tempo para se fazer a vistosa, asseada, e custosa procissão que se fez para a qual se não fez finta aos fregueses ou Irmãos, mas sim só concorrerão os mais devotos com o seu zelo e desvelo, e não as confrarias. Constava a dita procissão de nove bem vistosos e compostos andores; -Era um do Príncipe, e glorioso Arcanjo S. Miguel Padroeiro desta Igreja, ... todo coberto de milania branca em que bem luzia a prata e sobresaía a franja de ouro que em vasos dourados o compunham, o qual levavam quatro Irmãos com suas opas brancas e murelas verdes com suas medalhas, e dois com duas tochas; Era outro do Glorioso S.Roque todo de clarão encarnado em que bem brilhavam os ramos de ouro que em cima deles se debuxavam, e outros de flores que nos cantos o ornavam, que também o levavam outros tantos Irmãos com suas opas brancas e murelas de cor de fogo , era outro que eu dei do meu Seráfico S. Francisco de clarão verde em cujo campo verde se ostentavam flores de ouro, e outros de cambraia a quem a habilidade fez equivocar com as do campo, as quais cercavam aquele glorios jardim de virtudes, o qual levavam na mesma forma outras tantas pessoas com as suas opas brancas e murelas pardas. Outro era do Invicto Mártir S. Sebastião coberto de vários papéis dourados com tanta traça ornado... parecia brocado levantado em montes de ouro, em quye bem se patenteavam aramos de vistosas flores, o qual levavam outros tantos homens com as suas opas vermelhas; outro era o de santa Bárbara pintado de clarão encarnado com ramos de ouro e ornado com perfeitos ramos de diferentes e vistosas do Brasil, nos cantos, o qual levavam outros tantos homens com opas vermelhas... O outro era o de Nossa Sen hora do Bom Despacho que deu o Reverendo Vicente Gramaxo Cavaleiro professo da ordem de Cristo, Juiz da Confraria da dita Senhora o qual era de todo de talha preciosa dourada, e nela tinha engastadas várias pedras como esmeraldas, rubis e outras mais vistosas que ornavam aquele trono de ouro, com prodigiosos e ricos ramos de flores e em vasos dourados, entre os quais ia brilhante aquela rosa de Jericó, lançando daquele trono resplendores como outro sol a todos os que assistiam aos seus obséquios. Levavam o andor quatro Irmãos com suas opas brtancas de seda, e murelas azuis, e acompanhavam dois com duas tochas, todos estes Santos eram da Igreja. De fora era S. Faustino Padroeiro da Igreja e freguesia de Gueifães... andor todo precioso porque era todo coberto de primavera branca tgrespassada de ramos de ouro, com quatro pirâmides de prata batida em que nos quatro cantos se seguravam belos ramos de flores, todo ataviado de topez de preciosas fitas de ouro, e prata, e guarnecido em volta com várias franjas de prata, como Menino Jesus de uma parte e de ouytra com Nossa Senhora da Conceição tudo com tanto asseio ornado que foi para admiração e pasmo, levava o mesmo andor o mesmo Reverendo Abade e mais três Eclesiásticos Irmãos bem asseados com as suas estolas de tela e o acompanhavam seis feregueses com suas opas de seda encarnada e tochas com a sua xcruz de prata, e manga de rica tela. Era outro da freguesia de S. Tiago de Custóias o Menino Jesus... o qual era não menos rico, preciosso e asseado, pois era todo coberto de Damasco Continua na página 9 S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8 Consultando os Arquivos da Paróquia Continuação da pág. 8 encarnado e guarnecido por cima com várias joias de esmeraldas, diamantes, cordões de ouro... Era o outro o Padroeiro de S. Mamede da freguesia da Ermida da Infesta ...com notável asseio pois era todo um campo de flora em que admiravam vistosas e admiráveis flores.. Iam dois Anjos diante do andor de Nossa Senhora lançando flores de suas grandes salvas de prata os quais deu António Costa e Almeida da cidade do Porto ... pois pareciam com os Serafins do Céu. E mais o Anjo da Guarda vestido de armas brancas como vai no Corpo de Deus adiante de S. Miguel com todo o asseio. Iam mais três figuras, a saber Roma, Barreiros e a Fama cada uma montada em seu cavalo bizarramente enfeitados e custosamente agiasados e as figuras ricamente vestidas e embuçadas à trágica com belos cortes de seda de ouro, e prata, que eram para admiração e asombro, ou pasmo para a vista, pelos peitos que tinham vestidos de ouro, prata e pelos vistosos cucases que de diferentes cores tinah siobre a cabeça com cabeleiras. Levava Roma num tarjão no braço escritas induklgências. Levava Barreiros um estandarte aplaudindo-as e ia a Fama com um clarim publicando-as... Foi a procissão pelos lugares seguintes: Barreiros Souto, Vizo, Estrada, Brandinhães, Barroco, Outeiro, Recamunde e Jarissa ... às suas portas e mais fregueses se esmeraram com todoo o capricho a guarnecer oito bem feitos arcos e a fazer oito perfeitos altares com prodigiosas Imagens de Crucifixos e outras saíam dos seus sítios a festejar e a ver aMaria Santíssima que por eles passava, nos quais se não vima montes mas sim voistosas ruas de belos lençóis de custo, Damascos, primaveras, bandeiras e outras admiráveis alfaias tudo alcatifado de vários cheiros que no desvelo que todos tiveram bem mostra- do o que são devotos daquela Mãe de Piedade e Senhora dos Bons Despachos.. Acompanhavam a Procissão indo diante mais de sessenta insífgnias entre guiões, estandartes e cruzes que não foram todas as das Igrejas e freguesias deste Couto mas para decorar, fazer procissão mais sumptuosa e magnífica veio assistir com a sua pessoa o Muito Reverendo Senhor João de de Faria e Gouveia digníssimo Abade de S. Romão de Vermoim e mandou assistir, mandou os Oficiais da sua Igreja com as suas insígnias das Confrarias. Como também veio o Muito Reverendíssimo Senhor Domingos do Rosário digníssimo Abade de S. martinho de Barca e mandou também as suas Confrarias e o mesmo obséqui fez o Muito Reverendo Domingos de Figueiredo digníssimo Abade de S. Tiago de vindo também e Milheirós vindo também e mandando as suas Confrarias vindo juntamente outros mais preparos das suas Igrejas e da freguesia de S. Salvador dse Moreira, o pálio de tela branca tecu«ido de ouro com as" alanternas" de prata e varas e outros muitos trastes que tudo foram naquela ocasião realces para mais luzir tão vistoso e devoto acto, assistido para bem a ornar o Rev.do Juiz Vicente Gramaxo indo com a sua vara atrás do pálio, e os Reverendos Eclesiásticos Irmãos que iam acompanhar a Senhora com suas sobrepelizes e medalhase mais de cinquenrta irmãos com suas opas brancas, velas, tochas e coroas nas mãos e além disto um inumerável povo não só de todo este Couto e ditas freguesias mas de outras partes como S. João da Foz, Matosinhos, Cidade e outros remotos lugares pessoas de superior graduação e autoridade que com a sua assistência então se transformou a freguesia em cidade e se viram cortes na aldeia... (Continuará) S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 9 NO CÉU NÃO HÁ CUNHAS Há uns tempos li num capítulo do livro Razões para a Esperança esta frase: “Há muitos que só amam a Deus na medida em que lhes garante a sua felicidade pessoal, e não o amam por Ele ser Deus, mas por ser útil para eles”. O autor falava da história de uma santa, “que também não funciona”. Em entrevista a uma das irmãs de Maria Goretti, foi-lhe perguntado se a canonização da irmã lhe tinha trazido qualquer vantagem material. Que não, nem sequer lhe facilitou, uma melhor posição social. O entrevistador estava à espera, certamente, de outra resposta. Na nossa sociedade actual vive-se muito de favores, cunhas, pedidos, influências e, talvez, pouco de incentivos para trabalhar e esforço para as pessoas se tornarem mais capazes e aptas: estudo para se valorizarem, empenho para vencer as dificuldades. O melhor professor de natação não é aquele que passa o tempo a segurar na água os aprendizes. O melhor pai não é aquele que vive a impedir os filhos de “nadarem” sozinhos. Há uma frase, já muito antiga que diz: Dá muito trabalho ser santo. Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as suas veredas, disse Cristo. Não disse encurtai (aplanai) os caminhos, tirai as pedras mas... endireitai-os (com esforço, empenho, trabalho e dedicação) para poderdes chegar mais depressa e em segurança. Tive alunos, nas aulas de educação física que “morriam de medo” quando tinham que fazer qualquer coisa diferente do habitual do dia a dia. Crianças super protegidas, angustiadas quando tinham que fazer qualquer movimento ou viver uma situação nova, diferente do dia a dia. Soube que uma mãe descia do andar, onde vivia, para ajudar a sua filha de 11/12 anos a atravessar a rua com poucos metros de largura e escasso movimento de carros. Claro que a pequenita era absolutamente incapaz de correr, agarrar uma bola, saltar... participar activamente em qualquer trabalho de grupo. A mãe não a substituia nas aulas de Educação Física porque... Podemos repetir, mecanicamente, muitas orações ou fórmulas “fechadas” de rezar. Nunca chegaremos, assim, a falar verdadeiramente com Deus. As crianças quando falam com os pais, não o fazem como nós falamos com Deus, muitas vezes através de fórmulas, frases feitas.... Quem tem razão? Perante Deus, somos sempre pequeninos, crianças recem nascidas, a precisar de tudo. Se calha, alguma coisa está errada nas nossas orações ou no modo como nos relacionamos com Deus. Rezar não deve ser, apenas, a repetição mecânica de fórmulas de livros de orações, mas falar com Deus, como falávamos com os nossos pais em pequeninos. Não foi por acaso que Cristo dizia: “Deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o Reino dos Céus” ou “ se não vos tornardes como meninos, não entrareis no Reino dos Céus”. Ninguém é santo sem esforço, sem perseverança, sem determinação e empenho em ser cada vez melhor, sem coragem de enfrentar, muitas vezes, opiniões e até opções de vida diferentes da sociedade, tenacidade em manter sempre o mesmo rumo, perseverança em vencer os maus momentos da vida, capacidade em descobrir o melhor, que pode não ser o mais fácil. O caminho tem que ser feito, sempre, por nós. Porque... no Céu não há “cunhas”! Mário Oliveira Uma Feliz Notícia Ordenações na Sé do Porto - 10 de Julho - 16h Decorrerá no próximo dia 10 de Julho, às 16h na Sé do Porto a celebração das Ordenações Presbiterais, onde serão ordenados dois Presbíteros e seis Diáconos. Receberão a ordenação de Presbíteros os seguintes ordinandos: João Pedro Lêdo Mateiro Gomes Marques - natural de Penso - Braga, com estágio realizado na Paróquia de Santo Tirso; Rui Miguel da Mota Alves - natural de Boelhe - Penafiel, tendo realizado estágio na Paróquia de Oliveira do Douro Marcos Leandro Babo Coelho - Missionário da Consolata Serão ordenados Diáconos: André David de Vasconcelos Aguiar Soares - natural de Rôge - Vale de Cambra; André Fernando Cardoso Machado - natural de Carvalhosa - Marco de Canaveses; José Ricardo da Rocha Dias - natural de Vandoma - Paredes; Luís Borges Martins - natural de Portela - Penafiel; Pedro Miguel Amorim Rodrigues - natural de S. Martinho de Bougado - Santo Tirso; Sérgio Filipe Pinho Leal - natural de Paço de Sousa - Penafiel; Frei Abreu Brás - Ordem de S. Bento S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 10 O ORÇAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA PARA 2014-2020 Arlindo Cunha A União Europeia tem por princípio rever as suas políticas comuns cada sete anos, num exercício altamente participado e em simultâneo com a decisão sobre o orçamento que durante esse período as financiará. Como o actual orçamento foi fixado para o período de 2007-2013, a U.E. terá, antes do final de 2013, que chegar a acordo sobre o orçamento para o período de 2014-2020, ao mesmo tempo que terá que rever as políticas comuns que, em conjunto, absorvem mais de 80% daquele orçamento: a Política Agrícola Comum (PAC) e a Política de Desenvolvimento Regional e Coesão. A proposta apresentada pela Comissão Europeia é relativamente conservadora: 1.025 milhares de milhões de euros, correspondentes a 1,05% do PIB da União e a um aumento nominal de 5% face ao período anterior - o que, considerando a inflação, corresponde a algo próximo da estagnação. Não obstante esterelativoconservadorismo, países como a Alemanha, Reino Unido, Holanda, Suécia ou Dinamarca consideram que na actual conjuntura a U.E. deveria reduzir as suas despesas, fixando-as num valor próximo de 1% do PIB. Tal situação impõe três comentários de imediato. O primeiro é que estes países que protestam contra a proposta da Comissão e defendem um orçamento comum mais reduzido são os que mais contribuem para o seu financiamento. Consequentemente, quanto menor for o orçamento da U.E. menos transferências farão para os cofres comunitários. O segundo comentário é que nos tempos de crise em que vivemos os Estados Membros tendem a reagir no quadro de uma lógica nacionalista de deve e haver orçamental, em vez de uma lógica de efeitos positivos induzidos (spill overs) pelas políticas e financiamentos comuns da União. O terceiro comentário visa sublinhar algo que passa desapercebido para muitos cidadãos: a pequeníssima ex- pressão do orçamento comumfaceaodosEstadosMembros,quandomedidosempercentagem do PIB. Na verdade, enquanto que num Estado Membro medianamente organizado em termos de finanças públicas, um orçamento de Estado representa 40 a 50% do PIB desses países, no caso da U.E. não passa de 1,05%, como agora proposto. A explicação é simples: enquanto que num Estado Membro normal o orçamento serve para financiar as funções primária do Estado, incluindo a educação, saúde e justiça, tal não acontece no caso da U.E., em que o orçamento só é chamado a financiar acções comuns nos casos em que os Estados Membros decidiram que tais funções seriam melhor desempenhadas a nível comum do que a nível nacional. Chama-se a isto o princípio da subsidariedade. Como na caso da U.E. foi decidido que estas funções a executar através de políticas comuns e, consequentemente, do orçamento comum, seriam, designadamente, a PAC e a Política de Desenvolvimento Regional, torna-se evidente que os Países que não benificiam muito destas duas políticas não são entusiastas de um orçamento comunitário elevado. Estamos, naturalmente, num jogo de interesses, em que cada país segue a estratégia que mais lhe convém, até se chegar a um acordo com quetodospossamviver…Essa é a lógica normal de qualquer negociação. No entanto, impõe-se sublinhar que uma coisa são estratégias negociais, em que cada país argumenta no sentido da defesa dos seus interesses; e outra, completamente diferente, é defender os interesses nacionais sem considerar o interesse comum. Esperemos que haja discernimento e que os grandes Estados Membros da U.E. compreendam que não é possível haver mais Europa por menos dinheiro! FESTA DO CORPO DE DEUS Foto de José Tomé Foto de José Carlos Teixeira Estiveram presentes as Paróquia de Gemunde e de Gueifães e as Autoridade do Concelho , da Freguesia, Rotary Club da Maia, alguns Presidentes de Juntas, PSP, Protecção Civil, Bombeiros de Moreira, Santa Casa de Misericórdia, Cruz Vermelha da Maia e uma grande multidão. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 11 RETALHOS Este texto é tal e qual uma manta de retalhos. Essa mesma manta pode ser salpicada de mil cores; pode ter pedaços de tecido grandes ou pedacinhos bem pequeninos; pode ter retalhos com muitas formas, umas mais alongadas outras mais alargadas. A costura a unir esses pedaços pode ter vários pontos, caseado ou em "ziguezague"; pode ser feita de pedacinhos de lã, para o Inverno, ou de pedacitos de chita, para o Verão; Pode ter flores, quadrados, riscas; pode ter verso e reverso, para dupla utilização. Pode ser usada com utilidade ou simplesmente para decorar; pode cobrir um assento, uns pezitos de criança ou as mãos frias e ternas de uma velhinha. A manta de retalhos é como a nossa vida. É feita de pedacitos, uns bonitos outros feios; uns difíceis de arranjar, que nos podem custar muito suor e lágrimas; outros bem mais fáceis de conseguir, que nos podem alegrar e dar felicidade. Podem ser retalhos mais desgastados e rompidos pelo cansaço, pela doença e pelo desgosto; ou mais novos e sem partes rompidas pois ainda não viveram senão momentos de alegria como o nascimento de uma criança, a formatura de um jovem ou a aquisição de um carro novo. De retalhos também feito o mês de Maio. Feito de pedacitos de vários tamanhos e de várias cores. No primeiro dia deste mês, vivemos vários acontecimentos que nos encheram de alegria e felicidade. Vivemos e celebramos o Domingo da Misericórdia. Este domingo encerrou uma semana de novenas à Divina Misericórdia. Todos os dias da semana precedente, cadenciadamente e a uma só voz, rezou-se e cantou-se a Jesus Misericordioso. Não se pode dizer que fossem muitos os corações reunidos nas duas igrejas mas, unidos faziam valer o seu amor a Jesus e à sua Misericórdia. Celebramos também o Dia da Mãe. Sem grandes gastos, ou com a "prata da casa," até porque o valor da oferta não é o mais importante, lembramo-nos da mãe de cada um de nós. Lembrámo-nos das mães ainda presentes, são marco forte, e das que já partiram, pois estão a velar por nós junto de Deus. Cada mãe é protagonista na história dos seus filhos. Horas de aflição gastas entre febres e viroses. Horas de alegria pelas conquistas feitas na escola, no desporto e, mais importante, no crescimento e valorização pessoal de cada filho. Cada mãe vive a canseira diária para que nada lhes falte, nem pão nem criação. Cada mãe, mesmo mãe, é modelo fiel, amparo, guia, reflexo do que de bom a vida nos pode dar. Outro acontecimento que nos encheu o coração de alegria foi a beatificação do Papa João Paulo II. Um pedacito do nosso coração foi com o Sr. P.e Domingos nos envelopes que se prontificou a levar para Roma com os nossos pedidos. Longe, muito longe estávamos, mas, perto, bem perto estiveram os nossos corações do grande beato dos nossos dias. O homem que sempre disse "de pé diante dos homens e de joelhos diante de Deus"; o homem que escreveu pela sua mão a história e foi ponte entre dois milénios; o homem modelo de perseverança e serenidade, que abraçou a cruz até ao fim, "súbito" será santo, para grande alegria nossa. E, neste mesmo dia primeiro começamos a novena a Maria. De novo, os nossos passos se dirigiram, ao final de cada dia, para as nossas duas igrejas. Em uníssono se recitaram as cinquenta ave-marias. Longe chegava o eco das nossas vozes entrelaçadas em cânticos de louvor a Nossa Senhora. No dia doze percorremos as ruas da nossa cidade. De vela e coração acesos com a nossa fé, fomos cantando e rezando com Maria, para que as nossas vozes pudessem chegar até Jesus. Calcorreamos ruas atapetadas, com brio e com jeito, com flores que iam deixando o seu perfume subir até às nossas almas. E, percorridos os trinta e um dias deste lindo mês, das flores, do coração e de Maria, celebramos o seu fim, que se háse prolongar no tempo, como pétala de rosa que perfuma a página de um livro. Aos pés de Maria deixámos tudo: a esperança e a alegria nas pétalas de uma flor, as nossas preocupações e angustias num pedaço de papel e uma doação material num envelope branco, fruto da nossa partilha. De retalhos costuramos a manta do mês de Maio. Com pequenos pedaços, de cores alegres e vivas, salpicados de bonitas e perfumadas flores… Conceição Dores de Castro Chegou oVerão Chegou o Verão! Com ele o sol e o calor. As pessoas tiram férias e vão à praia, tomam banhos de sol e de mar. O verão éum tempo emque se esquece tudoe todaagente se diverte, tentando fugir do dia a dia. As pessoas andam mais alegres e com a alegria vêm as festas. Festas essas onde as pessoas perdem a noção do limite, por consequência acontecem acidentes. Nem tudo é bom quando o tempo aquece… Começa a época de incêndios, existem mais desastres,… Mais um verão, mais incêndios causados "pelo aumento das temperaturas". Incêndios que destroem brutalmente as florestas portuguesas, habitações e campos agrícolas sem razão. Incêndios que destroem vidas em segundos… Também com o verão vêm as festas populares e religiosas. Logo no inicio do verão ou no final da primavera, celebra-se o Corpo de Deus. Na Maia esta festa religiosa é celebrada com a missa e com uma procissão. Este ano, a procissão teve a presença da protecção S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 12 civil, dos bombeiros, da policia, das paróquias de Gemunde e de Gueifães e das autoridades civis, nomeadamente os representantes camarários. Para além destas identidades também participaram os diáconos José Pereira e Jorge Moreira, os acólitos, os Ministros Extraordinários da Comunhão, as cruzes da Visita Pascal, assim como de toda a gente que quis celebrar o Diviníssimo Corpus Christi. Este ano houve menos gente a celebrar o Corpo de Deus, o que é um pena, pois a procissão foi muito bonita e vivida interiormente, pois que exteriormente já estávamos a demonstrá-lo publicamente. A procissão foi muito rica para quem participou nela. O Sr. P.e Domingos teve a honra de levar a Santa Eucaristia nas suas próprias mãos. Muitos parabéns a todos os que participaram e organizaram a procissão. Muitos parabéns, também, ao Sr. P.e Domingos que presidiu a esta celebração. Bom Verão! Maria Lúcia A conduta de Maria na "crise permanente" da Sua Vida Leopoldo Abadia, professor em Navarra, produziu a 2/4 uma conferência sobre a crise actual, e a forma como encarou a Virgem Santíssima a "crise permanente" que foi a sua vida. A conclusão deste economista católico é que na Virgemtemosomodelotambémdocomo devemos viver o tempo corrente, com as dificuldades que sentimos. Abadia começa por contrastar o pânico que temos das criações humanas, como juros e prestações bancárias, com o verdadeiro temor que a jovem judia deve ter tido na aparição do Anjo. "Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se, e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: "Não temas Maria, pois achaste Graça diante de Deus!" (Lc 1; 2930) Como não imaginar o temor e surpresa da visitada pelo mensageiro de Deus, em casa, saudando-a como "cheia de Graça!"? O anjo sente-o e diz-lhe que não tenha medo, mas haveria crise mais violenta? Contudo, a sua reacção é a que a caracterizará sempre: tudo pensa em seu coração. Não encontra em si a grandeza da saudação, nem motivo de ser visitada pelo mensageiro de Deus, porque assim são os humildes de coração. Essa humildade meditativa de Maria é uma lição! Ela encara aquela surpresa com a "inteligência emocional" e a ponderação, que tanta falta nos fazem para problemas infinitamente menores! O Anjo segue com o anúncio: Maria dará à luz um filho a quem será dado o trono de David e o seu Reino não terá fim (Lc 1; 33). A resposta da Imaculada é desarmante! Ao maior, mas também o mais assustador anúncio que uma mãe podia receber, Maria revela as virtudes tão esquecidas da sensatez, da honra e da decência. A preocupação de Maria é clara: virgem do templo, esposa de José, com quem só se podia unir um ano depois do casamento, pergunta apenas: "Como se fará isso se eu não conheço varão?" (Lc 1, 34). Para além da admiração profunda que temos para com a pureza que quer preservar, em sua honra, não cedendo a sensualidades, Maria mostranos tanto do que falha nesta crise: perda de valores, de decência, escravidão ao hedonismo e à gratificação sexual, falta de honra familiar a negocial. Inebriados por produtos financeiros exóticos, muitos se esqueceram de pedir o que Abadia, com humor, chama de "manual de instruções". Maria, pelo contrário, não abdica da honra na promessa a José. E não se coíbe de pedir essa explicação. Com amor mariano, Abadia, faz a metáfora, "A Nossa Amantíssima Virgem não "compra" de imediato a conversa do Anjo, sem garantias!", contrariamente ao nosso frémito consumista que arruinou a poupança e gerou as crises da dívida! Quanto não teríamos a aprender? O encanto com o "Fiat" de Maria, da sua adesão à Vontade de Deus, deve pois ser redobrado: é o Sim! de uma judia sensata, ponderada, pura, honrada, que em seu coração recebeu o que o Anjo lhe disse. E a sensatez que revela mostranos que o Sim! da Virgem Mãe é um sim consciente de que estava abrir uma crise incomensurável na Sua Vida: aceita ser a protagonista sofredora do Evangelho, cujo Filho será morto; arrisca-se ao repúdio de José, podia ser acusada de adúltera, e apedrejada até à morte! Sabia tudo isso, por isso este é um momento de crise profunda! E contudo diz: "Faça-se!" Que modelo de coragem na adesão ao Plano de Deus, ainda que lhe acarretasse sofrimento terreno! E temos nós a ideia que sofremos? E enfrentamos o sofrimento com os olhos postos no Sim frontal de Maria ao sofrimento que antecipava? Quando Maria e José sobem para Belém, já superou a Virgem outra crise: a ajuda à sua prima Isabel! Uma ajuda desprendida, uma fraternidade que faz hoje falta. Pronta! "Maria foi com pressa" ter com Isabel! (Lc 1, 39). A subida para Belém, nos momentos finais da gravidez, é longa e montanhosa. Maria estava prestes a dar à luz e faz esse caminho com Carlos Santos* José. Caminho de dificuldade, de crise! Como é de crise a contingência de que apenas numa gruta fria, aquecida pelo sopro da vaca, Maria dê à luz! Jesus nasce numa situação que hoje diríamos impossível para seus pais, que não tiveram lugar na estalagem! Improvisaram e entregaram-se à Providência! Quando dizemos crise, hoje, quantos pensam em inovar, empreender? Em entregar-se à Providência na busca de solução? Maria e José não desesperaram! A uma crise sucede-se outra: dia depois, Maria ouve a profecia do velho Simeão: "Uma espada de dor atravessará a tua alma!" Quantas angústias não lhe terá gerado? Para pouco depois ter de partirparaoEgipto,escapandoaHerodes. Partem nessa noite: o que poderiam levar com eles? Como sobreviveriam? Não hesitam! Com Fé, partem e confiam! Quantos são apanhados no desemprego e não aceitam oportunidades que lhes desagradam, ou ofertas que envolvem uma deslocação um pouco maior? Seguramente seria mais simples que a fuga para o Egipto! José teve de arranjar uma nova clientela, como carpinteiro. E dizemos nós que perdemos rendimento? Poderíamos continuar no regresso, onde José teve de fazer nova clientela na Judeia. Ou no desespero de Maria quando Jesus desaparece por 3 dias e surge a ensinar no templo! Que novas chegariam a Maria, anos mais tarde, dos milagres e perseguições, das artimanhas dos fariseus? Que receios não terá tido? Contudo, no momento da crise maior, junto à Cruz, é Maria que está presente. A angústia e a crise atingem um máximo e é Ela que surge junto ao filho! Como é Ela que persuade e lidera os discípulos dispersos, posteriormente ao Calvário, e que os mantém no Cenáculo, no Pentecostes. Pergunto, com L. Abadia, vivemos realmente em crise? Não devemos pôr os olhos no Amor Maternal de Maria e seguir o Seu exemplo? Que pena que neste tempo de crise para nós não olhemos para as virtudes com que Maria nos ensinou a viver uma vida de crise permanente! Porque não nos entregamos a Ela, como crianças, tendo-a como modelo de ponderação, Fé, adesão incondicional a Deus, honra, decência, AMOR, empreendedorismo, sacrifício, trabalho, inovação, liderança e persuasão? Amar a nossa Mãe Eterna, é também reconhecer o seu modelo, na nossa vida neste mundo hoje! S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 13 Prestar atenção Um dia destes fui presenteada com um marcador de livros. Eu gosto muito de marcadores de livros. E este em especial porque traz um poema de Fernando Pessoa que fala daquilo que considero fundamental e dá sentido à nossa existência: a lisura e verticalidade das nossas atitudes, as nossas asas de águia em oposição às nossas patas na lama, a possibilidade de sermos melhores pessoas e a esperança que isso pode mudar o mundo. "Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui; Sê todo em cada coisa. Põe quanto és, no mínimo que fazes. Assim, em cada lago a lua toda brilha porque alta vive." (Fernando Pessoa) Ser grande pode ter vários sentidos. Nem todos fazem a mesma leitura do seu significado. Quem é pequeno poderá não conseguir perceber que ser grande não é ser poderoso, arrogante ou rico. Ser pequeno e mesquinho dificulta ser inteiro. Por isso, ser e pôr quanto somos no mínimo que fazemos soa a desafio permanente. Tão constante, permanente e exigente que percebemos que para brilhar não podemos contar só connosco. Acredito que o brilho e a força derivam de Cristo. Acredito que Cristo apelou a uma existência grande e inteira. Acredito que Cristo fala-nos de muitas e renovadas formas para nos dar a conhecer e a sentir o calor e a luz do brilho que emana de nós próprios, que vive também nos outros e que pode ser contagioso. Muitos de nós desconhece, ou nunca procurou em si ou nos outros qualquer sinal da sua lisura e integridade. Por vezes, exageramos ou escondemos o que somos ou o que queremos. Não somos humildes. Não percebemos o que andamos cá a fazer. Não queremos aceitar a ideia de que existe um plano de vida para cada um de nós. E assim, podemos viver sem nunca chegar a perceber que força ou intensidade temos ou transmitimos. De verdade, não brilhamos para nós em exclusividade. Não faria muito sentido para quem se identifica como fazendo parte de um povo de crentes, uma comunidade que não conhece fronteiras e que vive do Amor proclamado por Deus. Neste mês, em que celebramos Nossa Senhora do Bom Despacho, fica a proposta, que espero não ser vista como arrogante, de descobrirmos o brilho que emana da Mãe. É luz que guia. Guia para o alto. Guia para Cristo. Boas férias e até breve! Estamos num mês em que na nossa cidade se homenageia o símbolo das mulheres. Nossa Senhora do Bom Despacho. Vão quase vinte anos, deu-me para descrever a mulher portuguesa de forma simples e versátil, refletindo os vários figurinos do feminino em Portugal. O ser humano na sua essência padroniza a admiração pelo sexo oposto, criando entre si afetos de admiração profunda, hoje, idealisticamente, traduzido na palavra "amor" falseando o seu conteúdo. Não sei se vou ser bem interpretado, mas porque me parece chamar a atenção para uma situação que atualmente escasseia, a paixão, aposto na sua publicação. Mulher Gostei de ver-te. Laçarote engalanado Esvoaçando. Como folhas ao sabor do vento Cabelo em desalinho. Como o pensamento Bramindo, trémulo. Cachoeira de vime arcado Qual rosa! Quando abelha por aí se espraia Na azáfama. Para que seu néctar extraia. Anca roliça. Peito farto. Andamento mole Se passa. Se ajeita. Se com alguém se cruza Abotoo-a. Aconchega. A gola de blusa. Que em seu dorso colore franzido fole Borboleta esvoaçando sobre searas loiras De trigo. De feno. Colorida a papoilas. De socas "Rapelhas". Coçadas pelo chão "Anqueia" as nalgas em firmes passadas Saiote abrigando as tíbias torneadas Embalam um sonho que vivo em vão Imune ao sentir que nutrem por ti Não me topaste, ao passar por aqui. "Alouca-me" a mente. Sentir que não sentes Não sonhas. Não olhas. Não lês no meu peito Açoita-me um frio na espinha. Sem jeito Por sermos amantes. De paixões ausentes Sufoco. Sem palavras. Na vontade de dizer. Sofro. Porque te amo demais. Mulher! Rapelhas - Tamancos gastos Anqueias - Movimento das ancas Alouca-me - De estar louco Férias Em Julho fazemos festa Em Agosto fazemos férias Em Setembro regressamos Tratando de novas matérias… Paula Issabel Henrique Antº Carvalho A PEREGRINAÇÃO DOS FRÁGÉIS No fim de semana de 25 e 26 de Junho de 2011, houve a Peregrinação dos Frágeis a Fátima, promovida pela Pastoral da Saúde da Diocese do Porto. As Vigararias foram convidadas, mas porque não aconteceu a nossa Paróquia incorporou o Grupo do Hospital de S. João e foi só no dia 26. Foram oito os que a fizeram. A carinha da Paróquia fez o transbordo até ao S. João, por iniciativa do Sr. Machado e anuência do Pároco . Presidiu o Senhor D. Manuel Clemente. Foi uma bela experiência para os nossos irmãos que têm os seus limites físicos mas não os espirituais que por vezes suplantam os que se dizem com toda a saúde. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 14 IGREJAS DE Nª Sª DO BOM DESPACHO E DE Nª Sª DA MAIA E OBRAS PAROQUIAIS MÊS DE JUNHO Sara Isabel Carvalho Verdelho e João Pedro Vieira .Pinto Transportar - 35.665,93 NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO 50,00 Junho-1ºDomingo 1.169,00;2º Domingo 536,00;3º Domingo 743,00;4º Domingo 636,00;Oratório Arautos (Beatriz 40,00; Conceição Romano 41,40) g. Nª Sªda Maia-Junho:Na Sª da Maia-47,30;Santíssimo Sacr. 14,30 S. Miguel 26,00; Obras-6,50 CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL LAR DE NAZARÉ PLANOMAIA O LAR DE NAZARÉ O Centro Social e Pastoral (Lar de Nazaré) cresce, cresce... O crescimento é bem visível e enche o olhar e o coração. Já são muitos os que me perguntam: - Quando é que se prevê a conclusão? Esta pergunta é um bom sinal, pois traduz um querer positivo de que a Obra apareça a funcionar. Serão muitas as valências que ela poderá ter: Centro de Dia, Apoio Domiciliário, Centro de Encontro para Jovens, Teatro, Dança, Catequese, Pastoral Familiar, Costura e Culinária, Atendimento ( Tem vários gabinetes). Todos sabem que há necessidade de colaboração real. Sabemos todos que a época não é boa.... Mas será que o dar algum dia teve época boa? Para dar para esta obra é preciso ter bom coração e sentido de fé. Deus rcompensa a quem dá a partir do coração. Só assim é que há generosidade. Para a história: Transporte .-----------123.851,30 • 814ª Of.Maria Margarida----------------------- 10,00 815ª Of.Alguém (C.S.T)------------------------------ 250,00 816ª Of.Alguém --------------------------------- 20,00 817ª Of.Fernando Almeida --------------------- 50,00 818ª Of.Rui Jorge Brandão Martins ----------- 20,00 819ª Of.António Oliveira Pereira--------------- 12,85 820ª Of.Maria Alice----------------------------- 20,00 821ª Of.6ª Prestação (Casa Novo Rumo)----- 20,00 822ª Of.Bristol School-Instituto Línguas Maia 1.000,00 823ª Of. Elisa Azevedo------------------------- 25,00 824ª Of. Arminda Caiado Soares Oliva Teles1.000,00 A Transportar ---------------------------2.427,85• OFERTAS PARA A ESTÁTUA DE JOÃO PAULO II Saldo anterior - 5.138,00 -Maria Adelaide Moreira dos Santos---------- 25,00 Transportar- 5.263,00 No dia 13 de Julho de 2003 do ano de 2003, Nossa Senhora do Bom Despacho foi coroada e proclamada Padroeira do Concelho da Maia, por Sua Ex.a Reverendíssima, o Senhor Bispo do Porto, Dom Armindo Lopes Coelho, de feliz memória. Era o dia da Festa. A Coroa foi oferecida pela Câmara Miunicipal a que presidie e preside o Sr. Eng. Brgança Fernandes , dando cumprimento a um voto do saudoso Presidente Dr. José Vieira de Carvalho. Uma página de ouro se escreveu na nossa gloriosa história a que A Senhora do Bom Despacho preside já desde a alta Idade Média, mas mais em evidência a partir de 1730. Na Maia havia, nessa altura, uma Igreja que começou a ser ampliada (26/02/1737) a expensas de Domingos Luís Barreiros Tomé, natural do Lugar de Recamunde, emigrante na cidade de Baía (Brasil9, mercê dum milagre "cura dum terrível mal da vista" que ele obteve pelo pedido que lá fez a Nossa Senhora do Bom Despacho, para que Ela possa ser mais conhecida, mais venerada e louvada, como o atesta uma carta manuscrita pelo mesmo e que a Paróquia possui. A devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho é muito antiga, pois perde-se no tempo da Idade Média. A documentação que se possui na Paróquia só nos diz em 1730 que há mais de 50 anos Ela é aqui venerada. Foi crescendo e o tempo dos séculos não a retirou do calendário cristão da Maia e sempre no segundo domingo de Julho. Hoje vivemos com a intensidade da nossa fé esta Festa. A Paróquia também se sente feliz porque esta riqueza é riqueza de todo o Concelho da Maia que Nossa senhora do Bom Despacho assumiu como Padroeira pelo Decreto Episcopal em 2003, ratificado a 25 de Março de 2004, Bodas de Prata Episcopais do Senhor D. Armindo. Estamos gratos. S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 15 Pela Cidade... UMA NOVA ERA NA EDUCAÇÃO: SERÁ POSSÍVEL? Com a tomada de posse do governo, parece anunciar-se uma nova era no que à política educativa diz respeito. Tendo o Nuno Crato tido a oportunidade de se exprimir abundantemente sobre as matérias educativas durante os consulados dos seus antecessores, criou-se um ambiente de forte expectativa quanto à sua capacidade para passar à prática as ideias que se lhe conhecem. Não será uma tarefa fácil a que o espera, sabendo-se a dimensão e a inércia da máquina administrativa que durante décadas foi sendo criada para gerir (e controlar) a educação em Portugal. Pelo menos, quem agora assume as rédeas deste "monstro" estará plenamente consciente do que tem de enfrentar: no debate do programa de governo prometeu combater a pretensão do seu ministério para se comportar como "o dono da educação" no nosso país… Ainda é muito cedo para podermos prever o desfecho da luta que se adivinha entre o ministro e os serviços que vai dirigir. Há, no entanto, que levar em conta que terá de enfrentar um outro adversário: o tempo. O momento em que inicia funções coincide com o final do ano lectivo, num período em que muitas das decisões mais importantes para o próximo ano já estão tomadas. Não é possível parar por completo uma máquina tão grande como a do nosso sistema educativo para a reorientar numa nova direcção. Nos tempos mais próximos será sempre necessário funcionar com a mesma estrutura curricular, com os mesmos programas das diferentes disciplinas, com os manuais que estão disponíveis nas livrarias e que estão a ser escolhidos nas escolas, com a mesma rede escolar, com as pessoas que ocupam neste momento os diferentes níveis da administração. A verdade é que não há lugar para sprinters no âmbito da educação; o trabalho pedagógico é matéria de maratonistas, gente capaz de suportar o tempo longo em que se faz a formação das crianças e dos jovens. É um campo onde se exige resistência e paciência para continuar, mesmo quando os resultados demoram a aparecer ou até quando parecem improváveis. Para chegar a ver os frutos do trabalho pedagógico - ou duma política educativa - é preciso acreditar no que se está a fazer, ter convicções firmes para continuar e resistir ao desânimo e ao cepticismo. Será que estamos perante alguém que reúna estas condições? Arriscaria a dizer que sim, mas só o tempo o poderá confirmar. De qualquer modo, há já alguns sinais de ruptura com o passado mais próximo. A suspensão do encerramento de mais de 600 escolas básicas que já tinha sido decidido pela anterior titular do ministério pode ser um deles. Sem pôr em causa a política de repensar a rede escolar instalada, pretender-se-á evitar que situações diferentes tenham a mesma solução, sem a ponderação dos interesses locais, sejam das autarquias, sejam dos pais e encarregados de educação. Este gesto pode ser visto como um sinal de que o ministério não pretende comportar-se como a única força a decidir nas matérias educativas. Se a intenção for a de tentar conciliar os diversos interesses em S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 16 causa, abandonando a atitude centralista e impositiva de quem não hesita em colocar as comunidades perante factos consumados que contrariam a sua vontade expressa, pode ser que esta primeira suspensão tenha um significado que ultrapassa o seu efeito específico. Poderá o ministro querer mostrar que, de facto, a educação não pertence em exclusivo ao ministério instalado em Lisboa, mas que é uma tarefa que exige o envolvimento e a assunção de responsabilidades por parte de outros agentes, como são as famílias e as forças que representam as comunidades locais. Outro sinal importante que foi dado no decorrer da apresentação do programa de governo foi a concentração do discurso em matérias que se prendem com questões de pedagogia e didáctica. A referência às deficiências da estrutura curricular; os erros apontados no modo como estão elaborados os programas das disciplinas; a alusão ao uso de materiais como as calculadoras nas aulas de matemática do ensino básico; a necessidade apontada de introduzir mais exames, mais exigência e mais rigor na avaliação em todos os patamares do ensino; tudo isto aponta no sentido de alguém que pretende intervir no que é o mais importante do trabalho educativo, que é o que se passa na sala de aulas, o que acontece na relação entre o professor e o aluno. Claro que, por enquanto, tudo isto não passa de um enunciado de intenções, a expressão de vontades que terão de ser concretizadas. A hora da verdade só chegará quando se passar das intenções aos actos. Se é que vamos chegar lá… Não é hora para sermos demasiado cépticos ou cínicos. Não pretendemos augurar desgraças ou submeter-nos ao peso do inelutável. Isso não impede que vejamos as enormes dificuldades que uma inversão de rumo nas políticas educativas que têm sido seguidas nas últimas décadas terá necessariamente de enfrentar. Seja como for, a prova de fogo inicial tê-la-á o novo ministro no modo como vier a resolver o problema da avaliação dos docentes. Se conseguir conquistar um capital de simpatia junto da maioria dos docentes, poderá ter sucesso. Se não tiver artes de ganhar o seu apoio, poderá comprometer definitivamente o êxito dos seus projectos. Não teremos de esperar muito mais tempo para o sabermos. Luís Fardilha S. MIGUEL DA MAIA BOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL ANO XXII Nº 239 2011 Publicação Mensal PROPRIEDADEDAFÁBRICADAIGREJAPAROQUIALDAMAIA Director: Padre Domingos Jorge Chefe de Redacção: Adelino de Lima Martins Telef: 229448287 / 229414272 / 229418052 Fax: 229442383 [email protected] Registo na D.G.C.S. nº 116260 Empr. Jorn./Editorial nº 216259 http://www.paroquiadamaia.net Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA Telef. 229441603 Tiragem 1.500 exemplares