projeto provedor de informações sobre o setor elétrico

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projeto provedor de informações sobre o setor elétrico
PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE
O SETOR ELÉTRICO
RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA:
INTERNACIONAL
JANEIRO DE 2011
Nivalde J. de Castro
Pedro Vardiero Corrêa
ÍNDICE
SUMÁRIO.............................................................................................................................................................................3
1 – INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA.................................................................................................................................9
2 – AMÉRICA LATINA..................................................................................................................................................13
2.1 – ARGENTINA..........................................................................................................................................................13
2.2 – BOLÍVIA .................................................................................................................................................................19
2.3 – CHILE.......................................................................................................................................................................23
2.4 – COLÔMBIA............................................................................................................................................................25
2.5 – PERU........................................................................................................................................................................25
2.6 – URUGUAI ...............................................................................................................................................................27
2.7 – VENEZUELA..........................................................................................................................................................27
3 – CHINA.........................................................................................................................................................................29
4 – EUA..............................................................................................................................................................................31
5 – IRÃ................................................................................................................................................................................33
6 – UNIÃO EUROPEIA..................................................................................................................................................35
7 – MUNDO.......................................................................................................................................................................37
Participaram da elaboração deste relatório como pesquisadores Roberto Brandão, Bruna de Souza Turques, Rafhael dos
Santos Resende, Diogo Chauke de Souza Magalhães, Débora de Melo Cunha e Luciano Análio Ribeiro.
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SUMÁRIO
INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA
A Bolívia reduzirá este mês seus envios de gás natural ao Brasil e a Argentina pela
manutenção em duas usinas que concentram 65% da produção do energético, segundo
informou a YPFB. O presidente da estatal Jazidas YPFB garantiu porém que o fornecimento
será normalizado em breve. Segundo ele, isto se dará pela conclusão de um processo de
manutenção de algumas plantas energéticas. Um detalhe importante é que o gás importado
pela Argentina e Brasil terá seu preço incrementado em torno de 3,8%.
O Chile, por sua vez, procura a Bolívia para firmar integração energética.
Trata-se de
um ponto de grande interesse do Ministério de Energia boliviano. Assim reconhece o titular do
cargo, Ricardo Raineri, que destacou que há muito interesse em buscar mecanismos que
permitam intercâmbios balanceados de energia com a Argentina, Peru e Bolívia, mas
resguardando a independência energética que alcançou Chile nos últimos anos. Enquanto isso
a YPBF estuda vender energia para as mineradoras do norte chileno, que têm alta necessidade
de eletricidade.
A Colombiana EPM está dando mais um passo na direção de seu ambicioso projeto até
2015, anunciando a aquisição de duas grandes empresas relacionadas ao negócio da
eletricidade na América Central. As compras foram em El Salvador e no Panamá.
ARGENTINA
O consumo de energia elétrica na Argentina alcançou um novo recorde histórico de
verão em nível nacional, atingindo a marca de 19.539 Mw. Essa demanda foi satisfatoriamente
suprida e pequenas falhas foram todas resolvidas rapidamente. A demanda total do Mercado
Elétrico Majoritário argentino foi de 10.125,7 GWh, a maior da história segundo Fundelec.
Com isso, a demanda aumentou em 12,2% em comparação com o mesmo período de 2009,
fazendo com que dezembro de 2010 fosse o de maior consumo de energia elétrica na história
Neste mesmo mês se registrou um novo recorde da demanda de energia, que alcançou
20.517 MW, quando a temperatura na região estava próxima dos 40 graus.
Após a crise econômica mundial, a economia argentina voltou a sofrer um
reaquecimento de modo que a demanda passou a crescer de maneira intensa sobrecarregando
o sistema energético, tanto de geração elétrica como de refino de petróleo. Além da falta de
planificação por parte do governo, o país está tendo que contar com a ineficácia de muitas
empresas, o que acabou comprometendo, segundo analistas, o equilíbrio entra a oferta e a
demanda do setor.
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Cristina Kirchner teme que os apagões prejudiquem sua imagem em pleno ano eleitoral
e por isso o governo argentino pressiona as empresas energéticas para que aumentem seus
investimentos no setor. Depois de aplicar uma multa de US$ 17 milhões às companhias
Enenor, Edelap e Edesur por causa dos reiterados cortes de luz nas últimas semanas de 2010.
As empresas energéticas foram intimadas a ressarcir os usuários por cortes de luz. Uma das
formas de minimizar esse tipo de problema é com investimento em modernização, e o BID
emprestará US$ 120 milhões para a Argentina modernizar seu sistema elétrico.
Enquanto parques eólicos ganham força e importância no cenário argentino, Ted
Turner, um empresário americano diz que o futuro energético do planeta está situado na
Patagônia, principalmente pelo seu potencial eólico, definido como um dos maiores recursos
do mundo.
Numa análise mais especifica a Argentina vetou o aumento do preço do gás e terá que
aumentar suas importações. Com o argumento de maior atividade econômica, o governo
decidiu aumentar em 40% a importação de combustíveis. Os subsídios crescem 50% em 2010
e setor energético foi o mais beneficiado.
BOLÍVIA
O gás é sempre o principal assunto se tratando de Bolívia, e recentemente a produção
de gás natural se incrementou em 49% na Bolívia, com um investimento de 870 milhões de
dólares. A subsidiária YPFB Chaco informou que, mediante as explorações feitas nos campos
descobertos, se havia encontrado 200 bilhões de pés cúbicos (BCF, sigla em inglês) no campo
El Dorado e espera-se encontrar 75 BCF, com a realização de um amplo plano de
investimentos.
A Bolívia arrecada US$ 2,798 bilhões com as vendas de gás natural ao Brasil e
Argentina, que aumentaram cerca de 42% em 2010. Embora sejam cifras expressivas, o
consumo interno anda abalado. É o caso da Soboce, fábrica de cimento, que não produziu mais
cimento – prejudicando o fornecimento de cimento – por falta de gás natural. Além disso,
segundo analistas, haverá falta de gás na Bolívia até 2020.
Até o fim da década, a Bolívia não terá gás para atender aos seus compromissos de
fornecimento para o Brasil e para a Argentina e ao mesmo tempo garantir o insumo para o
mercado local e para os projetos de industrialização. A previsão é de especialistas bolivianos
em gás, que traçam um cenário de escassez caso o país não descubra novos poços. Mas para a
YPFB, pelo menos para o mercado interno a provisão de gás está assegurada até 2028, com
alguns investimentos previstos.
O novo ministro de Hidrocarbonetos e Energia, José Luiz Gutiérrez, prometeu que a
partir de sua administração impulsionará a mudança na matriz energética, com o objetivo de
que todos os bolivianos tenham acesso ao consumo de gás natural. Segundo ele, novos campos
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em perfuração servirão somente para abastecer o mercado interno. “Por menores que eles
sejam, tratam-se de reservatórios importantes, que podem satisfazer o consumo interno”.
A Corporação Andina de Fomento (CAF) realizou um seminário, onde se propôs um
plano de investimento para a criação de usinas hidroelétricas no país, com baixo impacto
ambiental. Os projetos hidroelétricos são grandes investimentos e por essa razão não somente
a CAF estaria envolvida, mas também o Banco Mundial e o BID, que entrariam sempre de
acordo com o tema ambiental.
CHILE
As centrais a carvão chilenas alcançaram sua maior presença na década na matriz de
geração do sistema, que abastece 94% da população nacional. Assim, pela primeira vez na
história e por conta da seca a geração térmica superou a hidroelétrica.
O Governo chileno autorizou investimento para ampliar e reforçar o sistema elétrico
central. As novas obras de transmissão concentram grande parte dos recursos. Estas
resolveriam os problemas com estrangulamentos na rede e absorveriam o crescimento do
sistema. Tudo isso ocorreria a partir dos investimentos do governo no Sistema Interconectado
Central (SIC). A partir da revisão anual de 2010 do Estudo de Transmissão Troncal, a Comissão
Nacional de Energia (CNE) determinou que em 2011 se devem iniciar obras por US$ 859
milhões. Trata-se do maior montante destinado a estes tipos de instalações.
O Chile está avaliando a possibilidade de construir um reator nuclear, principalmente
para garantir energia confiável às mineradoras que têm necessidade intensa de eletricidade.
COLÔMBIA
Na Colômbia o destaque, embora negativo, é o temor do impacto do fenômeno “El Niño”
sobre empresas comercializadoras e suas estabilidades financeiras. Além disso, a empresa
alemã Evonik Industries vendeu seus 51% de participação sobre a colombiana CES
(Companhia Elétrica de Sochagota) para a norte-americana Maguro Contour.
PERU
Com a análise dos artigos podemos perceber que o Peru vem investindo no crescimento
de sua capacidade de geração em novas hidrelétricas, como a Cheves e Santa Teresa. Além
disso, se preocupa também com investimento para massificar o consumo de gás natural e
expandir o sistema de transmissão. Um leilão de 12 projetos de energia elétrica está sendo
estudado.
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Ainda no âmbito de investimentos para aumento de suas capacidades, espera-se que
neste ano cinco lotes de novas reservas de gás sejam confirmados. A previsão é que seja um
ano de exploração bem intensa e bem-sucedida. Porém, são necessários U$$ 800 milhões de
investimentos apenas para manter as 8 distribuidoras já operantes para que elas possam
atender sua demanda atual.
URUGUAI
No Uruguai percebemos um esforço e preocupação de se investir em energias limpas e
renováveis, como a eólica. Serão 150 MW gerados em um primeiro momento e outros 150 MW
num segundo momento.
Houve um aumento no preço do gás natural encanado por causa de custos operacionais, e
esta variação deve estar em torno de 1,5%. Por outro lado, um anúncio importante quanto à
quantidade de reservas de gás existente é a busca por poços que poderiam triplicar ou
quadruplicar a atual quantidade.
VENEZUELA
O governo venezuelano fará um cerco contra aquelas empresas públicas que não pagarem
sua conta de energia. O dinheiro arrecadado no ano passado cobria apenas metade da folha de
pagamentos. Quanto aos inúmeros projetos de novas geradoras de energia e revitalização das já
existentes, o governo alcançou apenas 45% do prometido, tendo instalado apenas 1800 MW dos
4000 MW prometidos. Esse investimento era muito importante para amenizar os sintomas
passados e futuros da crise energética recente da Venezuela.
CHINA
China enfrentou um grave apagão e terá que racionar energia por conta da escassez e alta
demanda do carvão. O forte inverno, que gera um aumento significativo na procura por energia, a
insatisfação por parte dos produtores do carvão com o controle dos preços e a dificuldade de se
entregar o carvão em determinadas regiões por causa de trânsitos e engarrafamentos são os
principais motivos.
Podemos perceber na relação chinesa com outros países um avanço positivo, com novos
acordos de investimento e a convivência interna de empresas energéticas chinesas e estrangeiras.
Além disso a China acompanha uma tendência global de se investir em energias renováveis e
limpas.
EUA
EUA investe em energia renovável e isto já aparece em alguns projetos, como o Empire
States, que será abastecido com energia renovável. A cidade de New Orleans é referência no
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investimento em energia limpa, se destacando na energia solar, e Barack Obama espera que
até 2035 os EUA consiga gerar 80% de sua energia em energia limpa. A energia nuclear faz
parte desta mudança, sendo a principal aposta para geração de energia limpa. Também
podemos perceber investimentos em energias como a eólica.
Porém, numa perspectiva de curto prazo espera-se uma revolução energética. Isso se
dará por conta da mudança na estrutura de geração de energia, que passará a ter um forte
aumento no consumo de gás natural para geração de energia. Será criado também a maior
elétrica dos EUA, com a aquisição da Progress pela Duke, gerando um valor de mercado de US$
36 bilhões.
IRÃ
O principal destaque iraniano fica mais uma vez por conta dos projetos nucleares. O Irã
anunciou o funcionamento de mais uma usina nuclear com 1000 MW. O governo analisa ainda
a possibilidade de se gerar outros 27600 MW em usinas nucleares. Embora este seja um tema
polêmico o país está se abrindo para inspeções em suas usinas e está se mostrando aberto
para diálogos com as principais potências para que a desconfiança finalmente acabe.
Além do intenso programa nuclear, o Irã se destaca por ser o maior produtor de gás
comprimido do mundo. A expectativa é que no próximo ano o Irã consiga um crescimento de
50% dos postos de gás comprimidos e que seja reconhecido como o principal produtor
mundial.
UNIÃO EUROPEIA
A Espanha ganha destaque no cenário europeu, e principalmente pelos investimentos
em energia limpa e renovável. A energia eólica cresceu cerca de 8% e a produção de uma de
suas geradoras também cresceu 8%, atribuindo este incremento ao maior aporte das
tecnologias limpas de geração.
Anúncio declara que a União Européia vai superar a meta no uso de energias
renováveis. Bulgária, Espanha e Grécia sãos as principais influências com aumentos maiores
que 2% acima do esperado. Este avanço é puxado pela energia eólica que atenderá 14% da
demanda européia em 2020. Até lá, estima-se que a capacidade instalada chegue a 213 GW.
MUNDO
O destaque mundial certamente se dá pelo aumento de investimentos em energias limpas e
renováveis. Segundo a World Energy Outlook o uso das energias hidrelétrica, eólica, solar,
geotérmica e biomassa triplica em 2035. Como exemplos disso podemos citar a construção de
duas usinas solares em Abu Dabi e uma na Guiana Francesa.
Ao se tornar mais barata, mais confiável e mais eficiente, a energia renovável em pequena
escala está beneficiando pessoas que vivem distantes das redes elétricas dos países em
desenvolvimento, cuja expansão é lenta.
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A Austrália, por sua vez, pode tornar sua matriz energética totalmente limpa em uma
década, segundo estudo feito pela Universidade de Melbourne. Os pesquisadores acreditam que a
meta de emissão zero de carbono pode ser alcançada em 2020 com a combinação de usinas
solares, hidrelétricas e de biomassa e de medidas de eficiência energética.
A Índia aposta em contratos de tecnologia nuclear e o Nicarágua em usina geotérmica.
O BID e uma agência japonesa assinaram um memorando de entendimentos para apoiar as
energias renováveis e a eficiência energética na América Latina e no Caribe. O objetivo é combater
as mudanças climáticas na região.
Num cenário global a demanda por energia em 2030 tem uma previsão de subir 35% com
relação a 2005, impulsionada pelo aumento da população e a prosperidade da economia. Nos
países em desenvolvimento, a demanda crescerá mais de 70%. Um estudo aponta que o gás
natural será a fonte de energia que terá o crescimento mais rápido e significativo. A demanda por
gás aumentará 85% entre 2005 e 2030, e o combustível irá emergir como a segunda maior fonte
de energia, ultrapassando o carvão e ficando atrás apenas do petróleo. O gás passará a fornecer
mais de um quarto das necessidades mundiais de eletricidade.
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1-INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA
Petrobras na Bolívia
A Petrobras divulgou os valores da aquisição de participação de 30% no Campo Itaú de
gás natural da Bolívia. A Petrobras Bolívia pagará US$ 13,2 milhões de bônus de entrada e se
comprometeu a reconhecer US$ 50,6 milhões em investimentos passados feitos pela antiga
controladora, a francesa Total, valor que será pago de forma parcelada. A operação decorre do
fato de o campo Itaú estar ligado a dois outros campos já operados pela Petrobras Bolívia.
(Valor Econômico – 22.12.2010)
AESA construirá uma usina de gás de U$S 160 mi na Bolívia
A petrolífera estatal YPFB estabeleceu junto a Astra Evangelista a construção de uma
usina de gás por quase 160 milhões de dólares no departamento boliviano de Santa Cruz,
fronteira com o Brasil. Esta obra, segundo o presidente da estatal, Carlos Villegas, tem o
objetivo de possibilitar ao país separar os compontentes líquidos do gás enviado ao território
brasileiro. Não obstante, AESA se impôs as propostas de U$S 187 milhões feita pela também
argentina BTU e de U$S 188 milhões da alemã SPG Steiner. Villegas , neste sentido, destacou a
experiência da AESA para construir instalações petrolíferas na Bolívia como na Argentina.
Segundo EFE, quando estiver pronta, a usina terá uma capacidade de 5,6 milhões de metros
cúbicos diários de gás natural para produzir cada dia 380 toneladas de gás liquefeito de
petróleo e 600 barris de gasolina. (El Inversor – Argentina – 30.12.2010)
Chile procura Bolívia para firmar integração energética
Trata-se de um ponto de grande interesse do Ministério de Energia boliviano. Assim
reconhece o titular do cargo, Ricardo Raineri, que destacou que há muito interesse em buscar
mecanismos que permitam intercâmbios balanceados de energia com a Argentina, Peru e
Bolívia, mas resguardando a independência energética que alcançou Chile nos últimos anos.
Raineri indicou que há um interesse expresso do Presidente deste país, por uma diversificação
energética e não uma dependência energética. (El Deber – Bolívia – 19.12.2010)
Argentina e Uruguai instalam regasificadora em Rio de la Plata
Ambos países estão finalizando uma usina regasificadora, a bordo de um barco,
conjunta em Rio de la Plata, contando com financiamento estrangeiro e estará definitivamente
pronta em fins de 2012. Assim anunciou o governo uruguaio. A capacidade de produção será
de 10 milhões de metros cúbicos por dia, que será repartida em partes iguais entre ambos os
países, afirmou o ministro uruguaio de Indústria, Energia e Mineração, Roberto Kreimerman.
O barco-usina estará localizado próximo a costa de Montevidéu. “Os custos da construção
estarão a cargo da iniciativa privada, que por outro lado terá a garantia de compra de ambos
os governos”, destacou. De acordo com a agência EFE, Kreimerman assegurou que atualmente
se está definindo os últimos detalhes técnicos com a Argentina, tendo em vista os obstáculo de
uma licitação conjunta. (El Inversor – Argentina – 17.12.2010)
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YPFB estuda vender energia as mineradoras do norte chileno
Um grande debate se desenvolve estes dias na Bolívia: diversos atores sociais
determinam o lugar aonde YPFB instalará sua usina petroquímica que permitirá instalar uma
geradora termoelétrica de grande potencial. Neste sentido, o norte chileno está tendo uma
relevância, que, de fato, não era esperado. Atualmente se sabe que há duas opções para situar
a usina: a Cidade de El Alto e Uyuni. Há alguns dias o ex-gerente da YPFB, Saul Escalera,
assegurou que um pólo petroquímico em Uyuni permitiria exportar energia com custos mais
baixos e maior rentabilidade. Assim, tudo indica que a usina lacalizar-se-á nesta região. (El
Inversor – Argentina – 30.12.2010)
Bolívia vai enviar menos gás a Argentina a ao Brasil
A Bolívia reduzirá este mês seus envios de gás natural ao Brasil e a Argentina pela
manutenção em duas usinas que concentram 65% da produção do energético, segundo
informou a YPFB. A empresa explicou em um comunicado que uma parte do processamento do
campo Sábalo, situado na região sulista de Tarija, estará em manutenção até o próximo dia 15.
Enquanto que o campo SanAlberto, operado pela Petrobras, também presente no sul boliviano,
estará em manutenção programada durante a segunda quinzena de janeiro. (El Inversor –
Argentina - 06.01.2011)
Argentina: U$S 1,2 bi pagos a Venezuela
Através de uma resolução conjunta das secretarias de Fazenda e Finanças, publicadas
ontem no Boletim Oficial, a administração de Cristina Fernández autorizou a emissão de
pagamentos por U$S 1.264,8 milhões para saldar dívidas com a PDVSA, a petrolífera estatal
venezuelana, que vencem neste ano. Os passivos da Argentina com o país venezuelano se
devem principalmente a importação de combustíveis líquidos, cuja importação se
intensificaram a partir de 2004, devidos as crises que se sucederam no país. (El Inversor –
Argentina – 07.01.2011)
Argentina: forte queda das importações de gás natural boliviano
As importações de gás boliviano ao mercado argentino caíram de uma média de 7,7
milhões de metros cúbicos diários para 5,7 milhões, por conta da saída de operações de duas
usinas na Bolívia, de acordo com um informe da YPFB. As duas usinas em questão, segundo a
estatal boliviana, são: San Alberto e Sábalo. De acordo com o presidente da YPFB, Carlos
Villegas, a medida foi adotada em consenso com a estatal argentina Enarsa, empresa com que
se estabeleceu o contrato, através do qual se espera para 2011 um volume de envio que
deveria ser de 7,7 milhões de metros cúbicos por dia. Ainda que o último informe destaca a
defasagem entre o contrato e o que foi enviado, Villegas destacou que os cortes são
temporários. (El Inversor – Argentina – 12.01.2011)
Chile: Custo de energia na zona norte poderia cair em pelo menos 25% com
interconexão regional
Uma meta da administração do presidente chileno Sebastián Piñera é agregar a
Colômbia na rede de transmissão do pacífico, assegurando e barateando o acesso elétrico ao
norte. Com interconexão, neste sentido, os custos regionais com energia poderiam cair em
pelo menos 25%. No entanto, há uma série de dificuldades envolvidas no projeto, que supõe
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um investimento de US$ 950,6 milhões, entre elas, a necessidade de unir fisicamente San
Marcos, na Colombia até a estação de Crucero, passando pelo Equador, Peru, chegando a Tarija
na Bolívia, o que significa 2.536 km de linhas e uma série de acordos entre os países
envolvidos. “Estamos trabalhando com Peru, no marco do Arco do Pacífico, com a Colômbia,
com Equador, com o Peru e esperamos avançar em direção a uma integração de suas redes
elétricas dentro de um programa de amparo do Banco Mundial”, disse Piñera. (Economía y
Negócios – Chile – 18.01.2011)
Bolívia promete normalizar fornecimento de gás ao Brasil e à Argentina
O presidente da estatal Jazidas YPFB Corporation, Carlos Villegas, afirmou que a partir
do próximo dia 1º será normalizado o fornecimento de gás natural para o Brasil e a Argentina.
Segundo ele, a medida será possível depois da conclusão do processo de manutenção das
plantas de San Alberto e Sabalo. Segundo Villegas, houve um acordo entre as empresas
Petrobras, do Brasil, e Enarsa, da Argentina, para aumentar o volume de exportação aos dois
países. O governo da Bolívia anunciou ainda que o sistema de fornecimento de gás natural será
padronizado, mas não detalhou como será o processo de padronização. "A partir de fevereiro,
pretendemos restabelecer a distribuição [de gás natural]. Mas antes, necessariamente, deve
ser concluída a manutenção das plantas", disse Villegas. (Agência Brasil – 19.1.2011)
Presidentes do Chile e do Peru têm intenção de intensificar a integração elétrica
A integração energética é um tema que os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e do
Peru, Alan García, abordado na declaração conjunta assinada no Palácio de La Moneda, no
âmbito da visita de Estado começou na última quarta-feira. Ambos os chefes de Estado e
acordaram em dar ênfase à matéria e, mesmo não assinando qualquer acordo, afirmaram que
declarariam a intenção de intensificar a "integração elétrica." A integração regional, também
pretende incluir Colômbia, Bolívia e Equador, a fim de alcançar uma maior poupança de
energia desses países. (Diario Financiero – Chile – 19.01.2011)
Argentina e Brasil vão pagar mais pelo gás boliviano
O preço do gás que se envia a Argentina se incrementou 3,8%, enquanto que aquele que
se envia ao Brasil aumentou 3,86%, em relação ao último trimestre. Com isso, o preço gás
exportado ao mercado argentino será de U$S 7,60 BTU. No caso do mercado brasileiro, o preço
sobe de U$S 6,21 para U$S 6,45. Os novos preços surgem a partir de negociações envolvendo a
YPFB e operadoras de ambos os países. (La Razón – Bolívia – 20.01.2011)
Bolívia normaliza fornecimento
A Bolívia irá normalizar o fornecimento de gás ao Brasil e à Argentina a partir do dia 1º
de fevereiro, informou o presidente da YPFB, Carlos Villegas. A medida será possível após a
conclusão da manutenção das plantas de San Alberto e Sabalo, ambas localizadas no sul do
país. Segundo Villegas, houve um acordo entre as empresas Petrobras, do Brasil, e Enarsa, da
Argentina, para aumentar o volume de exportação aos dois países. O país vizinho também
anunciou que padronizará o fornecimento de gás natural, sem fornecer maiores detalhes.
(Energia Hoje – 21.01.2011)
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Argentina e Turquia firmam acordos de cooperação nuclear
A Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) e o organismo similar da Turquia, a
TAEK, firmaram hoje (24) um acordo de cooperação nuclear, no marco da visita oficial que a
presidenta Kirchner faz a esse país. Neste sentido, o vice-presidente da CNEA, Mauricio
Bisauta, manteve reuniões com autoridades da TAEK, com quem se chegou a um consenso no
que diz respeito as relações bilaterais neste setor energético, através de um novo acordo. Vale
lembrar que a Argentina e a Turquia firmaram um acordo de cooperação em 1988, que não
avanço em razão da Argentina ter abandonado seu programa nuclear na década de 90. O
interesse da TAEK é contar com radioisótopos nacionais e o reator nuclear argentino
(CAREM). (El Inversor – Argentina – 24.01.2011)
Colômbia: EPM chega em El Salvador e no Panamá
A Empresas Públicas de Medellín (EPM) está dando mais um passo na direção de seu
ambicioso projeto até 2015, anunciando a aquisição de duas grandes empresas relacionadas
ao negócio da eletricidade na América Central. Com um investimento de 200 milhões de
dólares, a EPM comprará da Ashmore Energy International (AEI) o total de ações que possui
na Panamá Distribution Group (PDG), que tem, por sua vez, uma participação de 51% da
panamenha Elektra Noreste SA (ENSA); e também as ações da AEI El Salvador Holdings Ltd,
que detém 86,41 por cento da Distribuidora de Electricidad del Sur (Delsur) em El Salvador.
(elcolombiano.com – 20.01.2011)
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2-AMÉRICA LATINA
2.1-ARGENTINA
Argentina YPF retoma operações
A companhia de energia argentina YPFvai retomar sua operações em campos
petrolíferos na região da Patagônia depois que trabalhadores concordaram em terminar uma
greve que durou mais de duas semanas, disse a companhia no sábado. A disputa trabalhista
forçou a YPF, da espanhola Repsol, a paralisar as operações em diversos locais nas províncias
da Patagônia de Chubut e Santa Cruz, colocando em risco o fornecimento de combustível no
país. "O conflito com o sindicato foi resolvido, o que nos permitirá a retomar as operações aos
poucos", declarou a YPF. (Valor Econômico – 20.12.2010)
Argentina: Justiça veta aumento do gás
O decreto 2067/2008 que estabelecia aumentos no serviço de gás domiciliar para a
aplicação de um carga tarifária, foi delcarado inconstitucional pela Câmara Federal de
Apelações de La Plata. Após esta resolução de segunda instância, “ficou sem efeito a cobrança
incrementada para os usuários de Lanús, Lomas de Zamora, Almirante Brown, E. Echeverría,
Ezeiza, Cañuelas, Lobos e San Vicente”, comentou Osvaldo Bassano da ADUCC. A representação
judicial foi feita pela União de Usuários e Consumidores, junto com a DEUCO e ADDUC. O
decreto, com isso, está suspenso em vários pontos do país, incluindo a Capital Federal. (Clarín
– Argentina – 31.12.2010)
Argentina: novo recorde no consumo de energia a nível nacional
O consumo de energia elétrica na Argentina alcançou um novo recorde histórico de
verão em nível nacional, atingindo a marca de 19.539 Mw. Segundo as distribuidoras Edenor e
Edesur, o sistema está respondendo satisfatoriamente e somente teve acidentes pontuais de
rápida resolução. “Estamos muito bem, batemos o recorde histórico do verão, o que significa
claramente que atividade econômica está ativa e forte”, assegurou o ministro de Planificação
Federal, Julio De Vido. O consumo superou o registrado no dia 29 de janeiro de 2010, quando
se alcançou a marca dos 19.370 Mw, com temperaturas mais baixas que as registradas, de
forma contínua, nos últimos dias. (El Inversor – Argentina – 23.12.2010)
Após apagões, Argentina ameaça cassar concessão da Edesur
Após uma série de apagões que atingiram bairros de Buenos Aires na última semana de
2010, o governo da Argentina ameaçou cassar a concessão da distribuidora de energia elétrica
Edesur. Com 2,5 milhões de unidades consumidoras, a Edesur, controlada pela italiana Enel,
atende praticamente metade da Grande Buenos Aires. A Petrobras detém 27,33% das ações da
Edesur, mas não participa diretamente de sua gestão. Na semana passada, quando a demanda
atingiu o recorde de 20.209 MW, foram registrados cortes de luz em boa parte da capital
argentina. A Edenore a Edelap, também registraram apagões em suas áreas de atuação. Mas o
governo alega que nenhuma teve tantas falhas como a Edesur. Em reunião com os diplomatas
italianos, De Vido responsabilizou a Enel por "falta de condução" e "abandono de gestão".
(Valor Econômico – 04.01.2011)
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Argentina sofre escassez energética por reaquecimento da economia
Após a crise econômica mundial, a economia argentina voltou a sofrer um
reaquecimento de modo que a demanda passou a crescer de maneira intensa sobrecarregando
o sistema energético, tanto de geração elétrica como de refino de petróleo. Além da falta de
planficação por parte do governo, o país está tendo que contar com a ineficácia de muitas
empresas, o que acabou comprometendo, segundo analistas, o equilíbrio entra a oferta e a
demanda do setor. (El País – Espanha – 04.01.2011)
Argentina: importações aumentarão
Com o argumento de maior atividade econômica, o governo decidiu aumentar em 40%
a importação de combustíveis. O objetivo é utilizar outros combustíveis em substituição ao gás
natural. Outra medida, neste sentido, seria o estabelecimento de um contrato de 3 mil milhões
com empresas produtoras de petróleo. Com os recursos, o objetivo seria subsidiar a gasolina
para o transporte de automotores do país. (Clarín – Argentina – 04.01.2011)
Argentina: subsídio este ano foi de $ 15,6 mi
Os subsídios para manter fixas as tarifas de eletricidade na Argentina chegaram este
ano a $ 15,6 milhões. Por essa razão, Edenor, Edesur, Edelap, e outras instituições publicaram
um aviso que assegurava que o consumo diário de luz de um departamento custasse em tordo
de $2. Ainda que o governo matenha os preços das fornecedoras congelados sua relação com
os diferentes entes é diferente. Não é por acaso, portanto, a ocorrência de uma série de
divergências que o governo teve de enfrentar, como os casos de corrupção em relação a
Edelap, o que determinou uma onda de cortes. Em relação aos outros entes, frequentemente, o
governo teve problemas com a ameaça de cortes. (Clarín – Argentina – 04.01.2011)
Argentina: Governo pressiona empresas de energia
Temendo que novos apagões ofusquem a recuperação da imagem da presidente da
Argentina, Cristina Kirchner em ano eleitoral, o governo argentino pressiona as empresas
energéticas para que aumentem seus investimentos no setor. Depois de aplicar uma multa de
US$ 17 milhões às companhias Enenor, Edelap e Edesur por causa dos reiterados cortes de luz
nas últimas semanas de 2010, o ministro de Planejamento, Julio De Vido, ameaçou rescindir o
contrato da Edesur e comunicou o início de uma auditoria nas três empresas. (Estado de São
Paulo – 06.01.2011)
Argentina: Governo planeja dar “última oportunidade” a Edesur
Segundo o subsecretário de Coordenação do Ministério de Planificação, Roberto
Baratta, o governo argentino está estudando dar uma “última chance” a fornecedora Edesur.
Em uma reunião com representantes de diversas regiões afetadas pelos últimos cortes no
abastecimento, a questão dos planos a serem postos em prática para a reformulação da
administração da empresa foi discutida. Além do plano de regulação apresentado pelo
Ministério do Planejamento, propostas de re-estatização também foram colocadas em
discussão. Na reunião, portanto, ficou claro a intenção do governo central em possivelmente
dar uma última chance a empresa, a despeito das reivindicações de diversos representantes.
(Clarín – Argentina – 06.01.2011)
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Argentina: Para manter concessão, Edesur deveria investir U$S 100 mi
Colaborador do Ministro de Planificação argentino, Julio de Vido, afirma que está sendo
desenvolvida uma investigação da Edesur por conta de falhas que ocasionaram cortes nos
abastecimentos em diversas regiões. Além disso, foram publicados no Boletim Oficial
informações que demonstram que Edesur estava condicionada a investir um montante
próximo a U$S 100 milhões para a manutenção da concessão, valor que foi definido entre
setembro e outubro. (El Inversor – Argentina – 06.01.2011)
Argentina: governo também realizará auditorias na Edenor e Edelap
O Ministério de Planificação Federal solicitou ontem ao Ente Nacional Regulador de
Eletricidade a realização de auditorias integrais nas empresas distribuidoras de energia
Edenor e Edelap, após realizar a mesma ação em relação a Edesur. O ministério a cargo de
Julio de Vido afirmou que “tal como foi comunicado na semana passada, as três companhias
serão multadas pelas interrupções dos últimos dias de dezembro, considerando a quantidade
e duração dos cortes de serviços registrados em suas respectivas áreas de ação”. (El Inversor –
Argentina – 06.01.2011)
Argentina: elétricas são intimadas a ressarcir usuários por cortes de luz
Segundo informou ente regulador, o ressarcimento é independente das possíveis
multas anunciadas semana passada. Edesur, Edenor e Edelap deveriam apresentar detalhes
das reclamações dos usuários. O Ente Nacional Regulador de Eletricidade (ENRE), neste
sentido, intimou a Edesur, Edenor e Edelap a oferecer uma compensação aos usuários afetados
pelos cortes de luz, que ocorreram em vários bairros portenhos e de zonas periféricas durante
os últimos dias de dezembro. (Clarín – Argentina – 06.01.2011)
Argentina: Parque eólico Rio Jano ganha importância
O parque eólico Arauco, situado na zona sul da La Rioja, é um dos centros de geração de
energia alternativa mais importantes do país, tendo em vista sua capacidade instalada de 24,8
MW, que será duplicada nos próximos 12 meses, assegurando fontes de abastecimento tanto
para o setor privado quanto para a província. “Estamos realmente orgulhosos deste parque
que construímos junto com o governador , Luis Beder Herrera, e cremos que há muitas
possibilidades de fazer algo similar em Santiago de Estero”, destacou o diretor de Negócios da
Empresa IMPSA Wind, Martín de los Santos, que leva adiante o empreendimento. (El Inversor
– Argentina – 07.01.2011)
Argentina receberá empréstimos para financiar obras elétricas
O BID aprovou ontem (11) por unanimidade um empréstimo de 480 milhões de pesos
(120 milhões de dólares) para impulsionar o financiamento de um programa que busca
garantir o abastecimento elétrico a várias províncias argentinas. O Ministério de Planificação,
a cargo de Julio de Vido, indicou em um comunicado que o programa, que será também
financiado com a ajuda da Corporação Andina de Fomento (CAF), supõe um investimento total
de 960 milhões de pesos (U$S 240 milhões). As obras, em sua mairria, estão ligadas a
construção, remodelação ou ampliação de linhas de alta tensão e estações transformadoras de
kilowatts. Com as obras permite-se “incrementar a segurança no setor de transporte de
energia elétrica em todo o país”, indica o comunicado. (El Inversor – Argentina – 12.01.2011)
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Argentina: pressão oficial faz Edesur anunciar investimentos
O grupo ENEL, controladora da distribuidora, anunciou que aumentará em 30% os
investimentos previstos para este ano. “Andrea Brentan (Conselheiro Delegado da ENDESA e
Diretor da Espanha e América Latina do Grupo ENEL) informou as autoridades argentinas que
Edesur aumentará em 30% seus investimentos previstos para 2011, destinando 550 milhões
de pesos para abastecer o crescimento da demanda e incrementar a qualidade do serviço em
Buenos Aires”, anunciou a empresa em um comunicado. Entre os investimentos destaca-se a
ampliação das Subestações Don Bosco de 80 MVA a 160 MVA e Quilmes de 80 MVA a 120 MVA,
beneficiando 380.000 usuários de Avallenada, Quilmes, Florencio Varela e Berazategui. (Clarín
– Argentina – 12.01.2011)
Argentina: consumo elétrico bate recorde em dezembro
A demanda total do Mercado Elétrico Majoritário argentino foi de 10.125,7 GWh, a
maior da história segundo Fundelec. Com isso, a demanda aumentou em 12,2% em
comparação com o mesmo período de 2009, fazendo com que dezembro de 2010 fosse o de
maior consumo de energia elétrica na história, indicou o informe. O ano de 2010 fechou com
um aumento do consumo elétrico de 5,9% em relação ao ano passado, cujo o consumo atingiu
9.023,6 GWh. Em novembro de 2010 se havia registrado um consumo de 8.834,3 GWh. (Clarín
– Argentina – 13.01.2011)
Argentina: anunciada obra elétrica no sul de Neuquén
O governador Jorge Sapag visitou ontem a localidade da Villa Traful, onde, em seu
discurso anunciou que junto com o EPEN (Ente Provincial de Energía del Neuquén),
“decidimos tomar dinheiro emprestado, que vai estar disponível a partir de março para uma
obra de 120 milhões de pesos aproximadamente para trazer eletricidade a partir de Alicurá
até Cuyín Manzano.” Segundo informações, o projeto estaria em elaboração e levaria 24 meses
para sua finalização. (El Inversor – Argentina – 13.01.2011)
BID empresta US$ 120 mi para Argentina modernizar sistema elétrico
Serão beneficiados 937,3 km de linhas de transmissão e distribuição até 2015. O BID
aprovou um empréstimo de US$ 120 milhões para a Argentina incrementar a confiabilidade e
a segurança do sistema elétrico de 18 províncias. Serão beneficiados 937,3 quilômetros de
linhas de transmissão e distribuição até 2015. O sistema poderá suportar uma demanda no
horário de pico de 1.085,7 MW, contra 876,1 MW atualmente. Os recursos serão usados dentro
do Plano Federal de Transmissão de Eletricidade, que pretende modernizar o sistema
nacional. O empréstimo do BID tem prazo de amortização de 25 anos, com carência de 3,5
anos. O governo argentino entrará com outros US$ 120 milhões, sendo US$ 84 milhões
financiados pela Corporacion Andina de Fomento. (Agência CanalEnergia – 17.01.2011)
Argentina: Ted Turner acredita que futuro energético está na Patagônia
O empresário norte-americano, Ted Turner, disse que o futuro energético do planeta
está na Patagônia, principalmente, devido ao seu enorme potencial eólico, definido como “um
dos maiores recursos do mundo”. “Quando passarmos de usinas de queima de carvão a
geradores de energia eólica, o futuro desta região será muito próspero. Será uma excelente
oportunidade, que exige, no entanto, um grande esforço. Em outras palavras, não se está
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fazendo muito atualmente”, comentou Turner, que é proprietário de estâncias na região. O
empresário ainda comentou sobre a necessidade de uma política energética internacional que
garanta um desenvolvimento sustentável. (El Inversor – Argentina – 17.01.2011)
Argentina: importação de petróleo e gás dispara em 2010
As importações argentinas de petróleo e gás dispararam entre janeiro e novembro de
2010, segundo informe privado, que consolidou a tendência do país de se tornar um
importador nato de energia, devido a uma produção que não cresce no ritmo de consumo. As
compras de hidrocarbonetos do exterior cresceram 76,8%, atingindo a marca de 3.283
milhões de dólares de janeiro a novembro, afirmou a consultoria Investigações Econômicas
Setoriais (IES), que atribui o aumento a uma maior demanda do setor agrícola. A produção de
petróleo e gás vem caindo nos últimos anos na Argentina, que desde 2007, intermitentemente,
tem um comércio setorial deficitário com o exterior. (El Inversor – Argentina – 19.01.2011)
Argentina: Contrato de gás milionário firmado com Qatar
O Grupo Cirigliano negociou a compra de GNL por 8 milhões de dólares diários. A
Argentina importará 8 milhões de dólares de gás do Qatar, conforme um convênio firmado
ontem no marco da visita presidencial nesse país. No mesmo dia foi estabelecido outro acordo
de integração energética entre o ministro de Planificação Argentino, Julio De Vido, com o
ministro de Energia do Qatar, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah. O objetivo do acordo é
aprofundar os programas bilaterais no setor energético e desenvolver o projeto de uma usina
de regasificação no Golfo de San Matias, Rio Negro, que permitirá somar a importação de até
20 milhões de metros cúbicos por dia, praticamente 20% do consumo diário do país. (Clarín –
Argentina – 18.01.2011)
Argentina: Mar del Plata conclui investimento de $ 35 mi em energia elétrica
Foi inaugurada ontem (20) a segunda etapa da Estação Transformadora Ruta 2, em Mar
Del Plata, que demandou um investimento de 35 milhões de pesos e permitirá duplicar a
potência existente em uma zona da cidade costeira. Trata-se da instalação de um segundo
transformador de 44 Mw. Os trabalhos, realizados no sistema de alta tensão, se
complementam com a extensão de 5,6 Km de cabo subterrâneo de 132 Kw, que vinculará esta
estação com seu par localizada em Jarja e Colón, também localidades costeiras. “Este
empreendimento duplicará a potência existente e melhorará a capacidade de fornecimento de
energia na zona norte da cidade”, destacou o governo provincial. Além disso, com o
investimento, reduz-se as possibilidades de falhas em uma região de crescente consumo. (El
Inversor – Argentina – 21.01.2011)
Argentina: projeto de extensão da central hidroelétrica de Salto Grande
A Comissão Técnica Mista de Salto Grande analisa incrementar a potência produtiva da
central hiroelétrica em 10%. Segundo Néstor Berterame, membro da instituição, “a CTM está
levando a cabo um estudo sobre o incremento das turbinas da represa de Salto Grande”. Assim
mesmo, agregou que “isto se realiza sob a direção dos acordos entre a presidenta Argentina,
Christina Kirchner, e o seu par do Uruguai, José Mujica”. Ainda segundo ele, técnicos de ambos
os países estudam as possibilidades de como por em prática este projeto e que ainda este ano
definições importantes das análises serão expostas. (El Inversor – Argentina – 21.01.2011)
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Argentina: consumo recorde por conta do calor
As 14:40 de ontem (24) se registrou um novo recorde da demanda de energia,
alcançando 20.517 MW, quando a temperatura na região estava próxima dos 40 graus. O
Ministério de Planificação informou que “não houve surpresas” e que o sistema operou com
“reservas”. (El Inversor – Argentina – 25.01.2011)
Argentina: Shell estuda produzir gás não convencional em Neuquén
A empresa está interessada agora em começar a desenvolver áreas de exploração de
gás não convencional shale e tight gás na província de Nequén. A empresa tem previsto iniciar
tarefas de exploração em um bloco de mais de 200 km quadrados localizado a uns 100 km ao
norte da capital provincial, que atualmente está nas mãos da empresa estatal Gas e Petróleo de
Neuquén (G&P). “Estivemos reunidos com diretores da Shell em Houston no ano passado e nos
mostraram seu interesse na exploração de gás não convencional. Definimos um convênio e
agora eles estão analisando as informações da áreas”, explicou o presidente da G&P, Rubén
Etcheverry. (El Inversor – Argentina – 25.01.2011)
Argentina: depois de 20 anos, balança do país tem novo déficit na balança comercial de
petróleo e derivados
Pela primeira vez em 20 anos, a Argentina voltou a ter déficit na balança comercial de
petróleo e derivados, em 2010. O fim da autossuficiência de energia, após uma década sem
investimentos relevantes em exploração, deverá tornar-se oficial nos próximos dias, tão logo
sejam detalhados os números do comércio exterior em dezembro. Nos 11 primeiros meses do
ano passado, as exportações argentinas de combustíveis chegaram a US$ 3,034 bilhões,
diminuindo 9,8% em relação a igual período de 2009, segundo a consultoria IES. Já as
importações, turbinadas pelo desabastecimento de gás no inverno e pela disparada do
consumo doméstico de derivados, aumentaram 76,8% e atingiram US$ 3,283 bilhões. (Valor
Econômico – 27.01.2011)
Argentina: subsídios crescem 50% em 2010 e setor energético foi o mais beneficiado
Ao longo de 2010, as transferências ao setor privado totalizaram $48.032 milhões, cifra
que representou um aumento de quase 50% em relação ao recursos repassados em 2009. O
setor energético foi o mais beneficiado, recebendo 63% a mais de subsídios que no ano
anterior. De acordo com um informe da Associação Argentina do Pressuposto e da
Administração Financeira Pública, após quinze meses de estabilidade o gasto com subsídios
começou a mostrar sinais de recuperação a partir do segundo trimestre de 2010 para fechar o
ano com forte crescimento. O setor energético, sendo o mais beneficiado, teve acesso a
$26.000 milhões, dos quais metade se concentraram na Canmesa.(El Inversor – Argentina –
27.01.2011)
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2.2-BOLÍVIA
Bolívia aumenta diesel e congela tarifas básicas
O governo da Bolívia decretou uma alta no preço dos combustíveis de até 83%,
congelou as tarifas dos serviços básicos e prometeu um aumento salarial superior à inflação. A
medida não afeta os preços do gás natural exportado pela Bolívia para Brasil e Argentina, que
são regulados por contratos internacionais. "É um nivelamento interno dos combustíveis aos
preços internacionais", disse em entrevista coletiva o vice-presidente do país, Álvaro García,
que está ocupando a Presidência durante viagem do presidente Evo Morales à Venezuela. O
diesel subiu 83%, para 6,80 bolivianos (US$ 0,96) o litro, enquanto a gasolina comum subiu
73%, para 6,47 bolivianos o litro. (Valor Econômico – 27.12.2010)
Bolívia: YPFB investirá 20 vezes mais em tarefas de exploração em 2011
Para incrementar as reservas hidrocarboríferas, YPFB Corporação investirá em 2011
U$S 351 milhões em atividades de exploração, incrementado em 20 vezes o investimento
realizado neste setor em 2010. Sem estas ações, “Bolívia ficaria sem gás nos próximos 15
anos”. Assim informou o gerente Nacional de Planificação da YPFB, Edwin Vargas. “YPFB
elaborou um agressivo plano de exploração para 2011”, assegurou Vargas durante
comunicado. “O novo Plano de Exploração da YPFB inclui exigir o cumprimento, no primeiro
término, dos compromissos de exploração mínimos estabelecidos pela Petroandina nos
contratos de operação”, assegurou Vargas. (La Razón – Bolívia – 22.12.2010)
Produção de gás boliviana sobe 49% e investimento atinge U$S 870 mi
A produção de gás natural se incrementou em 49% na Bolívia, com um investimento de
870 milhões de dólares, informou ontem o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Fernando
Vincenti. Ontem se realizou a audiência pública dos movimentos sociais deste setor, onde se se
destacou a previsão de fechar a gestão com 75% de execução do pressuposto de exploração e
exportação, com um investimento de 870 milhões de dólares. Deste modo as empresas
subsidiárias da YPFB executaram 402 milhões de dólares. YPFB matriz executará 317 milhões
de dólares. Este ano se incrementaram 23 novas áreas de exploração chegando a um total de
53 áreas reservadas para YPFB. (Página Siete – Bolívia – 22.12.2010)
Ministros bolivianos negociam ações de elétrica Valle Hermoso
O gabinete ministerial boliviano autorizou aos ministérios de Hidrocarbonetos e
Energia e de Defesa Legal do Estado, além da ENDE a participar da negociação e definição de
um contrato transacional com o representante da empresa The Bolivian Generating Group LLC
pela nacionalização da elétrica Valle Hermoso. O decreto estabelece que o montante pago será
único, total, definitivo e fruto do resultado do processo de definição com antecedência. Além
do mais esta negociação se realizará tendo por base o pacote acionário da empresa e
procederá quando The Bolivian Generating Group LLC renuncie de forma expressa e definitiva
a qualquer processo nacional ou internacional. (El Cambio – Bolívia – 17.12.2010)
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Bolívia: ENDE está a um passo de fechar contratos com a GDF Suez e Bolivian
A estatal boliviana ENDE está prestes a fechar negociações com a GDF Suez e Bolivian
Generating Group para o “pagamento justo” pelas ações que tinham estes consórcios nas
geradoras Corani e Valle Hermoso, empresas nacionalizadas no 1 maio passado. “Esperamos
fechar as negociações nos próximos dias”, afirmou ontem o gerente geral da Empresa Nacional
de Eletricidade (ENDE), Rafael Alarcón. Adiantou que faltam ainda alguns detalhes
relacionados a temas administrativos e legais como “transferências de recursos para a ENDE”.
(La Razón – Bolívia – 22.12.2010)
Bolívia: YPFB Chaco tem importante plano de investimentos para este ano
A subsidiária YPFB Chaco informou que, mediante as explorações feitas nos campos
descobertos se havia encontrado 200 bilhões de pés cúbicos (BCF, sigla em inglês) no campo
El Dorado e espera-se encontrar 75 BCF, com a realização de um amplo plano de
investimentos. A empresa tem um importante plano de investimento de 80 milhões de dólares
para esta gestão. Segundo o presidente da subsidiária, Pedro Torquemada, foram provadas no
campo Santa Rosa 35 BCF e 40 BCF, sendo a descoberta mais significativa a El Dorado, com
200 BCF. (El Diario – Bolívia – 11.01.2011)
Rússia tem interesse na Bolívia
Em entrevista publicada no periódico boliviano El Deber, o chefe da missão russa na
Bolívia, Sr. Leonid Golubev, afirmou, em relação à intervenção no setor elétrico, que “a
empresa estatal russa Inter Rao Ues tem mantido negociações com o Ministério do Petróleo e
com a Empresa Nacional de Eletricidade (ENDE) para construir usinas hidrelétricas em
Cachuela Esperanza (Beni), San Jose (Cochabamba) e Tahuamanu (Pando). O governo
boliviano estava de acordo, mas depois disseram que só querem o projeto Tahuamanu.
Continuamos a negociar, porque esse projeto envolve a criação, por parte da Inter Rao Ues, de
uma joint venture com a ENDE e invista até 70% do capital. O ministro Vincenti tem uma boa
relação com a Rússia e parece disposto a conceder ainda mais lugares para construir usinas”.
(GESEL-IE-UFRJ – 12.01.2011 e El Deber – 08.01.2011)
Bolívia comercializou gás natural a uma média de 38,88 MMmcd
Em dezembro de 2010, YPFB comercializou gás natural em média de 38,8 milhões de
metros cúbicos por dia (MMmcd) e destinou significativos volumes do energético ao mercado
interno e ao mercado de externo, sobretudo ao Brasil e a Argentina, segundo um reporte da
Direção Nacional de Gás Natural da estatal petrolífera. “Em função dos contratos vigentes com
Petrobras, a Companhia Mato – Grossense (MTGas) e Energia Argentina Sociedade Anônima
(Enarsa), em dito período, se comercializou ao mercado brasileiro um volume médio de 24,77
MMmcd, de acordo com o contrato coma Petrobras e 0,41 MMmcd de acordo com o contrato
com MTGas, e em relação a Argentina se enviaram 5,80 MMmcd em condições contratuais. Em
relação ao mercado interno se comercializaram 7,90 MMmcd”, detalha o informe. (El Diario –
Bolívia – 12.01.2011)
Bolívia: Soboce não produz mais cimento por falta de gás
O sócio majoritário da Sociedade Boliviana de Cimento (Soboce), Samuel Doria Medina,
revelou que a escassez de cimento no mercado interno e deve a falta de abastecimento de gás
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natural a usina em Viacha por parte da estatal petrolífera. Doria Medina diz que desde 2006 se
enviaram cartas as autoridades do Governo em relação aos maiores requerimentos de gás
natural por parte da cimentera que ampliou sua usina de produção. Entretanto, segundo
Medina, nunca houve resposta. “Soboce tem três fornos, neste momento, mas com um e meio
em produção, limitando, portanto, a capacidade instalada, devido à falta de gás.” (El Diário –
Bolívia – 18.01.2011)
Para analistas, vai faltar energia na Bolívia até 2020
Até o fim da década, a Bolívia não terá gás para atender aos seus compromissos de
fornecimento para o Brasil e para a Argentina e ao mesmo tempo garantir o insumo para o
mercado local e para os projetos de industrialização. A previsão é de especialistas bolivianos
em gás, que traçam um cenário de escassez caso o país não descubra novos poços. Os planos
do governo do presidente Evo Morales de usar as reservas do combustível para abastecer
futuros polos industriais na Bolívia de fertilizantes e polietileno também estariam em xeque.
As reservas bolivianas de gás estão hoje em 8,85 TCF (toneladas de pés cúbicos), segundo
avaliação da Ryder Scott. Levantamento de 2005, assinado por outra certificadora, a
DeGolyer&MacNaughton, colocava as reservas em 12,8 TCF. (Valor Econômico – 19.01.2011)
Bolívia: YPFB assegura provisão de gás natural até 2028
A YPFB anunciou que o abastecimento de gás natural para o mercado interno está
assegurado até 2028 com o investimento nas ampliações dos gasodutos Carrasco –
Cochabamba e de Altiplano. O presidente da estatal, Carlos Villegas, assegurou que esse ano o
país estaria com a demanda satisfeita, segundo os estudos realizados sobre crescimento da
indústria, comércio, consumo familiar e gás natural veicular. Villegas reiterou que segundo o
estudo que se realizou sobre a demanda futura não houve há qualquer tipo de planejamento
ou perspectivas de investimentos em construções de grande porte, que poderiam
sobrecarregar o sistema. Villegas ainda destacou que a produção de gás aumentou
consideravelmente desde 2000, quando se tinha produzindo 15,6 Mmmcd, até 2010, momento
em que se atinge 45 Mmmcd, que assegurou o abastecimento tanto do mercado interno com o
externo. (Página Siete – Bolívia – 20.01.2011)
Bolívia: novo ministro promete impulsionar uso de gás natural
O recém empossado ministro de Hidrocarbonetos e Energia, José Luiz Gutiérrez,
prometeu que a partir de sua administração impulsionará a mudança na matriz energética,
com o objetivo de que todos os bolivianos tenham acesso ao consumo de gás natural. Gutiérrez
considera que a partir da implementação das conexões de gás em domicílios e a conversão dos
veículos a Gás Natural Veicular (GNV) se minimizará o gasto realizado pelo Estado na
importação de carburantes. “Todos os bolivianos terão gás porque temos campanhas, através
da YPFB para o gás domiciliar e o gás natural veicular, de tal maneira que as conversões sejam
um éxito”, manifestou segundo informe da ANF. (El Diário – Bolívia – 25.01.2011)
Bolívia: novo ministro tem perfil técnico
O novo ministro de Hidrocarbonetos e Energia boliviano, José Luis Gutiérrez, é
engenheiro químico com mais de 22 anos de experiência ativa no setor de petróleo. Gutiérrez
é ex-vice-presidente de Operações da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e ex
vice-ministro de Industrialização, comércio, transporte e armazenamento. Em entrevista, o
21
novo ministro de Hidrocarbonetos e Energia afirmou que durante sua gestão serão abordados
com projetos prioritários do Plano de Desenvolvimento Nacional. (HidrocarburosBolivia.com
– 23.01.2011)
Bolívia: CAF analisa plano de investimentos em usinas hidroelétricas
A Corporação Andina de Fomento (CAF) realizou um seminário, onde se propôs um
plano de investimento para a criação de usinas hidroelétricas no país, com baixo impacto
ambiental. “Esta foi uma idéia que veio da embaixada do Brasil, país que está muito avançado
em temas de desenvolvimento energético e que quer expandir com projetos de financiamento
para o desenvolvimento energético da Bolívia” comentou o representante da CAF na Bolívia,
Emilio Uquillas. Os projetos hidroelétricos são grandes investimentos e por essa razão não
somente a CAF estaria envolvida, mas também o Banco Mundial e o BID, que entrariam
sempre de acordo com o tema ambiental. (El Diário – Bolívia – 26.01.2011)
Bolívia: campos de exploração seriam para cobrir mercado interno
O novo ministro de Hidrocarbonetos e Energia, José Luis Gutiérrez, assegurou que a
produção dos campos em perfuração servirão somente para abastecer o mercado interno. “Por
menores que eles sejam, tratam-se de reservatórios importantes, que podem satisfazer o
consumo interno”, disse Gutiérrez. (El Diário – Bolívia – 27.01.2011)
Bolívia: países vizinhos levam vantagens na industrialização do gás
Para muitos analistas, a Bolívia enfrentará muitas dificuldades para levar a cabo o
processo de industrialização do gás se caso não consolidar acordos com empresas com
experiência como as brasileiras, chilenas e argentinas. O principal argumento é de que o país
boliviano não teria condições de satisfazer a grande necessidade de recursos econômicos, já
que a indústria iria requerer bilhões de dólares. Segundo dados do Ministério de
Hidrocarbonetos e Energia, o Estado tem a intenção de encarar a industrialização do gás com
os projeto de uma usina de GTL com um valor de 450 milhões de dólares, a Usina de
Petrocasas em Oruro com um custo 70 milhões de dólares, entre outros projetos. (El Diário –
Bolívia – 28.01.2011)
Bolívia arrecada com venda de gás natural U$S 2,798 bi
As vendas e exportações de gás natural ao Brasil e à Argentina se incrementaram em
42,19% em 2010, alcançando U$S 2,798 milhões, em relação ao ano de 2009, quando se
registrou um montante de U$S 1,968 bilhões, segundo o INE. O informe indica que as
exportações de gás ao mercado brasileiro no ano passado somaram 2,302 bilhões de dólares,
enquanto à Argentina, U$S 496 milhões. “A recuperação brasileira da crise e a incidência da
seca são as causas para que este pais tenha demandado maiores volumes de gás natural. No
caso da Argentina, a definição de uma adenda no contrato com a Enarsa e a temporada de
estiagem permitiram incrementar a exportação de maiores volumes do energético”, destaca o
informe. (El Diário – Bolívia – 28.01.2011)
Bolívia: gasoduto Carrasco Cochabamba tem atraso de quase três anos
O Gasoduto Carrasco Cochabamba (GCC) que deverá abastecer ao ocidente do país
(Cochabamba, Oruro, La Paz e El Alto) teria um atraso de quase três anos, já que o mesmo
22
deveria estar em funcionamento em 2009, mas, segundo a YPFB, a obra só será completa no
primeiro trimestre de 2012. Uma série de fatores como a nacionalização atrasou a entrega da
obra de modo que a previsão de entrega é para abril de 2012. O atraso da obra prejudicou
sobretudo o abastecimento de gás ao Ocidente do país, afetando de maneira direta a indústria.
A conclusão da obra, vale destacar, seria fundamental para garantir o atendimento da
demanda de gás natural, que será incrementada com os projetos do governo de conversão de
automotores. (El Diário – Bolívia – 28.01.2011)
2.3-CHILE
Chile: geração térmica supera hidroelétrica
As centrais a carvão chilenas alcançaram sua maior presença na década na matriz de
geração do sistema, que abastece 94% da população nacional. Assim, pela primeira vez na
história e por conta da seca a geração térmica superou a hidroelétrica. Segundo informações
da Electroconsultores, no ano passado, o aporte de centrais a carvão, gás natural e diesel
representou 50% do mix do Sistema Interconectado Central (SIC). As hidroelétricas, por sua
vez, corresponderam a 48% da geração de eletricidade do sistema. (Economía y Negócios –
Chile – 03.01.2011)
Chile: Ministério de Energia preocupado com tarifas
O ministro de Energia chileno, Ricardo Raineri, afirmou nesta quinta (29) que as tarifas
de gás em Magallanes devem estar de acordo com seus custos, defendendo, pois, o aumento de
preço por parte da Empresa Nacional de Petróleo (Enap). “Enap não pode ter tarifas que sejam
artificialmente baixas, mas sim que estejam de acordo com sua estrutura de custos”, destacou.
Para Raineri, o aumento nas tarifas não significaria modificações no consumo da região. “É
preciso destacar que o contrato entre Enap e Gasco mantém a condição de exceção para
consumo residencial, em um limite de mil metros cúbicos”, destacou o ministro. (Economía y
Negócios – Chile – 30.12.2010)
Chile: Governo autoriza investimento para ampliar e reforçar o sistema elétrico central
O Governo chileno autorizou investimento para ampliar e reforçar o sistema elétrico
central. As novas obras de transmissão concentram grande parte dos recursos. Estas
resolveriam os problemas com estrangulamentos na rede e absorveriam o crescimento do
sistema. Tudo isso ocorreria a partir dos investimentos do governo no Sistema Interconectado
Central (SIC). A partir da revisão anual de 2010 do Estudo de Transmissão Troncal, a Comissão
Nacional de Energia (CNE) determinou que em 2011 se devem iniciar obras por US$ 859
milhões. Trata-se do maior montante destinado a estes tipos de instalações. (Economia y
Negócios – Chile – 05.01.2011)
Chile: Enap busca incluir Methanex na alta de preços do gás em Magallanes
A Empresa Nacional de Petróleo chilena (Enap) busca incluir seu maior cliente
industrial de Magallanes, Methanex, no processo de reajuste dos preços de gás nessa zona do
país, que já aplicou aos usuários residenciais e PME (pequenas e médias empresas), através de
seu contrato com Gasco. “Não pode existir esta diferença: subir os preços somente aos
23
usuários residenciais e não ao principal cliente industrial na zona, que é Methanex”, disse um
informe da estatal. (Economía y Negócios – Chile – 05.01.2011)
Chile: Associação critica nova norma para termoelétricas
A Confederação de Produção e de Comércio (CPC) chilena manifestou em reuniões com
o governo insatisfação com as leis, estabelecidas pelo informe de meio ambiente elaborado
pela Câmara de Produção e de Comércio de Concepção (CPCC). O objetivo dessa associação é
estabelecer alterações no marco ambiental, de modo que o setor não arque de maneira
insustentável as normas impostas. (Economia y Negócios – Chile – 06.01.2011)
Chile: ENAP garante abastecimento de gás a Magallanes
No Chile, a Empresa Nacional de Petróleo (ENAP) garantirá em todo momento o
abastecimento de gás tanto para o setor residencial da Duodécima região como para o setor
industrial da mesma, segundo indicou através de um comunicado. Esta decisão foi tomada
logo após o sindicato dos trabalhadores da ENAP Magallanes indicar que suspenderia o
abastecimento de gás a Empresa Methanex. O sindicato afirma que “faltou um política
energética equilibrada (...), que entregue as indicações corretas de variações nos preços e
fomente o cuidado de um recurso que é inevitavelmente esgotar-se-á”. (Economía y Negócios –
Chile – 17.01.2011)
Chile avalia reator nuclear no norte com GDF Suez
O diretor executivo da empresa francesa, Gerard Mestrallet, assegurou hoje que o Chile
se encontra avaliando a possibilidade de construir um reator nuclear no norte do país em
conjunto com a companhia. Segundo disse Mestrallet, hoje em dia, as grandes mineradoras
chilenas têm uma necessidade intensa de eletricidade, que deve ser garantida a partir de
fontes confiáveis. O diretor fez questão de destacar, no entanto, que o governo chileno ainda
avalia com muita cautela o projeto. Embora o presidente Piñera tenha confirmado que não
tomará decisões em relação a energia nuclear, o Governo avançou no estabelecimento do
marco legal e técnico necessário para a implementação deste tipo de projeto. (Economía y
Negócios – Chile - 21.01.2011)
Chile: Punta Arenas aceita incremento do gás
Representantes cívicos de Puta Arenas, no sul do Chile, aceitaram a proposta do
governo de incrementar em 3% o preço do gás na região, finalizando um paralisação que
perdurou por quase uma semana, anunciou o Ministro de Energia e Minas, Laurence Golborne.
Os protestos foram desencadeados pelo anúncio de que o preço do gás aumentaria 17%.
“Temos a satisfação de anunciar que chegamos a um acordo em relação ao preço do gás
naquela região”, disse o ministro Golborne. (La Razón – Bolívia – 19.01.2011)
Lucro da Endesa Chile diminui 15% ano passado
O resultado se deveu principalmente ao maior custo de compra de energia no Chile e os
maiores custos de combustíveis para a geração térmica no país e na Argentina, informou a
firma. Com isso, a firma apresentou ganhos de $533,555 milhões (U$S 1,140 milhões) entre
janeiro e dezembro de 2010. Assim, observa-se um queda interanual de 15% de sua utilidade.
24
A empresa, no entanto, ainda planeja colocar em desenvolvimento no primeiro semestre deste
ano uma segunda usina de sua Central Bocamina no Chile. (Economía y negócios – 26.01.2011)
2.4-COLÔMBIA
Colômbia: empresa alemã Evonik Industries vende participação na CES
A empresa alemã Evonik Industries, que era dona de 51% da colombiana CES
(Companhia Elétrica de Sochagota), informou que vendeu sua participação ao fundo de capital
de risco norte-americana Maguro Contour Global. Este mesmo fundo faz parte do consórcio TE
Holdings. A capacidade total da central térmica Termopaipa (com suas quatro unidade),
localizada em Boyacá, soma 321 Mw. Termopaipa IV alacança até 165 Mw. (Portafolio –
Bolivia – 04.01.2011)
Colômbia - Artigo de Alejandro Lucio: “Cuidado con el riesgo en el mercado eléctrico”
Em artigo publicado no portal colombiano PORTAFOLIO.com.co, Alejandro Lucio,
gerente geral da Derivex, fala sobre o risco no setor da eletricidade na Colômbia, citando, por
exemplo, o possível impacto do fenômeno “El Niño” sobre as empresas comercializadoras e
suas estabilidades financeiras. (GESEL-IE-UFRJ – 13.01.2011)
2.5-PERU
SN Power obtém financiamento de US$ 250 mi para obra de hidrelétrica no Peru
A SN Power obteve financiamento de US$ 250 milhões para a hidrelétrica de Cheves
(168 MW), no Peru. O consórcio, que fornecerá o crédito de longo prazo para construção do
projeto, é formado pela IFC, do Grupo Banco Mundial, DnBNOR, Nordea, West LB e Societé
Generale. Localizada no rio Huaura, a 250 quilômetros ao norte de Lima, Cheves terá o início
das obras neste mês e possui previsão de ser concluída em 2014. A usina faz parte da meta da
norueguesa SN Power de produzir até 2.500 MW, por meio de hidrelétricas, até 2015.
(Agência CanalEnergia – 05.01.2011)
Peru espera novas reservas de gás natural em Camisea
Segundo a imprensa peruana, o Ministério de Energia e Minas do Peru (MEM) afirmou
que espera a confirmação durante este ano de novas reservas de gás natural em cinco lotes,
onde se realizam trabalhos de exploração. “Neste ano devem ocorrer vários anúncios de
descobrimentos, tendo em vista o término dos trabalhos de perfuração dos lotes 58, 57, 56, 88
e 64”, explicou o vice-ministro de Energia, Daniel Cámac. A Petrobras é operadora do lote 58,
Repsol YOF trabalha nos lotes 56 e 88 e Talisman Energy do Canadá opera no lote 64. O viceministro ainda destacou que todas as perfurações realizadas no ano passado tiveram um êxito
de 100% e para este ano espera-se também uma atividade exploratória bem intensa. (El
Diario – Bolívia – 13.01.2011)
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Peru: 8 distribuidoras requerem US$ 800 mi
Há oito distribuidoras de eletricidade estatais no Peru que requerem investimentos de
800 milhões de dólares aproximadamente para atender sua atual demanda, indicou o
presidente do Organismo Supervisor de Investimentos em Energia e Mineração (Osinergmin),
Alfredo Dammert. Ele comentou ainda que a maioria destas empresas está na zona norte, onde
há grande capacidade de geração e de transmissão, mas faltando investimento em distribuição
elétrica. “O crescimento econômico dinâmico nestas cidades faz com que a demanda de
eletricidade seja restringida por redes de distribuição saturadas, as quais não podem
abastecer novos consumidores”. (El Peruano – Peru – 13.01.2011)
Peru: Contrato para construir hidroelétrica
O Ministério de Energia e Minas (MEM), representando o Estado peruano, e a empresa
Luz do Sul firmaram em 23 de fevereiro um contrato para a construção da central
hidroelétrica Santa Teresa, que estará localizada em Cusco e que contará com uma potência de
90.7 Mw, informou a Agência de Promoção de Investimento Privado (Proinversión). O
processo de licitação, no entanto, só será finalizado nos próximos dias. A hidroelétrica utilizará
as águas da central de Machupicchu que pertence a estatal Egemsa. (El Peruano – Peru –
17.01.2011)
Peru: leilão 12 projetos de energia elétrica
A Agência de Promoção do Investimento Privado (Proinversión) considerou hoje a
necessidade nacional de execução prioritária o leilão de doze projetos de infraestrutura do
setor de energia. A medida tem por finalidade garantir a continuidade do abastecimento de
energia de todo país com energia hidroelétrica, massificar o consumo de gás natural e
expandir o sistema de transmissão. Destes doze projetos, seis estão programados para o
primeiro trimestre e o resto no segundo semestre.Neste processo destaca- se a participação da
iniciativa privada vinculada ao Sistema de Distribuição de Gás Natural para o sul, ao Sistema
de Distribuição de GN para o Meio Norte e ao Sistema de Abastecimento de GNL para o
mercado nacional. (La Republica – Peru - 22.01.2011)
Peru: Volcan adquire projeto de central hidroelétrica Belo Horizonte de 180 MW
Volcan Companhia Mineração anunciou hoje que adquiriu através de sua subsidiária,
Empresa Administradora Chungar, 100% das ações da Companhia Energética do Centro,
titular e proprietária do projeto Central Hidroelétrica Belo Horizonte, através da qual continua
sua carteira de projetos energéticos. A hidroelétrica Belo Horizonte terá uma potência
instalada estimada de 180 MW e uma energia anual estimada de 1.220 Gwh. “Esta aquisição
marca os planos de crescimento e expansão dos projetos energéticos propostos pela
companhia. Estamos muito satisfeitos porque com isso consolidamos a posição da Volcan
como importante ator do setor elétrico peruano”, indicou o gerente geral de Volcan, Juan José
Herrera. (Noticias del Sector Energético – Peru - 19.01.2011)
Peru: Economia de energia ainda é limitada
Cinco regiões, somente, vão participar com maio ênfase na prática de economia de
energia, usando produtos com etiquetas de eficiência energética, informou o Ministério de
Energia e Minas (MEM). Com o programa, o MEM destaca que através da Direção Geral de
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Eficiência Energética (DGEE) está impulsionando a conscientização da população para
economizar energia. Estas ações, segundo o próprio MEM, são limitadas, no entanto, por zonas
do país que ainda não aderiram de maneira consistente ao projeto. Essa participação permite a
instituição agregar as regiões e seus moradores no sistema de economia de energia. A
expectativa é a adesão destas zonas, informou o Ministério. (El Peruano – Peru - 31.11.2011)
2.6 URUGUAI
Uruguai também busca gás não convencional
Uruguai está realizando prospecções em busca de “gás não convencional”. O diretor de
Energia, Ramón Méndez, disse que uma empresa norte-americana em convênio com a Ancap
está realizando explorações no departamento de Durazno. Méndez explicou que o gasoduto
“Urupabol” não seria viável financeiramente na atualidade e que se está estudando outras
alternativas. Em relação a estes projetos Méndez destaca que se descobertos os poços
representariam grandes ganhos ao país tendo em vista que “triplicaria ou quadruplicaria as
reservas até agora”. (El Inversor – Argentina – 20.12.2010)
Uruguai: gás encanado aumentou 1,5%
O Poder Executivo uruguaio determinou aumentos nas tarifas de gás encanado a
famílias e empresas a partir de primeiro de janeiro, em torno de 1,5%. O incremento está
relacionado com a variação dos custos operacionais, segundo informa o decreto do Ministério
de Indústria. Foram estabelecidas novas tarifas máximas de gás natural residencial e
comercial, tanto no caso da Montevidéu Gás, que distribui em Montevidéu, como para a
Conecta, que é responsável pelo abastecimento do sul do país e da cidade de Payasandú. (El
País – Uruguai – 04.01.2011)
Uruguai vai licitar projetos eólicos para gerar150 MW
O Ministério de Indústria uruguaio abrirá em breve a licitação para gerar 150 MW de
energia eólica e, em abril, outros 150 MW, dentro do plano de planificação de uma usina de
ciclo combinado. Assim, informou o ministro Roberto Kreimerman, que destacou a atenção da
nova administração do presidente Mujica em relação a energia eólica. Kreimerman ainda
explicou que as projeções energéticas para este ano incluem a duplicação da geração
energética atual, onde se licitarão 150 MW em cada oportunidade. Além disso, o objetivo é
estabelecer a planificação para licitar a central de ciclo combinado para assegurar o
abastecimento de energia de base. (El Inversor – Argentina – 11.01.2011)
2.7 – VENEZUELA
Venezuela pressiona estatais a pagar contas de luz
O governo da Venezuela alertou os prefeitos, governadores e empresas estatais para a
necessidade de pagar as contas elétricas em atraso, sob o risco de sofrer interrupção do
serviço. O governo disse que pretende acabar com o desperdício do consumo de energia e
equilibrar as contas. Ministro da Energia da Venezuela, Ali Rodríguez, disse à agência de
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notícias estatal VNA que "a dívida dessas entidades é de cerca de 4 bilhões de bolívares (US$
930 milhões)". Segundo Rodríguez, o dinheiro arrecadado no ano passado pela companhia
estatal de eletricidade Corpolec cobre apenas metade da folha de pagamento. E isso num ano
de quedas de energia graves, que só podem ser solucionadas com mais investimentos.
"Apertaremos o sistema de cobrança e cortaremos a energia daqueles que estão atrasados
com o pagamento", disse o ministro. (Valor Econômico – 12.01.2011)
Venezuela: Governo não instalou 55% das usinas elétricas prometidas
O governo venezuelano está em dívida com a promessa feita no ano passado de fechar 2010
com 4000 MW para amenizar a crise que se obrigou a fazer racionamentos no setor industrial,
residencial e comercial. “Em princípios de 2010 havia um plano da PDVSA e Corpoelec de
instalar 6.303 MW, no qual estavam incluídos os MW para tornar o setor petrolífero
independente do Sistema Elétrico Nacional”, indicou José Aguilar, analista de energia. No meio
do ano passado, essa aspiração foi reduzida a 4000 MW. “No final de 2010 conseguiu-se
instalar somente 1800”, ou seja, 45 % do prometido. “Começamos o ano com atraso”,
completou. (El Nacional – Venezuela – 15.01.2011)
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3-CHINA
China enfrenta apagão e raciona energia por escassez de carvão
Cidades do norte e do centro da China estão enfrentando cortes de eletricidade e
começam a racionar energia, uma vez que o suprimento de carvão não consegue atender ao
forte aumento na demanda. O clima frio e interrupções nos meios de transporte causam
escassez na maioria dos anos, mas o problema foi agravado pela insatisfação dos produtores
de carvão com os controles de preços, que estão comprimindo os seus lucros. A Companhia
Elétrica Estatal da China, a fornecedora de energia do governo, disse em relatórios na internet
que as tempestades de inverno recentes elevaram ainda mais a demanda, ao mesmo tempo
agravando os engarrafamentos de trânsito e dificultando as entregas de carvão. A China
depende do carvão para gerar mais de 75% da sua eletricidade e também para abastecer de
combustível os sistemas centralizados de calefação de inverno nas cidades no Norte. (Valor
Econômico – 21.12.2010)
Chineses ditam regras para a energia eólica
A julgar pelo ruído da sua fábrica aqui, a empresa espanhola Gamesa parece prosperar
no setor chinês da energia eólica, de cuja criação ela participou. Mas a Gamesa sofreu para
aprender que, se quiser competir nesse lucrativo mercado, é preciso seguir regras rígidas,
feitas para favorecer Pequim. As empresas chinesas adquirem tecnologia ocidental de ponta
por vários meios e tiram partido das políticas governamentais e dos seus baixos custos para se
tornarem fornecedores dominantes em nível global. Empresas estrangeiras estão tão ávidas
pelo mercado chinês que não só se curvam aos ditames de Pequim como também abrem mão
de se queixarem aos seus próprios governos. Mesmo agora, a Gamesa não reclama. Embora
sua participação no mercado chinês tenha se atrofiado, o volume de vendas de turbinas eólicas
no país cresceu tanto que a Gamesa vende hoje mais que o dobro do que quando era líder.
(Folha de São Paulo – 27.12.2010)
China fecha acordos de € 5,6 bi com a Espanha
A China tenta dar mais um passo nos esforços para se aproximar da Europa. Em visita à
Espanha, o vice-premiê, Li Keqiang, fechou ontem acordos de € 5,6 bilhões (cerca de R$ 12,3
bilhões) com o país, de onde embarca hoje para a Alemanha. Em seguida, vai ao Reino
Unido.Eles vão desde a criação de um grupo de trabalho conjunto em energia renovável até
contratos de petróleo, no setor bancário e de fornecimento de vinhos, azeite e presunto.
"Apesar da ampla distância que separa a China da Espanha, nossos países estão unidos pelo
afeto entre os seus povos e a complementaridade econômica", escreveu o vice-premiê em
artigo publicado no "El País”. (Folha de São Paulo – 06.01.2011)
Vestas fornece 50 MW para China
A Vestas recebeu encomenda de 25 turbinas eólicas de 2 MW cada, totalizando 50 MW,
para instalar no projeto chinês Daqinghe Yanchang, da Hebei Construction Investment New
Energy Company. Este é o terceiro acordo entre as companhias, que prevê entrega dos
aerogeradores no terceiro trimestre deste ano. Nos Estados Unidos, a Siemens recebeu a
encomenda de 258 aerogeradores, com capacidade de 2,3 MW cada. As turbinas seguirão para
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parques eólicos da MidAmerican Energy no estado de Iowa. O comissionamento está previsto
para janeiro de 2012, somando 593 MW, suficiente para abastecer 190 mil casas. (Brasil
Energia – 07.01.2011)
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4-EUA
EUA: Empire State será abastecido com energia renovável
Os proprietários do edifício de 102 andares, que já foi considerado o mais alto do
mundo, firmaram um acordo com a empresa Green Mountain Energy, que fornecerá, por dois
anos, a energia elétrica de fonte eólica em quantidade suficiente para atender ao consumo do
edifício. Há um ano, a administração do arranha-céu assumiu um projeto de eficiência para
reduzir o consumo de energia do edifício em 38% até 2013. Isso inclui a reforma dos sistemas
de ar condicionado e aquecimento localizados no subsolo do prédio e a substituição das
janelas, de modo a aproveitar melhor a iluminação natural. (O Estado de São Paulo –
07.01.2011)
Duke e Progress criam maior elétrica dos EUA
A Duke está adquirindo a Progress em um negócio de US$ 13,7 bilhões baseado em
ações. A combinação das duas companhias, ambas baseadas na Carolina do Norte, criará um
grupo com um valor de mercado de cerca de US$ 36 bilhões. Os custos da inovadora usina de
gaseificação de carvão de baixas emissões de poluentes em Edwardsport, Indiana - que
estima-se que irá custar quase US$ 2,9 bilhões - mais que dobraram em relação a estimativa
inicial, mostrando como até mesmo os negócios de riscos aparentemente baixos na geração de
energia podem ser atingidos por choques financeiros. O projeto vem provocando muitos
protestos em Indiana e levou a pressões sobre as autoridades reguladoras para que elas
impeçam a Duke de repassar os custos para os clientes. (Valor Econômico – 11.01.2011)
GE compra eólica de 150 MW
A GE e o Bankers Commercial Corporation, do UnionBanCal Corporation, adquiriram o
projeto eólico Alta Wind 1 (150 MW) na Califórnia, Estados Unidos. A usina posteriormente,
será arrendada à Terra-Gen Power, que utilizará os recursos da operação para pagar o
empréstimo tomado em março de 2010 para financiar a construção. Cerca de metade da
energia produzida será comprada pela Southern California Edison. A GE Energy Financial
Services e o Bankers Commercial Coporation deterão partes iguais da eólica. (Brasil Energia –
10.01.2011)
EUA podem ter revolução energética nos próximos anos
O presidente da Devon Energy, John Richels, afirmou nesta quinta-feira (20) que uma
revolução energética está prestes a acontecer nos Estados Unidos. O executivo explicou que
espera um grande aumento no consumo de gás natural para geração de eletricidade.
Recentemente, as reservas de gás dos EUA têm aumentado de forma significativa, bem como
os volumes prospectados. Com isso, o fornecimento para as usinas termelétricas e indústrias
podem se tornar bastante confiável, segundo o executivo. Desde 2006, o gás vem ganhando
cada vez mais espaço na matriz energética norte-americana e hoje já é superior à energia
nuclear. Em 2009, o gás foi responsável por 920 milhões de megawatts hora de eletricidade
gerados. (Setorial News – 20.01.2011)
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Nuclear faz parte do futuro da energia limpa dos EUA
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (25), que até 2035 cerca
de 80% da geração de eletricidade dos EUA deve vir de fontes limpas, incluindo a energia
nuclear. Durante o seu discurso anual em Washington DC, Obama disse: "Algumas pessoas
querem eólica e solar. Outras querem energia nuclear e gás natural. Para atingir esse objetivo,
vamos precisar de todos elas. E democratas e republicanos tem que trabalhar juntos para fazer
isso acontecer". "Nós começamos a reinventar a nossa política energética", disse Obama. "Não
estamos apenas entregando o dinheiro. Nós estamos emitindo um desafio. Estamos dizendo
que cientistas americanos e engenheiros podem montar equipes das melhores mentes em seus
campos, e focar os problemas mais difíceis em energia limpa". (Setorial News – 26.01.2011)
New Orleans: movida a energia solar
A maior cidade da Louisiana, nos EUA, é exemplo de sustentabilidade em suas novas
construções com painéis solares para geração de energia. Poder público, grupos de
investimento, universidades e ONGs como a Global Green e a Make It Right têm investido em
casas, edifícios e escolas, com eficiência energética. A cidade hoje abate 50% dos impostos de
quem usa painéis solares, e a prefeitura quer aumentar o incentivo fiscal, o maior do país, para
80%. A Global Green fornece recursos para a reconstrução de casas e escolas. Por meio do
Green Schools Project, cada escola recebe US$ 75 mil - desde que siga parâmetros de
construção sustentável, como o sombreamento de fachadas para evitar o uso de arcondicionado, o uso de cisternas para captação de água de chuvas e a utilização de 100% de
lâmpadas fluorescentes. (O Estado de São Paulo – 27.01.2011)
Bancos dos EUA financiam energia "suja"
A conclusão do relatório da ONG Rainforest Action Network sobre o impacto dos
chamados "Princípios do Carbono" nos financiamentos ao setor elétrico dos EUA, divulgado na
semana passada, em que se revisou os investimentos bancários realizados entre janeiro de
2008 e junho de 2010, foi de que não há evidências de que os Princípios do Carbono
desaceleraram ou interromperam projetos que emitem muito CO2. Em linhas gerais, o estudo
mostra que não houve, nesse período, diferenças significativas nos padrões de financiamento
entre bancos signatários ou não. Exemplos: empresas do setor de energia ligadas ao carvão
obtiveram com o Bank of America cerca de US$ 15,2 tri de dólares para projetos de geração
agosto de 2008 e junho de 2010. Muito mais que o financiado, no mesmo período, pelos não
signatários Goldman Sachs (US$ 5,4 tri) e UBS (US$ 5,5 tri). (Valor Econômico - 31.01.2011)
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5-IRÃ
Irã anuncia funcionamento em breve da usina nuclear de Bushehr
O ministro da Energia do Irã, Majid Namju, afirmou que a usina nuclear de Bushehr,
com capacidade de gerar mil MW de eletricidade, vai entrar em funcionamento em breve.
Namju não informou precisamente a data. Segundo ele, o governo do presidente iraniano,
Mahmoud Ahmadinejad, analisa a construção de outras usinas que gerarão 27,6 mil
megawatts em cinco anos. As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna. De
acordo com o ministro, a construção de usinas envolve a “cooperação regional e a unidade das
nações”, principalmente Irã, Afeganistão e Tajiquistão. O ministro afirmou que as usinas
iranianas operam com uma capacidade de 59 mil MW e há 24 milhões de usuários de energia.
De acordo com ele, as novas usinas vão somar mais de 27,6 mil MW para a geração de energia
em cinco anos. (Setorial News – 27.12.2010)
Irã se dispõe a abrir usinas nucleares para inspeção internacional
Depois de mais de seis meses sob rigorosas sanções impostas pela comunidade
internacional, o governo do Irã anunciou nesta terça-feira (4) que se dispõe a abrir as usinas
nucleares do país para inspeções de autoridades estrangeiras. O convite foi feito pelo portavoz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Ramin Mehmanparast. As informações são
da rede estatal de televisão, Press TV. “O Irã convidou os embaixadores dos países europeus e
do Movimento dos Não Alinhados e representantes de P5 +1 [Rússia, China, França, GrãBretanha, Estados Unidos e Alemanha] para uma visita à República Islâmica, para inspecionar
as instalações nucleares do país, abrindo espaço para conversas entre o Irã e os demais países,
em Istambul (Turquia)”, disse. (Jornal do Commercio – 04.01.2011)
Temas estratégicos dominam conversa de Marco Aurélio Garcia com embaixador
iraniano
Em conversa com o embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, o assessor
especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia,
tratou de diveros assuntos, como temas econômicos e comerciais. “As relações [comerciais]
têm tido progresso e trocamos opinião sobre a situação internacional”, disse Garcia,
acrescentando que o acordo sobre o uso de energia nuclear costurado entre o Brasil, a Turquia
e o Irã também foi abordado no encontro. (Agência Brasil – 03.01.2011)
Irã busca certificação de maior produtor mundial de gás natural comprimido
O Irã pode ser reconhecido como o maior produtor mundial de gás natural comprimido.
A certificação deve ser divulgada nos próximos dias. O diretor da Companhia de Distribuição
de Produtos de Óleo do Irã, Farid Ameri, disse hoje (6) que o país deve receber este ano o
registro internacional que o certifica como líder mundial na produção de gás natural
comprimido (GNC). O registro, segundo ele, é válido por quatro anos, até 2015. Pelos dados
oficiais, há 1.540 postos de gás comprimido em operação no Irã, mas o número deverá
aumentar para 2.188 durante o próximo ano iraniano. Ameri disse ainda que o governo do
presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pretende ampliar a construção e criação de postos
de GNC em cooperação com o setor privado e centros científicos. (Agência Brasil – 06.01.2011)
33
Irã retomará o diálogo sobre o programa nuclear do país
O fim do impasse em torno do programa nuclear do Irã pode estar próximo. Nos
próximos dias 21 e 22, representantes iranianos e do grupo P5+1 (Grã-Bretanha, China,
França, Rússia, os Estados Unidos e a Alemanha) reúnem-se em Istambul, a capital da Turquia,
para retomar o diálogo. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ramin
Mehmanparast, confirmou nesta terça-feira (11) as reuniões. As informações são da agência
oficial de notícias do Irã, a Irna. Mehmanparast disse que há disposição de todos – do governo
do Irã e também dos integrantes do G5+1 – para buscar um acordo e examinar possibilidades
de cooperação. Segundo ele, o início das discussões foi retomado com o convite para que
autoridades estrangeiras visitassem as usinas nucleares do país. (Agência Brasil – 14.01.2011)
Irã e comunidade internacional voltam a dialogar sobre programa nuclear
As negociações sobre o programa nuclear do Irã continuaram neste sábado (21), em
Istambul, capital da Turquia. Nesta última sexta-feira (21), as conversas, que foram retomadas,
acabaram sem acordo. Chegou a haver um momento de tensão com o aviso do embaixador
iraniano na Aiea, Ali-Asghar Soltanieh, de que não haverá suspensão do projeto de
enriquecimento de urânio. Para líderes do grupo P5+1 do Conselho de Segurança das Nações
Unidas e da União Europeia o fim do enriquecimento de urânio é fundamental para renegociar
o encerramento das restrições ao Irã. Para os países integrantes da ONU, o governo do
presidente Mahmoud Ahmadinejad desenvolve armas atômicas de forma secreta. No entanto,
Ahmadinejad e seus assessores negam as suspeitas em torno do programa nuclear do Irã.
(Setorial News – 22.01.2011)
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6-UNIÃO EUROPEIA
Espanha: Avaesen pressionará o governo por conta do fim da ajuda às renováveis
A Associação Valenciana de Empresas de Energia (Avaesen), que agrupa 170 empresas
e organismos vinculados ao setor de renováveis anunciou que apresentará uma reivindicação
baseada na norma aprovada em dezembro para as usinas fotovoltaicas, através da qual se
supõe uma “violação do princípio da retroatividade” e “arbitrariedade da atuação da
administração” ao afetar as condições de instalações que se implantaram há alguns anos.
Segundo a associação, o decreto real Poe em risco um investimento de 20.000 milhões de
euros por parte do setor bancário, assim como desembolsos de 60.000 pequenos investidores,
que investiram em média 83.000 euros. (Expansíon - Espanha - 04.01.2011)
UE vai superar meta de uso de renováveis
A União Européia vai ultrapassar a meta de suprir 20% de seu consumo de energia com
fontes renováveis até 2020. Estudo feito pela European Wind Energy Association (EWEA)
aponta que, dentro de 10 anos, elas responderão por 20,7% da energia total consumida. E por
34% da demanda por eletricidade. A lista é liderada por Bulgária (2.8% acima do esperado),
Espanha (2.7%), Grécia (2.2%), Hungria (1.7) e Alemanha (1.6%). O avanço é puxado pela
energia eólica que atenderá 14% da demanda européia em 2020. Até lá, estima-se que a
capacidade instalada chegue a 213 GW. Em seguida, estão hídrelétrica (10,5%), biomassa
(6.6%), solar (2,9%), geotérmica (0,3%) e do oceano (0,1%). (Brasil Energia – 05.01.2010)
Vestas com 38 MW na Alemanha
A dinamarquesa Vestas recebeu a encomenda de 19 turbinas de 2 MW cada da Boreas
Energie GmbH. Os geradores serão instalados em torres de 125 metros de altura. A entrega
está prevista para ocorrer ainda este ano em um projeto eólico de 38 MW na Alemanha. A
negociação inclui a instalação e comissionamento dos equipamentos, além de serviço de
serviço e manutenção. (Brasil Energia – 10.01.2010)
Gamesa vende parque eólico
A Gamesa fechou acordo de venda de seu parque eólico Piecki (32 MW), localizado no
nordeste da Polônia, para as companhias RWE Innogy GmbH e HSE Regenerativ. As empresas
não revelam o valor da operação. O parque eólico é equipado com 16 aerogeradores G90, com
capacidade instalada de 2 MW cada. (Brasil Energia – 10.01.2011)
Alstom fornecerá equipamentos para usina eólica na Estônia
A Alstom assinou com €950 milhões com a Narva Elektrijaamad AS, subsidiária da
concessionária estatal estoniana Eesti Energia. O contrato prevê o fornecimento de duas
unidades de 300 MW para uma usina de energia movida a combustíveis fósseis baseada na
tecnologia de caldeira de Leito Fluidizado Circulante (CFB), na Estônia. O acordo inclui uma
primeira unidade de 300 MW pelo valor de €540 milhões e uma opção para a segunda unidade
de 300 MW por €410 milhões, que poderá ser acionada pelo cliente nos próximos 18 meses. A
nova usina de energia suprirá uma parte importante do consumo de eletricidade no país e
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garantirá que a Estônia cumpra com a diretiva de emissões LCPD da União Europeia ao reduzir
substancialmente as emissões. (Setorial News – 14.01.2011)
Espanha: produção elétrica da Iberdrola avança 8% em 2010
Iberdrola alcançou uma produção elétrica de 154.233 milhões de kWh em 2010, o que
indica um aumento de 8% em relação a 2009, segundo informou a companhia, que atribuiu
este incremento ao maior aporte das tecnologias limpas de geração, especialmente as energias
renováveis e a hidráulica. Segundo os dados remetidos pela Comissão Nacional do Mercado de
Valores, as centrais hidroelétricas do Grupo elevaram sua geração em 84,4% até 22.073
milhões de kWh, com um peso sobre o total que já alcança 16,5%. As usinas de cogeração
incrementaram em 2,4% sua produção em 2010, atingindo 6.540 milhões de kWh. Também as
usinas nucleares aumentaram sua produção em 14,4% até os 26.111 milhões de kWh, 17% de
toda a produção, assim como as térmicas, que incrementaram sua produção em 13%.
(Expansión – Espanha - 21.01.2011)
Espanha: energia eólica cresce 8%
Em 2010 se instalaram 1.515,9 MW de potência eólica na Espanha, o que supõe um
aumento de 8% em relação a 2009, o “crescimento mais lento desde 2003 em termos
absolutos”, segundo informou a Associação Empresarial Eólica (AEE). A potência instalada no
final do ano passado se situou em 20.676,04 MW, cifra ligeiramente superior a fixada no Plano
de Energias Renováveis 2005-2010 de 20.155 MW.A AEE atribuiu os resultados a incerteza
pela falta de um marco regulatória que estabeleça regras a partir de 2013, bem como a
entrada em vigor dos registros de pré-contrato. (Expansión – Espanha – 21.01.2011)
Espanha: frio eleva em 20% consumo elétrico na Comunidade Valenciana
O intenso frio dos últimos dias elevou em 20% o consumo elétrico na Comunidade
Valenciana. No domingo passado, a energia consumida foi de 77.512 MWh, 20,6% superior ao
domingo da semana anterior. Por províncias, Alicante foi a que registrou um incremento mais
elevado de 24%, na frente de Valência de 20% e Castellón de 13%, segundo dados divulgados
pela Iberdrola. Em todo caso, vale destacar que a companhia elétrica não registrou nenhum
máximo histórico de potência horária nem de consumo diário de eletricidade. (El país –
Espanha – 24.01.2011)
Espanha: Ebro, IAG e Red Elétrica sofrem com desinvestimentos
A Sociedade Estatal de Participações Industriais anunciou que está projetando se
desvincular de 10% da Red Elétrica (possui 20%) e de suas carteiras em Ebro Foods e a nova
International Airlines Gropu. A Red Elétrica, neste cenário, ainda sofre com os valores restritos
de investimentos por parte da Ibex. Para muitos especialistas, uma correção de valore pode
ser inevitável para não comprometer a competitividade das empresas que sofreram com os
desinvestimentos. (Diário Expanción – Espanha – 31.1.2011)
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7-MUNDO
Agência Internacional de Energia: “World Energy Outlook 2010”
Apesar da manutenção do domínio das fontes fósseis, a nova edição do World Energy
Outlook – WEO 2010, da Agência Internacional de Energia (AIE) revela um cenário promissor
para as fontes renováveis de energia. Segundo o documento, o uso das energias hidrelétrica,
eólica, solar, geotérmica e biomassa triplica em 2035, com sua participação na demanda da
energia primária total de 7% para 14%. A participação da energia nuclear também aumenta,
saltando de 6% em 2008 para 8% em 2035. (Agência Ambiente Energia – 20.12.2010)
IHA lança protocolo de referência de sustentabilidade socioambiental para
empreendimentos hidrelétricos
A International Hydropower Association (IHA) vai lançar em junho deste ano durante
congresso mundial da associação um protocolo de referência de sustentabilidade
socioambiental para empreendimentos hidrelétricos. Dividido em quatro partes, o documento
teve participação de grandes empresas do setor e de entidades como o Banco Mundial, WWF e
vários órgãos reguladores. A EPE também participou dos debates. As recomendações do
documento poderão ser adotadas tanto em usinas ainda em fase de projeto como nas que já
estão em operação. O protocolo passará por revisões anuais para acompanhar a dinâmica do
mercado e a evolução das legislações em vigor. Poderá ser adotado livremente por bancos
para, por exemplo, calcular spread de financiamentos a serem concedidos a hidrelétricas. A
IHA está buscando associados dispostos a realizar esse trabalho junto aos interessados na
adoção. A Itaipu Binacional poderá ser um das entidades orientadoras. (Brasil Energia –
03.01.2011)
Gamesa fornece 120 MW
A Gamesa vai fornecer 60 aerogeradores de 2 MW cada para a canadense Western
Wind Energy (2 MW), em contrato de valor não revelado. O acordo prevê a operação e
manutenção dos equipamentos por 10 anos. A entrega dos aerogeradores se dará a partir de
abril de 2011. Os aerogeradores serão instalados no projeto eólico Windstar, no Sul da
Califórnia, EUA. A energia será vendida à distribuidora de energia Southern California Edison
por um período de 20 anos. Os aerogeradores serão produzidos na fábrica da Gamesa em
Fairless Hills, Pennsylvania (EUA). (Brasil Energia – 03.01.2011)
Índia atrai corrida por contratos de tecnologia nuclear
Dois anos depois do fim do embargo que restringia a venda de tecnologia nuclear à
Índia, o país virou o centro de uma corrida mundial por contratos para a construção de usinas
atômicas de energia e fornecimento de combustível. Segundo as indústrias do setor, reunidas
na Associação Nuclear Mundial (WNA, na sigla em inglês), a Índia é hoje seu segundo maior
mercado, depois da China. Dependente de carvão para gerar eletricidade, o país pretende
aumentar de 2,5% para 25% em 2050 a participação da energia atômica em sua matriz
energética. Além de seis reatores em construção, há 18 encomendados ou planejados e mais
40 foram propostos, o que elevaria o total de 19 para 83. (Folha de São Paulo – 09.01.2011)
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WWEC2011 recebe trabalhos
A organização da décima edição da World Wind Energy Conference & Renewable
Energy Exhibition (WECC) receberá até o dia 15 de janeiro resumos dos trabalhos técnicos
candidatos a serem apresentados no evento. Os interessados poderão enviar o documento
para o email [email protected], classificando-os em um dos 14 subtemas propostos. A
organização decidirá até o dia 15 de fevereiro quais trabalhos participarão do evento e
notificará os autores até o último dia do mesmo mês. A programação oficial será divulgada em
21 de março. A WWEC2011 será realizada de 11 a 14 de maio em Cairo, Egito, e discutirá as
novas tecnologias em energia eólica. A edição 2011 terá seu foco na geração em áreas de
deserto. A conferência será realizada em paralelo com o encontro de 22 ministros de energia
da Liga Árabe. (Brasil Energia – 10.01.2011)
Protocolo ajuda a avaliar sustentabilidade de projetos hidrelétricos
A International Hydropower Association lançou no final do ano passado a versão final
do protocolo de avaliação da sustentabilidade de projetos hidrelétricos. O documento é
dividido em quatro partes para refletir as diferentes etapas do desenvolvimento hidrelétrico.
A primeira parte consiste em ferramentas que, através de avaliação de expectativas básicas e
avançadas, pode ser usada para estabelecer os riscos e para discussões anteriores a possíveis
avanços do empreendimentos. As outras três partes do protocolo - Preparação,
Implementação e Operação - estabelecem um espectro de práticas calibrado para mostrar as
diferenças entre boas práticas e as melhores práticas. O protocolo será um dos temas do
Congresso Mundial da IHA a ser realizado em junho em Foz do Iguaçu (PR). Os membros da
associação mundial discutiram o documento por dois anos e meio até a sua aprovação. Ficou
decidido que o documento será atualizado constantemente. Para ler o documento na íntegra,
clique aqui. (Agência CanalEnergia – 11.01.2011)
Artigo de Martin Wolf: “Ocidente, Oriente e um problema”
Em artigo publicado na Folha de São Paulo, Martin Wolf, editor e principal comentarista
econômico do Financial Times, disserta sobre o futuro do setor elétrico no mundo: “A ‘grande
convergência’ é uma transformação que marca uma época. É a disseminação da economia de
energia abundante para grande parte da humanidade.” (GESEL-IE-UFRJ – 12.01.2011)
GE compra Lineage Power por US$ 520 mi
A General Electric anunciou hoje a aquisição da empresa do setor de energia Lineage
Power por US$ 520 milhões. A iniciativa faz parte da estratégia do conglomerado de trazer
soluções energéticas à indústria de telecomunicações e ao segmento de centro de dados. “De
acordo com estudos recentes, 1,1 bilhão de smartphones serão vendidos globalmente em
2013. Cada novo aparelho é ligado a uma infraestrutura que requer ainda maior qualidade
energética”, afirmou, em nota, o presidente da GE Energy Services, Dan Heintzelman. O
negócio deve ser concluído no primeiro trimestre deste ano e ainda depende da aprovação de
órgãos reguladores. A GE informou ainda que o acordo é o último de uma série de anúncios
voltados para a expansão do portfólio da GE Energia. (Valor Online – 13.01.2011)
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Engenheiros da Sener constroem duas usinas solares em Abu Dabi
A empresa espanhola Sener construirá a partir do ano que vem junto com seus sócios
de Abu Dabi duas usinas termo-solares com um investimento total de 600 milhões de dólares,
segundo explicou o seu presidente, Jorge Sendagorta. Espera-se que o projeto seja inaugurado
ainda este ano, em maio; as usinas dispões de um sistema de armazenamento que permite seu
funcionamento em períodos noturnos e em dias nublados por 15 horas, mais que o dobro do
convencional de 7 horas. As usinas terão uma capacidade de 50 MW cada uma. (Expansión –
Espanha – 16.01.2011)
Usina solar na Guiana Francesa
A Voltalia colocou em operação a primeira usina solar da Guiana Francesa, com
capacidade instalada de 4,3 MW. O empreendimento fica na região de MontsinéryTonnegrande e produzirá cerca de 6 mil MWh/ano a partir dos seus 19 mil painéis
fotovoltaicos. A energia será vendida para a francesa EDF por 20 anos, gerando receita de € 50
milhões durante o período. A produção será capaz de abastecer uma cidade de 4,2 mil
habitantes e evitará a emissão de 4,8 mil toneladas/ano de gás carbônico. A Voltalia, que opera
no mercado de geração a partir de fontes renováveis e de crédito de carbono, tem em carteira
530 MW em projetos solares. A empresa prospecta 600 MW em projetos eólicos e 300 MW em
PCHs. (Energia Hoje – 18.01.2011)
Usina geotérmica na Nicarágua
A Queiroz Galvão fechou contrato com a Radix, empresa nacional de engenharia e
software, para a construção da usina geotérmica de 36 MW, em San Jacinto-Tizate, na
Nicarágua. A empresa não revela o valor acordado. Este é o segundo empreendimento que
conta com a participação da construtora no país. A companhia desenvolve, em associação com
a Eletrobras e o governo local, a construção do projeto da Hidrelétrica de Tumarín, um dos
maiores em curso na região. A matriz energética nicaraguense atualmente tem 65% de sua
capacidade instalada baseada em combustíveis fósseis. (Energia Hoje – 21.01.2011)
BNDES anuncia vitória em litígio sobre empréstimo para hidrelétrica no Equador
O BNDES anunciou nesta quarta-feira (19) que a Câmara de Comércio Internacional, de
Paris, lhe deu ganho de causa no contencioso com a empresa Hidropastaza relativo ao
financiamento da Central Hidrelétrica San Franscico, no Equador. A decisão da corte arbitral
internacional é definitiva, não cabendo, portanto, recurso. O BNDES financiou a exportação de
bens e serviços brasileiros utilizados na construção da Hidrelétrica San Francisco, e seu
investimento para o projeto atingiu US$ 243 milhões. O banco salientou ainda que, ao longo do
processo, em nenhum momento os pagamentos foram suspensos. Em setembro de 2008, o
governo equatoriano, que garantiu o empréstimo dentro do CCR, ameaçou não pagar o
financiamento em decorrência de problemas estruturais surgidos na hidrelétrica construída
pela Odebrecht, que chegou a ser expulsa daquele país. (Agência CanalEnergia – 19.01.2011)
BID e agência japonesa vão financiar US$ 300 milhões para energias renováveis e
eficiência energética
O BID e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA - Japan International
Cooperation Agency) assinaram um memorando de entendimentos para apoiar as energias
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renováveis e a eficiência energética na América Latina e no Caribe. O objetivo é combater as
mudanças climáticas na região. Para isso, serão financiados cerca de US$ 300 milhões nos
próximos cinco anos para esses países. A JICA é uma das maiores agências de ajuda bilateral,
com operações em mais de 150 países. A organização ajuda no crescimento econômico e social
dos países em desenvolvimento e promove a cooperação internacional. De acordo com a
agência, as emissões de gases do efeito estufa na região são relativamente pequenas, mas as
estimativas são de crescimento. (Agência CanalEnergia – 19.01.2011)
Matriz australiana limpa em 10 anos
A Austrália pode tornar sua matriz energética totalmente limpa em uma década,
segundo estudo feito pela Universidade de Melbourne. Os pesquisadores acreditam que a meta
de emissão zero de carbono pode ser alcançada em 2020 com a combinação de usinas solares,
hidrelétricas e de biomassa e de medidas de eficiência energética. O trabalho, denominado
Zero Carbon Australia Stationary Energy Plan, foi realizado pelo grupo Beyond Zero Emissions
e por acadêmicos do Instituto de Energia da universidade australiana. De acordo com o
levantamento, o objetivo poderia ser alcançado usando apenas tecnologias já disponíveis no
mercado. (Energia Hoje – 21.01.2011)
Alstom registra entrada de pedidos de 5,5 bi de euros no terceiro trimestre de ano fiscal
A Alstom registrou durante o terceiro trimestre do ano fiscal 2010/11 seu melhor nível
de entrada de pedidos desde o primeiro trimestre do ano fiscal 2009/10. De 1º de outubro de
2010, a 31 de dezembro do mesmo ano, a companhia contabilizou € 5,5 bilhões, que se devem
principalmente à forte demanda em mercados emergentes, que representaram 60% de todos
os contratos. Com pedidos acima de € 2,8 bilhões, o setor Power marcou aumento em relação
aos últimos trimestres. Os maiores sucessos foram registrados nos mercados emergentes,
principalmente na Ásia, onde a demanda por novos equipamentos foi robusta. A área Thermal
Systems & Products registrou pedidos para três usinas termelétricas a gás em Cingapura e
Índia, uma caldeira adicional na Índia, bem como contratos de Sistemas de Controle Ambiental
na China e no Vietnã. (Agência CanalEnergia – 25.01.2011)
ABB fornece subestações
A ABB fechou contrato no valor de US$ 93 milhões com a distribuidora saudita Saudi
Electricity Company para a construção em regime de turn key de seis subestações de 110/13,8
kV na Arábia Saudita. As unidades visam aumentar a capacidade do país. A previsão é que as
obras sejam concluídas em 2012. Entre os equipamentos previstos no fornecimento estão
disjuntores isolados a gás, produtos de média tensão, transformadores, bem como a proteção
da rede de baixa tensão e sistemas auxiliares. (Energia Hoje – 25.01.2011)
Exxon: demanda 35% maior
A demanda global por energia em 2030 será 35% maior do que em 2005, impulsionada
pelo aumento da população e a prosperidade da economia. Nos países em desenvolvimento, a
demanda crescerá mais de 70%. Os dados são da ExxonMobil, que divulgou nesta quinta-feira
(27/01) o estudo Outlook for Energy: A View to 2030. O estudo aponta que o gás natural será
a fonte de energia que terá o crescimento mais rápido e significativo. A demanda por gás
aumentará 85% entre 2005 e 2030, e o combustível irá emergir como a segunda maior fonte
de energia, ultrapassando o carvão e ficando atrás apenas do petróleo. O gás passará a
40
fornecer mais de um quarto das necessidades mundiais de eletricidade. (Energia Hoje –
27.01.2011)
Energia renovável se expande pelo mundo
Ao se tornar mais barata, mais confiável e mais eficiente, a energia renovável em
pequena escala está beneficiando pessoas que vivem distantes das redes elétricas dos países
em desenvolvimento, cuja expansão é lenta. "Você passa por cima da necessidade de linhas
fixas", disse Adam Kendall, diretor de práticas energéticas da África Subsaariana na
consultoria global McKinsey & Company. "A energia renovável se torna cada vez mais
importante em mercados cada vez menos desenvolvidos", destacou. Com o advento de painéis
solares baratos e de lâmpadas LED de alta eficiência, capazes de iluminar um cômodo com
apenas 4 watts de energia, esses pequenos sistemas solares geram eletricidade a um preço
acessível até aos mais pobres. A expectativa é que este sistema se expanda cada vez mais. (The
New York Times – EUA- 31.01.2011)
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