TNF no tratamento da psoríase Quando e Qual e Como
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TNF no tratamento da psoríase Quando e Qual e Como
Agentes Biológicos Anti –TNF no tratamento da psoríase Quando e Qual e Como Profa. Dra. Maria Denise F. Takahashi HCFMUSP Dra. Renata Magalhães UNICAMP Conflito de interesses ü Abbott ü MSD ü Pfizer ü Galderma ü Janssen Cilag ü Leopharma ü Eli Lilly ü Novartis Biológicos na Psoríase Quando? Biológicos na Psoríase Efeitos colaterais Anti-TNFα ü Reações alérgicas (infusão/local injeção) ü Infecções e reativação tuberculose ü Risco em cardiopatas graves ü Desenvolvimento ou piora doença desmielinizante ou neurite ótica ü Síndrome lúpus-like ü Risco em Hepatite B – podendo ser usado em Hepatite C ü Linfomas 2x mais? Quando Não Usar ü Infecção ativa ü Tuberculose latente ü Artrite séptica < 12 meses ü Infecção de prótese < 12 m ü Alto risco de infecção: úlceras de MMII, BCP de repetição, sondagem vesical ü Gravidez ou amamentação ü Neoplasia atual ou prévia (< 10 anos) ü Doenças desmielinizantes ü ICC (classes III ou IV) Cuidados Prévios ü História clínica detalhada: tuberculose e neoplasias ü Rx tórax ü PPD ou Quantiferon ü Sorologias VHB, VHC e HIV ü Exames gerais ü Vacinação contra influenza e pneumococo paciente e contatos domésticos ü Vacinação Zoster 6 semanas antes? Biológicos na Psoríase ü Doença moderada a grave (PASI > 10, DLQI > 10 ou BSA > 10), resistente a tratamento, com indicação de terapia sistêmica ü Risco ou desenvolvimento de toxicidade às drogas do tratamento clássico ü Intolerância, contra-indicação ou falha terapêutica a tratamento clássico ü Doença recalcitrante, instável ou com risco de vida Consenso Brasileiro Psoríase 2012/2013 Biológicos na Psoríase Qual? Anti-TNFs na Psoríase Aprovados no Brasil ü Infliximabe (Remicade ®): 28 de Dezembro 2000 (AR) 23 de Maio de 2005 (Pso) ü Etanercepte (Enbrel®): Março 2003 (AR) e Fevereiro 2005 (Pso) ü Adalimumabe (Humira®): Maio 2004 (AR) e Junho 2008 (Pso) Infliximabe Remicade ® Murina Humana ü Anti-TNFα quimérico ü Bloqueia TNFα solúvel e ligado à membrana celular ü Aprovado: Doença de Crohn, AR, AP e Psoríase ü Frascos 100 mg ü ü ü ü Uso: endovenoso lento Dose: 5mg/kg/infusão Indução: semana 0, 2 e 6 Manutenção: a cada 8 semanas EXPRESS Infliximabe Resposta sustentada PASI 75 até a semana 50 melhora ≥75% no PASI % de indivíduos com 100 80 70,5% 60,5% 60 40 20 0 0 2 6 10 14 22 24 26 30 38 Semanas Infliximab 5mg/kg (n=301) (pré-especificada) Infliximab 5mg/kg (n=286,95%) (por protocolo) = infusão de infliximab 46 50 Infliximabe Remicade® Vantagens ü Rápido início de ação ü Altíssima eficácia – PASI 75 em 88% doentes ü Dose de acordo com o peso Desvantagens ü Maior índice de efeitos adversos ü Reações infusionais precoces e tardias ü Perda de eficácia a longo prazo ü Aplicação hospitalar Adalimumabe Humira® ü Anti-TNFα totalmente humano ü Bloqueia TNFα solúvel e ligado à membrana celular ü Aprovado: Doença de Crohn, AR, AP e Psoríase ü Seringas 40mg ü Uso: subcutâneo ü Indução: 80mg semana 0 + 40mg semana 1 ü Manutenção: 40mg a cada 2 semanas CHAMPION Adalimumabe Resposta PASI 75 Pacientes (%) *† # p=0,001 *† *† #† adalimumabe vs placebo; *p<0,001 adalimumabe vs placebo; †p<0,001 adalimumabe vs metotrexato. Análise por IT: pacientes sem escores PASI foram considerados como não-respondedores . Efficacy and safety results from the randomized controlled comparative study of adalimumab vs. methotrexate vs. placebo in patients with psoriasis (CHAMPION). Saurat JH, et al. British Journal of Dermatology 2008 158, pp558–566 Adalimumabe Winfeld H et al. Arch Dermatol.2006; 142:218-220 Vantagens ü Alta eficácia PASI 75 em 80% ü Fácil aplicação e posologia Desvantagens ü Resposta mais lenta ü Pico de resposta em 3 a 4 meses ü Moderada ocorrência de efeitos colaterais ü Reação local injeção ü Dose fixa Etanercepte Enbrel® ü Proteína de fusão = receptor TNFα ü Bloqueia TNFα solúvel ü Aprovado: AR, AP e Psoríase ü Frascos de 25mg e 50mg ü Seringas de 25mg e 50 mg ü Uso subcutâneo ü Dose: 100mg/sem por 12 semanas ⇒ ⇒ 50mg/sem ü Dose: 25mg 2x/semana ou 50mg 1x/semana Enbrel Porcentagem de doentes com melhora > ou = a 75% 80 Placebo/Enbrel 25 mg BiWk 25 mg 2x/semana Enbrel 25 mg 2x/sem 70 Enbrel 50 mg 2x - 25 mg 2x/sem % of Patients 60 54% ‡ 50 40 ‡ 30 ‡ 28% ‡ 20 * 10 0 45% 0 2 4 8 12 Semanas 16 20 24 Etanercepte Vantagens ü Bom perfil de segurança ü Eficácia mantida quando reintroduzido ü Único aprovado uso crianças > 4 anos Desvantagens Winfeld H et al. Arch Dermatol.2006; 142:218-220 ü Resposta lenta ü Baixa eficácia em relação aos monoclonais: PASI 75 em 50% ü Reação local injeção ü Dose fixa Novos Anti-TNFs ü Golimumabe ü Certolizumabe pegol ü ART621, ISIS104838 Golimumabe - Simponi ® ü Anti-TNFα (anticorpo monoclonal humano) ü Estudo fase III – AP (405 pacientes) ü PASI em 14 semanas PASI 75 e 90 com Golimumabe Kavanaugh A et al. Arthritis Rheum. 2009 Golimumabe – Simponi Psoríase artropática v PASI PASI 50 PASI 75 PASI 90 ACR ACR 20 ACR 50 ACR 70 Resultado ≅ doentes com ou sem MTX associado Kavanaugh A et al: Ann Rheum Dis 2012;0:1-10, doi 10.1136/annrheumdis-2012-101035 Certolizumabe pegol – Cimzia™ ü Anti-TNFα (anticorpo humanizado PEGuilado) ü Aprovado para uso em Crohn e AR ü Estudos fase II (176 pacientes) ü SC – a cada duas semanas ü PASI semana 12 400mg 200mg • PASI75=82,8% • PASI75=74,6% Placebo • PASI75=6,8% Reich K et al BJD 2012 167:180-190 Certolizumabe pegol – Cimzia™ Psoríase artropática Resposta PASI em dois esquemas de doses Mease PJ et al. Ann Rheum Dis 2013;0:1-8, doi:10.1136/annrheumdis-2013-203696 Certolizumabe pegol – Cimzia™ Psoríase artropática Resposta ACR em dois esquemas de doses Mease PJ et al. Ann Rheum Dis 2013;0:1-8, doi:10.1136/annrheumdis-2013-203696 Anti-TNFs na Psoríase Qual? Qual? Estudo comparativo - Accept PGA mínimo ou claro 100 Etanercepte 50 mg Ustequinumabe 45 mg † 80 Pacientes (%) Ustequinumabe 90 mg 60 40 † 71 65 † ** 49 * 20 0 0 4 8 12 Semanas Injeções *p=0.02 vs etanercepte; **p=0.008 vs etanercepte; †p<0.001 vs etanercepte Perfil de segurança igual Griffiths CE, et al. N Engl J Med. 2010;362(2):118-28 Qual? ü Criança (mais de 4 anos): Etanercepte Adalimumabe: estudos de fase II ü Psoríase cutânea discreta com quadro articular: Etanercepte ü Psoríase mais grave com quadro articular: Adalimumabe ü Ação rápida: Infliximabe ü Doentes pesados: Infliximabe ou Ustekinumabe ü Convênio: Infliximabe ou Ustekinumabe ü SUS: o que estiver disponível E se o paciente não respondeu ao tratamento? ü Falha de resposta Ausência de melhora após indução 1/3 dos pacientes ü Perda de resposta Recorrência/recidiva da doença após resposta à terapia de indução 40% dos doentes em terapia biológica por longos períodos. Danese et al. Am Aliment Pharmacol Ther 2011 Yanai H, Hanauer SB. Am J Gastroenteol 2011 Investigando as causas ü Formação de anticorpos anti-droga ü Fatores inerentes ao paciente na metabolização da droga e eliminação (redução albumina sérica, outro imunossupressor, tabagismo) ü Esquemas terapêuticos insuficientes (dose, intervalo, peso) ü Quadro grave pela inflamação mantida e persistente Plasencia C. The immunogenicity to the first anti-TNF therapy determines the outcome of switching to a second anti-TNF in spondyloarthritis patients. Arthritis Res Ther 2013 Investigando as causas Níveis séricos do anti-TNF ü se não adequados – otimizar dose acrescentar terapia convencional ü se adequados – trocar medicação Causas da interrupção do tratamento Seguimento de 4 anos 13 a 30% dos pacientes interromperam tratamento biológico por falta de eficácia 3 a 8% por eventos adversos. Gniadecki R et al. Br J Dermatol 2011 Clemmense A et al. JEADV 2011 Resposta aos anti-TNFs Infliximabe Etanercepte Adalimumabe Sem tratamento prévio com anti-TNF Com falha ou perda de resposta a anti-TNF Gniadecki R et al. Br J Dermatol 2011 E se o paciente não respondeu ao tratamento? Metas de tratamento para Psoríase – adaptado de Mrowietz et al, 2011 (11) Modificando o tratamento ü Aumento da dose ü Diminuição do intervalo ü Acréscimo outra modalidade terapêutica ü Troca do TNF Trocando o TNF ü Exames de controle para a droga em questão atualizados ü Nova triagem para infecções e neoplasias ü Atenção à triagem para tuberculose ü Considerar repetir profilaxia para tuberculose Perlmutter A et al. Tuberculosis and tumour necrosis factor-alpha inhibitor therapy: ... Comprehensive screening and therapeutic guidelines for clinicians. Br J Dermatol 2009 Trocando o TNF ü Troca por falha de resposta, não é necessário período de washout ü No momento da próxima dose, iniciar o novo no esquema de indução, seguido da manutenção da nova droga ü Troca por razões de segurança, ideal esperar completa resolução da questão e eliminação da droga prévia Mrowietz U et al. A consensus report on appropriate treatment optimization and transitioning in the management of moderate-to-severe plaque psoriasis. JEADV 2013 Causas da Interrupção do tratamento Seguimento de 4 anos 13 a 30% dos pacientes interromperam tratamento biológico por falta de eficácia 3 a 8% por eventos adversos. Gniadecki R et al. Br J Dermatol 2011 Clemmense A et al. JEADV 2011 Evento adverso sério ü Insuficiência cardíaca classe III ü IM ou AVC ü Doença desmielinizante ü Linfoma ü Neoplasia ü Infecção grave com risco de recorrência com imunossupressão Troca possível e necessária ü Reação infusional ü Reação local injeção ü Psoríase paradoxal aos Anti-TNFs: tratamento tópico tratamento convencional
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