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Capital de risco português cresce 134% em
2008
ECONOMIA
06/05/09, 12:35
OJE/Lusa
A actividade de capital de risco em Portugal cresceu 134% no último ano,
registando um volume total investido de 396 milhões de euros, contrariando
a tendência europeia de abrandamento do sector que caiu 20%
Segundo dados divulgados hoje pela APCRI - Associação Portuguesa de Capital
de Risco e de Desenvolvimento - 72% do investimento foi efectuado através
de operações de buyout, o que equivale a um aumento líquido de 189
milhões de euros e a um crescimento de 204% face a 2007.
Por seu turno, as operações start up e expansão apresentaram crescimentos anuais de 104% e 34%,
respectivamente, tendo sido responsáveis por 24% da actividade de capital de risco realizada em Portugal
em 2008.
Durante este período, o sector da Energia e Ambiente foi o mais procurado pelo capital de risco, tendo sido
concretizadas 27 operações, ou 52% do total do valor investido, num total de 204 milhões de euros, contra
16 milhões de euros em 2007.
Em segunda posição, surgem os sectores dos Serviços e Produtos Financeiros e Industriais, com 20% do valor
total investido.
De acordo com Afonso Oliveira Barros, Presidente da APCRI, "em Portugal, no ano transacto, o capital de
risco não sentiu o efeito da crise, tendo sido uma das poucas actividades a conseguir injectar liquidez no
mercado".
"Os bons resultados são também devidos a um investimento atípico realizado no mercado nacional, tendo
superado os valores mais elevados de investimentos efectuados a nível europeu, como por exemplo a
compra da grande maioria dos activos da Enersis", acrescentou o responsável.
Apesar da actual instabilidade, Afonso Oliveira Barros salientou que "Portugal tem 600 milhões de euros
disponíveis para investir durante 2009 e esta pode ser uma excelente oportunidade para a concretização de
bons negócios. Não prevemos um reforço dos fundos para este ano, no entanto estamos expectantes quanto
à concretização de negócios de média e grande dimensão em Portugal, devido essencialmente a dois
factores: provável descida do valor das operações e aumento do capital disponível para investir".
Relativamente ao desinvestimento, em 2008 verificou-se um aumento de 57%. Enquanto em 2007 as
sociedades de capital de risco desinvestiram um total de 86 milhões de euros, em 2008 esse valor foi de 135
milhões de euros.
O tipo de saída mais utilizada foi o trade sales, responsável por 71% do capital liberto, ou seja, 96 milhões
de euros, seguindo-se as compras por parte da gestão, com um total de capital liberto de 13,9 milhões de
euros, ou 10%.

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