revista do amigo - Aldeias Infantis SOS Brasil
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revista do amigo - Aldeias Infantis SOS Brasil
REVISTA DO AMIGO AGOSTO DE 2014 w w w. a l d e i a s i n f a n t i s . o r g . b r QUEM SOMOS “O segredo é abrir o coração” RECONHECIMENTO Gestor da Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre é homenageado ACONTECEU Copa do Mundo 2014: Unindo Nacionalidades Sumário REVISTA DO AMIGO AGOSTO DE 2014 w w w. a l d e i a s i n f a n t i s . o r g . b r 4 QUEM SOMOS 12 8 PARA ONDE VAMOS 14ACONTECEU 9 RECONHECIMENTO 18ALDEIAS QUEM SOMOS “O segredo é abrir o coração” RECONHECIMENTO Gestor da Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre é homenageado ACONTECEU Copa do Mundo 2014: Unindo Nacionalidades 10 Aldeias Infantis SOS no território brasileiro! Novas instalações em Jacarepaguá reafirmam qualidade no atendimento Aldeias Infantis SOS da Paraíba comemora 27 anos de fundação OLHAR ATENTO! Infâncias Desaparecidas AÇÕES E PARCERIAS Electrolux faz doação à Aldeias Infantis SOS de Rio Bonito Aldeias Infantis SOS Brasil no Fórum Mundial de Direitos Humanos Jovens atletas da Aldeias Infantis SOS de Poá representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Futebol na Polônia 19DEDICAÇÃO Inclusão de sonhos e oportunidades Expediente: Periodicidade: Trimestral, Distribuição: Gratuita, Tiragem: 3,5 mil - Fotos: Arquivo Aldeias Infantis SOS Brasil Diretor-Presidente: Paulo G. de Castro Júnior Gestora Nacional: Sandra Greco da Fonseca Coordenação Geral: Filipe Páscoa (Diretor de Captação de Recursos e Comunicação) Gerente de Comunicação: Karen Patines (MTb 50336/SP) Projeto Gráfico e Revisão: Kanova Comunicação Ltda. - Fone: 11 5581-5300 - www.agenciakanova.com.br Impressão: Centro Gráfica - www.centrografica.com.br Conselho Diretor - Gestão 2013/2016 Diretor-Presidente: Paulo G. de Castro Júnior Diretor Vice-Presidente: Pedro Paulo Elejalde de Campos Diretor Tesoureiro: Henry Alain François Ubersfeld Membro do Conselho Diretor: Maurice Marie Joseph Van Den Berch Membros do Conselho Diretor Salete Sirlei Valesan Camba Andrea Huggard Caine Reti Conselho Fiscal (Gestão 2014 - 2016) Camille El-Khouri Antonio Luis Parkinson de Castro Firmino Mauro Custódio Jose Ricardo de Moraes Pinto EDITORIAL Prezado Amigo SOS, O ano de 2014 transcorre dentro do planejado para a maioria na nossa Organização, o que significa ainda muitos desafios e trabalho pela frente! Neste sentido, podemos afirmar que os valores, objetivos e critérios que orientam o nosso trabalho e ações continuam intactos e firmes. Com isso, podemos também manter a concentração e dedicação que são necessárias para enfrentar os desafios e dificuldades do nosso trabalho, conquistar os objetivos e novos patamares. O futuro será construído por aqueles que possuem missões desafiadoras com visões claras, e que pertencem e são apoiados por grupos de trabalho e comunidades fortes. Assim, pretendemos proporcionar a todos os colaboradores e Amigos SOS o sentimento de pertencer a comunidade SOS, em um ambiente propício para o crescimento. Apenas a partir desta base sólida, podemos assumir responsabilidades e desafios de cuidar e potencializar as crianças, famílias e comunidades com quem trabalhamos. Neste sentido, o trabalho da gestão desta Organização é de dar clareza, segurança e condições para que cada colaborador possa desempenhar seu trabalho, manter e atrair cada vez mais Amigos SOS e parceiros para nossa causa. Em breve, iniciaremos o processo de planejamento para 2015. Apesar dos fortes sentimentos e tantas conquistas, os desafios e necessidades neste país que ainda possui muita desigualdade, continuam enormes. Assim, este novo ciclo deve primeiramente proporcionar um momento para celebrar as nossas conquistas, para valorizar e reconhecer cada parceiro e Amigo SOS que temos, e ainda buscar novos Amigos SOS e parceiros para garantir o futuro. É também o momento de renovar o nosso compromisso e redobrar os esforços perante as crianças, adolescentes e jovens que cuidamos, e as famílias e comunidades com quem trabalhamos. Portanto, aproveito este momento para agradecer a todos os colaboradores, Amigos SOS e parceiros pela colaboração e contribuição, para que juntos possamos garantir os direitos e desenvolver as vidas de muitas crianças, adolescentes e jovens que merecem o nosso respeito, e que urgentemente precisam do nosso cuidado. Aproveitem a leitura. Paulo G. de Castro Junior Presidente do Conselho Diretor Aldeias Infantis SOS Brasil Entregue este cupom a alguém especial e convide-o a se tornar um Amigo SOS SIM, quero me tornar um AMIGO SOS com uma contribuição de: R$ 30,00 25,00 R$ 40,00 Autorizo debitar em minha conta corrente: Ou em meu cartão de crédito: R$ 100,00 R$ 50,00 VISA ITAÚ BRADESCO MASTERCARD Nº do cartão: Periodicidade: mensal Cod: AGO_14 Agência: BANCO DO BRASIL SANTANDER ELO Conta Corrente: Cod. de Segurança: Validade: Sexo: Nome Completo: Endereço: email: Fem. Nº Complemento: Tel. 1: Masc. UF: Cidade: Tel. 2: CEP: CPF: Ass: edição nº 11 / 2014 3 ENVIE ESTE CUPOM PARA O FAX: (11) 5579-9551 ou preencha no site www.aldeiasinfantis.org.br ou ainda envie por correio: R. José Antonio Coelho, 400 - CEP 04011-061 - São Paulo - SP - Fone (11) 5573-1533 - email: [email protected] QUEM SOMOS Aldeias Infantis SOS no território brasileiro! Trabalha pela promoção integral dos direitos da criança e do adolescente, na perspectiva de reestruturação e reintegração social por meio de um programa que atua em três vertentes: Acolhimento, Fortalecimento Familiar e Comunitário e Advocacy. Uma Organização sem fins lucrativos, de promoção ao desenvolvimento social que trabalha desde 1949, na defesa, garantia e promoção dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. O foco, em 133 países e territórios, são crianças em situação de vulnerabilidade social, que perderam ou estão prestes a perder os cuidados de suas famílias. No Brasil, o trabalho começou em 1968 em Porto Alegre. Esse trabalho é subsidiado por pessoas físicas que contribuem com um valor mensal, e por parcerias com empresas, que financiam projetos e convênios com o Poder Público. Além do apoio financeiro, a Organização conta com a divulgação de embaixadores internacionais e nacionais. Programas novos: AL: Maceio SP: Rio Claro, Lorena e Pirassununga AM: Manaus BA: Lauro de Freitas DF: Brasília MG: Juiz de Fora PB: João Pessoa PE: Igarassu PR: Goioerê e Foz do Iguaçu RJ: Jacarepaguá RN: Caicó e Natal RS: Porto Alegre e Santa Maria SE: Aracaju SP: Poá, Campinas, São Bernardo do Campo e Rio Bonito 4 edição nº 11 / 2014 Programas em prospecção: CE: Fortaleza MA: São Luis PA: Belém PE: Recife Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Programas já existentes: Tanto o Acolhimento quanto o Fortalecimento Familiar e Comunitário são desenvolvidos em 23 programas presentes em 12 estados brasileiros e no Distrito Federal. Foram cerca de 120 mil crianças, adolescentes e jovens participantes nestes 47 anos de atuação. Além do atendimento direto, a Aldeias Infantis SOS Brasil atua na promoção, defesa e garantia integral dos direitos das crianças adolescentes e jovens com foco na convivência familiar e comunitária. Isto é feito através da forte participação em diversas redes de proteção, campanhas e com um intenso trabalho de apoio em políticas públicas junto a conselhos municipais, estaduais e federal (CONANDA), com o objetivo de trazer ou evitar mudanças que firam os direitos da criança e do adolescente. QUEM SOMOS “O segredo é abrir o coração” Mãe Social (Cuidadora Residente) da Aldeias Infantis SOS de Juiz de Fora fala sobre sua experiência de amor e dedicação com as crianças e adolescentes Em 2014, completou 17 anos como Mãe Social (Cuidadora Residente) na Aldeias Infantis SOS de Juiz de Fora e conta que criou fortes laços de amor: “Os meninos que já saíram me visitam sempre que podem. No dia das mães, três deles vieram à minha casa, passaram o dia comigo e ainda ganhei uma bolsa linda. Quando preciso de alguma coisa, sei que posso contar, pedir ajuda. Se estou doente, algum deles sempre está junto comigo. Hoje, são eles que me dão colinho.” Apesar de ser uma profissão como outras em questões legais, a Mãe Social tem um perfil especial, com alguns segredinhos: “Para ser uma Com 50 anos de idade, ao todo somam mais de 30 histórias de vida que já passaram pelos cuidados da Tia Regina. Atualmente tem realizado um amplo trabalho de apoio às famílias da comunidade do entorno, apoiando os jovens em seu processo de emancipação, principalmente no processo de inserção ao mercado de trabalho. Nas horas de folga gosta de estar ao lado de sua família e amigos e, ainda se dedica à Pastoral da Criança da região. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Mas foi em 1996, quando conheceu o trabalho da Aldeias Infantis SOS Brasil e que se encantou com a possibilidade de fazer parte do projeto. “Fui para São Paulo, visitei as Casas Lares de Poá, Rio Bonito e São Bernardo do Campo para ver de perto e comprovar o que era ser Mãe Social (Cuidadora Residente). Voltei para Minas Gerais decidida. Quero esse desafio para mim”. Em seguida, passou pelo processo de seleção e treinamento e, em 17 de fevereiro de 1997 assumiu os cuidados do primeiro grupo de filhos sociais. boa Mãe Social (Cuidadora Residente) é preciso abrir o coração, se doar, sentir que é sua missão de vida. Assim você consegue provar que tudo é possível, mesmo aquelas situações mais difíceis podem se transformar. O importante é caminhar em uma direção positiva. Respeitar a individualidade de cada um e ter diálogo. Dessa forma, vejo que meu trabalho resultou em bons frutos e sempre valeu a pena.” Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil “Cresci amando as crianças a minha volta. Minha vocação é, sem dúvida, oferecer cuidado, educação e carinho.” Regina Maria de Fátima Oliveira, mais conhecida como “Tia Regina” começou a trabalhar aos 14 anos de idade em uma casa de família. Durante o dia era babá de duas crianças: Leonardo e Catarina, e a noite fazia o antigo Curso Normal (Magistério). Quando se formou, trabalhou durante anos como professora de educação infantil, na zona rural. “Era um prazer enorme oferecer conhecimento a elas”, relembra. edição nº 11 / 2014 5 QUEM SOMOS História de Sucesso Seu maior sonho: Salvar vidas! Mauricio de Jesus Santiago, 25 anos, nasceu e cresceu em Lauro de Freitas, Bahia. Atualmente, mora, estuda e trabalha na Costa Rica, América Central. Chegou a Aldeias SOS, com 2 anos de idade junto da sua irmã biológica Mariana de 3 anos. Determinado e perseverante buscou voos altos e hoje conta com orgulho sua história e conquistas: 6 edição nº 11 / 2014 Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Qual a sua recordação mais marcante do tempo que viveu na Aldeias SOS? Na Infância, os momentos de descontração com meus irmãos sociais, tínhamos várias oficinas: artesanato, música, corte e costura e muitas recreações. Esses momentos foram fundamentais na minha vida, pois pude descobrir minhas habilidades e talentos. E na adolescência, minha dedicação e determinação acadêmica: eu tinha uma bolsa de estudo num colégio particular que ficava relativamente longe da minha Aldeias SOS, então eu tinha que acordar às 5 horas da manhã todos os dias, para chegar às 8 horas. Fazia isso com muito esmero e alegria. O que você aprendeu morando na Aldeias SOS e qual o princípio fundamental que carrega para sua vida até hoje? A importância de uma família: a Aldeias SOS é minha família, me educou e me deu valores fundamentais para entender o mundo e suas peculiaridades. E também o valor do ‘Amor’, por ser amado e querido por todos que me instruíram, hoje sou capaz de amar e ser humano. E, como princípio: “Tudo é possível”, eu acredito que eu posso ser o que eu quiser ser, desde que eu trabalhe incansavelmente para fazer isso possível. Quais eram seus sonhos quando morava na Aldeias SOS? Eles se realizaram? Desde criança eu sonhava em ser um bombeiro, pois me encantava o fato de poder salvar vidas. Infelizmente não pude cumprir esse encanto originalmente, pois à medida que fui crescendo, eu notei que podemos salvar vidas de várias maneiras: educando, criando e inspirando as vidas, para não ser necessário salvá-las. Hoje eu posso fazer tudo isso através do meu trabalho como professor. QUEM SOMOS Quanto tempo morou na Aldeias SOS e como foi sua saída? Durante 15 anos. Minha saída foi transitória, porque quando eu tinha 17 anos de idade ganhei outra bolsa de estudos (após passar por um processo seletivo com vários aldeanos nacionais) para ir a um colégio internacional na Costa Rica: Colégio do Mundo Unido. Ao chegar lá encontrei outra família, com características multiculturais (estudantes de 84 países) e um espírito de comunidade fundamentados no multiculturalismo, paz e meio ambiente. Portanto, minha saída foi uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Você já visitou a Aldeias SOS onde morou? O que sentiu? Sim. Já estou morando fora do Brasil (meu ‘porto seguro’) há 8 anos, mas sempre voltei às minhas raízes, pelo menos uma vez cada um desses 8 anos. Para mim é crucial voltar ao meu ‘porto seguro’, para recarregar minha bateria cultural e visitar minha família. Sempre que volto tento levar um pouco dos resultados das minhas conquistas pelo mundo. Exemplo: uma das ações mais significativas que fiz em benefício da minha origem foi um projeto de paz chamado “Peace Me the Ball”. Esse projeto foi desenvolvido na minha Aldeia SOS com o objetivo central de promover a paz através do futebol no período de 01 de Junho a 30 de Agosto de 2012. Conte um pouquinho sobre como é ser professor e porque escolheu morar fora do Brasil. Trabalho como Professor de Português numa fundação de estudos brasileiros, também sou o diretor de ações sociais desta fundação. Desenvolvemos ações de fortalecimento comunitário em bairros desfavorecidos. Estou fazendo meu MBA online numa universidade norte-americana. Entretanto, antes de me estabelecer por aqui eu tive experiência uma profissional na Suíça (trabalhando com a Swiss Airlines), experiência de mochileiro pela América do Sul durante 6 meses e uma experiência universitária nos EUA (Licenciatura em Negócios Internacionais com ênfase em Idiomas e Culturas). Escolhi morar fora pelas oportunidades de crescimento pessoal e profissional, sou um cidadão do mundo e estou me capacitando e aproveitando todas as chances relacionadas ao meu sonho primordial: Ser um “bombeiro”. No período da Copa você esteve no Brasil novamente trazendo americanos para conhecer as belezas do nosso país. Conte-nos um pouco dessa experiência. Fui convidado por uma agencia de viagem e TV (destinostv.com), para levar um grupo de turistas (68 costarriquenhos) para conhecer o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Minha responsabilidade foi me certificar que todos os detalhes logísticos funcionassem como tínhamos planejado anteriormente. E tudo funcionou perfeitamente, tivemos uma experiência inesquecível nas cidades e vivemos a emoção da Copa ao máximo. Fomos aos estádios Maracanã e Mineirão e assistimos jogos muito emocionantes, também visitamos os pontos turísticos mais importantes destas cidades. Tudo foi maravilhoso e muito bem feito. O que você deseja para as crianças e adolescentes que fazem parte da Aldeias SOS? O melhor é que acreditem que tudo é possível e não tenham limites para sonhar, pois nossos sonhos alimentam nossa vontade de crescer e se eles podem ver os sonhos como forma de crescer, serão cidadãos úteis e inconformados com suas realidades: serão agentes de mudanças nas vidas deles e depois em suas comunidades. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Portanto, eu posso dizer que meu sonho primordial está sendo fortalecido com base nas minhas oportunidades e experiências de vida, pois eu acredito que os sonhos não se acabam e nem se realizam. Eles se fortalecem. edição nº 11 / 2014 7 PARA ONDE VAMOS Novas instalações em Jacarepaguá reafirmam qualidade no atendimento A cidade do Rio de Janeiro vem se preparando para receber uma série de eventos internacionais, dentre os mais importantes do mundo, os Jogos Olímpicos 2016. A preparação para estes eventos está provocando mudanças profundas na forma de pensar e planejar a cidade e com isso, toda população vem sentindo os impactos. Cerca de 30 mil famílias foram desapropriadas na capital para dar lugar a novas instalações esportivas, vias para tráfego de ônibus ou para melhoria na infraestrutura turística carioca. Em maio de 2011, a Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá tomou ciência que o condomínio estava incluído na área a ser desapropriada. Apesar da grande mobilização, as várias reuniões e estudos, a preservação não foi possível e as obras de construção tiveram início. Na época o condomínio atendia 100 crianças e adolescentes acolhidos. Com a determinação de todos, esta nova situação passou de preocupação para oportunidade, principalmente, no sentido de adequar as Casas Lares como estabelece a nova legislação. As Mães Sociais (cuidadoras residentes), as crianças, os adolescentes e colaboradores foram sendo sensibilizados pelos dispositivos da Metodologia do Enfoque Integral, o que ofereceu protagonismo e corresponsabilidade a todos. Como encerramento foi realizado um evento de despedida, chamado “Aquele Abraço”. A proposta reuniu todas as pessoas que direta ou indiretamente tiveram envolvimento com a Aldeias SOS de Jacarepaguá nestes 30 anos na região. E assim foi realizado um grande abraço coletivo pelos presentes, como sinal de agradecimento a tudo que ali foi vivenciado. 8 edição nº 11 / 2014 Paralelamente, as novas casas foram escolhidas a partir dos requisitos como localização de fácil acesso à escolas, postos de saúde e toda infraestrutura que facilitasse o trabalho das Mães Sociais (cuidadoras residentes) no acesso aos serviços, sem esquecer-se do aspecto segurança. A busca foi um verdadeiro desafio, pois para atender com conforto e qualidade, as novas casas deveriam seguir o padrão das existentes nos condomínios, ou seja, espaçosas, arejadas e com cômodos amplos para oferecer conforto e aconchego às crianças e cuidadoras. Com os novos espaços alugados, foi visível a transformação de todos; totalmente motivados e engajados para esse novo momento. As crianças participaram da preparação das casas, todos contribuíram na limpeza e ambiência. O objetivo desse mutirão foi criar o sentimento de pertencimento em todos os envolvidos. “É visível a positiva transformação das crianças e adolescentes, nesta nova configuração. Começando pelo resgate da autoestima, principalmente pelos adolescentes, pois elimina de vez o rótulo institucional. As Cuidadoras perceberam que há mais união e cooperação entre eles. Estão mais tranquilos, ficam mais em casa e a interação com a comunidade está acontecendo de forma espontânea. Os novos vizinhos acolheram bem e se prontificaram para o que precisarem.”, conta Wanderley Marcondes, gestor do Programa em Jacarepaguá. Para o escritório local foi alugado um espaço próximo às casas, o que facilita o trabalho dos técnicos que acompanham periodicamente as crianças e adolescentes. Concluindo essa etapa no dia 17/06, a Gestora Nacional Sandra Greco da Fonseca assinou toda documentação de entrega do espaço. A partir daí, iniciou-se a demolição das edificações. “Acreditamos que a Aldeias Infantis SOS vem se solidificando na contemporaneidade e no diferencial de qualidade na garantia e defesa dos direitos de Crianças e Adolescentes. Estamos à frente no que tange ao acolhimento institucional e no que preconiza o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária. Atores do sistema de Garantia de Direitos - Ministério Público, Conselho Municipal de Direitos, Juizado da Infância – e da sociedade civil, reconhecem a qualidade que oferecemos aos nossos acolhidos e nos credenciam como uma das melhores Organizações Sociais do município”, ressalta Wanderley. RECONHECIMENTO Votação online premia Aldeias Infantis SOS Brasil Staples Brasil. Esse recurso será utilizado na manutenção e ampliação das atividades da Organização. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No mês de Fevereiro, a Aldeias Infantis SOS Brasil foi selecionada para receber uma doação de US$ 10.000 da Staples Foundation pelo programa “2 Million & Change”. A seleção foi feita por uma votação online dos associados da Staples Brasil no ano passado. No dia 20 de Março, nosso Gerente de Relacionamento Corporativo, Marcelo Paiva, recebeu um cheque simbólico do prêmio em nome da Organização e ainda teve a oportunidade de apresentar o nosso trabalho para todos os funcionários da Gestor da Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre é homenageado e problemas enfrentados em suas regiões e também foi destacada a importância da participação e compartilhamento das responsabilidades pelos cuidados, preservação e manutenção dos espaços públicos. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No mês passado, o gestor da Aldeias SOS de Porto Alegre, Eneas Palmeira, recebeu um reconhecimento da Prefeitura de Porto Alegre como “Prefeito de Bairro” das mãos do prefeito José Fortunati e do vice-prefeito de Porto Alegre, referente à articulação junto a empresários e moradores da vila onde moram para melhorias em calçadas, iluminação, limpeza de arroio e outras benfeitorias. “Na semana em que comemoramos 242 anos temos que homenagear e reconhecer as pessoas que fazem a diferença na cidade” afirmou o prefeito na reunião realizada no Salão Nobre do Paço Municipal junto a 50 lideranças comunitárias no dia 28 de Março. Conversaram sobre avanços Aldeias Infantis SOS da Paraíba comemora 27 anos de fundação Durante a comemoração, a gestora Ana Lúcia Félix contou um pouco a história da Organização na Paraíba. Na sequência da programação, os educandos realizaram contações de histórias, apresentação musical com instrumentos de percussão e um coral. Antes do tradicional parabéns, todos os presentes se confraternizaram em uma enorme ciranda. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No dia 31/05, a Aldeias Infantis SOS da Paraíba completou seu 27° aniversário de fundação. Este ano a data foi comemorada com a equipe de colaboradores no Centro Social. Também estiveram presentes os pais e educandos do Projeto Com Vivência, representantes das comunidades parceiras e as crianças e os adolescentes do Acolhimento Institucional. edição nº 11 / 2014 9 OLHAR ATENTO! Infâncias Desaparecidas Lugar de criança não é em uma atividade repetitiva ou que a exponha arduamente a busca pela sua sobrevivência. Este é o lugar dos adultos por Fábio José Garcia Paes Falar hoje de direitos humanos de crianças e adolescentes se transformou em assunto de gente que quer falar de direitos e não de deveres. Que sempre evita o esquecimento dos direitos e deveres definidos nas cartas internacionais e nacionais da infância. Frases como: “Quem defende erradicação do trabalho infantil, cultura contra palmadas, enfrentamento da proposta de redução da idade penal, é porque que não sabe que na vida a gente aprende é com o tranco e com castigo e trabalho”. Estas afirmações acima retratam o senso comum de uma boa parte da sociedade brasileira, que perpetua uma cultura de uma possível “educação” forjada na desvalorização dos direitos conquistados ao longo dos últimos anos de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, e em condição peculiar de desenvolvimento. Estas pessoas se acostumaram a ver meninas e meninos trabalhando na lavoura, serviços domésticos, no comércio, na fabricação de produtos artesanais ou industrializados e nas esquinas de tantos semáforos de nossos centros e periferias urbanas. A base da legitimação para estas cenas é considerar isso como uma forma da sua condição humana de ganhar a vida, ou de se educar para o necessário mundo do trabalho. “Ué, mas é assim que a vida ensina. Trabalhar não é um mal, faz parte da vida humana. Eu trabalhei desde pequeno e isto formou meu caráter e me preparou para a vida. Criança tem que trabalhar pra dar valor às coisas da vida!”. 10 edição nº 11 / 2014 Esta visão traz no bojo uma afirmação de que as crianças e adolescentes não têm direito de viver sua condição especial de aprendizagem e desenvolvimento, eles devem se submeter à responsabilidade da roda da sobrevivência e ao peso enfadonho da vida regido por um dever de desafios e repetição. É uma concepção equivocada, distorcida e danosa historicamente que reafirma o “poder da educação” para crianças e adolescentes por meio do trabalho. A questão é: o que entendemos de Infância e Adolescência? Quais são os elementos necessários para esta etapa da vida de todo e qualquer ser-humano? O que deve ser potencializado e oferecido como oportunidade? Durante muitos anos esta cultura de submeter e aceitar na infância mecanismos de trabalho aponta para um adultocentrismo da infância e uma anulação do principio que rege as condições deste período de existência. A vida não é feita só de uma perspectiva laboral. Somos um ser integral com diversos potenciais e necessidades que devem ser desenvolvidos e propiciados em territórios diversificados, múltiplos e cotidianos de aprendizagem. Queremos aprender sobre o mundo, suas informações, seus mistérios e revelações, sobre o prazer de brincar e jogar, sem o peso do “dever” imposto pela agenda especifica da responsabilidade da vida adulta. Queremos descobrir leituras e nos lançar em âmbitos e situações que forcem nossa mente e corpo a se desenvolverem de forma sadia e qualitativa. Sabemos que a infância é uma das etapas mais importante para o crescimento do potencial humano. Aprende-se a amar e ser amado, relacionar-se, imaginar, criar, jogar, divertir-se, enfim, aprendemos a aprender. O tempo e os espaços devem oportunizar este “lugar e momento” do desenvolvimento emocional, cognitivo, cultural e social por excelência. Usar o tempo em jogos, brincadeiras e em momentos de criação e imaginação em nossa infância é promover seres-humanos com suas potencialidades desenvolvidas de maneira singular e oportuna. Lugar de criança não é em uma atividade repetitiva ou que a exponha arduamente à busca pela sua sobrevivência. Este é o lugar dos adultos, esta é a responsabilidade dos mesmos. Lugar de criança é na escola, em espaços culturais, na rua, como espaço pedagógico de relações e liberdade. Aprendendo a partir dos jogos e brincadeiras, se deliciando com as artimanhas de soltar pipa, ou de descobrir seus medos em mergulhos nos rios, piscinas ou subir em muros e árvores. Lugar de crianças é no ócio OLHAR ATENTO! Enfim, estes são os dados gerais da situação das crianças e adolescentes no país. Um longo caminho teremos que percorrer para chegar a erradicação dos trabalhos severos, considerados escravos, e dos mais comuns e cotidianos que acontecem dentro de casa ou nas ruas de nossas comunidades. Um país em que crianças têm tempo e espaço para se desenvolver é um país que investe não em seu futuro e sim na condição vital de seu presente. É hora de nossas crianças e adolescentes viverem aquilo que o próprio ECA define como condição peculiar no artigo 6º: “Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento”. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No Brasil sabemos que lugar de criança ainda é em lugares especificamente de adultos, em especial para a população empobrecida e marginalizada pelo sistema econômico. O número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que trabalham no Brasil diminuiu, mas o País ainda tinha 3,7 milhões de meninos e meninas em atividades econômicas ilegais em 2011. Os dados fazem parte do estudo “O Trabalho Infantil Doméstico no Brasil”, divulgado pelo FNPETI (Fórum Nacional para a Erradicação do Trabalho Infantil). O contingente de crianças que trabalham representa 8,6% do total da população desta faixa etária — havia 42,7 milhões de jovens entre 5 e 17 anos no Brasil em 2011. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil criador que possibilita a imaginação e incentiva a curiosidade que lança para descobertas do corpo, afetividade e do intelecto frente a inúmeras realidades do que chamamos vida. Infelizmente em grande parcela de nossas comunidades e nos rincões do país, isto não é uma realidade construída. Continuemos com nossa luta pela efetivação dos direitos humanos de crianças e adolescentes, livres dos entraves e pesos históricos de adultos donos de tantas verdades e equívocos. Deixemos as crianças serem crianças, não esqueçamos disso em nossas rotinas e desafios enquanto cidadãos de uma sociedade justa para todos e todas, inclusive para nossas crianças e adolescentes, historicamente calados e manipulados por tantos interesses e descasos. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil O Brasil tem como meta, até 2015, erradicar as piores formas de trabalho infantil e, até 2020, todas as formas. Será possível? Se investirmos de maneira prioritária numa nova cultura frente à infância deste país, sim. edição nº 11 / 2014 11 AÇÕES E PARCERIAS Parceria com Fundação Telefônica VIVO diminui 41% do trabalho infantojuvenil na região Aldeias Infantis SOS Brasil e Fundação Telefônica VIVO estão juntas desde 2012 com o projeto “Lugar de Criança é na Infância”, para a prevenção e combate ao trabalho infantil no município de Caicó, Rio Grande do Norte. Dentre as crianças e adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade, 55% faziam trabalho infantil ou trabalho adolescente desprotegido. A Organização, com o apoio da Fundação telefônica VIVO, realizou a implantação de sete núcleos Comunitários e Sociais para realizar diversas atividades como: oficinas lúdicas, culturais e de leitura, inclusão digital, pedagógica e de resgate à cidadania no contra turno escolar em parceria com escolas. Além de seminários, palestras e formação sobre direitos, deveres e trabalho infantil e adolescente aos profissionais de educação, rede sócio assistencial, famílias e comunidades. O objetivo desse projeto era de diminuir ou erradicar o trabalho infantil de 500 crianças e adolescentes e seus irmãos, 150 famílias e 15 comunidades/escolas vulneráveis do município de Caicó. Essa parceria, até hoje, tirou 41% das crianças e adolescentes atendidas da situação de trabalho infantil e adolescente desprotegido. Electrolux faz doação à Aldeias Infantis SOS de Rio Bonito 12 edição nº 11 / 2014 Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil A empresa Electrolux do Brasil S/A fez uma doação de 75 eletrodomésticos para as Casas Lares do Programa de Rio Bonito – SP. Dentre os produtos encontravam-se geladeiras/refrigeradores, micro-ondas, freezers, fornos elétricos, depuradores, processadores, purificadores de água, aspiradores de pó, batedeiras, lavadoras de roupas, fogões de cinco bocas, liquidificadores, ferros de passar roupas e espremedores. No dia 7 de fevereiro, crianças, jovens e adolescentes, representantes da equipe do programa, da Aldeias Infantis SOS Brasil e da Electrolux receberam as doações na sede do programa situado na Avenida Fernando Amaro Miranda, 61. Segundo uma das Mães Sociais, Marli da Silva, “Esses produtos vão ajudar muito o dia a dia das Mães Sociais aqui nas Casas Lares do Programa de Rio Bonito”. E a Mãe Social Substituta concorda, “Essa doação foi uma benção. Nossas máquinas de lavar eram antigas e quebravam muito. Com essas novas máquinas e com todos os outros produtos que ganhamos, teremos muito mais tempo para outras atividades da Casa Lar e para as crianças”. AÇÕES E PARCERIAS Aldeias Infantis SOS da Paraíba renova projeto com a Petrobras A Aldeias Infantis SOS da Paraíba firmou mais uma vez parceria com a Petrobras, através do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, para execução do “Projeto Com Vivência”, biênio 2014/2015. O Projeto tem como finalidade desenvolver ações que fortaleçam o âmbito familiar e comunitário de crianças e adolescentes que se encontram em estado de vulnerabilidade social. Atuando na região metropolitana, o projeto abrange as cidades de João Pessoa, Bayeux e Santa Rita, tendo como objetivo reestruturar e possibilitar a autonomia de 100 famílias e 450 crianças e adolescentes. Dessa forma, o “Com Vivência” também pretende assegurar que os participantes tenham seus direitos e deveres garantidos perante a sociedade em que estão inseridos. (AVAB-PB), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Associação de Moradores do Bairro de Cidade Verde, ONG Cristina Wolpert, Associação Dom Elder Câmara, ONG Casa dos Sonhos e Centro de Referência da Juventude (CRJ). É devido às parcerias firmadas e a projetos sociais como o “Com Vivência”, que a Aldeias Infantis SOS é amplamente reconhecida pelo seu serviço prestado à sociedade paraibana, sobretudo àqueles indivíduos que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade social. Além da Petrobras, também foram feitas parcerias locais com a Prefeitura Municipal de João Pessoa, Rede Margarida Pró-Crianças e Adolescentes da Paraíba (REMAR), Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de João Pessoa (CMDCA), Associação dos Veteranos e Amigos do Basquetebol da Paraíba Empresas podem investir parte dos seus impostos no futuro de milhares de crianças, adolescentes e jovens A Aldeias Infantis SOS Brasil está buscando parcerias com empresas que queiram investir parte dos seus impostos em projetos culturais e educativos aprovados pela Lei Rouanet, pelo PROAC e pelo FUMDAC, destinados às crianças, adolescentes e jovens que participam dos programas de acolhimento e fortalecimento familiar e comunitário da Organização. e patrocinar a renovação, o intercâmbio, a divulgação e a produção artística e cultural no Estado, preservar e difundir o patrimônio cultural material e imaterial do Estado, apoiar pesquisas e projetos de formação cultural, bem como a diversidade cultural, além de apoiar e patrocinar a preservação e a expansão dos espaços de circulação da produção cultural. Quais os benefícios: FUMCAD ou Fundo Municipal da Criança e do Adolescente: Foi criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). É vinculado ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Esta Lei permite às empresas patrocinadoras a utilização de até 1% do Imposto de Renda para investimento em projetos aprovados pelo CMDCA de cada município. Lei Rouanet: Permite que as empresas patrocinadoras utilizem até 4% do Imposto de Renda para investimento em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura. PROAC ou Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo: Tem como objetivo apoiar edição nº 11 / 2014 13 ACONTECEU Aldeias Infantis SOS Brasil participa do Fórum Mundial de Direitos Humanos Entre os dias 10 e 13 de dezembro em Brasília (DF) a Aldeias Infantis SOS Brasil participou do Fórum Mundial de Direitos Humanos. O Fórum foi um espaço de debate público sobre Direitos Humanos, onde foram tratados seus principais avanços e desafios com foco no respeito às diferenças, na participação social, na redução das desigualdades e no enfrentamento a todas as violações de direitos humanos. culturais e lúdicas e também da mesa de debates que aconteceu no dia 12 de dezembro, com o tema: “CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA E CUIDADOS ALTERNATIVOS”. Os convidados para compor a mesa temática da Organização: Fábio Paes – representante do CONANDA e Moderador, Inês Invernizzi – representante da Aldeias Infantis SOS Internacional, Sérgio Marques – representante da Secretaria de Direitos Humanos, Cláudia Vidigal – representante do Fórum Nacional de Convivência Familiar e Comunitária e Dr. Siro Darlan – desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo foram cerca de 5.000 participantes, incluindo representantes e autoridades nacionais e internacionais, organizações da sociedade civil, organizações internacionais, governos federal, estaduais e municipais, poder judiciário, poder legislativo, instituições de ensino e pesquisa. A Aldeias Infantis SOS Brasil está articulando uma Mesa de discussão para o próximo Fórum que acontecerá no final do ano em Marrocos. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil edição nº 11 / 2014 Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil 14 Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil A Aldeias Infantis SOS Brasil participou do evento com um estande, atividades educativas, ACONTECEU Assembleia Geral 2014 destaca novos desafios O Presidente do Conselho Diretor, Paulo G. de Castro Junior, e a Gestora Nacional, Sandra Greco da Fonseca conduziram a Assembleia. Heloisa Helena Silva de Oliveira, Administradora Executiva da Fundação Abrinq – Save The Children da qual somos parceiros no projeto “Cuida de Mim”, compareceu, foi homenageada e agradeceu pela parceria com a Aldeias Infantis. Também estiveram presentes outros parceiros, dentre eles o HSBC, que recebeu homenagem a contribuição que faz à Organização. A Mãe Social (cuidadora residente) Sônia Soares Greenhalgh e seus seis filhos sociais também vieram representando as famílias do Acolhimento modalidade Casa Lar de todo o país. Foi um dia de confraternização, homenagens, aprovação das demonstrações financeiras apresentadas pelo Valmir Augusto, nosso Assessor Nacional, eleição do novo Conselho Fiscal e também uma apresentação da forte atuação que a Organização tem em 12 Estados e no Distrito Federal. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No dia 31 de março foi realizada nossa Assembleia Geral Ordinária na Sede em São Paulo. Foram apresentados os fatos mais relevantes da nossa atuação em todo o Brasil e aprovadas as demonstrações financeiras e o balanço de gestão do ano anterior. Aldeias SOS participa de lançamento do livro “Família Acolhedora” No dia 10/06, a Sra. Sandra Greco da Fonseca, Gestora Nacional, Sergio Marques, Subgestor, Fábio Paes, Assessor Nacional de Advocacy e Eymard Ribeiro de Desenvolvimento de Programas, todos da Aldeias Infantis SOS Brasil, estiveram no lançamento do livro “Família Acolhedora – As relações de cuidado e de proteção no serviço de acolhimento”, da assistente social, pesquisadora e autora Jane Valente. Nesse livro, Jane Valente aprofunda os diversos ângulos e perspectivas do cuidado e da proteção inerentes ao Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, tendo como referência o trabalho desenvolvido no município de Campinas. O evento aconteceu no Museu de Arte Contemporânea de Campinas – SP e teve a presença do Prefeito de Campinas Jonas Donizette e do Representante da Paulus Pe. José Carlos de Freitas Júnior – Formador da Comunidade Paulina de Campinas. A Paulus é a editora madrinha e financiadora da obra. edição nº 11 / 2014 15 ACONTECEU COPA DO MUNDO 2014: unindo nações Delegação Alemã visita Aldeias Infantis SOS de Igarassu Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Na manhã do dia 25/06 a delegação da Confederação Alemã de Futebol visitou a Aldeias Infantis SOS de Igarassu (PE). Apoiadores desde 2006, a Confederação iniciou um novo projeto com a Aldeias SOS chamado “Sonhos de Crianças 2014”, uma iniciativa que começou com a Copa do Mundo no Brasil e que tem como foco ajudar a construir um futuro melhor para crianças, adolescentes e jovens. edição nº 11 / 2014 Durante o evento, várias apresentações culturais e regionais alegraram a todos. Além disso, foi organizado um jogo amistoso de futebol entre as crianças e os representantes alemães. A emoção também tomou conta quando Tom Roeder, Gerente do fã-clube alemão entregou um cheque no valor de 5.000 euros de doação ao Programa. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil 16 Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Esta participação tem sido fundamental para o desenvolvimento do Programa de Igarassu que atualmente beneficia 58 crianças, adolescentes e jovens em situação de acolhimento e mais de 270 em situação de fortalecimento familiar e comunitário. Entre os integrantes da delegação alemã, destacamos a presença de Wolfgang Niersbach, presidente da Confederação Alemã de Futebol, Helmut Sandrock, secretário geral, Rainer Koch, vice-presidente, Reinhard Rauball, vice-presidente e presidente da primeira liga alemã de futebol, Peter Peters, vice-presidente e vice-presidente da primeira liga alemã de futebol e Ralf Kottker, diretor de mídia, entre outros convidados de expressão de um evento que reuniu mais de 190 participantes. ACONTECEU Rainha da Bélgica conhece Aldeias Infantis SOS de Jacarepaguá Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Entre um jogo e outro, a Rainha Mathilde da Bélgica, reservou algumas horas para conhecer de perto o Programa da Aldeias SOS de Jacarepaguá (RJ), no dia 21/06. Durante a visita, as crianças e adolescentes contaram do seu dia a dia e quais são seus sonhos. Quase por unanimidade “ser um jogador de futebol” está no topo dos desejos dos meninos. A rainha fez questão de conhecer os vários ambientes da Casa Lar e também conversar com a Mãe Social. Há alguns anos, ela esteve com as crianças SOS de Poá (SP) e, agora, pode oferecer um pouco de sua atenção e carinho também para o projeto no Rio de Janeiro. Aldeias Infantis SOS de Poá recebe crianças da Bélgica Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Num momento de troca cultural, a Federação Belga selecionou 23 crianças e adolescentes (jogadores de futebol) para uma visita ao Programa de Poá que aconteceu no dia 27/06. A proposta foi promover um jogo amistoso de futebol entre as crianças belgas e as crianças da Aldeias SOS. O evento contou a participação de 100 pessoas ao todo. Entre os integrantes da delegação belga destacamos a presença de Steven Martens, CEO da Federação de Futebol da Bélgica, Didier Vanderhasselt, Cônsul Geral da Bélgica em São Paulo, os pais e responsáveis das 23 crianças belgas, além de representantes da imprensa do Brasil e da Bélgica, da equipe da Organização e das autoridades locais. Holandeses contribuem para reforma em Porto Alegre Programa e experimentaram o chimarrão, bebida típica da região. Sensibilizados, alguns deles já contribuíram para a reforma de uma das Casas Lares. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No dia 19/06 a Aldeias Infantis SOS de Porto Alegre recebeu um grupo de holandeses que ganhou uma promoção da empresa Rockfon para assistirem aos jogos da seleção na Copa do Mundo na cidade. Aproveitando a oportunidade, eles quiseram ver de perto como é realizado o projeto Aldeias Infantis SOS no país, já que na Holanda o trabalho é bastante conhecido e valorizado. A equipe técnica preparou uma apresentação da situação da infância e o cenário local em termos de atendimento e perspectivas futuras. Em seguida os holandeses puderam conhecer algumas das Casas Lares, as crianças e adolescentes do edição nº 11 / 2014 17 ALDEIAS Jovens atletas da Aldeias Infantis SOS de Poá representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Futebol na Polônia Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Com sorrisos nos rostos, olhos brilhantes, muitas histórias para contar e bagagens repletas de prêmios e boas lembranças, as crianças e adolescentes do Programa de Poá (SP), que representaram o país no campeonato mundial de futebol (World Cup 2014 of Children from Care Homes) em Varsóvia, na Polônia, nos últimos dias 26 e 27 de julho, voltaram para casa vitoriosos porque participaram de uma competição onde todos ganharam com os resultados. Os atletas convidados para participar da World Cup 2014 of Children from Care Homes, são crianças e adolescentes que vivem em abrigos e orfanatos no mundo todo. Organizado pela associação international Hope For Mundial, o evento, que em 2014 teve cerca de 30 países participantes, conta também com o apoio do jogador Lukas Podolski, atual campeão mundial de futebol. O prêmio de melhor desempenho e mais chutes a gol ficou com Jesus Ferreira. O prêmio de habilidade individual, com Hilton Santos e o prêmio de melhor goleiro, com Luiz Fernando, que também foi selecionado para participar do “jogo com as estrelas”, ao lado de astros do futebol profissional. A equipe também foi premiada como a equipe mais feliz da competição. Eles foram acompanhados por Rogério Lima de Aguiar, gestor do Programa de Poá da Aldeias Infantis SOS Brasil e Elton Pereira, professor de educação física. Segundo a gestora nacional da Aldeias Infantis SOS Brasil, Sandra Greco da Fonseca, “o prêmio mais importante que esses nossos jovens atletas conquistaram foi a oportunidade e a experiência de conhecerem um outro país e de terem convivido com crianças e adolescentes de outras culturas e hábitos”. Prefeitura de Recife e Aldeias Infantis SOS abrem três Casas Lares 18 edição nº 11 / 2014 Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil No dia 9 de Abril, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, assinou um Convênio de cooperação técnica e financeira com a Aldeias Infantis SOS Brasil. Com isso, a Prefeitura vai aumentar e qualificar a rede de acolhimento de crianças, jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social da região. A parceira vai oferecer duas Casas Lares e a gestão de uma terceira, que já funciona há um mês, para Recife. O Convênio assinado terá duração de 12 meses. Serão 27 crianças, jovens e adolescentes que serão acolhidas. Eles terão seus direitos básicos garantidos como alimentação, saúde, lazer e educação. Além disso, jovens que estão em processo de emancipação terão o apoio, orientação e acompanhamento necessário para garantirem seus futuros. “Existe uma necessidade muito grande desse serviço localmente. A iniciativa do governo municipal é de extrema importância para os jovens que necessitam deste acolhimento. E ver que a gestão do Recife pensa na melhoria deste atendimento é, para nós, motivo de grande alegria e satisfação.” Afirma nosso Subgestor, Antônio Correia. DEDICAÇÃO Inclusão de sonhos e oportunidades Quem é você? Sou Ariel Goldenberg tenho 33 anos, sou casado com Rita há 10 anos e atualmente trabalho na Aldeias SOS como colaborador e também faço diversos trabalhos artísticos, como por exemplo: teatro, cinema e novelas. Sou conhecido no Brasil e no mundo pelo meu trabalho de cinema e pelas minhas palestras sobre os filmes que faço e sobre a minha história de inclusão como pessoa com síndrome de Down. Estou aqui para apoiar também na divulgação da Aldeias SOS. Cite alguns trabalhos que você fez em sua carreira de artista. Eu gravei uma novela chamada “Jamais te esquecerei” no SBT. O nome do meu personagem era “João”, ele era auxiliar de armazém. Outro trabalho foi num seriado na Globo “Carga Pesada”, com Antônio Fagundes e Stênio Garcia. A história que vivi neste seriado foi a de um menino que foi abandonado pelo pai. Gravei também um Clip para a Banda Hateen. E o que mais foi divulgado foi o filme “Colegas”, que eu e minha esposa atuamos como protagonistas. E futuramente terei uma participação especial na novela “Chiquititas”. Como você conheceu a Aldeias? Fui convidado a fazer uma palestra no Centro de formação da Aldeias Infantis SOS, na cidade de Poá. Lá apresentei o meu trabalho e fiz uma palestra sobre “preconceito e inclusão”. Depois de um tempo fui convidado a trabalhar no escritório nacional da Organização. E também divulgo o trabalho da Organização. O que você acha do trabalho da Aldeias? Acho muito legal o trabalho com as crianças. Além do meu trabalho como apoio na área de RH, faço a parte do marketing da Aldeias SOS com as pessoas responsáveis por isso. Considero este trabalho importante porque acolhe crianças e ajuda as famílias para que cuidem bem de seus filhos. Por que as crianças precisam de uma casa que cuide bem delas. Arquivo da Aldeias Infantis SOS Brasil Ariel Goldenberg, um exemplo de vida e dedicação pela causa da inclusão no Brasil e no mundo. Ele ficou conhecido por sua atuação no filme “Colegas”. Em seguida, criou a Campanha “Vem Sean Penn”, ator norte-americano do qual Ariel sempre foi fã. A ideia era que o ator se sensibilizasse e viesse para assistir ao filme no Brasil. Milhares de compartilhamentos e artistas conhecidos aderiram a esta Campanha. E não para por aí, além de filmes, também já fez participações em novelas e peças de teatro. E ministra palestras pelo Brasil inteiro sobre o tema do “preconceito e inclusão”. Atualmente ele trabalha conosco na Aldeias Infantis SOS Brasil, Escritório Nacional localizado em São Paulo, no apoio dos processos das áreas. Tem também participação ativa nas formações para gestores, equipes técnicas, educadores e cuidadores. Sobre esta questão do preconceito e inclusão, o que você mais destaca? É preciso discutir sim o tema da Inclusão para incluir os downs na sociedade. Qualquer tipo de inclusão é importante e necessária. Os downs recebem todo dia muito preconceito. Vou dar um exemplo que aconteceu comigo. Uma vez fui ao cinema com minha mulher para assistir o nosso filme “Colegas”. De repente a mulher que vendia ingressos ficou furiosa por que fiquei na fila de prioridade. Eu tenho este direito não só no cinema. Ela não aceitou que eu ficasse ali. Nem falei nada, porque eu não precisava falar de um direito que todos sabem e tem informação. Fiquei bravo porque fizeram isto comigo e minha esposa. O assunto é importante e temos que trabalhar muito. Quais são seus próximos planos? Estou escrevendo o roteiro de um filme sobre Adoniran Barbosa. Já sei a história deste filme e quero divulgar a vida deste sambista que gosto muito. Será uma história de amor e música. Estou buscando apoio para gravar. Tenho outros projetos para fazer no teatro e no cinema também. Tem pessoas aqui na Aldeias SOS que estão me ajudando com esta questão. Pretendo continuar aqui na Aldeias SOS para apoiar neste trabalho, tenho muitas ideias interessantes para as pessoas. edição nº 11 / 2014 19 Aldeias Infantis SOS Brasil ESCRITÓRIO NACIONAL Rua José Antônio Coelho, 400 - Vila Mariana - CEP: 04011-061 Tel: 55 11 5574-8199 - Fax: 55 11 5572-3893 CNPJ: 35.797.364/0001-29 e-mail : [email protected] Acesse o site para conhecer outros casos de sucesso: www.aldeiasinfantis.org.br Acompanhe as atividades e discussões pelas redes sociais!