O Programa de Voluntariado da Philips faz a diferença para o

Transcrição

O Programa de Voluntariado da Philips faz a diferença para o
Fevereiro/Março 2008atitude
Fevereiro/Março2008
Revista de Sustentabilidade da Philips América Latina
Cidadania
sustentável
O Programa de Voluntariado
da Philips faz a diferença para o
participante e para a sociedade
atitude
Fevereiro/Março2008
Sumário
11
2
ENCARTE
Reciclagem
O encarte do
Philipinho mostra
a importância do
reaproveitamento
de materiais para
o meio ambiente.
15 ÉTICA
Infração ao PGN?
Saiba como relatar um caso
de suspeita de desrespeito
aos Princípios Gerais de
Negócios da Philips.
José Carlos da
Silva: funcionário
de Healthcare
engajado no
voluntariado
6AREPORTAGEM
DE CAPA
força dos voluntários
O Programa deVoluntariado da Philips é reconhecido
como um dos melhores do Brasil. Nossos voluntários
ajudam na construção de um País melhor.
16
PANORAMA
Comitê de
Sustentabilidade
Conheça o grupo de
funcionários que trabalha
como multiplicador
das boas práticas.
19 BOM EXEMPLO
Banco Real ABN Amro
A instituição financeira faz imersão
em sustentabilidade com seus
180 principais executivos.
SEÇÕES
17
PANORAMA
A Philips conquista o
Wal-Mart International
2007 Sustainable
Engagement.
4 Mais Simples
10 Artigo
1 8 Voto Consciente
20 Em Ação
22 Funcionário Cidadão
23 Pequenas Atitudes
Atitude é uma publicação da área de Sustentabilidade da Philips América Latina. É permitida a reprodução de todo o material desta edição,
agradecendo-se a citação da fonte - JORNALISTA RESPONSÁVEL Fernanda de Carvalho (Mtb. 17.056) COORDENAÇÃO DE
SUSTENTABILIDADE Renata Macedo COORDENAÇÃO EDITORIAL Ricardo Vicalvi e Elaine Martins COLABORAÇÃO Brasil: Marcus
Nakagawa e representantes do Comitê de Sustentabilidade Argentina: Maria Alejandra Grignani e Maria Soledad Barrera Chile: Christianne Rocha e
Joanna Lederer México: Germán Villalobos ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA Rua Verbo Divino, 1 400, 1º andar, CEP: 04719-002, Chácara
Santo Antônio, São Paulo, SP - [email protected] ENDEREÇO NA INTERNET www.sustentabilidade.philips.com.br REDAÇÃO Totum
Excelência Editorial ([email protected]) ARTE E PRODUÇÃO LPCVisual ([email protected])
Editorial
atitude
Fevereiro/Março2008
3
Experiência
transformadora
Entidades, associações parceiras
e reconhecimentos:
Instituto ETHOS de Empresas
e Responsabilidade Social
A
prioridade na Philips são as pessoas. Nossa missão corporativa é enfática nesse ponto: “melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio
da introdução oportuna de inovações tecnológicas significativas”. Esse
é o objetivo que move o dia-a-dia dos 120 mil funcionários da companhia no
mundo. Cada uma de nossas atividades, desde as aparentemente mais simples, deve estar impregnada dessa idéia.
No entanto, esse desejo de transformação só se materializa se nosso
time de funcionários estiver plenamente engajado no processo. Uma das
principais ferramentas de que dispomos para despertar o exercício de cidadania em nossa equipe é o Programa de Voluntariado da Philips do Brasil,
reconhecido no ano passado pela organização não-governamental Riovoluntário como um dos melhores do País.
Os funcionários que se engajam em algum dos nossos três projetos –
Aprendendo com a Natureza, Doe Vida e Contadores de Histórias – passam
por uma verdadeira experiência transformadora. Em contato com uma realidade diferente da sua e vivenciando um ambiente no qual a hierarquia não existe
e todos trabalham pelo bem comum, o voluntário passa a ser reconhecido
como um ser integral, valorizando seus diversos papéis na sociedade.
O voluntariado gera uma onda progressiva de benefícios: ganha a comunidade objeto do trabalho; ganha o funcionário que, além de ampliar sua visão
de mundo, tem a oportunidade de desenvolver novas habilidades de liderança,
comunicação e trabalho em grupo; e ganha a empresa, que passa a contar com
um time mais preparado para enfrentar as vicissitudes do mercado e com uma
imagem positiva perante a sociedade.
Iniciado em 2001, o Programa de Voluntariado da Philips já beneficiou
diretamente mais de 200 mil pessoas nas localidades em que a empresa tem
presença física no Brasil. Mas, como se observa pela matéria de capa desta
Atitude, o que vale mesmo é a experiência vivida por cada um, seja participando como voluntário, seja recebendo a atenção dos beneficiados.
Boa leitura!
Flávia Moraes
Gerente-geral de Sustentabilidade da Philips para a América Latina
www.akatu.org.br
atitude
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Mais Simples
4
O consumidor
está de olho
O
consumidor brasileiro
está mais sensível a
produtos que trazem
algum tipo de certificação
ambiental. Uma pesquisa do
Instituto Akatu pelo Consumo
Consciente revela que, dentre
o grupo de pessoas que se
consideram atentas na hora
das compras a questões não
relacionadas apenas a preço e
qualidade, 22% procuram verificar
se o produto possui algum tipo
de certificação. Na população em
geral, a parcela de pessoas que
procura algum selo antes de fazer
a compra é de 12%.
O sinal mais citado pelos
consumidores de 11 capitais
brasileiras ouvidos pela
pesquisa foi o de reciclagem.
Certificações como a ISO
14001, de gestão ambiental,
e a FSC, que atesta a origem
da madeira, também foram
lembradas.
A Philips possui um selo
próprio para identificar seus
produtos ambientalmente
mais avançados: o Green Logo.
Além disso, 8% das vendas
globais da companhia já
provêm dos chamados Green
Flagships, produtos que se
enquadram em rígidas normas
n
de práticas sustentáveis.
TV ecológica ganha
prêmio nos EUA
Consumer Electronics Show 2008 consagra
modelo FlatTV de 42 polegadas da Philips
A
FlatTV de 42 polegadas da
Philips ganhou o prêmio
“Best in Show”, oferecido
pela editora especializada
em tecnologia CNET ao
melhor produto exibido na
Consumer Electronics Show
2008, realizada em janeiro
em Las Vegas, nos Estados
Unidos. O televisor premiado
(modelo 42PFL5603D) tem
como principal característica
o consumo racional de energia
e é um dos produtos Green
Flagship da Philips – o que
significa que ele é pelo menos
10% mais eficiente do ponto
de vista energético do que os
similares da concorrência. Além
de contar com uma série de
dispositivos que economizam
energia, o aparelho tem
um design elegante e
uma qualidade de imagem
considerada perfeita pelos
editores da CNET. O produto
acaba de ser lançado no
n
mercado americano.
Mais Simples
atitude
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5
Ações de empresas verdes valem mais
A
Philips foi incluída pela
consultoria norteamericana KLD no
índice Global Climate 100
(GC100), o primeiro ranking
mundial de ações de companhias
focado na busca de soluções
para o aquecimento global.
O índice foi criado em 2005
para promover investimentos
em empresas cujas atividades
oferecem o maior potencial de
enfrentamento aos fatores que
provocam mudanças climáticas.
Por um futuro melhor
A
Conferência da
Organização
das Nações
Unidas (ONU) sobre
o Clima, realizada na
Indonésia no início do
ano, serviu de palco
para a Philips ampliar o
apelo que vem fazendo
para uma mudança de
atitude da comunidade
internacional em favor
da preservação do
meio ambiente. Como
líder no mercado de
iluminação, a Philips tem
estimulado a adoção
Yvo de Boer: companhias chamadas a agir pela natureza
de soluções com maior
eficiência energética nos
O diretor de Energia e
países em que atua.
Mudança Climática da Philips,
O responsável da
Harry Verhaar, representou
ONU pelo clima, Yvo de
a empresa no evento e
Boer, disse que ações
disse confiar na capacidade
desse tipo realizadas por
dos governos ao redor
grandes companhias são
do mundo de estabelecer
fundamentais no combate ao
padrões mais rigorosos
aquecimento global. “Vocês
e racionais para o uso da
são a chave para um futuro
energia. “É preciso estimular
com baixas emissões de gás
a eficiência energética em
carbônico”, afirmou a uma
edifícios públicos, escolas e
platéia de empresários e
n
estradas.”
executivos do mundo todo.
O interessante é que o
desempenho das companhias
incluídas no índice é ligeiramente
superior ao do conjunto das
empresas globais como um todo
– o GC 100 ofereceu retorno
de 23,55% aos investidores em
dois anos, enquanto a média
global registrou rentabilidade
de 21,55%. É o reconhecimento
do mercado financeiro da
necessidade de uma atuação
voltada para a preservação do
n
meio ambiente.
Cur tas
VMI NA ÉPOCA
NEGÓCIOS – A revista Época
Negócios publicou em sua primeira edição de 2008 uma grande
reportagem sobre a aquisição da
VMI pela Philips, em 2007. Empresa
familiar, fundada pelo empreendedor
mineiro Otávio Viegas, a VMI cativou
a Philips, segundo a revista, por suas
soluções no mercado nacional de
aparelhos de raios X de baixo custo.
Além do preço adequado à realidade latino-americana, a empresa
desenvolveu todo um aparato
tecnológico dirigido às necessidades específicas dessa faixa de renda
– que sofre, por exemplo, com
ligações precárias de energia, o que
impede a instalação de máquinas
mais sofisticadas.
TAPATI RAPANUI – O trabalho
iniciado com o projeto Ilha de Páscoa
se Ilumina, em 2006, pela Philips
Chile, que consistiu na iluminação
dos milenares Moai, continua dando
frutos. Este ano, a empresa teve uma
destacada presença na Tapati Rapanui
2008, a maior festa popular da Ilha,
realizada entre os dias 1º e 17 de
fevereiro. Com o mote “Economize
energia na Tapati Rapanui 2008 com a
Philips”, a subsidiária chilena promoveu um extenso trabalho de conscientização entre a população local.
atitude
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6
Capa
Tudo de bom
O Programa de
Voluntariado da Philips,
considerado um dos
melhores do Brasil, faz a
diferença para
o participante,
para os beneficiados
e para a sociedade
O
conceito moderno de responsabilidade
social empresarial envolve a adoção de
boas práticas em três campos: social,
ambiental e econômico. É muito fácil
entender por que é necessário estar bem posicionado nos chamados três pilares da sustentabilidade.
De que adianta, por exemplo, uma companhia ter
um belo projeto de preservação da natureza se ela,
digamos, utiliza mão-de-obra infantil para maximizar os lucros? Ou qual seria o valor de uma empresa que, embora mantivesse uma primorosa obra de
apoio social, fosse reconhecida pela poluição que
provoca? Da questão econômica não é nem preciso falar: sem saúde financeira, uma empresa não
consegue se manter viva, quanto mais se preocupar
com a sociedade.
A Philips, que desde meados dos anos 1970
coleciona uma série de pioneirismos no campo da
sustentabilidade, segue à risca a cartilha e se esmera
para fortalecer cada vez mais os três pilares. No en-
Capa
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tanto, nós vamos além, com a inclusão de um quarto
elemento na equação: a chamada responsabilidade
individual, que significa manter cada um dos funcionários informado e engajado nas preocupações da companhia. “Afinal, são pessoas que tomam decisões”,
diz Renata Macedo, coordenadora de sustentabilidade da Philips LatAm. “Quem define se a empresa
vai tratar adequadamente seus resíduos ou se vai
jogá-los aleatoriamente no meio ambiente? Temos
estratégias definidas para questões desse tipo, mas
sempre há decisões a tomar e as pessoas precisam
estar conscientes de que suas responsabilidades vão
muito além dos limites da Philips.”
Segundo ela, não há forma melhor de exercitar
a cidadania e conhecer ainda mais a realidade que
nos cerca do que participar de um programa de
voluntariado. O voluntariado da Philips abre as suas
inscrições a funcionários, estagiários, terceiros e
suplementados no início de cada ano. Para 2008, as
inscrições já se encerraram. Mas para quem perdeu
o prazo e ainda quer se engajar, não é necessário
esperar até o ano que vem. Basta procurar o departamento de Sustentabilidade para atuar como
observador.
Em seus sete anos de vida, o Programa de Voluntariado da Philips do Brasil tem uma série valorosa de
números para exibir. São mais de 200 mil pessoas já
Aprendendo com
a Natureza
O
projeto transmite a alunos
do Ensino Fundamental de
escolas públicas de São Paulo, Capuava,Varginha, Recife
e Manaus conceitos e valores sobre o meio ambiente
e a importância de se viver harmoniosamente com o
ecossistema. Além de falar diretamente com os jovens,
também capacita professores sobre o tema. Desde
2003, quando foi implantado, o Aprendendo com a Natureza já atingiu quase 90 mil estudantes. Em 2007, passou
a ter como foco principal a eficiência energética.
beneficiadas pelos três projetos mantidos pela Philips
com a participação e ajuda de seus funcionários-voluntários: Aprendendo com a Natureza, de educação
ambiental; Doe Vida, de sensibilização à prevenção de
DST, Aids e gravidez não planejada na adolescência;
e Contadores de Histórias, que atua levando entretenimento e cultura para crianças e adolescentes
em hospitais (veja os quadros abaixo com a descrição e os resultados de cada um dos projetos). Mas
o verdadeiro impacto provocado pelo voluntariado
– seja para o participante, para o beneficiado pelas
ações ou para a Philips – escapa a qualquer espécie
de mensuração.
O voluntário, ao tomar contato com uma realidade diferente da sua, adquire não só experiência
de vida, como também ganha subsídios para encarar
o cotidiano de maneira mais positiva. “É notável a
mudança de comportamento das pessoas que participam do programa, pois elas passam a relativizar
a própria condição e a ver que, muitas vezes, seus
próprios problemas são superestimados”, diz Renata.
“Funciona como um elemento motivador.” Isso sem
contar com o desenvolvimento de talentos, espírito
de equipe e sentido de cooperação. Para os beneficiados pelos projetos da Philips fica não apenas a
ação imediata do programa – seja uma aula sobre
meio ambiente, dicas preciosas para evitar o con-
atitude
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Capa
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tágio de uma doença sexual ou uma tarde agradável
para uma criança que vive uma situação dramática,
com problemas de saúde –, mas também a mensagem
de que é possível, com pequenas atitudes individuais,
fazer de fato a diferença.
Para a Philips, o Programa de Voluntariado cumpre, além de seus objetivos diretos, a função de
criar uma consciência coletiva, em seu time de
funcionários, voltada para as boas práticas. É a tal
da responsabilidade individual somando-se à cultura da companhia. Além disso, o voluntariado tem o
mérito adicional de ajudar a desenvolver habilidades
de gestão e liderança, o que contribui para o crescimento profissional dos participantes.
Quem acompanha a Atitude sabe que a revista
publica, em todas as edições, declarações de funcionários
que participam como voluntários de algum projeto social
da Philips. São comuns relatos de pessoas que descobriram habilidades que imaginavam não possuir e do choque
de realidade promovido pelo contato com um ambiente
desconhecido.“A receptividade dos jovens nas palestras é
impressionante, o que me motiva muito”, diz José Carlos
da Silva, funcionário da área de Healthcare em São Paulo e
entusiasmado participante do Doe Vida.“Ser voluntário é
estar disposto a aprender a cada dia”, afirma.
O sentimento experimentado por José Carlos é
comum a todos os voluntários, estejam onde estiverem – em Manaus, nos hospitais da Grande São Paulo,
Lilian de Oliveira,
de Business
Communication:
uma das garotaspropaganda da
campanha interna
Doe Vida
C
riado em 2001, o projeto promove a
sensibilização para a prevenção a doenças sexualmente transmissíveis,Aids e
gravidez não planejada na adolescência. É direcionado a
jovens de 13 a 18 anos matriculados em escolas públicas.
Até 2007, mais de 120 mil adolescentes assistiram às
palestras dos voluntários em São Paulo, Capuava,Varginha, Recife e Manaus. O projeto mantém parceria com o
Ministério da Saúde e recebe consultoria especializada
do Instituto Kaplan (www.kaplan.org.br).
Capa
atitude
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nas escolas de Varginha
e Recife ou nos vários
projetos da Philips que
envolvem voluntariado nos demais países da
América Latina, como o Caminhão da Mulher, na
Argentina, o Ilha de Páscoa se Ilumina, promovido
pela subsidiária chilena, ou o trabalho dos colegas
mexicanos no combate à violência doméstica. “Foi
inesquecível, algo que vou levar para a vida toda”, diz
a chilena Jéssica Mardonez sobre os dias que passou com a comunidade da Ilha de Páscoa, durante a
execução do projeto que levou luz e educação sobre
eficiência energética ao lugar.
Reconhecimento externo
Programas de estímulo ao trabalho voluntário
são hoje bastante comuns nas empresas. Mas poucas
companhias oferecem condições equivalentes às da
Philips para o desenvolvimento da atividade. Os projetos da companhia foram desenvolvidos especialmente por ela, com a ajuda de consultores da área e
organizações não-governamentais.
No caso do voluntariado, o principal diferencial é a
liberação, por parte da empresa, de quatro horas de expediente por mês para dedicação exclusiva aos projetos.
Isso permite, por exemplo, que sejam realizadas visitas
de grupos de voluntários a escolas ou hospitais pela
manhã ou à tarde, e não apenas no período noturno ou
nos fins de semana. Outra vantagem da Philips é a total
integração de sua política de sustentabilidade. Os projetos da empresa já nasceram prevendo a participação
de mão-de-obra voluntária, o que permite uma melhor
distribuição de funções entre os participantes.
No ano passado, a organização não-governamental
Riovoluntário selecionou a Philips como uma das referências no Brasil entre as empresas que promovem
programas de voluntariado. O livro Perfil do Voluntariado Empresarial no Brasil, publicado pela entidade,
destaca que a “Philips explora a aplicação de tecnologias sociais a fim de promover uma ação voluntária de
qualidade”. O estudo, que também analisou as atividades de companhias como Gerdau, TV Globo e Banco
Itaú, entre outras, é considerado o principal referencial em sua categoria no País.
Com tudo isso, se a dúvida sobre participar ou não
do programa ainda persiste, só resta fazer um convite.
Acompanhe uma atividade dos colegas que já são voluntários. Olhe em volta, sinta o clima. Converse com
as pessoas – os beneficiados, os voluntários. Ao final do
dia, certamente suas dúvidas terão acabado e o Brasil
terá mais um voluntário fazendo a diferença.
n
Contadores de Histórias
O
s voluntários do projeto visitam
periodicamente hospitais e clínicas
especializadas no atendimento infanto-juvenil para contar histórias.Tem como objetivo
transformar a internação hospitalar num momento
agradável, contribuindo para a melhoria da humanização desse ambiente. No ano passado, atendeu cerca
de 3 mil crianças em 14 hospitais de São Paulo e
Capuava. Conta com a parceria da ONG Viva e Deixe
Viver (www.vivaedeixeviver.org.br).
atitude
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Artigo
10
Um santuário de paz,
esperança e alegria
O hospital deve ser um lugar
de cura e de recuperação
da vontade de viver
Por Valdir Cimino*
P
odemos dizer que o século passado foi a
era das grandes descobertas científicas,
dos grandes avanços tecnológicos.
Tais descobertas e avanços se deram de
maneira mais lenta inicialmente, mas,
após a década de 1950, verificou-se uma
espécie de corrida vertiginosa em
busca de tudo aquilo que pudesse
melhorar e facilitar a vida dos
seres humanos, embora grande
parte desses avanços tenha se
iniciado em pesquisas e trabalhos voltados à destruição humana,
devido à corrida armamentista.
Apesar de ter deixado o mundo, durante décadas, na expectativa de uma destruição total, a
Guerra Fria promoveu um enorme desenvolvimento
no campo das ciências. Isso se traduziu em melhores
condições de vida para todos, com o surgimento de
máquinas que nos servem melhor em nosso dia-adia, meios de comunicação mais rápidos e eficientes,
alimentos de melhor qualidade, remédios e medicamentos mais eficazes, métodos mais simples e efetivos
de tratamento de doenças, propiciando um aumento
significativo na expectativa de vida dos seres humanos.
A utilização desenfreada dos recursos naturais e sua
conseqüente escassez fizeram a humanidade se dar conta
da devastação que estava causando ao planeta. Os recursos
naturais não são inesgotáveis e, se quisermos sobreviver neste planeta enquanto espécie, é preciso preservá-los. Assim,
a humanidade vem se mobilizando cada vez mais, buscando
soluções ecologicamente corretas para o mundo, de modo a
permitir a manutenção da saúde, da vida.
A ONU instituiu 2001, o primeiro ano do século 21,
como o Ano Internacional do Voluntário, hoje falamos sobre a década. Assim como as pessoas, as
organizações, desde aquelas de âmbito privado
até as supragovernamentais, estão sentindo a
necessidade de unir forças para atingir o objetivo
maior de elevar a qualidade de vida dos seres
humanos como um todo.
Os hospitais sempre foram considerados
pela sociedade como aquele lugar para
onde vamos quando não estamos bem,
quando nossa saúde se encontra de
alguma forma deteriorada. O simples
fato de “estar doente” já cria na pessoa
uma sensação interior de miséria, que
só piora quando ela precisa ir ao hospital,
aquele lugar todo branco, cheio de instrumentos desconhecidos e, no caso das crianças, assustadores, com pessoas que parecem
falar uma outra língua, já que raramente se
consegue entender o que falam.
A vida no hospital torna-se um mundo à
parte para o paciente, um parêntese em sua vida normal. Um
parêntese no qual tudo aquilo que ele conhece fica suspenso,
esperando por ele, quando sair do hospital. Mas a vida não
pára e não devia parar para ele enquanto está hospitalizado.
Já no início da década de 1930, o bacteriologista britânico
Edward Bach, descobridor dos famosos florais, afirmou que
o hospital do futuro seria um santuário de paz, esperança e
alegria.Tudo seria feito para encorajar o paciente a esquecer
sua doença, a lutar por sua saúde. Nesse hospital, o paciente
não só procuraria o alívio para a doença, mas também desenvolveria sua vontade de viver, pois esta, por si só, já conduz os
indivíduos à metade do caminho para a cura.
Há dez anos, nós, da Associação Viva e Deixe Viver,
acreditamos nesse hospital imaculado.
n
*Publicitário e Educador. Atualmente é vice-presidente de Responsabilidade
Social da Associação Brasileira de Anunciantes, professor titular da Fundação
Armando Álvares Penteado no curso de RTV; coordenador do curso de
Relações Públicas e presidente-fundador da Associação Viva e Deixe Viver.
Destaque
atitude
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11
Os benefícios da reciclagem
A
reciclagem – ou a devolução de determinados
produtos para o ciclo de
processamento industrial – é um
processo que vem ganhando escala
pela quantidade de benefícios que
gera. Ela proporciona economia
para as empresas, renda para a
população, além de benefícios ambientais, sociais e econômicos para
uma família, uma cidade e (por que
não ir direto ao xis da questão?)
para todo o planeta. Reciclar significa menos gasto de energia elétrica, economia de recursos naturais
e redução da poluição do ar.
O melhor exemplo dos benefícios gerados pela reciclagem
pode ser encontrado na cadeia
produtiva do alumínio. De acordo
com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alumínio
(Abia), o País tem o sistema mais
eficiente de reaproveitamento
desse metal em todo o mundo.
De cada 100 latinhas de bebidas
consumidas no país, nada menos
do que 94 são reprocessadas
pela indústria. Os últimos dados disponíveis mostram que o
Brasil reciclou, no ano de 2006,
317 mil toneladas do metal. Essa
quantidade expressiva, equivalente a 38% do alumínio consumido no País, torna-se mais
impressionante ainda quando se
sabe que, para se obter 1 quilo
de alumínio, são necessárias 74
latinhas vazias. Ou seja, o total
de alumínio reciclado no Brasil é
o equivalente a 22,5 bilhões de
latinhas.
Muita coisa pode ser reciclada
e todo mundo pode fazer a sua
parte. Na maioria das empresas, prédios residenciais e em
muitas casas já existem os recipientes próprios para a coleta
do material reciclável. Eles são
identificados por cores-padrão:
o vermelho é para plásticos, o
azul para papel e papelão, o verde
para vidro, o amarelo para metal,
o marrom para o lixo orgânico e
o cinza para tudo o que não for
reciclável ou não tiver condições
de ser separado. Tem ainda o
laranja para pilhas e baterias.
Faça sua parte.
O Philipinho e o
planeta agradecem.
a
r
Pa
r
a
n
o
i
c
le
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c
3
atitude
Fevereiro/Março2008
Destaque
12
O que se ganha com
São inúmeros os benefícios gerados pela reciclagem de m
1) BENEFÍCIOS ECONÔMICOS
l A reciclagem do papel
permite uma grande economia
de celulose, a matéria-prima
desse produto, que é obtida
da polpa da madeira. Cada
tonelada de papel reciclado
substitui o plantio de até 350
metros quadrados de eucalipto
– a árvore mais utilizada para a
produção de celulose no Brasil.
l A reciclagem de 1 quilo de
cacos de vidro gera 1 quilo de
vidro novo. Isso representa a
economia de pelo menos 1,3
quilo dos minérios utilizados
como matéria-prima para a
fabricação desse produto. A
utilização de apenas 10% de
cacos na produção de uma
tonelada de vidro representa
uma economia de 2,9% de
energia elétrica.
l No caso do alumínio,
a economia é muito maior.
A produção de 1 quilo de
alumínio primário a partir de
sucata consome 95% menos
eletricidade do que a produção
da mesma quantidade do
metal com base no minério
que lhe dá origem, a bauxita.
Isso sem falar na economia do
próprio minério: cada quilo
de alumínio reciclado permite
a economia de pelo menos 5
quilos de bauxita, evitando a
sua retirada do meio ambiente.
Mais: a reciclagem de uma
única lata de refrigerante
gera energia para manter um
aparelho de TV ligado durante
três horas ou uma lâmpada de
100 watts por 20 horas. Como
um quilo equivale a 74 latas,
reciclar esse peso significa
economizar a eletricidade
necessária para manter essa
lâmpada acesa durante dois
meses inteiros.
l A reciclagem de lixo
por meio da compostagem
– um conjunto de técnicas
aplicadas para controlar a
decomposição de materiais
orgânicos – dá origem a um
adubo mais eficiente do que
o fertilizante produzido com
base em matérias-primas.
Ou seja: é um produto de
atitude
Fevereiro/Março2008
Destaque
13
a reciclagem
materiais. Conheça os principais deles:
excelente qualidade para a
agricultura.
2) BENEFÍCIOS AMBIENTAIS
l A reciclagem devolve ao
ciclo de produção materiais
que, em contato com a
natureza, podem contaminar
o solo, comprometer a
qualidade da água e poluir
o ar. E contribui para a
redução do volume de dejetos
depositados nos lixões e nos
aterros sanitários. O Brasil
produz atualmente 240 mil
toneladas de lixo por dia.
l A produção de 50 quilos
de papel reciclado evita o
corte de uma árvore com
sete anos de idade. Isso sem
falar em outros ganhos: 1
tonelada de papel reciclado
significa a economia de 20
mil litros de água e de pelo
menos 1,2 mil litros de óleo
combustível.
lA
reciclagem do vidro reduz
a emissão de gases poluidores
pelas fábricas e evita que se
jogue na natureza um produto
de difícil decomposição. Isso
aumenta a vida útil dos aterros
sanitários, protege os leitos
dos rios e contribui para a
proteção dos mananciais. Além
disso, poupa a extração de
minérios.
l O mesmo acontece
com o plástico.A reutilização
desse material impede que
ocorra um enorme prejuízo ao
meio ambiente, pois ele é muito
resistente a radiações, calor, ar e
água.Além de, queimado, ser uma
fonte de emissão de gás carbônico
e outros produtos tóxicos.
3) BENEFÍCIOS SOCIAIS
l Estima-se que, no Brasil, 100
mil pessoas vivam exclusivamente
de coletar latas de alumínio para
reciclagem. Isso lhes garante
uma renda média de até três
salários mínimos por mês. A
reciclagem de papel gera milhares
de empregos: dos catadores aos
empregados em cooperativas de
intermediação e nas recicladoras.
Entidades como o Cempre Compromisso Empresarial para
a Reciclagem (www.cempre.org.
br), ao qual a Philips é associada,
fornecem manuais e cartilhas
que orientam como montar um
programa de coleta seletiva.
Segundo alguns cálculos,
a reciclagem do plástico no
Brasil mantém cerca de 20
mil empregos diretos em 300
indústrias de reciclagem.
n
atitude
Fevereiro/Março2008
Destaque
14
A tabela esperta do
Philipinho
O
s produtos reciclados
nem sempre voltam a ter,
como as latinhas de alumínio,
a mesma aparência que tinham
quando foram produzidos com
base em uma matéria-prima
retirada da natureza. O papel,
por exemplo, não volta a ter
a mesma textura, mas adquire
uma aparência que, na opinião
de muita gente, chega a ser
mais nobre do que a original.
As garrafas PET não voltam
a ser garrafas PET, mas seu
plástico dá origem a novos
materiais, como camisetas.
Reciclar, de qualquer forma, é
fundamental para a natureza,
mas nem tudo pode ser
reaproveitado.Veja na tabela
abaixo o que pode e o que não
pode ser reciclado. E procure
descobrir, na sua cidade, quais
são as instituições e empresas
que recebem material reciclado.
PODE NÃO PODE
PA P E L
Jornais e revistas
Folhas de caderno
Formulários
Caixas em geral
Aparas de papel
Fotocópias
Envelopes
Provas escolares
Rascunhos
Cartazes velhos
Papel de fax
Etiqueta adesiva
Papel-carbono
Fita crepe
Papéis sanitários
Papéis metalizados
Papéis parafinados
Papéis plastificados
Papéis sujos
Guardanapos
Bitucas de cigarro
Fotografias
M ET A L
Lata de alumínio
Esponjas de aço
Lata de folha-de-flandres (embalagem
Canos
de óleo, salsicha, leite em pó, etc.)
Sucatas de reformas
VIDROS
Embalagens
Espelhos
Garrafas de vários formatos
Vidros planos
Copos
Lâmpadas
Cerâmica e porcelana
Tubos de TV
P L Á ST I C O
Embalagem de refrigerante
Cabo de panela
Embalagem de material de limpeza
Tomadas
Copinho de café
Embalagem de biscoito
Embalagem de margarina
Misturas de papel,
Canos e tubos
plásticos e metais
Sacos plásticos em geral
Ética
atitude
Fevereiro/Março2008
15
Violação dos PGN:
como relatar
Saiba como agir quando você suspeitar de uma
violação aos Princípios Gerais de Negócios
1.
Qual é o conceito principal da política de
relatos de suspeitas de violações aos Princípios Gerais de Negócios (PGN)?
A Philips estimula seus funcionários a reportar
qualquer violação ou suspeita de violação aos PGN ou
às Diretrizes PGN. A empresa garante que os autores
do relato não estarão sujeitos a retaliações nem a ações
disciplinares, mesmo que, após as investigações, não se
constate a violação apontada.
2. Como reportar as violações?
As violações podem ser relatadas ao Compliance Officer dos PGN, cujos contatos estão na página dos Princípios Gerais de Negócios na intranet. Também podem ser
endereçadas à chefia direta ou ao RH da unidade. Para
relatos anônimos, a opção sugerida é a utilização do One
Philips Ethics Line. Em qualquer um dos casos, a identidade do relator será preservada.
3. Deve-se ter certeza de que existe de fato uma
violação e qual deve ser o conteúdo do relato?
Não há necessidade da certeza da existência da violação. A investigação vai determinar se ela ocorreu ou não.
Para auxiliar esse trabalho, porém, é importante que os argumentos sejam concretos e que o relato contenha o máximo de informações específicas. Com afirmações vagas e
fatos não detalhados, a investigação é prejudicada. O relato
da violação deve procurar conter as seguintes informações:
l uma descrição mais fiel possível do evento;
l o nome de cada pessoa envolvida;
l a data aproximada e o local de cada um dos fatos apontados;
l quando possível, qualquer informação adicional, documentação ou evidências disponíveis.
4. Quanto tempo levará para uma investigação ser
concluída e como o reclamante tomará conhecimento de sua conclusão?
A investigação é iniciada pelo Compliance Officer assim
que a reclamação for recebida. Ele terá um prazo máximo
de dois meses para informar ao funcionário (ou ao One
Philips Ethics Line, que mantém contato com o informante
anônimo) o resultado do trabalho. Se não estiver satisfeito
com a investigação, quem estiver reclamando poderá acionar o Comitê de Revisão dos PGN (o Review Commitee)
na Holanda, enviando uma carta para o seguinte endereço:
Mr. Ronald Stein
Groenewoudseweg 1, P.O. Box 218 - Building VO-1
5600 MD Eindhoven, The Netherlands
5. Como e até que ponto a confidencialidade é
garantida?
A Philips manterá a confidencialidade e o anonimato do reclamante. Algumas regras legais ou comerciais,
porém, podem não permitir o anonimato completo. Em
alguns casos, pode não ser possível prosseguir ou conduzir corretamente uma investigação, a menos que a pessoa
se identifique. A identidade de outras pessoas que participem de qualquer investigação relacionada a uma violação devem ser mantidas em sigilo e sujeitas às mesmas
limitações. Da mesma maneira, quem reclama deve tratar
o assunto de forma confidencial.
6. O funcionário pode sofrer retaliações?
Os funcionários que comunicarem suspeitas ou participarem de alguma investigação de boa-fé não sofrerão
qualquer tipo de retaliação. A Philips não irá demiti-los,
suspendê-los ou rebaixá-los por conta disso. Mas esse
direito não se aplica se o reclamante tiver participação
como cúmplice na violação verificada.
n
atitude
Fevereiro/Março2008
Panorama
16
Funcionário
Adriana Dutra
Anna Thereza Marone
Carmem Sylvia D. Cavalcanti
Cidia Bertoldo Silva
Dilanes Rosolen
Edilaine Melo
Fernando Souza
Fernando Tatit
Flavia C.V. Moraes
Geraldo Silva
Lilian de Oliveira
Luciana A. Silva
Márcia Valéria
Marcio Quintino
Marcus Nakagawa
Osvaldo Pasqual Castanha
Priscila Carillo
Renata Macedo
Ricardo Silva
Silmara Teixeira
Tania Tereskovae
Vanessa Brito
Departamento
VMI-Lagoa Santa
Qualidade de vida
Suplementados
RH-Manaus
Real Estate
Qualidade-Healthcare
Qualidade-Lighting
RH
Sustentabilidade
RH-Capuava
Marketing-Business Communications
IT
RH-Recife
Qualidade e Meio Ambiente-Lighting
Sustentabilidade
Suplementados
F&A-Capuava
Sustentabilidade
Compras
Marketing Consumer Lifestyle
RH-Lighting
RH-Varginha
Comitê de
Sustentabilidade: a
composição de 2008
O comitê das boas práticas
Grupo de funcionários é o elo entre a Sustentabilidade e os setores de negócios
C
riado em 2002 com o objetivo de multiplicar as
ações da área de sustentabilidade para os setores
de negócios da empresa em suas respectivas localidades, o Comitê de Sustentabilidade da Philips do Brasil e
seus novos integrantes abriram os trabalhos de 2008 com
um encontro em São Paulo no fim de fevereiro. O comitê é composto de, no mínimo, um representante de cada
região e de cada setor de negócio da Philips. Os funcionários que participam voluntariamente do grupo podem ser
indicados por seus diretores, eleitos diretamente pelos
colegas ou convidados pela equipe de Sustentabilidade
(veja quem são os componentes no quadro acima).
“O comitê funciona como um agente multiplicador do
nosso trabalho”, diz Flávia Moraes, gerente-geral de Sustentabilidade da Philips para a América Latina. “Os participantes conseguem nos trazer as necessidades específicas
de cada região, o que é muito útil para o trabalho de gestão.” Além de duas reuniões anuais, os integrantes participam de teleconferências a cada dois meses. Dessa forma,
todos se mantêm atualizados sobre o andamento dos
trabalhos do departamento e as prioridades do momento.
Os membros do comitê, além de terem a missão de
ser proativos na disseminação de práticas sustentáveis em
seus locais de trabalho, acabam servindo como referência para os colegas quando se trata de boas práticas. “Os
participantes têm condições de resolver a maioria dos
questionamentos surgidos sem precisar nos consultar”,
diz Renata. Quando ocorrem campanhas internas, como a
de inscrição de voluntários, eles também ficam responsáveis pela divulgação em seus respectivos setores.
Na reunião de fevereiro, cada um foi estimulado, ainda,
a apresentar por escrito um plano de ação individual que,
dentro da sua atual função, pudesse contribuir com as ações
de sustentabilidade. Um exemplo: Ricardo Silva, da área de
Compras - Philips General Purchasing (PGP), apresentou
a proposta de centralizar e organizar todo o trabalho de
auditoria de sustentabilidade conforme procedimentos PGP,
n
incluindo follow-up e acompanhamento das ações.
Panorama
atitude
Fevereiro/Março2008
17
Parceria vitoriosa
Philips recebe o prêmio do Wal-Mart, a maior rede varejista do mundo
A
Philips foi uma das duas únicas
empresas contempladas com o
Wal-Mart International 2007 Sustainable Engagement Award, concedido
pela maior cadeia mundial de supermercados. O prêmio, entregue em janeiro
deste ano, é outorgado aos parceiros da
gigante americana que mais se destacam
em ações de sustentabilidade no mundo.
De um universo de 10 mil fornecedores,
apenas a Philips, além da Unilever, mereceu essa honraria. “A iniciativa de nosso
time no México abriu o caminho para
que esse trabalho fosse replicado em
outros países e levasse a Philips a conquistar o prêmio”, diz Carlos Carrera,
diretor de vendas de Consumer Lifestyle
da Philips México.
Tudo começou com a campanha
“Philips e Sam’s Club: cuidando do mun-
do”, desenvolvida pelas duas empresas
no México, em março do ano passado.
A promoção consistiu no estímulo à
troca de aparelhos usados de televisão por novos modelos LCD de 42
polegadas da Philips – foram vendidos
2.400 novos televisores nos dez dias
de duração da campanha, quatro vezes
mais do que em épocas normais.
A parceria foi reproduzida no
Brasil e na Argentina. No Brasil, a
exemplo do México, foram trocados
aparelhos usados por novos de 32 polegadas, com a venda de 589 unidades
em apenas nove dias. Na Argentina, o
foco foi a eficiência energética, com a
venda de um Kit Ecológico composto
de lâmpadas de baixo consumo de 20
watts e um pacote de sementes de
jacarandá de brinde.
n
Formação de primeira linha
Fazer relatórios de sustentabilidade também é uma arte
A
turma de abril do grupo de trabalho “Relatórios de Sustentabilidade
GRI” teve o privilégio de ser a primeira
do mundo a contar com a certificação
da Global Reporting Initiative, uma
entidade internacional com sede na
Holanda que fixa diretrizes para a produção de relatórios de sustentabilidade.
A Philips, que é associada do Instituto
Ethos e parceira de seu braço educacional, o UniEthos, participou ativamente do processo de
certificação. O trabalho foi realizado em conjunto com o
Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas e da BSD-Brazil, uma consultoria de origem suíça
especializada em negócios sustentáveis.
“A certificação coloca o UniEthos e os parceiros à frente do movimento internacional de
formação de profissionais para lidar no dia-adia com temas de sustentabilidade”, diz Nelmara Arbex, diretora dos serviços educacionais da
Global Reporting Initiative.
O treinamento, que passa a ser realizado no
Brasil, oferece aos participantes, além do conhecimento técnico necessário para a produção de um
relatório de sustentabilidade sob os mais modernos conceitos, reunidos num protocolo conhecido como G3, o
entendimento sobre a relação entre as atividades de gestão de
uma organização e seus impactos econômicos, sociais e ambientais. “A iniciativa dá uma base para a escolha de focos de atuação
e ajuda a propor mudanças fundamentais”, afirma Nelmara. n
atitude
Fevereiro/Março2008
Voto Consciente
18
É preciso ficar esperto
A escolha criteriosa dos candidatos é trunfo do cidadão nas eleições
M
ais de 127
milhões de
brasileiros
estão convocados a
comparecer às urnas
nas eleições municipais do próximo
dia 5 de outubro,
um domingo. Desta
vez, deverão ser
preenchidos 5.564
cargos de prefeito
e vice-prefeito, bem
como um contingente
de 51.802 vereadores. Em cerca de 76
municípios com mais
de 200 mil habitantes,
poderá haver segundo
turno, no dia 26 de outubro, desde que o vencedor do primeiro não alcance a maioria absoluta (50% mais 1) dos votos.
Trata-se de um momento importante para o exercício
da cidadania. E com uma característica toda especial: nas
eleições deste ano, caberá aos eleitores escolher com seu
voto aqueles que comandarão a prefeitura e a Câmara dos
Vereadores das cidades onde trabalham, estudam e vivem
com suas famílias. De seu voto dependem a construção de
um hospital perto de sua casa, vagas para seu filho nas escolas, a pavimentação e a iluminação das ruas do seu bairro
ou de seu local de trabalho, a carga de impostos municipais
que você paga, a qualidade da coleta dos serviços, como o
recolhimento de lixo, a construção de creches e parques,
entre outras iniciativas públicas.
Por isso mesmo, como vem fazendo desde 2002, a
Philips se mobiliza mais uma vez levantando a bandeira do
Voto Consciente. O objetivo desta iniciativa de responsabilidade social é disseminar entre seus funcionários a importância da conscientização política e a valorização do voto
de todos e de cada um.
Numa eleição, como vimos, há muita coisa em jogo. Se
você não escolher bem
em quem irá votar e por
quê, deixará que outras
pessoas, nem sempre
bem-intencionadas,
resolvam o seu destino.
Trata-se de um direito
inalienável, uma daquelas
poucas oportunidades em
nossa vida em que não há
diferenças. Cada homem
e cada mulher tem direito
a um voto.
Para uma boa escolha,
há algumas questões básicas a serem respondidas.
Quem são os candidatos?
O que você sabe sobre
o passado de cada um
deles? Quais são seus compromissos éticos? Pesa sobre ele
alguma denúncia grave? O que ele já fez de bom para sua
cidade, ou seu estado ou pelo nosso País? O que ele fez
de bom que tenha resultado em melhoras na sua vida? Em
outras palavras: informe-se para votar.
Informação existe em muitos lugares. Avalie as
plataformas dos candidatos. Leia jornais e revistas, use
a internet, assista aos debates e programas eleitorais,
converse com seus amigos, chefes, vizinhos ou companheiros de sindicato, participe de reuniões para discutir
as idéias e propostas apresentadas.
Fuja dos desonestos, daqueles que têm como lema o
velho “rouba, mas faz”. Seja rigoroso.Tampouco dê atenção
aos que tentarem comprar o seu voto, prometendo-lhe
dinheiro ou vantagens – saiba que, por mais que lhe ofereçam, vai acabar custando muito caro para você, sua família,
seus vizinhos e sua cidade. Imagine o que ele fará se for
eleito. Não por acaso, a compra de votos é considerada um
crime eleitoral.Você quer colaborar com isso?
Saiba mais sobre o tema no site da Transparência Brasil
n
(www.transparencia.org.br).
Bom Exemplo
atitude
Fevereiro/Março2008
19
Executivos
do Real em
sala de aula:
multiplicadores
da gestão
sustentável
Tudo liga tudo
O Banco Real faz uma imersão em sustentabilidade com seus executivos
N
o próximo mês de abril, 180 dos principais
executivos do Banco ABN Amro Real, vindos de
diferentes regiões do País, deixarão suas atividades cotidianas de lado para passar dois dias num hotel
em São Paulo. Com jornada de trabalho de 11 horas
diárias, eles participarão do quarto e último módulo
do Curso de Liderança em Sustentabilidade, oferecido
pelo banco. Elaborado por três consultores externos, o
programa trata em seu currículo de temas e disciplinas
que vão da formação do pensamento sistêmico, meio
ambiente, economia e finanças até gestão empresarial
para a sustentabilidade e empreendedorismo social.
Para ministrá-lo foram convidados professores, especialistas e personalidades ligadas ao tema, como os empresários Oded Grajew e Sérgio Amoroso, do grupo Orsa,
e o jornalista Gilberto Dimenstein. O encerramento
será feito pelo ex-frei franciscano Leonardo Boff, que
vai falar sobre ecologia interior.
Não faltaram no currículo visitas in loco para entender a gravidade da questão ambiental. No terceiro módulo, por exemplo, os participantes foram divididos em
duas turmas. Uma fez um passeio pelo poluído rio Tietê.
A outra visitou um lixão na periferia da capital paulista.
“Isso é muito diferente do que ver o rio ou um depósito de lixo de um automóvel com ar-condicionado”,
afirma Maria Luiza Pinto e Paiva, diretora-executiva da
área de sustentabilidade do banco.
Multiplicadores
Ao voltarem para suas bases, os líderes deverão transmitir os ensinamentos adquiridos no curso a seus subordinados, num trabalho de cima para baixo, que deverá atingir os
30 mil funcionários do ABN Amro Real espalhados por uma
rede de cerca de mil agências.“Eles serão os multiplicadores da nossa visão de gestão sustentável e os encarregados
de estimular o surgimento de produtos compatíveis com
essa proposta em nossas agências”, diz Maria Luiza. Segundo
ela, o curso, lançado em junho do ano passado, representa
uma consolidação do aprendizado e da experiência do ABN
Amro Real no campo da sustentabilidade, que começou a
ser construída em 2000. “Foi nessa época que definimos
nossa missão de ser um banco lucrativo, que vai bem nos
negócios, mas respeita o meio ambiente”, diz.
A idéia é que cada funcionário do banco desenvolva o
que ela chama de pensamento sistêmico, ou seja, a capacidade de pensar as dimensões sócio-eco-ambiental em seu
dia-a-dia. “É entender que tudo liga tudo”, afirma. E que
cresçam como indivíduos. Caso isso aconteça, o banco
terá muito a ganhar. “Só uma pessoa melhor pode ser um
melhor funcionário.”
n
atitude
Fevereiro/Março2008
Em Ação
20
Mais simples, mais
forte, mais verde
Philips Sustainability Report 2007 destaca avanços da companhia na área
2007
entrará
para a
história
como o ano em que o mundo
despertou para os perigos do
aquecimento global. Os seguidos alertas do Painel de Mudanças Climáticas da Organização
das Nações Unidas e o trabalho
de convencimento feito pelo
filme Uma Verdade Inconveniente,
do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, ajudaram
a colocar a questão ambiental
no centro das discussões em
governos, empresas e entidades dos mais diversos tipos. A
consciência individual também
cresceu, com cada vez mais
pessoas modificando suas atitudes em prol da preservação
do meio ambiente.
Para a Philips, 2007 foi
um ano de grandes avanços e
de colheita de resultados na área ambiental, que é tratada como estratégica pela companhia desde meados dos
anos 90, e nos aspectos de sustentabilidade em geral (que
incluem boas práticas sociais e econômicas).
O relatório global Philips Sustainability Report 2007,
publicado no início de março, detalha como a empresa
elevou de 15% para 20% a participação dos produtos
verdes nas vendas totais entre 2006 e 2007; explica como a
Philips se mantém firme na liderança do setor no Índice de
Sustentabilidade da Dow Jones, o principal indicador desse
tipo no mundo; e mostra a importância do lançamento, em
setembro passado, da quarta versão do programa ambiental
EcoVision, entre outros feitos importantes.
“A gestão ambiental e o compromisso com a inovação
em eficiência energética serão a característica-chave de
nosso crescimento nos próximos anos”, diz Barbara Kux,
presidente do Conselho de Sustentabilidade da Philips.
“É dessa forma que vamos criar valor tanto para nosso
planeta quanto para nossa companhia.”
É o décimo ano consecutivo que
a Philips publica um relatório de suas
atividades na área de sustentabilidade
– até 2002, a prestação de contas
restringia-se à área ambiental. Com
110 páginas na versão online e 74 na
versão em papel, o documento traz
como título o mote “Simpler, stronger,
greener”, que pode ser traduzido como
“Mais simples, mais forte, mais verde”.
Além da questão ambiental, o
relatório dá grande destaque às
estratégias da Philips na área de
Cuidados com a Saúde, como os
avanços na tecnologia de tratamento
a distância e a busca por diagnósticos
de doenças cada vez mais precoces,
o que sempre aumenta a chance de
cura. O documento pode ser baixado,
em formato PDF, exclusivamente em
inglês, no endereço www.philips.com/
sustainability.
n
Mais mulheres
na diretoria
U
ma das grandes notícias do Philips Sustainability
Report 2007 é que a quantidade de executivas em
posições de alto escalão na companhia atingiu 8%, um
recorde histórico. Em 2006, esse índice estava em 6%.
Há quatro anos, quando a Philips passou a estimular
a presença de mulheres em postos de grande
responsabilidade, a presença de executivas no topo
da hierarquia era de apenas 4%. A meta para 2008 é
elevar o índice para 10%.
atitude
Fevereiro/Março2008
Em Ação
Jujuy
Salta
Paraguay
Formosa
Chaco
Corrientes
Santa Fé
Entre Rios
Chile
Buenos Aires
Prevenção: caminhão já rodou a Argentina e o Chile diagnosticando o câncer feminino
Saúde sobre rodas
O Caminhão da Mulher percorre os países do Cone Sul
A
cada ano, entre 15 mil e 20 mil novos casos de
câncer de mama e 3 mil de câncer de útero são
diagnosticados entre as mulheres argentinas (segundo a Organização Mundial da Saúde, esta última sozinha mata
anualmente 250 mil mulheres em todo o mundo). Apenas
metade das pacientes são curadas. Esse percentual poderia
ser maior, caso a doença fosse detectada em seus estágios iniciais.“Quanto mais precoce a detecção e melhor a qualidade
do diagnóstico, maiores serão as possibilidades de tratamento
e de sobrevivência”, diz Maria Inês Ucke, presidente da Liga
Argentina da Luta contra o Câncer (Lalcec).
Essa constatação e a possibilidade de colocar seus equipamentos e sua tecnologia a serviço do combate a essa doença
levaram a Philips Argentina a procurar e a firmar uma sólida
parceria com a Lalcec. Ela se traduziu no lançamento, em 2007,
do Caminhão da Mulher, destinado à detecção do câncer entre
as populações de baixa renda do país. Dotado de aparelhos
Philips de última geração – ultra-som 4D, mamógrafo digital, raio
X e desfibrilador portátil –, o Caminhão é também equipado
com uma estação digital e comunicação via satélite. Efetuado
o exame, ele é enviado via satélite para as equipes médicas da
Lalcec, que estudam cada caso, fazem o diagnóstico imediato
e encaminham a paciente, se necessário, para o tratamento
adequado.“A idéia é melhorar a qualidade de vida da população
mais carente”, afirma Juan Larrañaga, presidente da Philips South
LatAm, que engloba os países do Cone Sul.“Não apenas ajuda-
mos as comunidades locais, como posicionamos a empresa como
uma companhia socialmente responsável e referência em termos
de tecnologia médica.”
No ano passado, o Caminhão da Mulher fez 3,3 mil testes,
atendendo mulheres das províncias de Buenos Aires, Santa Fé,
Salta e Jujuy, no norte do País. No fim de outubro, a unidade
móvel cruzou os Andes, prestando um serviço similar a 1,5
mil pessoas em Santiago, Roncágua, Santa Cruz e Linhares,
num trabalho conjunto com o Ministério da Saúde do Chile.
Numa primeira etapa, em 2008, será a vez do noroeste argentino, com visitas às províncias de Entre Ríos, Corrientes,
Chaco e Formosa. Mais tarde, será a vez do Paraguai, país
que também pertence ao cluster South LatAm da Philips.
Evolução
O Caminhão da Mulher representa mais uma demonstração do pioneirismo da Philips na área de sustentabilidade. Ele
significa, também, a continuidade de uma tradição iniciada em
1998, com o Caminhão da Saúde, que realizou mais de 14 mil
tomografias em menos de uma década, sempre voltadas ao
atendimento de populações de baixa renda.“A experiência do
primeiro caminhão, centrado no diagnóstico, deu lugar à ênfase
na prevenção, com foco na população feminina, do Caminhão
da Mulher”, diz Maria Alejandra Grignani, gerente de marketing
e de comunicação corporativa e também responsável por Susn
tentabilidade da Philips Argentina.
21
atitude
Fevereiro/Março2008
Funcionário Cidadão
22
A
ndréa Novato é
analista de tecnologia da informação
na fábrica de Capuava.
Trabalha na Philips há 13 anos e atua
como voluntária desde julho de 2007.
recuperação mais rápida e para
o despertar da leitura. Muitas vezes, a criança fica encantada, pois
nunca teve um livro ou alguém
que já lhe tivesse contado uma
história.
Por que decidiu ser voluntária do
projeto Contadores de Histórias?
Sempre gostei de ajudar e adoro
crianças. Então, por que não unir o útil
ao agradável? Contando histórias para
crianças e adolescentes hospitalizados
me sinto útil, valorizada. E tenho a
oportunidade de conhecer pessoas,
histórias de vida diferentes e ajudá-las.
Qual sua opinião sobre o
projeto?
O projeto Contadores de Histórias é maravilhoso, porque torna
a internação hospitalar menos difícil
para todos os envolvidos: criança,
família e profissionais da saúde.
O que mais a satisfaz atuando
como voluntária?
O sorriso de uma criança: nada
pode ser mais sincero e espontâneo.
É muito prazeroso proporcionar
momentos agradáveis para a criança
e sua família, contribuindo para uma
Shirlei Graziele Daré
(Aprendendo com a
Natureza - Varginha)
“F
ico
feliz
por poder contribuir com a
formação e a educação de
O que você diria aos colegas que
gostariam de ser voluntários?
Ser voluntário exige comprometimento, mas oferece a retribuição
do carinho oferecido e uma satisfação indescritível. Para ser voluntário basta ter vontade de doar o que
temos de mais simples e precioso:
n
tempo e energia.
crianças no que diz
respeito à preservação
do meio ambiente.
Estou há um ano no
projeto, e o que mais
me chama a atenção
é o fato de que o
conhecimento e as
informações adquiridas
pelas crianças acabam
sendo transmitidos
para os familiares, pois
elas compartilham
com eles o que
aprenderam. Nós
também aprendemos
muito com eles: a
necessidade de uma
comunicação clara,
por exemplo, acaba
aprimorando o ato de
falar em público.”
Manoel dos Santos
Ribeiro (Escola
de Informática e
Cidadania – São
Paulo)
I
nscrevi-me no EIC por dois
motivos principais: tenho facilidade com informática e, mais
importante, desejo contribuir
para a melhoria da qualidade e
da perspectiva de vida de pessoas que talvez estejam desiludidas
com o futuro. O conceito EIC é
muito interessante: mesclar conhecimento técnico com cidadania, permitindo uma visão de que
ninguém está condenado ao fracasso e que, com determinação
e esforço pessoal, podemos ser
melhores e estarmos abertos às
oportunidades que a vida nos
oferece.
n
Pequenas Atitudes
atitude
Fevereiro/Março2008
23
O Philipinho e a água
O problema não é apenas
do Brasil. A situação em todo
o mundo é grave – e o sinal
de alerta já foi acionado.
Preocupada com o problema,
a Organização das Nações
Unidas (ONU) instituiu o
dia 22 de março como o Dia
Mundial da Água.
O
lá, amiguinho.
Você consegue imaginar
um mundo sem
água? Como faria para tomar
banho? Ou matar a sede? De
que maneira sua mãe poderia
cozinhar os alimentos, limpar a
louça ou lavar suas roupas? Num
mundo desse, só o Cascão seria
feliz...
Pois saiba que as pessoas
desperdiçam muito a água e ela é
fundamental para a manutenção
da vida. Quase a metade da água
que os brasileiros tiram dos
mananciais é perdida. Chamamos
de mananciais os rios, as fontes
e as nascentes que enchem os
reservatórios com a água que sai
da nossa torneira. A maior parte
dela se perde por um motivo
bobo: canos furados.
Apenas essa água preciosa
que vai embora seria suficiente
para abastecer uma população de
38 milhões de pessoas, o mesmo
número dos habitantes de um
estado como São Paulo. É muita
gente, não? O desperdício não
pára por aí: as cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro e Vitória
apresentam um gasto diário de
220 litros por pessoa. Isso é o
dobro dos 110 litros ideais para
o consumo de uma pessoa por
dia.
máquina de lavar louça ou a de
roupas quando estiver cheia
l Para lavar sua casa, recolha e
use água da chuva
l Chame um encanador para
verificar se há vazamentos
l Não deixe ninguém usar a
mangueira para lavar a calçada.
Uma boa varrida basta
l Prefira o regador para molhar
as plantas
l Não jogue lixo em lagos, rios
e lagoas
n
Quando você vir alguém
desperdiçando água, lembre-se
que há 1,1 bilhão de pessoas
no mundo – ou uma em cada
seis pessoas – que não têm
acesso adequado à água de boa
qualidade. Avise a pessoa disso.
Quem sabe ela passe a dar mais
valor a este precioso líquido. E
também não custa nada seguir
as dicas abaixo. Se cada um fizer
direitinho sua parte, o problema
pode ser resolvido mais fácil. Eu
já faço a minha. E você?
l Não tome banhos demorados
l Feche a torneira ao escovar os
dentes (e peça para seu pai fazer
o mesmo ao se barbear)
l Diga para a mamãe só ligar a
atitude
Fevereiro/Março2008
Pequenas Atitudes
24
O que você pode fazer para economizar água, além de
conversar com seus pais e amigos para evitar o desperdício?
Muita coisa. Você pode começar a fazer sua parte agora: crie
um desenho bem bonito para mostrar às outras crianças a
importância de utilizar a água da melhor maneira possível.
Você pode mandar via correio ou, se o seu pai/mãe
trabalham na Philips, pode enviar por malote.
Nome:.......................................................................................Idade:.............................................................................................
Endereço:..........................................................................................................................................................................................
Cidade/Estado:.........................................................................CEP:................................................................................................
Nome do pai/mãe:...................................................................Unidade ou empresa:...................................................................
Envie para:
Philips – Departamento de Sustentabilidade
A/C Renata Macedo
Rua Verbo Divino, 1400 – 1º andar
Chácara Santo Antônio
04719-002 São Paulo (SP)

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