Obras de Urbanização - Município de Arcos de Valdevez

Transcrição

Obras de Urbanização - Município de Arcos de Valdevez
MUNICÍPIO
D E
ARCOS
D E
VALDEVEZ
S ervi ç o de Pl aneamento e O rdenamento do Terri tóri o
Obras de Urbanização
Parque da Feira de Soajo
Eira do Penedo
Processo
Praça Municipal
4974-003 Arcos de Valdevez
Tel: 258 520 500
Fax: 258 520 509
E-mail: [email protected]
110-09
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J u l h o
d e
2 0 0 9
Mu n i c íp i o d e A rc o s d e Val d e v e z |
TERMOS
Parque da Feira de Soajo – Eira do Penedo
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DE
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
RESPONSABILIDADE
Mu n i c íp i o d e A rc o s d e Val d e v e z |
TERMO
(C
DE
O O R D E N A D O R
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
RESPONSABILIDADE
D O
P R O J E C T O
)
Carlos Alberto Rocha Gomes Pereira Machado, arquitecto, residente em Arcos de Valdevez, inscrito na Ordem
dos Arquitectos Portugueses sob o número 7379 N, declara para os efeitos do disposto no nº1, artigo 10º,
Decreto - Lei nº555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei nº 60/2007, de 4 de
Setembro, que o projecto de Obras de Urbanização, do qual é coordenador, elaborado pelo Serviço de
Planeamento e Ordenamento do Território da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, relativo ao Parque da
Feira da Soajo, localizado na Eira do Penedo, freguesia de Soajo, concelho de Arcos de Valdevez, observa as
normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as disposições legais e regulamentares
aplicáveis.
Arcos de Valdevez, 13 de Julho de 2009
O técnico,
_________________________________________
(CARLOS ALBERTO R OCHA GOMES P EREIRA MACHADO, ARQº )
Parque da Feira de Soajo – Eira do Penedo
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TERMO
DE
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
RESPONSABILIDADE
Jorge Humberto Rodrigues Amorim, Engenheiro Civil, residente em Arcos de Valdevez, inscrito na Ordem dos
Engenheiros sob o n.º 56795, declara para os efeitos do disposto no nº1, artigo 10º, Decreto - Lei nº555/99, de
16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei nº 60/2007, de 4 de Setembro, que os projectos de
infra-estruturas viárias, abastecimento de água e drenagem de águas pluviais, elaborados pelo Serviço de
Planeamento e Ordenamento do Território da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, relativos ao Parque da
Feira da Soajo, localizado na Eira do Penedo, freguesia de Soajo, concelho de Arcos de Valdevez, observa as
normas técnicas gerais e específicas de construção, bem como as disposições legais e regulamentares
aplicáveis.
Arcos de Valdevez, 13 de Julho de 2009
O técnico,
________________________________________
(JORGE HUMBERTO RODRIGUES AMORIM, ENG.º CIVIL)
Parque da Feira de Soajo – Eira do Penedo
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MEMÓRIA DESCRITIVA
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INDICE
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................2
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS................................................................................................................................2
3. PROPOSTA..................................................................................................................................................2
4. PAVIMENTOS...............................................................................................................................................4
5. SINALIZAÇÃO...............................................................................................................................................5
6. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS.......................................................................................................................6
7. ABASTECIMENTO DE ÁGUA (REGA)...................................................................................................................8
8. VERIFICAÇÕES FINAIS E ENSAIOS.......................................................................................................................8
9. OMISSÕES..................................................................................................................................................9
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1. INTRODUÇÃO
Refere-se a presente memória descritiva ao projecto das obras de urbanização para a execução do Parque da
Feira de Soajo,
Soajo no lugar da Eira do Penedo, freguesia de Soajo, concelho de Arcos de Valdevez.
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
A proposta de intervenção tem como objectivo a construção do Parque da Feira de Soajo, bem como a
requalificação das vias de circulação confinantes que lhe dão acesso, de forma a que este equipamento de
utilização colectiva, possa servir os interesses municipais em termos de desenvolvimento local, potenciando a
oportunidade 'oferecida' pela disponibilidade de terreno e pela localização que apresenta.
A sua construção permitirá elevar o nível de atendimento à população residente e presente assim como
permitirá valorizar funcionalmente e paisagísticamente um espaço que estando localizado no aglomerado
urbano de Soajo, confina com uma importante via de acesso ao maciço montanhoso da serra e santuário da
Peneda sendo 'contíguo' à Eira do Penedo (conjunto de espigueiros) e cemitério da freguesia. É por isso um
espaço de eleição para que possa responder ao apelo popular que há muito reivindicam este equipamento e
paralelamente responder a alguns imperativos que se colocaram à autarquia.
Foi realizado um levantamento topográfico da área de intervenção, bem como da sua envolvente próxima.
Atendendo à solução de pavimento proposta, considerou-se que o terreno apresenta características adequadas
à execução do mesmo, pelo que não foram realizados estudos geológicos e geotécnicos.
Nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 1.º do Decreto Lei 69/2000, de 3 de Maio, na redacção conferida pelo
Decreto Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro, o presente projecto está isento da realização de avaliação de
impacte ambiental.
3. PROPOSTA
Com a construção do Parque da Feira de Soajo pretende-se, de uma forma genérica, responder ao enunciado
anteriormente em matéria de desenvolvimento local atendendo às condições pré-existentes e objectivos
específicos para a utilização do equipamento.
A intervenção privilegia a resposta às necessidades e dinâmica actualmente existentes com a realização da
Feira de Soajo (mensal), procurando integrar aspectos de natureza paisagística e aspectos de natureza
regulamentar.
Caracteriza-se por isso a proposta de intervenção de acordo com os seguintes pontos:
Organização e assentamento da estrutura
O terreno existente é aparentemente 'plano' e de geometria com configuração irregular. Apresenta-se articulado
com duas vias de circulação (estrada municipal e caminho público) e em boa extensão do perímetro é vedado
com muros de alvenaria de granito.
A solução procura obter o melhor aproveitamento das características do terreno existente atendendo aos
condicionalismos impostos pelas cotas existentes. A modelação do terreno foi conseguida em resposta às
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necessidades tecnicamente exigidas e com o objectivo de garantir uma estrutura de assentamento e
organização que permita boa mobilidade e acessibilidade.
Também foi objectivo da modelação e organização a necessidade de garantir uma estrutura 'flexível' aos
propósitos do programa, nomeadamente, a intenção objectiva e prioritária de poder ai funcionar a feira e a
intenção de poder ser um espaço de acolhimento e permanência temporária de veículos e pessoas,
principalmente para quem visita o aglomerado e particularmente a Eira do Penedo ou o cemitério.
Faixa de rodagem
Está prevista a requalificação da EM 530 na zona da intervenção, onde será definida uma faixa de rodagem com
5,00m de largura (condicionada pela actual largura da estrada), integrando-se ao longo da mesma um conjunto
de lugares de estacionamento, dispostos perpendicularmente ao eixo da estrada, sendo 29 lugares destinados
a veículos ligeiros e 2 destinados a veículos ligeiros que transportem pessoas com mobilidade condicionada.
Esta faixa de rodagem será em betão betuminoso, sendo os lugares de estacionamento em cubo de granito.
O caminho de acesso ao cemitério, terá igualmente 5,00m de largura, sendo pavimentado em cubo de granito
de 11x11x11cm de aresta.
O perfil tipo a adoptar propõe uma inclinação transversal de 2,50 % para a faixa de rodagem e baia de
estacionamento.
A transição dos arruamentos existentes para os da proposta, será realizada através de rampas em cubo de
calcário, logo de cor contrastante, de forma a destacar a elevação.
Passeios
As zonas de circulação pedonal, terão larguras variáveis e serão executados em cubo de granito amarelo de
5x5x5cm de aresta.
Os passeios terão largura variável, sendo adoptado uma inclinação transversal de 0,50 % para os passeios,
ajustável mediante os acessos.
Lotes da feira
Está prevista a construção de 40 lotes para a feira, dispostos de acordo com o definido nas peças desenhadas.
De forma a reduzir a área impermeável, os lotes destinados à feira serão pavimentados com grelhas de
enrelvamento, delimitados por lancis de granito.
A transição entre os diferentes pavimentos será feira com recurso a guias de granito, que serão colocadas com
um desnível de 2 cm entre as faixas de rodagem / estacionamento e os passeios, e de nível nos restantes
casos.
Estrutura verde
A intervenção preconizada, como referido, procura intervencionar o espaço qualificando-o funcionalmente e
paralelamente salvaguardando aspectos de ordem ambiental e paisagística. À adopção de materiais
semipermeáveis para revestimento de uma boa parte das superfícies a pavimentar é aliada a uma proposta de
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introdução de árvores e de arbustos, os quais favorecem a organização das funções dos diferentes espaços
que compõem a estrutura e promovem uma valorização paisagística e conforto de utilização do espaço.
4. PAVIMENTOS
As áreas a pavimentar deverão obedecer às disposições construtivas abaixo descritas.
Pavimentos em betão betuminoso
1) Abertura de caixa;
2) Base de agregado britado de granulometria extensa com 20 cm de espessura após recalque;
3) Camada de ligação em macadame betuminoso com 8 cm de espessura após recalque, antecedida
de rega de colagem;
4) Camada de desgaste em betão betuminoso 0/14 mm com 5 cm de espessura após recalque,
antecedida de rega de colagem.
Pavimentos em cubo de granito cinzento 11x11x11cm
1) Abertura de caixa;
2) Base de agregado britado de granulometria extensa com 20 cm de espessura após recalque;
3) Revestimento em cubo de granito cinzento de 11x11x11 cm de aresta, assente em traço seco (1:3)
de cimento e areia ao traço , com 5 cm de espessura.
Pavimentos em blocos de betão pré-fabricado
1) Abertura de caixa;
2) Base de agregado britado de granulometria extensa com 20 cm de espessura após recalque;
3) Revestimento em blocos de betão pré-fabricado, de 20x10x5,5 cm, assente em traço seco (1:3) de
cimento e areia ao traço , com 5 cm de espessura.
Passeios em cubo de granito amarelo 5x5x5cm
1) Abertura de caixa;
2) Base de agregado britado de granulometria extensa com 20 cm de espessura após recalque;
3) Revestimento em cubo de granito amarelo de 5x5x5 cm de aresta, assente em traço seco (1:3) de
cimento e areia ao traço , com 5 cm de espessura
Pavimentos em grelhas de enrelvamento
1) Abertura de caixa;
2) Base composta por uma camada de brita de pedra granítica de 0/45 mm, com 20 cm de espessura;
3) Manta geotêxtil de 150 g/m2;
4) Camada de areia ou areão de 5cm de espessura;
5) Revestimento em grelhas de enrelvamento do tipo "Ritter" ou equivalente, com 39x50x4,5 cm, cor
verde, em polietileno de alta densidade com capacidade de carga superior a 200 t/m2, incluindo
enchimento com terra vegetal e areia, misturados a 50% e relvado por sementeira de mistura de
sementes de 45% Lolium Perenne, 30% Festuca Arundinacea, 30% Festuca Rubra Rubra, 5% Poa
Pratensis, com uma densidade de 50g/m2.
Lancis
Os lancis para delimitação da faixa de rodagem e do estacionamento com os passeios ou espaços verdes,
serão em granito cinzento com dimensões 20x20x100 cm, assentes sobre fundação em betão simples C20/25,
de espessura uniforme de 25cm e largura de 7,5cm de cada lado do lancil.
Os lancis para delimitação de caldeiras de árvores e de passeios com os espaços verdes serão em granito
cinzento com dimensões 10x20x100 cm, assente sobre fundação em betão simples C20/25, de espessura
uniforme de 25cm e largura de 7,5cm de cada lado do lancil.
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5. SINALIZAÇÃO
Será aplicada sinalização de trânsito necessária para garantir que o trânsito viário se processe com segurança.
A sinalização deverá obedecer ao disposto no Decreto Regulamentar 22-A/98 de 1 de Outubro, com as
alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar N.º 41/2002 de 20 de Agosto.
A sinalização horizontal e vertical a aplicar será a definida nas peças desenhadas.
5.1. Sinalização Vertical
As dimensões e os diversos materiais constituintes dos sinais deverão estar devidamente homologados. A
colocação dos sinais deverá obedecer ao seguinte:
- A sua colocação será do lado direito no sentido do trânsito a que respeitam;
- Todos os sinais terão um diâmetro/lado de 70cm;
- A distância entre a extremidade do sinal mais próxima da faixa de rodagem e a vertical do limite desta
não deve ser inferior a 50cm, salvo casos excepcionais de absoluta impossibilidade;
- A altura dos sinais acima do solo entre o ponto mais alto do passeio e o bordo inferior do sinal não
deverá ser inferior a 220cm, mantendo-se uniforme, salvo casos excepcionais de absoluta
impossibilidade.
Serão colocados os seguintes sinais de transito:
Sinais de Cedência de passagem
- B2, paragem obrigatória;
Sinais de perigo:
- A2a + M1a, lomba a 50m;
Sinais de informação:
- H1a + M11d + M10a, estacionamento autorizado a veículos portadores do dístico de deficiente – 2
lugares;
- H6, velocidade recomendada;
- H7, passagem para peões;
5.2. Sinalização horizontal
As marcas rodoviárias destinam-se a regular a circulação e a advertir e orientar os utentes das vias públicas.
Marcas longitudinais
As marcas longitudinais são linhas apostas na faixa de rodagem, separando sentidos ou vias de trânsito.
Serão marcadas a cor branca com 10cm de largura:
M1 - “Linha contínua” - significa para o condutor proibição de a pisar ou transpor e, o dever de transitar
à sua direita, quando aquela fizer a separação de sentidos de trânsito.
M2 - “Linha descontínua” – significa para o condutor o dever de se manter na via de trânsito que aquela
delimita, só podendo ser pisada ou transposta para efectuar manobras. Será adoptada uma relação
traço / espaço de 1,00 / 1,50.
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Marcas Transversais
As marcas transversais são linhas apostas no sentido da largura da faixa de rodagem e que podem ser
completadas por símbolos ou inscrições.
Serão marcadas a cor branca com 50 cm de largura:
M8 - “Linha de paragem” – indica para o condutor o local de paragem obrigatória, imposta por meio de
sinalização vertical.
M11 - “Passagem para peões” – indica ao condutor os locais onde existe a possibilidade de encontrar
peões a efectuar o atravessamento da via e é constituída por barras longitudinais paralelas ao eixo da
via, alternadas por intervalos regulares.
6. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
6.1. Descrição da rede
Na concepção do sistema de drenagem de águas pluviais, procurou-se essencialmente responder às
exigências de recolha das águas pluviais que afluirão às zonas pavimentadas e a sua condução até ao destino
final.
O sistema de drenagem será composto por dispositivos de recolha, nomeadamente sumidouros, que
encaminharão as águas recolhidas para caixas de drenagem existentes.
6.2. Bases de Dimensionamento
O cálculo hidráulico dos diversos elementos que constituem a rede pluvial foi realizado com recurso a folha de
cálculo automático e atendendo às disposições regulamentares e bibliografia especializada.
Em função das áreas a drenar utilizou-se a equação racional para determinação dos caudais de cálculo dos
diversos elementos, dada por:
Q = CIA, onde:
Q = Caudal de cálculo
C = Coeficiente de escoamento
I = Intensidade de precipitação
A = área a drenar em projecção horizontal
Coeficiente de escoamento (C)
Os coeficientes de escoamento adoptados, foram determinados para cada trecho da rede de drenagem, tendo
em atenção as áreas impermeáveis e permeáveis que para eles confluem.
Intensidade de precipitação (I)
Na determinação do valor da intensidade média máxima de precipitação (I), através da expressão I=a.tb
atendeu-se aos seguintes factores:
Região pluviométrica
C;
Tempo de concentração
5 min;
Período de retorno
5 anos (a=311,11; b= -0,562)
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Critérios de projecto
Os critérios de concepção e dimensionamento considerados foram os seguintes:
- Velocidade de escoamento máxima: 5 m/s;
- Velocidade mínima no início da exploração: 0.9 m/s
- Inclinações compreendidas entre 0,30% e 15,00%;
- Diâmetro mínimo de 200 mm.
Cálculo hidráulico
O dimensionamento de colectores é realizado com recurso à expressão de Manning-Strickler.
O cálculo dos caudais a drenar, assim como o dimensionamento hidráulico dos diversos trechos da rede foram
efectuados de acordo com os padrões anteriormente explicitados e serão apresentados em quadros anexos à
presente memória.
Nas peças desenhadas que acompanham o presente Projecto de Execução são indicados os calibres
constituintes dos colectores mais significativos da rede de drenagem.
6.3. Elementos Constituintes e Aspectos Construtivos
Tubagem
A rede será executada na sua generalidade em tubo de PP corrugado de dupla parede da classe SN8 do tipo
“PLOMYSAN” da Lusofane ou equivalente, desde que devidamente homologados pelo LNEC. O tubo será de
cor negra para identificar que se trata de uma rede de águas residuais pluviais. Os acessórios serão do mesmo
tipo de material. Os diâmetros serão os indicados nas peças desenhadas.
Serão colocadas as caixas de visita regularmente exigíveis, indicadas nas peças desenhadas.
Assentamento das tubagens
As tubagens serão assentes em vala com largura L = 0.5+D ext para diâmetros iguais ou inferiores a 500mm e L
= 0.7+Dext para diâmetros superiores a 500mm. No entanto, sempre que a profundidade da vala for superior a
2.00m, em que se utiliza tubagem com diâmetro igual ou inferior a 500mm, a largura daquela será sempre de
1.15m, afim de se utilizar painéis de entivação pré-fabricados e que garantem eficazmente a estabilidade do
terreno.
As profundidades mínimas adoptadas estão convenientemente identificadas nos desenhos de pormenor.
Serão executadas as entivações das valas em função das profundidades encontradas, adoptando as soluções
que melhor se adaptem a cada uma das situações, sem nunca pôr em risco a estabilidade do local de trabalho
e a segurança de pessoas e bens.
Sumidouros
Os sumidouros serão colocados nas valetas ou junto aos passeios, sendo a entrada dos caudais feita
superiormente, através de tampa em grade de ferro fundido de grafite esferoidal GS 500-7 da classe C250kN.
Os ramais de ligação serão realizados em tubagem de características idênticas à das constituintes da rede
geral, de diâmetro Ø 200mm.
A inserção dos ramais de ligação na rede geral será feita através de caixas de visita, sendo a sua localização e
respectivas caixas de ligação indicada em peça desenhada própria.
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7. ABASTECIMENTO DE ÁGUA (REGA)
O abastecimento de água será executado através de um ramal de ligação à rede pública existente no caminho
de acesso ao cemitério, com recurso a uma abraçadeira de tomada em carga.
Será construido um nicho para alojar o contador volumétrico, embutido no muro em alvenaria de granito, no
local assinalado nas peças desenhadas.
Caudais
Os caudais considerados no dimensionamento da rede foram os seguintes:
Aparelho
Boca de rega ou lavagem
Caudal Mínimo(l/s)
Diâmetro exterior mínimo (mm)
0.30
32
O cálculo hidráulico da rede foi desenvolvido de acordo com os métodos e os padrões habituais em estudos
desta natureza.
As bocas de rega / lavagem, foram localizadas estrategicamente, de forma a possibilitar a rega dos espaços
verdes, bem como a lavagem de pavimentos, sempre que necessário.
Está ainda previsto a abastecimento de água a uma banca de lavagem, que comportará dois pontos de água,
para apoio ao parque da feira.
Tubagem
A rede de distribuição será realizada com tubagem de Polietileno de alta densidade (PE100, PN10), conforme
indicado nas peças desenhadas, com o diâmetro da conduta de Ø32mm.
As tubagens serão assentes em valas com largura L > 0,5+Dext e a uma profundidade mínima de 0.80m,
medido do extradorso da tubagem ao nível do terreno, de acordo com desenho de pormenor.
Na instalação de tubagens será de atender à necessidade de garantir uma inclinação mínima entre ramais da
ordem dos 0,5%.
Nos pontos singulares da rede as tubagens apoiar-se-ão em maciços de amarração devidamente
dimensionados.
8. VERIFICAÇÕES FINAIS E ENSAIOS
Redes de esgotos (pluvial)
Depois de executadas, as redes de esgotos serão submetidas a um ensaio para verificação do seu
funcionamento, devendo ter-se especial atenção à retirada eventual de corpos estranhos ou restos de
argamassa no interior das canalizações.
A rede será cheia de água, obturando a extremidade a jusante dos colectores, não se devendo verificar
quaisquer redução de pressão durante um período de ensaio não inferior a 15 minutos. Repetir-se-á o ensaio
até que todas as juntas ofereçam garantia. Somente depois de verificadas as boas condições de funcionamento
e após aprovação da fiscalização é que se poderá proceder ao tapamento de valas.
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Rede de abastecimento de água
Todas as canalizações, antes de entrarem em serviço, serão sujeitas a verificações e ensaios com a finalidade
de assegurar a perfeição do trabalho de assentamento e do seu funcionamento hidráulico.
Inicialmente será feita a verificação dos traçados, seguindo-se o ensaio de estanquidade e prova de
funcionamento hidráulico. A verificação do traçado da rede deverá estar de acordo com o projecto aprovado e
deverá ser feita com as canalizações e respectivos acessórios totalmente à vista.
Os ensaios de estanquidade devem ser realizados com as canalizações, juntas e acessórios à vista,
convenientemente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de dispositivos de utilização.
O processo de execução do ensaio constará da ligação da bomba de ensaio de manómetro, no ponto de
menor cota do troço a ensaiar, e o respectivo enchimento das canalizações, libertando-lhes todo o ar nelas
contido, por forma a garantir uma pressão igual a uma vez e meia a pressão de serviço. O manómetro da
bomba não deve acusar qualquer redução durante um período mínimo de 30 minutos. Após esta operação, o
troço ensaiado deverá ser esvaziado.
9. OMISSÕES
Em tudo a que esta memória for omissa aplicar-se-ão as boas normas de construção tendo em consideração a
segurança e funcionalidade da obra, e seguir-se-á a legislação e regulamentação em vigor, o Regulamento
Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais – Decreto
Regulamentar n.º 23/95 de 23 de Agosto, Regulamento de Sinalização de Trânsito - Decreto-Regulamentar N.º
22-A/98 de 1 de Outubro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Regulamentar N.º 41/2002 de 20 de
Agosto, o caderno de encargos anexo, e as demais indicações da fiscalização.
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Os técnicos,
______________________________________
(CARLOS ALBERTO ROCHA GOMES PEREIRA MACHADO , ARQº)
______________________________________
(JORGE HUMBERTO RODRIGUES AMORIM, ENG.º CIVIL)
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CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA TÉCNICA:
Carlos Alberto Machado, Arquitecto Coordenador
Jorge Amorim, Engenheiro Civil
Albano Araújo, Urbanista - Planeador Territorial
Marlena Sousa, Técnica de CAD
António Pinheiro, Topógrafo
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CALENDARIZAÇÃO
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CALENDARIZAÇÃO
Tr abalho s
Dur ação
(dias)
Estaleiro, Plano Segurança
98
Trabalhos Preparatórios
28
Pavimentos
56
Sinalização
7
Arborização e espaços verdes
21
Abastecimento de água
14
Drenagem de águas pluviais
28
Infra-estruturas de energia eléctrica
28
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Semanas
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
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CADERNO
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DE
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ENCARGOS
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INFRA-ESTRUTURAS VIÁRIAS
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS
Infra-Estruturas Viárias
Condições Técnicas Especiais
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ÍNDICE
0. Condições Comuns a Todos os Materiais .......................................................................................................3
0.1. Materiais Especificados...........................................................................................................................3
0.2. Materiais não especificados ....................................................................................................................4
0.3. Trabalhos não especificados...................................................................................................................4
1. Trabalhos Preliminares......................................................................................................................................4
1.1. Limpeza e Desmatação...........................................................................................................................4
1.2. Decapagem..............................................................................................................................................4
1.3. Saneamentos na fundação dos aterros ou no leito do pavimento em escavação.................................5
1.4. Protecção da vegetação existente...........................................................................................................5
1.5. Demolições...............................................................................................................................................5
2. Escavações e Aterros.......................................................................................................................................6
2.1. Generalidades..........................................................................................................................................6
2.2. Escavações..............................................................................................................................................6
2.3. Aterros......................................................................................................................................................7
2.4. Materiais em excesso...............................................................................................................................9
2.5. Nota..........................................................................................................................................................9
3. Pavimentação....................................................................................................................................................9
3.1. Natureza e Qualidade dos Materiais........................................................................................................9
3.2. Prescrições Comuns a Todos os Materiais..............................................................................................9
3.3. Materiais para Leito do Pavimento.........................................................................................................10
3.4. Água.......................................................................................................................................................10
3.5. Cimento..................................................................................................................................................10
3.6. Areia para Calçadas...............................................................................................................................10
3.7. Areia para Betão e Argamassas............................................................................................................10
3.8. Granito para Calçada.............................................................................................................................11
3.9. Britas para Betão....................................................................................................................................11
3.10. Pedra para Lancis e Guias...................................................................................................................11
3.11. Pedra para Pavimentação de Passeios em Calcário...........................................................................11
3.12. Argamassa...........................................................................................................................................12
3.13. Lancil em Betão....................................................................................................................................12
3.14. Madeiras...............................................................................................................................................12
3.15. Betume.................................................................................................................................................12
3.16. Betume Fluidificado..............................................................................................................................12
3.17. Emulsões Betuminosas........................................................................................................................12
3.18. Aditivos Especiais para Misturas Betuminosas...................................................................................13
3.19. Filler para Misturas Betuminosas.........................................................................................................13
3.20. Agregados para Misturas Betuminosas...............................................................................................13
3.21. Materiais para Base de Granulometria Extensa...................................................................................14
3.22. Macadame Betuminoso em Camada de Base....................................................................................14
3.23. Betão Betuminoso de Regularização...................................................................................................15
3.24. Betão Betuminoso de Desgaste..........................................................................................................16
3.25. Tubagens em Betão.............................................................................................................................17
3.26. Impregnação Betuminosa ...................................................................................................................18
3.27. Camadas de Macadame Betuminoso e Betão Betuminoso ..............................................................18
4.0. Betão............................................................................................................................................................19
4.1. Betões normais para aplicação em obra...............................................................................................19
4.2. Elementos de betão armado betonados “In Situ”.................................................................................29
4.3. Armaduras para betão armado..............................................................................................................30
4.4. Moldes e Cimbres..................................................................................................................................32
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0. CONDIÇÕES COMUNS A TODOS OS MATERIAIS
0.1. Materiais Especificados
Os materiais e elementos a utilizar na obra deverão satisfazer as condições referidas nas presentes Condições
Técnicas Especiais (C. T. E.).
Os materiais e elementos de cada lote só poderão ser aplicados na obra depois de efectuada a sua recepção
pela Fiscalização. A recepção será feita com base na verificação de que satisfazem as características
especificadas neste C.E. . Consideram-se fazendo parte do E. E., os documentos a ele anexados durante as
fases de concurso e execução da obra.
O empreiteiro deverá garantir a existência, em depósito, das quantidades de materiais e elementos necessários
à laboração normal dos trabalhos. Será normal a existência em depósito de materiais que garantam um mínimo
de 15 dias de laboração.
Quando da recepção de cada lote, deverá ser elaborado pelo empreiteiro um boletim de recepção onde
deverão constar:
- Identificação da obra;
- Designação do material ou do elemento;
- Número do lote;
- Data de entrada na obra;
- Decisão de recepção e visto da Fiscalização.
Ao boletim de recepção deverão ser anexados os seguintes documentos:
- Certificado de origem;
- Guia de remessa;
- Boletins de ensino.
O empreiteiro poderá propor a substituição de qualquer especificação de materiais, desde que a solidez,
estabilidade, aspecto, duração e conservação da obra não sejam prejudicados. A proposta deverá ser feita por
escrito, devidamente fundamentada e indicando pormenorizadamente as características de qualidade a que o
material irá satisfazer. Compete à Fiscalização, aprovar ou rejeitar a proposta de substituição, a qual poderá ser
considerada a alteração das condições administrativas, nomeadamente prazos e custos. A aprovação de uma
alteração de especificação para um determinado material não isentará nenhum lote de ser submetido à
recepção prevista, nem isentará o Empreiteiro da responsabilidade sobre o seu comportamento.
Os materiais ou elementos sujeitos a homologação obrigatória ou classificação obrigatória só poderão ser
aceites se acompanhados do respectivo Documento de Homologação ou Classificação, passado por um
laboratório oficial. A homologação ou classificação não isentará os materiais de serem submetidos aos ensaios
previstos neste C.E.
O armazenamento deverá ser feito por sistema, em armazéns fechados que ofereçam segurança e protecção
contra as intempéries e a humidade do solo. A Fiscalização decidirá quais os materiais que, pelas suas
características ou dimensões, poderão ser armazenados em depósitos ao ar livre.
Os materiais deverão ser armazenados por lotes separados e identificados, devidamente arrumados de modo a
permitirem a circulação e acesso. A fiscalização poderá autorizar a não separação por lotes, desde que a
origem e o tipo de materiais sejam os mesmos. Quando as condições especiais forem omissas, a divisão em
lotes será feita por origem, tipos e datas de entrada na obra.
Os ensaios a realizar são os previstos no presente C.E., relativos a cada material ou elemento. Serão sempre
realizados os ensaios indicados como obrigatórios neste C.E., bem como os outros ensaios previstos e que a
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fiscalização entender necessários. Os encargos respectivos são da conta do empreiteiro.
A colheita de amostras, sua preparação e embalagem serão efectuadas na presença da fiscalização e do
empreiteiro.
Os ensaios serão realizados num laboratório oficial, ou noutro laboratório de reconhecida competência desde
que autorizado pela fiscalização.
Os ensaios serão realizados num laboratório oficial, ou noutro laboratório de reconhecida competência desde
que autorizado pela fiscalização.
Se os resultados dos ensaios não satisfizerem, será rejeitado o respectivo lote.
0.2. Materiais não especificados
Todos os materiais não especificados e que tenham emprego na obra deverão satisfazer as Condições Técnicas
deste Caderno de Encargos. Em particular, deverão satisfazer os regulamentos que lhe dizem respeito - Normas
Portuguesas. Documentos de Homologação e de Classificação, bem como as normas de boa construção. Em
qualquer dos casos, serão submetidos à aprovação da fiscalização, que poderá determinar a realização de
ensaios especiais para comprovação das suas características.
0.3. Trabalhos não especificados
Os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos, que forem necessários para o cumprimento da
presente empreitada, serão executados com perfeição e solidez, tendo em vista os Regulamentos, Normas e
demais legislação em vigor, as indicações do projecto e as instruções da fiscalização.
Quando não seja completamente definida a forma da sua inclusão no mapa referido no Art.º 209.º do DecretoLei n.º 59/99 de 2 de Março, as medições consequentes serão feitas de comum acordo entre a fiscalização e o
empreiteiro, seguindo-se as normas habituais.
1. TRABALHOS PRELIMINARES
1.1. Limpeza e Desmatação
As superfícies de terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente limpas de construções, pedra grossa,
detritos e vegetação lenhosa (arbustos e árvores) conservando todavia a vegetação sub-arbustiva e herbácea, a
remover com a decapagem.
A limpeza ou desmatação deve ser feita em toda a área abrangida pelo projecto, e inclui a remoção das raízes e
do remanescente do corte de árvores.
Quando a fundação do aterro é caracterizada como compressível, a desmatação não deverá incluir, em
princípio, as espécies arbustivas.
Nas situações em que esteja prevista a utilização de geotêxteis, a desmatação abrangerá todas as espécies
cujo porte possa causar danos ao geotêxtil. Nestes casos não se procederá ao seu desenraizamento.
1.2. Decapagem
As áreas dos terrenos a escavar devem ser previamente decapadas da terra arável e da terra vegetal ou com
elevado teor em matéria orgânica qualquer que seja a sua espessura. Esta operação deve ser sempre estendida
às áreas a ocupar pelos caminhos paralelos ou outros equipamentos (restabelecimentos, áreas de serviço, etc),
e ser executada de uma forma bastante cuidada para evitar posteriores contaminações dos materiais a utilizar
nos aterros.
A terra vegetal proveniente da decapagem será aplicada imediatamente ou armazenada em locais aprovados
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pela Fiscalização para aplicação posterior, ou conduzidas a depósito definitivo, ficando a cargo do Adjudicatário
quaisquer indemnizações que porventura tenham lugar. Não é permitida a colocação provisória em cordão ao
longo do traçado.
Desde que, por razões ambientais, não haja a conveniência de salvaguardar todas as terras vegetais
disponíveis, e no caso do solo de fundação não ser compressível, a decapagem só deve ser realizada quando
os aterros tiverem uma altura não superior a 3 m.
Acresce precisar que a operação de decapagem, definida em projecto, nada tem a ver com saneamentos.
1.3. Saneamentos na fundação dos aterros ou no leito do pavimento em escavação
Entende-se por saneamento a remoção de solos de má qualidade.
Estes trabalhos, normalmente realizados na preparação das fundações dos aterros ou à cota onde assenta o do
leito do pavimento em escavação, incluem ainda, o seu transporte a vazadouro, o espalhamento de acordo com
as boas normas de execução de modo a evitar futuros escorregamentos e alterações no sistema de drenagem
natural, e as indemnizações a pagar por depósito.
Para efeitos de medição só será considerado como saneamento quando esta remoção for realizada em zonas
pontuais e quando haja necessidade de se recorrer a equipamento específico para este fim como seja o caso
junto às linhas de água de difícil acesso. Caso contrário, estes trabalhos serão incluídos na rúbrica de
escavação de solos a rejeitar por falta de características para aplicação em aterros, incluíndo carga, transporte,
espalhamento em vazadouro e eventual indemnização por depósito, e considerada como uma sobrescavação
em relação ao perfil teórico.
Qualquer saneamento exige a confirmação pela Fiscalização, e a aprovação prévia da espessura e da extensão
a sanear, sem o que não serão considerados para efeitos de medição.
Todos os trabalhos de substituição de solos que o Adjudicatário possa executar sem a respectiva aprovação
prévia, não serão considerados.
1.4. Protecção da vegetação existente
Toda a vegetação arbustiva e arbórea da zona da estrada, nas áreas não atingidas por movimentos de terras,
será protegida, de modo a não ser afectada com a localização de estaleiros, depósitos de materiais, instalações
de pessoal e outras ou com o movimento de máquinas e viaturas. Compete ao Adjudicatário tomar as
disposições adequadas para o efeito, designadamente instalando vedações e resguardos onde for conveniente
ou necessário.
Da vegetação existente nas áreas a escavar ou a aterrar, e que, de acordo com o previsto no projecto, for
recuperável, será transplantada, em oportunidade e para locais indicados no projecto ou pela Fiscalização.
1.5. Demolições
1.5.1 - Objectivos
Definir as condições de execução de demolições necessárias à execução da obra, incluindo a remoção dos
produtos demolidos.
1.5.2 - Disposições Regulamentares
1.5.2.1 - Legislação
Decreto-Lei nº. 521/71, de 24.11.71, rectificado no Diário do Governo, 1ª. série, nº. 304, de 31.12.71 ;
Portaria nº. 335/97, de 16.05.97 ;
Decreto-Lei nº. 46/2008, de 12.03.08 .
1.5.3 - Operações Compreendidas
Como demolições compreendem-se todas as operações necessárias à remoção das obras demolidas, seu
transporte e deposição nos locais que forem fixados no Projecto ou acordados com a Fiscalização.
1.5.4 - Plano de Demolições
O empreiteiro será obrigado a submeter à aprovação da Fiscalização um plano de demolições em que fique
bem expresso o processo de trabalho previsto e o destino dos materiais demolidos.
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1.3.5 - Execução do Trabalho
1.3.5.1 - Operações preliminares, sinalização da zona dos trabalhos
A zona dos trabalhos será devidamente sinalizada.
1.3.5.2 - Remoção dos produtos de demolição
1.3.5.2.1 - Os produtos de demolição não utilizáveis serão removidos para fora do local da obra.
1.3.5.2.2 - Os produtos de demolição utilizáveis na obra serão aplicados nos locais definitivos ou colocados em
depósito em locais acordados com a Fiscalização.
2. ESCAVAÇÕES E ATERROS
2.1. Generalidades
a) Todos os materiais, equipamentos, mão-de-obra e supervisão necessários à execução de escavações e
aterros, devem estar considerados a esta especificação e os desenhos que lhes digam respeito.
b) Todos os materiais serão da melhor qualidade, estando sujeitos à aprovação da fiscalização que terá em
qualquer altura o pleno direito de rejeitar qualquer trabalho ou materiais que na sua opinião não se conformem
com o indicado nos desenhos, aprovados ou nas especificações.
c) Todas as divergências entre o referido nesta especificação e quaisquer normas, regulamentos ou desenhos,
devem ser apresentada à fiscalização para esclarecimento antes de se executar a parte correspondente do
trabalho.
d) Em tudo o que esta especificação seja omissa, aplicar-se-ão os regulamentos e regras de construção que
concretamente se relacionam com os trabalhos de escavação e aterros, nomeadamente o regulamento de
Segurança da Construção Civil.
2.2. Escavações
a) - Cotas e alinhamentos no terreno
Antes de se indicarem os trabalhos de escavação, o empreiteiro deverá verificar se as cotas, alinhamentos e
áreas do projecto estão perfeitamente implantadas no terreno e se não existem quaisquer divergências entre os
elementos eventualmente fornecidos e os especificados no projecto.
Se existirem quaisquer divergências deve requerer a imediata aprovação da fiscalização para as correcções a
fazer e isto antes de iniciar os trabalhos. Uma vez começados não serão aceites quaisquer reclamações sobre
os elementos de implantação que eventualmente lhe tenham sido fornecidos, sendo da responsabilidade do
empreiteiro todos os encargos relacionados com as correcções a fazer.
b) - Cuidados a ter na escavação
Antes de começar o trabalho, o empreiteiro deve certificar-se da localização e natureza de todos os serviços
subterrâneos existentes e deve tomar todas as precauções possíveis a fim de evitar quaisquer danos nestes
serviços e/ou interferências com eles durante os trabalhos.
A utilização de explosivos só pode ser feita após prévia autorização da fiscalização.
c.0) Tipos de escavação
Se nada em contrário for especificado são considerados para efeitos da definição das quantidades distintas do
trabalho, os três seguintes tipos de escavação:
c.1) Escavação em solo brando
Corresponde, em geral, as camadas superiores de terra vegetal e subjacente, caracterizada pelo emprego
possível da pá e enxada.
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c.2) Escavação em solo firme ou rocha branda
Corresponde, em geral, a solo de fundação aceitável, caracterizado pela necessidade do emprego da picareta.
c.3) Escavação em rocha dura
Corresponde em geral, a solo de fundação, caracterizado pela necessidade de emprego de martelo compressor
e explosivos.
d) Técnicas de execução
d.1) Escavações a mais
As escavações serão feitas por meios mecânicos ou não, até as cotas indicadas nos desenhos ou aqueles que
sejam determinadas pela fiscalização.
Quaisquer escavações levadas abaixo da profundidade requerida, por imprevidência, serão cheias até à cota
correcta com betão em massa ou com o mesmo material da sub-base, conforme se trate de escavações para
fundações ou para arruamentos. Em valas para tubagens, este enchimento será feito com material arenoso.
Deverão tomar-se todas as preocupações para evitar o empolamento ou a retracção do solo de fundações
devidos à exposição ao tempo, especialmente quando este se apresente seco e muito frio.
d.2) Fundos das escavações
Os últimos 15 cm a escavarem em solos do tipo a) e b), feitos sempre de forma manual, só devem ser
executados quando tudo estiver preparado para o início da betonagem.
Deve-se nivelar e compactar bem a camada de apoio da estrutura, não sendo permitido o início da betonagem
antes de a fiscalização examinar e aprovar esta camada de apoio.
d.3) Solos deficientes
Os solos que na opinião da fiscalização não sejam capazes de suportar as cargas previstas, devem ser
retirados devendo ser substituídos por materiais a indicar pela fiscalização.
e) Escoramentos e entivação
Por escoramento e entivação, considera-se qualquer método que o empreiteiro adopte para manter estáveis as
escavações feitas, devendo garantir a completa segurança do pessoal contra desmoronamentos e assegurar a
correcta execução das operações de betonagem.
Compete ao empreiteiro adoptar todas as medidas necessárias adicionais ou gasto de quaisquer materiais,
motivados por escoramentos deficientes, sendo unicamente da sua responsabilidade qualquer acidente que
porventura possa suceder.
f) Esgotamento de águas
O empreiteiro deve proceder ao esgotamento das águas de forma a manter sempre em boas condições o local
de trabalho, poderá utilizar qualquer processo , tal como bombagem, baldeamento, drenagem. etc., sendo
sempre da sua responsabilidade a eficácia do mesmo.
2.3. Aterros
- Não será autorizado o início dos aterros sem que previamente a fiscalização tenha
inspeccionado e aprovado a área onde se vão executar e o tipo de solo a utilizar, devendo ter-se em atenção
que são executados por camadas, sucessivamente de melhores características.
b ) Cotas
As cotas dos aterros devem ser rigorosamente respeitadas após a compactação, para o que se empregará a
água na quantidade que se reconheça ser conveniente para a dita compactação, utilizando meios mecânicos e
de rega adequados.
c) Projectos especiais
Deverão ser consultados antes da realização das obras os projectos de águas, esgotos, electricidade, etc. a fim
de se verificar em pormenor os movimentos de terras necessários à realização destas especialidades.
d) Tipos de aterros
d.1) Aterro tipo A
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Este aterro será realizado com solos arenoargilosos, de características diversas, a obter próximo do local ou em
locais de empréstimo, com os quais se possa obter o grau de compactação exigido. Não são aceitáveis terras
negras vegetais, nem solos siliciosos, de difícil compactação.
Os saibros ou resíduos de britagem para macadame ordinários devem satisfazer a seguinte granulometria :
PENEIRO ASTM
MATERIAL QUE PASSA
- Peneiro 3/8 "
100%
- N.º 4
85-100%
- N.º 100
10-30%
de percentagem passada.
d.2) Aterro tipo B
O aterro tipo B será feito com material britado tipo "Tout-Venant" obtido à boca da britadeira, sem passagem
pelo seleccionador, com a dimensão máxima de 60 mm.
d.3) Aterro tipo C
O aterro tipo C será feito com areão natural ou artificial, tipo "Tout-Venant" diâmetro máximo 15 mm, livres de
matéria orgânica ou outras substâncias prejudicais.
d.4) Aterro tipo D
O aterro tipo D será com cascalho de granulometria definida pelos diâmetros extremos de 40/60 mm.
e) Técnicas de execução
e.1) Aterros de nivelamentos
Os aterros de nivelamentos são geralmente feitos com material do tipo A e destinam-se a obter as plataformas
definidas pelas cotas do projecto.
Estes aterros serão obtidos pela compactação de camadas com a espessura máxima de 20 cm e serão
sempre precedidos pela retirada da camada de terra vegetal, sobre a qual irão assentar, numa espessura a
aprovar pela fiscalização.
As sucessivas camadas serão compactadas de forma a atingir 95% da baridade seca máxima do ensaio de
Proctor modificado, se nada em contrário for especificado nas C. T. E..
e.2) Valas de tubagem, em geral
Depois de terminado o ensaio das tubagens, a trincheira será aterrada com material do tipo A, em camadas de
15 cm de espessura e cuidadosamente compactadas em torno e por cima do tubo.
Deve-se tomar especial cuidado nas zonas contíguas às câmaras de visita ou a eventuais fundações, de forma
a se evitarem todos os possíveis assentamento dos tubos com a consequente e possível deterioração dos
mesmos.
e.3) Aterro sob lajes de betão
O aterro sob lajes de betão é geralmente executado com material tipo B, podendo mo entanto também ser
utilizado o material tipo D, se tal for especificado nas C. T. E..
Em qualquer dos casos, a compactação deve ser feita de forma a se obter a necessária estabilidade do aterro,
o que pode ser verificado, para o material tipo B, através da determinação da sua baridade, que deve atingir
95% da baridade seca em ensaio de Proctor modificado.
Para o material tipo D, a sua estabilidade será obtida quando a passagem de um cilindro de 12T não deixar
rasto visível, à vista desarmada. A superfície deste aterro deverá ficar isenta de detritos arenosos, procedendose à sua retirada por lavagem sempre que a fiscalização o entender.
e.4) Aterro contra elementos estruturais
Não se farão aterros contra paredes, fundações ou vigas lintel, antes de estes elementos terem atingido
resistência suficiente e de se ter obtido a respectiva aprovação da fiscalização.
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e.5) Métodos de compactação
O empreiteiro pode escolher o método mais económico de realizar compactações de aterros, desde que o
mesmo possa merecer a aprovação da fiscalização. O empolamento ou o uso excessivo de água não serão
permitidos.
f) Verificações
f.1) O controlo de aterro far-se-á normalmente à custa de ensaios de determinação da baridade das camadas
compactadas; podem estes ensaios ser dispensados pela fiscalização mediante respectiva autorização escrita.
f.2) Qualquer camada ou sua porção que não atinja a compactação mínima exigida será escarificada e
recompactada até que se obtenha a baridade exigida e satisfaça a fiscalização.
f.3) Os valores de compactação fixados nesta especificação referem-se a percentagem da baridade seca
máxima obtida pelo ensaio de Proctor (ASTM-1557) E (ASTM-D-854).
2.4. Materiais em excesso
Todo o material em excesso será transportado e depositado em local fora do local da obra, a qualquer distância,
sendo este trabalho da responsabilidade do empreiteiro.
Se a fiscalização assim o julgar necessário a camada de terra vegetal será escavada em separado e
depositada em locais a indicar tendo em vista possível utilização futura no ajardinamento.
2.5. Nota
Os preços unitários além do empolamento em volume das terras escavadas incluirão todos os
condicionamentos de execução e as operações inerentes, tais como, limpeza, entivação, regularização do
fundo dos caboucos e transporte a qualquer distância dos volumes escavados, incluindo desmoramentos, se
estes vierem a suceder, bombagem, desobstrução de acessos e reparação de estragos, ficando bem claro
que o empreiteiro se inteirou no local, de todas as particularidades do trabalho e nenhum direito a indemnização
lhe assiste, no caso dessas condições de execução se revelarem diferentes daquelas que inicialmente previra.
3. PAVIMENTAÇÃO
3.1. Natureza e Qualidade dos Materiais
3.2. Prescrições Comuns a Todos os Materiais
Todos os materiais a aplicar deverão ser da melhor qualidade, devendo obedecer a regulamentação,
normalização e certificação aplicáveis. Todos os materiais, mesmo os de fabrico estrangeiro deverão ser
acompanhados dos seus documentos de homologação ou de controlo de qualidade.
Nenhum material poderá ser aplicado em obra sem prévia autorização da Fiscalização, mesmo que cumpra de
forma completa o projecto e este caderno de encargos.
O adjudicatário, quando devidamente autorizado pela Fiscalização, poderá utilizar materiais diferentes dos
previstos, sob condição de estabilidade, do aspecto, da duração e da conservação da obra não serem
prejudicados e se não houver agravamento de custos. Esta autorização não isenta o adjudicatário da sua
responsabilidade sobre o comportamento dos materiais aplicados, devendo obrigatoriamente a alteração
consignada no livro de registo da obra.
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3.3. Materiais para Leito do Pavimento
Os materiais para constituição do leito do pavimento em eventuais saneamentos, podem ser constituídos por
saibros de boa qualidade, isentos de detritos, de matéria orgânica ou de quaisquer outras substâncias
prejudiciais, obedecendo às seguintes características:
% máx. passando no peneiro ASTM n.º 200
12,00%
Equivalente de areia mínimo
25,00%
Limite de liquidez
NP
Limite de plasticidade
NP
CBR (95% AASHO Modificado) mínimo de
25,00%
3.4. Água
A água a empregar deverá ser doce, limpa e isenta de óleos, gorduras ou quaisquer substâncias vegetais ou
não. Não deve conter matéria orgânica, nem substâncias em suspensão em proporção a 10 mg/dm³.
3.5. Cimento
O cimento a empregar obedecerá às condições expressas no Decreto-Lei n.º 208/85 de 26 de Junho.
Os sacos de cimento serão arrumados por lotes, segundo a ordem de entrada no armazém, não devendo, por
regra, o período de armazenagem ser superior a 90 dias.
Não se admitirá o emprego em que se tenha verificado a acção da humanidade, devendo, em caso de dúvida,
efectuar-se os ensaios comprovativos do seu estado de conservação.
A Fiscalização poderá, se assim o entender, mandar colher amostras para o ensaio de todos os lotes entrados
na obra.
Deverão ser cumpridas as especificações do LNEC E43 a 52, 55 a 61, 63 a 65, 68 e 231.
3.6. Areia para Calçadas
Deverá ser de grão grosso, rijo e anguloso, devendo ser constituída por partículas limpas, duras e duráveis, de
preferência siliciosas.
Deverá obedecer à especificação do LNEC E-235
3.7. Areia para Betão e Argamassas
Deverá ser natural, silisiosa, isenta de matérias orgânicas ou de quaisquer outras que prejudiquem as
qualidades das argamassas. São os seguintes os valores máximos de impurezas toleradas, em % do peso:
Argila, lodo, pó de pedra, de dimensões inferiores a 75
microns, no livre e bem distribuídos na areia.....................................................................3%
Carvão, madeira, bocados de argila, mica, conchas ou outras partículas friáveis,
susceptíveis de se reduzirem a pó durante a amassadura...............................................1,5%
Sulfatos e sulfuretos, expressos em SO2, uniformente
distribuídos em partículas com menos de 0,5 cm³............................................................0,05%
A areia não deve conter qualquer partícula aderente de argila que a possa isolar do cimento. Se tal acontecer
deve ser lavada de forma intensa. Deve possuir uma % de vazios entre 30 e 35% do volume aparente da areia
seca. A sua baridade deve estar de acordo com a respectiva especificação LNEC.
Deve obedecer às especificações LNEC E-3, 12 e 85.
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3.8. Granito para Calçada
A pedra a empregar deverá ser a proveniente do levantamento na obra na execução de baias de
estacionamento, ou provenientes de pedreira que forneçam pedra amarela de 1ª qualidade e pedra azul de 1ª
qualidade, devendo no entanto eliminarem-se todas as que não apresentem as seguintes características:
a) Ser dura, homogénea, de grão fino e apertado, com coloração uniforme, e sonora a pancada de martelo de
assentamento;
b) Ter as arestas rectilíneas e bem esquadriadas;
c) Ter as faces planas e bem desempenadas de forma a que duas pedras encostadas por qualquer face não
apresentem juntas superiores a 0,01 m;
d) Ter dimensões de 0,11 x 0,11 x 0,11 m, com tolerância de 0,01 m para mais, até 20% da quantidade total de
paralelepípedos a empregar na obra;
e) Ter as dimensões 0,05 x 0,05 x 0,05 m, no caso de cubos de granito amarelo em passeios, com tolerâncias
indicadas na alínea anterior;
f) Ter as dimensões de 0,11 x 0,11 x 0,11 m, no caso de cubos de granito cinzento em faixa de rodagem e
estacionamento, com tolerâncias indicadas na alínea anterior;
3.9. Britas para Betão
A brita deve apresentar resistência mecânica, forma e composição química adequada para o fabrico de betão a
que se destina.
Não deve conter quantidades prejudiciais, películas de argila ou qualquer outro revestimento que a isole do
ligante, partículas moles; friáveis ou demasiadamente finas, matéria orgânica ou outras impurezas.
A máxima dimensão da brita, depende do tipo de obra, não devendo exceder nem ¼ a 1/5 da menor dimensão
da peça a betonar, nem o menor espaçamento entre armaduras. Regra geral não devem ser excedidas as
seguintes dimensões:
Betão não armado, em fundações - 50 mm.
A granulometria deve ser estabelecida de modo a conferir ao betão as propriedades que a utilização impõem
nomeadamente doseando os finos e os grossos de forma a obter maior compacidade, estando de acordo com
o indicado na NP ENV 206.
3.10. Pedra para Lancis e Guias
A pedra será de granito escolhido de entre pedreiras que apresenta formações com coloração idêntica à das
guias existentes a recuperar. Deverá ser dura, de grão homogéneo e apertado, não geladiça, inatacável pela
água e agentes atmosféricos, sem fendas, veias ou lesins, perfeitamente sã, de coloração uniforme e limpa de
quaisquer matérias estranhas.
3.11. Pedra para Pavimentação de Passeios em Calcário
A pedra a empregar nas calçadas em passeios em calcário vidraço, será preta e/ou branca, dura, homogénea,
de textura compacta e sonora à pancada do martelo, não devendo apresentar fendas nem lesins, não se alterar
com a água ou ser geladiça. Deverá ter as arestas vivas e as faces de fractura recente.
As pedras a empregar deverão ter as dimensões compreendidas entre 0,05 e 0,06 e deverão apresentar faces
bem planas, devendo a face inferior garantir base suficiente para garantir a estabilidade do passeio. Deverão
apresentar, sensivelmente a forma cúbica, não se admitindo pedras talhadas em cunha, com excepção das
utilizadas para a formação de motivos desenhados, cuja dimensão máxima deverá ser inferior a 0,025 m.
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3.12. Argamassa
A sua preparação será feita ao abrigo do sol e da chuva, sobre estrados de madeira bem limpos na ocasião do
fabrico ou mecanicamente. Deverá ser utilizada logo após a sua confecção.
Deve ser fabricada junto à obra, na proporção do seu consumo, evitando-se que experimente começo de presa,
antes de empregada. Todas as argamassas que tenham começado a sua presa antes de aplicadas devem ser
liminarmente rejeitadas e retiradas do local da obra.
As argamassas a utilizar serão dos seguintes tipos:
Tipo I - Argamassa de cimento e areia, com traço de 300 Kg de cimento por m² de areia, a empregar no
assentamento de guias e lancis.
Tipo II - Argamassa de cimento e areia, com traço de 600 Kg por 1000 L de areia, a empregar no assentamento
de tubagens e eventualmente, na reparação de superfícies betonadas danificadas.
3.13. Lancil em Betão
O lancil em betão será fabricado em betão B30, devendo ter colocação uniforme e ser isento de fendas.
Deverá ter a secção de 0,15 x 0,35 m², quando aplicados em separadores e passeios, e com a secção de 0,10 x
0,20 m², quando aplicado em caldeiras e espaços verdes.
Terá o comprimento mínimo de 0,80 m nos troços rectos e, nas curvas, o que melhor se ajuste ao seu
desenvolvimento, com o limite inferior de 0,50 m.
3.14. Madeiras
As madeiras a empregar devem ser cerneiras, não ardidas nem cardidas, sem nós viciosos, isentas de
caruncho, fendas ou falhas, que possam comprometer a sua resistência. Devem ser seleccionadas por forma
que mesmo os pequenos defeitos não ocorram com frequência. As peças submetidas a grandes tensões
instaladas deverão ser de pequena dimensão.
Devem ser de quina viva e bem desempenadas permitindo-se, em casos a fixar pela Fiscalização a utilização de
peças de secção redonda em escoras ou prumos, desde que tal não comprometa a segurança e perfeição dos
trabalhos.
As tábuas para moldes, devem ter uma espessura não inferior a 2,5 cm e serão aplainadas, tiradas de linha e
ameia madeira. Os calços e cunhas a aplicar devem ser madeira muito dura.
3.15. Betume
O betume asfáltico a empregar deve ter a penetração nominal de 60/70 para todas as misturas betuminosas ou
180/200 quando se destine à execução de revestimentos superficiais ou de semi-penetração. Ser isento de
fluidíficantes ou fluxantes e obedecer à especificação LNEC E-80. É interdita a utilização de betumes oxidados
em qualquer dos processos construtivos incluídos neste caderno de encargos.
3.16. Betume Fluidificado
O betume fluidificado a empregar em regas de impregnação de bases granulares deve ser do tipo MC - 70 e
obedecer ás especificações ASTM D 2027-72 e LNEC E-80.
Trata-se do material que deve regra geral ser utilizado neste tipo de regas. O recurso às emulsões de betume
tem carácter excepcional e é condicionado à realização de troço experimental.
3.17. Emulsões Betuminosas
3.17.1 - Para Regas de Colagem
A emulsão betuminosa a empregar em regas de colagem, deve ser do tipo catiónico de rotura rápida e
obedecer à especificação ASTM D-977-73, sob a designação CRS-1.
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3.17.2 - Para Regas de Impregnação
A emulsão betuminosa a empregar em regas de impregnação de bases granulares deverá ser do tipo catiónico
de rotura lenta e obedecer à especificação ASTM D-2397-73, sob a designação CSS-1, ou ser do tipo aniónico
de rotura lenta, obedecendo à especificação ASTM D977-73, sob a designação SS-1.
Considera-se imprescindível que a emulsão, controlada no estado em que estiver a ser aplicada, possibilite
francamente o ensaio de mistura com cimento (ASTM D244), o que significa tolerância relativamente ao limite
máximo de 2% que se especifica ASTM D 2397-73; caso contrário a emulsão deve ser liminarmente rejeitada.
A observância à citada especificação implica necessariamente um betume residual isento de fluídificantes.
A aprovação de emulsões de betume para execução de regas de impregnação, dependerá da realização de
troço experimental.
3.18. Aditivos Especiais para Misturas Betuminosas
Sempre que o adjudicatário julgue conveniente incorporar às misturas betuminosas aditivos especiais para
melhorar a adesividade betume - agregados, par regular o tempo de rotura de emulsões ou para melhorar a
trabalhabilidade deverá submeter à apreciação da Fiscalização as características técnicas e o modo de
utilização de tais aditivos.
3.19. Filler para Misturas Betuminosas
O filler comercial controlado, a incorporar em qualquer mistura betuminosa, deve obedecer às seguintes
prescrições:
a) Ser constituído por pó de calcário, cimento Portland ou cal hidráulica devidamente apagada;
b) Apresentar-se seco e isento de torrões provenientes de agregação das partículas e de substâncias
prejudiciais;
c) Ter granulometria satisfazendo a seguinte condição:
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA QUE PASSA
0,425 mm (N.º40)
100
95-100
65-100
0,180 mm (N.º80)
0,075 mm (N.º200)
d) Dada a importância da constância de característica do filler, uma vez aprovado este, não poderá o
adjudicatário alterar a sua proveniência sem prévio acordo da Fiscalização, o que implica necessariamente
novos estudos das composições das misturas afectadas, que deverão ser novamente submetidas a aprovação
da Fiscalização.
3.20. Agregados para Misturas Betuminosas
As partículas, provenientes da exploração de formações homogéneas, devem ser limpas, duras, pouco
alteráveis sob a acção dos agentes climatéricos, com aceitável adesividade ao ligante, de qualidade uniforme e
isentas de materiais decompostos, de matéria orgânica ou outras substâncias prejudiciais.
Relativamente às gravilhas, impõem-se ainda que estas apresentem uma forma regular, que possibilite índices
de lamelação e alongamento inferiores a 35%
A homogeneidade das características deve ser considerada uma condição básica para que qualquer dos
inertes componentes das misturas betuminosas possa ser aplicado em obra continuamente.
A Fiscalização poderá rejeitar o material sempre que relativamente aos valores aprovados, se verificarem os
seguintes desvios:
% que passa nos peneiros n.º 40 ou superior
% que passa nos peneiros n.º 80 ou superior
% que passa nos peneiros n.º 200 ou superior
% de desgaste na máquina de Los Angeles - Inerte Granítico
% de desgaste na máquina de Los Angeles - Inertes doutro tipo
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+ 5%
+ 3%
+ 2%
+ 4%
+ 3%
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3.21. Materiais para Base de Granulometria Extensa
3.21.1 - Agregados
O agregado deve ser constituído pelo produto de britagem de materiais explorados em formações homogéneas
e ser isento de argilas, matéria orgânica ou outras substâncias nocivas. Deverá obedecer às seguintes
prescrições:
a) A sua composição granulométrica, obrigatoriamente obtida, pelo menos, a partir de duas fracções distintas,
será recomposta na instalação ou em obra, por forma a obedecer ao seguinte fuso granulométrico:
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA QUE PASSA
50,0 mm (2”)
37,5 mm (11/2”)
19,0 mm (3/4”)
4,75 mm (n.º4)
0,425 mm (n.º40)
0,075 mm (n.º200)
100
85-95
50-85
30-45
8-22
2-9
b)A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.
c)A percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles (Granulomatria F) deve ser de 32%.
d)O material deverá ser não plástico.
e)O equivalente de areia mínimo será de 50%.
3.21.2 - Material de Preenchimento
O material de preenchimento a aplicar deve ser apenas de preenchimento e regularização superficial. Será
constituído por produtos resultantes de britagem ou por saibro com as seguintes características:
a)Granulometria
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA QUE PASSA
9,51 mm (3/8”)
0,425 mm (n.º40)
0,075 mm (n.º200)
100
85-100
5-12
b)Limite de Liquidez máximo – NP
c) Índice de plasticidade – NP
d) Equivalente de areia mínimo - 50%
3.22. Macadame Betuminoso em Camada de Base
3.22.1 - Mistura de Agregados
A mistura de agregados para execução da camada base em macadame betuminoso deverá obedecer às
seguintes características:
a) Granulometria
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA QUE PASSA
1 ½”
1”
3/4”
1/2”
100
80-90
70-90
60-80
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3/8”
N.º4
N.º10
N.º20
N.º40
N.º80
N.º200
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
50-70
37-55
25-40
17-32
10-22
6-17
2-8
b)A mistura deve ser obtida a partir de pelo menos duas fracções granulométricas distintas, a ser compostas
obrigatoriamente na central.
c) A percentagem mínima de material britado deve ser superior a 60%, devendo o equivalente de areia ser
superior a 45%.
d) A percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles (Gronumometria tipo G) deve ser inferior a
30%, devendo no caso de inertes graníticos este limite ser elevado para 40% e no caso de seixos elevado para
35%.
e) Quer o limite de liquidez, quer o índice de plasticidade, devem apresentar resultado não plástico.
3.22.2 - Macadame Betuminoso
A percentagem de betume para o macadame betuminoso será de 4,4% com tolerância de + 0,3% e deverá
proporcionar à mistura depois de aplicada em obra, uma porosidade compreendida entre 5 e 9%, devendo a
mistura possuir trabalhabilidade adequada para a obtenção das baridades especificadas no presente Caderno
de Encargos.
3.23. Betão Betuminoso de Regularização
3.23.1 - Agregados
A mistura de agregados com betume, para execução da camada de betão betuminoso deverá obedecer ao
seguinte fuso e às seguintes características:
a) Granulometria
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA QUE PASSA
1”
3/4”
1/2”
N.º4
N.º10
N.º40
N.º80
N.º200
100
85-100
73-87
45-60
32-46
16-27
9-18
5-10
b) A mistura deve ser obtida a partir de pelos menos três fracções granulométricas distintas, a ser compostas
obrigatoriamente na central.
c) % mínima de material britado – 85%
d) % máxima de desgaste na máquina de Los Angeles (Granulometria B) – 26%
(36% no caso dos inertes graníticos).
e) Equivalente de areia mínimo da mistura de agregados sem adição de filler – 50%
f) Coeficiente de polimento acelerado - 0,60
3.23.2 - Características da Mistura Betuminosa
Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método Marshall, devem estar de
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acordo com os valores indicados nos quadros seguintes:
Número de pancadas em cada extremo do provete
50
Força de Rotura
>700 Kg
Grau de saturação em betume
75 - 85 %
Porosidade
3.0 - 4.5 %
Deformação
< 3,5 mm (admitem-se valores entre 3,5 e 4,0 mm,
desde que a relação carga derotura/deformação seja
superior a 260 Kg/mm).
Força de rotura (Kgf) / Deformação (mm)
200 - 350
Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método de Duriez. Devem estear de
acordo com os valores indicados nos quadros seguintes:
Compressão simples a 18º C
> 6 MPa
Relação imersão / compressão
> 0,70
A mistura depois de aplicada em obra, deverá apresentar baridade correspondente a 98% da baridade de
referência, obtida pelo ensaio Marshall para o teor óptimo de betume determinado no estudo de composição.
Embora satisfeitas as características mecânicas e volumétricas fixadas no articulado anterior e referidas aos
diferentes métodos, poderá a Fiscalização determinar ajustamento à mistura em causa se não se verificar em
obra uma trabalhabilidade suficiente, nomeadamente impondo ao adjudicatário a utilização de areia natural na
proporção que se revelar conveniente mas com o limite de 10% sobre o peso total inertes.
3.24. Betão Betuminoso de Desgaste
3.24.1 - Mistura de Agregados
A mistura de agregados com betume, para execução da camada de betão betuminoso deverá obedecer ao
seguinte fuso e ás seguintes características:
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA QUE PASSA
3/4”
1/2”
3/8”
N.º4
N.º10
N.º40
N.º80
N.º200
100
80-90
66-82
45-65
30-42
12-20
8-15
5-10
a) A mistura deve ser obtida a partir de pelo menos três fracções granulométricas distintas, a ser compostas
obrigatoriamente na central.
b) % mínima de material britado – 90%
c) % máxima de desgaste na máquina de Los Angeles ( granulometria B) - 22% (32% no caso dos inertes
graníticos).
d) Equivalente de areia mínimo da mistura de agregados sem adição de filler - 60%
e) Coeficiente de polimento acelerado - 0,55
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3.24.2 - Características da Mistura Betuminosa
Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método Marshall, devem estar de
acordo com os valores indicados nos quadros seguintes:
Número de pancadas em cada extremo do provete
50
Força de Rotura
>700 Kg, 800Kg ( no caso de inertes gravíticos)
Grau de saturação em betume
72 - 82 %
Porosidade
4.0 - 6.0 %, 3.0 - 4.5% (no caso de inertes gravíticos)
Deformação
< 3,5 mm (admitem-se valores entre 3,5 e 4,0 mm,
desde que a relação carga derotura/deformação seja
superior a 260 Kg/mm).
Força de rotura (Kgf) / Deformação (mm)
200 - 350
Os resultados dos ensaios sobre mistura betuminosa, conduzidos pelo método de Duriez, devem estar de
acordo com os valores indicados nos quadros seguintes:
Compressão simples a 18º C
> 7 MPa
Relação imersão / compressão
> 0,75
A mistura depois de aplicada em obra, deverá apresentar baridade correspondente a 98% da baridade de
referência, obtida pelo ensaio Marshall para o teor óptimo de betume determinado no estudo de composição.
Embora satisfeitas as características mecânicas e volumétricas fixadas no articulado anterior e referidas aos
diferentes métodos, poderá a Fiscalização determinar ajustamento à mistura em causa se não se verificar em
obra uma trabalhabilidade suficiente, nomeadamente impondo ao adjudicatário a utilização de areia natural na
proporção que se revelar conveniente mas com o limite de 10% sobre o peso total de inertes:
3.25. Tubagens em Betão
Os tubos em betão a utilizar, terão as dimensões e as formas previstas no projecto, devendo obedecer,
designadamente às seguintes condições:
a) Armadura - Os tubos levarão armadura adequada, exigindo-se comprovação de que a resistência à
compressão diametral é de pelo menos 8 Mpa.
b) Fabrico - Deverão ser fabricados com uma relação água / cimento inferior a 0,5. Na composição do betão
entrará a pozolana, que se misturará com o cimento, na proporção, respectivamente de 1 para 2, em peso.
Utilizar-se-ão inertes calcários, sendo indispensável uma boa vibração mecânica ou centrifugação, de
preferência.
c)Protecção química - Para melhorar a resistência química a tubagem será protegida interior e exteriormente
com um pintura betuminosa à base de alcatrão de hulha e cargas minerais,a aprovar pela Fiscalização.
d) Dimensões - Admite-se uma deformação que não ultrapasse os valores de 0,03 d para o diâmetro de 0,07 L
para a flexa correspondente ao comprimento útil do tubo.
e) Permeabilização - Submetidos, durante duas horas a uma pressão interna de 2 kg/ cm², deverão ficar
estanques.
f) Porosidade - secos, previamente, depois de molhados em água durante 24 horas, não deverão absorver mais
de 8% do seu peso em água.
g) Textura - Partidos, deverão apresentar textura compacta. Os materiais deverão mostrar-se distribuídos
regularmente, sem fendas nem espaços vazios, nem sinais de falta de aderência de pedra à argamassa. A
granulometria deverá ser adequada à espessura das paredes do tubo, devendo os inertes não ter
dimensões superiores a ¼ daquela espessura.
h)Paredes - Muito especialmente as interiores deverão apresentar-se lisas, sem asprezas nem chocos.
Deverão obedecer à especificação LNEC E - 294.
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3.26. Impregnação Betuminosa
A superfície a revestir deve apresentar-se livre de material solto de sujidades, detritos e poeiras que devem ser
removidos do pavimento para o local onde não seja possível voltarem a depositar-se sobre a superfície a
revestir. A limpeza será efectuada por acção de escovas mecânicas e deverá deixar a descoberto os inertes
com maiores dimensões, mas sem que estes indiciem desagregação do corpo da camada. A operação de
limpeza deverá ser cuidadosa, nomeadamente na utilização de jactos de ar comprimido.
Caso se verifique a tendência para a desagregação superficial, seja por limpeza seja por distorção
granulométrica ou segregação, ou ainda em virtude do tráfego de obra, a fiscalização poderá, se assim o
entender, determinar a total escarificação da camada e a sua posterior recompactação.
Na execução da impregnação betuminosa deve atender-se ao seguinte:
O aglutinante a utilizar deverá ser o betume fluidificado MC-70 à taxa de 1,0 Kg/m². Admite-se em sua
substituição a utilização de emulsão aniónica de rotura lenta SS - 1 diluída a 50% e com a mesma taxa de
betume residual. O valor da taxa de espalhamento deverá ser confirmado experimentalmente no início dos
trabalhos:
- No momento da aplicação do aglutinante, a temperatura ambiente deve ser superior a 15º C e a temperatura
do pavimento superior a 20ºC;
- A distribuição do aglutinante não pode variar longitudinalmente mais de que 10%;
- A distribuição do aglutinante não pode variar na largura efectiva mais do que 10%;
- Quando o aglutinante não for completamente absorvido pela base regada, no período de 24 horas, deve
espalhar-se um agregado fino que permita fixar todo o aglutinante em excesso. Este agregado será
rigorosamente isento de pó ou outras substâncias estranhas, devendo passar na totalidade pelo peneiro n.º 4
ASTM;
- Independentemente desta cláusula, se a Fiscalização julgar adequado por condições de tráfego, será a rega
de impregnação recoberta com agregado fino;
- O tempo que decorrerá entre a impregnação e a construção da camada seguinte será fixado pela Fiscalização
em face das condições climatéricas, com o mínimo de 3 dias.
3.27. Camadas de Macadame Betuminoso e Betão Betuminoso
A superfície a revestir deve apresentar-se livre de material solto de sujidade, detritos e poeiras que devem ser
removidos do pavimento para local onde não seja possível voltarem a depositar-se sobre a superfície a revestir.
A última operação de limpeza, a realizar imediatamente antes da rega de colagem consistirá obrigatoriamente
na utilização de jactos de ar comprimido para remover finos eventualmente depositados na superfície a revestir.
A rega de colagem, se prevista, deve ser realizada nas condições expressas, porém a taxa de rega ajustável às
diversas condições e de acordo com os critérios estabelecidos pela Fiscalização, não deverá exceder 0,5 kg/m².
O adjudicatário deverá submeter previamente à aprovação da Fiscalização, o estudo da composição da mistura
betuminosa em função dos agregados disponíveis, estudo este conduzido preferencialmente pelo método de
Marshall, ou de Duriez. Não poderão ser executados quaisquer trabalhos de aplicação, a não ser a execução de
troços experimentais, sem que a fórmula de trabalho seja expressa ou tacicamente aprovada pela Fiscalização.
A aplicação de betão betuminoso carece ainda da aprovação da central betuminosa, cabendo ao empreiteiro
apresentar estudo justificativo da adequabilidade desta central à fórmula aprovada previamente. A alteração de
características da central deve ser comunicada à Fiscalização, devendo esta pronunciar-se em face das
alterações e com base em adequados ensaios de controlo, da adequabilidade à fórmula de trabalho aprovada.
Para o pré- doseamento dos agregados, com excepção de filler, componentes da mistura aprovada, deverá o
adjudicatário dispor de tantas tremonhas quantos os referidos materiais. Esta disposição não se circunscreve às
centrais de produção contínua, aplicando-se também a centrais descontínuas.
Não serão admitidos teores de humidade de qualquer mistura betuminosa, durante o espalhamento superiores
a 0,5%. A temperatura dos inertes, antes do momento da mistura não deverá ser inferior a 130º C, nem superior
a 170º C, devendo o betume ser aquecido uniformemente.
Não deverão ser aplicadas em obra misturas que imediatamente após a mistura apresentem temperaturas
iguais ou superiores a 180º C. Em tal caso serão de imediato conduzidas a vazadouro e não consideradas em
termos de medição. O espalhamento deverá ser feito continuamente e em tempo seco com temperatura
ambiente da ordem dos 15º C, sempre no sentido ascendente da rasante. O espalhamento manual sobre a rega
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de colagem de uma ligeira camada de mistura betuminosa, é uma operação que deverá em princípio ser
evitada ficando recurso a essa técnica adstrito a casos devidamente justificados e aprovados pela Fiscalização.
A compactação e regularização de misturas betuminosas deve obedecer ao seguinte:
- A superfície acabada deve ficar bem desempenada com perfil transversal correcto e livre de depressões,
alteamentos e vincos. Não serão de admitir irregularidades superiores a 3 mm, quando feita a verificação com
um régua de 3 m.
- O processo de compactação deve iniciar-se obrigatoriamente enquanto a temperatura mistura é superior a 90º
C. Em caso de não cumprimento a camada será rejeitada liminarmente.
- Os cilindros de pneus terão um carga/ roda de 1.5 t. e só actuarão enquanto a temperatura não baixar dos
100º C, a menos que se aplique no rodado dos pneus produto adequado para evitar aderências excessivas
roda / betume.
- Os cilindros só deverão proceder a mudanças de direcção quando se encontrarem em áreas já compactadas,
com pelo menos 3 passagens.
- A compactação relativa referida ao ensaio Marshall, não será inferior a 95%. É obrigatória a aplicação de um
cilindro de pneus enquanto a temperatura da mistura for superior a 100º C, com pelo menos 4 passagens
completas. A pressão dos pneus será de 6 Kg/cm², devendo ser ajustada em função das características da
mistura utilizada.
- Em caso algum é permitido o recurso a solventes de betume ou a quaisquer substâncias que de algum modo
afectem as suas características básicas, com o fim de se evitar o arrancamento de gravilhas pela actuação dos
cilindros.
- No caso dos cilindros disponíveis não possuírem dispositivo para compactar lateralmente o bordo exterior da
camada espalhada, deverá proceder-se a essa operação por meios manuais, eventualmente com recurso a
maços metálicos.
- O trânsito nunca deverá circular no pavimento, nas duas horas imediatamente posteriores ao cilindramento.
- Quer as juntas longitudinais, quer as transversais, deverão ser feitas de modo a garantir a ligação perfeita das
secções executadas em ocasiões diferentes. Os topos do trecho executado previamente deverão ser cortados e
as suas superfícies obtidas pintadas levemente com betume ou emulsão catiónica de rotura rápida, iniciando-se
depois o espalhamento das massa asfálticas do novo troço. Igualmente deverão ser pintadas levemente com
betume todas as superfícies de contacto do tapete com as caixas de visita, lancis, topos de caixas, etc.
- Na composição do betão betuminoso deve ser incluído uma percentagem de filler controlado, nunca inferior a
4%, bem como garantir em princípio, uma razão entre as percentagens de passados no peneiro n.º 200 ASTM e
de betume compreendida entre 1.2 e 1.5.
- O adjudicatário terá de submeter à fiscalização o estudo da composição de cada tipo a utilizar em obra. Não
poderão ser executados quaisquer trabalhos de aplicação em obra sem que tal aprovação tenha sido de facto
ou tacitamente dada.
O estudo a apresentar incluirá obrigatoriamente os boletins relativos aos seguintes ensaios:
- Composição granulométrica;
- Percentagem de desgaste na máquina de Los Angeles, relativamente aos inertes grados (tantos ensaios
quantas as fontes de abastecimento da central);
- Índices de alongamento e de lamelação;
- Ensaio de adesividade, com excepção do filler;
- Determinação dos pesos específicos de cada inerte;
- Determinação dos pesos específicos do betume;
- Ensaio de penetração do betume;
– Equivalente de areia;
–
4.0. BETÃO
4.1. Betões normais para aplicação em obra
4.1.1 - Objectivos
Definição das normas a observar na composição, no fabrico, no controlo de qualidade, no transporte e na
colocação em obra, de betões normais fabricados em estaleiro.
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4.1.2 - Disposições Regulamentares
4.1.2.1 - Legislação
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado
4.1.2.2 - Normas Portuguesas
NP. 87 - Consistência do betão. Ensaio de abaixamento.
NP. 414 - Consistência do betão. Ensaio de espalhamento.
NP. 1383 - Betões. Preparação de provetes para ensaio de compressão e de flexão.
NP. 1384 - Betões. Determinação da massa volúmica do betão fresco.
NP. 1385 - Betões. Determinação da compressão do betão fresco.
NP. 1386 - Betões. Determinação do teor em ar do betão fresco. Processo pneumático.
NP. 1387 - Betões. Determinação dos tempos de presa.
4.1.2.3 - Especificações do L.N.E.C.
E.206 - Betão. Amostragem de águas de amassadura e de água em contacto.
E.226 - Betão. Ensaio de compressão.
E.227 - Betão. Ensaio de flexão.
E.228 - Betão. Determinação de trabalhabilidade vebe.
4.1.3 - Materiais Componentes do Betão
4.1.3.1 - Cláusulas aplicáveis
Os materiais componentes do betão deverão satisfazer ao estipulado nas cláusulas deste Caderno de
Encargos:
- Água:
- Inertes para betões de ligantes hidráulicas e argamassas hidráulicas;
- Cimentos;
4.1.3.2 - Aditivos
Só podem ser usados aditivos no betão com autorização específica escrita da Fiscalização, que só o deverá
autorizar se o Empreiteiro demonstrar que o seu uso melhorará a qualidade e/ou os resultados do betão em
obra.
Não devem ser usados aditivos contendo iões de cloro.
Os aditivos devem ser introduzidos por meio de recipientes distribuidores calibrados, verificados e certificados,
uma vez aprovados pela Fiscalização.
4.1.4 - Características
O betão deverá ser constituido de acordo com o Regulamento de Betões e ser do tipo indicado no Projecto ou
nas Cláusulas Técnicas Especiais.
4.1.5 - Estudo da Composição do Betão
4.1.5.1 - Generalidades
Se nada em contrário for determinado no Projecto ou pela Fiscalização a composição dum betão definir-se-á de
acordo com os elementos seguintes :
a) dosagem do cimento, em quilogramas por m³ de betão ;
b) dosagem de água, em litros por m³ de betão ;
c) dosagem de inertes, em quilogramas ou litros por m³ de betão ;
d) curva granulométrica de cada inerte e do conjunto por eles formado ;
e) percentagens ou quantidades, em quilogramas ou litros, de cada uma das classes de inertes que entram
na composição do betão, com indicação da dimensão máxima e mínima de cada uma das classes ;
f) dosagem dos aditivos (se utilizados), em cm³ por m³ de betão ou de percentagem referenciada ao peso de
cimento.
4.1.5.2 - Proposta de Composição
A proposta de cada um dos betões a utilizar será proposta pelo Empreiteiro em função das características
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pretendidas e dos componentes que se propõe empregar.
Nesta conformidade, deverá o empreiteiro submeter à apreciação da Fiscalização as composições a fim de
serem aprovadas.
4.1.5.3 - Ensaios prévios
Os ensaios prévios a efectuar para determinar a composição do betão deverão obedecer, na integra, ao
prescrito nos Regulamentos Oficiais em vigor.
Serão encargo do Empreiteiro todos os ensaios a efectuar para determinação da composição do betão, o qual
deverá submeter previamente a aceitação da Fiscalização a entidade que os executará. Estes ensaios são
considerados obrigatórios.
Para comprovação da composição do betão estudada, deverão fazer-se amassaduras prévias com os meios
definitivos de produção de betão, nas seguintes condições :
a) preparação, na presença da Fiscalização, de três amassaduras em dias diferentes para cada composição de
betão, com determinação da sua trabalhabilidade, de acordo com a E. 228.
b) execução de 6 tubos de cada amassadura, fabricados e conservados de acordo com a NP. 1383.
c) ensaio de três cubos aos 3 dias, três cubos aos 7 dias e três cubos aos 28 dias, de acordo com a E. 226.
d) repetição do fabrico e ensaio, depois das afinações necessárias, no caso de a diferença entre os valores
extremos da resistência obtida no ensaio de três cubos de cada amassadura, exceder 15% do seu valor médio,
ou de a diferença dos valores extremos das resistências médias das três amassaduras exceder 20% da média
geral dessas resistências.
O valor médio das resistências obtidas nos cubos que satisfaçam a estas condições deverá exceder a
resistência média prevista para o betão, atendendo à distensão máxima de resultados que é permitida é
permitida no Regulamento de betões.
Compete ao Empreiteiro a elaboração dos relatórios dos estudos da composição dos betões, os quais deverão
ser submetidos à aprovação da Fiscalização antes da data prevista no respectivo plano de trabalhos para o
início do fabrico do material.
O Empreiteiro não poderá substituir no decorrer dos trabalhos quaisquer dos componentes propostos e
utilizados na mistura de ensaio, até que se façam ensaios com os novos componentes e o seu resultado seja
aprovado pela Fiscalização.
4.1.6 - Programa de Betonagem
Devem seguir-se as especificações constantes das cláusulas aplicáveis das condições Técnicas Gerais relativas
a obras onde se utilize o betão.
4.1.7 - Controlo de Fabrico
4.1.7.1 - Generalidades
Deverá ser feito um controlo estatístico permanente da composição dos betões, obedecendo ao especificado
no Regulamento de Betões. Os valores obtidos nesse controlo deverão respeitar os limites permitidos pelo
mesmo Regulamento para betões de composição análoga.
4.1.7.2 - Divisão em lotes
A divisão do betão em lotes para efeitos do controlo será estabelecido por acordo prévio entre a Fiscalização e
o Empreiteiro, podendo cada lote referir-se a partes de construção, a toda a construção, a lotes de peças, a
volumes de betão fabricado ou a intervalos de tempo de fabricação.
Em qualquer caso, cada lote englobará sempre betão com as mesmas características e fabricado segundo o
mesmo “boletim de fabrico”.
4.1.7.3 - Colheita de amostras
A colheita de amostras será realizada ao longo do período de fabrico do betão correspondente ao lote
respectivo e, sempre que possível, no próprio local do emprego ; quando as circunstâncias o não permitam,
será feita na própria instalação de fabrico.
O betão deverá ser sempre recolhido num recipiente estanque e impermeável, devidamente protegido das
condições atmosféricas desfavoráveis, e transportado o mais rapidamente possível ao local de execução dos
provetes.
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Na amostragem para a determinação dos parâmetros da distribuição estatística das tensões de rotura aos 28
dias, deverá ser colhida, pelo menos, uma amostra por cada 50 m³ de betão e nunca de uma amostra diária.
Se o número de amostras for inferior a 20, atender-se-à ao estabelecido na alínea 7.7.1.2 desta Cláusula.
Na amostragem para a determinação da máxima dimensão dos inertes, da dosagem do cimento, da relação
água-cimento, do teor de ar incorporado e da consistência, deverá colher-se, pelo menos, uma amostra por
cada 100 m³ de betão e nunca menos de uma amostra diária.
4.1.7.4 - Moldes para o fabrico de provetes
Os moldes para o fabrico de provetes de betão deverão ser metálicos, indeformáveis, facilmente desmontáveis
e de superfícies rectificadas.
Compete ao Empreiteiro equipar-se com o número necessário de moldes, ficando, todavia, a sua utilização
dependente da aprovação da fiscalização.
4.1.7.5 - Local de cura dos provetes
A conservação dos provetes para ensaio deverá ser feita em local onde sejam constantes tanto a temperatura
como a humidade.
4.1.7.6 - Ensaios e suas especificações
-Ensaios
Os ensaios previstos para a recepção de betões do tipo BD das classes 1 e 2, de acordo com o especificado no
Regulamento de Betões, são os seguintes:
- determinação da tensão de rotura aos 28 dias ;
- determinação da máxima dimensão do inerte (no caso de material destinado a betão armado) Amostras de betão fresco ;
- determinação da dosagem do cimento - Amostra de betão fresco ;
- determinação da relação água-cimento - Amostras de betão fresco ;
- determinação da consistência - Amostra de betão fresco.
- Especificações para ensaios
Os ensaios referidos na alínea anterior serão realizados de acordo com o determinado nas seguintes
Especificações :
- LNEC - E 226
- LNEC - E 227
- LNEC - E 228
Os betões em que o estudo da composição inclua especificações de consistência esta será determinada pelo
processo estabelecido numa das seguintes normas portuguesas :
- NP. 87
- NP. 414
4.1.7.7 - Resultados dos ensaios
- Ensaios de provetes - Resistência aos 28 dias.
Com base nos resultados dos ensaios, serão calculados o desvio padrão ou o coeficiente de variação da
distribuição estatística das tensões de rotura aos 28 dias e o valor característico desta tensão.
No caso de, nos ensaios de resistência, se obter num cubo um valor inferior a 80% da resistência característica
do respectivo betão, o Empreiteiro deverá por meio de ensaios do correspondente betão aplicado, fazer prova,
perante a Fiscalização, da conformidade do betão.
Sendo o número de amostras inferior a 20, o betão não será aceite se qualquer dos resultados da determinação
da tensão de rotura aos 28 dias fôr inferior ao valor característico especificado.
- Ensaios de betão fresco - Consistência.
A relação água-cimento será mantida dentro dos limites acordados, em relação aos valores definidos nas
dosagens aprovadas. Para isso, o peso dos inertes será ajustado considerando o peso da água nelas contido.
A quantidade de água na amassadura será reduzida da quantidade contida nos inertes.
A consistência do betão será mantida, tendo em conta os valores definidos nas dosagens aprovadas, dentro
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dos limites seguintes:
Ensaios
Normas e Especificações
Limites
Abaixamento
NP. 87
O maior dos dois valores:
+ 25 mm ou +1/3 dos valores das
dosagens aprovadas
Espalhamento
NP. 414
0,04
Trabalhabilidade
NP. 228
+1/ dos valores das dosagens
aprovadas
- Registo dos resultados dos ensaios
Os resultados de todos os ensaios serão registados em impressos próprios de que constem, pelo menos, os
dados incluídos no “boletim de fabrico”, ver Regulamento de Betão.
4.1.8 - Fabrico de Betões
4.1.8.1 - Instalação de betonagem
A amassadura deverá ser sempre mecânica, utilizando uma instalação central de betonagem montada no
estaleiro, ou de betão pronto.
Todo o equipamento deve ser mantido em estado apropriado e deve estar livre de depósitos de betão
endurecido.
Qualquer equipamento deficiente ou com betão aderente não será aprovado pela Fiscalização até que seja
convenientemente reparado, substituído ou limpo.
A Fiscalização poderá exigir do Empreiteiro que nenhum período de trabalho seja iniciado sem aviso prévio, a
fim de poder certificar-se do estado do equipamento..
4.1.8.2 - Medição dos materiais
- Água
A água pode ser medida tanto por volume como por peso.
Quando a água for avaliada por volume, devem ser previstos dispositivos apropriados de medição com os
necessários controlos para calibração e verificação do dispositivo, mas deve ser obtida prévia aprovação para o
seu uso.
- Cimento
Pode ser usado cimento em sacos ou a granel.
Quando é usado cimento em sacos, as quantidades dos inertes para cada amassadura devem ser as
exactamente suficientes para um número exacto de sacos cheios de cimento e não será permitida nenhuma
amassadura que requeira parte dos sacos.
Todo o cimento a granel deverá ser pesado num aparelho num aparelho, contendo um depósito e uma
tremonha graduada.
Esta tremonha deve ser convenientemente selada e ventilada, para obstar a entrada de pó durante a operação.
O tubo de descarga não deve estar suspenso da tremonha e deve ser disposto de forma que o cimento não
seja retido ou dele se escape.
No caso do betão estrutural branco o cimento será branco.
- Inertes
Os inertes a utilizar no betão branco serão inertes de mármore.
Os inertes devem ser pesados.
A instalação de betonagem deve incluir receptáculos, tremonhas e balanças separadas para os inertes finos e
para cada dimensão de inertes grosseiros.
Empreiteiro deve verificar e calibrar todos os dispositivos de peso/medição pelo menos duas vezes por dia, uma
antes do início das operações de manhã e outra vez antes de começar as operações da tarde.
As balanças devem ser inspeccionadas e seladas pelo menos uma vez por mês ou com maior frequência se a
Fiscalização julgar necessário para assegurar a sua contínua precisão.
A proporção da humidade dos inertes, especialmente da areia, deve ser verificada várias vezes por dia por meio
de equipamento que permita uma determinação praticamente instantânea da humidade.
A quantidade de humidade determinada deste modo deve ser considerada para correcção do volume de água
na amassadura.
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4.1.8.3 - Execução da amassadura
- Em estaleiro
O equipamento e as instalações do estaleiro deverão permitir que se pratiquem as seguintes regras:
a) a entrega na betoneira dos materiais aglomerantes e aglomerados deverá ser feita simultaneamente, de
modo a que o período de permanência de cada um seja aproximadamente o mesmo ;
b) a quantidade total de água a utilizar deverá ser dividida em 3 partes; o primeiro terço entrará na betoneira
antes dos materiais; outro terço entrará simultaneamente com os materiais; e o restante a seguir;
c) a duração da amassadura dependerá do tipo de máquina utilizada ; todavia, para betoneiras de eixo
horizontal que rodem a uma velocidade periférica de 1 metro por segundo, terá uma duração nunca inferior a 90
segundos, depois de todos os materiais, incluindo a água, estarem já dentro da betoneira;
d) no caso de dúvida quanto às características da maquinaria utilizada, o tempo de amassadura será o
necessário para que a massa fique perfeitamente homogénea ;
e) só poderá ser feita uma nova carga de betoneira quando a amassadura anterior tiver sido completamente
descarregada num recipiente ou local de descarga da betoneira, de material não absorvente ;
f) a capacidade nominal do equipamento deverá ser rigorosamente respeitada ;
g) a segregação dos materiais deverá ser sempre evitada, pelo que o sistema adoptado para recolha da massa
à saída do equipamento de amassadura deverá ter em atenção este objectivo.
- Betão pronto
Quando o betão é misturado em trânsito nos veículos de transporte, as operações de mistura devem começar
até 30 minutos depois de o cimento ter sido misturado com os inertes. Os camiões misturadores devem ser do
tipo de tambor rotativo.
4.1.9 - Utilização dos Moldes
4.1.9.1 - Limpeza e tratamento das superfícies dos moldes
- As superfícies dos moldes destinadas a entrar em contacto com o betão, devem, antes do enchimento, ser
limpas de detritos, incluindo ferrugem e calda de cimento.
- Depois da limpeza e antes da utilização, as mesmas superfícies devem ser tratadas com produtos oleosos
minerais incolores e isentos de petróleo - sujeitos à aprovação da Fiscalização - que impeçam a aderência do
betão aos moldes, facilitem a operação de desmoldagem, não prejudiquem a aplicação posterior de
revestimentos, não deixem manchas no betão garantam as condições exigidas pelos diversos tipos de
acabamentos pretendidos.
ão é permitida a utilização de óleo queimado porque é agressivo para as peças metálicas e porque difilcuta a
aderência dos acabamentos.
4.1.9.2 - Reaplicação dos moldes
Na reaplicação dos moldes deverão observar-se integralmente todas as normas prescritas nos regulamentos,
como se se tratasse da primeira aplicação.
A forma, a estanquicidade, a rigidez , e a rugosidade das superfícies interiores dos moldes, devem ser mantidas
durante todo o período de utilização. Qualquer taipal empenado deverá ser reconstruído antes de tornar a ser
usado.
Os moldes que deixem de satisfazer aos requisitos especificados não devem ser usados e devem ser
imediatamente retirados do local dos trabalhos.
4.1.10 - Transporte e Transbordo do Betão
4.1.10.1 - Equipamento
Todo o sistema a utilizar no transporte ou no transbordo do betão deverá ser previsto com a finalidade de evitar
a desagregação, a segregação e a perda de água, para o que deverá Ter dimensão apropriada em ordem a
assegurar um fluxo contínuo de betão no local de emprego.
O Empreiteiro deverá com a devida antecedência, submeter à aprovação da Fiscalização os meios que utilizará
nestas operações.
Deverão observar-se, nomeadamente, as regras que a seguir se indicam :
a) O Empreiteiro deverá preparar todo o material a utilizar no transporte ou transbordo do betão, tal como carros
apropriados, baldes de abrir pelo fundo, bombas de betão, sistemas pneumáticos ou quaisquer outros, para
que não apresentem ângulos ou arestas que facilitem a segregação ou a deposição do material ;
b) Os recipientes de transporte ou de transbordo terão capacidade para conterem um número inteiro de
amassaduras, de modo a evitar que o fraccionamento facilite a segregação dos componentes do betão ;
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c) O betão poderá ser transportado da instalação central de betonagem em veículos munidos de tambores
rotativos aprovados, rodando a uma velocidade não inferior a 6 r.p.m. ;
d) Depois de o betão sair da instalação de fabrico, não lhe poderá ser adicionada nenhuma água ;
e) Qualquer que seja o processo a utilizar, deverá evitar-se qualquer manuseamento que imponha ao betão uma
queda livre de altura superior a 1,5 m ;
f) Será suspenso todo o transporte ou transbordo que provoque assentamento ou alteração na granulometria
dos aglomerados mais grossos, provoque exposição ao sol ou à água prejudiciais, ou que, de qualquer modo,
possa afectar a qualidade do betão.
4.1.10.2 - Duração do transporte e transbordo
Salvo casos especiais que serão objecto de decisão da Fiscalização, o intervalo de tempo que medirá entre a
saída do betão da betoneira e a sua colocação em obra, durante tempo quente, seco ou ventoso, não deverá
exceder 1,5 horas.
4.1.10.3 - Ritmo de entregas
O ritmo do fornecimento de betão durante as operações de betonagem, deve ser tal que proporcione o
conveniente manuseamento, e posterior colocação e acabamento do betão ; esse ritmo deve ser tal que o
intervalo entre amassaduras não exceda 20 minutos.
Os métodos de entrega e manuseamento do betão devem ser tais que venham a facilitar a colocação com o
mínimo de perturbações e sem prejuízo para o betão.
4.1.11 - Colocação em Obra do Betão
4.1.11.1 - Equipamento
O empreiteiro deverá submeter à apreciação da Fiscalização os processos e meios a utilizar para o lançamento
do betão dentro dos moldes, os quais deverão corresponder ao rendimento das restantes instalações, ter
capacidade adequada à perfeita execução do trabalho, e não poderão de forma alguma facilitar a
desagregação ou fractura dos materiais.
4.1.11.2 - Operações prévias
Imediatamente antes do início do lançamento do betão nos moldes, estes deverão ser inspeccionados para
verificação das seguintes características:
- dimensão
- forma
- estanquicidade
- rigidez
- rugosidade
- limpeza
Não deverá ser lançado betão antes que os moldes hajam sido aprovados pela Fiscalização.
Nas zonas onde as marés possam afectar o trabalho, não deverá ser colocado betão, se se verificar a existência
de água no interior dos moldes.
4.1.11.3 - Enchimento de moldes
- O betão deve ser colocado por camadas horizontais de espessura não superior a 50 cm.
Quando numa operação for colocada menos que uma camada completa, esta deve terminar em parede vertical.
Cada camada dever ser colocada e compactada antes que a precedente massa tenha iniciado a presa, para
evitar prejudicar o betão fresco e evitar juntas imperceptíveis entre as camadas.
A compactação deve ser feita tendo em vista evitar a formação de juntas de construção com a camada
precedente que não tenha iniciado a presa.
- Quando a colocação do betão for temporariamente suspensa, este deverá, depois de se Ter tornado
suficientemente duro para manter a forma, ser devidamente limpo de leitada e de todo o material nocivo, a uma
profundidade suficiente para deixar exposto o betão são.
Para evitar juntas visíveis nas superfícies expostas, a face superior do betão adjacente às paredes dos moldes
deverá ser alisada e nivelada sempre que a moldagem for interrompida.
Logo a seguir a esta descontinuidade de colocação, dever-se-á retirar toda a argamassa acumulada nas
armaduras, assim como nas paredes dos moldes. Se todo o material acumulado não for retirado antes do betão
iniciar a presa, deverá ter-se o cuidado em não danificar ou quebrar a ligação betão-aço, ao proceder a limpeza
das armaduras.
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- No enchimento dos moldes em condições desfavoráveis, climatéricas ou não, deverá atender-se às
disposições que se seguem :
a) Sempre que os moldes se encontrem gelados ou cobertos de geada, não se deverá dar início às
operações, a não ser que, com a aprovação da Fiscalização sejam aquecidos a fim de os libertar
do gelo ou da geada ;
b) Quando, depois de iniciados os trabalhos, se verifique um acentuado abaixamento de temperatura,
inclusive a formação de gelo ou geada, deverão estes ser interrompidos e o betão já colocado ser
devidamente protegido por qualquer processo julgado conveniente, sugerindo-se areia, palha ou
serapilheira ;
c) Se não existir protecção adequada, aprovada pela Fiscalização, não deve ser colocado betão
enquanto chover ;
d) Quando chover no decorrer da betonagem, deverá reduzir-se a quantidade de água empregada no
fabrico de betão, até que deixe de chover ou a Fiscalização decida a suspensão das operações em
curso, de modo que o betão não se torne demasiado fluído;
e) Sempre que chova não será permitida a realização de betonagem a menos que o Empreiteiro
efectue uma protecção adequada a aprovar pela Fiscalização ;
f) A temperatura do betão durante o período de mistura, transporte e/ou colocação não poderá subir
acima de 32º C. Qualquer massa de betão que tenha atingido uma temperatura superior a 32º C,
em qualquer altura das operações acima mencionadas, não poderá ser colocada, devendo ser
rejeitada. Não poderá ser usada em qualquer outra parte das obras permanentes ;
g) O Empreiteiro deverá controlar ou reduzir a temperatura do cimento, da água, dos inertes e do
equipamento de mistura e de transporte, a uma temperatura que, durante todas as operações de
mistura, transporte, manuseamento e colocação nunca ultrapasse os 32º C ;
h) Quando as precauções acima mencionadas não sejam suficientes para satisfazer as exigências
referidas, serão substituídas pela restrição do trabalho a períodos ao fim da tarde e de noite ;
i) Os moldes poderão ser arrefecidos com água ou protegendo-os dos raios directos do sol ;
Assim que seja possível, logo após a colocação, será o betão humedecido, a fim de evitar o
aparecimento de fendas devidas à rápida secagem da superfície ;
j) Quando por avaria das instalações mecânicas, ou qualquer outra causa fortuita, se seja obrigado a
interrupções de betonagem, deverão observar-se, na parte aplicável, as indicações acima
expostas;
k) Todos os pedidos do Empreiteiro e decisões da Fiscalização sobre as operações e medidas de
emergência atrás enumeradas, deverão ficar devidamente registados.
4.1.11.4 - Compactação
- O betão deverá ser intensamente compactado durante e após a sua colocação nos moldes .
- se nada em contrário for determinado pela Fiscalização, a compactação do betão será efectuada com
vibração mecânica a massa, sujeita às seguintes regras :
a) Os vibradores devem ser do tipo aprovado pela Fiscalização, devendo ser capazes de transmitir
vibrações ao betão, de frequência não inferior a 8000 impulsos por minuto .
O comprimento das agulhas deve exceder em 10 cm a máxima espessura da camada a vibrar, de
modo a permitir a vibração da camada imediatamente inferior à que acabou de ser depositada ;
b) A intensidade de vibração deve ser tal que afecte visivelmente a massa de betão, produzindo-lhe
um abaixamento de 3 cm num raio pelo menos de 45 cm ;
c) O Empreiteiro deve dispôr de um número suficiente de vibradores para compactar devidamente o
betão, logo após Ter sido colocado nos moldes. Deverão estar disponíveis vibradores
suplementares para uso de emergência e quando outros vibradores estão a ser assistidos ;
d) Os vibradores devem ser manobrados de modo a levarem o betão a todos os cantos e ângulos
dos moldes ;
e) A vibração deve ser de duração e intensidade suficientes para compactar completamente o betão,
mas não deve ser mantida logo que se formem bolsadas localizadas de argamassa ;
f) A aplicação de vibradores deve ser feita em pontos uniformemente espaçados e não distanciados
mais do que duas vezes o raio dentro do qual a vibração tiver efeito visível ;
g) A vibração não deve ser usada para fazer o betão deslizar nos moldes a distâncias tão grandes
que causem segregação, e os vibradores não devem ser usados para empurrar ou distribuir o
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betão lateralmente nos moldes. Os vibradores deverão ser usados em posição vertical.
Os vibradores devem ser retirados completamente antes de se avançar para o ponto de aplicação
seguinte.
Os vibradores deverão ter as dimensões adequadas aos espaços existentes nas armaduras quando
montadas sem que essas posições sejam afectadas ;
h) Para assegurar superfícies regulares e densas, livres de bolsas de inertes, a vibração deve ser
completada com espalhamento manual, tanto quanto necessário para garantir essa regularidade e
densidade ao longo das paredes dos moldes e nos cantos ou pontos impossíveis de atingir com
vibradores mesmo com betão plástico ;
i) A compactação deverá ser feita de modo a conseguir-se que o betão fique tanto quanto possível
sem vazios, constituindo uma massa homogénea dentro dos moldes ; só deverá cessar quando se
deixe de verificar o aparecimento de bolhas de ar e depois de se verificar um ligeiro refluimento da
água da argamassa ;
j) O Empreiteiro deverá dispôr, no local da obra, de documentação do fabricante sobre os vibradores,
mostrando que os mesmos estão de acordo com as exigências acima mencionadas.
4.1.11.5 - Juntas de construção
- Generalidades
As juntas de construção deverão apenas ser feitas nos locais fixados no programa de betonagem aprovado, ou,
sempre que por necessidade imprevista, a Fiscalização autorize a sua execução.
Serão usadas armaduras de esforços transversos, quando necessário, para transmitir a tensão de corte ou para
ligar as duas secções.
- Ligação entre betões de idades diferentes.
Antes de depositar betão fresco sobre ou contra betão que já tenha feito presa, os moldes devem ser apertados
de novo. A superfície do betão endurecido deverá ser tornada rugosa, tal como for exigido pela Fiscalização, de
modo a não deixar partículas soltas de inertes, ou betão danificado a superfície.
O mesmo betão deverá ser cuidadosamente limpo de corpos estranhos e saturado com água.
Para obter uma ligação eficaz deverão ser empregues colas ou argamassas apropriadas à base de resinas
epoxi. Contudo, se a fiscalização dispensar este tratamento, se tal não se mostrar absolutamente necessário,
deverão ser seguidas as regras do RBLH . Em caso algum será permitido o emprego de calda pura do ligante.
A colocação do betão deve ser efectuada continuamente de junta a junta. As arestas vivas de todas as juntas
que fiquem expostas à vista, devem ser cuidadosamente acabadas.
4.1.11.6 - Cura
- A cura do betão deverá ser objecto de especiais cuidados, para que se processe em condições que
favoreçam a presa e o endurecimento do betão. Nesta conformidade deverão, logo após a betonagem, tomarse as medidas julgadas convenientes para que, em face da temperatura ambiente e de outros factores, se evite
a perda prematura de água do betão.
- Para este fim deverá:
a) Manter-se o betão protegido pelos moldes e, quando estes forem permeáveis, mantê-los sempre
humedecidos;
b) Proteger-se convenientemente as superfícies por onde se dá a evaporação e manter sempre
molhadas as superfícies expostas;
- Imediatamente após a desmoldagem, todas as superfícies devem ser mantidas humedecidas durante 24 horas
pelo menos. No fim de 24 horas, as superfícies devem ser tratadas com o produto endurecedor, do modo
seguinte:
a) Rega - todas as superfícies devem continuar a ser protegidas do Sol por meio de serapilheiras ou
encerados e o conjunto deve ser mantido húmido pelo menos durante 5 dias ;
b) Formação de uma membrana protectora. Todas as superfícies devem levar o acabamento final
antes da aplicação da mistura.
Durante o período de acabamento, o betão deve ser protegido por meio de rega.
A proporção da mistura deve ser a recomendada pelo fabricante ou prescrita pela Fiscalização, com o mínimo
de 1 galão líquido para 30 m² de superfície de betão.
Todo o betão tratado por este método deve receber duas demãos de produto. A primeira camada deve ser
aplicada imediatamente depois da desmoldagem e conclusão do acabamento.
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Se a superfície estiver seca, o betão deve ser completamente molhado com água e o produto aplicado só até
que a película superficial da água desapareça.
A Segunda aplicação deve ser feita depois que a primeira esteja absorvida.
Durante as operações de cura todas as superfícies não tratadas deverão ser mantidas molhadas com água.
Se a superfície da camada for sujeita a danos, a Fiscalização pode impor que a água seja aplicada de novo.
- Durante a cura será permitido que o betão suporte quaisquer cargas, nomeadamente circular sobre ele ou
sobre ele fazer instalações, mesmo que provisórias.
4.1.11.7 - Desmoldagem
- As operações de desmoldagem somente devem ser realizadas quando a estrutura tiver adquirido resistência
suficiente, não só para que seja satisfeita a segurança em relação aos estados limites últimos, mas também
para que se não verifiquem deformações e fendilhações inconvenientes. Tais operações devem ser conduzidas
com os necessários cuidados, de modo a não provocar esforços inconvenientes, choques ou fortes vibrações.
- O Empreiteiro deve submeter à Fiscalização proposta para a desmoldagem, a fim de ser aprovada.
- Nos casos correntes, e a menos de justificação especial, em condições normais de temperatura e humidade e
para betões de cimento Portland com coeficiente de endurecimento corrente, o prazo mínimo para a retirada
dos moldes laterais, contando a partir da data de conclusão da betonagem, é de 3 dias.
Este prazo pode ser reduzido para 12 h, no mínimo, em estaleiro, se forem tomadas precauções para evitar a
danificação das superfícies.
Ao prazo de desmoldagem indicado deverá adicionar-se o número de dias em que a temperatura do ar se tenha
mantido inferior a 5 º C, durante e depois da betonagem.
4.1.11.8 - Acabamento das superfícies moldadas
- Imediatamente depois de desmoldadas, as superfícies do betão deverão apresentar-se desempenadas e
planas, sem quaisquer pedras ou ninhos de pedra à vista, nem tão pouco poros ou concavidades.
- Se as superfícies vistas do betão não apresentarem as qualidades, a posição ou a forma requeridas, a
consolidação ou a demolição das partes defeituosas e a sua reposição serão de conta do Empreiteiro, de
acordo com as medidas fixadas pela Fiscalização.
- No caso de se verificar a existência de chochos ou vazios, as medidas a fixar poderão ir desde o seu simples
enchimento dentro do prazo de 24 horas até à aplicação de uma multa equivalente à desvalorização do
trabalho, quando prevista nas Cláusulas Técnicas Especiais, ou até à rejeição das peças moldadas com todas
as consequências inerentes, nos termos das Cláusulas Jurídicas e Administrativas.
- No caso da reparação ser autorizada pela Fiscalização, estes defeitos devem ser ainda novamente limpos e,
depois de terem sido saturados com água por um período não inferior a 3 horas, devem ser completamente
preenchidos com argamassa de cimento e areia misturadas nas proporções usadas no betão a reparar.
A argamassa usada no reboco não deve ter mais que 1 hora.
- Nos casos omissos o Empreiteiro deverá observar as normas prescritas pelo American Concrete Institute - ACI.
4.1.11.9 - Betão submerso
- Não deverá ser colocado nenhum betão debaixo de água sem a aprovação da Fiscalização.
Quando esta ordenar ou permitir que a betonagem seja feita debaixo de água, o Empreiteiro deverá, antes de
começar as operações de betonagem, submeter a sua aprovação os pormenores sobre o projecto dos moldes,
métodos, instalações e equipamento.
- Os moldes para colocação debaixo de água deverão ser capazes de resistir à pressão das correntes e outras
forças, devendo ainda assegurar que a água existente dentro dos moldes esteja livre de turbulências, correntes
ou outras perturbações.
- O conteúdo de cimento do betão colocado debaixo de água será superior em 25% ao do betão do mesmo tipo
a utilizar noutro local.
- A não ser que a Fiscalização decida algo em contrário, o betão a depositar debaixo de água será colocado por
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meio de um ou mais tubos, caleiras, bombas ou reservatórios de abrir pelo fundo.
- Quando se utilizarem tubos, caleiras ou bombas, deverão ser aplicadas válvulas apropriadas nos tubos de
descarga antes de ser colocada a primeira massa de forma a proteger o betão da água. Se forem utilizados
recipientes de abrir pelo fundo, deverão utilizar-se coberturas adequadas para proteger o betão da água.
Em todos os casos, as saídas do equipamento de deposição deverão estar colocadas o mais próximo possível
da superfície em que o betão vai ser lançado, devendo, assim que seja possível, ser enterradas e mantidas
nesta posição, a fim de que o betão fresco possa ficar emerso em betão e não em água.
Em nenhuma circunstância se deverá permitir que o betão passe livremente através da água.
- O betão submerso deve ser colocado sem interrupção. Quando houver interrupção, a superfície afectada deve
ser retirada até uma altura em que o betão se encontre uniforme, antes que a calda faça presa.
- Os moldes e as armaduras não deverão ter quaisquer sedimentos antes de colocar o betão. A armadura não
deve ser colocada antes dos dois dias anteriores ao começo da moldagem.
4.1.12 - Aprovação ou Rejeição do Betão em Obra
- Dadas as características particulares dos betões, as decisões de aprovação ou rejeição desses materiais só
poderão, em geral, ser conhecidas após a sua aplicação em obra.
- No caso da Fiscalização ter dúvidas sobre as condições do betão, quer em consequência dos resultados dos
ensaios de provetes referidas na alínea 7.6, quer nos termos da alínea 11.7, poderá exigir a colheita de amostras
por “carote”, nos locais que indique.
- No caso dos resultados dos ensaios das amostras correspondentes não serem satisfatórios, tal betão será
rejeitado e, em consequência, a parte da obra em que o betão foi aplicado será demolida, a menos que, por
proposta do Empreiteiro aceite pela Fiscalização, sejam tomadas medidas que possibilitem o aproveitamento
dessa parte da construção.
Estas medidas só serão aprovadas pela Fiscalização desde que seja demonstrado que é respeitada a
segurança, de acordo com as disposições regulamentares em vigor ou outras definidas pelo Projecto.
4.1.13 – Tolerâncias
4.1.13.1 - Medição dos materiais
Água
- + 1% da quantidade prevista
Cimento - + 1% da quantidade prevista
Inertes - + 2% da quantidade prevista
4.1.13.2 - Dimensões das secções de betão
- Betão fabricado no estaleiro
Comprimento
+ 2,0 cm
Largura + 0,5 cm
Altura + 0,5 cm
- Betão moldados “in situ”
Comprimento
+ 4,0 cm
Largura + 1,0 cm
Altura + 1,0 cm
4.2. Elementos de betão armado betonados “In Situ”
4.2.1 - Objectivo
Definição das condições a observar na execução dos elementos de betão armado a betonar “in situ”.
4.2.2 - Disposições Regulamentares
4.2.2.1- Legislação
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos
4.2.2.2 - Normas Portuguesas
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NP. 87
NP. 414
NP. 105
NP. 173
NP. 332
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- Consistência do betão. Ensaio de abaixamento.
- Consistência do betão. Ensaio de espalhamento.
- Metais. Ensaio de tracção.
- Metais. Ensaio de dobragem.
- Aço laminado. Varão para betão. Dimensões.
4.2.2.3 - Especificações do L.N.E.C.
E.226 - Betão. Ensaio de compressão
E.227 - Ensaio de flexão.
E.228 - Betão. Determinação da trabalhabilidade vebe.
4.2.3 - Cláusulas Aplicáveis
Os elementos de betão armado a betonar “in situ” deverão obedecer ao especificado nas seguintes cláusulas
das presentes Cláusulas Técnicas Gerais, na parte que lhes seja aplicável :
- Betões normais para aplicação em obra
- Armaduras para betão armado
4.2.4 - Características do Betão
O betão a empregar será do tipo, classe e qualidade indicadas no Projecto ou nas Cláusulas Técnicas
Especiais.
4.2.5 - Plano de Betonagem
O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização, quando lhe seja exigido, um plano de betonagem,
no qual seja definido o faseamento previsto para a execução de todas as operações.
4.2.6 - Execução dos Trabalhos
4.2.6.1- Operações preliminares
- A execução das operações de betonagem só poderá iniciar-se com prévia autorização da Fiscalização.
- Antes de se iniciar a betonagem, deverá proceder-se a limpeza e lavagem da superfície dos painéis
constituintes da cofragem.
- As armaduras salientes das platibandas deverão Ter um comprimento não inferior ao comprimento de
amarração.
4.2.6.2 - Operações de betonagem
Todas as operações de betonagem dos elementos de betão armado deverão ser conduzidas de acordo com o
que se encontra especificado na cláusula 2.4 - Betões normais para aplicação em obra.
4.3. Armaduras para betão armado
4.3.1 - Objectivo
Fixação das condições de emprego de varões de aço em armaduras ordinárias (não pré-esforçadas) e sua
montagem em obras de betão armado.
4.3.2 - Disposições Regulamentares
4.3.2.1 - Legislação
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado.
4.3.2.2 - Normas Portuguesas
NP.105 - Metais. Ensaio de tracção.
NP.107 - Metais. Ensaios de dobragem.
NP.332 - Aço laminado. Varão para betão. Dimensões.
4.3.3 - Cláusulas Aplicáveis
O aço das armaduras ordinárias deverá obedecer ao estipulado na seguinte cláusula das presentes Cláusulas
Técnicas Gerais:
- Aços
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4.3.4 - Características das Armaduras
- Não será permitido o emprego de varões que, por qualquer motivo, não correspondam às formas previstas no
Projecto.
- Poderá, no entanto, ser autorizada pela Fiscalização a substituição dos varões prescritos no Projecto por
varões de secção diferente, desde que não haja prejuízo para a resistência das peças e para as condições de
moldagem.
- Na ausência dos desenhos respectivos, as armaduras serão projectadas pelo Empreiteiro.
- Neste caso, as armaduras deverão corresponder, no mínimo, às percentagens indicadas no Projecto.
4.3.5 - Programa de Dobragem de Varões
- Deverá ser preparada pelo Empreiteiro um Programa de dobragens das armaduras a montar.
- O programa deverá ser enviado à Fiscalização, com duas semanas de antecedência sobre o início dos
trabalhos; depois de aprovado ou alterado será devolvido ao Empreiteiro para execução.
4.3.6 - Métodos de Execução das Armaduras
4.3.6.1 - Corte e dobragem
- O corte dos varões deve ser feito por meios mecânicos.
- A dobragem dos varões deve ser feita por meios mecânicos, a velocidade constante, com auxílio de mandris,
de modo a assegurar um raio de curvatura uniforme na zona dobrada.
Não é permitido aquecimento com maçarico a fim de facilitar a operação de dobragem, a menos que se prove
que uma tal operação não altera as características mecânicas do aço.
- No caso de a temperatura ambiente ser baixa (inferior a 5º C), devem ser tomadas precauções especiais na
dobragem dos varões, tais como reduzir a velocidade de dobragem, aumentar os raios de curvatura, ou, até,
aquecer ligeiramente a zona a dobrar, se aprovadas pela Fiscalização.
- Só é permitido efectuar desdobragem de varões nos casos especiais em que tal seja indispensável (varões de
esfera, por exemplo) e desde que obviamente, a operação não danifique os varões.
4.3.6.2 - Emenda e amarração de varões
- As emendas e as amarrações dos varões devem ser cuidadosamente realizadas de acordo com o Projecto.
- Nas ligações, os varões deverão ser unidos com arame de ferro queimado, de diâmetro 1,5 mm.
- A soldadura de varões só é permitida se os aços possuirem as necessárias características de soldabilidade
face ao processo de soldadura adoptada, mas pode ser utilizada para emendas (topo a topo ou com
sobreposição lateral) ou para posicionamento relativo dos varões duma armadura.
- As emendas por soldadura só devem ser realizadas em troços rectilíneos dos varões, salvo casos especiais
devidamente justificados.
- Nas emendas por soldadura com sobreposição lateral, o comprimento dos cordões individuais não deve
exceder 5 vezes o diâmetro do varão; a distância entre cordões sucessivos não deve ser inferior ao mesmo
valor.
- Nas emendas por soldadura topo-a-topo de varões endurecidos a frio por torção, é necessário eliminar as
pontas não torcidas.
4.3.6.3 - Montagem e colocação das armaduras
- A montagem das armaduras deve ser efectuada de modo a respeitar as dimensões do Projecto, dentro das
tolerâncias prescritas, e a assegurar suficiente rigidez de conjunto para que a armadura mantenha a sua forma
durante o transporte, a colocação e a betonagem; devem ainda ter-se presentes os condicionalismos ligado à
facilidade de colocação e de compactação do betão.
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- A colocação das armaduras nos moldes deve ser feita de modo a respeitar os recobrimentos previstos no
Projecto. Os espaçadores a utilizar devem ser convenientemente envolvidos pelo betão, não devem prejudicar a
betonagem nem devem contribuir para enfraquecimento da peça, quer directamente quer facilitando a acção
agressiva do meio ambiente ; devem, além disso, ser constituídos por materiais inertes relativamente ao betão e
ao aço das armaduras, e ser adequados ao tipo pretendido para as superfícies da peça.
- O betão não deverá ser lançado sobre as armaduras antes de a Fiscalização aprovar a colocação nos moldes
dessas armaduras.
4.3.7 - Tolerâncias
A posição das armaduras deve ser tal que a altura útil dos elementos, satisfaça as tolerâncias d a seguir
indicadas :
para d > 20 cm
para 20<d<- 40 cm
para d >40 cm
d= ± 0,075 d
d = ± (0,05 + 0,5 cm)
d = ± 2,5 cm
A tolerância do recobrimento das armaduras é de ± 0,5 cm .
4.4. Moldes e Cimbres
4.4.1 - Objectivo
Definição das normas a que devem obedecer a construção e conservação dos moldes e cimbres para obras de
betão simples e armado.
4.4.2 - Disposições Regulamentares
4.4.2.1 - Legislação
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado.
4.4.3 - Cláusulas Aplicáveis
Os materiais constituintes dos moldes e cimbres deverão obedecer ao estipulado nas seguintes cláusulas das
presentes Cláusulas Técnicas Gerais :
- Aços macios
- Madeiras
4.4.4 - Características Gerais
Os moldes e cimbres devem ser concebidos e construídos de modo a satisfazer as seguintes condições :
a) Suportarem com segurança satisfatória as acções a que vão estar sujeitos, em particular as
resultantes do impulso do betão fresco durante a sua colocação e compactação ;
b) Terem rigidez suficiente para não sofrerem deformações excessivas, de modo que a forma de
estrutura executada corresponda, dentro das tolerâncias previstas, à estrutura projectada ;
c) Serem suficientemente estanque para não permitirem a fuga da pasta ligante ; no caso de serem
constituídos por materiais absorventes de água devem ser abundantemente molhados antes da
betonagem, tendo-se o cuidado, no entanto, de remover toda a água em excesso ;
d) Permitirem a aplicação correcta dos pré-esforços, sem contrariar os deslocamentos ou
deformações correspondentes ;
e) Disporem, se necessário, de aberturas que permitam a sua conveniente limpeza e inspecção antes
da betonagem e facilitem a colocação e compactação do betão ;
f) Terem superfícies de moldagem com características adequadas ao aspecto pretendido para a peça
desmoldada ;
g) Permitirem fácil desmoldagem que não provoque danos no betão.
4.4.5 - Projecto
Sempre que a Fiscalização entender necessária a execução prévia de um projecto de moldes e cimbres,
competirá ao Empreiteiro a sua elaboração.
Empreiteiro deverá submeter o projecto à aprovação da Fiscalização.
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4.4.6 - Construção dos Moldes
4.4.6.1 - Toscos
Os moldes toscos poderão ser usados em todas as superfícies que não fiquem expostas na obra pronta.
Poderão ser construídos de madeira ou de outros materiais aprovados pela Fiscalização.
4.4.6.2 - Trabalhados
Os moldes trabalhados deverão ser usados para as superfícies expostas da obra acabada.
4.4.6.3 - Chanfros
A menos que seja feita referência específica em contrário no Projecto ou nas Especificações Técnicas Especiais,
todas as arestas vivas expostas deverão ser cortadas em chanfro, com o mínimo de 2,5 cm medidos nos
catetos.
4.4.7 - Conservação e Armazenagem
- A conservação dos moldes, após utilização na obra, efectuar-se-á arrumando-os em pilhas, depois da
aplicação de óleos de tipo adequado.
- Os moldes deverão ficar abrangidos da chuva, em espaço coberto, e devidamente isolados do solo.
- A arrumação e armazenagem dos moldes deverá fazer-se de modo a permitir a sua ventilação, tendo em vista
contrariar a humidificação prolongada, que produz oxidações, no caso dos moldes metálicos, ou
apodrecimento no caso da madeira.
4.4.8 - Tolerâncias
As contraflechas indicadas nos desenhos do Projecto deverão ser respeitadas na execução dos moldes, de
modo a serem obtidos, após a desmoldagem, os valores do Projecto.
De um modo geral, os moldes deverão garantir as tolerâncias seguintes:
Dimensões (cm)
Toleraâncias (cm)
Até 10
10 a 50
50 a 200
200 a 500
500 a 1000
+ 0,5
+ 1,0
+ 1,5
+ 2,0
+ 2,5
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ÍNDICE
1. Características dos Materiais ...........................................................................................................................3
1.1. Materiais Para Execução De Marcas Rodoviárias...................................................................................3
1.2. Sinalização Vertical e Equipamento de Balizagem e de Guiamento.......................................................5
1.3.Guardas De Segurança Semi-Flexiveis...................................................................................................12
1.4. Guardas De Segurança Rígidas............................................................................................................15
1.5. Materiais para Barreiras Anti-Encadeamento........................................................................................16
2. Métodos Construtivos.....................................................................................................................................16
2.1. Marcas Rodoviárias (Sinalização Horizontal).........................................................................................16
2.2. Sinalização Vertical e Equipamento de Balizagem e de Guiamento.....................................................18
2.3. Guardas De Segurança Semi-Flexíveis..................................................................................................22
2.4.Guardas de Segurança Rígidas..............................................................................................................23
2.5. Barreiras Anti-Encadeamento................................................................................................................24
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1. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS
1.1. Materiais Para Execução De Marcas Rodoviárias
1. TINTAS PARA PRÉ-MARCAÇÃO
As tintas a utilizar na pré-marcação devem ser, de preferência, na cor branca (cor da marca), de secagem
rápida, de resistência ao desgaste compatível com o tempo de duração exigido pela data prevista para a
marcação, tendo em consideração o volume de tráfego em presença.
2. MATERIAL TERMOPLÁSTICO
2.1 Agregado e Cargas
O agregado será constituido por areia siliciosa, calcite, quartzo ou outros produtos similares.
As cargas serão pós finos, que dão corpo ao material termo-plástico, podendo utilizar se, por exemplo, cré
(carbonato de cálcio) ou litopone.
As granulometrias dos agregados e das cargas deverão ser escolhidas de modo a permitir uma boa
compacidade do material termoplástico.
2.2 Pigmento Para Termoplástico Branco
O pigmento a utilizar será dióxido de titânio (Ti O2).
2.3 Ligante
O ligante deverá ser constituído por um material resinoso termoplástico natural ou sintético, plastificado com
óleo mineral.
2.4 Pérolas Reflectoras
a) Características básicas
As pérolas deverão ser de vidro transparente ou de material equivalente que permita, por adição, tornar o
material termoplástico reflector.
As pérolas deverão ser suficientemente incolores para não comunicar às marcas rodoviárias, sob a luz do dia,
nenhuma modificação apreciável da cor. Consideram se como defeituosas as pérolas não esféricas, opacas,
opalescentes e que contenham bolhas de gaz, de dimensão superior a 25% da sua área projectada e graus de
materiais estranhos.
A percentagem de pérolas não esféricas, determinada segundo a especificação ASTM 1155 53, deve ser inferior
a 30%.
b) Indice de refracção
As microesferas de vidro não devem apresentar um índice de refracção menor que 1,5.
c) Resistência à água
Após 60 minutos de tratamento por refluxo com água destilada, as pérolas não devem apresentar alteração
superficial apreciável, e o volume máximo admissível de solução de ácido clorídrico 0,01 N, para neutralizar a
água após a realização do ensaio, será de 9 cm3.
d) Resistência aos ácidos
Após 90 horas de imersão numa solução diluida de ácido à temperatura de 23 ± 2 ºC, estabilizada a um PH
entre 5,0 e 5,3, as pérolas não devem apresentar senão uma ligeira perda de brilho em comparação com uma
amostra não sujeita ao ensaio.
e) Resistência ao cloreto de cálcio em solução
Após 3 horas de imersão numa solução aquosa de cloreto de cálcio a 5,5%, à temperatura de 23 ± 2 ºC, as
pérolas não deverão apresentar nenhuma alteração superficial em comparação com uma amostra não sujeita
ao ensaio.
f) Granulometria
A granulometria das pérolas introduzidas no material termoplástico deve estar de acordo com os valores a
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seguir especificados:
PENEIRO ASTM
1,700 mm
0,425 mm
PERCENTAGEM ACUMULADA DO
MATERIAL QUE PASSA
100
0 - 10
A granulometria das pérolas de vidro, projectadas no momento da aplicação deve estar de acordo com os
valores seguintes:
PENEIRO ASTM
PERCENTAGEM ACUMULADA DO
MATERIAL QUE PASSA
1,700 mm
0,600 mm
0,425 mm
0,300 mm
0,212 mm
0,075 mm
100
80 - 100
45 - 100
10 - 45
0 - 25
0 - 5
2.5 Material Termoplástico Branco
a) O material deverá ser constituido por agregado, pigmento, cargas, ligados por um ligante plastificado
com óleo mineral e pérolas de vidro com uma granulometria apropriada para se obter o efeito reflector
desejado.
b) A composição do material deve atender às seguintes proporções em massa:
Agregado, incluindo as pérolas
60 ± 2%
Pigmento e cargas
20 ± 2%
Pigmento
6% mínimo
Ligante
20 ± 2%
Pérolas de vidro
20% mínimo
c) O material deve ainda obedecer às seguintes características:
- Peso específico - compreendido entre 1,96 e 2,04 g/cm3.
- Ponto de amolecimento - (anel e bola) superior a 80 ºC.
- Resistência ao abatimento - a percentagem de diminuição da altura de um cone feito com o material, sujeito a
23 ± 2 ºC, não deve ser superior a 10%.
- Repassamento - o material termoplástico, aplicado sobre base de argamassa betuminosa, não deve
apresentar, por repassamento, uma variação de cor inferior ao grau 8 da escala fotográfica da especificação
ASTM D 868 48.
- Resistência ao envelhecimento acelerado - o material termoplástico aplicado com a espessura seca de 1,5
mm sobre argamassa betuminosa, quando sujeito a envelhecimento acelerado durante 168 h numa máquina
"Weather Ometer" de arco voltaico, com o seguinte ciclo diário:
-17 h de luz e calor (55 ºC, c/ molhagem intermitente de 18 em 18 min.)
- 2 h de chuva forte
- 5 h de repouso
não deverá apresentar qualquer defeito assinalável à observação visual.
- Resistência à imersão em água - o material termoplástico, com a espessura seca de 1,5 mm,
aplicado sobre fibrocimento, seco durante 72 h ao ar e imerso em água à temperatura de 20 a 30 ºC
durante 24 horas e observado 2 horas mais tarde, não deverá apresentar empolamento, fissuração,
nem destacamento em relação à base.
- Resistência à alteração da cor - o material termoplástico, submetido à acção da luz solar artificial durante 100
horas, não deve apresentar alteração de cor.
- Factor de luminância - o factor de luminância do material termoplástico branco, determinado numa direcção
normal à superfície com iluminação a 45 º, por uma fonte CIE do tipo C, deve ser não inferior a 0,70 segundo a
NP-522 1966.
- Resistência à derrapagem - O material termoplástico, com a espessura seca de 1,5 mm, deverá apresentar
uma resistência ao atrito não inferior a 45 BPN, medida com o "pêndulo britânico"; em zonas pontualmente
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perigosas, aquele valor deverá ser superior a 50 BPN.
1.2. Sinalização Vertical e Equipamento de Balizagem e de Guiamento
1. SINAIS DE PEQUENA DIMENSÃO
1.1 Âmbito de Aplicação
São incluidos nesta designação os seguintes sinais:
− Sinais de perigo;
− Sinais regulamentando a prioridade em intersecções;
− Sinais de regulamentação;
− Sinais de informação;
− Outros sinais: todas as baias direccionais.
1.2 Placa
As placas devem ser fabricadas em chapa de ferro polido, com a espessura mínima de 2,0 mm e o seu fabrico
deverá obedecer às seguintes operações fundamentais:
a) Moldagem
- Corte da chapa.
- Moldagem do sinal a frio (por estampagem), ficando os símbolos em relevo, com a profundidade de 2,5 a 4,0
mm (em função da espessura do molde e dos símbolos); no caso dos sinais de STOP, a profundidade deverá
ser a maior.
b) Protecção anti corrosiva
- Lavagem e limpeza por processo mecânico ou químico de forma a que fique isento de quaisquer matérias
estranhas, produtos de corosão, óleo ou ácido.
- Secagem.
- Zincagem por galvanização a frio (electrolítica) c/ a esp. de 14µ (100g de zinco/m2).
c) Acabamento
- Lavagem
- Secagem
- Pintura:
- Aplicação de primário e aparelho anti corrosivo
- Secagem em estufa
- Pintura a cores
- Secagem em estufa
- Reflectorização:
- Aplicação de película retroreflectora
- Colagem daquela película em prensa de vácuo
- Secagem por infra vermelhos
Em alternativa e para os sinais de simples indicação e outros sinais (baias direccionais) poderá ser utilizado o
sistema de quinagem dos ângulos (em substituição do sistema de moldagem a frio), com todas as restantes
operações de fabrico semelhantes às já descritas.
A pintura deverá ser executada com tinta de esmalte, nas cores adoptadas nos diversos sinais, sendo a parte
posterior na cor cinzenta, adoptada pela JAE (RAL 9018).
A reflectorização deverá ser efectuada com tela possuindo esferas de vidro isentas de qualquer rugosidade,
constituindo uma superfície perfeitamente lisa e contínua para evitar a fixação de poeiras, facilitar a limpeza e
garantir, assim, as necessárias propriedades rectro-reflectoras, numa distância nunca inferior a 400 m.
As diferentes cores adoptadas, quer nas superfícies rectro-re-flectoras, quer pintadas, devem obedecer
respectivamente às coordenadas e referências RAL do Código Cromático, expresso na seguinte tabela:
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SUPERFICIES RECTROREFLECTORAS
SUPERFICIES PINTADAS
azul
azul
x1= 0,078 x2= 0,150 x3= 0,210 x4= 0,137
RAL: 5019
y1= 0,171 y2= 0,220 y3= 0,160 y4= 0,038
verde
verde
x1= 0,007 x2= 0,248 x3= 0,177 x4= 0,026
RAL: 6016
y1= 0,703 y2= 0,409 y3= 0,362 y4= 0,399
vermelho
vermelho
x1= 0,690 x2= 0,595 x3= 0,569 x4= 0,655
RAL : 3002
y1= 0,310 y2= 0,315 y3= 0,341 y4= 0,345
amarelo
amarelo
x1= 0,545 x2= 0,487 x3= 0,427 x4= 0,465
RAL : 1006
y1= 0,454 y2= 0,423 y3= 0,483 y4= 0,534
laranja
laranja
x1= 0,610 x2= 0,535 x3= 0,506 x4= 0,570
RAL : 2008
y1= 0,390 y2= 0,375 y3= 0,404 y4= 0,429
castanho
castanho
x1= 0,445 x2= 0,604 x3= 0,556 x4= 0,445
RAL : 8011
y1= 0,353 y2= 0,396 y3= 0,443 y4= 0,386
branco
branco
x1= 0,350 x2= 0,300 x3= 0,285 x4= 0,335
RAL : 9010
y1= 0,360 y2= 0,310 y3= 0,325 y4= 0,375
preto
preto
x1= 0,385 x2= 0,300 x3= 0,260 x4= 0,345
RAL : 9011
y1= 0,355 y2= 0,270 y3= 0,310 y4= 0,395
cinzento
RAL : 7011
Os Factores de Luminância e Coeficientes de Rectro-reflexão, deverão respeitar os valores mínimos constantes
do seguinte quadro:
CORES
Coeficiente de Rectroreflexão mínimo, em cd/lx.m2
Factor de Luminância
mínimo ß
Ângulo de Observação, em graus sexag.
0,2
1/3
2,0
Ângulo de entrada, em graus sexages.
5
30
5
30
40
5
30
40
BRANCO
70
30
50
24
9,0
5,0
2,5
1,5
0,35
VERMELHO
15
6,0
10
4,0
1,8
0,8
0,4
0,3
0,05
AMARELO
50
22
35
16
6,0
3,0
1,5
1,0
0,27
As telas rectro-reflectoras deverão possuir em marca de água o símbolo do fabricante com a indicação do
período de durabilidade devendo, quando isto não acontecer, ser apresentados os documentos de
homologação ou resultados de ensaios laboratoriais das suas características, nomeadamente ópticas,
cromáticas e de durabilidade.
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1.3 Postes
Os postes devem ser executados em chapa de aço laminado, de 2,0 ± 0,2 mm de espessura, de acordo com o
desenho de pormenor respectivo.
Depois de devidamente limpos levarão, como acabamento, zincagem por galvanização a quente com a
espessura de 84 µ (deposição de 600 g por m2).
1.4 Peças De Ligação
As peças de ligação da placa ao poste, em chapa de aço com 3 mm de espessura (charneiras, parafusos,
anilhas e porcas) são normalizadas, devendo obedecer ao respectivo desenho de pormenor, e levarão como
acabamento, depois de devidamente limpas, zincagem por galvanização a frio (electrolítica) com a espessura
de 14 µ(100 g de zinco por m2).
2. SINAIS DE MÉDIA DIMENSÃO
2.1 Âmbito de Aplicação
São incluidas nesta designação as setas de informação (S) do sistema informativo quando montadas em poste
único e os sinais de aproximação de saída (SA).
2.2.2 Placa
As placas devem ser fabricadas em chapa de liga de alumínio (AlMg2) com a espessura mínima de 2,0 mm e
serão enquadradas por uma moldura tipo "all round" em perfil de alumínio extrudido (AlMg5). Serão
refletorizadas, devendo a tela garantir, no momento de aplicação em obra,valores mínimos do Coeficiente de
rectro-reflexção e do Factor de luminância de acordo com o quadro que se apresenta na c) do artº 05.I.2-1.2
deste Caderno de Encargos.
2.2.3 Postes
Os postes serão tubulares,de aço,sendo a sua secção e espessura capazes de realizar a função de suporte a
que se destinam. Depois de devidamente limpos, levarão, como acabamento, zincagem por galvanização a
quente, com a espessura de 84 µ (deposição de 600 g por m2),em conformidade com as disposições
normativas da JAE.
2.2.4 Peças De Ligação
As peças de ligação ao poste são braçadeiras apropriadas, de aço ou alumínio, de espessura variável, em
função da espessura do tubo ou poste, não devendo permitir, depois do aperto, a rotação da seta no poste.
3. SINAIS DE GRANDE DIMENSÃO
3.1 Âmbito De Aplicação
São incluidos nesta designação os sinais do sistema informativo do tipo:
-Pré aviso simplificado (PAS);
- Pré aviso gráfico (PAG);
- Painéis em pórtico (P e SP);
- Painéis de vias de lentos (PVA);
- Setas direccionais (SD);
- Sinais de confirmação (PC)
3.2 Painel
O painel será executado em alumínio, com a espessura mínima de 2,0 mm podendo ser realizado por um dos
dois processos:
- Por uma ou mais chapas de liga de alumínio (AlMg2),com a espessura de 2,00 mm, para áreas até 1,5
m2, e de 3,00 mm para áreas superiores;
- Apenas para os paineis em pórtico ou semi pórtico, por justaposição de módulos de perfil de alumínio
extrudido com a espessura mínima de 2,0 mm,com 17,5 a 22,5 cm de altura, de acordo com o desenho
respectivo.
O aperto dos perfis entre si, é realizado por meio de braçadeiras apropriadas que promovem, simultâneamente,
a fixação aos prumos.
Os painéis de altura igual ou inferior a 1,50 m serão realizados por uma só chapa, sendo reforçados por um
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perfil em Z. Os paineis de altura superior a 1,50 m serão seccionados, sendo a junção das chapas realizada por
dois perfis em U.
Os painéis serão enquadrados por uma moldura de tipo "all round", em perfil de alumínio extrudido (AlMg5).
A junção dos perfis e da moldura à chapa é feito com rebites, da liga AlMg4, roscados e soldados. Na moldura,
além dos rebites, deve ser ainda utilizada uma cola a dois componentes para total aderência.
Em qualquer dos processos, os elementos constituintes do painel devem sofrer um tratamento prévio de
limpeza, por meios mecânicos ou químicos, de modo a que fique isento de quaisquer matérias estranhas,
nomeadamente gorduras.
Os painéis são reflectorizados, devendo a tela garantir, no momento da aplicação em obra, valores mínimos do
Coeficiente de rectro-reflexão e do Factor de luminância de acordo com o quadro que se apresenta na c) do artº
05.I.2-1.2 deste Caderno de Encargos, para paineis colocados em pórtico ou semi pórtico, e de um mínimo de
70 cd/lux/m2, para os restantes.
3.3 Postes
a) Painéis perfilados
Os postes são constituidos por perfis laminados do tipo I normal (INP).
Depois de devidamente limpos, os perfis levarão como acabamento zincagem por galvanização a quente.
b) Painéis em chapa
Os postes serão tubulares, de aço,devendo o seu diâmetro e espessura determinar o número de postes para
suporte do painel.
Depois de devidamente limpos levarão, como acabamento, zincagem por galvanização a quente.
3.4 PEÇAS DE LIGAÇÃO
a)Painéis perfilados
As peças de ligação ao poste, que promovem simultâneamente o aperto dos perfis entre si, são braçadeiras
apropriadas, de aço ou alumínio, realizadas de acordo com o desenho de pormenor.
b) Painéis em chapa
As peças de ligação ao poste são abraçadeiras apropriadas, de aço ou alumínio, de espessura variável em
função da área do painel, devendo obedecer em formato ao respectivo desenho de pormenor.
4. DEMARCAÇÃO
4.1 Âmbito de Aplicação
Incluem-se os marcos hectométricos, quilométricos e miríamétricos.
4.2 Placa
Deverá ser fabricada em chapa de ferro polida, com a espessura mínima de 2,0 mm e o seu fabrico deverá
contemplar a sequência de tratamento já indicada para as placas dos sinais de pequena dimensão.
Em alternativa, admite-se o fabrico em chapa de liga de alumínio (AlMg2) com a espessura de 2 mm,
enquadrada por uma moldura tipo "all round" de perfil de alumínio extrudido (AlMg5).
As placas serão reflectorizadas, devendo a tela garantir, no momento de aplicação em obra, valores mínimos do
Coeficiente de rectro-reflexão e do Factor de luminância de acordo com o quadro que se apresenta na c) do artº
05.I.2-1.2 deste Caderno de Encargos, excepto para os marcos hectométricos, que serão pintados.
4.3 Postes
Os postes serão tubulares,de secção quadrada ou rectangular, em aço, sendo as suas dimensões e espessura
indicadas nas peças desenhadas.
4.4 Processo De Fixação
O processo de fixação encontra se representado nas peças desenhadas e far se á por meio de rebitagem a
uma chapa soldada em prumo ou poste, no caso geral.
Em situações particulares, e para os marcos hectométricos, admite se um sistema de fixação directo ao prumo
de suporte da guarda de segurança semi flexível.
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5. MARCAÇÃO DOS SINAIS
Na parte posterior dos sinais deverá ser inscrito o logotipo da CMAV (4x4 cm2) encimando a respectiva data de
fabrico, sem cor de fundo, sob a forma de carimbo técnicamente não removível.
6. ESTRUTURAS EM PORTICO OU SEMI-PÓRTICO
As estruturas em pórtico ou semi pórtico serão executadas com perfil tubular de secção quadrada, com 30x30
cm2, de chapa de aço com 8 mm de espessura no braço e de 10 mm na coluna.
O comprimento das travessas dos pórticos ou dos braços dos semi pórticos serão os indicados nos
desenhos,com base nos perfis transversais tipo, com o máximo de 12,5 m no caso dos pórticos e de 7,0 m no
dos semi-pórticos, devendo o local de implantação e o comprimento exacto ser definitivamente escolhidos após
reconhecimento pormenorizado e obtenção do acordo da Fiscalização.
Em qualquer caso, deverá ser garantido um "gabarit" mínimo absoluto de 5,0 m, incluindo os painéis.
As chapas de ligação da estrutura ao maciço de fundação terão a dimensão de 60x60 cm2, possuindo 10 furos
ovalizados para parafusos de 1" de diâmetro; aquelas chapas terão a espessura de 10 mm ou 12 mm,
respectivamente nas estruturas em pórtico e semi pórtico.
Os parafusos de 1" de diâmetro terão, embebido na fundação, um comprimento de cerca de 75 cm.
As braçadeiras serão em barra de aço, de 0,8x1,0 cm2, com as dimensões indicadas nos desenhos. Serão
providas de duas peças de ligação aos perfis INP, em cantoneira de abas 75x55 mm2.
Tanto a estrutura como as braçadeiras e restantes peças de ligação, serão zincadas por galvanização a quente.
Os pórticos e semi pórticos deverão ser fabricados por secções, com os comprimentos que mais convier, sendo
as mesmas ligadas, em obra, por soldadura.
A pintura será realizada em três demãos, todas com cores diferentes, sendo a última na cor cinzenta adoptada
pela JAE (RAL 7011).
7. PARAFUSOS, ANILHAS E PORCAS
Os tipos de parafusos, suas formas e dimensões devem satisfazer as normas portuguesas em vigor, sendo dos
tipos indicados nas peças desenhadas. Serão cadmiados por galvanização a frio.
8. AÇO MACIO CORRENTE E METAL DE ADIÇÃO PARA SOLDADURA
A qualidade e características mecânicas do aço macio corrente a utilizar em chapas, perfis ou parafusos, bem
como do metal de adição para soldadura, deverão satisfazer todas as especificações e requesitos próprio
indicados no Eurocódigo 3 - Projecto de Edifícios e de Obras de Engenharia Civil em Aço.
9. ALUMINIO
Será obtido directamente da primeira ou segunda fusão, sendo a percentagem de impurezas inferior a 2%.
10. LIGAS DE ALUMINIO
A sua utilização está prevista no presente projecto, e deverão conter um mínimo de 50% de alumínio, sendo a
parte restante constituida por componentes de adição e sem quaisquer impurezas.
11. PROTECÇÃO DE ELEMENTOS CONTRA A CORROSÃO
a) Todos os elementos de aço a empregar na sinalização serão metalizados por galvanização, devendo
as suas superfícies apresentar um recobrimento homogéneo com metal de protecção e sem quaisquer
impurezas.
b)
Todas as furações, soldaduras e remodelações das peças serão realizadas anteriormente à
galvanização.
c)
As placas dos sinais de pequena dimensão serão zincadas por galvanização a frio (electrolítica), sendo
a espessura do revestimento de 14 µ e a deposição de 100 g/m2. Os postes, tanto dos sinais de
pequena, como de média e grande dimensão, serão zincados por galvanização a quente, sendo a
espessura do revestimento de 84 µ e a deposição de 600 g/m2. Todos os parafusos, anilhas e porcas
serão cadmiados por galvanização a frio (electrolítica),sendo a espessura do revestimento de 20 µ e a
deposição de 140 g/m2, o mesmo sucedendo às charneiras, com 28 µ e 140 g/m2, de acordo com as
disposições normativas da JAE.
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12. CORES
As cores a utilizar na sinalização, tanto em tintas como em telas reflectoras, devem ser as previstas no Código
da Estrada e seu Regulamento.
13. ABECEDÁRIOS E NUMERÁRIOS
As características das inscrições utilizadas nas mensagens da sinalização, são obtidas a partir dos abecedários
e numerários tipo (unitários) constantes das disposições normativas em vigor.
14. MARCADORES
Os marcadores são unidireccionais ou bidireccionais de acordo com o local de aplicação e apresentam as
características que se passam a especificar.
14.1. Dimensões
- Altura máxima: 19 mm;
- Dimensão máxima da superfície de contacto com o pavimento: 10 x 10 cm2.
14.2 Constituição do Corpo do Marcador
Matéria plástica injectada.
14.3 Constituição Dos Reflectores
Qualquer que seja a constituição dos elementos reflectores, nomeadamente os constituidos por catadióptros bi
hemisféricos de vidro, deverão corresponder às seguintes características:
a) Coeficiente de intensidade luminosa
No estado novo e para ângulos de:
- Observação
20 "
- Incidência vertical
V=0º
- Incidência horizontal
H = 0 º,
- CIL > 100 mod/lux.
Ao fim de um ano de serviço o valor de CIL não deverá ser inferior a 25% do valor no estado novo.
b)
- A:
- B:
- C:
- D:
Cor
De noite, as coordenadas de cromacidade da luz enviada por um marcador iluminado pelo iluminante
A, devem situar se dentro do domínio definido pelos seguintes pontos:
X = 0,440 Y = 0,380
X = 0,480 Y = 0,410
X = 0,451 Y = 0,439
X = 0,409 Y = 0,411
c)
Resistência à sujidade
O CIL dos marcadores em serviço deve ser maior do que 75% do CIL dos mesmos marcadores
quando limpos.
14.4 Modo De Fixação
Os marcadores devem ser simplesmente colados sobre o pavimento.
A cola para fixação dos marcadores no pavimento deve obedecer, sem prejuizo de outras especificações
expressas pelos documentos de homologação, às seguintes características:
a) Composição
- Cola epoxídica de dois componentes, sendo:
- Componente A - Resina epoxídica modificada com base em bisfenol A;
- Componente B - Poliaminas modificadas.
b) Equivalente epoxídico (da resina)
- Deverá ter o valor máximo de 200.
c) Massa volúmica
- Deve obedecer à tolerância de ± 0,05 relativamente ao valor especificado pelo fabricante, para cada um dos
dois componentes e para a mistura.
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d) Aderência
- Resistência da colagem ao corte - mínimo de 6,1 MPa ao fim de 2 horas.
- Idem, ao corte oblíquo - mínimo de 13,8 MPa ao fim de 24 horas e mínimo de 10,3 MPa ao fim de 24 horas
mas quando imerso em água.
e) Viscosidade
- Deve ser a indicada (em Poises) pelo fabricante.
f) Tempo de vida útil
- Mínimo de 30 minutos (para o tempo de aplicação).
g) Tempo de presa
- Máximo de 90 minutos, a uma temperatura de entrada em serviço compreendida entre 20 e 25 ºC.
h) Prazo de armazenamento
- 12 meses, com o mínimo de 8 meses.
i) Quantidade de cola por marcador
- Mínimo de 100 gramas.
Os métodos de ensaio utilizados para a determinação das características referidas deverão estar de acordo
com a Norma AASHTO T 237-73 (1986).
15 DELINEADORES
15.1 Natureza E Elementos Constituintes
O delineador será constituido pelo seu corpo e pelo sistema de ancoragem.
O corpo do delineador será constituido por uma matéria plástica do tipo polietileno, na cor branca, com a
espessura de 3 mm, constituido por uma só peça, dificilmente inflamável, resistente ao sol, ao gaz dos escapes
e aos fumos e poluição atmosféricos nas regiões industriais. Conterá, ainda, reflectores uni ou bi direccionais.
Deverá conter estabilizantes que garantam a resistência à luz e aos agentes climatéricos, para além de dever
resistir ao amarelecimento.
Deverá ser insensível às variações térmicas.
Deverá conter, no tardoz, aberturas que permitam a ventilação e evitem a acumulação de calor e a condensação
sobre a acção dos raios solares.
A superfície deverá permitir uma fácil limpeza, sem melindre dos elementos retroreflectores acoplados ou
incrustados.
Os retroreflectores deverão ser fixados de tal modo à peça ou corpo do delineador, que seja possível a sua
substituição de forma expedita.
O sistema de ancoragem do delineador deverá ser constituido por uma ou mais peças metálicas de fixação,
sendo a ancoragem garantida por introdução no solo de uma peça de comprimento não inferior a 30 cm.
Pretende se que o sistema permita, com simplicidade, a remoção e colocação de novo delineador.
15.2 Características Físicas Dos Vários Elementos
O delineador, apoiado no solo, deve resistir aos esforços naturais de serviço e não representar um perigo em
caso de choque com um veículo. As suas qualidades devem ser duradouras.
Deve resistir sem problemas a um vento que exerça uma pres-são de 60 daN/m2, o que equivale a um esforço
de 5 daN aplicado a 1,0 m acima do solo sem provocar deformações superiores a 5 cm da sua posição inicial.
Perante o efeito de um esforço horizontal, deverá ocupar uma posição tal que a sua parte superior se encontre a
menos de 40 cm do solo, e nenhum dos seus elementos constitua parte agressiva ou perigosa para os veículos
ou peões.
Deve resistir a um esforço vertical de 25 daN, a fim de resistir ao vandalismo.
Exige se ainda que, após um impacto com um veículo à velocidade de 60 km/hora, nenhum dos elementos
resultantes constitua parte agressiva ou perigosa para os veículos ou peões.
Os materiais que o compõem não devem ser frágeis e devem conservar as suas qualidades (cor, estabilidade,
resistência, elasticidade) durante, pelo menos, cinco anos.
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As dimensões e características geométricas dos delineadores, apoiados no solo ou sobre uma guarda de
segurança, constam das peças desenhadas.
O corpo do delineador será de cor branca, com uma banda preta, em forma de paralelogramo com 20 cm de
altura, em cada uma das duas faces.
O dispositivo retroreflector deverá ser sempre branco, com as dimensões indicadas nas peças desenhadas,
quer o delineador se venha a localizar à direita ou à esquerda do condutor.
Em faixas uni direccionais os delineadores possuirão, apenas na face virada para o sentido de tráfego a que
respeitam, retro-reflectores rectangulares de cor branca à direita e amarela àesquerda,com as dimensões de
18x4 cm2. Em faixas bi-direccionais, os reflectores à direita são brancos e rectangulares com 18x4 cm2 e os que
se situem à esquerda serão constituidos por 2 círculos brancos com 6 cm de diâmetro,distanciados de 15 cm
entre centros.
Exige se que, qualquer que venha a ser o sistema de fixação, o sistema de ancoragem deverá estar enterrado,
no mínimo, 30 cm e permitir a todo o sistema as características e comportamentos já descritos.
Para os delineadores apoiados na guarda de segurança, a sua parte superior é idêntica à dos delineadores
apoiados no solo. O dispositivo de fixação encontra se pormenorizado nas peças desenhadas, a título de
exemplificação, podendo ser analisadas, pela Fiscalização, outras variantes.
As peças de fixação a utilizar deverão, contudo, ser em aço galvanizado por imersão a quente, conforme
prescrições adoptadas para os suportes das guardas de segurança, ou em material inoxidável que garanta as
mesmas características físicas.
Os dispositivos retroreflectores serão obrigatóriamente nas cores já indicadas e possuirão as dimensões fixadas
nas peças desenhadas. Serão colocados de tal modo que o centro de gravidade da peça se situe a 85 cm do
solo.
Devem possuir um poder de, no mínimo, 3 cd por 1 lux de iluminação e por m2, segundo um ângulo de
incidência de 15 º e um ângulo de divergência de 20 '.
O Empreiteiro fornecedor deverá ser obrigado a apresentar documentos de homologação, quando existam, de
laboratórios portugueses ou estrangeiros, sobre as qualidades e características do material que pretende
oferecer, o qual deverá conter o ano de fabrico, a marca de identificação e a referência de homologação.
16. SINAIS COMPLEMENTARES
16.1 Âmbito De Aplicação
Incluem se neste âmbito as baias para balizamento de pontos de divergência (BPD).
16.2 Placa
Formada por barras oblíquas, pretas e amarelas, alternadamente, na espessura indicada nas peças
desenhadas, e constituida por uma das seguintes alternativas:
- Matéria plástica, do tipo polietileno, constituida por uma só peça com a espessura de 2 ± 1 mm, difícilmente
inflamável, resistente ao sol, aos gases dos escapes e aos fumos e poluição atmosféricos, devendo resistir ao
amalerecimento;
- Alumínio com a espessura de 2 ± 0,5 mm, formando, em tela colável não reflectora ou em pintura, as barras já
referidas.
16.3 Postes E Fixação
A sustentação da baia de balizamento de pontos de divergência será executada de forma simples, não se
pretendendo garantir mais do que a estabilidade do material e a resistência ao vento que exerça uma pressão
de 60 daN/m2.
Os postes, em número mínimo de três, deverão ser fixados ao solo por encaixe em bainha própria, que permita
recolocar com facilidade novos sinais. Deverão ser solidários com a placa, mas não encastrados no solo. A
bainha deverá ser prevista com uma profundidade enterrada da ordem dos 0,30 m.
1.3.Guardas De Segurança Semi-Flexiveis
1. NORMAS E REGULAMENTOS
Os materiais, dimensionamento, execução e ensaios dos elementos de guardas de segurança e suas ligações,
deverão, em tudo, obedecer ao que é prescrito e lhes diga respeito no Eurocódigo 3 - Projecto de Edifícios e de
Obras de Engenharia Civil em Aço, bem como às normas ou especificações do LNEC que interessem à
concepção e execução das guardas.
Deverão ainda obedecer, para o caso de guardas de segurança semi-flexíveis duplas especiais, às directivas do
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Conselho de 28 de Março de 1983 (83/189/CEE), nomeadamente no que se refere às "instruções relativas ao
emprego de dispositivos de retenção de veículos contra despistes acidentais da faixa de rodagem", Anexos 4 e
5, para a guarda semi-flexível denominada BHO, e às normas que lhe são aplicáveis.
2. QUALIDADE DOS MATERIAIS
Todos os elementos da guarda de segurança serão executados em aço macio corrente de textura completa e
homogénea, isento de inclusões, fendas ou outros defeitos prejudiciais à sua utilização.
Os perfis laminados e as chapas devem ter as formas previstas, apresentar se desempenadas dentro das
tolerâncias admitidas e com as superfícies lisas.
3 . CARACTERÍSTICAS DO AÇO
O aço macio corrente a utilizar em chapas, em perfis, ou parafusos, deverá possuir as seguintes características
mecânicas:
− Lim. elástico convencional mín. (c/ 0,2 % de deformação permanente) 24 kgf/mm2
− Tensão de rotura mínima
37 kgf/mm2
− Mínima extensão após rotura 22 %
Para os parafusos,o limite elástico convencional pode baixar até 21 kgf/mm2 e a extensão após a rotura
(mínima) deverá situar se nos 25%.
4. CARACTERÍSTICAS DO METAL DE ADIÇÃO PARA SOLDADURA
Os métodos de soldadura deverão respeitar as prescrições seguintes:
− As soldaduras serão realizadas por fusão, através de um arco eléctrico, com eléctrodos, por
processo semi automático de fusão do fio em atmosfera neutra;
− As soldaduras serão realizadas por cordões contínuos, planos os côncavos, cuja espessura é
indicada nos desenhos de pormenor.
O metal de adição para soldaduras deverá respeitar as seguintes características:
− Tensão de cedência mínima
28 kgf/mm2
− Tensão de rotura mínima
44 kgf/mm2
− Mínima extensão após rotura
25 %
5. TIPOS E DIMENSÕES DOS ELEMENTOS DA GUARDA DE SEGURANÇA SIMPLES
5.1 Viga ou Baia
Será executada em chapa com espessura de 3 mm (tolerância de ± 10%).
A secção da viga será do tipo "Omega", com duas ondas elípticas moldadas numa só peça e sem arestas nos
ângulos diedros.
Aquela secção deverá proporcionar à viga as seguintes características mecânicas:
− Momento de flexão correspondente a 2/3 do limite de fadiga do material
> 70 tfm
− Flecha máx. correspondente a uma carga isolada de 1000 kgf, a meio do vão de 4 m igual a 12
cm
Cada tramo da viga em alinhamento recto deverá possuir um comprimento de 4,0 m, entre eixos de apoio,
podendo, em curvas com raio inferior a 45 m, baixar para valores ajustados à respectiva curvatura.
A sobreposição de cada tramo para o estabelecimento da continuidade da viga deverá verificar se, pelo menos,
numa extensão de 0,30 m.
Os furos serão em número de oito para fixação dos elementos horizontais entre si e um de fixação ao
dispositivo de afastamento, deverão ser convenientemente ovalizados por forma a permitir as variações de
comprimento devidas à acção da temperatura, bem como o jogo indispensável ao melhor amortecimento e à
facilidade de montagem.
A altura da aresta superior da viga, em guarda com viga simples, será de 0,70 m (tolerância de + 0,03 m, 0,00
m).
Deverão respeitar se todas as dimensões indicadas nos respectivos desenhos de pormenor.
5.2 Prumo Ou Suporte
Nas secções correntes, será utilizado o perfil especificado no projecto, posicionado de forma a fixar a viga à
alma. O seu comprimento total será de:
− 1,70 m, ficando a menos de 0,50 m de crista de aterros consolidados;
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1,50 m em secção corrente, compreendendo os solos que tornam necessário o emprego de
perfurador.
A altura mínima do topo do prumo acima do solo será 0,66 m, com a tolerância de + 0,03 m.
O furo do parafuso de fixação deve ficar situado a 0,11 m do topo do perfil e ser convenientemente ovalizado
verticalmente.
Os postes, quando convenientemente encastrados, satisfarão às seguintes condições técnicas:
− A flecha correspondente à carga de 3500 kgf no sentido normal ao movimento será, no máximo,
de 2 mm;
− A flecha correspondente à carga de 200 kgf no sentido do movimento será, no máximo, de 5 mm.
Em separadores centrais e sempre que possível em planta, dever-se-á recorrer a prumos em perfil UNP 16, que
suportará de um e de outro lado uma viga do tipo OMEGA, idêntica à já descrita.
5.3 Separador-Afastador (Amortecedor)
Será executado em chapa de aço do tipo indicado no desenho de pormenor respectivo, com as dimensões aí
fixadas.
Não se prevê a colocação de afastadores nos dois suportes terminais das extremidades enterradas.
5.4 Elementos Especiais
As placas de fixação terão as dimensões definidas nos respectivos desenhos de pormenor. Estas placas de
fixação serão apenas utilizadas nos três primeiros e nos três últimos prumos de cada fila, para assegurar melhor
amarração em caso de colisão nesta zona.
5.5 Parafusos (Ligações)
As ligações de todos os elementos que constituem a guarda de segurança (troços de viga, prumos e
amortecedores) entre si, serão efectuadas com parafusos em aço macio e o seu dimensiona-mento será
efectuado tendo em consideração o determinado na Norma Portuguesa NP 343, devendo ser utilizadas anilhas
apropriadas para melhorar as condições de aperto.
Todos os parafusos da viga deverão ser do tipo "cabeça de tremoço".
A ligação de dois tramos consecutivos da viga deverá ser realizada com a utilização de um número mínimo de
oito parafusos.
O amortecedor não deverá ser ligado ao prumo por parafusos de diâmetro inferior a 16 mm (Prumo INP 12).
Nesta ligação não serão utilizadas anilhas.
6 Tipos E Dimensões Dos Elementos Da Guarda De Segurança Dupla Especial
A guarda do tipo BHO é constituida por:
− Prumo ou poste idêntico ao utilizado para a guarda de segurança semi-flexível simples;
− Alongadores fixados aos prumos ou postes;
− Vigas longitudinais fixadas superiormente nos alongadores;
− Vigas longitudinais do tipo OMEGA, fixadas na base dos alongadores;
− Peças deligação que permitem a fixação dos vários elementos entre si e a ancoragem.
6.1 Prumo Ou Poste
Nas secções correntes, será utilizado o perfil indicado nos desenhos de pormenor. O seu comprimento total
será de 2,00 m, com altura mínima ao solo de 0,66 m (tolerância de + 0,03 m). Serão cravados de 2,0 em 2,0 m.
6.2 Alongadores
Os alongadores são constituidos por uma peça paralelipipédica em que as faces laterais têm uma forma de
losango. Na sua parte superior encontra-se fixada uma peça de 0,08 ± 0,02 m, por 0,26 ± 0,005 m, por dois
cordões de soldadura horizontais para fixação das vigas longitudinais.
Na sua parte inferior, encontram-se os furos circulares necessários à fixação do alongador ao prumo ou poste.
As dimensões pormenorizadas encontram-se indicadas nas peças desenhadas.
6.3 Vigas Longitudinais Superiores
São constituidas por duas vigas U, de tal modo que formam uma secção quadrada descontínua. Fixam-se entre
si por intermédio de um perfil I com furação adequada e apoiam-se ao alongador por meio de uma peça de
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fixação deslizante no interior do quadro, com furação adequada à existente na peça soldada ao alongador.
6.4 Vigas Longitudinais Do Tipo W (Omega)
São fixadas ao alongador por intermédio de furação adequada através de um reforço também em forma de
omega. Este reforço adopta um corte variável em função da secção considerada, correspondente à zona de
fixação própriamente dita ou à secção tipo corrente.
6.5 Peças De Ligação
As peças ou elementos que permitem a ligação do conjunto, nomeadamente os que se referem às
excentricidades da guarda de segurança, encontram-se devidamente pormenorizados nas peças desenhadas.
6.6 Separador (Afastador)
A peça, já descrita para a guarda de segurança simples, será utilizada nas extremidades da guarda dupla
especial, para estabelecer a ligação entre o prumo ou poste e a viga tipo OMEGA.
7. RESISTÊNCIA DOS ELEMENTOS
7.1 Viga
A viga, colocada na posição horizontal e com a face de exposição ao tráfego voltada para cima, quando
submetida, para além do seu peso próprio, a uma carga estática vertical aplicada a meio vão, deverá resistir a
um momento flector de 375 kg.m sem que a tensão de tracção no aço ultrapasse 2/3 do seu limite elástico
convencional.
Nas mesmas condições,a tensão de rotura à tracção não deverá ser atingida sob a acção de uma carga inferior
a uma tonelada.
7.2 Prumo Ou Suporte
O prumo deverá resistir, no seu lugar, a uma carga estática horizontal de uma tonelada, aplicada ao nível
correspondente a meia altura da viga e dirigida de dentro para fora da faixa de rodagem, sem que a tensão de
tracção no aço ultrapasse os 2/3 do seu limite elástico convencional.
Nas mesmas condições,a tensão de rotura à tracção não deverá ser atingida sob a acção de uma carga inferior
a duas toneladas.
7.3 Parafusos (Ligações)
Os troços da viga terão de estar de tal modo interligados que devem resistir a um esforço de tracção simples de
20 toneladas, abstraindo das suas ligações aos prumos.
8. PROTECÇÃO CONTRA A CORROSÃO
− Todos os elementos da guarda de segurança serão metalizados a zinco, por galvanização,
devendo as suas superfícies apresentar um recobrimento homogéneo com o metal de protecção;
se a galvanização for a quente (por imersão), o recobrimento não deverá ser inferior a 600 g/m2, a
que corresponde aproximadamente uma capa com espessura de 84 µ e, se for a frio (electrolítica),
aquele não deverá ser inferior a 300 g/m2.
− A furação nas vigas,suportes, separadores e alongadores, bem como a soldadura, serão
efectuadas antes da galvanização.
− Os parafusos, anilhas e fêmeas, devem ser metalizados com galvanização a frio.
1.4. Guardas De Segurança Rígidas
1. NORMAS E REGULAMENTOS
As guardas de segurança rígidas ou separadores em betão, são dispositivos que devem obedecer às directivas
do Conselho de 28 de Março de 1983 (83/189/CEE) e às normas que lhe estão associadas.
Serão designadas por nomenclaturas "tipo DBA" e "tipo GBA", equivalendo a maciços rígidos na concepção dos
denominados normalmente por "New Jersey".
2. QUALIDADE DOS MATERIAIS
As guardas rígidas serão executadas em betão B 20, de acordo com os respectivos desenhos de pormenor e
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com o perfil adequado, isto é, o tipo GBA para protecção de pontos específicos e o tipo DBA para secção
corrente, quer lateralmente, em extensões apreciáveis, ou em separadores centrais.
3. ELEMENTOS CONSTITUINTES
São constituidas por uma peça única moldada "in situ" ou, para pequenas extensões ou em casos de acentuado
conflito com o tráfego, prefabricada, devendo nestes casos garantir-se a continuidade do maciço sem
imperfeições ou juntas aparentes.
4. CARACTERISTICAS E DIMENSÕES
O perfil do tipo DBA é um murete contínuo em betão hidráulico, simétrico, com uma altura nominal de 0,80 m e a
largura de 0,60 m no apoio ao solo, levemente armado na parte superior por dois ferros com 6 mm de diâmetro.
Pode ser directamente colocado no solo, desde que este se apresente bem compactado e garanta a ausência
de deformações diferenciais. A sua massa é aproximadamente de 700 kg por metro linear.
O perfil do tipo GBA é constituido por um maciço de betão hidráulico assimétrico. A largura na base é de cerca
de 0,48 m e a sua massa aproximada de 620 kg por metro linear.
A ligação entre uma guarda de segurança semi-flexível e um maciço rígido far-se-á numa zona de transição, que
se encontra definida nas peças desenhadas.
5. RESISTÊNCIA
Os separadores de betão do tipo DBA e GBA devem permitir reter veículos pesados até 12 toneladas, desde
que o ângulo de incidência não seja superior a 20 º e para uma velocidade de 70 km/h.
1.5. Materiais para Barreiras Anti-Encadeamento
As barreiras anti-encadeamento, a instalar em separadores centrais, devem ser constituidas por elementos
individuais com suficiente flexibilidade para não representarem em si um factor de perigo para os utentes da via.
Cada elemento será constituido pelo seu corpo e pelo sistema de ancoragem. O sistema de ancoragem deverá
ser constituido por uma ou mais peças metálicas de fixação, concebido em função do tipo de guarda de
segurança ou face à ausência daquela e de modo a que o sistema permita, com simplicidade, a remoção e
colocação de novo elemento.
O corpo dos elementos constituintes da barreira deve em princípio ter uma forma "lamelar", com dimensões
mínimas de 5" de largura (aproximadamente 13 cm) por 20" de altura (cerca de 50 cm); será feito com uma
matéria plástica do tipo polietileno, com a espessura de 3 mm, constituindo uma só peça, dificilmente
inflamável, resistente ao sol, ao gaz dos escapes e aos fumos e poluição atmosféricos nas regiões industriais,
devendo-se garantir uma durabilidade mínima de 5 anos.
Cada elemento deverá possuir adequada resistência à acção do vento e à desloçação do ar provocada pela
passagem de viaturas de grande porte; em particular, deverá resistir sem problemas a um vento que exerça uma
pressão de 60 daN/m2 sem provocar deformações superiores a 3 cm da sua posição inicial.
Face à inexistência de normas construtivas para a execução de barreiras anti-encadeamento, deverá o
Adjudicatário obter, atempadamente, o aval da Fiscalização, para os materiais específicos que venha a propor.
2. MÉTODOS CONSTRUTIVOS
2.1. Marcas Rodoviárias (Sinalização Horizontal)
1. MATERIAL TERMOPLÁSTICO DE APLICAÇÃO A QUENTE
1.1 Pré-Marcação
A pré marcação é obrigatória, não sendo permitido o início da marcação sem que aquela tenha sido revista e
aprovada pela Fiscalização.
Sempre que seja possível apoiar mecânicamente a marcação de uma linha na pré marcação de outra que lhe
seja paralela, a pré-marcação da primeira pode ser dispensada (caso da marcação de guias apoiadas na pré
marcação do eixo).
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A pré-marcação pode ser executada pelos processos:
a) Manual
Por meio de um cordel suficientemente esticado e ajustado ao desenvolvimento das respectivas marcas, ao
longo do qual, por intermédio de um pincel ou outro meio auxiliar apropriado, se executa a piquetagem por
pontos, por pequenos traços ou por linha contínua fina, ou recorrendo a pintura de referência ou contornos
(quando há lugar à utilização de moldes).
b) Mecânica
Não dispensando a pré marcação manual, sobre a qual ele se apoia, o processo mecânico é utilizado a partir
da máquina de marcação, mediante utilização de um braço com ponteiro de pintura que, à direita e à esquerda,
executa a piquetagem.
A pré marcação deve prever, no pavimento a marcar, a definição de:
a) Nas linhas longitudinais
Piquetagem;
Indicação dos limites das zonas com diferentes relações traço/espaço;
Indicação dos limites das zonas de linhas contínuas.
b)Nas marcas diversas
Pintura de referência, para implantação dos moldes de execução.
1.2 Preparação Da Superficie
A superfície que vai ser marcada deve apresentar se seca e livre de sujidades, detritos e poeiras.
O Empreiteiro será responsável pelo insucesso das pinturas causado por deficiente preparação da superfície.
Se se tratar de um pavimento velho e polido, deverá ser utilizado um aparelho com características adesivas
adequadas ao caso em presença, a fim de se garantir uma aderência conveniente das marcas.
1.3 Marcação Experimental
Para verificação da uniformidade da marcação das linhas longitudinais, quanto a dimensão, largura,
homogeneidade de aplicação do produto e das pérolas de vidro e ainda para se regular o equipamento de
aplicação (velocidade de avanço, pressão de ar nos bicos e no compressor, temperatura) deverá ser feita uma
marcação experimental, fora da zona da obra e em local a definir pela Fiscalização, tanto quanto possível, com
características semelhantes de superfície.
A passagem à marcação definitiva dependerá do parecer da Fiscalização em face dos resultados obtidos, quer
em observação diurna, quer nocturna (rectroreflexão).
1.4 Marcação
1.4.1 Aprovação da pré marcação
A marcação não poderá ser iniciada sem que a Fiscalização tenha aprovado a pré marcação, como já foi
referido.
1.4.2 Processo de marcação
Para execução das marcas rodoviárias (marcação) devem ser utilizados, para aplicação de material
termoplástico, os seguintes processos:
a) Manual (por moldagem)
A utilizar na execução de:
− Marcas transversais e barras em zonas mortas;
− Setas (de selecção, de desvio e outras);
− Símbolos (sinais e outros);
− Inscrições (números e letras).
As marcas rodoviárias serão executadas em sobreespessura por colagem gravítica e espalhamento manual
com emprego de moldes. A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor entre 2,5 e 3,0 mm.
A temperatura de aplicação deve situar se entre 165 oC e 190 oC e o tempo de secagem (ausência de
pegajosidade resistente à passagem de veículos) não deve ultrapassar 2 a 3 minutos.
As caldeiras de aquecimento devem estar munidas de dispositivos de agitação mecânica, para se evitar a
segregação dos diversos constituintes.
A utilização de sistemas de pré aquecimento da superfície a marcar não é permitida, por princípio, a menos que
a Fiscalização o reconheça como indispensável.
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b)Mecânica (spray)
A utilizar na execução de:
- Marcas longitudinais;
Deve ser concretizado com o emprego de máquinas móveis com dispositivos manuais e automáticos de
aplicação do material termoplástico pulverizado (spray) e de projecção simultânea, sobre a superfície do
material, de esferas de vidro.
A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor uniforme não inferior a 1,5 mm.
A temperatura de aplicação deve situar se entre 200 oC e 220 oC e o tempo de secagem não deve ultrapassar
os 40 segundos, para as espessuras previstas.
A taxa de projecção de esferas de vidro deve estar compreendida entre 400 e 500 g/m2.
1.5 Aprovação das Marcas
As marcas que não se apresentem nas condições exigidas (geométricas, de constituição ou de eficácia), serão
rejeitadas e como tal removidas, podendo, contudo, ser repetida a execução, se houver da parte do Empreiteiro
a garantia de uma rectificação conveniente e susceptível de ser aceite pela Fiscalização.
A remoção deve ser efectuada no prazo de 3 dias a contar da data de notificação da rejeição, pelo que o
Empreiteiro, se o não fizer nesse prazo, ficará sujeito aos encargos resultantes da remoção que a Fiscalização
mande executar por terceiros.
1.6 Eliminação de Marcas
Na eventualidade de se ter que apagar marcas rodoviárias pré existentes com o fim de se executar uma nova
marcação, o processo de eliminação a utilizar deverá ser escolhido de entre os seguintes:
− Decapagem por projecção de um abrasivo sob pressão, não podendo aquele abrasivo ser areia,
excepto quando a decapagem seja feita em presença da água;
− Decapagem mecânica, utilizando decapadores mecânicos ou máquinas de percussão próprias.
No caso de as marcas a eliminar serem de material termoplástico, obtêm se melhores resultados com tempo
frio, para ambos os processos indicados.
Quando aplicado qualquer dos processos descritos, devem ser tomadas as seguintes precauções:
Quando a circulação se mantém, deverá a zona restrita dos trabalhos ser convenientemente isolada a fim de
que a segurança da circulação de peões e veículos não seja afectada pelos materiais ou agentes envolvidos na
obra;
Após a decapagem, deverá ter se o cuidado de remover, quer os detritos do material termoplástico, quer os
abrasivos utilizados.
Não será permitida, em caso algum, a utilização de processos de recobrimento como método de eliminação de
marcas.
2. LOTES, AMOSTRAS E ENSAIOS
a) Durante a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, a Fiscalização reserva se o direito de tomar
amostras e mandar proceder às análises e ensaios que julgar convenientes para verificação das características
dos materiais utilizados. As amostras serão, em geral, tomadas em triplicado, e levarão as indicações
necessárias à sua identificação.
b) As análises e ensaios necessários poderão vir a ser executados pelas entidades que o dono da obra
entender adequadas, por conta do Adjudicatário.
2.2. Sinalização Vertical e Equipamento de Balizagem e de Guiamento
1. ARMAZENAMENTO DOS SINAIS
Todos os sinais e seus componentes deverão ser armazenados em local fechado, limpo e arejado.
2. MONTAGEM DOS SINAIS
a) Sinais de pequena dimensão
Na montagem dos sinais de pequena dimensão devem ser seguidos os esquemas de montagem do desenho
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de pormenor respectivo.
b) Sinais de média e grande dimensão
Os dispositivos de fixação dos painéis de sinalização nos seus suportes (prumos), devem permitir o seu
posicionamento definitivo por deslocamento horizontal e vertical dos seus pontos de fixação.
A sequência seguida na montagem será a que melhor se adapte à natureza e localização do sinal, sendo
recomendada a seguinte: montagem dos perfilados, ou chapas, nos suportes, mediante aperto suave;
verificação e acerto posicional com aperto definitivo.
3. LOCALIZAÇÃO DOS SINAIS
A localização dos sinais será a indicada nos desenhos. Serão permitidos ligeiros ajustes de posicionamento
para melhor adaptação a condicionalismos locais, não podendo, contudo, ser comprometidas as posições
relativas de sinais aplicados em interligação e cujo posicionamento esteja directamente relacionado com as
marcas rodoviárias do pavimento adjacente.
4. IMPLANTAÇÃO TRANSVERSAL DOS SINAIS
a) Sinais de pequena dimensão e sinais complementares
Os sinais são implantados do lado direito, no sentido de tráfego a que respeitam, no limite exterior da berma em
secção corrente.
Em ilhas, separadores materializados e passeios, os sinais são implantados com um afastamento mínimo de
0,50 m ao limite da faixa de rodagem.
Sempre que for necessário utilizar sinais em duplicado terão que surgir forçosamente sinais do lado esquerdo
da via, mas sempre em complemento de um outro, colocado à direita.
Os sinais são implantados de molde que a sua superfície realize, com a linha limite da faixa de rodagem, um
ângulo de 100º, medido pelo tardoz dos mesmos quer se localizem do lado direito ou do lado esquerdo da faixa
de rodagem.
b) Sinais de grande dimensão
Os sinais são implantados do lado direito, no sentido de tráfego a que respeitam, no limite exterior da berma em
secção corrente.
Em ilhas, separadores materializados e passeios, os sinais são implantados com um afastamento mínimo de
0,50 m ao limite exterior da berma.
Os sinais são implantados de molde que a sua superfície realize, com a linha da faixa de rodagem, um ângulo
de 80 º, medido pelo tardoz dos mesmos.
Quanto aos painéis em pórtico e semi pórtico,as chapas deverão fazer com a vertical um ângulo de 10º, em
favor de uma leitura e rectro reflexão mais eficazes.
5. IMPLANTAÇÃO VERTICAL DOS SINAIS
Deverão ser respeitados os esquemas de implantação indicados nos documentos normativos da JAE, ou
indicados pela Fiscalização de acordo com informação recolhida junto do Dono de Obra, sobre sinalização
vertical, que estiverem em vigor; em qualquer caso deverá a Fiscalização, em tempo oportuno, obter a
ratificação da Direcção dos Serviços de Conservação relativamente à implementação do esquema projectado,
face à eventual conveniência em executar a sinalização em moldes renovados.
Deverá ainda ser tido em conta o seguinte:
a) Sinais de pequena dimensão
Todos os sinais denominados de código deverão ser colocados a 1,10 m de altura (do solo à base do sinal)
devendo este valor ser reduzido para 1,00 m, no caso de dois sinais colocados no mesmo poste.
Deverão estar colocados fora do limite da berma e, sempre que exista guarda de segurança, protegidos por
esta.
b) Sinais de média dimensão
Os sinais de média dimensão, designadamente os sinais direccionais, um grupo que pertence ao Sistema
Informativo, deverão ser colocados a 2,20 m do solo (para a base da seta mais baixa) e possuir os
afastamentos entre setas indicados nos documentos normativos da JAE.
A localização do poste único deverá ser tal que se encontre o mais recolhido possível em relação aos sentidos
de tráfego e às vias envolventes sem obviar, contudo, os critérios de visibilidade essenciais à leitura das
indicações constantes dos mesmos sinais.
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A montagem deverá iniciar se pela escolha do local para a colocação do poste único, sua verticalidade e
posterior colocação das setas direccionais com a angularidade exigida pelas indicações direccionais
enunciadas nos sinais a colocar.
c) Sinais de grande dimensão
Os sinais de grande dimensão serão colocados a uma distância mínima de 1,50 m do bordo inferior ao solo,
excepto nos casos dos painéis colocados em pórtico e em semi pórtico em que a placa ficará a uma altura
mínima de 5,50 m em relação à faixa de rodagem.
d) Sinais complementares
O seu posicionamento deverá respeitar o já exposto para os sinais de pequena dimensão, devendo a altura
entre o bordo do sinal e o solo ser de 0,20 m.
e) Outros sinais e demarcação
Os "chevrons" individuais ou duplos serão implantados de modo idêntico ao descrito em 05.II.2-4 a).
Os marcos quilométricos são implantados a 0,80 m do solo, do lado direito, no sentido da quilometragem, para
além da berma e com uma inclinação de cerca de 80 º em relação à linha definida pelo limite da faixa de
rodagem.
Os marcos hectométricos são colocados paralelamente à linha definida pelo limite da faixa de rodagem e do
lado direito da mesma, no sentido progressivo da quilometragem e a 0,80 m do solo.
Os marcos miriamétricos respeitam o mesmo princípio dos quilométricos mas serão duplicados e situar se-ão a
1,20 m.
6. COLOCAÇÃO
a) Sinais com uma placa num só poste
Serão encastrados num maciço cúbico de betão B20 com 0,5 m de aresta, a uma profundidade que permita um
recobrimento na base do prumo de 0,10 m.
b) Sinais com duas placas num só poste
Serão encastrados num maciço paralepipédico de betão B20, com 0,5 por 0,9 m de secção e 0,5 m de altura, a
uma profundidade que permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.
c) Sinais com dois ou mais postes
Serão encastrados em um ou mais maciços de betão B20, com as dimensões dos quadros respectivos e a
profundidade de acordo com o desenho tipo respectivo.
7. ESTRUTURAS EM PÓRTICO E SEMI PÓRTICO
A implantação das estruturas em pórtico e semi pórtico implica um prévio reconhecimento do local para
verificação dos seguintes valores:
− Comprimento da travessa, no caso dos pórticos
− Comprimento do braço, no caso dos semi pórticos
− Altura do maciço de fundação
Valores estes determinados com base nos critérios de implantação definidos no desenho de pormenor
respectivo e nos condicionalismos locais inventariados.
A implantação definitiva deverá garantir a perpendicularidade entre a travessa ou o braço e o eixo da via, além
do perfeito nivelamento da estrutura.
Os maciços de fundação terão as dimensões indicadas no quadro do desenho respectivo e serão de betão tipo
C 16/20.
A colocação das estruturas metálicas sobre os maciços de fundação só será permitida 15 dias após a
betonagem dos mesmos.
As estruturas metálicas levarão, além da protecção por metalização e pintura, uma camada de pintura
betuminosa nas faces em contacto com o betão.
8. ESCAVAÇÕES PARA MACIÇOS DE FUNDAÇÃO DE SINAIS
Os caboucos para os maciços de fundação serão, em princípio, levados até à profundidade indicada nos
desenhos de execução, podendo no entanto, de acordo com a Fiscalização, a fundação ser alterada de acordo
com as condições reais reveladas.
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A escavação será completada por um saneamento cuidado das soleiras e paredes dos caboucos, de modo a
que no final estas superfícies se apresentem completamente limpas e isentas de materiais soltos, não podendo
iniciar se a betonagem sem autorização expressa da Fiscalização.
As escavações serão conduzidas de forma a que fique salvaguardada a completa segurança do pessoal contra
desmoronamentos ou outros perigos e assegurada a correcta execução das operações de betonagem,
procedendo se, para isso, às entivações e escoramentos que a Fiscalização reconheça necessários.
Nos preços contratuais encontram se incluidos todos os trabalhos relativos à sua completa execução, tais
como: elevação, remoção, carga, transporte a vazadouro, a depósito e vice versa, entivações, esgotos,
compactação, regularização e percentagens de empolamento ou quaisquer outros trabalhos subsidiários
necessários à segurança do pessoal e à correcta execução das operações de betonagem, ficando bem
esclarecido que o Adjudicatário se inteirou no local, antes da elaboração da sua proposta, de todas as
particularidades do trabalho e que nenhum direito a indemnização lhe assiste no caso das condições de
execução se revelarem diferentes das que inicialmente previra.
Para efeitos de medição, o volume a considerar será obtido a partir dos perfis teóricos da escavação.
9. BETÃO
O fabrico, cura, moldagem e desmoldagem do betão devem respeitar as condições estabelecidas no
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos.
10. MARCADORES
A aplicação de marcadores de base plana por colagem em pavimentos de betão betuminoso ou de cimento,
implica a observância das seguintes operações:
a) Implantação
Pré marcação dos locais de aplicação dos marcadores, para o que se impõe um plano da sua distribuição em
extensão, espaçamento e orientação (ângulo com o eixo ou tangente ao eixo da faixa de rodagem).
Na pré marcação, é aconselhado o uso de bitolas (esquadriadas), que garantam o alinhamento regrado do
marcador com as linhas longitudinais.
Considera se que, para uma boa visibilidade, os marcadores devem ser orientados de modo a que os troços
rectos fiquem paralelos ao eixo da faixa de rodagem e, da mesma forma, em curvas, paralelos à tangente ao
eixo no ponto de aplicação.
b) Limpeza
A limpeza e secagem do pavimento deverá ser feita utilizando vassoura ou escova de aço, maçarico ou ar
comprimido, por forma a eliminar todos os detritos e humidades existentes e susceptíveis de prejudicar a
aderência da cola.
Sobre betão de cimento, é recomendável efectuar a decapagem prévia da superfície utilizando, para o efeito,
por exemplo, ácido clorídrico diluido a 1/1, seguida de uma limpeza com água e posterior secagem com
maçarico.
c) Preparação da cola
Considerando a utilização de cola de dois componentes, procede se à sua prévia mistura em quantidades que
tenham em consideração o seu consumo total em condições de eficácia. Esta preocupação deve prever a
duração da mistura e o rendimento de aplicação (nº de marcadores por unidade de tempo).
As quantidades de cada componente por embalagem (lata) permitem, com facilidade, evitar desperdício de
material, o que deve ser evitado a todo o custo tendo em atenção a impossibilidade de criação de "stocks" e a
dificuldade na sua aquisição (importação).
Deverá ter se em atenção que cada marcador, com as dimensões de 0,10 por 0,10 m2 (de base), necessita de
um mínimo de 100 g de cola, a que corresponde uma camada, em fresco, de aproximadamente 1,5 mm de
espessura.
Não deverá utilizar se qualquer dos dois componentes desde que o prazo de validade de 8 meses, mínimo
(aconselhado 12 meses),tenha sido ultrapassado.
Se, dentro daquele prazo, se verificar qualquer anomalia aparente ou de adesividade, deverá ser dado
conhecimento imediato do facto à Fiscalização.
d)Colagem
A operação de colagem prevê a aplicação no pavimento, com uma espátula, de uma camada de cola com
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cerca de 1,5 mm de espessura, numa área correspondente à base do marcador.
Em seguida e de imediato, aplica se o marcador sobre a camada de cola e pressiona se vigorosamente até
que, por refluimento, se verifique o envolvimento do marcador por uma orla de cola que servirá de protecção
contra infiltrações.
Deverá sublinhar se que, nesta operação, poderá efectivar se a orientação correcta dos marcadores, de acordo
com a angularidade estabelecida na a).
11. DELINEADORES
11.1. Implantação e colocação
A implantação dos delineadores far se á de 50 em 50 m, para troços onde a distância de visibilidade é superior
a 250 m. Colocam se de um e outro lado da faixa de rodagem, segundo o perfil transversal, e serão bi
direccionais se a faixa de rodagem apre-sentar dois sentidos de tráfego.
Para distâncias de visibilidade reduzidas, por exemplo em curvas em planta ou em curvas de concordância, a
visibilidade mínima deverá ser determinada, e para essa zona deverão existir 5 delineadores visíveis para o
condutor. Em casos extremos, de distâncias de visibilidade de 40 m, utilizar se ão com espaços mínimos de 8
m. Existirão sempre 2 delineadores (1 de cada lado) para o mesmo perfil transversal.
Quando a implantação se realizar sobre guardas de segurança existentes, procurar se á respeitar o princípio
indicado atrás, tentando acertar o mais possível os espaçamentos.
As peças desenhadas contêm informações complementares da implantação dos delineadores.
11.2. Implantação transversal
A implantação transversal far se á tendo em conta a existência da berma, devendo o delineador, apoiado no
solo, situar se no limite daquela e no separador.
Se a colocação sobre a guarda de segurança não for possível ou desejável, poderá o mesmo situar se atrás
daquela guarda, e a uma distância mínima de 0,50 m da superfície definida pela face da viga "omega".
O Adjudicatário deverá iniciar os trabalhos após marcação experimental dos locais onde se irão instalar os
delineadores, procedendo de imediato à escavação das bases e instalação do corpo do delineador, verificando
a sua verticalidade, orientação angular em relação à faixa de rodagem e à altura do topo do mesmo à cota da
berma.
2.3. Guardas De Segurança Semi-Flexíveis
1. IMPLANTAÇÃO
A execução das obras deste tipo comprende as operações fundamentais de cravação e montagem, as quais
pressupõem um trabalho delicado de prévia implantação para reconhecimento dos condicionalismos locais
(natureza dos solos, atravessamentos, obstáculos, etc.), ao qual se seguirá a implantação definitiva, que deve
garantir um rigoroso alinhamento em planta e perfil longitudinal.
Estes alinhamentos devem apresentar se perfeitamente regrados, sem ondulações que denunciem o apego a
eventuais imperfeições do pavimento (deformações, recortes, etc.), quer em planta quer em perfil, isto é, devem
traduzir o desenvolvimento geométrico da estrada.
Todos os trabalhos que não respeitem as condições técnicas de execução exigidas não poderão ser aceites.
2. ANCORAGEM
A ancoragem dos prumos será efectuada por cravação directa no solo ou, em casos excepcionais, por
encastramento em maciços de betão simples de 120 kg de cimento por m3, com a secção quadrada com o
mínimo de 40 cm de lado e uma profundidade que permita o recobrimento na base do prumo não inferior a 10
cm.
Se o recurso a processos de escavação mecânica conduzir à conveniência em realizar maciços de secção
circular, o diâmetro não deverá ser inferior a 45 cm.
Em obras de arte, os prumos serão aparafusados mediante placas de fixação com furação apropriada.
A distância entre dois suportes consecutivos será de 4,0 m, devendo este espaçamento baixar para 2,0 m nas
curvas de raio inferior a 45 m.
3. MONTAGEM E MANUTENÇÃO DAS GUARDAS DE SEGURANÇA
3.1. Montagem
As vigas de segurança, que se devem encontrar já devidamente preparadas para a instalação no local, serão
fixadas a um dispositivo de afastamento (amortecedores, afastadores e reforços), sendo o conjunto apoiado ao
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suporte ou prumo previamente cravado.
O eixo horizontal da viga simples deve situar se à altura mínima de 0,55 m do solo, com uma tolerância de 0,03
m para mais, enquanto que a altura máxima admitida para a viga superior de uma guarda dupla, quando
prevista, será de 1,00 m.
A montagem da guarda será sempre realizada no sentido do tráfego e com terminais de segurança adequados.
A extremidade da viga de montante sobrepor se á sempre à de jusante, de acordo com o respectivo desenho
de pormenor.
A montagem das vigas de segurança deverá ser sequente, não se permitindo interrupções por troços, a menos
que expressamente autorizadas pela Fiscalização.
A colocação dos prumos não se deverá encontrar desfasada no tempo da colocação das vigas respectivas,
sendo imperioso que, no fim de cada período de trabalho,se protejam com terminais adequados. Nos pontos de
divergência, não se admitem curvas inferiores ao raio de R = 1,00 m.
3.2. Manutenção
Se durante o período de execução dos trabalhos as guardas já montadas segundo os critérios estabelecidos no
número anterior forem danificadas por acidente, competirá ao Adjudicatário a sua recolocação sendo, no
entanto, devido o pagamento dos trabalhos efectuados, a preços do contrato.
Não serão considerados os casos demonstradores de negligência ou colocação imprópria de materiais em
obra, os quais serão da inteira responsabilidade do Adjudicatário.
4. EXTREMIDADE ENTERRADA A COTA CONSTANTE
O enterramento, neste caso, far se á à custa de um afastamento em relação ao alinhamento da fila de guardas
paralelas ao eixo da estrada e conseguir se á, também, à custa de três chapas, a última das quais ficará
encastrada no talude de escavação.
Deverá ser evitada a cravação dos prumos nas valetas.
5. EXTREMIDADE ENTERRADA A COTA VARIÁVEL
Os três primeiros prumos de cada fila serão posicionados de modo a que apresentem as seguintes cotas,
relativamente ao eixo da viga, quer no caso das guardas de segurança simples, quer no caso da viga inferior da
guarda de segurança dupla (BHO):
− 1º prumo: 0,15 m
− 2º prumo: + 0,20 m
− 3º prumo: + 0,41 m
e um afastamento horizontal máximo, no 1º prumo, relativamente ao alinhamento da fila paralela ao eixo da
estrada, de 0,50 m.
Os dois primeiros prumos não são munidos de afastador, sendo a viga apoiada directamente no suporte.
Com a finalidade de proporcionar melhor amarração da viga ao suporte, os três primeiros prumos são munidos
de placa de fixação.
2.4.Guardas de Segurança Rígidas
1. IMPLANTAÇÃO
Os maciços, do tipo "New Jersey", são dispositivos rígidos que não podem ser implantados senão sobre um
solo estabilizado, para se evitar sérios riscos de rotura provocados por pequenos deslocamentos diferenciais.
A implantação deve garantir um rigoroso alinhamento em planta e em perfil.
A escolha exacta da posição do separador dependerá da largura disponível até ao obstáculo, e deverá ser
sempre localizado para além do limite da berma.
2 . COLAGEM FIXAÇÃO
A colagem ou fixação da guarda rígida deverá ser conseguida por dois processos que se descrevem:
− Por aderência (colagem) ao suporte sobre o qual assenta, suporte que pode encontrar se
estabilizado mecânicamente, ou constituido por uma superfície tratada com ligantes hidráulicos ou
hidrocarbonados. Neste caso, é importante a limpeza prévia da zona de colagem.
− Por colagem a uma argamassa de betão, de largura mínima igual à da base do maciço e de 0,20
m de altura. Neste caso bastará apenas uma operação para garantia de colagem, que será
conseguida em simultâneo com a construção da base da argamassa.
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Em separadores, deverá ser preferido este método.
3. FABRICO
Os maciços já referidos podem ser fabricados "in situ", por processo de molde deslizante,ou prefabricados. As
grandes extensões impõem o primeiro dos processos. Contudo, em qualquer dos casos, deverá ser ouvida a
Fiscalização.
4. EXTREMIDADES
As extremidades dos maciços sofrerão dois tratamentos específicos devendo, por norma, ficarem articuladas às
guardas de segurança semi flexíveis por intermédio de parafusos roscados a buchas expansivas aplicadas no
próprio maciço.
Para além deste tratamento, também o próprio perfil deverá, numa extensão mínima de 1,60 m, sofrer uma
transição em cunha, conforme se pormenoriza nas peças desenhadas, de modo a não apresentarem ao tráfego
superfícies verticais.
2.5. Barreiras Anti-Encadeamento
1. IMPLANTAÇÃO LONGITUDINAL
A implantação será realizada com afastamentos de 0,50 m entre eixos das barreiras garantindo, assim e em
recta, a cobertura integral para um cone de visibilidade definido para um ângulo de 15º.
2. IMPLANTAÇÃO TRANSVERSAL E COLOCAÇÃO
A implantação transversal que se define nas peças desenhadas, será localizada sobre o coroamento do perfil
rígido de tipo "New Jersey" com uma torção de 15 º, em relação ao seu eixo transversal.
A colocação da barreira exigirá a sua perfeita verticalidade e obter se á por aparafusamento da chapa de base
com parafusos do tipo "cabeça de tremoço" ao betão do maciço.
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ÍNDICE
1. Generalidades...................................................................................................................................................3
2. Sinalização dos Trabalhos................................................................................................................................3
3. Levantamento e Reposição de Pavimentos.....................................................................................................3
4. Localização das Tubagens ...............................................................................................................................4
5. Abertura e fecho das valas ..............................................................................................................................4
5.1 Identificação da Tubagem ........................................................................................................................4
6. Entivações e Escoramentos .............................................................................................................................4
7. Assentamento da Tubagem e Execução das Juntas........................................................................................5
6. Maciços de Amarração.....................................................................................................................................5
7. Tubos e Acessórios para Escoamento em Pressão.........................................................................................5
7.1. Tubos e Acessórios de PVC Rígido .........................................................................................................5
7.2. Tubos e Acessórios em Ferro Fundido Dúctil..........................................................................................6
7.2.1. Válvulas de Seccionamento..................................................................................................................6
8. Marcos de Incêndio...........................................................................................................................................7
9. Lavagem e Desinfecção das Condutas ...........................................................................................................8
10. Ensaios de Pressão .......................................................................................................................................8
10.1. Âmbito....................................................................................................................................................8
10.2. Responsabilidade dos ensaios..............................................................................................................8
10.3. Descrição do ensaio..............................................................................................................................8
10.4. Operações de ensaio.............................................................................................................................9
10.5. Recepção das canalizações..................................................................................................................9
10.6. Precauções a tomar durante a realização dos ensaios.......................................................................10
11. Trabalhos Diversos........................................................................................................................................10
12. Materiais não Especificados ........................................................................................................................10
13. Qualidade dos Materiais...............................................................................................................................10
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1. GENERALIDADES
Compete ao Empreiteiro a execução completa da rede de água, fornecimento e assentamento do respectivo
equipamento, com todos os seus acessórios, previstos no projecto e neste Caderno de Encargos, sujeito às
indicações da Fiscalização e subordinando-se às prescrições dos respectivos regulamentos.
2. SINALIZAÇÃO DOS TRABALHOS
O empreiteiro deverá executar todos os trabalhos de sinalização das obras, que permitam alertar
convenientemente os peões ou viaturas que se desloquem nas proximidades, e obriga-se a colocar
oportunamente nas estradas que sejam afectadas pelo desenrolar dos trabalhos, os sinais rodoviários e a
balizagem para conveniente aviso e segurança do transito, com particular atenção sempre que, em virtude das
obras de qualquer natureza ou obstáculo, haja necessidade de desviar o trânsito ou de que este se faça com
precaução. O desvio de trânsito, caso necessário para a execução da empreitada, será da responsabilidade do
adjudicatário o respectivo contacto com as entidades necessárias. Os dispositivos a adoptar na sinalização e
balizagem reflectorizados, luminosos ou iluminados serão do tipo empregue pelo EP, devendo os sinais a utilizar
ser sempre mantidos em bom estado de conservação.
3. LEVANTAMENTO E REPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS
Quando o pavimento for em tapete o corte do mesmo, antes do arranque, far-se-á utilizando-se para o efeito
equipamento mecânico (serra de corte), compreendendo a largura da vala prevista em projecto. Far-se-á o
arranque e a remoção do pavimento numa largura excedente a 0,40 m e 0,20 m, para cada lado, da largura das
valas definidas no projecto, para pavimentos tipo cubos e betonilha respectivamente.
Só em casos excepcionais, como tal reconhecidos pela fiscalização, de bases ou sub-bases, constituídas por
solos plásticos (argilas) ou desagregáveis (areia), poderá aceitar-se o aumento desta largura para valores
superiores aos referidos no parágrafo anterior. Consoante a natureza do pavimento, assim a entidade que
superintende na conservação dos pavimentos levantados determinará o aproveitamento, ou não dos produtos
resultantes do arranque. Se essa entidade determinar o aproveitamento de tais produtos na empreitada para
recolocação no lugar do pavimento retirado, o empreiteiro arrumá-los-á tanto quanto possível ao lado da vala,
do lado contrário ao que for destinado aos produtos da escavação, de modo a não prejudicar o movimento das
máquinas e do pessoal empenhados na montagem e ensaio da tubagem.
Quando o pavimento for constituído por elementos desagregáveis, de macadame, cubos ou paralelepípedos, as
pedras serão limpas de detritos e agrupadas em montículos dispostas ao longo da vala ou do outro lado do
arruamento, aguardando momento de voltarem ao seu lugar para a restauração do pavimento.
No caso de não serem recolocados, o empreiteiro promoverá por sua conta a carga e o transporte dos produtos
arrancados para o local a escolher pelo empreiteiro, desde que aprovado pela fiscalização.
Igualmente serão removidos para locais onde não causem dano, os sinais de trânsito, as lajes e leitos de
valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas, sumidouros, etc, que a fiscalização mandará, ou
não, aproveitar para recolocação como elementos complementares do pavimento.
A reposição ou reconstrução dos pavimentos arrancados só se iniciará depois do aterro das valas se encontrar
bem compactada e consolidado (95% a 100% pelo ensaio Proctor Normal).
Os pavimentos a repor ou a reconstruir sê-lo-ão consoante o seu tipo, em conformidade com as respectivas
especificações técnicas aprovadas.
Além de repor ou construir os pavimentos na extensão em que tiverem sido arrancados, o empreiteiro obriga-se
a realizar a sua ligação perfeita com o pavimento remanescente, de modo que entre ambos não se verifiquem
irregularidades ou fendas, nem ressaltes ou assentamentos diferenciais.
Se, no decurso dos trabalhos de instalação da tubagem ou nos de aterro e compactação das valas, houver
destruição, danificação ou assentamento dos bordos do pavimento remanescente, deverão ser reparados.
Serão igualmente repostos ou reconstruídos pelo empreiteiro nas devidas condições, os sinais de trânsito, as
lajes e leitos de valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas, sumidouros e demais elementos
complementares do pavimento.
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4. LOCALIZAÇÃO DAS TUBAGENS
1. Nos arruamentos onde se implantar mais do que uma conduta, deverão as mesmas localizar-se uma de cada
lado do arruamento, sempre que possível nos passeios quando existirem, caso contrário junto à berma do
arruamento, tendo sempre em atenção as infra-estruturas existentes e as indicações da fiscalização.
2. Nos arruamentos onde se vai implantar três condutas, sendo uma delas adutora, de um dos lados da via, na
mesma vala colocar-se-á duas condutas conforme desenho de pormenor e no outro lado da via a restante
conduta.
3. A localização das condutas referidas nos pontos anteriores, deverá ser sempre acordada com a fiscalização
da empreitada, após consulta prévia desta à respectiva Divisão de Águas dos Serviços Municipalizados.
5. ABERTURA E FECHO DAS VALAS
Todas as tubagens das redes de abastecimento de água, serão instaladas em vala com (0.50 + Ø ) m de
largura e a uma profundidade de 1.0 m em relação à geratriz superior.
Após escavação a tubagem será assente em vala sobre uma camada de areia de 0,10 m de espessura. Sobre a
conduta será ainda colocada uma camada de protecção de 0,30 m de espessura.
O aterro será executado com produtos da escavação limpos de pedras, por camadas de 0,30 m de espessura.
Nos arruamentos a tubagem será enterrada em vala cujas dimensões se especificam no respectivo desenho de
pormenor.
5.1 Identificação da Tubagem
O adjudicatário procederá à identificação de todas as tubagens a instalar, de acordo com o prescrito pela
Câmara Municipal e pela Entidade Gestora.
6. ENTIVAÇÕES E ESCORAMENTOS
As escavações serão devidamente entivadas e as entivações deverão garantir a completa segurança do
pessoal contra os desmoronamentos e ainda assegurar a correcta execução das operações de betonagem,
procedendo-se para isso aos escoramentos e drenagens que forem necessários.
De um modo geral deverão ser entivados os taludes que sejam desmoronáveis, quer por deslizamentos quer
por desagregação, pondo em risco de aluimento os pavimentos e as instalações do subsolo que pela sua
abertura, fiquem ameaçados na sua estabilidade.
A entivação poderá executar-se de vários modos conforme a profundidade da escavação e a natureza do
terreno, mas será essencialmente de dois tipos: contínua e descontínua, consoante o revestimento dos taludes
pelas pranchas metálicas ou de madeira for completo ou incompleto. Na entivação contínua as pranchas
metálicas ou de madeira, cravadas verticalmente, deverão possuir rebordos longitudinais ou encaixes de correr,
de modo a servirem de guias à cravação de cada prancha em relação à sua antecessora. O conjunto ficará,
assim, a formar cortinas fechadas, através das quais não haverá fugas de terra dos taludes para dentro da
escavação.
Na entivação descontínua o espaçamento entre as pranchas ou os grupos de elementos verticais não deverá
exceder 1,00 ou 1,50 m, conforme a profundidade da escavação for inferior ou superior a 2,00 m,
respectivamente. A cravação das pranchas metálicas ou de madeira aguçada, far-se-á mecanicamente por meio
de pilão accionado por bate-estacas, ou por meio de martelete de pequeno curso accionado por compressor de
ar, ou mesmo manualmente por meio de maços ou marretas nos casos de pequena profundidade e quando a
fraca consistência do terreno o permitir.
O escoramento da entivação far-se-á com elementos horizontais dispostos de um talude contra o outro, de
modo que tais elementos ou escoras se situem acima do nível dos trabalhos.
Tratando-se de escavações de grande profundidade, convirá executar a entivação por andares ou degraus,
reduzindose o afastamento dos taludes à medida que se aprofunda a escavação. Neste tipo de entivação, as
cortinas de cada andar deverão permanecer cravadas cerca de 30 cm no degrau de transição para o andar
imediatamente inferior.
Normalmente a entivação irá progredindo em profundidade simultaneamente com a escavação, ou então
aplicar-se-á logo que esta atinja o fundo; se o terreno for muito brando ou muito plástico, deverá proceder-se
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primeiramente à cravação dos elementos verticais da cortina, só depois se iniciando a escavação. o tratamento
longitudinal e o escoramento transversal das cortinas previamente cavadas far-se-ão à medida que a escavação
for adquirindo profundidade, antes que a entivação fique desamparada.
As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão desmontadas até
que a sua remoção não apresente qualquer perigo.
7. ASSENTAMENTO DA TUBAGEM E EXECUÇÃO DAS JUNTAS
Antes de descarregar os tubos e também imediatamente antes do seu assentamento, já dentro da vala, verificarse-á se aqueles estão partidos ou apresentam fendas, caso em que serão rejeitados.
O assentamento sobre a camada de terra cirandada ou areia de fundação será feito de jusante para montante
da vala e, no caso dos tubos com campânula, com esta para jusante, devendo haver sempre o cuidado de lhes
dar apoio em toda a extensão e de garantir o seu perfeito alinhamento tanto no plano vertical como no
horizontal.
O assentamento das tubagens far-se-á com valas postas a seco sendo o sistema de drenagem o estipulado na
norma de referência; se este sistema não se mostrar suficiente, o empreiteiro instalará um sistema de
bombagem adequado.
Os restantes requisitos a atender no correcto assentamento dos tubos e boa execução das juntas deverão
obedecer à norma NP-893 ou às indicações do fabricante, consoante o tipo de material e de juntas a aplicar.
6. MACIÇOS DE AMARRAÇÃO
Os maciços de encosto serão constituídos em betão C12/15 e moldados "in situ" de encontro à superfície do
terreno, nos locais indicados no projecto. A moldagem deverá dar aos maciços uma configuração tal que deixe
livres as juntas de ligação aos tubos e acessórios, a fim de possibilitar uma eventual desmontagem sem
necessidade de demolição dos maciços.
Deverá haver o máximo cuidado em garantir que a betonagem dos maciços seja feita directamente contra os
taludes envolventes do terreno, de modo a garantir-se uma maior capacidade resistente do solo. Não será
assim permitida a utilização das terras de aterro entre o betão e o terreno de origem, excepto nas proximidades
do acessório.
7. TUBOS E ACESSÓRIOS PARA ESCOAMENTO EM PRESSÃO
7.1. Tubos e Acessórios de PVC Rígido
A tubagem e acessórios de PVC rígido a utilizar deverá obedecer ao seguinte:
- No que respeita às características e condições de recepção, os tubos deverão satisfazer ao prescrito na norma
NP-1487;
- A resistência ao choque dos tubos a zero graus centígrados, efectuada de acordo com a norma NP-1453, não
deve conduzir à fissuração de mais de 5% dos provetes ensaiados;
- Para efeitos de inspecção geral, os tubos e acessórios serão repartidos em lotes no local da obra, sendo cada
lote constituído por unidades das mesmas dimensões nominais, da mesma classe de pressão e do mesmo
fabricante;
- O dono da obra mandará os seus representantes proceder à inspecção geral de cada lote, a qual consistirá na
verificação das suas características;
- Ficará ao critério do dono da obra, o número de tubos e acessórios do lote a sujeitar à inspecção geral;
- Se o número de tubos e acessórios rejeitados de cada lote exceder 20% do número de tubos e acessórios do
lote respectivo, este será integralmente rejeitado;
- Os ensaios devem ser realizados em laboratório oficial, sendo feita a amostragem de cada lote depois de
sujeito à inspecção geral, e sem se substituir nenhum dos tubos, acessórios ou juntas eventualmente rejeitados;
- Por cada lote, cada ensaio será realizado primeiramente sobre 3 provetes. Dando-se o caso de os resultados
obtidos em 2 ou 3 provetes não satisfizerem, o lote será rejeitado. O ensaio será realizado com 3 novos
provetes, se no primeiro ensaio se obtiverem resultados não satisfatórios em apenas 1 provete. O lote será
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rejeitado se a totalidade dos provetes do segundo conjunto de três não satisfizer o ensaio;
- Os ensaios de resistência à acetona a ao ácido sulfúrico serão realizados conforme as normas NP-1454 e NP1455, respectivamente.
São as seguintes espessuras mínimas de acordo com a classe de pressão:
Diâmetro nominal
(mm)
Espessura da parede
(mm)
Espessura da parede
(mm)
PN 6 Kg/cm²
PN 10 Kg/cm²
25
1.2
1.2
32
1.2
1.6
40
1.2
1.9
50
1.5
2.4
63
1.9
3.0
75
2.2
3.6
90
2.7
4.3
110
3.2
5.3
125
3.7
6.0
7.2. Tubos e Acessórios em Ferro Fundido Dúctil
Os tubos e acessórios em ferro fundido dúctil a fornecer e a montar deverão ter diâmetros interiores iguais
aosindicados nos projectos, obedecer à norma ISO 2531 e terem classes adequadas às pressões de serviço.
As flanges de ligação quando existirem deverão ter uma furação com as normas DIN 2501, 2502 e 2503.
O Empreiteiro deve apresentar documentação com as seguintes informações para além de outras que julguem
necessárias a uma boa apreciação técnica dos tubos e acessórios propostos:
- Fabricante;
- Tipo, peso e dimensões gerais;
- Pressão nominal e máxima de serviço;
- Ensaios;
- Tipos de uniões de ligação entre tubos e acessórios e entre acessórios;
- Código de normas de projecto;
- Protecção anti-corrosiva;
- Desenhos de conjunto e de pormenor;
- Modo de transporte e acondicionamento dos tubos desde a fábrica aos locais das obras.
A fiscalização poderá exigir ao empreiteiro a apresentação de certificados dos ensaios dos tubos em fábrica.
7.2.1. Válvulas de Seccionamento
7.2.1.1. Prescrições Gerais
As válvulas a montar nas tubagens de circulação normal de água serão do tipo borboleta, para secções
superiores a 300 mm, e de cunha para as restantes.
As válvulas a montar nas descargas de fundo e junto das ventosas deverão ser do tipo cunha, corpo flangeado.
Todas as válvulas deverão ter em lugar de destaque uma chapa de identificação com espaços reservados para
indicação dos seguintes dados:
- Construtor;
- Número de fabrico;
- Diâmetro nominal;
- Pressão nominal;
- Peso em vazio;
- Ano de construção.
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7.2.2. Válvulas de cunha
As válvulas de seccionamento previstas no presente projecto, serão válvulas de cunha de ferro fundido dúctil e
serão do tipo considerado na norma ISO 7259.
Terão as dimensões de acordo com os catálogos do fabricante. As flanges das válvulas deverão ter valores do
seu diâmetro exterior, diâmetro de furação, número de furos e respectivos diâmetros de acordo com a norma
DIN 2.501, NFE 29.206. NFE 29.203 e ISO 7.005-2. Devem ser previstas para instalação enterrada, conforme as
normas ISO 7.259, NFE 29.329. A distância entre faces nas versões flangeadas será conforme as normas ISO
5.752, EURO 21, EURO 23.
Os materiais constituintes das várias partes das válvulas serão:
a) Corpo e tampa em ferro dúctil GS 400-15, com revestimento EPOXY, no mínimo 150 microns de espessura,
aplicado por projecção electrostática;
b) Porca e estribo de fecho em ferro dúctil GS 400, revestido a acetato vinil etílico;
c) Cunha em ferro dúctil 400-15, inteiramente subremoldado com nitrilo;
d) Fuso em aço inox 13% Cr;
e) Porca do parafuso em latão;
f) Chumaceira do fuso em aço inoxidável mais poliuretano ou bronze;
g) Anel de vedação em Hostaform ou equivalente;
h) Juntas da tampa e da chumaceira em nitrilo 70 Shore A, ou equivalente.
A concepção da válvulas deverá permitir uma rápida substituição dos empanques.
O comando das válvulas será manual com haste e volante, o fecho será sempre feito no sentido dos ponteiros
do relógio.
Todas as válvulas serão inspeccionadas para verificação das dimensões e tolerâncias, para se apurar se
satisfazem as prescrições contidas, neste Caderno de Encargos e, de uma maneira geral, para se avaliar se
estão conforme o estipulado neste Caderno de Encargos.
Todas as válvulas serão sujeitas em fábrica a ensaio de acordo com a Norma ISO 5.208. O adjudicatário obrigase a apresentar, por cada válvula, fim certificado de ensaio.
O Empreiteiro anexará todos os elementos que julgue necessários, para uma boa apreciação técnica das
válvulas que propõem e expressamente os seguintes:
- Fabricante;
- Tipo e dimensões;
- Pressão nominal e máxima de serviço;
- Furação das flanges;
- Peso;
- Materiais constituintes;
- Esquemas de protecção anti-corrosiva;
- Descrição das disposições funcionais de comando manual.
7.2.3. Parafusos e porcas
Para evitar qualquer calcinação, colagens ou corrosão de uniões mecânicas todas as roscas e parafusos e
respectivas porcas deverão ser electrozincados ou galvanizados (por imersão em zinco fundido).
Na operação de montagem as roscas devem ser lubrificados com um material adequado do tipo “NEVERSEEZ” ou equivalente.
7.2.4. Tampas metálicas
As tampas metálicas serão executadas em chapa de aço conforme os respectivos desenhos de pormenor e da
classe correspondente à sua localização na via pública.
Deverão dispor de dispositivo para remoção e ser protegidas contra a corrosão por pintura de esmalte, após
decapagem a jacto de areia, graus SA 2,5.
8. MARCOS DE INCÊNDIO
Serão instalados marcos de incêndio, tipo “Bayard, Pont-a-Mousson”, ou equivalentes, completos, em ferro
fundido dúctil de três saídas sendo uma central em ø 110 mm e duas laterais em ø 75 mm, com ligação stroze,
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admissão com ligação flangeada à conduta de abastecimento de água em ø 100 mm, sistemas anti-choque por
derrube e hidráulico, incluindo o respectivo maciço de fundação, válvula de seccionamento, tê de derivação e
todos os demais acessórios necessários ao seu perfeito funcionamento. Serão localizados de acordo com a
planta geral da rede e executados em conformidade com o esquema de nós. Os marcos serão colocados no
passeio, junto à guia do mesmo.
9. LAVAGEM E DESINFECÇÃO DAS CONDUTAS
As condutas antes de entrarem em serviço serão submetidas a uma lavagem e a um tratamento de depuração
química, conforme prescreve o n.º 29 do Regulamento Geral de Abastecimento de Água, e em conformidade
com a norma AWWA (C-601).
O agente químico de desinfecção ou depuração será o cloro, o qual será utilizado por um dos modos indicados
na referida norma, tendo em conta as características da obra.
10. ENSAIOS DE PRESSÃO
Ensaio de pressão segundo EN 805, aplicável a conduções com comportamento visco-elástico (polietileno),
tendo como base a fluência que caracteriza este tipo de material. Este tipo de ensaio inclui:
- Fase preliminar para criar as condições iniciais de pressão, tempo e temperatura causando variações de
volume (relaxação da tubagem).
- Purga de ar do sistema de forma a retirar todo o ar da conduta e uniformizar o volume da mesma.
− Ensaio principal com a duração de 30 minutos à pressão pretendida.
−
10.1. Âmbito
Esta especificação diz respeito à realização do ensaio de pressão a efectuar nas condutas dos sistemas de
abastecimento de água ou condutas elevatórias de águas residuais. O seu objectivo é permitir verificar a
estanquidade e a estabilidade das condutas antes da sua entrada em serviço.
Os ensaios consistem no enchimento das canalizações com elevação gradual da sua pressão interna por meio
de bomba manual ou mecânica e na medição da água necessária para os diferentes ajustes de pressão.
10.2. Responsabilidade dos ensaios
A responsabilidade de execução dos ensaios de pressão das condutas é do Empreiteiro.
Será por conta do Empreiteiro tudo o que seja necessário para a realização dos ensaios, incluindo o
equipamento de bombagem e fornecimento da água nos diferentes locais dos ensaios. Todos os ensaios
carecem de aprovação do Dono da Obra e têm de ser realizados na presença da Fiscalização, a qual tem de
ser prevenida atempadamente da data e do local de realização dos mesmos.
Os resultados dos ensaios constarão de relatório escrito a elaborar pelo Empreiteiro e a aprovar pela
Fiscalização.
10.3. Descrição do ensaio
10.3.1 Selecção do troço a ensaiar e seu comprimento
A selecção dos troços a ensaiar será feita pelo Empreiteiro em conjunto com a Fiscalização, tendo em conta a
programação das obras e condicionalismo locais, nomeadamente:
•
Perfil e extensão do troço a ensaiar;
•
Diferencial de pressões entre os extremos do troço a ensaiar (sempre que possível a pressão de
serviço deverá ser constante em todo o troço);
•
Localização dos acessórios e respectivos maciços, bem como válvulas de seccionamento;
•
Características do local e inconvenientes que possam advir para o tráfego ou para terceiros.
O comprimento máximo de cada troço a ensaiar deverá ser inferior a 500m.
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10.3.2 Preparação do troço a ensaiar
Os troços a ensaiar deverão estar devidamente amarrados para evitar os deslocamentos das condutas durante
os ensaios. Regra geral, os ensaios só se deverão iniciar após a cura do betão aplicado nos maciços, o que
usualmente corresponderá a 7 dias após a betonagem do último maciço do troço a ensaiar, a menos que se
utilizem betões de presa rápida ou se usem escoramentos ou tirantes provisórios.
Sempre que possível, os ensaios deverão ser realizados com as juntas da tubagem a descoberto para se poder
detectar, por inspecção visual, as eventuais deficiências de execução das juntas. Como na maioria dos casos
esta situação não é possível deverão ser mantidas a descoberto os locais de implantação dos acessórios.
10.3.3 Enchimento com água do troço a ensaiar
O troço a ensaiar será cheio com água de modo a assegurar a expulsão total do ar. O caudal recomendado
para o enchimento da canalização corresponde a uma velocidade média em secção cheia de cerca de 0,05m/s.
Esta velocidade corresponde ao enchimento de 100m de conduta em aproximadamente 30 minutos.
Durante o enchimento verificar-se-á se os dispositivos de purga colocados nos pontos altos das condutas,
marcos de incêndio e bocas de rega, estão em funcionamento com as válvulas de seccionamento abertas. Nas
condutas principais verificar se existem ventosas. Se no troço a ensaiar não existirem órgãos que permitam a
saída de ar, o Empreiteiro deverá instalar dispositivos provisórios para esse efeito, ou utilizar os ramais
domiciliários.
10.3.4 Equipamento
A pressão hidráulica no troço a ensaiar será fornecida por uma bomba manual ou mecânica, de acordo com a
dimensão da canalização a ensaiar, munida de um manómetro que permita leituras correctas de fracções de
0,01 MPa (0,1 kg/cm2). A bomba deve possuir um reservatório de água dotado de um contador que permita
medir o volume de água necessário para restabelecer a pressão de ensaio, com uma precisão de ± 1,0 litro. O
manómetro e contador deverão ser previamente calibrados no estaleiro antes do início dos ensaios.
Como em geral os manómetros têm o seu máximo de sensibilidade aproximadamente ao meio da escala de
graduação, recomenda-se a escolha de um manómetro que permita realizar o ensaio nessa zona, evitando
leituras na extremidade da escala.
10.4. Operações de ensaio
Após o enchimento do troço a ensaiar, este deverá permanecer durante um período de 24 horas sob uma
pressão estática inferior ou igual à pressão de serviço da secção em causa. Se durante este período se verificar
qualquer perda de água, a canalização será cheia novamente de acordo com o processo de enchimento citado
em 10.3.3, depois de identificado e reparado o local da fuga.
As partes visíveis da canalização devem ser inspeccionadas visualmente após o período de 24 horas.
Se não se verificarem fugas de água ou deslocamentos sensíveis da conduta, o troço será então sujeito ao
ensaio de pressão propriamente dito.
10.4.1 Pressão de ensaio
A pressão de ensaio será 1,5 vezes a pressão estática de serviço, referida ao ponto mais desfavorável da
conduta (ponto mais baixo). No caso de a bomba de ensaio ficar situada num ponto mais alto que o ponto mais
desfavorável, as pressões de ensaio deverão ser reduzidas da diferença de cotas. Em todas as situações a
pressão de ensaio não deverá ser inferior a 0,4 MPa (4 kg/cm2).
10.4.2 Duração do ensaio
As pressões de ensaio referidas serão mantidas durante um período de 1 hora.
10.5. Recepção das canalizações
No final do ensaio será medida no manómetro a queda de pressão verificada e far-se-á o seu reajustamento até
ao valor da pressão de ensaio, medindo rigorosamente no contador a quantidade de água necessária para o
seu restabelecimento.
O troço ensaiado está apto para ser aceite se o volume de água para restabelecer a pressão inicial for inferior ao
valor V dado por:
V=0,015 x D x L x T, onde:
V – volume limite de água para a aceitação do troço ensaiado (l)
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D – diâmetro interior da canalização (m)
L – comprimento do troço ensaiado (m)
T – duração do ensaio (h)
Se este valor for excedido, proceder-se-á à localização do defeito e à sua reparação e/ou substituições
necessárias para novamente se proceder ao ensaio da tubagem nas condições descritas. A canalização não
será aprovada sem que o resultado do ensaio seja satisfatório.
Após os ensaios de estanquidade e instalação dos dispositivos de utilização, deverá ser novamente verificado o
comportamento hidráulico do sistema à pressão de serviço, por forma a garantir que a construção de ramais
não afectou o desempenho do sistema.
10.6. Precauções a tomar durante a realização dos ensaios
Durante o período de ensaio apenas o operador necessário à realização do mesmo pode permanecer na vala e
nunca se deverá colocar junto a bocas de inspecção, obturadores, curvas ou tês.
11. TRABALHOS DIVERSOS
Todos os trabalhos, mesmo os não discriminados nos artigos anteriores, deverão ser executados segundo as
boas normas construtivas.
12. MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS
Todos os materiais não especificados e que tenham emprego na obra, deverão satisfazer às condições técnicas
de resistência e segurança impostas por regulamentos que lhe digam respeito, ou ter características que
satisfaçam às boas normas construtivas. Poderão submeter-se a ensaios para a sua verificação, fim a que se
destinam, e a natureza do trabalho que se lhes vai exigir, reservando-se à fiscalização o direito de indicar para
cada caso as condições a que devem satisfazer.
13. QUALIDADE DOS MATERIAIS
Todos os materiais a aplicar na empreitada, tubagem, acessórios, etc deverão ter a respectiva homologação ou
certificação
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ÍNDICE
1. Movimentos de Terras.......................................................................................................................................3
1.1. Escavações..............................................................................................................................................3
1.2. Entivações e Escoramentos ....................................................................................................................3
1.3. Aterro das valas e fundação das tubagens ............................................................................................4
1.4. Identificação da Tubagem .......................................................................................................................5
1.5. Assentamento de tubagens enterradas...................................................................................................5
2. Materiais Constituintes......................................................................................................................................6
2.1. Ligantes hidráulicos.................................................................................................................................6
2.2. Inertes.......................................................................................................................................................7
2.3. Água.........................................................................................................................................................7
2.4. Adjuvantes................................................................................................................................................7
2.5. Aço para betão armado...........................................................................................................................8
2.6. Materiais pré-fabricados para órgãos de drenagem...............................................................................8
2.7. Tubos de betão para passagens hidráulicas e colectores......................................................................8
2.8. Tubos em PP corrugado...........................................................................................................................9
2.9. Estruturas em betão para passagens hidráulicas...................................................................................9
2.10. Estruturas pré-fabricadas em betão....................................................................................................10
2.11.Órgãos complementares de drenagem................................................................................................10
2.12. Execução de passagens hidráulicas de secção circular em betão....................................................10
2.13. Execução de passagens hidráulicas de secção rectangular ou outra em betão armado..................12
2.14. Execução de bocas em passagens hidráulicas de secção circular ou outra ....................................12
3. Execução de Órgãos Complementares de Drenagem..................................................................................12
4. Câmaras de Visita (Generalidades)................................................................................................................13
4.1. Campo de aplicação..............................................................................................................................13
4.2. Condições de Serviço............................................................................................................................13
4.3. Conformidade com as normas .............................................................................................................13
4.4. Qualidade dos materiais construtivos....................................................................................................13
4.5. Câmaras de visita...................................................................................................................................14
4.6. Disposições particulares........................................................................................................................14
4.7. Sumidouro tipo “Passeio” e tipo “Estacionamento”..............................................................................14
5. Trabalhos de Demolição ................................................................................................................................15
5.1. Critério de demolição.............................................................................................................................15
5.2. Condições de segurança na obra..........................................................................................................15
6. Ensaios............................................................................................................................................................17
6.1. Generalidades........................................................................................................................................17
6.2. Responsabilidade dos ensaios..............................................................................................................18
6.3. Ensaio preliminar....................................................................................................................................18
6.4. Ensaio final.............................................................................................................................................18
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1. MOVIMENTOS DE TERRAS
1.1. Escavações
O presente artigo diz respeito a todas as escavações necessárias para a realização da rede de drenagem de
águas pluviais.
Os trabalhos de escavação só se iniciarão após a perfeita piquetagem do traçado das redes, que deverão
desde logo atingir as cotas que permitam o assentamento da tubagem, de acordo com o especificado no
projecto e segundo a determinação da Fiscalização.
O modo de atacar as escavações e o modo de remover os produtos desta fica ao critério do Empreiteiro.
As escavações serão preferencialmente mecânicas devendo ter-se sempre em vista a boa execução dos
trabalhos e as condições de segurança dos trabalhadores.
Se houver necessidade de utilização de explosivos deverá atender-se á legislação em vigor.
Deverão ser executadas todas as entivações e escoramentos necessários que impeçam movimentos de terra
que atentem contra a segurança dos operários.
Será realizada a bombagem de águas afluentes sempre que seja necessária para a perfeita realização dos
trabalhos, nomeadamente quando aqueles caudais ou as chuvas possam pôr em causa a estabilidade dos
taludes, criados com a escavação, ou ainda para garantir a boa consolidação dos terrenos de fundação
inerentes ao assentamento da rede.
Incluem-se neste artigo todas as operações necessárias ao transporte (incluindo elevação) dos produtos
escavados para depósitos intermédios ou provisórios e posteriormente para o vazadouro definitivo.
A largura L, em metros, a considerar para cada troço de v ala será dada pelas fórmulas:
1- Para H < 2.00 m ; Ø < 400 mm: L = Ø + 0.50 m
2- Para H < 2.00 m ; Ø > 400 mm: L = Ø + 0.80 m
3- Para H > 2.00 m: L = alínea 1- ou 2- + 0.05 por cada 0.5 m de H além de 2.00 m
em que:
- Ø é o diâmetro interior dos tubos ou representa a largura total do elemento ou elementos que constituem a
rede enterrada, e H a profundidade da v ala em metros.
Estas fórmulas são válidas quando outras formas ou dimensões das v alas não estiverem perfeitamente
definidas, devendo neste caso as v alas ser medidas pelas formas constantes do projecto.
A profundidade da v ala será considerada a partir das cotas do projecto, tanto para o fundo como para a parte
superior da vala. A cota superior é aquela onde a vala é efectivamente começada, podendo não corresponder
plenamente à cota do terrapleno final.
Consideram-se incluídas nas medições as seguintes operações: escavação, com ou sem escoramentos,
baldeação e/ou elevação dos produtos para a superfície, aterro, rega e compactação, transporte dos produtos
sobrantes a depósito, etc.
Sempre que necessário, inclui-se ainda a escolha dos produtos para o aterro da v ala, por meio de cirandagem,
ou mesmo obtenção de terras apropriadas.
Em qualquer caso, as medições não contemplarão quaisquer percentagens ou quantidades para atender a
empolamentos, compactações, sobrelargura ou taludes de segurança, etc.
1.2. Entivações e Escoramentos
As escavações serão devidamente entivadas e as entivações deverão garantir a completa segurança do
pessoal contra os desmoronamentos e ainda assegurar a correcta execução das operações de betonagem,
procedendo-se para isso aos escoramentos e drenagens que forem necessários.
De um modo geral deverão ser entivados os taludes que sejam desmoronáveis, quer por deslizamentos quer
por desagregação, pondo em risco de aluimento os pavimentos e as instalações do subsolo que pela sua
abertura, fiquem ameaçados na sua estabilidade.
A entivação poderá executar-se de vários modos conforme a profundidade da escavação e a natureza do
terreno, mas será essencialmente de dois tipos: contínua e descontínua, consoante o revestimento dos taludes
pelas pranchas metálicas ou de madeira for completo ou incompleto. Na entivação contínua as pranchas
metálicas ou de madeira, cravadas verticalmente, deverão possuir rebordos longitudinais ou encaixes de correr,
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de modo a servirem de guias à cravação de cada prancha em relação à sua antecessora. O conjunto ficará,
assim, a formar cortinas fechadas, através das quais não haverá fugas de terra dos taludes para dentro da
escavação.
Na entivação descontínua o espaçamento entre as pranchas ou os grupos de elementos verticais não deverá
exceder 1,00 ou 1,50 m, conforme a profundidade da escavação for inferior ou superior a 2,00 m,
respectivamente. A cravação das pranchas metálicas ou de madeira aguçada, far-se-á mecanicamente por meio
de pilão accionado por bate-estacas, ou por meio de martelete de pequeno curso accionado por compressor de
ar, ou mesmo manualmente por meio de maços ou marretas nos casos de pequena profundidade e quando a
fraca consistência do terreno o permitir.
O escoramento da entivação far-se-á com elementos horizontais dispostos de um talude contra o outro, de
modo que tais elementos ou escoras se situem acima do nível dos trabalhos.
Tratando-se de escavações de grande profundidade, convirá executar a entivação por andares ou degraus,
reduzindose o afastamento dos taludes à medida que se aprofunda a escavação. Neste tipo de entivação, as
cortinas de cada andar deverão permanecer cravadas cerca de 30 cm no degrau de transição para o andar
imediatamente inferior.
Normalmente a entivação irá progredindo em profundidade simultaneamente com a escavação, ou então
aplicar-se-á logo que esta atinja o fundo; se o terreno for muito brando ou muito plástico, deverá proceder-se
primeiramente à cravação dos elementos verticais da cortina, só depois se iniciando a escavação. o tratamento
longitudinal e o escoramento transversal das cortinas previamente cavadas far-se-ão à medida que a escavação
for adquirindo profundidade, antes que a entivação fique desamparada.
As peças de entivação e escoramento das escavações e construções existentes não serão desmontadas até
que a sua remoção não apresente qualquer perigo.
1.3. Aterro das valas e fundação das tubagens
Será atendido ao disposto nas peças escritas e desenhadas do Projecto ou, em caso de omissão, atender-se-á
ao disposto na norma EN 1610 e respectivos anexos.
Os tipos de fundação e os materiais a empregar no enchimento das valas, são os constantes no Projecto,
nomeadamente nas peças desenhadas.
De modo geral, o leito de assentamento da tubagem será efectuado com areia, gravilha ou terra cirandada
isenta de torrões, pedras, paus, tábuas, raízes e de outros corpos duros com mais de 2cm e com menos de 5%
de partículas com dimensão inferior a 0,1mm. Quando em terrenos sob o nível freático, o leito de assentamento
será constituído por material de granulometria compreendida entre 5 e 30mm e de acordo com as fundações
especiais previstas nas peças desenhadas.
Nos casos especiais da tubagem instalada sob o pavimento de estradas, devidamente referenciados nas peças
desenhadas, o material do leito de assentamento só poderá ser constituído por areia ou gravilha.
Sempre que haja necessidade de colocar geotêxtil na fundação da tubagem, o fundo da vala deverá ser
cuidadosamente limpo de modo a isentá-lo de quaisquer materiais que possuam danificar o geotêxtil.
O aterro das valas só poderá iniciar-se na presença da Fiscalização ou com a sua expressa autorização.
Depois da conduta montada, colocam-se camadas de aterro em areia, outro material granular fino ou solos
escolhidos entre os produtos de escavação e isentos de torrões, pedras, paus, tábuas, raízes e de outros
corpos duros, realizando assim o envolvimento e o recobrimento da tubagem até cerca de 30cm acima do seu
extradorso. Acima dessa cota o aterro deverá fazer-se com produtos da escavação da própria vala, desde que
sejam isentos dos detritos orgânicos e corpos de maiores dimensões, que sejam prejudiciais à sua estabilidade
e boa consolidação, especialmente se tal aterro vier a constituir base de pavimento rodoviário ou mesmo de
bermas e passeios.
O aterro será executado por camadas horizontais com 20cm de espessura, que serão sucessivamente regadas
e batidas.
A compactação das diversas camadas de aterro far-se-á por meio de maços manuais ou mecânicos, convindo
que aqueles sejam em forma de cunha, quando destinados ao aperto lateral de terras nas proximidades da
conduta, e em especial na sua semi-secção inferior.
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Nas camadas superiores, onde a compactação se puder fazer com pratos ou cilindros vibradores de dimensões
apropriadas, serão permitidas espessuras até 40cm ou 50cm antes de batidas.
Nos casos especiais de instalação de tubagem sob o pavimento de estradas, haverá condições de
compactação especiais, conforme definido nas peças desenhadas.
Quando não for suficiente a humidade própria do terreno, nem a água existente no subsolo, regar-se-á cada
uma das camadas de aterro na medida que, pela prática, se reconheça ser a mais conveniente para obter a
melhor compactação naquele tipo de terreno. O número de pancadas dos maços ou o número de passagens
dos pratos vibradores, cilindros ou outros aparelhos de compressão será, em cada caso, o recomendado pela
experiência como necessário para obtenção de uma densidade relativa nunca inferior aos 90% do ensaio
Proctor Pesado. Em caso de dúvida por parte do Adjudicatário, a Fiscalização poderá fixar e alterar, para cada
zona de aterro, em função da natureza dos solos e do grau de consolidação a atingir, o peso do aparelho de
compressão e o número, a ordem e o sentido das passagens necessárias.
Os aterros de valas que venham a ficar sujeitos à passagem de tráfego rodoviário deverão receber uma camada
de desgaste provisório, com 10 a 15cm de espessura, em saibro ou em solos estabilizados mecanicamente, e
ser submetidos ao trânsito antes de pavimentados definitivamente, a fim de reduzir ao mínimo a eventualidade
de futuras cedências, ressaltos ou ondulações nos revestimentos definitivos das faixas de rodagem.
1.3.1. Travessias de linhas de água
Na elaboração da sua proposta o Adjudicatário deverá ter em atenção que não serão considerados como
"trabalhos a mais" os relativos a ensecadeiras ou outros trabalhos complementares e auxiliares a executar em
linhas de água para instalação de condutas nas respectivas travessias, considerando-se que os encargos
inerentes estão contemplados nos preços unitários apresentados.
Se as entidades oficiais, que têm jurisdição sobre estes cursos de água, exigirem o licenciamento para
execução das obras, o Adjudicatário deverá responsabilizar-se pela organização do processo de licenciamento
e pela sua obtenção.
1.3.2.Trabalhos em estradas
Na elaboração da sua proposta o Adjudicatário deverá ter em atenção que não serão considerados como
"encargos adicionais" os relativos a licenciamento ou trabalhos auxiliares em eventuais desvios de trânsito ou
ainda na prestação de garantias bancárias eventualmente exigidas pelas entidades oficiais responsáveis pela
conservação destas vias.
Se as entidades oficiais, que têm jurisdição sobre estas estradas, exigirem o licenciamento para execução das
obras, o Adjudicatário deverá responsabilizar-se pela organização do processo de licenciamento e pela sua
obtenção.
Todos os encargos daqui decorrentes serão da responsabilidade e conta do Adjudicatário.
1.4. Identificação da Tubagem
O adjudicatário procederá à identificação de todas as tubagens a instalar, de acordo com o prescrito pela
Câmara Municipal e pela Entidade Gestora.
1.5. Assentamento de tubagens enterradas
O assentamento dos tubos não pode ser iniciado antes da v ala ser aprovada pela Fiscalização.
Os tubos serão assentes em linhas entre as caixas ou entre as entradas e saídas de outros quaisquer
dispositivos com cotas e inclinações previstas no projecto.
Toda a tubagem que se localize no arruamento público e que tenha a sua geratriz superior a uma profundidade
inferior a 1.00m, deverá ser envolvida com uma camada de betão pobre de 200 Kg/m³ com espessura mínima
de 0.10 m.
A tubagem será assente em camada de areia fina isenta de matéria orgânica e devidamente compactada.
A camada de areia só poderá ser executada após regularização e compactação do f undo de vala.
A areia utilizada deve, nos peneiros da série ASTM, passar no peneiro 1/2 e ser retirada no nº 4. Será isenta de
argilas e de matéria orgânica, sendo compactada a 95% - 100% do ensaio proctor normal.
No caso de se verificar fraca consistência do f undo de vala que possa lev ar ao assentamento da tubagem,
poderá a Fiscalização obrigar à substituição do terreno de fundação e inclusivamente exigir que o assentamento
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seja feito em coxim de betão com 0.10 m.
No aterro das v alas, e até 0.30 m acima do extradorso da tubagem, utilizar-se-á terra isenta de pedras. A
compactação desta camada será executada da periferia para o centro da vala, utilizando para o efeito maços de
madeira.
Após a execução desta camada, usar-se-ão as terras antes escavadas da vala havendo, no entanto, o cuidado
de eliminar as pedras com dimensões superiores a 0.10 m.
A compactação desta camada deve ser feita mecanicamente sobre sucessivas subcamadas de 0.20 m.
A compactação exigida é de 95% a 100% do ensaio proctor normal.
Caso as terras provenientes da escavação da v ala não cumpram os requisitos de compactação atrás exigidos
o empreiteiro providenciará a substituição das ditas terras por outras, por forma a obter-se compactações de
95% a 100% do ensaio proctor normal.
2. MATERIAIS CONSTITUINTES
No presente capítulo incluem-se os materiais utilizados no fabrico do betão a utilizar em peças de betão simples
ou armado. Para efeitos deste Caderno de Encargos considera-se betão ciclópico o betão de cimento com 70%
de pedra de enrocamento.
2.1. Ligantes hidráulicos
Os ligantes a utilizar na formulação de argamassas e betões estruturais, serão de natureza hidráulica devendo
satisfazer as disposições preconizadas na NP2064, - Cimentos. Definições, composição, especificações e
critérios de conformidade, de 1991 e sua emenda de 1993. Nestas condições os cimentos a utilizar devem
subordinar-se aos tipos, composições, exigências mecânicas, físicas e químicas, estabelecidas naquela norma.
Em geral, o ligante hidráulico componente das argamassas e dos betões deve ser o cimento Portland, do tipo I
das classes 32.5R ou 42.5R, e deverá obrigatoriamente conter a marca NP de conformidade com as normas
dos cimentos.
Para condições ambientais agressivas deve utilizar-se um ligante do tipo IV das classes 32.5 ou 42.5, e deverá
obrigatoriamente conter a marca NP de conformidade com as normas dos cimentos.
O cimento deve ser de preferência nacional, de fabrico recente e acondicionado de maneira a ser estar
protegido contra a humidade e seus efeitos nefastos.
O cimento poderá ser fornecido a granel, mas deseja-se que, habitualmente, seja fornecido em sacos. O
cimento fornecido a granel deve ser armazenado em silos equipados com termómetros. Quando fornecido em
sacos não será permitido o seu armazenamento a céu aberto, devendo ser guardado com todos os cuidados
indicados no artigo 9.1.2.1 da NP ENV206 - Betão, comportamento, produção, colocação e critérios de
conformidade, publicada ao abrigo do Decreto-Lei nº 330/95 de 14 de Dezembro.
Será rejeitado todo o cimento que se apresente endurecido, com grânulos, ou que se encontre mal
acondicionado ou armazenado. Quando em sacos, será rejeitado todo aquele que seja contido em sacos
abertos ou com indícios de violação. O cimento rejeitado deve ser identif icado e retirado do estaleiro em obra.
A mistura em obra de adições aos cimentos só deve ser admitida em casos excepcionais devidamente
justificados e quando a Indústria Cimenteira não produza, de forma corrente, cimentos certificados com
características equivalentes.
Sem prejuízo do disposto no ponto anterior a junção de adições na f ase de amassadura só pode ser admitida
quando o cimento for do tipo I e tiver por objectivo a obtenção da durabilidade adequada para o betão dando
satisfação, às Especificações e Normas em vigor.
De acordo com o ponto anterior a mistura de adições deve subordinar-se ao disposto na Especificação LNEC
E378 Betões - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos.
É vedado o recurso a qualquer adição que não esteja coberto pelas seguintes Normas ou Especificações:
•
NP4220 - Pozolanas para betão. Definições, especificações e verificação de conformidade.
•
NP EN450 - Cinzas volantes para betão. Definições, exigências e controlo de qualidade.
•
Especificação LNEC E375 - Escória granulada de alto forno moída para betões. Características e
verificação de conformidade.
•
Especificação LNEC E376 - Filer calcário para betões. Características e verificação de conformidade.
•
Especificação LNEC E377 - Sílica de fumo para betões. Características e verificação de conformidade.
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O cimento a ser empregue no betão prescrito para um dado elemento de obra deve ser, sempre que possível,
da mesma proveniência, comprovada por certificados de origem. Caso contrário, deve o Adjudicatário
demonstrar através de ensaios a equivalência das propriedades físicas, químicas e mecânicas dos cimentos
empregues tendo em especial atenção a sua alcalinidade.
No caso de utilização de cimentos brancos deverá ser respeitada a NP 4326 - Cimentos brancos. Composição,
tipos, características e verificação da conformidade.
2.2. Inertes
Os inertes para betões de ligantes hidráulicos devem obedecer, no que respeita as suas características e
condições de fornecimento e armazenamento, ao estipulado na NP ENV206, e na Especificação LNEC E373 Inertes para argamassas e betões. Características e verificação de conformidade.
O Adjudicatário apresentará para aprovação da Fiscalização o plano de obtenção de inertes, lavagem e
selecção de agregados, proveniência, transporte e armazenagem, a fim de se verificar a garantia da sua
produção e fornecimento com as características convenientes e constantes, nas quantidades e dimensões
exigidas.
Os elementos individuais do inerte grosso devem ser de preferência isométricos, não devendo o seu coeficiente
de forma exceder os 20 % do peso total:
•
Uma partícula é considerada chata quando d/b < 0,5 e alongada quando L/b > 1,5, sendo "b" a
largura, "d" a espessura e "L" o comprimento da partícula.
A dimensão máxima do inerte grosso não deverá exceder 1/5 da menor dimensão da peça a betonar, e nas
zonas com armaduras não deverá exceder 3/4 da distância entre varões, ou entre bainhas de cabos de préesforço.
O inerte grosso deve ser convenientemente lavado.
A areia deve ser convenientemente lavada e cirandada, se tal se mostrar necessário na opinião da Fiscalização.
Sempre que a Fiscalização o exigir serão realizados os ensaios necessários para comprovar que as
características dos inertes respeitam o especificado na NP ENV206.
2.3. Água
A água a utilizar na obra, tanto na confecção dos betões e argamassas como para a cura do betão, deverá, na
generalidade, ser doce, limpa e isenta de matérias estranhas em solução ou suspensão, aceitando-se como
utilizável a água que, empregue noutras obras, não tenha produzido eflorescências nem perturbações no
processo de presa e endurecimento dos betões e argamassas com ela fabricados.
De qualquer forma a água a utilizar será obrigatoriamente analisada devendo os resultados obtidos satisfazer os
limites indicados no quadro 1 da especificação LNEC E372 - Água de amassadura para betões. Características
e verificação da conformidade.
2.4. Adjuvantes
Os adjuvantes a incorporar nos betões com o fim de melhorarem a trabalhabilidade, manter esta reduzindo a
água de amassadura, aumentarem a resistência ou com outras finalidades como acelerar ou retardar a presa,
não devem conter constituintes prejudiciais em quantidades tais que possam afectar a durabilidade do betão ou
provocar a corrosão das armaduras.
Os adjuv antes a incorporar nos betões de ligantes hidráulicos devem satisfazer o conjunto de exigências
expressas na especificação LNEC E374 - Adjuvantes para argamassas e betões. Características e verificação da
conformidade.
Assim os adjuvantes a incorporar ficam sujeitos a critérios de conformidade quanto às suas características de
identificação, características de compatibilidade e características de comportamento enunciadas naquela
especificação.
Os adjuvantes empregues devem ainda satisfazer os critérios de conformidade e informações exigidas no ponto
6) da referida especificação.
A quantidade total de adjuvantes na composição, não deve exceder 50 g/kg de cimento e não convém que seja
inferior a 2 g/kg de cimento. Só são permitidas quantidades menores de adjuvantes se estes forem dispersos
em parte da água de amassadura. A quantidade de adjuvantes líquidos deve ser considerada no cálculo de
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relação A/C, sempre que exceda 3 litros/m³ de betão.
As condições e o tempo máximo de armazenamento dos adjuvantes em estaleiro devem observar as condições
estipuladas pelo fabricante. Na ausência destas devem ser efectuados ensaios comprovativos de manutenção
das características especificadas e comprovadas para os adjuvantes.
Em caso de dúvida sobre as características dos adjuvantes empregues ou a sua compatibilidade com
quaisquer outros componentes do betão, pode a Fiscalização mandar efectuar os ensaios que entenda por
necessários.
O Adjudicatário deverá indicar à Fiscalização os adjuvantes e as percentagens que pretende adoptar na
formulação dos diferentes betões, fazendo acompanhar essa indicação dos documentos de ensaio em
laboratório oficial de todos os requisitos impostos na especificação LNEC E374 - Adjuvantes para argamassas e
betões. Características e verificação da conformidade.
O Adjudicatário deverá contemplar a informação relativa aos adjuvantes com ensaios sobre a variabilidade da
trabalhabilidade dos betões com eles produzidos na primeira hora, e das resistências aos 3, 7 e 28 dias de
idade para que possa habilitar a Fiscalização com os elementos conducentes à aprovação da sua adopção.
2.5. Aço para betão armado
O aço das armaduras para betão será em varão redondo, laminado a quente, devendo satisfazer as prescrições
em vigor que lhe f orem aplicáveis.
O aço deve ser de um tipo homologado, e isento de zincagem, pintura, alcatroagem, argila, óleo ou ferrugem
solta, obedecendo as prescrições do REBAP - Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado.
Os ensaios a realizar serão de tracção sobre provetes proporcionais longos, e de dobragem, efectuados de
acordo com as normas portuguesas em vigor, respectivamente a NP 105 e a NP 173, conforme estipulam os
artigos 21 e 22 do REBAP, e ainda os necessários para satisfazer o disposto nos artigos 154 a 157, e 174, do
mesmo regulamento.
No caso de se pretenderem efectuar emendas dos varões por soldadura realizar-se-ão ensaios com a finalidade
a que se referem os artigos 21 e 156 do diploma citado na alínea anterior.
2.6. Materiais pré-fabricados para órgãos de drenagem
Os materiais “prefabricados” de betão, metálicos, PVC ou outros, utilizados em órgãos de drenagem, devem ser
acompanhados, aquando da sua entrada em estaleiro, de certificados de origem e qualidade de fabrico,
passados pelo fabricante, comprovativos das especificações constantes deste Caderno de Encargos. Devem
ainda obedecer a:
•
sendo nacionais, às normas portuguesas, documentos de homologação de laboratórios oficiais,
regulamentos em vigor e especificações deste Caderno de Encargos;
•
sendo estrangeiros, às normas e regulamentos em vigor no país de origem, desde que não existam
normas nacionais aplicáveis. No entanto, os certificados deverão ser passados por laboratórios de
reconhecida idoneidade, confirmada pelos laboratórios oficiais e/ou entidades oficiais;
•
especificações do fabricante.
As dimensões e os materiais constituintes deverão ainda apresentar as características descriminadas neste
Caderno de Encargos, ou outras equiv alentes, desde que patenteadas e previamente aprovadas pela
Fiscalização.
2.7. Tubos de betão para passagens hidráulicas e colectores
Os tubos serão construídos em moldes indeformáveis, utilizando um betão de dosagem convenientemente
estudada, para que apresentem a consistência aconselhável ao fim em vista, bem compactado por
centrifugação ou vibração.
As superfícies dos tubos devem apresentar a textura homogénea característica de um perfeito fabrico, sem
indícios de deterioração ou pontos fracos, que possam comprometer a sua resistência.
A absorção de água pelos tubos, determinada tal como se indica na Norma Portuguesa NP 1469, não deve ser
superior a 8%.
As tolerâncias admitidas quanto à diferença máxima entre diâmetro interior e diâmetro nominal, são de 1% para
drenos e tubos de aquedutos e de 0,6% para tubos destinados a colectores.
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As forças de rotura por compressão diametral, determinadas como se indica na Norma Portuguesa NP 879, não
devem ser inferiores, para cada diâmetro e para cada tipo de tubo, às indicadas no quadro 1.
Quadro 1 – Tensões de Rotura por Compressão Diametral Admissíveis
DIÂMETRO
(mm)
CLASSE
I
TUBOS ARMADOS CLASSES
II
III
IV
200
300
400
500
600
800
1 000
1 200
1 500
2 000
2 500
3 000
3 300
4 100
5 400
6 000
-------------
---|---|-----|---|-----|---|-----|---|-----|---|--5 800 | 7 800 | 11 700
7 300 | 9 800 | 14 600
8 800 | 11 700 | 17 600
1 000 | 14 600 | 22 000
4 600 | 19 500 | 29 300
18 300 | 24 400 | 36 600
Os tubos têm obrigatoriamente que ter inscrita a classe a que pertencem.
Será feita pela Fiscalização uma inspecção geral, que compreenderá a verificação das características gerais e
dimensões, a partir da qual poderá ser exigida a substituição de tubos defeituosos, ou até a rejeição do
fornecimento se a percentagem destes exceder 20%. Se o fornecedor não se conformar com a decisão de
rejeição, baseada na inspecção geral, poderá solicitar uma arbitragem.
A Fiscalização poderá escolher para os ensaios uma ou duas unidades de cada tipo e dimensão. Os ensaios,
que deverão ser efectuados num laboratório oficial, referir-se-ão à estanquidade, pressão de rotura, absorção de
água e resistência à compressão diametral.
Tubos em PVC Rígido
As características dos materiais devem satisfazer as prescrições do documento de homologação e
corresponder à classe 4 Kg/cm² (referida na NP 253).
Na recepção do material deve a fiscalização ter em atenção os seguintes aspectos:
- Os tubos devem ter cor uniforme, as superfícies interior e exterior serão lisas e não devem apresentar bolhas,
fissuras ou outras irregularidades.
- Os tubos devem ter inscritos indelevelmente e de modo bem visível a marca, o diâmetro nominal e a classe de
pressão.
Pode a Fiscalização exigir que numa amostra sejam efectuados ensaios para verificação da resistência à
pressão interior ( a 20ºC ) e resistência das uniões.
2.8. Tubos em PP corrugado
A tubagem a aplicar será corrugada de dupla parede em polipropileno, com a classe de rigidez circunferencial
(SN8 kN/m2), com abocardamento integral realizado no próprio tubo mantendo a dupla parede e a forma
corrugada, superfície exterior em cor negra (para diferenciar das águas residuais domésticas) e interior lisa na
cor branca, incluindo juntas elásticas e todos os demais acessórios e trabalhos complementares necessárias ao
seu perfeito funcionamento, homologada pelo LNEC e produzida de acordo com EN 13476.
2.8.1. Exigências de aspecto
Os tubos devem apresentar cor uniforme, as superfícies interior lisas e não devem apresentar bolhas, fissuras,
cavidades ou outras irregularidades no seio da massa. A rugosidade interior deve ser pequena no sentido de
conduzir às menores perdas de carga possíveis.
2.9. Estruturas em betão para passagens hidráulicas
Para as passagens hidráulicas em betão executadas “in situ”, adoptar-se-á em tudo o que lhe for aplicável,
relativo aos materiais para betão armado.
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2.10. Estruturas pré-fabricadas em betão
Os materiais a utilizar no fabrico das peças constituintes destas estruturas satisfarão o especificado.
Todas as estruturas serão alvo de projecto específico que tenha em conta as condições de serviço.
Só será admissível a utilização destas estruturas nos casos em que o terreno de fundação, à cota prevista,
admita fundações directas.
A entrega das peças será acompanhada de certificado de garantia que incluirá:
•
Data;
•
Fornecedor e proveniência;
•
Designação da empreitada;
•
Empreiteiro;
•
Localização e designação da estrutura;
•
Perfil e dimensões;
•
Tipo de betão;
•
Controlo de qualidade dos betões sobre amostras colhidas durante a construção;
•
Tipo de aço;
•
Outros dados que se considerem importantes para o bom funcionamento da obra.
2.11.Órgãos complementares de drenagem
Os órgãos complementares de drenagem, tais como câmaras de visita ou queda; sumidouro e sarjetas,
câmaras de limpeza e/ou evacuação lateral; caixas de recepção derivação; bacias de dissipação e dissipadores
de energia em descidas de talude, serão executados em betão ou com elementos prefabricadas de acordo com
os desenhos de pormenor que fazem parte integrante deste Caderno de Encargos, pelo que os materiais
utilizados no seu fabrico satisfarão ao especificado para essas condições.
Quando f orem construídas com elementos “prefabricados” o fornecimento e assentamento obedecerá em tudo
o que lhe f or aplicável à NP 882 do LNEC.
Em tudo o que nesta norma for omisso aplicar-se-ão as especificações do fabricante.
2.12. Execução de passagens hidráulicas de secção circular em betão
Os tubos que constituem as passagens hidráulicas podem ser instalados em valas ou sobre fundação
executada sobre o terreno natural.
A primeira técnica utiliza-se em zonas de escavação ou de aterro quando não se prevejam problemas de
drenagem natural durante a fase de obra. A segunda é utilizada na generalidade dos casos em aterro e em
particular, quando os diâmetros das passagens hidráulicas obriguem à abertura de valas de grande largura.
2.12.1. Abertura de Valas
A abertura de v alas para implantação destas passagens hidráulicas, a executar em terrenos de qualquer
natureza, deverá ser efectuada com largura que permita um espaço livre mínimo, de cada lado do tubo, com
0,30 m para tubos de diâmetro menor ou igual a 1,00 m, e com 0,70 m para tubos de diâmetro maior que 1,00
m. No caso de se tratar de v alas em rocha, não se considerará qualquer acréscimo nas medições, devendo o
Adjudicatário tomar as necessárias providências de modo a evitar que o uso de explosivos provoque danos
desnecessários nos maciços envolventes.
A profundidade das v alas deve, em princípio, ser tal que o recobrimento total dos tubos seja, para condições
correntes de fundação, pelo menos, igual a vez e meia o seu diâmetro, não podendo em caso algum as
camadas do pavimento ou do seu leito, assentar directamente sobre eles.
Sempre que os trabalhos não possam ser conduzidos de forma a assegurar o livre escoamento das águas, terá
que proceder-se ao seu esgoto por bombagem, devendo o Adjudicatário dispor do equipamento para tal
necessário.
O Adjudicatário executará por sua conta todos os trabalhos de entivação das paredes das valas que tiver que
abrir, sempre que estes se manifestem necessários.
Se se verificar que o terreno do fundo da vala não tem firmeza suficiente para assentamento dos tubos, será a
vala aprofundada.
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2.12.2. Regras Gerais para Assentamento dos Tubos
Sempre que os tubos sejam instalados em valas, a execução destas e a verificação da regularidade do seu
fundo, terão que ser aprovadas pela Fiscalização antes de se proceder ao assentamento das tubagens.
Após a referida perfeita regularização do fundo da vala, executar-se-á um leito para instalação da tubagem, com
os materiais e dimensões estipulados no projecto, f unção do tipo de assentamento preconizado.
Todos os tubos de betão serão analisados e aprovados pela Fiscalização antes do seu assentamento, tendo em
vista impedir a utilização de quaisquer elementos defeituosos.
Os tubos serão assentes segundo linhas rectas, entre caixas de visita ou entre entradas e saídas de aquedutos,
com as cotas e inclinações previstas no projecto.
Não é permitido o enchimento das valas, sem a prévia aprovação pela Fiscalização dos trabalhos executados.
2.12.3. Instalação de Elementos em Betão
Na instalação dos tubos (ou outras secções) em betão, deve ter-se em conta o especificado nos pontos 1 e 2
anteriores.
O leito para assentamento da tubagem será executado por forma a cumprir os tipos de assentamento
preconizados no projecto e especificados no artigo seguinte.
No assentamento, os tubos de betão serão justapostos nos topos, sendo estes ligados com argamassa de
cimento ao traço de 150 kg de cimento/m3 de argamassa, com as juntas assim constituídas vedadas com
corda embebida na argamassa ou por qualquer outro sistema que garanta a estanqueidade necessária.
Enquanto o tubo não estiver recoberto por uma altura de aterro suficiente, nunca inferior a meio diâmetro,
nenhum veículo poderá circular sobre ele.
Quando se torne impraticável o recobrimento preconizado anteriormente, o que é corrente em traçados planos situação em que os tubos são instalados em vala - ou em trabalhos de grande reparação que incluam a
remodelação de aquedutos existentes, deverá proteger-se as tubagens procedendo-se ao seu envolvimento
superior com um betão tipo C 12/15, com uma espessura mínima de 0,10 m e máxima de 0,30 m sobre a
geratriz superior. Após a execução do referido envolvimento de protecção será executado o leito do pavimento,
eventualmente antecedido do enchimento da vala com uma espessura mínima de 0,20 m. Nestes casos as v
alas deverão ser abertas com a menor largura possível.
Para efeitos deste Caderno de Encargos consideram-se dois tipos de assentamento para as tubagens utilizadas
em passagens hidráulicas e colectores:
No tipo A as tubagens são assentes sobre um leito de areia ou outro material granular insensível à água com
características de sub-base com Dmáx.< 31,5 mm, de modo a permitir um apoio perfeito da geratriz e da
superfície inferior, garantindo-se deste modo um adequado confinamento, e evitando o contacto com elementos
rígidos da fundação.
No tipo B as tubagens são assentes sobre um coxim de betão tipo C12/15 que deverá ter as dimensões
indicadas no projecto não podendo, no entanto, a sua espessura, ser inferior a 0,10 m e devendo acompanhar a
curvatura da tubagem até uma altura igual a pelo menos um 1/4 do seu diâmetro.
Se verificar-se que o terreno do fundo da v ala onde os tubos serão instalados não tem suficiente capacidade de
suporte para o seu assentamento, aquela será aprofundada até se encontrar terreno f irme, preenchendo-se
este aprofundamento com material (materiais para camadas granulares com características de sub-base). Este
processo é limitado a um aprofundamento máximo de 0,50 m, fazendo-se a compactação do material de
enchimento em camadas com a espessura máxima de 0,20 m.
Em casos especiais indicados no projecto, ou naqueles em que seja necessário proceder a um aprofundamento
superior a 0,50 m, o enchimento correspondente será efectuado com betão ciclópico (tipo C 12/15 com 70% de
pedra).
Procedimento idêntico será adoptado na fundação de passagens hidráulicas a instalar em zonas de aterro em
que os terrenos de fundação não mostrem possuir à superfície suficiente capacidade de suporte.
No caso particular de fundação em rocha, esta deverá ser sobreescavada e regularizada de modo a ser possível
garantir condições de assentamento do tipo A.
Em baixas aluvionares muito compressíveis devem ser utilizados preferencialmente tubos metálicos flexíveis.
Quando tal não f or possível, a fundação de passagens hidráulicas será realizada com estacas de madeira
(eucalipto ou pinho) cravadas com afastamento de 0,50 m em pelo menos duas fiadas para tubos com diâmetro
de ≤ 1,00 m e três fiadas para diâmetros até 2,50 m. Poderá ser autorizado pela Fiscalização outro
procedimento equivalente.
Quando os tubos f orem instalados em zonas de aterro deverá proceder-se como especificado para aterros
técnicos. Em alternativa, e sempre que as condições de drenagem durante a fase de obra o permitam, admitese que poderá ser
executado previamente o aterro até uma cota que garanta no mínimo uma altura de 0,80 m sobre a geratriz
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superior da tubagem, sendo posteriormente aberta a v ala para a sua instalação.
O terrapleno deve ser executado por camadas horizontais, alternadamente de um e de outro lado do tubo por
forma a que as cotas atingidas sejam sensivelmente iguais de ambos os lados, em camadas cuja espessura
não poderá exceder os 0,20 m.
Na zona contígua ao tubo, quando instalado em valas, a compactação deverá efectuar-se com placas vibrantes,
ou cilindros vibradores de pequeno formato e com carga estática por unidade de comprimento de geratriz
vibrante não excedendo 10 kg/cm. Nos outros casos utilizar-se-ão os equipamentos correntes e preconizados
para a execução dos aterros técnicos, impondo-se contudo a necessidade de ter cuidados acrescidos na fase
de compactação das camadas nas zonas junto aos tubos de modo a não os danificar.
Em ambos os casos deverá ser atingido um grau de compactação mínimo de 95%, relativo ao ensaio Proctor
Modificado e o teor em água não será superior a Wopm+1. Dadas as limitações impostas ao equipamento na
zona contígua aos tubos, a espessura da camada a compactar deve ser ajustada por forma a viabilizar a
obtenção da compactação especificada.
Deverá ser dada uma particular atenção às zonas inferiores dos tubos de modo a garantir o seu devido
confinamento.
Sempre que possível deverá ser utilizado no aterro dessas zonas areia, e em casos de acesso particularmente
difícil deverá ser usado um betão fluido.
No caso de tubagens instaladas em v alas cuja geometria não permita este procedimento construtivo, o
respectivo enchimento deverá ser efectuado com areia que será compactada por molhagem.
2.13. Execução de passagens hidráulicas de secção rectangular ou outra em betão armado
Quando se trate de passagens hidráulicas executadas “in situ” adoptar-se-á em tudo o que lhe for aplicável.
No que se refere à execução da fundação e preparação das condições de implementação destas passagens
hidráulicas ser-lhe-á aplicável o especificado para as condições correntes da fundação.
Quando as passagens hidráulicas f orem constituídas por elementos prefabricados adoptar-se-ão, os métodos
e técnicas construtivas especificados, relativos à preparação da zona para a sua implantação e à instalação dos
elementos.
2.14. Execução de bocas em passagens hidráulicas de secção circular ou outra
Em tudo o que lhe f or aplicável, adoptar-se-á no que se refere à preparação da zona para implantação das
bocas das passagens hidráulicas os métodos e técnicas construtivas especificados para o efeito.
Em relação à sua execução adoptar-se-á, em tudo o que lhe f or aplicável, conf orme especificado para a
execução de peças em betão armado.
3. EXECUÇÃO DE ÓRGÃOS COMPLEMENTARES DE DRENAGEM
Os órgãos complementares de drenagem constituem os trabalhos onde se incluem equipamentos que
estabelecem a ligação entre todo o sistema de drenagem longitudinal, indispensáveis para o seu integrado e
adequado funcionamento.
Os trabalhos preconizados - caixas de visita ou de queda; sumidouros e sarjetas; caixas de limpeza e/ou de
evacuação lateral em caleiras longitudinais; caixas de recepção, de ligação ou de derivação; bacias de
dissipação e dissipadores de energia em descidas de talude - serão em betão, prefabricadas ou moldadas "in
situ", de acordo com os desenhos de pormenor tipo que fazem parte integrante deste Caderno de Encargos.
Quando se utilizem peças pré-fabricadas, as juntas serão executadas por forma a garantir-se a estanqueidade
total da caixa. As peças serão justapostas, sendo os topos ligados com argamassa de cimento ao traço de 150
kg de cimento/m³ de argamassa e as juntas, assim constituídas, vedadas com corda embebida na argamassa
ou por qualquer outro sistema que garanta a estanqueidade necessária.
As caixas de visita terão degraus de ferro Ø25 mm afastados de 0,30 m e com largura mínima de 0,30 m. Os
degraus deverão ser protegidos contra a corrosão por metalização.
Em tudo o que lhe f or aplicável, adoptar-se-ão no que se refere à preparação da zona para a sua implantação
os métodos e técnicas construtivas adequadas.
Em relação à sua execução adoptar-se-á, em tudo o que lhe f or aplicável, o especificado para a execução de
peças em betão armado.
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Em todos os casos de caixas executadas a cotas próximas da cota do pavimento - caixas de visita de
colectores em separadores; caixas de limpeza e/ou de evacuação lateral; sumidouros e sarjetas - quando forem
construídas com elementos prefabricados de betão, os enchimentos dos espaços entre estes elementos e o
terreno envolvente serão obrigatoriamente efectuados com betão tipo C 12/15. No caso de serem executadas
“in situ”, a respectiva betonagem será realizada contra o terreno envolvente.
Nos restantes casos, em que os órgãos de drenagem previstos, neste capítulo, não estejam implantados na
faixa de rodagem ou nas bermas, os enchimentos deverão ser efectuados com areia, sempre que não seja
possível utilizar na sua compactação equipamentos correntes.
No que se refere às descidas de talude em aterro ou escavação, revestidas em betão, aplica-se tudo o
especificado para situações análogas. A opção pela sua execução com secção trapezoidal, em peças
prefabricadas com encaixe dispondo de sobreposição e estabelecendo um degrau, vem sendo uma solução
cada vez mais utilizada e considerada preferível; por um lado o sistema de encaixe e sobreposição permite uma
boa adaptação às eventuais deformações do talude, e por outro os degraus constituem uma macrorugosidade
que garante desde logo uma dissipação de energia ao longo do escoamento. A opção por este processo
construtivo dispensa a fundação de betão em contínuo para fazer o assentamento das peças prefabricadas.
4. CÂMARAS DE VISITA (GENERALIDADES)
4.1. Campo de aplicação
As caixas de visita poderão ser realizadas “in situ” (v er desenho de pormenor) ou com o emprego de elementos
préfabricados.
4.2. Condições de Serviço
Salvo excepções não previstas nas condições técnicas especiais, as obras pré-fabricadas ou construídas “in
situ” deverão resistir:
- por um lado, a uma carga interior que poderá ser originada pelo enchimento eventual das obras anexas.
- por outro lado, às cargas exteriores que devem suportar quando em serviço, assim como às cargas de ensaio
previstas na presente especificação.
4.3. Conformidade com as normas
As qualidades, as características, os tipos, as dimensões e pesos, as propriedades de fabrico, as modalidades
de ensaio, de sinalização, de controlo e de recepção dos materiais e produtos pré-fabricados serão conforme
as Normas Portuguesas aplicáveis. Pressupõe-se que o Empreiteiro conheça estas normas.
4.4. Qualidade dos materiais construtivos
a) -Ferro Fundido
O f erro fundido cinzento corresponde, salvo especificações particulares, à qualidade GG16 ou GG18, no que
concerne às tampas das caixas.
b) - Tijolos ou Blocos
O tijolo ou os blocos utilizados na construção das paredes das caixas serão do tipo maciço, assentes a 1/2 vez
com uma argamassa de cimento e areia ao traço 1:3 em volume.
c) - Betão
O betão deverá satisfazer às prescrições da ENV 206. Sempre que f or armado deverá ser da classe C16/20 ou
superior.
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4.5. Câmaras de visita
Os materiais a utilizar na sua execução deverão satisfazer o prescrito nas condições a seguir indicadas. As
formas e as dimensões das câmaras de visita deverão obedecer ao indicado nas peças desenhadas.
4.5.1. Soleira
A soleira é uma laje destinada a servir de fundação às paredes dos corpos. Será executada em betão com
dosagem mínima de cimento igual a 300 Kg/m³ de betão. Deverá possuir uma espessura tal que, na zona mais
profunda da canelura, o seu valor não seja inferior a 0.20 m.
Com a finalidade de evitar a retenção de esgotos todas as superfícies da soleira devem ter inclinação, mínima
de 10 % e máxima e 20 %, para o interior das caneluras e as linhas de crista devem ser ligeiramente boleadas.
Quando se tratar de caixas de queda superiores a 1.0 m, a soleira deve ser protegida de forma a evitar a erosão.
4.5.2. Corpo
O corpo da câmara será constituído, na parte inferior, por bloco curvos maciços de betão com 0.15 m de
espessura, até uma altura equiv alente à zona mais alta das caneluras, e na parte superior por anéis préfabricados em betão, com diâmetro interior igual ao diâmetro definido para a câmara de visita.
4.5.3. Cobertura
A cobertura das câmaras de visita são lajes de betão armado, A400 e C20/25, com 0.20 m de espessura. Terão
uma abertura circular com gola cilíndrica, para assentamento do aro da tampa.
4.5.4. Acabamento
As câmaras de visita serão rebocadas interiormente, paredes e caneluras, com argamassa de cimento e areia
fina ao traço 1:3 em volume, com espessura não superior a 0.02 m, e queimada à colher.
Na zona do corpo das câmaras de visita correspondente aos elementos pré-fabricados com excepção da zona
das juntas, este reboco é dispensável desde que as faces interiores respectivas se apresentem lisas e sem
defeitos.
4.5.5. Degraus
Os degraus de acesso às câmaras de inspecção serão em varões de aço revestidos a polipropileno (tipo
hidrostank).
4.5.6. Tampa e aro
As tampas tipo “passeio” são tampas em f erro fundido, quadradas, com 0.50 m de lado, de acordo com as
características definidas nos pormenores.
As tampas tipo “rua” e os aros a aplicar serão em ferro fundido e deverão ter características idênticas à classe
D400 de acordo com a NP EN124 1995. Deverão ser de boa fundição e isentos de chochos e defeitos que
comprometam a sua resistência.
As tampas serão providas de f echo de segurança.
4.6. Disposições particulares
As caixas da parede de esgotos biologicamente contaminadas devem ser convenientemente impermeabilizadas
através da aplicação de uma pintura epoxy até uma altura de 0.30m.
A especificação técnica da pintura a utilizar dev e ser sujeita à apreciação da Fiscalização.
4.7. Sumidouro tipo “Passeio” e tipo “Estacionamento”
Os materiais a utilizar na sua execução deverão satisfazer o prescrito nas condições a seguir indicadas. As
formas e as dimensões dos sumidouros deverão obedecer ao indicado nas peças desenhadas.
4.7.1. Soleira
A soleira é uma laje destinada a servir de fundação às paredes dos corpos. Serão executadas em betão com
dosagem mínima de cimento igual a 250 Kg/m³ de betão.
4.7.2. Corpo
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As paredes que compõem o corpo serão construídas por blocos maciços de cimento com a espessura de 0.15
m. As superfícies devem ser posteriormente rebocadas com argamassa de 400 Kg/m³ de cimento (1:3 em
volume), sendo a espessura do reboco de 0.02 m no mínimo.
4.7.3. Grelha Sumidoura
Será em ferro fundido, cravada ao corpo com argamassa de 400 Kg/m³ de cimento (1:3 em volume).
Deverão ser de boa fundição e isentos de chochos e defeitos que comprometam a sua resistência.
5. TRABALHOS DE DEMOLIÇÃO
Todo o processo de demolição a efectuar terá que ser abordado pelo Empreiteiro no estrito e escrupuloso
respeito das regras e preceitos de segurança do seu pessoal de acordo com todas as normas e legislação em
vigor, da zona de intervenção e envolvente, e da segurança, tranquilidade e bom relacionamento com a
população residente/trabalhadora na área envolvente.
No que se refere à demolição de elementos resistentes de qualquer natureza em betão ou alvenaria de pedra
deverá o empreiteiro observar o seguinte:
• A demolição ocorrerá onde a sua existência possa prejudicar a aplicação do projecto ou quando a sua
insuficiência torne desinteressante o ref orço como indicado na especificação respectiva.
• Desaconselha-se na demolição de elementos estruturais a aplicação de métodos que impliquem a
transmissão de vibrações à construção existente ou a criação de níveis de ruído que possam gerar
incómodo nos residentes próximos do local da obra.
• Recomenda-se assim a adopção de métodos que permitam evitar esses fenómenos, podendo
recorrer-se à aplicação de cimentos expansivos, colocados em furações adequadamente executadas,
ou a sistemas de corte com serra de disco, ou outros procedimentos idênticos; o uso de sistemas com
percussão (martelos demolidores a ar comprimido) só será permitido em casos excepcionais e por
períodos muito reduzidos.
Antes de iniciar a demolição, o Empreiteiro certificar-se-á de que não existe qualquer inconveniente, não previsto
no projecto, para a sua execução. Qualquer facto estranho ou inesperado deve ser de imediato comunicado à
Fiscalização.
5.1. Critério de demolição
5.1.1. Antes da demolição
Estudo do terreno, do estado dos distintos elementos demolir, das edificações confinantes, soluções para
proteger as instalações.
5.1.2. Demolição elemento a elemento
A ordem de demolição planeia-se, eliminando antes os elementos que possam perturbar o desabamento. Os
elementos resistentes serão demolidos, em geral; pela ordem inversa a de construção:
• Aligeirando a carga gravítica nos elementos antes da demolição;
• Anulando as componentes horizontais dos arcos e abobadas;
• Demolindo as estruturas hiperestáticas para que implique menores momentos;
• Mantendo e introduzindo pranchões ou vigamentos se necessário.
5.2. Condições de segurança na obra
5.2.1. Antes da Demolição:
Devem ser colocadas vedações em todo o contorno do local de intervenção, com altura não inferiores a 2.00
metros.
Estas vedações devem estar situadas a uma distância não inferior a 1.5 metros e quando dificultarem a
circulação deverão ser sinalizadas por luzes vermelhas, a uma distância não inferior a 10 m e nas esquinas.
Dev e-se proteger os elementos de serviço público que possam ser afectados com as demolições, tais como
boca de incêndio, sarjetas, árvores, postes de iluminação, etc..
Em fachadas que dão para a via pública devem ser colocadas redes de protecção assim como protecções
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inclinadas, rígidas, que recolham os escombros ou ferramentas que possam cair durante os trabalhos. Estas
protecções não devem sobressair da fachada mais do que 2 metros e serão colocadas do mesmo modo, sobre
os limites mais baixos da propriedade a demolir.
Dev e-se dispor na obra, para proporcionar em cada caso o equipamento indispensável aos operários, de uma
provisão de: alavancas, barras, escorras de madeira, picaretas, pranchões, espeques, cabos com terminais de
fábrica e lonas ou plásticos assim como capacetes, ganchos, máscaras, botas de sola dura e outros meios que
sejam necessários na ocorrência de alguma eventualidade.
Não é permitido fogueiras dentro de edifícios e as fogueiras no exterior terão que estar protegidas do vento e
vigiadas.
Em caso algum se deverá utilizar o fogo como meio de demolição.
Antes de iniciar a demolição deve-se desligar as instalações (água, gás, electricidade…) consoante as
companhias administrativas. Deve-se ainda comprovar de que não existem materiais combustíveis ou
perigosos.
Devem ser previstas ligações de água para limpeza e de ligações eléctricas, também, no caso de serem
necessárias.
Na instalação de graus ou máquinas na obra deve-se manter uma distância de segurança das linhas eléctricas.
5.2.2. Durante a demolição:
A ordem de demolição será efectuada, em geral, de cima para baixo de tal forma que a demolição se realize no
mesmo nível, sem que haja pessoas situadas na mesma vertical nem próximas do elemento a abater.
Durante a demolição, se aparecerem fracturas ou fissuras em edifícios adjacentes, deve-se colocar marcos, a
fim de observar possíveis efeitos da demolição.
Sempre que a altura de queda dos operários ultrapasse os 3 metros, estes devem utilizar cintos de segurança,
presos a pontos fixos ou então utilizar andaimes.
Nos elementos metálicos em tensão tem de se ter presente o efeito de oscilação ao realizar o corte ao suprimir
as tensões.
Em geral, deve-se desmontar os elementos que possam causar lesões (vidros, espelhos,..) sem os tombar.
A fragmentação de um elemento realiza-se por fragmentos que possam ser manuseados por uma pessoa.
O corte ou desmontagem de um elemento deve ser realizado permitindo a sua rotação mas não a deslocação
dos pontos de apoio do elemento e permitindo a descida lenta.
O tombo de um elemento só pode acontecer para elementos desprezáveis, não cravados, situados em
fachadas até uma altura do piso e todos os pisos baixos. Será necessário, antes segurar os elementos cortando
1/3 da sua espessura ou anular o escoramento, aplicando a força por cima do centro de gravidade do elemento.
Dev e-se dispor no lugar de caída, de um zona de lado não menor que a altura do elemento mais a metade da
altura de onde se lança o elemento.
Os compressores, martelos pneumáticos ou similares, só serão utilizados com autorização da direcção técnica.
Durante a demolição do elemento de madeira deve-se retirar ou dobrar pontas e os pregos.
As gruas não devem ser utilizadas para realizar esforços horizontais ou oblíquos.
As cargas devem ser elev adas lentamente no início, com o fim de observar alguma anomalia.
Caso esta aconteça deve-se descer novamente a carga ao seu lugar inicial.
A evacuação de escombros pode-se fazer das seguintes maneiras:
• A abertura de buracos nos vigamentos, coincidente com a vertical, com a largura do entrevigado e
comprimento de 1 a 1.50 metros, distribuídos de tal forma que permita a rápida evacuação dos
mesmos. Este sistema só se pode empregar em edifícios ou restos de edifícios com máximo de 2
pisos e quando os escombros são de tamanhos possíveis de manuseamento por uma pessoa;
• Utilizando gruas quando se disponha de um espaço para a sua instalação e zona a descarga dos
escombros;
• Utilizando canais. O último tramo do canal deve ser inclinado de forma a reduzir a velocidade de saída
do material e de forma que o material caia com o máximo de 2 metros por cima do solo ou da
plataforma do camião que realiza o transporte. O canal não deve situar-se no exterior da fachada que
dá para a via pública;
• salvo se o tramo inclinado inferior e a sua secção útil não seja superior a 50*50 cm. A abertura superior
deve ser protegida de forma a evitar caídas acidentais;
• Lançado livremente o escombro desde uma altura máxima de 2 pisos sobre o terreno, temos que
dispor de um espaço livre de superior a 6*6 metros.
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Dev e-se evitar a formação de poeiras regando ligeiramente os elementos e/ou os escombros.
Dev e-se desinfectar o local quando haja a possibilidade de transmissão de doenças contagiosas.
Em todo os casos o espaço onde cai os escombros deve ser vigiado e demarcado.
Não se deve acumular escombros com peso superior 100 kg/m2, sobre os vigamentos mesmo estando estes
em bom estado.
Não se deve depositar escombros nos andaimes.
No fim dos trabalhos não se deve deixar elementos em estado instável, aos quais, o vento ou as condições
atmosféricas ou outras causas lhe possam provocar o desabamento.
Deve-se proteger da chuva mediante lonas ou plásticos, as zonas dos elementos que possam ser afectados.
5.2.3. Depois da demolição:
Uma vez alcançada a cota pretendida, será feita uma revisão geral das edificações adjacentes para observar
algum dano que possa ter surgido.
6. ENSAIOS
6.1. Generalidades
Para uniformização dos conceitos a aplicar, na designação das pressões a utilizar para a realização dos
ensaios, serão consideradas as seguintes definições:
•
Pressão Nominal (PN): designação de referência, dada pelo fabricante, para definir as classes de
resistência de flanges e de algumas tubagens;
•
Pressão de Serviço (PS): pressão máxima de funcionamento em regime permanente para as condutas
elevatórias e pressão hidrostática para as condutas gravíticas;
•
Pressão Máxima de Trabalho (PMT): pressão máxima de funcionamento em regime variável, incluindo a
sobrepressão devida ao choque hidráulico, para condutas elevatórias e gravíticas;
•
Pressão de Ensaio Preliminar (PEP): pressão de ensaio em obra a aplicar à tubagem, depois de
instalada, durante 24 horas;
•
Pressão de Ensaio Final (PEF): pressão máxima de ensaio em obra a aplicar à tubagem, depois da
realização do ensaio preliminar, geralmente durante 1 hora.
Os ensaios serão efectuados por troços individualizados das canalizações ou por conjuntos de troços.
O comprimento de cada troço de canalização submetido a ensaio deve ser fixado pela Fiscalização tendo em
conta os condicionamentos locais.
Cada troço a ensaiar deverá ser previamente ancorado por meio de maciços de amarração ou outros
dispositivos de carácter provisório ou definitivo, de modo a evitar deslocamentos da canalização durante os
ensaios.
Não poderão efectuar-se os ensaios enquanto não decorrerem 7 dias após a betonagem do último maciço de
amarração do troço a ensaiar, no caso de se usar cimento Portland normal, ou 36 horas no caso de se usar
cimento de presa rápida.
Quando assentes em vala, os tubos deverão ser parcialmente cobertos por material de aterro com altura de
0,30m acima da geratriz superior para diâmetros até 200mm e de 0,50m para os diâmetros superiores. Todavia,
a Fiscalização poderá permitir que os ensaios se realizem com as valas aterradas embora com a zona das
juntas a descoberto, designadamente nos troços de tubagem de ferro fundido dúctil com juntas travadas. Em
qualquer dos casos, os aterros, maciços ou outros apoios deverão garantir que a pressão interior não cause
nenhum deslocamento dos tubos.
A secção de canalização a ensaiar deve ser cheia de água, a um débito suficientemente lento para assegurar
uma expulsão total do ar. Deve, sempre que possível, introduzir-se a água no ponto mais baixo da secção de
ensaio, aproveitando as descargas de fundo existentes, ou deixando previsto dispositivos para o efeito.
Nos troços de tubagem com juntas travadas, os ensaios só podem ser realizados com as valas aterradas até à
cota final, embora com as zonas das juntas a descoberto. Nestes casos, os troços a ensaiar deverão ter cada
tubo que os constitui aterrado até, pelo menos, 2/3 do seu comprimento.
Durante o enchimento deve assegurar-se que todas as ventosas ou outros dispositivos de purga colocados nos
pontos altos das canalizações estejam em funcionamento (verificar se todas as válvulas de seccionamento das
ventosas ou dos dispositivos de purga estão abertas).
O débito aproximado que se recomenda para o enchimento da canalização deve ser baseado numa velocidade
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de enchimento de 0,05m/s.
O reservatório da bomba deve possuir um dispositivo de medição das quantidades de água de reajustamento
para manter a pressão requerida. A precisão desse dispositivo deve ser de ± 1,0 litros.
Deve dispor-se igualmente de um manómetro calibrado, ligado à canalização em ensaio (de preferência no seu
ponto mais baixo), que permita leituras de pressão com uma precisão de 0,1bar.
Como, em geral, os manómetros têm o seu máximo de sensibilidade aproximadamente ao meio da escala das
graduações, recomenda-se que a escolha daquele aparelho seja de maneira que a leitura não tenha lugar na
extremidade da escala.
6.2. Responsabilidade dos ensaios
A responsabilidade de execução dos ensaios é do Empreiteiro.
Será por conta do Empreiteiro tudo o que seja necessário para a realização dos ensaios, incluindo o
equipamento de bombagem e fornecimento da água nos diferentes locais dos ensaios. Todos os ensaios
carecem de aprovação do Dono da Obra e têm de ser realizados na presença da Fiscalização, a qual tem de
ser prevenida atempadamente da data e do local de realização dos mesmos.
Os resultados dos ensaios constarão de relatório escrito a elaborar pelo Empreiteiro e a aprovar pela
Fiscalização.
6.3. Ensaio preliminar
Após enchimento do troço a ensaiar, será aplicada a pressão de ensaio preliminar (PEP), devendo o troço em
causa permanecer durante um período de 24 horas sob pressão estática igual ou inferior à sua pressão de
serviço (PS), isto é, na secção de cota mais baixa do troço a ensaiar deve ter-se:
•
PEP = PS.
Se, a seguir a uma eventual falha ou avaria, se perder uma parte ou totalidade da água, o processo de
enchimento deve ser repetido após reparação da canalização.
Se a canalização se encontrar parcialmente aterrada as partes visíveis devem ser inspeccionadas visualmente
após o período de 24 horas.
6.4. Ensaio final
Se, durante a inspecção visual, não forem detectadas fugas de água ou deslocamentos apreciáveis da
canalização, o troço a ensaiar deve ser submetido à pressão de ensaio final (PEF). Durante a subida gradual da
pressão entre o ensaio preliminar e o ensaio final, devem ser tomadas as precauções necessárias à evacuação
do ar residual.
Na secção de cota mais baixa do troço a ensaiar deverão verificar-se as condições seguintes:
Em condutas gravíticas:
•
para troços com PS ≤ 1,0MPa: PEF = 1,5 × PS, com mínimo de 0,5MPa;
•
para troços com PS > 1,0MPa: PEF = PS + 0,5 MPa.
Em condutas elevatórias:
•
PEF = 1,5 × PS, com mínimo de 0,8MPa;
A pressão de ensaio final (PEF) deve ser mantida durante 1 hora para condutas de ferro fundido dúctil, de aço,
de ferro galvanizado, de PVC rígido, de polietileno, de PRV ou de fibrocimento.
No caso de tubos de betão, a pressão de ensaio final (PEF) deve ser mantida durante 48 horas, sendo reposta
de hora a hora e medindo-se o volume de água bombada em cada operação.
O ensaio pode ser terminado ao fim de 6 horas se os volumes de água perdida na tubagem forem
significativamente inferiores aos valores calculados pelas expressões a seguir indicadas.
Considera-se que a canalização está satisfatoriamente assente se a quantidade de água necessária para repor
a pressão no valor inicial for inferior ou igual ao valor dado pelas expressões:
Tubos de ferro fundido dúctil, aço, ferro galvanizado e fibrocimento:
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Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
Q = XND (PEF)1/2/100 (Fórmula 1), onde:
Q = quantidade de água bombada para repor o valor inicial da pressão de ensaio· (em litros);
X = igual a 20 ou 32 quando a duração dos ensaios for, respectivamente, de 1 ou 2 horas;
N = número de juntas;
D = diâmetro nominal da canalização (em metros);
PEF = pressão de ensaio final (em bar).
Tubos de PVC rígido, polietileno e PRV:
Q = 20 ND (PEF)1/2/100 (Fórmula 2), onde:
Q = quantidade de água bombada para repor o valor inicial da pressão de ensaio· (em litros);
N = Número de juntas;
D = diâmetro nominal da canalização (em metros);
PEF = pressão de ensaio final (em bar).
Tubos de betão com cilindro de aço:
Q = 0,5 x D x L x T (Fórmula 3)
Tubos de betão sem cilindro de aço:
Q = D x L x T (Fórmula 4), onde:
Q = quantidade de água bombada para repor o valor inicial da pressão de ensaio· (em litros);
D = diâmetro da canalização (mm);
L = comprimento do troço (km);
T = duração do ensaio (dias).
Depois de concluídos os ensaios de dois ou mais troços contíguos deverá o conjunto de troços ser submetido a
um ensaio pelo menos a pressão não inferior à pressão de serviço para a qual as canalizações foram
dimensionadas, para que as juntas entre cada um dos troços parciais possam ser sujeitas a ensaio. No caso
dos tubos de betão esse ensaio deverá ter uma duração não inferior a duas horas.
Quando a quantidade de água necessária para o ajuste da pressão de ensaio for superior à permitida, deverá
procurar-se o defeito e remediá-lo, não podendo a canalização ser aprovada sem que noutro ensaio se obtenha,
como resultado, uma fuga inferior ou igual à calculada pelas fórmulas (1), (2), (3) ou (4), consoante os casos.
Durante a realização dos ensaios, por razões de segurança, nenhum homem deve permanecer na vala
enquanto se processa a subida de pressão.
Após a subida de pressão, durante o período de ensaio, apenas o operador necessário à realização do mesmo
pode permanecer junto da vala, evitando colocar-se junto a bocas de inspecção ou visita, obturadores, curvas
ou tês.
Nos troços onde se definiram juntas travadas para suporte dos impulsos, os ensaios só serão executados
depois de parcialmente aterrados os troços a ensaiar, conforme foi indicado no ponto anterior.
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Mu nicípio de Arc os de Vald ev ez |
Divisão de Ambiente lServiço de Energia
IN FR A- ES TR UT U RA S D E E LEC TR IC IDAD E
CONDIÇÕES TÉCNICAS ESPECIAIS
Infra Estruturas de Electricidade
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Mu nicípio de Arc os de Vald ev ez |
Divisão de Ambiente lServiço de Energia
ÍNDICE
1. Caracterização do Fornecimento .....................................................................................................................3
2. Apresentação dos Elementos...........................................................................................................................3
3. Especificações e Quantidade de Bens a Fornecer ou trabalhos a executar...................................................3
3.1. Especificação dos bens a fornecer e instalar:.........................................................................................3
3.2. Abertura de Vala.......................................................................................................................................5
3.3. Rede de Terras.........................................................................................................................................5
4.Quantidade de bens a fornecer.........................................................................................................................6
5. Deveres de Execução.......................................................................................................................................6
6. - Local da instalação.........................................................................................................................................6
Infra Estruturas de Electricidade
Condições Técnicas Especiais
2/6
Mu nicípio de Arc os de Vald ev ez |
Divisão de Ambiente |Serviço de Energia
1. CARACTERIZAÇÃO DO FORNECIMENTO
A execução das infra-estruturas eléctricas compreende o fornecimento e instalação de candeeiros de iluminação
pública, para aplicação na área do Campo da Feira de Soajo, em Arcos de Valdevez., execução da rede de
cabos e tubagens respectivas, bem como o fornecimento e instalação de rede de tubagem para passagem da
rede de distribuição em baixa tensão da EDP. A retirada da rede aérea existente, bem como a sua substituição
por rede subterrânea será da competência da EDP Distribuição.
2. APRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS
O concorrente deverá mencionar obrigatoriamente, na sua proposta, o tipo e marca de materiais e
equipamentos que se propõe empregar que serão novos e da melhor qualidade nos seus diferentes
componentes e acessórios.
3. ESPECIFICAÇÕES E QUANTIDADE DE BENS A FORNECER OU TRABALHOS A EXECUTAR
3.1. Especificação dos bens a fornecer e instalar:
O equipamento encontra-se a seguir discriminado em espécie, devendo ser apresentados preços unitários, e
preço para a totalidade dos bens a adquirir. Estes devem respeitar na íntegra as especificações referidas.
Todos os materiais a aplicar deverão ser homologados pelos serviços competentes do distribuidor.
3.1 .1. Conjuntos de luminárias a fornecer:
3.1.1.1. Generalidades
A localização exacta dos candeeiros e armários deverá ser confirmada em obra com a fiscalização.
No interior das portinholas das colunas de iluminação, serão instaladas placas de bornes e protecção contra
curto-circuitos através de fusíveis cilíndricos de In=6ª, tamanho 14X51, instalados em seccionadores alojado
dentro de uma caixa estanque de classe 2 de isolamento.
Todos os conjuntos de iluminação a instalar serão devidamente electrificados e fornecidos com lâmpadas e
acessórios de funcionamento e compensação.
Para cada uma das colunas deverá ser construído um maciço de fixação e encastramento, de dimensões
adequadas.
3.1.1.2.. Características dos conjuntos a fornecer
Caracterização do Conjunto tipo A:
Coluna com 12 metros de altura, com características para suportar ventos de 160 km/h
Tratamento contra a corrosão por imersão a quente, segundo mas Normas BS 729
Pintada à cor RAL a definir
Cada conjunto será fornecido com 2 projectores por coluna, instalados a 10 metros de
altura, IP 66 de distribuição assimétrica, com corpo em alumínio injectado e pintado, em
RAL a definir, constituídos por duas peças basculantes, fechadas de mola, difusor em vidro,
selado ao corpo através de silicone. A sua fixação deverá ser através de garfo a fim de
permitir a regulação, azimute e inclinação.
Os projectores deverão ser fornecidos equipados com todos os acessórios de ligação e
protecção e lâmpada VSAP, NAV-T de 250W.
No fornecimento e instalação da coluna inclui-se a sua completa electrificação, execução de
terra de protecção e a execução de maciço em betão, com estribo em aço galvanizado a
quente, para aparafusamento do equipamento, através de porcas de fixação de diâmetro
adequado e em aço inox.
A colocação do maciço deverá ser de modo a que depois de a coluna aparafusada, os
parafusos de fixação não sejam visíveis.
Modelo padrão para coluna: Tipo FARIO da Scheréder, ou equivalente
Modelo padrão para projector: Tipo NEOS 3/1709/400W da Scheréder, ou equivalente
Caracterização do Conjunto tipo B:
Coluna metálica circular de diâmetro constante 140mm, hu 5mts, fixação no solo por flange
e chumbadouros,
Infra Estruturas de Electricidade
Condições Técnicas Especiais
3/6
Mu nicípio de Arc os de Vald ev ez |
Divisão de Ambiente |Serviço de Energia
Braço tipo HOOP 750 mm, ou equivalente, com ponteira para fixação suspensa da lanterna
Lanterna tipo Karl Johan 1543/100W da Schréder ou equivalente,
Pintura em cor RAL a definir pelo Dono de Obra
No fornecimento e instalação da coluna inclui-se a sua completa electrificação, execução de
terra de protecção e a execução de maciço em betão, com estribo em aço galvanizado a
quente, para aparafusamento do equipamento, através de porcas de fixação de diâmetro
adequado e em aço inox.
Acessórios eléctricos incorporáveis montados no corpo da luminária
Equipada com acessórios de ligação e protecção e lâmpada de vapor de sódio de alta
pressão de 100 W
3.1.2. Canalizações
A origem da rede de iluminação pública a executar será efectuada a partir de um apoio da rede aérea existente
no local, conforme assinalado nas peças desenhadas e executar-se-á de acordo com as regras técnicas. Para
alimentação da rede de iluminação pública, será instalada uma caixa de protecção para redes aéreas.
A rede de iluminação pública, será do tipo subterrâneo, enterrada no subsolo a uma profundidade mínima de
1m e sempre na área do passeio para peões existente ou a construir. As travessias dos arruamentos devem ser
efectuadas na perpendicular aos mesmos, e a profundidade de colocação será de 1,10m. Os cabos serão
entubados em tubo PEAD de 63 de diâmetro e nas travessias de arruamentos os tubos serão envolvidos numa
camada de betão pobre.
Para passagem da rede de distribuição da EDP serão deixados 2 tubos de PEAD, com diâmetro de 125mm,
conforme traçado assinalado nas peças desenhadas.
Deverão ser respeitadas as distâncias regulamentares a outras canalizações.
3.1.2..1. Cabos
Nas instalações subterrâneas da rede de iluminação pública, utilizar-se-ão cabos com condutores em alma de
alumínio do tipo LSVAV 4x16mm2.
Os cabos LSVAV 4x16mm2 serão protegidos por tubos de 63mm de diâmetro, e nas travessias de arruamentos
entubados e envolvidos numa camada de betão pobre.
Os condutores e cabos serão instalados inteiros, sem emendas, com raio de curvatura adequados aos
respectivos diâmetros e por forma a não se danificarem pela pressão ou abatimento de terras.
Os conjuntos de iluminação serão electrificados com canalizações do tipo H05VV-F3 G2,5 estabelecidos no seu
interior e de modo a identificar a placa de junção da luminária e os 5 bornes para cabo até 25mm2, instalados
no quadro interior de cada portinhola., conforme normalização da EDP.
Nas ligações dos cabos a barramentos ou a aparelhagem, serão utilizados ligadores bimetálicos adequados
sempre que se esteja em presença de materiais diferentes, de modo a evitar corrosão electoquímica. As
extremidades dos cabos serão sempre reconstruídas e protegidas com mangas termoretracteis ou com caixas
de fim de cabo.
3.1.2..2.Tubos
3.1.2..2.
As ligações dos tubos entre si serão feitas por uniões de plástico apropriadas, devidamente coladas por meio
de cola tipo celulósica resistente á água e ácidos
Os tubos utilizados na rede exterior enterrada, serão do tipo PEAD corrugado de cor vermelha, ou PVC,
4kg/cm2.
Antes da colocação dos tubos, estes deverão ser cortados perpendicularmente ao seu eixo, tendo o cuidado de
retirar as rebarbas desses cortes para que as mesmas não venham a ferir o isolamento dos cabos.
3.1.3. Armários
Fornecimento e montagem de caixa de protecção em poliéster de fibra de vidro, para rede aérea de BT em
torçada, com fixação para poste, equipada com tribloco T00 e com fusíveis Inclui descidas do poste em tubo
para cabos da rede IP e todos os acessórios de ligação.
3.1.4 .Caixas
.
Fornecimento e Execução de Câmaras de visita, com diâmetro 1,00m à profundidade de 1m, com anéis em
betão pré-fabricado, sem fundo, cerezitadas interiormente, incluindo escavação para alargamento da vala,
cobertura tronco cónica, aros e tampas em ferro fundido dúctil da classe D400kN, com os
dizeres"ELECTRICIDADE"
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3.2. Abertura de Vala
3.2.1. Características da Vala
As canalizações serão enterrados em valas á profundidade mínima de 1m nos passeios ou 1,10m nas travessias
dos arruamentos. Poderão seguir ocultas em troços acordados com a fiscalização.
O fundo da vala deve ser devidamente regularizado, para que o leito de terra fique com espessura uniforme. Os
cabos e tubos deverão ser colocados na vala sobre um fundo de areia doce de cerca de 0,10m de espessura,
formando uma almofada regular e homogénea, que servirá de leito á canalização e será colocada portanto,
antes da montagem deste. Por cima dos cabos ou tubos montados, será colocada outra camada de aterro,
também em areia doce, e realizando assim o envolvimento e o recobrimento, com espessura aproximada de
cerca de 0,10m. As canalizações devem ser sinalizados por rede plastificada de cor vermelha identificada por
forma indelével, por meio do símbolo de tensão eléctrica perigosa conforme a NP608. Por cima da rede
plastificada levará nova camada de terra escolhida.
Todos os sucessivos aterros deverão ser devidamente compactados de 20 em 20 cm, sendo as sucessivas
camadas regadas e calcadas de modo a conseguir-se a melhor compactação do terreno.
No caso de os excedentes das escavações não serem recolocados, o fornecedor promoverá por sua conta, a
carga e o transporte dos produtos arrancados para local próximo, a indicar pela Fiscalização ou a escolher pelo
instalador, onde não causem dano e permaneçam sem préstimo.
Em toda a movimentação de terras, desde a abertura até ao fecho e compactação das valas, bem como a
montagem das condutas, o instalador tomará as devidas precauções, para não utilizar nem danificar as
instalações preexistentes no subsolo, competindo-lhe realizar todos os trabalhos de pesquisa, suspensão,
suporte e protecção de tais instalações, cumprindo-lhe também a sua recolocação nas posições e condições
iniciais de funcionamento, ficando responsável por eventuais prejuízos que por sua negligência, nelas venha a
causar.
O aterro de cada uma das valas só poderá iniciar-se na presença da Fiscalização ou com sua expressa
autorização.
Se, no decurso dos trabalhos de instalação de canalizações eléctricas, ou nos de aterro ou compactação da
vala, houver destruição, danificação ou assentamento dos bordos do pavimento remanescente, será da conta
do instalador a respectiva reparação.
3.2.2. Reposição
A reposição ou reconstrução de pavimentos arrancados só se iniciará depois das valas se encontrar bem
compactado e consolidado.
Os pavimentos a repor ou a reconstruir sê-lo-ão consoante o seu tipo, em conformidade com as respectivas
especificações técnicas aprovadas.
Além de repor ou construir os pavimentos na extensão em que tiverem sido arrancados, o empreiteiro obriga-se
a realizar a sua ligação perfeita com o pavimento remanescente, de modo que entre ambos não se verifiquem
irregularidades ou fendas, nem ressaltes ou assentamentos diferenciais.
Se, no decurso dos trabalhos de instalação da tubagem ou nos de aterro e compactação das valas, houver
destruição, danificação ou assentamento dos bordos do pavimento remanescente, deverão ser reparados.
Serão igualmente repostos ou reconstruídos pelo empreiteiro nas devidas condições, os sinais de trânsito, as
lajes e leitos de valetas, guarnições, guias de passeios, aquedutos, manilhas, sumidouros e demais elementos
complementares do pavimento.
3.3.. Rede de Terras
Junto de cada armário de distribuição, candeeiro de IP, ou de qualquer outro aparelho, serão instalados
eléctrodos de terra individuais, constituídos por varetas de aço, de 15mm de diâmetro, com revestimento a
cobre de 0,8 mm de espessura, e que serão ligados ao equipamento respectivo por condutor isolado do tipo
H1VV-R1G35mm2, verde/amarelo e bainha exterior preta e aperto desta à estrutura deverá fazer-se por aperto
mecânico e em terminal adequado.
Os varões terão no mínimo 2 metros de comprimento e deverão ser incluídos os acessórios de montagem
necessários. Para evitar o aparecimento de tensões de passo perigosas e garantir maior estabilidade ao longo
do tempo, do valor da resistência de terra, os varões deverão ficar enterrados verticalmente no solo a uma
distância mínima de 0,8m entre a superfície do solo e a parte superior do eléctrodo.
A resistência de terra do neutro não deverá ser superior a 10 Ohm em cada quilómetro, ou fracção, ao longo das
canalizações principais ou ramais, nem a resistência global de terra de neutro ser superior a 5 Ohm ( Artº- 155
do RSRDEEBT )
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4.QUANTIDADE DE BENS A FORNECER
As quantidades a fornecer correspondem às unidades apresentadas no mapa de medições em anexo, que
deverá ser apresentado com os preços unitários dos bens a fornecer e que integra os documentos da proposta.
5. DEVERES DE EXECUÇÃO
A instalação dos conjuntos de iluminação e infra-estrutura de ligação à rede existente deverá ser executada
tendo em conta as “ Normas e Regulamentos em vigor “, as directivas dos Serviços Técnicos da Empresa
Distribuidora de Energia Eléctrica, especificações do ICP e da Portugal Telecom, memórias descritivas, peças
desenhadas e esquemas anexos do projecto de instalação eléctrica , cumprindo todas as instruções que para
esse fim lhe sejam dadas pela Fiscalização. Não serão admitidas alterações ao presente projecto sem prévia
autorização por escrito dada pela Fiscalização e o fornecimento e instalação esta considerar-se-á concluído
depois de ensaiada e vistoriada pelos serviços competentes.
Todos os equipamentos de medição e de verificação e todos os materiais necessários para os ensaios, serão
fornecidos pelo adjudicatário a expensas deste.
Para sua própria defesa, deverá o adjudicatário informar-se, no local da instalação de todas as circunstâncias e
de todos os trabalhos que vai executar, não sendo admitidas quaisquer reclamações por desconhecimento ou
falta de elementos de projecto, referentes a este trabalho.
6. - LOCAL DA INSTALAÇÃO
A entrega e instalação dos bens objecto do Concurso Público será realizada na freguesia de Soajo
Com o término do contrato do Concurso Público, ocorre a transferência da posse e da propriedade dos
equipamentos para o Município de Arcos de Valdevez, bem como do risco de deterioração ou perecimento dos
mesmos, sem prejuízo das obrigações de garantia que impendem sobre o fornecedor.
Todas as despesas e custos com o transporte dos bens objecto do Concurso Público e respectivos documentos
para o local de entrega e instalação são da responsabilidade do fornecedor.
Arcos de Valdevez, 15 de Julho de 2009
A Engenheira Electrotécnica,
(Sérgia Catarina Gonçalves de Araújo Fernandes Ligeiro)
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Mu n i c íp i o d e A rc o s d e Val d e v e z |
M A PA
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MAV | DDEU-SPOT | Julho de 2009
DE
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
QUANTIDADES
Divisão de Desenvolvimento e Económico e Urbanismo
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
1.0.0
GENERALIDADES
QUANTIDADE
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
Não são de aceitar quaisquer reclamações baseadas na falta de
conhecimento do local da obra e suas facilidades de acesso.
De todos os materiais, acabamentos e elementos de construção, serão
fornecidas ou executadas amostras e modelos em tamanho natural,
para aprovação pelo autor do Projecto.
A aprovação será transmitida por escrito, ao Empreiteiro, sem a qual
este não poderá iniciar o fabrico ou colocação dos respectivos
materiais ou tarefas.
As operações com resíduos da construção e demolição deverão ser
realizadas segundo o disposto no Decreto-Lei n.º 46/2008 de 12 de
Março.
2.0.0
TRABALHOS PREPARATÓRIOS
2.1.0
Limpeza, desmatação e decapagem do terreno, incluindo carga,
transporte, colocação em vazadouro dos produtos sobrantes e
eventual indemnização por depósito.
1,00 vg
2.2.0
Levantamento de pavimentos existentes em betuminoso, incluindo o
corte mecânico do pavimento perfeitamente rectilineo, limpeza da base
e sub-base, carga, transporte, colocação em vazadouro dos produtos
sobrantes e eventual indemnização por depósito.
435,16 m2
2.3.0
Desmonte do revestimento dos pavimentos existentes em cubo de
granito para posterior reposição, conforme indicado nas peças
desenhadas, incluindo limpeza da base e sub-base, armazenamento
dos revestimentos provenientes do desmonte, carga, transporte,
colocação em vazadouro dos produtos sobrantes e eventual
indemnização por depósito.
561,55 m2
2.4.0
Desmonte de muros em alvenaria de granito e outros, incluindo
fundação, armazenamento da pedra para posterior reconstrução,
carga, transporte, colocação em vazadouro dos produtos sobrantes e
eventual indemnização por depósito
191,07 m
2.5.0
Implantação da obra com processo apropriado, de acordo com as
cotas, alinhamentos e referências fornecidas em projecto, bem como
apoio topográfico ao desenvolvimento da obra.
1,00 Vg.
2.6.0
Escavação para abertura de caixa, em terreno de qualquer natureza,
incluindo regularização e cilindramento do leito dos pavimentos da área
a intervencionar, bem como carga, transporte e colocação em
vazadouro dos materiais provenientes da escavação.
4.109,63 m2
3.0.0
PAVIMENTOS
3.1.0
3.1.1
Betão betuminoso
Fornecimento e execução de base de agregado britado de
granulometria extensa com 0,20m de espessura após recalque, de
acordo com o perfil transversal tipo, incluindo transporte e aplicação.
Fornecimento e execução de camada de macadame betuminoso com
0,08m de espessura após recalque e de acordo com o perfil
transversal tipo, incluindo fornecimento, aplicação e rega de colagem.
3.1.2
469,70 m2
454,30 m2
1/7
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Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
3.1.3
Fornecimento e execução de camada de desgaste em betão
betuminoso 0/14mm com 0,05m de espessura após recalque e de
acordo com o perfil transversal tipo, incluindo fornecimento, aplicação e
rega de colagem.
3.2.0
3.2.1
Cubo de granito cinzento de 11x11x11cm
Fornecimento e execução de base de agregado britado de
granulometria extensa com 0,20m de espessura após recalque, de
acordo com o perfil transversal tipo, incluindo transporte e aplicação.
Execução de pavimento em cubo de granito cinzento de 11x11x11 cm,
assente em traço seco de 5cm de espessura, incluindo a marcação
dos lugares de estacionamento com cubo de cálcário de 11x11x11cm,
e todos os trabalhos e materiais necessários à sua correcta execução:
3.2.2
3.2.2.1
3.2.2.2
Com reposição de cubo existente
Com fornecimento de cubo novo
3.3.0
3.3.1
Cubo de calcário de 11x11x11cm
Fornecimento e execução de pavimento em cubo de cálcário de
11x11x11 cm, (aplicado nas rampas e na sinalização horizontal nas
zonas em cubo de granito), assente em traço seco de 5cm de
espessura, incluindo todos os trabalhos e materiais necessários à sua
correcta execução.
3.3.0
3.3.1
Cubo de granito amarelo 5x5x5cm
Fornecimento e execução de base de agregado britado de
granulometria extensa com 0,20m de espessura após recalque, de
acordo com o perfil transversal tipo, incluindo transporte e aplicação.
Fornecimento e execução de pavimento em cubo de granito amarelo
de 5x5x5 cm, assente em traço seco de 5cm de espessura, incluindo
todos os trabalhos e materiais necessários à sua correcta execução.
3.3.3
3.4.0
3.4.1
3.4.2
Blocos de betão pré-fabricado (Estacionamento mobilidade
condicionada)
Fornecimento e execução de base de agregado britado de
granulometria extensa com 0,20m de espessura após recalque, de
acordo com o perfil transversal tipo, incluindo transporte e aplicação.
Fornecimento e execução de pavimento em blocos de betão préfabricado, de cor encarnada, de 20x10x5,5 cm, assente em traço seco
de 5cm de espessura, incluindo todos os trabalhos e materiais
necessários à sua correcta execução.
3.4.3
Fornecimento e execução de pavimento em blocos de betão préfabricado, de cor cinza, de 20x10x5,5 cm, assente em traço seco de
5cm de espessura, incluindo todos os trabalhos e materiais
necessários à sua correcta execução.
3.5.0
3.5.1
Grelhas de enrelvamento
Fornecimento e execução de base composta por uma camada de
brita de pedra granítica de 0/45 mm, com 20 cm de espessura, uma
manta geotêxtil de 150 g/m2, e uma camada de areia ou areão de 5cm
de espessura, incluindo espalhamento, regularização, compactação, e
todos os materiais e trabalhos necessários à sua correcta execução.
3.5.2
Fornecimento e colocação de grelhas de enrelvamento do tipo "Ritter"
ou equivalente, com 39x50x4,5 cm, cor verde, em polietileno de alta
densidade com capacidade de carga superior a 200 t/m2, incluindo
acessórios de cor branca, para delimitação dos lotes da feira,
enchimento com terra vegetal e areia, misturados a 50%, e todos os
trabalhos e materiais necessários à sua correcta execução.
QUANTIDADE
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
454,30 m2
785,19 m2
296,94 m2
469,35 m2
29,40 m2
1.362,80 m2
1.362,80 m2
29,93 m2
24,78 m2
5,15 m2
1.180,10 m2
1.180,10 m2
2/7
Divisão de Desenvolvimento e Económico e Urbanismo
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
3.6.0
3.6.1
Lancis
Fornecimento e colocação de lancis e guias em granito cinzento com
acabamento à picola, incluindo fundação em betão simples C16/20 de
espessura uniforme de 25cm e largura de 7,5cm de cada lado do
lancil, e todos os trabalhos necessários à sua correcta execução, com
as seguintes secções (b x h):
3.6.3
3.6.4
com secção 20x20cm;
com secção 10x20cm.
3.7.0
Caldeiras
Execução de caldeira com guias de granito cinzento com acabamento
à picola, de secção 10x20cm, incluindo fundação em betão simples
C16/20 de espessura uniforme de 25cm e largura de 7,5cm de cada
lado do lancil, colocação de terra vegetal, enchimento com casca de
pinheiro, e todos os trabalhos necessários à sua correcta execução.
4.0.0
OBRAS ACESSÓRIAS
4.1.0
Bancos
Fornecimento e colocação de bancos com dimensões 2,00x0,50x0,42
m, em granito cinza amaciado e pés em aço inox escovado, modelo
“ACADEMIA” da 2 Ideias ou equivalente, incluindo fundação em betão
simples, fixação por bucha química, e todos os materiais e trabalhos
necessários à sua correcta execução.
4.2.0
4.3.0
4.3.0
4.4.0
Banca de Lavagem
Fornecimento e colocação de banca de lavagem em granito cinza
amaciado, com 2 pontos de água, em conformidade com o desenho
de pormenor incluindo torneiras, alimentação em tubo tricamada (corpo
em polietileno de alta densidade (PE100), duas folhas de aluminio e
uma camada em polipropileno combinado com quartzo), conforme à
norma NF EN 12 201 , fundação, fixações e todos os materiais e
trabalhos necessários à sua correcta execução.
Papeleiras
Fornecimento e colocação de papeleiras em granito cinza amaciado,
modelo “CILINDRICA” da 2 Ideias, ou equivalente, com 28cm de
diâmetro interior, incluindo fundação em betão simples, fixação por
bucha química, e todos os materiais e trabalhos necessários à sua
correcta execução.
Muros
Reposição de muros de alvenaria de granito com 2 faces, de altura
média de 1,0m e 0,45m de largura, com a pedra proveniente do
desmonte, incluindo escavação para fundação, e todos os materiais e
trabalhos necessários à sua correcta execução.
Levada de água
Limpeza de levada de água existente, incluindo desobstrução das
entradas em aquedutos, regularização da secção transversal com
revestimento em betão simples de 250 kg de cimento por m3, com
0,10 m de espessura e demais trabalhos necessários ao seu correcto
funcionamento.
QUANTIDADE
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
442,42 m
700,81 m
30,00 Un.
4,00 Un.
1,00 Un.
2,00 Un.
46,20 m
75,46 m
3/7
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Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
5.0.0
SINALIZAÇÃO
5.1.0
Sinalização vertical
Fornecimento e colocação de sinalização vertical de "código" em chapa
de ferro (aço) com 2mm de espessura, electrozincadas (galvanizadas)
e, no caso do painel de sinalização ser em alumínio com 2mm de
espessura. Os sinais terão de ser executados com telas
retrorreflectoras tipo “Diamond Grade Vip”, por processo de colagem;
não conter qualquer inscrição por processo serigráfico; - serem
fornecidos sem abraçadeiras; ser gravado no reverso dos sinais, antes
da galvanização, a inscrição C.M.A.V.; não terem qualquer publicidade
comercial à firma fornecedora. Todos os sinais deverão obedecer ao
Regulamento de Sinalização de Trânsito. Nos sinais triangulares deve
ser fornecida uma peça de ligação entre abas, de modo a permitir a
colocação da abraçadeira do sinal ao prumo. Os trabalhos deverão
incluir implantação, elementos ou estruturas de suporte, peças de
ligação e maciços de fundação de 0,50x0,50x0,50m3:
5.1.1
5.1.1.1
5.1.2
5.1.2.1
5.1.2.2
Sinais octogonais, com L igual a 0,70m:
Paragem obrigatória em cruzamento ou intersecção (B2)(STOP)
Sinais quadrangulares com L igual a 0,70m:
Passagem de peões ( H7)
Estacionamento autorizado (H1a) + modelo veículos portadores do
dístico de deficiente (M11d) + modelo (M10a)
Velocidade recomendada 30 km/h (H6)
Sinais triangulares com L igual a 0,70m:
Lomba (A2a) + modelo (M1a)
5.1.2.3
5.1.3
5.1.3.1
5.2.1
5.2.2
5.2.3
5.2.4
Sinalização horizontal
Aplicação de marcas rodoviárias com tinta termoplástica, incluindo prémarcação, bem como todos os trabalhos necessários.
- Linha branca contínua com 0,10m de largura (LBC 0,10);
- Linha branca tracejada com 0,10 m de largura (LBT 0,10; 1,00/1,50);
- Barras de passadeira com 0,50m de largura;
- Símbolo internacional de acessibilidade;
6.0.0
ARBORIZAÇÃO E ESPAÇOS VERDES
6.1.0
6.1.1
Relva
Fornecimento e aplicação de terra vegetal com 20cm de espessura,
espalhada e regularizada para relvados, incluindo todos os trabalhos
necessários designadamente carga, transporte e espalhamento.
Fornecimento e execução de relvado por sementeira de mistura de
sementes de 45% Lolium Perenne, 30% Festuca Arundinacea, 30%
Festuca Rubra Rubra, 5% Poa Pratensis, com uma densidade de 50g/
m2, incluindo fertilização e todos os trabalhos necessários à sua
correcta execução.
5.2.0
6.1.2
6.2.0
6.2.1
Árvores
Fornecimento e plantação de espécies arbóreas de tipo a definir, PAP
20-25, com altura total entre os 2,50 e os 3,00 m, incluindo movimento
de terras, enchimento com terra vegetal, fertilização, camada de brita e
gravilha, bem como remoção dos produtos sobrante e todos os
trabalhos necessários.
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
QUANTIDADE
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
1,00 Un.
8,00 Un.
1,00 Un.
2,00 Un.
2,00 Un.
16,50
55,11
29,70
2,00
m
m
m
Un.
281,93 m2
1.462,02 m2
56,00 Un.
4/7
Divisão de Desenvolvimento e Económico e Urbanismo
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
7.0.0
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
7.1.0
Execução de ramal domiciliário, com fornecimento e instalação de
tubagem em polietileno de alta densidade (PE100), PN10 atm, de
32mm de diâmetro exterior, assente e ensaiada, incluindo abertura e
recarga de vala, transporte de terras sobrantes, abraçadeira de tomada
em carga, válvula de seccionamento AVK ou equivalente (instaladas
junto à ramificação da conduta principal), incluindo aste de comando,
junta cega em latão, caixa para instalação do contador e maciço para
fixação do mesmo, conforme desenho de pormenor.
7.2.0
Fornecimento e instalação de tubagem de abastecimento e distribuição
de água de rega, formada por tubo de polietileno de alta densidade
(PE100, PN10 atm), de 32 mm de diâmetro exterior, enterrada,
colocada sobre leito de areia de 10 cm de espessura, devidamente
compactada e nivelada através de equipamento manual com apiloador
(saltitão), enchimento lateral compactando até metade do diâmetro do
tubo e posterior enchimento com a mesma areia até 10 cm por cima da
geratriz superior do tubo, incluindo abertura e enchimento de vala,
transporte de terras sobrantes, banda avisadora plástica na cor azul,
contendo as inscrições, "ATENÇÃO ÁGUA", colocada 30cm acima do
extradorso da condutas, acessórios de ligação. Totalmente montada,
ligada e testada.
7.3.0
Fornecimento e instalação de boca de rega em pavimento,
pavimento formada
por corpo e tampa de ferro fundido com fechadura quadrada,
completa, incluindo válvula de corte e boca de saída em latão, ramal de
ligação em polietieleno de alta densidade (PE100, PN10 atm), de 32
mm de diâmetro exterior, acessórios de ligação à rede, abertura e
recarga de vala com transporte a depósito das terras sobrantes.
Totalmente montada, ligada e testada.
4,00 Un.
7.4.0
Fornecimento e instalação de ramal de ligação à banca de lavagem
em polietieleno de alta densidade (PE100, PN10 atm), de 32 mm de
diâmetro exterior, incluindo acessórios de ligação à rede, válvula de
corte esférica colocada com união roscada, alojada em caixa de visita
pré-fabricada de polipropileno de 30x30x30 cm, colocada sobre base
de betão simples C20/25 (X0(P); D25; S2; Cl 1,0) de 15 cm de
espessura, abertura e recarga de vala com transporte a depósito das
terras sobrantes. Totalmente montada, ligada e testada.
1,00 Un.
8.0.0
DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
8.1.0
Tubagem em PP corrugado da classe SN8
Fornecimento e assentamento de tubagem de PP corrugado de parede
maciça da classe SN8, de cor preta para identificação, assente e
ensaiada, incluindo anéis de estanquidade, ligação ás câmaras de
visita, banda avisadora, escavação em terreno de qualquer natureza às
cotas previstas nas peças desenhadas para implantação da conduta,
aterro da vala (obedecendo a todas as especificações do C.E. e peças
desenhadas), entivações e drenagens, bem como todos os ensaios
para o correcto funcionamento do colector, com os seguintes
diâmetros:
8.1.1
8.1.2
- Colectores DN 250mm;
- Colectores DN 315mm;
QUANTIDADE
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
1,00 Un.
106,00 m
191,31 m
40,43 m
5/7
Divisão de Desenvolvimento e Económico e Urbanismo
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
8.2.0
Câmaras de visita
Execução de câmaras de visita ou queda, com diâmetro de 1,00m ou
1.25m, às profundidades previstas em projecto, com anéis e base em
betão pré-fabricado, cerezitadas interiormente, incluindo escavação
para alargamento da vala, soleira, cobertura tronco-cónica, degraus em
tubo de aço D25mm revestido a polipropileno, aros e tampas em ferro
fundido dúctil da classe D400kN, com os dizeres "PLUVIAIS/CMAV" e
equipada com fixadores (entre a tampa e o aro) da “REXEL”, ou
equivalente, queda guiada onde necessário e todos os trabalhos de
acordo com as peças desenhadas.
8.3.0
8.3.1
Sumidouros
Execução de sumidouros completos, a colocar nos locais assinalados
nas peças desenhadas como a construir, constituídas por elementos
pré-fabricados em betão polímero formando uma caixa, coroada
superiormente com uma placa em betão polímero, incluindo grelha
metálica em ferro fundido de dimensões 60x35x4m da classe D400kN,
movimento de terras e ramal de ligação à caixa de visita mais próxima
em PP corrugado de parede maciça da classe SN8 de diâmetro
200mm.
8.3.2
Fornecimento e colocação de sumidouro longitudinal, para recolha da
água da banca de lavagem, de polipropileno reforçado, com 100mm
de largura e 172mm de altura, realizado sobre base de betão simples
C20/25 (S3, D25), de 15 cm de espessura, incluindo grelha de aço
galvanizado, e ramal de ligação à caixa de visita mais próxima em PP
corrugado de parede maciça da classe SN8 de diâmetro 125m,
movimentos de terras, bem como todos os acessórios e peças
necessárias.
8.4.0
Boca de Descarga
Execução de boca de descarga em conformidade com as peças
desenhadas, incluindo movimento de terras, levantamento e reposição
de pavimentos, desmonte de reconstrução de muro, execução de
caixa dissipadora de energia na existente na linha de água e transporte
a vazadouro de produtos sobrantes, bem como todos os trabalhos
necessários.
QUANTIDADE
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
12,00 Un.
18,00 Un.
1,80 m
1,00 Un.
9.0.0
INFRA ESTRUTURAS PARA ELECTRICIDADE
9.1.0
Abertura e fecho de vala 0,60mx1m, devidamente sinalizada, incluindo
fita sinalizadora para rede eléctrica, areia destinada a assentamento e
cobertura de cabos e transporte a vazadouro dos materiais retirados e
terras sobrantes, de acordo com CE.
290,00 ml
9.2.0
Levantamento e reposição de pavimento em granito e transporte a
vazadouro dos materiais retirados e terras sobrantes.
15,00 m2
9.3.0
Fornecimento e aplicação de betão pobre para protecção de cabos na
travessia de arruamento
0,50 m3
9.4.0
Fornecimento e instalação de resguardo para candeeiros, em tubo de
ferro com tratamento anti-corrosivo e acabamento à cor do conjunto a
proteger, com 5cm de espessura. Em forma de semi-circulo, suportado
por dois pés de cerca de 80 cm de altura e com espessura de 5 cm.
3,00 un
6/7
Divisão de Desenvolvimento e Económico e Urbanismo
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
OBRA
Parque da Feira de Soajo
LOCAL
Eira do Penedo – Soajo – Arcos de Valdevez
ART.º
DESCRIÇÃO
9.5.0
Fornecimento e Execução de Câmaras de visita, com diâmetro 1,00m à
profundidade de 1m, com anéis e base em betão pré-fabricado,
cerezitadas interiormente, incluindo escavação para alargamento da
vala, cobertura tronco cónica, aros e tampas em ferro fundido dúctil da
classe D400kN, com os dizeres"ELECTRICIDADE"
9.6.0
Fornecimento e montagem de coluna e lanterna de iluminação de
acordo com as características indicadas no CE, incluindo lâmpadas,
equipamento acessório, electrificação, maciço , execução de terras,
encastramento e todos os acessórios de montagem, tipo:
9.6.1
9.6.2
- Conjunto Tipo A
- Conjunto Tipo B
9.7.0
Fornecimento e assentamento de cabo LSVAV(0,6/1KV) 4G16mm com
condutores em alma de alumínio, e os necessários acessórios à sua
correcta ligação e protecção.
9.8.0
9.8.1
9.8.2
Fornecimento e assentamento de tubo de corrugado :
- 125mm
- 63mm
9.9.0
Fornecimento e montagem de caixa de protecção para rede aérea de
BT em torçada, com fixação para poste, equipada com tribloco T00 e
com fusíveis incluindo 2 descidas do poste em tubo para cabos da
rede IP e todos os acessórios de ligação.
1,00 un
9.10.0
Fornecimento e assentamento de caixa para contadores de BTN,
embutida no muro, incluindo rasgo.
2,00 un
9.11.0
Fornecimento e assentamento de portinhola equipada com base e
fusíveis, embutida no muro, incluindo rasgo e subida de tubo de 63mm
2,00 un
QUANTIDADE
MAPA DE QUANTIDADES
Julho 2009
PREÇO
UNITÁRIO
TOTAL
8,00 un
3,00 un
4,00 un
220,00 ml
300,00 ml
260,00 ml
TOTAL
7/7
Mu n i c íp i o d e A rc o s d e Val d e v e z |
Serviço de Planeamento e Ordenamento do Território
PEÇAS DESENHADAS
Parque da Feira de Soajo – Eira do Penedo
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