Relatório de Disciplina de Mercado
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Relatório de Disciplina de Mercado
DISCIPLINA DE MERCADO Aviso 10/2007 2010 Índice Enquadramento .............................................................................................................................3 I – Declaração de Responsabilidade .................................................................................................4 II – Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco......................................................................5 III – Adequação de Capitais .......................................................................................................... 20 IV – Risco de Crédito de Contraparte ............................................................................................. 30 V - A – Risco de Crédito – Aspectos Gerais...................................................................................... 33 V - B – Risco de Crédito – Método Padrão....................................................................................... 41 VI – Técnicas de Redução do Risco de Crédito ................................................................................ 43 VII – Operações de Titularização ................................................................................................... 47 VIII – Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação ........... 53 IX – Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação.................................... 55 X – Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária ................................................................. 56 XI – Risco Operacional.................................................................................................................. 62 XII – Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital ................................................................... 64 XIII – Anexos .............................................................................................................................. 70 2 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Enquadramento O presente documento destina-se a divulgar ao mercado informação mais detalhada sobre a solvabilidade e perfil de risco do Grupo Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A., adiante designado por Grupo ou Banif – Grupo Financeiro, no âmbito do enquadramento regulamentar do Pilar III de Basileia II, complementando o Relatório e Contas de 2010 do Grupo. No sentido de dar cumprimento ao exposto no Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, o Grupo disponibiliza informação sobre a gestão dos riscos assumidos e a adequação do capital, face aos objectivos definidos e aos processos e sistemas de avaliação instituídos, valorizando os montantes envolvidos e a sua natureza, considerados quer individualmente, quer de forma agregada. O presente documento segue a estrutura determinada pelo anexo do aviso referido sendo que os pontos que não se encontram mencionados, não apresentam relevância significativa para o Grupo. A informação divulgada reporta-se ao exercício findo em 2010 e é apresentada em base consolidada para o Banif - Grupo Financeiro. Ainda, e no que respeita à divulgação pública do documento, nos termos referidos no n.º 20, Capítulo V – Divulgação do Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, salientamos que este é disponibilizado na opção “Publicações Obrigatórias” no endereço do site www.rentipar.pt, em conjunto com outra informação de interesse público para os investidores e que complementa a presente informação. 3 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 I – Declaração de Responsabilidade O Conselho de Administração da Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A., com sede na Avenida Barbosa du Bocage, 85 - 5º - 1050 – 030 Lisboa, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único de matrícula a pessoa colectiva 502 176 881 declara, nos termos e para os efeitos expostos no Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, que: - Foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do seu conhecimento, toda a informação divulgada no presente documento “Disciplina de Mercado”, elaborado com referência ao final do exercício de 2010, é verdadeira e fidedigna; - Assegura a qualidade de toda a informação divulgada incluindo a referente ou com origem em entidades englobadas no grupo económico no qual a instituição se insere; - Assume o compromisso de divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações significativas que ocorram no decorrer do exercício subsequente àquele a que o documento “Disciplina de Mercado” se refere; - Registaram-se eventos relevantes, nos termos do mencionado no n.º 2 do Anexo I do Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal, ocorridos entre o termo do exercício a que o documento se refere e a data da sua publicação, que importa mencionar: a) A Agência Fitch Ratings, no dia 1 de Abril de 2011, anunciou ter revisto em baixa as notações de rating de seis instituições de crédito portuguesas em consequência da revisão em baixa do rating da República de A- para BBB-. Neste contexto, no dia 5 de Abril de 2011, a Fitch Ratings anunciou a revisão em baixa da notação do rating do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., de longo prazo de BBB- para BB, e o rating de curto prazo de F3 para B, tendo alterado o Outlook de “Rating Watch Negative” para “Estável”; Ainda neste domínio, no passado dia 22 de Junho de 2011, a Moody´s Investors Service anunciou, ter revisto em baixa a notação de rating do Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., de dívida de longo prazo de Baa3 para Ba2 bem como o rating de curto prazo de P-3 para NP, mantendo-se o Outlook em Under Review; b) No decurso do 1º semestre de 2011, foi aprovado o aumento do capital social da Rentipar Financeira S.G.P.S, S.A. de 45 milhões de Euros para 135 milhões de Euros, reservado a accionistas, com a realização inicial de 30% do valor de subscrição correspondendo a 27 milhões de Euros. Para os efeitos julgados necessários atesta-se que o acima declarado corresponde à verdade dos factos. Lisboa, 29 de Junho de 2011 Conselho de Administração 4 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 II – Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco II.I - Bases e Perímetros de consolidação A Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A., é a “Empresa-Mãe” do Banif - Grupo Financeiro, com sede na Avenida Barbosa du Bocage, n.º 85 – 5º, 1050 – 030 Lisboa, capital social de 135 milhões de Euros, tem como objecto exclusivo a gestão de participações sociais noutras Sociedades. O Banif – Grupo Financeiro é composto por Sociedades de competência especializada nos sectores bancário e segurador, apoiadas num conjunto de outras sociedades que operam em diversas áreas do sector financeiro. Estas participações encontram-se centralizadas fundamentalmente no sector financeiro e integradas na Banif S.G.P.S., S.A., sociedade cotada e holding do Banif – Grupo Financeiro. Considerando a Banif S.G.P.S, S.A. como a Entidade do Grupo actuante no mercado financeiro, a informação qualitativa divulgada no presente relatório reflecte essencialmente, o ambiente dos riscos, as estratégias, as políticas e, bem assim, os procedimentos que são relevados por esta Entidade, enquanto dinamizadora da actividade financeira do Grupo. No que concerne ao perímetro de consolidação para fins prudenciais, as Entidades do Grupo elegíveis constam do Anexo 1, exceptuando-se as Sociedades de natureza não financeira e sem o exercício de actividade subsidiária no Grupo, conforme quadro seguinte: Data de referência: 31-12-2010 Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital % Interesses Participação Minoritários Efectiva Investaçor Hotéis, S.A. Portugal Investaçor S.G.P.S., S.A. 31,89% 68,11% Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Portugal Investaçor S.G.P.S., S.A. 26,60% 73,40% Turotel, Turismo e Hotéis dos Açores, S.A. Portugal Investaçor S.G.P.S., S.A. 31,28% 68,72% Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda. Portugal Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. 26,60% 73,40% Ecoprogresso Trading, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 26,94% - 5 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Relativamente às diferenças ao nível da base de consolidação para efeitos contabilísticos e prudenciais, refere-se o seguinte: - as Entidades do Grupo incluídas no perímetro de consolidação para efeitos contabilísticos constam do Anexo 1, vide Capítulo XIII do presente documento, sendo que diferem do perímetro para fins prudenciais pelas Sociedades referidas no ponto anterior; - as Entidades do Grupo consolidadas por equivalência patrimonial constam do Anexo 2, vide Capítulo XIII do presente documento; - as Entidades do Grupo que deduzem aos fundos próprios são as seguintes: Data de referência: 31-12-2010 Nome da Sociedade Sede Social Actividade Principal Detentor do Capital % de Valor da Participação Participação Goodwill Total de Capital Próprio Resultado Líquido Contributo Líquido Rentipar Seguros S.G.P.S., S.A. Av. Barbosa du Bocage, 85 Seguradora Banif S.G.P.S., S.A. 25,69% 34.487 449 134.239 4.438 1.140 Banca Pueyo, S.A. Virgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena, Badajoz Banca Banif S.G.P.S., S.A. 17,95% 15.064 14.787 83.922 5.761 1.034 Bankpime Travessera de Gràcia, nº 11 Barcelona Banca Banif S.G.P.S., S.A. 14,81% 3.719 3.807 25.101 (29.474) (4.366) Unidade: Milhares de Euros II.II - Objectivos e políticas em matéria de Gestão dos Riscos A gestão dos riscos no Banif – Grupo Financeiro assenta na identificação e análise dos principais riscos aos quais o Grupo se encontra exposto, na medição e gestão adequada das diversas posições em risco. O controlo e a gestão dos riscos assumem-se cada vez mais como um pilar fundamental na garantia da rendibilidade e da sustentabilidade do negócio. A gestão dos riscos do Grupo encontra-se cada vez mais focalizada na obtenção do equilíbrio entre risco e o retorno, e na redução de potenciais efeitos adversos que podem influenciar a performance financeira do Grupo. Cada Entidade do Grupo possui a sua própria estrutura orgânica de gestão dos riscos, dimensionada em função da actividade e dos respectivos riscos associados, seguindo as políticas emanadas pelo Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A.. O Grupo promove a revisão periódica das políticas e dos procedimentos instituídos para a gestão dos riscos, de modo a reflectir os movimentos dos mercados, dos produtos e das melhores práticas. O Conselho de Administração é responsável pela definição das referidas políticas contando com o apoio do Órgão de Risco Corporativo, para o acompanhamento, a avaliação e a monitorização dos riscos mais significativos, nomeadamente – risco de crédito, de mercado, liquidez e operacional – e, propondo sempre que necessário, novas políticas e medidas correctivas que assegurem a prevenção e mitigação dos mesmos. 6 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Ainda, e ao nível do centro corporativo, o Órgão de Compliance Corporativo assiste, igualmente, o Conselho de Administração, na avaliação e monitorização de outros riscos, igualmente relevantes, essencialmente o risco de compliance e reputacional. Em termos de estruturas de suporte à gestão dos riscos, existem outros Órgãos que assumem um papel importante na área de gestão e controlo dos riscos do Grupo, nomeadamente o Comité de Gestão de Activos e Passivos (ALCO – Assets and Liabilities Committee): é um Órgão consultivo do Grupo que assiste o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A na gestão estratégica das principais massas de balanço e, bem assim, na gestão do risco estrutural do Grupo. O ALCO reúne-se com uma periodicidade trimestral e, no desempenho das suas funções analisa a informação macro-económica do país e das principais economias regionais de forma a antecipar impactos na exposição ao risco e na actividade financeira do Grupo. Analisa também a evolução do balanço consolidado do Grupo e de cada uma das suas principais subsidiárias, quer em termos de saldos de crédito e recursos de clientes quer de margens, disponibilizando ao Conselho de Administração do Grupo os elementos necessários para a definição dos objectivos estratégicos comerciais (captação de recursos, concessão de crédito e políticas de investimento financeiro), de gestão da estrutura de capital e respectivos prazos, e pricing/margens. 7 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 O Grupo mantém a sua estrutura corporativa em pleno exercício de funções ao nível da Banif S.G.P.S, S.A., como segue: Com efeito, a Banif S.G.P.S., S.A. exerce, no contexto do Centro Corporativo, funções executivas enquanto “Empresa-Mãe” do Grupo. O Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A. constitui-se assim, como Órgão Executivo do Grupo, com uma organização e funcionamento definidos, sustentando a sua actuação num modelo interventivo na supervisão dos negócios e na definição de estratégias transversais ao Grupo. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A., a gestão das funções corporativas onde o Risco Corporativo e o Compliance Corporativo se englobam. A função de Risco Corporativo tem como principal missão assessorar o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A. na gestão integrada dos riscos inerentes à actividade financeira do Banif – Grupo Financeiro, em adequação com as exigências e recomendações das Entidades Supervisoras, promovendo a sua mitigação e incorporação na tomada de decisão. A definição de políticas de riscos globais e estruturantes, a promoção e o desenvolvimento de projectos de risco de natureza transversal do Grupo, fazem igualmente parte das atribuições do Risco Corporativo. 8 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 A função de gestão de riscos de âmbito corporativo é exercida com autonomia e liberdade, tendo acesso à informação solicitada às Entidades do Grupo, possibilitando assim um adequado desempenho das suas competências, de acordo com o seguinte modelo de funcionamento e relacionamento: Conselho de Administração Banif S.G.P.S., S.A. Reporte Hierárquico Reporte Orgânico Função Corporativa Órgão de Administração de empresa do Grupo Reporte Funcional Unidade orgânica homóloga Reporte Hierárquico No que respeita às suas atribuições, o Risco Corporativo desenvolve diversas actividades entre as quais se destacam: i) assessorar o Conselho de Administração em matérias relacionadas com o controlo dos riscos do Grupo, nomeadamente propondo políticas, homogeneizando princípios, metodologias e procedimentos, com actuação sobre as estruturas de gestão de riscos do Grupo e ii) actuar como coordenador das actividades do Grupo na área de Gestão dos Riscos identificando, avaliando, acompanhando e promovendo a gestão global dos riscos. As principais Entidades financeiras do Grupo dispõem de órgãos dedicados à gestão dos riscos que actuam de forma independente das áreas funcionais que os geram, assegurando o princípio da segregação de funções e de independência. Em termos dos diversos riscos inerentes à actividade financeira do Grupo, a respectiva gestão é definida de acordo com políticas e procedimentos que concorrem para as quatro fases do ciclo de gestão dos riscos (Identificação, Medição, Monitorização e Gestão), e bem assim para o seu controlo. 9 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Risco de Crédito O risco de crédito advém de todas as transacções que se consubstanciam em direitos efectivos ou potenciais sobre uma determinada contraparte. Este é, normalmente, o principal risco enfrentado pelas Instituições Financeiras e está associado à probabilidade do não recebimento desse direito, ou seja, da existência de incumprimento. A gestão deste risco é efectuada de forma prudente e assenta num conjunto de políticas que orientam toda a actividade do ciclo de vida do crédito. Essas políticas e orientações são estabelecidas em função das estratégias de negócio do clima económico e social e são ajustadas e revistas sempre que tal se mostre necessário. A actividade de concessão de crédito é desenvolvida e assente em Regulamentos e Normativos que regulam a actividade e que estabelecem com clareza a delegação de competências, quer em valor, quer em rendibilidade, em função do risco implícito dos clientes e das operações. Os normativos são de aplicação genérica e específica, porquanto incluem regulamentos aplicáveis a cada uma das áreas de negócio e às suas redes de comercialização, assim como as regras de preparação, análise e seguimento do crédito concedido aos clientes. Para além dos normativos, a concessão de crédito é suportada pela avaliação e classificação do risco dos clientes com o auxílio de modelos internos de Scoring e de Rating e na avaliação do nível de cobertura dos colaterais das operações, desenvolvidos para os principais segmentos de negócio com o objectivo de dotar o Grupo, e em particular as suas principais unidades de negócio, de ferramentas de suporte à decisão que lhes permitam, desde já, uma melhor aproximação à probabilidade de incumprimento dos clientes e operações e, no futuro, de adoptar metodologias mais avançadas, designadamente no que se refere aos requisitos de capital, no âmbito de Basileia II. Por outro lado, o Grupo dispõe de um sistema aplicacional que permite identificar e classificar os clientes com sinais de degradação da sua capacidade creditícia em diferentes layers. Este sistema veio alavancar o processo de concessão de crédito no Grupo, bem como, proporcionar melhorias na gestão preventiva do incumprimento. O Grupo promove a monitorização contínua do risco de crédito, pela avaliação regular da estrutura global do crédito concedido e de um conjunto de operações consideradas significativas. Regularmente são monitorizadas e avaliadas face aos limites estabelecidos ao nível das diferentes dimensões: produto, área geográfica, tipo de cliente, canais de distribuição, sector de actividade, colateral associado, rating, 10 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 principais exposições em situação normal e em incumprimento, divisa, intervalo de exposição, cobertura por colaterais, consumo de capital, entre outros. Com a preparação regular de indicadores da qualidade do crédito e das respectivas carteiras, é avaliada a eficácia das políticas instituídas e a rendibilidade ajustada ao risco, o que possibilita a aplicação de medidas correctivas, sempre que tal se justifique. Relativamente à concentração do risco, o Grupo dispõe de um conjunto de métricas internas que permitem acompanhar os índices de concentração, nomeadamente ao nível dos grupos económicos, sectores de actividade, regiões geográficas, entre outros. Os indicadores permitem o controlo e o reporte adequado das exigências regulamentares nesta matéria (vide também Anexo V - A - Risco de Concentração). O acompanhamento dos clientes que apresentam sinais de alerta, crédito em incumprimento ou que estão em recuperação, é assegurado com base em modelos organizativos, processos e prazos que privilegiam uma celeridade de actuação, diferenciados em função dos respectivos segmentos de negócio. A gestão da recuperação de crédito é assegurada numa óptica de cliente, e assenta na função de “Recuperador de Crédito” enquanto elemento responsável pela liderança do processo e da coordenação, no que se refere, ao envolvimento dos restantes intervenientes que devam participar e concorrer para o seu desempenho. Os clientes do segmento Retalho em recuperação são geridos com base em estruturas centralizadas, transitando entre as diferentes fases e equipas de acordo com prazos pré-definidos, que asseguram a sua gestão com base em procedimentos uniformizados, que variam em função da natureza dos clientes e dos créditos e garantias associadas. Os clientes do segmento Empresas em recuperação são geridos por núcleos de recuperação, em função da sua proveniência geográfica. A sua transferência para essas estruturas processa-se mediante decisão das Unidades de Negócio, sob a supervisão de um Órgão superior. Os clientes transferidos para recuperação são objecto de acompanhamento e recuperação com base em estratégias definidas numa óptica casuística que privilegiam, sempre que possível, a via negocial. Risco de Mercado Ao nível do Banif – Grupo Financeiro, o risco de mercado decorre essencialmente das exposições em títulos detidos nas carteiras de negociação das várias subsidiárias, não sendo política do Grupo a realização de trading de derivados. Em regra, os derivados contratados têm como objectivo a cobertura 11 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 económica de posições, principalmente de operações originadas para clientes, através da realização de operações simétricas com outras contrapartes que anulam o risco de mercado entre si e, ainda, de cobertura de riscos da carteira própria e dos veículos de securitização do Grupo. Assim, tendo em conta os negócios onde opera, os principais riscos de mercado a que o Banif – Grupo Financeiro se encontra exposto são os resultantes das variações de taxa de juro, de taxa de câmbio e das cotações de mercado subjacentes aos títulos. A gestão do risco de mercado no Grupo é desenvolvida com o apoio da ferramenta o BarraOne. Este sistema permite analisar o risco das carteiras desagregado pelos vários factores explicativos do risco, nomeadamente entre as componentes de risco específico e risco global (ou de mercado), o qual por sua vez é desagregado em diversos constituintes. O risco total leva em consideração a correlação entre os activos, quer ao nível de topo, quer nos diversos níveis de desagregação do risco. O BarraOne tem como metodologia um sistema Multi-Factor, baseado em fundamentais que incluem características económicas intuitivas na escolha de temas/factores baseados em dados do mercado, de estimação do risco com o objectivo de gestão de risco numa perspectiva forward-looking. O diagrama abaixo sintetiza a forma como o BarraOne desagrega o risco, realizando uma análise de sensibilidade para cada um dos itens aplicáveis à carteira. RISCO TOTAL Risco de Mercado Local Risco Cambial Impacto Correlação Risco Global (Factores Comuns) Risco Específico Impacto Correlação Acções Obrigações Mercados Emergentes Risco Específico Impacto Correlação 12 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 O cálculo do VaR é assim decomposto pelos seguintes factores: Risco Cambial - componente de VaR atribuível ao de risco moeda, explícito e implícito, nomeadamente através de investimento indirecto. Devido à extrema sensibilidade deste factor o modelo utiliza como histórico apenas as últimas 17 semanas de dados. Risco de Mercado Local – componente de VaR atribuível ao risco de mercado, excluindo o risco cambial. O risco para cada mercado é decomposto em 3 componentes: risco global, risco específico, e correlação. • Risco Global: consiste no risco explicado por factores comuns de mercado, que inclui risco de indústria, estilo, taxa de juro, spread, mercados emergentes e hedge funds, commodities. Analisa o risco da carteira que advém da sua exposição aos factores específicos de cada mercado/modelo. • Acções: cada activo é classificado no sector onde melhor se enquadra (de acordo com a metodologia do BarraOne), sendo assim calculado a componente do VaR que é explicada pelo sector. Além disso, o modelo captura o risco que deriva do facto do activo: i) deter uma grande capitalização ou uma pequena capitalização; ii) expectativa de crescimento elevado versus avaliações mais baixas; iii) padrão de volatilidade de longo e de curto prazo; • Obrigações: os activos são analisados em duas vertentes: i) taxa de juro (yield curve), que inclui o risco que decorre das alterações da inclinação da curva de rendimentos e da curvatura (twist ou butterfly) e ii) spread, que analisa a diferença entre a curva swap e a curva de dívida pública, e eventos de crédito, calculando a respectiva alocação de VaR. • Mercados Emergentes: mede o risco adicional pelo facto do emitente ser de um país emergente ou pelo facto do activo ter sido emitido num país emergente. Risco Específico – o risco que não é explicado pelos factores comuns, isto é, risco único exclusivo a cada activo e, por isso, diversificável. Este modelo conjuga a estimativa do nível médio de risco específico com valor de risco específico face às características fundamentais do activo. De referir que as instituições do Banif – Grupo Financeiro a operar no Brasil, nomeadamente a unidade de banca de investimento, Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. e a unidade de banca comercial, Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A., possuem um sistema próprio de controlo e gestão de risco de mercado, utilizado igualmente com objectivos de reporte prudencial, de acordo com as regras da Entidade de Supervisão, o Banco Central do Brasil (BACEN). 13 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Em termos regulamentares, o Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. não procede à distinção entre carteira bancária e de negociação, procedendo ao cálculo do VaR para a totalidade das posições. O sistema utilizado é uma importante ferramenta de suporte à gestão e controlo dos riscos destas duas instituições, sendo uma referência no mercado financeiro brasileiro, utilizado pelos principais bancos deste país, permitindo o controlo de limites, testes de aderência e testes de esforço, elaboração de relatórios para a gestão e reporte ao BACEN. O diagrama abaixo sintetiza a forma como o sistema desagrega o risco para o cálculo do VaR. RISCO TOTAL Risco Cambial Acções Derivados Fundos Obrigações Commodities Impacto Correlação Risco de Taxa de Juro O risco de taxa de juro é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes de movimentos adversos nas taxas de juro. Neste caso, é avaliado o risco de taxa de juro numa perspectiva de médio/longo prazo, ao nível da carteira bancária que permita avaliar a exposição do Grupo a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas nas taxas a que se encontra exposto. A análise de risco de taxa de juro é efectuada em base periódica e, depende dos períodos de repricing dos activos e dos passivos. A quantificação do risco de taxa de juro é efectuada através da metodologia prevista na Instrução n.º 19/2005 do Banco de Portugal e é processada através da multiplicação da posição líquida dos elementos registados na carteira de negociação (incluindo extrapatrimoniais), de cada banda temporal, por um factor de ponderação. Para o cálculo da posição ponderada total, é utilizada a framework da Instrução n.º 19/2005 do Banco de Portugal. A análise de sensibilidade do risco de taxa de juro dos instrumentos financeiros considera um choque standard positivo ou negativo de 200 p.b. na taxa de juro, e respectivo impacto na situação líquida e na margem financeira (a 12 meses). Contudo, o Grupo determina o impacto nos seus indicadores aplicando outras magnitudes de choque. 14 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Risco de Liquidez O risco de liquidez advém da incapacidade potencial do Banif - Grupo Financeiro financiar o seu activo, satisfazendo as responsabilidades exigidas nas datas devidas, da manifestação de dificuldades potenciais na liquidação de posições em carteira sem incorrer em perdas exageradas e no acesso ao financiamento com spreads em condições normais de mercado. A avaliação do risco de liquidez no Grupo é efectuada com recurso a um conjunto de métricas internas e regulamentares que inclui a categorização dos activos e passivos de acordo com a natureza dos instrumentos e os respectivos mercados de transacção, tendo em conta os diferentes horizontes temporais. O Grupo acompanha de forma apertada a sua situação de liquidez, não apenas pelos indicadores presentes nas disposições emanadas do Banco de Portugal, mas também pelos indicadores internos orientados para uma gestão diária eficiente, tentando manter um nível satisfatório de disponibilidades e recursos estáveis para fazer face às necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo. A evolução da posição de liquidez no Grupo é apurada regularmente, identificando-se todos os eventos que suportam as variações ocorridas. Os desvios verificados são analisados e são tomadas decisões com vista à obtenção das condições adequadas ao desenvolvimento do negócio. Este acompanhamento é reforçado por análises quantitativas e qualitativas e stress testings que permitem identificar debilidades e promover a tomada de medidas, que visam o restabelecimento da situação de liquidez, sempre que necessário. Risco Cambial O risco cambial representa as flutuações de valor que os instrumentos financeiros podem sofrer decorrente de alterações verificadas nas taxas de câmbio. O grau de exposição ao risco de conversão é tanto maior quanto maior for o volume de activos e passivos denominados em moeda estrangeira e detidos à data do balanço. O Grupo monitoriza a sua exposição ao risco cambial pelo controlo diário da exposição global das posições abertas assumidas perante as várias moedas, e adopta estratégias globais de cobertura para assegurar que essas posições se mantêm dentro dos limites definidos superiormente. Risco Operacional O risco operacional caracteriza-se como o risco que ocorre devido a falhas na análise, processamento ou liquidação das operações, de fraudes internas e externas, da actividade ser afectada devido à utilização 15 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 de recursos em regime de outsourcing, da existência de recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da inoperacionalidade das infra-estruturas. A gestão e monitorização do risco operacional no Grupo é desenvolvida por uma equipa exclusivamente dedicada ao acompanhamento e controlo deste risco. Esta equipa dispõe de meios de trabalho adequados à gestão do risco operacional, nomeadamente, de uma solução tecnológica para gestão do risco operacional, ajustada à estrutura do Grupo, e que permite a recolha, tratamento e gestão de eventos e perdas desta natureza. As Entidades do Grupo estão orientadas para a identificação de situações de risco e respectiva mitigação, que sem prejuízo da responsabilização de toda a organização, assentam no contributo dos Gestores de Risco Operacional, distribuídos pelas diversas direcções das Entidades do Grupo. Relativamente ao modelo de gestão de risco operacional adoptado pelo Grupo, é de salientar que o Risco Corporativo assume um papel de supervisão, validação e coordenação da informação recebida das várias Entidades, bem como de apoio a todas as necessidades de formação relevantes. A informação recebida das principais Entidades do Grupo no que respeita a eventos de risco operacional é incorporada numa base de dados que, dada à sistematização do processo, permite avaliar a sua distribuição por categorias de risco e por linhas de negócio, possibilitando a determinação da frequência e severidade dos referidos eventos. Em face da análise efectuada aos dados, o Risco Corporativo promove as acções correctivas adequadas à prevenção e mitigação dos riscos ocorridos. Risco de Contingência Com o objectivo de garantir o funcionamento contínuo do negócio, o Banif - Grupo Financeiro dispõe de um Plano de Continuidade de Negócio apoiado em Planos de Continuidade individuais, que respeitam as imposições e recomendações regulamentares e que se encontram ajustados às condições de mercado. Considerando a dispersão geográfica do Grupo e o elevado número de actividades e áreas de negócio, o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A., aprovou em 2010, um framework, para a continuidade de negócio cujo objectivo visa garantir a coerência e uniformidade de procedimentos na abordagem à crise e ao desastre, promovendo a adopção de uma política de continuidade consistente, com os níveis de resiliência legalmente recomendados e com as melhores práticas nesta área. Assim, independentemente do esforço continuado que cada Entidade do Grupo tem vindo a desenvolver neste sentido, a implementação e adequação global do referido framework irá permitir uma resposta eficaz e coerente, em caso de desastre, aos seus requisitos de negócio e aos requisitos das Entidades de Supervisão, nacionais e internacionais. 16 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Risco de Negócio e de Estratégia O risco de negócio caracteriza-se como o risco que ocorre devido à inadequada diversificação dos resultados ou devido à incapacidade de adaptação a um novo ambiente competitivo de modo a obter um nível permanente e suficiente de rentabilidade, cumprindo com o planeamento de negócio estabelecido. O risco de estratégia caracteriza-se como o risco que ocorre devido a decisões estratégicas inadequadas, da deficiente implementação das decisões ou da incapacidade de resposta a alterações no meio envolvente, bem como de alterações no ambiente de negócios da Instituição. A metodologia seguida pelo Grupo para a quantificação do risco de negócio consiste na análise à volatilidade do indicador Earnings at Risk (EaR). Esta metodologia assenta, por sua vez, na elaboração de um assessment qualitativo, no que se refere à probabilidade de concretização dos objectivos estratégicos do Grupo face à actual conjuntura e, aos controlos implementados, procurando captar o impacto da estratégia na execução do negócio e o seu impacto nos resultados, quantificando-se também o seu risco para efeitos de cálculo de Capital Económico. Risco Imobiliário O risco imobiliário representa o impacto nos resultados ou no capital de uma variação nos preços de mercado dos imóveis, não considerados como de usufruto próprio do Grupo Banif. A quantificação deste risco é efectuada através da metodologia VaR (Value-at-Risk) sobre a exposição do Grupo em imóveis e a Fundos de Investimento Imobiliário. Este risco também é sujeito a testes de stress que permitem aferir os impactos de desvalorização. Risco de Concentração O risco de concentração resulta da capacidade potencial de uma determinada exposição ou de um grupo de exposições provocarem perdas suficientemente grandes, decorrente de uma diversificação inadequada. Com efeito, o Grupo considera que a concentração de riscos constitui um dos factores potenciais de perda a que uma instituição financeira se encontra sujeita. Por outro lado, considera que o risco de concentração não está apenas associado ao risco de crédito, mas antes, que o efeito de uma excessiva concentração pode manifestar-se em outros riscos, nomeadamente nos riscos de liquidez e risco operacional. O Grupo dispõe de limites para os principais indicadores de concentração. 17 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 A informação mais detalhada sobre a política de gestão do risco de concentração seguida pelo Grupo e, bem assim, as abordagens adoptadas na sua avaliação e os factores de risco considerados na análise encontram-se divulgados no capítulo V – A – II - Risco de Concentração. Risco dos Sistemas de informação O risco dos sistemas de informação caracteriza-se como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, em resultado do funcionamento deficiente e da gestão inadequada dos sistemas de informação. O sistema de controlo interno implementado no Grupo considera o risco dos sistemas de informação como um dos riscos com maior criticidade, porquanto os sistemas de informação desempenham um papel fundamental ao nível da informação de suporte ao negócio, bem como a todas as actividades de apoio à gestão. A gestão dos sistemas de informação é assegurada no Grupo Banif por uma Entidade do Grupo que em base rotineira zela pela integridade dos dados e pela adaptabilidade dos sistemas de informação a novas necessidades, para as principais Entidades. Em base periódica, o controlo interno promove trabalhos de verificação dos controlos garantindo a adequabilidade dos processos instituídos. Risco de Compliance O risco de compliance caracteriza-se como o risco que ocorre devido a violações ou desconformidades relativamente às leis, regulamentos, contratos, códigos de conduta, práticas instituídas ou princípios éticos. Pode traduzir-se em sanções de carácter legal ou regulamentar, na limitação das oportunidades de negócio, na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de obrigações contratuais. O risco de reputação caracteriza-se como o risco que ocorre devido a uma percepção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por parte de clientes, fornecedores, analistas financeiros, colaboradores, investidores, órgãos de imprensa ou pela opinião pública em geral. O Grupo assume a Função Compliance/Reputação como parte indissociável das actividades de negócio que desenvolve, perfilando-a como um elemento integrante da sua cultura. Os conceitos são transversais a todo o Grupo, sendo exigidos a todos os seus colaboradores padrões de conduta que assegurem o estrito cumprimento de todos os normativos internos e externos aplicáveis às actividades que 18 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 desenvolvem e elevados padrões de ética de forma a manter a confiança dos seus clientes e demais Entidades com as quais se relaciona. O Grupo informa, em base semestral, ao Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A. sobre matérias mais relevantes abordadas no período, tendo em conta os outputs que recebe do sistema de reporte funcional implementado entre as diversas Unidades de compliance de cada Entidade do Grupo com o Group Head of Compliance (GHC). Este reporte funcional regular, consiste num mecanismo de reporte, sob a forma de questionário trimestral, que permite ao GHC manter o Conselho de Administração da Banif S.G.P.S., S.A. devidamente informado sobre todas as matérias relevantes que englobam risco de compliance ou reputacional e, que afectam ou que podem vir a afectar no futuro, as actividades de determinadas Entidades do Grupo ou do próprio Grupo. Ao nível da monitorização do risco de compliance o Grupo efectua análises específicas, designadamente: • estima indicadores sobre Prevenção do Branqueamento de Capitais das Entidades do Grupo que elaboram Relatório de Controlo Interno Anual; • analisa os aspectos reportados pelos Compliance Officers das Unidades de compliance do Grupo. II.III - Operações de Cobertura e Factores de Redução de Risco Na sua actividade corrente o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado, nomeadamente o risco de taxa de câmbio. Como forma de monitorizar as suas operações de cobertura, o Grupo realiza periodicamente testes de efectividade das relações de cobertura existentes. À data de 31 de Dezembro de 2010, foram registados por contrapartida de Reservas de Reavaliação no montante de 1.706 milhares de Euros, correspondendo à parte efectiva de justo valor dos derivados de cobertura de cash flow. O efeito no exercício foi de 1.474 milhares de Euros. 19 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 III – Adequação de Capitais III.I – Caracterização das principais rubricas e componentes dos Fundos Próprios Os fundos próprios do Banif - Grupo Financeiro são apurados segundo as regras dos Avisos n.º 12/92, n.º 2/05 e n.º 8/08 do Banco de Portugal, bem como das Directivas n.º 2006/48/CE e Decreto-Lei n.º 104/2007. Os cálculos têm por base a informação constante das peças financeiras consolidadas do Grupo, no âmbito da Rentipar Financeira S.G.P.S, S.A. e, bem assim de informação suplementar divulgada de natureza extrapatrimonial. À data de 31 de Dezembro de 2010, os fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade ascenderam a 1.208 milhões de Euros, representando uma redução face ao ano anterior de 116 milhões de Euros. Os fundos próprios totais resultam do montante apurado de fundos próprios de base e do valor apurado de fundos próprios complementares, deduzindo ao valor obtido da soma, alguns valores que concorrem para a dedução ou abatimento do valor obtido de fundos próprios. No final do exercício de 2010, os fundos próprios de base representavam 82,5% dos fundos próprios totais. Os fundos próprios de base incluem como principais componentes e respectivas características os seguintes elementos: • ao nível dos fundos próprios de base, os mesmos são compostos pelos seguintes elementos com contributo positivo: - o capital, totalmente realizado à data; - os resultados, onde apenas são considerados os resultados transitados, se positivos; - as reservas, quer as reservas legais exigidas que representam 10% dos resultados do exercício quer as reservas de reavaliação, quer as reservas livres; - os interesses minoritários elegíveis resultantes da parte não detida nas Entidades do Grupo que consolidam pelo método integral e, os que decorrem da emissão de acções preferenciais, sendo estas sempre consideradas perpétuas e com incentivos à sua remissão; - os resultados do exercício e os resultados provisórios do exercício em curso quando positivos e após a imputação de todos os custos e impostos do período; - outros instrumentos equiparáveis a capital, neste caso, prestações acessórias de capital e valores mobiliários perpétuos subordinados com juros condicionados. 20 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 • ao nível dos fundos próprios de base, os mesmos são compostos pelos seguintes elementos com contributo negativo: - o diferencial apurado entre as provisões regulamentares e o valor total de imparidade estimada para acautelar eventuais perdas esperadas; - diferenças de reavaliação negativas de perdas não realizadas de activos financeiros disponíveis para venda; - valor de impostos diferidos activos associados a provisões para risco gerais de crédito; - custos diferidos identificados como diferenças actuariais do fundo de pensões, em excesso face o corredor definido pelo Banco de Portugal; - diferenças positivas de reavaliação - equivalência patrimonial, que corresponde ao valor do Goodwill das participações consolidadas pelo método de equivalência patrimonial; - activos intangíveis. No que respeita aos fundos próprios complementares, os principais elementos constitutivos repartem-se essencialmente por: • contribuições positivas apuradas pelo valor de correcção das diferenças de reavaliação obtidas em activos financeiros disponíveis para venda e activos fixos tangíveis, e pelo valor dos empréstimos subordinados no Grupo, quer titulados quer não titulados, com e sem vencimento determinado (designados de Lower Tier 2 e Upper Tier 2, respectivamente); • contribuições negativas apuradas, essencialmente, pelo valor das participações detidas pelo Grupo em Instituições de Crédito e elementos similares, cujas participações apresentam-se superiores a 10% ou pelo valor da participação ou de elementos similares detidos pelo Grupo, no sector segurador. Em 31 de Dezembro de 2010, a afectação ao risco de crédito e ao risco operacional num contexto de requisitos de fundos próprios, ascenderam a 91,4% e 8,3% respectivamente. Ainda, na mesma data,, o Grupo Rentipar Financeira, apresentava um rácio de solvabilidade de 9,4% face a 10,9% registado no exercício anterior, revelando um nível de solvabilidade adequado. 21 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 III.II – Adequação do Capital Interno – cálculo do Capital Económico No âmbito do Pilar II de Basileia e, no sentido de aferir sobre a adequabilidade do capital interno em absorver perdas potenciais futuras, assegurando simultaneamente o cumprimento dos requisitos regulamentares estabelecido pela Instrução nº. 15/2007 do Banco de Portugal, o Banif – Grupo Financeiro procedeu à revisão do modelo de gestão de capital económico por forma a garantir a manutenção da adequabilidade da ligação entre o nível de tolerância ao risco do Grupo e as suas necessidades de capital. Na revisão do exercício de ICAAP (Internal Capital Adequacy Assessment Process) para 2010, o Grupo promoveu o processo de revisão da identificação dos riscos relevantes (matrizes de risco individuais das sociedades) e emergentes, com o propósito de identificar e incorporar eventuais evoluções nas notações de risco atribuídas. Assim, cada Entidade procedeu a uma análise interna com o objectivo de identificar as suas áreas funcionais específicas, atribuindo uma notação qualitativa relativamente ao peso de cada uma dessas áreas e a exposição das mesmas a diferentes tipologias de risco. Após o exercício de actualização das matrizes individuais, foi construída uma matriz de Grupo considerando a informação reflectida nas matrizes individuais, consolidando assim, as tipologias de risco ao nível das diferentes Entidades, reconhecendo para o efeito, a ponderação das mesmas face ao activo e resultados consolidados do Banif – Grupo Financeiro, tendo-se atribuído notações de risco para cada uma das tipologias. Como complemento, foram analisadas outras tipologias de risco a que Grupo se encontra exposto, que considerando a sua relevância e materialidade, foram também alvo de quantificação. 22 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 A matriz de riscos final definida para o Grupo no exercício em análise é apresentada como segue: Grupo Banif Previsto no MAR Risco MAR Adicional TIPOLOGIAS DE RISCO ICAAP Tipologias adicionais de risco Designação Notação Qualitativa CRÉDITO E MERCADO R TAXA DE JURO E TAXA DE CÂMBIO R OPERACIONAL M SISTEMAS DE INFORMAÇÃO M ESTRATÉGIA E COMPLIANCE M REPUTAÇÃO E LIQUIDEZ E RISCO DE EQUITY R RISCO IMOBILIÁRIO M RISCO DE CONTRAPARTE R RISCO DE MODELOS R RISCO DE CONCENTRAÇÃO E RISCO DE NEGÓCIO M FUNDO DE PENSÕES R RISCO DE SECURITIZAÇÃO R RISCO DE SPREAD DE OBRIGAÇÕES M RISCO DE PAÍS M Legenda: E Risco Elevado M Risco Médio R Risco Reduzido O Grupo considera o exercício de identificação dos riscos, periódico e dinâmico com perspectivas de evolução ao longo do tempo, levando a eventuais alterações na relevância e aparecimento de riscos emergentes. Os modelos de quantificação aplicados às tipologias de risco identificadas, consideram os princípios definidos no Acordo de Basileia, onde se prevê a modelização e avaliação dos riscos, baseada em modelos matemático – estatísticos, no caso dos riscos de índole financeira ou através do recurso a um exercício de qualitative assessment, no caso dos riscos não financeiros. Para as tipologias de risco consideradas relevantes para efeitos de ICAAP, foram consideradas diferentes abordagens de quantificação, sobre as quais se procedeu à análise e selecção das abordagens mais adequadas face ao grau de sofisticação das metodologias actuais de gestão de riscos e existência de informação de base. 23 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Os modelos utilizados na quantificação dos diversos tipos de risco identificados no Grupo foram os seguintes: Risco Operacional Parâmetros Regulamentares Risco de Crédito + Risco Sist. Infor. Indicador Básico + Parâmetros do Modelo de Imparidade Risco Compliance + Qualitative Assessment Risco Reputação Risco de Liquidez Cenários de Esforço Risco Imobiliário VaR Risco de Taxa Juro Mapa de Instrução Regulamentar com adaptações Risco Negócio EaR: earnings volatility Risco de Taxa Câmbio VaR + Risco Estratégia Qualitative Assessment Risco Concentração Factor por Índice de Concentração VaR Risco de Spread das Risco País Parâmetros do Modelo de Imparidade Obrigações VaR O cálculo do capital económico associado aos riscos materiais identificados, foi realizado tendo em conta o intervalo de confiança de 99,93%, traduzindo na manutenção do elevado nível de exigência do Grupo no que concerne à quantificação dos riscos. O processo de quantificação das diferentes tipologias de risco no Banif – Grupo Financeiro foi estimado com recurso à ferramenta de cálculo interna do Grupo – EcoCap Tool, que sistematiza os pressupostos, passos metodológicos e por fim, efectua a calculatória para a obtenção dos resultados. 24 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Os resultados obtidos no exercício de quantificação para 2010 são apresentados na tabela seguinte: Unidade: Milhares de Euros Quantificação de Risco Variação (I.C. a 99,93%) ECAP 2010 vs 2009 Risco de Crédito 669.534 (14.764) Risco de Liquidez 118.585 5.908 Risco de Negócio e Estratégia 113.883 22.599 100.491 9.361 Risco de Concentração 91.906 50.826 Risco de Spread de Obrigações 77.853 77.853 Risco Imobiliário 75.245 29.494 Risco de Taxa de Juro 68.541 15.617 Risco de Taxa de Câmbio 58.626 (49.745) Tipologia de Risco Risco Operacional Risco de Sistemas de Informação Risco de Compliance Risco de Reputação Risco País 4.063 4.063 Risco Total (sem efeito de diversificação) 1.378.727 151.212 Efeito de Diversificação (benchmark 18%) 248.171 Risco Total (com efeito de diversificação) 1.130.556 Face à análise aos resultados obtidos, importa referir que as tipologias de risco com maior relevância e impacto para o Banif – Grupo Financeiro são: o Risco de Crédito, Risco de Liquidez, Risco de Negócio e Estratégia. Estas três tipologias de risco representam em agregado cerca de 65% do total do capital económico. Na definição do impacto global dos cenários de esforço sobre o nível de capital económico e, consequente avaliação sobre a adequação do capital interno para acomodar o seu impacto, o Banif – Grupo Financeiro optou por uma abordagem que envolveu a identificação dos principais factores de risco associados a cada uma das tipologias de risco identificadas como materiais, e sujeitas a quantificação. Após a quantificação dos riscos materiais, o Grupo procedeu à avaliação dos recursos financeiros disponíveis, com recurso a um modelo interno implementado para o efeito, o modelo de Risk Taking Capacity, de forma a garantir a adequação dos níveis de capital e recursos financeiros existentes para fazer face aos riscos actuais e a assumir no futuro, sem que tal afecte a solvabilidade do Grupo e os seus objectivos estratégicos. Para a aferição dos recursos, foram consideradas duas perspectivas complementares: (i) perspectiva de gestão corrente e (ii) perspectiva de liquidação. Estas perspectivas agrupam e hierarquizam diferentes 25 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 componentes de capital que se encontram disponíveis, para fazer face a diferentes cenários de perdas, respectivas severidades e consequentes impactos na solvabilidade. No processo de determinação do Risk Taking Capacity o Grupo procedeu a uma classificação dos diferentes recursos financeiros, de acordo com a sua acessibilidade, liquidez, utilização e respectiva repercussão no mercado (efeito reputacional), protecção dos accionistas e elegibilidade por parte das Entidades de Supervisão. A metodologia utilizada no modelo de Risk Taking Capacity assenta na captação da visão económica associada a cada elemento passível de constituir uma fonte de capital interno, assim como a categorização em perspectivas de cobertura do capital (Gestão Corrente vs Liquidação) e hierarquização por níveis de segurança. A hierarquização dos recursos financeiros disponíveis, facilita a interpretação e implementação da estratégia em termos da sua política de adequação de capital e perfil de risco assumido. No modelo de Risk Taking Capacity os recursos financeiros disponíveis são discriminados, agrupados por quatro níveis de segurança, sendo a contribuição para o nível de capital interno do Grupo, a seguinte: Risk Taking Capacity 2010 ∆ ∆ Nível 1 : Estimativas de Resultados 78.100 +11,6% Nível22:: FP FPFacilmente FacilmenteAcessíveis Acessíveis Nível 190.280 -35,4% Nível 3 : Reservas de Capital 862.008 +8% Nível 4 : Instrumentos de Dívida 309.877 -2% 1.440.265 -2,6% Ní veis de Segurança Elevado Liquidação Reduzido Gestão Corrente Níveis de Segurança Total RTC Do crescente alinhamento entre a estratégia de negócio e a estratégia de risco, resulta a definição de um nível de apetite ao risco, ao qual está associado uma expectativa de retorno dos accionistas. Desta forma, após o processo de quantificação dos riscos e recursos financeiros disponíveis, resulta um conjunto de acções de adequação de capital interno, entre os quais se encontra a alocação de capital económico pelas Entidades do Grupo e as suas áreas de negócio. 26 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 O Banif – Grupo Financeiro entende que a alocação de capital interno consiste num elemento essencial no reforço da estratégia de risco, na consolidação do processo de ICAAP e na sua gestão diária. O capital interno alocado corresponde ao Risk Taking Capacity do Banif – Grupo Financeiro e encontra-se desagregado no Capital Económico calculado e num buffer de capital alocado ao Grupo. O critério de alocação de capital a cada Entidade encontra-se baseado num indicador de alocação que tem em consideração o peso de cada Entidade no Banif – Grupo Financeiro e a sua contribuição para o perfil de risco do Grupo. A Banif S.G.P.S, S.A. foi considerada para efeitos de alocação do buffer adicional de capital, que poderá servir para fazer face a riscos não quantificados, no entanto identificados no exercício MAR e testes de esforço. O capital interno alocado distribui-se pelas seguintes áreas de negócio do Banif – Grupo Financeiro da seguinte forma: 23% INVESTIMENTO CRÉDITO ESPECIALIZADO 17% RETALHO E COMERCIAL 60% 27 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No que concerne à divulgação de informação quantitativa, os fundos próprios consolidados, em 31 de Dezembro de 2010 comparativamente ao exercício anterior, apresentam os seguintes valores: ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 1 2010 2009 1.207.929 1.323.666 1.031.995 995.854 155.000 115.000 45.000 45.000 1.1.1.2. (-) Acções Próprias - - 1.1.1.3. Prémios de emissão - - 110.000 70.000 1. Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade (=Σ(1.1 a 1.5)) 1.1. Fundos próprios de base (=Σ(1.1.1 a 1.1.5)) 1.1.1 Capital Elegível (=Σ(1.1.1.1 a 1.1.1.4)) 1.1.1.1. Capital realizado 1.1.1.4. Outros instrumentos equiparáveis a capital 1.1.2 Reservas e resultados elegíveis (=Σ(1.1.2.1 a 1.1.2.5)) 1.050.996 1.052.394 1.1.2.1. Reservas 453.453 375.824 1.1.2.2. Interesses minoritários elegíveis 588.205 676.883 1.1.2.3. Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso 1.1.2.4. (-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizados 1.1.2.5. Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base 1.1.3 Fundo para riscos bancários gerais 1.1.4 Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base (1.1.4.1+1.1.4.2) 1.1.4.1. Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo) 1.1.4.2. Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base 1.1.5 (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (=Σ(1.1.5.1 a 1.1.5.3)) 1.1.5.1. (-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis 1.1.5.2. (-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluídos nos fundos próprios de base 1.1.5.3. (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base 1.2. Fundos próprios complementares (1.2.1 a 1.2.3) 12.982 - - - (3.644) (313) - - 3.596 5.030 3.596 5.030 - - 177.597 176.570 21.539 26.248 - - 156.058 150.322 265.704 401.513 1.2.1. Fundos próprios complementares - Upper Tier 2 53.331 148.566 1.2.2. Fundos próprios complementares - Lower Tier 2 212.373 252.947 1.2.3. (-) Deduções aos fundos próprios complementares - - 71.442 59.398 1.3a. Das quais: (-) aos fundos próprios de base 35.721 29.699 1.3b. Das quais: (-) aos fundos próprios complementares 35.721 29.699 18.328 14.303 - - 1.3. Deduções aos Fundos próprios de base e complementares 1.4. Deduções aos fundos próprios totais 1.5. Fundos próprios suplementares totais disponíveis para cobertura de risco de mercado 1.6 Por memória 1.6.1. (+) Excesso / (-) Insuficiência de provisões nas posições ponderadas pelo risco através do método das Notações Internas - - 1.6.1.1. Montante de provisões no método das Notações Internas - - 1.6.1.2. (-) Perdas esperadas determinadas no método das Notações Internas - - 1.6.2. Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios - - 1.6.3. Requisito mínimo de capital social - - 1.207.929 1.323.666 1.6.4. Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes riscos Unidade: Milhares de Euros 28 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Para efeitos de requisitos de fundos próprios, os valores por tipologia de risco, em 31 de Dezembro de 2010 face ao exercício anterior, são como seguem: ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 2 2010 2. Requisitos de Fundos Próprios (=Σ(2.1 a 2.6)) 2009 1.026.595 972.225 2.1. Para risco de crédito, risco de crédito de contraparte, risco de redução dos valores a receber e risco de entrega (2.1.1 938.177 + 2.1.2) 2.1.1. Método Padrão (2.1.1.1 + 2.1.1.2) 888.372 938.177 888.372 933.177 879.531 2.1.1.1.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou bancos centrais 9.451 8.893 2.1.1.1.2. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações regionais ou autoridades locais 7.363 2.569 2.1.1.1.3. Créditos ou créditos condicionais sobre organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 6.941 702 2.1.1.1.4. Créditos ou créditos condicionais sobre bancos multilaterais de desenvolvimento - - 2.1.1.1.5. Créditos ou créditos condicionais sobre organizações internacionais - - 33.693 17.776 2.1.1.1.7. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas 361.679 364.598 2.1.1.1.8. Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho 171.091 168.787 2.1.1.1.9. Créditos ou créditos condicionais com garantia de bens imóveis 123.643 122.973 82.929 73.554 2.1.1.1.11. Elementos pertencentes a categorias regulamentares de risco elevado - - 2.1.1.1.12. Créditos sobre a forma de obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público - - 27.163 20.110 109.224 99.569 5.000 8.841 - - 2.1.2.1. Quando não são utilizadas estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão - - 2.1.2.1.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou bancos centrais - - 2.1.2.1.2. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições - - 2.1.2.1.3. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - - - - 2.1.2.2.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou bancos centrais - - 2.1.2.2.2. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições - - 2.1.2.2.3. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - - 2.1.2.2.4. Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho - - 2.1.2.3. Créditos sobre acções - - 2.1.2.4. Posições de titularização - - 2.1.2.5. Outros activos que não sejam obrigações de crédito - - - - 2.1.1.1. Classes de risco do Método Padrão, excluindo posições de titularização 2.1.1.1.6. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições 2.1.1.1.10. Elementos Vencidos 2.1.1.1.13. Créditos sobre a forma de organismos de investimento colectivo (OIC) 2.1.1.1.14. Outros Elementos 2.1.1.2. Posições de titularização no método padrão 2.1.2. Método das Notações Internas (=Σ(2.1.2.1 a 2.1.2.5)) 2.1.2.2. Quando são utilizadas estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão 2.2. Risco de liquidação 2.3. Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos sobre mercadorias (2.3.1 + 2.3.2) 2.987 6.570 2.3.1. Método Padrão (2.3.1.1 a 2.3.1.4) 2.987 6.570 2.3.1.1. Instrumentos de dívida 2.983 4.417 2.3.1.2. Títulos de capital 4 7 2.3.1.3. Riscos cambiais - 2.146 2.3.1.4. Riscos sobre mercadorias - - 2.3.2. Método dos Modelos Internos 2.4. Requisitos de fundos próprios para risco operacional (=Σ(2.4.1 a 2.4.3)) 2.4.1. Método do Indicador Básico - - 85.431 77.283 85.431 77.283 2.4.2. Método Standard - - 2.4.3. Métodos de Medição Avançada - - 2.5. Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas - - 2.6. Requisitos transitórios de fundos próprios e outros requisitos de fundos próprios - Unidade: Milhares de Euros Ao nível de adequação de capitais, o Grupo apresentou, no exercício findo em 2010, um excesso de fundos próprios de: ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 3 Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios Rácio de Solvabilidade (%) Adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro 2010 2009 181.334 351.440 9,4% 10,9% - Unidade: Milhares de Euros 29 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 IV – Risco de Crédito de Contraparte O risco de crédito de contraparte é entendido como o risco de não cumprimento por parte de determinada contraparte de uma operação antes da sua liquidação final. O Grupo quantifica risco de crédito de contraparte nas operações de recompra, contracção ou concessão de empréstimos de valores mobiliários ou de mercadorias, operações de liquidação longa e operações de concessão de empréstimos com imposição de margem, assim como nas operações com instrumentos derivados, sendo estes considerados para efeitos de requisitos prudenciais de capital. O risco de crédito em associação com a probabilidade de incumprimento do cliente ou contraparte em cumprir os seus compromissos perante o Grupo, constitui um dos riscos mais relevantes a que encontra exposta a actividade do Banif - Grupo Financeiro. Ao nível do risco de crédito de contraparte, são especialmente acompanhados os limites dos grandes riscos, considerando a existência de limites definidos para efeitos de exposição ao mercado monetário. No crédito a empresas, são definidos limites de exposição em função da análise de risco de crédito e notação de rating, submetidas a aprovação superior. Este tipo de risco está localizado nomeadamente em transacções que envolvam instrumentos derivados nos quais a contraparte está sujeita a variações de mercado. O Grupo efectua o controlo diário das suas posições líquidas e avalia as probabilidades de exposições futuras das operações sobre as quais possa existir risco de contraparte. A exposição ao risco de contraparte faz parte integrante dos limites gerais de crédito concedido aos clientes. Para efeitos prudenciais, o valor em risco das operações é determinado pelo método de avaliação “mark- to-market”, nos termos estabelecidos na parte 3 do Anexo V do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. Para efeitos de redução do risco de crédito de contraparte o Grupo segue o método integral sobre cauções financeiras, nos termos previstos no Anexo VI do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. Para as operações de recompra, o cálculo do valor sujeito a ponderação segue as regras definidas para o método padrão constantes dos Anexos III e VI do Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. 30 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No que respeita à divulgação de informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2010, as posições em risco mais significativas decorrem de operações com instrumentos derivados cujo valor ascende a 354.373 milhares de Euros, conforme se pode observar no quadro seguinte: RISCO DE CRÉDITO DE CONTRAPARTE (MÉT ODO PADRÃO) Operações de recompra, contracção/concessão de empréstimos de valores mobiliários ou de mercadorias, operações de liquidação longa e operações de empréstimos com imposição de margem Instrumentos deri vados Montante da posição ponderada pelo risco Técnicas de redução do risco de crédito com efeito de substituição na posição em risco original líquida (a) Posição em Risco Original 2010 2009 32.865 - 16.126 1.34 9 354.373 - 1 15.149 73.79 8 - - - Compensação contratual multiproduto Unidade: Milhares de Euros (a) Efeito de substituição na posição em risco, correspondente a o líquido entre "saídas" e "entradas" O Grupo determina os requisitos de fundos próprios para risco de crédito de contraparte segundo o método padrão. As exposições em risco originais são agrupadas por classes de risco regulamentares de acordo com a natureza da contraparte, às quais são aplicados ponderadores de risco, obtendo-se assim, os valores das posições ponderadas, quantificadas no quadro acima. No que concerne aos procedimentos inerentes à fixação do limite de exposição total para as contrapartes, importa referir que a sua determinação é efectuada com base em duas vertentes, uma para as operações tradicionais de crédito e outra para os restantes produtos. Numa base anual, o limite de exposição total é aprovado pela Comissão Executiva de cada Entidade do Grupo com base nas propostas apresentadas pelas Direcções Financeiras. O cumprimento dos limites estabelecidos e o seu reporte é da responsabilidade do Middle Office e, sempre que se mostre necessário os mesmos são reavaliados e sujeitos a aprovação superior. O Grupo dispõe de diversas aplicações de monitorização e controlo de limites consoante a Entidade que os gere. 31 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Relativamente à carteira de instrumentos derivados de crédito e, dada a representatividade que estes activos apresentam no Banif - Banco de Investimento, S.A., adiante designado também de BBI, importa divulgar que, à data de 31 de Dezembro de 2010, as operações cobertas com derivados de crédito e a carteira de instrumentos derivados de crédito nesta Entidade do Grupo apresentavam o seguinte detalhe: CLA SSES DE RISCO Montante coberto por Derivados de Crédito Posição em risco original (objecto de cobertura) (a) 2010 (OBJECTO DE COBERTURA) 2009 2010 Instituições CDS1 2009 TRS2 CLN3 Outros Total - 7.183 - - - - - 571 Organismos Investimento Colectivo 42.837 47.195 - 42.837 - - 42.837 47.195 Titularização 13.022 37.634 8.090 - - - 8.090 32.450 - - - - - - - - Empresas Unidade: Milhares de Euros (a) Posição em risco líquida de corre cçõe s de valor e provisõe s, se aplicado o método Padrão 1 C DS: Credit Default Swaps – Swaps de risco de incumprimento 2 TRS: Total Return Swaps – Swaps de retorno total 3 C LN: C redit Linked Notes – Títulos de dívida indexados a c rédito Posições Longas Posições Curtas OPERAÇÕES RELATIVAS A DERIVADOS DE CRÉDITO 2010 I. Carteira de Crédito (totais): 2009 2010 2009 128.582 157.600 213.749 252.036 a) Swaps de risco de in cumprimento ( credit default swaps ) - - 53.742 56.942 b) Swaps de retorno total ( total return swaps ) - - 42.107 47.195 10.682 9.700 - - 117.900 147.900 117.900 147.900 - c) Títulos de dívida indexados a crédito (credit linked notes ) d) Outros derivados de crédito II. Actividades de Intermediação (totais): - - - a) Swaps de risco de in cumprimento ( credit default swaps ) - - - - b) Swaps de retorno total ( total return swaps ) - - - - c) Títulos de dívida indexados a crédito (credit linked notes ) - - - - d) Outros derivados de crédito - - - - Unidade: Milhares de Euros Posições Longas – Valor teórico da protecção adquirida Posições Curtas – Valor teórico da protecção vendida 32 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 V - A – Risco de Crédito – Aspectos Gerais V – A.I - Risco de Crédito O risco de crédito é a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior. Em termos contabilísticos, o Grupo releva na rubrica “Crédito e Juros Vencidos” toda e qualquer operação de crédito e respectivos juros que se encontrem em incumprimento, isto é, que não seja regularizada na data do seu vencimento, ou após a data em que tenha sido formalmente apresentada ao devedor a exigência da sua liquidação, independentemente das garantias a ela associadas ou da sua natureza, de acordo com as regras contabilísticas em vigor e em respeito com as regras emanadas pelo Órgão de Supervisão. O Banif - Grupo Financeiro considera como “Crédito Objecto de Imparidade” a totalidade da sua carteira de crédito, incluindo as responsabilidades extrapatrimoniais. O Grupo define o “crédito com incumprimento” de acordo com a descrição constante da Instrução nº. 16/2004 do Banco de Portugal, que resulta da agregação do crédito vencido há mais de 90 dias e do crédito de cobrança duvidosa reclassificado como crédito vencido para efeitos de provisionamento, tal como resulta da aplicação do Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal. O Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito concedido e de valores a receber. As perdas por imparidade identificadas são relevadas por contrapartida de resultados. Sempre que, num período subsequente, se registe uma diminuição do montante da perda por imparidade estimada, o montante previamente reconhecido é revertido pelo ajustamento da conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na Demonstração de Resultados na mesma rubrica. O Grupo considera que um crédito, ou uma carteira de crédito sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes, está em imparidade sempre que: - exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial; e 33 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 - quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, e cuja mensuração possa ser estimada com razoabilidade. Considerando as orientações das Normas Internacionais de Relato Financeiro, nomeadamente a IAS 39, o Grupo avalia a sua carteira seguindo dois métodos de análise: Análise Individual A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é realizada através de uma análise casuística da situação de clientes com exposição total de crédito considerada significativa. Para cada cliente é avaliado, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade, considerando nomeadamente os seguintes factores: - situação económico-financeira do cliente; - exposição global do cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento no Grupo e no sistema financeiro; - informações comerciais relativas ao cliente; - análise do sector de actividade em que o cliente se integra, quando aplicável; - as ligações do cliente com o Grupo Económico em que se integra, quando aplicável, e a análise deste relativamente às variáveis anteriormente referidas em termos do cliente individualmente considerado. Na determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os seguintes factores: - a viabilidade económico-financeira do cliente gerar meios suficientes para fazer face ao serviço da dívida no futuro; - o valor das garantias reais associadas e o montante e prazo de recuperação estimados; - o património do cliente em situações de liquidação ou falência e a existência de credores privilegiados. Os créditos analisados individualmente para os quais não se tenha verificado a existência objectiva de imparidade, são classificados em grupos homogéneos com características de risco similares e objecto de avaliação colectiva de imparidade. Os créditos analisados individualmente para os quais se tenha estimado uma perda por imparidade, não são incluídos para efeitos da avaliação colectiva. 34 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Sempre que seja identificada uma perda de imparidade nos créditos a clientes avaliados individualmente, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor contabilístico desse crédito e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do contrato. O crédito a clientes apresentado no balanço é reduzido pela utilização de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido na Demonstração de Resultados na rubrica “Imparidade do crédito líquida de recuperações e reversões”. Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa efectiva anual, determinada pelo contrato. Análise colectiva Os créditos avaliados numa base colectiva, são agrupados por segmentos com características e riscos similares. As perdas por imparidade para estes créditos são estimadas considerando a experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante, a envolvente económica e a sua influência sobre o nível de perdas históricas. O Grupo, com uma periodicidade regular, procede à actualização dos parâmetros históricos utilizados para estimar as perdas na análise colectiva, designadamente “probabilidade de incumprimento” (PD’s) e “perda dado o incumprimento” (LGD’s). Periodicamente, o Grupo abate ao activo créditos que considera incobráveis pela utilização da imparidade constituída, após efectuar uma análise específica de tais operações e, após aprovação do Conselho de Administração da Banif S.G.P.S, S.A. Sempre que se verifiquem recuperações de créditos abatidos ao activo, estes são relevados na demonstração de resultados como uma dedução ao valor das perdas registadas no exercício, na rubrica “Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações”. O impacto registado directamente na Demonstração de Resultados consolidada decorrente do valor de imparidade total obtido e de recuperações relativas a operações de crédito, ascendeu, à data de 31 de Dezembro de 2010, comparativamente ao exercício anterior, aos seguintes montantes: IMPACTO DA IMPARID ADE E DA RECUPERAÇÃO DO CRÉDITO N OS RESULTADOS DO EXERCÍCIO 2010 2009 Dotações líquidas de reposições e anulações 146.809 23 8.996 Recuperações (69 .151) (120.792) Dotações líquidas de recuperações 77.658 11 8.204 Unidade: Milhares de Euros Nota : Os valores de imparidade resulta m dos valores apurados em sede de consolidação fina nceira, englobando apena s o va lor de imparida de com crédito a clientes. 35 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 V – A.II - Risco de Concentração Enquadrado na gestão de riscos do Banif - Grupo Financeiro, o risco de concentração é compreendido como a possibilidade de um número reduzido de exposições ou um número elevado de exposições interrelacionadas provocarem perdas de magnitude elevada e, condicionarem a solvabilidade do Grupo. Neste contexto, o Grupo definiu e implementou um conjunto de políticas e procedimentos, de modo a endereçar o risco de concentração, o qual se concretiza nos seguintes princípios: • definição dos conceitos de risco de concentração; • monitorização regular do risco de concentração, quer numa lógica individual nas Entidades do Banif - Grupo Financeiro, quer numa lógica agregada ao nível do Grupo; • utilização de indicadores quantitativos para essa monitorização em diversas dimensões. Os indicadores são definidos de forma diferenciada para cada tipologia de risco de concentração; • utilização complementar de informação qualitativa para monitorização do risco de concentração; • definição de limites de gestão internos nas diversas dimensões; • inclusão dos indicadores de monitorização e de informação complementar no reporte periódico de gestão de risco para os Órgãos de Administração das Entidades do Grupo e do Banif - Grupo Financeiro. Em termos de factores de risco, são consideradas as seguintes dimensões na gestão do risco de concentração: • maiores contrapartes – exposição significativa a uma contraparte individual ou a um grupo de contraparte jurídica e/ou economicamente relacionadas (também denominada como “single name concentration risk” ou “grandes riscos”) e que, por isso, podem apresentar uma deterioração simultânea da sua capacidade creditícia; • sector de actividade – exposição significativa a um grupo de entidades não relacionadas juridicamente entre si mas que, por actuarem na mesma área económica, estão expostos aos mesmos ciclos de actividade e que, por isso, podem apresentar uma deterioração simultânea da sua capacidade creditícia; 36 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 • geografia – exposição significativa a um grupo de entidades não relacionadas juridicamente entre si mas que, por habitarem ou actuarem na mesma região territorial, estão expostos a factores comuns que podem despoletar uma deterioração simultânea da sua capacidade creditícia; • tipo de colateral – exposição significativa, ainda que indirecta, por via das técnicas de mitigação de risco utilizadas, ao mesmo tipo de protecção de crédito ou de prestador de garantia, a qual pode determinar uma deterioração do grau efectivo de cobertura das operações subjacentes; • divisa – exposição significativa a um grupo de exposições que estão denominadas na mesma divisa e que, por uma variação adversa de taxas de câmbio, tenha um impacto negativo na Instituição; • segmento de negócio – exposição significativa a determinada área de negócio em que o Grupo participa e que, num cenário adverso de evolução económica, pode gerar impactos negativos ao nível da geração de resultados operacionais positivos. No que se refere aos índices de concentração, importa referir que o Banif – Grupo Financeiro recorre aos indicadores definidos na Instrução n.º 5/2011 do Banco de Portugal como seguem: • Índice de Concentração Sectorial: 11; • Índice de Concentração Individual nas 100 maiores contrapartes, numa lógica de Grupo Económico ou de exposição individual: 0,61. Ainda, e relativamente a este tema, o Grupo no seu processo de avaliação das necessidades internas de capital identifica vectores de concentração que geram efeitos sobre o nível de concentração da carteira de crédito, repercutindo-se no apuramento do valor do capital económico como um add-on de capital para efeitos de risco de crédito. Relativamente à divulgação de informação quantitativa, as posições em risco por tipo de posição relevante, apresentam a seguinte desagregação por Classe de Risco: Elementos do Activo Elementos Extrapatrimoniais Operações de Recompra Instrumentos Derivados Total da posição em risco CLASSES DE RISCO 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 Posição em risco original (média ao longo do período) 2010 2009 Administrações centrais ou bancos centrais 614.341 423.251 - 23.976 - - - - 614.341 447.227 493.871 Administrações regionais ou autoridades locais 138.584 115.312 1.008 2.068 - - - - 139.592 117.379 108.487 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 168.447 25.383 14.548 10.146 - - - - 182.995 35.528 131.348 65.098 Instituições 526.211 428.690 223.642 131.875 30.582 5.063 303.713 301.883 1.084.148 867.511 938.421 717.016 Empresas 4.299.216 4.227.265 1.277.197 1.426.980 2.283 - 48.836 26.842 5.627.532 5.681.087 Carteira de retalho 2.883.097 2.802.717 653.603 766.521 - - 97 - 3.536.797 3.569.238 3.630.132 3.141.001 Posições com garantia de bens imóveis 3.786.367 3.639.902 45.813 6.947 - - - - 3.832.180 3.646.849 3.689.486 3.507.948 Elementos vencidos 1.422.724 1.179.987 - 1.508 - - - - 1.422.724 1.181.495 1.440.066 1.052.965 Outros elementos 1.710.839 1.631.274 32.907 78.805 - - - - 1.743.746 1.710.079 1.675.807 335.890 248.253 5.939 35.612 - - 1.727 - 343.556 283.866 294.907 279.201 15.885.716 14.722.034 2.254.657 2.484.438 32.865 5.063 354.373 328.725 18.527.611 17.540.259 18.310.102 16.427.068 Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total 5.907.577 247.365 93.928 5.597.890 1.724.656 Unidade: Milhares de Euros 37 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No que respeita à distribuição geográfica das posições em risco, a representatividade das respectivas posições em risco originais é apresentada como segue: Portugal União Europeia Resto da Europa América do Norte 2010 2010 América Latina Resto do Mundo CLASSES DE RISCO 2010 2009 2010 Administrações centrais ou bancos centrais 63,24% 53,83% 2009 2009 2009 2010 2009 2010 2009 0,39% 2,05% - - - - 34,27% 38,52% 2,10% 5,60% Administrações regionais ou autoridades locais 99,19% 98,69% - 0,44% - - - - - - 0,81% Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 97,70% 92,59% 1,78% 2,11% - - - - - - 0,52% - Instituições 49,56% 68,01% 41,56% 20,52% 1,67% 0,31% 2,32% 2,25% 4,45% 8,12% 0,44% 0,78% Empresas 81,37% 83,88% 0,84% 0,15% 0,13% 1,17% 1,64% 12,35% 10,89% 2,17% 2,61% Carteira de retalho 82,03% 87,57% 5,20% 6,07% 0,05% 0,06% 0,47% 0,31% 10,92% 5,49% 1,33% 0,51% Posições com garantia de bens imóveis 82,01% 85,98% 13,84% 10,45% 0,39% 0,33% 1,07% 1,18% 1,53% 0,52% 1,16% Elementos vencidos 79,50% 82,76% 7,84% 7,98% 0,05% 2,23% 2,97% 2,63% 8,70% 4,36% 0,94% 0,04% Outros elementos 91,83% 82,74% 0,52% 0,49% 0,01% - 0,16% 2,26% 7,42% 11,42% 0,06% 3,09% Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) 70,15% 78,06% 4,92% 2,33% - - 0,16% - 21,17% 18,35% 3,60% - Total (em % da posição em risco original) 80,09% 83,35% 7,91% 5,38% 0,24% 0,29% 1,05% 1,35% 9,31% 7,84% 1,40% 1,79% 2,79% - 1,54% A representatividade das posições em risco pelos diversos sectores económicos apresenta a seguinte distribuição: Comércio a Retalho Comércio por Grosso Construção Instituições Financeiras e Seguradoras Indústria CLASSES DE RISCO 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 Serviços* 2009 2010 Sector Público 2009 2010 Outros 2009 2010 2009 Administrações centrais ou bancos centrais - - - - - - - - 40,69% - 0,10% - 59,21% 100,00% - - Administrações regionais ou autoridades locais - - - - - - - - - - - - 100,00% 99,86% - 0,14% Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - - - 10,57% 0,16% - 0,21% - - 60,43% 96,72% 16,32% 0,16% 12,68% 2,75% 97,84% 99,90% Instituições - - - - - - - - - 0,90% - Empresas 4,12% 4,10% 4,29% 4,64% 23,41% 23,54% 10,29% 10,35% 0,75% 3,20% 44,27% 36,10% - 0,11% 12,87% 17,97% Carteira de retalho 8,67% - 27,23% 6,81% 7,96% 7,54% 7,86% 9,14% 9,28% 0,24% 0,19% 12,77% 13,08% 0,03% 0,05% 54,80% 34,35% Posições com garantia de bens imóveis 1,19% 2,37% 0,43% 0,76% 2,82% 2,86% 0,98% 0,36% 0,60% 4,70% 6,88% 0,01% - 89,70% Elementos vencidos 7,31% 23,38% 5,78% 6,31% 11,25% 10,36% 9,49% 9,17% 0,47% 2,40% 15,99% 11,70% 0,01% - 49,70% 36,67% Outros elementos 1,76% 0,01% - - 0,17% - 0,98% 0,01% - - 1,33% 0,20% 1,30% 0,20% 94,46% 99,57% - - - - - - - - 10,91% 4,28% 30,07% - 0,02% 0,02% 59,00% 95,70% 3,88% 9,10% 3,13% 3,77% 10,12% 10,68% 5,85% 6,16% 7,66% 4,74% 19,44% 17,06% 3,01% 3,35% 46,91% 45,15% Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total (em % da posição em risco original) 0,79% 1,26% 0,10% 85,56% * Inclui Actividades Imobiliárias No que concerne às exposições vencidas, à data de 31 de Dezembro de 2010, o crédito vencido do Grupo apresentava a seguinte desagregação por antiguidade: Data de referência: 31-12-2010 CRÉDITO VENCIDO Empresas Até 3 Meses 3 - 6 Meses 6 Meses - 1 Ano 1 - 3 Anos Superior a 3 Anos Total 106.050 34.754 90.952 193.553 103.121 528.430 Particulares Consumo 54.590 10.402 21.743 89.882 89.457 266.074 Particulares Imobiliário 8.578 303 1.047 40.199 11.906 62.033 15.333 3.788 16.792 55.516 67.986 159.415 184.551 49.247 130.534 379.150 272.470 Particulares Outros Total 1.015.952 Unidade: Milhares de Euros 38 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Ainda, no final do exercício, a repartição das posições em risco vencidas e objecto de imparidade, agrupada pelos principais sectores económicos e pelas principais zonas geográficas, apresentava os seguintes valores: Data de referência: 31-12-2010 REPARTIÇÃO DAS POSIÇÕES EM RISCO VENCIDAS E OBJECTO DE IMPARIDADE Posições em Risco 2 Vencidas Total das Posições Decomposição pelos principais Sectores Económicos: Correcções de valor e 4 provisões 831.401 12.586.267 594.857 Comércio a Retalho 48.562 571.170 32.824 Comércio por Grosso 57.097 473.613 52.080 Construção 99.295 1.433.346 65.814 Indústria 93.048 892.033 78.230 Serviços 123.706 2.773.885 72.947 Particulares 358.161 5.594.411 262.638 Outros 51.532 847.809 30.324 América do Norte 37.081 154.332 5.070 América Latina 72.709 873.325 28.695 499.897 1 Decomposição pelas principais Zonas Geográficas: Posições em Risco Objecto de 3 Imparidade Portugal 628.069 10.464.324 Resto da Europa 171 32.148 811 Resto do Mundo 12.048 231.259 5.131 União Europeia 81.323 830.879 55.253 Unidade: Milhares de Euros 1 Inclui Sector Público e Instituições Financeiras e Seguros 2 Corresponde ao Crédito Vencido há mais de 90 dias 3 Corresponde ao Crédito a Clientes 4 Respeitante ao valor de imparidade do crédito, não incluindo a imparidade referente a créditos extrapatrimoniais De acordo com a metodologia de avaliação da imparidade do crédito seguida pelo Grupo, a totalidade do Portfolio de crédito é sujeita a análise, identificando-se, por um lado, os clientes com evidência subjectiva de imparidade e, por outro, os clientes com evidência objectiva de imparidade. O Grupo avalia ainda, as responsabilidades extrapatrimoniais com natureza de crédito e, estima um valor de perdas por imparidade para essas responsabilidades, utilizando os factores de conversão que variam de acordo com a natureza creditícia da responsabilidade extrapatrimonial. A informação divulgada como crédito a clientes respeita ao valor total da rubrica “Crédito a Clientes”, com referência a 31 de Dezembro de 2010, deduzido do valor respeitante a títulos de dívida relevados contabilisticamente como “Outros Valores a Receber” (titulados). O valor registado em “Correcções de Valor e Provisões” reflecte o valor total de imparidade apurada sobre a totalidade da carteira de crédito do Grupo. 39 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No exercício de 2010, os movimentos registados em “Correcções de Valor e Provisões”, comparativamente ao ano anterior, são apresentados como seguem: 2010 CORRECÇÕES DE VALOR E PROVISÕES 2009 Saldo Inicial 517.199 398.995 Reforços 177.095 242.685 Utilizações (30.286) (3.689) Reversões e Recuperações (69.151) (120.792) Saldo Final 594.857 517.199 Unidade: Milhares de Euros Nota: Inclui valores de Imparidade para operações vencidas e não vencidas Ainda, e em termos de exposições elegíveis por classe de risco, considerando os diferentes prazos de vencimento residual, o Grupo apresenta os seguintes valores: Até 1 Ano 1 - 5 Anos 5 - 10 Anos Superior a 10 Anos CLASSES DE RISCO 2010 Administrações centrais ou bancos centrais 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 55,40% 100,00% 37,77% - 6,83% - - - 2,05% 3,71% 32,23% 21,77% 22,31% 10,11% 43,41% 64,40% Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 52,37% 47,97% 7,45% 9,88% 17,67% 1,24% 22,51% 40,92% Instituições 79,79% 84,54% 17,43% 13,19% 2,22% 0,51% 0,56% 1,75% Empresas 62,36% 64,35% 18,69% 17,48% 9,17% 7,85% 9,78% 10,32% Carteira de retalho 52,29% 53,40% 30,97% 30,47% 10,11% 10,90% 6,63% 5,23% 4,43% 5,44% 2,62% 3,41% 7,58% 6,30% 85,37% 84,85% Elementos vencidos 43,95% 43,47% 27,62% 28,87% 7,63% 6,26% 20,80% 21,39% Outros elementos 99,08% 99,13% 0,92% 0,47% - 0,07% - 0,32% Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) 94,87% 99,02% 2,67% 0,98% 2,16% - 0,30% - Total 51,33% 53,34% 16,98% 15,43% 7,61% 6,70% 24,08% 24,53% Administrações regionais ou autoridades locais Posições com garantia de bens imóveis (em % da posição em risco original) 40 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 V - B – Risco de Crédito – Método Padrão V – B. I - Identificação das Agências de Notação Externa (ECAI) e das Agências de Crédito à Exportação (ECA) Utilizadas O Grupo utiliza como fontes de avaliação para a determinação de riscos, apenas Agências de Notação de Rating Externas (ECAI - External Credit Assessment Institutions) reconhecidas, nomeadamente a Standard & Poor’s, Moody´s e Fitch, recorrendo às notações publicitadas por estas Agências com vista à determinação dos ponderadores a aplicar em termos de consumo de capital. V – B. II - Descrição do processo utilizado para afectar as avaliações de risco dos emitentes ou das emissões aos elementos incluídos na carteira bancária Na selecção do rating a aplicar, o Grupo segue as disposições definidas pelo Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal, nomeadamente: - quando esteja apenas disponível um rating publicado por uma ECAI reconhecida, deverá ser utilizada esta avaliação de crédito com vista à determinação dos ponderadores a aplicar; - quando existam dois ratings publicados por duas ECAI reconhecidas, deve ser aplicado o rating menos favorável; - quando existam mais de dois ratings publicados por ECAI reconhecidas, deve ser aplicado o pior dos dois melhores. Para o segmento de Instituições, não é utilizado o rating efectivo da contraparte, tendo-se em consideração o rating do País em que as Entidades se encontram sediadas, conforme determinação do Supervisor. Para os restantes segmentos, sempre que se procede a uma avaliação de crédito de uma Agência de Notação de Rating Externa (ECAI - External Credit Assessment Institution) reconhecida, específica para uma emissão incluída na carteira bancária, o Grupo utiliza esse rating para determinar o ponderador da posição em risco. Caso não exista um rating específico da emissão, é utilizada a avaliação de risco geral do emitente, desde que a posição em risco não se revista de um grau de subordinação superior à da dívida sénior. 41 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No que concerne à divulgação de informação quantitativa, o risco de crédito para efeitos do método padrão, apresenta os seguintes valores: Data de referência: 31-12-2010 Ponderadores de Risco CLASSES DE RISCO 0% 10% 20% 35% 50% 75% 100% Outros Ponderadores 150% Total 1. Posição em risco original: Administrações centrais ou bancos centrais 390.938 - - - 210.528 - 12.875 - - 614.341 Administrações regionais ou autoridades locais - - - - 138.456 - 1.136 - - 139.592 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - 3.890 - 178.153 - 952 - - 182.995 Instituições - - 584.266 - 438.503 - 61.379 - Empresas - - 1.027 - 13.242 - 5.613.245 18 - 5.627.532 Carteira de retalho - - - - - 3.536.797 - - - 3.536.797 Posições com garantia de bens imóveis - - - 3.325.775 94.232 161.660 250.513 - - 3.832.180 Elementos vencidos Outros elementos 1.084.148 - - - - - 125.271 972.480 324.973 - 1.422.724 241.722 - 166.865 - - - 1.335.159 - - 1.743.746 - - 81 - - - 343.475 - - 343.556 632.660 - 756.129 3.325.775 1.073.114 3.823.728 8.591.214 324.991 - 18.527.611 Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total posições em risco original: - 2. Posição em risco (base de incidência dos ponderadores): Administrações centrais ou bancos centrais 390.938 - - - 210.528 - 12.875 - - 614.341 Administrações regionais ou autoridades locais - - - - 181.793 - 1.136 - - 182.929 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - 3.890 - 170.060 - 953 - - 174.903 Instituições - - 584.141 - 485.690 - 61.495 - Empresas - - 1.027 - 11.242 - 4.515.136 18 - 4.527.423 Carteira de retalho - - - - - 2.851.521 - - - 2.851.521 - - Posições com garantia de bens imóveis - 3.325.709 94.232 134.656 233.432 - - - - - - - - 562.704 315.938 - 878.642 - 166.865 - - - 1.331.919 - - 1.722.578 - - 81 - - - 339.527 - - 339.608 Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total posições em risco: 1.131.326 223.794 Elementos vencidos Outros elementos - 3.788.029 614.732 - 756.004 3.325.709 1.153.545 2.986.177 7.059.177 315.956 - 16.211.300 - - 151.201 1.163.998 576.773 2.239.633 7.059.176 473.933 - 11.664.714 3. Total posições ponderadas pelo risco (=Σ("2. X ponderadores de risco): 4. Posição em risco deduzida aos fundos próprios: Administrações centrais ou bancos centrais - Administrações regionais ou autoridades locais - Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - Instituições - Empresas - Carteira de retalho - Posições com garantia de bens imóveis - Elementos vencidos - Outros elementos - Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total posições em risco deduzidas aos fundos próprios: Unidade: Milhares de Euros 42 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 VI – Técnicas de Redução do Risco de Crédito VI.I - Políticas e Processos de Compensação Patrimonial e Extrapatrimonial O Grupo não recorre à utilização de técnicas de compensação patrimonial e extrapatrimonial para redução do Risco de Crédito. VI.II - Políticas e Processos de Reconhecimento, de Avaliação e de Gestão das Cauções O Banif - Grupo Financeiro tem instituído um conjunto de regras e procedimentos internos relativos a técnicas de mitigação do risco de crédito que seguem os requisitos de elegibilidade previstos no Aviso n.º 5/2007 do Banco de Portugal. No âmbito da manutenção de uma gestão adequada e prudente dos riscos de crédito, o Grupo desenvolve de forma contínua a gestão dos seus colaterais, assegurando que as operações são garantidas por instrumentos que proporcionam uma protecção correcta contra eventuais incumprimentos dos contratos estabelecidos e o cumprimento dos vários requisitos operacionais previstos nos normativos em vigor. A Entidade mais representativa do Grupo, o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., dispõe de uma aplicação de gestão de colaterais, que agrega de forma integrada a totalidade dos colaterais do Banco, garantindo um acompanhamento e controlo dos mitigantes. Em termos de valorização dos colaterais em carteira, importa referir que esta situação assume especial relevância nos imóveis dados como garantia de operações de crédito, existindo uma ferramenta desenvolvida em exclusivo para esta natureza de colateral, que efectua a reavaliação dos imóveis de acordo com os prazos definidos pelo Órgão de Supervisão. Na concessão de crédito, o valor e natureza dos colaterais – exigidos como garantias do crédito concedido - bem como o grau de cobertura necessário, depende do resultado da avaliação do risco de crédito da contraparte. O Grupo avalia em primeiro lugar a valia da contraparte e a sua capacidade de reembolso, considerando os colaterais como uma segunda via de pagamento e, por isso, não necessariamente como atributo principal dos critérios de avaliação. Existe certo tipo de colaterais que, por natureza, estão associados a determinado tipo de crédito concedido, a saber: 43 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 - no crédito de médio/longo prazo a Particulares, como o crédito imobiliário, o colateral tem normalmente a natureza de garantia real, nomeadamente a primeira hipoteca do imóvel e/ou penhor de depósitos, sendo por regra exigida primeira hipoteca para operações de crédito a médio longo prazo a particulares; - no crédito de curto prazo a Particulares, designadamente crédito ao consumo, são normalmente exigidas garantias pessoais; - no caso do crédito a Empresas, designadamente o crédito revolving, são solicitadas garantias pessoais dos sócios/accionistas sendo que, nalguns casos, são exigidas garantias reais, tais como a hipoteca de imóveis ou outras garantias reais. Estas situações variam em função do risco atribuído ao cliente, da natureza da operação e da maturidade do crédito concedido. Sempre que se verifique qualquer agravamento do risco de crédito, é solicitado aos clientes a prestação de colaterais adicionais. No caso do crédito concedido a empresas pertencentes a grupos económicos, é prática corrente o Grupo mitigar o risco de crédito com colaterais prestados pela Empresa-Mãe. VI.III - Descrição dos Principais Tipos de Cauções utilizados pelo Grupo Os mitigantes com maior peso em termos da exposição do Grupo, respeitam às denominadas garantias pessoais, nomeadamente avales e fianças prestadas na maioria por particulares. Estas garantias, não se constituem como um elemento redutor de risco em termos de consumo de capital, não sendo inclusivamente divulgadas em termos quantitativos. No que respeita aos colaterais elegíveis para redução do risco de crédito no apuramento do consumo de capital, estes encontram-se concentrados no segmento de posições garantidas por bens imóveis, sendo de destacar o peso significativo dos imóveis para habitação. Relativamente aos restantes mitigantes, o Grupo dispõe também, para efeitos de redução do risco de crédito, de garantias recebidas e prestadas por Entidades elegíveis, bem como de cauções financeiras para os segmentos de Empresas e Retalho. A decomposição dos mitigantes encontra-se divulgada no final do presente capítulo. VI.IV - Estratégia, processos de monitorização e descrição dos principais tipos de garante e de contraparte de derivados de crédito e respectiva qualidade de crédito 44 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 As técnicas de redução de risco de crédito mais utilizadas pelo Grupo dizem respeito, essencialmente, a crédito estruturado, sob a forma de instrumentos financeiros como ABS, CMBS, RMBS, CDO e CLO – que se incluem na classe de risco “Titularização”. O Grupo dispõe ainda de outros derivados de crédito, swaps de retorno total (Total Return Swaps) que têm como objectivo a redução do risco de crédito (e de desvalorização) de activos com reduzida liquidez, nomeadamente fundos de investimento classificados na classe de risco “Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo”. O risco de crédito de contraparte associado a estes swaps de retorno total, encontra-se colateralizado por depósitos-caução constituídos junto do Banif - Banco de Investimento, S.A.. Na componente off-balance sheet, o procedimento instituído assenta na realização de uma avaliação do risco de crédito de contraparte associado às operações de derivados realizados, sendo que se assume como política, a não realização de trading de derivados, tendo como objectivo da contratação dos mesmos, a cobertura económica, maioritariamente representadas por operações back-to-back com clientes e, ainda de posições próprias detidas em carteira. O Grupo actua em linha com as boas práticas internacionais, procedendo à realização de contratos padronizados publicados pelo ISDA (International Swaps and Derivatives Association) e, em determinados casos, com CSA (Credit Support Annex), que minimiza o risco de crédito de contraparte pela contratualização da constituição de depósitos como colateral. VI.V - Concentração dos Valores de Cobertura por Tipo de Instrumento Considerando a representatividade do BBI no que respeita à materialidade da concentração dos valores de cobertura, importa referir que, à data de 31 de Dezembro de 2010, o valor nocional total das coberturas de risco de crédito junto do BBI, sob a forma de CDS (Credit Default Swaps) e TRS (Total Return Swaps), ascenderam a cerca de 51 milhões de Euros, em que os CDS representavam um peso de 16% e os TRS os restantes 84%. Para mitigação do risco de crédito de contraparte inerente aos TRS encontravam-se constituídos junto do BBI, depósitos-caução que cobriam quase a totalidade do montante nocional dos contratos (correspondente à posição em risco original), no montante de cerca de 42 milhões de Euros. 45 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 A aplicação das técnicas de redução do risco de crédito no Grupo resulta na quantificação dos seguintes valores: Data de referência: 31-12-2010 Técnicas de redução do risco de crédito com efeito no montante da posição em risco: protecção real de crédito - método integral sobre cauções financeiras Técnicas de redução do risco de crédito com efeito de substituição na posição em risco original líquida CLASSES DE RISCO Posição em risco líquida Protecção pessoal de crédito: valor da protecção totalmente ajustado (GA) Método simples: Cauções Financeiras Derivados de crédito Garantias Caução financeira: Efeito de Ajustamento valor ajustado pela substituição de volatilidade volatilidade e por na posição em ao valor da qualquer risco (líquido Outras formas posição em desfasamento entre de saída e de protecção risco prazos de vencimento entradas) real de crédito (CVAM) Protecção real de crédito Administrações centrais ou bancos centrais 614.341 - - - - - - - Administrações regionais ou autoridades locais 139.592 1.583 - - - 44.447 - 160 Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos 1.653 - - - (1.278) - Instituições 1.084.148 40 - - - 47.767 - - Empresas 5.596.723 68.067 - - - (68.067) - 260.589 Carteira de retalho 3.520.339 22.616 - - - (22.616) - 95.649 Posições com garantia de bens imóveis 3.822.376 26 - - - (26) - - 882.223 227 - - - (227) - 3.355 1.743.746 - - - - - - 5 343.556 - - - - - - - 17.930.039 94.212 - - - - - 359.758 Elementos vencidos Outros elementos Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC) Total 182.995 - Unidade: Milhares de Euros O quadro seguinte apresenta a distribuição das garantias por sector de actividade, tendo-se verificado um aumento generalizado dos mitigantes elegíveis, face aos montantes angariados no exercício anterior. Protecção Pessoal de Crédito CLASSES DE RISCO Garantias 2010 2009 2010 2009 - 235.012 194.183 3.593.816 3.406.566 - - - - - - Comércio a Retalho 5.342 2.745 - - 17.700 14.531 78.751 76.598 - - - - - - Comércio por Grosso 3.298 3.288 - - 17.832 14.628 25.295 27.199 - - - - - - Construção 4.630 8.612 - - 36.231 37.752 53.983 52.993 - - - - - Indústria 5.844 4.844 - - 18.966 16.054 37.177 31.740 - - - - - - 24 21 - - 411 192 9.534 4.277 - - - - - - Outros 34.084 37.826 - 50.045 47.578 3.216.452 3.070.516 Serviços 39.407 33.769 - - 93.747 63.368 171.926 143.243 - - - - - - 1.583 1.887 - - 80 80 698 - - - - - - - - 2010 2009 2010 2009 Outras formas de protecção real de crédito Valores a receber - Sector Público 2010 Outras cauções de natureza real 92.992 Instituições Financeiras e Seguradoras 2009 Outras cauções elegíveis Imobiliárias 94.212 Total das posições objecto de cobertura Decomposição do total das posições por sector Protecção Real de Crédito Cauções (financeiras elegíveis) Derivados de crédito - 2010 - 2009 - 2010 - 2009 - - - Unidade: Milhares de Euros 46 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 VII – Operações de Titularização À data de 31 de Dezembro de 2010, encontravam-se “vivas” treze operações de titularização em que o Grupo se encontra envolvido. De uma forma global, o objectivo que esteve na base da concretização das referidas transacções prende-se com a captação de funding para o Grupo, não existindo uma transferência significativa do risco de crédito. Importa referir que, no caso da operação Atlantes Mortgage N.º6, apesar de configurar uma transferência do risco ao nível individual da entidade cedente, o Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., com cessão integral das notas emitidas, não se verificou uma transferência efectiva do risco, dado que os créditos foram adquiridos por uma entidade incluída no perímetro consolidação do Banif – Grupo Financeiro. Todas as operações são de titularização tradicional, com maior expressão no crédito hipotecário. As principais características das operações de titularização, em que o Grupo se encontra envolvido como cedente, são as seguintes: Data de referência: 31-12-2010 Identificação da Operação Entidade Cedente Activos Titularizados Objectivo da Operação Envolvimento na Operação Transferência Significativa do Risco de Crédito Azor Mortgages Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não Azor Mortgages N.º2 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º1 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não Atlantes Mortgage N.º2 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º3 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º4 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º5 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Mortgage N.º6 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Hipotecários Optimização de Balanço Cedente e Servicer Sim Atlantes Mortgage N.º7 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Créditos Imobiliários Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor da Emissão Não Atlantes Finance N.º3 Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Banco Mais, S.A. Banif GO, Instituição Financeira de Crédito, S.A. Crédito ao consumo, leasing auto, aluguer de longa duração Captação de Liquidez Cedentes, Servicers e detentores da Emissão Não Ecuador Receivables Banif – Banco de Investimento, S.A. Certificados de Energia Futura Compra e venda de créditos Cedente e Servicer dos créditos Sim BMORE Finance N.º4 plc Banco Mais, S.A. Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não BMORE Finance N.º5 plc Banco Mais, S.A. Captação de Liquidez Cedente, Servicer e detentor do Equity Piece Não Créditos ao consumo, Locação financeira mobiliária e Aluguer financeiro Créditos ao consumo, Locação financeira mobiliária e Aluguer financeiro 47 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Os principais elementos que as sintetizam são os seguintes: Data de referência: 31-12-2010 TITULARIZAÇÃO TRADICIONAL Instituição(ões) Cedente(s) Instituição(ões) Patrocinadora(s) Azor Mortgages Azor Mortgages N.º2 Atlantes Mortgage N.º1 Atlantes Mortgage N.º2 Atlantes Mortgage N.º3 Atlantes Mortgage N.º4 Atlantes Ecuador Atlantes Mortgage N.º5 Receivables N.º1 Mortgage N.º6 Atlantes Mortgage N.º7 Atlantes Finance N.º3 BMORE Finance BMORE Finance N.º4 plc N.º5 plc Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A (*) Banco Mais, S.A. Banco Mais, S.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. Deutsche Bank Fortis Bank Informação sobre as operações: Data de início 25-11-2004 24-7-2008 13-2-2003 5-3-2008 30-10-2008 16-2-2009 21-12-2009 17-12-2007 30-6-2010 18-11-2010 29-7-2010 18-5-2004 Maturidade legal 20-9-2047 14-12-2065 17-1-2036 20-9-2060 20-8-2061 20-12-2064 23-11-2068 17-12-2021 23-10-2016 23-8-2066 25-4-2026 18-5-2014 7-12-2020 Cláusula de step-up (data) 20-9-2011 21-7-2017 17-1-2010 18-3-2017 20-11-2017 20-3-2018 23-2-2019 na Na 23-2-2018 Na 12-5-2006 20-11-2009 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 0 3 Revolving (anos) 7-12-2007 3 Activos titularizados (em milhões de euros; salvo especificado) 281 300 500 375 600 550 500 US$5.9M 91 397 382.5 300 275 Valor em dívida (em milhões de euros; salvo especificado) 79 254 186 309 527 550 500 US$5.9M 87 397 341 23 275 Informação sobre o envolvimento das instituição(ões) cedente(s) Existência de situações de "apoio implícito" Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não Não (%) 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% Mais-valia inicial/Valor das posições de primeira perda readquiridas 28% 0% 52% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 47% 0% Activos cedidos (por Instituição)/Activos titularizados (total) Observações (*) Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A., Banco Mais, S.A. e Banif GO, Instituição Financeira de Crédito, S.A. Os veículos constituídos no âmbito das referidas operações de titularização, são incluídos nas contas consolidadas do Grupo, considerando que o Grupo detém substancialmente todos os riscos (riscos de crédito e taxa de juro) e benefícios (margem taxa de juro de crédito), estando, por conseguinte, sujeito ao efeito do comportamento das operações em causa. No caso específico da operação Ecuador Receivables, tendo em conta a efectiva transferência de todos os riscos da Entidade Cedente, os proveitos recebidos pelo servicing são relevados na conta de exploração da Entidade Cedente, neste caso, o Banif – Banco de Investimento, S.A., não sendo, por conseguinte, este veículo considerado para efeitos de consolidação de contas do Grupo. No que se refere à metodologia de cálculo dos montantes das posições ponderadas pelo risco inerentes aos investimentos detidos pelo Grupo em operações de titularização, é considerado o método padrão, nos termos definidos no Anexo III do Aviso n.º 7/2007. Para efeitos de determinação dos ponderadores de risco a aplicar às posições em risco, o Banif - Grupo Financeiro, recorre às notações atribuídas pelas agências internacionais de notação externa. Em termos de cálculo de requisitos de capital no âmbito de Basileia II, e relativamente às operações de titularização sobre as quais não se verifica o desreconhecimento do risco de crédito, os créditos associados a estas operações são incluídos no segmento original, sendo tratados de forma idêntica aos créditos comuns, retirando-se simultaneamente deste cálculo os títulos detidos em carteira representativos das referidas operações. Em termos contabilísticos, as operações de titularização são tratadas como activos financeiros, pelo que obedecem às regras estabelecidas pelas Normas Internacionais de Relato Financeiro, no tratamento de activos dessa natureza. 48 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Assim, o Grupo considera no perímetro de consolidação financeira e, por conseguinte, consolida pelo método integral, de acordo com os princípios apresentados pela IAS 27, os Special Purpose Entities (SPE), que decorrem de operações de titularização de Entidades do Grupo, porquanto a substância da sua relação com as referidas Entidades indica que o Grupo exerce o controlo financeiro e operacional, bem como se encontra exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades dessas Entidades. A determinação da existência do exercício do controlo sobre os SPE’s é efectuada com base nos critérios definidos na SIC 12 – critérios para consolidação de Entidades de Finalidade Especial: • as actividades do SPE são desenvolvidas de acordo com as necessidades específicas do negócio do Grupo, obtendo este último, os respectivos benefícios associados à actividade do SPE; • o Grupo detém o poder de decisão conducente à obtenção da maioria dos benefícios das actividades do SPE; • considerando o direito que assiste ao Grupo em retirar os referidos benefícios do SPE, o Grupo encontra-se por outro lado, exposto aos riscos inerentes à actividade desenvolvida pelo SPE; • o Grupo detém a maioria dos riscos residuais no SPE. Dada a dificuldade em determinar se é exercido o controlo sobre um SPE, é efectuado um julgamento para determinar se o Grupo está exposto aos riscos e benefícios inerentes às actividades do SPE e se tem os poderes de tomada de decisão nesses SPE’s. A decisão de que um SPE tem que ser consolidado pelo Grupo requer a utilização de pressupostos e estimativas para apurar os ganhos e perdas residuais e determinar quem retém a maioria desses ganhos e perdas. Aquando da cedência de activos associados às operações de titularização, havendo lugar à consolidação dos SPE’s, o Grupo não regista resultados no momento inicial. No entanto, se os SPE’s não integrassem o perímetro de consolidação financeiro, a diferença entre o valor de venda dos activos e o seu valor contabilístico seria relevado na Demonstração de Resultados consolidada como ganho e perda, no momento inicial. 49 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Nas operações de titularização que realiza, o Grupo utiliza os serviços de notação das três principais agências internacionais: Moody’s, Standard & Poor’s (S&P) e Fitch. Nos quadros abaixo, são apresentadas as notações de rating por operação de titularização, e respectivas tranches, com excepção das operações Ecuador Receivables e Atlantes Mortgage N.º6. Classe A Classe B Classe C Classe D Classe E Azor Mortgage Moody's Aaa Aa2 Baa1 n.a. S&P AAA AA- BBB n.a. Fitch AAA AA+ A- n.a. AAA n.a. n.a. Moody's Aaa A2 Baa3 Ba2 n.a. S&P AAA A BBB BB n.a. Fitch AAA A+ BBB BB n.a. S&P AAA A BBB n.a. Fitch AAA A BBB n.a. AAA n.a. n.a. AAA n.a. n.a. AAA n.a. n.a. Moody's Aaa n.a. n.a. S&P AAA n.a. n.a. S&P AAA n.a. n.a. Fitch AAA n.a. n.a. Moody's Aaa Aa2 A2 Baa2 n.a. S&P AAA AA A BBB n.a. Moody's Aa n.a. n.a. S&P AA n.a. n.a. Azor Mortgage N.º2 Moody's S&P Fitch Atlantes Mortgage N.º1 Atlantes Mortgage N.º2 Moody's Atlantes Mortgage N.º3 Moody's S&P Fitch Atlantes Mortgage N.º4 Moody's S&P Fitch Atlantes Mortgage N.º5 Moody's S&P Fitch Atlantes Finance N.º3 Fitch Atlantes Mortgage N.º7 Moody's BMORE Finance N.º4 plc Fitch BMORE Finance N.º5 plc Fitch 50 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No conteúdo das operações de titularização do Banif - Grupo Financeiro, quatro têm a característica de revolving (posições em risco renováveis): a Atlantes Mortgage N.º4, Atlantes Mortgage N.º5, BMORE Finance N.º4 Plc e BMORE Finance N.º5 Plc em que são permitidas cessões adicionais face ao montante inicial da operação, por um período de três anos, conforme apresentado no quadro acima. As emissões das operações Atlantes Mortgage, cujo valor da dívida ascendia a cerca de 1.050 milhões de Euros, a 31 de Dezembro de 2010, não foram colocadas junto de investidores, pelo que a totalidade das notas são detidas pelo Grupo. Durante o ano de 2010, foram efectuadas as seguintes cessões adicionais: Data de referência: 31-12-2010 Montante Cedido Atlantes Mortgage N.º4 37,6 Atlantes Mortgage N.º5 28,3 BMORE Finance N.º5 plc Fev-10 24,3 Mai-10 25,1 Ago-10 24,9 25,3 Nov-10 Unidade: Milhões de Euros No que concerne à divulgação de informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2010, o montante estimado de perdas decorrente da valorização dos títulos emitidos por veículos, é apresentado como segue: Valor em dívida das posições em risco titularizadas Perdas reconhecidas pela instituição Do qual: referente a posições objecto de imparidade ou vencida 2010 2009 Titularizações sintéticas (total) - - - - Elementos do activo - - - - Grau hierárquico mais elevado (Most senior ) - - - - Mezzanine - - - - - - - - - - - - Titularizações tradicionais (total) 38.198 - (126) - Elementos do activo 38.198 - (126) - 3.967 - - - 31.243 - (125) - 2.988 - (1) - - - - Posições de primeira perda (First loss ) Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados Grau hierárquico mais elevado (Most senior ) Mezzanine Posições de primeira perda (First loss ) Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados Unidade: Milhares de Euros 51 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No que respeita ao cálculo pelo método padrão do montante das posições ponderadas pelo risco, para os títulos em carteira relativos a operações de Outras Entidades, as respectivas posições encontram-se reflectidas no quadro seguinte: TIPO DE TITULARIZAÇÃO (TRADICIONAL/SINTÉTICA) Total das posições em risco (=A+B+C) Montante total das posições em risco titularizadas originadas (da instituição cedente) Decomposição do valor da posição sujeita a ponderação (2+3) por ponderador de risco superior ou igual a 100% Montante da posição ponderada pelo risco Valor da posição em risco Posição objecto de notação Valor deduzido aos fundos próprios (-) 100% 1250% Posição objecto de notação 350% Posições não objecto de notação Posição não objecto de notação 2010 2009 38.198 29.905 - 5.884 14.246 255 - - 62.497 33.109 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Grau hierárquico mais elevado (Most senior ) - - - - - - - - - - Mezzanine - - - - - - - - - - Posições de primeira perda (first loss ) - - - - - - - - - - A.2 Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados - - - - - - - - - A.3 Reembolso/amortização antecipada (Early amortization ) - - - - - - - - - - 38.198 29.905 - 5.884 14.246 255 - - 62.497 33.109 38.198 5.884 A - Entidade cedente: total das posições A.1 Elementos do activo B - Investidor: total das posições B.1 Elementos do activo Grau hierárquico mais elevado (Most senior ) Mezzanine Posições de primeira perda (first loss ) B.2 Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados 62.497 - 29.905 - 14.246 255 - - 3.967 3.967 - - - - - - 793 1.541 31.243 25.683 - 5.884 14.246 - - - 58.520 17.464 33.109 2.988 255 - - - 255 - - 3.184 14.104 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - C.1 Elementos do activo - - - - - - - - - - C.2 Elementos extrapatrimoniais e instrumentos derivados - - - - - - - - - - C - Patrocinador: total das posições Unidade: Milhares de Euros Ainda, à data de 31 de Dezembro de 2010, não se registaram quaisquer operações de alienação de activos titulados pelo que não se apuraram ganhos e/ou perdas no período. 52 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 VIII – Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação A generalidade das Entidades do Grupo não se encontra obrigada ao reporte prudencial relativo à carteira de negociação, uma vez que se encontram abrangidas pelo disposto no número 8 do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal, que permite que os requisitos de capital relativos à carteira de negociação sejam calculados da mesma forma que os requisitos de capital para cobertura de risco de crédito. O BBI, unidade do Grupo onde se centraliza a actividade da banca de investimento em Portugal, constitui uma excepção ao atrás disposto, em que a especificidade do negócio onde opera traduz-se na materialidade da respectiva carteira de negociação ou do risco de mercado a que a Instituição está sujeita. Desta forma, o BBI procede ao cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura dos riscos de mercado de acordo com o disposto no Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal. À data de 31 de Dezembro de 2010, os requisitos de fundos próprios de toda a carteira de negociação foram calculados com base no método Padrão definido para Basileia II. A gestão do risco de mercado dentro do Banif - Grupo Financeiro reflecte as especificidades e vantagens competitivas das Entidades do Grupo, entre as quais a proximidade e o conhecimento local dos mercados em que operam, com particular ênfase para as Instituições que actuam no Brasil, nomeadamente a unidade de banca de investimento, o Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A., a unidade de banca comercial, o Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. e, ainda, o Banif - Banco de Investimento, S.A., que opera em Portugal. No Banif - Banco de Investimento, S.A., existe uma rotina diária de cálculo do VaR, utilizando o Software BarraOne que utiliza o modelo paramétrico, aplicado para um horizonte temporal de 10 dias e um intervalo de confiança de 99%, em linha com as recomendações no Novo Acordo de Basileia e do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal. No Brasil, existe igualmente uma monitorização diária do VaR, baseado também num modelo paramétrico, para um horizonte temporal de 1 dia útil e um intervalo de confiança de 95%, existindo, no entanto, limites de risco estabelecidos. A informação mais detalhada sobre as metodologias de avaliação de risco de mercado encontra-se divulgada no ponto II.II – Objectivos e políticas em matéria de Gestão dos Riscos do Capítulo II – Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco, do presente documento. 53 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 No que concerne à divulgação de informação quantitativa, os requisitos de fundos próprios da carteira de negociação, apresenta os seguintes valores: Requisitos de Fundos Próprios RISCOS DA CARTEIRA DE NEGOCIAÇÃO 2010 2009 Total Riscos da Carteira de Negociação (=Σ(1. a 3.)) 1. Risco de Posição (1.1. + 1.2.) 1.1. Método Padrão sobre a Carteira de Negociação (=Σ(1.1.1. a 1.1.6.)) 2.987 4.423 2.987 4.423 1.1.1. Instrumentos de Dívida 2.983 4.417 1.1.1.1. Risco Específico 2.545 2.251 438 2.166 1.1.1.2. Risco Geral 1.1.2. Títulos de Capital 4 7 1.1.2.1. Risco Específico 1 2 1.1.2.2. Risco Geral 3 4 1.1.3. Organismos de Investimento Colectivo (OIC): - - 1.1.4. Futuros e Opções negociados em bolsa: - - 1.1.5. Futuros e Opções do mercado de balcão - OTC: - - 1.1.6. Outros: - - - - a) a) 1.2. Método de Modelos Internos sobre a Carteira de Negociação 2. Risco de Crédito de Contraparte (=Σ(2.1. a 2.3.)) 2.1. Vendas/compras com acordo de recompra/revenda, concessão/contracção de empréstimos de valores mobiliários ou de mercadorias, operações de empréstimo com imposição de margem e operações de liquidação longa 2.2. Instrumentos Derivados 2.3. Contratos de compensação multiprodutos 3. Risco de Liquidação a) a) n.a. n.a. - Unidade: Milhares de Euros a) O Grupo calcula o requisitos de fundos próprios para cobrir o risco de crédito de contraparte decorrente de instrumentos derivados e operações de repos (vendas com acordo de recompra e compras com acordo de revenda) relativos à sua carteira de negociação de acordo com o Aviso n.º 5/2007 (conforme disposto na parte 2 do Aviso n.º 8/2007, relativo à carteira de negociação), pelo que a informação quantitativa respectiva encontra-se incluída nos quadros do Capítulo IV – Risco de Crédito de Contraparte. 54 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 IX – Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação Para o cálculo do risco cambial o Grupo recorre ao Método Padrão, previsto no Anexo V do Aviso nº. 8/2007 do Banco de Portugal, que define as regras de cálculo dos requisitos de fundos próprios no que concerne ao risco cambial. A metodologia assenta na aplicação de um ponderador de 8% à soma da posição líquida global em divisas com a posição líquida global em ouro, no caso desta soma exceder 2% dos fundos próprios totais. À data de 31 de Dezembro de 2010, o Banif – Grupo Financeiro não apurou o montante de requisitos de fundos próprios para risco cambial, dado que a posição líquida global apurada apresenta-se abaixo do limiar de 2% dos fundos próprios totais. No que respeita ao risco de mercadorias, o Grupo não calcula requisitos de fundos próprios relativos ao risco de mercadorias considerando que o Grupo não se encontra exposto a este risco em nenhuma das carteiras, quer bancária quer de negociação. 55 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 X – Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária As posições em risco da carteira bancária do Grupo, são representadas essencialmente por outros instrumentos de capital, contribuindo com uma representatividade superior a 80% da carteira, no final do exercício de 2010. Relativamente às posições em risco sobre acções da carteira bancária do Grupo, é de salientar que parte significativa desses activos representa posições estratégicas pelo que não são susceptíveis de serem alienadas no curto prazo. Relativamente às metodologias de avaliação e às técnicas contabilísticas utilizadas pelo Grupo no tratamento destes activos, importa referir que os critérios utilizados seguem as orientações das Normas de Contabilidade de Relato Financeiro, para a globalidade dos activos financeiros detidos pelo Grupo. Assim, em termos de critérios de avaliação dos instrumentos financeiros, o Grupo recorre às seguintes metodologias: Justo valor dos instrumentos financeiros Quando o justo valor dos instrumentos financeiros não pode ser determinado através de cotações marked to market nos mercados activos, é determinado através da utilização de técnicas de valorização que incluem modelos matemáticos de discounted cash-flows (marked to model). Os dados de input nesses modelos são, sempre que possível, valores observáveis de mercado, mas quando tal não é possível, um grau de julgamento é requerido para estabelecer o justo valor, nomeadamente ao nível da liquidez, correlação e volatilidade. Imparidade em instrumentos de capital Os activos financeiros disponíveis para venda são analisados quando existam indícios objectivos de imparidade, nomeadamente quando se verifica um significativo ou prolongado declínio no justo valor, abaixo do preço de custo. A determinação do nível de declínio em que se considera “significativo ou prolongado” requer julgamentos. Neste contexto, o Grupo considera que uma redução no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 30% (30% em 2009) ou um declínio por mais de 1 ano (1 ano em 2009) pode ser considerado significativo ou prolongado. Contudo, são avaliados outros factores, tal como o comportamento da volatilidade nos preços dos activos. 56 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Activos financeiros detidos para negociação Os activos e passivos financeiros detidos para negociação são os adquiridos com o propósito de venda no curto prazo e de realização de lucros a partir de flutuações no preço ou na margem do negociador, incluindo todos os instrumentos financeiros derivados que não sejam enquadrados como operações de cobertura. Após reconhecimento inicial, os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor são reflectidos em resultados do exercício. Nos derivados, o justo valor positivo é registado no activo e o justo valor negativo no passivo. Os juros e dividendos ou encargos são registados nas respectivas contas de resultados, quando o direito ao seu pagamento é estabelecido. Os passivos financeiros de negociação incluem também vendas de títulos a descoberto. Estas operações são relevadas em balanço ao justo valor, com variações subsequentes de justo valor relevadas em resultados do exercício na rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. Activos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados Estas rubricas incluem os activos e passivos financeiros classificados pelo Grupo de forma irrevogável no seu reconhecimento inicial, como ao justo valor através de resultados, de acordo com a opção prevista na IAS 39 (fair value option), desde que satisfeitas as condições previstas para o seu reconhecimento, nomeadamente: - a designação elimina ou reduz significativamente inconsistências de mensuração de activos e passivos financeiros e reconhecimento dos respectivos de ganhos ou perdas (accounting mismatch); - os activos e passivos financeiros são parte de um grupo de activos ou passivos (ou ambos), o qual é gerido e a sua performance avaliada numa base de justo valor, de acordo com uma estratégia de investimento e gestão de risco devidamente documentada; ou - o instrumento financeiro integra um ou mais derivados embutidos, excepto quando os derivados embutidos não modifiquem significativamente os fluxos de caixa inerentes ao contrato, ou seja, com reduzida ou nenhuma análise, que a separação dos derivados embutidos não possa ser efectuada. Após reconhecimento inicial os ganhos e perdas gerados pela mensuração subsequente do justo valor dos activos e passivos financeiros são reflectidos em resultados do exercício na rubrica “Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. 57 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 O Grupo classifica em activos financeiros ao justo valor através de resultados, a quase totalidade da carteira de títulos constituída no âmbito da actividade bancária, cuja gestão e avaliação da performance tem por base o justo valor, com excepção das participações estratégicas e de títulos para os quais não é possível a obtenção de valorizações fiáveis. Os passivos financeiros foram designados como passivos ao justo valor através de resultados por se tratar de instrumentos de dívida (subordinada e não subordinada) com um ou mais derivados embutidos. Activos financeiros disponíveis para venda São classificados nesta rubrica instrumentos que podem ser alienados em resposta ou em antecipação a necessidades de liquidez ou alterações de taxas de juro, taxas de câmbio ou alterações do seu preço de mercado, e que o Grupo não tenha classificado em qualquer uma das outras categorias. Em 31 de Dezembro de 2010, esta rubrica inclui essencialmente participações consideradas estratégicas e títulos para os quais não é possível a obtenção de valorizações fiáveis. Após o reconhecimento inicial, estes activos são mensurados ao justo valor, ou mantidos ao custo de aquisição, caso não seja possível apurar o justo valor com fiabilidade, sendo os respectivos ganhos e perdas reflectidos na rubrica “Reservas de Reavaliação” até à sua venda (ou ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento no qual o valor acumulado é transferido para resultados do exercício para a rubrica “Resultados de activos financeiros disponíveis para venda”. Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. Os dividendos são reconhecidos em resultados, quando o direito ao seu pagamento é estabelecido, na rubrica “Rendimentos de instrumentos de capital”. Nos instrumentos de dívida emitidos em moeda estrangeira, as diferenças cambiais apuradas são reconhecidas em resultados do exercício na rubrica “Resultados de reavaliação cambial”. O Grupo efectua uma análise da existência de evidência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, em cada data de referência das Demonstrações Financeiras. As perdas por imparidade são reconhecidas em resultados na rubrica “Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações”. 58 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Justo valor O justo valor utilizado na valorização de activos e passivos financeiros de negociação, classificados como ao justo valor por contrapartida de resultados e activos financeiros disponíveis para venda é determinado de acordo com os seguintes critérios: - no caso de instrumentos transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com base na cotação de fecho, no preço da última transacção efectuada ou no valor da última oferta (bid) conhecida; - no caso de activos não transaccionados em mercados activos, o justo valor é determinado com recurso a técnicas de valorização, que incluem preços de transacções recentes de instrumentos equiparáveis e outros métodos de valorização normalmente utilizados pelo mercado. Os activos de rendimento variável e instrumentos derivados que os tenham como subjacente, para os quais não seja possível a obtenção de valorizações fiáveis, são mantidos ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas por imparidade. Derivados Na sua actividade corrente, o Grupo utiliza alguns instrumentos financeiros derivados quer para satisfazer as necessidades dos seus clientes, quer para gerir as suas próprias posições de risco de taxa de juro ou outros riscos de mercado. Estes instrumentos envolvem graus variáveis de risco de crédito (máxima perda contabilística potencial devida a eventual incumprimento das contrapartes das respectivas obrigações contratuais) e de risco de mercado (máxima perda potencial devida à alteração de valor de um instrumento financeiro em resultado de variações de taxas de juro, câmbio e cotações). Os montantes nocionais das operações de derivados são utilizados para calcular os fluxos a trocar nos termos contratuais, eventualmente em termos líquidos, e embora constituam a medida de volume mais usual nestes mercados, não correspondem a qualquer quantificação do risco de crédito ou de mercado das respectivas operações. Para derivados de taxa de juro ou de câmbio, o risco de crédito é medido pelo custo de substituição a preços correntes de mercado dos contratos em que se detém uma posição potencial de ganho (valor positivo de mercado) no caso de a contraparte entrar em incumprimento. Os derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são separados do instrumento de acolhimento sempre que os seus riscos e características não estão intimamente relacionados com os do contrato de 59 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 acolhimento e a totalidade do instrumento não é designado no reconhecimento inicial como ao justo valor através de resultados (fair value option). Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na sua gestão de exposição a riscos financeiros e de mercado, são contabilizados como derivados de cobertura de acordo com os critérios definidos pela norma IAS 39, caso cumpram os requisitos de elegibilidade previstos pela norma, nomeadamente para o registo de coberturas da exposição à variação do justo valor de elementos cobertos (“Coberturas de Justo Valor”). Caso contrário, os derivados são considerados pelo seu justo valor como activos ou passivos financeiros de negociação, consoante tenham, respectivamente, justo valor positivo ou negativo. Contabilidade de Cobertura Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, são classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições: - à data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura; - existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação; - a eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação; - para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer. À data das Demonstrações Financeiras são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a estimar a eficácia futura da cobertura. Um activo ou passivo coberto pode ter apenas uma parte ou uma componente do justo valor coberta (risco de taxa de juro) desde que a eficácia da cobertura possa ser avaliada separadamente. 60 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Cobertura de Justo Valor Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo, o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos, atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva. Cobertura de Fluxos de Caixa Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade, a parte efectiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afecta resultados. A parte não efectiva de cobertura é registada em resultados. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados, quando a operação coberta também afectar resultados. No que concerne à divulgação de informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2010, as posições em risco sobre acções resultam na quantificação dos seguintes valores: Acções Cotadas Acções Não Cotadas POSIÇÕES EM RISCO SOBRE ACÇÕES (CARTEIRA BANCÁRIA) 2010 Custo Aquisição/Valor Nocional Justo Valor Preço Mercado 2009 2010 2009 - 7.390 5.531 1.818 50.596 16.134 6.245 32.884 - - Derivados-Contratos sobre Acções/Índices 2010 Outros Instrumentos de Capital 2009 2010 Total 2009 2010 2009 - 32.000 - - 5.531 41.208 - 629 255.388 235.509 312.229 285.155 - - - - - - 15.907 26.873 Resultado Exercício decorrentes de vendas e liquidações Total de ganhos ou perdas não realizados Total de ganhos ou perdas inerentes a reavaliações latentes Unidade: Milhares de Euros Nota: Não é possível desagregar a origem dos ganhos ou perdas em instrumentos financeiros. A informação disponível agrega resultados de vendas, liquidações e reavaliações. Considera-se que não existe divergência significativa entre o preço de mercado e o justo valor. 61 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 XI – Risco Operacional O Banif – Grupo Financeiro utiliza o Método do Indicador Básico para o cálculo dos fundos próprios a alocar ao Risco Operacional. Os fundos para a cobertura do Risco Operacional do Grupo são estimados com base nas rubricas que compõem o Produto Bancário Anual, mediante algumas correcções, obtendo-se assim o Indicador Relevante em cada exercício. O Indicador Relevante tem assim por base, o resultado da soma líquida de juros e receitas líquidas do Grupo numa base anual, reportados ao final de cada exercício financeiro. Os requisitos de fundos próprios para Risco Operacional resultam da média dos últimos três anos do Indicador Relevante anual positivo, ponderado por um factor de risco de 15%, nos termos do Aviso n.º 9/2007 do Banco de Portugal. O consumo de capital para 2010 resulta assim da média do Indicador Relevante dos exercícios de 2010, 2009 e 2008. O crescimento contínuo da actividade do Grupo, originou uma evolução positiva do Indicador Relevante e, por conseguinte, a um aumento dos requisitos de fundos próprios para Risco Operacional. O Grupo considera os seguintes elementos contabilísticos para o cálculo do Indicador Relevante: ELEMENTOS CONTABILÍSTICOS (INDICADOR RELEVANTE) (+) Juros e Rendimentos Similares (+) Rendimentos de Instrumentos de Capital (+) Comissões Recebidas (+) Outros Rendimentos de Operações Financeiras (-) Juros e Encargos Similares (-) Comissões Pagas (-) / (+) Resultados de Operações Financeiras 62 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Relativamente à divulgação de informação quantitativa, os valores apurados para o cálculo do Indicador Básico são apresentados no quadro seguinte: Indicador Relevante ACTIVIDADES 2008 1. Método do Indicador Básico 516.197 2009 550.910 2010 Por memória: método de Medição Avançada Redução de requisitos de fundos próprios 2010 Perdas esperadas Mecanismos de consideradas no quadro das transferência de risco práticas internas 641.518 2. Método Standard Financiamento das empresas - corporate finance Negociação e vendas Intermediação relativa à carteira de retalho Banca comercial Banca de retalho Pagamento e liquidação Serviços de agência Gestão de activos 3. Método de Medição Avançada (a) Unidade: Milhares de Euros (a) Base de incidência, em termos de indicador relevante, das actividades sujeitas ao método de Medição Avançada Em 2010, os requisitos de fundos próprios para Risco Operacional, de acordo com o método de cálculo referido, ascenderam a 85.431 milhares de Euros. 63 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 XII – Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital XII.I – Risco de Taxa de Juro da Carteira Bancária A análise de sensibilidade do risco de taxa de juro da carteira bancária, tem como objectivo avaliar a exposição do Grupo a este risco e inferir quanto à sua capacidade em absorver variações adversas nas taxas a que se encontra exposto. A estratégia e políticas no que diz respeito à gestão do risco de taxa de juro ao nível consolidado estão claramente definidas e são consistentes com a natureza e complexidade das actividades desenvolvidas pelo Grupo, aplicadas quer numa base consolidada quer numa base individual e, tomando em consideração as características específicas dos mercados em que as diversas Entidades operam. O sistema de medição do risco de taxa de juro adoptado ao nível do Grupo visa captar as principais fontes de risco de taxa de juro e, materialmente mais significativas, permitindo analisar o impacto dos efeitos das alterações das taxas quer no valor económico quer na margem financeira. A natureza do risco de taxa de juro no Grupo, é determinada pelas principais fontes de risco a que o grupo se encontra exposto a seguir identificadas: - risco de repricing: O risco de repricing constitui a principal fonte de risco de taxa de juro para o Grupo. Este risco resulta fundamentalmente da estrutura do balanço do Grupo e do timing de repricing entre as operações activas e passivas remuneradas. No que respeita ao peso das operações a taxa fixa, o mesmo não é materialmente significativo não sendo por isso relevante em termos de fonte de risco para o Grupo; - risco de alterações nas curvas de rendimentos: As alterações nas curvas de rendimento, constituem outra fonte de risco de taxa de juro para o Grupo. No entanto, devido à manutenção durante 2010 do contexto de taxas de mercado baixas e à estrutura da carteira bancária caracterizada por posições essencialmente a taxa variável, este risco não é materialmente significativo. Quanto às duas outras fontes mais comuns de risco de taxa de juro, risco de base e instrumentos com opcionalidade, atendendo às características das posições do balanço consolidado, estas apresentam uma importância marginal em termos da sua contribuição para o risco do Grupo. 64 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 A contribuição das posições registadas fora do balanço para o risco de taxa de juro também é considerada como pouco relevante, atendendo à revogabilidade contratualmente assegurada da maioria dessas posições e, ao facto da principal componente das mesmas (linhas de crédito aprovadas a clientes), ser objecto de renovação periódica e sistemática pelas áreas de negócio das Entidades que integram o Grupo. Previamente à escolha do modelo de medição e avaliação do risco de taxa de juro, procedeu-se à selecção das Entidades consideradas relevantes para efeito da análise, independentemente da sua localização geográfica. Considerando ainda o peso que as posições em moeda USD e sujeitas a risco de taxa de juro representam na carteira bancária, considerou-se como adequado a realização de uma análise desagregada para esta moeda, seguindo os mesmos princípios que para a moeda doméstica. A análise de sensibilidade efectuada, baseou-se na metodologia utilizada na Instrução n.º 19/2005 do Banco de Portugal, referente ao risco de taxa de juro da carteira bancária e ainda nos princípios emanados do Comité de Supervisão de Basileia no “Principles for the Management and Supervision of Interest Rate Risk”. Considerando a reduzida materialidade do impacto de uma evolução adversa das taxas de juro no valor económico do Grupo, optou-se por considerar a abordagem padrão referida pelo Comité de Basileia e acolhida pelo Banco de Portugal na Instrução acima referida. Em complemento, procedeu-se a uma análise de simulação de impacto em resposta a várias deslocações paralelas da curva de rendimentos, choques positivos e choques negativos, utilizando a metodologia padrão referida. O risco de taxa de juro da carteira bancária do Grupo, é avaliado numa base semestral sendo contudo as posições interbancárias mais relevantes, objecto de uma monitorização permanente. No cálculo do risco de taxa de juro, foram incluídos todos os instrumentos financeiros patrimoniais relevantes para esta análise, e que por definição sejam afectados pelas variações ocorridas nas taxas de juro. Atendendo ao tipo de taxa remuneratória, as posições são consideradas pelo período de repricing, ou pela respectiva maturidade residual. 65 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Quanto às posições registadas fora do balanço (extrapatrimoniais), apenas são consideradas na análise as posições em instrumentos financeiros derivados sensíveis a risco de taxa de juro. O tratamento dos swaps, para efeitos de risco de taxa de juro, é efectuado segundo o estipulado no n.º 8 da Parte 1 do Anexo II do Aviso n.º 8/2007 do Banco de Portugal. Conforme referido acima, os instrumentos com natureza de crédito com opcionalidade registados fora do balanço, não são considerados relevantes para efeitos do risco de taxa de juro, em virtude do peso pouco significativo que representam os contratos com cláusula de irrevogabilidade. Não foram assumidos quaisquer pressupostos quanto ao accionamento de cláusulas de reembolso antecipado nos empréstimos a clientes, considerando o reduzido impacto e materialidade das mesmas. Relativamente à maturidade efectiva dos depósitos sem prazo de vencimento, i.e. depósitos à ordem, apenas os que são objecto de remuneração são considerados como sensíveis ao risco de taxa de juro e classificados no prazo à vista. As posições denominadas em moeda estrangeira e sujeitas a risco de taxa de juro, foram convertidas em Euro à taxa de câmbio oficial do BCE na data de reporte. Como referido acima, procedeu-se a uma análise desagregada para as posições denominadas originariamente em USD. Não foram identificados factores de correlação com impacto significativo entre o risco de taxa de juro da carteira bancária e outros tipos de risco. Relativamente ao risco de crédito, a carteira do Grupo, caracteriza-se, no que respeita à taxa de remuneração, essencialmente por taxa variável indexada. Relativamente ao risco de liquidez, apesar dos activos e passivos não remunerados terem um peso reduzido no balanço do Grupo, a estrutura do balanço por gaps de liquidez apresenta-se equilibrada. XII.II – Testes de Esforço Realizados Âmbito de aplicação e incidência No seguimento da publicação da Instrução n.º 32/2009 do Banco de Portugal, o Banif - Grupo Financeiro efectuou os testes de esforço preconizados pela Entidade de Supervisão com referência a 31 de Dezembro de 2010 e englobando a posição financeira consolidada ao nível da Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A.. 66 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 As simulações efectuadas envolvem várias tipologias de risco, essencialmente, Risco de Crédito, Risco de Preços de Mercado (para títulos financeiros), Risco de Taxa de Juro, Risco de Liquidez, Risco de Taxa de Câmbio, Risco Operacional, Risco de Negócio e de Estratégia, Risco Imobiliário e Risco de Concentração. Os resultados são apresentados em termos de impactos no Balanço, na Demonstração de Resultados, nos Fundos Próprios e no Rácio de Solvabilidade, sendo que, no caso da análise de cenários, os resultados são projectados para um horizonte de dois anos. Descrição, objectivos e frequência de realização Os testes estão enquadrados numa envolvente macro-económica e financeira a nível mundial e nacional, permitindo identificar factores de risco e, bem assim, avaliar o desempenho da actividade do Grupo sob condições económicas adversas. Neste contexto, os testes efectuados têm duas vertentes: i) análises de sensibilidade (choques num único factor de risco) e ii) análises de cenário (choque simultâneo em vários factores de risco). Os testes de esforço são realizados com uma periodicidade semestral para as análises de sensibilidade e com uma periodicidade anual para as análises de cenário. Descrição das hipóteses assumidas, cenários subjacentes, factores de risco considerados e choques introduzidos para simular acontecimentos adversos Os testes efectuados incluem choques definidos pelo Banco de Portugal, bem como, choques adicionais e customizados que o Grupo entende como aplicáveis e adequados ao exercício em questão, fruto de uma avaliação interna da materialidade de outros factores de risco não considerados nas orientações do Supervisor. Relativamente aos procedimentos definidos pela Entidade de Supervisão para o exercício sobre dados de final de 2010, as simulações reflectem, designadamente, o processo de ajustamento orçamental da economia portuguesa, a manutenção de restrições activas nos mercados internacionais de financiamento por grosso e a persistência de um reduzido crescimento do produto potencial da economia portuguesa. De forma mais detalhada, o exercício efectuado referente à posição de 31 de Dezembro de 2010, incluiu, designadamente, as seguintes directrizes: - diminuição dos saldos de crédito a clientes; - deterioração das condições económicas, repercutindo-se nos montantes de crédito em incumprimento e na recuperação de crédito em contencioso, quer em termos globais quer para determinados portfolios da carteira de crédito (por exemplo, por sector de actividade e por geografia); - aumento dos saldos de recursos captados junto de clientes; 67 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 - variação das taxas de juro, quer as aplicadas a operações activas quer as aplicadas as operações passivas; - desvalorização das cotações dos mercados bolsistas; - desvalorização da cotação de títulos financeiros; - desvalorização do preço de activos imobiliários, incluindo os bens imóveis hipotecados a favor do Grupo; - variações nas taxas de câmbio; - descida da notação de risco de Administrações Centrais; - simulação de perdas decorrentes de eventos de risco operacional; - restrições na contratação e renovação de financiamentos no mercado por grosso; - concretização parcial dos objectivos de actividade definidos. Na realização do exercício, entre outros, utilizaram-se os seguintes pressupostos: - inclusão dos impactos dos choques sobre os fundos de pensões de benefício definido; - consideração de uma taxa de imposto e de pagamento de dividendos equivalente à de 2010; - impossibilidade de emitir instrumentos elegíveis para fundos próprios. Em função dos resultados dos testes efectuados, é realizada uma auto-avaliação sobre as vulnerabilidades detectadas e as respectivas medidas correctivas que o Banif – Grupo Financeiro tem equacionado, de forma a permitir que o nível de fundos próprios seja adequado aos riscos a que está exposto. 68 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 Relativamente à informação quantitativa, à data de 31 de Dezembro de 2010 e, comparativamente ao ano anterior, o efeito na situação líquida de um choque de 200 p.b na taxa de juro da carteira em EUR, USD e, em termos de carteira total, apresentou os seguintes resultados: Divisa: EUR Impacto RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA) 2010 Efeito da Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro: Valor % dos Fundos Próprios 2009 +1 (85.592) (74.730) 2 85.592 74.730 1 -7% -6% 2 7% - + - 6% Unidade: Milhares de Euros 1 "+" = Choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = Choque na taxa de juro, no sentido descendente Divisa: USD Impacto RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA) 2010 Efeito da Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro: Valor % dos Fundos Próprios 2009 +1 (14.510) (2.496) 2 14.510 2.496 1 -1% 0% 2 1% - + - 0% Unidade: Milhares de Euros 1 "+" = Choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = Choque na taxa de juro, no sentido descendente Divisa: Todas Impacto RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA) 2010 Efeito da Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro: Valor % dos Fundos Próprios 2009 1 (100.101) (77.226) -2 100.101 77.226 +1 -8% -6% 2 8% + - 6% Unidade: Milhares de Euros 1 "+" = Choque na taxa de juro, no sentido ascendente 2 "-" = Choque na taxa de juro, no sentido descendente 69 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 XIII – Anexos Anexo 1 – Descrição das Entidades incluídas no perímetro de consolidação integral da Rentipar Financeira S.G.P.S, S.A. para fins contabilísticos Anexo 2 – Descrição das Entidades do Grupo consolidadas por equivalência patrimonial para fins contabilísticos 70 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 1 - Empresas ANEXO 1 Data de referência: 31-12-2010 Nome da Sociedade Sede Detentor do Capital % Participação Efectiva Interesses Minoritários Renticapital - Investimentos Financeiros, S.A. Portugal Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A. 93,50% 6,50% Banif S.G.P.S., S.A. Portugal Rentipar Financeira S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif Comercial S.G.P.S., S.A. Portugal Banif S.G.P.S., S.A. Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Portugal Banif Comercial S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif (Açores) S.G.P.S., S.A. Portugal Banif Comercial S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif Finance, Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Numberone S.G.P.S., Lda. 53,87% 46,13% Banif Açores, Inc - San José E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 53,87% 46,13% Banif Açores, Inc - Fall River E.U.A Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 53,87% 46,13% Investaçor S.G.P.S., S.A. Portugal Banif (Açores) S.G.P.S., S.A. 31,89% 68,11% Investaçor Hotéis, S.A. Portugal Investaçor S.G.P.S., S.A. 31,89% 68,11% Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. Portugal Investaçor S.G.P.S., S.A. 26,60% 73,40% Turotel, Turismo e Hoteis dos Açores, S.A. Portugal Investaçor S.G.P.S., S.A. 31,28% 68,72% Investimentos Turísticos e Similares e Apart-Hotel Pico Lda. Portugal Açortur Investimentos Turísticos dos Açores, S.A. 26,60% 73,40% 46,13% Banif GO, Instituição Financeira de Crédito, S.A. Portugal Banif Comercial S.G.P.S., S.A. 53,87% Banif Rent - Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A. Portugal Banif Comercial S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. Brasil Banif Comercial S.G.P.S., S.A. Banif International Holdings, Ltd. 53,06% 46,94% Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. Portugal Banif S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif - Banco de Investimento, S.A. Portugal Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% Banif Açor Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimentos, S.A. 33,34% 66,66% Banif Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% Centro Venture - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 27,47% 72,53% Gamma - Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% Numberone S.G.P.S., Lda. Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 53,87% 46,13% Banif International Asset Management, Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% Banif Multifund, Ltd. Ilhas Cayman Banif International Asset Management, Ltd. 53,87% 46,13% Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd. Ilhas Cayman Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif International Holdings, Ltd. Ilhas Cayman Banif - Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd. 45,79% 54,21% Banif Financial Services, Inc. E.U.A Banif International Holdings, Ltd. 45,79% 54,21% Banif Finance (USA) Corp. E.U.A Banif International Holdings, Ltd. 45,79% 54,21% Banif Forfaiting Company, Ltd. Bahamas Banif International Holdings, Ltd. 45,79% 54,21% Banif Trading, Inc. E.U.A Banif International Holdings, Ltd. 45,79% 54,21% Banif Securities, Inc. E.U.A Banif Securities Holdings, Ltd. 53,87% 46,13% Econofinance, S.A Brasil Banif Securities Holdings, Ltd. 53,87% 46,13% Banif Securities Holdings, Ltd. Ilhas Cayman Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif (Brasil), Ltd. Brasil Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. 53,87% 46,13% Banif International Bank, Ltd. Bahamas Banif Comercial S.G.P.S., S.A. Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. Brasil Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. Banif Securities Holdings, Ltd. 53,87% 46,13% Banif Corretora de Valores e Câmbio, S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 53,87% 46,13% Banif Gestão de Activos (Brasil), S.A. Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 53,87% 46,13% Banif Imobiliária, S.A. Portugal Banif S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% SIP - Sociedade Imobiliária Piedade, S.A. Portugal Banif Imobiliária, S.A. 53,87% 46,13% BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, A.C.E. Portugal BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, A.C.E. (*) 53,87% 46,13% Banif Bank (Malta), Plc Malta Banif S.G.P.S., S.A. 38,79% 61,21% BCN - Banco Caboverdiano de Negócios, S.A. Cabo Verde Banif S.G.P.S., S.A. 27,85% 72,15% Banif Holding (Malta) PLC Malta Banif S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif Mais S.G.P.S., S.A. Portugal Banif S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Tecnicrédito ALD – Aluguer de Automóveis, S.A. Portugal Banif Mais S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banco Mais, S.A. Portugal Banif Mais S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Banif Plus Bank Company, Ltd. Hungria Banco Mais, S.A. 53,87% 46,13% Margem – Mediação de Seguros, Lda. Portugal Banif Mais S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% TCC Investments Luxembourg, SARL Luxemburgo Banif Mais S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Ecoprogresso Trading, S.A. Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 26,94% 0,00% Banieuropa Holding, SL Espanha Banif S.G.P.S., S.A. 53,87% 46,13% Beta Securitizadora, S.A. Brasil FIP Banif Real Estate 53,47% 46,53% SPE Panorama Brasil FIP Banif Real Estate 50,79% 49,21% Gestarquipark Portugal Imogest 33,72% 66,28% ZACF - Participações Ltd. Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 53,06% 46,94% Gavea Empreend. e Participações Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 53,06% 46,94% (*) A BanifServ - Empresa de Serviços e Tecnologias de Informação, A.C.E. tem como agrupadas as seguintes empresas do Banif - Grupo Financeiro: Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. - 85% Companhia de Seguros Açoreana, S.A. - 1,5% Banif GO, Instituição Financeira de Crédito, S.A. - 8% Banif - Banco de Investimento, S.A. - 1,5% Banif Rent - Aluguer, Gestão e Comércio de Veículos Automóveis, S.A. - 4% 71 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 2 - Fundos de Investimento ANEXO 1 Data de referência: 31-12-2010 Nome da Sociedade Banif US Real Estate Sede Detentor do Capital % Participação Efectiva Interesses Minoritários Brasil Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% FIP Banif Real Estate Brasil Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 53,47% 46,53% Art Invest Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 33,71% 66,29% Banif Fortuny Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% Infra Invest FEIA Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. 53,87% 46,13% Banif Nitor FI Ações Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 44,23% 55,77% Banif Nitor Maestro FIM Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 50,67% 49,33% Banif Nitor Institucional FIM Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 35,64% 64,36% Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. 33,72% 66,28% Capven Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal, S.A. Banif Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Banif - Banco de Investimento, S.A. 35,91% 64,09% Banif Inv. Conservador Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 33,56% 66,44% Banif Inv. Moderado Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 31,84% 68,16% Banif Iberia Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 26,91% 73,09% Banif Renda Habitação Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 53,87% 46,13% Banif Gestão Imobiliária Portugal Banif - Banco Internacional do Funchal (Brasil), S.A. 53,87% 46,13% Banif Gestão Patrimonial Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 37,24% 62,76% Banif Equity Hedge FIM Brasil Banif - Banco de Investimento (Brasil), S.A. 47,32% 52,68% Banif Gestão Activa Portugal Banif - Banco de Investimento, S.A. 28,92% 71,08% Imogest Data de referência: 31-12-2010 Nome da Sociedade Natureza % Participação Atlantes Mortgage N.º1 plc Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Mortgage N.º2 plc Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Mortgage N.º3 plc Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Mortgage N.º4 plc Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Mortgage N.º5 plc Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Mortgage N.º6 plc Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Mortgage N.º7 plc Veículos de Securitização 53,87% Azor Mortgage N.º1 Veículos de Securitização 53,87% Azor Mortgage N.º2 Veículos de Securitização 53,87% Atlantes Finance N.º3 Veículos de Securitização 53,87% Euro Invest Series 3A, 3B, 8 e 9 Emissão de Dívida Estruturada 53,87% Trade Invest Series 14 Emissão de Dívida Estruturada 53,87% 72 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010 1 - Empresas ANEXO 2 Data de referência: 31-12-2010 Nome da Sociedade Sede Social Actividade Principal Detentor do Capital % de Participação Valor da Participação Total de Capital Próprio Goodwill Resultado Líquido Contributo Líquido Rentipar Seguros S.G.P.S., S.A. Avenida Barbosa du Bocage, 85 Seguradora Banif S.G.P.S., S.A. 25,69% 34.487 449 134.239 4.438 1.140 Banca Pueyo, S.A. Virgen de Guadalupe , 2 Villanuea de la Serena, Badajoz Banca Banif S.G.P.S., S.A. 17,95% 15.064 14.787 83.922 5.761 1.034 Bankpime Travessera de Gràcia, nº 11 Barcelona Banca Banif S.G.P.S., S.A. 14,81% 3.719 3.807 25.101 (29.474) (4.366) Inmobiliaria Vegas Altas Parque de la Constitución, 9 Villanueva de la Serena Imobiliário Banif S.G.P.S., S.A. 17,96% 1.395 - 7.766 112 20 Espaço Dez - Sociedade Imobiliária, Lda. Av. Barbosa do Bocage 83-85 1050-050 Lisboa Imobiliário Banif Investimentos S.G.P.S., S.A. 13,47% - - (941) (46) (6) MCO2 Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa Gestão Investimentos Banif - Banco de Investimento, S.A. 13,47% 721 - 5.351 (254) (34) Pedidos Liz Portugal Fundo de Investimento Imogest 16,86% - - 6 (2) (1) 22,50% 6.484 - 29.602 (30) - 21,70% 582 - 2.686 169 37 62.452 19.043 287.732 (19.326) (2.176) Centaurus Reality Group São Paulo - Brasil Imobiliário Banif Holding (Malta), Ltd. Banif International Holdings, Ltd. Banif Europa Leste Rua Tierno Galvan, Torre 3, 10.º Piso Amoreiras, Lisboa Fundo de Investimento Banif - Banco de Investimento, S.A. Unidade: Milhares de Euros 73 Informação Anual – 31 de Dezembro de 2010
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