Brasil PRESBITERIANO

Transcrição

Brasil PRESBITERIANO
Brasil
PRESBITERIANO
J ulho de 2006
Órgão Oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil
Junta de Missões Nacionais planta igreja
no maior município do Maranhão
Prédio de Educação Cristã, no qual
funcionam o templo provisório e três
salas de aula do CM em Balsas (MA)
Editoriais
A reunião do Supremo Concílio e a IPB
O que se espera dos deputados ao SC/IPB
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Diante da deficiência do sistema educacional brasileiro,
organizações do terceiro setor estão implementando modelos alternativos que, ao trabalhar a capacidade criadora e
dialógica das crianças, alcançam resultados que ultrapassam
a simples assimilação de conhecimentos. De acordo com o
idealizador do projeto, pastor da IP Betel e pastor auxiliar
na IP de Manaus, rev. Alcedir Sentalin, a educação desenvolvida pelo Pequenos Discípulos segue a metodologia
ensinada por Jesus, pois é voltada para a exposição direta
de princípios essenciais à vida.
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Ano 49 / Nº 622 - R$ 1,80
Os membros do Campo
Missionário em Balsas (MA)
trabalham à noite na
construção do templo
Balsas é o maior município do estado
do Maranhão, com setenta mil habitantes. Está localizado numa região
de serrado e próximo a Araguaína
(TO) e Imperatriz (MA), ambas a
400 quilômetros de distância. Há seis
anos, o trabalho da JMN chegou ao
local. O rev. Antônio Campos e sua
família se instalaram em Balsas em
2002. Em 2003, o trabalho foi abençoado com a oferta de um terreno,
onde está o prédio da educação, no
qual funcionam o templo provisório
e três salas de aula.
O campo tem 65 membros comungantes e 14 não comungantes.
Segundo o missionário, considerando
o tamanho da região e sua necessidade, o templo da igreja precisa ser
construído urgentemente. A obra já
foi iniciada pelos próprios membros
da igreja, que trabalham a noite para
minimizar os custos da mão-de-obra.
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36ª Reunião
Ordinária do
Supremo Concílio
da IPB
Recreação educativa no projeto Educa para a
Vida em Manaus (AM)
Projeto Pequenos
Discípulos educa
para a vida
Rede
Presbiteriana
de Comunicação
Clifton Kirkpatrick, presidente da AMIR, conversa
com o papa Benedito XVI no Vaticano.
Reunião dos líderes da Aliança Mundial de Igrejas Reformadas
com o papa Benedito XVI no Vaticano, organização da qual a
IPB é membro, pode, segundo o rev. Ludgero Bonilha Moraes,
secretário executivo do SC-IPB, criar problemas nessa relação,
que será considerada na próxima reunião do Supremo Concílio.
Clifton Kirkpatrick disse que a família reformada é grata a Deus
pelas três fases de diálogo reformado-católico que se completaram e disse, ainda, que a AMIR está ansiosa para maior aproximação com a a Igreja Católica “no testemunho e na fé comum”.
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Acontece de 16 a 22 de julho, em
Aracruz (ES), a 36ª Reunião Ordinária
do Supremo Concílio da IPB.
Informações sobre traslados, hospedagem e acesso aos locais de reuniões.
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Supremo Concílio 2006
O concílio de
Jerusalém e os
concílios da IPB
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E
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Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
Editoriais
A reunião do SC e a IPB
A assembléia máxima da Igreja
Presbiteriana do Brasil, o Supremo
Concílio (SC/IPB), reúne-se de quatro em quatro anos em qualquer
parte do território nacional. Muito
embora a Comissão Executiva do
Supremo Concílio da IPB (CE-SC/
IPB) trate no interregno dos mais
diversos assuntos relacionados ao
andamento da vida da denominação, é no SC/IPB que as questões
teológicas, estruturais e administrativas são tratadas pelos representantes dos presbitérios que compõem a
igreja. Daí a grande expectativa que
sempre cerca essa reunião, pois ela
tem caráter decisivo para todas as
áreas da vida da IPB.
Um assunto que sempre desperta
a atenção e concentra os esforços
dos delegados ao SC/IPB é a eleição da Mesa do Supremo Concílio,
que é feita no primeiro dia da reunião. Em nossa denominação, o
presidente do Supremo Concílio
não somente modera a sua reunião,
como também preside as reuniões
da Comissão Executiva, representa
a Igreja internamente, bem como
em suas relações inter-eclesiásticas,
civis e sociais (Estatuto da IPB,
Art. 4º). Em outras denominações
presbiterianas do exterior, o presidente apenas preside a reunião
da Assembléia Geral, que acontece anualmente, enquanto que a
operacionalização das decisões são
do encargo do secretário-executivo, que geralmente trabalha tempo
O que se espera dos deputados ao SC/IPB
integral na função. Assim, pela
importância dos cargos da Mesa
em nossa denominação, as eleições
iniciais representam um momento de grande expectativa e oração,
que canaliza as atenções de todos.
Nesse Supremo Concílio teremos
a eleição para a presidência, para a
tesouraria e as secretarias temporárias. O secretário-executivo ainda
tem um mandato de quatro anos
para exercer. No momento, três pastores foram apresentados por concílios da IPB como postulantes à
presidência do Supremo Concílio:
rev. Cilas Cunha de Meneses, rev.
Guilhermino Cunha da Silva e rev.
Roberto Brasileiro da Silva. Neste
momento, cerca de seis outros oficiais da IPB são postulantes à vicepresidência, em caso da reeleição
do atual presidente, o Rev. Roberto
Brasileiro. Em outras ocasiões, indicações para cargos na Mesa têm sido
feitas a partir do próprio plenário.
Uma reunião de Supremo Concílio
é sempre um marco na vida da
denominação, quando expectativas
e esperanças de decisões visando
o bem da igreja são alimentadas,
quando as orações sobem aos céus
em favor daqueles que serão eleitos
para liderar a IPB nos próximos
quatro anos ocupando os mais diferentes cargos e papéis nos órgãos,
autarquias e instituições da denominação. Juntamos nossas orações
a estas, rogando a Deus sua bênção
sobre nosso concílio maior.
Ashbell Simonton Rédua
Estamos às portas da assembléia
geral da Igreja Presbiteriana do Brasil,
o Supremo Concílio. Esse concílio
decide os rumos da IPB até 2010.
Somos uma Igreja Reformada, e ser
Reformado é subscrever a Confissão
de Fé de Westminster, o Catecismo
Maior e Menor, como exposição fiel às
Escrituras Sagradas. O que se espera
dos deputados ao Supremo Concílio:
1. Espera-se integridade Confessional
O compromisso confessional é capaz
de nos fornecer raízes históricas e
teológicas profundas para lutarmos e
vencermos todas as intempéries do
teologismo moderno. Pense em todas
as decisões dos Concílios anteriores,
travando grandes lutas em várias frentes teológicas, tais como: Ordenação
Feminina, Confissão Positiva, Teologia
da Prosperidade, Quebra de Maldições,
Montanismo Moderno (pentecostalização), Sacramentos (Ceia Infantil,
Batismo), Princípios de Liturgia
(Corinhologia, Coreografia, Palmas e
Danças Litúrgicas), Mercado da Fé,
Maçonaria etc. Não é fácil ser uma
igreja confessional, mas é a única
forma de manter a nossa integridade.
2. Espera-se integridade Doutrinária
Existem muitas heresias penetrando
na Igreja. Heresias vindas de grupos,
com propostas estranhas, através da
televisão, como a doutrina da determinação – segundo este ensino, Deus
é uma espécie de gênio da lâmpada,
que está na Igreja somente para reali-
EXPEDIENTE
Órgão Oficial da
Brasil PRESBITERIANO
Uma publicação da
Ano 49, nº 622 – Julho de 2006
www.ipb.org.br
Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020, São Paulo – SP
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Gunnar Bedicks Jr. – Presidente
Gilson Alberto Novaes - Secretário
Alcides Martins Jr. – Titular
José Augusto Pereira Brito – Titular
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Clineu Aparecido Francisco – Diretor Administrativo-financeiro
André Mello – Diretor de Produção e Programação
Conselho Editorial:
Augustus Nicodemus Lopes
Celsino Gama
Evaldo Beranger
Gilson Alberto Novaes
Hernandes Dias Lopes
Vivaldo da Silva Melo
Rede Presbiteriana
de Comunicação
Edição e chefia de reportagem: Letícia Ferreira
DRT/PR: 4225/17/65.
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Textos: Martha de Augustinis - [email protected]
e Caroline Santana - [email protected]
Diagramação: Aristides Neto
Impressão: Folhagráfica
Secretaria de Atendimento ao Assinante: (19) 3741 3000 / 0800 119 105
zar os nossos pedidos. Outras como:
quebra de maldição, prosperidade, teologia relacional, teologia da preconização, movimentos (Marcha para Jesus,
Show Gospel). Deverá, portanto, o
Concílio decidir de forma a resgatar a
integridade doutrinária e reformada: a)
Sola gratia – afirma a justificação pela
fé somente; b) Solus Chistus - afirma a
supremacia de Cristo; c) Sola Scriptura
- afirma que as Escrituras Sagradas são
a ÚNICA regra de fé e prática; d) Sola
fide – afirma a justificação é somente
pela fé; e) Soli Deo Gloria – afirma
que a Glória é somente a Deus.
3. Espera-se integridade de caráter
moral e espiritual
A integridade espiritual para guardar
nossos princípios provém da constância no estudo das escrituras, na oração,
no serviço e sacrifício. Integridade
vem do latim integritate, que significa a qualidade de alguém ou algo
ser íntegro, de conduta reta, ética,
educada, imparcial. É preciso encarar
a vida eclesiástica e a vida cotidiana
como peças do mesmo quebra-cabeça,
guiando a liderança local a ser íntegra
no trabalho, vida familiar, comunidade e o indivíduo tanto para melhorar os resultados na igreja como na
vida diária. A poderosa combinação de
autenticidade, integridade e criatividade impulsiona o desempenho rumo à
consecução dos objetivos no trabalho
eclesiástico e em todas as esferas da
nossa vida.
Ashbell Simonton Rédua
é pastor da IP Sinai, Niterói (RJ).
E-mail: [email protected]
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Brasil PRESBITERIANO
Opinião
A
explosão de violência no país nos
últimos dias, a partir de São Paulo e sob
a coordenação de grupos
criminosos organizados,
trouxe à tona a velha
discussão sobre as suas
raízes mais profundas.
Muito se falou da necessidade de maior investimento na educação e
em programas sociais.
Foi este o argumento,
por exemplo, do presidente da República, que
associou os altos índices
de violência no país à
fragilidade do sistema
educacional e à pobreza.
De pronto, o argumento
foi contestado por diversos intelectuais e pela
própria mídia, com base
em dados estatísticos da
Unesco. Não faltou quem
lembrasse que muitos dos
agentes da violência urbana são pessoas intelectualmente bem preparadas
e de alto padrão de vida,
fruto dos lucros podres
do narcotráfico. Os ideólogos do PCC, por exemplo, lêem com freqüência
os maiores pensadores do
comunismo – criaram até
uma cartilha com base
em alguns de seus pressupostos – e têm dinheiro suficiente para tentar
comprar favores e até
3
Seu recado
Violência, a alternativa que
as autoridades não indicam
Vivaldo da Silva Melo
Julho de 2006
para financiar campanhas
políticas.
O problema, portanto,
é muito mais complexo.
Ninguém questiona que
certas ações preventivas
podem surtir melhor efeito do que a mera repressão
ou a criação de determinadas leis. Também é ponto
pacífico que as políticas
de inclusão social – especialmente para crianças e
adolescentes -, o combate eficaz ao desemprego,
melhor poder de compra
do salário, distribuição de
renda mais justa, aperfeiçoamento do judiciário
e melhor aparelhamento
das polícias são imprescindíveis para uma vivência comunitária mais
fraterna. E, finalmente, que a educação pode
contribuir decisivamente
para desarmar os espíritos do povo, pois, entre
os seus benefícios, está a
possibilidade de termos
um contingente maior de
cidadãos que saiba exigir
e cobrar mais essas medidas dos governantes.
Entretanto, mesmo todas
essas alternativas não
produzirão uma sociedade menos violenta. Algo
imprescindível está faltando: as pessoas precisam se voltar para Deus,
vendo-o como a maior
fonte de amor, paz e justiça. Por se tratar de uma
tese religiosa, ninguém a
tem listado nos debates
acalorados dos últimos
dias. Ocorre que grande
parte da população brasileira é confessionalmente cristã. Assim, muitos
que poderiam atuar como
profetas de um tempo
de caos, indicando que
o afastamento de Deus
produz inevitavelmente
uma sociedade sem referenciais, simplesmente
tomam a forma do mundo
alienado de Deus. E, por
conveniência, reproduzem seu discurso. Mais
triste é constatar que de
forma corporativa, neste
momento da história, a
Igreja tem ignorado a sua
missão profética de ser
a consciência do Estado,
denunciando o mal, onde
ele estiver. Em termos
gerais o discurso contra o
pecado estrutural é tímido.
Muitas vezes se restringe
às prédicas dominicais.
Entre as muitas razões,
está o vínculo de muitas
denominações com grupos políticos, além do
medo e visão absurda de
que determinados posicionamentos não sejam
de sua competência. Até
que acordemos, muitas
mortes lamentavelmente
continuarão acontecendo.
Vivaldo da Silva Melo é pastor
da IP de Aquidauana (MS). E-mail:
[email protected]
Sobre a Resolução do SC-IPB 2004
sobre batismo de criança e Santa Ceia
“Inferi-se que o fato das crianças
serem circuncidadas aos oito dias e,
nessa ocasião, estarem impossibilitadas
de comer a carne do cordeiro pascal,
estariam elas proibidas de participar
dos elementos da Ceia. Esta é uma inferência não necessariamente verdadeira.
Muito mais evidente, pois está claramente dito no texto, é o fato de que as
crianças eram circuncidadas ao oitavo
dia e nem por isso estabelecemos esta
data para o seu batismo.
A afirmação de que as crianças só
comiam do cordeiro pascal a partir do
momento que podiam compreender não
tem respaldo na Bíblia. Como o cordeiro
era comido pela família é mais natural entender que as crianças também
comiam dele. (...) Tem sido prática dos
concílios tentar garantir determinadas
questões excluindo do debate aqueles
que discordam da proposta que se deseja aprovar. Não percebe a igreja que
isso empobrece o debate; desqualifica
algumas decisões, porque na falta de um
debate verdadeiro, decide-se inconsistentemente; e o segmento excluído fará
pouco caso de decisões da igreja, fragilizando-a politicamente. (...) Um debate
honesto tem o mérito de deixar em paz
até mesmo a parte vencida (sendo ela
honesta, deixa-se convencer pela maioria). A manobra instiga o ressentimento
e a amargura e, por fim, a perda de uma
mão de obra, algumas vezes, de muito
boa qualidade.”
Rev. Zwinglio de Andrade Costa, pastor da IP de Cidade Satélite, em Natal
(RN)
Violência e oração
“Rodrigo Netto (o guitarrista da
banda Detonautas) morreu perto da
minha casa. É mais uma vida ceifada pelo ódio humano e pelo poder do
mal através daqueles que servem aos
demônios. (...) Não foi em nenhum
campo de guerra. Foi ali, próximo da
Universidade Celso Lisboa, da nova
Faculdade de Comunicação e Letras
do CCAA, do Instituto Politécnico do
Senac e do Seminário Teológico Betel.
(...) Enquanto orava e meditava, percebi
que tenho orado pouco contra a violência e senti uma convicção profunda de
que tenho que orar pela segurança do
meu bairro, da minha cidade, do meu
país. Orar para que Deus dê sabedoria
e poder às autoridades. Mas também
pela conversão dos criminosos, pois só
o evangelho pode mudar radicalmente
a vida deles e, conseqüentemente, a
sociedade.”
João Luiz Santolin, membro da IPB no
Rio de Janeiro e presidente do Movimento
pela Sexualidade Sadia (Moses)
Rev. Crispim José Ferreira
Solicito a gentileza de divulgar meu
atual endereço: Rua Olívia Marques,
1017 - Centro, CEP- 18400-100. Itapeva
(SP). Fone: (15) 3521-2274 e e-mail:
[email protected]
Miguel Torres
O saudoso rev. Julio A. Ferreira escreveu um livro sobre o missionário rev.
Miguel Gonçalves Torres, chamando-o
de o apóstolo de Caldas. Muito bem, o
rev. Miguel Torres faleceu muito moço
em Caldas (MG) e lá foi sepultado.
Conforme pudemos conferir há uns seis
anos, seu túmulo encontra-se abandonado. Tentamos limpá-lo, ao menos à placa
de inscrição, mas pouco conseguimos.
Informei ao Presbitério São João de Boa
Vista, de cuja cidade está sob jurisdição
e, passados seis anos, não obtive nenhuma resposta da minha carta. Lá voltamos
e constatamos que nada foi feito. É assim
que a IPB preserva sua memória....
Nathanael Oliveira Neves, da
Comunidade Presbiteriana Boas Novas
de São João da Boa Vista (SP).
Aniversário do Brasil Presbiteriano
(8 de junho)
Recebemos na redação os cumprimentos e felicitações das seguintes pessoas,
igrejas e SAFs:
Ana Lúcia da Silva de Magalhães Pinto, segunda secretária da SAF da IP Jardim de Oração
em Santos (SP); Confederação Sinodal Norte
do Paraná de SAF’s; Diretoria da SAF da
Igreja Presbiteriana de São José, presidente
Celi M. Costa Silveira e vice-presidente e
primeira secretária Lenita Santiago Lohmeyer;
Eliane Cereda, secretária de Comunicação e
Marketing; Federação Central Fluminense do
Trabalho Feminino; Federação de SAF’s do
Presbitério Vale do Ivaí; Georgina Moraes Dias,
secretária de Causas da IP de Cachoeira (BA);
Giane Domingues Vieira Alves, secretária de
Causas da IPB, SAF “Vitória Martins Banks
Leite” e Congregação Presbiteriana de Vila
Sanches de Juquiá (SP); Ilza Silva Dutra de
Souza, presidente da SAF da IP de Eldorado,
em Diadema (SP); IP de Monte Carmelo (MG);
IP de Pederneiras (SP); Maria Aparecida Carniel
da Costa, secretária de causas da SAF IPB; Nilza
Pereira, secretária de Causa da SAF da IPVC;
Norma Disney da IP de Aldeota, Fortaleza (CE);
Paulo Ricardo Dias Ferreira; Priscila, secretária de Estatística da SAF; Rosilene Lameira,
secretária de Sociabilidade e Causas Locais
da SAF Belém; SAF da Capela Presbiteriana
de Anápolis (GO); SAF da Congregação da
IPB em Galiléia (MG); SAF da Congregação
Presbiterial da IPB em Ivaiporã (PR); SAF da
Congregação Presbiteriana de Nazário (MG);
SAF da Congregação Presbiteriana do Jardim
Piza, em Limeira (SP); SAF da IP Central de
Ipatinga (MG); SAF da IP de Juquiá (SP);
SAF da IP de Parauapebas (PA); SAF da IP do
Jardim Vera Cruz, em São Bernardo do Campo
(SP); SAF da IP Ebenézer, em Monte Carmelo
(MG); SAF da IP Jardim das Oliveiras, em
Governador Valadares (MG); SAF da Primeira
Igreja Presbiteriana de Vitória através da
Secretaria de Causas da IPB representada pela
secretária Ely Batalha Silveira de Magalhães;
SAF da Primeira IP Aracruz.(ES); SAF da
Primeira IP de Bauru (SP); SAF da Primeira
IP de Manhuaçu (MG); SAF da Primeira IP de
Salinas (MG); SAF da Segunda IP de Juiz de
Fora (MG); SAF da Segunda IP Nova Venécia,
em São Cristóvão (ES).; SAF de Ibicaraí (BA)
parabeniza o Jornal Brasil Presbiteriano pelo
seu aniversário.; SAF de Itabuna (BA); SAF de
Mantenópolis (ES); SAF de São José de Freitas
(PI); Segunda IP de Uberlândia (MG)
O “Seu Recado” recebe colaborações pelo correio: Rua Maria Antônia, 249, 1º andar, CEP 01222-020,
São Paulo, SP, por fax: 11-3255-7269 e por e-mail: [email protected]. As cartas devem ser
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O Brasil Presbiteriano se reserva o direito de selecionar cartas e publicar trechos.
4
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
Consultório Bíblico
As Confissões Reformadas
O Verbo Eterno sujeito ao diabo?
Odayr Olivetti
P
ergunta:
“Como
entender o fato de
Jesus Cristo, sendo a
segunda pessoa da Santíssima
Trindade, submeter-se aos
caprichos do diabo durante
quarenta dias no deserto, conforme Lc 4.1,2?”
Resposta: Consideremos:
Primeiro, Jesus Cristo não
se submeteu aos caprichos do
diabo; submeteu-se, levado
pelo Espírito Santo, a ser tentado, mas não cedeu a nenhuma tentação (Hb 4.15).
Segundo, Cristo veio para ser
o servo sofredor, para cumprir
toda a justiça, humilhando-se,
fazendo-se obediente até à
maldição da morte na cruz (Is
52.13 a 53.12; Mt 3.14,15; e
5.17,18; Fp 2.5-8; Gl 3.13).
Terceiro, a máxima humilhação a que se rendeu o Verbo de
Deus, o Verbo Eterno, é que
o Pai O fez pecado por nós,
para que fôssemos revestidos
da Sua justiça (2 Co 5.21).
Em razão disso, Jesus Cristo
sofreu o misterioso mas real
desamparo do Pai na cruz –
porque ali Deus viu em Cristo
o nosso pecado, e O puniu em
vez de nos punir eternamente
(se é que verdadeiramente cremos nEle).
No conselho da eternidade,
Deus o Pai entregou ao Filho
aqueles que Ele haveria de salvar, como Ele próprio declara
em Sua oração sacerdotal: “É
por eles que eu rogo; não rogo
pelo mundo, mas por aqueles
que me deste, porque são teus”
(Jo 17.9).
Louvado seja o nome do
Senhor!
Almoços na igreja
Pergunta: “É lícito a uma
igreja promover almoço beneficente no dia do Senhor?”
Resposta: Consideremos
dois aspectos:
Primeiro, o aspecto negativo. Consiste mais de perigos,
espero, do que de fatos. Os
perigos de induzir pessoas a
só ajudarem os necessitados
em troca de algo (comida) e
os perigos de outras formas de
carnalidade.
Lembrete importante: toda a
coordenação da obra assistencial da igreja local deve (ou
deveria) estar a cargo da Junta
Diaconal.
Segundo, o aspecto positivo. Como as pessoas em geral
almoçam, bom será que seu
almoço redunde em benefício
de pessoas carentes. Se o espírito dos que promovem tais
almoços é realmente cristão,
para real prestação de serviço
e cumprindo o ministério de
misericórdia da igreja – se é
esse o espírito, acredito que
se aplique a essa obra o que
disse Jesus aos judeus que O
criticaram por curar um paralítico no dia de santo repouso
semanal. Disse Ele: “É lícito,
nos sábados, fazer o bem” (Mt
12.12).
Odayr Olivetti é pastor presbiteriano,
ex-professor de Teologia Sistemática
do Seminário Presbiteriano de
Campinas, escritor e tradutor. E-mail:
[email protected]
Consultório Constitucional da IPB
Addy Félix de Carvalho
P
ergunta: Como é decidido quem representa
as igrejas e regiões no
Supremo Concílio da Igreja
Presbiteriana do Brasil?
Resposta: Para as reuniões
do Supremo Concilio da IPB
cada Presbitério é representado por 2 ministros e 2 presbíteros - titulares (2 ministros
e 2 presbíteros suplentes),
eleitos na reunião ordinária
que antecede a RO-SC (nos
anos pares, de 4 em 4 anos),
levando-se em consideração o
número de membros comungantes de cada Presbitério, até
o limite de 2000 membros.
O Presbitério terá direito a
ser representado por mais 1
ministro e 1 presbítero, ou
seja, 3 ministros e 3 presbíteros, caso tenha mais de
4000 membros. Se tiver 6000
membros, será representado
por 4 ministros e 4 presbíteros.
O SC (58-184) interpretou o artigo 90 dizendo que
SOMENTE CADA GRUPO
DE 2000 DÁ DIREITO A
MAIS UM PASTOR E UM
PRESBÍTERO. E a CE (86046) confirma que os art. 89 e 90
REFEREM-SE A MEMBROS
COMUNGANTES.
Interessante é que os pastores e presbíteros detentores
de representatividade junto ao
SC-IPB devem ser tratados
de DEPUTADOS, e não de
REPRESENTANTES, como
são tratados nas reuniões dos
Presbitérios e dos Sínodos.
Os representantes (1 titular e 1
suplente) dos Conselhos junto
aos Presbitérios são eleitos
anualmente. Dos Presbitérios
(3 ministros e 3 presbíteros titulares, mais 3 ministros e 3
presbíteros suplentes) às reuniões dos Sínodos são eleitos
nas reuniões dos Presbitérios.
E os deputados ao Supremo
Concilio (2 ministros e 2
presbíteros - titulares, mais
2 ministros e 2 presbíteros
suplentes) são eleitos também
nas reuniões dos Presbitérios.
Addy Félix de Carvalho é pastor
da Ig Presb de Petrópolis, RG e autor
do livro Interpretação e Comentários
sobre a Constituição da Igreja. E-mail:
[email protected]
Primeira Confissão Helvética (1536)
Alderi Souza de Matos
E
sse importante documento, também conhecido como Segunda
Confissão de Basiléia, foi motivado por duas circunstâncias:
a convocação, pelo papa Paulo
III, de um concílio geral a reunir-se em 1537 em Mântua, no
norte da Itália, e as atitudes
conciliatórias dos reformadores
de Estrasburgo, Martin Bucer e
Wolfgang Capito, que desejavam
ardentemente unir zuinglianos
e luteranos. Representando oficialmente as principais cidades
reformadas suíças, vários teólogos se reuniram em Basiléia nos
dias 1º a 4 de fevereiro de 1536.
Eram eles Henrique Bullinger e
Leo Jud, de Zurique; Osvaldo
Micônio e João Grineus, de
Basiléia; Gaspar Megander, de
Berna, bem como os alemães
Bucer e Capito, que compareceram como convidados. A confissão redigida nessa ocasião pelos
teólogos suíços foi assinada por
todos os delegados, no último
dia da conferência, e publicada
em latim. Leo Jud preparou o
texto em alemão, também aceito
oficialmente. Em 27 de março,
os delegados dos conselhos
municipais aprovaram formalmente o documento.
Na
Primeira
Confissão
Helvética, todas as cidades suíças de língua alemã que abraçaram a Reforma (Zurique,
Basiléia, Berna, Schaffenhausen,
St. Gall, Muhlhausen e Biel)
apresentaram a sua fé comum.
Assim, ela tornou-se a primeira
confissão geral suíça e a primeira confissão reformada com
autoridade nacional, sendo considerada o ápice do desenvolvimento confessional do zuinglianismo. Martinho Lutero
recebeu uma cópia da confissão
através de Bucer e expressou
apreciação pela mesma, mas
exigiu que os suíços assinassem
a Concordata de Wittemberg,
proposta por Bucer em maio de
1536, o que não veio a ocorrer.
Embora não tenha sido apresentada em Mântua (o concílio
convocado pelo papa só veio a
reunir-se em Trento em 1545),
nem tenha unido reformados e
luteranos, essa confissão continuou por muitos anos a ser
uma eloqüente expressão da fé
dos reformadores suíços. Trinta
anos depois, foi substituída pela
Segunda Confissão Helvética,
preparada por João Bullinger e
Pedro Mártir Vermigli em 1561
e publicada em 1566.
A versão latina contém 28 breves parágrafos (27 no texto alemão mais pleno e vigoroso, que
une os artigos 13 e 14). Os temas
tratados são os seguintes – Arts.
1-5: as Escrituras, sua interpretação e propósito (pela primeira vez a questão da autoridade
doutrinária é respondida com o
princípio formal da Escritura);
Art. 6: o Deus triúno; Arts. 710: o ser humano, o pecado, o
livre arbítrio e a salvação; Arts.
11-12: Jesus Cristo e “o que
nós temos através dele”; Arts.
13-14: a fé na graça de Deus
como o meio de salvação; Arts.
15-20: a igreja, o ministério, a
autoridade eclesiástica, a eleição
dos ministros, os verdadeiros
pastores (tendo a Cristo como
modelo supremo) e o ofício do
ministério; Arts. 21-23: abordagem moderada e conciliatória de
um tema crucial – os sacramentos; não são meros sinais vazios,
mas símbolos da graça divina
que oferecem as realidades espirituais para as quais apontam;
Arts. 24-28: o culto e as cerimônias públicas, coisas indiferentes, heresia e cisma, magistrados civis e casamento. Segundo
consta, Bullinger e Jud tentaram
sem êxito incluir uma cláusula
advertindo contra a autoridade
normativa dessa ou de qualquer
confissão que pudesse usurpar o
lugar da Escritura, o único vínculo verdadeiro e suficiente da
união evangélica.
Alderi Souza de Matos é pastor
presbiteriano e historiador oficial da
IPB. E-mail: [email protected]
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
5
Aconteceu
Jovens celebraram 70 anos de UMP decidiu extinguir a Confederação Nacional de
Comemoração nacional se deu na IP Mocidade Presbiteriana, alterando a estrutura
do trabalho da Mocidade quanto à sua relevândo Rio de Janeiro
Por Suely Montalvão Rédua
Os jovens presbiterianos comemoraram
nacionalmente, no Rio de Janeiro, 70 Anos de
Mocidade Presbiteriana. O evento foi realizado
no dia 20 de maio na IP do Rio de Janeiro,
com a liderança regional das confederações
sinodais, federações e UMPs. Contando com
a presença do secretário geral da Mocidade,
rev. Walcyr José de Paiva, do tesoureiro da
Confederação Nacional de Mocidades, diác.
Fabiano e o secretário de Esportes/Recreação,
presb. Ricardo Beraldo. Estiveram presentes
também jovens da antiga geração: rev Enos
Moura, Eloísa Helena Alves e presb. Renato
Piragibe, entre outros.
Foram rememoradas as lutas e vitórias dos
jovens presbiterianos desde 1938, quando
o SC/IPB teve o entendimento de que a
Mocidade Presbiteriana carecia de maior cuidado, amor e atenção dos líderes, principalmente dos pastores e presbíteros, e foi criada
a Secretaria Geral da Mocidade, sendo nomeado para o exercício do cargo o rev. Benjamin
Moraes.
Na década de 1960, o Supremo Concílio
Eloísa Helena fala sobre a história da
UMP
Igreja reunida para comemorar
aniversário da Mocidade
cia nacional, devido às dificuldades de relacionamentos entre a Diretoria da CNMP e a IPB.
Esta situação permaneceu por 26 anos, período de muitas lutas nacionais que atingiram
em certa parte a vida da igreja. No entanto,
com o crescimento da IPB foram organizadas
várias federações presbiteriais e confederações sinodais, o que exigiu uma postura maior
da igreja no cuidado da Mocidade. As mudanças aconteceram em 1986, sob a coordenação
do rev. Cleómines Anacleto de Figueiredo,
secretário geral da Mocidade, reorganizando a
Confederação Nacional da Mocidade.
Em 1990, com a eleição da nova diretoria
nacional da Mocidade, sob a presidência da
jovem Eloísa Alves Helena, empreendedora de
uma nova dinâmica no trabalho, foi desenvolvida a estrutura que vigora hoje.
Foram compartilhadas novas esperanças e
novos sonhos por meio do entendimento que
a igreja nacional tem dado à Mocidade através
da premissa Sociedades Internas: Fator de
Integração da Igreja.
Líderes da AMIR visitam o Papa
Líderes da Aliança Mundial de Igrejas
Reformadas (AMIR) fizeram um apelo por
uma nova era de parceria em questões de
justiça em sua primeira visita ao papa Benedito
XVI no Vaticano, no dia sete de janeiro. A notícia repercute agora em face da Reunião do
Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana, uma
das afiliadas à AMIR.
A Aliança é uma fraternidade de mais de 200
igrejas em 107 países do mundo, congregando
75 milhões de cristãos reformados.
A Igreja Presbiteriana do Brasil reativou sua
filiação a AMIR por resolução do Supremo
Concílio em 1998, considerando “que a Aliança
Mundial de Igrejas Reformadas - AMIR é herdeira de uma tradição de 120 anos, agregando
as principais denominações reformadas no
mundo.” (SC-1998 - Doc. 68)
“Estamos ávidos em buscar com o Sr., nessa
visita ao Vaticano, uma maneira em como os
católicos e cristãos reformados possam trabalhar juntos pela justiça de Deus num mundo
esmagado pela pobreza, guerra, destruição
ecológica e negação da liberdade humana,”
disse ao pontífice Clifton Kirkpatrick, presidente da AMIR.
Para o secretário executivo do SC-IPB, rev.
Secretário Geral da AMIR, Setri Nyomi
e o presidente Clifton Kirkpatrick se
encontram com o papa Benedito XVI
e o bispo Brian Farrel, secretário do
Conselho Pontifício para a Promoção
da Unidade Cristã.
Ludgero Bonilha Moraes, o que pode causar consternação e constrangimento à IPB
são declarações do presidente da AMIR, que
naquele ato a representava, como estas:
“Ainda há muito a ser feito para irmos além do
nosso passado de condenações mútuas, ao
respeito de um ao outro como partes de um só
corpo de Jesus Cristo, servindo a Deus juntos
sem preocupar-nos com restrições em nossos
países e virmos juntos à mesa do Senhor.
Queremos ser parceiros contigo nesse importante ministério da unidade cristã.”
Culto dos Jubilados em março
No dia 28 de março,
na
Universidade
Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo
(SP), foi celebrado
o culto de ação de
graças pela vida dos
pastores jubilados
durante a reunião da
Comissão Executiva
Rev. Abel José de
do Supremo Concílio. Paula
Entre eles, o rev. Abel
José de Paula, pastor emérito da IP de Vila
Formosa, em São Paulo, onde trabalhou 33
anos. Atualmente, o rev. Abel exerce seu
ministério auxiliando o trabalho de Deus nesta
mesma igreja.
Irmãos e amigos agradecem a Deus pela vida
de dedicação do seu pastor, parabenizando-o
juntamente com todos os pastores jubilados
que, com mérito, foram homenageados pelo
Supremo Concílio.
Maria Aparecida Marra Matias, membro da
IP de Vila Formosa, São Paulo
6
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
Apologética
Pastores opinam sobre abordagem do polêmico livro O Código da Vinci.
Uma análise cristã
O livro O Código da Vinci, recentemente levado
ao cinema com o ator Tom Hanks no papel principal, escrito por de Dan Brown, expõe, por meio
de uma história fictícia, diversos segredos que
envolveriam uma sociedade secreta dos tempos
de Jesus, portadora de um mistério milenar que
envolve desde o sorriso de Mona Lisa até o significado do Santo Graal. O romance tornou-se
um dos maiores best-sellers modernos.
A novel – Um romance
Odayr Olivetti
S
e é obra de ficção, um
romance, não está comprometido com a verdade histórica. O autor afirma
que descrições como as da
arquitetura e os documentos
“são acurados”. Mas não dá
informações bibliográficas
que assegurem aos referidos
documentos valor documental.
À pergunta se Da Vinci era
homossexual, a resposta do
livro é: “Os historiadores
geralmente não dizem bem
isso, mas, sim, Da Vinci era
homossexual”.
Notável o dogmatismo da
resposta apesar da insegurança do fundamento. É comum
em escritos modernos afirmações como essa a respeito de
vultos do passado, que não
estão aqui para explicar-se.
A impressão é que os degenerados e os promotores da
degeneração moderna querem justificar dessa forma a
sua degeneração ou o seu afã
em promover uma sociedade cada vez mais permissiva,
para não dizer libertina.
Uma das teses fundamentais
da obra é que Constantino
e certos sucessores “converteram o mundo do paganis-
mo matriarcal ao cristianismo patriarcal”, que procurou
eliminar “o feminino sagrado, obliterando a deusa para
sempre da religião moderna”
(p.133).
Os argumentos sobre o desvirtuamento do cristianismo
se baseiam em Constantino
e seus sucessores. Todos os
“pais da igreja” dos primeiros
séculos são deixados de lado.
O cristianismo do Cristo divino e humano (negado no livro)
é ratificado pelos cristãos dos
dois primeiros séculos (pp.
133ss e 250ss). Note-se que,
ao invés de eliminar o feminino, a tradição do catolicismo romano, a partir do século
IV (ou seja, a partir do tempo
de Constantino), desenvolveu
fortemente o culto a Maria,
colocando-a quase no nível
de Jesus Cristo e, nalguns
aspectos, acima dele).
O romanismo é atacado
“de fio a pavio” na obra de
Dan Brown, principalmente
a partir do século XI, época
do surgimento da famigerada “santa” inquisição). O
protestantismo é atacado no
que se refere às suas crenças fundamentais, calcadas
na interpretação correta da
Bíblia em geral e do Novo
Testamento em particular. O
autor segue linhas gnósticas
(racionalistas e imaginosas,
que os apóstolos Paulo e
Pedro chamam de “fábulas”
engenhosas, como se vê nestas passagens: 1 Tm 1.4; 4.7;
2 Tm 4.4; Tt 1.14, “fábulas
judaicas”; 2 Pe 1.16).
Muita gente moderna tem
ido na onda da afirmação de
que o Novo Testamento é
pura alegoria. O autor, que
algures faz referência a um
obscuro escrito dos “Rolos
do Mar Morto”, deixa de
mencionar o escrito mais
importante deles: o manuscrito completo do Livro de
Isaías, que os cientistas do
Museu Britânico declararam
que só pode ter sido escrito
antes do século 2º antes de
Cristo. E o Livro de Isaías
tem profecias tão minuciosas a respeito de Jesus Cristo
como o Servo Sofredor, o
Rei eterno (“Deus Forte,
Pai da Eternidade”), filho
de uma virgem etc. (Is 7.14;
9.6; 53), que os modernistas
afirmavam que esse livro só
pode ter sido escrito depois
da vinda de Cristo. Com a
descoberta do manuscrito do
Mar Morto, esses modernistas tiveram que calar a boca
sobre isso.
Nas páginas 266 e 267 o
autor, baseado em “evangelhos” espúrios, afirma que
Maria Madalena foi esposa
de Jesus, que os discípulos
reclamaram: “Por que a amas
mais que a todos nós?” e que
Pedro teve ciúme por Jesus
amá-la mais que aos outros
discípulos.
Ora, claro está que o amor
conjugal é de natureza diferente do amor ao próximo
ou do amor dos irmãos na
fé. A reclamação e o ciúme
referidos não têm razão de
ser. Ao contrário, se mos-
tram alguma coisa, mostram
que Maria era uma discípula,
como os demais discípulos
de Jesus Cristo. Mas tudo
isso é fábula.
Diz ainda o livro que as
palavras de Jesus sobre a
pedra (Mt 16.18) foram dirigidas a Maria Madalena (p.
267).
Vejamos: 1°. As palavras de
revestimento de autoridade
ditas a Pedro são depois ditas
por Jesus a todos os apóstolos: Mt 16.19; 19.18. 2°. O
próprio Pedro afirma claramente que a pedra fundamental da igreja é Jesus Cristo: At
4.11 e 1 Pe 2.3,4. Os cristãos
são “pedras vivas”, como diz
o versículo seguinte, mas
Cristo é a pedra fundamental.
3°. O apóstolo Paulo afirma:
“a pedra era Cristo”: 1 Co
10.4. 4°. O pronunciamento
de Cristo em Mt 21.42-44 é
feito em termos que eliminam qualquer dúvida a respeito da pedra e é feito com
tal majestade e rigor divinos
que os que brincam com a
Palavra de Deus deveriam
apavorar-se e, para não serem
destruídos, recorrer à misericórdia do Juiz que salva o
crente penitente.
É negada a autenticidade do
Novo Testamento e é posta
em dúvida a credibilidade dos
historiadores e de outros testemunhos antigos (p. 276).
1º: Não se compara a comprovação da Escritura com
a de outras obras. É extraordinário o trabalho de
especialistas individuais e
de equipes – um trabalho
cumulativo através dos séculos, uma equipe partindo dos
resultados dos trabalhos das
equipes anteriores, e assim
por diante.
2º: Se devo duvidar dos
historiadores, por que devo
acreditar em Dan Brown,
ainda mais quando ele
mesmo declara que seu livro
é um romance, uma obra de
Brasil PRESBITERIANO
ficção?
3º: Astrologia. Segundo a
obra em foco, tivemos dois
mil anos sob o signo de peixes, período durante o qual
os homens foram incapazes
de pensar por si. Daí, foi
“um período de fervente religião”, a Era de Peixes. Agora
estamos entrando na Era de
Aquário. Os homens se libertam da religião e se tornam
independentes de Deus (pp.
289, 290).
Muitas vezes, durante esses
dois mil anos, houve movimentos que tentaram acabar
com a crença no sobrenatural,
nos milagres e na divindade
de Cristo. Desde os saduceus
(Mt 22.23), passando pelos
ebionitas (influenciados pelos
gnósticos), por Ário, e daí em
diante. Mais recentemente,
mas bem dentro da Era de
Peixes, em meados do século 19, Nietzsche declarou a
morte de Deus e a autonomia
do homem. E ficou bravo
porque Sthendal tinha dito
isso antes dele.
4º: “Os judeus primitivos
acreditavam que o Santo dos
Santos, no templo de Salomão,
abrigava não somente Deus,
mas também Sua poderosa
igual feminina, Shekinah. Os
homens que buscavam alcançar completitude espiritual
vinham ao templo para visitar
as sacerdotisas – ou hierodules – com as quais tinham
relações sexuais e experimentavam o divino por meio da
união física” (p. 336).
A prostituição ritual ou cul-
tual sempre foi condenada
por Deus e por Seus servos
fiéis. Em 1 Rs 14.24 há uma
referência a “prostitutos cultuais” que havia no país (não
no templo). Mas o mesmo
versículo informa que, por
essa e outras “abominações”
de outros povos, “o Senhor
expulsará ‘aquelas nações’ de
diante dos filhos de Israel”.
No capítulo seguinte, versículos 11 e 12, lemos que o rei
“Asa fez o que era reto perante o Senhor, como Davi, seu
pai. Porque tirou da terra os
prostitutos cultuais...”. Não os
havia no templo; tirou-os da
terra, ou seja, do país. Jó foi
um dos “judeus primitivos”,
um dos mais antigos personagens da história dos hebreus.
Em Jó 36.13,14, lemos: “Os
Julho de 2006
ímpios de coração amontoam
para si a ira; e, agrilhoados
por Deus, não clamam por
socorro. Perdem a vida na
sua mocidade e morrem entre
os prostitutos cultuais”. Essa
prática era dos ímpios, dos
povos pagãos, não de Israel.
Colocar a prática de prostituição cultual no Santo dos
Santos envolvendo o maravilhoso símbolo da glória divina, a Shekinah, como faz o
abominável livro, é o cúmulo
da blasfêmia.
5º: O livro termina com a
suposta Maria Madalena, no
Louvre, sendo adorada, “...
the outcast one” (“a expulsa”
p. 482).
Maria Madalena e outras
mulheres, alienadas pelo
poder do Maligno, foram
7
libertadas desse poder por
Jesus Cristo e Lhe prestaram
serviço com seus recursos
materiais: Lc 8.1-3.
Como também podem ser
libertados do jugo do pecado, do mundo, da carne e
de Satanás quantos recebam
Cristo como o Verbo eterno
que se fez carne, e deu Sua
vida por nós. Salvo exceções,
os judeus não O receberam
como o Messias, Rei divino, o
Redentor, “mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos
de Deus, a saber, aos que
crêem no seu nome; os quais
não nasceram do sangue, nem
da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de
Deus” (Jo 1.11-13).
Opiniões
Rev. Samuel Santos,
Rev. Gilson Moreira,
Rev. Tércio Rocha ,
pastor da IP do Recife (PE).
pastor da 1ª IP em Barra Mansa (RJ).
pastor da IP Redenção (GO).
A obra apresenta três grandes problemas
que precisam ser avaliados: primeiro, diz
respeito aos grandes e graves problemas
teológicos. O segundo aspecto, diz respeito
aos grandes problemas da teologia Bíblica;
e o terceiro, aos grandes problemas históricos (não há pressupostos históricos e sim
suposições).
O outro grave problema é que, para afirmar
seus devaneios, o autor fundamenta seus
argumentos nos livros Apócrifos.
Tanto o livro, quanto o filme apenas denigrem
e aviltam a verdadeira mensagem Bíblica, a
fé, a verdadeira história e tudo o que até
então o mundo científico produziu e defende
mediante descobertas arqueológicas que
comprovam os fatos e não as aberrações
que o Código da Vinci, como romance,
apresenta e defende como sendo verdade.
A Bíblia Sagrada afirma: “Porque ninguém
pode lançar outro fundamento, além do que
foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co.3:11).
Um livro que defende conceitos como: Jesus
teve amante e filhos, a divindade de Cristo
foi o resultado de um concílio eclesiástico
que escondia nos bastidores motivações
políticas, o cristianismo foi uma invenção
para reprimir as mulheres e afastar as pessoas do “sagrado feminino”, não passa de
um sórdido embuste e de uma blasfêmia
contra Deus. Mesmo que alguém queira nos
rotular de fundamentalistas, tendo em mãos
o engenhoso trabalho de Dan Brown, reafirmaremos que suas idéias não passam de
infames mentiras
8
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
Liderança Pastoral
Pastores, divórcio e novo casamento
Augustus Nicodemus
Lopes
Afinal, qual a importância de
um casamento sólido e duradouro para o ministério pastoral?
Paulo escreveu que “é necessário que o bispo ... seja esposo
de uma só mulher” (1Tm 3.2).
Podemos interpretar essa passagem de duas ou três maneiras
diferentes, mas todas elas, ao
final, falam da necessidade de
um casamento exemplar para
os líderes cristãos. Creio que
há vários pontos que podem ser
mencionados aqui.
Primeiro, a paz e o sossego
que um casamento estável oferece refletem inevitavelmente
na lide pastoral.
Segundo, o exemplo para
os filhos, se houver, e para os
casais da igreja que pastoreia.
Todos esperam que o casamento
do pastor seja uma fonte de ins-
piração e exemplo. Casamentos
que dão certo e duram a vida
toda funcionam como uma espécie de referencial para os demais
casamentos, especialmente se
for o casamento do pastor.
Terceiro, a questão da autoridade. Não era esse o receio
de Paulo, que após ter pregado
a outros não viesse ele mesmo a
ser desqualificado? (1Co 9.27).
Que autoridade tem um pastor divorciado, sem uma razão
acima de qualquer suspeita, ou
que vive uma vida conjugal em
constante crise, para exortar os
maridos da sua igreja a amarem
a esposa e a se sacrificar por
ela? Certo dia, um ex-colega
de seminário, falando na igreja sobre os deveres do marido
cristão, foi surpreendido por sua
própria esposa que se levantou no meio do povo e disse,
“É tudo mentira, ele não faz
nada disso em casa!”. O pasto-
rado daquele colega acabou ali
mesmo.
Quarto, mensagem errada de
que o divórcio é a solução.
Pastores que se divorciaram e
estão num segundo casamento
passam aos casais da igreja a
mensagem de que o divórcio é
uma solução legal e fácil para
resolver as crises conjugais.
Quando as coisas começam a
ficar difíceis, o caminho mais
rápido é o da separação e o recomeço com outra pessoa. Essa
mensagem é também captada
pelos jovens, que um dia vão se
casar já pensando no divórcio
como a saída de incêndio.
Não que eu seja absolutamente
contra o divórcio. Como calvinista, entendo que o divórcio é permitido naqueles casos
previstos na Escritura, que são
o adultério e a deserção obstinada (Mateus 19.9; 1 Coríntios
7.15; ver Confissão de Fé de
Westminster XXIV, 6). Sou contra a sua obtenção por quaisquer
outros motivos, mesmo que
fazê-lo seja legal no Brasil.
O ideal é que o pastor, presbítero, seja “marido de uma só
mulher”. Mais que isso, que
viva bem, harmoniosamente,
com estabilidade, alegria e crie
seus filhos no temor de Cristo.
Esse é o ideal para todos os
crentes, mas o pastor e sua família estão sujeitos aos mesmos
revezes, atritos, incompatibilidades e pecados, como qualquer outro casal da igreja. O
pastor sozinho não consegue,
por mais dedicado que seja a
Cristo, manter seu casamento.
Pode haver leviandade e irresponsabilidade em vários casos,
mas em tantos outros há sofrimento e amargura por parte de
alguém que tanto se esforça e
não consegue viver feliz com
sua mulher. Considerem-se,
ainda, casos mais graves da
deserção da esposa. Cada caso
deve ser tratado com misericórdia e amor, próprios da vida
cristã, do serviço da igreja que
acolhe os feridos de coração, os
de lares partidos, os abandonados, os solitários.
Divórcio não é solução de
problemas para nenhum crente,
muito menos para os líderes
do rebanho de Cristo; é fruto
do coração duro, do egoísmo
e do pecado. Não é tábua de
salvação nem porta que se abre
para a felicidade. É antes uma
saída melancólica, para quem
não tinha nenhuma outra saída.
Não deve ser aplaudido, mas
recebido com lágrimas, oração
e compaixão.
Augustus Nicodemus Lopes é
pastor auxiliar da IP de Santo Amaro,
São Paulo (SP) e chancelar da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Blog: www.tempora-mores.blogspot.com
O pastor teólogo
Valdeci da Silva Santos
Ainda que alguns questionem e
até ofereçam algumas objeções,
a verdade é que cada pastor é
chamado para exercer a função
de teólogo. A resistência a isso
decorre do fato de que muitos
vêem a teologia apenas como
uma disciplina a ser estudada
no seminário e não como algo
central e contínuo no ministério
pastoral.
Um significativo número de
cristãos é guiado pela pressuposição de que o ministério pastoral é essencialmente prático,
enquanto que o zelo doutrinário
é um exercício árido e distante
da realidade diária. Por mais
atraente que essa idéia possa
parecer, ela não corresponde
à verdade do que ocorre no
ministério pastoral e nem possui qualquer apoio bíblico. De
fato, a saúde e vigor espiritual de uma igreja estão intimamente conectados ao fato de o
pastor atuar como um teólogo
fiel, ensinando, pregando, praticando e aplicando as doutrinas
da fé cristã.
A concepção da teologia como
uma abstração acadêmica é relativamente nova e tem sido um
dos fatores mais lamentáveis
dos últimos séculos da igreja. No início do cristianismo e
ao longo da história da igreja,
os teólogos mais importantes
eram pastores comprometidos
com o seu rebanho. Qualquer
livro de história antiga provavelmente menciona os nomes
de Irineu, Atanásio e Agostinho
como teólogos daquela época,
mas as suas reflexões teológicas foram fruto dos desafios que eles enfrentavam em
seus contextos pastorais. Na
Reforma Protestante, Martinho
Lutero, Ulrico Zuínglio, João
Calvino e Martin Bucer foram
considerados os principais teólogos, mas eles eram, acima
de tudo, pastores sensíveis
às lutas e esperanças de sua
época. Semelhantemente, o
puritanismo, que produziu
reflexões teológicas tão profundas através de homens como
Thomas Goodwin, John Owen
e Jonathan Edwards, era um
movimento essencialmente pastoral. Para homens como esses,
a reflexão teológica era parte
central de suas funções como
ministros da Palavra.
Historicamente, a dicotomia
entre teologia e prática coincidiu com o desenvolvimento
do conceito moderno de universidade, com a sua ênfase na
profissionalização. No campo
religioso também ocorreu um
fenômeno de fragmentação
entre a natureza e a graça, sendo
que a primeira foi identificada com a pesquisa acadêmica
e a segunda com a devoção
pessoal a Deus. O problema é
que, enquanto a teologia é o
estudo do Deus revelado e de
sua relação com o mundo, os
estudos religiosos são reduzidos à análise da religião como
“fenômeno sócio-devocional”.
Nesse caso, o objeto do estudo
teológico pode estar completamente divorciado da fé cristã e
de suas reivindicações bíblicas.
O fato é que todo esse “desenvolvimento” tem causado muitos males à igreja. Em grande
medida o ministério pastoral
tem ficado desprovido de qualquer reflexão teológica séria e
saudável. Há um grande divórcio entre ministérios e teologia,
pregação e doutrina, bem como
aconselhamento e reflexão teológica. Com isso, o rebanho
não é alimentado, as feridas são
curadas apenas superficialmente. Em contrapartida, muitos
“teólogos por profissão” deixam
de exercitar qualquer compaixão
pelas almas e sensibilidade com
os que sofrem. Deve haver uma
reforma nesta área. Cada pastor
precisa acordar para o seu chamado teológico e cada teólogo
deve exercer a sua vocação pastoral. Somente assim o pastor
e o teólogo não trairão a exortação bíblica: “prega a palavra,
insta, quer seja oportuno, quer
não, corrige, repreende, exorta
com toda a longanimidade e
doutrina” (2Tm 4.2).
Valdeci da Silva Santos é coordenador do Programa de Doutorado de
Ministério do Centro Presbiteriano de
Pós-graduação Andrew Jumper.
E-mail: [email protected]
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
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Julho de 2006
Brasil PRESBITERIANO
Acontece
36ª Reunião Ordinária do Supremo que a ciência tenha em grande parte rejeitado os Jubileu de Ouro do rev. Obedes Ferreira
pressupostos cristãos, continua a tomar capital da Cunha
Concílio da IPB
Acontece de 16 a 22 de julho, em Aracruz (ES),
a 36ª Reunião Ordinária do Supremo Concílio da
IPB. A Tesouraria do SC informa que na chegada
haverá transporte para os deputados e visitantes.
No dia 16, das 8h às 22h e, no dia 17, das 8h às
14h, tanto no aeroporto quanto na rodoviária. Fora
deste período o traslado será por conta própria.
Na saída haverá transporte somente no dia 22,
das 6h às 14h, tanto para a rodoviária como para
o aeroporto.
Hospedagem
A hospedagem se inicia às 12h do dia 16 e se
encerra às 13h do dia 22. No dia 16, somente será
permitida a entrada antes do horário estipulado se
o apartamento estiver livre. Os deputados e visitantes ficarão hospedados no Centro de Turismo
de Praia Formosa, do SESC, Pousada Veleiros,
Hotel Praia Sol e Coqueiral Praia Hotel.
Haverá equipes de apoio no aeroporto, rodoviária e em todos os hotéis. O café da manhã será
no hotel de hospedagem e o almoço e o jantar no
SESC.
Haverá ônibus diariamente pela manhã e a noite
entre os hotéis e o Centro de Turismo de Praia
Formosa – SESC.
emprestado do cristianismo para funcionar. Além
de Pearcey, outros palestrantes de renome, professores do Mackenzie, da USP e PUC estarão
presentes em oficinas. Durante o evento, será lançado, em conjunto com a Casa Publicadora das
Assembléias de Deus, o último livro de Pearcey,
Verdade Total: Resgatando o Cristianismo de seu
Cativeiro Cultural. As inscrições para o evento
podem ser feitas no site do Mackenzie: www.
mackenzie.com.br. O evento é uma promoção da
Chancelaria da UPM visando ao fortalecimento da
confessionalidade da instituição e a promoção do
conhecimento nessa importante área.
Grupo cristão monta peça de teatro
Mackenzie promove congresso interCia Karis de teatro cristão
nacional sobre religião e ciência
Durante o mês de setembro a Universidade
Presbiteriana Mackenzie (UPM) promove seu
congresso internacional anual sobre Ética e
Cidadania. Dessa feita, o tema é Religião e
Ciência. A principal palestrante é Nancy Pearcey,
uma das maiores autoridades cristãs atuais
em História da Ciência
e Apologética. Pearcey
tem formação científica, estudou no L’Abri
de Francis Schaeffer
(filósofo, teólogo, preletor, escritor e conselheiro reformista), nos
Alpes Suíços, e vem se
destacando no cenário
mundial pelas publica- Nancy Pearcy
ções e palestras em
que defende que o Cristianismo e a Ciência não
devem ser vistos em conflito, mas numa relação
de cooperação. Em seu livro A Alma da Ciência,
publicado pela Editora Cultura Cristã, Pearcey
demonstra historicamente como os pressupostos
cristãos criaram a visão de mundo necessária para
o estabelecimento dos princípios científicos sobre
os quais a moderna ciência se apóia. Mesmo
Nos dias 22 e 23 de abril foi apresentado no
Teatro Municipal Teotônio Vilela, de Sorocaba,
SP, Não tenho tempo, espetáculo teatral da Cia.
Karis.
Com roteiro de Cláudia Prieto e direção de Paulo
Ronchi, Não tenho tempo narra a história de um
empresário de vida agitada que não tem tempo
nem para dar atenção a sua família. Um dia, após
um estresse, ele é internado numa clínica onde
conhece uma senhora evangélica em estado terminal, e, a partir daí, descobre o sentido da vida.
A peça, que também foi apresentada nas cidades paulistas de Araçoiaba da Serra, Piedade e
Votorantim, foi criada pela Cia. Karis, grupo que
começou em 1997 e já montou dez espetáculos.
A Cia. Karis ou Ministério de Evangelismo pelo
Teatro, da IPB do Jardim São Paulo, em Sorocaba
(SP), conta com 14 integrantes e é formada por
pessoas de várias profissões, como empregada doméstica, professora, secretária, costureira,
advogada e engenheiro, além de estudantes.
Em 2005, o grupo participou do Projeto Ademar
Guerra, da Secretaria de Cultura de São Paulo,
e contou com a coordenação da atriz e diretora
sorocabana Ângela Barros, recentemente indicada para o Prêmio Shell de teatro.
O Presbitério das Alterosas (MG) realizou no dia
23 de abril um culto de gratidão a Deus pela vida e
ministério do rev. Obedes Ferreira da Cunha que
completou 50 anos de ordenação ministerial e de
laço matrimonial. O culto foi realizado no templo
da Sexta IP de Belo Horizonte (MG), e contou
com a participação de familiares, amigos, diversos
pastores e autoridades da IPB. O pregador foi o
filho do pastor, Obedes Ferreira da Cunha Júnior.
Na ocasião, o Presbitério das Alterosas entregou ao rev. Obedes uma placa comemorativa
em reconhecimento pelo seu dedicado trabalho
prestado.
O pastor nasceu em 13 de setembro de
1925, na cidade de Inhapim (MG), casou-se
com Cenyr Lourenço da Cunha com quem teve
sete filhos (Eleny, Lílian, Obedes Jr., Gleidys,
Erdman, Emerson e Eiller) e 17 netos. Estudou
no Instituto José Manoel da Conceição e no
Seminário Presbiteriano do Sul, onde se formou
em Teologia. Foi ordenado ao sagrado ministério
no dia 15 de julho de 1955, ano em que também
se casou. Pastoreou diversas igrejas em Minas
Gerais, como Inhapim (seu primeiro campo),
Santa Margarida, Dom Cavati, Governador
Valadares e Belo Horizonte. Em seu ministério,
organizou várias congregações, igrejas e escolas.
Foi um dos fundadores do Seminário Teológico
Presbiteriano Rev. Denoel Nicodemus Eller, onde
atuou como professor, capelão e diretor por mais
de vinte anos. Ocupou vários cargos em concílios e comissões da IPB, presidiu o Sínodo e o
Presbitério Belo Horizonte por diversos mandatos.
“O ministério do rev. Obedes trouxe preciosas
contribuições para a expansão do Reino de Deus
e o progresso da IPB em nosso meio. Hoje ele
vive, juntamente com sua esposa, cercado pelo
carinho de seus filhos, netos, amigos e da igreja,
que glorificam a Deus e se congratulam com ele
nesta celebração do seu jubileu de ouro”, diz o
rev. Eliézer Monteiro Reis, secretário presbiterial
de Apoio Pastoral.
Rev. Obedes e a esposa Cenyr
Brasil PRESBITERIANO
Ação Social
Julho de 2006
11
Presbiterianos e cristãos de outras denominações acolhem crianças e adolescentes
Ministério Jeame completa 25 anos
Da Redação
O ministério Jeame, que, no
dia 27 de maio completou 25
anos de existência, tem, como
principal objetivo, atender
crianças e adolescentes internos de instituições públicas
ou privadas, assistenciais e/
ou correcionais, bem como os
que se encontram abandonados pelas ruas de São Paulo,
reabilitando-os. É o que informa Ailton José Fonseca de
Souza, gerente administrativo
do ministério e membro da
IP de Osasco (SP). É também objetivo do ministério
“proporcionar a formação de
um caráter idôneo, gerando
valores e desenvolvendo aos
assistidos atitudes adequadas,
através de um trabalho sistemático de ensino e convivência”, explica Ailton, que
neste trabalho é auxiliado pela
esposa Eunice.
O Jeame também acolhe e
ampara crianças e adolescentes provenientes de famílias
desestruturadas ou com desvio de conduta; promove a
conscientização da realidade
da criança e do adolescente
dos grandes centros urbanos,
especialmente da cidade de
São Paulo. Busca “dar apoio
individualizado com aconselhamento e estudos de formação humana, trabalhando
valores, caráter e atitudes;
estimular o ‘não desejo’ pela
vida marginal por meio de
reflexões sobre a ilusão das
drogas, rua, criminalidade e
acompanhar na família, na
escolarização e na assistência social aos liberados da
Fundação Estadual do Bem
Estar do Menor (Febem),
anteriormente atendidos por
nós enquanto internos na fundação”, afirma Ailton.
Ele diz que o ministério tem
o reconhecimento das polícias Militar e Civil do Estado,
da Rede Evangélica Nacional
de Ação Social (Renas), do
Serviço de Evangelismo da
América Latina (Sepal), do
Conselho de Segurança Pública
de São Paulo (Conseg), da
Delegacia de Narcóticos de
São Paulo (Denarc), da presidência da Febem e de diversas
igrejas, comunidades e setores
da sociedade civil pelos altos
índices de reabilitação de seus
assistidos, inclusive em casos
de criminalidade grave.
PARCERIAS
Segundo Ailton, o Ministério
Jeame é uma instituição sem
fins lucrativos e os recursos
para mantê-lo vêm de uma
parceria com uma organização internacional e com várias
igrejas evangélicas, bem como
contribuições de pessoas físicas.
“O maior sonho do Jeame,
no momento, é estabelecer
Ailton José Fonseca
de Souza: gerente do
Jeame e
membro da IP de
Osasco (SP)
parcerias para a reativação dos
projetos com crianças, adolescentes e jovens em situação de risco nas ruas de São
Paulo, tais como: Escola de
Rua, Casa Lar, Casa Triagem,
Casa de Recuperação e Escola
Profissionalizante”, afirma o
gerente. “Há anos atrás, quando estavam em funcionamen-
to esses projetos, obtivemos
excelentes resultados”.
Ele informa que, em 25 anos
de trabalho, foram acompanhados mais de mil casos,
apanhando constantemente,
passou 14 anos de ódio e rancor internado naquele orfanato. Cresceu nutrindo sentimentos de vingança contra
Lar de Apoio do Ministério Jeame
sendo alguns encaminhados
para casas de recuperação,
retorno para seus lares, cursos profissionalizantes e com
ingresso no mercado de trabalho. “Alguns atuam como
líderes no trabalho na Febem,
outros estão ativos em organizações congêneres e estamos
assistindo aqueles que se recuperam”.
Para Ailton e os demais
obreiros do Jeame, esse investimento impulsiona o ministério a continuar investindo na
reintegração de crianças, adolescentes e jovens em situação
de risco social.
TESTEMUNHO
Em 1962, no Rio de Janeiro,
bairro de São Gonçalo, um
bebê envolto em jornais e
coberto de formigas chorava
alto na porta de uma residência. Um rapaz surdo e mudo
passava por ali viu a criança e
a pegou, encaminhado-a a um
orfanato, onde lhe foi dado o
nome do rapaz que o encontrou: André.
Hoje, André conta que sua
infância foi de solidão e que,
sua mãe e o funcionário que
o espancava. Certo dia, começou a passar mal e desmaiou,
com falta de ar. Sentia como
se fosse morrer. Como grupos
de cristãos haviam falado do
seu voto.
Em Campos (RJ), estudou
no Colégio Batista e começou, escondido, a tocar violão.
Depois passou a tocar contra-baixo na equipe de louvor
da igreja. Aos 18 anos, Deus
o chamou para o ministério
pastoral e ele fez seminário.
Exerceu seu pastorado em
igrejas durante 16 anos.
Até que o Ministério Jeame
apareceu na igreja do pastor
André para fazer um trabalho de despertar missionário.
Tocado pelo ministério, logo
depois o pastor prestou concurso para atuar como funcionário da Febem. Ele conta
que, de forma clara, Deus lhe
mostrou um novo pastoreio: o
das ovelhas feridas como ele
tinha sido.
É chamado por muitas unidades para acalmar jovens e
funcionários em meio a rebeliões. Um dos jovens disse:
“Quando o pastor está, a paz
vem porque Deus está com
ele”.
Programação especial com crianças de rua
amor de Deus no orfanato,
André fez um voto com Deus
dizendo: “Se eu sobreviver
perdoarei minha mãe, tirarei todo ódio do coração e o
seguirei”. André não apenas
sobreviveu como levou a sério
O pastor André Silveira hoje
está casado com Adylamar e o
casal tem dois filhos: Eduardo
e Mylena.
Informações no site:www.
jeame.blogger.com.br ou pelo
e-mail [email protected]
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Brasil PRESBITERIANO
Julho d e 2 0 0 6
Brasil PRESBITERIANO
Julho d e 20 06
13
História IPB
IP do Piracicamirim
IP Pinheiros, São Paulo (SP)
35 anos em Piracicaba (SP)
Por rev. José Marcos Lopes
A IP do Piracicamirim completou, no dia 27 de junho, 35 anos
de organização eclesiástica. Porém,
o trabalho começou em 1969, na
residência de alguns irmãos oriundos da IP de Piracicaba. A então
congregação cresceu e foi organizada em 1971 pelo presbitério de
Campinas, contando com cerca de
50 membros comungantes e nãocomungantes.
O primeiro ministro do evangelho foi o rev. Ademar de Oliveira
Godoy, que pastoreou a igreja entre
1971 e 1985, e foi sucedido pelo seu
irmão, o rev. Astrogildo de Oliveira
Godoy, pastor entre os anos de
1986 a 1995. Hoje, ambos são eméritos da igreja. O rev. Wagner Leite
Bonfin pastoreou a igreja de 1996
a 2002 e, o atual pastor, o rev. José
Marcos Lopes Ribeiro Junior, assumiu em 2003.
A igreja é caracterizada por pastorados de médio e longo prazo,
o que demonstra a visão de sua
liderança pelo não imediatismo.
Hoje faz parte do Presbitério de
Santa Bárbara d´Oeste e conta com
cerca de 200 membros maiores e 30
menores, se estruturando e sempre
buscando um crescimento contínuo,
sem abrir mão da correta doutrina e
não aderindo a modismos ou estratégias mirabolantes e antibíblicas.
A ênfase da igreja está no estudo da
Cem anos de história
Palavra de Deus e na oração.
O ponto alto da comemoração se
deu no dia 25 de junho, com um
culto festivo de louvor e adoração
a Deus, tendo como pregador o rev.
Daniel Mosca, pastor da IP Bela
Vista da cidade de São Carlos (SP)
e presidente do Presbitério de São
Carlos.
Fachada do templo da IP de Piracicamirim
IP de Nova Era (MG)
20 anos de organização
Por rev. Juberto Rocha Júnior
O trabalho presbiteriano em Nova
Era (MG) nasceu com um culto
de ação de graças realizado no dia
13 de outubro de 1961, na casa de
Matatias Pinheiro de Oliveira (militar) e, no ano seguinte, foi organizada a Congregação Presbiteriana.
O trabalho era conduzido pelo missionário rev. John Marshall Guthrie
e pelo evangelista Durval Antonio
Moreira.
A EBD foi organizada em maio
desse ano com 27 alunos: 14 na
classe de adultos e 13 na classe de
crianças. Na primeira EBD havia
dez visitantes. Nesse ano também
foi organizado o primeiro coral,
contando com a participação de seis
componentes.
Em agosto do mesmo ano foi
adquirido o terreno onde hoje se
encontra a igreja, local em que,
antes de ser separado para cultuar
a Deus, funcionava uma casa de
prostituição com jogos de azar.
Em 1964, foi iniciada a construção do templo. Naquele ano, o missionário rev. Edward C. Lareg era
Novo templo da IP de
Nova Era
responsável pelo campo. A obra foi
inaugurada em agosto e, no culto,
pregou o rev. Lawrence Calhon, do
Instituto Gammon de Lavras (MG).
No início, o templo foi apedrejado
várias vezes e houve um período de
intensa perseguição.
Em 1978, a congregação foi
fechada. Reabriu suas portas em
1979 e foi organizada igreja em
10 de agosto de 1986. O pastor
que assumiu o trabalho foi o rev.
Vicente Lúcio da Silva.
Com a graça de Deus muitas
almas têm sido ganhas. A igreja
tem vários ministérios e muitos planos. O conselho e seu pastor atual,
rev. Juberto Oliveira Rocha Jr, têm
trabalhado com afinco para o crescimento da obra. Vontade, empenho
e desafios que revelam o desejo
de ser uma Igreja Missionária e
Autêntica (tema do ano).
Por rev. Arival Dias Casimiro
e rev. Alderi Souza de Matos
Num dos últimos domingos de
junho de 1902, alguns irmãos da
IP Unida de São Paulo vieram
desde o bairro Campos Elíseos até
Pinheiros para distribuir folhetos.
Eram os Esforçadores Cristãos,
jovens, senhores e senhoras com
o firme propósito de evangelizar e
divulgar a palavra de Deus.
O trabalho foi iniciado numa sala
da escola pública que ficava em
frente à Igreja Matriz (católica).
Logo surgiram as primeiras perseguições, a ponto de a professora responsável pela escola não
mais ceder a sala, por pressão dos
moradores do bairro. Da escola, o
trabalho foi transferido para outra
sala, no Largo da Matriz, cedida
pelo comandante do destacamento
policial, que se simpatizava com
o trabalho evangélico. E de lá saiu
para outra no mesmo Largo.
Não obstante a distância de
Campos Elíseos até Pinheiros,
percorrida em troles (espécie de
charretes) ou cavalos, os irmãos,
mensageiros de Cristo, levavam a
palavra a cada quinze dias. No ano
seguinte, devido à grande perseguição sofrida pelos crentes, o número
de ouvintes interessados diminuiu
para apenas dois. Contudo, isso
também não desanimou os cristãos.
Muitos trabalhos foram realizados
sob proteção policial.
Os cultos continuavam quinzenais e, em 1904, foi organizada
a Sociedade dos Esforçadores
Cristãos da Congregação de
Pinheiros, que ficou responsável
pelo trabalho local, bem como por
iniciar outro na região. Ao todo,
eram quinze membros que, em seu
primeiro ano de trabalho e uma
visão missionária, levantaram ofertas para missões no valor de dez mil
réis. Seguiram-se a essa outras ofertas para missões e para a construção
do templo em Pinheiros.
Em 1905, foi criada uma classe
noturna para instrução primária,
tanto para os membros da congregação como para outros interessados. Junto a essa classe foi organizada também uma outra para aulas
bíblicas. Aos poucos, irmãos de
outras denominações evangélicas
foram se juntando ao grupo. Novas
profissões de fé ocorreram no ano
seguinte.
No dia 8 de julho de 1906, por
decisão do Presbitério de São
Paulo, uma comissão especial composta pelos irmãos rev. Modesto
Carvalhosa, rev. José Zacarias de
Miranda, presb. José Gomes Villela
e presb. Eliézer dos Santos Saraiva,
organizou a IP de Pinheiros.
Em seus 100 anos, a igreja recebeu a assistência de muitos pastores, herdou de seu passado uma
igreja que buscou honrar o nome do
Senhor Jesus e teve como marca de
sua origem a visão missionária.
Mais nova IPB é organizada em junho
Nasceu no dia 3 de junho, a IP do mantém duas práticas: oferta semaJardim Flamboyant. É a igreja mais nal para missões e envio fiel do
recentemente organizada na IPB, dízimo ao Supremo Concílio.
fruto da iniciativa de um grupo de
Segundo ele, a igreja ainda
irmãos moradores do bairro Jardim apóia financeiramente três famíFlamboyant na cidade de Cabo Frio lias de missionários: rev Júlio
(RJ), e que contou com apoio do Marcel, na Austrália, pela APMT
Conselho da IP de Cabo Frio.
(Agência Presbiteriana de Missões
Seu início deu-se na casa do diác. Transculturais); rev. Urias França,
Pedro Paulo e a esposa, Márcia no Paraná, e Maria Lúcia Maia,
Lessa, que, durante quatro anos em Moçambique, além de ofere meio abrigaram, uma vez por tar dominicalmente para outros 12
semana, a comunidade.
A partir de março de
1999, assumiu a direção da
Congregação o rev. Edison
Aguiar. A partir de julho
houve sensível desenvolvimento, passando a mesma
a recolher o dízimo na própria comunidade, realizar
estudos bíblicos nas quintas-feiras, e em outubro
deste mesmo ano, passa
aos cultos dominicais e a
funcionar em nova loca- Painel de entrada da igreja
lidade.
missionários da IPB.
Em janeiro de 2000 teve iníO pastor ressalta ainda que essa
cio a Escola Dominical. Ainda comunidade, há cerca de quatro
naquele ano, com apoio do Plano anos sustenta integralmente o pasMissionário Corporativo da IPB, a tor e as despesas exclusivamente
congregação assumiu novo ende- com os dízimos locais.
reço com área construída de 600
A igreja organizada conta com
metros quadrados.
27 membros comungantes e três
O rev. Edison, pastor da igreja até não-comungantes, tendo entre seus
hoje, destaca que esta comunidade freqüentadores 13 maiores de idade
e mais 21 crianças e adolescentes.
Estão organizadas a UPA, SAF e
UCP, e em breve, a UPH. “Todas
com forte atuação voltada para a
evangelização. Temos ainda ministérios de apoio ao trabalho das
sociedades.”, diz o reverendo.
Em outubro de 2003, o que para
a igreja foi um maravilhoso milagre do Senhor Jesus, foi adquirida
uma propriedade na região central de Cabo Frio (515m2) onde a
igreja atua. A compra foi
viabilizada com ajuda do
PMC que custeou metade
do valor do imóvel.
“Esta pequena comunidade é a mais nova igreja a ser organizada pelo
Presbitério de Cabo Frio”,
informa o rev. Edison. No
culto de organização, estiveram presentes cerca de
300 pessoas, além de diversos pastores do Presbitério
de Cabo Frio e de outras
denominações, bem como irmãos
de várias igrejas e vizinhos da igreja.
“Esta comunidade sempre contou
com o apoio do Conselho da IPB
de Cabo Frio, bem como de seu
pastor, rev Luiz Carlos e de todas
as sociedades internas, bem como
de suas congregações”, conclui o
pastor.
IP de Acesita, Timóteo (MG)
30 anos servindo ao Senhor em Família
Por rev. Paulo Enrique Sinoti
Templo da IP de Pinheiros, em São Paulo
IP de Ananindeua (PA)
A igreja originou-se da implantação de um campo missionário da IP de Coronel Fabriciano
(MG), na pessoa do pastor, rev.
Manuel Silva Estrela e do casal
de missionários rev. Richard
Dolle e Alma Dolle.
Em 1976, o PRVA (Presbitério
Regional Vale do Aço) designou
uma comissão para proceder aos
trabalhos de organização e, nos
dias 5 e 6 de junho de 1976,
concretizou-se a emancipação e
organização da IP de Acesita,
com cultos de adoração, gratidão
e louvor a Deus.
Os 202 membros comungantes
e 52 membros menores festejam,
portanto, 30 anos de organização
eclesiástica de uma igreja que tem
servido ao Senhor com alegria. O
desejo desses irmãos é continuar
crescendo de forma sadia, em
nível espiritual e numérico.
O grupo musical Ide, da IPA,
que busca a prática de um louvor
equilibrado, cujo objetivo único
é glorificar e adorar a Deus, lançou, recentemente, o segundo
CD, fazendo alusão aos 30 anos
da igreja. O próximo sonho dos
presbiterianos é a inauguração de
uma Escola de Educação Infantil
em 2007.
A IPA também se alegra em
anunciar sua fidelidade aos
Concílios da IPB e à obra missionária, sendo mãe de duas igrejas
organizadas e uma terceira em
fase de organização.
Por ocasião do culto de adoração, no dia 11 de junho, que
foi o ápice da comemoração do
aniversário, o preletor foi o rev.
Roberto Brasileiro, presidente do
Supremo Concílio, que ministrou aos corações de um número
expressivo de membros e visitantes.
Jubileu de Prata
Membros da IP de Ananindeua
Por rev. Sérgio Paulo Barbas
A IP de Ananindeua (PA), passou
pela maioridade penal, 18 anos de
vida, e pela civil, 21 anos, e agora
completa seu Jubileu de Prata, 25
anos de organização. Porém, considerando a data da fundação do
trabalho, 1975, chega-se também à
maioridade judaica (30 anos), pois
são 31 anos de fundação.
A igreja procura cumprir sua missão sem se omitir das responsabilidades. Com suas muitas deficiências e muitos sacrifícios, foi à
luta. Em seus primeiros cinco anos,
sete pastores assumiram a direção.
Mesmo assim, essa igreja continuou prosseguindo para o alvo de
seu ministério.
Em setembro de 1986, o atual
pastor da igreja, rev. Sérgio Paulo
de Carvalho Barbas, na época presbítero da IP de Belém, chegou ao
campo para ajudar nesse trabalho,
auxiliando na instrução, pregação
e organização da estrutura eclesiástica. E após 20 anos de trabalho,
IP de Acesita
a igreja se prepara para a sucessão
pastoral. O candidato é o professor
e pastor rev. prof. Hélcio Castro
de Almeida, atual pastor auxiliar.
“Temos a certeza de que até aqui
o Senhor nos ajudou e creio ser
esta a certeza dos mais antigos, dos
fundadores da igreja”, completa o
rev. Sérgio.
Atualmente, a igreja presenciou
a pré-inauguração do templo, que
ocorreu propositalmente com o
período de celebração do aniversário. Oficialmente, a construção
será inaugurada em dezembro deste
ano. Mesmo assim, as obrigações
espirituais e deveres dos crentes
fazem parte do calendário festivo.
Para o pastor da igreja, há muito
ainda a ser feito, pois, “envelhecimento com fruto é produtividade,
mas envelhecimento sem fruto é
podridão”. Além disso, “é preciso
sempre estar lembrando de como
tudo no início é difícil. Se não se
preserva o passado, o presente não
tem sentido, e o futuro torna-se
incerto”, enfatiza o rev. Sérgio.
14
Julho de 2006
Brasil PRESBITERIANO
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
Educação Resultados que ultrapassam a simples assimilação de conhecimentos
Projeto Pequenos Discípulos educa para a vida
Priscila Mesquita
de MANAUS
D
iante da deficiência do
sistema educacional
brasileiro, organizações
do terceiro setor estão
implementando modelos alternativos que, ao trabalhar a capacidade criadora e dialógica das
crianças, alcançam resultados
que ultrapassam a simples assimilação de conhecimentos.
Estimular o aprendizado participativo e transmitir valores cristãos de modo prático às crianças
é a proposta do projeto Pequenos
Discípulos, desenvolvido há três
anos no Amazonas pela ONG
Associação Missionária de Apoio
Reformado (Amar). Ao todo,
estão cadastradas 100 crianças
dos municípios de Manaus, São
Sebastião do Uatumã, Itacoatiara
e Beruri. Os recursos que mantêm o trabalho vêm do apadrinhamento, que consiste no compromisso firmado por pessoas
que desejam sustentar mensalmente um dos cadastrados, pela
quantia de R$ 80.
De acordo com o idealizador
do projeto, pastor da IP Betel e
pastor auxiliar na IP de Manaus,
rev. Alcedir Sentalin, a educação desenvolvida pelo Pequenos
Discípulos segue a metodologia
ensinada por Jesus, pois é voltada para a exposição direta de
princípios essenciais à vida. “O
modelo de educação vigente no
Brasil está fadado ao fracasso
porque é superficial e impositivo. O aluno decora o conteúdo
para fazer provas coercitivas. Ao
contrário, o método prático utilizado por Cristo impactou até
os seus inimigos, que demonstraram mudanças comportamentais”, explica.
O projeto funciona de segunda a
sexta-feira. As atividades iniciam
às 7h30 com o café da manhã
e, após a primeira refeição, os
‘pequenos discípulos’ participam
de um devocional quando ouvem
ensinamentos e histórias de personagens bíblicos. Em seguida,
começam as aulas de reforço
escolar, ministradas por professores voluntários. Das 10 às 14h,
é servido o almoço. As crianças
matriculadas na rede pública de
ensino, no período da tarde, vão
para as suas escolas, enquanto
os alunos que estudam no turno
matutino chegam ao projeto por
volta do meio-dia. Dessa forma,
a instituição recebe duas turmas
distintas de crianças – o grupo
da manhã e o da tarde. Depois do
almoço, os pequeninos realizam
uma série de atividades que varia
conforme o dia e o voluntário
disponível. Além da prática desportiva, as crianças desenvolvem
atividades artísticas como pintura e desenho, artesanato, teatro
e dança. Elas aprendem ainda
culinária, crochê e instrumentos
musicais como flauta e violão.
No final da tarde, é a hora do
lanche. É o momento de ‘recarregar’ as energias para participar
de jogos e brincadeiras até a hora
de ir para casa, às 18h30.
A presidente da ONG Amar e
esposa do pastor Alcedir, Marly
Sentalin, enfatiza que o cronograma de atividades semanais
é extenso porque o objetivo é
evitar que as crianças fiquem
ociosas nas ruas. “Não queremos
apenas transmitir os conhecimentos gerais dos livros, mas trabalhar de forma a abranger toda a
família com princípios cristãos.
A maior carência dos meninos e
meninas que atendemos é o afeto
de pai e mãe”, ressalta. Segundo
Marly, a maioria dos participantes do projeto não têm contato
com o pai, porque nem sempre o
conhecem e poucos vêem a mãe
durante a semana, em virtude
delas estudarem e trabalharem
para sustentar a casa. Este quadro constitui a realidade mais
preocupante para a direção do
Pequenos Discípulos: as crianças não possuem o referencial
de família. “O nosso desejo para
os próximos anos é alcançar um
número maior de apadrinhados
e oferecer uma melhor assistência junto aos lares. Não integrar
os pais ao trabalho é o mesmo
que começar do ponto de partida a cada segunda-feira”, afirma
Marly, que lidera uma equipe de
20 voluntários.
Uma das voluntárias é
Neuricene Pinheiro de Souza, 28
anos, responsável pelo serviço de
limpeza. Há quatro meses participando do ‘time’, Neucirene diz
que decidiu se colocar à disposição por considerar fundamental
o ensino das Boas Novas aos
pequeninos. “O devocional da
manhã é uma bênção inclusive
para mim”, comenta.
Outra jovem voluntária é a
professora de inglês Rute Leão
Rodrigues, há dois meses ministrando aulas para as crianças.
Para Rute, o método educacional
aplicado no Pequenos Discípulos
é diferente porque transforma
o caráter das crianças. Andreza
Medeiros, nove anos, é uma das
crianças beneficiadas pela iniciativa. Aprendiz de flauta, violão,
teatro e dança, Andreza lembra
lições marcantes que assimilou
no momento devocional. “Ouvi
a história de Jacó e aprendi que o
pecado é ruim”, lembra.
O pastor Alcedir afirma que a
ONG não possui parceria com
empresas, órgãos governamentais ou igrejas. A dificuldade para
angariar os recursos necessários
existe, principalmente, porque
das 100 crianças cadastradas,
somente 46 foram apadrinhadas.
O casal Sentalin deixa claro que a
vocação do Pequenos Discípulos
não é ser uma escola convencional, mas um agente incentivador
de cada criança, para que elas se
sintam estimuladas a desenvolver
sua criatividade. “Nosso papel
é fomentar os sonhos de cada
um deles, ajudá-los a lidar com
emoções, mostrá-los como viver
bem. Essa é a educação para a
vida e é preocupação nossa fazer
com que as crianças tenham a
oportunidade de experimentar
isso”,salienta o pastor.
Informações pelo e-mail
[email protected]
Pequenos discípulos em aula
Recreação educativa
Hora da merenda
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16
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
Missões JMN
“Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.”
(João 4:35)
Campo Missionário
de Passo Fundo (RS)
Revitalizando o amor no
casamento. Esse foi o tema do
primeiro encontro de casais do
campo missionário, realizado
no dia 22 de abril. De acordo
com o miss. Davi Boaretto, o
objetivo dessa atividade foi proporcionar aos convidados uma
oportunidade para revigorar o
relacionamento matrimonial e
atrair os participantes para uma
nova vida em Cristo. A noite foi
marcada por uma palestra com o
psicólogo, sociólogo e membro
da Igreja Batista Independente
de Passo Fundo, o professor
Ginês Leopoldo. Após uma
social, houve o jantar. Dezessete
casais foram alcançados, sendo
11 não convertidos ao evangelho.
O encontro foi organizado por
Cléber e Rosana, um casal que é
resultado do trabalho missionário em Passo Fundo. “Isso muito
nos anima, pois o que mais desejamos é ver os frutos produzindo
outros frutos. Confiamos que no
Senhor, a seu tempo, colheremos muitos frutos do trabalho
evangelizador que temos realizado. Agradecemos aos irmãos
que de longe nos ajudam orando
e enviando recursos financeiros pois, só assim, trabalhando
juntos, é que veremos mais brevemente a glória do Reino de
Deus”, completa o missionário
Davi.
Informações pelo e-mail:
[email protected]
Cleber e Rosana, organizadores do jantar
Davi Boaretto, obreiro
do campo da JMN em
Passo Fundo
Prof. Gines Leopoldo,
preletor do evento
Missões em Balsas,
Sul do Maranhão
Balsas é o maior município do
estado do Maranhão. Está localizado numa região de serrado
e próximo a Araguaína (TO)
e Imperatriz (MA), ambas a
400 quilômetros de distância.
Tem 70 mil habitantes, com
uma população evangélica que
não chega aos quatro por cento.
A região é fomentada pela idolatria e pelos 12 festejos pagãos
realizados anualmente. A agricultura é a base da economia e
o prefeito da cidade decretou,
nesse ano, estado de emergência. Assim, a especulação imobiliária cresceu, elevando os
preços dos aluguéis e do custo
de vida em geral.
Há seis anos, o trabalho da
JMN chegou ao local. O rev.
Antônio Campos e sua família se instalaram em Balsas em
2002. Em 2003, o trabalho foi
abençoado com a oferta de um
terreno, onde está o prédio da
educação, no qual funcionam
o templo provisório e três salas
de aula.
O campo tem 65 membros
comungantes e 14 não comungantes. Somando membros e os
congregados, cerca de cem pessoas freqüentam o trabalho. A
EBD tem 80 alunos matriculados e sempre recebe a presença
de visitantes.
As crianças também fazem
parte da vida da igreja. Na
Escola Bíblica de Férias de
2005, participaram do evento
200 pequenos. Agora, todas as
expectativas estão voltadas para
a próxima edição, que será neste
mês. Há também um encontro
de casais mensal e uma semana
separada para jejum, consagração, estudo da palavra e oração.
Esse ciclo é encerrado com a
Santa Ceia do Senhor.
Segundo o missionário, considerando o tamanho da região
e sua necessidade, o templo
da igreja precisa ser construído urgentemente. A obra já foi
iniciada pelos próprios membros da igreja, que trabalham a
noite para minimizar os custos
da mão-de-obra. No futuro, o
templo será sede do Presbitério
Sul Maranhão (em formação),
e o prédio da educação funcionará como escola formadora
de evangelistas, para que novas
Igrejas possam ser plantadas no
serrado maranhense. “Os recursos estão nas mãos poderosas
do nosso Deus e, como disse o
anjo a Paulo em Trôade, digo:
Venha a Balsas e ajude-nos nesses desafios”, completa o rev.
Antônio, missionário da JMN
desde 1992.
Informações no e-mail rev.
[email protected]
Fachada do prédio da igreja
Culto com as crianças
Rev. Antônio Campos com irmão Antônio na
construção do futuro templo
Brasil PRESBITERIANO
O poder transformador do evangelho em
S. Mateus do Sul (PR)
No primeiro ano de atuação do Campo Missionário
de São Mateus do Sul, o
passo inicial foi o trabalho
com adolescentes, todos eles
com dificuldades sociais e
familiares. De acordo com
relato do rev. José Júlio,
vários foram evangelizados,
porém, não se firmaram na
igreja. “Mas a semente está
viva e latente em seus corações”, diz o pastor.
Desses adolescentes atendidos, um deles nunca foi
reconhecido pelo pai biológico. Morava com a família
num casebre, na beira do
rio Taquaral, e seu padrasto
era alcoólatra. Outro adolescente sentia-se rejeitado pela
mãe, que o acusava de ter
nascido, apesar dos contraceptivos. Dois tinham o pai
cumprindo pena na cadeia
local, envolvido em tráfico
de drogas.
Nessa jornada de quase sete
anos, esses jovens foram
alcançados, batizados, professaram publicamente a fé e
hoje são músicos de valor no
grupo da igreja. Estudaram,
graças ao auxílio da IPB
local, e tocam bateria, contra-baixo, guitarra e violão.
Um deles serve ao Senhor
numa Igreja do Evangelho
Quadrangular. Dois se casaram e batizaram seus filhos
há pouco menos de um ano.
Trabalham, estudam e são
dizimistas fiéis. Um deles,
Julho de 2006
17
IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS
Regulamento para
Parcerias de Plantação de Novas Igrejas
Culto de Natal no pátio da igreja
Devocional evangelizadora em um supermercado
da região
chamado Vanderlei, pretende se candidatar ao sagrado ministério. “São vidas
genuinamente transformadas
e fortalecidas pelo poder
do Evangelho da Graça de
Deus”, comemora o rev. José
Júlio.
A IP de São Mateus do Sul
é uma parceria da JMN com
Presbitério das Araucárias
(PARC). Conta com 17 membros comungantes e a maioria
se envolve nos trabalhos da
igreja: SAF, música, ensino
e oração. Evangelizam cerca
de 35 crianças carentes, muitas em situações semelhantes
a dos jovens cujas biografias
foram descritas.
A igreja é a única no município que não possui sede e
terreno próprios. A arrecadação atende às necessidades básicas e há carência de
recursos para consolidar o
trabalho.
Informações pelo e-mail
[email protected].
br
Para uniformização das atividades de plantação e de criação
de novas igrejas filiadas à Igreja Presbiteriana do Brasil, a
Junta de Missões Nacionais recomenda os critérios deste
regulamento, para propiciar uniformidade de procedimentos
entre todos os solicitantes às igrejas já constituídas, aos
presbitérios, aos sínodos e a outras instituições da IPB de
caráter missionário e que queiram estabelecer parceria com
a JMN, visando a expansão do Reino de Deus através de
ações para plantação de novas Igrejas.
1) O início de um projeto de parceria dar-se-á por iniciativa
da JMN, dos Sínodos, dos Presbitérios e das Igrejas locais.
2) Todo projeto só será recebido até o prazo de 31 de agosto
de cada ano e encaminhado diretamente ao escritório da
JMN, a fim de que seja analisado e, uma vez aprovado,
possa entrar em vigor em janeiro do ano seguinte. Projetos
enviados após esta data só serão analisados no próximo
exercício.
3) A JMN/IPB terá participação efetiva no acompanhamento
e nas decisões do trabalho, conforme contrato assinado
entre as partes interessadas.
4) Nenhum contrato será assinado / firmado sem a prévia
apresentação e aprovação do projeto.
5) Todo projeto oriundo de parceiro (s) será acompanhado
de documento aprovado em plenário, quando de concílio
(s), ou de reunião do conselho, quando de igreja local e de
sua celebração, constará das assinaturas do presidente, do
secretário executivo e do tesoureiro das partes implicadas.
6) Todo plantador, uma vez aceito pelas partes, deverá participar de cursos de atualização promovidos pela JMN.
7) Todo projeto de parceria obedecerá aos seguintes critérios:
a) Introdução ao projeto
b) Histórico do sínodo, do presbitério e / ou da Igreja solicitante
c) Descrição da Igreja iniciante
d) Contexto histórico da cidade onde será iniciado o trabalho,
constando dos seguintes itens:
i) Situação geográfica (mapas)
ii) Situação demográfica
iii) Situação econômica
iv) Situação social e religiosa
e) Planejamento Estratégico da Igreja iniciante constando:
i) Áreas de atuação da Igreja
ii) Estratégias para cada área de atuação
iii) Prazo para cada meta estabelecida
iv) Prazo de sustentabilidade da Igreja
v) Prazo de organização da Igreja (até 5 anos)
vi) Planejamento financeiro da Igreja iniciante
vii) Envolvimento de outros parceiros consorciados
viii) Escolha do plantador da Igreja iniciante acompanhado
de seu currículo
ix) Conclusão
8) A aprovação de qualquer projeto, mesmo estando de
acordo com as exigências deste regulamento, dependerá da
conveniência da JMN/IPB
São Paulo, março de 2006
Marcos Azevedo – JMN/IPB
Comemoração do Dia da Criança
18
Julho de 2006
Brasil PRESBITERIANO
Supremo Concílio 2006
O concílio de Jerusalém e os concílios da IPB
Fôlton Nogueira da Silva
O
sistema conciliar de governo é
o único que a Bíblia menciona,
e, por conseqüência, é o único
que devemos praticar se quisermos ser bíblicos.
Observe que, em sua primeira viagem
missionária, Paulo, após ser apedrejado e dado como morto, recuperandose, volta de imediato às cidades por
onde havia passado e, mesmo perseguido, promove em cada uma a eleição
de Presbíteros (At 13.15-23).
Ora, é essa base de representação
de cada Igreja que será mobilizada a
comparecer a Jerusalém, no primeiro Concílio Cristão, para resolver o
que prejudicava a obra missionária da
Igreja. A primeira lição que se tira daí é
que a Igreja possui apenas dois estados de atividade: ou está trabalhando
em sua tarefa missionária ou está
reunida em concílios, resolvendo os
problemas surgidos.
Notável é ver que o processo descrito
em Atos foi praticamente copiado pela
IPB. Veja:
1. Há uma questão a ser dirimida. A
solução é buscada em um Concílio:
“Alguns indivíduos que desceram
da Judéia ensinavam aos irmãos:
Se não vos circuncidardes segundo
o costume de Moisés, não podeis
ser salvos. Tendo havido, da parte
de Paulo e Barnabé, contenda e não
pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros
dentre eles subissem a Jerusalém,
aos apóstolos e presbíteros, com
respeito a esta questão”. (At 15.1-2)
2. Há delegados. Conhecidos no envio
e no recebimento. Portanto portadores
de alguma espécie do que conhecemos
como “credencial” (ainda que informal).
Veja também que com os 12 (ou parte
deles) os presbíteros são citados como
representantes da Igreja hospedeira.
Na IPB, isto é uma reunião para “verificação de poderes”. Veja que logo após
o recebimento há uma exposição de
relatórios. O que corresponde a nossa
“entrada de papéis” sobre os quais o
Concílio se pronunciará:
”Enviados, pois, e até certo ponto
acompanhados pela igreja, atravessaram as províncias da Fenícia e
Samaria e, narrando a conversão
dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos. Tendo eles
chegado a Jerusalém, foram bem
recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram
tudo o que Deus fizera com eles”.
(At 15.3-4)
3. A igreja estava envolvida, porém a
decisão cabia aos que tinham poderes
para tanto:
Insurgiram-se, entretanto, alguns da
seita dos fariseus que haviam crido,
dizendo: É necessário circuncidálos e determinar-lhes que observem
a lei de Moisés. Então, se reuniram
os apóstolos e os presbíteros para
examinar a questão. (At 15.5-6)
4. As posições são debatidas. Os argumentos consultam o que as Escrituras
revelam e os compara a prática que
é manifesta através do que ocorre na
Igreja.
“Havendo grande debate, Pedro
tomou a palavra e lhes disse: Irmãos,
vós sabeis que, desde há muito,
Deus me escolheu dentre vós para
que, por meu intermédio, ouvissem
os gentios a palavra do evangelho
e cressem. Ora, Deus, que conhece
os corações, lhes deu testemunho,
concedendo o Espírito Santo a eles,
como também a nós nos concedera.
E não estabeleceu distinção alguma
entre nós e eles, purificando-lhes
pela fé o coração. Agora, pois, por
que tentais a Deus, pondo sobre a
cerviz dos discípulos um jugo que
nem nossos pais puderam suportar,
nem nós? Mas cremos que fomos
salvos pela graça do Senhor Jesus,
como também aqueles o foram. (At
15.7-11)
5. A sessão era aberta (como todos os
nossos concílios maiores o são) pois
havia uma multidão que, em silêncio,
acompanhou os relatos de Barnabé e
Paulo:
E toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo,
que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera por meio deles
entre os gentios.
6. Há propostas. Neste caso a de
Tiago que, examinando a experiência,
se preocupa em que ela não seja contra as Escrituras:
Depois que eles terminaram, falou
Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas
minhas palavras: expôs Simão como
Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles
um povo para o seu nome. Conferem
com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas
estas coisas, voltarei e reedificarei o
tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurálo-ei. Para que os demais homens
busquem o Senhor, e também todos
os gentios sobre os quais tem sido
Brasil PRESBITERIANO
invocado o meu nome, diz o Senhor,
que faz estas coisas conhecidas
desde séculos. Pelo que, julgo eu,
não devemos perturbar aqueles que,
dentre os gentios, se convertem a
Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais
ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue. Porque Moisés
tem, em cada cidade, desde tempos
antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados. (At 15.13-21)
7. A proposta é votada. Vencedora,
resta sua aplicação, o que é feito por
escrito (será que essa não deveria ser
a resolução número 1 do nosso Digesto
Presbiteriano?). Porém, como a questão era melindrosa, uma “comissão
especial” foi nomeada para redigir e
entregar pessoalmente a decisão, que
tem o formato de uma “carta pastoral”.
Veja também que a “comissão” foi
habilmente montada: Um judeu tradicional (Judas, Filho do Sábado), e um
gentio (Silas).
Observe também que Paulo e Barnabé,
que poderiam levar a decisão, têm
agora uma comissão a ampará-los
livrando-os de suspeição.
Observe ainda que, embora o mérito
da questão seja teológico, a decisão
contempla também a perturbação da
Igreja como falta (o que certamente
deve ter inspirado a definição de falta
em nosso Código de Disciplina):
Então, pareceu bem aos apóstolos
e aos presbíteros, com toda a igreja,
tendo elegido homens dentre eles,
enviá-los, juntamente com Paulo e
Barnabé, a Antioquia: foram Judas,
chamado Barsabás, e Silas, homens
notáveis entre os irmãos, escrevendo, por mão deles: Os irmãos, tanto
os apóstolos como os presbíteros,
aos irmãos de entre os gentios em
Antioquia, Síria e Cilícia, saudações.
Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma
autorização, vos têm perturbado
com palavras, transtornando a vossa
alma, pareceu-nos bem, chegados a
pleno acordo, eleger alguns homens
e enviá-los a vós outros com os
nossos amados Barnabé e Paulo,
homens que têm exposto a vida
pelo nome de nosso Senhor Jesus
Cristo. Enviamos, portanto, Judas
e Silas, os quais pessoalmente vos
dirão também estas coisas. Pois
pareceu bem ao Espírito Santo e a
nós não vos impor maior encargo
além destas coisas essenciais: que
vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue,
da carne de animais sufocados e
das relações sexuais ilícitas; destas
coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.” (At 15.22-29)
8. Os membros dessa “comissão especial” tinham alma pastoral. E as ovelhas viviam em submissão ao Senhor.
O resultado foi: alegria, conforto e fortalecimento da Igreja:
Os que foram enviados desceram
logo para Antioquia e, tendo reunido
a comunidade, entregaram a epístola. Quando a leram, sobremaneira se
alegraram pelo conforto recebido.
Judas e Silas, que eram também
profetas, consolaram os irmãos com
muitos conselhos e os fortaleceram.
Tendo-se demorado ali por algum
tempo, os irmãos os deixaram voltar em paz aos que os enviaram. (At
15.30-33)
Porém as conseqüências desta decisão foram mais importantes do que
geralmente se imagina:
1. No capítulo seguinte do Livro dos
Atos dos Apóstolos, Paulo toma Silas,
um dos membros da “comissão especial” e começa sua segunda viagem
missionária, exatamente na região
“perturbada” em que antes ele havia
promovido a eleição de presbíteros, e
lemos:
“Ao passar pelas cidades, entregavam aos irmãos, para que as
observassem, as decisões tomadas
pelos apóstolos e presbíteros de
Jerusalém. Assim, as igrejas eram
fortalecidas na fé e, dia a dia, aumen-
Julho de 2006
19
tavam em número.” (At 16.4-5)
Repare:
a. A “carta pastoral” era entregue a
cada Igreja para ser observada. Porém
agora ela é chamada de decisão: no
grego, dogma.
b. Ao observá-la as Igrejas eram fortalecidas na fé e dia a dia aumentavam
em número.
2. Muitos anos mais tarde, quando
Paulo volta a Jerusalém, Tiago o recebe e declara que esses dogmas eram
observados lá também:
“Quanto aos gentios que creram, já
lhes transmitimos decisões para que
se abstenham das coisas sacrificadas a ídolos, do sangue, da carne de
animais sufocados e das relações
sexuais ilícitas.” (At 21.25)
Concílios, delegados (deputados),
credenciais, debates, decisões, comissões, tudo isto está claro na letra.
Porém está claro também no “espírito” do texto algumas coisas que, por
imateriais que sejam, jamais podem
ser objeto de legislação escrita, mas
de ética pessoal de crentes tementes
a Deus. Lembro-me de ter ouvido de
alguém que um dos parlamentares brasileiros irritados com o descaso pela lei
escrita teria dito, que bastava apenas
uma lei:” Artigo 1° - Todos devem ter
vergonha na cara. Parágrafo único:
Revogam-se as disposições em contrário.”
Que lições nossa igreja pode ainda
tirar do Concílio de Jerusalém? Há
porventura politicagem de Tiago para
presidir o Concílio de Jerusalém?
Apresentou ele uma plataforma política? Tomaram-se decisões que atrapalhassem a liberdade das Igrejas?
Analisaram o “momento” da Igreja pelo
século ou pelas tendências sociais
ou pelas Escrituras? Passaram por
cima do problema ou atrás de uma
ação pastoral havia um Dogma sólido?
Esqueceram-se da necessidade de paz
na Igreja?
Fôlton Nogueira da Silva é pastor da IP da Ilha dos Araújos,
Governador Valadares (MG).
20
Julho de 2006
Brasil PRESBITERIANO
Espiritualidade
Igreja ou comunidade
presbiteriana?
José Paulo Tannús
J
esus veio a esse mundo
para salvar o que se havia
perdido (o ser humano).
Por isso, se fez um de nós e
foi perfeito em tudo, cumprindo seu acordo com o Pai
Celeste de restaurar todas as
coisas através do seu sangue
derramado.
Jesus, durante seu ministério
terreno, deu todas as instruções aos apóstolos e Paulo
completou sua carreira dando
instruções finais sobre a igreja
(ekklêsia) para os discípulos
no presente e no futuro.
O mini-dicionário Houaiss
define igreja como grupo de
pessoas que segue a mesma
doutrina. Portanto, a igreja
está ligada ao cristianismo,
à doutrina cristã, à doutrina
de Cristo. O mesmo dicionário tem para comunidade
a seguinte explicação: população de um bairro, região.
Coletividade. Sociedade.
A Reforma Protestante resgatou a igreja com a fiel doutrina bíblica. O que herdamos
para divulgar é a Ecclesia
Reformata Reformanda Es”,
Igreja Reformada Sempre
Reformando. Para nós, hoje, o
título é de Igreja Presbiteriana.
E essa Igreja Presbiteriana se
caracteriza por poucos, mas
fiéis ao ensinamento bíblico.
No entanto, o que assistimos
hoje é o caos em muitas igrejas sem compromisso com a
Reforma, com as Escrituras
e talvez até com Deus; e isso
tem um objetivo: crescimento
numérico e financeiro. Usam
nomes ou títulos atrativos para
conquistar seu publico e objetivos.
O nome igreja traz e faz
lembrar a responsabilidade do
ser humano para com Deus,
com relação a amor, santidade, pecado, juízo e salvação.
O nome comunidade abranda, a princípio, o sermão, que
pode ser levado para o social,
econômico, filosófico etc.
Lemos no dicionário Vida
Nova: “A ekklêsia tem sua
localização, existência e razão
de ser dentro de limites geográficos que se podem definir. Assim, o apóstolo escreve
acerca da ekklêsia te ouse en
korinthô, (a igreja que está
em Corinto) 1Co 1.2 e 2Co
1.2, o que indica não somente que ela pertence ao povo
do lugar, como também tem
uma qualidade nova e diferente” (Colin Brown, Dicionário
Internacional de Teologia,
Novo Testamento, Editora
Vida Nova, 2ª edição, pg 992)
Comunidade indica facções
diversas na qualidade daquilo
que é comum. A palavra igreja, em seu sentido espiritual,
visa a levar as pessoas a uma
condição nova de vida, para
se salvarem do juízo vindouro sobre o mundo. Enquanto
a palavra comunidade é uma
linguagem secular e visa agregar sócios para atividades
afins.
Nós somos a Igreja
Presbiteriana do Brasil, organizada e abençoada por Deus
para divulgar seu Reino,
como está nas Escrituras e na
nossa Constituição. Devemos
nos apresentar como Igreja
Presbiteriana. Não somos
empresa para usar nome fantasia e não precisamos disso
para crescer.
José Paulo Tannús é presbítero
da IP de Pirassununga (SP). E-mail:
[email protected]
Brasil PRESBITERIANO
Julho de 2006
21
Espiritualidade
O perdão que liberta
Ismael Andrade Leandro Jr.
O
inimigo tem aprisionado muitos
corações, mantendo-os no calabouço
das mágoas e vaidades.
A raiva é um veneno
que tomamos esperando que o outro morra!
Alimentar mágoa é insistir na falta de perdão.
O perdão liberta! Ele
quebra aquele ciclo de
pensamentos destruidores e vingativos que só
nos fazem sofrer, represando em nossa alma os
sentimentos mais baixos
do ser humano.
Um grande empecilho
para o perdão é o orgulho,
que nos mantém numa
condição de infelicidade permanente, transformando-nos em vítimas
de nós mesmos. É necessário entendermos que
ao liberarmos o perdão
àqueles que nos fizeram
algum mal, estamos, primeiramente, fazendo um
bem para nossa alma,
pois a pessoa ressentida
é a triste e amarga, sem
alegria na vida.
O Senhor Jesus nos deu
o exemplo quando, no
momento derradeiro da
cruz, proferiu as palavras: “Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que
fazem.” Quem sofreu
maior insulto, traição e
animosidade que o nosso
Senhor? Assim, Ele nos
ensina que o perdão é um
ato divino e, como filhos
de Deus que afirmamos
ser, devemos repetir seu
exemplo.
Perdoar não é fácil.
Não é ato da vontade
humana. Deve ser um
gesto de obediência a
Deus. Precisamos suplicar ajuda do Espírito
Santo, que certamente
nos assistirá em nosso
esforço. Perdoar é uma
decisão que tomamos de
uma vez por todas, de tal
maneira que o acusador
não tem mais voz em
nossa vida.
Na oração chamada
de Pai Nosso, o Senhor
condiciona o perdão dos
nossos pecados ao perdão que concedemos ao
nosso semelhante: “e
perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós
temos perdoado aos nossos devedores”. Isto é,
somente receberemos o
perdão divino se tivermos o coração limpo de
mágoas.
O perdão libera as
bênçãos de Deus sobre
nossas vidas e torna livre
aquele que foi instrumento do mal para também se consertar com
Deus. Portanto, quero
convidá-lo a, juntos,
experimentarmos desta
dádiva divina do perdão.
Pense nisso. E que Deus
o abençoe.
verdadeiros Peters Pan;
não querem crescer, agir
como adultos espirituais, assumir responsabilidades, tomar atitudes
de crentes maduros e,
o que é pior, influenciam outros a agir da
mesma maneira. Paulo
aponta, no versículo três,
duas atitudes que desencadeiam numa terceira
e são características de
um crente Peter Pan: os
ciúmes e as contendas
que produzem o partidarismo, coisas que nunca
promovem o bem-estar
da igreja. Basta dizer
que elas fazem parte das
obras da carne relacionadas pelo próprio apóstolo quando escreveu
aos Gálatas (5.19-21).
Por isso mesmo é que
Paulo chama aqueles
de Corinto de carnais.
Avalie o seu comportamento cristão e veja
se não está habitando a
Terra do Nunca e sendo
um Peter Pan espiritual.
A igreja é lugar de crescimento. Por isso, é chamada de corpo, lavoura,
edifício.
(1 Co 12.27; 3.9).
Ismael Andrade Leandro Jr.
é pastor da IP Central de
Presidente Prudente (SP).
E-mail: [email protected]
A Síndrome de Peter Pan
Nicanor Perrut Corrêa
A
credito que a
maioria das pessoas conhece o
famoso personagem da
literatura infantil criado
por J.M. Barrie (1904)
e adaptado para o desenho animado por Walt
Disney (1953), o garoto
Peter Pan. O conto que,
posteriormente, virou
peça de teatro e, mais
tarde, desenho animado
e até filme, narra a história de um menino que
é levado para a Terra do
Nunca, onde as crianças
não crescem.
O apóstolo Paulo faz a
seguinte exortação aos
crentes: “Eu, porém,
irmãos, não vos pude
falar como a espirituais e
sim como a carnais, como
a crianças em Cristo”.
(1Co 3.1) Paulo identifica naquela igreja um
comportamento impróprio para o verdadeiro
cristão que já deveria
revelar maturidade pelo
tempo que decorre de sua
conversão e aprendizado
na igreja. Lembro-me de
um professor de seminário que disse: “há crentes
que se gabam de dizer
que já têm quarenta anos
de experiência cristã,
mas se comportam de tal
maneira que a impressão
que dá é que têm apenas
um ano de experiência
repetido quarenta vezes”.
Por vezes, tenho encontrado pessoas na igreja
com o mesmo comportamento daquelas da igreja
de Corinto. Gente que
dá mais trabalho do que
trabalha. Pessoas que,
pelo tempo decorrido na
igreja, deveriam ensinar,
mas necessitam ainda
aprender “os princípios
elementares dos oráculos de Deus” (Hb 5.12).
Assim é que se revelam
Nicanor Perrut Corrêa é pastor da
IP no Capão da Imbuía, Curitiba (PR).
E-mail: [email protected]
22
Julho de 2006
Brasil PRESBITERIANO
Memória e Saudade
Rev. Daniel Mariano da
Silveira
Por presb. Adonias Clemente dos
Santos
“Dar-vos-ei pastores segundo o meu
coração, que vos apascentem com
conhecimento e com inteligência” (Jr
3.15). Essa promessa de Deus a
Israel cumpriu-se na vida da Igreja
Filadélfia da Penha por pouco mais
de quatro meses, na pessoa do rev.
Daniel Mariano da Silveira. No dia 19
de julho de 2005, o Senhor chamou
para si aquele que era segundo o seu
coração. Chamou-o de forma tão inesperada que ficamos perplexos diante
da perda de nosso pastor. No seu
breve pastoreio nesta igreja, ensinounos sobre o amor, a compreensão e
o trabalhar para o Senhor. Mostrounos que para Deus temos que dar o
nosso melhor e tudo isso ensinou com
exemplos e não simplesmente com
palavras. O nosso pastor deixou-nos
um legado, deixou-nos um sonho e a
concretização desse sonho depende,
primeiramente, da graça de Deus e,
em segundo lugar, de nosso esforço e amor ao Senhor. Estamos com
saudades, mas façamos nossas as
palavras de Jó: “o Senhor o deu e o
Senhor o tomou; bendito seja o nome
do Senhor!”
O rev. Daniel Mariano da Silveira pastoreou as seguintes igrejas em São
Paulo: IP Vila Diva, IP Vila Formosa, IP
Bosque da Saúde, IP São Bernardo do
Campo, IP Penha, IP Guaianases, IP
Ferraz de Vasconcelos, IP Parada XV
de Novembro, IP Monte Sião, IP Betel,
IP Itaim Paulista, IP Vila Espanhola, IP
Vila Dionísia, 1ª IP de Guarulhos; IP
Monte Sinai, IP Filadélfia. Entre várias
atividades eclesiásticas, foi presidente
dos presbitérios Leste Paulistano e
Casa Verde e do Sínodo Leste de São
Paulo. Foi professor da Faculdade de
Direito da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, do Seminário Presbiteriano
de Campinas e da Rede Oficial do
Estado.
O rev. Daniel pastoreou a IP Filadélfia
da Penha de fevereiro à 19 julho de
2005, quando faleceu. Nascido em 3
de Novembro de 1924, na cidade de
São Paulo, formado em Teologia pelo
Seminário Presbiteriano do Sul, em
30 de novembro de 1957, licenciado
em 26 de janeiro de 1958 e ordenado
ao sagrado ministério em 1º de fevereiro de 1959. Deixou esposa: Noemi
Marques da Silveira, filho: Ruben
Marques da Silveira, nora: Patrícia
A.R. Silveira e neta: Marilia Rita R.
Silveira.
Maria Helena Santos
Por presb. Antonio Carlos Simões
de Oliveira
A vida da jovem membro da
Congregação Jardim das Oliveiras,
Aracaju, SE, Helena, como era chamada, foi exemplo de vida cristã.
Atuou na zeladoria e no serviço de
organização dos trabalhos, principalmente nos dias da Ceia do Senhor,
quando procurava promover, com
muita criatividade e diversas especialidades, uma bela festa espiritual.
Em sua homenagem foi dedicada,
ainda em vida, uma placa com seu
nome para o auditório da Chácara
Rosa Carvalho, no município de São
Cristóvão, SE, onde realizamos nossos acampamentos. Essa irmã foi
muito querida e amada por nossa
comunidade. A jovem Helena dedicou-se ao trabalho de Cristo, desde a
fundação da congregação, em 1º de
maio de 1997. Ao longo de nove anos,
trabalhou na UMP e na SAF, nas quais
foi ativa unionista.
Vítima de câncer no pulmão, sofreu
com resignação durante sete meses
e faleceu no dia 20 de maio. A família
enlutada, representada pelos irmãos
Durval Vieira de Carvalho e Elda Luza
Carvalho, seus pais de criação, agradece a solidariedade dos irmãos e,
ao mesmo tempo, roga o consolo do
Senhor para estes momentos tão difíceis.
Inácio Pereira de
Carvalho
Por rev. Abílio Gontijo de Carvalho,
pastor jubilado
No dia 22 de abril, faleceu em
Rubiataba, GO, o filho de Inácio Pereira
de Carvalho e d. Maria Madalena de
Carvalho. Convertido ao evangelho
aos seis anos, juntamente com seus
pais, em Bom Sucesso, distrito de
Patos de Minas, MG. Foi membro
da IP de Uruana, GO, na década de
1960. Na de 1970, mudou-se para
Pontes e Lacerda, MT, onde, em companhia do pai e dos irmãos, implantou
e consolidou o trabalho presbiteriano.
Em 1978, mudou-se para Jaru, RO.
Lá, abriu as portas de sua casa para
o rev. Bill, missionário da Junta de
Missões Nacionais, iniciar o trabalho
presbiteriano, doando, em seguida,
um terreno para a construção do templo. Inacinho, como era conhecido,
não era um pregador, mas gostava de
contribuir para a obra e cantar louvores a Deus, algo fundamental para a
abertura do trabalho evangélico. Aos
72 anos, sua vida foi ceifada por um
câncer que o obrigou a deixar esta
Terra. Próximo da morte, ele dizia:
“Sei que a minha jornada está chegando ao fim; chegou a hora de estar
preparado para ir para a Nova Terra!”
Brasil PRESBITERIANO
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Julho de 2006
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Julho de 2006
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