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IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica PROCESSO DE INDUÇÃO E FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU COM USO DE EXPERIMENTO MATEMÁTICO1 Carlos Alberto Mucelin2 Otto Hermann Friedrich Neto 3 RESUMO: Este artigo teve como objeto de estudo a utilização do Experimento Matemático denominado “Lei de Hooke” em atividades de ensino e aprendizagem, especialmente em atividade de caracterização do processo de indução. Buscou-se caracterizar e propor a utilização do referido experimento no processo ensino aprendizagem de funções do primeiro grau. São apresentadas considerações teóricas acerca do tema Matemática e das experimentações como atividades importantes no processo de cognição. As atividades apresentadas pressupõem facilitar a aprendizagem dos alunos e tornar as aulas de matemática mais interessantes e significantes. PALAVRAS-CHAVE: Indução, Função, Experimento Lei de Hooke. Introdução O que é Matemática? Por que o ensino de Matemática está presente em todos os cursos da escola formal? Estas questões aparentemente simples são importantes e nortearão as argumentações deste artigo. Observa-se que a Matemática é uma Ciência que está presente em praticamente todos os currículos dos cursos e das escolas de ensino formal. Ao investigar acerca deste termo, Machado (1997) argumenta que a palavra Matemática é de origem grega e significa aquilo que um sujeito pode aprender. Mathema é sinônimo de aprendizagem. No contexto da matemática destaca-se a Lógica que Charles Sanders Peirce denominou de semiótica ou a doutrina dos signos. É universal o entendimento de que a matemática é extremamente importante na formação intelectual/cognitiva das pessoas, uma vez que ela faz parte do currículo das escolas de todos os países do Mundo, independente de raças, religião, sistemas políticos. Machado (1998) considera que juntamente com a língua materna, 1 O artigo apresentado foi produzido em parceria com a aluna de graduação da UTFPR. E-mail: [email protected]. 2 Prof. Dr. Carlos Alberto Mucelin – Pesquisador da UTFPR. E-mail: [email protected]. 3 Aluno de Graduação da UTFPR. E-mail: [email protected] 1 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica a matemática é essencial para a representação da realidade pela interação de número e alfabeto. Apesar de tal importância, cabe questionar: por que uma Ciência tão antiga e entendida universalmente como essencial para a formação das pessoas pode ser, na maioria das vezes, especialmente no contexto escolar tão odiada, tão mal compreendida? Porque a aversão dos alunos por um ramo tão importante da ciência? Tais questões apresentam elevado nível de complexidade, mas é possível enunciar determinadas hipóteses acerca de tais aversões ou incompreensões, tais como as dificuldades observadas no processo ensino-aprendizagem, uma vez que estão intrinsecamente correlacionados com inúmeros fatores como: a formação dos professores, os recursos e condições de trabalho desses profissionais, os valores e situação socioculturais entre outras. Este artigo teve como objetivo apresentar argumentações teóricas acerca do processo de indução no contexto educacional além de caracterizar e propor a utilização do experimento denominado Lei de Hooke no processo ensino aprendizagem de funções matemáticas. O conhecimento humano: experiências sensíveis, abstrações e o ensino de matemática Em termos históricos, o conhecimento matemático, assim como o de outras Ciências, foi forjado pela relação homem versus meio, suas intervenções, invenções, experimentações diversas, culminando em muitos casos com a abstração de leis gerais sobre fatos vivenciados. A compreensão de mundo e a atuação/intervenção humana nele ocorrem pela relação sujeito-objeto, abstração e juízo de valor. A esse respeito, Machado (1998, p. 50) entende que: [...] a assimilação da abstração ao que nada tem de real não parece um alvo tão adequado para uma análise demorada quanto ao singular lugar que as abstrações ocupam no processo de elaboração do conhecimento [...] o processo de conhecimento, de uma maneira geral, desenvolve-se numa ascensão do concreto para o abstrato, da realidade aos modelos teóricos. Tal concepção reduz a função do pensamento teórico à de uma via de mão única, através da qual são criadas abstrações generalizadoras, que se tornam cada vez mais abrangente e, naturalmente, mais distantes do real. 2 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica Segundo Peirce (2003) não é possível que a significação acerca dos fenômenos vivenciados sem o processo de associação, ou seja, necessariamente a produção cognitiva humana ocorre por meio de signos e de vivências de fenômenos para que a significação das coisas aconteça. Apesar de ser muito difundida a concepção de que o conhecimento se dá do concreto ao abstrato, na prática pedagógica o que se observa é um processo de forma inversa, predominando a sequência: das teorias às aplicações. Machado (1998) considera as abstrações como mediações indispensáveis na estruturação do conhecimento e defende que o conhecimento acontece em uma cadeia em geral não linear que: “[...] podem coexistir, em um mesmo nível, diferentes estruturações do concreto organizadas a partir de distintos sistemas de abstrações e que podem dar origem a diversos prosseguimentos” (Ibid., 1998, p. 52). Um dos processos de se ensinar a matemática bem como outras ciências é através da indução, processo este que visa descobrir e justificar leis universais ou gerais a partir da observação de casos particulares. Galileu Galliei (1564-1642) considerado como “pai da ciência moderna” foi um precursor teórico do método experimental ou método empírico, quando contradizendo os ensinamentos de Aristóteles, preconizou que o conhecimento íntimo das coisas deveria ser substituído pelo conhecimento de leis gerais que condicionam as ocorrências. Segundo Razuk (2013) o método proposto por Galileu Galilei pode ser considerado como de indução experimental, pois é a partir da observação de casos particulares que se propõe a chegar a uma lei geral. As etapas propostas por Galileu foram: observar os fenômenos; analisar seus elementos constitutivos visando estabelecer relações quantitativas entre os mesmos; induzir hipóteses com base na análise preliminar; verificar as hipóteses utilizando um procedimento experimental; generalizar o resultado alcançado para situações similares; confirmar estas generalizações para se chegar a uma lei geral. Acredita-se que a experimentação matemática é uma alternativa saudável de estabelecer no ensino e aprendizagem desta disciplina, tanto no ensino médio como nas primeiras séries da graduação, associação de conceitos e definições matemáticas, por meio de observações reflexivas construídas a partir de experimentos matemáticos, com o propósito de contribuir para a fundamentação do conhecimento. 3 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica Mas o que é experimentação? Esse processo pode ser definido como o ato de provar algo, de alguém que manipulou determinado experimento ou realizou um ensaio. Ferreira (1999) define como o “Método científico que consiste em observar um fenômeno natural sob condições determinadas que permitem aumentar o conhecimento que se tenha das manifestações ou leis que regem esse fenômeno: experiência”. Por sua vez, experimento é uma palavra de origem latina experimentum e pode ser definido como um ensaio científico utilizado para se realizar a verificação de um fenômeno observável, segundo determinado conceito. Entre os precursores da utilização do método de indução na realização de experimentos destaca-se o renascentista italiano Galileu Galilei, que por seus feitos, como já foi mencionado é considerado o “pai da Física Experimental”. Em seus estudos experimentais Galileu previa com precisão matemática a trajetória de projéteis. Muito do que Galileu construiu foi baseado no uso frequente do método indutivo em seus estudos de experimentação. Entende-se que a experimentação matemática acontece pela associação de conceitos matemáticos com experimentos que apresentam fenômenos naturais e, em estudos pedagógicos aplicados, podem se constituir em uma ação facilitadora e estimuladora da aprendizagem. O experimento lei de hooke Em 1660 o físico inglês R. Hooke (1635-1703) estudou determinados corpos sólidos e movimento. Hooke observou e enunciou que dentro de certos limites tais corpos apresentam comportamento elástico. Investigando o comportamento mecânico de uma mola, observou que as deformações elásticas obedecem a uma lei muito simples. Ele descobriu que quanto maior fosse o peso de um corpo suspenso a uma das extremidades de uma mola (cuja outra extremidade era presa a um suporte fixo) maior era a deformação (no caso: aumento de comprimento) sofrida pela mola (PRÄSS, 2013). Analisando outros sistemas elásticos, Hooke verificou que existia sempre proporcionalidade entre força deformante e deformação elástica produzida. Pôde então enunciar o resultado das suas observações sob a forma de uma lei geral. Essa lei, que é conhecida como lei de Hooke, segundo Präss (2013) foi publicada por ele 4 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica em 1676, quando enunciou: As forças deformantes são proporcionais às deformações elásticas produzidas. Não obstante, para a maioria dos corpos a variação de elasticidade é muito pequena. Como exemplo, ao pressionarmos uma vidraça, a deformação que ocorre é de frações de milímetro. A forma de observação dos fenômenos físicos que levaram Hooke a enunciar a referida lei é uma vivência interessante para que se estabeleçam determinados estudos e o processo cognitivo. O processo cognitivo humano ocorre, via de regra, por associação. A construção de significados acerca dos conteúdos programáticos das disciplinas que são explorados pelos professores pode apresentar melhores resultados quando determinados recursos como um experimento é utilizado para essa finalidade. Um experimento pode, por exemplo, viabilizar que determinados fenômenos sejam observados e que determinadas comportamentos ou leis sejam acompanhados/avaliados. Um Experimento matemático pode ser definido como um equipamento cuja finalidade é a de reproduzir fenômenos específicos os quais podem ser associados à determinadas teorias ou conceitos matemáticos. O Experimento denominado “Lei de Hooke” – Figura 1, e que compõe um conjunto de experimentos matemáticos do Laboratório da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR câmpus Medianeira, é um desses experimentos. Com esse experimento é possível realizar atividades nas quais as observações realizadas por Hooke no século XVII podem ser reproduzidas e vivenciadas. O experimento Lei de Hooke pode ser utilizado para a realização de atividades educacionais no contexto educacional denominada experimentação. Mucelin (2007, p. 5) define experimentação matemática como: [...] um processo sígnico, um conjunto de procedimentos previamente determinados e fundamentados na observação de variáveis que se apresentam nas manifestações ou leis de um determinado fenômeno. Ela possibilita vincular conceitos e/ou definições matemáticas às leis observáveis por associações, estimulando produções e/ou ampliações de conhecimentos lógicos. 5 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica Figura 1 –O Experimento Lei de Hooke Fonte: Carlos Alberto Mucelin (2013) Uma mola em condições normais oferece certa resistência quando é alongada (esticada). Se uma das extremidades da mola estiver fixada, a mola vai apresentar uma resistência denominada Força elástica cujo sentido é contrário ao qual ela é distendida. Se estiver sob a ação da gravidade e, inicialmente a mola for deixada no seu comprimento normal e fixada pela parte superior, a outra extremidade (parte inferior) pode ser considerada um ponto de referencia inicial ou marco zero. Quando uma massa é pendurada na mola ou ela é “esticada”, ocorre uma deformação de certa distância d. Na Figura 2 pode-se observar como se comporta uma mola, submetida à força peso de um corpo de massa M, a deformação que produz. A Figura 2 sugere a deformação e o surgimento de uma força Fm, cujo sentido é para baixo, quando determinadas massas são inseridas na mola e nela, age a força da gravidade . Se um professor utilizar o experimento Lei de Hooke, as deformações proporcionais que foram observadas por Hooke podem ser observadas e vivenciadas pelos alunos e professor. Em outras palavras, os participantes do 6 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica processo de experimentação (professores e alunos) nesse caso, poderão observar que as distâncias deformadas são proporcionais. 1 ud* 2 ud 3 ud Figura 2 – deformação da mola em função de massas *ud = unidade de distância Como o experimento Lei de Hooke pode ser utilizado por um professor de matemática no ensino dessa ciência? As observações dos fenômenos coletadas/vivenciadas durante o funcionamento geram informações que podem ser utilizadas, por exemplo, na indução da lei da função, correlação de variáveis, pares ordenados, entre outros. Neste trabalho será apresentada a indução da lei de função. O processo de experimentação com uso do experimento “lei de hooke”: obtenção de dados No processo de experimentação com uso do Experimento Lei de Hooke é possível vivenciar/observar o processo de deformação da mola na medida em que as massas são inseridas no sistema – Figura 3. 7 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica Inicialmente, sem a inserção de massa Figura 4(a), registrou-se a posição inicial da mola – posição zero. Depois, com a inserção de uma massa4 foi possível observar que a posição da mola ocupava a posição 5 cm - Figura 4 (b). Figura 3 – O Experimento Lei de Hooke e a deformação da mola em função de massas Fotografia Carlos Alberto Mucelin 2013. Nas Figuras 4(c) e (d) pode-se observar que a deformação era de 10 cm para 2 massas e 15 cm para 3. 4 (a) (b) (c) (d) Cada massa do experimento foi produzida com 100 g (cem gramas). 8 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica Figura 4 – Deformação da mola em função de diferentes massas Fotografia Carlos Alberto Mucelin 2013. O que ocorre ao se realizar os ensaios é uma deformação da mola de acordo com a massa pendurada na mola do experimento, pela ação da força da gravidade– Figura 5. É adequado que os alunos participantes façam registros das deformações para a obtenção de dados, os quais podem ser utilizados no processo ensino aprendizagem de matemática, como por exemplo, na indução da lei da função do primeiro grau. A diferença entre as posições P1 e P2 apresentada na Figura 5, indica a deformação que os alunos poderão observar/vivenciar quando realizarem os ensaios experimentais. A posição P1 pode assumir qualquer valor, 1cm, 5cm ou 10cm, pois se trata do ponto inicial da deformação. A definição dessa posição implicará que a lei da função induzida a partir do experimento apresente coeficiente linear diferente de zero. P1 P2 Figura 5 – Deformação da mola As deformações da mola em função das massas podem ser registradas em uma tabela e, exploradas pelo professor de Matemática para o ensino de função do primeiro grau ou linear e ainda, para o estudo e aplicação de um processo de indução. O estudo de funções com uso dos dados experimentais 9 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica A função do primeiro grau (no conjunto dos números reais: f : ℜ → ℜ ) é definida como a função f ( x) = ax + b , na qual a e b pertencem aos reais e a é diferente de zero. Depois que o professor explorou/trabalhou o conceito de função, a definição de função linear, é adequado mencionar a forma algébrica da função do primeiro grau como propósito de utilizar os dados obtidos com a utilização de experimento Lei de Hooke – Tabela 1. Tabela 1 – Deformação versus número de massas Como foi mencionado por Hooke, existe um intervalo limite para que ocorra a proporcionalidade da deformação, ou seja, a variação de deformação que atenda a proporcionalidade do corpo elástico. Logo, se for inserido um número de massas fora deste limite, pode ocorrer uma ruptura na mola, bem como uma deformação que não atenda a proporcionalidade. Os dados da Tabela 1 permitem que o professor explore/construa com os alunos o processo de indução da lei da função matemática que representa a deformação da mola com respeito ao número crescente de massa que são inseridos no sistema. Embora matematicamente, a relação entre massa e deformação seja biunívoca, a variável dependente neste experimento é a deformação, que depende do número de massas (variável independente) que são inseridos na mola. A indução se estabelece e pode ser vivenciada pelos alunos quando se reescreve os dados da Tabela 1 como apresentados na Tabela 2. Tabela 2 – deformação versus número de massas A tabela 2 permite que se observe que a deformação, neste caso, ocorre na proporção 5 para 1, ou seja, para cada massa inserida ocorre uma deformação de 5 cm. Isto permite que se escreva a lei da 10 d ( m ) = 5m IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica função para o fenômeno observado: (1) Na sentença (1) tem-se que d é a deformação da mola dada em cm m é o número de massas Vale lembrar e associar aos alunos, que a lei da função dada na sentença (1) possui a forma algébrica: f ( x) = ax + b (2) Portanto, a função (1) pode ser escrita como: f ( x) = 5 x + 0 (3) A partir da lei da função o professor pode retomar conceitos já estudados, como o coeficiente angular (a), o coeficiente linear (b), além de utilizar os dados para construir o gráfico da função. É importante destacar que a lei da função obtida a partir da observação dos ensaios com o experimento, foi construída e, portanto tem uma origem lógica e prática, diferentemente das funções que são apresentadas nos livros didáticos e desprovidas de contexto. É comum os livros didáticos trazerem as funções e apresentá-las como: “Dada a função [...]”. Por vezes, esta expressão se apresenta com uma conotação “mágica”, que não tem uma origem lógica ou que possa estar vinculada a um fenômeno natural. Não se pretende negar a importância da resolução de uma série de exercícios, mesmo porque a habilidade em explorar uma função algébrica, independentemente de sua origem tem sua importância intrínseca, no que tange a fixação e facilidade operacional de elementos de álgebra. Considerações finais A experimentação pode ser considerada fundamental para o estudo ou aplicação do método indutivo, uma vez que permite ao aluno acompanhar e avaliar os fenômenos observáveis, como é o caso de se verificar/acompanhar o processo de deformação de uma mola por meio de variações de quantidade massas iguais, relacionando esse processo com o conteúdo de funções de primeiro grau. Vivenciar esse processo pode contribuir com a assimilação de determinados conteúdos a 11 IV Congresso Internacional de Educação VII Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia da Uniamérica serem estudados, além de potencializar e tornar as aulas mais significativas e interessantes. Outra vantagem do experimento é a simplicidade com que ele é construído, uma vez que seus componentes podem ser facilmente adquiridos e são constituídos de material de baixo custo. O professor pode sugerir que o experimento seja construído pelos próprios alunos, sob suas orientações e, dessa maneira, ampliar a utilização do equipamento/experimento e promover a melhoria da aprendizagem dos interessados. Destaca-se que o experimento Lei de Hooke apresenta potencialidade para ser utilizado em outras possibilidades de associação de conceitos matemáticos, além daquela que foi explorada neste trabalho. Por exemplo, nos estudos de: proporção, fração, gráfico de função linear, gráfico de pontos, resolução de equações, domínio, imagem e contra domínio de função, sequências, progressão aritmética. A utilização de um experimento no processo de ensino e aprendizagem pode estimular os alunos para a participação e, consequentemente, para a melhoria da aprendizagem. De forma prática e objetiva, conteúdos programáticos podem ser relacionados, como é o caso das funções de primeiro grau e, estimular a melhoraria dos processos de ensino e de aprendizagem. REFERÊNCIAS FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio eletrônico século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. 1 CD-ROOM. IEZZI, G.; et al. Matemática ciência e aplicações. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. MACHADO, N. J. Matemática e realidade: análise dos pressupostos filosóficos que fundamentam o ensino da matemática. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1997. MACHADO, N. J. Matemática e língua materna: análise de uma impregnação múltipla. 4. ed. 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