Histórias que os animais contam
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Histórias que os animais contam
Ano I - n° 02 Trimestral / Set 2012 John - “Eu toquei o coração de um músico” Gatinha Juju - “A engenheira que edificou minha vida” Tigrão A coleira Adoção O poeta de quatro patas Adestrando humanos Como procurar um novo amigo Distribuição temporariamente gratuita PARCEIROS & ANUNCIANTES Peruíbe Loja 1 Av. Pe. Anchieta, 3439 Tel: 3455-5588 Loja 2 Av. 24 de Dezembro, 507 Tel: 3455-8844 Loja 3 Av. João Abel, 36 Tel: 3456-3596 “Quando um homem mata um tigre chama-se desporto. Quando um tigre mata um homem, já lhe chamam de selvageria”. PARCEIROS & ANUNCIANTES Peruíbe 20 Contato: [email protected] “Jamais creia que os animais sofrem menos que os humanos. A dor é a mesma para eles e para nós. Talvez pior, pois eles não podem ajudar a si mesmos”. 1 sumário Editorial Caros leitores, expediente É com muita satisfação que vimos informar-lhes que a 1ª edição de nossa revista está sendo um verdadeiro sucesso. Todos que a leram ficaram entusiasmados com o seu conteúdo e estão interagindo de forma positiva, enviando-nos sugestões, fatos e fotos para nossa 2ª edição. Os leitores e anunciantes perceberam que a revista tem princípios sólidos e imutáveis de seus idealizadores. Como os animais não falam a nossa língua, já ouvimos vários latidos e miados, mas de alegria, que ecoaram nos ouvidos e corações de inúmeras pessoas. Devido a isso, muitos deles foram adotados ou passaram a ser tratados com dignidade, algo que nos gratifica por ser um dos objetivos de nossa mensagem. Itanhaém 03 Animais em condomínios 04 Tigrão - Um poeta de quatro patas 05 Conheça um pouco sobre a obesidade canina e felina 06 A importância de animais no tratamento de doenças físicas e mentais 07 Adote-me 08 A Coleira - Adestrando humanos 09 Toxoplasmose - A culpa não é do gato 10 Entrevista - Elaine Serra e Silva protetora e cuidadora de animais 10 O doutor responde Dr. Amauri Miyashiro médico veterinário 11 Fotografou virou manchete 12 Tratamento homeopático para animais 13 Tártaro 14 Eu toquei o coração de um músico 16 Minhas necessidades, sua responsabilidade 17 Entrevista - Roberto Lorenzato e Maria Rita Penteado proprietários da Atlântyca Imóveis 18 Gata Juju - “A engenheira que edificou minha vida” Agradecemos a todos os anunciantes e colaboradores que estão enriquecendo a revista com suas matérias, anúncios e sugestões e, desta forma estão contribuindo para que os animais e o meio ambiente sejam tratados com respeito. Assim ajudam a ratificar que a marca “Toy-Mel & Cia” já pegou e virou a “Grife Animal”. “TOY-MEL & CIA - Histórias que os animais contam” Publicação dirigida aos amantes dos animais. Os artigos, conceitos, opiniões e aquisições em decorrência dos anúncios contidos nesta revista são de total responsabilidade dos autores subscritos e das empresas que os publicam. Os direitos das matérias assinadas são adquiridos e reservados para a marca “TOY-MEL &CIA”. A reprodução é proibida sem autorização. A marca “TOY-MEL & CIA” está registrada no “REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS DA COMARCA DE PERUIBE-SP”, sob nº 2632-livro A, registro 01-2563. INPI – 904854159 CNPJ –15.587.935/0001-93 Inscr.Est. – 524.046.593.11 Diretor Responsável e Administrativo: TOY – MEL & CIA Contato: [email protected] Jornalista Responsável: Renato Rodrigues mtb: 24.500 / SP Assessoria: Alpha Produtora / [email protected] Projeto gráfico, editoração e ilustração: Michel Silva Leite / [email protected] Foto Capa: William Acioli / [email protected] Comunicação visual (logomarca): Vivian Mauger tel: (13)3458-2977 Curta Revista Toy e Mel & Cia no Facebook Dr.Evander Claudio Lisboa Sutilo 2 Contato: [email protected] “Duas coisas surpreende-me, a inteligência dos animais e a bestialidade dos homens”. Flora Tristan 19 Mongaguá Arte do gato: Caroline Divetta Stasiak Impressão: Grafipress Artes Gráficas Ltda. / [email protected] Gatinha Juju Animais em condomínios “A engenheira que edificou minha vida” Juju - A história de uma gatinha que saiu de uma obra para um lar Estima-se que, em São Paulo, quase metade dos apartamentos tenha pelo menos um animal de estimação. Em contrapartida, um dos problemas mais frequentes nos condomínios de edifícios é a tentativa de proibir, por meio de cláusula da convenção, a permanência do animal no prédio. Muitos casos extrapolam os muros condominiais e acabam no Poder Judiciário. abe, minha história é comum e já não causa mais impacto, mas como a esperança não morre, eu contarei a minha inicial vida dura e posterior vida mansa. Eu sou uma felina de cor cinza, que fui abandonada ainda adolescente em uma grande obra na cidade de São Bernardo do Campo, São Paulo. A obra tinha uma portaria e cada um que chegava eu me aproximava, esfregando-me em busca de dar e receber carinho. As noites nesta obra eram muito complicadas, pois apareciam ratos maiores do que eu, mas não lhes dava trégua, corria atrás deles, acho até que fugiam por pena de minha situação... me achava toda poderosa rs! Adotei esta obra para morar, porque lá me sentia segura. Eu sempre ouvia uma jovem falar: “Tomem cuidado com a gatinha! Foi feita a desratização, não quero que a Nina (nome que me foi dado na obra) coma veneno!” Os guardas da noite eram meus amigos, eu fazia companhia para eles. Numa outra ocasião, ouvi novamente a jovem Engenheira, cujo nome é Juliana, falar ao porteiro que traria ração para alimentar-me dizendo:” Por favor, cuidem bem da Nina, para não comer porcarias pela obra!” Como já disse eu era adolescente e, um belo dia, após alguns namoros, fiquei prenha (grávida). A Juliana ainda mais preocupada com a minha situação dizia:” Agora os cuidados têm que ser dobrados, pois logo virão os filhotes!” Foi o que aconteceu, tive sete filhos, todos lindos e famintos. A Juliana não me perdia de vista, sempre queria saber como eu estava. Minha vida foi ainda mais difícil após a maternidade, pois meus filhotes se escondiam no meio das barras de aço, tijolos, areia, pedra, etc; e os trabalhadores ao pegar o aço com a lança da grua poderiam machucálos ou até matá-los. Além disso, alguns operários ficavam com brincadeiras de mau gosto, levantavam meus filhos pelo rabo, só para provocarem sua chefe, a Engenheira Juliana, que por sua vez, ficava muito brava, sempre protegia a mim e a minha família. Certo dia, ouvi a Ju dizer que precisava nos tirar dali, pois não era um lugar seguro para nós. Ela era um 18 Fotos: Willian Acioli S doce de menina, sempre estava preocupada com seu serviço e com minha família, era minha protetora fiel. Como era previsto, esse dia chegou. Alguém me distraiu enquanto a Juliana e outro funcionário da obra recolheram meus filhos, um a um, e os colocaram numa caixa de papelão. Fiquei muito triste, aquela primeira noite senti uma saudade imensa de meus filhotes, mas a Ju carinhosamente pegou-me no colo, acariciou-me e conversando comigo explicou que os levou para serem adotados. Ela falava comigo com lágrimas nos olhos e dizia ter sido para o bem deles. Passado algum tempo a ouvi dizer ao mestre de obras, Sr. José Wilson, que os gatinhos estavam bem. Fiquei muito feliz. Passados alguns dias, a Ju pegoume no colo com todo o carinho dizendo que me levaria ao médico veterinário para uma consulta. Lembro-me ter visto uma pessoa de branco, depois dormi e quando acordei já estava numa casa estranha. A Ju havia me retirado da obra e, após a castração levou-me para um novo lar, a casa de sua amiga Eci na cidade de Peruíbe, litoral sul de São Paulo. A partir de então comecei uma nova vida. Na casa da Eci tem vários gatos e cachorros, que me receberam com carinho. A princípio fiquei meio retraída, mas logo fui me adaptando. A Eci é um anjo da guarda para os animais. Fui rebatizada com o nome de JUJU, em homenagem à Engenheira Juliana. Hoje tenho amigos e amigas, uma grande família. O respeito é mútuo. Como do bom e do melhor e gosto de beber água corrente da torneira. Costumo deitar no quintal sob o sol de barriguinha pra cima, é muito bom rs! Tenho um cantinho quentinho para dormir no quintal junto de meus amigos. Não preciso mais ter medo nem de rato, nem da obra e seus perigos. Quando a Dona Eci chega quero carinho, gosto demais de ser apertada pela minha mãe adotiva. Hoje sou uma gata dócil, gordinha, charmosa e bem amada. Quer mais? Esta é minha curta história. Gostaria de agradecer a todos que se envolveram no meu resgate e de minha família, aos trabalhadores da obra, à veterinária Dra. Renata Esteves, à Juliana e, especialmente, à Eci que me aceitou em seu lar como mais uma de suas filhinhas. Espero que meus descendentes tenham a mesma sorte que eu tive, que encontrem pessoas que os tratem com respeito, amor e carinho. Um abraço a todos que amam os animais, aquele abraço bem forte que dá para ouvir e sentir as batidas do coração. Saí do entulho, aço, areia e tijolo Das ruas comi o pão duro do abandono Hoje tenho ração, carinho e um lar E uma família para amar. Fui chamada de NINA Agora sou a JUJU Tenho amigos e amigas Que da rua foram tirados E hoje com respeito Estão muito bem tratados. Em princípio, a convenção é a “lei” que determina a conduta dos condôminos e moradores dentro do edifício e, portanto, tem caráter normativo, devendo ser observada e respeitada por todos. Contudo, há alguns condomínios onde as convenções têm cláusula vedando terminantemente qualquer animal de estimação. A validade dessa cláusula de proibição de animais de estimação está sendo discutida nos tribunais, cujas decisões recentes têm sido no sentido de considerá-la abusiva e, portanto, relativizada. Significa dizer que tal cláusula é nula e sem qualquer efeito. Assim sendo, a permanência de animal na unidade condominial, que não cause transtorno à segurança dos demais, é perfeitamente lícita e possível, ainda que contrarie a norma condominial. A jurisprudência vem ao encontro da realidade social, reconhecendo que ter um animal já é costume e uma prática constante da sociedade moderna, atingindo grande parte da população mundial. O que é importante salientar é que temos que cuidar dos animais de estimação como sendo tais, portanto, tratando eles com cuidado e respeito, conservando o ambiente onde ele habita, mantendo os apartamentos sempre limpos e higienizados, evitando o mau odor; não deixando o seu animal de estimação fazer barulhos em excesso, principalmente em horários inoportunos; não permitindo que ele faça suas necessidades nas áreas comuns dos empreendimentos, entre outros comportamentos que possa atrapalhar a boa convivência em um condomínio. Saibamos viver em sociedade de maneira que nossos animais de estimação possam conviver sem maiores problemas. Fontes: Site Anda - Agência de Notícias de Direitos Animais; Fernando Martins - Administrador de Condomínios D.P “Quando o homem for transformado em pente, tamborim, tapete, casaco, calçados, chaveiros, troféus decorativos, alvo, exposição, cobaia, presa de safáris...talvez o homem entenda e trate melhor a fauna”. - Vivian Mauger 3 “Esta coluna tem por objetivo expressar a admiração que pessoas nutrem pelos animais , seja em poesia, verso, prosa,...” “HISTÓRIA DE UM CÃOZINHO SEM NOME” Sou um cãozinho pacato Por certo, um tanto carente Moro na rua, no asfalto Exposto a chuva e ao sol ardente Eu preciso do carinho De quem gosta de animais Tudo que quero é um cantinho E um pouquinho de paz Sou da rua, sou um bicho Abano a calda para quem vejo Busco comida no lixo Ter um lar é meu desejo Sou um cãozinho sem dono Tenho pulgas, carrapatos Estou doente, no abandono Recebendo maus tratos Morando sempre na rua Sem teto, nunca tive sorte O meu tormento continua Só peço, por favor, me adote. Onofre Favotto 4 Contato: [email protected] “GUARDIÕES DE ANIMAIS” Quando Deus criou o mundo, implantou nele a natureza viva: mares, rios, terra farta para os animais conviverem em harmonia. Deu a missão de comandante ao Bicho Homem para administrar o Planeta. Qual não foi sua decepção quando esse comandante só pensa em si próprio e não respeita a Terra, a Água, as Plantas, os animais, enfim... Quanto descaso, maus tratos, quanta irresponsabilidade e falta de amor. Vê-se a todo momento nos meios de comunicação, animais sofridos, amarrados, espancados, passando fome, sede e até mortos. O “racional” Bicho Homem ao invés de dar amor e compaixão, só tem tempo para o trabalho, dinheiro e ganância, visando o poder, tanto o pobre quanto o rico, cada um na sua proporção. Felizmente, há uma minoria de seres humanos escolhidos para olhar por eles, acolhendo-os, tirando-os das ruas, dando amor, alimentação, cuidando de sua saúde com carinho e arcando até com cirurgias, algo que não é barato. Eles nem sabem, mas são pessoas escolhidas para amenizar a grande indiferença da maioria. Não vou citar nomes, porque eu sei que eles preferem ficar no anonimato tenho certeza, mas você meu amigo sabe de quem estou falando, continue assim, pois isso é um Dom de Deus. Muito obrigado em nome dos animaizinhos que vocês acolhem. Luiz Roberto Nabeiro (Babá) VAI AQUI UMA HOMENAGEM A ESSAS PESSOAS ESPECIAIS... Pitoco era um cachorrinho que eu ganhei do meu padrinho. Era esperto e muito ativo, tinha olhos bem vivos e saltava pra cá e pra lá, Bem cedo me levantava, era o Pitoco que me acordava com latidos sem parar, Fazia tanta festa, lambia a minha testa, pois queria me beijar, Pitoco corria na frente dando saltos de contente sem nada poder cismar; Aquele divertimento de tanto contentamento ia até o sol raiar; Eu fugi por um caminho com Pitoco De repente eu vi, que fria, uma Urutu na rodilha, deu o bote pra me pegar; Pitoco saltou na frente, repicou toda a serpente, mas não pode se salvar; Na hora que ele morria, parece que até se ria das minhas patifarias de não poder lhe salvar; É nesse mundo tão louco onde os amigos são poucos, depois que morreu Pitoco; Nunca tive outro igual. Nhô Bentico entrevista Entrevista com Roberto Lorenzato e Maria Rita Penteado proprietários da Atlântyca Imóveis Toy e Mel: COMO COMEÇOU O VÍN- CULO DO ESCRITÓRIO IMOBILIÁRIO COM A CAUSA DOS ANIMAIS DE RUA E A PRESERVAÇÃO DA NATUREZA? Atlântyca: Costumamos dizer que todo empreendimento tem a cara do dono, o que é a mais pura verdade. Por exemplo, ao entrarmos em um estabelecimento comercial e observarmos um pouco, sentimos a energia das pessoas que trabalham lá, motivo pelo qual as vendas se realizam ou não. Com a Atlântyca Imóveis não poderia ser diferente, já que nós proprietários amamos os animais e a natureza, esse vínculo se fez naturalmente. Toy e Mel: QUAIS SÃO AS AÇÕES QUE A ATLÂNTYCA IMÓVEIS PROMOVE A FAVOR DA CAUSA DOS ANIMAIS? Atlântyca: Na verdade fazemos muito pouco em relação à demanda de maus tratos e abandono de animais. Adotamos quatro de nossos cinco cães e mais três gatos, todos abandonados, tirados diretamente da rua em péssimo estado. A lotação em nossa casa está esgotada e a demanda continua enorme, então resolvemos colocar na frente da imobiliária uma placa informando que maus tratos e abandono de animais é crime e que se for flagrado por nós vai dar confusão! Procuramos, na medida do possível, ajudar em campanhas de castração, alimentos, cobertores, etc. Também temos nossos cães “fregueses” que vêm todos os dias comer e beber água . Sabemos que é pouco, mas se todos fizessem esse pouquinho seria uma maravilha! apartamentos, chácaras e sítios, procuramos conscientizar os novos proprietários que estamos no centro de uma Reserva Ecológica que deve ser protegida a todo custo. Para que isso aconteça, é necessário que comecemos com o nosso próprio jardim ou quintal, até que essa idéia se expanda a toda a cidade. Pensando nisso, fizemos um cartão-semente, que consiste em um cartão de visitas dobrável e que dentro carrega várias sementes de árvores frutíferas e nativas da região, para que os nossos clientes e amigos ajudem no reflorestamento ou, simplesmente, tenham uma árvore amiga no seu quintal. Toy e Mel: E QUANTO AS AÇÕES EM Toy e Mel: UMA FRASE QUE DEFINA O Atlântyca: Como o nosso negócio é a comercialização de casas, Atlântyca: “Salvando os animais e o meio ambiente da ameaça humana” RELAÇÃO À PRESERVAÇÃO DA NATUREZA? TRABALHO DA ATLÂNTYCA IMÓVEIS: www.atlantycaimoveis.com.br Divulgação Tigrão o poeta de quatro patas “De todos os animais da criação, o homem é o único que bebe sem ter sede, come sem ter fome e fala sem ter nada que dizer”. John Steinbeck 17 Chicrette de Rita Benke de - Peruíbe A Importância de animais no tratamento de doenças físicas e mentais 6 Meu filho Chicrette Arte: Michel Estudos revelam que cuidar de algum bichinho auxilia pacientes com depressão, problemas cardíacos, outras enfermidades, até Mal de Parkinson. Há relatos que remontam o século XVII sobre a importância dos animais na socialização e mudança do comportamento do homem, em especial no desenvolvimento do senso de responsabilidade de crianças (Fine, 200). No século XVIII surgem teorias sobre a influência positiva dos animais de estimação no tratamento de doenças mentais e, em 1792, William Tuke utilizou animais de fazenda para tratar pacientes com distúrbios neurológicos. Seguem-se vários outros trabalhos utilizando cães, cavalos ou animais de fazenda como adjuvantes no tratamento de pacientes mentais ou de crianças com alterações psicológicas. A Terapia Assistida por Animais (TAA) é, atualmente, reconhecida em diversos países do mundo, sendo, comprovadamente, uma técnica útil na socialização de pessoas, na psicoterapia, em tratamentos de pacientes com necessidades especiais e na diminuição da ansiedade de várias causas. Além de companheiros, os animais também podem ser verdadeiros médicos de quatro patas. No Brasil, desde 1997, os pacientes com os mais diversos tipos de problemas de saúde têm tido a oportunidade de serem “cuidados” por animais terapeutas. A prática, conhecida como zooterapia foi trazida pela médica veterinária Hannellore Fuchs e tem se mostrado muito eficaz. Sendo assim, os estudos indicam que um pet auxilia o paciente a produzir mais dopamina, responsável por estimular o sistema nervoso central. Mas saiba que não apenas os cães que têm esse poder. Gatos, coelhos, roedores e até peixinhos dourados podem ser excelentes “médicos”. Confira a seguir mais sete pro- blemas que podem ser amenizados com um pet, segundo estudos de inúmeras universidades: Alergias: Crianças expostas a um ou mais cachorros ou gatos durante o primeiro ano de vida têm de 66% a 77% menos chances de desenvolverem algum tipo de alergia, segundo o estudo da Universidade de Medicina da Geórgia, EUA. Ataque Cardíaco: De acordo com a Universidade de Purdue, Estados Unidos, ter um pet reduz em 3% as chances de desenvolver um ataque cardíaco. Depressão: Pesquisadores da Universidade do Missouri descobriram que os níveis de serotonina aumentam em pessoas que têm animais. Antidepressivos halopáticos têm a mesma função. Rinite: Um dos problemas mais comuns em todo o mundo, a alergia tem menos chances de se manifestar em donos de gatos. Segundo o Japan’s Himeji Medical Association, quem tem um bichano como companhia tem 30% menos chances de contrair o problema. Eczema: Também conhecida como dermatite atópica, a doença tem menos chances de se manifestar em crianças que conviveram em casa com cães até Contato: [email protected] seus 3 anos de vida. A descoberta foi feita pelo Marshfield Clinic, nos EUA. Pressão alta: Um estudo feito pelo Baker Medical Research Institute, na Austrália, revelou que donos de animais têm a pressão significativamente menor que os que não têm pets. Terceira Idade: De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, os idosos que têm cães em casa precisaram visitar 21% menos o médico para se tratar de algum problema. Dentre os benefícios que a terapia com animais pode trazer aos pacientes observamos: ajuda a esquecer um pouco a dor, induz ao relaxamento, potencializa interações sociais, melhora autoestima e autoconfiança, motiva a sair do leito. Além disso, os animais não tem o senso do julgamento que os humanos tem, estão ali independe do status, condição ou aparência do paciente, demonstram afeto e aceitação e são excelentes leitores de nossa linguagem corporal, em cuja resposta parecem entender nossos próprios sentimentos Psicologa: Marcella Nunes Basso Zanella Charif, formada pela Unisantos 2005 ram verdadeiros anjos. Todos trataram-me com muito carinho. Parecia que eu estava em um hotel cinco estrelas, me senti importante, valioso e respeitado. É o mínimo que as pessoas deveriam fazer entre si, não é? Após exames minuciosos, o diagnóstico dado pelo doutor foi: - Gustavo, fique tranquilo, seu amigo está em ótimas condições, é um belo animal! Ficará por aqui mais alguns dias até que você e sua mãe encontrem um novo lar para ele. Eu pensei...E agora para onde eu serei levado? Será que serei abandonado na rua como fazem as pessoas que não tem amor próprio, nem pelos outros? Sabe, passei algumas noites no canil daquela clínica, noites intermináveis. Lá ganhei meu nome John e conheci várias histórias de meus amiguinhos. Um dizia que havia sido jogado porta afora de um carro; outro, que seus donos largavamno sem água, comida, na chuva e no meio de excrementos. Bili, uma linda cadelinha, estava toda assustada e, chorando relatou que quando teve seus filhotes foi jogada na rua e sentia muitas saudades de seus filhos e donos, não guardava rancor e os perdoaria se a recebessem de volta em sua casa. Tali, outra amiguinha, disseme que sua mãe a tratava com muito amor e carinho, mas logo não a viu mais, pois foi brutalmente separada dela, quando ainda mamava e era um bebê, para ser adotada por uma família. Prosseguindo com sua história, Tali contou-me que nos primeiros meses foi tratada com carinho. Era só brincadeira, mas foi crescendo e sendo advertida por coisas que nunca a ensinaram. Disse-me, muito triste, que uma vez fez xixi dentro de casa e como castigo passou a ficar presa a uma corrente no quintal. Hoje Tali se encontra na mesma situação que eu, já que foi abandonada nas ruas pela família que a adotou. Também um pastor alemão bem idoso me chamou de lado e sussurrou: - Amigo, quando eu era jovem e bonito fui bem tratado, hoje, quase cego, sem poder latir ou andar direito, estou jogado nas ruas, mas ainda me lembro com muito amor e carinho de meus antigos donos. Você é um cão de raça, jovem, bonito e logo encontrará uma família e sairá daqui, pois ainda existem humanos bons. Foram tantos relatos que quase não consegui dormir, fiquei noites ouvindo as histórias de vida dos meus novos amigos. Por diversas vezes me emocionei e chorei de tristeza por não poder ajudar nem a mim, nem a eles. Bem, passado alguns dias, o doutor me chamou e me informou que o pai do Gustavo, havia encontrado uma família que queria me adotar. Fiquei apreensivo. Logo em seguida, apresentaramme ao Sr. Eduardo. Ele olhou bem dentro dos meus olhos e eu nos dele. Foi amor à primeira vista, olhos nos olhos, coração no coração. Ele não sabia qual seria a minha reação, mas logo após umas sacudidas de rabo e cheiradas, mostrei-lhe que era muito dócil. Assim, puseram-me no carro e fui passear rumo ao meu novo lar. Chegamos em casa e lá estava D. Rita e seus dois filhos me esperando.Havia também uma cadelinha de nome Kira que a “Adotar é um ato de amor” princípio não foi muito receptiva, mas aos poucos, com meu charme a fui conquistando. O dia seguinte foi inesquecível, pois tomei o meu primeiro banho com shampoo, água quente e carinho. Ahmmm... que gostoso!!! Queria poder dar um beijo nos meus donos de tanta alegria, porém dei-lhes um banho de lambidas em agradecimento Nas refeições eu era meio esganado, queria comer tudo rapidinho, achava que ia acabar, mas aos poucos fui melhorando. Nunca rosnei para meus donos, pois eles são muito amáveis. Um dia ganhei um belo osso, mas ao invés de comê-lo fui agradecê-los, dando-lhes muitas lambidas. Novidade...Lembram-se da cadela Kira, ficamos amigos, irmãos, amantes e, do nosso relacionamento amoroso nasceram três lindos filhotes Shauri, Mel e Chicrette. Nenhum saiu branquinho como eu, mas eram saudáveis e dois deles foram adotados após o desmame. Infelizmente, hoje a Kira não está mais no nosso meio, mas o Chicrette permaneceu junto comigo e minha nova família. Eu sou um cão amoroso, obediente, agradecido, apegado à família, um pouco ciumento. Não gosto de ficar sozinho, vivo cutucando os meus donos para ganhar carinho. Sou silencioso, brincalhão, limpo. Gosto de ser escovado, faz cócegas rs! Um dia ouvi D. Rita, minha mãe adotiva dizer que me adotar foi ótimo! Fiquei muito orgulhoso. Para finalizar, agradeço a todos que me ajudaram a ter um novo lar, especialmente minha nova família que me dá muito amor e carinho. Hoje somos eu, meu filho Chicrette, D. Rita, Sr.Eduardo e seus dois filhos Hector e Enzo. Formamos uma bela família, não acham? Eu sou o John Da rua fui resgatado Hoje tenho um lar e amo muito meus donos E sei que sou muito amado. Minha história continua... D.P “Os animais são bons amigos, não fazem perguntas e tão pouco criticam”. George Elliot 15 Histórias que os animais contam Adote-Me Para adotar falar com Eci tel: 13-3454-1033 Preciso de um lar - Este cachorro precisa urgente de um lar, ele vive em um terreno vazio. Contato: 13-9788-0241 / 3456-1076 / [email protected] Foto: Willian Acioli Eu toquei o coração de um músico História real de um cão chamado John O lá caros amigos! Fui batizado pelos meus atuais donos com o nome de John e esta é a minha história! Sou um cão da raça Akita, branco, de olhos marrons e porte grande. Tenho aproximadamente 6 anos de idade. Um belo dia, quando atravessava distraidamente uma avenida chamada Padre Anchieta, na cidade de Peruíbe, litoral sul de São Paulo, em frente à Casa Crispim, uma loja de tintas muito conceituada na cidade, ouvi um barulho e mal tive tempo para pensar... fui atropelado por um carro. Na verdade, não sei se eu bati ou me bateram, só sei que fiquei desacordado, não consigo precisar o tempo. Ainda muito tonto e desorientado consegui me locomover para perto de um ponto de ônibus e fiquei quieto num jardim, quando ouvi um rapaz se aproximar e falar: - Coitado do bicho! Acho que está machucado! Vou ligar para minha mãe, pois ela conhece 14 quem poderá ajudá-lo! O rapaz, um músico, que se chama Gustavo, desesperado dizia a sua mãe D. Vera através do celular: - Mãe, eu vinha passando aqui na avenida, quando ouvi um barulho no lado direito do carro. Parei e vi que se tratava de um belo animal que havia batido. Não posso deixá-lo aqui sem cuidados, tenho que chamar um veterinário para examiná-lo! Ah! Meu coração bateu mais forte, meus olhos ficaram lacrimejados, mas de alegria. Sabe aquelas lágrimas que deixamos transparecer para externar nossos sentimentos, aquelas que são o termômetro de nossas sensibilidades, pois é, foi assim que percebi que seria tratado com respeito. Alguns minutos depois chegou D. Vera e eu pude ouvi-la falando ao telefone com o Dr.Rodrigo Malagoli, médico veterinário da cidade. Na conversa ela pedia a ajuda do doutor, pois es- Contato: [email protected] el ich :M te Ar “Olá pessoal! Estou procurando um lar, já estou nas ruas há mais de três meses. Fui abandonado nem sei o porquê, por isso sou muito triste e medroso. Estou no trevo do Ruinas, no bairro do Jardim Icaraiba, pois aqui fui acolhido com muito carinho pelos comerciantes locais, mas infelizmente nenhum deles pode me adotar, mas agradeço a todos. Fico no aguardo de alguém que queira um amigo e que deseja muito dar amor e receber amor.” Telefones para contato: (13) 3456-3497 / 9604-0911 tava indo para São Paulo, porém seu filho ficaria na cidade. Não demorou muito e vi um rapaz de branco chegando, era o tal doutor, que muito competente foi logo me examinando e, em seguida, levou-me para sua clínica em companhia do Gustavo, que muito apreensivo dizia: - Vai devagar para não machucá-lo, doutor! Coitado, estava mais assustado do que eu rs rs!! Do meu passado, não recordava nada! Sabe... dizem que anjos não existem, mas existem sim, pois estas pessoas fo- Contato: 13-9742-4282 com Giane Fernanda 13-9607 9035 ou Sonia 9770 3584 - Nasceram dia 04/07/12 Duas meninas para serem adotadas Tel: 13-3456-3497 Se você conhece algum animal que está abandonado e deseja ajudá-lo a encontar um lar mande sua foto para: [email protected] e/ou Curta a Revista Toy e Mel & Cia no Facebook e poste a foto do animal a ser doado “O justo importa-se com a alma do seu animal doméstico, mas as misericórdias dos iníquos são cruéis”. Provérbios 12:10 7 Loro - Dona:Maria do Amparo Foto: Kris Curiosidades • O papagaio 12 Papagaio vive em média 80 anos em ambiente natural, mas como um animal doméstico sua estimativa de vida vai depender de sua alimentação. Tem como característica um bico curvo e dependendo da espécie pode variar as cores de suas penas. Vivem em bandos e na época reprodutiva separam-se em casais. Esta ave tem apenas uma parceira (o) durante toda sua vida, por esse motivo a captura ilegal de seu parceiro (a) prejudicará a reprodução da espécie, pois com a separação o papagaio não volta a se reproduzir. O papagaio é conhecido pela capacidade enorme de imitar palavras que Contato: [email protected] Mic he l A culpa não é do Gato te: William Acioli para tratamento de uso contínuo, muitos deles com excelentes resultados. Algumas doenças que a homeopatia trata com sucesso em animais: • Cistite em cães e gatos; • Abscessos; • Problemas ortopédicos; • Gravidez psicológica; • Rinites; • Doenças comportamentais; • Disfunções ginecológicas; Entre outras. Em casos clínicos que exigem tratamento de médio a longo prazo, é muito comum o veterinário homeopata utilizar métodos que, primeiro fortaleçam o organismo do animal debilitado, para então seguir adiante com o tratamento. Este é um modo diferenciado de cura, porém de relevante importância na recuperação do animal, pois quando utiliza este método, o profissional veterinário busca através dos medicamentos equilibrar as forças vitais do organismo, preparando-o contra possíveis recaídas, ou até mesmo contra outras doenças oportunistas que possam surgir no decorrer do tratamento. Para uso em animais é mais comum a utilização de medicamentos homeopáticos nas formas: líquida (solução hidroalcoólica) e glóbulos (grânulos de sacarose), pois são mais fáceis de administrar nesses casos. Há também os com- Ar Criada em 1796 pelo médico alemão Samuel Hahnemann, a homeopatia tem conquistado espaço nos consultórios veterinários. Sua utilização no tratamento de animais tem demonstrado resultados bastante positivos. Diferente do que muitos pensam, a homeopatia não tem sua origem apenas através de vegetais. Os medicamentos homeopáticos são provenientes dos reinos: mineral, vegetal e animal. Veja alguns exemplos: • Arsênico, Sulfur e Mica (minerais); • Bryonia, Arnica e Pulsatilla (vegetais); • Apis mellifica, Lachesis e Cantharis (Animais). Além disso, há ainda os Bioterápicos (também denominados Nosódios). Estes são preparados a partir de elementos patológicos e microorganismos, e sua utilização está relacionada basicamente no trato de doenças infecciosas, muito comum em animais domésticos. Já os medicamentos de uso externo exercem ação complementar no tratamento homeopático. São eles: pomadas, cremes, loções, tinturas, etc. Quando necessário, sua combinação com medicamentos de uso interno tornam o tratamento mais eficiente. Thuya, Cantharis, Hepar sulfur e Pulsatilla são medicamentos utilizados com frequência na Medicina Veterinária, em alguns casos, primidos, pós e tabletes, porém pouco receitados na área veterinária. É muito importante que a prescrição dos medicamentos, homeopáticos ou alopáticos, seja feita somente por um médico veterinário de sua confiança, pois além de garantir um tratamento adequado a cada caso, o profissional veterinário irá avaliar também características individuais do animal, como hábitos, estado emocional, hiperatividade, depressão, se possui algum tipo de trauma, etc. Através de informações como essas, é possível ter um diagnóstico mais detalhado, já que grande parte das doenças físicas tem sua origem através de um estado emocional debilitado. Por isso, destaca-se a importância de não medicar seu animal sem orientação médica, pois tal atitude pode causar sérios danos à saúde de seu amiguinho. Apenas 1% dos gatinhos transmite a toxoplasmose e, para isso, eles precisam estar doentes e, principalmente, na fase de eliminação dos oocistos. O gatinho contrai o toxoplasma quando come carne crua ou mal passada ou, ainda, se ele comer insetos, ratos, lagartixas que contenham cistos do protozoário. É importante saber que adquirir toxoplasmose de gatos é muito raro e o animalzinho não é a principal fonte de transmissão. Geralmente, o gato que contraiu toxoplasmose, irá eliminar os oocistos (“ovinhos” do toxoplasma) apenas uma única vez e por apenas 15 dias durante toda a sua vida. Esta eliminação ocorre 10 dias após o gatinho ter sido infectado. Para que você se contamine com o toxoplasma, você precisa comer a forma infectante, que nada mais são que os ovinhos germinados presentes nas fezes do gato contaminado. Ou seja, você precisa que as fezes do gato tenham contato com sua boca. E tem mais, as fezes do gato infectado precisam ter contato com sua boca depois de 48 horas que o gato tenha defecado, caso contrário, os “ovinhos não germinam” e o ciclo não se completa! Vale lembrar que os gatos são animais extremamente limpos. Eles têm o habito de enterrar seus dejetos e se limpar várias vezes ao dia. Estudos mostram que é impossível você contrair toxoplasmose beijando ou acariciando seu gatinho. Portanto, fique tranqüilo! Seu gatinho não lhe representa nenhum perigo! Ahhhh, já estava esquecendo, não se contrai toxoplasmose através da lambida, mordida ou arranhões de gato. Você só contrai toxoplasmose de um gato se você comer as fezes contaminadas dele! Você não come fezes certo? Portanto eu Repito em Alto e Bom Tom: Desenho realista - Lápis dermatográfico branco s/ papel preto - 210mm x 297mm - Caroline Divetta Stasiak TOXOPLASMOSE Tratamento Homeopático para animais Seja feliz com seu gatinho, ele definitivamente não representa nenhum perigo para você, pois beijá-lo, abraçá-lo, acariciá-lo, brincar e dormir com ele não transmite toxoplasmose. Cibele Erreiras Ruiz / CRMV-SP 20.363 Médica Veterinária Especializada em Felinos Por Talita Coutin ele decora, e é por esse dom que ele é procurado no comércio ilegal, fato que propicia o manejo insustentável pondo em risco às espécies em extinção. Sua alimentação é variada entre sementes, brotos, flores, polpa de frutas e eventualmente insetos que estão nas frutas, além de folhas. Quando a ave torna-se um pet, sua alimentação tem que ser balanceada assim como em seu ambiente natural. Como é algo que se torna difícil, encontramos no mercado pet rações que contém todos os nutrientes necessários para seu amiguinho, podendo-se incluir de vez em quando em seu cardápio frutas, verduras e sementes. Priscilla Sayuri Miyata Graduada em Ciências Biológicas Pós Graduada em Educação Ambiental “Não sabia que se podia gostar tanto de um animal, até que tive um. Das muitas coisas que aprendi, a maior foi o amor sem condições”. 9 Conheça um pouco sobre a obesidade canina e felina Em toda a nossa evolução buscamos a tal Liberdade, mas será que em algum momento paramos para pensar em nosso amiguinho canino, considerado nosso melhor amigo? Acredito que não, devido a nossa falta de tempo não é? E ainda, não entendemos o porquê de muitos serem tão mal comportados, roendo tudo, fazendo buracos e necessidades fora do lugar. Mas isso tem solução, pois hoje em dia existe a psicologia canina, um estudo sobre comportamento animal desenvolvido com o intuito de nos ajudar a entender melhor nosso amigo peludo e suas necessidades. Porém, existem regras básicas que devemos praticar dia-a-dia para que possamos ter um cão equilibrado e saudável. Primeiramente, nós cometemos um dos maiores erros, humanizamos nosso cão, passamos a vê-lo e tratá-lo como uma criança, isso cria desequilíbrio e um cão desequilibrado é insatisfeito e problemático. Devemos amá-lo, sim, mas não esquecendo que se trata de um ser de outra espécie, com necessidades e desejos diferentes dos nossos, mas tão importantes quanto. A natureza é repleta de regras e rituais de comportamento, nela é eleito um membro para ser o líder dos grupos, seja de qual espécie for, esse líder sempre é o mais forte. Mas agora que os cães vivem conosco, devemos executar esse papel, sendo firmes e im- 16 Foto: Ju Mauger Minhas necessidades, sua responsabilidade pondo regras e limites a eles. Isso serve a todos, não importa a raça, a idade, o tamanho, o temperamento ou o fato de o cão ser dominante ou submisso. Acredito que todos conheçam o mais famoso psicólogo canino Cesar Millan, mais conhecido como o encantador de cães, e em seu livro ele fala de uma fórmula dividida em três partes para deixar a vida do seu cachorro completa. Lembre-se, não se trata de uma solução única e rápida para um cão problemático. Os cães não são equipamentos, você não pode simplesmente mandá-los para o conserto e pronto. Se você pretende fazer com que essa fórmula funcione é necessário colocá-la em prática todos os dias da vida do seu animal. Por isso, para se ter um cão equilibrado deve-se oferecer: EXERCÍCIO, DISCIPLINA E CARINHO nessa ordem. Contato: [email protected] Por que nessa ordem? Porque é a ordem natural das necessidades inatas do seu cão. Na sociedade atual, o problema é que os cães recebem dos donos apenas uma parte da fórmula: carinho, carinho, carinho. Sim nossos cães precisam de carinho, mas precisam de exercício e liderança primeiro. Nesta perspectiva, o passeio é fundamental para a saúde mental e física do cão, pois proporciona a SOCIALIZAÇÃO, o que é fundamental para um cão equilibrado, COMUNICAÇÃO através do mundo de cheiros, e principalmente, os BENEFÍCIOS FÍSICOS como: controle de peso, aumento de massa muscular para auxiliar em problemas articulares, preparo físico e cardiopulmonar, além do estímulo e apuramento dos sentidos de audição e olfato. Por isso ao escolher um cão com o qual dividir sua vida, você terá a oportunidade de formar um laço forte com um membro de outra espécie. Mas essa oportunidade tem um preço: o preço da responsabilidade. Os cães nos realizam de diversas maneiras, são fiéis e companheiros, e nos amam incondicionalmente, porém eles não conseguem falar e nos pedir aquilo de que necessitam. E se pudessem falar sabe o que diriam. Eu quero PASSEAR au au au au au!!!! Lisa Rosseto Dias Profissional em comportamento canino A obesidade animal é semelhante à humana. A grande diferença é que os cães e os gatos não escolhem seu estilo de vida. Tornam-se sedentários e comem de maneira errada por causa de seus donos. QUAIS SÃO AS CAUSAS? A obesidade é quase sempre o resultado do excesso de comida fornecida pelos donos. Cada vez mais, os cães passam por períodos longos de inatividade e como não gastam toda a energia fornecida pelos alimentos que ingerem, esse excesso de calorias vai resultar em gordura acumulada. Um animal com apetite caprichoso pedirá e implorará com tal insistência que o proprietário será incapaz de resistir e oferecerá um alimento muito palatável (comida caseira e guloseimas) para agra- dá-lo. Certamente, o proprietário sabe que se negar ao cão e, sobretudo ao gato, ele vai se afastar, privando ao “pobre humano”, de qualquer contato afetivo com seu animal de estimação. Outro fator que pode levar ao aparecimento de obesidade nos cães é a idade. À medida que os animais vão envelhecendo, vão ficando menos ativos e este fator promove o aparecimento de gorduras desnecessárias. COMO SABER SE O SEU CÃO OU GATO ESTÁ OBESO? Os sintomas mais comuns são a lentidão dos movimentos, perda de interesse pelas atividades físicas e dificuldades respiratórias, principalmente durante o sono. QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES Plus POSSÍVEIS CAUSADAS PELA OBESIDADE? A obesidade pode causar problemas cardíacos, articulares e endócrinos como colesterol alto e diabetes. Lembre-se que a distribuição do alimento estabelece entre você e seu cão, uma relação bem forte. É bom que a refeição do animal seja oferecida antes ou junto da de seu dono, essa precaução evita que ele venha mendigar alimentos à mesa. Não se esqueça que um cão com peso excessivo pode viver menos tempo, com menos qualidade de vida e sofrer de variadas doenças provocadas pela obesidade. Dr. Maurício Valtuille Nunez CRMV/ SP 20.332 Center Vet Clínica Veterinária Natural Coadjuvante indicado para cães com sobrepeso obesos e/ou com diabetes & Delicious “Até que tenhas amado um animal, uma parte da tua alma estará adormecida”. Anatole France 5 entrevista Fotografou virou manchete Entrevista com a protetora e cuidadora de animais Elaine Serra e Silva Toy e Mel: Como e por que você começou a cuidar de animais de rua? Elaine: Aprendi a ter amor pelos animais com a minha mãe, porque ela já faz isso há 20 anos. Toy e Mel: E você, quanto tempo começou a ajudar e por quê? Elaine: Faz oito anos, desde que me mudei para Peruíbe. Aqui vi muito cachorro abandonado e isso me tocou de alguma forma. Toy e Mel: E quando foi fundado o Projeto Bicho da Gente? Elaine: O projeto foi fundado há seis meses, onde eu, minha cunhada Ivonete e a Silmara, da Loja Dib Pet, resolvemos trabalhar em equipe. Toy e Mel: E o quê exatamente vocês fazem pelos animais? Elaine: O objetivo principal é a castração, mas também ajudamos com a alimentação e adoção dos mesmos. Toy e Mel: Como é feita a divulgação para esses animais serem adotados? Elaine: Divulgamos através da internet, amigos, pelo Jornal da Vila e agora com mais este aliado, a revista Toy-Mel & Cia. Toy e Mel: Quantos animais já foram castra- O doutor responde! Leitora Rita Benke: O que pode ser feito para conscientizar os donos, que seus cães devem ficar dentro de seus quintais, não nas ruas arriscando sua vida e a dos outros com brigas e doenças? E quanto ao desconforto de sujeiras em nossos portões? Dr. Amauri: Nossos amiguinhos caninos também precisam de atividades físicas. Caso o proprietário tenha um bom quintal poderá se preocupar menos com essa situação, mas é importante a interação social com outras pessoas e outros animais. Para isso, o ideal seria contratar um Dog Walker com fundamentos de adestramento para socializar o seu amiguinho, desde que esteja vacinado e orientado sob a supervisão de um profissional médico-veterinário. Desta forma estará protegido contra doenças infecto-contagiosas dos caninos e contra os ecto e endoparasitas. 10 Da direita para esquerda: Elaine, Silmara e Ivonete dos através do Projeto Bicho da Gente? Elaine: De janeiro a julho deste ano foram 12 castrações. Toy e Mel: Vocês têm alguma parceria, recebem ajuda financeira para este projeto? Elaine: Não. Todo mês promovemos um chá beneficente, onde arrecadamos verba para as castrações e alimentação desses animais. Toy e Mel: Quais são os planos futuros para o projeto? Elaine: Conseguir uma maior meta de castrações e um abrigo para esses animais de rua. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer todas as pessoas que tem contribuído com nosso Projeto Bicho da Gente. Maiores informações através do e-mail: [email protected] Calopsita Chèrie Kris-Peruibe / SP Teco, Junior e Pastorzinho Ivonete da Silva - Peruibe / SP Junior Marisa - Peruíbe / SP Mande uma foto do seu animalzinho para nós! E terá a chance de tê-la publicada em nossa próxima edição. No email: [email protected] Sofia Juliana Sambi Pitchula Tami Mori - Mogi das Cruzes Cuti Juliana Sambi Luana (esquerda) e Mel (direita) Edna P. Reis - Peruíbe / SP Por Dr. Amauri Miyashiro CRMV/SP 7277 médico-veterinário Pet Complex Itatins Quanto à higiene, é a própria falta de orientação e educação do proprietário quando o amiguinho defeca nas ruas. Pode-se utilizar creolina que afastará os animais e as pessoas indesejadas do seu portão. Eu me chamo Pingo. Fui adotado pela Carla da Sol Maior, graças a revista Toy e Mel. July - Miriam Mori Mogi das Cruzes / SP Jade (esquerda) Juli (direita) Hélia Matangrano - Peruibe / SP Taty - Ivete de Peruibe / SP Mel a amiguinha desta edição Leitora Rita Benke: A castração é a única solução para que dois machos parem de brigar? Dr. Amauri: A castração é um dos métodos, acredito no mais eficiente, porém o mesmo pode engordar. Ainda há medicamentos à base de hormônios que, sob a supervisão do médico-veterinário, pode ser administrado para essa situação. Já a mais natural é a contenção individual em canis. PARA PARTICIPAR É SÓ ENVIAR SUA PERGUNTA PARA: [email protected] Destino animal: natureza – zoo – açougue – churrascaria. “Viva o homem” - Vivian Mauger Jony Cristiane - São Paulo / SP Brandy Roberta - São Paulo / SP Lindy, Hanna e Nicolas Sandra - Alemanha Rocky (grande) e Bali (pequena) Bruna Furlan - Itanhaém /SP Agata - Gisele Ferreira Maziero Mogi das Cruzes / SP Docinho - Helena Akiko Kuno Mogi das Cruzes / SP Maria Rita Bronzo - São Paulo / SP “O Homem tem feito da Terra um inferno para os animais”. Arthur Schopenhauer 11 A coleira • Adestrando humanos Tártaro Palestrante: TOY “O objetivo desta coluna é servir de estímulo para a reflexão humana. As fotos abaixo são de meus amiguinhos, elas por si só são explicativas, pois mostram como ficamos quando somos abandonados. As feridas externas impressionam, doem, exalam mau cheiro e atrai insetos mas podem ser tratadas. Por outro lado, as do coração são incuráveis”. ntes Veja o a is: e depo Depois Depois Antes Foto: Ju Mauger Antes Antes O processo de formação de tártaro parece estar relacionado a diversos fatores como o tipo de alimentação, escovação ou não dos dentes e frequência dessa escovação e até a imunidade do indivíduo. O acúmulo de tártaro nos dentes causa, gradativamente, a retração gengival, exposição da raiz e destruição dos ligamentos periodontais, Depois causando não apenas a perda deste dente, como também propondo a este alvéolo que seja penetrado por bactérias rumo à corrente sanguínea. Estas, por sua vez, podem causar infecções localizadas (endocardite, hepatite, nefrite…) e até generalizadas (septicemia). O animal manifesta os sintomas de acordo com a gravidade da doença periodontal. O mau hálito está presente em todas as fases e só tende a piorar. Sangramentos gengivais, dor à mastigação, relutância em se alimentar e até a perda espontânea dos dentes são possíveis sinais da progressão da doença periodontal. Em nossa rotina, após exames pré-operatórios, realizamos o procedimento com anestesia inalatória e ultrasom, o que possibilita limpeza adequada dos espaços subgengivais com sua ponteira. Raspagens ma- nuais geralmente traumatizam a gengiva, causando mais dor pós-operatória e sangramentos. O uso isolado de antibióticos realmente diminue o mau hálito, porém apenas durante sua admnistração. As placas bacterianas permanecem encapsuladas. No pós-operatório, preconizamos o uso de antibióticos de amplo espectro e antiinflamatório por alguns dias. A longo prazo recomendamos a escovação com pasta sem flúor 3 vezes por semana, correção da alimentação e fornecimento constante de ossos de açougue (costelas semi-cozidas), a título de prevenção desta doença, ainda negligenciada por muitos. PSVET Dr.Gabriel Carapeto Calissi Médico Veterinário CRMV-SP 23410 Esse bichinho tocou de forma profunda os nossos corações! “NOSSA CACHORRINHA NINA” Nina era uma vira-lata grande, peluda, de latidos fortes que assustava quem no portão passasse. Adorava brincar com bolinhas Correr atrás de Quero-quero, Latir no portão de outros cachorros Só pra provocar... Viveu com a gente durante sete anos. Brincou, passeou, levou bronca Mas só rosnava quando tentávamos tirar o seu osso. Ela era de bem com a vida. Foi amada, paparicada, Adorava ficar dentro de casa. Um dia ficou doente... Foi tratada, cuidada com carinho. Deu trabalho, deu tristeza, Deixou muitas saudades em nossos corações. Malu e Márcio 8 Contato: [email protected] “Adeus predadores!! Proteja os animais educando os homens”. Vivian Mauger 13