“Os que vieram à Self-Realization Fellowship procurando

Transcrição

“Os que vieram à Self-Realization Fellowship procurando
Fundada em 1920 por Paramahansa Yogananda
“Os que vieram à Self-Realization Fellowship procurando sinceramente ajuda
espiritual interior receberão de Deus o que procuram. Venham eles enquanto eu
ainda estiver neste corpo ou depois, o poder de Deus, através do vínculo dos
Gurus da SRF, fluirá até os devotos da mesma forma e acarretará em sua
salvação..”
Paramahansa Yogananda
Queridos amigos,
Alguns de vocês perguntaram sobre o assunto que preocupa todos nós que nos
importamos profundamente com o trabalho do Guru: uma situação legal, envolvendo a SRF
e um grupo chamado Ananda. Desde janeiro de 1990, quando a Ananda foi reincorporada
sob o nome de Church of Self-Realization [“Igreja da Self-Realization”], nós nos encontramos
diante de uma situação desafiadora que poderia ter um efeito significativo no trabalho do
Gurudeva – tanto agora quanto no futuro.
Aludimos brevemente esse assunto EM na edição de primavera de 1990 do nosso
Voluntary League Appeal (Apelo da Liga Voluntária) e falamos ou escrevemos a alguns de
vocês individualmente desde então. Embora falar de problemas organizacionais não fosse o
estilo de Gurudeva, às vezes para criar entendimento ele reunia os devotos a seu redor e
discutia informalmente esses assuntos. No mesmo espírito, gostaríamos de tratar das
preocupações que alguns de vocês têm expressado, e deixá-los saber por que afinal usamos
meios legais para tentar resolver os assuntos envolvidos. Sentimos que o modo de fazê-lo é
compartilhar com vocês, como membros de nossa família espiritual, algumas das intenções
de Gurudeva para este trabalho da Self-Realization. Para compreender nossa preocupação a
respeito da mudança de nome da Ananda, é
necessário ter algum conhecimento anterior.
Sagrada missão de confiança
Desde o início da missão que o
trouxe para a América, Gurudeva fez
emanar seu divino amor, entusiasmo e
energia, transmitindo às almas receptivas os
ensinamentos de Kriya Yoga de seu guru e
paramgurus. Ele compartilhava livremente
com toda a inspiração que fluía de sua
comunhão com Deus. Mas Guruji era
também dotado de uma natureza prática e
de uma ampla visão. Sabendo que mesmo os
ensinamentos divinamente autorizados foram mudados com o tempo, por meio de
interpretação e inovação pessoais, ele tomou decisões para perpetuar seus próprios
ensinamentos em sua pureza e integridade originais. Foi para vocês – seus estudantes e
discípulos – que ele criou uma única organização para realizar a missão que lhe fora ordenada
por seu guru, Swami Sri Yukteswar, e por Mahavatar Babaji.
Como nosso Guru mais tarde mencionou em sua Autobiografia, a Self-Realization
Fellowship foi estabelecida sob as leis do Estado da Califórnia em 1935, como uma corporação
não lucrativa, “destinada a existir perpetuamente”. Nesta organização, Gurudeva investiu a soma
do trabalho de sua vida, preparando e assinando um Testamento e Designação (de direitos).
Tendo colocado sob a guarda da SRF os frutos de sua inspiração divina e esforços de toda
uma vida, ele disse na primeira Convenção, em 1937:
“Estou satisfeito por ter dedicado todos os meus livros e todas as coisas que tinha
para esta causa da Self-Realization Fellowship. Estou vinculado espiritualmente à
causa e, naturalmente, também estou no Conselho de Diretores. Mas tudo foi
dedicado à causa.”
Uma carta pessoal, escrita de próprio punho afirmou:
“Todo o conteúdo de todos os meus livros e revistas não me pertencem, mas são
propriedade da Self-Realization Fellowship – a fim de disseminar nosso trabalho e
manter nossas instituições.”
Em 1949, ele reuniu suas intenções no Regimento Interno da Self-Realization Fellowship,
o qual diz em parte:
“Sob a incorporação da Self-Realization Fellowship Church [“Igreja da SelfRealization Fellowship”], todos os fundos, propriedades tangíveis e intangíveis de
qualquer espécie mantidos por Paramahansa Yogananda foram entregues e
transferidos para sua corporação (SRF).”
Construir uma organização de âmbito mundial foi um papel muito diferente da sua
vida simples de eremitério, na antiga terra da Índia. Mas Gurudeva assumiu esta
responsabilidade para o bem das almas que seriam atraídas a estes ensinamentos. Os que
estiveram com ele conheciam-no não somente como o Guru amado e amigo, mas também
como um líder dinâmico – que estabeleceu os padrões que queria para sua organização, e que
não fundou, nem autorizou nenhuma outra. À medida que a SRF cresceu e se desenvolveu
sob sua direção, ele se interessou por todos os aspectos do trabalho – mesmo os legais e
administrativos1 – para que os que viessem soubessem de seus desejos.
Ele escolheu para nome de sua organização no ocidente (sua sociedade internacional)
uma tradução específica do nome que dera à sua sociedade na Índia: Yogoda Satsanga.
“Yogoda” (nome que ele mesmo havia cunhado) significa “aquilo que a ciência da ioga
confere” e “Satsanga” significa “associação com Deus, com a Verdade e com pessoas boas”.
Ele traduziu este nome como “Self-Realization Fellowship” [“Associação de Auto-realização”] e
esclareceu: “Por meio da Self-Realization [“Auto-realização”], temos a comunhão com Deus; e nessa
comunhão oferecemos amizade divina para os buscadores sinceros em todas as religiões”.
1 Talvez vocês se interessem em saber, por exemplo, que Gurudeva criou o Boletins de Centros, bem como Formulário
de Inscrição e a Promessa, e deu início ao costume de comunicar-se com os estudantes a certa altura de seus estudos.
Seguimos até hoje os numerosos precedentes que ele estabeleceu.
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Hoje, o nome da Self-Realization Fellowship é conhecido por centenas de milhares de
membros e amigos do mundo inteiro, que a associam com a organização que Gurudeva
fundou há quase 75 anos e com sua mensagem de Kriya Yoga.
Os ensinamentos de Kriya Yoga
O fato de que Gurudeva dotou uma única organização com seus ensinamentos nãosectários de maneira alguma exclui seu espírito universal e oniabrangente. Seu amor não está
confinado a limites e sempre alcançará os que se voltam para ele com sinceridade e devoção,
não importando sua filiação organizacional. Mas para os que entram no sagrado
relacionamento guru-discípulo, sua ajuda espiritual está disponível de uma forma especial por
meio da Kriya Yoga. Um método profundamente efetivo de comunhão com Deus, Kriya Yoga
é também uma aliança divina entre o Guru e seus discípulos.
Kriya Yoga, da maneira como foi transmitida por Paramahansa Yogananda, é a ciência
sagrada que ele recebeu de seu Guru e que foi transmitida de Mahavatar Babaji a Lahiri
Mahasaya. Para assegurar sua pureza e manter a união entre ele como Guru em sucessivas
gerações de discípulos, Gurudeva especificou cuidadosamente como ela deveria ser divulgada
daí para frente. “Eu sou o último nesta linhagem de Gurus (…)”, disse Paramahansaji. “Quando eu
me for, os ensinamentos serão o Guru. Por meio dos ensinamentos da SRF, vocês estarão em sintonia comigo e
com os Grandes Gurus que me enviaram.” Ele destacou que o papel único da SRF era atuar na
preservação de seus ensinamentos de Kriya Yoga. Nossa venerada presidente Sri Daya Mata,
discípula de Gurudeva desde 1931, disse:
“Uma das maiores responsabilidades que Guruji colocou nos ombros de Daya Ma e
de seus outros discípulos foi: ‘Assim como eu trouxe estes ensinamentos para vocês
e os mantive puros, exatamente com me foram dados por Deus e meu Guru, dou a
vocês esta responsabilidade: mantê-los puros, não diluídos por nada.’ (…) E é por
isso que vocês vêem que nem Daya Mata e nem qualquer outro desses discípulo
tentou ou presumiu de forma alguma mudar ou diluir com inovações pessoais o que
ele ensinou.”
O papel único da organização de Gurudeva
Gurudeva tinha um conhecimento apurado da natureza humana. Sabia que muitos
tentariam interpretar seus ensinamentos à sua maneira, formando sua própria opinião a
respeito da direção que seu trabalho deveria tomar. Reconheceu, entretanto, que era vital
prevenir a fragmentação da mensagem redentora mundial que ele estava inaugurando. Com
esta finalidade, ele unificou e dirigiu as várias atividades envolvidas na sua missão sob a
bandeira da Self-Realization Fellowship. Em julho de 1948, logo após seu grande samadhi,
Gurudeva escreveu as seguintes palavras ao líder do centro da SRF na cidade do México:
“Após a grande visita da Mãe Divina, vejo mais claramente como Ela quer que este
trabalho seja dirigido e, por isto, escrevo esta carta.(…) Precisamos nos lembrar que
na segunda ou na terceira geração de nosso trabalho, tudo deve ser centralizado aqui
na Sede Central, caso contrário as divisões começarão e nosso trabalho se
fragmentará. Você e aqueles que estão comigo agora são a primeira geração, e não
me preocupo com vocês porque tiveram contato comigo e sabem como o trabalho
deve ser divulgado, mas aqueles que virão depois de nós cometerão erros, a menos
que todo o trabalho esteja centralizado sob um departamento: sob a Sede Central
[Mother Center].”
3
Ao longo desses anos, a Sede Central tem permanecido como o manancial donde
fluem os ensinamentos de Gurudeva para um número incontável de pessoas em todo o
mundo. Graças ao apelo universal e ao mérito prático de seus ensinamentos, muitos de seus
pensamentos têm sido incorporados ao trabalho de um numerosos instrutores religiosos. Isto
é de se esperar com o passar do tempo. Como Guruji nos ensinou, o mundo é
suficientemente grande para todos. Seu objetivo ao fundar a SRF foi garantir que não
importa quantos grupos apresentem seus ensinamentos em várias formas, sempre haverá um
grupo claramente diferenciado, a fonte original da qual os seguidores poderão obtê-los como
ele queria que fossem ensinados. Apresentados desta forma, os ensinamentos de Kriya Yoga
de Gurudeva oferecem um curso balanceado na arte de viver, como também, um caminho
completo para Deus. Assim, ele deu orientações específicas para que a Self-Realization
Fellowship não se afilie a outras organizações (embora valiosas por seus próprios méritos),
com a finalidade de manter a identidade distinta da SRF e assegurar que sua sociedade não
seja desviada de sua própria missão.
A necessidade de ação legal
Por muitos anos recebemos perguntas sobre se a Ananda é afiliada à Self-Realization
Fellowship. Algumas pessoas, na realidade, confundem-na como um ramo da SRF, embora
mais tarde observem que existem diferenças entre as duas organizações, na prática e no
tratamento. Por que essas diferenças não são reconhecidas no começo? Já ouvimos diversas
razões – por exemplo, o uso do nome de
Gurudeva, as fotografias e as palavras em
certos contextos. Também algumas das
propagandas da Ananda e outros materiais,
às vezes se assemelham àqueles da SRF.
Em virtude da confusão presente,
nossa preocupação aumentou quando
soubemos que a Ananda havia adotado um
novo nome: Church of Self-Realization [“Igreja da SelfRealization”] – um nome muito parecido com “SelfRealization Fellowship” e nosso nome legal: Self-Realization
Fellowship Church [“Igreja da Self-Realization Fellowship”].
Sentimos que o uso deste nome – por um grupo que já havia
sido confundido com a SRF –obscureceria ainda mais a
distinção entre os dois grupos, causando um aumento na
confusão, não apenas para nossos membros e amigos
estabelecidos em todo o mundo, mas também para novos
buscadores e contatos de negócios.
Tentativas iniciais para trocar opiniões com a Ananda
foram infrutíferas. Fomos forçados então a considerar que,
se fôssemos defender os direitos da SRF de distingui-se
como uma organização separada, nosso único recurso seria
requerer proteção sob a lei das marcas registradas. Em virtude do aumento do uso comercial
de publicações, fotos e gravações da SRF por parte da Ananda, sem permissão, também
pensamos em buscar soluções adicionais fornecidas pela lei de direitos autorais. Nunca antes
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tivemos que enfrentar uma decisão tão difícil e rezamos profundamente por orientação.
Devido ao nosso desejo profundo de honrar e manter as intenções de Gurudeva, nossa
conduta foi traçada.
Decisões judiciais Até agora, o juizado de pequenas causas decidiu que a Ananda
pode usar o nome “Church of Self-Realization” se colocar antes a palavra “Ananda”, e
sugeriu que mencionem o fato de que não estão afiliados à Self-Realization Fellowship. Algumas
pessoas, no entanto, continuam a confundir a Ananda com a SRF, e esta decisão judicial foi
apelada.
O potencial para erro tão inocente mas importante é reforçado pelo fato de que a
Ananda publicou recentemente sua própria impressão de Autobiografia de um Iogue e
entendemos que eles lançarão sua própria versão dos comentários de Guruji a respeito do
Rubaiyat de Omar Khayyam. Eles se opuseram à intenção de Gurudeva de que seus escritos e
outros trabalhos devem pertencer à e ser disseminados pela Self-Realization Fellowship. Parece
ser o desejo deles publicá-los e disseminá-los sob sua própria égide. Presentemente, com
relação a alguns trabalhos criados por Gurudeva, um juizado de pequenas causas julgou que a
intenção dele de que SRF possua todos os direitos a estes trabalhos não pode ser cumprido.
Esta questão também será apelada. Entendemos que as cortes reverão ainda mais a intenção
de Gurudeva, expressa nos documentos legais mencionados anteriormente e em outros
numerosos escritos e palestras que datam da fundação da SRF até seu mahasamadhi.
No dia 20 de fevereiro de 1952, apenas duas semanas antes de seu mahasamadhi, Guruji
atenciosamente agradeceu um relatório de um discípulo leal no México. Em sua resposta,
Paramahansaji expressou sua preocupação com o progresso do trabalho lá – uma
preocupação que envolvia até mesmo o destino de um mimeógrafo a caminho do Centro.
Em assuntos pequenos ou grandes, nosso Guru era não somente a fonte de auxílio e bênçãos
ilimitados a seus discípulos, como também o defensor divino de sua organização. Para
proteger a Associação, ele solicitou, naquela mesma carta, que todos os artigos e revistas
fossem protegidos pelo registro de propriedade autoral em nome da Self-Realization Fellowship.
(Em algumas ocasiões, Guruji manteve os direitos autorais em seu próprio nome, com o
entendimento de que, através de sua Transmissão Legal de 1935, ele transferira para a SRF
quaisquer direitos que pudesse ter.)
Através dos anos, temos recebido muitos pedidos para usar porções dos escritos de
nosso Guru, de indivíduos em todas as profissões e posições sociais. É nossa alegria ver o
reconhecimento crescente da ampla humanidade e estatura de Gurudeva e acolhemos este
interesse por seus pensamentos e ideais.
Com relação ao uso do termo “Self-Realization” [“Auto-realização”] pela Ananda,
queremos explicar que nossa preocupação se estende apenas ao seu uso no nome da Ananda
e em qualquer outro modo que possa confundir o público a respeito da origem de bens e
serviços. Nada tem nada a ver com o uso do termo em um contexto puramente religioso.
Nem queremos negar a qualquer pessoa o uso do nome ou da fotografia de Paramahansaji
em serviços religiosos. Nossa ação legal tem a ver com a proteção da marca registrada dos
direitos autorais – não com a prática religiosa dos outros.
Permanece nosso desejo que este assunto seja resolvido fora das cortes. Um mediador
judiciário tentou arrumar uma resolução dos assuntos e é nossa esperança e oração que sejam
feitas tentativas futuras e que estas tenham sucesso.
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Neste mundo haverá sempre uma diversidade de caminhos espirituais, resultantes dos
objetivos variados de diferentes professores, e que respondam aos diversos temperamentos
dos indivíduos. Não é nosso propósito julgar os méritos de outros caminhos, mas sim manter
o lugar específico da sociedade de Gurudeva entre eles. Sentimos responsabilidade para com
os buscadores da verdade do futuro, que serão confrontados com cada vez mais escolhas,
com o passar dos anos. Como serão capazes de diferenciar o que ele próprio ensinou das
muitas variações disponíveis a partir de outros? Esta é uma pergunta que assume importância
particular com um ensinamento tão abrangente e explícito como o de Gurudeva. O âmago
desta questão legal é pois, muito simples: salvaguardar amorosamente o que ele começou – um trabalho que
traz a singular impressão de seu amor e sabedoria divinos. Sabemos que como devotos de nosso
amado Guru, vocês oram, como nós, para que as decisões finais da corte levem em
considerarão seus desejos documentados.
Os escritos do Guru
A maioria de vocês conheceram nosso Guru através de seus escritos, e suas vidas
foram tocadas por eles porque suas palavras carregam a vibração de seu amor e consciência
de Deus. Sabemos que vocês gostariam de ter certeza de que o que lêem do Gurudeva
refletem completamente seus pensamentos – que traz o seu “imprimatur”.
Paramahansaji deu à sua fiel discípula
Tara Mata a incumbência de editar e preparar
suas palestras e escritos para publicação. Para
sucedê-la, ele começou a treinar e trabalhar
com Mrinalini Mata. Ele incumbiu essas
discípulas escolhidas da responsabilidade
sagrada de compilar e editar os manuscritos,
seguindo suas orientações, para que seus
ensinamentos fossem publicados fielmente
através dos séculos, de acordo com seus
desejos.2.
Quando a Autobiografia de um Iogue
aparece em 1946, mais de 20 anos tinham se passado desde que Tara Mata começara a servir
como editora de Gurudeva. Com referência ao seu trabalho editorial, Paramahansa escreveu:
“Somente uma discípula tão iluminada quanto a minha Laurie (Tara Mata) poderia descobrir pontos-chaves
tão sutis e controvertidos das escrituras”. Em muitas outras ocasiões ele elogiou a sintonia interior
dela, dizendo: “Laurie nunca muda meus pensamentos.”
Após o falecimento de Tara Mata, Mrinalini Mata tornou-se editora-chefe, por
indicação de Paramahansaji. Desde a primeira vez que ela veio para o ashram com sua família,
então uma jovem de 14 anos, Gurudeva preparou-a para este papel. Durante os últimos anos
de sua vida, quando ele trabalhava quase ininterruptamente nos seus textos, ela estava com
ele diariamente e recebeu suas instruções e treinamento pessoais. Seus pensamentos e desejos
têm sido passados para outros da organização, que estão sendo treinados da mesma forma
para continuar no futuro.
2 Esperamos compartilhar com vocês, em futuro próximo, a notícia da publicação de novos livros, cassetes e vídeos,
acréscimos à biblioteca cada vez maior dos ensinamentos da Self-Realization.
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Durante a vida de nosso Guru, outros devotos além de Tara Mata e Mrinalini Mata
receberam ocasionalmente várias tarefas editoriais temporárias. Por não ter plena confiança
em que esses indivíduos reteriam seu espírito ou o que pretendia dizer, ele algumas vezes
prefaciava essas atribuições com estes dizeres: “Edite isto, mas não mude minhas palavras”. Sem
dúvida, Paramahansaji não estava satisfeito com algumas tentativas iniciais feitas por
discípulos bem-intencionados (como o que foi publicado em algumas das primeiras revistas
da SRF), e deu instruções específicas para o esclarecimento e correção desses escritos.
Como vocês devem saber, o emblema de lótus da SRF/YSS foi
escolhido por Paramahansaji para representar oficialmente sua sociedade
e tem sido usado desde então para identificar suas publicações,
gravações, edifícios, atividades etc. Além disso, recentemente adotamos
um novo distintivo ou “trade dress” para melhor ajudar os leitores a
identificar as edições dos escritos de Paramahansaji publicados de
acordo com suas próprias instruções editoriais. O desenho – que inclui
uma borda no formato de arco com um logotipo embaixo, identificando
a Self-Realization como a sociedade fundada por Paramahansa
Yogananda – aparecerá nas capas das publicações da SRF. Estas
publicações estão revisadas pelo Conselho de Publicações da SRF, cujos
membros são treinados nos ideais e ensinamentos do Guru.
Um alicerce para o futuro
Gurudeva percebeu que o futuro de seu trabalho depende não somente do legado
espiritual de seus textos e palestras, mas também da sintonia interior daqueles que
continuariam seus desejos. É por isso que ele dedicou tanto cuidado e atenção ao
treinamento monástico dos discípulos que, estando livres de outras responsabilidades,
poderiam devotar suas vidas sem reservas à busca de Deus, à disseminação de seus
ensinamentos e a servir a sua crescente família espiritual de Self-Realization Fellowship. Atraindo
a seu redor aquelas almas nas quais ele percebeu a mais profunda receptividade,
Paramahansaji compartilhou as nuanças de seus desejos para cada aspecto do trabalho. Entre
esses discípulos, que lideram hoje o trabalho da SRF, estão os únicos discípulos vivos que
estavam diariamente na presença do Guru – inclusive em seus últimos momentos nesta terra.
Sabendo que os devotos no futuro perguntariam como poderiam estar seguros de que
este trabalho estava sendo guiado em sintonia com a vontade dele, Gurudeva predisse:
“Sempre haverá, na liderança desta organização, homens e mulheres de realização divina. Eles servirão como
meu sucessores espirituais e representantes em todos os assuntos espirituais e organizacionais.” Nesta
capacidade, o Presidente da SRF atua como representante do Guru, autorizando aqueles que
possam ensinar suas técnicas de comunhão com Deus e dar a iniciação na Kriya sagrada.
Gurudeva falou expressamente da sua confiança em Sri Daya
Mata, a qual treinou para o cargo futuro de presidente. Dias antes de
seu passamento, ele falou para um dos discípulos antigos: “Siga-a
(Daya Mata). Ela me tem seguido com 100% de devoção, 100% de obediência,
100% de lealdade. Ela está em sintonia comigo. Posso trabalhar através dela.”
Através dos anos, ela tem correspondido, sem mácula, à confiança de
Gurudeva, orientando sua organização com constante interesse a seus
ideais e padrões.
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O futuro da organização de Gurudeva
Paramahansaji observou com humor contrafeito, referindo-se à fundação desta
sociedade: “O cumprimento desta sagrada missão de confiança não tem sido isento de dificuldades”.
Enquanto sua missão continua a crescer, também crescem as dificuldades! Quando uma
grande luz irradia bondade e verdade neste reino de dualidade, sombras contrastantes são
inevitáveis. No entanto, as dificuldades a serem enfrentadas ao longo do caminho são
insignificantes, comparadas ao bem transformador do mundo que acompanha a expansão
dos ensinamentos de Kriya Yoga de Gurudeva.
Nós lhes escrevemos no amor e dedicação que nos unem como uma família espiritual,
sentindo que vocês desejam saber as razões para o caminho que tomamos. A pedra de toque
de nossas decisões tem sido e sempre será: “O que Gurudeva quer para seu trabalho e para
vocês, seus discípulos?” Ele era tolerante e aceitava os pontos de vista de todos, mas era
firme em salvaguardar seus ensinamentos e o bem-estar espiritual dos que escolhem a SRF
como seu caminho.
Nas lindas palavras de Gurudeva no início desta carta, ele declarou sua eterna união
com a organização que fundou e nutriu. Essa união é certamente nossa e suportará quaisquer
conclusões a que as cortes possam chegar. A Self-Realization Fellowship terá sempre este
mandato outorgado por Deus e Guru: tornar disponível a todos os buscadores da verdade os
ensinamentos puros da Kriya Yoga e continuar os ideais e padrões elevados estabelecidos para
esta sociedade. Guruji disse a um dos discípulos: “Seja firme, e lembre-se de que as sementes deste
trabalho foram plantadas no éter pelo Próprio Deus”.
Na riqueza generosa de sabedoria divina incorporada no trabalho de nosso Guru,
temos tudo o que precisamos para conhecer a Deus nesta vida. Enquanto nós e todos os
discípulos futuros lutarmos para seguir nas pegadas do Guru, seu legado espiritual
permanecerá vívido e atrativo durante séculos vindouros. Sua mensagem é destinada a elevar
e transformar nossas vidas individuais e nosso mundo. Esta é de fato a razão pela qual ele
fundou a Self- Realization Fellowship.
No amor e amizade divinos de Deus e Guru,
Sede Central
SELF-REALIZATION FELLOWSHIP
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