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Transcrição

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Microsseguros
Série Pesquisas
Volume 2
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ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS – FUNENSEG
Microsseguros
Série Pesquisas
Volume 2
Coordenação Editorial
CLAUDIO CONTADOR
Rio de Janeiro
2010
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Escola Nacional de Seguros – Funenseg
Rua Senador Dantas, 74 – Térreo, 2o, 3o e 4o
andares
Rio de Janeiro – RJ – Brasil – CEP 20031-205
Tels. (21) 3132-1022
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Internet: www.funenseg.org.br
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Coordenação Editorial
Claudio Contador
Impresso no Brasil/Printed in Brazil
Revisão
Thaís Ferraz
Capa
Pedro Rocha
Diagramação
Info Action Editoração Eletrônica Ltda. – Me
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os
meios empregados: eletrônicos, mecânicos,
fotográficos, gravação ou quaisquer outros, sem
autorização por escrito da Escola Nacional de
Seguros – Funenseg.
Virginia Thomé – CRB-7/3242
Bibliotecária responsável pela elaboração da ficha catalográfica
M572
v.2
Microsseguros: série pesquisas/Organização de Claudio R. Contador. – Rio de
Janeiro: Funenseg, 2010.
300 p.; 28 cm – (Microsseguros: série pesquisas, v. 2)
Conteúdo: Parte II – Estudos realizados no âmbito do Programa de Pesquisas da
Escola Nacional de Seguros – Funenseg: Comissão Consultiva de Microsseguros
do CNSP: Kaizô Beltrão, Francisco Galiza, Marcelo Cortes Néri. Volume II: Estudos
realizados no âmbito do Programa de Pesquisas da Escola Nacional de Seguros –
Funenseg: Comissão Consultiva de Microsseguros do CNSP: Sinergia entre microsseguro
e microcrédito e o crescimento dos mercados no Brasil: Lauro Gonzalez; Estimativa de
potencial do mercado de microsseguros no Brasil a partir da análise da estrutura
dos gastos familiares e das pequenas empresas com produtos relacionados: Kaizô Beltrão;
Estimativa da mortalidade das famílias de baixa renda: Kaizô Beltrão; Avaliação do
conceito de microsseguros: entre a população de baixa renda: Datafolha; Demanda por
microsseguro e disposição a pagar: José Luiz Carvalho; Modelagem do Plano de negócios
de uma Unidade de Microsseguros: Fernando Augusto Freitas de Araújo; Operações de
microsseguros numa seguradora: Fernando Augusto Freitas de Araújo.
ISBN 978-85-7052-517-8 - v. 2
1. Microsseguro – Estudos e pesquisas. I. Contador, Claudio R. II. Título. III. Série.
0010-0900
CDU 368-058.34(07)
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Autores
CAIO TOLEDO PIZA
DANIEL BRUNO GARCIA
DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISA
FERNANDA PAES LEME RITO
FERNANDO AUGUSTO FREITAS DE ARAÚJO
JOSÉ L. CARVALHO
KAIZÔ IWAKAMI BELTRÃO
LAURO GONZALEZ
LUCIANO GONÇALVES DE CASTRO E SILVA
SONOE SUGAHARA
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Sumário
Apresentação, xiii
1 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos
Mercados no Brasil, 1
Lauro Gonzalez, Caio Toledo Piza, Daniel Bruno Garcia
Sumário Executivo .............................................................................................................. 1
Introdução ........................................................................................................................... 3
Parte 1 – A Oferta de Microcrédito no Brasil ................................................................... 4
Microcrédito: como Definir? ............................................................................................ 4
As Inovações ................................................................................................................ 4
O Microcrédito na Prática ........................................................................................... 9
Atuação do Governo e Tipos de Instituição Atuantes no Microcrédito ..................... 11
Estimativa da Oferta de Microcrédito no Brasil ....................................................... 13
Parte 2 – A Economia Informal e as Microfinanças: Evidências da Base
de Dados da ECINF ......................................................................................................... 17
Definição do Mercado Potencial .................................................................................... 17
Características Socioeconômicas do Mercado Potencial ................................................ 19
O Uso de Seguros ........................................................................................................... 21
Mercado Potencial e Acesso a Produtos Financeiros ..................................................... 24
Parte 3 – Microcrédito e Microsseguros: Análise da Sinergia ..................................... 26
Inovações do Microcrédito e o Microsseguro ................................................................ 26
A Sinergia Através do Agente de Crédito................................................................... 27
A Sinergia Através da Frequência de Pagamentos .................................................... 28
A Sinergia Através do Foco nas Mulheres ................................................................. 29
Potencial Interesse das IMFs pelo Microsseguro no Brasil ...................................... 29
Canais de Distribuição Potenciais: o Caso dos Correspondentes ............................ 31
Pontos Importantes na Interação Microcrédito-Microsseguros ................................ 33
Bibliografia ........................................................................................................................ 35
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2 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil a Partir da
Análise da Estrutura dos Gastos Familiares e das Pequenas Empresas com
Produtos Relacionados, 37
Kaizô Iwakami Beltrão, Sonoe Sugahara, Fernanda Paes Leme Rito
Introdução ......................................................................................................................... 37
Composição da Despesa Domiciliar ................................................................................ 40
Gastos com Produtos de Seguro ...................................................................................... 43
Acesso a Produtos de Seguro Segundo Status de Ocupação/Previdência ...................... 50
Acesso a Produtos Financeiros ....................................................................................... 57
Gastos com Bens de Consumo Duráveis Selecionados .................................................. 59
Acesso a Produtos e Serviços de Seguro, Previdência e Financeiros das Empresas
Informais Urbanas ............................................................................................................ 83
Considerações Finais ........................................................................................................ 91
Bibliografia ........................................................................................................................ 93
Anexo I – Sobre a POF ..................................................................................................... 94
Anexo II – Definição do Setor Informal e Delimitação do Universo da ECINF ....... 100
Anexo III – Probabilidade de Aquisição de Produtos de Seguro e
Previdência Segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de
Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita ............................................. 102
Anexo IV – Probabilidade de Acesso Simultâneo a Produtos de Seguro e
Previdência Segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de
Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita ............................................. 107
Anexo V – Probabilidade de Aquisição de Bens de Consumos Selecionados
Segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência do
Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita ..................................................................... 110
3 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda, 171
Kaizô Iwakami Beltrão, Sonoê Sugahara Pinheiro, Luciano Gonçalves de Castro e Silva
Introdução ....................................................................................................................... 171
Bases de Dados ................................................................................................................ 175
Metodologia ..................................................................................................................... 178
Resultados Obtidos ......................................................................................................... 187
Probabilidade de Morte entre Idades Exatas x e x+n (nqx) ........................................... 187
Sobreviventes à Idade Exata x (lx) ................................................................................ 189
Óbitos entre Idades Exatas x e x+n (ndx) ...................................................................... 190
Probabilidade de Sobrevivência entre Idades Exatas x e x+n (npx) .............................. 191
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Tempo Vivido entre as Idades x e x+n anos, ou Equivalentemente, numa
População Estável, a População com Idade entre x Anos (inclusive) e
x+n Anos (exclusive) (nLx) ........................................................................................... 192
Taxa Central de Mortalidade (nmx) ............................................................................... 193
Tempo Vivido entre as Idades x e w, i.e. Tempo Vivido desde a Idade x
Anos até a Extinção do Grupo, ou Equivalentemente, População com
Idade acima de x Anos (Tx) .......................................................................................... 194
Esperança de Vida à Idade Exata x (ex) ........................................................................ 195
Fatores de Separação à Idade x, (nfx ou nax) .................................................................. 196
Comentários Finais ......................................................................................................... 197
Bibliografia ...................................................................................................................... 198
Anexo 1 – Tábua de Mortalidade Completa População Masculina
de Renda <=1 Sm ............................................................................................................ 201
Anexo 2 – Tábua de Mortalidade Completa População Feminina
de Renda <=1 SM ............................................................................................................ 204
Anexo 3 – Tábua de Mortalidade Completa População Masculina
de Renda <=2 SM ............................................................................................................ 207
Anexo 4 – Tábua de Mortalidade Completa População Feminina
de Renda <=2 SM ............................................................................................................ 210
Anexo 5 – Tábua de Mortalidade Completa População Masculina
de Renda <=3 SM ............................................................................................................ 213
Anexo 6 – Tábua de Mortalidade Completa População Feminina
de Renda <=3 SM ............................................................................................................ 216
4 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda, 219
Datafolha Instituto de Pesquisas
Objetivo ........................................................................................................................... 219
Técnica ......................................................................................................................... 219
Público-alvo ................................................................................................................. 220
Amostra ........................................................................................................................ 220
Metodologia ................................................................................................................. 221
Observações ................................................................................................................. 222
Perfil do Domicílio (em %) ............................................................................................ 222
Perfil do Domicílio – Moradores (Única, em %) ..................................................... 223
Perfil do Domicílio – Moradores (Espontânea e Única, em %) ......................... 224
Perfil do Entrevistado (em %) ....................................................................................... 230
Perfil do Entrevistado (Estimulada e Múltipla, em %) ............................................ 232
Perfil do Entrevistado (Estimulada, em %) ............................................................. 234
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Avaliação do Conceito de Microsseguros ...................................................................... 237
Principais Resultados – Microsseguros ........................................................................ 237
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Conceito Avaliado ................................... 238
Avaliação do Conceito de Microsseguros – (Estimulada e Única,
em % – Escala de 5 pontos) ......................................................................................... 239
Avaliação do Conceito de Microsseguros – (Espontânea e Múltipla, em %) ............... 241
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Importância de Ter um Seguro
(Estimulada e Única, em % – Escala de 5 pontos) ....................................................... 249
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial de Mercado para
Seguros (Estimulada e Múltipla, em %) ....................................................................... 251
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial de Mercado
para Seguros (em %) .................................................................................................... 254
Avaliação de Seguro de Vida .......................................................................................... 256
Principais Resultados – Seguro de Vida ....................................................................... 256
Principais Resultados – Microsseguros × Seguro de Vida ........................................... 257
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro de Vida – Conceito
Avaliado para Seguro de Vida ...................................................................................... 257
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro de Vida (Estimulada e
única, em % – Escala de 5 pontos) ............................................................................... 258
Principais Resultados ..................................................................................................... 285
Sexo ............................................................................................................................. 286
Renda Familiar ............................................................................................................. 287
Faixa Etária .................................................................................................................. 287
5 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar, 289
José L. Carvalho
Introdução ....................................................................................................................... 289
Descrição dos Dados ....................................................................................................... 291
Disposição a Pagar .......................................................................................................... 293
Ganho de Bem-Estar ...................................................................................................... 298
Conclusões ....................................................................................................................... 306
Anexo 1 ............................................................................................................................ 308
Anexo 2 ............................................................................................................................ 318
6 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros, 321
Fernando Augusto Freitas de Araújo
Microsseguro ................................................................................................................... 321
Introdução .................................................................................................................... 321
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Plano de Negócios – Unidade de Microsseguros .......................................................... 322
Sumário Executivo ....................................................................................................... 322
Objetivo do Negócio .................................................................................................... 323
Missão do Empreendimento ......................................................................................... 323
Objetivos Estratégicos .................................................................................................. 324
Mercado ........................................................................................................................ 324
Estrutura Organizacional .............................................................................................. 325
Cenário Econômico ......................................................................................................... 327
Inflação ......................................................................................................................... 327
Taxa de Juros ................................................................................................................ 329
Nível de Atividade ........................................................................................................ 331
Projeções Financeiras ..................................................................................................... 334
Balanço Patrimonial ..................................................................................................... 334
Demonstrativo de Resultados e Fluxo de Caixa ........................................................... 334
Análise de Sensibilidade .............................................................................................. 336
Política de Investimentos ................................................................................................ 339
Política de Tecnologia da Informação ........................................................................... 340
Política de Resseguro ...................................................................................................... 341
Bibliografia ...................................................................................................................... 341
Anexo 1 – Circular Susep 311, de 27 de Dezembro de 2005 ........................................ 343
Anexo 2 – Resultados da Simulação – Valor Presente Líquido................................... 346
Anexo 3 – Resultados da Simulação – Taxa Interna de Retorno ................................ 347
7 Operações de Microsseguros numa Seguradora, 349
Fernando Augusto Freitas de Araújo
Conceituação ................................................................................................................... 349
Microsseguro e seu público alvo .................................................................................... 349
Marco Regulatório Atual (Síntese) ................................................................................ 350
Seguradora Especializada vs. Departamento de uma Seguradora Tradicional ........ 351
Cenário Econômico ......................................................................................................... 352
Desenvolvimento de Produtos ........................................................................................ 356
Produtos/Características/Fases ..................................................................................... 356
Precificação .................................................................................................................. 359
Estratégia de Comercialização e de Distribuição ......................................................... 360
Gestão Financeira ........................................................................................................... 362
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Gestão de Investimentos ................................................................................................. 366
Política de Tecnologia de Informação ........................................................................... 368
Bibliografia ...................................................................................................................... 371
Anexo 1 – Circular Susep 267, de 21 de Setembro de 2004 ......................................... 372
Anexo 2 – Circular Susep 306, de 17 de Novembro de 2005 ....................................... 375
Anexo 3 – Resolução CNSP 88, de 2002 ........................................................................ 380
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Apresentação
Este segundo volume de Microsseguro: Série Pesquisas reproduz a continuação
das pesquisas coordenadas pela Escola Nacional de Seguros em 2009 e 2010.
Examinando a experiência de inclusão social de outros setores para a sua aplicação
no microsseguro, o primeiro artigo trata do microcrédito. De fato, o microsseguro tem
forte sinergia com o microcrédito, como mostra a experiência internacional. E no Brasil? Seguimos a norma internacional, e a forte expansão do microcrédito no Brasil revela
diversos canais inovadores de distribuição, que podem também ser adotados pelo
microsseguro. Esse é o tema abordado por Gonzalez 1, do Centro de Estudos em
Microfinanças da Fundação Getúlio Vargas, que aponta as lições aprendidas com a implantação do microcrédito no Brasil e que devem ser examinadas com atenção.
Pela experiência internacional, o seguro de vida é o carro-chefe e o ponto de partida
do microsseguro. Mas até onde as tábuas de mortalidade existentes para a totalidade da
população brasileira atendem às classes C e D? Para responder a essa questão, Beltrão2
coordenou uma pesquisa para estimar a tábua de mortalidade para os indivíduos em
famílias de baixa renda. Ficou constatado que existem diferenças regionais importantes.
Por exemplo, não se pode afirmar que uma pessoa que recebe um salário mínimo nas
regiões Norte e Nordeste terá a mesma expectativa de sobrevivência do que uma pessoa
do mesmo nível de renda residente nas regiões Sul, Sudeste ou Centro-Oeste. Diferenças regionais mostram a importância de produtos talhados para cada ambiente.
Quais os benefícios sociais da implantação do microsseguro no Brasil? Os fundamentos da teoria do bem-estar podem fornecer uma quantificação sobre os benefícios
diretos, e para isso é necessário conhecer as características da demanda por microsseguro.
Mas como estimar empiricamente a demanda por algo que ainda não existe? Pesquisas
específicas sobre a reação de famílias de baixa renda em relação ao seguro de vida
permitiram estabelecer um quadro de relações entre preços de apólices e intenções de
1
Gonzalez, Lauro. “Sinergia entre microsseguro e microcrédito, e o crescimento dos mercados no Brasil”, nesta coletânea.
Kaizô Iwakami Beltrão, Sonoê Sugahara e Fernanda Paes Leme. “Estimativa da mortalidade para os indivíduos em
famílias de baixa renda”, nesta coletânea.
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xiii
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compra3. Com as estatísticas dessa amostra, Carvalho4 estimou empiricamente a demanda por microsseguro, com base na metodologia “willingness-to-pay”. A elasticidadepreço – ou seja, a sensibilidade do consumo em resposta ao preço – mostrou ser maior
do que a elasticidade média normalmente estimada5. As implicações dessa evidência
empírica são importantes: enquanto a demanda pelo seguro tradicional é pouco sensível
ao preço, a demanda pelo microsseguro mostra uma reação mais forte. No tocante ao
faturamento das seguradoras, aumentos no preço médio das apólices do seguro tradicional (com demanda inelástica) o elevam. Já no caso do microsseguro (com elasticidadepreço da demanda em torno ou acima de um), esse resultado não é certo, e provavelmente
o faturamento cairá. Com as características da demanda por microsseguro, Carvalho
estima que o benefício bruto direto apropriado pelas famílias pela compra de um
microsseguro de vida pode atingir até 16,6% do orçamento do Programa Bolsa Família.
É um benefício social direto elevado, que reforça a importância do microsseguro como
um instrumento de ganho no bem-estar da população de baixa renda. Acrescentando os
benefícios indiretos, gerados pelas externalidades positivas, os benefícios totais podem
superar 25% do valor do Programa Bolsa Família.
Finalmente, abordando a rentabilidade do microsseguro sob o ponto de vista comercial, Araujo6 simulou um plano de negócios de uma microsseguradora e observou que,
mesmo em condições menos favoráveis, a análise de sensibilidade com o modelo de
Monte Carlo apontou uma rentabilidade privada acima dos 20%.
Para encerrar esta apresentação, esta série de coletâneas apenas inicia uma promissora
literatura sobre microsseguros no Brasil. Novas pesquisas sobre temas não abordados,
aspectos atuariais específicos, o aperfeiçoamento do marco regulatório e dos procedimentos internos nas seguradoras, o resseguro do microsseguro e o combate à fraude no
microsseguro são alguns dos temas que pretendemos abordar e divulgar no futuro.
Claudio Contador
Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento
Escola Nacional de Seguros
3
DataFolha. “Avaliação do conceito de microsseguros entre a população de baixa renda”, nesta coletânea. A pesquisa,
sob a forma de entrevistas, foi realizada em 428 domicílios com renda familiar mensal declarada entre um e cinco salários
mínimos, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
4
Carvalho, Jose Luiz. “Demanda por microsseguro e disposição a pagar”, nesta coletânea.
5
Contador, Claudio R. Economia do seguro: fundamentos e aplicações. São Paulo: Editora Atlas, 2007. Cap. 5.
6
Araujo, Fernando. “Modelagem do business plan de uma unidade de microsseguros”, nesta coletânea.
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1
Sinergia entre Microsseguro e
Microcrédito e o Crescimento
dos Mercados no Brasil
Lauro Gonzalez
Caio Toledo Piza
Daniel Bruno Garcia
Sumário Executivo
O objetivo deste trabalho é discutir a provável sinergia entre microcrédito e
microsseguro. A análise partiu da definição atual do microcrédito e das características
da oferta no mercado brasileiro, principalmente pela descrição dos principais players e dos
modelos de negócio vigentes. Explorou-se também a principal base de dados sobre economia informal, a fim de analisar as características principais do mercado potencial de
microcrédito e microsseguro. As inovações das instituições de microfinanças no Brasil,
tanto na oferta de microcrédito como de outros serviços financeiros, podem ser funcionais à sinergia entre o microcrédito e o microsseguro.
É falsa a ideia de que não há microcrédito no Brasil. Muito embora sejam poucos
bancos operando no microcrédito produtivo e o mercado potencial inexplorado seja grande, as taxas de crescimento, tanto dos volumes como dos clientes ativos, são elevadas, em
comparação com os diversos segmentos de crédito, mesmo no horizonte temporal précrise, quando a maior parte dos segmentos de crédito tradicional crescia a taxas altas.
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2 • Microsseguros: Série Pesquisas
O microcrédito, tanto no Brasil como no mundo, caracteriza-se pela adoção de
maneiras inovadoras de conceder crédito. Dentre essas inovações, merece especial
destaque o mecanismo de empréstimos em grupo e o papel do agente de crédito.
O primeiro mitiga o risco associado à falta de garantia, uma vez que os pobres não têm
como oferecer contrapartidas, sob forma de ativos, pelos empréstimos. O grupo representa uma forma de “garantia solidária” apoiada nas diversas formas de vínculo (capital
social) existentes entre os tomadores. Já o agente de crédito é o responsável pelo relacionamento entre a instituição e o tomador, com o qual há um constante contato e
monitoramento.
O agente de crédito tem potencial para atuar na distribuição de outros produtos financeiros. A presença do agente de crédito representa um importante potencial de oferta de outros serviços e produtos financeiros que afetam o bem-estar dos
mais pobres. No microcrédito, o agente de crédito vai até o cliente e não o contrário.
Há evidências de que os pobres não “irão atrás” do microsseguro. A falta de informação, a desconfiança e a não-familiariedade são os principais obstáculos. O agente de
crédito tem enorme potencial para transpor tais obstáculos. Como aproveitá-lo para a
oferta de microsseguro é uma questão de desenvolver modelos de negócio adequados.
Inovações como a flexibilidade de pagamento promovem sinergia entre o
microcrédito e o microsseguro. Desenvolver um modelo de negócio no qual as condições de pagamento sejam adequadas ao fluxo de caixa dos clientes, predominantemente
diário, semanal ou quinzenal, é uma das grandes inovações do microcrédito. De maneira
semelhante, no caso do microsseguro, as pesquisas de mercado indicam preferência por
esquemas de pagamento flexíveis, ajustados à renda. Portanto, a distribuição do
microsseguro juntamente com o microcrédito permitiria criar sinergias importantes nos
fluxos de pagamento.
Inovações como foco nas mulheres promovem sinergia entre o microcrédito e o
microsseguro. As experiências de microcrédito no Brasil e no mundo atestam a importância do foco nas mulheres, notamente porque tal estratégia tende a aumentar os
benefícios para a família. As pesquisas de mercado indicam que as mulheres compreendem melhor os benefícios do microsseguro do que os homens, abrindo espaço para
modelos de negócio em microsseguros com foco nas “mulheres do microcrédito”.
Os correspondentes bancários são canais de distribuição potenciais para
microsseguros e microcrédito. Cerca de 90% dos correspondentes bancários do mundo ficam no Brasil. A rede de distribuição é muitas vezes maior do que o número de
agências bancárias. As pesquisas de mercado sobre microsseguros destacam fortemente
o papel dos correspondentes na vida dos mais pobres, ainda que hoje o foco da rede de
correspondentes seja serviços de pagamento. Há instituições de microfinanças (IMFs)
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 3
utilizando o modelo de correspondentes. Os canais de distribuição e a tecnologia já
existem. Portanto, sua utilização para conjugar a oferta de microcrédito e microsseguro
é, preponderantemente, uma questão de desenvolvimento de modelos de negócio.
Para IMFs o microsseguro tem valor agregado. Em primeiro lugar porque o seguro atrelado ao crédito pode contribuir para um menor risco de inadimplência e perda
efetiva das mesmas. Adicionalmente, as IMFs devem procurar ofertar serviços que se
integrem à totalidade das necessidades de seus clientes, os quais, por estarem em geral
excluídos do sistema financeiro tradicional, são severamente afetados por eventos adversos. O microsseguro, portanto, contribui para o aumento de bem-estar dos clientes,
complementado o crédito.
Um correto mapeamento do microcrédito demanda incluir os vários segmentos
voltados para oferta de crédito para baixa renda. O microcrédito produtivo, voltado
para o financiamento dos microempreendimentos, é o core da atividade de microcrédito.
Entretanto, é preciso considerar que um crédito voltado para o combate à pobreza
deve se preocupar com as necessidades integrais dos mais pobres, tais como consumo e
habitação. No Brasil, o governo tem atuação indireta por meio de legislação que obriga
os bancos a direcionarem recursos para o microcrédito (exigibilidade). Diretamente, o
principal destaque é o programa de microcrédito produtivo CrediAmigo, do Banco Nordeste. Dentre os bancos comerciais tradicionais, o único que tem um programa de
microcrédito produtivo em maior escala é o Real Santander. As cooperativas são importantes veículos para as microfinanças, porém, sua atuação em microcrédito permanece
pouco mapeada.
Introdução
Muito se fala em sustentabilidade nos dias de hoje. Fundamentalmente, o termo
sustentabilidade diz respeito ao comprometimento da empresa em atuar de forma
economicamente viável, ao mesmo tempo em que busca gerar benefícios sociais e
preservar os recursos ambientais. As microfinanças se inserem exatamente nesse contexto, ou seja, a busca de desenvolvimento de negócios inclusivos na oferta de serviços e produtos financeiros, contribuindo assim para o combate à pobreza através de
soluções de mercado.
O microcrédito representa a faceta mais conhecida das microfinanças, e seu desenvolvimento se liga, sobretudo, à utilização de mecanismos inovadores, que propiciaram
mitigar inúmeras falhas de mercado que mantiveram os pobres alijados do mesmo.
O microsseguro tem elevado potencial de impacto sobre o bem-estar dos mais pobres e,
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4 • Microsseguros: Série Pesquisas
como tal, precisa ser incorporado às linhas de negócio tradicionais. Mais do que isso, há
sinergias importantes com o microcrédito que precisam ser aproveitadas, incentivadas e
concretizadas.
Para fundamentar e discutir essas sinergias potenciais no caso específico do mercado brasileiro, este trabalho tem três partes. A primeira retrata a oferta de microcrédito
no Brasil, com especial atenção para problemas de conceituação do termo microcrédito,
assim como para os segmentos existentes e seus respectivos players. A segunda parte
faz uma análise exploratória da Economia Informal Urbana (ECINF), uma base pública de dados, de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Os clientes das Instituições de Microfinanças (IMFs) são geralmente informais, e é imprescindível que se estude as características desse público para qualquer
intenção concreta de negócio em microfinanças. A terceira parte trata diretamente da
sinergia entre o microcrédito e o microsseguro, tanto considerando os modelos de
negócio existentes quanto o potencial de mudanças a partir de novas tecnologias e
tipos de instituição.
Parte 1 – A Oferta de Microcrédito no Brasil
Microcrédito: como Definir?
As Inovações
O termo microcrédito, tal qual hoje popularmente utilizado, surgiu nos anos 1970, a
partir da adoção de um conjunto importante de inovações que buscavam viabilizar
a oferta de crédito para os mais pobres. Portanto, seu surgimento não se liga a novas
concepções teóricas ou acadêmicas, mas a uma “revolução concreta” na maneira de
ofertar crédito de pequena monta para pessoas pobres, vivendo geralmente na
informalidade. Os modelos de negócio tradicionais excluíam os mais pobres por não
apresentarem soluções inovadoras que mitigassem três grandes obstáculos: a) alto risco;
b) custos de transação elevados e c) falta de garantias.
Portanto, os contornos da atual definição de microcrédito são dados exatamente
pelas inovações que visam a superar os obstáculos acima. Tais inovações são:
a) Empréstimos em grupo
Os empréstimos em grupo podem ser definidos como arranjos feitos por indivíduos
que não dispõem de garantias tradicionalmente demandadas pelo sistema bancário.
Essas pessoas formam espontaneamente um grupo cujo objetivo é a obtenção de
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empréstimos. Cada membro do grupo recebe determinado valor e, simultaneamente, garante os empréstimos dos demais. Portanto, em caso de inadimplência de um
dos membros, os demais devem pagar a parcela correspondente, sob pena de não
receberem mais créditos.
Há diversos modelos de empréstimo em grupo. Por exemplo, em modelos como o
do Grameen Bank, os grupos contêm em torno de cinco membros e os recursos são
liberados primeiramente para dois tomadores. Quando parcela desses empréstimos já foi paga, de quatro a seis semanas após a primeira liberação, outros dois
tomadores recebem os empréstimos, e a mesma lógica é seguida até que o último
membro obtenha os recursos. As variações de modelo de empréstimo em grupo
derivam do tamanho dos grupos, do momento de liberalização dos recursos e da
frequência de pagamentos.
A grande vantagem do empréstimo em grupo é lidar com o problema da assimetria
de informação e dos elevados custos de transação. Em um mercado onde há bons e
maus pagadores, os últimos tendem a se beneficiar sempre que o banco não souber
quem é quem. Em termos econômicos, os tomadores de alto risco (maus pagadores)
acabam por receber um subsídio daqueles de menor risco, e a ineficiência emerge
quando esse subsídio é tão alto que os bons pagadores abandonam o mercado.
O empréstimo em grupo pode reduzir taxas de juros cobradas e manter esses pagadores no mercado.
Para que se entenda como isso ocorre, é preciso lembrar que a constituição dos
grupos se dá espontaneamente e, na medida em que o contrato de crédito em grupo
estabelece a chamada responsabilidade conjunta, ou seja, todos respondem pela
inadimplência de todos, os potenciais devedores são incentivados a utilizar toda
informação disponível para formar um grupo com os melhores pares possíveis.
Assumindo que os tomadores detenham melhores informações sobre os demais
tomadores do que o banco, os efeitos para inadimplência esperada serão benéficos.
Além disso, chama atenção o fato de que o banco continua tão ignorante acerca da
qualidade de crédito dos tomadores quanto antes. Os próprios tomadores, melhor
informados, realizam a seleção (screeening) e o posterior monitoramento de mercado. Vale lembrar que, como os grupos são formados espontaneamente, esperase a existência de certo nível de relacionamento entre os tomadores, o que reduz os
custos (sociais) associados à seleção e ao monitoramento acima mencionado, ou
seja, é mais barato para um dado tomador monitorar seu vizinho, que faz parte do
mesmo grupo de empréstimo, do que para o banco.
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b) O agente de crédito
Outra inovação crucial é a figura do agente de crédito. Esse profissional é responsável pelo levantamento de dados sobre tomadores, principalmente novos empreendedores ou grupos, acompanhamento e auxílio a clientes, emissão e análise de relatórios
técnicos e recuperação de crédito de tomadores inadimplentes. O agente de crédito é
o principal responsável pela inserção do microcrédito em uma determinada comunidade. Não é sem razão que muitas instituições consideram o agente peça-chave de
toda atividade de empréstimos de pequena monta.
Quando se observa o mercado bancário tradicional, é comum haver profissionais
dos bancos alocados especificamente para o atendimento de um grupo de clientes.
Quanto maior a importância econômica do cliente, maior o grau de exclusividade no
atendimento. No mundo dos microempreendedores, a valer essa lógica de mercado,
não faria sentido um tipo de relacionamento que se resumisse a modelos
automatizados de decisão e transação. O agente de crédito quebra esse paradigma e
conduz uma atividade que constitui um “private banking às avessas”. Mesmo lidando com montantes reduzidos, o tomador desfruta de um relacionamento próximo e
diferenciado, semelhante àquele de clientes de alta renda.
Um agente de crédito altamente produtivo chega a ter, em média, 300 clientes, o que
permite à instituição credora auferir certo ganho de escala. Além disso, com a maior
proximidade do agente e seus clientes, recupera-se uma das essências das operações
de crédito tradicionais: a construção de um relacionamento de longo prazo entre
credor e devedor, com potencial impacto sobre os níveis de inadimplência.
Ademais, o agente de crédito tende a passar boa parte de seu tempo próximo aos
clientes tomadores. Muitas vezes, esses agentes residem nos arredores ou na própria
comunidade da clientela, reforçando os elos de ligação e permitindo maior acompanhamento da própria carteira. Dessa forma, por exemplo, é possível tratar de maneira diferenciada os créditos problemáticos, investigando a razão pela qual o pagamento
não foi feito. Um caso de doença na família, de roubo ou atraso na entrega dos
produtos a serem comercializados pode justificar uma ação de negociação que, simultaneamente, atenda ao devedor, permitindo que este reequilibre seu fluxo de
caixa, e reduza a perda efetiva nos empréstimos.
Cumpre acrescentar que, a despeito dos ganhos de escala auferidos com a produtividade crescente do agente de crédito, os custos de operação tendem a ser elevados.
Daí porque, valendo regras de mercado, as taxas de juros cobradas dificilmente se aproximariam daquelas vigentes para as grandes corporações, ainda que para essa análise
seja fundamental abordar não somente os custos, mas também os riscos envolvidos.
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c) Empréstimos progressivos
A progressividade nos empréstimos concedidos constitui um incentivo dinâmico
fundamental à administração do risco das operações de microcrédito. Tipicamente, os
empréstimos começam com valores reduzidos e, conforme a assiduidade nos pagamentos cresce, os montantes aumentam. A repetição das operações permite acúmulo
de informação sobre o cliente. Ademais, havendo progressividade, a ameaça de corte nos futuros empréstimos tem maior peso, pois os empreendedores podem perceber que se deixarem de cumprir suas obrigações, deixarão de receber valores maiores
do que aqueles inicialmente liberados.
Seguindo esse raciocínio, percebe-se por que o microcrédito, a despeito dos elevados custos de operação, deve manter taxas de juros menores do que aquelas tradicionalmente aplicadas aos microempreendedores, por exemplo, taxas cobradas por
agiotas. Quanto menor a taxa de juros, maior o valor presente do benefício do qual o
empreendedor abre mão se deixar de pagar. Em suma, as taxas devem ser suficientes
para cobrir o custo de capital de todos os investidores, mas perdem eficácia quando
são muito altas. Vale lembrar que outro fator importante é a mobilidade dos tomadores.
Quanto mais um empreendedor mudar de um lugar para outro, por exemplo, de uma
cidade para outra, menor a eficácia desses incentivos dinâmicos.
d) Frequência de pagamentos
O desenho de uma frequência de pagamentos adequada foi outra inovação dentro
das práticas de microcrédito. Do ponto de vista dos tomadores, o importante é que os
pagamentos dos empréstimos estejam sintonizados com o fluxo de caixa dos empreendimentos financiados, em conformidade com a famosa “regra de ouro” de casamento de prazos, proposta pela administração financeira. Boa parte das instituições
de microcrédito coleta pagamentos semanalmente, o que parece lógico diante do
ciclo de caixa das atividades de comércio e serviços, tipicamente aquelas dos empreendedores atendidos.
Para o credor, pagamentos semanais regulares permitem detectar rapidamente maus
pagadores, abrindo espaço para intervenção dos agentes de crédito e, no caso de
empréstimos em grupo, dos pares. Outra vantagem é a possibilidade de ter em mãos
um fluxo de caixa que potencialmente poderia ser utilizado para finalidades diversas
que não a efetivação do pagamento. Muitas instituições demandam que todos os
membros do grupo compareçam para o pagamento, ou ainda, que um membro do
grupo (líder) seja o responsável pelo pagamento total, por exemplo, de um único
carnê. Assim, esse membro deverá, no devido tempo, recolher o dinheiro dos demais, a fim de realizar o pagamento, garantindo imediata pressão sobre os atrasos.
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Embora pagamentos semanais (ou quinzenais) preservem o casamento de prazos
dos tomadores, fatores culturais tendem a pesar fortemente contra tal prática, e educar o mercado parece ser um desafio constante para os credores. Muitos empreendedores acabam arcando com taxas de juros muito maiores pelo simples fato de optarem
por pagar mensalmente.
e) Foco nas mulheres
Outra inovação importante do microcrédito é o foco nas mulheres. É preferível conceder microcrédito às mulheres do que aos homens. Os principais argumentos para
justificar essa assertiva referem-se à oposição ao viés sexista do sistema financeiro,
em muitos mercados, e ao papel desempenhado pela mulher na família e na sociedade, o que contribui fortemente para a redução da pobreza.
É patente a dificuldade das mulheres em acessar recursos materiais e financeiros,
hoje menos que há poucas décadas. Esse fator deve-se a diferentes aspectos culturais e às construções sociais de relação. A principal desigualdade está no ingresso e
condições do mercado de trabalho, mas a diferença de gênero no acesso a serviços
financeiros também é expressiva. Na década de 1970, as mulheres representavam
menos de 1% de todos os empréstimos em Bangladesh. No Brasil, o IBGE estimou
em 33% o número de empreendimentos da economia informal urbana liderados por
mulheres. Ocorre que, dos mais de 10 milhões de empreendimentos desse segmento, somente 5% haviam tido acesso a crédito. Importa recordar que, no ano de 2007,
19% das famílias eram chefiadas por mulheres, sem cônjuge. Esse percentual sobe
para 33% quando se considera a mulher como pessoa de referência na família, como
indica uma pesquisa por amostra de domicílio, também do IBGE.
O segundo argumento refere-se ao conceito de empowerment das mulheres. Pode-se
entendê-lo como o aumento da autonomia, da autoridade e da legitimidade das mulheres, perante o lar e a sociedade. Acredita-se que as mulheres possuam mais prudência na administração dos recursos do que os homens. Assim, melhorias na renda
decorrentes do esforço das mulheres resultam em maiores dispêndios com alimentação, saúde e educação dos filhos, e também bem-feitorias, como reformas e ampliação dos lares. Em resumo, crédito concedido a mulheres reverte-se em maiores
benefícios ao conjunto dos membros de um lar. Há pesquisas demonstrando diferenças estatisticamente significantes desses efeitos entre homens e mulheres.
Pensando-se em uma cadeia de impacto, o empowerment das mulheres traz mudanças sociais mais amplas. É possível relacioná-lo ao aumento no uso de métodos
contraceptivos, o que pode refletir em variações nos índices de fertilidade; evidên-
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cias concretas existem na maior participação das mulheres em associações comunitárias e em uma mais expressiva atuação política em geral. Observa-se, dessa forma,
que o foco em mulheres representa uma redefinição do papel social da mulher. Passa-se a enxergá-la, de acordo com o prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, como
dotada de uma livre condição de agente (com capacidade de agir), promotora dinâmica de transformações sociais.
O Microcrédito na Prática
Em suma, as microfinanças se relacionam à oferta de serviços financeiros para população de baixa renda, geralmente excluída do sistema financeiro tradicional, de maneira diferenciada. Dentre esses serviços, o de maior destaque (não necessariamente
importância) é o microcrédito. Há ainda o microsseguro, a poupança, os meios de pagamento, etc. Portanto, o microcrédito nada mais é do que o crédito no âmbito da definição
das microfinanças.
Apesar de haver relativo consenso acerca dessa definição, do ponto de vista prático, não há manual de classificação, como microcrédito ou não, para os produtos financeiros existentes nos diversos mercados, tanto formais quanto informais. Um mesmo
tipo de empréstimo pode ser classificado ou não como microcrédito por duas instituições diferentes.
A questão acima dificulta sobremaneira a sistematização de informações e o simples
acesso às estimativas de tamanho de mercado. Mesmo instituições especializadas em
benchmarking nesse setor reconhecem a existência de diferentes definições, bem como
as implicações dessa ampla diversidade, como é o caso do Microfinance Information
Exchange (The MIX)1, que define o microcrédito como todo crédito inferior a 250% do
PIB per capita ajustado pela paridade do poder de compra (PPP). Do ponto de vista
prático, tal definição implica que todo crédito inferior a aproximadamente R$ 10 mil
seja classificado como microcrédito.
Para outros, o termo microcrédito, em linhas gerais, assume as seguintes acepções:
a) Microcrédito como crédito popular: refere-se ao empréstimo de pequenas quantias
de valor à população de baixa renda. A finalidade para qual o empréstimo é destinado não possui importância nessa acepção (consumo, pagamento de dívidas ou
1
The MIX é o mais importante provedor de informações de negócios dedicado a fortalecer o setor de microfinanças.
O principal foco da organização é prover dados e análises objetivos sobre os provedores de microfinanças. Com essa
ação, The MIX promove transparência financeira nessa indústria e ajuda a construir a infraestrutura informacional nos
países em desenvolvimento (www.themix.org).
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investimento produtivo) e a metodologia de concessão não se diferencia da utilizada
no sistema financeiro tradicional. As principais instituições provedoras desse produto são os Bancos Públicos (Caixa Econômica Federal, Banco Popular, do Banco do
Brasil do Brasil) e as financeiras;
b) Microcrédito como microcrédito produtivo: refere-se aos serviços de crédito, principalmente financiamento de ativos (investimento fixo ou capital de giro), para atividades de autoemprego, formais ou informais;
c) Microcrédito como microcrédito produtivo orientado: refere-se ao conceito de
microcrédito produtivo, voltado para a população de baixa renda e cuja metodologia
de concessão de crédito depende da ação de agentes de crédito2.
A Figura 1 abaixo facilita o entendimento:
Figura 1 – Serviços financeiros voltados para a população de baixa renda
C
B
A
Microfinanças: Todos os serviços
financeiros voltados para a população
de baixa renda (crédito, poupança,
seguros, etc.).
Debater a definição mais adequada foge ao escopo aqui pretendido, principalmente
porque há nitidamente posições políticas e ideológicas envolvidas. Para além de tal
definição, interessa, de fato, o desenho de produtos de crédito diferenciados e adequados à integração dos pobres ao mercado. Para o presente relatório, o foco será o
mapeamento das instituições que oferecem serviços de crédito produtivo a atividades
de autoemprego, formais ou informais, para público de baixa renda.
2
Profissionais treinados para fazer levantamentos socioeconômicos sobre as atividades de autoemprego, prestar orientação educativa sobre o planejamento do negócio, identificar as necessidades de crédito e gestão e manter relações de
proximidade com os clientes.
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Atuação do Governo e Tipos de Instituição Atuantes no
Microcrédito
Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO)
Dada a importância potencial do microcrédito como ferramenta de combate à pobreza, o governo, nas suas diversas esferas, tem tido forte atuação (para bem e para mal),
tanto direta quanto indireta. Para a tarefa de caracterizar a oferta de microcrédito, merece destaque a Lei 10.735, de 11 de setembro de 2003, pela qual parcela dos depósitos à
vista (2%) dos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa
Econômica Federal deve ser destinada ao microcrédito. Sobre as instituições autorizadas a operar microcrédito, é imprescindível examinar a criação do Programa Nacional
de Microcrédito Produtivo Orientado, institucionalizado pela Lei 11.110, de 25 de
abril de 2005, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para direcionar
recursos ao setor de microcrédito. As principais características do PNMPO são:
•
Objetivos: (a) incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores
populares; (b) disponibilizar recursos para o microcrédito produtivo orientado; e (c)
oferecer apoio técnico às instituições de microcrédito produtivo orientado;
•
Origem dos recursos: (a) Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT; (b) recursos
direcionados – parcela dos depósitos à vista dos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e Caixa Econômica Federal, conforme Lei 10.735, de
11 de setembro de 2003;
•
Definição de microempreendedor popular: pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte, com renda bruta anual de
até R$ 120 mil;
•
Discriminação das instituições de microcrédito produtivo orientado:
(a) cooperativas singulares de crédito, (b) agências de fomento (Medida Provisória
2.192-70, de 24 de agosto de 2001); (c) sociedades de crédito ao microempreendedor
– SCMs (Lei 10.194, de 14 de fevereiro de 2001); e (d) Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público – OSCIPs (Lei 9.790, de 23 de março de 1999). Para operar
recursos do PNMPO, essas instituições devem se habilitar no MTE;
•
Discriminação das instituições repassadoras de recursos às instituições de
microcrédito produtivo orientado: bancos de desenvolvimento, agências de fomento, bancos cooperativos, centrais de cooperativas de crédito.
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Resumo das Instituições Atuantes
A partir da caracterização do PNMPO, é possível sistematizar as instituições atuantes no microcrédito da seguinte forma:
•
Bancos: são iniciativas promovidas por bancos públicos e privados. Em relação aos
bancos públicos, merece destaque a iniciativa do Banco do Nordeste do Brasil (BNB),
o CrediAmigo. Trata-se da maior iniciativa de microcrédito do país. Quanto aos
bancos privados, observa-se o ingresso de grandes bancos no setor, com significativo destaque para o Real Microcrédito, iniciativa do Banco Real Santander. Importa
notar que o CrediAmigo é operado em parceria com uma OSCIP.
•
ONGs e OSCIPs: Em 1999, com a Lei do Terceiro Setor (Lei 9.790/99), aperfeiçoou-se o arcabouço legal regulador da relação entre as ONGs e o setor público.
A partir de então, para a obtenção de recursos públicos, tornou-se necessário às
ONGs a qualificação como OSCIP junto ao Ministério da Justiça, e o estabelecimento de um Termo de Parceria. No mesmo ano de 1999, uma Medida Provisória
(MP 1.914 – 28 de julho de 1999) excluiu da Lei da Usura as OSCIPs e as SCMs,
permitindo que essas instituições passassem a operar créditos com taxa de juros
superior a 12% ao ano, viabilizando, assim, atividades superavitárias, no caso das
OSCIPs (e lucrativas no caso das SCMs). Nessa categoria destacam-se a rede Centros de Apoio aos Pequenos Empreendimentos (CEAPE), os Bancos da Mulher, o
VivaCred, as Instituições Comunitárias de Crédito, São Paulo Confia e o Banco do
Povo de Santo André, entre outros.
•
SCM: a Sociedade de Crédito ao Microempreendedor (SCM) é uma forma particular
de entidade jurídica, controlada pelo Banco Central do Brasil (BCB). Criada exclusivamente para operar microcrédito, e caracteriza-se por ser uma instituição lucrativa.
•
Fundos públicos: são iniciativas de microcrédito promovidas por administrações
públicas estaduais ou municipais. Acessando o portal do governo estadual das 27
Unidades Federativas, 14 indicaram possuir programas de microcrédito. Nessa categoria, destaca-se o programa Banco do Povo Paulista, que completou, em 2008, dez
anos de atuação.
•
Cooperativas singulares de crédito: Soares e Melo Sobrinho (2008), ao traçarem a
evolução da regulação sobre as cooperativas de crédito por parte do Banco Central,
apresentam dois momentos cuja implicação foi o ingresso efetivo desses arranjos no
setor de microcrédito produtivo. O primeiro momento é marcado pela edição da Reso-
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lução 3.058, de 20 de dezembro de 2002. Esse documento legal permitiu a criação de
cooperativas de pequenos empresários, microempresários e microempreendedores.
Antes, somente para atividades rurais esse tipo de formação era regulamentado.
Além disso, priorizou-se o foco nos micro e pequenos empreendedores.
O segundo momento foi resultado da edição da Resolução 3.106, de 25 de junho de 2003,
introduzindo a possibilidade de constituição de cooperativas de livre admissão. Os autores
argumentam que a aprovação desse documento configurou-se num grande benefício ao setor
cooperativista, e também financeiro, em virtude do aumento da escala de operacionalização
dos serviços e consequente redução do spread de intermediação financeira.
Em termos práticos, a livre admissão implica o aumento da taxa de penetração dos
serviços de microcrédito para a demanda potencial. Para elucidar esse processo, um
empreendedor da área urbana (um pipoqueiro, por exemplo) não necessita se associar a
outros 19 empreendedores do mesmo ramo para constituir uma cooperativa de crédito.
Com a cooperativa de livre admissão, ele pode obter crédito individualmente.
Estimativa da Oferta de Microcrédito no Brasil
Os Estudos Prévios
O último levantamento publicado da oferta de microcrédito no país, contendo informações adicionais aos relatórios de atividades do PNMPO, foi exposto por Soares e
Melo Sobrinho (2008). Os seus números estão demonstrados na Tabela 1.
Tabela 1 – Oferta de microcrédito, em dezembro de 2006 e dezembro de 2007
Dez/2006
Dez/2007
Valor Médio
Valor
Empréstimo Emprestado
(R$)
(R$ milhões)
Tipo
Entidades
Clientes
Entidades
Clientes
SCMs
56
21.286
53
20.145
2.531,92
51,01
ONGs, OSCIPs e
Fundos Públicos
136
89.997
143
94.856
724,47
68,72
CrediAmigo
1
235.729
1
299.975
782,07
234,60
Cooperativas de
microempresários
23
33.672
27
64.637
3.921,06
253,45
Bancos Privados
4
42.083
4
65.587
1.680,00
78,80
Recursos
direcionados
–
267.512
–
518.182
970,74
503,02
Total
220
690.278
228
1.063.383
1.768,38
1.189,49
Fonte: Soares e Melo Sobrinho (2008)
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14 • Microsseguros: Série Pesquisas
Recursos direcionados consistem na “aplicação de 2% dos depósitos à vista captados por várias instituições financeiras, exceto cooperativas de crédito, nos termos da Lei
10.735/2003 [...]” (Soares; Melo Sobrinho, 2008: 30). Para fins do levantamento da
oferta de microcrédito produtivo orientado, tal cifra não deve ser considerada (ou seria
para fins de levantamento da oferta de microcrédito ou microcrédito produtivo).
Comparando-se os dados referentes a 2007 com dados de 2005, apresentados por
Monzoni Neto (2006), observa-se a tendência de um expressivo crescimento do
microcrédito produtivo orientado. Os dados de 2005 estão resumidos na Tabela 2.
Tabela 2 – Oferta de microcrédito, dezembro de 2005
Nome da IMF
Tipo da IMF
No Clientes
Ativos
Valor Carteira Ativa
(R$)
Banco do Nordeste
Banco Público
195.378
136.200.000,00
CEAPE – MA
OSCIP
14.018
7.600.000,00
CEAPE – PE
OSCIP
4.610
5.400.000,00
CEAPE – RN
OSCIP
3.265
2.200.000,00
CEAPE – SE
OSCIP
2.679
2.000.000,00
SÃO PAULO CONFIA
OSCIP
3.458
2.630.000,00
CEAPE – RS
ONG
2.111
2.300.000,00
BANCO DA MULHER
OSCIP
1.400
1.800.000,00
VIVACRED
ONG
4.800
4.700.000,00
Outras
ONGs e OSCIPs
50.107
32.570.000,00
MICROINVEST –
UNIBANCO
SCM
5.100
12.000.000,00
Outras
SCM
29.052
72.340.000,00
REAL MICROCRÉDITO
BANCO PRIVADO
8.236
11.190.000,00
324.214
292.930.000,00
TOTAL
Fonte: Monzoni Neto (2006)
Tomando-se como referência o número de clientes ativos da tabela acima, observamos que, de 2005 a 2007, esse número mais que triplicou. Esse crescimento é ainda mais
robusto quando comparamos 2007 com 2001. Nichter et al. (2002) estimaram o número
de clientes ativos como 2001 próximo de 159 mil. Comparando esse número com o
obtido por Soares e Melo Sobrinho (2008) na Tabela 1, o número de clientes ativos
cresceu quase sete vezes entre 2001 e 2007.
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Estatísticas do Banco Central do Brasil
Desde janeiro de 2004, o Banco Central do Brasil (BC) disponibiliza informações
sobre os recursos direcionados ao microcrédito (para consumo e produtivo). Esta seção
mostrará a evolução dos números do microcrédito produtivo à luz das informações
disponibilizadas pelo BC.
Segundo o BC, o saldo da carteira de recursos direcionados ao microcrédito produtivo vem crescendo a taxas expressivas, conforme demonstra o Gráfico 1.
Gráfico 1 – Evolução do saldo da carteira de recursos direcionados a microcrédito produtivo,
entre janeiro de 2004 e janeiro de 2009
600.000,00
500.000,00
R$ mil
400.000,00
300.000,00
200.000,00
100.000,00
Jan/09
Set/08
Mai/08
Jan/08
Set/07
Mai/07
Jan/07
Set/06
Mai/06
Set/05
Jan/06
Mai/05
Set/04
Jan/05
Mai/04
Jan/04
0,00
Período
Fonte: Banco Central do Brasil
Quando comparamos o microcrédito produtivo com o total de operações de crédito
e também com o total de empréstimo para pessoas físicas, observamos que, em diversos
momentos, o microcrédito produtivo cresce a taxas superiores em relação às demais
modalidades de crédito oferecidas no mercado. A Tabela 3 apresenta essa comparação:
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16 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 3 – Comparação entre microcrédito produtivo, empréstimo a pessoas físicas e total de
empréstimos, entre 2004 e 2009
Período
Microcrédito
Produtivo
(R$ mil)
%(1)
Dez/2004
197.383,60
–
Dez/2005
197.383,60
Dez/2006
301.050,13
Dez/2007
Crédito
Pessoa
Física
(R$ milhões)
%(1)
Crédito
Total
(R$ milhões)
%(1)
136.455,81
37,84
498.721,51
19,24
47,59
188.783,82
38,35
607.023,30
21,72
52,52
235.815,59
24,91
735.589,65
20,69
355.043,39
17,94
314.352,79
33,31
935.972,83
27,76
Dez/2008
509.529,31
43,51
389.540,87
23,92
1.227.294,1
7
31,13
Fev/2009
512.729,77
0,63(2)
399.092,06
2,45(2)
1.229.016,0
3
0,14(2)
Fonte: Banco Central do Brasil
Taxa de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior.
(2)
Taxa de crescimento em relação à dezembro de 2008.
(1)
Comentários sobre a Evolução do Microcrédito Produtivo no Brasil
Uma vez conhecidas as cifras e a velocidade com a qual o setor de microcrédito
produtivo cresce, importa ressaltar alguns players que desempenham importante papel
no mercado. Esses players podem ser extraídos das informações apresentadas por Soares e Sobrinho (2008) e Monzoni Neto (2006).
Através dos dados apresentados, pode-se concluir que o CrediAmigo (Banco do
Nordeste/Instituto Nordeste e Cidadania) e o Real Microcrédito (ABN Amro) detêm
mais que 50% do mercado. Se foi feita a soma do valor da carteira ativa de ambas3 as
instituições e for calculada a sua proporção no total da carteira ativa do PNMPO4, será
possível concluir que as duas instituições responderam, em 2008, por 63,7% do mercado.
A ampla participação dessas instituições no setor informa também que é na região
Nordeste que as atividades de microcrédito produtivo se concentram. Isso porque ambos os players desenvolvem predominantemente nessa região as suas atividades.
Embora algumas deduções possam ser feitas, não é possível chegar a um número
conclusivo sobre o setor. Não há informações atualizadas sobre as SCMs e poucas informações sistematizadas e consolidadas sobre as cooperativas, no que é de interesse ao
microcrédito produtivo. Vale ressaltar que somente o sistema ANCOSOL, que pela sua
3
CrediAmigo, dezembro/2008 = R$ 362.200.000,00 (Fonte: www.bnb.gov.br); Real Microcrédito, dezembro/2008 =
R$ 88.811.000,00 (Fonte: contato com responsáveis pelo programa). Soma = R$ 451.011.000,00.
4
Total da Carteira ativa do PNMPO, em dezembro de 2008 = R$ 708.162.212,65 (Fonte: PNMPO, 2008).
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16
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 17
natureza (agricultores familiares) enquadra-se no conceito de microcrédito produtivo,
havia acumulado, entre junho de 2007 e junho de 2008, R$ 261.207.000,00 em operações de crédito, com 198 cooperativas singulares.
Em suma, o microcrédito produtivo (e o microcrédito produtivo orientado) tem grande
mercado potencial, mas já cresce a uma velocidade bastante considerável. Se mantiver a
atual velocidade de crescimento, em cerca de dez a 15 anos o mercado deve ser totalmente atendido.
Parte 2 – A Economia Informal e as Microfinanças:
Evidências da Base de Dados da ECINF
Definição do Mercado Potencial
O objetivo desta parte do trabalho é explorar as características socioeconômicas dos
trabalhadores informais, que constituem o principal público-alvo das microfinanças no
Brasil. São utilizadas as informações dos microdados da Economia Informal Urbana
(ECINF), uma base pública de dados, de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A opção pela ECINF decorre do fato dessa base compreender
informações socioeconômicas dos trabalhadores conta própria e empregadores com até
cinco empregados, que atuam informalmente na economia, constituindo rica fonte de dados sobre parcela relevante do público-alvo das IMFs, como pode ser visto na tabela abaixo. Paradoxalmente, essa base de dados é pouco explorada por estudos relacionados aos
diversos temas das microfinanças, sobretudo microcrédito e microsseguros.
Tabela 4 – Percentual de clientes informais por região de localização das IMFs
Região
Total
Norte
99%
Nordeste
84%
Sudeste
90%
Sul
74%
Centro-Oeste
76%
Total
83%
Fonte: Prêmio Itaú Apoio ao Empreendedor (2005: 12)
Como ponto inicial de análise, foi definido o valor de R$ 1.000 como limite superior
da renda dos trabalhadores conta própria que são alvo de investigação nesta seção.
A escolha do valor decorreu de três constatações. A primeira é que esse número é muito
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18 • Microsseguros: Série Pesquisas
próximo à mediana das 39 instituições analisadas pelo estudo do Banco Itaú (2005),
intitulado “Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil”. O segundo é que o
corte na renda corresponde à metodologia proposta e adotada pelo Microbanking Bulletin.
Finalmente, o terceiro motivo é que esse procedimento segue aquele adotado pelo Relatório Parcial da SUSEP de 2008 (GT Microsseguros), embora nesse mesmo relatório
reconheça-se que outras variáveis – como a educação (anos de estudo) – deveriam ser
consideradas no exercício de identificação do grupo de elegíveis ao microsseguro, além
de, neste último, ter havido um corte de renda nitidamente superior ao aqui adotado.
Tabela 5 – Proxy de pobreza relativa (valor médio do empréstimo/PIB per capita)
Região
PIB per capita*
1.000/PIB per capita
Centro-Oeste
9.823
10%
Norte
4.642
22%
Nordeste
3.498
29%
Sul
9.185
11%
Sudeste
9.977
10%
* Valores expressos a preços de 2003.
Fonte: Ipeadata
A Tabela 5 contém duas informações fundamentais. A primeira concerne à diferença
de PIB per capita entre as regiões. Nota-se que, partindo-se de definições de pobreza
exclusivamente centradas na renda, o Norte e Nordeste brasileiros são muito mais pobres que as demais regiões. Essa comparação deve ser vista com alguma cautela, já que
os valores do PIB per capita presentes na tabela, ainda que estejam definidos em termos
reais, não corrigem pela diferença de custo de vida em cada região.
Para evitar esse problema, o Microbanking Bulletin advoga que a comparação entre
valores dos empréstimos concedidos pelas IMFs que operam em diferentes regiões deveria ser feita em termos do PIB per capita, ou seja, o valor do empréstimo deveria ser
expresso em termos do PIB per capita. É exatamente isso que faz a última coluna da
tabela. O valor de R$ 1.000 é muito próximo ao valor médio do empréstimo concedido
pelo CrediAmigo e à mediana das 39 instituições analisadas pelo estudo do Banco Itaú
(2005), intitulado “Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil”.
Com a divisão desse valor pelo PIB per capita regional, chega-se a um número que é
comumente utilizado como proxy para avaliar a focalização das IMFs. De acordo com o
Microbanking Bulletin, esse número não deveria superar os 25% do PIB per capita.
Pelos dados da tabela, apenas no NE essa razão superaria os 25%. Contudo, se o PIB per capita
for devidamente corrigido pelo custo de vida da região, a razão deve se aproximar dos 25%.
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 19
A Tabela 6 ilustra a composição dos trabalhadores informais entre contas próprias e
empregadores com até cinco empregados. Nota-se que o número de contas próprias
corresponde a quase seis vezes o de empregadores.
Tabela 6 – Composição dos trabalhadores da economia informal
Região
Conta-própria
Empregador com
até 5 Empregados
Norte
87%
13%
Nordeste
87%
13%
Sudeste
84%
16%
Sul
80%
20%
Centro-Oeste
81%
19%
Fonte: ECINF, 2003
Em virtude da elevada proporção de trabalhadores por conta própria, esse relatório
irá focar apenas a subamostra dos informais que pertencem a essa categoria. Além disso,
será adotado um corte de renda domiciliar de R$ 1.000. Portanto, o mercado potencial
aqui definido é o de trabalhadores informais, que trabalham por conta própria e que
auferem renda mensal domiciliar inferior a R$ 1.000.
Características Socioeconômicas do Mercado Potencial
É amplamente reconhecida na literatura de microfinanças a predileção de algumas
instituições por clientes do sexo feminino. As razões para tal predileção foram analisadas anteriormente. Basicamente, os estudos empíricos e a própria experiência dos agentes de crédito concluíram que as mulheres alocam melhor os recursos entre os membros
da família e costumam atrasar menos as prestações dos empréstimos tomados. A tabela
a seguir traz a divisão por gênero dos trabalhadores informais por conta própria que
possuíam renda de até R$ 1.000 em outubro de 2003.
Tabela 7 – Composição por gênero dos trabalhadores conta própria com renda de até R$ 1.000
Região
Homens
Mulheres
Norte
50%
50%
Nordeste
55%
45%
Sudeste
39%
61%
Sul
48%
52%
Centro-Oeste
48%
52%
Fonte: ECINF, 2003
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20 • Microsseguros: Série Pesquisas
Com exceção da região sudeste, as proporções de contas-próprias são bem equilibradas entre homens e mulheres. Além disso, no sudeste, a proporção de mulheres superou em muito a de homens. Essa estimativa pode ser útil para as IMFs que costumam
priorizar as mulheres na formação de grupos solidários ou empréstimos em grupo (PIZA,
2005). A próxima tabela apresenta o nível de instrução, por região, dos trabalhadores
contas próprias com renda de até R$ 1.000.
Tabela 8 – Grau de instrução dos trabalhadores contas próprias, por região, com renda de até R$ 1.000
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
Sem instrução
156
(4%)
563
(7%)
204
(6%)
54
(3%)
29
(3%)
Sabe ler
e escrever
131
(4%)
371
(5%)
149
(4%)
45
(2%)
34
(3%)
Primeiro grau
incompleto
1.288
(36%)
2.588
(34%)
1.157
(34%)
613
(29%)
280
(28%)
Primeiro grau
completo
438
(12%)
871
(11%)
365
(11%)
332
(16%)
162
(16%)
Segundo grau
incompleto
433
(12%)
781
(10%)
309
(9%)
190
(9%)
101
(10%)
Segundo grau
completo
846
(24%)
1.786
(23%)
796
(23%)
572
(27%)
236
(23%)
Superior
incompleto
107
(3%)
270
(4%)
114
(3%)
81
(4%)
52
(5%)
Superior
completo
166
(5%)
453
(6%)
314
(9%)
235
(11%)
124
(12%)
3.565
(100%)
7.683
(100%)
3.408
(100%)
2.122
(100%)
1.018
(100%)
Total
Fonte: ECINF, 2003
Os dados mostram que mais de 50% dos trabalhadores contas próprias não possuem
segundo grau, sendo que as proporções mais altas são observadas no Norte (68%) e
Nordeste (67%). Sendo assim, parece haver alguma correlação negativa (positiva) entre
PIB per capita (pobreza) e nível de instrução em cada região.
Uma das discussões mais importantes no mundo do microcrédito diz respeito à profundidade do alcance (depth of outreach), qual seja, até que ponto tais instituições estão
de fato atendendo aos mais pobres dentre os pobres (the poorest of the poor). A base de
dados da ECINF pode ser utilizada para explorar preliminarmente esse tópico de interesse. A tabela a seguir ilustra essa discussão e mostra a proporção, por gênero, de trabalhadores por conta própria com rendimento não superior ao salário mínimo.
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 21
Tabela 9 – Proporção de contas próprias com renda de até um salário mínimo em 2003
Grupo
Estimativa
Linha de Pobreza
Homem
2,98%
240.00
Mulher
2,97%
240.00
Amostra
2,98%
240.00
Nota: O valor do salário mínimo em 2003 era de R$ 240.
Fonte: ECINF, 2003
As estimativas para homens e mulheres são extremamente semelhantes entre si e,
portanto, ao resultado obtido para toda a amostra. Para ambas subamostras, cerca de 3%
de homens e mulheres que atuavam como contas próprias em outubro de 2003 tinham
um rendimento menor ou igual a R$ 240. Portanto, se adotarmos tal valor como linha de
pobreza, teríamos cerca de 3% de homens de mulheres abaixo dessa linha. Para tal
público (the poorest of the poor), os estudos em microfinanças indicam menor possibilidade de inclusão através de modelos de negócio, sendo indicada a atuação do estado
através de política pública. De toda forma, há evidências de que parcela preponderante
dos pobres pode ser atendida por modelos de negócio inclusivos.
O Uso de Seguros
Esta seção busca explorar a base de dados em busca de informações relativas ao uso
de seguros por parte dos trabalhadores informais, já considerando o critério anterior de
renda (R$ 1.000) e a atuação como contas próprias. Abordam-se os dados para uma
análise preliminar da potencial sinergia entre o microcrédito e o microsseguro. O argumento baseia-se nas economias de escala que podem ser exploradas pelas instituições de
microfinanças, já que as características dos demandantes de microsseguros são muito
semelhantes às dos clientes de microcrédito.
Embora as necessidades financeiras dos trabalhadores informais de baixa renda sejam relativamente modestas, os riscos incorporados nos trabalhos praticados por essas
pessoas podem ser considerados relativamente altos. Com uma tecnologia de produção
precária e pouca especialização, o retorno esperado dos empreendimentos acaba sendo
baixo, já que não há diversificação dos investimentos, a escala produtiva é bastante
limitada e os mercados de poupança e seguro necessários para amortecer os choques
adversos são limitados (PIZA, 2005). Por esse fato, as famílias que dependem de atividades de subsistência tornam-se vulneráveis a choques exógenos adversos, que prejudicam o seu fluxo de caixa e o padrão de consumo intertemporal (ZELLER, 1999).
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22 • Microsseguros: Série Pesquisas
O primeiro passo da análise aqui conduzida consiste em verificar se as pessoas
que utilizaram crédito, empréstimo ou algum tipo de financiamento em 2003 tiveram
acesso a algum tipo de seguro. Embora a ECINF não contenha a informação de se a
pessoa recorreu especificamente a IMFs, ao limitar o nível de renda dos trabalhadores
informais em R$ 1.000, acredita-se que a subamostra obtida corresponde às pessoas
que estariam aptas a concorrer pelos serviços ofertados pelas IMFs. A conclusão principal é de que a maior utilização do crédito guarda pouca relação com maior utilização
do seguro.
Tabela 10 – Uso de crédito e seguro dos contas próprias com renda de até R$ 1.000 em 2003
Possuía Seguro?
Usou Crédito?
Não
Sim
Não
(80,6%)
(19,4%)
Sim
(79,5%)
(20,5%)
Fonte: ECINF, 2003
As próximas tabelas trazem informações sobre o tipo de seguro mais demandado
pelos trabalhadores de baixa renda.
Tabela 11 – Demanda por seguro de vida dos informais, contas próprias (renda de até R$ 1.000)
Região
Não possui seguro de vida
Possui seguro de vida
Norte
61%
39%
Nordeste
65%
35%
Sudeste
53%
47%
Sul
55%
45%
Centro-Oeste
60%
40%
Fonte: ECINF, 2003
Há potencial de oferta de seguro de vida para os pobres. Além disso, as diversas
pesquisas já realizadas reforçam os argumentos de Morduch (2006) acerca da importância desse tipo de seguro para as famílias pobres. Em caso de morte do chefe de família,
o seguro pode ser de extrema utilidade (i) para a família não sofrer uma redução abrupta
do consumo e (ii) para a família arcar com as despesas do funeral. Além disso, sabe-se
que, ao contrário das outras modalidades de seguro, o seguro de vida incorre em meno-
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 23
res problemas de informação assimétrica – moral hazard e seleção adversa – tornandose candidato preferencial de muitas instituições ao estenderem produtos de seguro voltados aos mais pobres.
Examinando a atuação das IMFs, o seguro de vida aparece ainda no topo dos
produtos oferecidos, justamente pelo menor grau de complexidade para a própria IMF.
Por exemplo, a FINCA, de Uganda, oferece seguro de vida aos demandantes de crédito
cobrando 0,5% a mais de juro nas operações de empréstimos (MORDUCH, 2006).
Essa estratégia adotada mostra os ganhos de escala a serem explorados pelas IMFs e
pelas empresas seguradoras, com benefícios evidentes para os clientes.
Em geral, a segunda modalidade de seguro mais citada nas microfinanças é o seguro
saúde. Há inúmeros relatos de pessoas pobres que poderiam abandonar a condição de
pobreza extrema ou pobreza crônica simplesmente ingerindo vermífugo. Um número
elevado de pessoas morre por desidratação, diarreia e outras doenças associadas à
verminose (RAY, 1998). Dessa maneira, o seguro de saúde e o seguro de vida caminhariam lado a lado. É por esse motivo que Morduch (2006: 348) conclui que seguros de
vida e saúde são complementares para a redução da vulnerabilidade das pessoas pobres.
Contudo, sabe-se que esse tipo de seguro implica lidar com problemas de agência, o
que pode encarecer o produto e, ao mesmo tempo, demandar um grau de sofisticação
administrativa. Com isso, uma vez mais surge a potencial sinergia existente entre
microcrédito e microsseguros. Os problemas de agência observados no mercado de
microsseguros são exatamente os mesmos que inibiram por muito tempo operações sustentáveis de microcrédito. Entretanto, os inúmeros casos de sucesso das IMFs, inclusive
no Brasil, mostram que os players de microcrédito desenvolveram mecanismos inovadores (ver seção anterior) para mitigar riscos associados à assimetria de informação.
A tabela que se segue retrata a demanda por seguros de residência para o mercado
potencial aqui definido. Trata-se de outro produto potencial relevante, e de baixa penetração estimada pela tabela, para os pobres, uma vez que boa parte dos microempreendimentos se localiza na própria residência.
Tabela 12 – Demanda por seguro de residência dos contas próprias com renda de até R$ 1.000
Região
Não possui seguro de residência
Possui seguro de residência
Norte
96%
4%
Nordeste
95%
5%
Sudeste
80%
20%
Sul
82%
18%
Centro-Oeste
94%
6%
Fonte: ECINF, 2003
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24 • Microsseguros: Série Pesquisas
A base de dados da ECINF traz uma informação interessante sobre previdência privada, que nada mais é do que uma forma de poupança. A demanda por essa modalidade
de seguros por parte dos trabalhadores informais mais pobres, retratada na tabela abaixo, reforça a necessidade de derrubar o mito de que “os pobres não poupam”. Em vários
países estudados, há diversos mecanismos informais de poupança (e seguro) entre as
pessoas que não têm acesso ao sistema bancário tradicional, geralmente a aquisição de
ativos físicos – basicamente animais (RAY, 1998). A tabela abaixo revela, simultaneamente, a existência desse mercado e seu potencial inexplorado.
Tabela 13 – Demanda por seguro privado (previdência privada) dos contas próprias com renda de
até R$ 1.000
Região
Não possui seguro privado
Possui seguro privado
Norte
76%
24%
Nordeste
77%
23%
Sudeste
78%
22%
Sul
82%
18%
Centro-Oeste
87%
13%
Fonte: ECINF, 2003
Mercado Potencial e Acesso a Produtos Financeiros
Esta seção explora o acesso do conjunto aqui definido como mercado potencial de
microsseguros a alguns tipos de serviços financeiros. Do ponto vista das microfinanças,
essa discussão se insere no chamado papel que o sistema financeiro desempenha ao contribuir para o desenvolvimento econômico, mais especificamente no quesito combate à pobreza. No Brasil, esta é uma discussão incipiente, notadamente por não se ter ainda um
consenso acerca do próprio conceito de bancarização. Obviamente, essa discussão foge ao
escopo aqui adotado e, do ponto de vista prático, interessa uma análise exploratória do
mercado potencial de microsseguros em termos de acesso a serviços financeiros.
Começando pelo acesso à conta corrente, na Tabela 14, a respeito do programa de
bancarização promovido pelo governo com abertura de contas simplificadas, a maior
parte permanece sem acesso a esse produto, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A Tabela 15 tem especial interesse para estudos em microfinanças, pelo fato da poupança ser um dos mecanismos básicos pelos quais os mais pobres lidam com eventos
adversos. Em termos gerais, a análise é semelhante à tabela anterior, com baixa penetração de poupança, sobretudo no Norte e Nordeste. Portanto, não há aqui a utilização de
um produto (poupança) potencialmente substituto do microsseguro.
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 25
Tabela 14 – Número dos contas próprias com renda de até R$ 1.000, por região, que possuíam
conta corrente em 2003
Tinha conta corrente
Região
Sim
Não
Norte
29%
71%
Nordeste
32%
68%
Sudeste
53%
47%
Sul
50%
50%
Centro-Oeste
49%
51%
Total
38%
62%
Fonte: ECINF, 2003
Tabela 15 – Número dos contas próprias com renda de até R$ 1.000, por região, que possuíam
poupança em 2003
Tem poupança?
Região
Sim
Não
Norte
21%
79%
Nordeste
24%
76%
Sudeste
27%
73%
Sul
27%
73%
Centro-Oeste
32%
68%
Total
25%
75%
Fonte: ECINF, 2003
Tabela 16 – Número dos contas próprias com renda de até R$ 1.000, por região, que possuíam
cartão de crédito em 2003
Tem cartão de crédito?
Região
Sim
Não
Norte
23%
77%
Nordeste
27%
73%
Sudeste
34%
66%
Sul
32%
68%
Centro-Oeste
36%
64%
Total
29%
71%
Fonte: ECINF, 2003
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26 • Microsseguros: Série Pesquisas
A taxa de penetração de cartão de crédito vista na tabela anterior revela alguns
paradoxos. Primeiramente, conforme divulgado em vários estudos, o cartão de crédito
está bastante presente no cotidiano do mercado no Brasil, mesmo entre os pobres.
Contudo, especialmente quando dirigido ao público informal de baixa renda, o mercado potencial ainda é elevado. Estudos de microfinanças que envolvam cartões de crédito ainda são escassos no Brasil, estes se constituem como mais um canal potencial
de negócios inclusivos.
A tabela abaixo mostra um dos aspectos mais interessantes do acesso a serviços
financeiros na informalidade. Claramente, os correspondentes bancários fazem parte do cotidiano do público e são o principal meio de pagamento de contas nas regiões mais pobres, Norte e Nordeste. Deve-se lembrar que o banco postal/correio,
que consta na tabela, também é uma modalidade de correspondente. O potencial
para oferta de serviços e produtos financeiros nesses correspondentes é elevado,
conforme discutido posteriormente.
Tabela 17 – Principal meio utilizado pelos contas próprias com renda de até R$ 1.000 para
pagamento de suas contas
Cx
eletrônicos
fora dos Correspon.
bancos
bancários
Débito
em
conta
Telefone
Internet
Não
efetuou
transações
financeiras
Ag.
bancária
Bco
postal/
Correios
Norte
28%
11%
2%
47%
1%
0%
1%
12%
Nordeste
26%
6%
2%
49%
1%
0%
1%
16%
Sudeste
45%
4%
3%
29%
3%
0%
3%
12%
Sul
40%
6%
2%
40%
2%
0%
2%
7%
CentroOeste
40%
1%
3%
43%
3%
0%
3%
7%
Total
32%
6%
2%
43%
1%
0%
1%
13%
Região
Fonte: ECINF, 2003
Parte 3 – Microcrédito e Microsseguros: Análise
da Sinergia
Inovações do Microcrédito e o Microsseguro
As inovações introduzidas a partir da década de 1970, notadamente com a criação
do Banco Grameen, em Bangladesh, representaram uma grande ruptura com o mindset
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Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 27
da comunidade financeira tradicional. Emprestar recursos de baixo volume, sem garantia, para um público geralmente informal parece descolado dos manuais de gerenciamento
de risco de crédito tradicionais. Contudo, o sucesso de inúmeras instituições de
microcrédito mundo afora, sobretudo pelas baixas taxas de inadimplência e perda efetiva, mostra que há espaço para modelos de negócio inclusivos, capazes de integrar os
mais pobres ao mercado de maneira sustentável.
Esse conjunto de inovações do microcrédito deve ser de alguma maneira aproveitado para a ampliação de outros produtos financeiros para os pobres, principalmente aqueles relacionados ao microsseguro. Devido à metodologia das IMFs e às características
do imenso mercado de baixa renda, há um potencial relevante de sinergia entre
microsseguro e microcrédito que precisa ser explorado. Vale lembrar que a sinergia aqui
mencionada não se refere unicamente à possibilidade de auferir melhores resultados
econômicos, ainda que isso seja essencial para o incentivo a novos modelos de negócio,
mas também de oferecer produtos de maior impacto sobre o bem-estar, integrados às
necessidades dos pobres, que precisam tanto de crédito quanto de seguros.
A Sinergia Através do Agente de Crédito
O crédito é um serviço financeiro tipicamente relacional. O chamado microcrédito
inovou por criar uma nova forma de relacionamento através do agente de crédito, conforme descrito no início deste trabalho. As diversas pesquisas5 de mercado sobre
microsseguros apontam invariavelmente para a desconfiança e o pouco conhecimento
sobre o produto seguro. Isto é agravado ainda pela baixa escolaridade desse público, que
encontra dificuldades para obtenção de informações sobre os reais benefícios que um
seguro traz. A percepção geral é a de que se trata de um produto de seguro que é caro,
além de haver receio sobre a quem recorrer em caso de necessidade.
Portanto, para a comercialização de microsseguros, é preciso proximidade e interação
ao longo do tempo, de forma a construir um relacionamento de confiança. Já no pósvenda, as pesquisas indicam que manter um contato periódico com o cliente faz com que
ele se sinta protegido e seguro para continuar a pagar. Tanto o microcrédito quanto o
microsseguro podem ser inseridos no conceito de “Finanças de Proximidade”, compreendidas como aquelas oriundas de contatos diretos e permanentes com os agentes produtivos. Abramovay (2004) aponta que as organizações que empreendem finanças de
proximidade são capazes de converter redes de relações sociais entre indivíduos, empresas e instituições em redução de custos de transação.
5
As pesquisas de mercado sobre microsseguros aqui mencionadas são as seguintes: Novos Produtos e Canais de Venda
em Microsseguros (Data Popular), Next Billion Customers (Boston Consulting Group), Novos Produtos e Canais de
Venda em Microsseguros (Data Popular) e Microssseguro: Negócio ou Inserção Social (Fenaprevi).
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Em termos práticos, a grande inovação capaz de viabilizar um contato permanente
com os mais pobres é o agente de crédito, descrito anteriormente como uma das novidades
do microcrédito. Aqui reside um elemento fundamental de sinergia entre o crédito e o
seguro. Este último é ainda visto com desconfiança, gerando muitas dúvidas pela falta de
informação e escolaridade do próprio cliente potencial que entretanto, tende a confiar no
agente de crédito, que vai até ele, fala a sua língua e o orienta sobre seus negócios.
Uma pesquisa do Boston Consulting Group revela que parcela significativa dos pobres tem interesse no produto seguro, só que acredita não possuir recursos para pagar.
Entretanto, observando algumas modalidades de seguro já existentes, cujo preço gira
em torno de R$ 10/mês, há um aparente paradoxo, pois haveria, sim, acessibilidade
(ainda que limitada à oferta de poucos players) via preço. Uma vez mais surge o problema informacional, porque as pessoas não sabem que o seguro pode “caber no bolso” e,
ao mesmo tempo, desconfiam de preços muito baixos.
A mesma pesquisa revela também que, dentre os pobres, as rendas individuais são
preponderantemente agrupadas e, consequentemente, as decisões são tomadas em conjunto, sendo necessário influenciar ou conhecer os membros da família. Em outras palavras, importa muito o perfil familiar, e não apenas o individual, para tomada de algumas
decisões. Certamente, a aquisição do seguro está entre elas.
Em todos os casos acima, o agente de crédito pode desempenhar papel vital como
fonte confiável de informação para o cliente, tendo maior chance de influenciar e conhecer detalhes do domicílio, e não apenas do indivíduo. Portanto, se os potenciais clientes
de microsseguros procuram segurança em todo o processo de compra (influenciadores,
clareza do produto, canal, meio de pagamento e relacionamento), a presença do agente
de crédito tem grande potencial para suprir essa necessidade do cliente.
Além disso, as pesquisas indicam que, entre os pobres, não há uma procura específica por seguros. Geralmente, o acesso ao seguro ocorre através de outros serviços.
O agente de crédito pode ser o promotor e o elo de ligação entre o microcrédito e o
microsseguro.
A Sinergia Através da Frequência de Pagamentos
Uma das inovações importantes do microcrédito diz respeito à periodicidade ou
frequência de pagamento. Independentemente do produto oferecido, se crédito ou seguro, é importante que a coleta de pagamentos guarde relação com o fluxo de caixa dos
clientes. As pesquisas indicam que cerca de 50% dos pobres são pagos em prazos quinzenais, semanais ou diários. Além disso, ressaltam que um dos fatores indispensáveis
para aquisição do seguro é a flexibilidade no pagamento, pois a renda é inconstante.
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Diversas IMFs no Brasil já adotam sistemas flexíveis de coleta de pagamentos de
empréstimos, como é o caso dos bancos comunitários do programa CrediAmigo (Banco
do Nordeste), do São Paulo Confia e do CEAPE-MA. Portanto, tanto em termos de
preferência da demanda como em termos de modelos de negócio já existentes (no
microcrédito), a frequência de pagamentos indica potencial sinergia entre microcrédito
e microsseguro.
A Sinergia Através do Foco nas Mulheres
Uma pesquisa realizada pelo Data Popular mostra que as mulheres entendem melhor os benefícios do seguro, manifestando maior interesse por esse tipo de produto.
De fato, como descrito na seção inicial, as mulheres se preocupam mais com a manutenção do bem-estar familiar, sobretudo dos filhos. Assim, a mulher percebe que, por exemplo, em caso de morte do chefe de família, o seguro pode ser de extrema utilidade para
que a família (i) não sofra uma redução abrupta do consumo e (ii) possa arcar com as
despesas de funeral.
Além disso, sabe-se que parcela significativa das operações de microcrédito são
direcionadas para mulheres. No caso do Grameen, cerca de 95% da clientela são do
gênero feminino. No modelo dos bancos comunitários FINCA, a porcentagem de mulheres é semelhante. Uma pesquisa mais ampla6 sobre as IMFs no Brasil revelou que
cerca de 55% dos clientes de microcrédito são mulheres. A predominância é observada em 25 das 37 instituições que responderam à pesquisa. Em abril de 2009, o programa CrediAmigo (Banco do Nordeste) – relembrando, maior player de microcrédito
produtivo do país – informava que 65% do volume total de operações eram alocados
para mulheres.
Embora no Brasil não haja instituições de microcrédito de maior porte com foco
nitidamente nas mulheres, há evidências de que as operações de fato as têm privilegiado. O foco nas mulheres significa, portanto, uma sinergia potencial evidente entre a
oferta de microcrédito e microsseguros.
Potencial Interesse das IMFs pelo Microsseguro no Brasil
A atividade básica das IMFs no mundo todo é a oferta de empréstimos à população
de baixa renda. As IMFs estão sujeitas aos mesmos riscos que seus clientes. Quando um
evento adverso afeta um tomador de empréstimo ou sua família, o efeito sobre a capa6
Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil, Prêmio Itaú 2005.
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cidade de repagamento do microcrédito é imediato. Assim sendo, a incorporação dos
seguros aos modelos de negócio dessas instituições pode agregar valor e servir como
uma importante ferramenta de gestão de risco de crédito.
Tomando como exemplo o caso mais simples, ou seja, o risco de vida dos clientes,
as opções principais das IMFs seriam:
i) Recorrer aos demais membros do grupo, no caso de empréstimos nessa modalidade.
A prática de mercado mostra que, nesses casos, tende a haver resistência por parte
do grupo, com efeitos negativos sobre a inadimplência. Permanece para as IMFs o
risco de vida de mais de um membro do grupo;
ii) Dar baixa (write-off) desses empréstimos. Essa opção é obviamente custosa, do ponto
de vista de sustentabilidade financeira. Além disso, é preciso manter um controle
das perdas associadas que são ligadas ao evento (morte), de maneira a segregá-las
das demais perdas e verificar intertemporalmente quais os custos associados especificamente ao evento.
iii) Cobrar adicionais (self-insure) nos empréstimos. Ao conceder microcrédito, as IMFs
poderiam repassar os custos derivados das perdas associadas ao risco de vida, cobrando uma taxa de juros maior. Tal cobrança poderia até constituir um fundo de
reserva, acionado no caso de ocorrência do evento adverso. Tal procedimento poderia estender-se para outros tipos de risco. O maior problema aqui é, de um lado, a
maior complexidade de controle das operações, que pode desviar a IMFs de seu core
business. De outro lado, a precificação dos custos adicionais pode acabar impondo
preços excessivamente altos aos tomadores.
iv) Parceria com uma empresa de seguros. Uma das soluções possíveis seria a IMF
ofertar microsseguros como uma espécie de antessala de uma seguradora, sendo
esta última especializada em microsseguros ou não. Do ponto de vista da IMF, a
principal vantagem é a remoção do risco (vida) da carteira. Além disso, aspectos
relativos à administração dos processos podem ser facilitados pela presença de uma
instituição de seguro já habituada com os trâmites envolvendo esse tipo de serviço.
As maiores desvantagens parecem ligadas ao desafio de, para as IMFs, encontrar
uma parceria adequada, capaz de benefícios mútuos.
As vantagens e desvantagens acima expostas e o atual grau de sofisticação das IMFs,
além de sua grande capacidade de capitalização e acesso a fontes de recurso, indicam
que a melhor opção deve ser o estabelecimento de uma parceria com uma seguradora.
Recorrer aos demais membros do grupo ou simplesmente reconhecer a perda não representam estratégias first best no Brasil. No primeiro caso, as diversas instituições têm
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modelos não somente de crédito em grupo, mas também individual. No segundo caso,
não parece haver justificativa para simplesmente dar baixa no crédito, dada a possibilidade de compartilhamento de risco oferecida pelas seguradoras. Já os fundos de
reserva têm a desvantagem de não eliminar os riscos de covariância.
Um caso atual e emblemático da importância do microsseguro para as IMFs é do
CEAPE-MA. A instituição é reconhecidamente reputada como uma das melhores OSCIPs
de microcrédito do Brasil. A instituição tem cerca de 25 mil clientes e vivencia um
período de transição de modelo sem finalidade lucrativa (OSCIP) para um arranjo no
qual há lucro. Os meses de abril e maio foram especialmente ruins para o CEAPEMA
por conta das cheias no Nordeste, particularmente, no Maranhão.
Em um exemplo concreto de risco de covariância, como há pouca diversificação
geográfica na carteira, toda concentrada no Maranhão, os efeitos da cheia sobre os clientes foram, em grande medida, repassados para a IMF. Por se tratar de um fato recente,
não há ainda números disponíveis para uma análise aprofundada. Conversas com diretora executiva do CEAPE-MA indicam que a taxa de inadimplência subiu sensivelmente.
Uma eventual parceria com seguradoras poderia ter mitigado o risco da carteira.
Canais de Distribuição Potenciais: o Caso dos
Correspondentes
As pesquisas de mercado sobre microsseguros destacam fortemente o papel dos
correspondentes não-bancários na vida dos mais pobres. No caso da pesquisa do Data
Popular, os correspondentes são destacados como local preferido pela maioria dos entrevistados para pagamento dos microsseguros. As duas razões principais são a localização e o ambiente, tido como informal, mas “sério”.
Para os estudiosos das microfinanças, o Brasil promoveu uma verdadeira revolução
em termos de alcance dos mais pobres com o modelo dos correspondentes. O país tem
hoje cerca de 90% dos correspondentes de todo o mundo. Em 2000, um terço dos municípios brasileiros não tinha sequer um ponto de acesso a bancos. Sua população era
obrigada a viajar grandes distâncias para pagar uma simples conta ou receber uma aposentadoria. Adaptações na regulamentação do mercado financeiro, principalmente visando à expansão do então programa Bolsa-Escola, permitiram à Caixa Econômica
Federal utilizar sua interligação com a rede de lotéricas para o pagamento desse benefício à população mais pobre em um número muito maior de localidades.
Paralelamente, aproveitando a brecha criada por essa nova regulamentação, redes
arrecadadoras de contas no Nordeste, região com baixa cobertura de atendimento bancário, integraram-se aos bancos tradicionais via sistemas de terminais eletrônicos, transformando farmácias, pequenos mercados e outros pontos varejistas em pontos de serviço
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bancário. Estava criado o modelo dos correspondentes, que alavancou a expansão dos
serviços financeiros no Brasil para regiões carentes e para as populações de baixa renda.
Em 2003 não havia mais nenhuma localidade no Brasil sem acesso a serviços financeiros. Em 2009, com cerca de 127 mil pontos, os correspondentes representam mais de
seis vezes o número de agências bancárias. Graças à sofisticada tecnologia de rede em
que se baseia sua infraestrutura, os correspondentes já são o principal canal bancário da
baixa renda no Brasil. É por meio dele que a população paga a maioria de suas contas,
recebe benefícios governamentais, etc. Notável ainda é o expressivo número de abertura
de contas correntes simplificadas feitas nos correspondentes, sem que os usuários frequentem agências bancárias tradicionais.
Tabelas 18 – Correspondentes no país. Evolução dos pontos de atendimento por região
Região
2000
2003
2006
2007
Centro-Oeste
3.482
4.334
7.766
7.884
Nordeste
7.450
10.276
18.092
18.149
Norte
2.837
3.399
3.134
3.332
Sudeste
42.116
50.852
49.084
47.500
Sul
7.624
9.678
17.158
18.984
Brasil
63.509
78.539
95.234
95.849
Fonte: Banco Central do Brasil
As pesquisas realizadas até o momento indicam haver grande espaço para ampliação da oferta de serviços financeiros para os mais pobres através do canal dos correspondentes. Vários estudos salientam que a utilização do correspondente como
infraestrutura tecnológica de apoio a atividades de competência específica das IMFs –
seleção, distribuição e acompanhamento de crédito – tem se mostrado promissora.
Incluir o microsseguro neste rol de serviços seria bastante natural. Além disso, embora
seja permitido às IMFs e também às cooperativas de crédito tornarem-se correspondentes, poucas instituições desse tipo têm adotado esse papel.
Os correspondentes ainda estão muito concentrados na região Sudeste e têm foco
predominante em serviços de pagamento e recebimento. A evolução desse canal no país,
entretanto, mostra uma gradual, mas consistente, desconcentração regional e um aumento da diversidade nos serviços oferecidos, o que pode atrair o interesse de outras
instituições do sistema financeiro, além de uma exploração mais efetiva de todo o seu
potencial por parte dos bancos tradicionais.
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Portanto, a sinergia potencial entre microsseguros e o microcrédito pode se viabilizar
através do desenvolvimento de modelos de negócio que, a partir do canal já existente
dos correspondentes, vão além do atual foco, centrado em produtos tipicamente
transacionais, como os pagamentos. Além disso, a utilização dos correspondentes amplia a potencial sinergia com o microcrédito por incluir a possibilidade de parcerias com
as cooperativas de crédito, cujo volume de crédito e de clientes é muitas vezes superior
ao das IMFs tradicionais.
Pontos Importantes na Interação Microcrédito-Microsseguros
Foram realizadas quatro entrevistas7 com instituições atuantes e potenciais em
microcrédito e/ou microsseguros. O objetivo principal era ouvir os participantes do
mercado sobre os principais pontos relacionados ao desenvolvimento de modelos
de negócio conjunto entre microcrédito e microsseguros. As principais observações
dessas entrevistas estão listadas abaixo. Vale ressaltar que elas representam expressamente a opinião dos entrevistados, não dos autores desse trabalho. Além disso, os
itens abaixo contêm apenas os trechos de entrevista devidamente autorizados pelos
entrevistados.
i)
As IMFs percebem o valor agregado do microsseguro principalmente pelo potencial de redução de perda com a inadimplência. O potencial de geração de receita é
percebido como relativamente pequeno;
ii) Entre as IMFs há clara percepção de que o agente de crédito pode ser utilizado para distribuição de vários serviços, tanto financeiros como não-financeiros. O microsseguro é um deles;
iii) As IMFs ressaltam que o microcrédito produtivo demanda uma divulgação proativa.
As pessoas não vêm atrás do crédito, mas o agente precisa ir até elas. Com o
microsseguro é a mesma coisa. E as IMFs, principalmente com o agente de crédito,
já detêm um relacionamento e uma metodologia de levar o produto ao cliente;
iv) As IMFs destacam os produtos de seguro de vida e seguro de acidentes pessoais
como os de principal demanda potencial dentre os tomadores de microcrédito;
v) Para todas as IMFs, levanta-se o argumento de que as seguradoras têm uma prateleira de produtos que é, quase sempre, incompatível com as características de um
produto de seguro adequado aos pobres;
7
As instituições foram: São Paulo Confia (OSCIP de Microcrédito), American Life (seguradora que iniciou programa de
microsseguros em 2009), Real Microcrédito (iniciativa de Microcrédito do Banco Real) e Banco Bradesco.
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vi) Sobretudo para as IMFs de menor porte, há uma desconfiança de que eventuais
parcerias com seguradoras serão apenas uma “desculpa” para construir a porta de
acesso aos clientes (das IMFs). Tendo obtido esse acesso, sobretudo para seguradoras ligadas aos grandes bancos, o próximo passo seria ofertar outros produtos,
principalmente crédito, o que iria acabar concorrendo com a própria IMF;
vii) Para as IMFs de maior porte, sobretudo aquelas ligadas a bancos, o maior problema é oferecer um produto adequado à realidade dos clientes e que se encaixe no
conjunto de procedimentos de qualquer outro produto dentro do banco. Por exemplo, para a emissão de carnês com prazos de pagamento não mensais, como casar
os sistemas de controle da seguradora (do próprio grupo) com os das IMFs?
viii) No caso de cobrança, caso as IMFs utilizem seus agentes de crédito para distribuição
de seguros, há dificuldade em justificar o deslocamento de agentes unicamente para
“cobrar seguro”. Este seria o caso para os clientes que optassem somente por esse
último produto, sem querer novos créditos ou sem renovar empréstimos antigos;
ix) As IMFs destacam que, no que diz respeito ao uso dos correspondentes, é preciso
desenvolver modelos mais adequados. O São Paulo Confia cita que lhe foi proposto que seus agentes de crédito comercializassem seguros. Contudo, o agente de
crédito se responsabilizaria tanto pelo preenchimento de uma proposta do cliente
potencial como por levar essa proposta, junto com o cliente, ao correspondente
mais próximo. Na opinião da instituição, este procedimento é pouco eficiente e
toma tempo do agente;
x) A junção microcrédito-microsseguro pode ser um nicho importante para as pequenas
e médias seguradoras. Custos fixos elevados das grandes seguradoras podem acabar
inviabilizando o desenvolvimento de parcerias com instituições cuja carteira de clientes
é reduzida. Além disso, as seguradoras de médio e pequeno porte têm mais flexibilidade para ofertar produtos adequados e acoplados à realidade das IMFs;
xi) As seguradoras pouco conhecem do mundo das IMFs. A principal razão desse desconhecimento talvez seja a ausência de um modelo de microcrédito consensualmente
consagrado no mercado brasileiro. Não há “efeito demonstração” no caso exclusivo das IMFs. O pouco conhecimento tem impedido a formação de parcerias, principalmente entre as pequenas e médias seguradoras e as IMFs;
xii) Projetos de microsseguros devem ter o cuidado de não “enfiar goela abaixo” o
produto. Muitos seguros tradicionais são comercializados assim;
xiii) Para as seguradoras, parcerias com as IMFs diminuiriam os custos de implementação de projetos, pois seria “menos custoso” treinar o agente de crédito, que possui
o principal ativo necessário para o microsseguro dar certo: o acesso e a confiança
dos clientes.
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2
Estimativa de Potencial do Mercado
de Microsseguros no Brasil a Partir da
Análise da Estrutura dos Gastos
Familiares e das Pequenas Empresas
com Produtos Relacionados
Kaizô Iwakami Beltrão
Sonoe Sugahara
Fernanda Paes Leme Rito
Introdução
Dado que o norte principal desta série de estudos é buscar a maior quantidade possível de informações sobre a população-alvo, aquela potencial consumidora dos produtos
de microsseguros, buscou-se fontes de dados que pudessem fornecer informações que
corroborassem esse objetivo.
Este texto é, neste sentido, complementar à análise anterior “Estimativa de potencial
do mercado de microsseguros no Brasil”1, na qual foram utilizados dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Neste texto são utilizados os dados da
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) para os domicílios e da Pesquisa da Economia Informal Urbana (ECINF), ambas realizadas pelo IBGE.
1
Foram analisados três recortes de renda: população com renda per capita de até 1, até 2 e até 3 salários mínimos.
37
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38 • Microsseguros: Série Pesquisas
Os dados da POF foram coletados ao longo de 12 meses (julho de 2002 a junho de
2003), tendo sido levantadas informações de quase 50 mil domicílios e cerca de quatro
mil setores censitários distribuídos nas áreas urbanas e rurais de todas as Unidades da
Federação.
A ENCIF “apresenta os resultados da pesquisa sobre a situação dos pequenos empreendimentos não-agrícolas, em especial aqueles pertencentes ao setor informal relativos aos proprietários, abrangendo informações sobre investimentos, receitas, despesas
e lucro médio das empresas do setor informal, características das pessoas ocupadas,
como sexo, idade, nível de instrução, vínculo de trabalho e posição na ocupação, além
de aspectos relacionados à regularização do negócio, acesso a serviços não-financeiros e crédito”2.
Os dados da ECINF foram coletados em 2003, sendo outubro o mês de referência.
Na operação de campo foram levantados dois tipos de questionários: o primeiro sobre o
domicílio e seus moradores e o segundo sobre as unidades produtivas informais e seus
proprietários. Foram pesquisados cerca de 55 mil domicílios distribuídos pelo Brasil.
Os dados das PNADs permitiram mapear a população-alvo segundo aspectos
demográficos (sexo, grupos etários), geográficos (localização dos domicílios segundo
UFs), econômicos (atividade econômica da pessoa de referência do domicílio, posição
na ocupação e/ou condição de beneficiários), escolaridade (individual e da pessoa de
referência do domicílio), composição e arranjos familiares.
Por outro lado, a utilização da POF permitiu mapear o comportamento da população-alvo quanto ao consumo de produtos específicos, ou seja, a base de dados permite
desenhar uma cesta básica de consumo dos domicílios brasileiros, por faixa de renda
domiciliar, situação de domicilio e UF, por exemplo.
A composição da cesta de consumo com base em faixas de renda se revela um importante indicador, já que, ainda que não seja possível precisar quais seriam os potenciais consumidores de microsseguros a partir da renda mensal exclusivamente, sabe-se
que o público-alvo de microsseguros, dada a sua definição, é uma população de baixa
renda 3. Além disso, pode-se identificar os hábitos de consumo da população segundo a renda, o que permite precisar o grau de penetração de um determinado setor, no
caso, o de seguros.
2
Ver www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ecinf/2003/default.shtm
O estudo “Protecting the poor” observa que a questão de quão pobre deve ser um indivíduo para ser apto a um
microsseguro varia de um país para outro, e que seria particularmente interessante cobrir trabalhadores da economia
informal, sem acesso a seguros comerciais ou benefícios da proteção social providenciados pelos empregadores ou governos (ver Churchill, 2006).
3
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A rigor, a POF, ao indicar quem já consome determinado produto ou serviço de
seguro/previdência, permite apontar nichos de mercado. Exemplificando: é possível
identificar a partir de qual faixa de renda há consumo de seguro saúde, assim como
qual é a representatividade do gasto com esse produto na despesa total. Acredita-se que
esse dado seja relevante para a determinação de parâmetros para o lançamento de
novos produtos.
Para verificar o consumo com produtos de seguro, especificamente, calculou-se a
probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência por faixa de renda, assim
como se identificou uma cesta de consumo de produtos de seguro e previdência por
faixa de renda.
O presente estudo foi estruturado também a fim de fornecer informações sobre gastos com itens domésticos selecionados e a forma de aquisição dos mesmos, de algum
modo tentando estimar a possibilidade de microfinanciamento no âmbito doméstico.
Alguns autores (ver Churchill, 2006) defendem uma dupla natureza do microsseguro:
contingências associadas a valores mais altos seriam cobertas por seguros inerentemente mais complexos em sua natureza, enquanto contingências envolvendo menores valores seriam cobertas por financiamentos. Esse conjunto de informações permite a
identificação de um padrão de consumo, sendo que a forma de aquisição dos produtos
indica a possibilidade de desenvolvimento de seguros financeiros (por exemplo, cobertura de desemprego ou morte) ou mesmo o financiamento direto para aquisição de bens
de capital ou instrumentos de trabalho (como máquinas de costura ou automóveis).
Além da renda per capita que parece ser um fator determinante no acesso a bens e
serviços, a posição na ocupação e/ou o status previdenciário do indivíduo pode desempenhar também um papel importante nesse acesso. Empregados formais deveriam ter
uma maior cobertura de saúde, possivelmente por uma coparticipação do empregador.
Beneficiários da previdência e funcionários públicos deveriam ter mais fácil acesso a
crédito, não só pela comprovação da renda como também pela estabilidade da relação e
pelos mecanismos de desconto direto.
Como os dados da ECINF focalizaram as empresas com até cinco empregados, formais e informais, permitiram levantar informações importantes sobre o setor informal
não cobertas pela PNAD ou pela POF, como por exemplo, a enumeração de motivos
para o não-consumo de produtos de seguro, assim como as listagens encontradas nos
pequenos negócios, nas quais se sobressai a necessidade de financiamento.
Assim, o presente relatório encontra-se dividido em seis seções, sendo a primeira
esta breve introdução, e a última, referente às considerações finais. A segunda seção
apresenta uma descrição das despesas domiciliares e a seção seguinte detalha especifi-
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camente as aquisições de produtos e serviços de seguro e previdência. A quarta seção
detalha os gastos com bens duráveis selecionados, privilegiando a forma de aquisição
nessa descrição. A quinta seção explora as informações da ECINF, focalizando as pequenas empresas informais. Nessa seção é explorada a aquisição de produtos de seguro
e financeiros, bem como as razões para o não-acesso. O objeto das seções anteriores
tinha sido os domicílios como um todo, com ênfase nos gastos domiciliares. Além disso,
o trabalho conta com cinco anexos: no primeiro são descritas as variáveis utilizadas,
bem como são detalhadas algumas informações sobre a POF. O segundo anexo caracteriza as empresas informais, objeto da quinta seção. Os demais anexos apresentam dados
desagregados por status de ocupação/previdência.
Composição da Despesa Domiciliar
As despesas domiciliares são classificadas pela POF em 3 categorias principais:
i) despesa corrente; ii) aumento do ativo); iii) diminuição do passivo.
A categoria “aumento do ativo” corresponde à aquisição, a benfeitorias em imóvel e
outros investimentos. A categoria “diminuição do passivo” congrega as despesas com
pagamentos de empréstimos, carnês e prestações de imóvel. Estas relacionam-se ao potencial de mercado de seguros nos ramos garantia e financeiro.
A categoria “despesa corrente” inclui duas subcategorias: despesas de consumo e
outras despesas correntes. A subcategoria “despesa de consumo” é composta pelos seguintes grupamentos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, higiene e cuidados
pessoais, assistência à saúde, educação, recreação e cultura, fumo, serviços pessoais e
despesas diversas. Essa subcategoria indica a potencialidade do mercado de seguros
para os ramos de danos (residencial e automóvel) e pessoas (saúde, incluindo assistência
odontológica)4.
Já a subcategoria “outras despesas correntes” inclui despesas com impostos, contribuições trabalhistas, pensões, mesadas, doações, etc. Essa subcategoria abarca previdência privada e seguro de vida.
A Figura 1 a seguir sintetiza a composição da despesa total, segundo a classificação
da POF.
4
Ver IBGE, 2004.
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Figura 1 – Composição da Despesa Total na POF
DESPESA TOTAL
(monetária + não-monetária)
Despesa Corrente
Aumento do
ativo
Diminuição do
passivo
Alimentação; Habitação; Vestuário;
Transporte; Higiene e cuidados
pessoais; Assistência à saúde;
Outras Despesas
Correntes
Despesas de
Consumo
Educação; Recreação e cultura;
Fumo; Serviços pessoais; e
Despesas Diversas
As despesas de consumo são as mais significativas, respondendo por cerca de 82%
do total (Tabela 1). Destaca-se que a participação desse tipo de despesa diminui com o
aumento da renda, assim como são percebidos diferenciais no peso relativo de alguns
quesitos em função da renda.
Para todas as classes de rendimento familiar, o item que representa a maior despesa
no orçamento familiar é habitação, respondendo por até 37,15% das despesas da população com renda até R$400,00 (2 salários mínimos da época) e a 22,79% das despesas
da população com renda acima de R$6.000,00 (30 salários mínimos)5.
Alimentação e transporte são o segundo e terceiro item, respectivamente, de maior
representatividade nas despesas da população com renda até R$2.000,00 (20 salários mínimos). Destaca-se que para a população com renda acima de R$2.000,00, o item transporte passa a ser o segundo mais representativo, e o item referente à alimentação, o terceiro.
É importante destacar que o item transporte compreende, entre outros, os quesitos de aquisição e manutenção de veículos, combustível e viagens. Assim, a maior representatividade
desse item para a população de renda mais alta pode decorrer do fato de que esse contingente possui mais automóveis, além de maior acesso a viagens como lazer.
5
Para maiores detalhes sobre o item habitação, ver IBGE, 2004.
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Tabela 1 – Distribuição da despesa (monetária e não-monetária) média mensal familiar, por classes
de rendimento monetário e não-monetário mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com
indicação de características das famílias – Brasil
Classes de rendimento monetário e não-monetário mensal familiar
Total
Despesa total
Até
400
(1)
Mais
de
400
a
600
Mais
de
600
a
1.000
Mais Mais
de
de
1.000 1.200
a
a
1.200 1.600
Mais
de
1.600
a
2.000
Mais
de
2.000
a
3.000
100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Mais
de
3.000
a
4.000
Mais
de Mais
4.000 de
a 6.000
6.000
100,00 100,00 100,00 100,00
Despesas correntes
93,26
97,15
97,09
96,16 95,32
94,43
94,46
93,62
94,10 93,27 88,89
Despesas de consumo
82,41
94,60
93,35
91,62 90,04
87,76
86,47
83,91
83,33 79,10 69,89
Alimentação
17,10
32,68
29,76
25,44 23,21
20,90
18,79
16,24
14,51 11,78
Habitação
29,26
37,15
36,77
35,88 34,33
32,46
31,33
29,17
26,95 26,76 22,79
Outros
1,06
0,20
0,15
0,26
0,36
0,55
0,74
0,91
1,35
1,95
1,73
Vestuário
4,68
5,29
5,70
5,80
5,89
5,61
5,47
4,97
4,71
4,03
3,21
Transporte
15,19
8,15
8,59
10,92 11,79
13,87
14,49
17,09
Outras
0,93
0,31
0,24
0,28
0,51
0,62
0,68
0,92
1,33
1,49
1,32
Higiene e Cuidados
Pessoais
1,79
2,40
2,37
2,35
2,42
2,17
2,31
1,78
1,77
1,40
1,10
9,04
18,98 18,05 17,26
Assistência à saúde
5,35
4,08
4,66
4,95
4,93
5,18
5,57
5,40
5,51
5,91
5,62
Plano/Seguro saúde
1,51
0,28
0,26
0,62
0,79
1,01
1,39
1,56
2,01
2,42
2,09
Educação
3,37
0,80
1,04
1,32
1,78
1,98
2,69
3,50
4,38
5,19
4,89
Recreação e cultura
1,97
0,81
1,06
1,35
1,65
1,70
2,02
2,23
2,47
2,55
2,16
Fumo
0,57
1,14
1,04
0,95
0,98
0,75
0,66
0,53
0,46
0,32
0,23
Serviços pessoais
0,84
0,64
0,68
0,78
0,81
0,79
0,87
0,89
0,96
0,95
0,81
Despesas diversas
2,30
1,46
1,70
1,87
2,26
2,35
2,26
2,10
2,64
2,15
2,79
Outras
0,40
0,29
0,40
0,46
0,38
0,47
0,47
0,40
0,38
0,37
0,37
10,85
2,55
3,74
4,54
5,27
6,67
7,99
9,72
Previdência privada
0,29
0,00
0,01
0,02
0,03
0,02
0,07
0,19
0,10
0,52
0,76
Outras
1,11
0,07
0,16
0,25
0,31
0,43
0,57
0,70
0,93
1,60
2,49
Aumento do ativo
4,76
2,22
2,19
2,79
3,35
3,58
3,73
4,11
3,57
4,11
8,65
Diminuição do passivo
1,98
0,62
0,72
1,05
1,34
2,00
1,81
2,26
2,33
2,62
2,47
Outras despesas
correntes
10,77 14,17 19,00
Fonte: IBGE, 2004, p. 119-120
As despesas com produtos de seguro e previdência estão incluídas na categoria
“despesa corrente”, sendo que na categoria “outras despesas correntes” estão incluídas as despesas com previdência privada (em quesito próprio) e seguro de vida, no
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quesito “outras”. Já a categoria “despesa de consumo” abriga as despesas com: seguros sobre o imóvel (incêndio, roubo, etc), inseridas no quesito “outras” do grupamento
habitação; seguro obrigatório para veículos (e o seguro obrigatório), incluído no quesito “outras” do grupamento transporte; seguro saúde, como quesito próprio no
grupamento assistência à saúde; e despesas relativas a funeral, no quesito “outras” do
grupamento despesas diversas.
Percebe-se que a participação dos gastos com produtos de seguro e previdência na
despesa total é pequena, porém crescente com o nível de renda. Os produtos de seguro
saúde e previdência privada são os que têm maior representatividade, comparados aos
demais produtos de seguro, sendo que os de saúde destacam-se não só em termos
percentuais em relação aos produtos de previdência privada, mas principalmente porque
as diferenças relativas de participação entre as diversas classes de rendimento também
são menores.
A maior representatividade do ramo saúde pode decorrer da maior maturidade desse
segmento face ao de previdência privada. Decerto que a previdência privada não é exatamente uma novidade para o setor nacional. Entretanto, durante algumas décadas, a
previdência privada aberta, especificamente, não se desenvolveu, seja pela desconfiança da população em virtude da quebra dos montepios na década de 1960, seja pela
dificuldade de oferecer um nível exigível de segurança aos participantes nos períodos de
hiperinflação.
Além disso, a partir da precariedade do sistema público de saúde, o seguro de saúde
passa a ser percebido não como um investimento de longo prazo, mas como um item
necessário no dia a dia, mas muitas vezes não acessível devido aos altos custos. Assim,
a autoassistência através do mercado e da família alcançou primeiro a área de saúde e, só
mais recentemente, observa-se uma tendência de maior participação dos agentes privados nos esquemas securitários na área previdenciária. Por fim, o seguro de saúde, tradicionalmente, é agregado a uma política de recursos humanos, o que facilita a participação
inclusive de trabalhadores formais de renda mais baixa nesses esquemas. Sobre esse
aspecto, a seção “Acesso a Produtos de Seguro Segundo Status de Ocupação/Previdência” apresentará a probabilidade de acesso a produtos de seguro segundo o status de
ocupação/previdenciária.
Gastos com Produtos de Seguro
A seção “Composição da Despesa Domiciliar” apresentou, sinteticamente, a distribuição das despesas dos domicílios brasileiros, segundo a classificação da POF, desta-
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44 • Microsseguros: Série Pesquisas
cando-se a localização das rubricas referentes a produtos de seguro e previdência.
Observou-se que a participação desses produtos no gasto total dos domicílios é pequena, sendo que os produtos relativos à saúde e previdência são os mais representativos.
A presente seção complementa tais informações gerais com a análise específica dos
gastos com produtos de seguro, a partir, principalmente, da apresentação da probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência segundo renda domiciliar per capita.
Foram identificados e selecionados alguns produtos relativos a seguros que classificamse nas seguintes categorias: i) pessoais, exceto saúde; ii) saúde; iii) patrimônio/imóveis;
iv) automóveis; v) previdência pública; vi) previdência privada; e vii) funeral. A Tabela
2 abaixo apresenta todos os produtos que foram agregados nas categorias classificadas.
Tabela 2 – Classificação dos tipos de seguros, desagregada por produtos
Tipos
Produtos (como listados na POF)
Pessoais, exceto saúde
•
•
•
•
Seguro de cartão de crédito
Seguro de vida
Juros e seguro de empréstimo
Seguro-educação
Saúde
•
•
•
•
Fundo de participação em plano/seguro saúde
Poupança complementar de plano/seguro saúde
Complementação de plano/seguro saúde
Plano/seguro saúde
Patrimônio/Imóveis
•
•
•
•
•
•
•
Seguros sobre o imóvel – domicílio principal (incêndio, roubo, etc.)
Seguro contra roubo do domicílio principal
Seguro contra incêndio do domicílio principal
Seguro contra roubo e incêndio (outros imóveis)
Seguro contra roubo e acidentes
Seguro de bens móveis exceto veículos
Seguro habitação
Automóveis
•
•
•
•
Seguro obrigatório
Seguro voluntário
Seguro total do veículo
Seguro parcial do veículo
Previdência Pública
Previdência Privada
Funeral
Os Gráficos 1 a 4 apresentam a probabilidade de acesso a produtos de seguro e
previdência segundo tipo de produto e renda domiciliar monetária per capita. O Gráfico
1 e o Gráfico 2 utilizam o salário mínimo como parâmetro para a distribuição da probabilidade, enquanto o Gráfico 3 e o Gráfico 4 utilizam vintis de renda. Ademais, no Grá-
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fico 2 e no Gráfico 4 foi utilizada a escala logarítmica, para ser possível observar o
detalhe nos valores mais baixos.
A probabilidade de acesso para quase todos os tipos (exceto funeral) selecionados é crescente em função da renda6 (ver também Tabela 3). Observa-se que o tipo
patrimônio/imóveis é o que apresenta menor probabilidade de acesso para todas as faixas de renda, exceto a mais abastada, para a qual a probabilidade de acesso a seguro
funeral é inferior. Sobre esse último tipo verifica-se que a probabilidade de acesso é
crescente, com a renda até a faixa de 2 a 3 salários mínimos per capita, sendo decrescente a partir dessa faixa de rendimento. Os ramos saúde e automóveis são os que apresentam maiores probabilidades de acesso e valores bem próximos para os dois produtos.
Gráfico 1 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO
TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM
70%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
60%
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
50%
-PPRIV
FUNERAL
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
De ½ até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
6
Vamos ignorar nas análises os domicílios sem renda, já que muito possivelmente, esta é uma situação temporária.
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46 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 2 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO
TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM
100%
(escala log)
10%
1%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
0%
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
A informação desagregada por vintis de renda per capita (Gráfico 3 e Gráfico 4)
apresenta basicamente o mesmo comportamento. A notar somente que a aquisição do
seguro funeral é decrescente a partir do décimo quinto vintil7 de renda.
7
Os vintis de renda dividem as pessoas em 20 grupos de mesmo tamanho ordenados pela renda per capita. A vantagem
de trabalhar com vintil de renda é que é possível, a partir dos vintis, aproximar a informção para qualquer faixa de renda.
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Gráfico 3 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em vintis de renda – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA
SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM VINTIS
DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA
80%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 4 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em vintis de renda – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E
RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM VINTIS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA
100,000%
(escala log)
10,000%
1,000%
0,100%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
0,010%
0,001%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 11
12 13 14 15 16 17 18 19 20
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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48 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 3 – Probabilidade de acesso a produtos de seguro segundo renda domiciliar per capita
s/
renda
até
¼ SM
¼a
½ SM
½a
1 SM
Patrimônio (P)
0,0%
0,0%
0,0%
0,0%
Pessoais, exceto
saúde (D)
0,0%
1,2%
2,3%
Saúde (S)
0,0%
1,6%
Automóveis (A)
0,0%
Funeral (F)
0,0%
1a
2 SM
2a
3 SM
3a
5 SM
+ 5 SM
0,1%
0,4%
0,8%
1,9%
4,2%
7,1%
14,5%
19,9%
27,6%
3,5%
8,4%
18,7%
35,0%
49,3%
66,5%
1,4%
4,0%
8,9%
18,2%
33,0%
44,0%
63,1%
0,1%
0,5%
1,4%
1,7%
2,5%
1,0%
1,5%
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
O Gráfico 5 e o Gráfico 6 apresentam a probabilidade de acesso simultâneo a produtos e serviços de seguro segundo renda domiciliar per capita em salários mínimos e em
vintis de renda, respectivamente. Neste gráfico são considerados 5 tipos de produtos de
seguro: i) patrimônio (P); ii) pessoais, exceto saúde (D); iii) Saúde (S); iv) automóveis
(A); e v) Funeral. Domicílios que adquirem simultaneamente produtos de patrimônio e
de saúde são representadas por PS; aqueles que adquirem simultaneamente produtos de
saúde, de automóveis e funeral são representadas por SAF, e assim por diante.
O objetivo foi desenhar uma cesta de consumo de produtos de seguro segundo a
renda. Decerto que não se pode afirmar peremptoriamente que se trata de uma escala
de preferência por tais produtos, já que determinados tipos de seguro, por sua própria
natureza, podem simplesmente não estar em consonância com as necessidades de dado
grupo da população, como por exemplo, o seguro de automóveis para aqueles que não
o possuem.
Considerando-se todos os domicílios sem uma desagregação de renda, 39,2% consomem pelo menos um produto de seguro: 10,1% consomem exclusivamente produto
de patrimônio, 9,5% consomem exclusivamente produto de automóveis e 8,0% consomem simultaneamente esses dois tipos de produto.
Verifica-se, como era de se esperar (e já observado), que a probabilidade de acessos
a produtos de seguro é crescente com a renda. Considerando-se a distribuição segundo
renda domiciliar per capita em salários mínimos, observa-se que a probabilidade de
acesso a tais produtos para população com renda per capita de até 1 salário mínimo
é de apenas 13,3% e, ainda assim, 10,7% para coberturas únicas (sem sobreposição) dos
tipos automóveis, patrimônio e saúde (nesta ordem). No último grupo de renda conside-
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48
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 49
rado, aquele com renda per capita acima de 5 salários mínimos, 85,9% consomem algum produto de seguro.
Observa-se também que a diversidade dos produtos adquiridos é ampliada em função da renda, ou seja, quanto maior a renda domiciliar per capita, uma cesta mais complexa de produtos de seguro é adquirida. No primeiro grupo de renda (até ¼ de sm),
93,5% dos domicílios com acesso a produtos de seguro adquirem um único tipo de
produto. Para o grupo de renda seguinte, ¼ a ½ salário mínimo, essa percentagem cai
para 86,4. Para o último grupo de renda considerado, 5 salários mínimos ou mais, essa
estatística se reduz a 36,1%.
Considerando-se individualmente os produtos selecionados, dentre a população mais
abastada, aqueles que apresentam maior probabilidade de acesso são: patrimônio, automóveis e saúde.
Nos domicílios do primeiro estrato considerado (até ¼ de salário mínimo), os produtos de seguro mais consumidos (ainda assim menos de 2%) são: saúde, automóvel e
pessoais, exceto saúde.
Gráfico 5 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo renda domiciliar
per capita em números de salários mínimos – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO E
PREVIDÊNCIA SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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49
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Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
50 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 6 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo vintis de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS
DE SEGURO EM VINTIS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Acesso a Produtos de Seguro Segundo Status de
Ocupação/Previdência
A fim de verificar a influência do tipo de inserção no mercado de trabalho e/ou das
relações previdenciárias na probabilidade de aquisição de produtos de seguro e previdência, optou-se por desenvolver também uma análise combinada dessas variáveis, segundo faixas de renda domiciliar per capita.
Como já mencionado na introdução, acredita-se que a estabilidade nas relações de
trabalho se reflita no acesso a produtos de seguro e serviços financeiros, pois as relações
de trabalho podem funcionar como um dos componentes da vulnerabilidade.
Foram consideradas sete classes referentes ao status de ocupação/previdência, a saber:
1. empregado informal;
2. trabalhador formal (funcionários públicos, empregados com carteira e autônomos/
conta própria/empregadores contribuintes);
3. autônomos/conta própria/empregadores não-contribuintes urbanos;
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50
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 51
4. autônomos/conta própria/empregadores não-contribuintes rurais;
5. outros informais (trabalhadores para o próprio consumo, aprendizes, estagiários,
desempregados, etc.);
6. beneficiários (aposentados e pensionistas da previdência social), inclusive os que
ainda estão trabalhando; e
7. sem renda de trabalho e sem benefícios previdenciários.
Como em um mesmo domicílio podem coexistir indivíduos com diferentes status,
as tabulações e gráficos apresentados referem-se à condição da pessoa de referência do
domicílio. É possível que com esse reducionismo haja uma perda de informação, mas
essa opção simplifica sobremaneira a apresentação dos dados.
A seguir são apresentadas as informações desagregadas segundo status de ocupação
e/ou relações previdenciárias e renda domiciliar per capita (ver Gráfico 7 e Tabela 4).
Tabela 4 – Distribuição dos domicílios segundo a renda domiciliar per capita e status da ocupação/
previdência da pessoa de referência do domicílio
Empregado
Informal
Autônomos Autônomos
Conta
Conta
Outros
Apos./
S/Renda
Própria
Própria Informais Pensionista
de
Informal Informal
Trabalho
Urb
Rur
Benefício
Formal
Total
Sem renda
1.657
0
2.200
685
9.763
0
0
14.305
Até 1/4 sm
897.837
330.261
987.662
1.265.066
108.670
254.388
560.388
4.404.272
De 1/4 até
1.376.959
1/2 sm
1.030.829 1.102.935
722.288
39.366
931.736
429.950
5.634.063
De 1/2 até
1 sm
1.779.938
2.760.617 1.724.112
672.817
46.792
2.422.518
493.490
9.900.284
De 1 até
2 sm
1.637.494
3.887.761 1.754.786
455.899
34.713
3.587.203
406.022 11.763.878
De 2 até
3 sm
643.277
2.117.924
880.074
127.653
13.649
1.402.924
199.344
5.384.845
De 3 até
5 sm
426.592
2.070.267
823.728
77.285
7.064
1.239.774
173.331
4.818.041
Mais de
5 sm
418.840
2.832.804 1.132.933
84.487
4.547
1.822.042
148.876
6.444.529
7.182.594 15.030.463 8.408.430
3.406.180
264.564
11.660.585
Total
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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51
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2.411.401 48.364.217
52 • Microsseguros: Série Pesquisas
Como era de se esperar, a proporção de domicílios com pessoa de referência
empregada formalmente ou beneficiária da previdência social é crescente com a
renda. A de empregados informais é inversamente proporcional à renda. Observa-se que
aproximadamente 70% daqueles que compõem a população com renda domiciliar per
capita de até ½ salário mínimo estão em domicílios cuja pessoa de referência está inserida
no mercado informal de trabalho e/ou não está auferindo renda. Já na faixa de renda
seguinte, ou seja, entre ½ e 1 salário mínimo, essa proporção cai para 50%, declinando
ainda mais (cerca de 30%) para o grupo mais abastado.
Gráfico 7 – Distribuição do status de ocupação/previdência da pessoa de referência do domicílio
segundo faixas de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DO STATUS OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO SEGUNDO FAIXAS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Sem renda
Formal
Apos/pensionista
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
Aut/cp inf urb
De 1/2 até
1 sm
Empregado informal
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
Aut/cp inf rur
De 3 até
5 sm
Outros informais
Mais de 5 sm
S/renda de trabalho/benef
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Complementando a análise anterior, o Gráfico 8 apresenta a distribuição da renda
per capita segundo status da ocupação e/ou relação previdenciária da pessoa de referência do domicílio. Verifica-se menor participação de grupos de renda mais alta nos grupos de trabalhadores informais, o inverso sendo observado para os grupos de empregados
formais e aposentados e pensionistas.
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52
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 53
Gráfico 8 – Distribuição da renda per capita segundo status de ocupação/previdência da pessoa
de referência do domicílio – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DA RENDA PER CAPITA SEGUNDO STATUS
OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO
100%
80%
60%
40%
20%
0%
empregado informal
Sem renda
Até 1/4 sm
formal
De 1/4 até 1/2 sm
aut/cp inf urb
aut/cp inf rur
De 1/2 até 1 sm
outros informais apos/pensionista
De 1 até 2 sm
De 2 até 3 sm
s/renda de
trabalho/benef
De 3 até 5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
O Gráfico 9 apresenta a distribuição cumulativa da renda per capita segundo o status
de ocupação e/ou relação previdenciária da pessoa de referência do domicílio. Observa-se
que os empregados formais, seguidos pelos aposentados e pensionistas e pelo grupo dos
trabalhadores autônomos/conta própria informais urbanos, são os que auferem mais renda,
estando sempre em situação melhor que o total da população. O grupo composto por
trabalhadores autônomos/conta própria informais rurais e o de “outros informais” possuem distribuição de renda inferior à média da população. E, por fim, o grupo de empregados informais tem distribuição de renda superior à da população brasileira até a faixa
de 1 até 2 salários mínimos, apresentando distribuição ligeiramente abaixo da média para
as faixas de renda subsequentes.
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54 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 9 – Distribuição da renda per capita segundo status de ocupação/previdência da pessoa
de referência do domicílio – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO CUMULATIVA DA RENDA PER CAPITA SEGUNDO STATUS
OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Empregado informal
Até 1/4 sm
Formal
De 1/4
até 1/2 sm
Aut/cp inf urb
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
Aut/cp inf rur
De 2 até
3 sm
Outros informais
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Apos/pensionista
TOTAL
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
O Anexo III apresenta os mesmos gráficos já apresentados nesta seção, porém desagregados para os principais status considerados. Os demais não permitiam uma desagregação como efetuada, dado o tamanho da amostra.
Com exceção dos seguros de patrimônio/imóveis, os domicílios nos quais a pessoa
de referência é um trabalhador formal (grupo 2 – ver Gráfico 46 e Gráfico 47 no Anexo
III) apresentam uma maior probabilidade de acesso aos produtos de seguro e serviços
previdenciários vis-à-vis à média da população para todas as faixas de renda consideradas, conforme esperado. No caso de patrimônio/imóveis, a cobertura é da mesma ordem
de grandeza da média nacional, indicando a preponderância desse status de ocupação
em termos de acesso a produtos de seguro e serviços previdenciários.
Já os domicílios onde a pessoa de referência é um beneficiário da previdência (grupo 6 – ver Gráfico 48 e Gráfico 49 no Anexo III) apresentam maior probabilidade de
acesso a seguros de patrimônio/imóveis e funeral vis-à-vis à média da população para
todas as classes de renda, refletindo o estágio de ciclo de vida em que estariam. A participação como ativos em previdência pública e privada é bem mais baixa do que a da
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 55
média da população, mais uma vez refletindo o estágio no ciclo de vida. A participação
do seguro saúde é maior do que a média nesse grupo somente para as duas últimas faixas
de renda (acima de 3 salários mínimos – ver Gráfico 10).
Os domicílios nos quais a pessoa de referência é um trabalhador informal (grupo 1 –
ver Gráfico 50 e Gráfico 51 no Anexo III) apresentam uma menor participação do que a
média nacional para todos as faixas de renda e todos os produtos e serviços considerados, como era de se esperar. Isso aponta esse segmento como um público-alvo preferencial de uma política de microsseguros.
Os domicílios com pessoas de referência que são profissionais autônomos informais
urbanos (grupo 3 – ver Gráfico 52 e Gráfico 53 no Anexo III) apresentam uma maior
participação para as três últimas faixas de renda em previdência privada e maior participação para todas as faixas de renda para veículos automotores (ver Gráfico 11). Paradoxalmente, a cobertura de previdência pública com a contribuição de algum membro é
também mais alta do que a média para todos os grupos reunidos, possivelmente
explicitando uma estratégia interna da família para diversificar riscos.
Gráfico 10 – Probabilidade de acesso a seguro saúde segundo renda domiciliar per capita em
números de salários mínimos e status de ocupação/previdência – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGURO SAÚDE SEGUNDO RENDA DOMICILIAR
PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM E STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA
80%
70%
60%
50%
40%
Total
empregado informal
formal
apos/pensionista
aut/cp inf urb
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
De ½ até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Mais de 5 sm
56 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 11 – Probabilidade de acesso a seguro de veículos automotores segundo renda domiciliar
per capita em números de salários mínimos e status de ocupação/previdência – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGURO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES SEGUNDO RENDA
DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM E STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA
80%
Total
empregado informal
formal
apos/pensionista
aut/cp inf urb
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
De 1/4 até
½ sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 12 – Probabilidade de acesso a produtos de seguro pessoais (exceto seguro saúde) segundo
renda domiciliar per capita em números de salários mínimos e status de ocupação/previdência –
Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO PESSOAIS
(EXCETO SEGURO SAÚDE) SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA
EM NÚMEROS DE SM E STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA
35%
Total
empregado informal
formal
apos/pensionista
aut/cp inf urb
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Mais de 5 sm
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 57
Dado que, quando considerados simultaneamente, a renda parece ser um fator mais
importante do que o status da ocupação/previdência para explicar a aquisição de produtos e serviços de seguro e previdência, a distribuição de renda para um determinado
status se reflete fortemente no acesso a esses produtos.
O Gráfico 13 apresenta a informação de acesso simultâneo a produtos de seguro
segundo status de ocupação/previdência. No Anexo IV essa informação está desagregada
também por faixa de renda. Os trabalhadores formais, seguidos dos aposentados e pensionistas e dos autônomos/conta própria informais urbanos apresentam maior probabilidade de acesso aos produtos de seguro, refletindo a distribuição de renda intragrupos
(ver Gráfico 9), já que a renda é um fator muito importante na probabilidade de aquisição desses produtos. As categorias mais expressivas são patrimônio, automóvel e
patrimônio/automóvel.
Gráfico 13 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo status de ocupação/
previdência da pessoa de referência – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO
STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA
1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
Empregado
informal
Formal
Aut/cp
inf urb
Aut/cp
inf rur
Outros
informais
Apos/
pensionista
S/renda de
trabalho/benef
Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Acesso a Produtos Financeiros
Por fim, ainda que não exista na POF uma pergunta específica sobre gastos com
seguros financeiros precisamente relacionados ao crédito (cheque especial e cartão de
crédito), com o objetivo de indicar o potencial desse segmento, os Gráficos 14 e 15
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58 • Microsseguros: Série Pesquisas
apresentam o percentual de pessoas que possuem cheque especial e cartão de crédito,
segundo renda domiciliar per capita em salários mínimos e em vintis de renda, respectivamente. Além disso, essas informações são também relevantes para decisões acerca
da forma de comercialização de produtos de microsseguro, na medida em que indicam,
por faixa de renda, o acesso da população aos serviços da rede bancária.
As informações de acesso a instrumentos financeiros serão retomadas na seção “Acesso a Produtos e Serviços de Seguro, Previdência e Financeiros das Empresas Informais
Urbanas”, que faz uma análise sob a ótica das microempresas.
Verifica-se que o acesso a esses produtos é bastante influenciado pela renda, destacando-se que o percentual de pessoas que possuem cartão de crédito é superior ao de
pessoas que possuem cheque especial em todas as faixas de renda. Destaca-se que, na
faixa de renda domiciliar per capita de até 1 salário mínimo, menos de 10% da população com essa característica possuem cartão de crédito, diminuindo esse percentual por
cerca da metade quando se considera o cheque especial.
Gráfico 14 – Percentagem de pessoas com cartão de crédito e/ou cheque especial segundo renda
per capita em salários mínimos – Brasil – 2002-2003
PERCENTAGEM DE PESSOAS COM CARTÃO DE CRÉDITO E/OU
CHEQUE ESPECIAL SEGUNDO RENDA PER CAPITA EM NÚMERO DE SM
60%
cart_cr
cheq_es
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 59
Gráfico 15 – Percentagem de pessoas com cartão de crédito e/ou cheque especial segundo renda
domiciliar per capita em vintis de renda – Brasil – 2002-2003
PERCENTAGEM DE PESSOAS COM CARTÃO DE CRÉDITO E/OU
CHEQUE ESPECIAL SEGUNDO RENDA PER CAPITA EM VINTIS DE RENDA
60%
cart_cr
cheq_es
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gastos com Bens de Consumo Duráveis
Selecionados
Esta seção tem por fim analisar o perfil dos gastos na aquisição de alguns bens
de consumo duráveis selecionados, mais precisamente, eletrodomésticos e itens de
informática, e a forma dessa aquisição.
Foram selecionados 12 produtos destinados ao uso doméstico propriamente dito e
dois itens de informática. Os produtos destinados ao uso doméstico foram classificados,
com base na tabela de incidência do imposto sobre produtos industrializados8 (IPI), em
produtos de necessidade primária (fogão, geladeira e máquina de costura); produtos de
necessidade secundária (freezer, máquina de lavar roupa e tanque elétrico de lavar rou-
8
Disponível em: http://sijut.fazenda.gov.br/netahtml/sijut/SijutIntAsp/ATTIPI00.htm. Acesso em: 04/08/2009.
Foram consideradas as alíquotas usualmente aplicadas, desprezando-se aquelas decorrentes de medidas governamentais
face a situações excepcionais, como a crise econômica de 2008/2009.
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60 • Microsseguros: Série Pesquisas
pa, e ventilador); produtos acessórios (batedeira de bolo, ferro elétrico e liquidificador);
e produtos relativos ao conforto doméstico (ar-condicionado, televisão em cores e forno
de micro-ondas). Além destes, foram também selecionados dois itens de informática
(microcomputador e impressora).
O IPI é utilizado como instrumento extrafiscal, na medida em que é seletivo em
razão da essencialidade do produto, isto é, quanto mais essencial, menor a alíquota.
A título de ilustração, os produtos da cesta básica têm alíquota zero, enquanto o cigarro
tem uma alíquota de 330%. A Tabela 5 abaixo apresenta as alíquotas do referido imposto
que são incidentes sobre os produtos selecionados e que serviram de base para a classificação dos mesmos quanto à sua essencialidade.
Tabela 5 – Alíquotas de IPI dos produtos selecionados
Produto
Alíquota IPI
Fogão de cozinha
0%
Máquina de costura
3%
Geladeira
5%
Freezer
5-15%
Máquina de lavar roupa (incluindo tanque elétrico)
5-20%
Ventilador
5-15%
Ferro elétrico
10%
Liquidificador
10%
Batedeira
10%
Televisão
15%
Impressoras
15%
Microcomputador doméstico
15%
Ar-condicionado
20%
Forno de micro-ondas
30%
A Tabela 6 a seguir apresenta o percentual de pessoas por faixa de renda que adquiriram cada um dos produtos selecionados.
Verifica-se que o padrão de consumo entre aqueles que possuem até 1 salário mínimo de renda, assim como entre aqueles que possuem renda acima desse patamar, é
bastante semelhante. No grupo menos afluente, os produtos mais adquiridos foram:
fogão a gás ou elétrico e geladeira (itens de necessidade primária), liquidificador (item
acessório) e televisão em cores e ventilador (itens relativos ao conforto). Já os menos
adquiridos foram: microcomputador e impressora (itens de informática); ar-condicio-
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60
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 61
nado (relativo ao conforto) e freezer (item secundário). Chama a atenção o fato de
que, proporcionalmente, menos pessoas adquiriram o tanque elétrico de lavar roupas
em comparação com a máquina de lavar roupas, em que pese o primeiro ser um substituto mais barato.
No grupo de maior renda, os produtos mais adquiridos foram: liquidificador; ferro
elétrico (itens acessórios); ventilador; televisão em cores (itens relativos ao conforto); e
geladeira (item de necessidade primária). Os menos adquiridos foram: tanque elétrico;
impressora (item de informática); forno de micro-ondas; freezer; e ar-condicionado (itens
secundários e de conforto).
Tabela 6 – Distribuição de pessoas por faixa de renda que adquiriram determinado produto
(2002-2003)
% de pessoas que adquiriram o produto por faixa de renda
(2002-2003)
até
1/4 SM
1/4 a
1/2 SM
1/2 a
1 SM
1a
2 SM
2a
3 SM
3a
5 SM
+ de
5 SM
Itens de necessidade primária
Fogão a gás ou elétrico
12,2
12,1
11,4
9,9
8,9
10,2
11,7
Máquina de costura
0,8
1,2
1,6
1,4
1,9
1,1
1,0
Geladeira
11,6
8,9
9,2
10,6
9,1
10,5
11,2
0,9
0,7
1,3
1,3
1,4
1,1
1,8
Ventilador
6,7
10,1
10,6
10,8
10,9
11,5
12,7
Máquina de lavar roupa
1,5
2,6
3,9
4,7
6,4
5,8
8,3
Tanque de roupa elétrico
0,8
1,6
2,3
2,7
2,2
1,8
1,0
Batedeira de bolo
0,7
1,2
2,5
3,0
4,6
3,9
3,1
Liquidificador
7,3
10,0
10,6
9,4
11,0
12,1
12,7
Ferro elétrico
5,9
7,7
10,5
12,3
14,4
13,7
17,0
9,5
11,1
11,0
10,3
11,5
14,6
16,6
Itens de necessidade secundária
Freezer
Itens acessórios
Itens de conforto
Televisão em cores
Ar-condicionado
0,2
0,1
0,2
0,4
0,7
1,0
2,6
Forno de micro-ondas
0,2
0,4
0,6
1,5
1,7
2,9
2,5
Itens de informática
Microcomputador
0,0
0,3
0,4
1,8
5,0
7,2
9,7
Impressora
0,0
0,0
0,0
0,3
1,2
1,6
2,3
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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62 • Microsseguros: Série Pesquisas
Os Gráficos 16 ao 30 apresentam a mesma distribuição para cada um dos produtos
selecionados, incluindo a forma de aquisição dos mesmos.
Os Gráficos 16 a 18 referem-se aos produtos classificados como de necessidade
primária. Verifica-se que a população de renda mais baixa (renda até ¼ de salário
mínimo) e de renda mais elevada adquirem mais produtos à vista do que a população das demais faixas de renda, muito provavelmente por motivos díspares: a população menos favorecida deve ter dificuldade de acesso a outras formas de aquisição,
enquanto a população mais abastada deve ter maior disponibilidade financeira para
as aquisições à vista. Observa-se, também, que a população de renda mais baixa
utiliza muito da modalidade “outros” (troca, recebimento de doação, retirada de
negócio, aquisição, etc).
Gráfico 16 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por
faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS
OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
½ sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
62
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 63
Gráfico 17 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa
de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA
DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 18 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda e
segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
20%
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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64 • Microsseguros: Série Pesquisas
Os Gráficos 19 ao 22 dizem respeito aos produtos secundários, ou seja, freezer,
ventilador, máquina de lavar roupas e tanque elétrico de lavar roupas. Dentre os produtos classificados como de necessidade secundária, o freezer foi o menos adquirido em
todas as faixas de renda adotadas e o ventilador foi o mais adquirido.
Os Gráficos 21 e 22 referem-se à aquisição de máquina de lavar roupas e de tanque
elétrico para lavar roupas. Esses produtos são de alguma forma intercambiáveis, sendo o
segundo destinado à população de renda mais baixa, por ser mais simples e mais barato.
Verifica-se que a distribuição de pessoas que adquiriram máquina de lavar roupas é
crescente com a renda, enquanto a distribuição de pessoas que adquiriram tanque elétrico de lavar roupas é crescente até a faixa de renda de 1 até 2 salários mínimos, e decrescente a partir daí.
Gráfico 19 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda e
segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
3,5%
3,0%
2,5%
2,0%
outros
a prazo
1,5%
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 65
Gráfico 20 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda e
segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 21 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por
faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE LAVAR
ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
9%
8%
7%
6%
5%
4%
outros
a prazo
3%
à vista
2%
1%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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66 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 22 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por
faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA
ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
5,0%
4,5%
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
outros
2,0%
a prazo
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Os Gráficos 23 ao 25 referem-se aos produtos acessórios. Provavelmente em
decorrência do fato de esses produtos serem mais baratos, observa-se que a forma
de aquisição à vista é predominante para todas as faixas de renda. Alguns, como
batedeira de bolo, apresentam um perfil com moda (nesse caso, no grupo de 2 a 3
salários mínimos), enquanto os outros (liquidificador e ferro elétrico) são crescentes com a renda.
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66
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 67
Gráfico 23 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de
renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
6,0%
5,0%
4,0%
3,0%
outros
a prazo
à vista
2,0%
1,0%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 24 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de
renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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68 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 25 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de
renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
20%
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Os Gráficos 26 a 28 dizem respeito aos produtos relacionados ao conforto.
Foram relacionados nessa categoria: televisão em cores; ar-condicionado e forno de
micro-ondas. Dentre estes, o mais adquirido foi a televisão em cores, mesmo nas classes
mais baixas (a diferença entre a probabilidade de aquisição dos domicílios de renda
mais baixa e os de renda mais alta é de 60%). A demanda dos demais produtos é muito
pequena na população de renda mais baixa, com uma grande diferença com o consumo
das camadas mais afluentes.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 69
Gráfico 26 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de
renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM CORES,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
20%
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
Mais de 5 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 27 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de
renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
3,0%
2,5%
2,0%
outros
1,5%
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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70 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 28 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de forno de micro-ondas, por faixa
de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE MICRO-ONDAS,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
3,5%
3,0%
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
1,0%
à vista
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Por fim, o Gráfico 29 e o Gráfico 30 referem-se aos produtos de informática, mais
precisamente, microcomputador e impressora de microcomputador. Observa-se que esses produtos só são adquiridos a partir da faixa de renda de 1 a 2 salários mínimos, sendo
praticamente inexistente a demanda entre a população de renda mais baixa.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 71
Gráfico 29 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de
renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
12%
10%
8%
6%
outros
a prazo
4%
à vista
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 30 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador,
por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE
MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003)
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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72 • Microsseguros: Série Pesquisas
A Tabela 7 abaixo apresenta a forma de aquisição média dos bens selecionados.
Verifica-se que a forma principal de aquisição dos produtos é o pagamento a prazo,
excluindo apenas a aquisição de produtos acessórios e do ventilador , itens que apresentaram maior incidência de pagamento à vista, provavelmente por serem de menor preço.
Destaca-se que as informações contidas na Tabela 7 equivalem à média simples,
porém são observadas diferenças na desagregação por faixas de renda, o que será apontado nos gráficos seguintes.
Como já mencionado, essa informação é importante, porque indica a potencialidade
do setor de seguro garantia, especialmente o seguro de cartão de crédito.
Tabela 7 – Forma de aquisição de produtos selecionados
Forma de Aquisição de Produtos
À Vista
A prazo
Outros
Fogão a gás ou elétrico
32,1%
42,3%
25,6%
Máquina de costura
45,5%
47,2%
7,3%
Geladeira
29,1%
57,4%
13,5%
Freezer
38,6%
46,6%
14,8%
Ventilador
51,4%
29,6%
19,0%
Máquina de lavar roupa
26,0%
62,5%
11,4%
Tanque de roupa elétrico
32,1%
42,3%
25,6%
Batedeira de bolo
41,8%
27,9%
30,3%
Liquidificador
50,4%
28,2%
21,4%
Ferro elétrico
61,9%
19,0%
19,1%
Televisão em cores
28,7%
57,3%
14,0%
Ar-condicionado
36,8%
56,7%
6,5%
Forno de micro-ondas
32,1%
42,3%
25,6%
Microcomputador
27,7%
63,0%
9,4%
Impressora de microcomputador
42,3%
53,1%
4,6%
Os Gráficos 31 a 45 apresentam a forma de aquisição dos mesmos produtos por
faixas de renda. Os Gráficos 31 a 33 referem-se aos produtos de necessidade primária.
Para aquisição de fogão e geladeira, a diferença maior entre os grupos de renda é o
aumento com a modalidade de compras a prazo e a diminuição da categoria “outros”.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 73
Verifica-se que a população de renda mais baixa (até ¼ salário mínimo) acompanha a
média da população para a forma de aquisição à vista de fogão e supera em 6 pontos
percentuais a média da população para a compra de geladeira à vista. Já em relação às
outras formas de aquisição, a população nessa faixa de renda distancia-se da média da
população brasileira, observando-se um percentual menor de compras a prazo e maior
de outras formas de aquisição de ambos os produtos. Já entre a população de renda mais
alta (acima de 5 salários mínimos), verifica-se maior incidência de compras à vista e
menor de compras a prazo e de trocas, vis-à-vis à média da população, como era de se
esperar. Com relação à aquisição de máquina de costura, há uma diminuição para o
grupo de renda mais alta nas modalidades à vista e a prazo, vis-à-vis aos outros grupos
de renda.
Gráfico 31 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE
FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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74 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 32 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda
– Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 33 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 75
Os Gráficos 34 ao 37 apresentam a distribuição das formas de aquisição de produtos classificados como de necessidade secundária. Na população de renda mais
baixa (até ¼ de salário mínimo), excluindo o ventilador, que até mesmo por ser um
produto mais barato tem sua aquisição à vista mais facilmente justificada, a forma
principal de aquisição dos produtos dessa categoria foi a compra a prazo, chegando
a superar a média da população, nessa forma de aquisição, de freezer e de tanque
de roupa elétrico. Para todos os itens considerados, a participação da modalidade de
aquisição “outros” foi maior que a média da população, o inverso ocorrendo para a
modalidade à vista.
Dentre a população de renda mais elevada (acima de 3 salários mínimos), a participação da modalidade de compra à vista foi superior à média da população para todos
os produtos considerados.
Gráfico 34 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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76 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 35 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador, por faixa de renda – Brasil
– 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 36 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE
MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 77
Gráfico 37 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE
DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Os Gráficos 38 a 40 dizem respeito à distribuição das formas de aquisição de produtos acessórios, mais precisamente, de três eletrodomésticos: batedeira de bolo,
liquidificador e ferro elétrico. Verifica-se grande participação das modalidades à vista e
“outros”, tanto para a população de renda mais baixa como para a população de renda
mais alta, sendo que nessa última predomina a modalidade à vista, o contrário sendo
observado para a população de renda mais baixa. Nesse conjunto também a participação
de compras à vista cresce com a renda, e a de “outros” decresce.
02a-Microsseguros-Vol 2.p65
77
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78 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 38 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 39 – Distribuição das formas de aquisição (%) de liquidificador, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 79
Gráfico 40 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO
DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Os Gráficos 41 a 43 apresentam a distribuição da forma de aquisição de itens de
conforto. Desconsiderando-se a população de renda até ¼ salário mínimo para os itens
micro-ondas e ar-condicionado, já que apenas cerca de 0,2% da população nessa faixa
de renda adquire tais produtos (ver Gráfico 27 e Gráfico 28), verifica-se que a forma
principal de aquisição dos itens relacionados ao conforto é a modalidade a prazo, para
todas as faixas de renda consideradas. Verifica-se aqui também tendência semelhante, já
identificada em relação aos produtos no que diz respeito à grande participação das modalidades à vista para a população mais afluente e “outras” para a população menos
abastada. Na compra de televisão e de micro-ondas, a modalidade de compra a prazo é
crescente com a renda, e a de “outros”, decrescente. A aquisição de ar-condicionado é na
quase totalidade na modalidade a prazo.
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80 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 41 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda
– Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE
TELEVISÃO EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 42 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE
AR-CONDICIONADO POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 81
Gráfico 43 – Distribuição das formas de aquisição (%) de forno de micro-ondas, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO
DE MICRO-ONDAS POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Os Gráficos 44 e 45 apresentam a distribuição das formas de aquisição de itens de
informática. Como já foi mencionado, esses produtos só são adquiridos a partir da faixa
de renda de 1 a 2 salários mínimos, sendo praticamente inexistente aquisição entre a
população de renda mais baixa (Gráfico 29 e Gráfico 30). Assim, entre a população com
renda acima de 1 salário mínimo, verifica-se que a principal forma de aquisição desses
produtos é a prazo, para todas as faixas de renda, sendo que a modalidade à vista aumenta em função do crescimento da renda, o inverso ocorrendo com a modalidade “outros”.
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82 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 44 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE
MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 45 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por
faixa de renda – Brasil – 2002-2003
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA
DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003)
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 83
Acesso a Produtos e Serviços de Seguro,
Previdência e Financeiros das Empresas
Informais Urbanas
Em 2003, o IBGE, em conjunto com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas), realizou a pesquisa Economia Informal Urbana (Ecinf 2003),
que havia sido realizada também em 1997 (Ecinf 1997), com a mesma abrangência
territorial. A pesquisa cobriu todo o território urbano brasileiro através de uma amostra
por domicílios e visou a mapear o setor informal, isto é, os pequenos empreendimentos
e as pessoas que neles trabalhavam e assim delinear a importância do setor informal
dentro da economia nacional. Para fins de operacionalização da pesquisa, foram consideradas como potencialmente pertencentes ao setor informal “todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empregadores com até
cinco empregados, moradores de áreas urbanas, sejam elas a atividade principal de
seus proprietários ou atividades secundárias”9. Os trabalhadores domésticos foram
excluídos da pesquisa.
As pequenas empresas não-agrícolas no Brasil eram majoritariamente informais10:
em 2003, 98% delas eram informais, contra 99% em 1997, conforme Tabela 8.
Tabela 8 – Empresas não-agrícolas de até 5 pessoas ocupadas com indicação de informalidade
(em milhares)
1997
2003
Número de pequenas empresas não-agrícolas
9.581
10.526
Número de pequenas empresas do setor informal
9.478
10.336
Fonte: Economia Informal Urbana, IBGE , 1997 e 2003
A maior parte das empresas do setor informal pertencia a trabalhadores por conta
própria: 88% contra 12% de empregadores, em 2003. A receita média das empresas de
empregadores era aproximadamente cinco vezes maior do que aquelas dos trabalhadores por conta própria, como pode ser visto na Tabela 9.
9
10
IBGE, 2005, p. 16.
Ver Anexo II para uma caracterização do informal.
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84 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 9 – Resultados financeiros por tipo de empresa do setor informal – Brasil 2003
Tipo de empresa
Resultados financeiros
Total
Conta própria
Empregador
1.164
6.033
1.754
Despesa mensal média
813
4.312
1.326
Lucro médio
671
2.360
911
Investimento
2951
8.797
4.373
Receita mensal média
Fonte: IBGE, 2005
Os principais grupos de atividade eram a construção civil e a indústria de transformação e extrativa (ver Tabela 10).
Tabela 10 – Empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo os grupos de atividade –
Brasil 2003
Tipo de empresa
Grupos de atividade
Conta própria
Empregador
Total
Indústrias de Transformação e Extrativa
1.638.037
170.803
1.808.840
Construção Civil
2.950.813
452.991
3.403.804
Comércio e Reparação
607.302
111.805
719.107
Serviços de Alojamento e Alimentação
776.774
54.647
831.421
Transporte, Armazenagem e Comunicações
551.585
103.882
655.467
Atividades Imobiliárias, Aluguéis e
Serviços Prestados às Empresas
252.017
89.118
341.135
Educação, Saúde e Serviços Sociais
762.815
60.936
823.751
29.658
4.378
34.036
Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais
Outras Atividades
86.807
1.014
87.821
Atividades mal definidas
1.441.103
189.477
1.630.580
Total
9.096.912
1.239.050
10.335.962
Fonte: IBGE, 2005
A maior parte das empresas do setor informal não utilizou crédito para exercer suas
atividades, conforme mostra a Tabela 11 (aproximadamente 94%), sendo que, entre as
que obtiveram crédito, as fontes principais foram bancos públicos ou privados, o próprio fornecedor e amigos ou parentes, conforme pode ser observado na Tabela 12, tanto
para os trabalhadores por conta própria como para os empregadores.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 85
Tabela 11 – Empresas do setor informal, segundo o tipo de empresa e a utilização de crédito nos
últimos 3 meses – Brasil 2003
Utilização de crédito
nos últimos 3 meses
Total
Utilizou crédito
Não utilizou crédito
Sem declaração
Tipo de empresa
Total
Conta própria
Empregador
9.096.912
1.239.050
10.335.962
462.861
163.756
626.617
8.630.146
1.074.337
9.704.484
3.904
957
4.861
Fonte: IBGE, 2005
Tabela 12 – Empresas do setor informal que obtiveram crédito nos últimos 3 meses por tipo de
empresa, segundo a origem dos recursos – Brasil 2003
Tipo de empresa
Origem dos recursos
Total
Com amigos e parentes
Bancos públicos ou privados
Conta própria
Empregador
Total
462.861
163.756
626.617
81.991
17.269
99.259
248.041
115.889
363.930
Com o próprio fornecedor
82.866
16.243
99.109
Com outras empresas ou pessoas
38.513
11.151
49.664
Outra origem
7.884
2.067
9.952
Sem declaração
3.567
1.137
4.703
Fonte: IBGE, 2005
Como planos para o futuro do negócio, tanto as empresas dos trabalhadores por
conta própria como dos empregadores apontam com mais frequência para aumentar o
negócio. Em seguida, vem a ideia de continuar o negócio no mesmo nível, indicando
uma perspectiva positiva para o futuro. Como terceira opção mais frequente, há uma
divergência entre os trabalhadores por conta própria e empregador: enquanto os primeiros admitiam abandonar a atividade e procurar emprego, os empregadores apontavam
para mudar de atividade e continuar independentes (ver Tabela 13).
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86 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 13 – Empresas do setor informal segundo o tipo de empresa e os planos para o futuro do
negócio – Brasil 2003
Tipo de empresa
Planos para o futuro do negócio
Total
Conta própria
Empregador
9.096.912
1.239.050
10.335.962
Aumentar o negócio
3.217.685
666.914
3.884.599
Continuar o negócio no mesmo nível
2.408.739
286.156
2.694.895
Mudar de atividade e continuar independente
875.221
121.733
996.954
Abandonar a atividade e procurar emprego
1.569.777
73.631
1.643.408
Não sabe
691.717
54.343
746.060
Outros planos
321.357
34.512
355.870
12.415
1.760
14.175
Sem declaração
Fonte: IBGE, 2005
A Tabela 14 apresenta a distribuição em números absolutos das principais dificuldades enfrentadas pelos empresários no desenvolvimento e manutenção do seu
negócio. A Tabela 16 apresenta a mesma informação como percentagem do total de
empresas. Como principais dificuldades enfrentadas para desenvolver o negócio foram
apontadas: falta de clientes (48,6%), concorrência muito grande (44,5%), baixo lucro
(34,4%), falta de capital próprio (26,2%) e falta de crédito (13,6%), estas duas últimas
evidenciando a necessidade de financiamentos para o setor informal (ver Tabela 14).
Tabela 14 – Empresas do setor informal segundo o tipo de empresa e as principais dificuldades
enfrentadas nos últimos 12 meses para desenvolver o negócio – Brasil 2003
Principais dificuldades enfrentadas nos
últimos 12 meses para desenvolver o negócio
Falta de clientes
Falta de crédito
Baixo lucro
Problemas com fiscalização/regularização do negócio
Falta de mão de obra qualificada
Concorrência muito grande
Falta de instalações adequadas
Falta de capital próprio
Outras dificuldades
Não teve dificuldade
Sem declaração
Tipo de empresa
Conta própria Empregador
4.538.555
489.152
1.201.795
200.226
3.115.045
443.851
155.030
29.555
123.812
83.853
4.007.695
592.880
793.171
95.096
2.342.685
360.630
1.055.803
193.418
1.465.546
198.922
9.252
2.924
Fonte: IBGE, 2005
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Total
5.027.707
1.402.021
3 558.896
184.586
207.665
4.600.575
888.267
2.703.315
1.249.221
1.664 468
12.175
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 87
Tabela 15 – Empresas do setor informal segundo o tipo de empresa e as principais dificuldades
enfrentadas nos últimos 12 meses para desenvolver o negócio – Brasil 2003 (% do total)
Principais dificuldades enfrentadas nos
últimos 12 meses para desenvolver o negócio
Tipo de empresa
Conta própria Empregador
Total
Falta de clientes
49,9%
39,5%
48,6%
Falta de crédito
13,2%
16,2%
13,6%
Baixo lucro
34,2%
35,8%
34,4%
Problemas com fiscalização/regularização do negócio
1,7%
2,4%
1,8%
Falta de mão de obra qualificada
1,4%
6,8%
2,0%
44,1%
47,8%
44,5%
Concorrência muito grande
Falta de instalações adequadas
8,7%
7,7%
8,6%
Falta de capital próprio
25,8%
29,1%
26,2%
Outras dificuldades
11,6%
15,6%
12,1%
Não teve dificuldade
16,1%
16,1%
16,1%
0,1%
0,2%
0,1%
Sem declaração
Fonte: IBGE, 2005
A Tabela 16 apresenta a desagregação das empresas por número de proprietários.
A grande maioria das empresas, seja de conta própria, seja de empregador, é de um
único proprietário.
Tabela 16 – Empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo o número de proprietários
– Brasil – 2003
Total
Empresas do setor informal
Tipo de empresa
Total
Conta própria Empregador
10.335.962
9.096.912
1.239.050
Único proprietário
9.765.471
8.707.894
1.057.577
570.492
389.018
181.473
–
–
–
Número de proprietários e grupos de atividade
Dois proprietários ou mais
Sem Declaração
Fonte: IBGE, 2005
A Tabela 17 agrupa algumas informações sobre o acesso a produtos financeiros e a
seguros para os proprietários de empresas na amostra, em números absolutos, e a Tabela
18 apresenta a informação correspondente como percentagem do total.
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Entre os acessos a instrumentos financeiros, destacam-se conta corrente e talão de
cheque. Além disso, verifica-se que os empresários informais têm acesso restrito aos
mesmos, observando-se que apenas 40,4% deles possuem conta corrente, que é o produto mais acessível.
Já o principal meio para efetuar pagamentos é o correspondente bancário, que deve
ser levado em consideração quando da determinação dos canais de distribuição de produtos de microsseguros.
Entre os tipos de seguros os mais frequentes estão seguro de vida (9,1% – comparar
com os 8,0% da seção “Gastos com Produtos de Seguro” referentes a seguro pessoal
exceto saúde para domicílios com pessoa de referência autônomos/empregadores informais urbanos) e saúde e/ou dental (9,8% – comparar com os 21,0% da seção “Gastos
com Produtos de Seguro” referentes a seguro saúde para domicílios com pessoa de referência autônomos/empregadores informais urbanos, reforçando a ideia da diversificação dos riscos no âmbito familiar).
Em relação aos produtos de seguro, observa-se uma participação muito pequena dos
empresários por conta própria e empregadores informais nesse mercado, sendo que o
custo alto foi o motivo mais alegado para a não-aquisição de produtos de seguro, seguido pelo argumento sobre a desnecessidade do mesmo (ver Tabela 17 e Tabela 18). Essas
informações sinalizam a necessidade de adequação dos produtos a essa população, assim como a importância do desenvolvimento de uma cultura securitária e financeira.
Tabela 17 – Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados, total e com indicação
das empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo as características de acesso a crédito
e instrumentos financeiros – Brasil – 2003
Características de acesso a crédito
e instrumentos financeiros
Proprietários de empresas
não-agrícolas com até 5 empregados
Tipo de empresa
Total
Conta própria Empregador
9.294.069
1.417.605
10.711.673
Conta corrente
3.358.042
966.188
4.324.230
Cheque especial
1.727.791
694.668
2.422.458
Talão de cheque
2.571.638
877.401
3.449.038
Caderneta de poupança
2.132.483
457.442
2.589.925
Cartão de crédito
2.259.896
681.507
2.941.403
Acesso a instrumentos financeiros (1)
continua
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 89
Tabela 17 – Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados, total e com indicação
das empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo as características de acesso a crédito
e instrumentos financeiros – Brasil – 2003 (continuação)
Características de acesso a crédito
e instrumentos financeiros
Proprietários de empresas
não-agrícolas com até 5 empregados
Tipo de empresa
Total
Conta própria Empregador
9.294.069
1.417.605
10.711.673
Principal meio para efetuar pagamentos
Agência bancária
2.860.761
747.873
3.608.634
Banco postal ou Correios
444.048
51.496
495.544
Caixas eletrônicos fora dos bancos
293.203
61.013
354.216
3.597.575
381.275
3.978.850
157.928
44.250
202.178
Telefone
3.401
664
4.066
Internet
107.503
37.886
145.390
Outros
335.644
24.790
360.434
1.465.390
64.570
1.529.960
28.617
3.786
32.403
Seguro de vida
666.715
303.954
970.668
Previdência privada
259.837
156.207
416.044
Imóvel correspondente à instalação do negócio
131.489
122.217
253.707
Saúde e/ou Dental
773.262
276.978
1.050.240
Residência
213.105
105.287
318.392
Outros
428.043
168.672
596.716
Não achava necessário
2 150.479
255.129
2.405.607
Custo alto
Correspondente bancário
Débito em conta
Não efetua transações financeiras
Sem declaração
Seguros (1)
Motivo para não ter feito seguro
4.112.720
430.573
4.543.292
Os produtos não eram adequados
50.178
11.235
61.414
Desconhecia a oferta desses produtos
403.800
34.443
438.244
Outros motivos
874.117
84.508
958.625
Sem declaração
16.068
166
16.234
Fonte: IBGE, 2005.
(1) Os proprietários podem ter tido mais de um tipo de acesso a produtos financeiros e mais de um tipo de
seguro.
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Tabela 18 – Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados, total e com indicação
das empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo as características de acesso a crédito
e instrumentos financeiros – Brasil – 2003
Características de acesso a crédito
e instrumentos financeiros
Acesso a instrumentos financeiros (1)
Conta corrente
Proprietários de empresas
não-agrícolas com até 5 empregados
Tipo de empresa
Total
Conta própria Empregador
36,1%
68,2%
40,4%
Cheque especial
Talão de cheque
18,6%
27,7%
49,0%
61,9%
22,6%
32,2%
Caderneta de poupança
Cartão de crédito
22,9%
24,3%
32,3%
48,1%
24,2%
27,5%
Principal meio para efetuar pagamentos
Agência bancária
30,8%
52,8%
33,7%
Banco postal ou Correios
Caixas eletrônicos fora dos bancos
4,8%
3,2%
3,6%
4,3%
4,6%
3,3%
Correspondente bancário
Débito em conta
Telefone
38,7%
1,7%
0,0%
26,9%
3,1%
0,0%
37,1%
1,9%
0,0%
Internet
Outros
1,2%
3,6%
2,7%
1,7%
1,4%
3,4%
Não efetua transações financeiras
Sem declaração
15,8%
0,3%
4,6%
0,3%
14,3%
0,3%
Seguros (1)
Seguro de vida
7,2%
21,4%
9,1%
Previdência privada
Imóvel correspondente à instalação do negócio
2,8%
1,4%
11,0%
8,6%
3,9%
2,4%
Saúde e/ou Dental
Residência
8,3%
2,3%
19,5%
7,4%
9,8%
3,0%
Outros
Motivo para não ter feito seguro
Não achava necessário
4,6%
11,9%
5,6%
23,1%
18,0%
22,5%
Custo alto
Os produtos não eram adequados
44,3%
0,5%
30,4%
0,8%
42,4%
0,6%
Desconhecia a oferta desses produtos
Outros motivos
4,3%
9,4%
2,4%
6,0%
4,1%
8,9%
Sem declaração
0,2%
0,0%
0,2%
Fonte: IBGE, 2005.
(1) Os proprietários podem ter tido mais de um tipo de acesso a produtos financeiros e mais de um tipo de
seguro.
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Considerações Finais
Como era de se esperar, a probabilidade de aquisição para quase todos os tipos de
produtos e serviços de seguro (exceto funeral) selecionados é crescente como função
da renda, sendo que o tipo patrimônio/imóveis é o que apresenta menor probabilidade de
aquisição. Para o seguro funeral, a probabilidade de acesso apresenta uma moda na faixa
de 2 a 3 salários mínimos per capita. Os ramos saúde e automóveis são os que apresentam
maiores probabilidades de acesso e valores bem próximos para os dois produtos.
Considerando-se todos os domicílios sem uma desagregação de renda, 39,2% consomem pelo menos um produto de seguro: 10,1% consomem exclusivamente produto
de patrimônio, 9,5% consomem exclusivamente produto de automóveis e 8,0% consomem simultaneamente esses dois tipos de produtos. A composição da cesta de produtos
de seguro consumidos se complexifica com o aumento da renda.
A probabilidade de acesso a tais produtos para população com renda per capita de
até 1 salário mínimo é de apenas 13,3% e, ainda assim, 10,7% para coberturas únicas
(sem sobreposição) dos segmentos automóveis, patrimônio e saúde (nesta ordem).
No último grupo de renda em questão, os valores correspondentes são 85,9% e 22,9%.
Considerando-se individualmente os produtos selecionados, dentre a população mais
abastada, aqueles que apresentam maior probabilidade de acesso são: patrimônio, automóveis e saúde. Nos domicílios do primeiro extrato considerado (até ¼ de salário mínimo), os produtos de seguro mais consumidos (ainda assim menos de 2%) são: saúde,
automóvel e pessoais, exceto saúde.
Como já mencionado, acredita-se que a estabilidade nas relações de trabalho se reflita no acesso a produtos de seguro e serviços financeiros, já que as relações de trabalho
podem funcionar como um dos componentes da vulnerabilidade.
Com exceção dos seguros de patrimônio/imóveis, os domicílios nos quais a pessoa
de referência é um trabalhador formal apresentam uma maior probabilidade de acesso
aos produtos de seguro e serviços previdenciários, vis-à-vis à média da população para
todas as faixas de renda consideradas, conforme esperado. No caso de patrimônio/imóveis, a cobertura é da mesma ordem de grandeza da média nacional, indicando a preponderância desse status de ocupação em termos de acesso a produtos de seguro e serviços
previdenciários.
Os domicílios nos quais a pessoa de referência é um beneficiário da previdência
apresentam maior probabilidade de acesso a seguros de patrimônio/imóveis e funeral,
vis-à-vis a média da população para todas as classes de renda, refletindo o estágio de
ciclo de vida em que estariam. A participação como ativos em previdência pública e
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privada é bem mais baixa do que a da média da população, mais uma vez refletindo o
estágio no ciclo de vida. A participação do seguro saúde é maior do que a média nesse
grupo somente para as duas últimas faixas de renda.
Os domicílios nos quais a pessoa de referência é um trabalhador informal apresentam uma menor participação do que a média nacional para todas as faixas de renda e
todos os produtos e serviços considerados, como era de se esperar. Isso aponta esse
segmento como um público-alvo preferencial de uma política de microsseguros.
Os domicílios com pessoas de referência que são profissionais autônomos informais
urbanos apresentam uma maior participação para as três últimas faixas de renda em
previdência privada e maior participação para todas as faixas de renda para veículos
automotores. Paradoxalmente, a cobertura de previdência pública com a contribuição de
algum membro é também mais alta do que a média para todos os grupos reunidos, possivelmente explicitando uma estratégia interna da família para diversificar riscos.
Dado que quando considerados simultaneamente a renda parece ser um fator mais
importante do que o status da ocupação/previdência para explicar a aquisição de produtos e serviços de seguro e previdência, a distribuição de renda para um determinado
status se reflete fortemente no acesso a esses produtos.
O acesso a cartão de crédito e cheque especial é também bastante influenciado pela
renda, sendo mais alto para o primeiro.
A aquisição de TV a cores é paradigmática para retratar as variações na forma de
aquisição de bens como função da renda e status da ocupação/previdência: domicílios
com pessoa de referência trabalhador formal apresentam um maior nível de consumo conjugado a uma menor diferença entre os grupos de renda (vis-à-vis aos informais – empregados ou trabalhadores por conta própria) e uma maior fração de aquisição a prazo.
As principais dificuldades enfrentadas pelos empresários do setor informal urbano
para desenvolver e manter o negócio foram: falta de clientes (48,6%), concorrência
muito grande (44,5%), baixo lucro (34,4%), falta de capital próprio (26,2%) e falta de
crédito (13,6%). Estas duas últimas evidenciam a necessidade de financiamentos para o
setor informal.
Entre os acessos a instrumentos financeiros para empresários do setor informal urbano, destacam-se conta corrente e talão de cheque. Além disso, verifica-se que os empresários informais têm acesso restrito aos mesmos, observando-se que apenas 40,4%
deles possuem conta corrente, que é o produto mais acessível.
Já o principal meio para efetuar pagamentos é o correspondente bancário, que deve
ser levado em consideração quando da determinação dos canais de distribuição de produtos de microsseguros.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 93
Os tipos de seguros mais frequentemente adquiridos por esses empresários informais são: seguro de vida (9,1%) e saúde e/ou dental (9,8%). Observa-se uma participação muito pequena dos empresários por conta própria e empregadores informais
nesse mercado, sendo que o custo alto foi o motivo mais alegado para a não-aquisição
de produtos de seguro, seguido pelo argumento sobre a desnecessidade do mesmo.
Essas informações sinalizam a necessidade de adequação dos produtos a essa população, assim como a importância do desenvolvimento de uma cultura securitária e
financeira.
Bibliografia
CHURCHILL, Craig (Ed.) Protecting the Poor: A microinsurance compendium. ILO, Geneva in association
with Munich Re Foundation, Germany, 2006.
IBGE, Economia Informal Urbana 2003. Rio de Janeiro: IBGE, 2005. Disponível em http://www.ibge.gov.br/
home/estatistica/economia/ecinf/2003/default.shtm
IBGE, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003. Microdados. Rio de Janeiro: IBGE, 2006 (CD-Rom).
IBGE, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: Primeiros Resultados – Brasil e Grandes Regiões.
Rio de Janeiro: IBGE, 2004. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/
condicaodevida/pof/2002/default.shtm
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Anexo I – Sobre a POF 11
Como é Realizada a POF?
A unidade amostral do estudo é o domicílio, considerado como moradia estruturalmente separada12 e independente13, de característica permanente. A Unidade de Consumo (UC) é a unidade básica de investigação e análise dos orçamentos, e compreende um
ou mais moradores que compartilham a mesma fonte de alimentação, ou seja, utilizam
um mesmo estoque de alimentos e/ou realizam um conjunto de despesas alimentares
comuns. Quando não existem despesas alimentares comuns, a identificação ocorre através das despesas com moradia. Cada Unidade de Consumo (UC) é composta por moradores que constituem Unidades de Orçamento, por terem alguma participação no
orçamento da família, seja como despesa, seja como rendimento, ou ambos. No caso de
moradores menores de 10 anos de idade, as aquisições e rendimentos correspondentes
são registrados juntamente com os da pessoa responsável.
“Para o IBGE, e também atendendo às recomendações internacionais, o conceito
de ‘família’ especificamente adotado no Censo Demográfico e demais pesquisas domiciliares refere-se às pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou
normas de convivência, sem referência explícita ao consumo ou despesas. Entretanto,
na maior parte das situações, a Unidade de Consumo da POF coincide com a ‘família’,
segundo o conceito adotado no IBGE. Verifica-se, a título de exemplo, que a diferença
entre o total de Unidades de Consumo da POF 2002-2003 e de famílias da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2002 é da ordem de 5,94%, sendo que a
POF registrou um total de 48.534.638 Unidades de Consumo, e a PNAD, 51.560.959
famílias” (IBGE, 2004). Ou seja, para a POF, o termo “Família”14 foi considerado equivalente à Unidade de Consumo.
A coleta de dados da POF 2002-2003 foi feita ao longo de doze meses, de 01/07/2002
a 30/06/2003, de modo a permitir a observação de flutuações de despesas e rendimentos
que sofrem alterações ao longo de um ano, por fatores sazonais – como agasalhos no
inverno, refrigerantes e sorvetes no verão, produtos mais caros ou mais baratos por
11
Este anexo é fortemente baseado em IBGE (2004).
“A condição de separação é atendida quando o local de moradia é limitado por paredes, muros, cercas e outros, e
coberto por um teto, e permite que seus moradores se isolem, arcando com parte ou todas as suas despesas de alimentação
ou moradia.”
13
“A independência é atendida quando o local de moradia tem acesso direto, permitindo a passagem de seus moradores
sem atravessar o local de moradia de outras pessoas.”
14
Neste relatório vamos utilizar como equivalentes os termos “família”, “domicílio” e UC. Existe uma diferença entre os
conceitos, mas que não afeta sobremaneira as estatísticas utilizadas.
12
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 95
conta da época de safra ou entressafra, Natal, festas juninas ou regionais, férias, início
de ano letivo, entre outros.
O período de referência das informações de despesas e rendimentos difere segundo
o tipo de item estudado. Despesas maiores (como automóveis, imóveis ou eletrodomésticos, por exemplo) são realizadas com menor frequência, enquanto bens de menor valor
são adquiridos frequentemente ou mesmo diariamente, como é o caso dos alimentos.
Além disso, a memória das informações relacionadas a uma aquisição de valor mais
elevado é preservada por um período de tempo mais longo.
Assim, com o objetivo de ampliar a capacidade do informante para fornecer os valores das aquisições realizadas e as demais informações a elas associadas, foram definidos
quatro períodos de referência: sete dias, 30 dias, 90 dias e 12 meses, segundo os critérios
de frequência de aquisição e do nível do valor do gasto. Já os dados sobre rendimentos
e as informações a eles relacionadas são coletados tendo como referência o período de
12 meses. Como a coleta dura um ano e as informações envolvem períodos até 12 meses
anteriores, dispõe-se de dados referentes a um período de 24 meses, pois para as primeiras entrevistas, realizadas em julho 2002, há informações que cobrem os meses a partir
de junho 2001. Dessa forma, os períodos de referência das informações de despesas e
rendimentos não são idênticos para todos os domicílios selecionados. Para cada informante, os períodos de referência foram estabelecidos como o tempo que antecede a data
de realização da coleta no domicílio, exceto o período de referência de sete dias, contados no decorrer da entrevista.
Os montantes informados foram valorados então a preços de uma data determinada,
no caso, 15 de janeiro de 200315, dita data de referência, de maneira a corrigir mudanças
absolutas e relativas ocorridas nos preços. Vale lembrar que o salário mínimo vigente
naquela data (15/01/2003) era de R$ 200,00 (duzentos reais).
Na POF,
“... a despesa total equivale a todas as despesas monetárias e não-monetárias das
famílias. As despesas monetárias são aquelas realizadas mediante pagamento em
dinheiro, cheque ou cartão de crédito. As despesas não-monetárias correspondem
às aquisições provenientes de produção própria, retirada do negócio, troca, doação e outras formas de obtenção, e são investigadas para todos os produtos adquiridos pelas famílias e para o serviço aluguel do domicílio16”(IBGE, 2004).
15
O meio do período da coleta.
“As despesas não-monetárias são valoradas a partir de estimativa do informante no momento da pesquisa”. IBGE,
2007a.
16
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96 • Microsseguros: Série Pesquisas
Ainda segundo a mesma publicação do IBGE:
“Para a obtenção da despesa total média mensal são totalizadas as despesas médias mensais classificadas em três grandes grupos: despesas correntes, aumento do
ativo e diminuição do passivo. As despesas correntes são formadas por dois tipos
de despesas: despesas de consumo, constituídas dos seguintes grupamentos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, higiene e cuidados pessoais, assistência à saúde, educação, recreação e cultura, fumo, serviços pessoais e despesas
diversas; e mais as outras despesas correntes, integradas por impostos, contribuições trabalhistas, serviços bancários, pensões, mesadas, doações e outras.”
Ao grande grupo ‘aumento do ativo’ correspondem as despesas com a aquisição
de imóvel, a reforma de imóvel e outros investimentos, e o último grande grupo,
‘diminuição do passivo’, contabiliza as despesas com pagamentos de empréstimos, carnês e prestações de imóvel.”
Como Foi Planejada a Amostra?
O plano amostral da POF foi basicamente o mesmo da Pesquisa de Orçamentos
Familiares de 1995-1996, com uma abrangência territorial ampliada. A Tabela 19 apresenta a distribuição dos setores e domicílios pesquisados segundo UF.
Foi selecionada uma amostra conglomerada em dois estágios. No primeiro estágio,
os setores censitários são selecionados de modo sistemático, em cada uma das Unidades
da Federação, com uma probabilidade proporcional ao tamanho, utilizando-se a informação do Censo de 2000. Na etapa seguinte, faz-se uma listagem de cada setor para
averiguar mudanças ocorridas no período, como novas construções, demolições, etc.
Nessa etapa, foram escolhidos aleatoriamente cerca de 13 domicílios em cada setor
censitário sorteado em área urbana, e aproximadamente 20 ou 25 em áreas rurais.
A coleta foi distribuída em 12 meses, garantindo em todos os trimestres uma
representatividade nos estratos geográficos e socioeconômicos escolhidos. No total, foram levantadas informações de quase 50 mil domicílios e cerca de quatro mil setores
censitários.
Como se Desenvolvem as Entrevistas?
Em cada domicílio sorteado, a pesquisa dura ao todo nove dias. No primeiro dia
(D1), o agente do IBGE se apresenta, avalia se o domicílio atende aos requisitos da POF,
explica os objetivos e a importância do estudo e garante o sigilo e a confidencialidade
dos dados obtidos; em seguida, identifica os moradores do domicílio, quantas unidades de consumo e de orçamento existem no mesmo e preenche o questionário
denominado de POF 1, com as características gerais da UC e de seus moradores.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 97
Tabela 19 – Número de setores selecionados e domicílios esperados, selecionados e entrevistados,
segundo as UFs – POF 2002-2003
Número de
Setores
Selecionados
Unidades da
Federação
Brasil
Número de domicílios na amostra
Esperados
Selecionados
Entrevistados
3.984
44.248
60.911
48.470
Rondônia
87
972
1.338
1.112
Acre
83
890
1.198
960
Amazonas
87
966
1.319
1.075
Roraima
47
518
739
554
128
1.556
2.060
1.666
Pará
Amapá
46
496
685
568
Tocantins
76
826
1175
933
Maranhão
186
2.064
2.716
2.231
Piauí
182
1.940
2.643
2.222
Ceará
156
1.752
2510
2.017
Rio Grande do Norte
132
1.410
1.919
1.548
Paraíba
191
2.030
2.924
2.367
Pernambuco
131
1.490
2.173
1.674
Alagoas
252
2.616
3.555
2.965
Sergipe
102
1.086
1.497
1.143
Bahia
181
2.206
3.072
2.457
Minas Gerais
240
2.800
3.803
3.004
Espírito Santo
192
2.050
2.747
2.337
Rio de Janeiro
117
1.280
1.828
1.285
São Paulo
161
1.890
2.646
2.017
Paraná
182
2.010
2.799
2.263
Santa Catarina
183
1.950
2.648
1.989
Rio Grande do Sul
147
1.650
2.186
1.850
Mato Grosso do Sul
209
2.290
3.171
2.541
Mato Grosso
213
2.390
3.249
2.355
Goiás
193
2.240
3.097
2.356
80
880
1.214
981
Distrito Federal
Fonte: IBGE, 2004.
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98 • Microsseguros: Série Pesquisas
Após certificar-se da existência de ao menos uma pessoa capacitada para preencher a
Caderneta de Consumo Coletivo (POF 3)17, o agente explica quais dados deverão ser
coletados, e fornece a Caderneta de Despesa Coletiva, que deverá ser preenchida por
sete dias consecutivos, a partir do dia seguinte (D2). No terceiro dia (D3), o agente
retorna ao domicílio para verificar se as informações estão sendo registradas corretamente. Caso o morador escolhido, por qualquer motivo, não tenha condições de preencher a caderneta, o agente explica que todos os comprovantes de despesa deverão ser
guardados ou memorizados, pois o próprio agente retornará a cada dois dias para preencher os dados necessários.
Da mesma maneira, os blocos de Despesa Pessoal, que servirão para preencher a
POF 4, são entregues no D1 pelo morador responsável ou pelo agente do IBGE a todos
os moradores maiores de 10 anos aptos ao preenchimento, exceto empregados domésticos ou seus parentes. Ao longo da semana, o agente visita algumas vezes o domicílio,
para acompanhar o preenchimento, tirar dúvidas e ajudar a preencher os questionários
POF 2 (Despesa coletiva)18, POF 4 (despesa individual)19, POF 5 (recebimento individual) e POF 6 (avaliação das condições de vida). Desta forma, os quadros com período
de referência de sete dias constantes do bloco de despesa individual (POF 4) só são
preenchidos após os sete dias de preenchimento do questionário POF 3. Detalhes a respeito dos processos envolvidos na coleta de dados podem ser encontrados no Manual do
Agente de Pesquisa e no Manual do Usuário (IBGE, 2002).
Quais São os Dados Disponíveis?
Para situar o consumo de produtos de seguro e previdência no orçamento das famílias, decidiu-se inicialmente desenhar uma cesta básica de consumo, destacando-se os
itens nos quais os produtos de seguro e previdência estão inseridos. Optou-se ainda por
analisar os gastos ligados à aquisição de alguns itens de guarnição residencial, assim
como alguns itens de informática, considerando tanto os gastos com esses produtos
segundo faixa de renda domiciliar per capita, como analisando a sua forma de aquisição, já que esta, por si só é um indicativo da potencialidade de produtos de seguro
financeiros.
17
A POF 3 registra durante 7 dia seguidos todas as despesas com alimentos, bebidas, artigos de higiene pessoal e de
limpeza, combustíveis de uso doméstico (exceto gás e lenha) e outras pequenas compras de rotina.
18
Na POF 2 são registradas as despesas com bens que, em geral, servem a todos os moradores, e cuja aquisição não é
frequente (móveis e eletrodomésticos, por exemplo), além de serviços de utilidade pública, como energia elétrica, gás,
telefone fixo; traz também o inventário de bens duráveis da UC.
19
A POF 4 registra todas as despesas com bens e serviços de utilização pessoal, como vestuário, medicamentos, alimentação fora do domicílio, lazer, leitura, transporte, etc.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 99
Vale frisar que, embora haja em cada folha do questionário espaço para coleta de
dados que não são pré-codificados, com linhas suplementares nas quais outras informações podem ser inseridas, dados coletados de modo agregado não podem ser posteriormente identificados separadamente. Por outro lado, é possível que o mesmo item
seja apresentado sob grafias diferentes. Neste caso, agrupou-se sob um nome unificado.
Este é o caso, por exemplo, de “ar-condicionado” e “ar-condicionado”.
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100 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo II – Definição do Setor Informal e
Delimitação do Universo da ECINF 20
A magnitude, natureza e composição do setor informal variam entre diferentes regiões e países de acordo com o nível de desenvolvimento e a estrutura de suas economias.
Com base nas recomendações da 15a Conferência de Estatísticos do Trabalho, promovida pela Organização Internacional do Trabalho – OIT em janeiro de 1993, considerou-se que:
•
•
•
•
•
para delimitar o âmbito do setor informal, o ponto de partida é a unidade econômica
– entendida como unidade de produção – e não o trabalhador individual ou a ocupação por ele exercida;
fazem parte do setor informal as unidades econômicas não-agrícolas que produzem
bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as
pessoas envolvidas, sendo excluídas aquelas unidades engajadas apenas na produção de bens e serviços para autoconsumo;
as unidades do setor informal caracterizam-se pela produção em pequena escala,
baixo nível de organização e pela quase inexistência de separação entre capital e
trabalho como fatores de produção;
embora útil para propósitos analíticos, a ausência de registros não serve de
critério para a definição do informal, na medida em que o substrato da informalidade
se refere ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica, e
não a seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas.
Havendo vários tipos de registro, esse critério não apresenta uma clara base
conceitual; não se presta a comparações históricas e internacionais e pode levantar
resistência junto aos informantes; e
a definição de uma unidade econômica como informal não depende do local onde é
desenvolvida a atividade produtiva, da utilização de ativos fixos, da duração das
atividades das empresas (permanente, sazonal ou ocasional) ou do fato de tratar-se
da atividade principal ou secundária do proprietário da empresa.
Na operacionalização estatística dessa definição decidiu-se que pertencem ao setor
informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empregadores com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas, sejam
elas a atividade principal de seus proprietários ou atividades secundárias.
20
Este anexo foi reproduzido de IBGE, 2005.
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 101
Como consequência dessa definição operacional, uma primeira limitação da pesquisa resulta de seu recorte urbano. Assim sendo, ela deixa de cobrir as atividades nãoagrícolas desenvolvidas por moradores de domicílios rurais – de que servem de exemplo
a pequena indústria alimentar, artesanato, confecção e serviços – e que, em virtude de
seu próprio modo de organização e do cálculo econômico que as rege, deveriam, a rigor,
estar incluídas no espectro de economia informal. Justificam tal procedimento a significativa elevação dos custos operacionais que a cobertura de domicílios rurais acarretaria
para a pesquisa e a evidência empírica de que é nos grandes centros urbanos que se
concentra a parcela mais expressiva da economia informal.
Por outro lado, está também excluída do universo da pesquisa a chamada “população de rua”, de número e importância crescentes nas áreas metropolitanas.
Como não tem residência fixa, considera-se que deva vir a se constituir em objeto de
pesquisa específica, mas certamente com recorte e natureza distintos dos da presente
pesquisa. Deve-se esclarecer, ainda, que o conjunto de pessoas ligadas a atividades ilegais dificilmente pode ser captado por uma pesquisa como esta, com o que o espectro
deste estudo se reduz ao conjunto de práticas econômicas “socialmente aceitas”, levadas
a efeito por indivíduos domiciliados.
Na definição operacional das unidades produtivas a serem consideradas na economia informal, foram tomadas como objeto de pesquisa aquelas que operassem com até
cinco empregados, independentemente do número de proprietários ou trabalhadores não
remunerados. Como qualquer outro, o corte no número de empregados é também um
corte arbitrário. Reconhece-se que o caráter informal de uma determinada atividade não
é dado apenas por seu tamanho, mas, principalmente, pela particular divisão técnica e
social do trabalho que ali se estabelece. Admite-se, contudo, que essa divisão tende a
passar também pelo número de pessoas ocupadas e se fixa o mesmo corte já adotado por
diversos estudos sobre a economia informal.
A decisão de investigar, em profundidade, os informantes que se autoclassificam
como empregadores (com até cinco empregados) e trabalhadores por conta própria, em
qualquer de suas situações de trabalho, é outro fato a ser considerado. Significa reconhecer que os indivíduos podem participar da economia informal, seja através de seu trabalho principal, seja do secundário.
Os trabalhadores domésticos, embora pertencentes ao setor informal, não foram objeto
da pesquisa por considerar-se que as informações relevantes para essa categoria são
exaustivamente pesquisadas, a cada ano, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD.
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102 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo III – Probabilidade de aquisição de
Produtos de Seguro e Previdência segundo
Status de ocupação/previdência da Pessoa
de Referência do Domicílio e Renda
Domiciliar Per Capita
Gráfico 46 – Probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência no mercado formal
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA
SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM –
DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA NO MERCADO FORMAL
100%
90%
80%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
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Mais de 5 sm
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 103
Gráfico 47 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência no mercado formal
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA
SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM –
DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA NO MERCADO FORMAL
100%
(escala log)
10%
1%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
0%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 48 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência
beneficiário de previdência social
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO
E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR
PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA
DE REFERÊNCIA BENEFICIÁRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Mais de 5 sm
104 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 49 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência beneficiário de previdência social
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO
TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM
PESSOA DE REFERÊNCIA BENEFICIÁRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
100%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
(escala log)
10%
1%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 50 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência
empregado informal
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA
SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM –
DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 105
Gráfico 51 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência empregado informal
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA
SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM –
DOMICÍLIOS COM PESSOA
DE REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL
REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL
100%
(escala log)
10%
1%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
0%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 52 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per
capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência
trabalhador por conta própria/autônomo/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E
PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM
NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA TRABALHADOR
POR CONTA PRÓPRIA/AUTÔNOMO/EMPREGADOR INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
20%
10%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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Mais de 5 sm
106 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 53 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência conta própria/autônomo/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E
PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM
NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA
CONTA PRÓPRIA/AUTÔNOMO/EMPREGADOR INFORMAL URBANO
100%
(escala log)
10%
1%
PESSOAIS EXCETO SAÚDE
SAÚDE
PATRIMÔNIO/IMÓVEIS
AUTOMÓVEIS
-PPÚBL
-PPRIV
FUNERAL
0%
0%
Sem renda
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 107
Anexo IV – Probabilidade de Acesso Simultâneo
a Produtos de Seguro e Previdência segundo
Status de Ocupação/Previdência da Pessoa
de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar
Per Capita
Gráfico 54 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência no mercado formal
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO
SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM –
DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até
1/4 sm
De 1/4 até De 1/2 até
1/2 sm
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
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Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
108 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 55 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência beneficiário de previdência social
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO
SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS
COM PESSOA DE REFERÊNCIA BENEFICIÁRIO PREVIDÊNCIA SOCIAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até
1/4 sm
De 1/4 até De 1/2 até
1/2 sm
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de
5 sm
Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 56 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência empregado informal
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO
SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM –
DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até
1/4 sm
De 1/4 até De 1/2 até
1/2 sm
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
108
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Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 109
Gráfico 57 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda
domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com
pessoa de referência trabalhador por conta própria/autônomo/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO
RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA
DE REFERÊNCIA CONTA PRÓPRIA/AUTÔNOMO/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem renda
Até
1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
109
30/6/2010, 16:56
Nada
PSAF
SAF
PAF
AF
PSF
SF
PF
F
PDSA
DSA
PSA
SA
PDA
DA
PA
A
PDS
DS
PS
S
PD
D
P
110 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo V – Probabilidade de Aquisição de Bens
de Consumo Selecionados segundo Status de
Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência
do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita
Trabalhador Formal
Gráfico 58 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO
A GÁS OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
110
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Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 111
Gráfico 59 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO
A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
a prazo
50%
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 60 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
3,5%
3,0%
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
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111
30/6/2010, 16:56
112 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 61 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 62 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
20%
18%
16%
14%
12%
10%
8%
6%
outros
a prazo
4%
à vista
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
112
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 113
Gráfico 63 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
40%
a prazo
à vista
30%
20%
10%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 64 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA
DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
6,0%
5,0%
4,0%
outros
3,0%
a prazo
à vista
2,0%
1,0%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
113
30/6/2010, 16:56
114 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 65 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 66 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE
LIQUIDIFICADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
114
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 115
Gráfico 67 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 68 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO
ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA
REFERÊNCIA
DO
TRABALHADOR
FORMAL
forma deDE
aquisição
(2003) pessoa
de DOMICÍLIO
referência do domicílio
trabalhador formal
20%
18%
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
115
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116 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 69 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 70 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa
de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE
LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
9%
8%
7%
6%
5%
outros
a prazo
4%
à vista
3%
2%
1%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
116
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 117
Gráfico 71 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE
LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 72 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM
CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
20%
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
117
30/6/2010, 16:56
118 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 73 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO
EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 74 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE
AR-CONDICIONADO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
3,0%
2,5%
2,0%
outros
a prazo
1,5%
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
118
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 119
Gráfico 75 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR CONDICIONADO POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
a prazo
50%
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 76 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
6%
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
119
30/6/2010, 16:56
120 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 77 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador portátil, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 78 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE
COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
2,5%
2,0%
1,5%
outros
1,0%
a prazo
à vista
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
120
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 121
Gráfico 79 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
a prazo
50%
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 80 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
12%
10%
8%
outros
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
121
30/6/2010, 16:56
122 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 81 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 82 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador,
por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE
MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
1,0%
à vista
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
122
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 123
Gráfico 83 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por
faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio
trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR POR
FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 84 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA
ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
5,0%
4,5%
4,0%
3,5%
3,0%
outros
2,5%
a prazo
à vista
2,0%
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
123
30/6/2010, 16:56
124 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 85 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 86 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE
MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
3,5%
3,0%
2,5%
2,0%
outros
a prazo
1,5%
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
124
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 125
Gráfico 87 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE MICRO-ONDAS POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
125
30/6/2010, 16:56
126 • Microsseguros: Série Pesquisas
Beneficiário da Previdência
Gráfico 88 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS
OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
6%
à vista
4%
2%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 89 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A
GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
126
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 127
Gráfico 90 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda domiciliar
e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
1,2%
1,0%
0,8%
outros
0,6%
a prazo
à vista
0,4%
0,2%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 91 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
127
30/6/2010, 16:56
128 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 92 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
12%
10%
8%
6%
outros
a prazo
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
Mais de 5 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 93 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
128
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 129
Gráfico 94 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA
DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
3,5%
3,0%
2,5%
2,0%
outros
1,5%
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 95 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DEe eREFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
ê c a do do c o apose tado/pe s o sta
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
129
30/6/2010, 16:56
130 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 96 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
10%
9%
8%
7%
6%
5%
outros
a prazo
4%
à vista
3%
2%
1%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 97 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
130
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 131
Gráfico 98 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
12%
10%
8%
6%
outros
a prazo
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 99 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar
per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
131
30/6/2010, 16:56
132 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 100 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE
LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
7%
6%
5%
4%
outros
a prazo
3%
à vista
2%
1%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 101 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR
ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
132
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 133
Gráfico 102 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM
CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
20%
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 103 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO
EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
133
30/6/2010, 16:56
134 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 104 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
3,0%
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
De 1/4 até
1/2 sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
Mais de 5 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 105 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar
per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
134
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 135
Gráfico 106 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
14%
12%
10%
8%
outros
6%
a prazo
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 107 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador portátil, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
135
30/6/2010, 16:56
136 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 108 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE
COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
1,0%
à vista
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 109 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
136
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 137
Gráfico 110 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
8%
7%
6%
5%
outros
4%
a prazo
à vista
3%
2%
1%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 111 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
137
30/6/2010, 16:56
138 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 112 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador,
por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE
MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
1,4%
1,2%
1,0%
0,8%
outros
a prazo
à vista
0,6%
0,4%
0,2%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 113 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por
faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio
beneficiário da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA
DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
138
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 139
Gráfico 114 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
beneficiário da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA
ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
1,6%
1,4%
1,2%
1,0%
0,8%
outros
a prazo
0,6%
à vista
0,4%
0,2%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 115 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de
renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário
da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
139
30/6/2010, 16:56
140 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 116 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário
da previdência
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE
MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
1,0%
à vista
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 117 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de
renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário
da previdência
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE
DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
140
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 141
Autônomo/Conta Própria/Empregador Informal Urbano
Gráfico 118 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS
OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA INFORMAL URBANO
16%
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
6%
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 119 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador
informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU
ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
141
30/6/2010, 16:56
142 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 120 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/
empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
3,0%
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 121 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal
urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO
AUT/CONTA
PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
domicílio
aut/conta própria/informal
urbano
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
142
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 143
Gráfico 122 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/
empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
12%
10%
8%
6%
outros
a prazo
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 123 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil
– 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal
urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
40%
a prazo
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
143
30/6/2010, 16:56
144 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 124 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
8,0%
7,0%
6,0%
5,0%
outros
4,0%
a prazo
à vista
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 125 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda
– Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador
informal urbano
100%
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE
BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
144
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 145
Gráfico 126 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
16%
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
6%
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 127 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda
– Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador
informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
145
30/6/2010, 16:56
146 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 128 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
30%
25%
20%
15%
outros
a prazo
à vista
10%
5%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 129 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
146
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 147
Gráfico 130 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE
LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
12%
10%
8%
outros
6%
a prazo
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 131 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de
renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR
ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
147
30/6/2010, 16:56
148 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 132 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa
de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM
CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
20%
18%
16%
14%
12%
outros
a prazo
10%
à vista
8%
6%
4%
2%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 133 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
100%
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO EM CORES
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
148
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 149
Gráfico 134 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
2,0%
outros
a prazo
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 135 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
100%
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA INFORMAL/URBANO
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
149
30/6/2010, 16:56
150 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 136 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/
empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
16%
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 137 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador, por faixa de renda domiciliar
per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/
empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
150
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 151
Gráfico 138 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa
de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE COSTURA,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
2,0%
1,8%
1,6%
1,4%
1,2%
outros
1,0%
a prazo
à vista
0,8%
0,6%
0,4%
0,2%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 139 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de
renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
151
30/6/2010, 16:56
152 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 140 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa
de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
12%
10%
8%
6%
outros
a prazo
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 141 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
152
30/6/2010, 16:56
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 153
Gráfico 142 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador,
por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
autônomo/conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE
MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA INFORMAL URBANO
4,5%
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
outros
a prazo
2,0%
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 143 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por
faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio
autônomo/conta própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE
MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
153
30/6/2010, 16:57
154 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 144 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA
ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
à vista
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 145 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de
renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/
conta própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA
ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA
DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
154
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 155
Gráfico 146 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE
MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
outros
2,0%
a prazo
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 147 – Distribuição das formas de aquisição (%) de micro-ondas, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta
própria/empregador informal urbano
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE MICRO-ONDAS
POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
155
30/6/2010, 16:57
156 • Microsseguros: Série Pesquisas
Empregado Informal
Gráfico 148 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS
OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
16%
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 149 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de
renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
156
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 157
Gráfico 150 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
1,8%
1,6%
1,4%
1,2%
1,0%
outros
0,8%
a prazo
à vista
0,6%
0,4%
0,2%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 151 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil –
2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
157
30/6/2010, 16:57
158 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 152 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
18%
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
De 1/4 até
1/2 sm
Até 1/4 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
Mais de 5 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 153 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil
– 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
158
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 159
Gráfico 154 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA
DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
5,0%
4,5%
4,0%
3,5%
3,0%
outros
2,5%
a prazo
à vista
2,0%
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 155 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda
– Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
a prazo
50%
à vista
40%
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
159
30/6/2010, 16:57
160 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 156 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 157 – Distribuição das formas de aquisição (%) de liquidificador, por faixa de renda –
Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
160
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 161
Gráfico 158 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
18%
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 159 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE
RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
161
30/6/2010, 16:57
162 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 160 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa
de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA
DE LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 161 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA
DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
162
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 163
Gráfico 162 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO
EM CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
18%
16%
14%
12%
10%
outros
a prazo
8%
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 163 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO
EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE
REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
163
30/6/2010, 16:57
164 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 164 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
outros
2,0%
a prazo
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 165 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
164
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 165
Gráfico 166 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
16%
14%
12%
10%
outros
8%
a prazo
à vista
6%
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 167 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador, por faixa de renda domiciliar
per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
165
30/6/2010, 16:57
166 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 168 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA
DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
2,5%
2,0%
1,5%
outros
a prazo
1,0%
à vista
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
Mais de 5 sm
De 3 até
5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 169 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
166
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 167
Gráfico 170 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de
renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR,
POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) –
PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
14%
12%
10%
8%
outros
a prazo
6%
à vista
4%
2%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 171 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA
DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
50%
outros
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
167
30/6/2010, 16:57
168 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 172 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador,
por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio
empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE
MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
outros
2,0%
a prazo
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 173 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por
faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio
empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA
DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
168
30/6/2010, 16:57
Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 169
Gráfico 174 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por
faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado
informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE
ROUPA ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
outros
2,0%
a prazo
à vista
1,5%
1,0%
0,5%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 175 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de
renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado
informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA
ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO
DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
169
30/6/2010, 16:57
170 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 176 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de renda
domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal
PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE
MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO
(2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
6,0%
5,0%
4,0%
outros
3,0%
a prazo
à vista
2,0%
1,0%
0,0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
Gráfico 177 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda
domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal
DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE
MICRO-ONDAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA
DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL
100%
90%
80%
70%
60%
outros
50%
a prazo
40%
à vista
30%
20%
10%
0%
Até 1/4 sm
De 1/4 até
1/2 sm
De 1/2 até
1 sm
De 1 até
2 sm
De 2 até
3 sm
De 3 até
5 sm
Mais de 5 sm
Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003
02b-Microsseguros-Vol 2.p65
170
30/6/2010, 16:57
3
Estimativa da Mortalidade
para os Indivíduos em
Famílias de Baixa Renda
Kaizô Iwakami Beltrão
Sonoê Sugahara Pinheiro
Luciano Gonçalves de Castro e Silva
Introdução
O objetivo desta pesquisa é estimar uma Tábua Completa de Mortalidade por sexo
para os membros das famílias brasileiras de baixa renda, nomeadamente aquelas com
renda per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 (três) salários mínimos.
A literatura tem apontado para o crescente interesse sobre o impacto que o desenvolvimento econômico e a distribuição de renda exercem nas taxas específicas de mortalidade dos países, tanto no campo das ciências ligadas à saúde quanto na formulação e
execução de políticas públicas direcionadas.
A descrição do impacto individual dos fatores determinantes dos diferenciais nos
padrões e níveis da mortalidade nos diversos países ao redor do mundo é tarefa das mais
árduas de serem executadas. São variáveis que exercem influência direta no padrão e
nível de mortalidade:
•
•
Os constantes avanços na medicina e a crescente disponibilização dos mesmos;
O nível educacional dos indivíduos;
171
03-Microsseguros-Vol 2.p65
171
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172 • Microsseguros: Série Pesquisas
•
•
A distribuição de renda da população;
A infraestrutura da localidade (o saneamento básico, o acesso à água limpa, o
tratamento e a coleta do lixo, etc).
Sorlie et al. (1995, p.949) destacam que o status de saúde corrente do indivíduo é
provavelmente o resultado dos fatores acima listados, dentre outros, inclusive
comportamentais, e que obviamente influenciam as oportunidades futuras. Aspectos de
status econômico são caracterizados nesse sentido por renda, educação, ocupação e
emprego. No nível mais básico e simples, a renda é uma medida dos recursos financeiros de uma pessoa; a educação é uma medida do conhecimento obtido e do potencial
econômico; a ocupação é uma medida do status do indivíduo junto à sociedade, suas
habilidades, ganhos financeiros e ocupação específica; e o emprego é a medida da viabilidade econômica presente. As variáveis demográficas de idade e sexo claramente representam características associadas à mortalidade e estas necessitam também ser
consideradas. A característica de raça reflete a interseção entre determinantes biológicos, culturais, socioeconômicos, políticos e legais, bem como a questão do racismo.
As características de estado conjugal, a estrutura familiar e o tamanho da moradia refletem o número de pessoas que deverão utilizar os recursos econômicos disponíveis e os
fatores sociais relacionados às uniões entre os indivíduos, o casamento, a viuvez, separações e divórcios.
Em seu trabalho de 2008, Silva faz também menção a essas variáveis:
“Em linhas gerais, a redução nas taxas de mortalidade é normalmente resultado
de uma evolução nos padrões de vida da população, decorrente de um conjunto de
fatores, tais como: os avanços na medicina e melhoria da saúde pública como um
todo, melhoria na geração e distribuição da riqueza para a população, melhor
qualidade de saneamento básico e tratamento da água, maior controle e vacinação
das doenças, tratamento do lixo, etc. Aliado a esses fatores, destaca-se também o
aumento da consciência do indivíduo no que tange o seu estilo de vida. Fatores
como o exercício regular, uma dieta rica e balanceada com refeições regulares, peso
dentro da normalidade, consumo moderado de álcool e descanso médio de 7 horas
diárias são atitudes que prolongam a vida das pessoas” (Silva, 2008, pp.81-82).
Todas essas variáveis citadas tendem a se inter-relacionar e também com muitos
outros aspectos inerentes ao desenvolvimento econômico, tornando muito difícil o seu
isolamento nos estudos. Além disso, tomando o próprio Brasil como exemplo, deveria
existir uma tendência dos programas de saúde serem mais intensivos e concentrados nos
03-Microsseguros-Vol 2.p65
172
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 173
locais menos abastados, como as Regiões Nordeste e Norte e as periferias dos grandes
centros urbanos, por óbvias razões, podendo ocasionar vieses nas relações observadas.
Na verdade, a maior oferta de serviços de saúde se dá justamente nos grandes centros
urbanos, onde existe uma maior infraestrutura.
Segundo Rodgers (2002, p.533), a identificação dos impactos de tais fatores, que
estão diretamente associados com a saúde do indivíduo, é válida no âmbito da formulação de políticas públicas, mas pode não ser decisiva para a descrição das mudanças da
mortalidade no processo de desenvolvimento. Por detrás dessas variáveis específicas, o
status econômico dos indivíduos aparenta dominar as mudanças no seu nível de saúde,
desde a questão da nutrição das pessoas até com relação a outros aspectos de consumo,
estando o status econômico do indivíduo muito correlacionado e determinante de muitas das variáveis específicas supracitadas. Bons salários podem ser uma pré-condição
para ambientes mais saudáveis e acesso a melhores serviços de saúde, dada a demanda
competitiva nos recursos – isso é evidente no nível nacional, local ou mesmo no nível
individual. Desta forma, para uma análise empírica geral, é razoável investigar um conjunto de fatores que relacionem renda e mortalidade.
Rodgers (2002, pp.533-534) nota que as observações feitas em países desenvolvidos sugerem que a relação entre renda e esperança de vida é assintótica crescente, ou
seja, os ganhos são decrescentes com a renda. Com isso, a relação entre renda e expectativa de vida é, consequentemente, não-linear e côncava. Sendo assim, dado um conjunto de níveis de renda, a média das esperanças de vida associadas a esses níveis é
obrigatoriamente menor do que a esperança de vida associada com o nível médio de
renda. Na prática, o formato preciso da função Renda × Expectativa de Vida depende
também de outras variáveis1.
Backlund et al. (1996, p.12) fazem uma revisão da literatura sobre as relações entre
a distribuição da renda e a mortalidade. Por exemplo, Wilkinson (1986, 1992) demonstrou que a distribuição de renda é muito mais preditiva da esperança de vida do que o
PIB per capita. Esses estudos mostraram que os países com uma distribuição mais igualitária de renda possuem menores taxas de mortalidade. Dado que a distribuição de renda surge como um importante determinante das diferenças entre as taxas internacionais
de mortalidade, tanto Rodgers (2002) quanto Wilkinson (1986,1992) teorizaram que o
forte gradiente inverso da mortalidade em função da renda, observado em diversos países, é mais acentuado para os níveis baixos de renda do que para os mais elevados.
1
As assíntotas da curva seriam deslocadas para cima, por exemplo, em função de novas descobertas na medicina (como
a cura do câncer) e uma melhor estrutura de oferta de serviços de saúde, ou poderiam ser deslocadas para baixo, devido a
grandes epidemias (se fosse o caso da gripe suína, por exemplo).
03-Microsseguros-Vol 2.p65
173
30/6/2010, 16:57
174 • Microsseguros: Série Pesquisas
Sendo assim, o efeito do desenvolvimento econômico nas taxas nacionais de mortalidade é dependente, em parte, do formato da relação entre renda e mortalidade.
Com base nela, os benefícios para os grupos de renda aumentam à medida que a renda
aumenta. A despeito da importância, investigações detalhadas acerca do formato
da relação entre renda e mortalidade são raras.
Dentro do próprio trabalho de Backlund et al. (1996), os autores demonstraram que
o gradiente de mortalidade-renda é muito menor nos níveis de renda mais elevados do
que nos mais baixos ou moderados, nas populações com idades economicamente ativas
(25 até 64 anos) e idosos (mais de 65 anos), tanto para homens quanto para mulheres,
antes e depois do ajuste para outras variáveis socioeconômicas. Além disso, um diferencial muito maior foi encontrado para as mulheres de renda baixa a moderada. O gradiente renda-mortalidade foi muito menor para os idosos do que para a população em idades
economicamente ativas. O estudo também examinou a capacidade de ajuste de várias
funções matemáticas da renda, para delinear a relação existente entre renda e mortalidade. O estudo sugere que os benefícios de saúde associados com a renda são decrescentes
à medida que a renda aumenta.
A pesquisa de Kitagawa e Hauser (1973) demonstrou que a mortalidade para homens e mulheres em idades ativas declina rapidamente como função da escolaridade
nos níveis mais baixos. Já nos níveis mais altos, a variação é substancialmente menor.
Outro estudo interessante, que ratifica as conclusões anteriores, foi o trabalho de Blaxter
(1990), que utilizando os dados da pesquisa de Saúde e Estilo de Vida na Inglaterra
concluiu a existência de uma forte relação inversa entre renda e a saúde para aqueles que
ganham menos de 200 libras, tendo essa relação uma intensidade muito menor ou nula,
ou até inversa, para aqueles que ganham mais de 200 ou 250 libras. Dos gráficos apresentados nesse estudo, concluiu-se também que o decrescimento inicial da mortalidade
para aqueles que ganham até 50 ou 100 libras é muito maior do que para aqueles que
ganham mais.
Em resumo, vários autores mostraram uma relação inversa entre nível socioeconômico
(usando alguma proxy como renda ou escolaridade) e saúde (e consequentemente, mortalidade), com uma forma convexa, ou seja, quedas mais acentuadas entre indivíduos
menos afluentes e menores gradientes entre os indivíduos dos estratos mais elevados.
O maior gradiente associado aos níveis de pobreza extrema parece ser razoável, à
medida que a extrema pobreza é associada a condições de privação e alienação social,
tais como a má nutrição e condições sanitárias e de moradia precárias.
Este relatório é composto de 6 seções. A primeira é esta introdução. A segunda
apresenta as bases de dados utilizadas. A terceira apresenta a metodologia de cálculo.
A quarta seção apresenta os resultados obtidos. A quinta apresenta as considerações
03-Microsseguros-Vol 2.p65
174
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 175
finais. A última seção é a bibliografia utilizada. Os anexos apresentam as tábuas de
mortalidade estimadas para cada sexo em separado, para indivíduos em domicílios com
renda per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 (três) salários mínimos, e funções
selecionadas calculadas para essas tábuas.
Bases de Dados
Os dados brasileiros, sejam do registro civil (IBGE), sejam do SIM (DATASUS/
Ministério da Saúde), não permitem uma desagregação direta por renda. Sendo assim,
não é possível calcular diretamente uma tábua para as populações-alvo. É possível, porém, desagregar os dados por áreas geográficas (municípios, estados, grandes regiões).
A situação ideal seria encontrar uma desagregação geográfica com um perfil de renda
semelhante ao da população-alvo. Para tanto, a ideia inicial do trabalho seria utilizar a
população das Regiões Norte e Nordeste (as grandes regiões brasileiras com as rendas
médias mais baixas – ver Tabela 1). Alguns estados dessas regiões apresentam uma
renda per capita mais perto da renda da população-alvo, mas acreditamos que a utilização do agregado dessas regiões, pelo maior tamanho do mesmo, deveria fornecer melhores condições para as estimativas necessárias.
Tabela 1 – Área, esperança de vida ao nascer em 2000 e proporção de domicílios com renda
familiar per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 SM (em 2007) e número total de domicílios
em 2000
Área
e0
<1SM
(%)
<2SM
(%)
<3SM
(%)
Total de
Domicílios
BR
70,43
53,5
78,9
85,3
55.001.941
NO
69,45
68,7
87,7
91,9
3.869.573
RO
68,97
64,0
85,3
89,2
438.606
AC
69,24
67,1
84,1
89,5
167.472
AM
69,46
68,5
89,4
92,7
789.013
RR
67,57
63,2
84,7
89,6
108.610
PA
69,87
71,1
88,7
92,4
1.831.626
AP
67,60
62,9
84,1
91,7
154.201
TO
69,11
67,9
85,7
92,4
380.045
ND
67,13
75,4
90,6
93,2
14.078.788
MA
64,64
77,9
92,2
96,1
1.566.793
PI
66,25
76,1
90,1
91,5
801.776
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
175
30/6/2010, 16:57
176 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 1 – Área, esperança de vida ao nascer em 2000 e proporção de domicílios com renda
familiar per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 SM (em 2007) e número total de domicílios
em 2000 (continuação)
Área
e0
<1SM
(%)
<2SM
(%)
<3SM
(%)
Total de
Domicílios
CE
67,77
76,4
91,2
93,4
2.229.503
RN
67,97
70,1
88,2
91,8
828.715
PB
66,41
75,8
89,8
92,4
997.519
PE
65,58
76,4
91,2
92,9
2.357.269
AL
63,87
78,1
91,0
95,2
829.903
SE
68,58
70,0
88,8
92,1
556.971
BA
70,01
74,4
90,2
92,8
3.910.339
SD
72,03
43,4
73,3
80,6
24.146.351
MG
72,77
55,0
81,3
88,6
5.889.188
ES
71,64
52,9
80,6
87,2
1.052.778
RJ
70,95
43,1
73,6
75,6
4.742.570
SP
72,18
37,3
68,8
78,5
12.461.815
SU
72,80
40,7
72,9
83,5
8.785.067
PR
71,95
43,8
74,1
83,6
3.260.923
SC
73,49
34,1
69,9
82,2
1.898.470
RS
73,27
41,3
73,3
84,0
3.625.674
CO
71,69
51,3
76,7
84,1
4.122.162
MS
71,61
52,8
77,9
86,5
732.908
MT
70,84
57,8
82,5
88,3
878.012
GO
71,34
53,6
80,9
89,0
1.810.594
DF
73,83
35,9
57,2
64,2
700.648
No entanto, a escolha da Região Nordeste ou da Região Norte como proxy para a
população de baixa renda brasileira esbarra em um grave problema, qual seja, que as
condições dos pobres dessas regiões diferem em muito das dos pobres das demais regiões: infraestrutura sanitária, acesso a serviços de saúde, disseminação de informações,
etc. Para mostrar esse ponto, poderíamos comparar a mortalidade de um mesmo estrato
econômico nas diferentes regiões. Utilizar os estratos mais baixos como as famílias com
renda per capita de até 1 salário mínimo poderia ainda deixar dúvidas, mesmo que uma
diferença na mortalidade fosse detectada, dada a grande assimetria na distribuição de
renda. Optamos assim por fazer a comparação utilizando um estrato mais afluente, qual
seja, o das famílias com renda per capita entre 2 e 3 salários mínimos.
03-Microsseguros-Vol 2.p65
176
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 177
Pela aplicação da técnica dos “Filhos Sobreviventes” proposta por Brass (1975),
calculou-se a mortalidade infantil, q(5), para ambos os sexos para três áreas: o Brasil
como um todo, as Regiões Norte e Nordeste juntas e as demais Regiões (Sul, Sudeste
e Centro-Oeste). O Gráfico 1 apresenta as estimativas da probabilidade de morte até
os 5 anos de idade, q(5), tomando-se como base a Tábua Modelo Oeste para a população de ambos os sexos, utilizando os microdados das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios (PNADs) dos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007. Os resultados
encontrados apontaram para uma mortalidade muito maior nas Regiões Nordeste e
Norte (linha tracejada curta), em comparação com a mortalidade no Brasil como
um todo (linha cheia) e a encontrada no agregado das Regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste (linha tracejada comprida), confirmando a hipótese de que existem outros fatores associados a localização física (infraestrutura, por exemplo) que influenciam diretamente no nível das taxas específicas. Note que a mortalidade estimada para
o Brasil como um todo é muito próxima daquela estimada para as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Esse fato é consistente com o maior tamanho da população desta
área vis-à-vis às demais: Norte e Nordeste.
Gráfico 1 – Probabilidade de Morte até A Idade Exata 5, q(5) – Valores Estimados e Ajustados
Utilizando-se o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Oeste – Renda Domiciliar
Per Capita entre 2 e 3 SM – Ambos os Sexos – Brasil – Áreas Selecionadas – PNADS 200
0,08
BRASIL
0,07
NO+NE
SUL+SE+CO
0,06
0,05
0,04
0,03
0,02
0,01
0,00
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
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177
30/6/2010, 16:57
178 • Microsseguros: Série Pesquisas
Optou-se assim, pelo agravamento da tábua estimada para a população brasileira como um todo, ao invés do agravamento de uma tábua estimada para as regiões
mais pobres.
Uma vez definida a população-alvo para o cálculo das taxas, foram utilizadas as
seguintes bases de dados:
•
•
Para o cálculo da Mortalidade Infantil: foram utilizadas as informações dos filhos tidos nascidos vivos (FTNV) e dos filhos sobreviventes (FS), ambos para o
sexo masculino e feminino, e das mulheres de 15 até 49 anos divididas em 7 faixas
etárias (15-19; 20-24; 25-29; 30-34; 35-39; 40-44 e 45-49 anos), com base nos dados das PNADs de 2004, 2005, 2006 e 2007;
Para o cálculo da Mortalidade Adulta: para o numerador do cálculo da taxa de
mortalidade foram utilizados os óbitos de pessoas do sexo masculino e feminino
ocorridos no ano de 2007 por grupos de idade, oriundos das estatísticas do Registro
Civil. Para o denominador do cálculo da taxa de mortalidade foram utilizadas as
informações da população contada e estimada no ano de 2007, tanto para indivíduos
do sexo masculino quanto do sexo feminino, em função dos dados da contagem
populacional de 2007 do IBGE.
Metodologia
As estatísticas primárias do IBGE não permitem a construção de Tábuas de Mortalidade de forma direta, mesmo para a população brasileira como um todo. Os óbitos
como encontrados no Registro Civil (RC) apresentam problemas de subenumeração.
Nem todos os óbitos ocorridos no país chegam ao RC. Existem formas de estimar esse
tipo de erro e corrigi-lo. Para tal, utilizou-se uma combinação de alguns métodos encontrados na literatura, nomeadamente o método “Growth Balance Equation” (ONU,
1983), o de Courbage & Fargues (1979), o de Preston & Coale (1980) e o de Benett &
Horiuchi (1981).
Essa correção não pode ser usada para as crianças, já que se acredita que os erros
nos registros desse grupo afetem tanto o numerador (óbitos) quanto o denominador
(população exposta). Para esse grupo é normalmente utilizado um método indireto proposto por Brass (1973, 1975) – ou uma variante proposta por Trussell (ONU, 1983) –, o
dos “Filhos Sobreviventes”, que estima diretamente a probabilidade de morte até uma
03-Microsseguros-Vol 2.p65
178
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 179
dada idade (usualmente 1 ou 5 anos. No caso desse trabalho, 5 anos). Esse método supõe
que o padrão de mortalidade da população em estudo pertence a uma família determinada, e que pelo menos no intervalo de idades considerado essa família é monotônica
(as taxas por idade entre os diferentes níveis das tábuas variam numa única direção).
A vantagem desse método é a possibilidade de se obter com a informação de uma única
pesquisa (Censo, PNAD ou outra semelhante) uma série de estimativas de mortalidade
com uma concomitante alocação temporal das mesmas, permitindo-se inferir uma tendência histórica.
Nesse texto, pelas razões já explicitadas, optou-se por calcular tanto as estatísticas
referentes às famílias com renda de até 1, até 2 e até 3 SM quanto ao total da população
e utilizar as diferenças encontradas para carregar a tábua estimada pelo IBGE para a
população como um todo. O método dos filhos sobreviventes como proposto por Brass
(1975) associa a cada grupo etário de mães uma idade “típica” para a informação dos
filhos. Por exemplo, as mães com 15 a 20 anos na pesquisa informando sobre a mortalidade de seus filhos levam a uma estimativa correspondente a em torno de 1 ano de
idade. As mães no segundo grupo etário fértil, aquelas com idade entre 20 e 25 anos,
levam a uma estimativa correspondente a cerca de 2 anos de idade. As do terceiro
grupo levam a uma estimativa para 3 anos, e as do quarto, para 5 anos. A partir deste
grupo, as idades dos filhos variam de 5 em 5 anos pari passu com os grupos etários
das mães.
De qualquer forma, para se conseguir uma avaliação da evolução da mortalidade é
necessário que todas as taxas façam referência a uma mesma idade (por exemplo, 1 ou 5
anos). No método proposto por Brass, essa passagem é feita a partir de uma interpolação,
utilizando-se a família modelo de mortalidade da hipótese inicial (no caso desse estudo,
a Família Modelo Brasil).
O Gráfico 2, o Gráfico 3 e o Gráfico 4 apresentam as estimativas de mortalidade até
a idade exata 5, q(5), para a população de ambos os sexos, homens e mulheres, respectivamente. Os dados correspondem aos diferentes grupos etários das mães e alocações
temporais e utilizando a Família Modelo Brasil (ver Nações Unidas, 1983). O que se
observa é que para idades maiores das mães, correspondendo a idades maiores de filhos,
existe uma maior diferença entre as taxas de mortalidade aparentes.
03-Microsseguros-Vol 2.p65
179
30/6/2010, 16:57
180 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 2 – Probabilidade de Morte até a Idade Exata 5, q(5) – Valores Ajustados Utilizando-se
o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Brasil – Brasil – Média PNAD 2005/07
segundo Renda Domiciliar Per Capita
AMBOS OS SEXOS
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
1990
1992
1994
1996
1998
Até 1 sm
Até 2 sm
2000
2002
Até 3 sm
2004
2006
2008
Total
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
Gráfico 3 – Probabilidade de Morte até a Idade Exata 5, q(5) – Valores Ajustados Utilizando-se
o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Brasil – BRASIL – Média PNAD 2005/07
segundo Renda Domiciliar Per Capita
HOMENS
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
1990
1992
1994
Até 1 sm
1996
1998
Até 2 sm
2000
Até 3 sm
2002
2004
2006
Total
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
03-Microsseguros-Vol 2.p65
180
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2008
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 181
Gráfico 4 – Probabilidade de Morte até a Idade Exata 5, q(5) – Valores Ajustados Utilizando-se
o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Brasil – Brasil – Média PNAD 2005/07
segundo Renda Domiciliar Per Capita
MULHERES
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
1990
1992
1994
1996
até 1 sm
1998
até 2 sm
2000
2002
até 3 sm
2004
2006
2008
Total
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
Considerando que a evolução recente da mortalidade nas diferentes regiões brasileiras,
assim como no Brasil como um todo, não tem satisfeito a condição de monotonicidade,
existe uma controvérsia sobre o uso de famílias de tábuas-modelo em geral. Usualmente, as
medidas associadas aos dois primeiros grupos etários de mães têm apresentado um vício
relacionado com a quebra da hipótese de independência da probabilidade de morte do
filho e idade da mãe utilizada no método. Além disso, com os dados do censo brasileiro
de 1991, somente os estados do Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram esse comportamento. Em 1980, todos os estados apresentaram esse comportamento. Em 2000, essa
característica foi mais distribuída entre os diferentes estados. Como as tábuas disponíveis não incorporam um calombo devido ao aumento da mortalidade entre os adultos
jovens do sexo masculino (e para alguns estados da Região Sudeste já para os adultos jovens do sexo feminino), há também uma sobre-estimativa da mortalidade infantil (e uma correspondente subestimativa da esperança de vida ao nascer) para os
filhos de mães dos grupos mais velhos.
Partindo-se do pressuposto que esse aumento da mortalidade tem sido notado para a
população acima de 15 anos, vamos considerar que as informações das mulheres do
último grupo não afetadas por esse problema seriam as de 35-40 anos, o que corresponde
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181
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182 • Microsseguros: Série Pesquisas
à idade aproximada de 10 anos para o filho. A partir deste grupo etário das mães, as
estimativas incorporariam diferenças relativas às mortes por causas externas e esperarse-ia que as diferenças entre as classes sociais aumentassem. Dado que o método estima
valores para diferentes idades e diferentes pontos no tempo, é possível, na hipótese de
pouca mudança na posição relativa da população-alvo (com renda familiar abaixo de 1,
de 2 ou de 3 salários mínimos) e da população total, obter uma estimativa para a diferença entre as mortalidades das duas populações para os grupos pouco afetados por causas
externas, como a média da diferença entre as taxas dos primeiros grupos, que teria uma
precisão melhor do que qualquer das estimativas individuais correspondentes a um dado
grupo etário de mães.
O Gráfico 5 e o Gráfico 6 apresentam a diferença entre os logitos da probabilidade
de morte até a idade exata 5, q(5), da população total e daquela com renda familiar per
capita respectivamente inferior a 1 (um) e a 2 (dois) salários mínimos. O eixo das abscissas
apresenta a informação da idade original do método. Esses gráficos apresentam também
o valor médio correspondente às estimativas relacionadas com as crianças até 10 anos
de idade (cinco primeiras idades estimadas: 1, 2, 3, 5 e 10 anos). A estimativa do primeiro nível foi feita eliminando-se somente aquelas observações que sabidamente apresentam um viés devido à mortalidade por causas externas, correspondente aos filhos das
mães mais velhas. Essas informações foram incorporadas na transição para uma diferença maior para os filhos de 20 anos e mais. As diferenças mencionadas serão utilizadas
como os agravamentos da tábua da população como um todo para a obtenção das tábuas
das populações-alvo.
O Gráfico 5 apresenta o valor médio das diferenças dos logitos das estimativas para
a população-alvo de renda familiar per capita de até 1 salário mínimo e a população
como um todo para as primeiras idades. Essa diferença foi igual a 0,0676 para os homens e 0,0666 para as mulheres. A diferença a partir de 20 anos passa, respectivamente,
para homens e mulheres, a 0,1649 e 0,1638.
O Gráfico 6 apresenta o valor correspondente para a população-alvo de renda familiar per capita de até 2 salários mínimos e a população como um todo. Essa diferença
para as primeiras idades foi igual a 0,0290 para os homens e 0,0330 para as mulheres.
A diferença a partir de 20 anos passa, respectivamente, para homens e mulheres, a 0,0796
e 0,0836.
Já o Gráfico 7 apresenta o valor médio das diferenças dos logitos das estimativas
para a população-alvo de renda familiar per capita de até 3 salários mínimos e a população como um todo. Essa diferença para as primeiras idades foi igual a 0,0167 para os
homens e 0,0203 para as mulheres. A diferença a partir de 20 anos passa, respectivamente, para homens e mulheres, a 0,0510 e 0,0546.
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 183
Gráfico 5 – Diferença entre os Logitos das Estimativas de Mortalidade até a Idade Exata para a
População Total e a População com Renda Familiar Per Capita de até 1 Salário Mínimo – segundo
Sexo e Idade
0,18
HOMENS
MULHERES
AMBOS OS SEXOS
MÉDIA HOMENS
MÉDIA MULHERES
0,16
0,14
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
0
5
10
15
20
25
30
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
Gráfico 6 – Diferença entre os Logitos das Estimativas de Mortalidade até a Idade Exata para a
População Total e a População com Renda Familiar Per Capita de até 2 Salários Mínimos –
segundo Sexo e Idade
0,18
HOMENS
MULHERES
AMBOS OS SEXOS
MÉDIA HOMENS
MÉDIA MULHERES
0,16
0,14
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
0
5
10
15
20
25
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
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183
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30
184 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 7 – Diferença entre os Logitos das Estimativas de Mortalidade até a Idade Exata 5 para a
População Total e a População com Renda Familiar Per Capita de até 3 Salários Mínimos –
segundo Sexo e Idade
0,18
HOMENS
MULHERES
AMBOS OS SEXOS
MÉDIA HOMENS
MÉDIA MULHERES
0,16
0,14
0,12
0,10
0,08
0,06
0,04
0,02
0,00
0
5
10
15
20
25
30
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
A partir das informações dos óbitos corrigidos, mortalidade infantil e população em
risco é possível, então, calcular uma tábua para a população como um todo. Como já
mencionado, os óbitos não são informados com a renda, e é necessário realizar um
agravamento da tábua estimada para a população como um todo para se obter uma tábua
para os subgrupos em questão: população com renda familiar per capita de até 1 (um),
até 2 (dois) ou até 3 (três) salários mínimos.
O agravamento foi realizado a partir do dimensionamento do parâmetro de nível
(αs) e supondo-se que o parâmetro de forma (βs) seria igual à unidade na equação do
logito, com relação à tábua do Brasil como um todo construída pelo IBGE para 2007
(IBGE, 2008):
•
Para aqueles que ganham até 1 salário mínimo:
•
Para aqueles que ganham até 2 salários mínimos:
•
Para aqueles que ganham até 3 salários mínimos:
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184
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 185
Onde:
é a taxa ajustada de mortalidade para a população-alvo, aquela com renda familiar
per capita inferior a 1 salário mínimo, com idade x e sexo s;
é a taxa ajustada de mortalidade para a população-alvo, aquela com renda familiar per capita inferior a 2 salários mínimos, com idade x e sexo s;
é a taxa ajustada de mortalidade para a população-alvo, aquela com renda familiar per capita inferior a 3 salários mínimos, com idade x e sexo s;
é a taxa ajustada de mortalidade para a população brasileira como um todo,
de sexo s com idade x; e
é a diferença dos logitos de indivíduos da população-alvo com renda per capita
de até i SM e da população total com sexo s e com idade x.
A inversão da fórmula do logito nos fornece um ajuste para a taxa de mortalidade
entre idades exatas, como:
,
e
.
Um problema que se coloca é a estimativa da mortalidade para idades acima de 80
anos, já que a tábua para a população brasileira publicada pelo IBGE é limitada por essa
idade. Para extensão a idades superiores optamos por um enfoque paramétrico, ajustando as taxas publicadas pelo IBGE a formulação proposta por Heligman & Pollard (1975):
Considerando que o nosso problema se restringe às idades avançadas, para esta
extrapolação é suficiente a utilização de um modelo simplificado, que não leva em conta
a mortalidade infantil ou o calombo da mortalidade por causas externas:
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186 • Microsseguros: Série Pesquisas
O Gráfico 8 apresenta o logaritmo da probabilidade entre idades exatas x e x+1 para
a tábua estimada pelo IBGE para a população brasileira como um todo para o ano de
2007. Neste trecho, essa probabilidade aparece basicamente como uma reta, e a estimativa dos parâmetros D, G e H para qualquer intervalo entre 50 e 80 anos resulta em
valores similares. A estimativa para esses parâmetros considerando o intervalo [69, 79]
encontra-se na Tabela 2. A partir dessas estimativas, o parâmetro K foi calculado de
modo a reproduzir o valor de T(x) como encontrado na tábua publicada2. Esse valor
encontra-se na última linha da mesma tabela. Utilizando-se esses valores de parâmetros
e o modelo de Heligman & Pollard foi possível estender a taxa de mortalidade para
idades acima de 80 anos.
Gráfico 8 – Logaritmo da Probabilidade de Morte entre as Idades Exatas x e x+1 segundo Sexo –
Brasil – 2007
0,0
HOMENS
MULHERES
-1,0
-2,0
-3,0
-4,0
-5,0
-6,0
45
50
55
60
65
70
75
Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007
2
Ver seção “Resultados Obtidos” para definição das funções da tábua de mortalidade.
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30/6/2010, 16:57
80
85
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 187
Tabela 2 – Parâmetros estimados para o modelo de Heligman & Pollard para a população brasileira
como um todo – 2007
Homens
Mulheres
G
0,0001945
0,0000488
H
1,0774
1,0923
D
0,011077
0,005149
K
2,759526196
2,101599165
Resultados Obtidos
Nesta seção vamos apresentar os resultados obtidos na forma das principais funções das tábuas de mortalidade e mostrar os gráficos correspondentes para as populações-alvo. Os dados numéricos estão apresentados no apêndice. A Tabela 4 lista um
resumo das funções apresentadas.
Probabilidade de Morte entre Idades Exatas
x e x+n (nqx)
Descrição: Representa a probabilidade de uma pessoa com idade exata x falecer nos
n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, antes de completar x+n anos.
Pode ser calculado a partir de:
.
No caso particular de n=1, a notação pode também ser simplificada para
.
No caso particular de x=0, obtém-se a probabilidade de óbito antes do n-ésimo aniversário,
.
Para n=1 e x=0 temos a taxa de mortalidade infantil
.
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Uma das bases de uma tabela de sobrevivência é este conjunto de probabilidades de
morte nqx. Uma tábua abreviada, usualmente, utiliza grupos quinquenais, isto é, n=5.
Já uma tábua completa utiliza idades individuais, isto é, n=1. O Gráfico 9 apresenta a
taxa específica de mortalidade entre idades exatas x e x+1 para a população brasileira
com renda per capita de até 1 (um) salário mínimo, com linhas contínuas em negrito, até
2 (dois) salários mínimos, com linhas contínuas, e até 3 (três) salários mínimos, com
linhas pontilhadas, segundo sexo (homens em azul e mulheres em vermelho). As taxas
masculinas apresentam valores sempre superiores às taxas femininas e um calombo proeminente para os adultos jovens (idades entre 15 e 40 anos), explicado pelas mortes por
causas externas. Esses óbitos por causas externas incluem homicídios, suicídios, acidentes de meio de transporte, etc. Entre as mulheres, o calombo é apenas sugerido, e
ocorre tipicamente para idades mais jovens. Como era de se esperar, as taxas de mortalidade são consistentemente menores para os indivíduos com maior renda.
Gráfico 9 – Probabilidade de Morte entre as Idades Exatas x e x+1 segundo Sexo – Renda Per Capita
de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007
1,0000
HOMENS
MULHERES
0,1000
0,0100
0,0010
0,0001
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Fonte: IBGE, 2009
O Gráfico 10 apresenta a sobremortalidade masculina3 para as populações-alvo: renda
per capita de até 1, até 2 e até 3 salários mínimos. A forma é a esperada, com valores
3
Razão entre as taxas de mortalidade masculinas (numerador) e femininas (denominador).
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 189
sempre superiores à unidade e com um maior diferencial para os adultos jovens, chegando a 4,32 para a idade de 22 anos, no caso daqueles com renda per capita de até 1 SM,
e a 4,30 para a mesma idade, no caso daqueles com renda per capita de até 2 e até 3 SM.
Gráfico 10 – Sobremortalidade Masculina – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e
2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007
5
4
3
2
1
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Fonte: Elaborado pelos autores.
Sobreviventes à Idade Exata x (lx)
Descrição: Representa o número de pessoas que alcançam com vida a idade exata x,
ou seja que chegam ao seu x-ésimo aniversário, oriundas de um grupo inicial l0, chamado
de raiz da tábua (ou raiz de uma tabela de sobrevivência). Essa raiz é usualmente 100.000,
1.000.000 ou um outro múltiplo de 10, para facilitar a interpretação. As tábuas geralmente principiam pela idade 0, mas podem ter início em idades mais elevadas. Por exemplo, se o grupo em observação for de trabalhadores, é comum que a tábua principie em
18 ou 20 anos. Note que lx como função da idade é monotônica decrescente. Pode ser
calculada a partir de:
.
O Gráfico 11 apresenta as informações relativas a lx para homens e mulheres da
população de até 1 (linha contínua em negrito), 2 (linha contínua) e 3 (linha tracejada)
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SM. Considerando que as mulheres apresentam taxas de mortalidade inferiores às dos
homens, a curva de lx feminina é consistentemente maior do que a masculina para todas
as idades consideradas. A curva de lx dos indivíduos de renda mais alta é consistentemente superior à dos de renda menor.
Gráfico 11 – Sobreviventes à Idade Exata X – População com Raiz l(0)=1.000.000 segundo
Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM
(Pontilhada) – Brasil – 2007
1.000.000
900.000
800.000
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
HOMENS
MULHERES
100.000
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Fonte: IBGE, 2009
Óbitos entre Idades Exatas x e x+n (ndx)
Descrição: Representa o número de óbitos ocorridos entre as pessoas que alcançam
com vida a idade exata x e que morrem nos n anos seguintes, ou seja, antes de completarem x+n anos. Pode ser calculado a partir de:
ou de
.
No caso particular de n=1, a notação pode ser simplificada para
.
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Observe que para qualquer idade exata x, o total dos indivíduos dessa idade no grupo em
observação, lx, deve ser igual aos óbitos em todas as idades iguais ou superiores a x, isto é,
.
Ver Gráfico 12 para a representação gráfica da função dx para a população-alvo
segundo sexo e grupo de renda. Nas idades abaixo de 75/76 anos, o gráfico apresenta
mais óbitos masculinos. A partir dessa idade, com a diminuição da população exposta
passamos a observar mais óbitos femininos.
Gráfico 12 – Número de Óbitos entre as Idades Exatas x e x+1 – População com Raiz
l(0)=1.000.000 segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM
(Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007
35.000
HOMENS
MULHERES
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Fonte: IBGE, 2009
Probabilidade de Sobrevivência entre Idades
Exatas x e x+n (npx)
Descrição: Representa a probabilidade de uma pessoa com idade exata x sobreviver
nos n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, até completar x+n anos. Dado que cada
indivíduo do grupo lx sobrevive ou morre até a idade x+n, necessariamente a soma das
duas funções deve ser igual à unidade. Pode ser calculado a partir de:
.
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No caso particular de n=1, a notação é:
.
No caso particular de x=0, obtém-se a probabilidade de sobrevivência até o n-ésimo
aniversário,
.
Para toda a idade x e n=0,
e para toda a idade x e n=ω-x temos que:
.
Uma propriedade interessante da função de sobrevivência é a cumulatividade:
,
propriedade não compartilhada com a probabilidade de morte.
Tempo Vivido entre as Idades x e x+n Anos, ou
Equivalentemente, numa População Estável, à
População com Idade entre x Anos (Inclusive) e
x+n Anos (Exclusive) (nLx)
Descrição: Representa o número de pessoas-ano vivido pela população com idade
exata x nos n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, antes de completar x+n anos.
Pode ser calculado a partir de:
.
Por exemplo, no Gráfico 11, o valor 5L50 corresponde à área abaixo da curva lx entre
as abscissas 50 e 55.
Para quase todas as idades acima de 5 anos e tamanho do intervalo menor ou igual a
5, o valor da integral pode ser aproximado a partir da área do trapézio, isto é:
.
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 193
Para o grupo aberto correspondente a ω-xLx e idades superiores a 75 anos, Ortega
(1987) sugere as seguintes fórmulas para estimar esta grandeza:
L75+
(5,731+0,0000654*l75)*l75
L80+
(4,769+0,0000536*l80)*l80
L85+
(3,862+0,0000466*l85)*l85
As tabelas das Nações Unidas com o grupo aberto de 85 e + utilizam a fórmula:
.
Já as tabelas de Coale e Demeny (1966) com o grupo aberto 80 e + estimam o valor
do grupo aberto como:
.
Cumpre notar que para todas essas tábuas a raiz l0 é igual a 100.000 indivíduos.
Taxa Central de Mortalidade (nmx)
Descrição: Representa a probabilidade de uma pessoa com idade x falecer nos n
anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, antes de completar a idade de x+n anos.
Pode ser calculado a partir de:
.
No caso particular de n=1, a notação pode também ser simplificada para:
.
O Gráfico 13 apresenta a taxa central de mortalidade por idade x para a população
brasileira com renda per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 (três) salários mínimos
segundo sexo. Semelhante ao que ocorreu com a taxa de mortalidade entre idades exatas, as taxas masculinas apresentam valores sempre superiores às taxas femininas e um
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calombo proeminente para os adultos jovens (idades entre 15 e 40 anos), explicado pelas
mortes por causas externas. Aqui também esses óbitos por causas externas incluem homicídios, suicídios, acidentes de meio de transporte, etc. Entre as mulheres, o calombo é
apenas sugerido, e ocorre tipicamente para idades mais jovens. Indivíduos do grupo de
renda mais baixo (até 1 SM) apresentam taxas maiores do que os de maior renda.
Gráfico 13 – Taxa Central de Mortalidade segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito
Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007
1,0000
HOMENS
MULHERES
0,1000
0,0100
0,0010
0,0001
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Fonte: IBGE, 2009
Tempo Vivido entre as Idades x e w, isto é, Tempo
Vivido desde a Idade x Anos até a Extinção do
Grupo, ou Equivalentemente, População com Idade
Acima de x Anos (Tx)
Descrição: Representa o número de pessoas-ano vivido pela população com idade
exata x nos anos seguintes a esse aniversário até a extinção total do grupo. Pode ser
calculado a partir de:
.
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 195
Esperança de Vida à Idade Exata x (ex)
Descrição: Representa o número médio de anos vividos pelos indivíduos do grupo
em estudo a partir da idade exata x. Pode ser calculado como a razão dos números de
anos vividos pela população a partir da idade x e a população na mesma idade, ou seja:
A esperança de vida à idade exata x, ex é positivamente a função resumo mais
difundida. O valor mais conhecido dessa função é eo, a esperança de vida ao nascer.
O Gráfico 14 apresenta a esperança de sobrevida para a população-alvo segundo sexo.
O hiato de gênero da esperança de vida ao nascer é de um pouco mais de 8,0 anos para
a população de renda per capita de até 1 salário mínimo, de um pouco mais de 7,8 anos
para a população de renda per capita de até 2 salários mínimos e de um pouco mais de
7,7 anos para a população de renda per capita de até 3 salários mínimos. Note que a
função não é monotônica decrescente (nas primeiras idades).
Gráfico 14 – Esperança de Sobrevida à Idade Exata x segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1
SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007
90
HOMENS
MULHERES
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0
10
20
30
40
50
60
70
Fonte: IBGE, 2009
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80
90
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Para se ter uma ideia da posição relativa das populações-alvo vis-à-vis à população
complementar, apresentamos na Tabela 3 as esperanças de vida correspondentes para
cada um dos cortes. Por causa do tamanho relativo da população abaixo de 3 SM per
capita (85,3%), a esperança de vida da população masculina com renda abaixo desse
limite apresenta pequena diferença (menos de um ano) com a da população como um
todo, com esperanças de vida respectivamente de 68,07 e 68,82 anos. Para a população
feminina, os valores são, respectivamente, 76,20 e 76,44, com uma diferença também
inferior a um ano. Utilizando-se uma regra de 3 simples para estimar a esperança de
vida da população acima de 3 SM per capita obtemos uma esperança de vida de 74,01
e de 78,07 anos, respectivamente, para homens e mulheres. As diferenças entre a população-alvo com o corte de 2 SM per capita e a população total já são um pouco
maiores. As esperanças de vida abaixo e acima do corte são respectivamente iguais a
67,64 e 73,26 anos para os homens e 75,39 e 80,37 para as mulheres: uma diferença
entre as esperanças de vida dos dois grupos de um pouco mais de 5 anos e meio para os
homens e quase 5 anos para as mulheres. Utilizando-se o limite de 1 SM per capita,
essas diferenças são menores, respectivamente de 5,3 e 4,4 anos.
Tabela 3 – Esperança de vida ao nascer para grupos populacionais selecionados e para o total da
população – Brasil – 2007
População
Masculino
Feminino
Abaixo de 1 SM per capita
66,35
74,38
Acima de 1 SM per capita
71,66
78,82
Abaixo de 2 SM per capita
67,64
75,39
Acima de 2 SM per capita
73,26
80,37
Abaixo de 3 SM per capita
68,07
75,76
Acima de 3 SM per capita
74,01
81,13
Total
68,82
76,44
Fatores de Separação à Idade x, (nfx ou nax)
Descrição: Representa o número de pessoas-ano vivido pela população com idade
exata x nos n anos seguintes ao seu aniversário, mas que morreram antes de completar
x+n anos. Pode ser calculado a partir de:
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 197
Fatores de separação são muito importantes para as idades (ou grupos de idade)
extremas, crianças e idosos. Usualmente a determinação de nax é feita para certos conjuntos de tábuas-modelo. Por exemplo, Coale & Demeny sugerem utilizar, respectivamente, para homens e mulheres os seguintes valores:
e
.
A partir desta informação se constroem os valores da população com menos de 1 ano
de idade,
.
Tabela 4 – Resumo das funções da tábua de mortalidade apresentadas
Notação
Descrição
lx
Número de pessoas com idade exata x no grupo em observação
L
Número de pessoas com idades entre x (inclusive) e x+n (exclusive) anos no grupo
em observação
d
Número de óbitos ocorridos no grupo em observação entre as idades x (inclusive) e
x+n (exclusive) anos
q
Probabilidade de morte no grupo em observação nas idades entre x (inclusive) e x+n
(exclusive) anos, dado que sobreviveu até a idade exata x
n x
p
Probabilidade de sobrevivência no grupo em observação entre as idades x (inclusive)
e x+n (exclusive) anos, dado que sobreviveu até a idade exata x
Tx
Número de pessoas-ano vivido pela população em observação a partir da idade exata x
ex
Número médio de anos vividos por um indivíduo da população em observação a partir
da idade exata x
a
Fator de separação
n x
n x
n x
n x
Comentários Finais
Os resultados obtidos nesta pesquisa são consistentes com os diversos estudos que
analisaram a relação entre Renda × Mortalidade (ou esperança de vida ou saúde do
indivíduo), nos quais a mortalidade apresenta uma relação inversa com a renda, possivelmente mediada por outros fatores ligados à infraestrutura local de saneamento e de
acesso a serviços de saúde e de nível de informação. Ou seja, não se pode afirmar que
uma pessoa que recebe 1 (um) salário mínimo nas Regiões Nordeste e Norte terá a
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mesma expectativa de sobrevivência do que uma pessoa de mesmo nível de renda e que
resida nas Regiões Sul, Sudeste ou Centro-Oeste.
As tábuas apresentadas foram obtidas com o agravamento (diferenciado no sexo e
na idade) da tábua obtida pelo IBGE para a população como um todo.
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200
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 201
Anexo 1 – Tábua de Mortalidade Completa –
População Masculina de Renda <=1 SM
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
0
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1
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0,00261
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2
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0,500
0,00151
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2.530
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1.464
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3
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1.100
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4
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0,500
5
0,00065
0,500
0,00093
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897
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6
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7
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0,00048
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0,00036
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347
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0,00032
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306
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n
d
n
Lx
n
9
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0,500
0,00032
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306
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0,00060
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0,00200
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0,00231
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47,00
24
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3.213
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25
0,00344
0,500
0,00343
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3.208
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0,500
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3.211
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0,500
0,00348
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28
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42,77
29
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0,500
0,00363
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3.347
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30
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0,500
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919.149
3.423
917.437
0,99623
37.754.456
41,08
continua
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201
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202 • Microsseguros: Série Pesquisas
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
31
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32
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0,500
0,00393
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0,500
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0,500
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0,500
0,00440
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0,500
0,00481
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33,51
40
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0,500
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41
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0,500
0,00593
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43
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44
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0,500
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47
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0,500
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48
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0,500
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49
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0,500
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51
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24,07
n
d
n
Lx
n
52
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0,500
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53
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0,01249
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55
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0,500
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56
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0,500
0,01575
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57
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0,500
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0,500
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0,500
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60
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0,500
0,02048
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0,500
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0,500
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64
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0,500
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0,500
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17.970
617.897
0,97033
9.245.357
14,75
continua
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202
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 203
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
66
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0,500
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67
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0,500
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68
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0,500
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69
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550.314
n
d
Px
Tx
ex
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14,17
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20.394
560.511
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13,05
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539.650
0,95964
6.886.928
12,51
n
Lx
n
70
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0,500
0,04204
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22.236
517.868
0,95627
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12,00
71
0,04656
0,500
0,04550
506.750
23.059
495.221
0,95271
5.829.410
11,50
72
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0,500
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73
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0,500
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74
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0,500
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24.800
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75
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0,500
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410.762
25.135
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76
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0,500
0,06577
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25.363
372.946
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9,32
77
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0,500
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25.460
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78
0,07891
0,500
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334.804
25.417
322.096
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2.872.809
8,58
79
0,08501
0,500
0,08155
309.387
25.229
296.772
0,91638
2.550.713
8,24
80
0,08974
0,500
0,08588
284.158
24.405
271.956
0,91194
2.253.941
7,93
81
0,09471
0,500
0,09043
259.753
23.490
248.008
0,90730
1.981.985
7,63
82
0,09995
0,500
0,09519
236.263
22.491
225.018
0,90244
1.733.977
7,34
83
0,10545
0,500
0,10017
213.773
21.413
203.066
0,89738
1.508.959
7,06
84
0,11121
0,500
0,10536
192.360
20.266
182.226
0,89209
1.305.893
6,79
85
0,11725
0,500
0,11076
172.093
19.060
162.563
0,88660
1.123.666
6,53
86
0,12356
0,500
0,11637
153.033
17.808
144.129
0,88090
961.103
6,28
87
0,13013
0,500
0,12218
135.225
16.522
126.964
0,87500
816.974
6,04
88
0,13698
0,500
0,12820
118.703
15.218
111.094
0,86891
690.010
5,81
89
0,14409
0,500
0,13441
103.485
13.909
96.531
0,83326
1,00000
89.576
89.576
482.386
90+
03-Microsseguros-Vol 2.p65
203
30/6/2010, 16:57
578.916
5,59
482.386
5,39
204 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo 2 – Tábua de Mortalidade Completa –
População Feminina de Renda <=1 SM
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
0
0,02198
0,165
0,02158
1.000.000
21.582
1
0,00206
0,500
0,00206
978.418
2
0,00105
0,500
0,00105
976.401
3
0,00074
0,500
0,00074
4
0,00048
0,500
5
0,00035
0,500
6
0,00032
0,500
0,00032
973.840
307
973.686
7
0,00028
0,500
0,00028
973.533
276
973.395
8
0,00026
0,500
0,00026
973.257
251
973.132
n
d
Px
Tx
ex
981.979
0,98198
74.378.832
74,38
2.017
977.410
0,99844
73.396.854
75,02
1.025
975.889
0,99910
72.419.444
74,17
975.376
726
975.014
0,99939
71.443.555
73,25
0,00048
974.651
469
974.416
0,99958
70.468.541
72,30
0,00035
974.182
342
974.011
0,99967
69.494.125
71,34
0,99970
68.520.114
70,36
0,99973
67.546.428
69,38
0,99975
66.573.033
68,40
n
Lx
n
9
0,00024
0,500
0,00024
973.007
233
972.890
0,99976
65.599.901
67,42
10
0,00023
0,500
0,00023
972.773
227
972.660
0,99976
64.627.011
66,44
11
0,00024
0,500
0,00024
972.546
233
972.430
0,99975
63.654.351
65,45
12
0,00026
0,500
0,00026
972.313
255
972.186
0,99972
62.681.921
64,47
13
0,00030
0,500
0,00030
972.059
293
971.912
0,99967
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63,48
14
0,00036
0,500
0,00036
971.766
346
971.592
0,99961
60.737.823
62,50
15
0,00042
0,500
0,00042
971.419
411
971.214
0,99954
59.766.231
61,52
16
0,00049
0,500
0,00049
971.009
478
970.770
0,99948
58.795.017
60,55
17
0,00056
0,500
0,00056
970.531
539
970.261
0,99942
57.824.247
59,58
18
0,00061
0,500
0,00060
969.992
587
969.698
0,99938
56.853.986
58,61
19
0,00064
0,500
0,00064
969.405
624
969.093
0,99934
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57,65
20
0,00068
0,500
0,00068
968.781
659
968.452
0,99930
54.915.195
56,68
21
0,00072
0,500
0,00072
968.123
697
967.774
0,99926
53.946.742
55,72
22
0,00076
0,500
0,00076
967.426
737
967.057
0,99922
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54,76
23
0,00080
0,500
0,00080
966.689
777
966.300
0,99917
52.011.911
53,80
24
0,00085
0,500
0,00085
965.911
820
965.501
0,99913
51.045.611
52,85
25
0,00090
0,500
0,00090
965.091
865
964.659
0,99908
50.080.109
51,89
26
0,00095
0,500
0,00095
964.226
914
963.769
0,99902
49.115.450
50,94
27
0,00100
0,500
0,00100
963.312
966
962.830
0,99897
48.151.681
49,99
28
0,00106
0,500
0,00106
962.347
1.022
961.836
0,99891
47.188.852
49,04
29
0,00113
0,500
0,00113
961.325
1.083
960.783
0,99884
46.227.016
48,09
30
0,00120
0,500
0,00120
960.241
1.152
959.665
0,99876
45.266.233
47,14
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
204
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 205
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
31
0,00128
0,500
0,00128
959.089
1.228
958.476
0,99867
44.306.568
46,20
32
0,00137
0,500
0,00137
957.862
33
0,00145
0,500
0,00145
956.548
1.314
957.205
0,99859
43.348.092
45,26
1.391
955.852
0,99849
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44,32
34
0,00156
0,500
0,00156
955.157
1.489
954.412
0,99839
41.435.035
43,38
35
0,00166
0,500
36
0,00179
0,500
0,00165
953.668
1.578
952.879
0,99828
40.480.623
42,45
0,00179
952.090
1.700
951.240
0,99814
39.527.744
41,52
37
0,00194
38
0,00209
0,500
0,00194
950.390
1.840
949.470
0,99799
38.576.505
40,59
0,500
0,00209
948.550
1.981
947.560
0,99781
37.627.034
39,67
39
0,00229
0,500
0,00228
946.569
2.161
945.489
0,99761
36.679.475
38,75
40
0,00250
0,500
0,00250
944.408
2.359
943.229
0,99739
35.733.986
37,84
41
0,00273
0,500
0,00273
942.049
2.568
940.765
0,99715
34.790.757
36,93
42
0,00297
0,500
0,00297
939.481
2.789
938.086
0,99690
33.849.992
36,03
43
0,00323
0,500
0,00322
936.692
3.020
935.182
0,99664
32.911.906
35,14
44
0,00350
0,500
0,00349
933.672
3.262
932.041
0,99636
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34,25
45
0,00379
0,500
0,00379
930.410
3.522
928.649
0,99606
31.044.683
33,37
46
0,00411
0,500
0,00410
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3.802
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0,99573
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32,49
47
0,00445
0,500
0,00444
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4.097
921.038
0,99538
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31,62
48
0,00480
0,500
0,00479
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4.405
916.787
0,99502
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30,76
49
0,00519
0,500
0,00517
914.584
4.731
912.219
0,99461
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29,91
50
0,00562
0,500
0,00560
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5.096
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0,99418
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29,06
51
0,00605
0,500
0,00603
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902.030
0,99373
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28,22
52
0,00653
0,500
0,00651
899.302
5.856
896.374
0,99323
24.631.668
27,39
53
0,00705
0,500
0,00703
893.446
6.281
890.305
0,99269
23.735.295
26,57
54
0,00762
0,500
0,00759
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6.734
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0,99211
22.844.990
25,75
55
0,00823
0,500
0,00820
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7.215
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0,99148
21.961.193
24,94
56
0,00889
0,500
0,00885
873.215
7.731
869.349
0,99078
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24,15
57
0,00963
0,500
0,00958
865.484
8.293
861.337
0,99002
20.215.021
23,36
58
0,01045
0,500
0,01039
857.190
8.907
852.737
0,98917
19.353.684
22,58
n
d
n
Lx
n
59
0,01134
0,500
0,01128
848.283
9.568
843.499
0,98824
18.500.947
21,81
60
0,01233
0,500
0,01225
838.715
10.276
833.577
0,98723
17.657.448
21,05
61
0,01339
0,500
0,01330
828.439
11.017
822.930
0,98615
16.823.871
20,31
62
0,01451
0,500
0,01441
817.422
11.776
811.534
0,98501
16.000.941
19,57
63
0,01570
0,500
0,01557
805.645
12.547
799.372
0,98381
15.189.407
18,85
64
0,01696
0,500
0,01682
793.099
13.339
786.429
0,98252
14.390.035
18,14
65
0,01832
0,500
0,01815
779.759
14.155
772.682
0,98112
13.603.606
17,45
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
205
30/6/2010, 16:57
206 • Microsseguros: Série Pesquisas
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
66
0,01982
0,500
0,01962
765.604
15.023
67
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0,500
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15.980
68
0,02347
0,500
0,02320
734.601
17.042
69
0,02567
0,500
0,02534
717.559
18.185
708.467
70
0,02804
0,500
0,02765
699.375
19.339
71
0,03059
0,500
0,03013
680.036
20.492
72
0,03343
0,500
0,03288
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21.687
73
0,03660
0,500
0,03594
637.857
22.924
74
0,04009
0,500
0,03931
614.933
75
0,04387
0,500
0,04293
76
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0,500
0,04682
77
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0,500
0,05107
538.931
27.524
525.169
78
0,05734
0,500
0,05575
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28.509
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79
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80
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0,500
0,06533
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81
0,07267
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n
d
Px
Tx
ex
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n
Lx
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n
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1,00000
174.186
174.186
950.273
950.273
5,46
90+
03-Microsseguros-Vol 2.p65
206
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 207
Anexo 3 – Tábua de Mortalidade Completa –
População Masculina de Renda <=2 SM
Idade
(x)
Mx
n x
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n x
q
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n x
Px
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Lx
n
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0,500
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3.160
922.193
0,99653
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42,19
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
207
30/6/2010, 16:57
208 • Microsseguros: Série Pesquisas
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
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Tx
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n
d
n
Lx
n
continua
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208
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Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 209
Idade
(x)
Mx
n x
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n x
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n x
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19.620
586.359
0,96572
8.181.430
13,72
69
0,03635
0,500
0,03570
576.550
20.583
566.258
0,96281
7.595.071
13,17
70
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0,500
71
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0,500
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0,95970
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0,500
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0,500
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621.220
5,74
n
90+
03-Microsseguros-Vol 2.p65
209
d
n
Lx
0,12479
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15.421
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1,00000
108.155
108.155
621.220
n
30/6/2010, 16:57
210 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo 4 – Tábua de Mortalidade Completa –
População Feminina de Renda <=2 SM
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
0
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5
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0,500
0,00047
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7
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0,500
0,00030
974.685
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0,500
0,00027
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0,500
0,00025
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242
974.000
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n
d
n
Lx
n
9
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0,500
0,00023
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0,500
0,00023
973.653
219
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11
0,00023
0,500
0,00023
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973.321
0,99976
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12
0,00025
0,500
0,00025
973.208
245
973.086
0,99973
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13
0,00029
0,500
0,00029
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0,500
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972.517
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0,500
0,00040
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0,500
0,00052
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0,00056
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1.065
961.465
0,99886
46.248.119
48,08
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
210
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 211
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
31
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0,00601
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0,00701
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0,500
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0,500
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0,500
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0,500
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n
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211
30/6/2010, 16:57
212 • Microsseguros: Série Pesquisas
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66
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198.222
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30/6/2010, 16:57
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6,07
1.144.791
5,78
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 213
Anexo 5 – Tábua de Mortalidade Completa –
População Masculina de Renda <=3 SM
Idade
(x)
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n x
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continua
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213
30/6/2010, 16:57
214 • Microsseguros: Série Pesquisas
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749.926
0,98332
15.295.376
20,23
59
0,01735
0,500
0,01720
743.820
12.796
737.421
0,98224
14.545.449
19,56
60
0,01849
0,500
0,01832
731.023
13.390
724.328
0,98108
13.808.028
18,89
61
0,01973
0,500
0,01953
717.634
14.019
710.624
0,97981
13.083.700
18,23
62
0,02109
0,500
0,02087
703.615
14.683
696.274
0,97841
12.373.075
17,59
63
0,02259
0,500
0,02234
688.932
15.389
681.238
0,97686
11.676.802
16,95
64
0,02424
0,500
0,02395
673.543
16.134
665.476
0,97520
10.995.564
16,32
65
0,02599
0,500
0,02566
657.409
16.869
648.974
0,97343
10.330.089
15,71
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
214
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 215
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
66
0,02788
0,500
0,02750
640.539
17.614
631.732
0,97147
9.681.115
15,11
67
0,03004
0,500
0,02959
622.925
68
0,03253
0,500
0,03201
604.491
18.435
613.708
0,96922
9.049.382
14,53
19.351
594.816
0,96665
8.435.674
13,96
69
0,03534
0,500
0,03473
585.140
20.321
574.980
0,96382
7.840.859
13,40
70
0,03841
0,500
71
0,04166
0,500
0,03768
564.819
21.284
554.177
0,96079
7.265.879
12,86
0,04081
543.535
22.179
532.446
0,95758
6.711.702
12,35
72
0,04509
73
0,04868
0,500
0,04410
521.356
22.990
509.861
0,95423
6.179.256
11,85
0,500
0,04753
498.366
23.685
486.523
0,95072
5.669.395
11,38
74
0,05246
0,500
0,05112
474.681
24.267
462.547
0,94701
5.182.872
10,92
75
0,05652
0,500
0,05497
450.414
24.758
438.035
0,94302
4.720.324
10,48
76
0,06091
0,500
0,05911
425.656
25.161
413.075
0,93874
4.282.290
10,06
77
0,06563
0,500
0,06355
400.494
25.451
387.769
0,93415
3.869.215
9,66
78
0,07072
0,500
0,06830
375.044
25.617
362.235
0,92923
3.481.446
9,28
79
0,07621
0,500
0,07341
349.427
25.653
336.600
0,92469
3.119.211
8,93
n
d
n
Lx
n
80
0,08047
0,500
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25.046
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8,59
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0,500
0,08149
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24.344
286.556
0,91643
2.471.359
8,27
82
0,08968
0,500
0,08583
274.384
23.550
262.609
0,91201
2.184.803
7,96
83
0,09464
0,500
0,09036
250.834
22.666
239.501
0,90738
1.922.194
7,66
84
0,09984
0,500
0,09510
228.168
21.698
217.319
0,90256
1.682.693
7,37
85
0,10530
0,500
0,10003
206.471
20.653
196.144
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1.465.374
7,10
86
0,11100
0,500
0,10516
185.818
19.541
176.047
0,89232
1.269.230
6,83
87
0,11695
0,500
0,11049
166.277
18.371
157.091
0,88692
1.093.182
6,57
88
0,12315
0,500
0,11600
147.906
17.157
139.327
0,88132
936.091
6,33
89
0,12959
0,500
0,12170
130.748
15.913
122.792
0,84589
1,00000
114.836
114.836
673.972
90+
03-Microsseguros-Vol 2.p65
215
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796.764
6,09
673.972
5,87
216 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo 6 – Tábua de Mortalidade Completa –
População Feminina de Renda <=3 SM
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
0
0,02100
0,126
0,02063
1.000.000
20.626
981.979
0,98198
75.759.930
75,76
1
0,00197
0,500
0,00197
979.374
2
0,00100
0,500
0,00100
977.446
1.928
978.410
0,99851
74.777.951
76,35
980
976.956
0,99914
73.799.541
75,50
3
0,00071
0,500
0,00071
976.466
694
976.119
0,99942
72.822.585
74,58
4
0,00046
0,500
5
0,00034
0,500
0,00046
975.772
448
975.548
0,99960
71.846.466
73,63
0,00034
975.324
327
975.161
0,99968
70.870.918
72,66
6
0,00030
7
0,00027
0,500
0,00030
974.997
293
974.850
0,99971
69.895.757
71,69
0,500
0,00027
974.704
264
974.572
0,99974
68.920.907
70,71
8
0,00025
0,500
0,00025
974.440
240
974.320
0,99976
67.946.335
69,73
n
d
n
Lx
n
9
0,00023
0,500
0,00023
974.201
223
974.089
0,99977
66.972.015
68,75
10
0,00022
0,500
0,00022
973.977
217
973.869
0,99977
65.997.926
67,76
11
0,00023
0,500
0,00023
973.761
222
973.649
0,99976
65.024.057
66,78
12
0,00025
0,500
0,00025
973.538
242
973.417
0,99973
64.050.407
65,79
13
0,00028
0,500
0,00028
973.296
277
973.158
0,99969
63.076.990
64,81
14
0,00033
0,500
0,00033
973.020
324
972.858
0,99964
62.103.832
63,83
15
0,00039
0,500
0,00039
972.696
380
972.505
0,99958
61.130.975
62,85
16
0,00045
0,500
0,00045
972.315
439
972.096
0,99952
60.158.469
61,87
17
0,00050
0,500
0,00050
971.877
490
971.632
0,99948
59.186.373
60,90
18
0,00055
0,500
0,00055
971.386
530
971.121
0,99944
58.214.742
59,93
19
0,00058
0,500
0,00058
970.856
561
970.576
0,99941
57.243.620
58,96
20
0,00061
0,500
0,00061
970.296
591
970.000
0,99937
56.273.044
58,00
21
0,00065
0,500
0,00065
969.704
626
969.391
0,99934
55.303.044
57,03
22
0,00068
0,500
0,00068
969.078
662
968.747
0,99930
54.333.653
56,07
23
0,00072
0,500
0,00072
968.417
698
968.067
0,99926
53.364.906
55,11
24
0,00076
0,500
0,00076
967.718
737
967.350
0,99922
52.396.838
54,14
25
0,00080
0,500
0,00080
966.982
777
966.593
0,99917
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53,19
26
0,00085
0,500
0,00085
966.204
821
965.794
0,99913
50.462.895
52,23
27
0,00090
0,500
0,00090
965.383
868
964.949
0,99907
49.497.102
51,27
28
0,00095
0,500
0,00095
964.516
918
964.056
0,99902
48.532.152
50,32
29
0,00101
0,500
0,00101
963.597
973
963.110
0,99896
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49,37
30
0,00108
0,500
0,00108
962.624
1.035
962.106
0,99889
46.604.985
48,41
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
216
30/6/2010, 16:57
Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 217
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
Px
Tx
ex
31
0,00115
0,500
0,00115
961.588
1.104
961.036
0,99881
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47,47
32
0,00123
0,500
0,00123
960.484
33
0,00130
0,500
0,00130
959.303
1.181
959.894
0,99873
44.681.843
46,52
1.251
958.678
0,99865
43.721.949
45,58
34
0,00140
0,500
0,00140
958.052
1.339
957.383
0,99856
42.763.272
44,64
35
0,00148
0,500
36
0,00160
0,500
0,00148
956.713
1.419
956.003
0,99846
41.805.889
43,70
0,00160
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1.529
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0,99833
40.849.886
42,76
37
0,00174
38
0,00187
0,500
0,00174
953.764
1.655
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0,99820
39.895.357
41,83
0,500
0,00187
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1.783
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40,90
39
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0,500
0,00205
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1.946
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39,98
40
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0,500
0,00224
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2.124
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0,99766
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41
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0,500
0,00244
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2.314
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0,99745
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42
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0,500
0,00266
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2.513
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0,99722
35.149.432
37,24
43
0,00290
0,500
0,00289
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2.722
940.068
0,99699
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36,33
44
0,00314
0,500
0,00313
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2.941
937.237
0,99674
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35,44
45
0,00340
0,500
0,00340
935.766
3.177
934.178
0,99646
32.329.441
34,55
46
0,00369
0,500
0,00368
932.589
3.431
930.874
0,99617
31.395.263
33,66
47
0,00399
0,500
0,00398
929.158
3.698
927.309
0,99586
30.464.389
32,79
48
0,00431
0,500
0,00430
925.460
3.979
923.470
0,99553
29.537.080
31,92
49
0,00465
0,500
0,00464
921.481
4.275
919.343
0,99517
28.613.610
31,05
50
0,00504
0,500
0,00502
917.205
4.608
914.901
0,99478
27.694.267
30,19
51
0,00542
0,500
0,00541
912.597
4.937
910.129
0,99437
26.779.366
29,34
52
0,00586
0,500
0,00584
907.660
5.302
905.009
0,99393
25.869.237
28,50
53
0,00633
0,500
0,00631
902.358
5.691
899.512
0,99344
24.964.228
27,67
54
0,00683
0,500
0,00681
896.667
6.107
893.613
0,99292
24.064.716
26,84
55
0,00738
0,500
0,00735
890.560
6.549
887.285
0,99235
23.171.102
26,02
56
0,00798
0,500
0,00794
884.011
7.023
880.500
0,99173
22.283.817
25,21
57
0,00864
0,500
0,00860
876.988
7.541
873.217
0,99104
21.403.317
24,41
58
0,00937
0,500
0,00933
869.447
8.108
865.392
0,99028
20.530.100
23,61
59
0,01018
0,500
0,01012
861.338
8.720
856.978
0,98944
19.664.708
22,83
60
0,01106
0,500
0,01100
852.618
9.377
847.929
0,98853
18.807.729
22,06
61
0,01201
0,500
0,01194
843.241
10.067
838.207
0,98757
17.959.800
21,30
62
0,01302
0,500
0,01294
833.174
10.777
827.785
0,98654
17.121.593
20,55
63
0,01408
0,500
0,01398
822.396
11.501
816.646
0,98546
16.293.808
19,81
64
0,01522
0,500
0,01511
810.896
12.249
804.771
0,98430
15.477.162
19,09
65
0,01644
0,500
0,01630
798.647
13.022
792.136
0,98304
14.672.391
18,37
n
d
n
Lx
n
continua
03-Microsseguros-Vol 2.p65
217
30/6/2010, 16:57
218 • Microsseguros: Série Pesquisas
Idade
(x)
Mx
n x
a
n x
q
lx
n x
66
0,01778
0,500
0,01763
785.625
13.849
67
0,01931
0,500
0,01913
771.776
68
0,02107
0,500
0,02085
757.013
69
0,02304
0,500
0,02278
70
0,02517
0,500
71
0,02747
0,500
72
0,03002
73
0,03287
74
0,03602
n
d
Px
Tx
ex
778.701
0,98163
13.880.254
17,67
14.763
764.395
0,98002
13.101.554
16,98
15.782
749.122
0,97820
12.337.159
16,30
741.231
16.885
732.788
0,97619
11.588.037
15,63
0,02486
724.346
18.008
715.342
0,97403
10.855.249
14,99
0,02710
706.338
19.141
696.767
0,97168
10.139.907
14,36
0,500
0,02958
687.196
20.327
677.033
0,96906
9.443.141
13,74
0,500
0,03234
666.869
21.567
656.086
0,96616
8.766.108
13,15
0,500
0,03538
645.302
22.832
633.886
0,96301
8.110.022
12,57
n
Lx
n
75
0,03942
0,500
0,03866
622.470
24.063
610.438
0,95962
7.476.136
12,01
76
0,04309
0,500
0,04218
598.407
25.239
585.788
0,95594
6.865.697
11,47
77
0,04711
0,500
0,04603
573.168
26.383
559.977
0,95190
6.279.910
10,96
78
0,05156
0,500
0,05027
546.786
27.485
533.043
0,94747
5.719.933
10,46
79
0,05646
0,500
0,05491
519.301
28.513
505.044
0,94312
5.186.890
9,99
80
0,06076
0,500
0,05897
490.788
28.943
476.317
0,93892
4.681.845
9,54
81
0,06540
0,500
0,06333
461.845
29.248
447.221
0,93442
4.205.529
9,11
82
0,07038
0,500
0,06799
432.598
29.411
417.892
0,92961
3.758.307
8,69
83
0,07573
0,500
0,07296
403.186
29.418
388.477
0,92448
3.340.415
8,29
84
0,08146
0,500
0,07827
373.768
29.254
359.141
0,91902
2.951.938
7,90
85
0,08759
0,500
0,08391
344.514
28.909
330.059
0,91322
2.592.798
7,53
86
0,09414
0,500
0,08990
315.605
28.374
301.418
0,90707
2.262.738
7,17
87
0,10112
0,500
0,09625
287.230
27.647
273.407
0,90056
1.961.321
6,83
88
0,10855
0,500
0,10296
259.583
26.728
246.220
0,89369
1.687.914
6,50
89
0,11645
0,500
0,84737
90+
03-Microsseguros-Vol 2.p65
218
0,11004
232.856
25.624
220.044
1,00000
207.232
207.232
1.221.650
30/6/2010, 16:57
1.441.694
6,19
1.221.650
5,90
4
Avaliação do Conceito de
Microsseguros entre a
População de Baixa Renda
Datafolha Instituto de Pesquisas
Objetivo
Avaliar o conceito de microsseguros na perspectiva da população de baixa renda,
bem como a disposição do consumidor em pagar por ele.
Conforme definição proposta GT Susep, microsseguro é a “proteção financeira
fornecida por provedores autorizados para a população de baixa renda contra riscos
específicos em troca de pagamentos de prêmios proporcionais às probabilidades e aos
custos do Grupo de Trabalho de Microsseguros – Portaria Susep 2.960, de 12/06/2008
12 dos riscos envolvidos, em conformidade com a legislação e os princípios de seguro
globalmente aceitos”.
Técnica
Pesquisa quantitativa, com abordagem pessoal e domiciliar. As entrevistas foram realizadas mediante aplicação de questionário estruturado, com cerca de 20 minutos de duração.
A checagem cobriu, no mínimo, cerca de 30% do material de cada entrevistador.
219
04-Microsseguros-Vol 2.p65
219
30/6/2010, 16:57
220 • Microsseguros: Série Pesquisas
Público-alvo
Domicílios com renda familiar mensal declarada entre 1 e 5 Salários Mínimos, nas
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro1. No Brasil, não há um consenso em relação à
definição de população de baixa renda.
No domicílio foi entrevistado o chefe da família ou cônjuge. Na ausência destes, foi
entrevistado o responsável pela decisão ou compra de produtos e serviços para o domicílio.
Amostra
Foram realizadas 428 entrevistas finais.
Para composição do total da amostra, houve ponderação dos resultados por cidade e
renda familiar.
Proporção
Amostra
Margem de Erro*
São Paulo
64%
212
7 p.p.
Rio de Janeiro
36%
216
7 p.p.
Total
100%
428
5 p.p.
* Margem de erro máxima, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
A amostra foi distribuída geograficamente nos distritos (SP) e regiões administrativas (RJ) de acordo com a concentração da população de baixa renda (universo) em
cada localidade.
Com base nos setores censitários do IBGE, foi realizado um sorteio aleatório de
cluster (conjunto de quarteirões), nos quais foram realizadas as entrevistas.
O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 10 de junho de 2009.
1
Aproximadamente 70% da população dessas capitais declara rendimento mensal entre 1 e 5 salários mínimos
(Fonte: Datafolha/2008 e 2009).
04-Microsseguros-Vol 2.p65
220
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 221
Metodologia
Concentração da população de baixa renda (entre 1 e 5 S.M.).
Cidade de São Paulo
(distritos)
Renda Familiar (até 5 SM)
75% a 86% (32)
62% a 75% (30)
12% a 62% (34)
Fonte: Datafolha Cidades/DNA Paulistano (2008)
Cidade do Rio de Janeiro
(regiões administrativas)
Renda Familiar (até 5 SM)
82,6% a 100% (9)
65% a 82,6% (10)
16,6% a 65% (10)
Fonte: Datafolha Cidades (2008)
04-Microsseguros-Vol 2.p65
221
30/6/2010, 16:57
222 • Microsseguros: Série Pesquisas
Observações
•
•
•
•
•
•
Bases inferiores a 30 casos são insuficientes para análises estatísticas.
Citações inferiores a 0,5% estão representadas nas tabelas por “0”, e nenhuma citação por “–”.
Nas tabelas e gráficos, os resultados estão em percentual, e as bases, em números
absolutos.
Em alguns gráficos e tabelas os resultados das perguntas com respostas únicas não
somam exatamente 100%, devido a arredondamentos.
Os resultados significativos encontram-se destacados em linha contínua, enquanto
as tendências (dentro da margem de erro) estão em linha pontilhada.
Escalas utilizadas nesse estudo foram de 5 pontos. 0 significa a menor nota e 5
corresponde à maior nota.
Perfil do Domicílio (em %)
Em 40% dessas residências o rendimento familiar mensal varia entre 3 e 5 Salários
Mínimos. Renda média: R$ 1.284,00.
40
30
29
De 1 a 2 S.M.
Mais de 2 a 3 S.M.
Mais de 3 a 5 S.M.
Salário Mínimo (abr/09): R$ 465,00
Base: Total da amostra (vide metodologia).
Nos domicílios, moram, em média, 3,4 pessoas. As crianças e/ou adolescentes estão
presentes em 56% dessas residências:
•
•
43% têm crianças 0 a 12 anos;
26% têm adolescentes de 13 a 17 anos.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
222
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 223
Maioria mora em casa própria.
65
29
5
Casa própria
Casa alugada
Casa cedida
Base: Total da amostra (vide metodologia).
Perfil do Domicílio – Moradores (Única, em %)
Assim como observado na população, nesse universo há maior presença de mulheres: 54%.
Sexo dos Moradores
54
46
Masculino
Feminino
Base: Total de moradores: 1.451 moradores.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
223
30/6/2010, 16:57
224 • Microsseguros: Série Pesquisas
Entre os moradores, a média etária é de 32 anos. Vale notar que 13% dos moradores
são idosos e 30% são crianças ou adolescentes.
Idade dos Moradores
30%
30
27
19
13
11
De 0 a 11 anos
De 12 a 17 anos
De 18 a 34 anos
De 35 a 59 anos
60 anos ou mais
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
Perfil do Domicílio – Moradores (Espontânea e
Única, em %)
Escolaridade
do morador
A maior parcela dos moradores – pouco mais da metade – tem ensino fundamental.
Em segundo plano ficam os que possuem ensino médio, que representam cerca de um
terço do total.
Entre os mais velhos (45 anos ou mais), 6% são analfabetos e 39% cursaram apenas
o fundamental I.
53%
53%
29
24
32
9
Analfabeto/Não estuda
6
Fundamental I
Fundamental II
Ensino médio
Superior/pós-graduação
Idade do morador
Base
00 aa 55 anos
anos
89
11
-–
-–
-–
101
66 aa 11
11 anos
anos
4
82
13
-–
-–
170
12
12 aa 17
17 anos
anos
1
7
57
35
–
152
18
18 aa 34
34 anos
anos
0
10
21
54
14
390
35
35 aa 44
44 anos
anos
1
24
29
38
8
182
45
45 anos
anos ou
ou mais
mais
6
39
23
27
5
456
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
224
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 225
Total
Sexo
Masculino
Feminino
Idade
0 a 11 anos
12 a 17 anos
18 a 34 anos
35 a 59 anos
60 anos ou mais
Média
Escolaridade
Analfabeto/Não estuda
Ensino fundamental
Fundamental I
Fundamental II
Ensino médio
Superior/Pós-graduação
Base: Total da amostra
Região
São Paulo
Rio de Janeiro
46
54
46
54
46
54
19
11
27
30
13
32
21
12
29
28
11
30
16
9
25
34
16
36
9
53
29
24
32
6
1.451
11
54
30
24
29
6
762
6
50
27
23
37
7
689
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
Cerca de cinco em cada dez são economicamente ativos. 21% são assalariados
registrados e 18% atuam no mercado informal (free lancer ou assalariados sem registro).
Entre os que não são economicamente ativos, a maior parcela é composta por estudantes.
Ocupação do morador
48% PEA*
52% Não-PEA*
21
Assalariado registrado
13
Free-lancer/bico
18%
Assalariado sem registro
5
Aposentado
9
Dona de casa
9
Autônomo regular
2
Não trabalha/Não estuda**
7
Funcionário público
1
Pensionista
1
Desempregado (não procura
emprego)
1
Desempregado (procura emprego)
6
* PEA: População Economicamente Ativa.
** Não trabalha/Não estuda: crianças de zero a 5 anos.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
23
Estudante
225
30/6/2010, 16:57
226 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Renda Individual
Mais de Mais de
Não
Até
2 S.M. 3 S.M.
tem
2 S.M. e 3 S.M. e 5 S.M. Renda
Total
São
Paulo
Rio de
Janeiro
PEA*
48
48
47
78
81
71
12
Assalariado registrado
21
21
20
38
41
42
–
Free-lancer/bico
13
13
13
25
17
15
0
Assalariado sem registro
5
6
3
9
12
10
Autônomo regular (Paga ISS)
2
2
3
3
9
4
–
Funcionário público
1
1
1
1
3
7
–
Desempregado
(procura emprego)
6
6
5
1
–
–
12
Não-PEA
52
52
53
22
19
29
88
Estudante
23
23
21
1
–
–
49
Aposentado
9
8
12
17
18
21
–
Dona de casa
9
9
10
1
–
–
19
Pensionista
2
1
2
3
1
8
0
Não trabalha/Não estuda
(menor de 5 anos)
7
9
5
–
–
–
16
Desempregado
(não procura emprego)
1
2
1
–
–
–
3
1.451
762
689
633
108
54
653
Base: Total de moradores
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
* PEA: População Economicamente Ativa.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
226
30/6/2010, 16:57
04-Microsseguros-Vol 2.p65
227
6
52
23
9
9
2
7
Desempregado
(procura emprego)
Não-PEA*
Estudante
Aposentado
Dona de casa
Pensionista
Não trabalha/Não estuda
(menor de 5 anos)
30/6/2010, 16:57
667
1,8
7
0
17
11
23
43
6
1
3
5
14
27
57
Masculino
* PEA: População Economicamente Ativa.
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
Base: Total de moradores 1.451
1,5
1
Funcionário público
Desempregado
(não procura emprego)
2
Autônomo regular
(paga ISS)
13
Free-lancer/bico
5
21
Assalariado registrado
Assalariado sem registro
48
PEA*
Total
Idade
Escolaridade
–
271
784
38
–
–
–
62
100
–
–
–
–
–
–
–
1,2
8
3
–
8
23
60
5
1
2
5
11
15
40
152
2,4
–
–
11
–
84
87
3
–
–
4
3
2
13
390
1,3
–
1
11
–
5
19
13
1
1
9
17
37
81
182
1,8
–
–
16
–
–
14
9
1
4
8
19
44
86
456
2,2
–
5
4
31
–
55
2
1
4
3
18
16
45
124
1,5
71
1
9
8
6
91
1
–
–
3
3
2
9
757
1,8
1
2
10
13
34
62
4
0
1
4
14
15
38
474
1,3
–
1
7
5
12
31
10
1
3
6
14
34
69
95
–
–
1
6
8
23
5
8
6
8
11
34
77
Femi- 0 a 11 12 a 17 18 a 34 35 a 44 45 anos Analfabeto/
Ensino
Ensino Ensino
nino anos
anos
anos
anos ou mais Não estuda fundamental médio superior
Sexo
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 227
228 • Microsseguros: Série Pesquisas
46
43
7
Escolaridade
do morador
Até 2 S.M.
4
Mais de 2 a 3 S.M.
Mais de 3 a 4 S.M.
Não tem renda
Renda individual
mensal do morador
A maior parcela dos moradores tem renda individual mensal de até 2 S.M. (43%).
Nota-se que quanto maior a escolaridade do morador, maior a renda individual.
Base
Analfabeto
14
2
1
83
124
Ensino Fundamental
43
5
2
50
757
Ensino médio
51
11
6
32
474
Ensino superior
57
12
10
20
95
Salário Mínimo (abr/09): R$ 465,00.
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
Região
Total
Sexo
Idade
São Rio de Mas- Femi- 0 a 11 12 a 17 18 a 34 35 a 44 45 anos
Paulo Janeiro culino nino anos anos
anos anos ou mais
Até 2 S.M.
43
43
45
46
41
0
10
63
52
62
Mais de 2 a 3 S.M.
7
7
8
11
4
–
–
6
17
12
Mais de 3 a 5 S.M.
4
3
5
5
2
–
–
1
9
7
Não tem renda
46
47
43
38
53
100
90
30
21
19
Base: Total
de moradores
1.451
762
689
667
784
271
152
390
182
456
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
228
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 229
Entre os moradores do domicílio, cerca de quatro em cada dez são filhos do chefe da
família, e 20% são cônjuges.
29
Chefe
39
Vínculo com o chefe da família
Filho (a)
20
Cônjuge
5
Neto (a)
Genro/nora
1
Irmão(ã)
1
Sobrinho(a)
1
Pai/mãe
1
Enteado(a)
1
Citações até 1%
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
Região
Total
Chefe
29
Sexo
Idade
São Rio de Mas- Femi- 0 a 11 12 a 17 18 a 34 35 a 44 45 anos
Paulo Janeiro culino nino anos anos
anos anos ou mais
28
31
32
26
31
14
19
28
43
Filho(a)
39
41
35
34
44
53
71
47
26
17
Cônjuge
20
20
19
23
16
–
–
20
38
31
Neto(a)
5
5
6
5
6
11
6
6
2
1
Genro/nora
1
1
2
2
1
1
3
3
1
0
Irmão(ã)
1
1
1
1
2
0
1
2
1
2
Sobrinho(a)
1
1
1
1
1
1
4
1
1
0
Pai/mãe
1
1
1
0
1
–
–
–
1
3
Enteado(a)
1
0
2
1
1
1
2
1
1
0
1.451
762
689
667
784
271
152
390
182
456
Base: Total
de moradores
Base: Total de moradores: 1.451 pessoas.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
229
30/6/2010, 16:57
230 • Microsseguros: Série Pesquisas
Perfil do Entrevistado (em %)
No domicílio foi entrevistado o chefe da família, cônjuge ou o responsável pela
decisão ou compra de produtos e serviços. 59% dos entrevistados são chefes da família.
Maior presença de mulheres:
61% vs. 39% homens
Média etária de 47 anos
os cariocas
são ligeiramente mais velhos: 49 anos
em média.
46% possuem conta corrente
38% possuem cartão de crédito
34% têm poupança
Maior parcela se concentra
no ensino fundamental (56%)
Cerca de seis em cada dez
têm renda individual de até
2 Salários Mínimos
60% são economicamente ativos
Base: Total da amostra (vide metodologia).
04-Microsseguros-Vol 2.p65
230
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 231
Total
Sexo
Masculino
Feminino
Idade
18 a 34 anos
35 a 44 anos
45 a 55 anos
56 anos ou mais
Média
Escolaridade
Ensino fundamental
Ensino médio
Superior
Renda Individual – Entrevistado
(espontânea + estimulada)
Menos de 1 S.M.
De 1 a 2 S.M.
Mais de 2 a 3 S.M.
Mais de 3 a 5 S.M.
Não tem renda
Base: Total da amostra
Região
Rio de Janeiro
39
61
43
57
31
69
26
21
24
29
47
28
22
24
26
46
23
18
25
34
49
56
38
6
60
34
6
48
45
7
13
46
14
8
19
428
13
46
15
8
17
212
14
45
12
7
22
216
Total
PEA*
Assalariado registrado
Free-lancer/bico
Autônomo regular (paga ISS)
Desempregado (procura emprego)
Assalariado sem registro
Funcionário público
Não-PEA*
Aposentado
Dona de casa
Pensionista
Desempregado (não procura emprego)
Base: Total da amostra
São Paulo
60
23
22
4
4
4
2
36
20
15
3
1
428
São Paulo
62
25
23
4
4
4
1
35
19
14
3
1
212
Região
Rio de Janeiro
57
20
22
4
4
4
2
39
21
15
4
1
216
* PEA: População Economicamente Ativa.
Base: Total da amostra (vide metodologia).
04-Microsseguros-Vol 2.p65
231
30/6/2010, 16:57
232 • Microsseguros: Série Pesquisas
Perfil do Entrevistado (Estimulada e Múltipla, em %)
Entre os itens financeiros estudados, conta corrente é o que se faz mais presente
neste público (46%). Cartão de crédito e poupança empatam em um segundo patamar,
sendo o cartão de crédito mais presente no RJ.
46
Posse de itens financeiros
Conta corrente
Cartão de crédito
38
RJ: 45%
34
Caderneta de poupança
Financiamento bancário
9
Título de capitalização
3
Consórcio
2
Fundos de investimentos
2
Crédito imobiliário
2
35% não possuem
nenhum dos itens investigados.
SP 37% e RJ 31%
Base: Total da amostra (vide metodologia).
04-Microsseguros-Vol 2.p65
232
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 233
Região
Renda Familiar
Total
São
Paulo
Rio de
Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
46
46
45
30
41
61
Conta corrente
Cartão de crédito
38
33
45
25
34
50
Caderneta de poupança
34
34
34
25
31
43
Financiamento bancário
9
7
13
7
10
10
Título de capitalização
3
3
4
2
3
5
Fundos de investimento
2
2
3
–
2
4
Consórcio
2
2
1
1
2
3
Crédito imobiliário
2
1
2
2
1
2
Não possui nenhum destes
35
37
31
50
37
22
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia).
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Conta corrente
46
55
40
45
52
44
44
36
58
Cartão de crédito
38
39
37
39
41
40
32
27
51
Caderneta
de poupança
34
40
30
40
39
31
27
28
41
Financiamento
bancário
9
10
9
6
14
7
10
7
11
Título de
capitalização
3
2
4
2
4
5
3
1
7
Fundos de
investimento
2
2
2
2
1
4
2
–
5
Consórcio
2
3
1
4
4
–
–
1
3
Crédito imobiliário
2
2
2
1
3
2
1
1
3
Não possui
nenhum destes
35
29
38
31
27
45
35
44
24
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia).
04-Microsseguros-Vol 2.p65
233
30/6/2010, 16:57
234 • Microsseguros: Série Pesquisas
Perfil do Entrevistado (Estimulada, em %)
Cerca de quatro em cada dez possuem algum seguro. Seguro/plano de saúde e
seguro de vida são as proteções com maior participação, neste público.
Não possui
seguro
56%
Possui
seguro
44%
Plano ou
Seguro saúde*
27
Seguro de
vida*
De 1 a 3
S.M.
De 2 a 3
S.M.
De 3 a 5
S.M.
33
40
56
22
Seguro
automóvel no
domicílio
Seguro
residencial
3% Unimed
2% Medial
2% Bradesco Saúde
2% Amil
Citações até 2%
13
9
* Titular ou dependente.
Base: Total da amostra (vide metodologia).
P. 13a Atualmente ___? Você possui algum outro seguro que não tenha citado?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
234
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 235
Região
Renda Familiar
Total
São
Paulo
Rio de
Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Plano ou seguro saúde
(titular ou dependente)
27
24
33
16
25
37
Unimed
3
3
3
1
4
4
Medial
2
3
0
2
1
3
Bradesco Saúde
2
1
4
1
2
3
Amil
2
–
4
1
1
2
Intermédica
1
2
0
–
3
2
Samcil
1
2
–
1
1
2
Sul América
1
1
1
1
–
2
Assim
1
–
3
1
1
1
Green Line
1
1
–
1
–
2
Golden Cross
1
0
1
1
1
1
GEAP
1
1
0
1
–
1
CEMERU
1
–
2
–
1
1
Itálica
1
1
–
–
1
1
AMEPLAN
1
1
–
–
1
1
Seguro de vida
(titular ou beneficiário)
22
23
22
16
18
31
Seguro automóvel
(domicílio)
13
14
10
4
8
23
Seguro residencial
9
8
10
9
4
13
Não tem nenhum dos seguros
56
58
50
67
60
44
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia).
P. 13a Atualmente ___? Você possui algum outro seguro que não tenha citado?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
235
30/6/2010, 16:57
236 • Microsseguros: Série Pesquisas
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
27
24
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Plano ou seguro
saúde (titular ou
dependente)
27
21
Unimed
3
4
3
4
4
1
3
3
3
Medial
2
1
3
2
1
3
2
2
2
Bradesco Saúde
2
1
2
4
1
3
1
1
4
30
31
26
19
37
Amil
2
0
2
2
1
2
1
1
3
Intermédica
1
–
2
2
–
3
–
1
2
Samcil
1
1
1
–
3
1
1
1
1
Sul América
1
2
1
1
–
2
1
0
2
Assim
1
1
1
1
2
–
2
–
2
Green Line
1
–
1
–
–
3
1
–
2
Golden Cross
1
0
1
2
1
–
1
0
1
GEAP
1
1
1
–
–
–
3
1
1
CEMERU
1
0
1
1
–
–
1
0
1
Itálica
1
1
1
1
–
–
1
1
1
AMEPLAN
1
1
1
1
–
1
–
1
1
Seguro de vida
(titular ou
beneficiário)
22
23
22
20
25
31
15
20
26
Seguro automóvel
(domicílio)
13
13
12
12
13
16
10
8
19
Seguro residencial
9
6
11
5
7
9
13
8
11
Não tem
nenhum seguro
56
56
55
59
60
49
55
63
46
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total
da amostra
Base: Total da amostra (vide metodologia).
P. 13a Atualmente ___? Você possui algum outro seguro que não tenha citado?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
236
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 237
Avaliação do Conceito de Microsseguros
Principais Resultados – Microsseguros
OOquanto
quantogostou
gostoudo
doconceito
conceitode
deMicrosseguros:
Microsseguro
Top 2 boxes →?53%
53%
Menos receptivos
Mais receptivos
••Jovens,
Jovens, de
de 18
18 aa 34
34 anos
anos
••Com
Com menor
menor renda
renda familiar
familiar (1
(1 aa 22 SM)
SM)
••SP
SP
••Mulheres
Mulheres
••Mais
Mais velhos,
velhos, acima
acima de
de 55
55
••Renda
Renda acima
acima de
de 22 SM
SM
••RJ
RJ
••Homens
Homens
Seguro que escolheria
••Saúde
Saúde →
? Maior
maiorreceptividade
receptividadena
nafaixa
faixaacima
acimade
de22SM,
SM,
mulheres,
RJ
mulheres, RJ
••Vida
Vida→
? maior
maiorreceptividade
receptividadena
nafaixa
faixade
demenor
menorrenda
renda (1 a 2
(1 a 2 SM) e entre os jovens
Concordância
Concordânciada
damaioria
maioriasobre
sobreaaimportância
importância
de
deter
terseguro
seguro
Top 2 boxes → 70%
70%
Pontos de agrado
+
• Amparar a família: maior destaque
entre os de menor renda (até 3 SM),
ensino fundamental, sexo feminino
• Indenização pelo bem: destaque
entre os de maior renda (de 3 a 5 SM)
04-Microsseguros-Vol 2.p65
237
Pontos de desagrado
• Perder o dinheiro investido: mais
destacado em São Paulo e na faixa etária
intermediária (35 a 55 anos)
• Falta de credibilidade de seguros :
mais destacado no Rio e entre os mais
velhos
–
30/6/2010, 16:57
238 • Microsseguros: Série Pesquisas
Avaliação do Conceito de Microsseguros –
Conceito Avaliado
Seguro é uma maneira das pessoas protegerem sua família e também seus bens dos
efeitos negativos de acontecimentos, como morte, doenças, incêndio, roubo e outros.
Isso é possível por meio da compra de uma apólice de seguro. A pessoa interessada
contrata esse serviço de proteção com uma seguradora, comprando uma apólice que
especifica a proteção que é dada à pessoa e aos seus familiares, assim como quanto se
deve pagar.
Existem vários tipos de seguro. Dois deles são:
•
Seguro automóvel – para que uma pessoa se proteja da perda de um carro, ela
compra um seguro, isto é, paga mensalmente uma determinada quantia à seguradora, que se compromete, caso o carro seja roubado, a pagar o valor do carro definido
na apólice.
•
Seguro de vida – no caso do seguro de vida, por exemplo, a pessoa paga mensalmente para a seguradora um determinado valor, e na eventualidade de sua morte, a
família receberá um pagamento em dinheiro, que varia de acordo com valor mensal
que a pessoa pagou à seguradora.
Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado
quantas vezes o cliente quiser. Se nada acontecer nesse período de um ano, não haverá
devolução das parcelas pagas.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
238
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 239
Avaliação do Conceito de Microsseguros –
(Estimulada e Única, em % – Escala de 5 pontos)
A ideia do tipo de proteção proposta no conceito agrada cerca de cinco em cada dez
entrevistados. Tendencialmente, entre os mais jovens as taxas são ligeiramente mais
favoráveis, assim como entre os de menor renda familiar. Vale notar que 56% dos que
têm renda entre 3 e 5 Salários Mínimos possuem algum tipo de seguro.
53%
Média: 3,2
42
20
20
11
7
Gosta muito (5)
Gosta (4)
Gosta mais ou menos Gosta um pouco (2)
(3)
Não gosta (1)
Possui
seguro
Não
possui
seguro
52
56
58
10
12
14
9
37
40
43
42
18 a 34
anos
35 a 44
anos
45 a 55
anos
56 anos
ou mais
De 1 a 2 De 2 a 3 De 3 a 5
S.M.
S.M.
S.M.
Top Two Boxes
60
53
52
49
62
47
Gosta muito (5)
18
10
11
5
11
Gosta (4)
41
43
41
44
51
Base: Total da amostra (vide metodologia).
P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
239
30/6/2010, 16:57
240 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Renda Familiar
Total
São
Paulo
Rio de
Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Top Two Boxes
(gosta muito + gosta)
53
56
49
62
47
52
Gosta muito (5)
11
12
9
11
10
12
Gosta (4)
42
44
40
51
37
40
Gosta mais ou menos (3)
20
19
23
17
24
20
Bottom Two Boxes (gosta
um pouco + não gosta)
26
25
29
22
29
28
Gosta um pouco (2)
7
6
8
5
11
5
Não gosta (1)
20
19
20
17
19
23
Média
3,2
3,2
3,1
3,3
3,1
3,1
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia).
P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção?
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Top Two Boxes
(gosta muito
+ gosta)
53
49
57
60
53
52
49
51
56
Gosta muito (5)
11
11
11
18
10
11
5
8
15
Gosta (4)
42
37
46
41
43
41
44
43
41
Gosta mais
ou menos (3)
20
22
19
17
24
20
20
22
18
Bottom Two Boxes
(gosta um pouco
+ não gosta)
26
29
25
23
23
28
30
27
26
Gosta um pouco (2)
7
4
8
8
4
9
5
5
9
Não gosta (1)
20
25
16
14
19
19
25
22
17
Média
3,2
3,1
3,3
3,4
3,2
3,2
3,0
3,1
3,3
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia).
P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
240
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 241
Avaliação do Conceito de Microsseguros –
(Espontânea e Múltipla, em %)
A proteção à família, proposta pelo seguro, se destaca como ponto de maior agrado.
Vale notar que 17% não percebem nenhum benefício nesse tipo de serviço.
Como aspecto de desagrado, 28% dos entrevistados apontam o investimento em um
serviço que podem não utilizar. Mas vale notar que 44% gostaram do conceito como
um todo, sem nenhum ponto de desagrado.
Likes
60% Proteger a família/assegurar recursos
financeiros em caso de acidente, morte ou
invalidez
27% Indenização pelo bem perdido
3% Não sabe
17% Não gostou de nada
Dislikes
28% Perder o dinheiro investido, caso não utilize
11% Falta de credibilidade no serviço
8% Não gosta de seguro de vida (outra pessoa
Receber/remete a algo negativo)
6% Ter mais uma despesa mensal
3% Não sabe
44% Gostou de tudo
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que
você mais gostou nesse tipo de proteção?
P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou
seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção?
A possibilidade de proteção à família tem taxas mais expressivas entre as mulheres,
e entre os que possuem menor renda familiar mensal (entre 1 e 3 S.M.). Por outro lado,
a indenização pelo bem perdido é valorizada, principalmente, entre mais jovens e entre
os que têm maior rendimento familiar mensal (mais de 3 e 5 S.M.).
04-Microsseguros-Vol 2.p65
241
30/6/2010, 16:57
242 • Microsseguros: Série Pesquisas
61
Amparar a família, outra pessoa
Indenização pelo bem perdido
27
Em caso de roubo, o seguro indeniza o valor
do bem roubado
10
Em caso de algum acidente, o seguro indeniza
o valor do bem
Não sabe
> 18-34 anos
> Mais de 3 a 5 S.M.
16
Proteção, segurança em receber uma
indenização
O seguro pode ressarcir o bem em dinheiro
> Mulheres
> 1 a 3 S.M.
5
1
3
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que
você mais gostou nesse tipo de proteção?
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Amparar a família/outra pessoa
(proteger a família/assegurar recursos
financeiros para a família em caso
de acidente/morte/invalidez)
61
62
58
65
68
52
Indenização pelo bem perdido
27
25
31
24
21
35
Em caso de roubo, o seguro indeniza
o valor do bem roubado
16
16
16
14
12
20
Proteção/ segurança em receber
uma indenização
10
9
13
10
10
11
Em caso de algum acidente,
o seguro indeniza o valor do bem
5
5
5
3
3
9
O seguro pode ressarcir o
bem com dinheiro
1
–
3
2
–
1
Não sabe
3
3
1
3
3
2
Não tem nada que tenha gostado
17
17
18
15
17
18
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que
você mais gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
242
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 243
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Amparar a família/
outra pessoa
(pode proteger a família/
assegurar recursos
financeiros para a
família em caso de
acidente/morte/invalidez)
61
55
64
62
58
67
56
65
55
Indenização pelo
bem perdido
27
30
26
35
25
25
24
20
36
Em caso de roubo,
o seguro indeniza o
valor do bem roubado
16
19
14
19
16
13
16
13
20
Proteção/segurança
em receber
uma indenização
10
11
10
17
8
9
8
7
15
Em caso de algum
acidente, o seguro
indeniza o valor do bem
5
5
5
4
7
6
3
3
8
O seguro pode ressarcir
o bem com dinheiro
1
0
1
1
2
–
2
1
2
Não sabe
3
2
3
3
1
3
3
3
2
Não tem nada
que tenha gostado
17
21
14
11
18
16
22
18
15
Base: Total da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que
você mais gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
243
30/6/2010, 16:57
244 • Microsseguros: Série Pesquisas
Não gostou de nada
17
Alguns depoimentos de agrado
“Do seguro de vida, porque a gente sai na rua e
tem tiroteio, acidente e a gente nunca sabe quando
volta para casa. Tendo seguro a gente pode
proteger a família, que não vai ficar sem nada
depois da morte.”
“Gostei da ideia do seguro de vida,
porque se acontecer algo com a
gente, a família vai ficar protegida.”
“Gostei de, se acaso eu venha a falecer, os meus filhos terem direito de
receber um dinheiro para não ficarem desamparados.”
“Gostei porque, em caso de
roubo, o seguro vai ressarcir
o valor do carro roubado.”
“Gostei de, se por acaso ocorrer alguma coisa e eu
morrer, a minha família vai ter um dinheiro para
tocar a vida sem precisar depender dos outros.”
“O que mais me agradou é que se eu tiver um carro
e for roubado, eu posso recorrer à seguradora e
receber outro carro.”
“Se o assegurado morrer, as pessoas
da família ficam amparadas.”
“No caso de minha morte, a minha
família recebe um dinheiro para ir
se virando.”
“O seguro de vida, pois caso aconteça alguma
coisa com meu marido, você recebe uma
indenização, que não é muito, mas dá para pagar
algumas dívidas.”
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que
você mais gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
244
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 245
Pontos de Desagrado do Conceito
Perder o dinheiro investido,
caso não utilize o seguro
Falta de credibilidade do serviço
Não tem confiança em seguro/acredita que
quando precisar não terá retorno
Há muita burocracia para dificultar a indenização
Demoram muito para pagar o
seguro no caso de necessidade
Não gostar de seguro de vida
É injusto outras pessoas
receberem dinheiro após sua morte
Seguro de vida remete a algo negativo
Ter que pagar mensalmente/
Ter mais uma despesa mensal
Valor do seguro
Não cobre danos com o carro
Não sabe
Gostou de tudo
28
> São Paulo
11
8
Os principais pontos destacados
estão relacionados a questões
financeiras.
3
2
8
4
Contudo, vale destacar a falta de
credibilidade no serviço, indicada
por 11% dos entrevistados.
3
6
4
1
3
> Mulheres
44
> Entre 1 e 2 S.M.
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou
seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
245
30/6/2010, 16:57
246 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Perder o dinheiro investido/
Caso não utilize o seguro
perderá o dinheiro investido
28
33
19
24
33
27
Falta de credibilidade do serviço
11
8
14
7
14
11
Não tem confiança em seguro/acredita
que quando precisar não terá retorno
do que foi investido
8
7
8
6
12
6
Há muita burocracia por parte da
seguradora para dificultar a indenização
3
2
6
1
4
5
Demoram muito para pagar o seguro
no caso de necessidade
2
2
3
2
4
2
Não gosta por ser seguro de vida
8
7
10
8
8
7
Acha injusto outras pessoas receberem
dinheiro após sua morte/não recebe
o dinheiro em vida
4
3
6
4
5
5
Seguro de vida remete a algo negativo
3
3
4
6
2
3
Ter que pagar um valor mensal/
Ter mais uma despesa mensal
6
7
4
5
5
6
Valor do seguro (o valor cobrado é
muito alto/caro/todo ano o valor da
parcela do seguro aumenta/é remarcado)
4
3
4
3
2
5
Seguro não cobre danos com o carro
1
1
–
1
1
–
Não sabe
3
3
3
5
2
3
Gostou de tudo
44
44
44
50
40
42
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou
seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
246
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 247
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Perder o dinheiro
investido/Caso não
utilize o seguro perderá
o dinheiro investido
28
30
27
28
35
30
20
27
29
Falta de credibilidade
do serviço
11
12
10
7
8
14
13
10
11
Não tem confiança em
seguro/acredita que
quando precisar não
terá retorno do que
foi investido
8
9
7
6
5
8
10
8
7
Há muita burocracia por
parte da seguradora para
dificultar a indenização
3
5
3
1
3
8
2
3
4
Demoram muito para
pagar o seguro no caso
de necessidade
2
4
2
2
1
5
2
2
3
Não gosta por ser
seguro de vida
8
9
7
8
6
10
7
9
6
Acha injusto outras
pessoas receberem
dinheiro após sua
morte/não recebe o
dinheiro em vida
4
5
4
5
5
5
2
5
3
Seguro de vida remete
a algo negativo
3
4
3
4
1
5
3
4
3
Ter que pagar um
valor mensal/Ter mais
uma despesa mensal
6
7
5
7
7
2
7
7
3
Valor do seguro
(o valor cobrado é muito
alto/caro/todo ano o
valor da parcela do seguro
aumenta/é remarcado)
4
6
2
5
4
3
3
2
5
1
–
1
1
–
1
–
1
–
Seguro não cobre
danos com o carro
Não sabe
3
4
3
2
–
5
5
4
2
Gostou de tudo
44
36
49
46
43
36
49
44
44
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Citações até 1%
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o
que você menos gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
247
30/6/2010, 16:57
248 • Microsseguros: Série Pesquisas
Alguns depoimentos de desagrado
“Não gostei de ter que pagar algum
valor para o seguro. Não acredito em
seguro, tem muita burocracia.”
“Ficar pagando o seguro
por um ano.”
“Do seguro de vida, porque alguém
pode matar a gente para querer
receber o seguro de vida.”
“Aumenta a despesa mensal na casa.
Sou assalariado e o que ganho é
somente para comer.”
“Ter que pagar a mensalidade.
É mais uma despesa que a
gente tem que assumir”
“O fato de você ficar pagando e não
ter a devolução do dinheiro”
“Se não acontecer nada comigo, no
final de 12 meses eu não vou ter o
dinheiro de volta.”
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou
seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
248
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 249
Avaliação do Conceito de Microsseguros –
Importância de Ter um Seguro (Estimulada e
Única, em % – Escala de 5 pontos)
A importância de se ter um seguro, considerando a necessidade pessoal e da família,
é percebida pela maioria.
Entre os paulistanos e os que têm renda familiar entre 1 e 2 S.M., a importância
atribuída é ligeiramente maior.
> SP (74%)
> 1 a 2 S.M. (78%)
dia: 3,7
Média:
3,7
70%
70%
41
29
11
Muito
importante (5)
Importante (4)
5
Mais ou menos
Pouco
importante (3) importante (2)
13
Nada importante (1)
Entrevistados que moram em domicílio
com presença de crianças e/ou
adolescentes atribuem maior
importância ao seguro (32% vs. 25%
entre os que não têm).
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.12 Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante você
ou sua família terem um seguro?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
249
30/6/2010, 16:57
250 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Top Two Boxes
(muito importante + importante)
70
74
62
78
68
65
Muito importante (5)
29
31
25
31
27
28
Importante (4)
41
43
37
47
41
37
Mais ou menos importante (3)
11
11
12
6
11
16
Bottom Two Boxes
(pouco importante + nada importante)
19
15
26
16
21
20
Pouco importante (2)
5
4
7
4
5
7
Nada importante (1)
13
10
19
13
16
13
Média
3,7
3,8
3,4
3,8
3,6
3,6
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.12 Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante você
ou sua família terem um seguro?
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Top Two Boxes
(muito importante
+ importante)
70
68
71
79
69
64
67
70
70
Muito importante (5)
29
33
26
33
30
29
24
30
27
Importante (4)
41
36
45
46
39
36
43
40
43
Mais ou menos
importante (3)
11
13
10
8
17
13
9
11
12
19
19
19
14
14
22
25
19
18
Bottom Two Boxes
(pouco importante
+ nada importante)
Pouco importante (2)
5
6
5
7
1
7
5
5
6
Nada importante (1)
13
13
14
6
13
15
19
15
12
Média
3,7
3,7
3,6
3,9
3,7
3,6
3,5
3,7
3,7
Base: Total da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.12 Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante
você ou sua família terem um seguro?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
250
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 251
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial
de Mercado para Seguros (Estimulada e Múltipla,
em %)
Seguro saúde tem o maior potencial de mercado entre o público entrevistado.
A escolha do serviço é mais expressiva entre os moradores do RJ, entre os que possuem
maior poder de compra e entre as mulheres.
Seguro de vida, o segundo do ranking, com cerca de um terço das menções, apresenta
taxas mais elevadas entre os mais carentes.
46
Potencial de mercado
Sem preço Com preço
42
33
28
11
Seguro de vida
Seguro saúde
> RJ
> Mais de 2 a 5 S.M.
> Mulheres
7
Seguro autómovel
9
9
Seguro residência
12
19
Nenhum
> Entre 1 e 2 S.M.
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.14 Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda suas necessidades e da sua
família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual
destes seguros você escolheria?
P.15 E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina,
pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não
esteja no cartão?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
251
30/6/2010, 16:57
252 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Total
Seguro saúde
46
Seguro de vida
Seguro automóvel
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
50
42
52
37
50
33
35
31
41
32
29
11
13
7
8
11
13
Seguro residência
9
11
6
8
11
9
Nenhum
12
12
11
15
11
10
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.14 Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda suas necessidades e da sua
família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual
destes seguros você escolheria?
Sexo
Idade
Escolaridade
Total
Masculino
Feminino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Seguro saúde
46
40
50
49
41
47
46
43
49
Seguro de vida
33
36
32
40
41
34
22
33
34
Seguro automóvel
11
17
7
10
16
9
9
10
12
Seguro residência
9
5
12
14
9
8
6
9
9
Nenhum
12
12
12
2
8
12
23
13
10
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.14 Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda suas necessidades e da sua
família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual
destes seguros você escolheria?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
252
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 253
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Seguro saúde
42
37
51
32
42
50
Seguro de vida
28
29
26
40
27
20
Seguro automóvel
7
7
6
4
6
8
Seguro residência
9
10
8
7
15
7
Nenhum
19
21
17
24
15
19
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.15 E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina,
pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não
esteja no cartão?
Sexo
Idade
Escolaridade
Total
Masculino
Feminino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Seguro saúde
42
36
46
40
49
43
39
41
44
Seguro de vida
28
29
27
33
29
30
21
27
29
Seguro automóvel
7
10
5
9
4
7
5
5
9
Seguro residência
9
7
11
15
8
6
8
11
8
Nenhum
19
21
18
9
18
19
30
22
16
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.15 E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina,
pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não
esteja no cartão?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
253
30/6/2010, 16:57
254 • Microsseguros: Série Pesquisas
Avaliação do Conceito de Microsseguros –
Potencial de Mercado para Seguros (em %)
Potencial de Mercado
Disposição a Pagar (Espontânea) – Valor Mensal
* A média e a moda foram calculadas apenas entre os entrevistados que citaram algum valor.
** base insuficiente para análise estatística.
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.16 Quanto você estaria disposto a pagar, mensalmente, por um seguro ___ que você disse que escolheria?
Para o seguro de vida, os valores mencionados espontaneamente ultrapassam os que
foram testados em conceito. Essa dissonância sugere um certo desconhecimento em
relação a esse tipo de produto.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
254
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 255
Potencial de Mercado
Disposição a Pagar (Espontânea)
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.16 Quanto você estaria disposto a pagar, mensalmente, por um seguro ___ que você disse que escolheria?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
255
30/6/2010, 16:57
256 • Microsseguros: Série Pesquisas
Avaliação de Seguro de Vida
Principais Resultados – Seguro de Vida
O quanto gostou do conceito de Seguro de Vida: Top 2 boxes → 47%
Percentual
Percentualde
de“agradabilidade”
“agradabilidade”do
doconceito
conceitode
deSeguro
Segurode
deVida
Vidaéésemelhante
semelhanteao
aode
de
Microsseguros, e a receptividade pelos segmentos segue a mesma tendência.
Mais receptivos
• Jovens,
dede1818aa34
Jovens,
34 anos
anos
• Com
menor
(1aa22SM)
SM)
Com
menorrenda
rendafamiliar
familiar (1
• SP•SP
• Mulheres
Mulheres
Menos receptivos
• Mais
velhos,
acima
dede
5555
Mais
velhos,
acima
• Renda
Rendaacima
acimadede2 2SM
SM
• RJRJ
• Homens
Homens
Adequação
ãode
deSeguro
Segurode
deVida
Vida à família: Top 2 boxes →
? 50%
50%
Diferenças entre
os segmentos
seguem
asasmesmas
forma
meno
s acentuada
as entre
os segmentos
seguem
mesmas tendências,
tendências, dede
forma
meno
s acentuada
O percentual, porém, se restringe
bastante na intenção de compra efetiva
Intenção
dede
Compra
nos
próximos
1212
meses:
Top
2 boxes
→ 9%
ção
Compra
nos
pr ximos
meses:
Top
2 boxes
Diferença basicamente por idade, com maior receptividade nas faixas mais jovens (13%)
Os obstáculos para a compra concentram-se nas condições financeiras
(menor renda e mais velhos) e no fato da pessoa ter outras garantias (+ de 3 SM)
04-Microsseguros-Vol 2.p65
256
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 257
Principais Resultados – Microsseguros × Seguro
de Vida
Conceito de Microsseguros × Seguro de Vida (Em % )
Microsseguro
Seguro de Vida
Agradabilidade do conceito (Top 2 boxes)
Gosta muito
Gosta
53
11
42
47
11
37
Média (1 a 5)
3,2
3,0
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro
de Vida – Conceito Avaliado para Seguro de Vida
Agora vamos falar um pouco mais sobre seguro de vida.
Um chefe de família pode fazer um seguro de vida, pagando mensalmente à
seguradora um determinado valor. Na eventualidade de sua morte, a família receberá de uma vez ou em parcelas mensais, durante algum tempo, um pagamento em
dinheiro que depende do valor mensal pago à seguradora pelo chefe de família.
Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado
quantas vezes o cliente quiser.
É importante lembrar que o pagamento à seguradora é pela proteção. Assim, o
seguro só será pago em caso de eventual morte do segurado. A seguradora não devolve
as mensalidades pagas.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
257
30/6/2010, 16:57
258 • Microsseguros: Série Pesquisas
Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro
de Vida (Estimulada e única, em % – Escala de 5
pontos)
De modo geral, o conceito testado para seguro de vida é aprovado por cerca de
metade dos entrevistados. Esse percentual é semelhante à aprovação do conceito
de microsseguros.
dia: 3,0
Média:
3,0
47%
47%
37
23
22
11
7
Gostou muito (5)
Gostou (4)
Gostou mais
ou menos (3)
18 a 34 35 a 44 45 a 55 56 anos
anos anos anos ou mais
Gostou um
pouco (2)
De 1 a De 2 a De 3 a
2 S.M. 3 S.M. 5 S.M.
Não gostou (1)
Possui Possui seguro Não possui
seguro
seguro
de vida
Top Two Boxes
53
47
49
42
53
47
44
54
64
43
Gosta muito (5)
13
14
9
7
11
12
9
14
17
8
Gosta (4)
40
33
39
35
41
35
35
40
46
35
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou deste seguro de vida?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
258
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 259
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Top Two Boxes (gosta muito + gosta)
47
50
42
53
47
44
Gosta muito
11
11
10
11
12
9
Gosta
37
40
32
41
35
35
Gosta mais ou menos
22
22
23
19
26
22
Bottom Two Boxes
(gosta um pouco + não gosta)
30
28
35
28
27
34
Gosta um pouco
7
7
8
7
6
8
Não gosta
23
21
27
21
21
26
Média
3,0
3,1
2,9
3,2
3,1
2,9
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou deste seguro de vida?
Sexo
Total
Top Two Boxes
(gosta muito
+ gosta)
Idade
Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
47
43
51
53
47
49
Gosta muito
11
12
10
13
14
9
Gosta
37
31
41
40
33
39
Gosta mais
ou menos
42
45
50
7
9
13
35
36
37
22
24
21
17
26
25
22
25
19
Bottom Two
Boxes
(gosta um pouco
+ não gosta)
30
33
29
31
26
27
36
30
31
Gosta um pouco
7
7
8
10
7
6
7
7
8
Não gosta
23
26
21
21
20
21
29
23
23
Média
3,0
3,0
3,1
3,1
3,2
3,1
2,8
3,0
3,1
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou deste seguro de vida?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
259
30/6/2010, 16:57
260 • Microsseguros: Série Pesquisas
50% também consideram o tipo de proteção oferecida adequada para suas necessidades e para as de sua família.
> Superior
> 18-34 anos
Média:
3,1
dia: 3,1
50%
50%
35
20
19
15
Muito adequado (5)
Adequado (4)
11
Mais ou menos
adequado (3)
Pouco
adequado (2)
Nada adequado (1)
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.18 O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida?
Adequação do Seguro de Vida para o Entrevistado
e para a Família
Região
Total
São
Rio de
Paulo Janeiro
Renda Familiar
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Top Two Boxes
(muito adequado + adequado)
50
51
48
53
51
47
Muito adequado (5)
15
17
12
17
15
14
Adequado (4)
35
34
36
36
36
33
Mais ou menos adequado (3)
19
20
16
16
19
21
Bottom Two Boxes
(pouco adequado + nada adequado)
31
28
36
32
30
32
Pouco adequado (2)
11
9
13
10
12
10
Nada adequado (1)
20
19
23
21
18
22
Média
3,1
3,2
3,0
3,2
3,2
3,1
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.18 O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
260
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 261
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Top Two Boxes
(muito adequado
+ adequado)
50
47
52
63
50
49
40
43
59
Muito adequado (5)
15
16
15
16
24
12
11
15
15
Adequado (4)
35
31
37
47
26
37
28
28
44
Mais ou menos
adequado (3)
19
17
20
13
23
21
19
23
13
Bottom Two Boxes
(pouco adequado
+ nada adequado)
31
36
28
24
27
29
42
34
27
Pouco adequado (2)
11
11
11
8
12
7
15
13
7
Nada adequado (1)
20
25
18
16
15
22
27
21
20
Média
3,1
3,0
3,2
3,4
3,3
3,1
2,8
3,0
3,3
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.18 O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
261
30/6/2010, 16:57
262 • Microsseguros: Série Pesquisas
Quando se pergunta sobre a intenção de compra nos próximos 12 meses, a maior
parcela responde negativamente (65%).
Apenas 9% dos entrevistados manifestam intenção de compra de seguro de vida
nos próximos 12 meses, percentual que cresce um pouco entre os mais jovens até 44
anos (13%).
Média: 1,9
9%
9%
53
> 45 anos
ou mais
18-44 anos: 13%
26
2
11
7
Certamente irá Provavelmente irá
adquirir (5)
adquirir (4)
Não sabe se
Provavelmente
irá adquirir (3) não irá adquirir (2)
Certamente não
irá adquirir (1)
Proteger a família,
fam
assegurar
recursos financeiros para a
família em caso de acidente,
morte, invalidez
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.19 De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com estas características
nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
262
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 263
Intenção de Compra de Seguro de Vida nos Próximos 12 Meses
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Top Two Boxes (certamente irá +
provavelmente irá)
9
8
13
7
11
10
Certamente irá adquirir (5)
2
2
3
4
3
0
Provavelmente irá adquirir (4)
7
6
10
3
9
9
Não sabe se irá adquirir (3)
26
25
26
25
24
28
Bottom Two Boxes (provavelmente
não + certamente não)
65
67
61
68
65
63
Provavelmente não irá adquirir (2)
11
11
13
12
9
13
Certamente não irá adquirir (1)
53
56
49
56
56
50
Média
1,9
1,9
2,1
1,9
1,9
2,0
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.19 De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com estas características
nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
263
30/6/2010, 16:57
264 • Microsseguros: Série Pesquisas
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
9
10
9
13
13
5
7
9
10
Certamente irá
adquirir (5)
2
1
3
2
3
1
2
3
1
Provavelmente
irá adquirir (4)
7
9
6
10
10
4
5
6
9
Não sabe se
irá adquirir (3)
26
24
27
38
24
27
15
19
34
Bottom Two Boxes
(provavelmente não
+ certamente não)
65
66
64
49
63
68
78
72
56
Provavelmente não
irá adquirir (2)
11
14
10
9
17
8
12
13
9
Certamente não
irá adquirir (1)
53
52
55
40
46
60
65
59
47
Média
1,9
1,9
1,9
2,3
2,1
1,8
1,7
1,8
2,1
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.19 De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com estas características
nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
264
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 265
Razões para Não Adquirir um Seguro de Vida
64% Provavelmente + certamente não irão adquirir
31
Não tem condições financeiras, tem outros gastos
13
Tem outra garantia (possui seguro vida/seguro trabalhista)
Não tem reembolso do dinheiro investido/
devolução se não usar ou se desistir
Falta de crédito no serviço (não tem confiança de que
será ressarcido/demora muito para receber)
Não tem dependentes/os filhos são adultos,
não precisam de ajuda dos pais
Seguro de vida remete a algo negativo
2
Seguro é muito caro
2
> + de 3 a 5 S.M.
> 1 a 2 S.M.
> Fundamental
> Mais velhos
9
5
3
É idoso/ está com idade avançada para pensar em seguro 1
Não quer deixar dinheiro para família/terceiros 1
A falta de recursos financeiros é o principal
motivo indicado para não adquirir um seguro
de vida nos próximos 12 meses,
principalmente para a população com menor
renda e para os mais velhos (56 anos ou +).
O fato de possuir outra garantia é indicado,
principalmente, pelos que têm renda entre
mais de 3 a 5 S.M.
Não tem informações 1
Não se preocupa com a morte/não pensa na morte 1
Citações até 1%
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
265
30/6/2010, 16:57
266 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Não tem condições financeiras,
tem outros gastos
31
33
25
40
32
23
Tem outra garantia (possui
seguro vida/seguro trabalhista)
13
15
10
10
11
17
Não tem reembolso do dinheiro
investido/devolução se não usar
ou se desistir
9
7
12
8
8
9
Falta de crédito no serviço
(não tem confiança de que será
ressarcido/demora muito para receber)
5
6
4
4
7
4
Não tem dependentes/os filhos são
adultos, não precisam de ajuda dos pais
3
1
5
1
3
4
Seguro de vida remete a algo negativo
2
2
2
7
–
1
Seguro é muito caro
2
3
0
3
2
2
É idoso/está com idade avançada
para pensar em seguro
1
1
1
2
1
1
Não quer deixar dinheiro para
família/terceiros
1
–
2
1
–
1
Não tem informações
1
1
–
–
2
–
Não se preocupa com a morte/
não pensa na morte
1
1
1
1
–
2
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
266
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 267
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Não tem condições
financeiras, tem
outros gastos
31
30
31
20
31
33
38
36
23
Tem outra garantia
(possui seguro vida/
seguro trabalhista)
13
11
14
7
16
17
13
12
13
Não tem reembolso
do dinheiro investido/
devolução se não usar
ou se desistir
9
8
9
6
11
8
9
9
8
Falta de crédito no
serviço (não tem
confiança de que será
ressarcido/demora
muito para receber)
5
7
4
3
2
6
8
6
4
Não tem dependentes/
os filhos são adultos,
não precisam de
ajuda dos pais
3
3
2
1
2
1
6
2
3
Seguro de vida remete
a algo negativo
2
1
3
7
–
2
1
3
2
Seguro é muito caro
2
1
3
–
3
4
2
2
2
É idoso/está com idade
avançada para pensar
em seguro
1
2
0
–
–
–
3
2
-
Não quer deixar dinheiro
para família/terceiros
1
1
1
–
1
–
2
1
0
Não tem informações
1
1
1
–
–
–
2
1
–
Não se preocupa com a
morte/não pensa na morte
1
2
–
3
–
1
–
0
2
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
267
30/6/2010, 16:57
268 • Microsseguros: Série Pesquisas
Razões de Estar Indeciso em Adquirir um Seguro de Vida
26% Não sabem se irão adquirir
Custos, situação financeira (tem outros gastos,
não tem condições, depende do valor)
18
Tem outra garantia (possui seguro vida)
2
Não tem reembolso do dinheiro investido/devolução se não
usar, desistir
1
Não tem dependentes/os filhos são adultos, não precisam
de ajuda dos pais
1
Seguro é muito caro
1
Teria que verificar se a empresa é idônea
1
> 18 a 24 anos
> 35 a 44 anos
> Ensino fundamental
Citações até 1%
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
268
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 269
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Custos, situação financeira
(tem outros gastos, não tem condições,
depende do valor)
18
17
21
20
17
18
Tem outra garantia (possui seguro vida)
2
3
1
1
2
4
Não tem reembolso do dinheiro
investido/devolução se não usar
ou se desistir
1
0
2
–
2
1
Não tem dependentes/os filhos são
adultos, não precisam de ajuda dos pais
1
1
–
2
–
–
Seguro é muito caro
1
1
0
1
–
1
Teria que verificar se a empresa é idônea
Base: Total da amostra
1
1
–
–
–
2
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses?
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Custos, situação
financeira (tem outros
gastos, não tem condições,
depende do valor)
18
14
21
29
11
22
11
13
25
Tem outra garantia
(possui seguro vida)
2
4
1
2
4
4
–
2
3
Não tem reembolso
do dinheiro investido/
devolução se não usar
ou se desistir
1
0
1
2
1
1
1
0
2
Não tem dependentes/
os filhos são adultos,
não precisam de ajuda
dos pais
1
1
1
1
1
–
–
–
1
Seguro é muito caro
1
0
1
1
–
1
1
1
1
Teria que verificar se
a empresa é idônea
1
1
1
–
1
1
1
1
428
159
269
108
86
104
130
230
Base: Total da amostra
198
Citações até 1%.
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
269
30/6/2010, 16:57
270 • Microsseguros: Série Pesquisas
Elasticidade de Preço – Apólice de R$ 30.000,00
Certamente irá adquirir
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de
R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou
provavelmente?
Ao menor valor, de R$12,50, cerca de 43% dos entrevistados declaram ter intenção
de adquirir seguro de vida, com certeza. Quando esse valor praticamente triplica
(R$ 37,50), a taxa cai pela metade: 22%.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
270
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 271
Região
Total
São
Rio de
Paulo Janeiro
Renda Familiar
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
R$ 37,50
22
20
25
21
24
21
R$ 31,25
27
25
29
26
26
27
R$ 25,00
32
32
33
31
35
31
R$ 18,75
36
37
36
36
40
34
R$ 12,50
43
44
40
45
46
38
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de
R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou
provavelmente?
Sexo
Idade
Mas- FemiTotal culino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
R$ 37,50
22
20
23
26
28
22
14
20
25
R$ 31,25
27
25
28
31
35
24
18
24
30
R$ 25,00
32
32
32
41
40
27
23
30
35
R$ 18,75
36
38
36
44
47
31
26
33
40
R$ 12,50
43
44
42
57
48
35
32
41
45
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de
R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou
provavelmente?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
271
30/6/2010, 16:57
272 • Microsseguros: Série Pesquisas
Elasticidade de Preço – Apólice de R$ 10.000,00
Certamente irá adquirir
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de
R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou
provavelmente?
Com apólice menor, a intenção de aquisição tem menor variação. Ao menor valor,
de R$ 5,00, novamente há um mercado potencial em torno de 44%.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
272
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 273
Região
Total
São
Rio de
Paulo Janeiro
Renda Familiar
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
R$ 15,00
29
28
31
34
33
23
R$ 12,50
32
31
33
36
36
26
R$ 10,00
36
36
36
39
42
29
R$ 7,50
39
41
37
44
44
32
R$ 5,00
44
45
41
49
47
37
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de
R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou
provavelmente?
Sexo
Idade
Total Mas- Femiculino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
R$ 15,00
29
30
29
36
33
20
28
28
31
R$ 12,50
32
33
31
41
35
23
28
31
32
R$ 10,00
36
36
37
47
38
32
30
34
39
R$ 7,50
39
39
40
53
41
34
30
38
41
R$ 5,00
44
41
45
59
49
38
31
40
48
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de
R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou
provavelmente?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
273
30/6/2010, 16:57
274 • Microsseguros: Série Pesquisas
Assegurar o bem-estar e a tranquilidade da família é, sem dúvida, um benefício
percebido por esse público para uma proteção como o seguro. Entretanto, em um mesmo patamar os entrevistados evidenciam a falta de credibilidade no serviço.
Top two boxes
73
69
53
Top box
65
53
51
57
53
42
34
Associação a seguros
A
B
C
D
E
Associações relativamente
baixas a seguros
44
40
30
29
F
G
+ A Ter um seguro garante o bem-estar da minha família.
B
C
D
E
Ter um seguro faz com que me sinta mais tranquilo, pois não preciso me preocupar com eventuais perdas.
.
Tenho medo de pagar e não receber o valor combinado
Seguro é importante para quem não tem carteira assinada
.
É muito complicado fazer um seguro, não entendo como funciona.
- F Sempre quis ter um seguro, mas nunca encontrei nada adequado para minha situação financeira.
G Seguro é para pessoas ricas, com melhor condição financeira.
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
274
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 275
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
78
71
71
Ter um seguro garante o bem-estar
da minha família
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
73
75
69
Concorda totalmente
53
56
47
56
54
50
Concorda em parte
20
19
22
23
16
21
Nem concorda, nem discorda
4
4
4
4
4
3
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
23
21
27
17
25
26
Discorda em parte
4
4
5
2
6
5
Discorda totalmente
19
17
22
15
19
21
Média
3,8
3,9
3,7
4,0
3,8
3,7
69
71
66
73
71
65
Ter um seguro faz com que me sinta
mais tranquilo, pois não preciso me
preocupar com eventuais perdas
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
Concorda totalmente
53
57
46
54
57
50
Concorda em parte
16
14
20
20
14
16
Nem concorda, nem discorda
3
3
4
4
2
4
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
27
26
30
23
27
31
Discorda em parte
7
8
7
5
6
10
Discorda totalmente
20
18
23
18
21
20
Média
3,8
3,8
3,6
3,9
3,8
3,6
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
275
30/6/2010, 16:57
276 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
71
65
60
Tenho medo de pagar e não receber
o valor combinado
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
65
67
61
Concorda totalmente
51
55
45
51
57
47
Concorda em parte
14
12
16
20
8
12
Nem concorda, nem discorda
5
4
6
3
4
6
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
31
29
34
26
31
34
Discorda em parte
6
4
10
4
7
8
Discorda totalmente
24
25
24
23
24
26
Média
3,6
3,7
3,5
3,7
3,7
3,5
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
57
59
53
63
54
55
Concorda totalmente
42
44
40
46
44
38
Concorda em parte
14
15
13
17
9
16
Nem concorda, nem discorda
5
6
5
2
7
7
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
38
35
42
35
39
39
Discorda em parte
8
7
11
10
10
5
Discorda totalmente
30
29
31
25
29
33
Seguro é importante para quem
não tem carteira assinada
Média
3,3
3,4
3,2
3,5
3,3
3,2
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
276
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 277
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
56
55
50
É muito complicado fazer um seguro,
não entendo como funciona
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
53
56
49
Concorda totalmente
34
38
28
36
36
32
Concorda em parte
19
17
21
21
19
18
Nem concorda, nem discorda
4
5
3
4
4
5
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
42
39
48
40
42
45
Discorda em parte
7
6
10
7
8
7
Discorda totalmente
35
33
38
33
34
37
Média
3,1
3,2
2,9
3,2
3,2
3,0
44
45
42
51
49
35
Sempre quis ter um seguro, mas
nunca encontrei nada adequado
para minha situação financeira
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
Concorda totalmente
30
31
28
36
36
21
Concorda em parte
14
15
14
15
13
14
Nem concorda, nem discorda
5
5
6
4
6
5
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
51
50
53
45
45
60
Discorda em parte
7
6
8
9
3
8
Discorda totalmente
44
44
44
37
42
52
Média
2,8
2,8
2,7
3,0
3,0
2,4
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
277
30/6/2010, 16:57
278 • Microsseguros: Série Pesquisas
Região
Total
Renda Familiar
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
40
38
42
41
São
Rio de
Paulo Janeiro
Seguro é para pessoas ricas,
com melhor condição financeira
Top Two Boxes (certamente irá
+ provavelmente irá)
40
41
Concorda totalmente
29
31
26
30
30
28
Concorda em parte
11
9
13
8
11
13
Nem concorda, nem discorda
5
5
4
6
4
5
Bottom Two Boxes (discorda em
parte + discorda totalmente)
55
54
56
56
54
54
Discorda em parte
8
8
10
5
9
10
Discorda totalmente
46
46
46
51
46
43
Média
2,7
2,7
2,6
2,6
2,7
2,7
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
278
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 279
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Ter um seguro garante
o bem-estar da
minha família
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
73
75
72
73
79
70
71
74
71
Concorda totalmente
53
53
53
51
62
47
53
56
50
Concorda em parte
20
21
19
23
18
23
17
19
22
Nem concorda,
nem discorda
4
2
5
8
3
3
2
4
3
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
23
23
23
19
17
26
28
21
26
Discorda em parte
4
4
4
5
5
3
4
4
4
Discorda totalmente
19
18
19
14
12
23
24
17
21
Média
3,8
3,9
3,8
3,9
4,1
3,7
3,7
3,9
3,7
69
68
70
72
75
63
68
71
68
Ter um seguro faz com
que me sinta mais
tranquilo, pois não
preciso me preocupar
com eventuais perdas
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
Concorda totalmente
53
53
53
55
64
48
47
54
52
Concorda em parte
16
15
17
17
11
15
21
17
16
Nem concorda,
nem discorda
3
2
4
2
2
3
5
4
3
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
27
31
25
25
23
34
27
26
29
Discorda em parte
7
7
8
7
10
11
3
6
10
Discorda totalmente
20
24
17
19
14
23
23
20
20
Média
3,8
3,7
3,8
3,8
4,0
3,6
3,7
3,8
3,7
Base: Total da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
279
30/6/2010, 16:57
280 • Microsseguros: Série Pesquisas
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Tenho medo de pagar
e não receber o valor
combinado
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
65
68
63
64
60
68
66
72
56
Concorda totalmente
51
56
48
49
52
50
53
57
45
Concorda em parte
14
11
15
15
8
17
13
15
11
Nem concorda,
nem discorda
5
5
5
5
2
3
8
5
5
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
31
27
33
31
38
30
26
24
39
Discorda em parte
6
5
7
6
8
8
4
4
9
Discorda totalmente
24
22
26
25
31
22
22
20
30
Média
3,6
3,7
3,5
3,6
3,4
3,7
3,7
3,9
3,3
57
59
55
50
59
62
56
59
53
Concorda totalmente
42
48
39
32
54
44
43
45
39
Concorda em parte
14
11
16
19
5
19
13
15
14
Nem concorda,
nem discorda
Seguro é importante
para quem não tem
carteira assinada
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
5
4
6
4
4
5
8
6
5
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
38
36
39
45
37
33
35
34
42
Discorda em parte
8
6
10
8
9
7
8
8
8
Discorda totalmente
30
31
29
37
29
26
27
26
34
Média
3,3
3,4
3,3
3,0
3,5
3,5
3,4
3,4
3,2
Base: Total da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
280
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 281
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
É muito complicado
fazer um seguro, não
entendo como funciona
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
53
51
54
48
46
60
58
63
42
Concorda totalmente
34
36
34
29
28
32
46
42
25
Concorda em parte
19
16
21
19
19
27
12
20
17
Nem concorda,
nem discorda
4
7
3
2
6
4
6
5
4
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
42
42
42
50
48
36
36
32
55
Discorda em parte
7
8
7
8
12
3
7
6
9
Discorda totalmente
35
34
36
42
36
33
29
26
46
Média
3,1
3,1
3,1
2,8
2,9
3,2
3,4
3,5
2,7
44
45
43
38
53
46
41
52
35
Sempre quis ter um
seguro, mas nunca
encontrei nada
adequado para minha
situação financeira
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
Concorda totalmente
30
29
30
25
37
30
28
34
24
Concorda em parte
14
16
13
13
16
16
13
17
11
Nem concorda,
nem discorda
5
4
6
6
4
3
7
6
4
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
51
51
51
56
43
50
53
43
62
Discorda em parte
7
4
8
8
10
3
6
7
6
Discorda totalmente
44
47
42
47
33
48
47
35
55
Média
2,8
2,8
2,8
2,6
3,1
2,8
2,7
3,1
2,4
Base: Total da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
281
30/6/2010, 16:57
282 • Microsseguros: Série Pesquisas
Sexo
Idade
18 a
Total Mas- Femi- 34
culino nino anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino Ensino
55
anos
FundaMédio/
anos ou mais mental Superior
Seguro é para pessoas
ricas, com melhor
condição financeira
Top Two Boxes
(certamente irá +
provavelmente irá)
40
40
41
28
42
47
44
44
36
Concorda totalmente
29
27
31
18
35
33
33
33
26
Concorda em parte
11
13
10
10
8
14
12
12
10
Nem concorda,
nem discorda
5
4
5
5
5
3
7
7
2
Bottom Two Boxes
(discorda em parte
+ discorda totalmente)
55
56
54
68
53
50
48
48
63
Discorda em parte
8
7
9
10
4
12
8
7
10
Discorda totalmente
46
49
44
58
49
39
40
41
53
Média
2,7
2,6
2,7
2,2
2,8
2,9
2,9
2,9
2,5
Base: Total da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada
uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
282
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 283
A grande maioria não gostaria de receber informações sobre seguros. Entre os que
têm interesse, o público mais jovem demonstra maior aceitação.
72
44%: 18 a 34 anos
28
9
6
Gostaria Mala-direta Jornais
de receber
informações
6
Revistas
6
E-mail
3
2
1
Celular Telefone
fixo
Não
sabe/não
respondeu
Não
gostaria de
receber
informações
> Quanto
mais velhos
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? Por quais meios?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
283
30/6/2010, 16:57
284 • Microsseguros: Série Pesquisas
Interesse em Receber Informações sobre Seguros
Região
Total
Renda Familiar
São
Rio de
Paulo Janeiro
De 1 a
2 S.M.
Mais de
2 S.M.
e 3 S.M.
Mais de
3 S.M.
e 5 S.M.
Mala-direta
9
12
4
6
7
13
Jornais
6
7
5
7
7
5
Revistas
6
5
7
4
10
4
E-mail
6
6
5
3
8
6
Celular
3
2
4
5
3
2
Telefone fixo
1
0
1
1
–
1
Não sabe/não respondeu
2
2
1
3
3
0
Não gostaria de receber informações
72
70
76
72
72
72
Base: Total da amostra
428
212
216
130
125
173
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? Por quais meios?
Sexo
Idade
Mas- FemiTotal culino nino
18 a
34
anos
35 a
44
anos
Escolaridade
45 a
56
Ensino
55
anos
Ensino
Médio/
anos ou mais Fundamental Superior
Mala-direta
9
9
9
9
12
11
5
9
9
Jornais
6
6
6
10
3
4
7
5
7
Revistas
6
3
8
10
8
3
2
5
7
E-mail
6
8
5
17
3
2
1
3
9
Celular
3
2
4
9
1
1
1
3
4
Telefone fixo
1
–
1
–
–
1
1
1
–
Não sabe/
não respondeu
2
1
3
1
1
3
3
3
1
Não gostaria
de receber
informações
72
72
72
56
74
77
82
74
71
Base: Total
da amostra
428
159
269
108
86
104
130
230
198
Base: Total da amostra (vide metodologia)
P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? Por quais meios?
04-Microsseguros-Vol 2.p65
284
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 285
Principais Resultados
Na relação que as famílias de baixa renda têm com seguros, nota-se que:
•
44% já possuem algum tipo de seguro, com destaque para saúde (27%) e vida (22%).
E, independente da situação financeira, saúde e vida consolidam-se como os seguros
mais desejados.
Sem preço
46
42
Seguro saúde
Com preço
33
28
Seguro de vida
De modo geral, existe um potencial de mercado em torno de 50% para microsseguros
entre a população classificada como de baixa renda neste estudo. O aspecto mais valorizado nesse tipo de produto é a proteção à família.
•
•
conceito de microsseguros, sem mencionar valor: 53% de agrado.
conceito de microsseguros de vida, sem mencionar valor: 47% de agrado e 50% de
adequação às necessidades atuais.
Alguns fatores, contudo, configuram-se como barreiras para que esse patamar seja
atingido, e, portanto, merecem atenção:
•
•
•
problemas financeiros, custos, outros gastos.
a perda do dinheiro investido em caso de não-utilização.
falta de credibilidade da categoria. à Há uma certa desconfiança em relação ao não
cumprimento dos serviços acordados.
Neste sentido, a taxa de interessados pode ficar em um patamar bem mais baixo,
inferior a 10%. Mas é importante ressaltar que esse público demonstra um certo desconhecimento dos valores praticados nessa categoria, o que pode ser também um impeditivo
04-Microsseguros-Vol 2.p65
285
30/6/2010, 16:57
286 • Microsseguros: Série Pesquisas
para a aquisição desse tipo de produto. Considerando apenas seguro de vida como referência, nota-se na etapa espontânea uma percepção de preço muito maior que a testada
no conceito.
Logo, ao serem estimulados os valores possíveis para a categoria, o mercado potencial volta a subir para um patamar em torno de 40%.
Disposição a pagar: tanto a apólice de R$ 30.000,00 como a de R$ 10.000,00.
Para os menores valores, a taxa de interessados é de 43% (R$12,50) e 44%
(R$ 5,00), respectivamente.
De modo geral, os conceitos – tanto o de microsseguros quanto o de seguro de vida
– agradaram ao público de menor renda.
Há concordância da maioria sobre a importância de ter um seguro.
Alguns públicos mostram-se mais receptivos e demonstram maior agrado e interesse por seguros em geral: os jovens, de 18 a 34 anos, os que possuem menor renda familiar (até 2 SM), as mulheres e os residentes em São Paulo.
Sexo
As mulheres apresentam maior interesse e receptividade a seguros, e nesse aspecto e
na questão da mobilização apresentam similaridade com o segmento de baixa renda,
atraídas pela ideia de proteção e amparo à família e por sua situação de menor amparo na
questão da ocupação formal.
Os homens mostram-se mais críticos com relação aos conceitos além da confiança
um pouco menor nos seguros, constitui motivo de desagrado o fato de se ter mais uma
despesa mensal e o valor ser considerado elevado.
Contudo, na intenção de compra nos próximos 12 meses, os valores se equiparam
entre os sexos (em torno de 10%), o que indica que esse segmento pode ter bom retorno,
se forem trabalhadas essas barreiras.
Apesar das diferenças entre os sexos, a renda familiar e a faixa etária parecem constituir as variáveis mais determinantes pelo interesse e receptividade
aos seguros.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
286
30/6/2010, 16:57
Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 287
Renda Familiar
O público com menor renda familiar, de 1 a 2 S.M., demonstra maior agrado e interesse por seguros em geral e seguro de vida em particular, motivado principalmente pela
ideia de proteção e amparo à família.
Para esses entrevistados também tem maior peso a proteção do seguro, pelo fato de
não possuírem carteira assinada.
Contudo, para a intenção efetiva de compra, esse público tem barreiras importantes
relacionadas à sua condição financeira: considera mais difícil encontrar um seguro adequado à sua situação financeira e tem mais receio de pagar e não receber os valores
combinados (sobretudo quando são pessoas de menor escolaridade).
O público com renda familiar um pouco mais elevada, de 3 a 5 S.M., apresenta
índices menores de interesse por seguros, relacionados ao fato de essas pessoas terem
uma situação mais estável e considerarem que possuem maior garantia.
A credibilidade no serviço também foi mais destacada nesse público: há menor confiança e receio de não receber o bem quando precisar.
Contudo, esse público pode ser mobilizado, se houver a confiança quanto ao recebimento da indenização combinada.
Faixa Etária
Os jovens de 18 a 34 anos constituem o público que mostra maior receptividade e
apresenta menor resistência a seguros. São pouco afetados pela imagem de falta de
credibilidade em seguros.
Além do maior interesse e agrado pelo conceito, os jovens apresentam efetivamente uma intenção de compra mais elevada. Ações concentradas nesse público deverão ter um bom retorno, e efetivamente esse segmento manifestou interesse bem maior
no recebimento de informações sobre seguros (44%, em comparação com 28% no
total da amostra).
O que necessita ser trabalhado nesse público é o aspecto da garantia de indenização
pelo bem perdido.
Apesar da maior confiança e credibilidade nos seguros, a ideia de perder o dinheiro
investido em caso de não-utilização tem importância para esse segmento, e é um ponto
que requer maior atenção.
O segmento mais resistente é constituído pelos mais velhos: os índices de agrado e
receptividade começam a cair após os 45 anos, e se acentuam na faixa acima de 55 anos.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
287
30/6/2010, 16:57
288 • Microsseguros: Série Pesquisas
A intenção de compra fica em torno de 6%. Declaradamente, esse público não deseja receber informações sobre seguros (apenas 18% na faixa acima de 55 anos).
Existem barreiras efetivas relacionadas à situação financeira, agravadas pela falta de
confiança e credibilidade em seguros que caracteriza esse público.
04-Microsseguros-Vol 2.p65
288
30/6/2010, 16:57
5
Demanda por Microsseguro
e Disposição a Pagar
José L. Carvalho
Introdução
Riscos podem, individualmente, ser absorvidos por meio de seguros. Como a avaliação de um risco qualquer é subjetiva, indivíduos reagem diferentemente, sob as
mesmas condições, à mesma exposição a um determinado risco. A literatura especializada caracteriza três tipos de indivíduos segundo sua atitude em relação ao risco:
avessos ao risco, neutros em relação ao risco e propensos ao risco. Além das preferências individuais em relação ao risco, as ações que os indivíduos tomam para administrar os riscos a que estão sujeitos dependem de quanto custa se prevenir contra esses
riscos e do valor da perda esperada. Desse modo, o preço que um indivíduo está disposto a pagar por uma dada proteção contra riscos específicos depende, entre outras
coisas, de sua avaliação do risco e de sua renda. De um modo geral, espera-se que os
indivíduos sejam avessos ao risco.
Famílias de renda baixa, na maioria dos países, são alijadas do mercado formal de
seguros devido às restrições de preço da apólice e de regulamentações sobre a cobertura
289
05-Microsseguros-Vol 2.p65
289
30/6/2010, 16:58
290 • Microsseguros: Série Pesquisas
mínima de risco implícita nas apólices. Assim, essas famílias de baixa renda têm que
descobrir outros mecanismos para proteção contra perdas decorrentes de morte, invalidez,
problemas de saúde ou ainda, perdas patrimoniais devido a roubo, incêndio ou outros
danos à propriedade. Como essas famílias conseguem administrar esses riscos? De um
modo geral, elas se valem de autosseguro e de um sistema de proteção mútua, no qual os
membros de uma comunidade auxiliam uns aos outros. Esse sistema informal de seguro
lastreado na solidariedade tem sucesso?
Microsseguro, um componente da microfinanças, tem sido o caminho adotado em
muitos países para contornar as dificuldades das famílias de baixa renda na administração dos riscos a que estão sujeitas. Que características deverá ter um seguro (prêmio,
cobertura, exclusões) para atender às preferências e à capacidade de pagamento das
famílias de baixa renda?
O objetivo da presente pesquisa é de, por meio de uma enquete, obter o preço máximo
que pessoas de baixa renda, em um contexto familiar, estariam dispostas a pagar pela
proteção de um seguro (willingness-to-pay), em particular, por um seguro de vida. Obtido
o preço máximo, duas inferências serão feitas. A primeira é de como as características do
comprador estão associadas a esse preço máximo. A segunda é uma tentativa de estimar o
ganho de bem-estar para as famílias de baixa renda pela existência de um mercado de
microsseguros. Embora simples e grosseira, a estimação desse ganho ajuda a demonstrar a
importância do desenvolvimento de um mercado de microsseguros no Brasil.
A enquete foi conduzida pela Datafolha, empresa especializada nesse tipo de pesquisa e contratada pela Funenseg. O questionário aplicado levou em consideração as
definições de microsseguro e de população de baixa renda no Brasil emitidas pelo Grupo de Trabalho de Microsseguros da Susep, instituído pela portaria Susep 2.960 de 1206-2008:
Microsseguro é a proteção financeira fornecida por provedores autorizados para a
população de baixa renda contra riscos específicos em troca de pagamentos de prêmios proporcionais às probabilidades e aos custos dos riscos envolvidos, em conformidade com a legislação e os princípios de seguro globalmente aceitos.
População de baixa renda, para efeitos de microsseguro no Brasil, é o segmento da
população com rendimento mensal per capita de até dois salários mínimos, cuja
posição na ocupação pode estar classificada tanto no setor formal quanto no setor
informal da economia.1
1
I Relatório Parcial do Grupo de Trabalho de Microsseguros da Susep, p. 20. Susep, agosto de 2008.
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 291
Por considerar um contexto familiar, a enquete selecionou domicílios nos quais a
renda familiar variava entre um e cinco salários mínimos, embora a contribuição de cada
morador do domicílio para a renda total fosse identificada. Além de avaliar o conceito
de microsseguro, na perspectiva da população potencialmente usuária, foram coletadas
informações sobre a disposição que tem o consumidor de baixa renda de pagar por duas
apólices alternativas de microsseguro de vida. Além das informações específicas sobre
microsseguro, a enquete caracteriza o perfil socioeconômico-demográfico dos membros do domicílio, assim como sua experiência financeira e a existência de proteção
formal contra riscos por meio de apólices de seguro. Ênfase especial é dada ao conceito
de seguro e como as pessoas o avaliam (pontos positivos e negativos), assim como a
predisposição ou não para sua aquisição. No anexo I reproduzimos o questionário aplicado a 212 domicílios em distritos da cidade de São Paulo e 216 domicílios em regiões
administrativas da cidade do Rio de Janeiro.2
Na seção seguinte, dados obtidos da enquete Datafolha serão analisados e as variáveis que serão utilizadas no estudo da disposição a pagar serão descritas. A seção três
apresenta as análises da disposição a pagar para as duas apólices de seguro de vida
consideradas na enquete. O bem-estar resultante de um mercado de microsseguros é
estimado na seção quatro, e a seguir as conclusões do trabalho são ressaltadas.
Descrição dos Dados
A enquete conduzida pela Datafolha produziu 428 entrevistas finais, sendo que 216
foram realizadas em várias regiões administrativas da cidade do Rio de Janeiro e 212 em
distritos da cidade de São Paulo. Nas duas cidades, a escolha da unidade administrativa
das cidades foi feita de acordo com a concentração da população de baixa renda (universo) em cada localidade. As entrevistas, as quais ocorreram de 06 a 10 de julho de 2009,
foram feitas em quarteirões (clusters) sorteados ao acaso, a partir das informações
censitárias obtidas junto ao IBGE. As pessoas entrevistadas em cada domicílio eram,
necessariamente, os chefes da família ou seu cônjuge com mais de 18 anos de idade e a
renda familiar variava de um a cinco salários mínimos nacional. O questionário aplicado
contemplou questões que caracterizam o domicílio, as pessoas residentes no domicílio,
com a identificação do chefe da família e seu cônjuge, assim como o grau de parentesco
2
Para maiores detalhes, assim como para uma descrição dos dados coletados por esta enquete, ver Avaliação do Conceito de Microsseguro entre a População de Baixa Renda. Relatório submetido à Funenseg. Datafolha, julho de 2009.
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292 • Microsseguros: Série Pesquisas
de cada residente com o chefe da família. Para cada residente obteve-se informações
sobre sua escolaridade e ocupação. A experiência financeira e especificamente com seguros foi obtida, assim como a atitude do entrevistado em relação a seguros, com ênfase
no conceito de microsseguro.
De posse do banco de dados para os 428 domicílios, e com o propósito de estudar a
disposição a pagar pelas duas apólices de seguros apresentadas ao entrevistado com
cinco opções de preço para cada apólice, foram construídas as seguintes variáveis:
Cidade: 0 se Rio de Janeiro e 1 se São Paulo;
Renda familiar: valor em reais da renda familiar;
Sexo do chefe: 0 se feminino e 1 se masculino;
Idade do chefe: idade do chefe da família em anos;
Escolaridade do chefe:
0 = analfabeto, fundamental I incompleto ou não sabe;
1 = fundamental I completo ou fundamental II incompleto;
2 = fundamental II completo ou ensino médio incompleto;
3 = ensino médio completo;
4 = ensino superior incompleto ou completo;
5 = pós-graduação.
Ocupação do chefe:
0 = dona de casa, estagiário/aprendiz, estudante ou desempregado procurando ou não emprego;
1 = assalariado sem registro e free-lance (bico);
2 = autônomo regular (paga INSS), profissional liberal e
empresário;
3 = assalariado registrado;
4 = funcionário público, aposentado e vive de renda.
Crianças 5 anos ou menos: número de crianças com cinco ou menos anos de idade;
Pessoas 60 anos ou mais: número de pessoas com sessenta ou mais anos de idade;
Experiência financeira:
0 = não possui experiência financeira, isto é, respondeu
negativamente às perguntas sobre possíveis experiências,
se recusou a informar ou não respondeu;
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 conforme o número de respostas
“sim” às perguntas:
Possui conta corrente em banco?
Possui caderneta de poupança?
Possui cartão de crédito?
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 293
Chefe tem seguro:
Compra seguro de vida:
WTP10:
WTP30:
Possui financiamento bancário?
Possui consórcio?
Possui fundos de investimento?
Possui crédito imobiliário?
Possui título de capitalização?
0 = se chefe da família não tem seguro de vida;
1 = se o chefe da família tem seguro de vida.
0 = se não se dispõe (não sabe se irá adquirir, provavelmente não irá adquirir ou certamente não irá adquirir) a
comprar uma das apólices de seguro de vida;
1 = se está disposto (opções certamente irá adquirir e provavelmente irá adquirir) a comprar uma das apólices de
seguro.
0 = se não compra a qualquer preço;
= ao preço a que compraria a apólice de R$ 10 mil; a apólice foi oferecida do maior para o menor prêmio;
R$ 15,00; R$ 12,50; R$ 10,00; R$ 7,50 e R$ 5,00.
0 = se não compra a qualquer preço;
= ao preço a que compraria a apólice de R$ 30 mil; a apólice foi oferecida do maior para o menor prêmio;
R$ 37,50; R$ 31,25; R$ 25,00; R$ 18,75 e R$ 12,50.
Disposição a Pagar
A ausência de um mercado de microsseguros provoca uma situação na qual inferências
a respeito desse mercado exigem o uso de técnicas similares às usadas na valoração de
recursos de propriedade comum, em particular os recursos ambientais. Há várias formas
de aproximar esse problema de valoração, mas o método mais frequentemente usado é o
da valoração contingenciada. Este método consiste em obter diretamente das pessoas da
população ou da comunidade associada ao recurso ambiental, por meio de aproximação
direta via enquetes, o quanto elas valorizam tal recurso. A valorização é dita contingenciada
pela imposição de condições no processo de avaliação. Assim, as pessoas são interrogadas
sobre o quanto estão dispostas a pagar (ou a receber) para aceitarem uma mudança no uso
do bem de propriedade comum, ainda que dele não façam uso direto.
Deste modo, foram introduzidas duas questões específicas sobre microsseguros, nas
quais eram oferecidas ao entrevistado duas apólices de seguro de vida; uma no valor de
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294 • Microsseguros: Série Pesquisas
R$ 30 mil e a outra no valor de R$ 10 mil. Cinco prêmios foram considerados para cada
apólice, oferecendo-se cada uma delas inicialmente ao maior prêmio. Se o entrevistado
concordasse em pagar o prêmio, o entrevistador registrava o fato e prosseguia com as
outras questões. Caso o entrevistado recusasse a compra, a mesma apólice era oferecida
ao prêmio imediatamente menor. O processo prosseguia até a aceitação da apólice a um
determinado prêmio. Caso o entrevistado não aceitasse a apólice, o prêmio registrado
era zero.
Como as pessoas são diferentes nas suas preferências e condições familiares, educacionais e de renda, a disposição a pagar por um microsseguro de vida foi estudada para
cada uma das apólices por meio de análises de regressão discutidas a seguir. O objetivo
é identificar de que forma essas diferenças individuais afetam a disposição a pagar por
um microsseguro de vida. No anexo II estão apresentadas algumas estatísticas descritivas e as correlações simples das variáveis usadas nas análises de regressão.
As constantes das regressões representam quantos reais a mais (se positiva) ou a
menos (se negativa) as pessoas estão dispostas a pagar pela correspondente apólice de
seguro de vida conforme as seguintes condições:
•
•
•
Se o domicílio estiver localizado na cidade do Rio de Janeiro, não tiver crianças
com cinco ou menos anos de idade e não tiver pessoas com 60 ou mais anos de
idade;
Se o chefe da família for do sexo feminino, com escolaridade de analfabeto, de
fundamental incompleto ou desconhecida, com ocupação de dona de casa, estagiário/
aprendiz, só estudante, desempregado procurando ou não emprego; se não possuir
uma apólice de seguro de vida;
Se a família não possuir experiência financeira, não estiver predisposta a comprar
seguro de vida e não compraria a apólice de microsseguro alternativa à considerada
na análise, isto é, preço zero para a apólice de R$ 10 mil no caso da disponibilidade
a pagar por uma apólice de R$ 30 mil e situação semelhante para a disponibilidade
a pagar para a apólice de R$ 30 mil em relação à de R$ 10 mil.
A Tabela 1 resume os resultados obtidos por meio de uma análise de regressão (método dos mínimos quadrados simples) para a disposição a pagar pela apólice de R$ 30 mil.
Conforme as estatísticas de avaliação geral da regressão (R2 - ajustado = 0,865 e a estatística F = 200,35), o modelo linear adotado adere muito bem aos dados. O total de observações (domicílios) nas regressões difere de 428 pela falta de informações para algumas
variáveis, em particular a renda da família. Considere a interpretação dos resultados.
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 295
Tabela 1 – Condicionantes da disposição a pagar por uma apólice de microsseguro de vida de R$
30 mil (Variável dependente WTP30)
Variáveis explicativas
Constante
Cidade
Sexo do chefe
Idade do chefe
Escolaridade do chefe
Ocupação do chefe
Crianças 5 anos ou menos
Pessoas 60 anos ou mais
Renda familiar
Experiência financeira
Chefe tem seguro de vida
Compra seguro de vida
WTP10
Coeficientes
Erro padrão
Stat t
valor-P
-2,3563
-1,2166
-2,0118
0,0838
0,0818
-0,2470
1,6096
-1,0303
0,0010
-0,2060
1,5406
26,6784
0,3268
1,8971
0,6357
0,7453
0,0321
0,2781
0,2159
0,6611
0,6916
0,0006
0,2520
0,7766
0,9774
0,0708
-1,2420
-1,9138
-2,6993
2,6151
0,2941
-1,1436
2,4348
-1,4897
1,5423
-0,8174
1,9839
27,2947
4,6154
0,215025
0,056436
0,007276
0,009295
0,768876
0,253546
0,015382
0,137188
0,123871
0,414212
0,048030
0,000000
0,000005
Análise de variância
Fonte de variação
gl
SQ
MQ
F
Regressão
12
83863,0243
6988,585
200,347393
Resíduo
361
12592,5238
34,882
Total
373
96455,5481
Estatística de regressão
R múltiplo
0,9324
R-Quadrado
0,8694
R-quadrado ajustado
0,8651
Erro padrão
5,9061
Observações
374
A constante não é estatisticamente diferente de zero, quer se considere um nível de
significância de 10% ou 5%. Assim, as características do chefe da família e do domicílio
incorporadas neste parâmetro não são significantes para explicar a disposição a pagar.
Curiosamente, por ser o coeficiente de Cidade negativo e estatisticamente diferente de
zero, a um grau de significância pouco superior a 5%, podemos inferir que, tudo o mais
constante, os residentes da cidade de São Paulo têm uma disposição a pagar pela apólice
de seguro de vida em questão R$ 1,22 a menos que os residentes no Rio de Janeiro.
As variáveis Sexo e Idade do chefe da família são significantes a 1% e têm impactos
sobre a disposição a pagar negativo e positivo respectivamente. Famílias cujos chefes
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296 • Microsseguros: Série Pesquisas
sejam do sexo masculinos, tudo o mais constante, apresentam uma disposição a pagar
reduzida em R$ 2,01, enquanto essa mesma disposição a pagar, tudo o mais constante,
aumenta cerca de 8,4 centavos de real por ano adicional da idade do chefe da família.
As variáveis Ocupação do chefe da família – construída de modo a aumentar de
valor numérico com a estabilidade do fluxo de renda da família – e sua Escolaridade
não são estatisticamente significantes. A presença de crianças com cinco ou menos anos
de idade exerce um efeito positivo sobre a disposição a pagar e é estatisticamente
significante a pouco mais de 1%. O coeficiente dessa variável sugere que a disposição a
pagar da família aumenta em cerca de R$ 1,61 pela presença no domicílio de uma criança a mais. Já a presença de pessoas com sessenta anos de idade ou mais exerce um efeito
negativo sobre a disposição a pagar, embora só estatisticamente significante a 14%.
O aumento na disposição a pagar pela presença de uma criança a mais supera o efeito
negativo provocado pela presença no domicílio de um idoso a mais (de menos R$ 1,03).
As variáveis associadas às finanças familiares, excetuando-se a Experiência financeira, são estatisticamente significantes. O sinal do coeficiente da Renda familiar, embora positivo, é muito pequeno, indicando um aumento na disposição a pagar de 10
centavos de real para cada R$ 100 de aumento de renda. Chama a atenção o fato do
coeficiente da variável Chefe tem seguro de vida ser positivo e estatisticamente significante
a 5%. Isso pode ser uma indicação de que a experiência de ter um seguro de vida torna
o chefe da família mais propenso a considerar apólices que ofereçam uma melhor proteção à família caso venha a falecer. O coeficiente dessa variável indica, tudo o mais
constate, uma disposição a pagar de R$ 1,54 a mais pelo seguro oferecido.
A variável de maior significância estatística é a predisposição a comprar uma apólice de seguro de vida (Compra seguro de vida). A existência dessa predisposição contribui com R$ 26,68 para a disposição a pagar. O prêmio da apólice alternativa (WTP10)
tem um efeito positivo sobre a disposição a pagar pela apólice de R$ 30 mil, indicando
que, tudo o mais constante, um aumento no prêmio da apólice de R$ 10 mil induz as
pessoas a se disporem a pagar mais pela apólice de maior valor.
A Tabela 2 apresenta, para as mesmas variáveis explicativas, a análise da disposição
a pagar por uma apólice de seguro de vida de R$ 10 mil (WTP10). A aderência do
modelo aos dados é menor que a verificada para a apólice de R$ 30 mil (R2 - ajustado
=0,610 e estatística F = 49,69). Apenas três variáveis explicativas são estatisticamente
significantes e todas apresentam um efeito positivo sobre a disposição a pagar. Sexo do
chefe, com coeficiente estatisticamente significante a 10%, indica que para as famílias
cujo chefe é do sexo masculino, tudo o mais constante, a disposição a pagar é R$ 0,90
maior. Note que o efeito dessa variável para a apólice de maior valor é negativo e tem
um efeito muito superior sobre a disponibilidade a pagar. As outras duas variáveis com
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 297
efeito positivo sobre a disponibilidade a pagar são as mais relevantes em termos de
significância estatística. A predisposição a comprar um seguro de vida (variável Compra seguro de vida) tem um impacto positivo de cerca de R$ 5,23 sobre a disposição a
pagar, muito menor que a verificada para a apólice de R$ 30 mil. Em relação ao prêmio
médio, a disparidade é grande. Enquanto para a apólice de R$ 10 mil o impacto da
predisposição a comprar um seguro de vida corresponde a 52,4% do prêmio médio
(R$ 10), no caso da apólice de R$ 30 mil esse impacto é de 107% do prêmio médio (R$ 25).
Tabela 2 – Condicionantes da disposição a pagar por uma apólice de microsseguro de vida de R$
10 mil (Variável dependente WTP10)
Variáveis explicativas
Constante
Coeficientes
Erro padrão
Stat t
valor-P
1,8034
1,3698
1,3165
0,188833
Cidade
0,0778
0,4615
0,1687
0,866136
Sexo do chefe
0,8981
0,5417
1,6580
0,098181
Idade do chefe
-0,0187
0,0233
-0,8021
0,423039
Escolaridade do chefe
0,2900
0,2003
1,4478
0,148553
Ocupação do chefe
-0,0253
0,1562
-0,1621
0,871357
Crianças 5 anos ou menos
0,1113
0,4813
0,2313
0,817181
Pessoas 60 anos ou mais
0,2128
0,5009
0,4248
0,671254
Renda familiar
-0,0008
0,0005
-1,6313
0,103699
Experiência financeira
-0,2377
0,1818
-1,3078
0,191766
Chefe tem seguro de vida
-0,5318
0,5632
-0,9442
0,345679
Compra seguro de vida
5,2293
1,2046
4,3410
0,000018
WTP30
0,1705
0,0369
4,6154
0,000005
Análise de variância
gl
SQ
MQ
F
Regressão
12
10850,2857
904,1905
49,690131
Resíduo
361
6568,9656
18,1966
Total
373
17419,2513
Estatística de regressão
R múltiplo
0,7892
R-Quadrado
0,6229
R-quadrado ajustado
0,6104
Erro padrão
4,2657
Observações
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298 • Microsseguros: Série Pesquisas
O prêmio da apólice alternativa (WTP30), como na apólice de valor mais elevado,
tem um efeito positivo sobre a disposição a pagar, e é estatisticamente significante.
A variável Chefe tem seguro de vida, diferentemente do caso anterior, tem sinal negativo, mas não é estatisticamente diferente de zero. A Renda familiar tem efeito negativo
sobre a disposição a pagar (estatisticamente significante a 11%), contrariamente ao efeito registrado para a apólice de R$ 30 mil, embora nos dois casos os coeficientes dessa
variável, em valor absoluto, sejam bastante semelhantes. Neste caso, a redução da disposição a pagar é de 8 centavos para cada aumento de R$ 100 na renda familiar, tudo o
mais constante. A Escolaridade do chefe exerce um efeito positivo sobre a disposição a
pagar, mas é estatisticamente diferente de zero a um grau de significância de 15%.
Ganho de Bem-Estar
Conhecida a demanda por um bem ou serviço, é possível estimar-se o benefício social
gerado pela possibilidade de se satisfazer essa demanda a um determinado preço. É claro
que quanto menor o preço, maior a quantidade demandada e, por conseguinte, maior o
benefício social. Deste modo, será possível simular o benefício social para diversos preços. A figura abaixo caracteriza esse benefício social, ao preço QB pela área do trapézio
ABQ0, uma vez que a altura da demanda representa o preço máximo que os compradores
estão dispostos a pagar pelas diversas quantidades, tudo o mais mantido constante.
Figura 1 – Benefício total aos consumidores pela existência de um mercado
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 299
Esse benefício não é líquido do custo de aquisição do bem. Para tanto, torna-se
necessário deduzir a despesa total dos consumidores com o bem ou serviço. Com base
nos dados obtidos pela enquete, podemos construir cinco pontos de uma demanda para
cada uma das apólices de seguro de vida consideradas.
Tabela 3 – Disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida: distribuição dos compradores
a prêmio maior ou igual ao sugerido
Apólice de R$ 30 mil
Ref.
Apólice de R$ 10 mil
Prêmio (R$)
Compradores
Prêmio (R$)
Compradores
A
37,50
94
15,00
125
B
31,25
113
12,50
136
C
25,00
137
10,00
155
D
18,75
156
7,50
168
E
12,50
183
5,00
187
A Tabela 3 resume as informações sobre a disposição a pagar dos entrevistados para
as duas apólices de seguro consideradas. Assim, 94 entrevistados estariam dispostos a
adquirir um seguro de vida de R$ 30 mil a um prêmio de R$ 37,50. Entretanto, se o
prêmio fosse de R$ 31,25, mais 19 entrevistados estariam dispostos a adquirir tal seguro. Desse modo, a um prêmio de R$ 31,25, observamos que 113 entrevistados estariam
dispostos a adquirir o seguro, isto é, os 94 que estariam dispostos a pagar R$ 37,50 e,
portanto continuariam adquirindo o seguro, mais os 19 que passariam a adquirir o seguro ao prêmio de R$ 31,25. Isso resulta exatamente do significado da altura da curva de
demanda: o preço máximo que os compradores estão dispostos a pagar para adquirir um
determinado bem ou serviço. Note que, na declaração da disposição a pagar, todas as
características de cada entrevistado são mantidas constantes, à medida que passamos de
uma opção de prêmio para outra, indicando que os cinco pontos para cada seguro pertencem à mesma curva de demanda.
A Tabela 4 apresenta a distribuição das 428 famílias entrevistadas conforme comprem cada um dos dois seguros, os dois seguros, somente um dos seguros ou não comprem seguro.
Para os cinco pontos das demandas pelas apólices de seguro podemos calcular quatro
elasticidades-preço (arco) para cada uma, conforme apresentado na tabela abaixo.
Nessa tabela também são apresentadas as elasticidades em cada ponto da curva de demanda para cada um dos cinco prêmios considerados, admitindo serem estas demandas retilíneas.
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300 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 4 – Distribuição das famílias entrevistadas segundo atitude em relação a microsseguro
Distribuição
Opções
Famílias
Compra apólice R$ 30 mil
Porcentual
Sim
Não
Sim
Não
183
245
42,8
57,2
Compra apólice R$ 10 mil
187
241
43,7
56,3
Compra as duas apólices
158
270
36,9
63,1
Só compra apólice de R$30 mil
25
403
5,8
94,2
Só compra apólice de R$10 mil
29
399
6,8
93,2
Não compra seguro
216
212
50,5
49,5
Tabela 5 – Estimativas da elasticidade-preço das demandas por seguro de vida
Com base nas respostas da enquete
com base na aproximação linear*
Referência
WTP30
WTP10
WTP30
WTP10
A
Entre A e B
-1,0097
-0,4636
-1,4106
-0,7488
B
Entre B e C
-0,8640
-0,5876
-0,9779
-0,5735
C
Entre C e D
-0,4539
-0,2817
-0,6453
-0,4026
D
Entre D e E
-0,3982
-0,2676
-0,4250
-0,2786
-0,2415
-0,1668
E
* Ajuste linear por mínimos quadrados às cinco observações para avaliação da aproximação a ser adotada.
Comparando as elasticidades calculadas com as obtidas pela aproximação linear,
verificamos que a hipótese de linearidade é razoável, ajustando-se melhor às informações fornecidas pelos entrevistados no caso da apólice de R$ 30 mil. A prêmios mais
elevados, as elasticidades-preço das demandas são maiores em valor absoluto, exceto
entre B e C para a apólice de R$ 10 mil. Assim, em nosso esforço de quantificar o
benefício bruto que a abertura de um mercado de microsseguros traria aos segurados,
vamos supor que as demandas das apólices consideradas são lineares. A Figura 2 ilustra,
para as duas apólices de seguro de vida: no eixo horizontal, o número de entrevistados
que adquiriria o seguro a cada prêmio especificado no eixo vertical, conforme os resultados da enquete.
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Como o benefício bruto apropriado pelos compradores de um bem ou serviço em
um mercado é a área abaixo da curva de demanda, tudo o mais constante, podemos
estimar esse benefício para a amostra usada neste estudo somando as áreas dos trapézios
definidos verticalmente a partir dos segmentos AB, BC, CD e DE, para cada uma das
apólices. Isso é possível uma vez que, para cada família, no momento da enquete, suas
características, as dos domicílios, suas rendas e os preços dos demais bens e serviços são
dados, ou seja, não variam.
Figura 2 – Representação gráfica da disposição a pagar por apólice de seguro de vida
A
40
Prêmio mensal
35
B
30
C
25
D
20
E
15
10
5
0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Quantidades
(a) Apólice de R$ 30 mil
A
16
Prêmio mensal
14
B
12
C
10
D
8
6
E
4
2
0
0
50
100
150
Quantidades
(b) Apólice de R$ 10 mil
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Suponha que o prêmio médio para as duas apólices é o prêmio ao qual as respectivas
apólices são comercializadas. Assim, para as famílias da amostra, o benefício bruto pela
aquisição de cada uma dessas apólices corresponde à soma das áreas dos trapézios verticalmente definidos pelos segmentos AB e BC das partes (a) e (b) da Figura 2. Como o
prêmio deve ser pago mensalmente, o fluxo de demanda é mensal. Os resultados estão
resumidos na Tabela 6 abaixo.
Tabela 6 – Estimativa do benefício bruto pela existência de microsseguros com base na amostra
de 428 famílias – fluxo em reais por mês
Apólice de R$ 30 mil
Apólice de R$ 10 mil
Área sob segmento AB
653,125
151,25
Área sob segmento BC
675,000
213,75
1.328,125
365,00
Total
A partir dos resultados obtidos com nossa amostra, vamos inferir sobre o benefício
bruto que a existência de um mercado de microsseguros poderia gerar, pela
comercialização das duas apólices consideradas, para a população brasileira de renda
familiar entre um e cinco salários mínimos nacional. A Tabela 7 apresenta a distribuição
das famílias, segundo renda familiar por classes de salários mínimos, para nossa amostra, e segundo a PNAD 2007, para a região Sudeste e para o Brasil.
Tabela 7 – Distribuição das famílias segundo classes de renda familiar em salários mínimos
Classes
Amostra
Região Sudeste
Brasil
em S.M.
Famílias
%
Fam. 1000
%A
%R
Fam. 1000
%A
%B
1a2
130
30,3
7.498
60,9
28,3
14.595
62,7
24,3
2a3
126
29,4
2.718
22,1
10,3
4.949
21,3
8,2
3a5
173
40,3
2.094
17,0
7,9
3.738
16,0
6,2
Total
428
100
12.310
100
46,5
23.282
100
38,7
Fontes: Amostra: Datafolha 2009; Sudeste e Brasil: IBGE/PNAD 2007
Notas: %A se refere à distribuição das famílias com renda familiar de 1 a 5 salários mínimos;
%R se refere ao porcentual de famílias na região com renda familiar na faixa correspondente;
%B se refere ao porcentual de famílias do Brasil com renda familiar na faixa correspondente.
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A Tabela 4 nos informa que, para a amostra, cerca de 40% das famílias entrevistadas
comprariam seguro aos prêmios sugeridos. Entretanto, aos prêmios médios, cerca de
32% e 36% das famílias da amostra comprariam, respectivamente, os seguros de R$ 30
mil e R$ 10 mil. Deste modo, é razoável admitirmos que cerca de 30% das famílias com
renda entre um e cinco salários mínimos em todo Brasil estariam dispostas a comprar os
microsseguros pelo prêmio médio, similarmente às famílias da amostra.
Note que a amostra que estamos utilizando possui, em pontos porcentuais, cerca de
metade do porcentual das famílias com renda entre um e dois salários mínimos registrados
para a região Sudeste (60,9%) e para o Brasil (62,7%). Na Tabela 8 apresentamos as
distribuições porcentuais das famílias compradoras das apólices oferecidas na enquete
por faixa de renda familiar em salários mínimos para cada uma das apólices e para os
prêmios iguais ou superiores aos prêmios médios. Podemos verificar que, para a apólice
de R$ 30 mil, a distribuição de famílias compradoras, ao prêmio de R$ 25, é bastante
próxima da distribuição das famílias na amostra. No caso da apólice de R$ 10 mil, as
famílias compradoras são proporcionalmente superiores ao total da amostra para a faixa
de renda entre dois e três salários mínimos e inferiores para as outras classes. Para as
duas apólices, para a faixa de renda familiar entre um e dois salários mínimos, o porcentual
de famílias compradoras é muito próximo de 30%, e essa é a faixa de renda com menor
incidência de compradores.
Tabela 8 – Distribuição porcentual das famílias da amostra por classe de renda familiar mensal,
segundo disposição a pagar pelas apólices de seguro de vida
Renda familiar
Apólice de R$ 30 mil
Apólice de R$ 10 mil
mensal por classes
R$ 37,50
R$ 31,25
R$ 25,00
R$ 15,00
R$ 12,50
R$ 10,00
12 salários mínimos
30,9
31,6
29,3
37,0
25,0
29,4
23 salários mínimos
30,9
15,8
31,7
31,5
33,3
35,3
35 salários mínimos
38,2
52,6
39,0
31,5
41,7
35,3
Famílias compradoras
94
113
137
125
136
155
Segundo o IBGE, em 2007 o Brasil contava com 23,282 milhões de famílias com
rendimento de um a cinco salários mínimos. Admitindo que 30% desse contingente
comprasse os microsseguros oferecidos, podemos inferir sobre o benefício bruto dessas
famílias usando os ganhos estimados da Tabela 6 para as 43 (137 – 94) famílias que se
dispunham a adquirir a apólice de R$ 30 mil e para as 30 (155 – 125) famílias referentes
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à apólice de R$ 10 mil. Se a demanda por seguros para cada apólice para todo país
mantiver as mesmas características de cada demanda identificada para nossa amostra,
poderemos estimar o benefício bruto total apropriado pelas famílias brasileiras em decorrência da existência de um mercado de microsseguros usando o benefício médio por
família estimado para nossa amostra.
Como a distribuição das famílias segundo classes de renda em salários mínimos em
nossa amostra difere da distribuição da população, ao identificar a população que compraria uma apólice de seguro torna-se necessário fazer uma correção. É certo que a soma
das curvas de demanda por qualquer bem só pode ser feita ao mesmo preço do bem, tudo
o mais constante. Como os dados mais recentes sobre a população brasileira e que são
usados nessa simulação se referem a 2007, a condição de tudo o mais constante não se
aplica de forma estrita. Por exemplo, o número de pessoas no domicílio, em particular
de crianças com cinco ou menos anos, o poder de compra do salário mínimo e os preços
dos demais bens seguramente variaram entre o ano da PNAD e julho de 2009, quando
nossa amostra foi extraída. Por essas razões, os resultados aqui apresentados devem ser
vistos como indicativos da magnitude do benefício bruto gerado pela introdução de um
mercado de microsseguros que contemple as apólices consideradas.
A correção na distribuição da população é simples e consiste em manter para a população a mesma distribuição das famílias por classe de renda observada em nossa amostra. Assim, ao invés de tomarmos as 23,282 milhões de famílias com rendimento de um
a cinco salários mínimos, consideraremos 16,228 milhões de famílias, com a mesma
distribuição por faixa de salários mínimos que nossa amostra. Portanto, 4,868 milhões
destas famílias (30% conforme nossa hipótese) comprariam as apólices de seguro.
A tabela abaixo resume nossa estimativa:
Tabela 9 – Simulação do benefício bruto apropriado pelas famílias compradoras de microsseguro
de vida, segundo apólices oferecidas na enquete
(Fluxos mensal e anual em reais)
Número de 1000 famílias que compram seguro
Benefício bruto médio por família na amostra
Fluxo mensal de benefício bruto total
Fluxo anual de benefício bruto total
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Apólice R$ 30 mil
Apólice R$ 10 mil
4.868
4.868
R$ 30,89
R$ 12,17
R$ 150.372.520,00
R$ 59.243.560,00
R$ 1.804.470.240,00
R$ 710.922.720,00
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Deste modo, o benefício bruto apropriado pelas famílias de baixa renda, aos prêmios
médios usados na enquete, poderia chegar a R$ 1,804 bilhão por ano, caso a apólice de
R$ 30 mil fosse comercializada, ou R$ 710,922 milhões por ano, no caso da apólice
alternativa. O benefício líquido apropriado pelas famílias compradoras pode ser obtido
descontando-se do benefício bruto o pagamento do prêmio de R$ 25,00 para a apólice
de R$ 30 mil e de R$ 10,00 para a apólice de R$ 10 mil. Na Figura 3, isso é representado
pela área do triângulo AFC, que é a área do trapézio AJKC, que representa o benefício
bruto, menos a área do retângulo FJKC que representa a despesa com a compra do
bem – em nosso caso, uma apólice de seguro ao prêmio KC. Note que os trapézios
ABHG e BCIH somam os benefícios líquidos dos compradores dessa apólice ao prêmio KC. Esse benefício líquido representa uma área maior que a do triângulo AFC, pelo
fato de que outros compradores que valorizam a apólice a um prêmio superior a JA, o
maior prêmio considerado na enquete, também se apropriam de um benefício líquido
por pagar um prêmio KC, inferior ao valor que atribuem à apólice.
Figura 3 – Identificação gráfica do benefício líquido aos consumidores em um mercado
A
Prêmio
G
B
H
F
I
C
J
K
Quantidade por unidade de tempo
Estas simulações ilustram bem a origem do sucesso, em termos de bem-estar, de um
microsseguro: pequeno ganho para muitas pessoas. Para se ter uma ideia relativa da
importância do microsseguro, o orçamento do Programa Bolsa-Família para 2009 é de
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R$ 10,9 bilhões. Assim, o benefício líquido de um microsseguro de vida com uma apólice de R$ 30 mil a um prêmio de R$ 25 por mês é de 3,2% do maior programa social do
governo. Entretanto, a comparação deve ser feita com o benefício bruto, uma vez que o
orçamento do programa não leva em conta os gastos associados ao processo de transferência de recursos. O benefício bruto gerado por essa apólice de seguro é de 16,56% do
orçamento do referido Programa.
Tabela 10 – Simulação do benefício líquido apropriado pelas famílias compradoras de microsseguro
de vida, segundo apólices oferecidas na enquete
(Fluxos mensal e anual em reais)
Apólice R$ 30 mil
Apólice R$ 10 mil
Número de 1000 famílias que compram seguro
4.868
4.868
Benefício líquido médio por família na amostra
R$ 5,89
R$ 2,17
Fluxo mensal de benefício líquido total
R$ 28.672.520,00
R$ 10.563.560,00
Fluxo anual de benefício líquido total
R$ 344.070.240,00
R$ 126.762.720,00
Conclusões
As análises sobre a disposição a pagar para as duas apólices de seguro consideradas
na enquete deixam claro que a intenção de comprar seguro tem um efeito positivo, e
estatisticamente significante, sobre o prêmio que o comprador está disposto a pagar pela
apólice. Emerge claro o efeito positivo da disposição a pagar por uma apólice sobre a
disposição a pagar pela apólice alternativa. Os resultados da análise de regressão para a
apólice de R$ 30 mil foram melhores em termos de aderência dos dados ao modelo
linear adotado. Além disso, para essa apólice, das 13 variáveis explicativas (constante,
inclusive), 7 apresentaram coeficientes estatisticamente diferentes de zero, para um grau
de significância entre 1% e 6%, e duas variáveis apresentaram coeficientes estatisticamente diferentes de zero para um grau de significância entre 12% e 14%. Já para a
apólice de R$ 10 mil, somente duas variáveis explicativas apresentaram coeficientes
diferentes de zero, com um grau de significância inferior a 1%, e duas outras apresentaram coeficientes estatisticamente diferentes de zero em nível de significância entre 9% e
11%. Vamos concentrar nossos comentários finais na apólice de R$ 30 mil.
Das variáveis que descrevem as características do chefe da família (sexo, idade,
escolaridade e ocupação), sexo e idade foram estatisticamente significantes, indicando
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 307
que chefes de família do sexo masculino estão dispostos a pagar menos pela apólice de
seguro, mas essa disposição a pagar aumenta com a idade. Tanto a escolaridade do chefe
quanto sua ocupação não se apresentaram estatisticamente significantes na explicação
da disposição a pagar. Isso pode ter resultado da forma com que essas variáveis foram
construídas, especialmente a ocupação. A localização do domicílio em São Paulo implica uma disposição a pagar menor. A presença no domicílio de crianças com cinco ou
menos anos de idade aumenta a disposição a pagar por uma apólice de seguro, enquanto
a presença de pessoas com 60 ou mais anos, com menor significância estatística, apresenta um efeito negativo para a apólice de maior valor.
Os resultados para a renda familiar, com significância estatística semelhantes, são
opostos para as duas apólices, exercendo um efeito negativo no caso da apólice de maior
valor. A experiência financeira não apresenta significância estatística na explicação da
disponibilidade a pagar nas análises das duas apólices, e o fato do chefe da família ter
um seguro só é estatisticamente significante para a apólice de maior valor, e seu efeito
sobre a disposição a pagar é positivo.
As simulações para a estimação dos benefícios gerados pela implantação de um
mercado de microsseguros, embora vistas como indicativas da importância desse mercado, estão sujeitas a várias aproximações. A despeito de todas as simplificações e aproximações adotadas, fica claro que os benefícios de um mercado de microsseguros para
famílias de baixa renda não são desprezíveis. Considerando as duas apólices de seguro,
o benefício bruto apropriado pelas famílias pela compra de um seguro de vida pode
variar de 16,6% a 6,5% do orçamento de 2009 do maior programa social do governo, o
Bolsa-Família. Para os benefícios líquidos, essas porcentagens podem variar de 3,2% a
1,2% do orçamento de 2009 desse mesmo programa.
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308 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo 1 – Questionário
PM 643119 – Avaliação de “Microsseguro”
CHECAGEM: 1. CHECADO
2. SEM
TELEFONE
Nº CPD:
3. TELEFONE
ERRADO
4. ENTREVISTADO
NÃO ENCONTRADO
V. FECHADAS:
V. ABERTAS:
Nº CLUSTER:
QTD:
Nº QUESTIONÁRIO:
QTD:
Nº PESQUISADOR:
Nº CIDADE:
TIPO: 1. PROBABILÍSTICO
Nº CHECADOR:
2. INTENCIONAL
Nº CRÍTICO:
3. ARROLAMENTO
DATA:
/
/2009
HORÁRIO INÍCIO:
HORÁRIO TÉRMINO:
PREENCHER APÓS APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO:
NOME DO ENTREVISTADO:
ENDEREÇO:
BAIRRO:
FONE 1: (
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CIDADE:
)
FONE 2: (
308
)
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Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 309
Bom dia/boa tarde/boa noite. Meu nome é ______________, sou do Instituto de Pesquisas Datafolha
e estamos realizando uma pesquisa nesse bairro. Gostaria de falar com o chefe da família ou com
o marido/esposa do chefe da família.
SE NINGUÉM NESTAS CONDIÇÕES: Gostaria de falar com algum responsável pela decisão ou
compra de produtos e serviços para este domicílio.
(COM O MORADOR, REPITA A APRESENTAÇÃO) O Datafolha está realizando uma pesquisa neste
bairro, você poderia colaborar respondendo a algumas perguntas?
PF.1 Você é o chefe da família, marido/esposa ou algum responsável pela decisão ou compra de produtos
e serviços para este domicílio?
1. Sim
2. Não (PEÇA PARA FALAR COM O RESPONSÁVEL)
PESQUISADOR: O questionário deverá ser aplicado com o chefe da família,cônjuge ou responsável.
Em domicílios onde houver apenas um chefe (sem a presença de cônjuge) verifique se existe outro morador
responsável. Certifique-se que ele tem conhecimento das informações solicitadas.
SIM (ENCERRE)
NÃO (PROSSIGA)
1. trabalha atualmente ou já trabalhou na área de Pesquisa de Mercado ou de Opinião Pública?
1
2
2. trabalha atualmente em Agência de publicidade?
1
2
3. trabalha atualmente em seguradora?
1
2
PF.3 Você ou alguém da sua casa: (LEIA ATÉ A INTERROGAÇÃO) (ATENÇÃO, SE O ENTREVISTADO
RESPONDER SIM EM QUALQUER UMA DAS ALTERNATIVAS, ENCERRE) (ESTIMULADA E ÚNICA)
LEIA PARA O ENTREVISTADO:
O Datafolha está fazendo uma pesquisa com os moradores deste bairro. Trata-se de um estudo
para conhecer a sua opinião e a das famílias deste bairro sobre produtos financeiros.
Para este estudo vamos precisar de algumas informações sobre você e sua família. Gostaria de
esclarecer que os resultados desta pesquisa são confidenciais, e em nenhum momento seu nome
ou o nome dos outros moradores da sua casa serão mencionados nos resultados. Assim, fique
à vontade para expressar sua opinião sincera. Sua colaboração é muito importante para nós.
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310 • Microsseguros: Série Pesquisas
PF.4a Somando a sua renda com a renda das pessoas que moram com você, quanto é
aproximadamente a renda familiar mensal na sua casa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA)
R$
99 Não sabe
97 Recusa
PF.4b (MOSTRE O CARTÃO DE RENDA F4) Segundo este cartão, somando a sua renda com a renda
das pessoas que moram com você, quanto é aproximadamente a renda familiar mensal na sua casa?
(ESTIMULADA E ÚNICA)
1. Até R$ 464,00 (menos de 1 S.M.) → ENCERRE, É ARROLAMENTO
2. De R$ 465,00 a R$ 930,00 (de 1 a 2 S.M.)
3. De R$ 931,00 a R$ 1.395,00 (Mais de 2 a 3 S.M.)
→ PROSSIGA
5. De R$ 1.396,00 a R$ 2.325,00 (de 3 a 5 S.M.)
6. R$ 2.326,00 ou mais (mais de 5 S.M.) → ENCERRE, É ARROLAMENTO
97. Não sabe/recusa → ENCERRE, É ARROLAMENTO
P.1
Sem considerar os empregados, quantas pessoas moram na sua casa, incluindo você?
P.2
Começando por você, qual é o primeiro nome e a idade de cada um dos moradores? (PESQUISADOR,
ANOTE O SEXO)
P.3
Quem é o chefe da família? (O CHEFE DA FAMÍLIA DEVE SER O ENTREVISTADO OU CÔNJUGE
DELE, PREFERENCIALMENTE)
P.4
(PARA CADA MORADOR, INCLUSIVE O ENTREVISTADO) O que o (a) ___ (CITE O MORADOR) é
do chefe da família?
P.5
Até que ano da escola o/a ___ (CITE CADA MORADOR) estudou?
P.6
Atualmente, o/a _____ (CITE O MORADOR) trabalha? (SE SIM) A ocupação principal ______
(CITE O MORADOR) é: (LEIA CATEGORIAS DO CARTÃO PEA). (SE NÃO) Só estuda, é aposentado,
é dona-de-casa ou está desempregado? (SE DESEMPREGADO) Está procurando emprego ou não?
P.7a (PARA CADA MORADOR) Quanto é aproximadamente a renda individual do (a) ____ (CITE
MORADOR)?
P.7b (PARA CADA MORADOR SEM RENDA ESPONTÂNEA) E segundo este cartão, quanto é
aproximadamente a renda individual do (a) ____ (CITE CADA MORADOR)?
1. Até R$ 464,99 2. De R$ 465,00 a R$ 930,00
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3. De R$ 930,01 a R$ 1.395,00
4. De R$ 1.395,01 a R$ 2.325,00
99. Não sabe 97. Recusa
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Pesquisador verifique se a soma da renda de cada morador corresponde a renda familiar indica no F4b
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312 • Microsseguros: Série Pesquisas
(MOSTRE CARTÃO CONCEITO E LEIA JUNTO COM O ENTREVISTADO (A)) DE ACORDO COM O RODÍZIO
DO CARTÃO
Vamos falar um pouco com você sobre seguros.
Seguro é uma maneira das pessoas protegerem sua família e também seus bens dos efeitos negativos de
acontecimentos, como morte, doenças, incêndio, roubo e outros.
Isso é possível por meio da compra de uma apólice de seguro. A pessoa interessada contrata esse serviço
de proteção com uma seguradora, comprando uma apólice que especifica a proteção que é dada à pessoa
e aos seus familiares, assim como quanto se deve pagar.
Existem vários tipos de seguros e agora eu vou dar dois exemplos:
Seguro automóvel:
Para que uma pessoa se proteja da perda de um carro, ela compra um seguro, isto é, paga mensalmente
uma determinada quantia à seguradora, que se compromete, caso o carro seja roubado, a pagar o valor do
carro definido na apólice.
Seguro de vida:
No caso do seguro de vida, por exemplo, a pessoa paga mensalmente para a seguradora um determinado
valor, e na eventualidade de sua morte, a família receberá um pagamento em dinheiro , que varia de acordo
com valor mensal que a pessoa pagou à seguradora.
Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado quantas vezes o cliente
quiser.
Se nada acontecer neste período de um ano, não haverá devolução das parcelas pagas.
P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção:
(LEIA ATÉ A INTERROGAÇÃO – ESTIMULADA E ÚNICA)
5 gosta muito
4 gosta
3 gosta mais ou menos
2 gosta um pouco ou
1 não gosta?
P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que
você mais gostou neste tipo de proteção? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA – EXPLORE E ESCLAREÇA)
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P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou
seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA – EXPLORE E
ESCLAREÇA)
P.12 (MOSTRE O CARTÃO 12) Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o
quanto você acha importante você ou sua família terem um seguro: (ESTIMULADA E ÚNICA)
5
4
3
2
1
muito importante
importante
mais ou menos importante
pouco importante Ou
nada importante
P.13a Atualmente ___ (CITE CADA SEGURO)?
P. 13b Você possui algum outro seguro que não tenha citado? (ESTIMULADA E ÚNICA POR LINHA)
P.13 Posse de seguros
Sim
Não
a.
você possui seguro de vida, seja como titular ou beneficiário?
1
2
b.
sua casa possui seguro residencial?
1
2
c.
você ou algum morador da sua casa possui seguro automóvel?
1
2
d.
você possui plano ou seguro saúde, seja como titular
ou dependente?
1
2
1
2
Qual?(ANOTE) __________________________________
e.
Outros (ANOTE) ____________________________________
P.14 (PARA TODOS) (MOSTRE O CARTÃO 14) Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que
melhor atenda às suas necessidades e da sua família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de
sua situação financeira ou preço, qual destes seguros você escolheria? (ESTIMULADA E ACEITA MÚLTIPA)
P.14e Algum outro seguro que não esteja no cartão. Este seguro pode ou não existir atualmente, o importante
é que você me diga para qual bem ou situação você gostaria de ter um seguro, para se proteger ou proteger
sua família de uma eventual perda. (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA)
P.15 (MOSTRE O CARTÃO 14) E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo
pelo que você imagina, pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não esteja no cartão? (ESTIMULADA E ACEITA MÚLTIPLA)
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P.16 (PARA CADA SEGURO DA P14 e/ou P15) Quanto você estaria disposto a pagar, mensalmente, por um
seguro ___ (CITE SEGURO DA P14 OU P15) que você disse que escolheria? (ESPONTÂNEA E ÚNICA)
(MOSTRE CARTÃO CONCEITO E LEIA JUNTO COM O ENTREVISTADO (A))
Agora vamos falar um pouco mais sobre seguro de vida.
Um chefe de família pode fazer um seguro de vida pagando mensalmente à seguradora um determinado
valor. Na eventualidade de sua morte, a família receberá de uma vez ou em parcelas mensais, durante algum
tempo, um pagamento em dinheiro que depende do valor mensal pago à seguradora pelo chefe de família.
Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado quantas vezes o cliente
quiser.
É importante lembrar que o pagamento à seguradora é pela proteção. Assim, o seguro só será pago em caso
de eventual morte do segurado. A seguradora não devolve as mensalidades pagas.
P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou desse seguro de vida:
(LEIA ATÉ A INTERROGAÇÃO – ESTIMULADA E ÚNICA)
5 gostou muito 4 gostou 3 gostou mais ou menos 2 gostou um pouco ou
1 não gostou?
P.18 (MOSTRE O CARTÃO 18) O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da
sua família este seguro de vida: (ESTIMULADA E ÚNICA)
5
4
3
2
1
muito adequado
adequado
mais ou menos adequado
pouco adequado ou
nada adequado
05-Microsseguros-Vol 2.p65
314
30/6/2010, 16:58
Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 315
P.19 (MOSTRE CARTÃO 19) De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida
com essas características nos próximos 12 meses? (EST. E ÚNICA)
5. certamente irá adquirir
4. provavelmente irá adquirir
3
não sabe se irá adquirir
2
provavelmente não irá adquirir OU
1
certamente não irá adquirir esse seguro de vida
P.20 Por quais razões você disse que_________(LEIA RESPOSTA DA P.19) esse seguro de vida nos próximos 12 meses? (ESPONTANEA E MÚLTIPLA – EXPLORE E ESCLAREÇA)
P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$
30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de _____ (CITE CADA
VALOR DA TABELA)? (SE ADQUIRIRIA) Com certeza ou provavelmente?
VALORES EM REAIS
COM CERTEZA ADQUIRIRIA
a
R$ 37,50
1 PPP 22
PROVAVELMENTE
ADQUIRIRIA
2 PROSSIGA
NÃO ADQUIRIRIA
b
R$ 31,25
1 PPP 22
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
c
R$ 25,00
1 PPP 22
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
d
R$ 18,75
1 PPP 22
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
e
R$ 12,50
1 PROSSIGA
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
3 PROSSIGA
P.22 Considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$
10.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de _____ (CITE CADA
VALOR DA TABELA)? (SE ADQUIRIRIA) Com certeza ou provavelmente?
VALORES EM REAIS
a
R$ 15,00
1 PPP 23
PROVAVELMENTE
ADQUIRIRIA
2 PROSSIGA
b
R$ 12,50
1 PPP 23
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
c
R$ 10,00
1 PPP 23
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
d
R$ 7,50
1 PPP 23
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
e
R$ 5,00
1 PROSSIGA
2 PROSSIGA
3 PROSSIGA
05-Microsseguros-Vol 2.p65
COM CERTEZA ADQUIRIRIA
315
30/6/2010, 16:58
NÃO ADQUIRIRIA
3 PROSSIGA
316 • Microsseguros: Série Pesquisas
P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de
cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ____ (LEIA CADA FRASE) você concorda ou discorda?
(SE CONCORDA OU DISCORDA) Totalmente ou em parte? (ESTIMULADA E ÚNICA)
(APLIQUE O RODIZIO)
Concorda
totalmente
Concorda
em parte
Nem
concorda
nem
discorda
Discorda
em parte
Discorda
totalmente
5
4
3
2
1
b
Ter um seguro faz com que me sinta mais tranquilo, pois não
preciso me preocupar com eventuais perdas.
Ter um seguro garante o bem-estar da minha família.
5
4
3
2
1
c
Seguro é para pessoas ricas, com melhor condição financeira.
5
4
3
2
1
d
Tenho medo de pagar e não receber o valor combinado.
5
4
3
2
1
e
É muito complicado fazer um seguro, não entendo como
funciona.
Seguro é importante para quem não tem carteira assinada.
5
4
3
2
1
5
4
3
2
1
5
4
3
2
1
a
f
g
Sempre quis ter um seguro, mas nunca encontrei nada
adequado para minha situação financeira.
P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? (SE SIM) Por quais meios? (ESTIMULADA
E MÚLTIPLA)
1.
2.
3.
4.
5.
98.
96.
E-mail
Mala direta
Revistas
Jornais
Celular
Outros (ANOTE) ____________________________
Não gostaria de receber informações
P.25 Atualmente, você possui _____ (LEIA CADA ITEM DA TABELA)? (ESTIMULADA E ÚNICA – POR
LINHA)
RODÍZIO!
POSSUI
NÃO POSSUI
a
Conta corrente em banco?
1
2
b
Caderneta de poupança?
1
2
c
Cartão de crédito?
1
2
d
Financiamento bancário?
1
2
e
Consórcio?
1
2
f
Fundos de investimentos?
1
2
g
Crédito imobiliário?
1
2
h
Título de capitalização?
1
2
P.26 A casa em que você mora é própria, alugada ou cedida? (ESTIMULADA E ÚNICA)
1. Própria
2. Alugada
3. Cedida
98. Outras respostas
(ANOTE) __________________________________
P.27 Apenas para classificação, você poderia me dizer se: Você tem (LER ITENS ABAIXO) em sua casa?
(SE SIM) Quantos?
05-Microsseguros-Vol 2.p65
316
30/6/2010, 16:58
Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 317
QUANTIDADE QUE POSSUI
NÃO
POSSUI
96
96
ITENS DE CONFORTO
a. Televisão (colorida)
b. Automóvel de passeio
1
2
3
4
5
6+
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
c. Rádio sem contar o do carro
96
1
2
3
4
5
6
d. Empregada doméstica mensalista
e. Aspirador de pó ou vaporeto
96
96
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
f. Máquina de lavar roupas
96
1
2
3
4
5
6
g. DVD
h. Videocassete
96
96
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
i. Banheiro
96
1
2
3
4
5
6
j. Geladeira
k. Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex)
96
96
1
1
2
2
3
3
4
4
5
5
6
6
AGRADEÇA E ENCERRE
05-Microsseguros-Vol 2.p65
317
30/6/2010, 16:58
318 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo 2
Estatísticas Descritivas das Variáveis Usadas nas Regressões
Sexo do
chefe
Idade do
chefe
Escolaridade
do chefe
Ocupação
do chefe
Crianças
5 anos de
idade ou -
Média
1,2727
49,7594
1,7647
2,1417
0,2380
Erro padrão da média
0,0231
0,8314
0,0647
0,0827
0,0262
Estatísticas
Mediana
1,0000
48,0000
2
3,0000
0
Moda
1,0000
45,0000
3
3,0000
0
Desvio padrão
0,4460
16,0793
1,2505
1,5988
0,5068
Variância da amostra
0,1989
258,5425
1,5638
2,5563
0,2569
Curtose
-0,9551
-0,7036
-0,9264
-1,5434
4,6862
Assimetria
1,0247
0,2825
0,1552
-0,3280
2,1851
Amplitude
1
69
5
4
3
Mínimo
1
19
0
0
0
Máximo
2
88
5
4
3
374
374
374
374
374
Pessoas
60 anos de
idade ou +
Renda
familiar
Experiência
financeira
Chefe tem
seguro
de vida
Compra
seguro
de vida
Média
0,4011
1281,4198
1,3930
0,2299
0,4358
Erro padrão da média
0,0345
26,40
0,0686
0,0218
0,0257
Contagem
Estatísticas
Mediana
0
1200,00
1
0
0
Moda
0
2000,00
0
0
0
0,6668
510,54
1,3274
0,4214
0,4965
Variância da amostra
0,4446
260649,26
1,7620
0,1775
0,2465
Curtose
0,9870
-0,85
0,4518
-0,3411
-1,9429
Assimetria
1,4577
0,31
0,8267
1,2887
0,2599
Amplitude
3
1860,00
7
1
1
Mínimo
0
465,00
0
0
0
Máximo
3
2325,00
7
1
1
374
374
374
374
374
Desvio padrão
Contagem
05-Microsseguros-Vol 2.p65
318
30/6/2010, 16:58
Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 319
Estatísticas
WTP10
WTP30
Média
5,6952
13,0348
Erro padrão da média
0,3534
0,8315
Mediana
0
0
Moda
0
0
Desvio padrão
6,8338
16,0809
Variância da amostra
46,7004
258,5940
Curtose
-1,6501
-1,4328
Assimetria
0,4826
0,6026
Amplitude
15
37,50
Mínimo
0
0
Máximo
15
37,50
Contagem
374
374
05-Microsseguros-Vol 2.p65
319
30/6/2010, 16:58
05-Microsseguros-Vol 2.p65
Correlações simples entre as variáveis usadas nas análises da disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida
Matriz de variância-covariância das variáveis usadas nas análises da disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida
320 • Microsseguros: Série Pesquisas
320
30/6/2010, 16:58
6
Modelagem do Plano
de Negócios de uma
Unidade de Microsseguros
Fernando Augusto Freitas de Araújo
Microsseguro
Introdução
Os microsseguros estão inseridos na política de microfinanças do Governo Brasileiro, cujos objetivos são: facilitar e ampliar o acesso ao crédito entre os microempreendedores formais e informais, visando à geração de renda e trabalho; facilitar e
ampliar o acesso dos serviços financeiros (conta corrente, poupança, seguros e créditos)
para a população de baixa renda, garantindo maior cidadania; ampliar o número e a
participação das cooperativas de crédito no sistema financeiro; reduzir a informalidade;
e reduzir as taxas de juros dos financiamentos.
A situação das populações menos favorecidas é alvo de preocupação dos observadores da tendência mundial. Essa preocupação se justifica pela relevância das questões
humanitárias envolvidas e pelos reflexos sociais, econômicos, políticos e até mesmo
ambientais, provocados pela desigualdade e miséria. Especialistas internacionais, nos
mais importantes fóruns, têm se mobilizado na busca de soluções que promovam a di321
06-Microsseguros-Vol 2.p65
321
30/6/2010, 17:04
322 • Microsseguros: Série Pesquisas
minuição da pobreza e a inclusão social. Diversos estudos efetuados em nível internacional indicam que, nos países mais pobres, uma parcela ínfima da população conta com
algum tipo de cobertura securitária. Entretanto, são exatamente as famílias mais pobres
que estão expostas aos riscos de maneira geral.
A situação no Brasil é muito semelhante, pois a parcela mais pobre da população
está exposta a todo tipo de risco, tanto pela natureza das atividades que exerce, quanto
pelas condições em que vive nas comunidades carentes. Essa parte da população não
conhece a proteção através do seguro e administra os seus riscos lançando mão de poupança pessoal, empréstimos de emergência ou buscando redes oficiais de proteção social. No entanto, nem sempre essas alternativas de proteção são adequadas ou capazes
de prover a proteção necessitada, por esse segmento mais pobre.
Os microsseguros se apresentam, então, como uma alternativa para beneficiar o crescimento econômico e o desenvolvimento humano, com presença relevante em um segmento entre os serviços financeiros e a proteção social. Os microsseguros também
integram a política do Governo para diminuir a pobreza, através do acesso aos serviços
de poupança, de crédito e de seguros pela população de baixa renda.
Assim, enquanto os instrumentos na área de microfinanças, como o microcrédito e a
poupança, ajudam as pessoas a progredir e adquirir bens, os microsseguros ajudam essas pessoas a proteger seus ganhos, tornando-se, portanto, uma poderosa ferramenta de
inclusão social.
Plano de Negócios – Unidade de Microsseguros
A Circular Susep 311 estabelece os elementos mínimos que devem ser observados
na elaboração do plano de negócios das sociedades seguradoras (Anexo 1).
Embora o objetivo deste estudo seja a montagem de um projeto-piloto de uma unidade
de microsseguros, e não de uma sociedade seguradora, esses requisitos mínimos foram
observados no desenvolvimento do plano de negócios, apresentado nos tópicos a seguir.
Sumário Executivo
O estudo identificou uma gama de oportunidades imediatas para o desenvolvimento
do produto microsseguro. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou a existência de 85 milhões de brasileiros com renda de até três salários mínimos. Atualmente, essa parcela da população não conta com qualquer tipo de
cobertura securitária. Os bancos de varejo, que já operam microcrédito, e as empresas
concessionárias de serviços públicos oferecem uma rede eficiente para a imediata
06-Microsseguros-Vol 2.p65
322
30/6/2010, 17:04
Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 323
comercialização de microsseguros. Além desses canais de comercialização, agentes de
produção também podem ser utilizados, após um período de treinamento adequado,
visando a um melhor conhecimento do produto.
O cenário econômico é favorável ao lançamento de produtos de microsseguro, pois
a inflação está sob controle e a taxa de juros apresenta uma trajetória descendente.
Com a esperada retomada da atividade econômica a partir do próximo ano, esse quadro
positivo estará completo, criando-se assim, condições para o aquecimento da demanda
por produtos de seguro.
Alguns requisitos essenciais ainda precisam ser atendidos para garantir o sucesso do
produto microsseguro. Os principais requisitos são a definição de uma política clara
para o setor e o estabelecimento de uma regulação adequada para o produto microsseguro.
O objetivo do trabalho é a modelagem do plano de negócios de um projeto-piloto de
um Departamento de Microsseguros. A análise de viabilidade indicou ser um projeto
viável, sob o ponto de vista econômico, e com um retorno bastante atrativo. Os estudos
de sensibilidade do Valor Presente Líquido e da Taxa Interna de Retorno, efetuados pelo
método de simulações de Monte Carlo, confirmaram esses diagnósticos favoráveis.
Pesquisas futuras devem ser desenvolvidas para explorar algumas oportunidades
para os produtos de microsseguros identificadas no presente trabalho.
Dentre essas oportunidades destaca-se o estudo da utilização de uma rede de agentes, através de lideranças comunitárias. Uma outra oportunidade que merece ser estudada é a possibilidade de atrair microempreendedores para o mercado de seguros.
Atualmente, esse segmento não tem acesso ao seguro tradicional para proteção de seus
negócios. A utilização da Internet, como canal de comercialização de microsseguros,
deve ser também objeto de estudos mais aprofundados. A oportunidade desses estudos
será ditada pela velocidade do processo de inclusão digital das classes de baixa renda.
Objetivo do Negócio
O objetivo do negócio é a montagem de uma unidade de microsseguros dentro da
estrutura de uma seguradora tradicional, uma vez que, no atual estágio de desenvolvimento do mercado para o produto microsseguro, não se justifica a criação de uma seguradora especializada, com este fim específico.
Missão do Empreendimento
A missão do empreendimento é desenvolver, comercializar e operar produtos de
microsseguro que atendam às necessidades dos segurados, proporcionando rentabi-
06-Microsseguros-Vol 2.p65
323
30/6/2010, 17:04
324 • Microsseguros: Série Pesquisas
lidade aos investidores, em um negócio gerenciado dentro dos padrões de governança
corporativa geralmente aceitos.
Objetivos Estratégicos
Em uma fase inicial, o foco deve ser concentrado no ramo vida, na modalidade de
vida em grupo, após regulamentação pela Susep, especificando claramente como público-alvo a população de baixa renda. As coberturas atualmente definidas para o produto
popular pela Susep, tais como cobertura básica para morte por qualquer causa, cobertura adicional de auxílio funeral e cesta básica, atenderiam plenamente à demanda.
Essas características proporcionam um importante papel de proteção social ao produto.
Essa operação deverá ser desenvolvida através de agentes.
Em uma segunda fase, o objetivo será operar com microempreendedores, garantindo os riscos específicos desse segmento, hoje totalmente desprovidos de proteção
securitária.
Uma etapa posterior será o desenvolvimento de uma rede de intermediários financeiros interessados em trabalhar com microsseguros junto a líderes das comunidades
carentes.
Mercado
O microsseguro visa, primordialmente, a preservar, através de proteção securitária,
a situação socioeconômica pessoal ou familiar da população de baixa renda.
A população de baixa renda do Brasil, para efeitos de microsseguro, é o segmento da
população com rendimento mensal per capita de até três salários mínimos nacional.
Essa definição levou em consideração não somente as conclusões dos estudos no âmbito
do GT Susep, mas também o nível de renda per capita da população brasileira, que é de
cerca de três salários mínimos. Conforme apurado pelo IBGE através da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD – 2006), esse contingente populacional é
de 85 milhões de pessoas. É importante que esse conceito de baixa renda seja incorporado
à regulamentação específica da Susep, para disseminar um consenso sobre seu entendimento por todas as partes envolvidas e ou interessadas.
Um ponto importante a ser considerado na segmentação de mercado baseada nas
características do perfil do consumidor potencial é que ele é predominantemente urbano. É para esse segmento que os esforços de comercialização devem ser dirigidos.
Outra característica relevante na formulação de planos de marketing é que a quase
totalidade dos domicílios urbanos é servida por prestadores de serviços de energia
06-Microsseguros-Vol 2.p65
324
30/6/2010, 17:04
Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 325
elétrica. Além disso, uma parcela relevante é atendida por outros serviços, cujos
prestadores são também potenciais canais de distribuição de produtos de microsseguro,
atuando ainda como redes de arrecadação de prêmios.
Gráfico 1 – Classes de Rendimento Mensal em Salários Mínimos
Em milhares de pessoas
Fonte: IBGE – PNAD 2006
Estrutura Organizacional
Considerando o objetivo do negócio (montagem de uma unidade de microsseguros)
e a fase inicial dos objetivos estratégicos, pressupõe-se a existência de uma seguradora que opere o ramo vida, devidamente constituída e organizada para operar o
produto eficientemente, alcançando seus objetivos comerciais estabelecidos na fase
de planejamento.
Dentre as atividades desenvolvidas especificamente por uma seguradora de vida na
condução de seus negócios, podemos destacar a identificação das necessidades dos clientes no segmento de mercado que vai concentrar os esforços.
Após a etapa de identificação clara do mercado-alvo e do tipo de produto que este
deseja e necessita, segue-se a etapa de desenvolvimento do produto. Nessa etapa desenvolve-se a formatação do produto, sua precificação, a estratégia de comercialização,
06-Microsseguros-Vol 2.p65
325
30/6/2010, 17:04
326 • Microsseguros: Série Pesquisas
seus canais de distribuição, as diretrizes para subscrição, os procedimentos do serviço
de atendimento ao consumidor (SAC) e os procedimentos de regulação de sinistros.
O próximo passo é a atividade de distribuição dos produtos que, pelas características
e peculiaridades do microsseguro, envolverá um grande número de agentes. Esses agentes deverão ter um treinamento específico, para um entendimento claro do produto que
irão vender.
Outra importante atividade é a administração dos produtos, englobando o
processamento da proposta, subscrição, emissão, prestação de serviços aos segurados e
regulação do sinistro.
É de suma importância mencionar o grupo de atividades que visa a assegurar o êxito
da seguradora, para que seja possível cumprir com suas obrigações para com os segurados e proporcionar lucratividade aos seus acionistas. Esse grupo de atividades engloba a
gestão dos investimentos, a garantia da solvência e rentabilidade, o cumprimento das
exigências quanto aos demonstrativos financeiros e o cumprimento das demais obrigações legais.
A unidade de microsseguros, dependendo da estrutura organizacional da seguradora, poderá ser caracterizada como uma Superintendência ou Departamento de
Microsseguros. Esse departamento, no desempenho de suas atividades operacionais,
deverá interagir continuamente com todas as áreas funcionais de uma seguradora de
vida, tais como: atuária, subscrição, marketing, SAC, sinistros, investimentos, contabilidade, jurídico, fiscalização, RH e Sistemas de Informação. Por outro lado, as atividades de uma seguradora de vida exigem significativa integração e coordenação entre as
suas várias áreas funcionais.
Pelas peculiaridades do produto e adotando-se a concepção de um departamento
inserido na estrutura de uma seguradora, a forma mais adequada de organização e que
proporcionaria uma gestão mais eficiente é a de um centro gerador de resultados.
Dependendo da dinâmica de sua evolução, em termos de dimensão dos negócios e diversificação de áreas geográficas de operação, o centro gerador de resultados evoluirá
para uma unidade estratégica de negócios, com mais autonomia e independência da
empresa-mãe.
O departamento, como um centro gerador de resultados, será responsável por suas
próprias receitas e despesas. A estrutura pode ser bastante compacta, com um Superintendente ou Gerente responsável pela rentabilidade do departamento e alguns
supervisores, fazendo a interface ora com os agentes na ponta da produção, ora com as
áreas de apoio nos diversos canais de ligação com a seguradora.
06-Microsseguros-Vol 2.p65
326
30/6/2010, 17:04
Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 327
De modo a permitir que a alta gerência avalie com clareza o desempenho do Departamento de Microsseguros, em termos de rentabilidade e de evolução dos negócios, em
relação às metas estabelecidas, é imprescindível a adoção de critérios técnicos de apropriação de custos. Esses critérios poderão se basear em rateios, a partir da intensidade e
da freqüência de utilização dos setores de apoio da seguradora. À medida que os negócios do departamento forem evoluindo, a experiência vai mostrar que alguns rateios
poderão não ser significantes para a avaliação de desempenho, enquanto outros merecerão maior atenção, por seus efeitos mais relevantes nos resultados do departamento.
Cenário Econômico
Inflação
O primeiro elemento de fundamental importância na montagem dos cenários econômicos é o comportamento da inflação.
Contador, Ferraz e Azevedo (1999, p. 9-25), ao analisarem a experiência internacional, comprovam que a taxa de inflação tem impacto significativo sobre o setor de seguros, aí incluído o segmento de vida e não vida, acarretando diferentes padrões de
crescimento. Uma vasta bibliografia suportada por evidências empíricas conclui que a
inflação afeta negativamente o setor e foi um dos fatores mais atuantes na inibição do
mercado brasileiro e de outros países com cultura inflacionária.Verifica-se que a taxa de
inflação prejudica o mercado, tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta.
No primeiro caso, tem-se a deterioração da distribuição de renda, o que reduz a massa de
potenciais consumidores. Já pelo lado da oferta, as sociedades seguradoras são prejudicadas, na medida em que a inflação confunde os ajustes contábeis e a rentabilidade das
reservas e dos planos atuariais. Além disso, percebe-se que os lucros e a estrutura de capital das sociedades seguradoras são afetados pelo impacto da inflação sobre a taxa de juros.
A implantação do Plano Real, em julho de 1994, trouxe vários benefícios
macroeconômicos para o Brasil. Obteve-se o controle da inflação, o fim da indexação e
a estabilidade da moeda. Esses fatores propiciaram ao investidor um maior horizonte de
investimentos, uma vez que em períodos de inflação alta não há razão, nem ambiente
favorável, para investir ao longo prazo. A estabilidade trazida pelo Plano Real gerou a
demanda por novos produtos e serviços e abriu uma janela de oportunidades para as
sociedades seguradoras, no que se refere à captação de poupanças privadas.
Em relação à cobertura por sobrevivência, até o início do ano de 2002, no mercado
brasileiro, não existiam muitos planos comercializados pelas sociedades seguradoras
06-Microsseguros-Vol 2.p65
327
30/6/2010, 17:04
328 • Microsseguros: Série Pesquisas
com esse tipo de cobertura. Isso decorria, em grande parte, do processo inflacionário
vivenciado pela economia do país, ao longo da década de 80 e na primeira metade da
década de 90.
Ao analisarmos o comportamento mais recente da inflação, através da variação do
IPCA, que é o índice oficial que mede a inflação ao nível do consumidor, verificamos
que, ao longo de 2008, as variações mensais estiveram quase sempre abaixo da faixa de
0,45% / 0,55%, com exceção de maio e junho.
Em janeiro de 2009, o IBGE divulgou uma inflação ao consumidor, que mostrou um
ritmo mais forte do que o esperado, subindo 0,48%, acima portanto, da taxa de 0,28%
de dezembro de 2008, mas abaixo da taxa de 0,54% verificada em janeiro de 2008.
Nos últimos 12 meses, o índice acumulou variação de 5,84%.
Gráfico 2 – Comportamento da Inflação ao Consumidor IPCA (% mês a mês)
Fonte: IBGE
A meta perseguida pelo Governo ao longo de 2009 é de 4,5% ao ano, com margem
de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Após a deflagração da atual crise
econômica global, com a consequente desaceleração da economia brasileira, é natural
que a taxa a ser perseguida pelas autoridades monetárias seja mais baixa que a atual.
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 329
Considerando que ainda é cedo para se ter uma visão clara dos efeitos e da duração
da atual crise, recomenda-se trabalhar com um cenário de inflação de 4% ao ano, um
pouco abaixo do centro da meta, para os anos de 2009, 2010 e 2011.
Taxa de Juros
O segundo componente do cenário econômico é o referente aos níveis das taxas de
juros. Diversos estudos já demonstraram os profundos reflexos que essas taxas e suas
variações têm na economia como um todo – e no mercado de seguros em particular.
Esses reflexos se fazem sentir tanto do lado da demanda, pelos segurados, quanto pelo
lado da oferta, por parte das seguradoras. No primeiro caso, afeta substancialmente o
processo de tomada de decisões do segurado, na busca de otimização das aplicações de
seus limitados recursos. Por outro lado, pode provocar efeitos positivos ou negativos na
rentabilidade/lucratividade das seguradoras, bem como mudanças na gestão de seus investimentos.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o mais importante
instrumento de política monetária. Essa taxa tem se mantido em níveis reais muito elevados, colocando o Brasil entre as economias com os juros mais altos do mundo.
A partir de setembro de 2007, a Selic vinha apresentando um crescimento constante,
até alcançar o patamar de 13,75% ao ano em setembro de 2008, permanecendo nesse
nível até 20 de janeiro de 2009. A manutenção desses níveis de taxa refletia a preocupação das autoridades monetárias com o nível de atividade da economia, que dava sinais
de aquecimento até novembro de 2008.
Na reunião do Conselho de Política Monetária – Copom de 21 de janeiro de 2009,
foi decidida uma mudança drástica na tendência da Selic, com a redução de um ponto
percentual para 12,75% ao ano. Os dados divulgados pelo IBGE sobre o desempenho
do setor industrial, no último trimestre de 2008, registraram uma forte retração na atividade daquele setor. Essa retração se refletiu em uma queda acentuada do PIB – de
3,6%, entre outubro e dezembro de 2008 – em relação ao trimestre anterior. Com a forte
desaceleração da economia, surgiu um espaço para a aplicação de uma política monetária mais agressiva, com cortes mais frequentes da taxa básica de juros. Confirmando
essa expectativa do mercado, em 11 de março de 2009 o Comitê de Política Monetária
(Copom) reduziu a taxa Selic de 12,75% para 11,25% ao ano.
Embora a redução da taxa básica de juros tenha sido significativa, o nível fixado
ainda é considerado alto pela maioria dos analistas de mercado. Entretanto, se confirmada a tendência de baixa nas próximas fixações de taxa Selic, podemos esperar mudanças
relevantes nas decisões a serem tomadas pelos agentes econômicos.
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330 • Microsseguros: Série Pesquisas
Tabela 1 – Evolução da Taxa Selic (ao ano em %)
06/06/2007
12,00
04/06/2008
12,25
18/07/2007
11,50
23/07/2008
13,00
05/09/2007
11,25
10/09/2008
13,75
17/10/2007
11,25
29/10/2008
13,75
05/12/2007
11,25
10/12/2008
13,75
23/01/2008
11,25
21/01/2009
12,75
05/03/2008
11,25
11/03/2009
11,25
16/04/2008
11,75
Fonte: Banco Central do Brasil
É importante ressaltar que o nível da taxa Selic indica o piso, enquanto a sua variação sinaliza a tendência para o mercado financeiro em geral. Entretanto, as taxas praticadas nas diversas modalidades de crédito oferecidas ao consumidor estão em níveis
bem mais altos e apresentam variações significativas entre as diversas instituições de
crédito. Isso ocorre porque os spreads, diferença entre o custo de captação dos bancos e
o que é cobrado aos clientes, têm crescido constantemente e apresentam grandes diferenças entre as diversas instituições. Esse aumento dos spreads tem neutralizado a queda da taxa básica de juros da economia, como a que ocorreu em janeiro de 2009.
Esse aumento dos spreads, combinado com a deterioração do mercado de trabalho,
a partir do final de 2008, tem provocado efeitos perversos na inadimplência das pessoas
físicas (atrasos acima de 90 dias). Segundo os dados do Banco Central, a inadimplência
para as diversas modalidades de crédito atingiu 8,3% das operações de crédito em dezembro de 2008. Segundo os estudos da Faculdade de Informática e Administração
Paulista – FIAP, cerca de 60% das famílias com rendimentos de até três salários mínimos começaram o ano de 2009 com alguma conta atrasada. O número é maior que os
45% verificados no início de 2008.
A elevação da inadimplência está se refletindo também nos resultados dos bancos que
já anunciaram a constituição de elevadas provisões para se protegerem de futuras perdas.
Considerando o quadro descrito anteriormente e os sinais claros de desaquecimento
da economia ao final de 2008, segundo pesquisa do IBGE, os analistas do mercado
financeiro entendem que existe espaço para quedas mais frequentes da taxa Selic.
Sendo assim, e em compatibilidade com o cenário de metas de inflação, é realista a
adoção de uma projeção da taxa Selic em um patamar de 10% ao ano para 2009, de 9%
ao ano para 2010 e de 8% ao ano para 2011.
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 331
Nível de Atividade
Os impactos diretos da atual crise econômica mundial sobre a economia brasileira se
fazem sentir, principalmente, em duas frentes claramente distintas.
A primeira é através do mercado financeiro que, com a desregulamentação da conta
de capitais, proporcionou uma liberdade maior aos fluxos de capitais, para a compra e
venda de ações, títulos e outros papéis. Os impactos imediatos se materializaram na
queda da Bolsa de Valores e na desvalorização do câmbio. Além disso, a redução da
liquidez nos mercados financeiros internacionais vem implicando um aumento do custo
do refinanciamento externo para empresas brasileiras, além da diminuição do crédito
interno para as empresas exportadoras.
A outra frente é o comércio internacional, em razão do acentuado desaquecimento
que está ocorrendo nas economias dos EUA, Europa e Japão. Os impactos no balanço de
pagamentos, que já vinham ocorrendo antes da crise, se refletiram na queda da demanda
e dos preços internacionais das commodities, que englobam a parte majoritária das exportações brasileiras. Os dados sobre a balança comercial divulgados pelo Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior registraram uma queda acentuada
das exportações no último trimestre de 2008, provocando uma perda de US$ 8,3 bilhões
nesse período. Além desse resultado negativo ao final de 2008, a crise econômica global
fez com que, em janeiro de 2009, o comércio exterior brasileiro registrasse o pior resultado mensal dos últimos oito anos. A balança comercial apontou um déficit de US$ 518
milhões. O último resultado negativo mensal ocorreu em março de 2001, quando o déficit ficou em US$ 272 milhões.
Fica evidenciado que, em ambas as frentes, financeira e comercial, a vulnerabilidade
externa da economia brasileira se manifestou, criando restrições à capacidade de crescimento e, por consequência, causando efeitos perversos no nível de emprego.
Em relatório divulgado em janeiro de 2009, o Fundo Monetário Internacional (FMI)
reviu as previsões de crescimento econômico divulgadas em novembro de 2008. A nova
previsão é de que a economia mundial cresça apenas 0,5% em 2009, o que se caracteriza
como a expansão mais fraca desde a Segunda Guerra Mundial. Isso significa uma queda
acentuada em relação à previsão anterior, feita em novembro de 2008, de um crescimento de 2,2% em 2009. Aquela previsão estava fundamentada na premissa de que as economias emergentes lograriam conter a desaceleração dos países ricos e até mesmo
apresentar um crescimento compensatório. Mas não foi o que ocorreu, e logo países
como os BRICs passaram a acusar os efeitos da crise. Na mesma revisão do FMI, a
previsão de crescimento em 2009 para o Brasil caiu de 3% para 1,8%.
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332 • Microsseguros: Série Pesquisas
As projeções dos analistas sobre o comportamento da economia brasileira também
estão sendo revistas após a divulgação dos dados da Pesquisa Mensal no Setor Industrial, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a
dezembro de 2008. Os números apontam uma forte queda no desempenho da indústria
brasileira em dezembro de 2008. A produção do setor caiu 12,4% frente a novembro de
2008, e 14,5% contra dezembro de 2007, sendo as maiores quedas já observadas desde
1991 nas pesquisas do IBGE. O mais grave é que foi registrado o terceiro mês seguido
de retração, na comparação com o mês anterior, o que significou uma queda de produção de 19,8% no último trimestre de 2008.
Tabela 2 – Evolução a Produção Industrial – Ano 2008 em %
FRENTE AO MÊS ANTERIOR
FRENTE AO MESMO MÊS DE 2007
JANEIRO
1,6
JANEIRO
8,7
FEVEREIRO
-0,6
FEVEREIRO
9,7
MARÇO
0,6
MARÇO
1,5
ABRIL
0,2
ABRIL
10,0
MAIO
-0,9
MAIO
2,4
JUNHO
3,0
JUNHO
6,5
JULHO
1,2
JULHO
8,8
AGOSTO
-1,3
AGOSTO
1,9
SETEMBRO
1,4
SETEMBRO
9,7
OUTUBRO
-1,4
OUTUBRO
1,1
NOVEMBRO
-7,2
NOVEMBRO
-6,4
DEZEMBRO
-12,4
DEZEMBRO
-14,5
Fonte: Pesquisa Mensal no Setor Industrial – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada
em 03/02/2009
Como reflexo direto dessa queda de produção, a indústria brasileira cortou 1,8% do
seu pessoal em dezembro, frente a novembro, na maior queda desde 2001, início
da série histórica da pesquisa do IBGE. Anteriormente, o corte de 0,7% em outubro de
2003 havia sido o pior. Três meses seguidos de demissões diminuíram em 2,5% o total
de empregados no setor. Somente na indústria paulista, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), foram demitidos 130.000 empregados em dezembro de 2008, depois de já terem sido dispensados 30.000 em novembro.
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 333
A deterioração do setor externo e a acentuada desaceleração do setor industrial provocaram reflexos no desempenho da economia brasileira no último trimestre de 2008.
Segundo dados divulgados pela Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, o Produto
Interno Bruto (PIB) teve uma queda de 3,6% no quarto trimestre, em relação ao trimestre anterior. Mesmo com essa queda recorde no final do ano, o PIB brasileiro fechou o
ano de 2008 com uma expansão de 5,1%, totalizando R$ 2,9 trilhões.
Gráfico 3 – Desempenho da Economia Produto Interno Bruto (PIB) – Variação Frente ao trimestre
Anterior (em %)
Fonte: IBGE
O cenário para o ano de 2009 é bastante sombrio, apontando para um crescimento
fraco do PIB, com uma elevação de cerca de 1%. Um possível início de recuperação da
economia brasileira, no final de 2009, vai depender da situação mundial. Essa situação
atualmente é pior do que em ciclos de recuperação anteriores. Concretizando-se essa
recuperação, pode ser projetado um crescimento do PIB de 3% para o ano de 2010, e de
4% para o ano de 2011.
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334 • Microsseguros: Série Pesquisas
Projeções Financeiras
Balanço Patrimonial
O balanço patrimonial é um relatório importante da contabilidade das seguradoras. Esse relatório apresenta o perfil patrimonial da empresa, em determinado instante.
Sua apresentação, em forma de razão contábil, mostra os bens e direitos da empresa, representados pelas contas do Ativo, do lado esquerdo. As contas do Passivo, representando as
obrigações perante terceiros ou em relação aos sócios, são apresentadas do lado direito.
Na modelagem do projeto do Departamento de Microsseguros foi considerado que o
Resultado Líquido de cada período é transferido, automaticamente, para a seguradoramãe e incorporado ao seu patrimônio líquido. Sendo assim, não se aplica uma análise de
balanço patrimonial para um Departamento de Microsseguros. As projeções financeiras
foram dirigidas principalmente para o Fluxo de Caixa Livre.
Demonstrativo de Resultados e Fluxo de Caixa
Na montagem do projeto-piloto do Departamento de Microsseguros de uma seguradora tradicional foram adotadas as premissa básicas apresentadas a seguir.
a) Produto – esse departamento operaria, em uma fase inicial, um produto de seguro
de vida em grupo.
b) Investimentos pré-operacionais – foram considerados os investimentos exigidos
para cobrir os custos de desenvolvimento, implementação e lançamento do produto.
Uma parcela considerável desses investimentos refere-se ao desenvolvimento de
sistemas de informação. Esses sistemas são cruciais para atender, de maneira eficaz,
a administração e a operação do produto microsseguro no ramo de seguro de vida
em grupo. O desembolso mais expressivo, de R$ 700.000,00, ocorre no primeiro
ano. Para o segundo e o terceiro ano, foram orçados investimentos de R$ 200.000,00
em cada período.
c) Vendas – o total de bilhetes colocados por ano crescerá, paulatinamente, a partir de
20.000 bilhetes no primeiro ano operacional, até alcançar o patamar de 100.000
bilhetes após o quarto ano de operações. O prêmio bruto foi orçado em R$ 5,00 ao
mês por bilhete.
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 335
Tabela 3 – Investimentos Pré-operacionais em R$
Natureza do investimento
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Desenvolvimento do produto, implementação
e lançamento
200.000
50.000
50.000
Programas de marketing e campanhas
200.000
40.000
40.000
Desenvolvimento e implantação de sistemas
de administração e operação
100.000
30.000
30.000
Sistemas de controle de produção e comissões
de agentes
100.000
30.000
30.000
Programas de treinamento de agentes
100.000
50.000
50.000
Total de investimentos
700.000
200.000
200.000
d) Coberturas e importâncias seguradas – a cobertura básica contratada é de morte
por qualquer causa, com uma importância segurada de R$ 15.000,00. A cobertura
adicional é para auxílio-funeral, com indenizações de até R$ 1.500,00. Para efeito
deste estudo, foi adotada uma taxa média de mortalidade, estimada em 1,7 mortes
por mil pessoas, independente do sexo ou faixa etária.
e) Comissões e despesas – os agentes receberão comissões de 15% sobre o prêmio
bruto. As despesas administrativas e operacionais foram orçadas em R$ 180.000,00
ao ano, nos dois primeiros anos, e em R$ 200.000,00 nos anos subsequentes.
Tabela 4 – Despesas Administrativas e Operacionais em R$
Natureza das despesas
Ano 1
Ano 2
Ano 3 em diante
Salários e encargos (1 gerente e 2 supervisores)
120.000
120.000
133.000
Despesas administrativas
(manutenção escritório, informática,
apoio de outras gerências)
60.000
60.000
67.000
Total de despesas
180.000
180.000
200.000
f) Receitas Financeiras – as receitas financeiras representam um retorno de
R$ 13.000,00 ao ano, sobre um investimento financeiro de R$ 100.000,00, realizado
no início da fase operacional.
g) Tributos – para efeito dessas projeções, foi assumida uma tributação de 25% sobre
o Resultado Operacional.
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336 • Microsseguros: Série Pesquisas
O resultado das projeções financeiras está apresentado no demonstrativo a seguir,
em que os valores do lucro líquido, combinados com os investimentos pré-operacionais
formam o fluxo de caixa livre.
Tabela 5 – Investimentos Pré-operacionais em R$
Ano 0
700.000
Ano 1
200.000
Ano 2
200.000
Tabela 6 – Demonstração de Resultados em R$
Ano 3
Ano 4
Ano 5
Ano 6
Ano 7
Bilhetes
20000
50000
70000
100000
100000
Prêmios
1200000
3000000
4200000
6000000
6000000
Sinistros
561000
1402500
1963500
2805000
2805000
Comissões
180000
450000
630000
900000
900000
Lucro Bruto
459000
1147500
1606500
2295000
2295000
Desp. Adm/Oper
180000
180000
200000
200000
200000
Receitas Financ
13000
13000
13000
13000
13000
Res Operacional
292000
980500
1419500
2108000
2108000
Tributos
73000
245125
354875
527000
527000
Lucro Líquido
219000
735375
1064625
1581000
1581000
Análise de Sensibilidade
Os métodos tradicionais de avaliação de projetos de investimento são baseados na
análise de indicadores determinísticos em poucos cenários; um cenário pessimista, um
cenário otimista e um cenário mais provável. Entretanto, a realidade pode não ser captada por esses indicadores, devido à complexidade e às incertezas do mercado. Na maioria
das vezes, a tomada de decisões quanto à viabilidade de um projeto de investimento é
realizada em um ambiente de incerteza. Isso dificulta a avaliação de um projeto, quando
são utilizados indicadores determinísticos.
Atualmente, utilizam-se técnicas de simulação no processo de avaliação da eficiência de um projeto. Essas técnicas, que minimizam as incertezas, são importantes ferramentas de apoio à tomada de decisões. Com essas técnicas, os indicadores deixam de ser
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 337
determinísticos e passam a ser estocásticos, ou seja, probabilísticos. A técnica de simulação, usando o método de Monte Carlo, é uma abordagem sofisticada, baseada em
estatística. A aplicação dessa técnica, em análises de sensibilidade na avaliação de projetos, requer a geração de fluxos de caixa livres, usando distribuições probabilísticas dos
critérios de decisão adotados. Esse processo é repetido por muitas vezes, reduzindo a
incerteza na tomada de decisões. A Simulação de Monte Carlo é utilizada no presente
estudo para a análise de sensibilidade dos parâmetros Valor Presente Líquido (VPL) e
Taxa Interna de Retorno (TIR). A combinação da simulação da modelagem desses dois
parâmetros fornece mais ferramentas para a decisão sobre o projeto em questão.
O Valor Presente Líquido corresponde à diferença entre o valor presente das entradas projetadas no fluxo de caixa e o valor presente dos investimentos pré-operacionais.
Os fluxos positivos e negativos são descontados, de modo a considerar o valor do capital ao longo do tempo. A taxa utilizada para refletir o custo de oportunidade do capital é
denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa a taxa à qual o investidor poderia aplicar o capital, com um risco muito baixo. Na análise de sensibilidade do
VPL foi utilizada uma TMA de 12%.
Após executada a simulação, através de 1030 iterações, representando inúmeras situações, obteve-se a distribuição de probabilidade do VPL (Anexo 2). Essa distribuição
de probabilidade está apresentada no gráfico abaixo.
Gráfico 4 – Distribuição de Probabilidade do VPL
Em R$ milhões
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338 • Microsseguros: Série Pesquisas
Através dos resultados da simulação com o VPL foram encontrados o valor mínimo
de R$ 8 milhões e o valor máximo de R$ 17 milhões. O valor médio do VPL apurado nas
simulações foi de R$ 11,3 milhões. A região com maior probabilidade de ocorrência
do VPL se situa entre R$ 9,5 milhões e R$ 13 milhões, com 80% de probabilidade de
ocorrer o VPL nesta faixa de valores.
A análise de sensibilidade, representada na curva de distribuição de probabilidade,
confirma a viabilidade do projeto do Departamento de Microsseguros em inúmeras situações simuladas para o VPL.
Outro parâmetro analisado é a Taxa Interna de Retorno. A TIR é a taxa de desconto
que anula o Valor Presente Líquido (VPL) do fluxo de caixa. Projetos que apresentem
uma TIR superior à Taxa Mínima de Atratividade (TMA) são considerados viáveis economicamente. Essa taxa está intimamente ligada ao VPL. Quando a TIR é superior à
TMA é uma indicação de um VPL positivo e, portanto, trata-se de um projeto viável.
Quanto maior for essa diferença a favor da TIR em relação à TMA, maior será a
atratividade do retorno sobre o investimento.
Analogamente às simulações executadas para o VPL, foram efetuadas 1030 iterações
do modelo, representando várias situações com relação à TIR (Anexo 3). Os resultados
das simulações geraram a distribuição de probabilidade da TIR que está representada no
gráfico a seguir.
Gráfico 5 – Distribuição de Probabilidade da TIR
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 339
O valor médio encontrado para a TIR foi de 45,4%, que é uma taxa que significa um
alto grau de atratividade para o retorno dos investimentos. O valor mínimo encontrado
foi de 40,0%, e o valor máximo, de 51,5%.
O nível de sofisticação dos resultados proporcionado pela utilização do método de
Monte Carlo é bem superior ao que se alcança quando são usados os métodos tradicionais. Perguntas com relação à probabilidade de se alcançar uma TIR superior a um
determinado valor são rapidamente respondidas, como por exemplo, a probabilidade de
uma TIR superior a 46,5% é de 30,0%, ou a probabilidade de uma TIR superior a 47,5%
é de 18,0%. Essa flexibilidade alcançada através da distribuição de probabilidade da
TIR fornece inúmeros e valiosos subsídios ao tomador de decisões.
Várias outras considerações podem ser feitas a partir da distribuição de probabilidade da TIR. A determinação, por exemplo, da região com maior probabilidade de
ocorrência da TIR é de extrema importância no processo decisório sobre um projeto.
Na presente simulação, pode-se inferir que há 90% de probabilidade da TIR se situar em
uma faixa entre 41,0% e 50,5%. Essa medida transmite uma enorme confiança ao investidor, de que a TIR deverá estar em um intervalo bem acima da Taxa Mínima
de Atratividade de 12,0%. Essa magnitude da TIR atribui um elevado grau de atratividade
ao retorno sobre os investimentos exigidos pelo Departamento de Microsseguros.
Política de Investimentos
A gestão dos investimentos relativos ao Departamento de Microsseguros será desenvolvida dentro da estrutura organizacional da seguradora à qual esse departamento
esteja vinculado. O Departamento de Investimentos da seguradora conduz essas atividades funcionais dentro das normas estabelecidas na empresa. Conforme definido nas premissas básicas da montagem do projeto do Departamento de Microsseguros, o produto
inicialmente operado seria de vida em grupo. Nos seguros de vida em grupo, as apólices
são emitidas como apólices de seguro de vida temporário, com opção de renovação
anual. Admite-se também que os prêmios são suficientes para cobrir benefícios e despesas esperados para o ano corrente. Sendo assim, o retorno sobre os investimentos não é
um fator importante no cálculo da taxa do prêmio. Além disso, considerando a característica de curto prazo da cobertura, não há a obrigatoriedade do estabelecimento de reservas técnicas. Nas projeções financeiras foi considerada uma carteira de investimentos,
constituída no início das operações, no valor de R$ 100.000,00. O retorno esperado de
R$ 13.000,00 por ano seria utilizado no custeio de pequenas despesas administrativas,
sem haver necessidade de recorrer a transferências da empresa-mãe.
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340 • Microsseguros: Série Pesquisas
Política de Tecnologia da Informação
A política de tecnologia da informação (T.I.) do Departamento de Microsseguros
deve ser conduzida no âmbito da política geral de T.I. da seguradora a que esse departamento estiver vinculado.
Uma seguradora deve gerenciar suas informações de maneira eficaz, de modo a se
tornar mais competitiva do que suas concorrentes. Dessa forma, poderá também prestar
um serviço de melhor qualidade a seus clientes.
O gerenciamento eficaz da informação requer a utilização de tecnologia computadorizada. O uso dessa tecnologia pressupõe investimentos elevados no desenvolvimento de sistemas. No caso de um Departamento de Microsseguros, operando dentro da
estrutura organizacional de uma seguradora, somente uma pequena parcela desses investimentos seria absorvida. Esse ônus poderia ser atribuído, proporcionalmente, à
razão das vendas de microsseguro em relação ao total das vendas da seguradora.
Outra forma de custeio seria através de um rateio na razão da frequência de utilização
dos sistemas de informação da seguradora pelo Departamento de Microsseguros.
O principal conjunto de sistemas de informação utilizados por um Departamento de
Microsseguros compreende os sistemas que registram as suas transações comerciais.
Outro importante conjunto de sistemas de informação usa os dados dos sistemas de
registro de transações e gera relatórios gerenciais. Esses relatórios são de grande utilidade, para a gerência do departamento, na avaliação do desempenho da unidade de negócios. Eles também são úteis no auxílio à tomada de decisões, para a correção de desvios
em relação às metas estabelecidas no planejamento.
O produto microsseguro se reveste de características particulares, tais como: produto massificado, valor de prêmio relativamente pequeno, emissão de grande número
de bilhetes, canais de comercialização diversificados, grande número de agentes e
necessidade de liquidação rápida de sinistros. Essas características solicitam o desenvolvimento de sistemas especiais para uma gestão eficaz do produto microsseguro.
Esses sistemas especiais devem ser gerenciados de forma descentralizada dos sistemas globais da seguradora, de modo a agilizar o processamento das informações. Essa
descentralização, entretanto, não deve prejudicar a compatibilidade ou a possibilidade
de integração com os sistemas globais da seguradora. A observação desse princípio
permite que a alta administração possa sempre avaliar o desempenho da seguradora
como um todo.
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 341
Política de Resseguro
Se as seguradoras aceitarem todos os riscos que lhes são oferecidos, podem colocar
em risco a sua margem de solvência. Os principais mecanismos utilizados pelas seguradoras para a transferência de riscos são o cosseguro e o resseguro. O resseguro é utilizado quando a seguradora emite apólices com altos valores. Uma sequência de sinistros
vultosos poderia comprometer a sua saúde financeira. Com o mecanismo do resseguro,
uma seguradora transfere todo, ou em parte, o risco vultoso, para as outras seguradoras
do mercado.
No projeto do Departamento de Microsseguros, devido aos pequenos valores envolvidos nos sinistros, não se aplica a utilização do instrumento do resseguro.
Bibliografia
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realização de investimentos pelas seguradoras. Disponível em: <www.susep.gov.br/textos/resol088.htm>.
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Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 343
Anexo 1 – Circular Susep 311, de 27 de
Dezembro de 2005
Dispõe sobre os elementos mínimos que
deverão ser observados na elaboração do
plano de negócios a ser apresentado à Susep
pelas sociedades seguradoras, de capitalização e pelas entidades abertas de previdência
complementar.
O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS
– SUSEP, na forma do art. 36, alínea “b”, do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966,
utilizando a faculdade outorgada pelo art. 16 da Resolução CNSP 73, de 13 de maio de
2002, e tendo em vista o que consta do Processo Susep 15414.001910/2005-38,
R E S O L V E:
Art. 1o Estabelecer os elementos mínimos que serão observados na elaboração do plano
de negócios a ser apresentado à Susep pelas sociedades supervisionadas, quando solicitado pela Autarquia.
Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Circular, consideram-se como sociedades
e entidades supervisionadas as sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar.
Art. 2o O plano de negócios deverá conter o planejamento da sociedade ou entidade
supervisionada para o prazo de 3 (três) anos, contado de sua elaboração.
Art 3o As empresas devem elaborar ou atualizar seus planos de negócios, no mínimo até
a data da entrega das demonstrações financeiras de cada ano, contendo o horizonte temporal mínimo de planejamento previsto no art. 2o desta Circular, podendo tal plano ser
solicitado a qualquer tempo pela Autarquia.
§ 1o O plano de negócios deverá ser assinado por, no mínimo, dois diretores da sociedade
ou entidade supervisionada.
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344 • Microsseguros: Série Pesquisas
§ 2o O servidor da Susep que solicitar o envio do plano de negócios deverá tomar todas
as providências para a manutenção de sua confidencialidade, nos termos da regulamentação complementar a ser editada pela Susep.
§ 3o O envio do plano de negócios somente poderá ser solicitado pelos Chefes de Departamento.
§ 4o No caso de empresas em processo de início das atividades ou em transferência de
controle o plano de negócios deve ser elaborado e entregue à Susep no momento
da submissão do processo para pedido de aprovação.
Art. 4o O plano de negócios deverá apresentar, no mínimo, os seguintes itens:
I – objetivos estratégicos da sociedade supervisionada;
II – detalhamento da estrutura organizacional, compatível com o seu plano de negócios
e com clara determinação das responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da sociedade supervisionada;
III – descrição do cenário econômico no qual a sociedade ou entidade supervisionada
espera fazer negócios;
IV – projeções financeiras, evidenciando a evolução patrimonial no período, com a identificação das fontes de captação que viabilizem essa evolução;
V – política de investimentos;
VI – política da sociedade relativamente à tecnologia da informação – TI;
VII – ramos onde a sociedade ou entidade supervisionada pretende atuar e as participações previstas destes na sua receita total; e
VIII – política de resseguro.
Art. 5o A descrição do cenário econômico prevista no inciso III do art. 4o desta Circular
deverá contemplar os seguintes parâmetros:
I – taxa de juros, projetada para os seguintes casos:
a) taxa básica da economia;
b) taxa de remuneração do ativo; e
c) taxa de remuneração do passivo.
II – inflação projetada
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III – taxa de expansão econômica projetada, considerando os índices de desempenho
econômico mais relacionados às receitas de vendas esperadas.
Art. 6o As projeções financeiras deverão ser elaboradas considerando intervalos trimestrais, para o cenário referido no inciso III do art. 4o desta Circular, com os itens abaixo
designados:
I – balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício; e
II – fluxo de caixa expresso em reais.
Parágrafo único. As atividades evidenciadas no fluxo de caixa do inciso II deste artigo
devem estar segregadas em atividades operacionais, atividades de investimento, atividades de financiamento e saldo final (acréscimo ou decréscimo de caixa).
Art. 7o Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se imediatamente aos processos de autorização de transferências de controle e funcionamento de
novas sociedades ou entidades e, para as sociedades ou entidades já autorizadas a operar
pela SUSEP, a partir do exercício de 2007, devendo o plano de negócios ser elaborado
até 31 de dezembro de 2006.
RENÊ GARCIA JR.
Superintendente
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346 • Microsseguros: Série Pesquisas
Anexo 2 – Resultados da Simulação – Valor
Presente Líquido
Bloco
Frequência
%
% ac.
Prob>
6,0
0
0,00
0,00
99,00
6,5
0
0,00
0,00
99,00
7,0
0
0,00
0,00
99,00
7,5
0
0,00
0,00
99,00
8,0
3
0,29
0,29
98,71
8,5
23
2,23
2,52
96,48
9,0
42
4,08
6,60
92,40
9,5
51
4,95
11,55
87,45
10,0
111
10,78
22,33
76,67
10,5
118
11,46
33,79
65,21
11,0
152
14,76
48,54
50,46
11,5
129
12,52
61,07
37,93
12,0
123
11,94
73,01
25,99
12,5
98
9,51
82,52
16,48
13,0
72
6,99
89,51
9,49
13,5
45
4,37
93,88
5,12
14,0
33
3,20
97,09
1,91
14,5
14
1,36
98,45
0,55
15,0
7
0,68
99,13
-0,13
15,5
6
0,58
99,71
-0,71
16,0
0
0,00
99,71
-0,71
16,5
2
0,19
99,90
-0,90
17,0
1
0,10
100,00
-1,00
17,5
0
0,00
100,00
-1,00
18,0
0
0,00
100,00
-1,00
18,5
0
0,00
100,00
-1,00
19,0
0
0,00
100,00
-1,00
19,5
0
0,00
100,00
-1,00
20,0
0
0,00
100,00
-1,00
Mais
0
0,00
100,00
-1,00
1030
100,00
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Anexo 3 – Resultados da Simulação – Taxa
Interna de Retorno
Bloco
Frequência
%
Acumulado
Acum.inverso
39,0
0
0,000
0,000
100,000
39,5
0
0,000
0,000
100,000
40,0
1
0,097
0,097
99,903
40,5
5
0,485
0,583
99,417
41,0
9
0,874
1,456
98,544
41,5
32
3,107
4,563
95,437
42,0
35
3,398
7,961
92,039
42,5
61
5,922
13,883
86,117
43,0
71
6,893
20,777
79,223
43,5
70
6,796
27,573
72,427
44,0
54
5,243
32,816
67,184
44,5
71
6,893
39,709
60,291
45,0
95
9,223
48,932
51,068
45,5
71
6,893
55,825
44,175
46,0
80
7,767
63,592
36,408
46,5
72
6,990
70,583
29,417
47,0
61
5,922
76,505
23,495
47,5
59
5,728
82,233
17,767
48,0
60
5,825
88,058
11,942
48,5
42
4,078
92,136
7,864
49,0
37
3,592
95,728
4,272
49,5
16
1,553
97,282
2,718
50,0
13
1,262
98,544
1,456
50,5
10
0,971
99,515
0,485
51,0
3
0,291
99,806
0,194
51,5
2
0,194
100,000
0,000
100,000
0,000
Mais
0
0,000
total
1030
100,000
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7
Operações de Microsseguros
numa Seguradora
Fernando Augusto Freitas de Araújo
Conceituação
Microsseguro e seu Público-Alvo
De acordo com os estudos efetuados e discutidos na Comissão Consultiva de
Microsseguros do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), ficou definido que “microsseguro é a proteção securitária fornecida por entidades autorizadas
a operar no país, que visa, primordialmente, a preservar a situação socioeconômica,
pessoal ou familiar da população de baixa renda, contra riscos específicos, mediante pagamento de prêmios proporcionais às probabilidades e aos custos dos
riscos envolvidos, em conformidade com a legislação e os princípios de seguro
globalmente aceitos”.
Ainda segundo essa mesma comissão, ficou definido que o público-alvo é a “população de baixa renda do Brasil que, para efeitos de microsseguro, é o segmento da
população com rendimento mensal per capita de até três salários mínimos nacional”.
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350 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 1 – Classes de Rendimento Mensal
Em milhares de pessoas
Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2006
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE –
PNAD 2006), o mercado potencial para microsseguro seria de cerca de 85 milhões de
pessoas, considerando como consumidores potenciais aqueles com renda mensal per capita
de até três salários mínimos, o que corresponde a quase 50% da população brasileira.
Marco Regulatório Atual (Síntese)
A regulação do microsseguro, em todo o mundo, é muito recente e, na maioria dos
países, é ainda inexistente. Porém, alguns segmentos das microfinanças tiveram sua
regulação implementada paulatinamente desde 20 anos atrás. A experiência nesse setor
demonstrou que é imprescindível a adoção de uma regulação adequada e favorável, não
só protegendo a estabilidade dos provedores, consumidores e do mercado como um
todo, mas também ajudando a melhorar a habilidade dos provedores de prestar serviços
aos segmentos de baixa renda, de uma maneira eficiente e eficaz.
Atendendo às diretrizes governamentais, para incentivar o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros para a realidade da população de baixa renda e dos
microempreendedores, formais e informais, a Superintendência de Seguros Privados
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350
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Operações de Microsseguros numa Seguradora • 351
(Susep) vem, desde o ano de 2003, implementando uma série de ações, visando a estimular o desenvolvimento e a comercialização de produtos simplificados e de baixo custo para esses segmentos.
As principais ações da Susep foram as seguintes:
•
Edição da Circular Susep 267/2004, sobre seguro de vida em grupo popular, estabelecendo Condições Gerais padronizadas e respectivos parâmetros (anexo 1).
•
Edição da Circular Susep 306/2005, sobre o seguro popular de automóvel, estabelecendo Condições Gerais padronizadas para o ramo (anexo 2).
Outra medida importante de incentivo foi o Decreto 5.172/2004, que reduziu o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras) para o Ramo Vida, de 7% para 2%, chegando à
alíquota zero em 2006. Essa medida provocou uma repercussão positiva na comercialização dos produtos do Ramo Vida em geral. Esse Decreto, entretanto, foi revogado
em 2007.
Essas ações estimularam as discussões sobre o microsseguro, já que o tema era
desconhecido no mercado brasileiro até 2004, e sensibilizaram o mercado segurador.
A partir de então, vários produtos de seguro surgiram, voltados para o consumidor de
baixa renda, inspirados no desempenho favorável dos Seguros Populares de Vida.
Existe um consenso entre reguladores e especialistas de que a maior parte das características pertinentes aos seguros tradicionais se aplica ao microsseguro, tais como: aspectos atuariais e contábeis, auditoria, documentação de apólice, resseguro, avaliação
de desempenho e gerência técnica.
O microsseguro é uma ferramenta de inclusão social e apresenta características peculiares, que exigirão, portanto, tratamento regulatório diferenciado. Os principais aspectos que devem merecer a atenção do regulador são: as formas de cobrança de prêmios,
instabilidade da renda do segurado em potencial, agentes com pouca qualificação, pequeno valor das importâncias seguradas, necessidade de apólices simples e regulações
de sinistros rápidas.
Seguradora Especializada vs. Departamento de
uma Seguradora Tradicional
Considerando que o objetivo principal é o desenvolvimento e a futura implantação
de uma unidade de negócios para operar microsseguros, temos que, inicialmente, refle-
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352 • Microsseguros: Série Pesquisas
tir sobre a forma e a estrutura dessa unidade. As características específicas do produto
de microsseguro, tais como valor baixo de prêmio, pulverização dos canais de
comercialização e necessidade de liquidações rápidas de sinistro, solicitam uma estrutura compacta, ágil e eficiente.
O mercado para os produtos de microsseguro tem um potencial muito grande no
Brasil, considerando o público-alvo de até três salários mínimos. Entretanto, o atual
estágio de desenvolvimento desse mercado ainda é muito incipiente. Tendo em vista
essas considerações preliminares, entendemos não ser adequada a criação de uma seguradora especializada em microsseguros. O objetivo principal pode ser alcançado pelo
desenvolvimento de uma unidade de negócios operando microsseguros dentro da estrutura organizacional de uma seguradora tradicional. Dependendo da estrutura e do grau
de autonomia que se atribua a esta unidade, ela pode ser caracterizada como uma Superintendência ou um Departamento de Microsseguros. Essa unidade, no desempenho de
suas atividades operacionais, deverá estar continuamente interagindo com as áreas funcionais da seguradora. Embora esse departamento desfrute de uma certa autonomia operacional, ele deve sempre ser gerenciado como um centro gerador de resultado. Ou seja,
este departamento será responsável gerencialmente por suas receitas e despesas. Relatórios gerenciais devem ser implantados para permitir que a alta gerência avalie com clareza o desempenho desse departamento. Essa avaliação de desempenho será conduzida
em termos de metas de rentabilidade e de evolução dos negócios, estabelecidas na fase
de planejamento.
Cenário Econômico
O risco é inerente a quase todas as atividades do ser humano. Os riscos econômicos
são classificados, por sua natureza, em Riscos Puros e Riscos Especulativos. Os Riscos
Puros são os que só produzem perdas e são os riscos considerados pelo segurado, ao
adquirir uma apólice de seguros. Nesse caso, não existe, portanto, uma expectativa
de um eventual ganho, mas sim a pura proteção patrimonial. Os Riscos Especulativos
são aqueles presentes nas operações financeiras, podendo gerar perdas ou ganhos.
Dependendo da atividade exercida, da natureza do bem, do tipo de risco e da sua propensão ao risco, o agente econômico opta por diferentes estratégias de proteção diante
dos riscos encontrados. Essas estratégias podem variar, indo desde a total retenção do
risco até a transferência parcial ou total desse risco, através da compra de um seguro.
Galiza (2007, p. 22-36) faz uma série de considerações sobre alguns pré-requisitos
para a existência de demanda e oferta de seguros. Esses conceitos são consolidados em
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Operações de Microsseguros numa Seguradora • 353
um modelo simplificado, considerando as principais variáveis componentes da demanda e da oferta de seguros. Do lado da demanda, os principais componentes são: nível de
renda do agente econômico, o preço do seguro, a probabilidade de perda, o valor
da perda com o sinistro e uma variável que representa a variação nas condições dos bens
substitutos ao seguro. Do lado da oferta, os componentes são considerados a partir do
lucro esperado da seguradora, que é o valor agregado das receitas e despesas de todos os
seguros vendidos. As receitas são representadas pelo produto do preço pela importância
segurada, que resulta no equivalente aos prêmios dos seguros. Já as despesas nas quais a
seguradora espera incorrer são representadas pelo produto da probabilidade esperada de
perdas pelo valor das indenizações com os sinistros. Finalmente, o modelo considera a
variável que representa o custo de oportunidade do mercado, e também a variável da
taxa de juros real.
Considerando a natureza das variáveis do modelo, representando renda, valores
esperados e custos de oportunidade, é razoável esperar impactos significativos nos
resultados do modelo, face às variações nos preços, taxas de juros e do nível de renda.
Contador, Ferraz e Azevedo (1999, p. 9-25) analisam a experiência internacional e concluem que a taxa de inflação tem reflexos no setor de seguros. O estudo demonstra que
a inflação afeta tanto a demanda quanto a oferta dos seguros. Pelo lado da demanda, os
efeitos são sentidos pela deterioração da distribuição de renda e pela desvalorização dos
valores esperados de indenização. O estudo demonstra, ainda, que a oferta de seguros é
prejudicada pela inflação, pois as seguradoras confundem não só os ajustes e a rentabilidade das suas reservas, mas também os ajustes dos seus planos atuariais. Dentre outras
conclusões, o trabalho evidencia o impacto na rentabilidade e na estrutura de capital das
seguradoras, causado pela elevação das taxas de juros que são pressionadas pelo efeito
inflacionário. Ficou comprovado que o nível de renda per capita afeta bastante o setor
de seguros. A elasticidade-renda positiva e acima de 1,0, em quase todos os países estudados, aponta para excepcionais oportunidades, à medida que a economia brasileira
volte a crescer.
Pelas considerações anteriores, fica evidente a importância do estudo do cenário
econômico na avaliação de qualquer oportunidade de operação de produtos de seguro,
inclusive os produtos de microsseguro.
Os principais elementos que compõem o cenário econômico são o ritmo inflacionário, a taxa de juros e o nível de atividade econômica.
O comportamento da inflação, após a implantação do Plano Real em julho de 1994,
tem sido bastante favorável aos investimentos a longo prazo e ao lançamento de produtos novos pelas sociedades seguradoras. Desde então foi alcançado o controle da infla-
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354 • Microsseguros: Série Pesquisas
ção, aboliu-se a indexação e obteve-se uma estabilidade da moeda. Com esse ambiente
econômico favorável, foi aberta uma janela de oportunidades para lançamento de novos
produtos, tanto nos seguros de bens quanto nos seguros de pessoas. Diversos estudos
apontam um crescimento do volume dos prêmios, principalmente nos setores de automóveis, de vida e de saúde. Ao analisarmos o comportamento da inflação ao longo do
ano de 2008, observamos uma relativa estabilidade. As variações mensais do IPCA, que
é o índice oficial que mede a inflação ao nível do consumidor, se mantiveram, ao longo
de 2008, na faixa de 0,45% a 0,55%. Nos dois primeiros meses de 2009, o IPCA teve
variação mensal em torno de 0,40%. Nos doze meses, de janeiro de 2008 a janeiro de
2009, esse índice acumulou variação de 5,84%.
Gráfico 2 – Comportamento da Inflação ao Consumidor IPCA (% mês a mês)
Fonte: IBGE
A meta de inflação projetada pelas autoridades monetárias para 2009 é de 4,5% ao
ano, com margem de dois pontos para cima e para baixo. Tendo em vista a atual crise
global, com reflexos negativos na economia brasileira, é esperado que a inflação para o
ano de 2009 se situe um pouco abaixo do centro da meta de 4,5% ao ano. Essa meta de
inflação estabelece um balizamento para a fixação da taxa Selic.
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Operações de Microsseguros numa Seguradora • 355
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o mais importante
instrumento de política monetária. Essa taxa tem se mantido, nos últimos anos, em níveis reais muito elevados. O Brasil está colocado entre as economias com os juros reais
mais altos do mundo. A taxa Selic apresentou um crescimento constante a partir de
setembro de 2007. Em setembro de 2008, a taxa Selic alcançou o patamar de 13,75% ao
ano e permaneceu nesse nível até 20 de janeiro de 2009. Em 21 de janeiro de 2009 foi
decidida uma mudança drástica na tendência da Selic, com a redução de um ponto percentual, indo para 12,75% ao ano. A divulgação pelo IBGE dos dados referentes ao
Produto Interno Bruto – PIB, apontando uma queda acentuada de 3,6% no último trimestre de 2008, deu um sinal de alerta para uma forte desaceleração da economia brasileira. Sendo assim, foi aberto um espaço para a prática de uma política monetária menos
restritiva, com cortes mais frequentes da taxa de juros. Confirmando essa expectativa,
em 11 de março de 2009, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por uma
nova redução da taxa Selic, de 12,75% para 11,25% ao ano. Embora essa redução tenha
sido bastante ampla, os analistas de mercado projetam outras reduções ao longo do ano
de 2009, podendo chegar, em dezembro, ao nível de 10% ao ano.
Outro elemento do cenário econômico que tem impacto significativo no mercado de
seguros é o nível de atividade da economia. Os impactos diretos da atual crise econômica global já são percebidos claramente na economia brasileira. Os dados sobre a balança
comercial, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, registram uma queda nas exportações de US$ 8,3 bilhões no último trimestre de
2008. No lado doméstico da economia, o setor industrial já apresenta fortes sinais
de queda acentuada no seu desempenho, como foi possível perceber no último trimestre de
2008. A pesquisa mensal no setor industrial, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica uma queda de produção de quase 20% no último
trimestre de 2008. Essa desaceleração do setor industrial tem impacto direto nos níveis
de renda e de emprego, conforme evidenciado pelas informações sobre demissões em
massa ocorridas no setor. Segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo – FIESP, somente nos meses de novembro e dezembro de 2008
foram demitidos 160.000 empregados na indústria paulista. A combinação da deterioração do setor externo com a acentuada retração do setor industrial provocou reflexos
negativos importantes no desempenho da economia brasileira. Dados da Coordenação
de Contas Nacionais do IBGE revelam uma queda recorde do Produto Interno Bruto –
PIB, de 3,6% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior. O cenário
para o ano de 2009 é bastante desalentador, com a tendência do crescimento fraco do
PIB em cerca de 1%.
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356 • Microsseguros: Série Pesquisas
Gráfico 3 – Desempenho da Economia Produto Interno Bruto (PIB) – Variação Frente ao trimestre
Anterior (em %)
Fonte: IBGE
Podemos concluir que, nesse ambiente de constantes mudanças, qualquer estudo
de novas oportunidades de negócios na área de seguros, e particularmente de
microsseguros, deve ser precedido de uma avaliação criteriosa do cenário econômico
nacional e mundial.
Desenvolvimento de Produtos
Produtos/características/fases
De acordo com os conceitos e definições adotados pelo Grupo de Trabalho de
Microsseguros (GT Susep), “o microsseguro é o seguro acessível à população de baixa
renda, fornecido por vários tipos diferentes de entidades, porém em conformidade com
práticas de seguros geralmente aceitas. Principalmente, isso significa que o risco segurado por uma apólice de microsseguro é gerenciado de acordo com os princípios de
seguro que é custeado por prêmios”. Sendo assim, as operações de microsseguro devem
estar enquadradas no escopo definido pelo regulador, em conformidade com a legisla-
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Operações de Microsseguros numa Seguradora • 357
ção existente. Consequentemente, a maior parte das características do seguro tradicional
se aplica ao microsseguro. Por esse motivo, o processo de desenvolvimento de um
produto de microsseguro é análogo ao do desenvolvimento de um seguro tradicional.
As etapas a serem cumpridas vão desde a concepção até as fases de lançamento e avaliação crítica do processo de desenvolvimento.
O desenvolvimento de um produto de microsseguro deve estar inserido no âmbito
dos objetivos estratégicos de lançamento de novos produtos, como parte do planejamento global da seguradora. Um coordenador do projeto deve ser definido a partir do momento em que a oportunidade de desenvolvimento de um produto de microsseguro é
identificada. Esse coordenador tem como principal atribuição o gerenciamento da equipe de desenvolvimento do produto. Ele também controla todos os aspectos e etapas do
processo. Esse controle é exercido através de relatórios de acompanhamento que são
encaminhados aos membros da equipe e às outras gerências. É recomendável que
esse coordenador seja, posteriormente, o gerente do Departamento de Microsseguros.
Durante todas as fases do processo de desenvolvimento até a implementação do produto
é essencial a cooperação de todas as áreas funcionais da seguradora.
Na fase inicial da concepção do produto é importante a presença de membros experientes na equipe. Essa experiência permitirá uma melhor avaliação das diversas sugestões, concentrando os esforços da maneira mais objetiva possível. A primeira avaliação
a ser feita nessa fase é verificar se o produto que está sendo concebido satisfaz uma
necessidade real do seu público-alvo. Se essa avaliação for positiva, a equipe de desenvolvimento delineará as especificações iniciais do produto. Esse produto piloto deve ser
submetido às áreas funcionais para ser testado e avaliado quanto à sua viabilidade e
quanto aos aspectos técnicos inerentes a cada área.
A área de marketing efetua estudos sobre a concorrência e o perfil de eventuais
produtos existentes no mercado. Essa área estuda também os mercados-alvo e os canais
de distribuição mais adequados. Além disso, define a estratégia de promoção do produto. A área atuarial define as especificações iniciais do produto quanto à subscrição, aos
valores garantidos, às comissões e outros aspectos financeiros. A principal responsabilidade dos atuários é avaliar se o produto pode ser precificado de modo a atender os
requisitos de competitividade e lucratividade. As áreas de administração de sinistros e
de sistemas de informação avaliam se os seus atuais sistemas atendem, ou podem ser
adaptados para atender, as exigências do novo produto. A área jurídica e a área de supervisão e fiscalização examinam o cumprimento das exigências legais e de regulamentação. A área contábil avalia os reflexos nos demonstrativos financeiros, enquanto que a
área de investimentos determina os tipos de investimento adequados e necessários para
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358 • Microsseguros: Série Pesquisas
alcançar os níveis de solvência e lucratividade esperados para a unidade de negócios
“Departamento de Microsseguros”.
Caso os resultados desses estudos e análises sejam favoráveis, indicando a atratividade
do negócio, a equipe de desenvolvimento elabora a proposta do produto. A proposta do
produto consiste em uma síntese dos estudos de mercado, nas especificações técnicas,
considerações sobre supervisão e fiscalização, exigências dos sistemas de informação e
nos canais de comercialização. Essa proposta será submetida à aprovação da alta gerência da seguradora.
Após a aprovação da proposta, vem a fase de desenvolvimento do projeto técnico.
É nessa fase que é definido o modelo de apólice e cláusulas contratuais do produto, de
acordo com as leis e regulações em vigor. Nessa fase são definidos também o preço,
benefícios, comissões e as especificações de subscrição e emissão. Concluída a elaboração do projeto técnico, este toma a forma de projeto final e é submetido à aprovação do
coordenador e da alta gerência.
A próxima fase de desenvolvimento do produto é a de execução, que precede a fase de
lançamento. Nessa fase de execução do projeto e implementação do produto são definidos
as estruturas, processos e sistemas cruciais para o lançamento eficaz do produto.
Essas definições e providências compreendem o desenvolvimento do modelo de apólice e
seu registro, bem como o treinamento do pessoal de suporte operacional e de agentes.
Essas definições e providências compreendem também a operacionalização dos sistemas
de informação que é exigida para a comercialização e o gerenciamento do produto.
O material promocional e os canais de divulgação para o novo produto são também definidos nessa fase. O treinamento dos agentes é uma atividade fundamental para o lançamento
eficaz do produto. Esse treinamento ajuda os agentes a identificar as vantagens do produto
e a ressaltar os pontos em que ele atende às necessidades do cliente em potencial.
Na fase de lançamento, o treinamento dos agentes é reforçado e materiais educacionais sobre o produto são colocados à disposição desses agentes. O material de divulgação do novo produto é encaminhado aos meios de comunicação pelos canais
especificamente dirigidos à população de baixa renda, que é o público-alvo do microsseguro. As vendas iniciais devem ser monitoradas e os resultados alcançados serão comparados às metas estabelecidas na fase de planejamento. Caso o desempenho das vendas
não alcance o volume projetado, algumas medidas terão que ser tomadas imediatamente
para melhorar a eficácia do processo de vendas.
Os subsídios colhidos junto aos agentes são de extrema importância, tanto para avaliar a receptividade do produto quanto para colher sugestões sobre características adicionais desejáveis para o produto.
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Precificação
A precificação de um produto não depende dos objetivos de precificação definidos
por uma seguradora. O preço de um produto novo deve ser estabelecido de tal modo que
cubra todos os sinistros, além de outras despesas. Esse preço também deve assegurar um
retorno satisfatório para os investidores. As diversas gerências da seguradora, os acionistas, os administradores e os agentes têm objetivos conflitantes com relação à
lucratividade e solvência de longo prazo das seguradoras. O desafio do responsável pelo
produto é conciliar os diversos objetivos e chegar a um prêmio que equilibre os interesses divergentes e até mesmo conflitantes.
O primeiro passo no processo de precificação de um novo produto é o cálculo do
prêmio líquido. O prêmio líquido é calculado de modo a cobrir o custo dos benefícios
esperados do produto. No caso do ramo vida, especificamente, esse cálculo é efetuado
pelos atuários da seguradora, com base nas taxas de mortalidade de um determinado
grupo de potenciais segurados. O próximo passo no processo de precificação é o estabelecimento do prêmio bruto para o produto novo a ser lançado no mercado. O prêmio
bruto deve ser adequado para cobrir não só o custo estimado dos benefícios esperados,
mas também o carregamento da apólice. O carregamento consiste no montante que deve
ser adicionado ao prêmio líquido para fazer face a todas as despesas da seguradora no
desenvolvimento e na condução do seu negócio, proporcionando ainda um retorno razoável aos investidores.
No caso dos seguros de vida em grupo, alguns aspectos do processo de precificação
são peculiares a esse tipo de apólice, cuja cobertura é regida por um contrato-mãe
de seguro em grupo. O primeiro aspecto é que a precificação do produto depende da
experiência de sinistralidade do grupo para o qual está sendo desenvolvido o produto.
Outro aspecto relevante é que, nas apólices de vida em grupo, pelo seu caráter de curto
prazo, o retorno sobre os investimentos não é um fator relevante no processo de
precificação. Além desses aspectos, não há necessidade de estabelecimento de reservas
técnicas, pelo fato de que, nas apólices de vida em grupo, os prêmios anuais são suficientes para cobrir os sinistros daquele mesmo ano.
Finalmente, devemos destacar a importância do gerenciamento dos resultados
da precificação de qualquer produto novo de seguros, inclusive os de microsseguros.
O monitoramento dos resultados deverá ser constante. Os desvios de desempenho em
relação aos valores esperados devem ser analisados quanto à natureza de sua causa.
A causa desses desvios pode ser originada tanto por ineficiências operacionais quanto
por uma fixação do preço em níveis inadequados. De qualquer modo, medidas corretivas deverão ser tomadas com a maior presteza possível.
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360 • Microsseguros: Série Pesquisas
Estratégia de Comercialização e de Distribuição
Após a definição do produto, com a identificação de suas características básicas, do
público-alvo e o dimensionamento do mercado potencial, a próxima etapa é a escolha
do modo adequado e mais eficiente de oferecer os produtos aos potenciais segurados.
O processo de escolha dos canais de comercialização é dinâmico, principalmente na
fase inicial de lançamento do produto. Essa fase deve ser precedida de um planejamento
de marketing. Além disso, os elementos de suporte devem estar disponíveis, e os agentes de venda devidamente treinados. Esse treinamento permitirá um conhecimento claro
do produto e da melhor maneira de oferecê-lo ao público-alvo identificado nos estudos
de mercado. Mesmo tendo sido cumpridas essas etapas preparatórias, à medida que as
vendas evoluam, serão identificadas necessidades de adaptações e até mesmo de modificações nas características dos canais de comercialização. Os pontos críticos, que estejam prejudicando a evolução das vendas, deverão ser ajustados com presteza e
monitorados, para uma posterior avaliação do impacto desses ajustes no desempenho
das vendas. A condição essencial para o sucesso da operação de venda é que todas
as etapas do processo de desenvolvimento, implantação e gerenciamento dos canais
de comercialização tenham a intensa participação do Gerente do Departamento de
Microsseguro. Essa gerência deverá contar com o suporte das diversas áreas funcionais
da seguradora, com as quais o departamento interage nas várias fases desse processo.
A principal modalidade de vendas utilizada pelas seguradoras, principalmente no
ramo vida, é a de vendas pessoais, através de agentes próprios ou independentes. Devido às características do microsseguro, os sistemas com agentes próprios da seguradora
não são adequados nem viáveis. Isso se deve aos altos custos envolvidos no financiamento e na administração das atividades dos agentes. Os sistemas com agentes independentes são os mais adequados e os que permitem a comercialização de microsseguros de
maneira mais eficiente. Esses sistemas possibilitam a montagem de uma rede de vendas
com bastante capilaridade, a um custo relativamente baixo. As duas modalidades principais são: através de corretores independentes e através de agentes autônomos. Em ambos os sistemas, a remuneração é realizada por comissão, e tanto o corretor quanto o
agente podem produzir para mais de uma seguradora. O ponto-chave para o sucesso
desses sistemas é o grau de conhecimento que esses agentes devem ter do produto e das
necessidades de seus potenciais segurados. Quanto mais simples for o produto
microsseguro, mais fácil e rápido será o seu entendimento pelos agentes e maior será a
sua aceitação pelo mercado.
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Operações de Microsseguros numa Seguradora • 361
Um canal para comercialização de microsseguros que vem se consolidando nos últimos anos e merece ser explorado em estudos posteriores é a utilização de líderes comunitários nas comunidades carentes, como elementos propagadores de uma rede de
agentes de microsseguros. Esses líderes, normalmente respaldados por uma associação
de moradores, têm um grau de credibilidade elevado perante os membros dessas associações. Ao esclarecer para os associados os benefícios do microsseguro (ou proporcionar um espaço para que um agente esclareça), os líderes estarão atribuindo,
automaticamente, credibilidade ao produto. Esse sistema possibilita o desenvolvimento
de soluções de negócio que permitem ganhar a confiança do público-alvo e, ao mesmo
tempo, adequar a oferta às exigências da demanda do consumidor do produto
microsseguro. Essa alternativa levaria à formação de uma rede de “microcorretores”
com conhecimento e experiência na comercialização desse produto.
Outro canal de comercialização que se apresenta como bastante promissor é a venda
de microsseguros pelas redes de grandes bancos de varejo. Essas instituições financeiras, tanto do setor privado quanto as oficiais, administram grandes carteiras de clientes
de baixa renda. Esses clientes já demonstraram sua satisfação com os serviços oferecidos por esses bancos, através da fidelidade mantida ao longo de anos, como correntistas
ou poupadores. Além disso, as instituições como Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal já acumulam uma larga experiência em operações de microcrédito, beneficiando milhares de clientes de baixa renda. Essa experiência e o conhecimento das necessidades desses clientes tornam esse canal de comercialização bastante atraente para a
venda de microsseguros.
Além dos sistemas apresentados anteriormente, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) permite que as seguradoras comercializem os seus produtos através de
canais de distribuição alternativos. Os principais canais de comercialização nessa modalidade são as empresas concessionárias e provedoras de serviços públicos. Essas empresas atendem à quase totalidade dos domicílios da população urbana de baixa renda, que
é o público-alvo principal para o produto microsseguro. A boa perspectiva para essa
modalidade de venda é atestada pelo sucesso do lançamento, ao final do ano de 2008, de
alguns seguros populares efetuados por seguradoras em parceria com empresas distribuidoras de energia elétrica.
Futuramente, um novo canal de comercialização e distribuição, via Internet, poderá
se constituir em uma alternativa viável, mas hoje essa possibilidade ainda é muito distante da realidade atual da população de baixa renda. A evolução dessa alternativa deve
ser acompanhada e merecer estudos mais aprofundados, à medida que o processo de
inclusão digital alcance uma parcela significativa da população de baixa renda.
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362 • Microsseguros: Série Pesquisas
A escolha dos canais de comercialização de microsseguros pode resultar na eleição
de uma só modalidade ou na combinação de mais de uma alternativa. A escolha de uma
estratégia mista é recomendada quando a presença de determinadas características muito marcantes, em diferentes segmentos do público-alvo, leva a uma segmentação clara
do mercado. Dessa forma, canais de comercialização distintos alcançariam e atenderiam
esses segmentos de forma mais adequada e eficiente. Essas características podem ser:
ter mesma localização geográfica, pertencer à mesma associação de bairro ou associação profissional, ser cliente do mesmo banco de varejo ou ser servido pela mesma concessionária de serviços públicos.
A principal característica dos modelos apresentados é que todos têm custos de desenvolvimento e implantação relativamente baixos. Isso ocorre porque essas alternativas não requerem investimentos na contratação de agentes próprios, nem na instalação
de agências.
O sistema escolhido será aquele que melhor se adequar, para que se alcance as metas
e os objetivos estratégicos estabelecidos no planejamento comercial. Essa escolha também estará condicionada ao montante de recursos disponíveis para o desenvolvimento e
a implantação desse sistema. Embora as diferenças de custo entre os sistemas sejam
pequenas, elas devem ser consideradas, tendo em vista o baixo valor do prêmio do
microsseguro. A alternativa de venda através da rede bancária é a de menor custo e de
mais rápida implantação. Em seguida, considerando os aspectos de custo e de rapidez
de implantação, viria a alternativa de se utilizar as concessionárias e provedoras de serviços públicos. As alternativas contemplando corretores e agentes autônomos demandariam um período maior para treinamento adequado desses produtores, visando a assegurar
o sucesso do empreendimento a curto e longo prazos.
Outros fatores devem ser considerados no processo de escolha do canal de
comercialização, tais como a eventual experiência anterior da seguradora com alguns
desses canais e o relacionamento com os elementos-chave desses canais.
Gestão Financeira
Toda seguradora tem duas metas empresariais básicas. A primeira, como agente
fiduciário, é a de proteger os fundos dos titulares das apólices, sendo capaz de pagar em
dia todas as suas obrigações financeiras. Essa meta está relacionada ao conceito de solvência. A segunda é a capacidade de gerar retorno para o investimento dos acionistas,
incluindo sua capacidade de gerar lucro líquido e de aumentar o valor da empresa, que é
denominada meta de lucratividade ou de rentabilidade. O processo de gestão financeira
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Operações de Microsseguros numa Seguradora • 363
é de extrema importância no gerenciamento dos recursos financeiros, buscando o alcance das metas de solvência e rentabilidade.
Algumas atribuições específicas da área financeira são fundamentais para fornecer
elementos de suporte à alta administração na elaboração e no controle do cumprimento
das metas empresariais. A primeira é o planejamento da estratégia financeira, estabelecendo metas e estratégias de solvência e rentabilidade. A segunda, mas não menos importante, é a gestão do patrimônio líquido, que é o valor pelo qual os ativos excedem
seus passivos, de modo a assegurar a saúde financeira da empresa a longo prazo e, ao
mesmo tempo, buscar uma rentabilidade mais atraente. A atribuição seguinte é o
gerenciamento do fluxo de caixa, para garantir a disponibilidade de caixa suficiente para
cobrir as obrigações nas condições e prazos determinados. Outra atribuição voltada para
a gestão financeira é a de gerência dos investimentos por meio da negociação de compra
e venda de títulos, ações, imóveis e outros ativos com o objetivo de atingir as metas de
solvência e rentabilidade. Além das atividades de gestão, existe uma série de outras
atividades que devem ser cumpridas para gerar relatórios gerenciais, análises de contas
e elaborar o orçamento. Essas informações são importantes para atender às solicitações
ou exigências do público interno (gerências e alta administração) e externo (autoridades
regulatórias, clientes, investidores, auditores externos e agências de classificação).
Dentro de um contexto de gestão financeira eficiente, análises para identificação
de tendências dos resultados e dos desvios em relação aos valores esperados são realizadas
com bastante frequência. Essas análises procuram explicar esses desvios e identificar as
suas causas.
As demonstrações financeiras são utilizadas para a compreensão da gestão financeira de
uma seguradora especializada ou de uma unidade de negócios denominada Departamento
de Microsseguros. Essas demonstrações sintetizam os principais eventos e operações financeiras de uma empresa. As duas principais demonstrações financeiras são o balanço patrimonial e a demonstração de resultados. Esses demonstrativos, com seus conceitos básicos e
metodologia de elaboração e análise, são utilizados para avaliar o desempenho e a condição
financeira de um departamento de microsseguros. Eles são também usados para a determinação dos níveis de solvência e rentabilidade. Alguns conceitos são essenciais para a análise do
balanço patrimonial, que é a representação do perfil patrimonial de uma unidade de negócios
em um determinado instante. De uma forma simplificada, o balanço reflete os bens e direitos
no lado do ativo e as obrigações com terceiros ou com os sócios no lado do passivo.
Ativos são coisas de valor como investimentos, dinheiro, imóveis, equipamentos e
valores que outros devem à empresa. Nas empresas seguradoras, o principal item do
ativo é constituído pelos investimentos em títulos, ações, imóveis e outros.
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364 • Microsseguros: Série Pesquisas
Passivos são débitos ou obrigações futuras. Os passivos mais importantes em uma
seguradora são as reservas técnicas. Essas reservas adicionadas aos prêmios futuros e a
remuneração dos investimentos devem ser suficientes para pagar os benefícios futuros
das apólices em vigor. As seguradoras mantêm outras reservas, tais como: para sinistros
em aberto, de compensação para variação de ativos, de contingências para riscos especiais e outras. Uma seguradora deve procurar manter ativos suficientes para garantir
suas reservas técnicas.
No quadro abaixo, representamos de forma simplificada as principais contas do balanço patrimonial.
Tabela 1 – Balanço Patrimonial – Contas Principais
ATIVO
PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo Circulante
Disponível
Valores a receber
Estoques
Despesas diferidas
Passivo Circulante
Contas a pagar
Outras
Realizável a Longo Prazo
Permanente
Investimentos
Imobilizado
Diferido
Patrimônio Líquido
Capital Social/Reserva
Lucros Acumulados
Exigível a Longo Prazo
Outro conceito da maior relevância na análise do balanço patrimonial é o de
patrimônio líquido, que é o valor do capital adicionado aos lucros acumulados. O capital
é o valor do aporte de recursos dos sócios do empreendimento. Os lucros acumulados
são os ganhos acumulados ao longo dos anos de operação. O nível do patrimônio líquido tem reflexos significativos na margem de solvência de uma seguradora.
O balanço patrimonial de uma seguradora emprega muitos conceitos comuns a outras empresas, embora apresente alguns conceitos particulares. No ativo de uma seguradora, por exemplo, duas contas merecem ser destacadas. A primeira é a conta Créditos
Operacionais, incluída no Ativo Circulante, que registra o somatório dos valores a receber contra segurados, seguradoras, corretores de seguro, resseguradores e outros. A outra conta é a de Despesas de Comercialização Diferidas, que permite que uma despesa
seja distribuída pelo período de sua competência.
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Por outro lado, no passivo de uma seguradora, dois grupos de contas são peculiares
a esse tipo de empresa. O primeiro é o das contas de Débitos Operacionais com registros
análogos aos do ativo. O segundo grupo é o das contas de Provisões. As principais
provisões são: Provisões de Prêmios Não Ganhos (PPNG), sinistros a liquidar, sinistros
ocorridos mas não avisados e as matemáticas, que são específicas do ramo vida.
Uma seguradora, no desenvolvimento de suas atividades empresariais, registra fluxos contínuos de entrada e saída de recursos da empresa, que são representados no
demonstrativo de resultados. Enquanto o balanço patrimonial é um levantamento estático em um determinado instante, o demonstrativo de resultados retrata o resultado da
empresa durante um período de tempo. A entrada de recursos é a receita da empresa que
é gerada por suas operações comerciais. As duas principais receitas de uma seguradora
são os prêmios de seguro e os ganhos gerados pelos seus investimentos. As saídas de
recursos são as despesas que, no caso de uma seguradora, são, preponderantemente, os
pagamentos de benefícios aos titulares de apólices. Outras despesas menos relevantes
são as comissões de agentes, salários, custo de desenvolvimento de produto, custo de
marketing, manutenção de instalações e impostos.
O lucro da seguradora é definido como o excedente das receitas sobre as despesas
em um determinado período de tempo. Quando as despesas superam as receitas, esse
excedente é denominado prejuízo ou perda.
O demonstrativo de resultados se reflete no balanço patrimonial pela incorporação
do resultado do exercício ao patrimônio líquido.
Conforme mencionado anteriormente, as duas metas almejadas pela gerência financeira de uma seguradora são proteger a solvência e aumentar a rentabilidade.
As seguradoras normalmente utilizam a relação entre o valor do patrimônio líquido
e o valor do total dos seus ativos para medir a sua margem de solvência. Essa relação é
denominada coeficiente PL/A não ponderado.
Coeficiente PL/A =
Patrimônio Líquido
Ativos
Toda seguradora, pela natureza das suas operações, enfrenta riscos conhecidos como
riscos de contingência, que podem ameaçar a sua margem de solvência. Por esse motivo
é cada vez mais utilizado, pelas autoridades reguladoras de diversos países, o coeficiente PL/A ponderado, para ajustar o patrimônio líquido ao valor que ele deveria ter, considerando os riscos a que a seguradora está exposta. Esse modelo de ajuste é conhecido
como Risk-Based Capital (RBC).
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366 • Microsseguros: Série Pesquisas
A rentabilidade de uma seguradora no curto prazo pode ser obtida na demonstração
de resultados expressa no valor do lucro líquido ou prejuízo líquido em um certo período. Por outro lado, para conhecer a rentabilidade de longo prazo, as seguradoras utilizam o balanço patrimonial. Toda vez que uma seguradora efetua uma demonstração de
resultados, o lucro ou prejuízo apurado é transferido para o balanço patrimonial na conta
do patrimônio líquido. Portanto, é a evolução da conta do patrimônio líquido que reflete
os efeitos acumulados das operações da empresa.
A medida de rentabilidade mais utilizada pelas seguradoras é o índice de rentabilidade
do patrimônio líquido, que é um coeficiente entre os lucros da empresa e o seu patrimônio
líquido. Esse índice mede a eficiência da seguradora na gestão de seus recursos para
gerar lucro durante um período.
Lucro
Índice de rentabilidade =
do patrimônio líquido
Patrimônio Líquido
A busca do alcance da meta de rentabilidade implica assumir uma certa dose de
riscos, enquanto que a proteção da solvência significa evitar riscos. A administração
desse conflito na procura de um ponto de equilíbrio é fundamental para o sucesso e para
a sobrevivência de uma seguradora.
Gestão de Investimentos
As atividades funcionais relativas à gestão de investimentos de um departamento de
microsseguro são desenvolvidas dentro da estrutura organizacional da seguradora à qual
esse departamento esteja vinculado. Essa função é normalmente desempenhada pela
Gerência do Departamento de Investimentos e são conduzidas dentro das normas de
investimento estabelecidas na empresa. Esse departamento atua em sintonia com a área
atuarial, para que haja uma compatibilidade dos investimentos com as obrigações geradas pelos produtos de seguro existentes na carteira da seguradora.
A gestão de investimentos de uma seguradora é conduzida dentro do contexto da
política de investimentos estabelecida pela alta administração. Essa política de investimentos é estabelecida considerando a situação financeira e a carteira de investimentos
atual. Também são levados em consideração os objetivos de investimento e os tipos de
investimento adequados e necessários para o alcance desses objetivos. A observação
de padrões mínimos para a preservação do capital e o nível de ganhos dos investimentos
são fundamentais no estabelecimento dessa política.
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Em todos os países, as autoridades que regulamentam e fiscalizam o setor de seguros estabelecem regras para serem aplicadas na gestão dos investimentos. No Brasil, o
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), através de sua Resolução 088, dispõe
sobre os critérios para a realização de investimentos pelas empresas seguradoras.
Segundo esse Conselho, “investimentos são os ativos e as modalidades operacionais da
sociedade seguradora, inclusive os ativos garantidores” (Anexo 3). Ativos garantidores
são definidos como os ativos oferecidos como garantia dos recursos das reservas, das
provisões e dos fundos. As seguradoras, periodicamente, informam à Superintendência
de Seguros Privados (Susep) a composição de sua carteira de investimentos e suas reservas técnicas. As seguradoras devem obedecer aos limites máximos dos ativos a serem
utilizados em cada tipo de reserva técnica. Esses limites são estabelecidos em função da
liquidez de cada tipo de ativo, que são agrupados em títulos públicos, títulos privados,
ações e imóveis. O CNSP, visando ainda a preservar a segurança dos investimentos das
seguradoras, estabelece vedações a alguns tipos de investimentos, exige o registro dos
títulos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e o registro da propriedade
dos imóveis em cartório.
As operações de microsseguros podem ser inseridas nas operações do Departamento de Investimentos de duas formas distintas. A primeira seria, de uma maneira global,
fazendo parte da carteira total da seguradora, na proporção de um critério, por exemplo,
de volume de vendas de microsseguros em relação ao total das vendas. A segunda forma
seria destacar uma carteira de títulos de investimento, especialmente para fazer face às
obrigações da carteira do produto microsseguros. Dessa forma, combinando ativos específicos com passivos específicos, o monitoramento do desenvolvimento da carteira de
microsseguros torna-se mais transparente. Consequentemente, as avaliações da margem
de solvência dessa carteira e do seu nível de rentabilidade ficam extremamente
simplificadas, e os resultados obtidos tornam-se mais significativos.
Na avaliação de um investimento são considerados, além do fluxo de caixa desse
investimento, a taxa de rentabilidade esperada, a natureza do risco do investimento e a
sua liquidez. A análise do fluxo de caixa é importante para conciliar os recursos disponíveis com as obrigações financeiras à medida que forem devidas. Ao avaliar a potencial
rentabilidade de um investimento, a seguradora deve dar a maior atenção à análise do
risco envolvido em um determinado investimento. A relação entre risco e rentabilidade
está sempre presente na avaliação de um investimento. Quanto maior o risco, maior
deve ser a rentabilidade esperada. Por outro lado, quanto menor for o risco do investimento, menor deve ser a rentabilidade esperada. As seguradoras utilizam a diversificação de suas carteiras de investimento de modo a diluir o risco geral de suas carteiras.
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As modalidades de investimento mais utilizadas são: títulos públicos, títulos privados,
ações e imóveis. Em diversos países, esses títulos são classificados em relação ao risco
de inadimplência, por agências de classificação de títulos de crédito. Essa classificação
auxilia a seguradora na tomada de decisão sobre investimentos dessa natureza. Existem
diversas características desses títulos que fazem com que eles tenham um grau de risco
diferenciado para a empresa seguradora, como: prazo de vencimento, risco de
inadimplência do emissor (rating), cláusulas de recompra, conversibilidade e as garantias oferecidas. Os títulos do governo, emitidos para financiar a dívida pública, são
considerados de baixo risco e de baixa rentabilidade e são denominados investimentos
de renda fixa, com vencimentos dos pagamentos de seus rendimentos predeterminados.
As ações representam uma parcela da propriedade de uma empresa e oferecem ganho de
capital na ocasião da venda e dividendos distribuídos após a apuração de lucros da empresa. As ações são investimentos de renda variável e de risco maior do que os títulos.
Em caso de insolvência do emissor das ações, o acionista só será pago se, após a quitação de todas as dívidas e títulos, sobrarem recursos disponíveis.
As aquisições de imóveis, por compra direta, representam investimentos de capital e
proporcionam à seguradora uma renda de aluguel. O risco, nessa operação, é a desocupação
do imóvel, cessando o fluxo da receita de aluguel. Para evitar esse risco, muitas seguradoras
utilizam a modalidade de compra e arrendamento. Nessa operação, a seguradora compra o
imóvel e simultaneamente arrenda o prédio para o proprietário anterior, através de um contrato de longo prazo, assegurando assim uma renda previsível por um período longo.
A alta administração de uma seguradora, ao estabelecer uma estratégia de investimentos baseada nos seus objetivos de solvência e rentabilidade, poderá fazer a opção
por uma estratégia mais agressiva ou mais conservadora, ou ainda, um meio-termo entre
esses dois níveis de agressividade. A estratégia mais agressiva significa tomar mais riscos nos investimentos, em busca de maior remuneração. A estratégia mais conservadora, no entanto, prioriza a proteção dos ativos, abrindo mão de uma remuneração mais
elevada. Em um departamento de microsseguro em fase de início de operação, é recomendável a adoção de uma estratégia mais conservadora, dando prioridade ao crescimento e à consolidação do negócio.
Política de Tecnologia de Informação
A informação, no seu sentido pleno de dados organizados, está presente em todo o
universo de uma empresa seguradora. Tanto as áreas funcionais quanto as áreas operacionais utilizam vários conjuntos de informações no desempenho de suas atividades.
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Para que essas informações sejam úteis aos seus usuários e auxiliem as operações de
uma seguradora, elas têm que apresentar determinadas características ou predicados.
As primeiras características que atribuem valor à informação são as seguintes: ser
exata, completa, concisa, relevante, clara, atualizada, acessível, econômica e segura.
Para que as informações preservem o seu valor é necessário um gerenciamento eficaz,
tomando, constantemente, medidas que visem à manutenção dessas características fundamentais. É importante o monitoramento da presença desse conjunto de características, pois a ausência de alguma delas pode acarretar a queda da eficiência das operações
da seguradora. Uma seguradora que gerencia suas informações de maneira eficaz se
torna mais competitiva em relação às concorrentes e presta um serviço de melhor qualidade aos seus clientes.
Atualmente, o gerenciamento eficaz da informação requer a utilização de tecnologia
computadorizada. Essa tecnologia exige atualização constante de equipamentos e sistemas, gerando a necessidade de investimentos elevados. No caso de um Departamento de
Microsseguros operando, inserido na estrutura organizacional de uma seguradora, essa
unidade seria onerada por uma pequena parcela desses investimentos. Essa parcela pode
ser um rateio do valor total dos investimentos, na proporção do volume de vendas
de microsseguros, em relação ao total das vendas da seguradora. Outro critério de definição dessa parcela pode ser o débito pelo custo relativo à frequência com que esse
departamento utiliza os sistemas de informação.
O ritmo de acompanhamento dessas mudanças tecnológicas é definido no planejamento estratégico da atividade de gerência da informação. Esse planejamento avalia e
quantifica os investimentos em novas tecnologias que serão necessários para o alcance
de um nível desejado de melhoria na eficiência das operações. Esses investimentos são
avaliados, tanto para hardware quanto para software. As seguradoras, nas vendas através de agentes, utilizam hardwares do tipo processadores portáteis, que são colocados à
disposição desses agentes. Os principais softwares, aplicativos que executam tarefas
específicas em uma seguradora, são nas áreas: atuarial, de contabilidade, de administração de sinistros, de gerenciamento de investimentos e na área de administração do produtor, que inclui a geração de relatórios de produção e dos valores de comissão.
O primeiro conjunto de sistemas de informação utilizado em uma seguradora compreende os sistemas que registram as suas transações comerciais. Esses sistemas processam e registram atividades rotineiras, que usualmente têm caráter repetitivo e lidam com
um grande volume de dados. Assim que uma proposta de seguros é submetida à seguradora, é iniciado o processo de registro de uma série de dados relativos ao solicitante, ao
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segurado, ao beneficiário, ao agente ou corretor e de dados da apólice propriamente dita.
Após a aceitação da proposta, o processamento das transações vinculadas à subscrição,
à cobrança de prêmio e ao pagamento de comissões gera mais dados a serem registrados,
além de informações que devem ser gerenciadas de maneira adequada e eficaz.
O segundo conjunto de sistemas de informação utiliza dados já processados pelos
sistemas que registram as operações, gerando relatórios gerenciais sobre as transações e
operações rotineiras da seguradora. Esses relatórios são de extrema utilidade para a gerência da seguradora na análise da evolução do negócio e na tomada de decisões, para
correção de desvios em relação às metas estabelecidas no planejamento. Na elaboração
desses relatórios, um volume considerável de dados é tratado, para que esses dados
sejam apresentados sob a forma adequada de informações gerenciais.
Os sistemas de informação de uma seguradora ora geram dados, ora utilizam dados
que integram uma base de dados. Essa base de dados é gerenciada por sistemas que
permitem que esses dados sejam armazenados e utilizados pelos demais sistemas
gerenciais.
Algumas seguradoras desenvolvem sistemas de informação especiais, para permitir
um melhor gerenciamento das operações especiais existentes em sua carteira de negócios. Essa situação é típica de uma seguradora tradicional, que cria um departamento
específico para operar produtos de microsseguros. Nesse caso, a necessidade de sistemas especiais de informação é decorrente das características peculiares que revestem o
produto microsseguros. Essas características são: produto massificado com valor de prêmio relativamente baixo, emissão de grande número de bilhetes, mercado segmentado, canais de comercialização de naturezas diversas (bancos de varejo, concessionárias
de serviço público e outros), grande número de corretores ou agentes e necessidade de
rapidez na liquidação de sinistros. Além disso, é recomendável que o gerenciamento
das informações referentes a microsseguro seja feito fora dos sistemas pesados da
seguradora. Desse modo, além de tornar mais ágil o processamento, essa segregação
permitirá um gerenciamento mais transparente e eficaz da gestão financeira e da gestão de investimentos dessa unidade de negócio (Departamento de Microsseguros).
Essa descentralização, recomendada para os sistemas especiais de informação na área
de microsseguros, é meramente operacional, devido às justificativas apresentadas anteriormente. No entanto, no desenvolvimento desses sistemas, a preocupação com a compatibilidade e possibilidade de integração com o sistema global da seguradora deve estar
sempre presente, de modo a permitir a avaliação do desempenho da seguradora como
um todo.
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Bibliografia
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<www.susep.gov.br/textos/circ267.pdf>. Acesso em: abr. 2009.
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Anexo 1 – Circular Susep 267, de 21 de Setembro
de 2004
Estabelece as regras de funcionamento e os
critérios para operação do seguro de vida em
grupo popular e disponibiliza, no site da
Susep, suas condições gerais padronizadas
e respectivos parâmetros.
O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS
– SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 36, alíneas “b” e “c”, do DecretoLei 73, de 21 de novembro de 1966, tendo em vista o disposto no art. 10 da Circular
Susep 265, de 16 de agosto de 2004, e considerando o que consta do processo Susep
15414.000828/2004-13,
R E S O L V E:
Art. 1o Estabelecer as regras de funcionamento e os critérios para operação do seguro de
vida em grupo popular e disponibilizar, no site da Susep, suas condições gerais padronizadas e respectivos parâmetros, constantes dos anexos I e II desta Circular.
Art. 2o É vedado às sociedades seguradoras aceitar, como segurado, no plano de que
trata a presente Circular, menor de 18 (dezoito) anos.
Art. 3o Deverão ser utilizados mecanismos de controle que identifiquem os segurados
por CPF ou, na falta deste, RG, Carteira de Trabalho, Certidão de Nascimento, Certidão
de Casamento ou outros documentos oficiais de identificação que possuam validade no
território nacional.
Art. 4o As sociedades seguradoras que tenham interesse em operar o plano de seguro de
que trata esta Circular deverão utilizar as condições gerais padronizadas e encaminhar à
Susep, previamente à comercialização, a nota técnica atuarial e os parâmetros das condições gerais, para análise e arquivamento.
Art. 5o O capital segurado da garantia básica não poderá ser superior a R$ 10.000,00
(dez mil reais).
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Art. 6o A nota técnica atuarial deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:
I – coberturas securitárias previstas no plano;
II – especificação das taxas ou prêmios puros;
III – estatísticas utilizadas para definição das taxas, com especificação do período e fonte
utilizados e o respectivo demonstrativo de cálculo ou tábuas biométricas, se for o caso;
IV – critérios de reavaliação de taxas, incluindo formulação e períodos;
V – carregamentos;
VI – provisões técnicas; e
VII – assinatura do atuário, com número de identificação profissional perante o órgão
competente.
§ 1o As taxas especificadas, na forma do inciso II deste artigo, poderão ser revistas, em
periodicidade não inferior a 1 (um) ano, em função de variação superior a 100% (cem por
cento) na sinistralidade do produto, calculada com base no prêmio puro, devendo ser previamente estabelecida, na forma do inciso IV deste artigo, a respectiva metodologia técnica.
§ 2o Na hipótese de revisão das taxas, nos termos do parágrafo 1o deste artigo, a sociedade seguradora deverá encaminhar à Susep aditivo à nota técnica atuarial, com o
cálculo das novas taxas, indicando o número do processo administrativo correspondente ao plano.
§ 3o Observado o disposto nos parágrafos 1o e 2o deste artigo, a efetiva alteração das
taxas adotadas somente poderá ser introduzida no plano, após anuência prévia e expressa de pelo menos ¾ (três quartos) do grupo segurado.
Art. 7o O valor cobrado a título de carregamento, destinado a atender às despesas administrativas, à comissão de corretagem e à margem de lucro do plano, não poderá exceder
o prêmio puro.
Art. 8o O seguro de que trata esta Circular deverá ser contratado de forma coletiva, por
meio de contrato firmado com o estipulante, observado o que determina a regulamentação específica em vigor.
Art. 9o Para cada proponente admitido no seguro, deverá ser emitido certificado individual que caracterize sua aceitação no plano, apresentando os capitais segurados, discriminados por garantia oferecida, prêmio, data de início e de término de vigência do seguro
e a identificação do segurado, nos termos do artigo 3o desta Circular.
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§ 1o Deverá ser remetido ao segurado novo certificado individual, quando os valores
a que se refere o “caput” deste artigo sofrerem alteração, por força de atualização
monetária ou da reavaliação de taxas referidas nos parágrafos 1 o, 2 o e 3o do artigo 6o
desta Circular.
§ 2o Por meio do certificado individual poderão ser fornecidas as principais informações
do seguro contratado, devendo ficar evidenciado que serão disponibilizadas pelo
estipulante e pela sociedade seguradora, a qualquer tempo, por solicitação do segurado,
as condições gerais completas.
Art. 10. O segurado deverá indicar, no cartão-proposta, seu(s) beneficiário(s).
Parágrafo único. A qualquer tempo, o segurado poderá alterar o(s) beneficiário(s)
indicado(s), por meio de solicitação formal, datada, assinada e protocolizada junto à
sociedade seguradora.
Art. 11. O plano de seguros poderá prever a cobrança de prêmios diretamente na sociedade seguradora ou por meio de contas de consumo, tais como luz, gás, telefone ou
outros meios viáveis, desde que o valor destinado ao seguro seja perfeitamente identificado, assim como a data da correspondente quitação.
Parágrafo único. O certificado individual, acompanhado da identificação de quitação
do prêmio a que se refere o “caput” deste artigo, será prova, a qualquer tempo, da celebração do contrato de seguro.
Art. 12. A comercialização do seguro de vida em grupo popular em desacordo com o
estabelecido nesta Circular sujeitará o infrator às medidas e sanções legais e regulamentares previstas nas normas vigentes.
Art. 13. Aos casos não previstos nesta Circular aplicam-se as disposições legais e regulamentares em vigor.
Art. 14. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação.
RENÊ GARCIA JR.
Superintendente
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Anexo 2 – Circular Susep 306, de 17 de Novembro
de 2005
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Superintendência de Seguros Privados
(para anexos ver site)
Regulamenta as regras de funcionamento e
os critérios para operação do seguro popular de automóvel usado e estabelece as condições contratuais padronizadas.
O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS
– SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 36, alíneas “b” e “c”, do DecretoLei 73, de 21 de novembro de 1966, e considerando o que consta do Processo Susep
15414.004359/2004-01,
R E S O L V E:
Art. 1o Regulamentar as regras de funcionamento e os critérios para operação do seguro
popular de automóvel, nos termos desta Circular.
Art. 2o Estabelecer, no anexo desta Circular, as condições contratuais do plano padronizado do seguro popular de automóvel usado.
Art. 3o Para efeito desta Circular, define-se como seguro popular aquele destinado exclusivamente à cobertura de veículos usados.
Art. 4o As sociedades seguradoras que comercializarem o plano de seguro de que trata
esta Circular deverão utilizar as condições contratuais padronizadas no anexo desta Circular, encaminhando à Susep, previamente à comercialização, para análise e arquivamento, a nota técnica atuarial e eventuais alterações pontuais.
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Art. 5o A proposta do seguro de que trata a presente Circular deverá conter, no mínimo,
as seguintes informações:
I – descrição das coberturas básicas incluídas nos planos oferecidos, bem como das
coberturas adicionais, quando houver;
II – identificação do veículo segurado;
III – limites máximos de indenizações e prêmios discriminados por cobertura;
IV – informações sobre bônus, quando houver;
V – franquias, se aplicáveis;
VI – informação quanto à faculdade do segurado optar pela utilização de rede credenciada,
conforme disposto nos §§ 6o e 7o do art. 9o desta Circular;
VII – informação quanto à faculdade do segurado de escolher a forma do pagamento do
prêmio, conforme disposto no art. 10 desta Circular; e
VIII – respostas do questionário de avaliação de risco, quando houver.
Art. 6o A contratação do seguro popular de automóveis usados poderá ser feita mediante
apólice padrão simplificada, que conterá no mínimo os seguintes elementos:
I – no frontispício da apólice, além das informações previstas em normativos específicos, deverão ser discriminados:
a) as coberturas básicas do plano escolhido, bem como as adicionais, se contratadas,
com seus respectivos limites máximos de indenizações e prêmios,
b) percentual fixado para caracterizar a indenização integral, definido no § 7o do art. 9o
desta Circular, e
c) bônus e franquias, quando houver; e
II – respostas do questionário de avaliação de risco, quando houver.
Parágrafo único. As condições contratuais do seguro, na íntegra, deverão estar à disposição do proponente previamente à assinatura da respectiva proposta, devendo este, seu
representante ou seu corretor de seguros assinar declaração, que poderá constar da própria proposta, de que tomou ciência das referidas condições contratuais.
Art. 7o O custo de apólice, quando cobrado, estará limitado a R$ 20,00.
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Art. 8o O seguro popular de automóvel usado será contratado, exclusivamente, na modalidade “valor determinado”.
Parágrafo único. Para efeito desta Circular, fica estabelecido que a cobertura de “valor
determinado” é a modalidade que garante ao segurado, no caso de indenização integral,
o pagamento de quantia fixa, em moeda corrente nacional, estipulada pelas partes, no
ato da contratação do seguro.
Art. 9o As sociedades seguradoras que comercializarem o plano de seguro de que trata
esta Circular deverão oferecer, exclusivamente, uma ou mais das seguintes coberturas
básicas:
a) BÁSICA I – Garantia Compreensiva A (indenização integral por incêndio, queda de
raio, explosão, colisão, roubo ou furto) e responsabilidade civil – danos materiais
(RC-DM);
b) BÁSICA II – Garantia Compreensiva B (indenização integral por incêndio, queda de raio, explosão, roubo ou furto) e responsabilidade civil – danos materiais
(RC-DM);
c) BÁSICA III – responsabilidade civil – danos materiais (RC-DM);
§ 1o As sociedades seguradoras poderão ainda oferecer outras coberturas adicionais,
além das coberturas de responsabilidade civil – danos corporais (RC-DC) ou acidente
pessoal de passageiros (APP) já previstas no anexo desta Circular, desde que previamente submetidas à Susep para análise.
§2o A contratação das coberturas contidas no parágrafo anterior poderá ser facultativamente efetuada pelo segurado quando da contratação de uma das coberturas básicas
previstas neste artigo.
§ 3o Deverá ser estabelecido valor de LMI, igual ou superior a R$ 10.000,00, distinto
para a garantia de Responsabilidade Civil por Danos Materiais.
§ 4o Nas coberturas básicas, as garantias de incêndio, queda de raio, explosão, colisão e
roubo ou furto, não oferecerão cobertura nos casos em que ocorram perdas parciais,
somente compreendendo a indenização integral.
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§ 5o Na hipótese de as sociedades seguradoras optarem por oferecer coberturas adicionais para perdas parciais, deverá ser prevista a livre escolha de oficinas pelos segurados,
para recuperação dos veículos sinistrados.
§ 6o Caso a sociedade seguradora disponibilize rede credenciada para recuperação de
veículos sinistrados, deverá ser garantido ao segurado, quando do preenchimento
da proposta, o direito de optar pela utilização ou não desta rede.
§ 7o A oferta de rede credenciada, conforme disposto no parágrafo anterior, somente
poderá ser efetuada se, além de submeter previamente à Susep a “Cobertura Adicional
para Perdas Parciais”, a sociedade seguradora submeter também a “Cobertura Adicional para Perdas Parciais com Utilização de Rede Credenciada”, discriminando, nesta
hipótese, as vantagens auferidas pelo segurado se optar por sua utilização.
§ 8o Fica vedada a aplicação de franquia nos casos de indenização integral ou de danos
causados por incêndio, queda de raio ou explosão.
§ 9o A indenização integral é caracterizada sempre que os prejuízos resultantes de um
mesmo sinistro, atingirem ou ultrapassarem a 75% do valor contratado estabelecido na
apólice.
§ 10. Fica vedada a dedução de valores referentes às avarias previamente constatadas no
veículo segurado.
Art. 10. O prêmio somente poderá ser pago após a aceitação da proposta pela sociedade
seguradora.
§ 1o As sociedades seguradoras deverão oferecer na proposta, como forma de pagamento do prêmio, as opções de prêmio único anual e prêmio mensal.
§ 2o Adicionalmente, outras formas de fracionamento do prêmio poderão ser oferecidas
na proposta pelas sociedades seguradoras, desde que prevista em cláusula especifica de
fracionamento de prêmios, previamente submetida à Susep para análise, respeitado o
direito de o segurado eleger a forma de pagamento.
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Art. 11. As informações referentes às apólices contratadas no seguro popular de automóvel usado serão contabilizadas no ramo 26 – Seguro Popular de Automóvel Usado.
Art. 12. A nota técnica atuarial deverá manter perfeita relação com as condições contratuais e conter, adicionalmente, a indicação de que a contratação do seguro é a primeiro
risco absoluto.
Art. 13. As sociedades seguradoras ficam dispensadas de submeter especificação das
taxas ou prêmios estatísticos e puros referentes às Garantias Compreensivas A e B.
Art. 14. Nos casos de utilização de prêmios diferenciados, deverão ser especificados os
critérios de cálculo.
Art. 15. Deverá ser estabelecida, em cláusula específica previamente submetida à Susep,
a forma como será efetuado o pagamento da indenização integral de veículos sujeitos a
alienação fiduciária, arrendamento mercantil, consórcio ou outras formas de gravame.
Art. 16. Aplicam-se, subsidiariamente ao disposto nesta Circular, ao seguro popular de
automóvel usado, as disposições legais e regulamentares em vigor referentes aos seguros de danos e de automóveis.
Art. 17. A comercialização do seguro popular de automóvel usado em desacordo com o
estabelecido nesta Circular sujeitará o infrator às medidas e sanções legais e regulamentares previstas nas normas vigentes.
Art. 18. Fica expressamente vedada a denominação “Seguro Popular” na comercialização
de seguros para automóveis usados que não atendam ao disposto nesta Circular.
Art. 19. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação.
RENÊ GARCIA JR.
Superintendente
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Anexo 3 – Resolução CNSP 88, de 2002
Dispõe sobre os critérios para a realização
de investimentos pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar e
dá outras providências.
A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34, inciso XI, do Decreto 60.459, de 13 de março de 1967,
combinado com o disposto no art. 26 do Regimento Interno aprovado pela Resolução
CNSP 14, de 3 de dezembro de 1991, torna público que o CONSELHO NACIONAL
DE SEGUROS PRIVADOS – CNSP, em Sessão Ordinária realizada nesta data, com
base no inciso III do art.32 do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, no § 1o do
art. 3o do Decreto-Lei 261, de 28 de fevereiro de 1967, e nos arts. 73 e 74 da Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001, tendo em vista o disposto nas Resoluções CMN
2.967, de 31 de maio de 2002, e 3.000, de 24 de julho de 2002, bem como considerando
o que consta no processo CNSP 4, de 2001 – na origem processo 10.003985/01-61, de 9
de julho de 2001,
R E S O L V E U:
Art. 1o Dispor sobre os critérios para a realização de investimentos pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar.
CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
Art. 2o Para fins da presente Resolução, consideram-se:
I – ativos garantidores: os ativos oferecidos como garantia dos recursos das reservas,
das provisões e dos fundos, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional;
II – sociedades/entidades: as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização e
as entidades abertas de previdência complementar;
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III – investimentos: os ativos e as modalidades operacionais da sociedade/entidade, incluídos os ativos garantidores;
IV – ligadas as empresas:
a) as quais uma participe com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta
ou indiretamente;
b) as quais administradores e respectivos parentes até o segundo grau de uma participem, em conjunto ou isoladamente, com 10% (dez por cento) ou mais do capital da
outra, direta ou indiretamente;
c) as quais associados controladores de entidades abertas de previdência complementar sem fins lucrativos e acionistas com 10% (dez por cento) ou mais do capital de
uma participem com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou
indiretamente; e
d) cujos administradores, no todo ou em parte, sejam os mesmos da sociedade/entidade, ressalvados os cargos exercidos em órgãos colegiados, previstos estatutária ou
regimentalmente, e desde que seus ocupantes não exerçam funções com poderes de
gestão;
V – CPR: a Cédula de Produto Rural, inclusive com liquidação financeira;
VI – seguro de CPR: o Seguro de Cédula de Produto Rural que atenda às seguintes
condições:
a) seja elaborado segundo as condições padronizadas em regulamentação da Susep; e
b) a Nota Técnica Atuarial tenha sido aprovada pela Susep previamente à comercialização do seguro;
VII – FAQE: o fundo de aplicação em quotas de fundos de investimento especialmente
constituído, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional na
regulamentação que disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e
dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades
abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes
como garantidores dos respectivos recursos; e
VIII – FIFE: o fundo de investimento financeiro especialmente constituído, conforme as
diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional na regulamentação que disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades
seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos
respectivos recursos.
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CAPÍTULO II
DO REGISTRO, DA LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA E DA CUSTÓDIA
Art. 3o Os investimentos devem:
I – ser registrados em nome da sociedade/entidade, em contas específicas abertas no
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, em sistemas de registro e de
liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil ou em instituições ou entidades autorizadas a prestar esses serviços pela referida Autarquia ou pela
Comissão de Valores Mobiliários; e
II – ser depositados, se admissível, em conta de custódia em instituições financeiras ou
entidades autorizadas a prestar esse serviço pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1o A sociedade/entidade deve autorizar os gestores dos sistemas, as instituições e as
entidades de que trata o inciso I do “caput” a colocar à disposição da Susep informações
relativas a seus investimentos.
§ 2o Exclusivamente no que diz respeito aos investimentos não oferecidos como ativos
garantidores, a sociedade/entidade terá prazo até 31 de outubro de 2002, para se adaptar
ao disposto no § 1o.
§ 3o O registro de CPR oferecida como ativo garantidor ou integrante da carteira de
FIFE deve conter o número da apólice de seguro de CPR que a garante, o nome
da respectiva sociedade seguradora, bem como o número do processo Susep que aprovou o seguro.
§ 4o Em se tratando de CPR com cobertura de seguro, o registro de que trata o inciso I do
“caput” deve ser efetuado pela sociedade seguradora emitente da respectiva apólice
de seguro.
Art. 4o Os imóveis e terrenos integrantes dos investimentos da sociedade/entidade devem ser registrados em cartório de registro geral de imóveis.
Parágrafo único. O instrumento de compra e venda de imóveis e terrenos, assim como
qualquer alienação com pagamento de preço à vista ou parcelado, também deverão ser
registrados nos termos do “caput”.
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CAPÍTULO III
DAS CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA FIFE
Art. 5o Na realização de operações compromissadas o gestor do FIFE somente pode
assumir compromissos tendo por objeto ativos admitidos nos termos da Resolução CMN
2.967, de 2002, e alterações posteriores, observados os limites e as demais condições ali
estabelecidos.
Art. 6o A atuação do FIFE em mercados de derivativos:
I – deve ser realizada, exclusivamente, para proteção da carteira; e
II – não pode gerar exposição superior a 50% (cinqüenta por cento) do respectivo
patrimônio líquido.
Parágrafo único. Para efeito de enquadramento das operações com derivativos, no que
diz respeito à apuração dos correspondentes limites referidos nesta Resolução, o gestor
do FIFE deve observar as normas complementares editadas pela Susep.
CAPÍTULO IV
DAS VEDAÇÕES
Art. 7o É vedado à sociedade/entidade:
I – realizar operações com derivativos, exceto quando destinadas à proteção dos riscos a
que está exposto o ativo, limitadas a 80% (oitenta por cento) do valor de mercado do
respectivo ativo;
II – aplicar recursos em fundos de investimento, em FIFE e FAQE cujas carteiras sejam
administradas por pessoas físicas, bem como em carteiras administradas por pessoas
físicas;
III – aplicar recursos no exterior, ressalvados os casos expressamente previstos em regulamentação aprovada pelo Conselho Monetário Nacional;
IV – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma;
V – atuar como instituição financeira, concedendo empréstimos ou adiantamentos, ou
abrindo crédito sob qualquer modalidade a pessoas jurídicas, ressalvadas as exceções
expressamente previstas em regulamentação do CNSP;
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VI – realizar quaisquer operações comerciais ou financeiras:
a) com seus administradores, membros dos conselhos estatutários e respectivos cônjuges ou companheiros e seus parentes até o segundo grau;
b) com empresas de que participem as pessoas a que se refere a alínea anterior, exceto
no caso de participação de até 5% (cinco por cento) como acionista de companhia de
capital aberto; e
c) tendo como contraparte, ainda que indiretamente, pessoas físicas e jurídicas ligadas.
§ 1o A vedação à coobrigação referida no inciso IV não se aplica à sociedade seguradora
quando participando de operações de cosseguro.
§ 2o As vedações de que trata o inciso VI não se aplicam:
I – aos participantes de planos ou segurados que, nessa condição, realizarem operações
com sociedade seguradora ou entidade aberta de previdência complementar, quando
estas estiverem no exercício exclusivo de seu objeto social, segundo regulamentação
específica editada pela Susep; e
II – a operações de prestação de serviços.
§ 3o Exclusivamente no que diz respeito aos investimentos não oferecidos como ativos
garantidores, a vedação de que trata a alínea c do inciso VI não se aplica à sociedade
seguradora autorizada a operar, unicamente, em seguros:
I – de ramos elementares; e/ou
II – do ramo vida, em regime de repartição.
Art. 8o Além do disposto no artigo anterior, é vedado à sociedade/entidade, exclusivamente no que diz respeito aos recursos das reservas, das provisões e dos fundos e aos
ativos garantidores:
I – oferecer ativos garantidores como garantia para operações nos mercados de liquidação futura ou em quaisquer outras situações;
II – alienar, prometer alienar ou de qualquer forma gravar ativos garantidores, bem como
direitos deles decorrentes, sem a prévia e expressa autorização da Susep;
III – locar, emprestar, penhorar ou caucionar ativos garantidores;
IV – realizar operações com ações por meio de negociações privadas;
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V – atuar como instituição financeira, concedendo empréstimos, assistência financeira ou
adiantamentos a pessoas físicas ou jurídicas, ou abrindo crédito sob qualquer modalidade;
VI – oferecer como ativos garantidores ações de emissão de companhias sem registro
para negociação em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado por entidade
credenciada na Comissão de Valores Mobiliários;
VII – oferecer como ativos garantidores ativos não admitidos nos termos da Resolução
CMN 2.967, de 2002, e alterações posteriores;
VIII – oferecer como ativos garantidores títulos e valores mobiliários de emissão,
coobrigação ou administração de empresas ligadas;
IX – oferecer como ativos garantidores quotas de fundos de investimento e de FIFE cuja
carteira contenha títulos e valores mobiliários de emissão e/ou coobrigação:
a) da própria instituição administradora, de seus controladores, de sociedades por ela
direta ou indiretamente controladas e de empresas ligadas ou outras sociedades sob
controle comum; e
b) da sociedade/entidade, de seus controladores, de sociedades por ela direta ou indiretamente controladas e de empresas ligadas ou outras sociedades sob controle comum.
X – oferecer como ativos garantidores CPR que não tenha a pertinente cobertura de
seguro; e
XI – oferecer como ativos garantidores quotas de FIFE cuja carteira contenha CPR sem
a pertinente cobertura de seguro.
§ 1o Excetuam-se do disposto no inciso VIII os títulos de emissão do Tesouro Nacional,
os títulos de emissão do Banco Central do Brasil, os créditos securitizados pelo Tesouro
Nacional e os títulos de emissão de estados e municípios objeto de contratos firmados ao
amparo da Lei 9.496, de 11 de setembro de 1997, ou da Medida Provisória 2.185-35, de
24 de agosto de 2001.
§ 2o Para efeito do disposto neste artigo, não se caracteriza como coobrigação a cobertura de seguro de CPR.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 9o Os investimentos devem ser geridos de modo que lhes sejam garantidas segurança, rentabilidade, solvência e liquidez e que sejam observados:
I – elevados padrões éticos; e
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II – as especificidades da sociedade/entidade, tais como as características de suas obrigações, com vistas à manutenção do necessário equilíbrio econômico-financeiro entre
ativos e passivos.
Art. 10. A sociedade/entidade deve manter procedimentos de controle e de avaliação do
risco de mercado e dos demais riscos inerentes aos seus investimentos, de acordo com
regulamentação editada pela Susep.
Art. 11. As ações, debêntures e outros valores mobiliários de distribuição pública, bem
como os bônus de subscrição de companhias abertas e os certificados de depósito de
ações integrantes dos investimentos da sociedade/entidade devem ter a sua distribuição
previamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 12. Na cobertura das provisões de prêmios não ganhos, as sociedades seguradoras
podem deduzir o valor dos direitos creditórios resultantes do parcelamento de prêmios
de seguros.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no “caput”:
I – o valor dos direitos creditórios deve ser líquido das parcelas cedidas em cosseguro e
resseguro; e
II – não podem ser considerados como direitos creditórios os valores referentes às parcelas
dos prêmios vencidos e ainda não pagos, relativos às parcelas de riscos já decorridos.
Art. 13. O descumprimento das disposições desta Resolução sujeita a sociedade/entidade
e seus administradores às sanções previstas na legislação e na regulamentação em vigor.
Art. 14. Fica a Susep autorizada a editar normas complementares e adotar as medidas
necessárias à execução do disposto nesta Resolução.
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 16. Fica revogada a Resolução CNSP 52, de 3 de setembro de 2001.
Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2002.
HELIO OLIVEIRA PORTOCARRERO DE CASTRO
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados
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