00-Microsseguros-Vol 2.p65
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Microsseguros Série Pesquisas Volume 2 i 00-Microsseguros-Vol 2.p65 1 6/7/2010, 15:21 ii 00-Microsseguros-Vol 2.p65 2 6/7/2010, 15:21 ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS – FUNENSEG Microsseguros Série Pesquisas Volume 2 Coordenação Editorial CLAUDIO CONTADOR Rio de Janeiro 2010 iii 00-Microsseguros-Vol 2.p65 3 6/7/2010, 15:21 Escola Nacional de Seguros – Funenseg Rua Senador Dantas, 74 – Térreo, 2o, 3o e 4o andares Rio de Janeiro – RJ – Brasil – CEP 20031-205 Tels. (21) 3132-1022 Fax: (21) 2524-6715 Internet: www.funenseg.org.br e-mail: [email protected] Coordenação Editorial Claudio Contador Impresso no Brasil/Printed in Brazil Revisão Thaís Ferraz Capa Pedro Rocha Diagramação Info Action Editoração Eletrônica Ltda. – Me Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros, sem autorização por escrito da Escola Nacional de Seguros – Funenseg. Virginia Thomé – CRB-7/3242 Bibliotecária responsável pela elaboração da ficha catalográfica M572 v.2 Microsseguros: série pesquisas/Organização de Claudio R. Contador. – Rio de Janeiro: Funenseg, 2010. 300 p.; 28 cm – (Microsseguros: série pesquisas, v. 2) Conteúdo: Parte II – Estudos realizados no âmbito do Programa de Pesquisas da Escola Nacional de Seguros – Funenseg: Comissão Consultiva de Microsseguros do CNSP: Kaizô Beltrão, Francisco Galiza, Marcelo Cortes Néri. Volume II: Estudos realizados no âmbito do Programa de Pesquisas da Escola Nacional de Seguros – Funenseg: Comissão Consultiva de Microsseguros do CNSP: Sinergia entre microsseguro e microcrédito e o crescimento dos mercados no Brasil: Lauro Gonzalez; Estimativa de potencial do mercado de microsseguros no Brasil a partir da análise da estrutura dos gastos familiares e das pequenas empresas com produtos relacionados: Kaizô Beltrão; Estimativa da mortalidade das famílias de baixa renda: Kaizô Beltrão; Avaliação do conceito de microsseguros: entre a população de baixa renda: Datafolha; Demanda por microsseguro e disposição a pagar: José Luiz Carvalho; Modelagem do Plano de negócios de uma Unidade de Microsseguros: Fernando Augusto Freitas de Araújo; Operações de microsseguros numa seguradora: Fernando Augusto Freitas de Araújo. ISBN 978-85-7052-517-8 - v. 2 1. Microsseguro – Estudos e pesquisas. I. Contador, Claudio R. II. Título. III. Série. 0010-0900 CDU 368-058.34(07) iv 00-Microsseguros-Vol 2.p65 4 6/7/2010, 15:21 Autores CAIO TOLEDO PIZA DANIEL BRUNO GARCIA DATAFOLHA INSTITUTO DE PESQUISA FERNANDA PAES LEME RITO FERNANDO AUGUSTO FREITAS DE ARAÚJO JOSÉ L. CARVALHO KAIZÔ IWAKAMI BELTRÃO LAURO GONZALEZ LUCIANO GONÇALVES DE CASTRO E SILVA SONOE SUGAHARA v 00-Microsseguros-Vol 2.p65 5 6/7/2010, 15:21 vi 00-Microsseguros-Vol 2.p65 6 6/7/2010, 15:21 Sumário Apresentação, xiii 1 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil, 1 Lauro Gonzalez, Caio Toledo Piza, Daniel Bruno Garcia Sumário Executivo .............................................................................................................. 1 Introdução ........................................................................................................................... 3 Parte 1 – A Oferta de Microcrédito no Brasil ................................................................... 4 Microcrédito: como Definir? ............................................................................................ 4 As Inovações ................................................................................................................ 4 O Microcrédito na Prática ........................................................................................... 9 Atuação do Governo e Tipos de Instituição Atuantes no Microcrédito ..................... 11 Estimativa da Oferta de Microcrédito no Brasil ....................................................... 13 Parte 2 – A Economia Informal e as Microfinanças: Evidências da Base de Dados da ECINF ......................................................................................................... 17 Definição do Mercado Potencial .................................................................................... 17 Características Socioeconômicas do Mercado Potencial ................................................ 19 O Uso de Seguros ........................................................................................................... 21 Mercado Potencial e Acesso a Produtos Financeiros ..................................................... 24 Parte 3 – Microcrédito e Microsseguros: Análise da Sinergia ..................................... 26 Inovações do Microcrédito e o Microsseguro ................................................................ 26 A Sinergia Através do Agente de Crédito................................................................... 27 A Sinergia Através da Frequência de Pagamentos .................................................... 28 A Sinergia Através do Foco nas Mulheres ................................................................. 29 Potencial Interesse das IMFs pelo Microsseguro no Brasil ...................................... 29 Canais de Distribuição Potenciais: o Caso dos Correspondentes ............................ 31 Pontos Importantes na Interação Microcrédito-Microsseguros ................................ 33 Bibliografia ........................................................................................................................ 35 vii 00-Microsseguros-Vol 2.p65 7 6/7/2010, 15:21 2 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil a Partir da Análise da Estrutura dos Gastos Familiares e das Pequenas Empresas com Produtos Relacionados, 37 Kaizô Iwakami Beltrão, Sonoe Sugahara, Fernanda Paes Leme Rito Introdução ......................................................................................................................... 37 Composição da Despesa Domiciliar ................................................................................ 40 Gastos com Produtos de Seguro ...................................................................................... 43 Acesso a Produtos de Seguro Segundo Status de Ocupação/Previdência ...................... 50 Acesso a Produtos Financeiros ....................................................................................... 57 Gastos com Bens de Consumo Duráveis Selecionados .................................................. 59 Acesso a Produtos e Serviços de Seguro, Previdência e Financeiros das Empresas Informais Urbanas ............................................................................................................ 83 Considerações Finais ........................................................................................................ 91 Bibliografia ........................................................................................................................ 93 Anexo I – Sobre a POF ..................................................................................................... 94 Anexo II – Definição do Setor Informal e Delimitação do Universo da ECINF ....... 100 Anexo III – Probabilidade de Aquisição de Produtos de Seguro e Previdência Segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita ............................................. 102 Anexo IV – Probabilidade de Acesso Simultâneo a Produtos de Seguro e Previdência Segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita ............................................. 107 Anexo V – Probabilidade de Aquisição de Bens de Consumos Selecionados Segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita ..................................................................... 110 3 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda, 171 Kaizô Iwakami Beltrão, Sonoê Sugahara Pinheiro, Luciano Gonçalves de Castro e Silva Introdução ....................................................................................................................... 171 Bases de Dados ................................................................................................................ 175 Metodologia ..................................................................................................................... 178 Resultados Obtidos ......................................................................................................... 187 Probabilidade de Morte entre Idades Exatas x e x+n (nqx) ........................................... 187 Sobreviventes à Idade Exata x (lx) ................................................................................ 189 Óbitos entre Idades Exatas x e x+n (ndx) ...................................................................... 190 Probabilidade de Sobrevivência entre Idades Exatas x e x+n (npx) .............................. 191 viii 00-Microsseguros-Vol 2.p65 8 6/7/2010, 15:21 Tempo Vivido entre as Idades x e x+n anos, ou Equivalentemente, numa População Estável, a População com Idade entre x Anos (inclusive) e x+n Anos (exclusive) (nLx) ........................................................................................... 192 Taxa Central de Mortalidade (nmx) ............................................................................... 193 Tempo Vivido entre as Idades x e w, i.e. Tempo Vivido desde a Idade x Anos até a Extinção do Grupo, ou Equivalentemente, População com Idade acima de x Anos (Tx) .......................................................................................... 194 Esperança de Vida à Idade Exata x (ex) ........................................................................ 195 Fatores de Separação à Idade x, (nfx ou nax) .................................................................. 196 Comentários Finais ......................................................................................................... 197 Bibliografia ...................................................................................................................... 198 Anexo 1 – Tábua de Mortalidade Completa População Masculina de Renda <=1 Sm ............................................................................................................ 201 Anexo 2 – Tábua de Mortalidade Completa População Feminina de Renda <=1 SM ............................................................................................................ 204 Anexo 3 – Tábua de Mortalidade Completa População Masculina de Renda <=2 SM ............................................................................................................ 207 Anexo 4 – Tábua de Mortalidade Completa População Feminina de Renda <=2 SM ............................................................................................................ 210 Anexo 5 – Tábua de Mortalidade Completa População Masculina de Renda <=3 SM ............................................................................................................ 213 Anexo 6 – Tábua de Mortalidade Completa População Feminina de Renda <=3 SM ............................................................................................................ 216 4 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda, 219 Datafolha Instituto de Pesquisas Objetivo ........................................................................................................................... 219 Técnica ......................................................................................................................... 219 Público-alvo ................................................................................................................. 220 Amostra ........................................................................................................................ 220 Metodologia ................................................................................................................. 221 Observações ................................................................................................................. 222 Perfil do Domicílio (em %) ............................................................................................ 222 Perfil do Domicílio – Moradores (Única, em %) ..................................................... 223 Perfil do Domicílio – Moradores (Espontânea e Única, em %) ......................... 224 Perfil do Entrevistado (em %) ....................................................................................... 230 Perfil do Entrevistado (Estimulada e Múltipla, em %) ............................................ 232 Perfil do Entrevistado (Estimulada, em %) ............................................................. 234 ix 00-Microsseguros-Vol 2.p65 9 6/7/2010, 15:21 Avaliação do Conceito de Microsseguros ...................................................................... 237 Principais Resultados – Microsseguros ........................................................................ 237 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Conceito Avaliado ................................... 238 Avaliação do Conceito de Microsseguros – (Estimulada e Única, em % – Escala de 5 pontos) ......................................................................................... 239 Avaliação do Conceito de Microsseguros – (Espontânea e Múltipla, em %) ............... 241 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Importância de Ter um Seguro (Estimulada e Única, em % – Escala de 5 pontos) ....................................................... 249 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial de Mercado para Seguros (Estimulada e Múltipla, em %) ....................................................................... 251 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial de Mercado para Seguros (em %) .................................................................................................... 254 Avaliação de Seguro de Vida .......................................................................................... 256 Principais Resultados – Seguro de Vida ....................................................................... 256 Principais Resultados – Microsseguros × Seguro de Vida ........................................... 257 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro de Vida – Conceito Avaliado para Seguro de Vida ...................................................................................... 257 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro de Vida (Estimulada e única, em % – Escala de 5 pontos) ............................................................................... 258 Principais Resultados ..................................................................................................... 285 Sexo ............................................................................................................................. 286 Renda Familiar ............................................................................................................. 287 Faixa Etária .................................................................................................................. 287 5 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar, 289 José L. Carvalho Introdução ....................................................................................................................... 289 Descrição dos Dados ....................................................................................................... 291 Disposição a Pagar .......................................................................................................... 293 Ganho de Bem-Estar ...................................................................................................... 298 Conclusões ....................................................................................................................... 306 Anexo 1 ............................................................................................................................ 308 Anexo 2 ............................................................................................................................ 318 6 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros, 321 Fernando Augusto Freitas de Araújo Microsseguro ................................................................................................................... 321 Introdução .................................................................................................................... 321 x 00-Microsseguros-Vol 2.p65 10 6/7/2010, 15:21 Plano de Negócios – Unidade de Microsseguros .......................................................... 322 Sumário Executivo ....................................................................................................... 322 Objetivo do Negócio .................................................................................................... 323 Missão do Empreendimento ......................................................................................... 323 Objetivos Estratégicos .................................................................................................. 324 Mercado ........................................................................................................................ 324 Estrutura Organizacional .............................................................................................. 325 Cenário Econômico ......................................................................................................... 327 Inflação ......................................................................................................................... 327 Taxa de Juros ................................................................................................................ 329 Nível de Atividade ........................................................................................................ 331 Projeções Financeiras ..................................................................................................... 334 Balanço Patrimonial ..................................................................................................... 334 Demonstrativo de Resultados e Fluxo de Caixa ........................................................... 334 Análise de Sensibilidade .............................................................................................. 336 Política de Investimentos ................................................................................................ 339 Política de Tecnologia da Informação ........................................................................... 340 Política de Resseguro ...................................................................................................... 341 Bibliografia ...................................................................................................................... 341 Anexo 1 – Circular Susep 311, de 27 de Dezembro de 2005 ........................................ 343 Anexo 2 – Resultados da Simulação – Valor Presente Líquido................................... 346 Anexo 3 – Resultados da Simulação – Taxa Interna de Retorno ................................ 347 7 Operações de Microsseguros numa Seguradora, 349 Fernando Augusto Freitas de Araújo Conceituação ................................................................................................................... 349 Microsseguro e seu público alvo .................................................................................... 349 Marco Regulatório Atual (Síntese) ................................................................................ 350 Seguradora Especializada vs. Departamento de uma Seguradora Tradicional ........ 351 Cenário Econômico ......................................................................................................... 352 Desenvolvimento de Produtos ........................................................................................ 356 Produtos/Características/Fases ..................................................................................... 356 Precificação .................................................................................................................. 359 Estratégia de Comercialização e de Distribuição ......................................................... 360 Gestão Financeira ........................................................................................................... 362 xi 00-Microsseguros-Vol 2.p65 11 6/7/2010, 15:21 Gestão de Investimentos ................................................................................................. 366 Política de Tecnologia de Informação ........................................................................... 368 Bibliografia ...................................................................................................................... 371 Anexo 1 – Circular Susep 267, de 21 de Setembro de 2004 ......................................... 372 Anexo 2 – Circular Susep 306, de 17 de Novembro de 2005 ....................................... 375 Anexo 3 – Resolução CNSP 88, de 2002 ........................................................................ 380 xii 00-Microsseguros-Vol 2.p65 12 6/7/2010, 15:21 Apresentação Este segundo volume de Microsseguro: Série Pesquisas reproduz a continuação das pesquisas coordenadas pela Escola Nacional de Seguros em 2009 e 2010. Examinando a experiência de inclusão social de outros setores para a sua aplicação no microsseguro, o primeiro artigo trata do microcrédito. De fato, o microsseguro tem forte sinergia com o microcrédito, como mostra a experiência internacional. E no Brasil? Seguimos a norma internacional, e a forte expansão do microcrédito no Brasil revela diversos canais inovadores de distribuição, que podem também ser adotados pelo microsseguro. Esse é o tema abordado por Gonzalez 1, do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getúlio Vargas, que aponta as lições aprendidas com a implantação do microcrédito no Brasil e que devem ser examinadas com atenção. Pela experiência internacional, o seguro de vida é o carro-chefe e o ponto de partida do microsseguro. Mas até onde as tábuas de mortalidade existentes para a totalidade da população brasileira atendem às classes C e D? Para responder a essa questão, Beltrão2 coordenou uma pesquisa para estimar a tábua de mortalidade para os indivíduos em famílias de baixa renda. Ficou constatado que existem diferenças regionais importantes. Por exemplo, não se pode afirmar que uma pessoa que recebe um salário mínimo nas regiões Norte e Nordeste terá a mesma expectativa de sobrevivência do que uma pessoa do mesmo nível de renda residente nas regiões Sul, Sudeste ou Centro-Oeste. Diferenças regionais mostram a importância de produtos talhados para cada ambiente. Quais os benefícios sociais da implantação do microsseguro no Brasil? Os fundamentos da teoria do bem-estar podem fornecer uma quantificação sobre os benefícios diretos, e para isso é necessário conhecer as características da demanda por microsseguro. Mas como estimar empiricamente a demanda por algo que ainda não existe? Pesquisas específicas sobre a reação de famílias de baixa renda em relação ao seguro de vida permitiram estabelecer um quadro de relações entre preços de apólices e intenções de 1 Gonzalez, Lauro. “Sinergia entre microsseguro e microcrédito, e o crescimento dos mercados no Brasil”, nesta coletânea. Kaizô Iwakami Beltrão, Sonoê Sugahara e Fernanda Paes Leme. “Estimativa da mortalidade para os indivíduos em famílias de baixa renda”, nesta coletânea. 2 xiii 00-Microsseguros-Vol 2.p65 13 6/7/2010, 15:21 compra3. Com as estatísticas dessa amostra, Carvalho4 estimou empiricamente a demanda por microsseguro, com base na metodologia “willingness-to-pay”. A elasticidadepreço – ou seja, a sensibilidade do consumo em resposta ao preço – mostrou ser maior do que a elasticidade média normalmente estimada5. As implicações dessa evidência empírica são importantes: enquanto a demanda pelo seguro tradicional é pouco sensível ao preço, a demanda pelo microsseguro mostra uma reação mais forte. No tocante ao faturamento das seguradoras, aumentos no preço médio das apólices do seguro tradicional (com demanda inelástica) o elevam. Já no caso do microsseguro (com elasticidadepreço da demanda em torno ou acima de um), esse resultado não é certo, e provavelmente o faturamento cairá. Com as características da demanda por microsseguro, Carvalho estima que o benefício bruto direto apropriado pelas famílias pela compra de um microsseguro de vida pode atingir até 16,6% do orçamento do Programa Bolsa Família. É um benefício social direto elevado, que reforça a importância do microsseguro como um instrumento de ganho no bem-estar da população de baixa renda. Acrescentando os benefícios indiretos, gerados pelas externalidades positivas, os benefícios totais podem superar 25% do valor do Programa Bolsa Família. Finalmente, abordando a rentabilidade do microsseguro sob o ponto de vista comercial, Araujo6 simulou um plano de negócios de uma microsseguradora e observou que, mesmo em condições menos favoráveis, a análise de sensibilidade com o modelo de Monte Carlo apontou uma rentabilidade privada acima dos 20%. Para encerrar esta apresentação, esta série de coletâneas apenas inicia uma promissora literatura sobre microsseguros no Brasil. Novas pesquisas sobre temas não abordados, aspectos atuariais específicos, o aperfeiçoamento do marco regulatório e dos procedimentos internos nas seguradoras, o resseguro do microsseguro e o combate à fraude no microsseguro são alguns dos temas que pretendemos abordar e divulgar no futuro. Claudio Contador Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento Escola Nacional de Seguros 3 DataFolha. “Avaliação do conceito de microsseguros entre a população de baixa renda”, nesta coletânea. A pesquisa, sob a forma de entrevistas, foi realizada em 428 domicílios com renda familiar mensal declarada entre um e cinco salários mínimos, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 4 Carvalho, Jose Luiz. “Demanda por microsseguro e disposição a pagar”, nesta coletânea. 5 Contador, Claudio R. Economia do seguro: fundamentos e aplicações. São Paulo: Editora Atlas, 2007. Cap. 5. 6 Araujo, Fernando. “Modelagem do business plan de uma unidade de microsseguros”, nesta coletânea. xiv 00-Microsseguros-Vol 2.p65 14 6/7/2010, 15:21 1 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil Lauro Gonzalez Caio Toledo Piza Daniel Bruno Garcia Sumário Executivo O objetivo deste trabalho é discutir a provável sinergia entre microcrédito e microsseguro. A análise partiu da definição atual do microcrédito e das características da oferta no mercado brasileiro, principalmente pela descrição dos principais players e dos modelos de negócio vigentes. Explorou-se também a principal base de dados sobre economia informal, a fim de analisar as características principais do mercado potencial de microcrédito e microsseguro. As inovações das instituições de microfinanças no Brasil, tanto na oferta de microcrédito como de outros serviços financeiros, podem ser funcionais à sinergia entre o microcrédito e o microsseguro. É falsa a ideia de que não há microcrédito no Brasil. Muito embora sejam poucos bancos operando no microcrédito produtivo e o mercado potencial inexplorado seja grande, as taxas de crescimento, tanto dos volumes como dos clientes ativos, são elevadas, em comparação com os diversos segmentos de crédito, mesmo no horizonte temporal précrise, quando a maior parte dos segmentos de crédito tradicional crescia a taxas altas. 1 01-Microsseguros-Vol 2.p65 1 30/6/2010, 16:55 2 • Microsseguros: Série Pesquisas O microcrédito, tanto no Brasil como no mundo, caracteriza-se pela adoção de maneiras inovadoras de conceder crédito. Dentre essas inovações, merece especial destaque o mecanismo de empréstimos em grupo e o papel do agente de crédito. O primeiro mitiga o risco associado à falta de garantia, uma vez que os pobres não têm como oferecer contrapartidas, sob forma de ativos, pelos empréstimos. O grupo representa uma forma de “garantia solidária” apoiada nas diversas formas de vínculo (capital social) existentes entre os tomadores. Já o agente de crédito é o responsável pelo relacionamento entre a instituição e o tomador, com o qual há um constante contato e monitoramento. O agente de crédito tem potencial para atuar na distribuição de outros produtos financeiros. A presença do agente de crédito representa um importante potencial de oferta de outros serviços e produtos financeiros que afetam o bem-estar dos mais pobres. No microcrédito, o agente de crédito vai até o cliente e não o contrário. Há evidências de que os pobres não “irão atrás” do microsseguro. A falta de informação, a desconfiança e a não-familiariedade são os principais obstáculos. O agente de crédito tem enorme potencial para transpor tais obstáculos. Como aproveitá-lo para a oferta de microsseguro é uma questão de desenvolver modelos de negócio adequados. Inovações como a flexibilidade de pagamento promovem sinergia entre o microcrédito e o microsseguro. Desenvolver um modelo de negócio no qual as condições de pagamento sejam adequadas ao fluxo de caixa dos clientes, predominantemente diário, semanal ou quinzenal, é uma das grandes inovações do microcrédito. De maneira semelhante, no caso do microsseguro, as pesquisas de mercado indicam preferência por esquemas de pagamento flexíveis, ajustados à renda. Portanto, a distribuição do microsseguro juntamente com o microcrédito permitiria criar sinergias importantes nos fluxos de pagamento. Inovações como foco nas mulheres promovem sinergia entre o microcrédito e o microsseguro. As experiências de microcrédito no Brasil e no mundo atestam a importância do foco nas mulheres, notamente porque tal estratégia tende a aumentar os benefícios para a família. As pesquisas de mercado indicam que as mulheres compreendem melhor os benefícios do microsseguro do que os homens, abrindo espaço para modelos de negócio em microsseguros com foco nas “mulheres do microcrédito”. Os correspondentes bancários são canais de distribuição potenciais para microsseguros e microcrédito. Cerca de 90% dos correspondentes bancários do mundo ficam no Brasil. A rede de distribuição é muitas vezes maior do que o número de agências bancárias. As pesquisas de mercado sobre microsseguros destacam fortemente o papel dos correspondentes na vida dos mais pobres, ainda que hoje o foco da rede de correspondentes seja serviços de pagamento. Há instituições de microfinanças (IMFs) 01-Microsseguros-Vol 2.p65 2 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 3 utilizando o modelo de correspondentes. Os canais de distribuição e a tecnologia já existem. Portanto, sua utilização para conjugar a oferta de microcrédito e microsseguro é, preponderantemente, uma questão de desenvolvimento de modelos de negócio. Para IMFs o microsseguro tem valor agregado. Em primeiro lugar porque o seguro atrelado ao crédito pode contribuir para um menor risco de inadimplência e perda efetiva das mesmas. Adicionalmente, as IMFs devem procurar ofertar serviços que se integrem à totalidade das necessidades de seus clientes, os quais, por estarem em geral excluídos do sistema financeiro tradicional, são severamente afetados por eventos adversos. O microsseguro, portanto, contribui para o aumento de bem-estar dos clientes, complementado o crédito. Um correto mapeamento do microcrédito demanda incluir os vários segmentos voltados para oferta de crédito para baixa renda. O microcrédito produtivo, voltado para o financiamento dos microempreendimentos, é o core da atividade de microcrédito. Entretanto, é preciso considerar que um crédito voltado para o combate à pobreza deve se preocupar com as necessidades integrais dos mais pobres, tais como consumo e habitação. No Brasil, o governo tem atuação indireta por meio de legislação que obriga os bancos a direcionarem recursos para o microcrédito (exigibilidade). Diretamente, o principal destaque é o programa de microcrédito produtivo CrediAmigo, do Banco Nordeste. Dentre os bancos comerciais tradicionais, o único que tem um programa de microcrédito produtivo em maior escala é o Real Santander. As cooperativas são importantes veículos para as microfinanças, porém, sua atuação em microcrédito permanece pouco mapeada. Introdução Muito se fala em sustentabilidade nos dias de hoje. Fundamentalmente, o termo sustentabilidade diz respeito ao comprometimento da empresa em atuar de forma economicamente viável, ao mesmo tempo em que busca gerar benefícios sociais e preservar os recursos ambientais. As microfinanças se inserem exatamente nesse contexto, ou seja, a busca de desenvolvimento de negócios inclusivos na oferta de serviços e produtos financeiros, contribuindo assim para o combate à pobreza através de soluções de mercado. O microcrédito representa a faceta mais conhecida das microfinanças, e seu desenvolvimento se liga, sobretudo, à utilização de mecanismos inovadores, que propiciaram mitigar inúmeras falhas de mercado que mantiveram os pobres alijados do mesmo. O microsseguro tem elevado potencial de impacto sobre o bem-estar dos mais pobres e, 01-Microsseguros-Vol 2.p65 3 30/6/2010, 16:55 4 • Microsseguros: Série Pesquisas como tal, precisa ser incorporado às linhas de negócio tradicionais. Mais do que isso, há sinergias importantes com o microcrédito que precisam ser aproveitadas, incentivadas e concretizadas. Para fundamentar e discutir essas sinergias potenciais no caso específico do mercado brasileiro, este trabalho tem três partes. A primeira retrata a oferta de microcrédito no Brasil, com especial atenção para problemas de conceituação do termo microcrédito, assim como para os segmentos existentes e seus respectivos players. A segunda parte faz uma análise exploratória da Economia Informal Urbana (ECINF), uma base pública de dados, de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os clientes das Instituições de Microfinanças (IMFs) são geralmente informais, e é imprescindível que se estude as características desse público para qualquer intenção concreta de negócio em microfinanças. A terceira parte trata diretamente da sinergia entre o microcrédito e o microsseguro, tanto considerando os modelos de negócio existentes quanto o potencial de mudanças a partir de novas tecnologias e tipos de instituição. Parte 1 – A Oferta de Microcrédito no Brasil Microcrédito: como Definir? As Inovações O termo microcrédito, tal qual hoje popularmente utilizado, surgiu nos anos 1970, a partir da adoção de um conjunto importante de inovações que buscavam viabilizar a oferta de crédito para os mais pobres. Portanto, seu surgimento não se liga a novas concepções teóricas ou acadêmicas, mas a uma “revolução concreta” na maneira de ofertar crédito de pequena monta para pessoas pobres, vivendo geralmente na informalidade. Os modelos de negócio tradicionais excluíam os mais pobres por não apresentarem soluções inovadoras que mitigassem três grandes obstáculos: a) alto risco; b) custos de transação elevados e c) falta de garantias. Portanto, os contornos da atual definição de microcrédito são dados exatamente pelas inovações que visam a superar os obstáculos acima. Tais inovações são: a) Empréstimos em grupo Os empréstimos em grupo podem ser definidos como arranjos feitos por indivíduos que não dispõem de garantias tradicionalmente demandadas pelo sistema bancário. Essas pessoas formam espontaneamente um grupo cujo objetivo é a obtenção de 01-Microsseguros-Vol 2.p65 4 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 5 empréstimos. Cada membro do grupo recebe determinado valor e, simultaneamente, garante os empréstimos dos demais. Portanto, em caso de inadimplência de um dos membros, os demais devem pagar a parcela correspondente, sob pena de não receberem mais créditos. Há diversos modelos de empréstimo em grupo. Por exemplo, em modelos como o do Grameen Bank, os grupos contêm em torno de cinco membros e os recursos são liberados primeiramente para dois tomadores. Quando parcela desses empréstimos já foi paga, de quatro a seis semanas após a primeira liberação, outros dois tomadores recebem os empréstimos, e a mesma lógica é seguida até que o último membro obtenha os recursos. As variações de modelo de empréstimo em grupo derivam do tamanho dos grupos, do momento de liberalização dos recursos e da frequência de pagamentos. A grande vantagem do empréstimo em grupo é lidar com o problema da assimetria de informação e dos elevados custos de transação. Em um mercado onde há bons e maus pagadores, os últimos tendem a se beneficiar sempre que o banco não souber quem é quem. Em termos econômicos, os tomadores de alto risco (maus pagadores) acabam por receber um subsídio daqueles de menor risco, e a ineficiência emerge quando esse subsídio é tão alto que os bons pagadores abandonam o mercado. O empréstimo em grupo pode reduzir taxas de juros cobradas e manter esses pagadores no mercado. Para que se entenda como isso ocorre, é preciso lembrar que a constituição dos grupos se dá espontaneamente e, na medida em que o contrato de crédito em grupo estabelece a chamada responsabilidade conjunta, ou seja, todos respondem pela inadimplência de todos, os potenciais devedores são incentivados a utilizar toda informação disponível para formar um grupo com os melhores pares possíveis. Assumindo que os tomadores detenham melhores informações sobre os demais tomadores do que o banco, os efeitos para inadimplência esperada serão benéficos. Além disso, chama atenção o fato de que o banco continua tão ignorante acerca da qualidade de crédito dos tomadores quanto antes. Os próprios tomadores, melhor informados, realizam a seleção (screeening) e o posterior monitoramento de mercado. Vale lembrar que, como os grupos são formados espontaneamente, esperase a existência de certo nível de relacionamento entre os tomadores, o que reduz os custos (sociais) associados à seleção e ao monitoramento acima mencionado, ou seja, é mais barato para um dado tomador monitorar seu vizinho, que faz parte do mesmo grupo de empréstimo, do que para o banco. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 5 30/6/2010, 16:55 6 • Microsseguros: Série Pesquisas b) O agente de crédito Outra inovação crucial é a figura do agente de crédito. Esse profissional é responsável pelo levantamento de dados sobre tomadores, principalmente novos empreendedores ou grupos, acompanhamento e auxílio a clientes, emissão e análise de relatórios técnicos e recuperação de crédito de tomadores inadimplentes. O agente de crédito é o principal responsável pela inserção do microcrédito em uma determinada comunidade. Não é sem razão que muitas instituições consideram o agente peça-chave de toda atividade de empréstimos de pequena monta. Quando se observa o mercado bancário tradicional, é comum haver profissionais dos bancos alocados especificamente para o atendimento de um grupo de clientes. Quanto maior a importância econômica do cliente, maior o grau de exclusividade no atendimento. No mundo dos microempreendedores, a valer essa lógica de mercado, não faria sentido um tipo de relacionamento que se resumisse a modelos automatizados de decisão e transação. O agente de crédito quebra esse paradigma e conduz uma atividade que constitui um “private banking às avessas”. Mesmo lidando com montantes reduzidos, o tomador desfruta de um relacionamento próximo e diferenciado, semelhante àquele de clientes de alta renda. Um agente de crédito altamente produtivo chega a ter, em média, 300 clientes, o que permite à instituição credora auferir certo ganho de escala. Além disso, com a maior proximidade do agente e seus clientes, recupera-se uma das essências das operações de crédito tradicionais: a construção de um relacionamento de longo prazo entre credor e devedor, com potencial impacto sobre os níveis de inadimplência. Ademais, o agente de crédito tende a passar boa parte de seu tempo próximo aos clientes tomadores. Muitas vezes, esses agentes residem nos arredores ou na própria comunidade da clientela, reforçando os elos de ligação e permitindo maior acompanhamento da própria carteira. Dessa forma, por exemplo, é possível tratar de maneira diferenciada os créditos problemáticos, investigando a razão pela qual o pagamento não foi feito. Um caso de doença na família, de roubo ou atraso na entrega dos produtos a serem comercializados pode justificar uma ação de negociação que, simultaneamente, atenda ao devedor, permitindo que este reequilibre seu fluxo de caixa, e reduza a perda efetiva nos empréstimos. Cumpre acrescentar que, a despeito dos ganhos de escala auferidos com a produtividade crescente do agente de crédito, os custos de operação tendem a ser elevados. Daí porque, valendo regras de mercado, as taxas de juros cobradas dificilmente se aproximariam daquelas vigentes para as grandes corporações, ainda que para essa análise seja fundamental abordar não somente os custos, mas também os riscos envolvidos. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 6 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 7 c) Empréstimos progressivos A progressividade nos empréstimos concedidos constitui um incentivo dinâmico fundamental à administração do risco das operações de microcrédito. Tipicamente, os empréstimos começam com valores reduzidos e, conforme a assiduidade nos pagamentos cresce, os montantes aumentam. A repetição das operações permite acúmulo de informação sobre o cliente. Ademais, havendo progressividade, a ameaça de corte nos futuros empréstimos tem maior peso, pois os empreendedores podem perceber que se deixarem de cumprir suas obrigações, deixarão de receber valores maiores do que aqueles inicialmente liberados. Seguindo esse raciocínio, percebe-se por que o microcrédito, a despeito dos elevados custos de operação, deve manter taxas de juros menores do que aquelas tradicionalmente aplicadas aos microempreendedores, por exemplo, taxas cobradas por agiotas. Quanto menor a taxa de juros, maior o valor presente do benefício do qual o empreendedor abre mão se deixar de pagar. Em suma, as taxas devem ser suficientes para cobrir o custo de capital de todos os investidores, mas perdem eficácia quando são muito altas. Vale lembrar que outro fator importante é a mobilidade dos tomadores. Quanto mais um empreendedor mudar de um lugar para outro, por exemplo, de uma cidade para outra, menor a eficácia desses incentivos dinâmicos. d) Frequência de pagamentos O desenho de uma frequência de pagamentos adequada foi outra inovação dentro das práticas de microcrédito. Do ponto de vista dos tomadores, o importante é que os pagamentos dos empréstimos estejam sintonizados com o fluxo de caixa dos empreendimentos financiados, em conformidade com a famosa “regra de ouro” de casamento de prazos, proposta pela administração financeira. Boa parte das instituições de microcrédito coleta pagamentos semanalmente, o que parece lógico diante do ciclo de caixa das atividades de comércio e serviços, tipicamente aquelas dos empreendedores atendidos. Para o credor, pagamentos semanais regulares permitem detectar rapidamente maus pagadores, abrindo espaço para intervenção dos agentes de crédito e, no caso de empréstimos em grupo, dos pares. Outra vantagem é a possibilidade de ter em mãos um fluxo de caixa que potencialmente poderia ser utilizado para finalidades diversas que não a efetivação do pagamento. Muitas instituições demandam que todos os membros do grupo compareçam para o pagamento, ou ainda, que um membro do grupo (líder) seja o responsável pelo pagamento total, por exemplo, de um único carnê. Assim, esse membro deverá, no devido tempo, recolher o dinheiro dos demais, a fim de realizar o pagamento, garantindo imediata pressão sobre os atrasos. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 7 30/6/2010, 16:55 8 • Microsseguros: Série Pesquisas Embora pagamentos semanais (ou quinzenais) preservem o casamento de prazos dos tomadores, fatores culturais tendem a pesar fortemente contra tal prática, e educar o mercado parece ser um desafio constante para os credores. Muitos empreendedores acabam arcando com taxas de juros muito maiores pelo simples fato de optarem por pagar mensalmente. e) Foco nas mulheres Outra inovação importante do microcrédito é o foco nas mulheres. É preferível conceder microcrédito às mulheres do que aos homens. Os principais argumentos para justificar essa assertiva referem-se à oposição ao viés sexista do sistema financeiro, em muitos mercados, e ao papel desempenhado pela mulher na família e na sociedade, o que contribui fortemente para a redução da pobreza. É patente a dificuldade das mulheres em acessar recursos materiais e financeiros, hoje menos que há poucas décadas. Esse fator deve-se a diferentes aspectos culturais e às construções sociais de relação. A principal desigualdade está no ingresso e condições do mercado de trabalho, mas a diferença de gênero no acesso a serviços financeiros também é expressiva. Na década de 1970, as mulheres representavam menos de 1% de todos os empréstimos em Bangladesh. No Brasil, o IBGE estimou em 33% o número de empreendimentos da economia informal urbana liderados por mulheres. Ocorre que, dos mais de 10 milhões de empreendimentos desse segmento, somente 5% haviam tido acesso a crédito. Importa recordar que, no ano de 2007, 19% das famílias eram chefiadas por mulheres, sem cônjuge. Esse percentual sobe para 33% quando se considera a mulher como pessoa de referência na família, como indica uma pesquisa por amostra de domicílio, também do IBGE. O segundo argumento refere-se ao conceito de empowerment das mulheres. Pode-se entendê-lo como o aumento da autonomia, da autoridade e da legitimidade das mulheres, perante o lar e a sociedade. Acredita-se que as mulheres possuam mais prudência na administração dos recursos do que os homens. Assim, melhorias na renda decorrentes do esforço das mulheres resultam em maiores dispêndios com alimentação, saúde e educação dos filhos, e também bem-feitorias, como reformas e ampliação dos lares. Em resumo, crédito concedido a mulheres reverte-se em maiores benefícios ao conjunto dos membros de um lar. Há pesquisas demonstrando diferenças estatisticamente significantes desses efeitos entre homens e mulheres. Pensando-se em uma cadeia de impacto, o empowerment das mulheres traz mudanças sociais mais amplas. É possível relacioná-lo ao aumento no uso de métodos contraceptivos, o que pode refletir em variações nos índices de fertilidade; evidên- 01-Microsseguros-Vol 2.p65 8 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 9 cias concretas existem na maior participação das mulheres em associações comunitárias e em uma mais expressiva atuação política em geral. Observa-se, dessa forma, que o foco em mulheres representa uma redefinição do papel social da mulher. Passa-se a enxergá-la, de acordo com o prêmio Nobel de Economia, Amartya Sen, como dotada de uma livre condição de agente (com capacidade de agir), promotora dinâmica de transformações sociais. O Microcrédito na Prática Em suma, as microfinanças se relacionam à oferta de serviços financeiros para população de baixa renda, geralmente excluída do sistema financeiro tradicional, de maneira diferenciada. Dentre esses serviços, o de maior destaque (não necessariamente importância) é o microcrédito. Há ainda o microsseguro, a poupança, os meios de pagamento, etc. Portanto, o microcrédito nada mais é do que o crédito no âmbito da definição das microfinanças. Apesar de haver relativo consenso acerca dessa definição, do ponto de vista prático, não há manual de classificação, como microcrédito ou não, para os produtos financeiros existentes nos diversos mercados, tanto formais quanto informais. Um mesmo tipo de empréstimo pode ser classificado ou não como microcrédito por duas instituições diferentes. A questão acima dificulta sobremaneira a sistematização de informações e o simples acesso às estimativas de tamanho de mercado. Mesmo instituições especializadas em benchmarking nesse setor reconhecem a existência de diferentes definições, bem como as implicações dessa ampla diversidade, como é o caso do Microfinance Information Exchange (The MIX)1, que define o microcrédito como todo crédito inferior a 250% do PIB per capita ajustado pela paridade do poder de compra (PPP). Do ponto de vista prático, tal definição implica que todo crédito inferior a aproximadamente R$ 10 mil seja classificado como microcrédito. Para outros, o termo microcrédito, em linhas gerais, assume as seguintes acepções: a) Microcrédito como crédito popular: refere-se ao empréstimo de pequenas quantias de valor à população de baixa renda. A finalidade para qual o empréstimo é destinado não possui importância nessa acepção (consumo, pagamento de dívidas ou 1 The MIX é o mais importante provedor de informações de negócios dedicado a fortalecer o setor de microfinanças. O principal foco da organização é prover dados e análises objetivos sobre os provedores de microfinanças. Com essa ação, The MIX promove transparência financeira nessa indústria e ajuda a construir a infraestrutura informacional nos países em desenvolvimento (www.themix.org). 01-Microsseguros-Vol 2.p65 9 30/6/2010, 16:55 10 • Microsseguros: Série Pesquisas investimento produtivo) e a metodologia de concessão não se diferencia da utilizada no sistema financeiro tradicional. As principais instituições provedoras desse produto são os Bancos Públicos (Caixa Econômica Federal, Banco Popular, do Banco do Brasil do Brasil) e as financeiras; b) Microcrédito como microcrédito produtivo: refere-se aos serviços de crédito, principalmente financiamento de ativos (investimento fixo ou capital de giro), para atividades de autoemprego, formais ou informais; c) Microcrédito como microcrédito produtivo orientado: refere-se ao conceito de microcrédito produtivo, voltado para a população de baixa renda e cuja metodologia de concessão de crédito depende da ação de agentes de crédito2. A Figura 1 abaixo facilita o entendimento: Figura 1 – Serviços financeiros voltados para a população de baixa renda C B A Microfinanças: Todos os serviços financeiros voltados para a população de baixa renda (crédito, poupança, seguros, etc.). Debater a definição mais adequada foge ao escopo aqui pretendido, principalmente porque há nitidamente posições políticas e ideológicas envolvidas. Para além de tal definição, interessa, de fato, o desenho de produtos de crédito diferenciados e adequados à integração dos pobres ao mercado. Para o presente relatório, o foco será o mapeamento das instituições que oferecem serviços de crédito produtivo a atividades de autoemprego, formais ou informais, para público de baixa renda. 2 Profissionais treinados para fazer levantamentos socioeconômicos sobre as atividades de autoemprego, prestar orientação educativa sobre o planejamento do negócio, identificar as necessidades de crédito e gestão e manter relações de proximidade com os clientes. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 10 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 11 Atuação do Governo e Tipos de Instituição Atuantes no Microcrédito Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) Dada a importância potencial do microcrédito como ferramenta de combate à pobreza, o governo, nas suas diversas esferas, tem tido forte atuação (para bem e para mal), tanto direta quanto indireta. Para a tarefa de caracterizar a oferta de microcrédito, merece destaque a Lei 10.735, de 11 de setembro de 2003, pela qual parcela dos depósitos à vista (2%) dos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e a Caixa Econômica Federal deve ser destinada ao microcrédito. Sobre as instituições autorizadas a operar microcrédito, é imprescindível examinar a criação do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, institucionalizado pela Lei 11.110, de 25 de abril de 2005, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para direcionar recursos ao setor de microcrédito. As principais características do PNMPO são: • Objetivos: (a) incentivar a geração de trabalho e renda entre os microempreendedores populares; (b) disponibilizar recursos para o microcrédito produtivo orientado; e (c) oferecer apoio técnico às instituições de microcrédito produtivo orientado; • Origem dos recursos: (a) Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT; (b) recursos direcionados – parcela dos depósitos à vista dos bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e Caixa Econômica Federal, conforme Lei 10.735, de 11 de setembro de 2003; • Definição de microempreendedor popular: pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de atividades produtivas de pequeno porte, com renda bruta anual de até R$ 120 mil; • Discriminação das instituições de microcrédito produtivo orientado: (a) cooperativas singulares de crédito, (b) agências de fomento (Medida Provisória 2.192-70, de 24 de agosto de 2001); (c) sociedades de crédito ao microempreendedor – SCMs (Lei 10.194, de 14 de fevereiro de 2001); e (d) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIPs (Lei 9.790, de 23 de março de 1999). Para operar recursos do PNMPO, essas instituições devem se habilitar no MTE; • Discriminação das instituições repassadoras de recursos às instituições de microcrédito produtivo orientado: bancos de desenvolvimento, agências de fomento, bancos cooperativos, centrais de cooperativas de crédito. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 11 30/6/2010, 16:55 12 • Microsseguros: Série Pesquisas Resumo das Instituições Atuantes A partir da caracterização do PNMPO, é possível sistematizar as instituições atuantes no microcrédito da seguinte forma: • Bancos: são iniciativas promovidas por bancos públicos e privados. Em relação aos bancos públicos, merece destaque a iniciativa do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o CrediAmigo. Trata-se da maior iniciativa de microcrédito do país. Quanto aos bancos privados, observa-se o ingresso de grandes bancos no setor, com significativo destaque para o Real Microcrédito, iniciativa do Banco Real Santander. Importa notar que o CrediAmigo é operado em parceria com uma OSCIP. • ONGs e OSCIPs: Em 1999, com a Lei do Terceiro Setor (Lei 9.790/99), aperfeiçoou-se o arcabouço legal regulador da relação entre as ONGs e o setor público. A partir de então, para a obtenção de recursos públicos, tornou-se necessário às ONGs a qualificação como OSCIP junto ao Ministério da Justiça, e o estabelecimento de um Termo de Parceria. No mesmo ano de 1999, uma Medida Provisória (MP 1.914 – 28 de julho de 1999) excluiu da Lei da Usura as OSCIPs e as SCMs, permitindo que essas instituições passassem a operar créditos com taxa de juros superior a 12% ao ano, viabilizando, assim, atividades superavitárias, no caso das OSCIPs (e lucrativas no caso das SCMs). Nessa categoria destacam-se a rede Centros de Apoio aos Pequenos Empreendimentos (CEAPE), os Bancos da Mulher, o VivaCred, as Instituições Comunitárias de Crédito, São Paulo Confia e o Banco do Povo de Santo André, entre outros. • SCM: a Sociedade de Crédito ao Microempreendedor (SCM) é uma forma particular de entidade jurídica, controlada pelo Banco Central do Brasil (BCB). Criada exclusivamente para operar microcrédito, e caracteriza-se por ser uma instituição lucrativa. • Fundos públicos: são iniciativas de microcrédito promovidas por administrações públicas estaduais ou municipais. Acessando o portal do governo estadual das 27 Unidades Federativas, 14 indicaram possuir programas de microcrédito. Nessa categoria, destaca-se o programa Banco do Povo Paulista, que completou, em 2008, dez anos de atuação. • Cooperativas singulares de crédito: Soares e Melo Sobrinho (2008), ao traçarem a evolução da regulação sobre as cooperativas de crédito por parte do Banco Central, apresentam dois momentos cuja implicação foi o ingresso efetivo desses arranjos no setor de microcrédito produtivo. O primeiro momento é marcado pela edição da Reso- 01-Microsseguros-Vol 2.p65 12 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 13 lução 3.058, de 20 de dezembro de 2002. Esse documento legal permitiu a criação de cooperativas de pequenos empresários, microempresários e microempreendedores. Antes, somente para atividades rurais esse tipo de formação era regulamentado. Além disso, priorizou-se o foco nos micro e pequenos empreendedores. O segundo momento foi resultado da edição da Resolução 3.106, de 25 de junho de 2003, introduzindo a possibilidade de constituição de cooperativas de livre admissão. Os autores argumentam que a aprovação desse documento configurou-se num grande benefício ao setor cooperativista, e também financeiro, em virtude do aumento da escala de operacionalização dos serviços e consequente redução do spread de intermediação financeira. Em termos práticos, a livre admissão implica o aumento da taxa de penetração dos serviços de microcrédito para a demanda potencial. Para elucidar esse processo, um empreendedor da área urbana (um pipoqueiro, por exemplo) não necessita se associar a outros 19 empreendedores do mesmo ramo para constituir uma cooperativa de crédito. Com a cooperativa de livre admissão, ele pode obter crédito individualmente. Estimativa da Oferta de Microcrédito no Brasil Os Estudos Prévios O último levantamento publicado da oferta de microcrédito no país, contendo informações adicionais aos relatórios de atividades do PNMPO, foi exposto por Soares e Melo Sobrinho (2008). Os seus números estão demonstrados na Tabela 1. Tabela 1 – Oferta de microcrédito, em dezembro de 2006 e dezembro de 2007 Dez/2006 Dez/2007 Valor Médio Valor Empréstimo Emprestado (R$) (R$ milhões) Tipo Entidades Clientes Entidades Clientes SCMs 56 21.286 53 20.145 2.531,92 51,01 ONGs, OSCIPs e Fundos Públicos 136 89.997 143 94.856 724,47 68,72 CrediAmigo 1 235.729 1 299.975 782,07 234,60 Cooperativas de microempresários 23 33.672 27 64.637 3.921,06 253,45 Bancos Privados 4 42.083 4 65.587 1.680,00 78,80 Recursos direcionados – 267.512 – 518.182 970,74 503,02 Total 220 690.278 228 1.063.383 1.768,38 1.189,49 Fonte: Soares e Melo Sobrinho (2008) 01-Microsseguros-Vol 2.p65 13 30/6/2010, 16:55 14 • Microsseguros: Série Pesquisas Recursos direcionados consistem na “aplicação de 2% dos depósitos à vista captados por várias instituições financeiras, exceto cooperativas de crédito, nos termos da Lei 10.735/2003 [...]” (Soares; Melo Sobrinho, 2008: 30). Para fins do levantamento da oferta de microcrédito produtivo orientado, tal cifra não deve ser considerada (ou seria para fins de levantamento da oferta de microcrédito ou microcrédito produtivo). Comparando-se os dados referentes a 2007 com dados de 2005, apresentados por Monzoni Neto (2006), observa-se a tendência de um expressivo crescimento do microcrédito produtivo orientado. Os dados de 2005 estão resumidos na Tabela 2. Tabela 2 – Oferta de microcrédito, dezembro de 2005 Nome da IMF Tipo da IMF No Clientes Ativos Valor Carteira Ativa (R$) Banco do Nordeste Banco Público 195.378 136.200.000,00 CEAPE – MA OSCIP 14.018 7.600.000,00 CEAPE – PE OSCIP 4.610 5.400.000,00 CEAPE – RN OSCIP 3.265 2.200.000,00 CEAPE – SE OSCIP 2.679 2.000.000,00 SÃO PAULO CONFIA OSCIP 3.458 2.630.000,00 CEAPE – RS ONG 2.111 2.300.000,00 BANCO DA MULHER OSCIP 1.400 1.800.000,00 VIVACRED ONG 4.800 4.700.000,00 Outras ONGs e OSCIPs 50.107 32.570.000,00 MICROINVEST – UNIBANCO SCM 5.100 12.000.000,00 Outras SCM 29.052 72.340.000,00 REAL MICROCRÉDITO BANCO PRIVADO 8.236 11.190.000,00 324.214 292.930.000,00 TOTAL Fonte: Monzoni Neto (2006) Tomando-se como referência o número de clientes ativos da tabela acima, observamos que, de 2005 a 2007, esse número mais que triplicou. Esse crescimento é ainda mais robusto quando comparamos 2007 com 2001. Nichter et al. (2002) estimaram o número de clientes ativos como 2001 próximo de 159 mil. Comparando esse número com o obtido por Soares e Melo Sobrinho (2008) na Tabela 1, o número de clientes ativos cresceu quase sete vezes entre 2001 e 2007. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 14 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 15 Estatísticas do Banco Central do Brasil Desde janeiro de 2004, o Banco Central do Brasil (BC) disponibiliza informações sobre os recursos direcionados ao microcrédito (para consumo e produtivo). Esta seção mostrará a evolução dos números do microcrédito produtivo à luz das informações disponibilizadas pelo BC. Segundo o BC, o saldo da carteira de recursos direcionados ao microcrédito produtivo vem crescendo a taxas expressivas, conforme demonstra o Gráfico 1. Gráfico 1 – Evolução do saldo da carteira de recursos direcionados a microcrédito produtivo, entre janeiro de 2004 e janeiro de 2009 600.000,00 500.000,00 R$ mil 400.000,00 300.000,00 200.000,00 100.000,00 Jan/09 Set/08 Mai/08 Jan/08 Set/07 Mai/07 Jan/07 Set/06 Mai/06 Set/05 Jan/06 Mai/05 Set/04 Jan/05 Mai/04 Jan/04 0,00 Período Fonte: Banco Central do Brasil Quando comparamos o microcrédito produtivo com o total de operações de crédito e também com o total de empréstimo para pessoas físicas, observamos que, em diversos momentos, o microcrédito produtivo cresce a taxas superiores em relação às demais modalidades de crédito oferecidas no mercado. A Tabela 3 apresenta essa comparação: 01-Microsseguros-Vol 2.p65 15 30/6/2010, 16:55 16 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 3 – Comparação entre microcrédito produtivo, empréstimo a pessoas físicas e total de empréstimos, entre 2004 e 2009 Período Microcrédito Produtivo (R$ mil) %(1) Dez/2004 197.383,60 – Dez/2005 197.383,60 Dez/2006 301.050,13 Dez/2007 Crédito Pessoa Física (R$ milhões) %(1) Crédito Total (R$ milhões) %(1) 136.455,81 37,84 498.721,51 19,24 47,59 188.783,82 38,35 607.023,30 21,72 52,52 235.815,59 24,91 735.589,65 20,69 355.043,39 17,94 314.352,79 33,31 935.972,83 27,76 Dez/2008 509.529,31 43,51 389.540,87 23,92 1.227.294,1 7 31,13 Fev/2009 512.729,77 0,63(2) 399.092,06 2,45(2) 1.229.016,0 3 0,14(2) Fonte: Banco Central do Brasil Taxa de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior. (2) Taxa de crescimento em relação à dezembro de 2008. (1) Comentários sobre a Evolução do Microcrédito Produtivo no Brasil Uma vez conhecidas as cifras e a velocidade com a qual o setor de microcrédito produtivo cresce, importa ressaltar alguns players que desempenham importante papel no mercado. Esses players podem ser extraídos das informações apresentadas por Soares e Sobrinho (2008) e Monzoni Neto (2006). Através dos dados apresentados, pode-se concluir que o CrediAmigo (Banco do Nordeste/Instituto Nordeste e Cidadania) e o Real Microcrédito (ABN Amro) detêm mais que 50% do mercado. Se foi feita a soma do valor da carteira ativa de ambas3 as instituições e for calculada a sua proporção no total da carteira ativa do PNMPO4, será possível concluir que as duas instituições responderam, em 2008, por 63,7% do mercado. A ampla participação dessas instituições no setor informa também que é na região Nordeste que as atividades de microcrédito produtivo se concentram. Isso porque ambos os players desenvolvem predominantemente nessa região as suas atividades. Embora algumas deduções possam ser feitas, não é possível chegar a um número conclusivo sobre o setor. Não há informações atualizadas sobre as SCMs e poucas informações sistematizadas e consolidadas sobre as cooperativas, no que é de interesse ao microcrédito produtivo. Vale ressaltar que somente o sistema ANCOSOL, que pela sua 3 CrediAmigo, dezembro/2008 = R$ 362.200.000,00 (Fonte: www.bnb.gov.br); Real Microcrédito, dezembro/2008 = R$ 88.811.000,00 (Fonte: contato com responsáveis pelo programa). Soma = R$ 451.011.000,00. 4 Total da Carteira ativa do PNMPO, em dezembro de 2008 = R$ 708.162.212,65 (Fonte: PNMPO, 2008). 01-Microsseguros-Vol 2.p65 16 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 17 natureza (agricultores familiares) enquadra-se no conceito de microcrédito produtivo, havia acumulado, entre junho de 2007 e junho de 2008, R$ 261.207.000,00 em operações de crédito, com 198 cooperativas singulares. Em suma, o microcrédito produtivo (e o microcrédito produtivo orientado) tem grande mercado potencial, mas já cresce a uma velocidade bastante considerável. Se mantiver a atual velocidade de crescimento, em cerca de dez a 15 anos o mercado deve ser totalmente atendido. Parte 2 – A Economia Informal e as Microfinanças: Evidências da Base de Dados da ECINF Definição do Mercado Potencial O objetivo desta parte do trabalho é explorar as características socioeconômicas dos trabalhadores informais, que constituem o principal público-alvo das microfinanças no Brasil. São utilizadas as informações dos microdados da Economia Informal Urbana (ECINF), uma base pública de dados, de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A opção pela ECINF decorre do fato dessa base compreender informações socioeconômicas dos trabalhadores conta própria e empregadores com até cinco empregados, que atuam informalmente na economia, constituindo rica fonte de dados sobre parcela relevante do público-alvo das IMFs, como pode ser visto na tabela abaixo. Paradoxalmente, essa base de dados é pouco explorada por estudos relacionados aos diversos temas das microfinanças, sobretudo microcrédito e microsseguros. Tabela 4 – Percentual de clientes informais por região de localização das IMFs Região Total Norte 99% Nordeste 84% Sudeste 90% Sul 74% Centro-Oeste 76% Total 83% Fonte: Prêmio Itaú Apoio ao Empreendedor (2005: 12) Como ponto inicial de análise, foi definido o valor de R$ 1.000 como limite superior da renda dos trabalhadores conta própria que são alvo de investigação nesta seção. A escolha do valor decorreu de três constatações. A primeira é que esse número é muito 01-Microsseguros-Vol 2.p65 17 30/6/2010, 16:55 18 • Microsseguros: Série Pesquisas próximo à mediana das 39 instituições analisadas pelo estudo do Banco Itaú (2005), intitulado “Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil”. O segundo é que o corte na renda corresponde à metodologia proposta e adotada pelo Microbanking Bulletin. Finalmente, o terceiro motivo é que esse procedimento segue aquele adotado pelo Relatório Parcial da SUSEP de 2008 (GT Microsseguros), embora nesse mesmo relatório reconheça-se que outras variáveis – como a educação (anos de estudo) – deveriam ser consideradas no exercício de identificação do grupo de elegíveis ao microsseguro, além de, neste último, ter havido um corte de renda nitidamente superior ao aqui adotado. Tabela 5 – Proxy de pobreza relativa (valor médio do empréstimo/PIB per capita) Região PIB per capita* 1.000/PIB per capita Centro-Oeste 9.823 10% Norte 4.642 22% Nordeste 3.498 29% Sul 9.185 11% Sudeste 9.977 10% * Valores expressos a preços de 2003. Fonte: Ipeadata A Tabela 5 contém duas informações fundamentais. A primeira concerne à diferença de PIB per capita entre as regiões. Nota-se que, partindo-se de definições de pobreza exclusivamente centradas na renda, o Norte e Nordeste brasileiros são muito mais pobres que as demais regiões. Essa comparação deve ser vista com alguma cautela, já que os valores do PIB per capita presentes na tabela, ainda que estejam definidos em termos reais, não corrigem pela diferença de custo de vida em cada região. Para evitar esse problema, o Microbanking Bulletin advoga que a comparação entre valores dos empréstimos concedidos pelas IMFs que operam em diferentes regiões deveria ser feita em termos do PIB per capita, ou seja, o valor do empréstimo deveria ser expresso em termos do PIB per capita. É exatamente isso que faz a última coluna da tabela. O valor de R$ 1.000 é muito próximo ao valor médio do empréstimo concedido pelo CrediAmigo e à mediana das 39 instituições analisadas pelo estudo do Banco Itaú (2005), intitulado “Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil”. Com a divisão desse valor pelo PIB per capita regional, chega-se a um número que é comumente utilizado como proxy para avaliar a focalização das IMFs. De acordo com o Microbanking Bulletin, esse número não deveria superar os 25% do PIB per capita. Pelos dados da tabela, apenas no NE essa razão superaria os 25%. Contudo, se o PIB per capita for devidamente corrigido pelo custo de vida da região, a razão deve se aproximar dos 25%. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 18 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 19 A Tabela 6 ilustra a composição dos trabalhadores informais entre contas próprias e empregadores com até cinco empregados. Nota-se que o número de contas próprias corresponde a quase seis vezes o de empregadores. Tabela 6 – Composição dos trabalhadores da economia informal Região Conta-própria Empregador com até 5 Empregados Norte 87% 13% Nordeste 87% 13% Sudeste 84% 16% Sul 80% 20% Centro-Oeste 81% 19% Fonte: ECINF, 2003 Em virtude da elevada proporção de trabalhadores por conta própria, esse relatório irá focar apenas a subamostra dos informais que pertencem a essa categoria. Além disso, será adotado um corte de renda domiciliar de R$ 1.000. Portanto, o mercado potencial aqui definido é o de trabalhadores informais, que trabalham por conta própria e que auferem renda mensal domiciliar inferior a R$ 1.000. Características Socioeconômicas do Mercado Potencial É amplamente reconhecida na literatura de microfinanças a predileção de algumas instituições por clientes do sexo feminino. As razões para tal predileção foram analisadas anteriormente. Basicamente, os estudos empíricos e a própria experiência dos agentes de crédito concluíram que as mulheres alocam melhor os recursos entre os membros da família e costumam atrasar menos as prestações dos empréstimos tomados. A tabela a seguir traz a divisão por gênero dos trabalhadores informais por conta própria que possuíam renda de até R$ 1.000 em outubro de 2003. Tabela 7 – Composição por gênero dos trabalhadores conta própria com renda de até R$ 1.000 Região Homens Mulheres Norte 50% 50% Nordeste 55% 45% Sudeste 39% 61% Sul 48% 52% Centro-Oeste 48% 52% Fonte: ECINF, 2003 01-Microsseguros-Vol 2.p65 19 30/6/2010, 16:55 20 • Microsseguros: Série Pesquisas Com exceção da região sudeste, as proporções de contas-próprias são bem equilibradas entre homens e mulheres. Além disso, no sudeste, a proporção de mulheres superou em muito a de homens. Essa estimativa pode ser útil para as IMFs que costumam priorizar as mulheres na formação de grupos solidários ou empréstimos em grupo (PIZA, 2005). A próxima tabela apresenta o nível de instrução, por região, dos trabalhadores contas próprias com renda de até R$ 1.000. Tabela 8 – Grau de instrução dos trabalhadores contas próprias, por região, com renda de até R$ 1.000 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Sem instrução 156 (4%) 563 (7%) 204 (6%) 54 (3%) 29 (3%) Sabe ler e escrever 131 (4%) 371 (5%) 149 (4%) 45 (2%) 34 (3%) Primeiro grau incompleto 1.288 (36%) 2.588 (34%) 1.157 (34%) 613 (29%) 280 (28%) Primeiro grau completo 438 (12%) 871 (11%) 365 (11%) 332 (16%) 162 (16%) Segundo grau incompleto 433 (12%) 781 (10%) 309 (9%) 190 (9%) 101 (10%) Segundo grau completo 846 (24%) 1.786 (23%) 796 (23%) 572 (27%) 236 (23%) Superior incompleto 107 (3%) 270 (4%) 114 (3%) 81 (4%) 52 (5%) Superior completo 166 (5%) 453 (6%) 314 (9%) 235 (11%) 124 (12%) 3.565 (100%) 7.683 (100%) 3.408 (100%) 2.122 (100%) 1.018 (100%) Total Fonte: ECINF, 2003 Os dados mostram que mais de 50% dos trabalhadores contas próprias não possuem segundo grau, sendo que as proporções mais altas são observadas no Norte (68%) e Nordeste (67%). Sendo assim, parece haver alguma correlação negativa (positiva) entre PIB per capita (pobreza) e nível de instrução em cada região. Uma das discussões mais importantes no mundo do microcrédito diz respeito à profundidade do alcance (depth of outreach), qual seja, até que ponto tais instituições estão de fato atendendo aos mais pobres dentre os pobres (the poorest of the poor). A base de dados da ECINF pode ser utilizada para explorar preliminarmente esse tópico de interesse. A tabela a seguir ilustra essa discussão e mostra a proporção, por gênero, de trabalhadores por conta própria com rendimento não superior ao salário mínimo. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 20 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 21 Tabela 9 – Proporção de contas próprias com renda de até um salário mínimo em 2003 Grupo Estimativa Linha de Pobreza Homem 2,98% 240.00 Mulher 2,97% 240.00 Amostra 2,98% 240.00 Nota: O valor do salário mínimo em 2003 era de R$ 240. Fonte: ECINF, 2003 As estimativas para homens e mulheres são extremamente semelhantes entre si e, portanto, ao resultado obtido para toda a amostra. Para ambas subamostras, cerca de 3% de homens e mulheres que atuavam como contas próprias em outubro de 2003 tinham um rendimento menor ou igual a R$ 240. Portanto, se adotarmos tal valor como linha de pobreza, teríamos cerca de 3% de homens de mulheres abaixo dessa linha. Para tal público (the poorest of the poor), os estudos em microfinanças indicam menor possibilidade de inclusão através de modelos de negócio, sendo indicada a atuação do estado através de política pública. De toda forma, há evidências de que parcela preponderante dos pobres pode ser atendida por modelos de negócio inclusivos. O Uso de Seguros Esta seção busca explorar a base de dados em busca de informações relativas ao uso de seguros por parte dos trabalhadores informais, já considerando o critério anterior de renda (R$ 1.000) e a atuação como contas próprias. Abordam-se os dados para uma análise preliminar da potencial sinergia entre o microcrédito e o microsseguro. O argumento baseia-se nas economias de escala que podem ser exploradas pelas instituições de microfinanças, já que as características dos demandantes de microsseguros são muito semelhantes às dos clientes de microcrédito. Embora as necessidades financeiras dos trabalhadores informais de baixa renda sejam relativamente modestas, os riscos incorporados nos trabalhos praticados por essas pessoas podem ser considerados relativamente altos. Com uma tecnologia de produção precária e pouca especialização, o retorno esperado dos empreendimentos acaba sendo baixo, já que não há diversificação dos investimentos, a escala produtiva é bastante limitada e os mercados de poupança e seguro necessários para amortecer os choques adversos são limitados (PIZA, 2005). Por esse fato, as famílias que dependem de atividades de subsistência tornam-se vulneráveis a choques exógenos adversos, que prejudicam o seu fluxo de caixa e o padrão de consumo intertemporal (ZELLER, 1999). 01-Microsseguros-Vol 2.p65 21 30/6/2010, 16:55 22 • Microsseguros: Série Pesquisas O primeiro passo da análise aqui conduzida consiste em verificar se as pessoas que utilizaram crédito, empréstimo ou algum tipo de financiamento em 2003 tiveram acesso a algum tipo de seguro. Embora a ECINF não contenha a informação de se a pessoa recorreu especificamente a IMFs, ao limitar o nível de renda dos trabalhadores informais em R$ 1.000, acredita-se que a subamostra obtida corresponde às pessoas que estariam aptas a concorrer pelos serviços ofertados pelas IMFs. A conclusão principal é de que a maior utilização do crédito guarda pouca relação com maior utilização do seguro. Tabela 10 – Uso de crédito e seguro dos contas próprias com renda de até R$ 1.000 em 2003 Possuía Seguro? Usou Crédito? Não Sim Não (80,6%) (19,4%) Sim (79,5%) (20,5%) Fonte: ECINF, 2003 As próximas tabelas trazem informações sobre o tipo de seguro mais demandado pelos trabalhadores de baixa renda. Tabela 11 – Demanda por seguro de vida dos informais, contas próprias (renda de até R$ 1.000) Região Não possui seguro de vida Possui seguro de vida Norte 61% 39% Nordeste 65% 35% Sudeste 53% 47% Sul 55% 45% Centro-Oeste 60% 40% Fonte: ECINF, 2003 Há potencial de oferta de seguro de vida para os pobres. Além disso, as diversas pesquisas já realizadas reforçam os argumentos de Morduch (2006) acerca da importância desse tipo de seguro para as famílias pobres. Em caso de morte do chefe de família, o seguro pode ser de extrema utilidade (i) para a família não sofrer uma redução abrupta do consumo e (ii) para a família arcar com as despesas do funeral. Além disso, sabe-se que, ao contrário das outras modalidades de seguro, o seguro de vida incorre em meno- 01-Microsseguros-Vol 2.p65 22 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 23 res problemas de informação assimétrica – moral hazard e seleção adversa – tornandose candidato preferencial de muitas instituições ao estenderem produtos de seguro voltados aos mais pobres. Examinando a atuação das IMFs, o seguro de vida aparece ainda no topo dos produtos oferecidos, justamente pelo menor grau de complexidade para a própria IMF. Por exemplo, a FINCA, de Uganda, oferece seguro de vida aos demandantes de crédito cobrando 0,5% a mais de juro nas operações de empréstimos (MORDUCH, 2006). Essa estratégia adotada mostra os ganhos de escala a serem explorados pelas IMFs e pelas empresas seguradoras, com benefícios evidentes para os clientes. Em geral, a segunda modalidade de seguro mais citada nas microfinanças é o seguro saúde. Há inúmeros relatos de pessoas pobres que poderiam abandonar a condição de pobreza extrema ou pobreza crônica simplesmente ingerindo vermífugo. Um número elevado de pessoas morre por desidratação, diarreia e outras doenças associadas à verminose (RAY, 1998). Dessa maneira, o seguro de saúde e o seguro de vida caminhariam lado a lado. É por esse motivo que Morduch (2006: 348) conclui que seguros de vida e saúde são complementares para a redução da vulnerabilidade das pessoas pobres. Contudo, sabe-se que esse tipo de seguro implica lidar com problemas de agência, o que pode encarecer o produto e, ao mesmo tempo, demandar um grau de sofisticação administrativa. Com isso, uma vez mais surge a potencial sinergia existente entre microcrédito e microsseguros. Os problemas de agência observados no mercado de microsseguros são exatamente os mesmos que inibiram por muito tempo operações sustentáveis de microcrédito. Entretanto, os inúmeros casos de sucesso das IMFs, inclusive no Brasil, mostram que os players de microcrédito desenvolveram mecanismos inovadores (ver seção anterior) para mitigar riscos associados à assimetria de informação. A tabela que se segue retrata a demanda por seguros de residência para o mercado potencial aqui definido. Trata-se de outro produto potencial relevante, e de baixa penetração estimada pela tabela, para os pobres, uma vez que boa parte dos microempreendimentos se localiza na própria residência. Tabela 12 – Demanda por seguro de residência dos contas próprias com renda de até R$ 1.000 Região Não possui seguro de residência Possui seguro de residência Norte 96% 4% Nordeste 95% 5% Sudeste 80% 20% Sul 82% 18% Centro-Oeste 94% 6% Fonte: ECINF, 2003 01-Microsseguros-Vol 2.p65 23 30/6/2010, 16:55 24 • Microsseguros: Série Pesquisas A base de dados da ECINF traz uma informação interessante sobre previdência privada, que nada mais é do que uma forma de poupança. A demanda por essa modalidade de seguros por parte dos trabalhadores informais mais pobres, retratada na tabela abaixo, reforça a necessidade de derrubar o mito de que “os pobres não poupam”. Em vários países estudados, há diversos mecanismos informais de poupança (e seguro) entre as pessoas que não têm acesso ao sistema bancário tradicional, geralmente a aquisição de ativos físicos – basicamente animais (RAY, 1998). A tabela abaixo revela, simultaneamente, a existência desse mercado e seu potencial inexplorado. Tabela 13 – Demanda por seguro privado (previdência privada) dos contas próprias com renda de até R$ 1.000 Região Não possui seguro privado Possui seguro privado Norte 76% 24% Nordeste 77% 23% Sudeste 78% 22% Sul 82% 18% Centro-Oeste 87% 13% Fonte: ECINF, 2003 Mercado Potencial e Acesso a Produtos Financeiros Esta seção explora o acesso do conjunto aqui definido como mercado potencial de microsseguros a alguns tipos de serviços financeiros. Do ponto vista das microfinanças, essa discussão se insere no chamado papel que o sistema financeiro desempenha ao contribuir para o desenvolvimento econômico, mais especificamente no quesito combate à pobreza. No Brasil, esta é uma discussão incipiente, notadamente por não se ter ainda um consenso acerca do próprio conceito de bancarização. Obviamente, essa discussão foge ao escopo aqui adotado e, do ponto de vista prático, interessa uma análise exploratória do mercado potencial de microsseguros em termos de acesso a serviços financeiros. Começando pelo acesso à conta corrente, na Tabela 14, a respeito do programa de bancarização promovido pelo governo com abertura de contas simplificadas, a maior parte permanece sem acesso a esse produto, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A Tabela 15 tem especial interesse para estudos em microfinanças, pelo fato da poupança ser um dos mecanismos básicos pelos quais os mais pobres lidam com eventos adversos. Em termos gerais, a análise é semelhante à tabela anterior, com baixa penetração de poupança, sobretudo no Norte e Nordeste. Portanto, não há aqui a utilização de um produto (poupança) potencialmente substituto do microsseguro. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 24 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 25 Tabela 14 – Número dos contas próprias com renda de até R$ 1.000, por região, que possuíam conta corrente em 2003 Tinha conta corrente Região Sim Não Norte 29% 71% Nordeste 32% 68% Sudeste 53% 47% Sul 50% 50% Centro-Oeste 49% 51% Total 38% 62% Fonte: ECINF, 2003 Tabela 15 – Número dos contas próprias com renda de até R$ 1.000, por região, que possuíam poupança em 2003 Tem poupança? Região Sim Não Norte 21% 79% Nordeste 24% 76% Sudeste 27% 73% Sul 27% 73% Centro-Oeste 32% 68% Total 25% 75% Fonte: ECINF, 2003 Tabela 16 – Número dos contas próprias com renda de até R$ 1.000, por região, que possuíam cartão de crédito em 2003 Tem cartão de crédito? Região Sim Não Norte 23% 77% Nordeste 27% 73% Sudeste 34% 66% Sul 32% 68% Centro-Oeste 36% 64% Total 29% 71% Fonte: ECINF, 2003 01-Microsseguros-Vol 2.p65 25 30/6/2010, 16:55 26 • Microsseguros: Série Pesquisas A taxa de penetração de cartão de crédito vista na tabela anterior revela alguns paradoxos. Primeiramente, conforme divulgado em vários estudos, o cartão de crédito está bastante presente no cotidiano do mercado no Brasil, mesmo entre os pobres. Contudo, especialmente quando dirigido ao público informal de baixa renda, o mercado potencial ainda é elevado. Estudos de microfinanças que envolvam cartões de crédito ainda são escassos no Brasil, estes se constituem como mais um canal potencial de negócios inclusivos. A tabela abaixo mostra um dos aspectos mais interessantes do acesso a serviços financeiros na informalidade. Claramente, os correspondentes bancários fazem parte do cotidiano do público e são o principal meio de pagamento de contas nas regiões mais pobres, Norte e Nordeste. Deve-se lembrar que o banco postal/correio, que consta na tabela, também é uma modalidade de correspondente. O potencial para oferta de serviços e produtos financeiros nesses correspondentes é elevado, conforme discutido posteriormente. Tabela 17 – Principal meio utilizado pelos contas próprias com renda de até R$ 1.000 para pagamento de suas contas Cx eletrônicos fora dos Correspon. bancos bancários Débito em conta Telefone Internet Não efetuou transações financeiras Ag. bancária Bco postal/ Correios Norte 28% 11% 2% 47% 1% 0% 1% 12% Nordeste 26% 6% 2% 49% 1% 0% 1% 16% Sudeste 45% 4% 3% 29% 3% 0% 3% 12% Sul 40% 6% 2% 40% 2% 0% 2% 7% CentroOeste 40% 1% 3% 43% 3% 0% 3% 7% Total 32% 6% 2% 43% 1% 0% 1% 13% Região Fonte: ECINF, 2003 Parte 3 – Microcrédito e Microsseguros: Análise da Sinergia Inovações do Microcrédito e o Microsseguro As inovações introduzidas a partir da década de 1970, notadamente com a criação do Banco Grameen, em Bangladesh, representaram uma grande ruptura com o mindset 01-Microsseguros-Vol 2.p65 26 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 27 da comunidade financeira tradicional. Emprestar recursos de baixo volume, sem garantia, para um público geralmente informal parece descolado dos manuais de gerenciamento de risco de crédito tradicionais. Contudo, o sucesso de inúmeras instituições de microcrédito mundo afora, sobretudo pelas baixas taxas de inadimplência e perda efetiva, mostra que há espaço para modelos de negócio inclusivos, capazes de integrar os mais pobres ao mercado de maneira sustentável. Esse conjunto de inovações do microcrédito deve ser de alguma maneira aproveitado para a ampliação de outros produtos financeiros para os pobres, principalmente aqueles relacionados ao microsseguro. Devido à metodologia das IMFs e às características do imenso mercado de baixa renda, há um potencial relevante de sinergia entre microsseguro e microcrédito que precisa ser explorado. Vale lembrar que a sinergia aqui mencionada não se refere unicamente à possibilidade de auferir melhores resultados econômicos, ainda que isso seja essencial para o incentivo a novos modelos de negócio, mas também de oferecer produtos de maior impacto sobre o bem-estar, integrados às necessidades dos pobres, que precisam tanto de crédito quanto de seguros. A Sinergia Através do Agente de Crédito O crédito é um serviço financeiro tipicamente relacional. O chamado microcrédito inovou por criar uma nova forma de relacionamento através do agente de crédito, conforme descrito no início deste trabalho. As diversas pesquisas5 de mercado sobre microsseguros apontam invariavelmente para a desconfiança e o pouco conhecimento sobre o produto seguro. Isto é agravado ainda pela baixa escolaridade desse público, que encontra dificuldades para obtenção de informações sobre os reais benefícios que um seguro traz. A percepção geral é a de que se trata de um produto de seguro que é caro, além de haver receio sobre a quem recorrer em caso de necessidade. Portanto, para a comercialização de microsseguros, é preciso proximidade e interação ao longo do tempo, de forma a construir um relacionamento de confiança. Já no pósvenda, as pesquisas indicam que manter um contato periódico com o cliente faz com que ele se sinta protegido e seguro para continuar a pagar. Tanto o microcrédito quanto o microsseguro podem ser inseridos no conceito de “Finanças de Proximidade”, compreendidas como aquelas oriundas de contatos diretos e permanentes com os agentes produtivos. Abramovay (2004) aponta que as organizações que empreendem finanças de proximidade são capazes de converter redes de relações sociais entre indivíduos, empresas e instituições em redução de custos de transação. 5 As pesquisas de mercado sobre microsseguros aqui mencionadas são as seguintes: Novos Produtos e Canais de Venda em Microsseguros (Data Popular), Next Billion Customers (Boston Consulting Group), Novos Produtos e Canais de Venda em Microsseguros (Data Popular) e Microssseguro: Negócio ou Inserção Social (Fenaprevi). 01-Microsseguros-Vol 2.p65 27 30/6/2010, 16:55 28 • Microsseguros: Série Pesquisas Em termos práticos, a grande inovação capaz de viabilizar um contato permanente com os mais pobres é o agente de crédito, descrito anteriormente como uma das novidades do microcrédito. Aqui reside um elemento fundamental de sinergia entre o crédito e o seguro. Este último é ainda visto com desconfiança, gerando muitas dúvidas pela falta de informação e escolaridade do próprio cliente potencial que entretanto, tende a confiar no agente de crédito, que vai até ele, fala a sua língua e o orienta sobre seus negócios. Uma pesquisa do Boston Consulting Group revela que parcela significativa dos pobres tem interesse no produto seguro, só que acredita não possuir recursos para pagar. Entretanto, observando algumas modalidades de seguro já existentes, cujo preço gira em torno de R$ 10/mês, há um aparente paradoxo, pois haveria, sim, acessibilidade (ainda que limitada à oferta de poucos players) via preço. Uma vez mais surge o problema informacional, porque as pessoas não sabem que o seguro pode “caber no bolso” e, ao mesmo tempo, desconfiam de preços muito baixos. A mesma pesquisa revela também que, dentre os pobres, as rendas individuais são preponderantemente agrupadas e, consequentemente, as decisões são tomadas em conjunto, sendo necessário influenciar ou conhecer os membros da família. Em outras palavras, importa muito o perfil familiar, e não apenas o individual, para tomada de algumas decisões. Certamente, a aquisição do seguro está entre elas. Em todos os casos acima, o agente de crédito pode desempenhar papel vital como fonte confiável de informação para o cliente, tendo maior chance de influenciar e conhecer detalhes do domicílio, e não apenas do indivíduo. Portanto, se os potenciais clientes de microsseguros procuram segurança em todo o processo de compra (influenciadores, clareza do produto, canal, meio de pagamento e relacionamento), a presença do agente de crédito tem grande potencial para suprir essa necessidade do cliente. Além disso, as pesquisas indicam que, entre os pobres, não há uma procura específica por seguros. Geralmente, o acesso ao seguro ocorre através de outros serviços. O agente de crédito pode ser o promotor e o elo de ligação entre o microcrédito e o microsseguro. A Sinergia Através da Frequência de Pagamentos Uma das inovações importantes do microcrédito diz respeito à periodicidade ou frequência de pagamento. Independentemente do produto oferecido, se crédito ou seguro, é importante que a coleta de pagamentos guarde relação com o fluxo de caixa dos clientes. As pesquisas indicam que cerca de 50% dos pobres são pagos em prazos quinzenais, semanais ou diários. Além disso, ressaltam que um dos fatores indispensáveis para aquisição do seguro é a flexibilidade no pagamento, pois a renda é inconstante. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 28 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 29 Diversas IMFs no Brasil já adotam sistemas flexíveis de coleta de pagamentos de empréstimos, como é o caso dos bancos comunitários do programa CrediAmigo (Banco do Nordeste), do São Paulo Confia e do CEAPE-MA. Portanto, tanto em termos de preferência da demanda como em termos de modelos de negócio já existentes (no microcrédito), a frequência de pagamentos indica potencial sinergia entre microcrédito e microsseguro. A Sinergia Através do Foco nas Mulheres Uma pesquisa realizada pelo Data Popular mostra que as mulheres entendem melhor os benefícios do seguro, manifestando maior interesse por esse tipo de produto. De fato, como descrito na seção inicial, as mulheres se preocupam mais com a manutenção do bem-estar familiar, sobretudo dos filhos. Assim, a mulher percebe que, por exemplo, em caso de morte do chefe de família, o seguro pode ser de extrema utilidade para que a família (i) não sofra uma redução abrupta do consumo e (ii) possa arcar com as despesas de funeral. Além disso, sabe-se que parcela significativa das operações de microcrédito são direcionadas para mulheres. No caso do Grameen, cerca de 95% da clientela são do gênero feminino. No modelo dos bancos comunitários FINCA, a porcentagem de mulheres é semelhante. Uma pesquisa mais ampla6 sobre as IMFs no Brasil revelou que cerca de 55% dos clientes de microcrédito são mulheres. A predominância é observada em 25 das 37 instituições que responderam à pesquisa. Em abril de 2009, o programa CrediAmigo (Banco do Nordeste) – relembrando, maior player de microcrédito produtivo do país – informava que 65% do volume total de operações eram alocados para mulheres. Embora no Brasil não haja instituições de microcrédito de maior porte com foco nitidamente nas mulheres, há evidências de que as operações de fato as têm privilegiado. O foco nas mulheres significa, portanto, uma sinergia potencial evidente entre a oferta de microcrédito e microsseguros. Potencial Interesse das IMFs pelo Microsseguro no Brasil A atividade básica das IMFs no mundo todo é a oferta de empréstimos à população de baixa renda. As IMFs estão sujeitas aos mesmos riscos que seus clientes. Quando um evento adverso afeta um tomador de empréstimo ou sua família, o efeito sobre a capa6 Diagnóstico das Instituições de Microcrédito no Brasil, Prêmio Itaú 2005. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 29 30/6/2010, 16:55 30 • Microsseguros: Série Pesquisas cidade de repagamento do microcrédito é imediato. Assim sendo, a incorporação dos seguros aos modelos de negócio dessas instituições pode agregar valor e servir como uma importante ferramenta de gestão de risco de crédito. Tomando como exemplo o caso mais simples, ou seja, o risco de vida dos clientes, as opções principais das IMFs seriam: i) Recorrer aos demais membros do grupo, no caso de empréstimos nessa modalidade. A prática de mercado mostra que, nesses casos, tende a haver resistência por parte do grupo, com efeitos negativos sobre a inadimplência. Permanece para as IMFs o risco de vida de mais de um membro do grupo; ii) Dar baixa (write-off) desses empréstimos. Essa opção é obviamente custosa, do ponto de vista de sustentabilidade financeira. Além disso, é preciso manter um controle das perdas associadas que são ligadas ao evento (morte), de maneira a segregá-las das demais perdas e verificar intertemporalmente quais os custos associados especificamente ao evento. iii) Cobrar adicionais (self-insure) nos empréstimos. Ao conceder microcrédito, as IMFs poderiam repassar os custos derivados das perdas associadas ao risco de vida, cobrando uma taxa de juros maior. Tal cobrança poderia até constituir um fundo de reserva, acionado no caso de ocorrência do evento adverso. Tal procedimento poderia estender-se para outros tipos de risco. O maior problema aqui é, de um lado, a maior complexidade de controle das operações, que pode desviar a IMFs de seu core business. De outro lado, a precificação dos custos adicionais pode acabar impondo preços excessivamente altos aos tomadores. iv) Parceria com uma empresa de seguros. Uma das soluções possíveis seria a IMF ofertar microsseguros como uma espécie de antessala de uma seguradora, sendo esta última especializada em microsseguros ou não. Do ponto de vista da IMF, a principal vantagem é a remoção do risco (vida) da carteira. Além disso, aspectos relativos à administração dos processos podem ser facilitados pela presença de uma instituição de seguro já habituada com os trâmites envolvendo esse tipo de serviço. As maiores desvantagens parecem ligadas ao desafio de, para as IMFs, encontrar uma parceria adequada, capaz de benefícios mútuos. As vantagens e desvantagens acima expostas e o atual grau de sofisticação das IMFs, além de sua grande capacidade de capitalização e acesso a fontes de recurso, indicam que a melhor opção deve ser o estabelecimento de uma parceria com uma seguradora. Recorrer aos demais membros do grupo ou simplesmente reconhecer a perda não representam estratégias first best no Brasil. No primeiro caso, as diversas instituições têm 01-Microsseguros-Vol 2.p65 30 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 31 modelos não somente de crédito em grupo, mas também individual. No segundo caso, não parece haver justificativa para simplesmente dar baixa no crédito, dada a possibilidade de compartilhamento de risco oferecida pelas seguradoras. Já os fundos de reserva têm a desvantagem de não eliminar os riscos de covariância. Um caso atual e emblemático da importância do microsseguro para as IMFs é do CEAPE-MA. A instituição é reconhecidamente reputada como uma das melhores OSCIPs de microcrédito do Brasil. A instituição tem cerca de 25 mil clientes e vivencia um período de transição de modelo sem finalidade lucrativa (OSCIP) para um arranjo no qual há lucro. Os meses de abril e maio foram especialmente ruins para o CEAPEMA por conta das cheias no Nordeste, particularmente, no Maranhão. Em um exemplo concreto de risco de covariância, como há pouca diversificação geográfica na carteira, toda concentrada no Maranhão, os efeitos da cheia sobre os clientes foram, em grande medida, repassados para a IMF. Por se tratar de um fato recente, não há ainda números disponíveis para uma análise aprofundada. Conversas com diretora executiva do CEAPE-MA indicam que a taxa de inadimplência subiu sensivelmente. Uma eventual parceria com seguradoras poderia ter mitigado o risco da carteira. Canais de Distribuição Potenciais: o Caso dos Correspondentes As pesquisas de mercado sobre microsseguros destacam fortemente o papel dos correspondentes não-bancários na vida dos mais pobres. No caso da pesquisa do Data Popular, os correspondentes são destacados como local preferido pela maioria dos entrevistados para pagamento dos microsseguros. As duas razões principais são a localização e o ambiente, tido como informal, mas “sério”. Para os estudiosos das microfinanças, o Brasil promoveu uma verdadeira revolução em termos de alcance dos mais pobres com o modelo dos correspondentes. O país tem hoje cerca de 90% dos correspondentes de todo o mundo. Em 2000, um terço dos municípios brasileiros não tinha sequer um ponto de acesso a bancos. Sua população era obrigada a viajar grandes distâncias para pagar uma simples conta ou receber uma aposentadoria. Adaptações na regulamentação do mercado financeiro, principalmente visando à expansão do então programa Bolsa-Escola, permitiram à Caixa Econômica Federal utilizar sua interligação com a rede de lotéricas para o pagamento desse benefício à população mais pobre em um número muito maior de localidades. Paralelamente, aproveitando a brecha criada por essa nova regulamentação, redes arrecadadoras de contas no Nordeste, região com baixa cobertura de atendimento bancário, integraram-se aos bancos tradicionais via sistemas de terminais eletrônicos, transformando farmácias, pequenos mercados e outros pontos varejistas em pontos de serviço 01-Microsseguros-Vol 2.p65 31 30/6/2010, 16:55 32 • Microsseguros: Série Pesquisas bancário. Estava criado o modelo dos correspondentes, que alavancou a expansão dos serviços financeiros no Brasil para regiões carentes e para as populações de baixa renda. Em 2003 não havia mais nenhuma localidade no Brasil sem acesso a serviços financeiros. Em 2009, com cerca de 127 mil pontos, os correspondentes representam mais de seis vezes o número de agências bancárias. Graças à sofisticada tecnologia de rede em que se baseia sua infraestrutura, os correspondentes já são o principal canal bancário da baixa renda no Brasil. É por meio dele que a população paga a maioria de suas contas, recebe benefícios governamentais, etc. Notável ainda é o expressivo número de abertura de contas correntes simplificadas feitas nos correspondentes, sem que os usuários frequentem agências bancárias tradicionais. Tabelas 18 – Correspondentes no país. Evolução dos pontos de atendimento por região Região 2000 2003 2006 2007 Centro-Oeste 3.482 4.334 7.766 7.884 Nordeste 7.450 10.276 18.092 18.149 Norte 2.837 3.399 3.134 3.332 Sudeste 42.116 50.852 49.084 47.500 Sul 7.624 9.678 17.158 18.984 Brasil 63.509 78.539 95.234 95.849 Fonte: Banco Central do Brasil As pesquisas realizadas até o momento indicam haver grande espaço para ampliação da oferta de serviços financeiros para os mais pobres através do canal dos correspondentes. Vários estudos salientam que a utilização do correspondente como infraestrutura tecnológica de apoio a atividades de competência específica das IMFs – seleção, distribuição e acompanhamento de crédito – tem se mostrado promissora. Incluir o microsseguro neste rol de serviços seria bastante natural. Além disso, embora seja permitido às IMFs e também às cooperativas de crédito tornarem-se correspondentes, poucas instituições desse tipo têm adotado esse papel. Os correspondentes ainda estão muito concentrados na região Sudeste e têm foco predominante em serviços de pagamento e recebimento. A evolução desse canal no país, entretanto, mostra uma gradual, mas consistente, desconcentração regional e um aumento da diversidade nos serviços oferecidos, o que pode atrair o interesse de outras instituições do sistema financeiro, além de uma exploração mais efetiva de todo o seu potencial por parte dos bancos tradicionais. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 32 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 33 Portanto, a sinergia potencial entre microsseguros e o microcrédito pode se viabilizar através do desenvolvimento de modelos de negócio que, a partir do canal já existente dos correspondentes, vão além do atual foco, centrado em produtos tipicamente transacionais, como os pagamentos. Além disso, a utilização dos correspondentes amplia a potencial sinergia com o microcrédito por incluir a possibilidade de parcerias com as cooperativas de crédito, cujo volume de crédito e de clientes é muitas vezes superior ao das IMFs tradicionais. Pontos Importantes na Interação Microcrédito-Microsseguros Foram realizadas quatro entrevistas7 com instituições atuantes e potenciais em microcrédito e/ou microsseguros. O objetivo principal era ouvir os participantes do mercado sobre os principais pontos relacionados ao desenvolvimento de modelos de negócio conjunto entre microcrédito e microsseguros. As principais observações dessas entrevistas estão listadas abaixo. Vale ressaltar que elas representam expressamente a opinião dos entrevistados, não dos autores desse trabalho. Além disso, os itens abaixo contêm apenas os trechos de entrevista devidamente autorizados pelos entrevistados. i) As IMFs percebem o valor agregado do microsseguro principalmente pelo potencial de redução de perda com a inadimplência. O potencial de geração de receita é percebido como relativamente pequeno; ii) Entre as IMFs há clara percepção de que o agente de crédito pode ser utilizado para distribuição de vários serviços, tanto financeiros como não-financeiros. O microsseguro é um deles; iii) As IMFs ressaltam que o microcrédito produtivo demanda uma divulgação proativa. As pessoas não vêm atrás do crédito, mas o agente precisa ir até elas. Com o microsseguro é a mesma coisa. E as IMFs, principalmente com o agente de crédito, já detêm um relacionamento e uma metodologia de levar o produto ao cliente; iv) As IMFs destacam os produtos de seguro de vida e seguro de acidentes pessoais como os de principal demanda potencial dentre os tomadores de microcrédito; v) Para todas as IMFs, levanta-se o argumento de que as seguradoras têm uma prateleira de produtos que é, quase sempre, incompatível com as características de um produto de seguro adequado aos pobres; 7 As instituições foram: São Paulo Confia (OSCIP de Microcrédito), American Life (seguradora que iniciou programa de microsseguros em 2009), Real Microcrédito (iniciativa de Microcrédito do Banco Real) e Banco Bradesco. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 33 30/6/2010, 16:55 34 • Microsseguros: Série Pesquisas vi) Sobretudo para as IMFs de menor porte, há uma desconfiança de que eventuais parcerias com seguradoras serão apenas uma “desculpa” para construir a porta de acesso aos clientes (das IMFs). Tendo obtido esse acesso, sobretudo para seguradoras ligadas aos grandes bancos, o próximo passo seria ofertar outros produtos, principalmente crédito, o que iria acabar concorrendo com a própria IMF; vii) Para as IMFs de maior porte, sobretudo aquelas ligadas a bancos, o maior problema é oferecer um produto adequado à realidade dos clientes e que se encaixe no conjunto de procedimentos de qualquer outro produto dentro do banco. Por exemplo, para a emissão de carnês com prazos de pagamento não mensais, como casar os sistemas de controle da seguradora (do próprio grupo) com os das IMFs? viii) No caso de cobrança, caso as IMFs utilizem seus agentes de crédito para distribuição de seguros, há dificuldade em justificar o deslocamento de agentes unicamente para “cobrar seguro”. Este seria o caso para os clientes que optassem somente por esse último produto, sem querer novos créditos ou sem renovar empréstimos antigos; ix) As IMFs destacam que, no que diz respeito ao uso dos correspondentes, é preciso desenvolver modelos mais adequados. O São Paulo Confia cita que lhe foi proposto que seus agentes de crédito comercializassem seguros. Contudo, o agente de crédito se responsabilizaria tanto pelo preenchimento de uma proposta do cliente potencial como por levar essa proposta, junto com o cliente, ao correspondente mais próximo. Na opinião da instituição, este procedimento é pouco eficiente e toma tempo do agente; x) A junção microcrédito-microsseguro pode ser um nicho importante para as pequenas e médias seguradoras. Custos fixos elevados das grandes seguradoras podem acabar inviabilizando o desenvolvimento de parcerias com instituições cuja carteira de clientes é reduzida. Além disso, as seguradoras de médio e pequeno porte têm mais flexibilidade para ofertar produtos adequados e acoplados à realidade das IMFs; xi) As seguradoras pouco conhecem do mundo das IMFs. A principal razão desse desconhecimento talvez seja a ausência de um modelo de microcrédito consensualmente consagrado no mercado brasileiro. Não há “efeito demonstração” no caso exclusivo das IMFs. O pouco conhecimento tem impedido a formação de parcerias, principalmente entre as pequenas e médias seguradoras e as IMFs; xii) Projetos de microsseguros devem ter o cuidado de não “enfiar goela abaixo” o produto. Muitos seguros tradicionais são comercializados assim; xiii) Para as seguradoras, parcerias com as IMFs diminuiriam os custos de implementação de projetos, pois seria “menos custoso” treinar o agente de crédito, que possui o principal ativo necessário para o microsseguro dar certo: o acesso e a confiança dos clientes. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 34 30/6/2010, 16:55 Sinergia entre Microsseguro e Microcrédito e o Crescimento dos Mercados no Brasil • 35 Bibliografia ABRAMOVAY, R. (Org). Laços financeiros na luta pela pobreza. São Paulo: ANNABLUME, FAPESP, SEBRAE, 2003. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Estatística de microfinanças. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/ ?SFN. Acessado em: 13.05.2009. CREDIAMIGO. Relatórios e resultados. Disponível em: http://www.bnb.gov.br/content/aplicacao/ Produtos_e_Servicos/Crediamigo/gerados/Res ultados.asp?idtr=crediamigo. Acessado em: 13.05.2009. DINIZ, E.; GONZALEZ, L. Inclusão e bancos: alguns comentários. Valor Econômico, 08.06.2009 DINIZ, E.; JAYO, M. 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Inter- American Development Bank, Conference on Social Protection and Poverty, 1999. 01-Microsseguros-Vol 2.p65 36 30/6/2010, 16:55 2 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil a Partir da Análise da Estrutura dos Gastos Familiares e das Pequenas Empresas com Produtos Relacionados Kaizô Iwakami Beltrão Sonoe Sugahara Fernanda Paes Leme Rito Introdução Dado que o norte principal desta série de estudos é buscar a maior quantidade possível de informações sobre a população-alvo, aquela potencial consumidora dos produtos de microsseguros, buscou-se fontes de dados que pudessem fornecer informações que corroborassem esse objetivo. Este texto é, neste sentido, complementar à análise anterior “Estimativa de potencial do mercado de microsseguros no Brasil”1, na qual foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Neste texto são utilizados os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) para os domicílios e da Pesquisa da Economia Informal Urbana (ECINF), ambas realizadas pelo IBGE. 1 Foram analisados três recortes de renda: população com renda per capita de até 1, até 2 e até 3 salários mínimos. 37 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 37 30/6/2010, 16:56 38 • Microsseguros: Série Pesquisas Os dados da POF foram coletados ao longo de 12 meses (julho de 2002 a junho de 2003), tendo sido levantadas informações de quase 50 mil domicílios e cerca de quatro mil setores censitários distribuídos nas áreas urbanas e rurais de todas as Unidades da Federação. A ENCIF “apresenta os resultados da pesquisa sobre a situação dos pequenos empreendimentos não-agrícolas, em especial aqueles pertencentes ao setor informal relativos aos proprietários, abrangendo informações sobre investimentos, receitas, despesas e lucro médio das empresas do setor informal, características das pessoas ocupadas, como sexo, idade, nível de instrução, vínculo de trabalho e posição na ocupação, além de aspectos relacionados à regularização do negócio, acesso a serviços não-financeiros e crédito”2. Os dados da ECINF foram coletados em 2003, sendo outubro o mês de referência. Na operação de campo foram levantados dois tipos de questionários: o primeiro sobre o domicílio e seus moradores e o segundo sobre as unidades produtivas informais e seus proprietários. Foram pesquisados cerca de 55 mil domicílios distribuídos pelo Brasil. Os dados das PNADs permitiram mapear a população-alvo segundo aspectos demográficos (sexo, grupos etários), geográficos (localização dos domicílios segundo UFs), econômicos (atividade econômica da pessoa de referência do domicílio, posição na ocupação e/ou condição de beneficiários), escolaridade (individual e da pessoa de referência do domicílio), composição e arranjos familiares. Por outro lado, a utilização da POF permitiu mapear o comportamento da população-alvo quanto ao consumo de produtos específicos, ou seja, a base de dados permite desenhar uma cesta básica de consumo dos domicílios brasileiros, por faixa de renda domiciliar, situação de domicilio e UF, por exemplo. A composição da cesta de consumo com base em faixas de renda se revela um importante indicador, já que, ainda que não seja possível precisar quais seriam os potenciais consumidores de microsseguros a partir da renda mensal exclusivamente, sabe-se que o público-alvo de microsseguros, dada a sua definição, é uma população de baixa renda 3. Além disso, pode-se identificar os hábitos de consumo da população segundo a renda, o que permite precisar o grau de penetração de um determinado setor, no caso, o de seguros. 2 Ver www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ecinf/2003/default.shtm O estudo “Protecting the poor” observa que a questão de quão pobre deve ser um indivíduo para ser apto a um microsseguro varia de um país para outro, e que seria particularmente interessante cobrir trabalhadores da economia informal, sem acesso a seguros comerciais ou benefícios da proteção social providenciados pelos empregadores ou governos (ver Churchill, 2006). 3 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 38 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 39 A rigor, a POF, ao indicar quem já consome determinado produto ou serviço de seguro/previdência, permite apontar nichos de mercado. Exemplificando: é possível identificar a partir de qual faixa de renda há consumo de seguro saúde, assim como qual é a representatividade do gasto com esse produto na despesa total. Acredita-se que esse dado seja relevante para a determinação de parâmetros para o lançamento de novos produtos. Para verificar o consumo com produtos de seguro, especificamente, calculou-se a probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência por faixa de renda, assim como se identificou uma cesta de consumo de produtos de seguro e previdência por faixa de renda. O presente estudo foi estruturado também a fim de fornecer informações sobre gastos com itens domésticos selecionados e a forma de aquisição dos mesmos, de algum modo tentando estimar a possibilidade de microfinanciamento no âmbito doméstico. Alguns autores (ver Churchill, 2006) defendem uma dupla natureza do microsseguro: contingências associadas a valores mais altos seriam cobertas por seguros inerentemente mais complexos em sua natureza, enquanto contingências envolvendo menores valores seriam cobertas por financiamentos. Esse conjunto de informações permite a identificação de um padrão de consumo, sendo que a forma de aquisição dos produtos indica a possibilidade de desenvolvimento de seguros financeiros (por exemplo, cobertura de desemprego ou morte) ou mesmo o financiamento direto para aquisição de bens de capital ou instrumentos de trabalho (como máquinas de costura ou automóveis). Além da renda per capita que parece ser um fator determinante no acesso a bens e serviços, a posição na ocupação e/ou o status previdenciário do indivíduo pode desempenhar também um papel importante nesse acesso. Empregados formais deveriam ter uma maior cobertura de saúde, possivelmente por uma coparticipação do empregador. Beneficiários da previdência e funcionários públicos deveriam ter mais fácil acesso a crédito, não só pela comprovação da renda como também pela estabilidade da relação e pelos mecanismos de desconto direto. Como os dados da ECINF focalizaram as empresas com até cinco empregados, formais e informais, permitiram levantar informações importantes sobre o setor informal não cobertas pela PNAD ou pela POF, como por exemplo, a enumeração de motivos para o não-consumo de produtos de seguro, assim como as listagens encontradas nos pequenos negócios, nas quais se sobressai a necessidade de financiamento. Assim, o presente relatório encontra-se dividido em seis seções, sendo a primeira esta breve introdução, e a última, referente às considerações finais. A segunda seção apresenta uma descrição das despesas domiciliares e a seção seguinte detalha especifi- 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 39 30/6/2010, 16:56 40 • Microsseguros: Série Pesquisas camente as aquisições de produtos e serviços de seguro e previdência. A quarta seção detalha os gastos com bens duráveis selecionados, privilegiando a forma de aquisição nessa descrição. A quinta seção explora as informações da ECINF, focalizando as pequenas empresas informais. Nessa seção é explorada a aquisição de produtos de seguro e financeiros, bem como as razões para o não-acesso. O objeto das seções anteriores tinha sido os domicílios como um todo, com ênfase nos gastos domiciliares. Além disso, o trabalho conta com cinco anexos: no primeiro são descritas as variáveis utilizadas, bem como são detalhadas algumas informações sobre a POF. O segundo anexo caracteriza as empresas informais, objeto da quinta seção. Os demais anexos apresentam dados desagregados por status de ocupação/previdência. Composição da Despesa Domiciliar As despesas domiciliares são classificadas pela POF em 3 categorias principais: i) despesa corrente; ii) aumento do ativo); iii) diminuição do passivo. A categoria “aumento do ativo” corresponde à aquisição, a benfeitorias em imóvel e outros investimentos. A categoria “diminuição do passivo” congrega as despesas com pagamentos de empréstimos, carnês e prestações de imóvel. Estas relacionam-se ao potencial de mercado de seguros nos ramos garantia e financeiro. A categoria “despesa corrente” inclui duas subcategorias: despesas de consumo e outras despesas correntes. A subcategoria “despesa de consumo” é composta pelos seguintes grupamentos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, higiene e cuidados pessoais, assistência à saúde, educação, recreação e cultura, fumo, serviços pessoais e despesas diversas. Essa subcategoria indica a potencialidade do mercado de seguros para os ramos de danos (residencial e automóvel) e pessoas (saúde, incluindo assistência odontológica)4. Já a subcategoria “outras despesas correntes” inclui despesas com impostos, contribuições trabalhistas, pensões, mesadas, doações, etc. Essa subcategoria abarca previdência privada e seguro de vida. A Figura 1 a seguir sintetiza a composição da despesa total, segundo a classificação da POF. 4 Ver IBGE, 2004. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 40 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 41 Figura 1 – Composição da Despesa Total na POF DESPESA TOTAL (monetária + não-monetária) Despesa Corrente Aumento do ativo Diminuição do passivo Alimentação; Habitação; Vestuário; Transporte; Higiene e cuidados pessoais; Assistência à saúde; Outras Despesas Correntes Despesas de Consumo Educação; Recreação e cultura; Fumo; Serviços pessoais; e Despesas Diversas As despesas de consumo são as mais significativas, respondendo por cerca de 82% do total (Tabela 1). Destaca-se que a participação desse tipo de despesa diminui com o aumento da renda, assim como são percebidos diferenciais no peso relativo de alguns quesitos em função da renda. Para todas as classes de rendimento familiar, o item que representa a maior despesa no orçamento familiar é habitação, respondendo por até 37,15% das despesas da população com renda até R$400,00 (2 salários mínimos da época) e a 22,79% das despesas da população com renda acima de R$6.000,00 (30 salários mínimos)5. Alimentação e transporte são o segundo e terceiro item, respectivamente, de maior representatividade nas despesas da população com renda até R$2.000,00 (20 salários mínimos). Destaca-se que para a população com renda acima de R$2.000,00, o item transporte passa a ser o segundo mais representativo, e o item referente à alimentação, o terceiro. É importante destacar que o item transporte compreende, entre outros, os quesitos de aquisição e manutenção de veículos, combustível e viagens. Assim, a maior representatividade desse item para a população de renda mais alta pode decorrer do fato de que esse contingente possui mais automóveis, além de maior acesso a viagens como lazer. 5 Para maiores detalhes sobre o item habitação, ver IBGE, 2004. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 41 30/6/2010, 16:56 42 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 1 – Distribuição da despesa (monetária e não-monetária) média mensal familiar, por classes de rendimento monetário e não-monetário mensal familiar, segundo os tipos de despesa, com indicação de características das famílias – Brasil Classes de rendimento monetário e não-monetário mensal familiar Total Despesa total Até 400 (1) Mais de 400 a 600 Mais de 600 a 1.000 Mais Mais de de 1.000 1.200 a a 1.200 1.600 Mais de 1.600 a 2.000 Mais de 2.000 a 3.000 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Mais de 3.000 a 4.000 Mais de Mais 4.000 de a 6.000 6.000 100,00 100,00 100,00 100,00 Despesas correntes 93,26 97,15 97,09 96,16 95,32 94,43 94,46 93,62 94,10 93,27 88,89 Despesas de consumo 82,41 94,60 93,35 91,62 90,04 87,76 86,47 83,91 83,33 79,10 69,89 Alimentação 17,10 32,68 29,76 25,44 23,21 20,90 18,79 16,24 14,51 11,78 Habitação 29,26 37,15 36,77 35,88 34,33 32,46 31,33 29,17 26,95 26,76 22,79 Outros 1,06 0,20 0,15 0,26 0,36 0,55 0,74 0,91 1,35 1,95 1,73 Vestuário 4,68 5,29 5,70 5,80 5,89 5,61 5,47 4,97 4,71 4,03 3,21 Transporte 15,19 8,15 8,59 10,92 11,79 13,87 14,49 17,09 Outras 0,93 0,31 0,24 0,28 0,51 0,62 0,68 0,92 1,33 1,49 1,32 Higiene e Cuidados Pessoais 1,79 2,40 2,37 2,35 2,42 2,17 2,31 1,78 1,77 1,40 1,10 9,04 18,98 18,05 17,26 Assistência à saúde 5,35 4,08 4,66 4,95 4,93 5,18 5,57 5,40 5,51 5,91 5,62 Plano/Seguro saúde 1,51 0,28 0,26 0,62 0,79 1,01 1,39 1,56 2,01 2,42 2,09 Educação 3,37 0,80 1,04 1,32 1,78 1,98 2,69 3,50 4,38 5,19 4,89 Recreação e cultura 1,97 0,81 1,06 1,35 1,65 1,70 2,02 2,23 2,47 2,55 2,16 Fumo 0,57 1,14 1,04 0,95 0,98 0,75 0,66 0,53 0,46 0,32 0,23 Serviços pessoais 0,84 0,64 0,68 0,78 0,81 0,79 0,87 0,89 0,96 0,95 0,81 Despesas diversas 2,30 1,46 1,70 1,87 2,26 2,35 2,26 2,10 2,64 2,15 2,79 Outras 0,40 0,29 0,40 0,46 0,38 0,47 0,47 0,40 0,38 0,37 0,37 10,85 2,55 3,74 4,54 5,27 6,67 7,99 9,72 Previdência privada 0,29 0,00 0,01 0,02 0,03 0,02 0,07 0,19 0,10 0,52 0,76 Outras 1,11 0,07 0,16 0,25 0,31 0,43 0,57 0,70 0,93 1,60 2,49 Aumento do ativo 4,76 2,22 2,19 2,79 3,35 3,58 3,73 4,11 3,57 4,11 8,65 Diminuição do passivo 1,98 0,62 0,72 1,05 1,34 2,00 1,81 2,26 2,33 2,62 2,47 Outras despesas correntes 10,77 14,17 19,00 Fonte: IBGE, 2004, p. 119-120 As despesas com produtos de seguro e previdência estão incluídas na categoria “despesa corrente”, sendo que na categoria “outras despesas correntes” estão incluídas as despesas com previdência privada (em quesito próprio) e seguro de vida, no 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 42 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 43 quesito “outras”. Já a categoria “despesa de consumo” abriga as despesas com: seguros sobre o imóvel (incêndio, roubo, etc), inseridas no quesito “outras” do grupamento habitação; seguro obrigatório para veículos (e o seguro obrigatório), incluído no quesito “outras” do grupamento transporte; seguro saúde, como quesito próprio no grupamento assistência à saúde; e despesas relativas a funeral, no quesito “outras” do grupamento despesas diversas. Percebe-se que a participação dos gastos com produtos de seguro e previdência na despesa total é pequena, porém crescente com o nível de renda. Os produtos de seguro saúde e previdência privada são os que têm maior representatividade, comparados aos demais produtos de seguro, sendo que os de saúde destacam-se não só em termos percentuais em relação aos produtos de previdência privada, mas principalmente porque as diferenças relativas de participação entre as diversas classes de rendimento também são menores. A maior representatividade do ramo saúde pode decorrer da maior maturidade desse segmento face ao de previdência privada. Decerto que a previdência privada não é exatamente uma novidade para o setor nacional. Entretanto, durante algumas décadas, a previdência privada aberta, especificamente, não se desenvolveu, seja pela desconfiança da população em virtude da quebra dos montepios na década de 1960, seja pela dificuldade de oferecer um nível exigível de segurança aos participantes nos períodos de hiperinflação. Além disso, a partir da precariedade do sistema público de saúde, o seguro de saúde passa a ser percebido não como um investimento de longo prazo, mas como um item necessário no dia a dia, mas muitas vezes não acessível devido aos altos custos. Assim, a autoassistência através do mercado e da família alcançou primeiro a área de saúde e, só mais recentemente, observa-se uma tendência de maior participação dos agentes privados nos esquemas securitários na área previdenciária. Por fim, o seguro de saúde, tradicionalmente, é agregado a uma política de recursos humanos, o que facilita a participação inclusive de trabalhadores formais de renda mais baixa nesses esquemas. Sobre esse aspecto, a seção “Acesso a Produtos de Seguro Segundo Status de Ocupação/Previdência” apresentará a probabilidade de acesso a produtos de seguro segundo o status de ocupação/previdenciária. Gastos com Produtos de Seguro A seção “Composição da Despesa Domiciliar” apresentou, sinteticamente, a distribuição das despesas dos domicílios brasileiros, segundo a classificação da POF, desta- 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 43 30/6/2010, 16:56 44 • Microsseguros: Série Pesquisas cando-se a localização das rubricas referentes a produtos de seguro e previdência. Observou-se que a participação desses produtos no gasto total dos domicílios é pequena, sendo que os produtos relativos à saúde e previdência são os mais representativos. A presente seção complementa tais informações gerais com a análise específica dos gastos com produtos de seguro, a partir, principalmente, da apresentação da probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência segundo renda domiciliar per capita. Foram identificados e selecionados alguns produtos relativos a seguros que classificamse nas seguintes categorias: i) pessoais, exceto saúde; ii) saúde; iii) patrimônio/imóveis; iv) automóveis; v) previdência pública; vi) previdência privada; e vii) funeral. A Tabela 2 abaixo apresenta todos os produtos que foram agregados nas categorias classificadas. Tabela 2 – Classificação dos tipos de seguros, desagregada por produtos Tipos Produtos (como listados na POF) Pessoais, exceto saúde • • • • Seguro de cartão de crédito Seguro de vida Juros e seguro de empréstimo Seguro-educação Saúde • • • • Fundo de participação em plano/seguro saúde Poupança complementar de plano/seguro saúde Complementação de plano/seguro saúde Plano/seguro saúde Patrimônio/Imóveis • • • • • • • Seguros sobre o imóvel – domicílio principal (incêndio, roubo, etc.) Seguro contra roubo do domicílio principal Seguro contra incêndio do domicílio principal Seguro contra roubo e incêndio (outros imóveis) Seguro contra roubo e acidentes Seguro de bens móveis exceto veículos Seguro habitação Automóveis • • • • Seguro obrigatório Seguro voluntário Seguro total do veículo Seguro parcial do veículo Previdência Pública Previdência Privada Funeral Os Gráficos 1 a 4 apresentam a probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência segundo tipo de produto e renda domiciliar monetária per capita. O Gráfico 1 e o Gráfico 2 utilizam o salário mínimo como parâmetro para a distribuição da probabilidade, enquanto o Gráfico 3 e o Gráfico 4 utilizam vintis de renda. Ademais, no Grá- 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 44 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 45 fico 2 e no Gráfico 4 foi utilizada a escala logarítmica, para ser possível observar o detalhe nos valores mais baixos. A probabilidade de acesso para quase todos os tipos (exceto funeral) selecionados é crescente em função da renda6 (ver também Tabela 3). Observa-se que o tipo patrimônio/imóveis é o que apresenta menor probabilidade de acesso para todas as faixas de renda, exceto a mais abastada, para a qual a probabilidade de acesso a seguro funeral é inferior. Sobre esse último tipo verifica-se que a probabilidade de acesso é crescente, com a renda até a faixa de 2 a 3 salários mínimos per capita, sendo decrescente a partir dessa faixa de rendimento. Os ramos saúde e automóveis são os que apresentam maiores probabilidades de acesso e valores bem próximos para os dois produtos. Gráfico 1 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM 70% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE 60% PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL 50% -PPRIV FUNERAL 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm De ½ até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 6 Vamos ignorar nas análises os domicílios sem renda, já que muito possivelmente, esta é uma situação temporária. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 45 30/6/2010, 16:56 46 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 2 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM 100% (escala log) 10% 1% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS 0% AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 A informação desagregada por vintis de renda per capita (Gráfico 3 e Gráfico 4) apresenta basicamente o mesmo comportamento. A notar somente que a aquisição do seguro funeral é decrescente a partir do décimo quinto vintil7 de renda. 7 Os vintis de renda dividem as pessoas em 20 grupos de mesmo tamanho ordenados pela renda per capita. A vantagem de trabalhar com vintil de renda é que é possível, a partir dos vintis, aproximar a informção para qualquer faixa de renda. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 46 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 47 Gráfico 3 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em vintis de renda – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM VINTIS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA 80% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 4 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em vintis de renda – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGUROS E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM VINTIS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA 100,000% (escala log) 10,000% 1,000% 0,100% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 0,010% 0,001% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 47 30/6/2010, 16:56 48 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 3 – Probabilidade de acesso a produtos de seguro segundo renda domiciliar per capita s/ renda até ¼ SM ¼a ½ SM ½a 1 SM Patrimônio (P) 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Pessoais, exceto saúde (D) 0,0% 1,2% 2,3% Saúde (S) 0,0% 1,6% Automóveis (A) 0,0% Funeral (F) 0,0% 1a 2 SM 2a 3 SM 3a 5 SM + 5 SM 0,1% 0,4% 0,8% 1,9% 4,2% 7,1% 14,5% 19,9% 27,6% 3,5% 8,4% 18,7% 35,0% 49,3% 66,5% 1,4% 4,0% 8,9% 18,2% 33,0% 44,0% 63,1% 0,1% 0,5% 1,4% 1,7% 2,5% 1,0% 1,5% Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 O Gráfico 5 e o Gráfico 6 apresentam a probabilidade de acesso simultâneo a produtos e serviços de seguro segundo renda domiciliar per capita em salários mínimos e em vintis de renda, respectivamente. Neste gráfico são considerados 5 tipos de produtos de seguro: i) patrimônio (P); ii) pessoais, exceto saúde (D); iii) Saúde (S); iv) automóveis (A); e v) Funeral. Domicílios que adquirem simultaneamente produtos de patrimônio e de saúde são representadas por PS; aqueles que adquirem simultaneamente produtos de saúde, de automóveis e funeral são representadas por SAF, e assim por diante. O objetivo foi desenhar uma cesta de consumo de produtos de seguro segundo a renda. Decerto que não se pode afirmar peremptoriamente que se trata de uma escala de preferência por tais produtos, já que determinados tipos de seguro, por sua própria natureza, podem simplesmente não estar em consonância com as necessidades de dado grupo da população, como por exemplo, o seguro de automóveis para aqueles que não o possuem. Considerando-se todos os domicílios sem uma desagregação de renda, 39,2% consomem pelo menos um produto de seguro: 10,1% consomem exclusivamente produto de patrimônio, 9,5% consomem exclusivamente produto de automóveis e 8,0% consomem simultaneamente esses dois tipos de produto. Verifica-se, como era de se esperar (e já observado), que a probabilidade de acessos a produtos de seguro é crescente com a renda. Considerando-se a distribuição segundo renda domiciliar per capita em salários mínimos, observa-se que a probabilidade de acesso a tais produtos para população com renda per capita de até 1 salário mínimo é de apenas 13,3% e, ainda assim, 10,7% para coberturas únicas (sem sobreposição) dos tipos automóveis, patrimônio e saúde (nesta ordem). No último grupo de renda conside- 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 48 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 49 rado, aquele com renda per capita acima de 5 salários mínimos, 85,9% consomem algum produto de seguro. Observa-se também que a diversidade dos produtos adquiridos é ampliada em função da renda, ou seja, quanto maior a renda domiciliar per capita, uma cesta mais complexa de produtos de seguro é adquirida. No primeiro grupo de renda (até ¼ de sm), 93,5% dos domicílios com acesso a produtos de seguro adquirem um único tipo de produto. Para o grupo de renda seguinte, ¼ a ½ salário mínimo, essa percentagem cai para 86,4. Para o último grupo de renda considerado, 5 salários mínimos ou mais, essa estatística se reduz a 36,1%. Considerando-se individualmente os produtos selecionados, dentre a população mais abastada, aqueles que apresentam maior probabilidade de acesso são: patrimônio, automóveis e saúde. Nos domicílios do primeiro estrato considerado (até ¼ de salário mínimo), os produtos de seguro mais consumidos (ainda assim menos de 2%) são: saúde, automóvel e pessoais, exceto saúde. Gráfico 5 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo renda domiciliar per capita em números de salários mínimos – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 49 30/6/2010, 16:56 Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P 50 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 6 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo vintis de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO EM VINTIS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Acesso a Produtos de Seguro Segundo Status de Ocupação/Previdência A fim de verificar a influência do tipo de inserção no mercado de trabalho e/ou das relações previdenciárias na probabilidade de aquisição de produtos de seguro e previdência, optou-se por desenvolver também uma análise combinada dessas variáveis, segundo faixas de renda domiciliar per capita. Como já mencionado na introdução, acredita-se que a estabilidade nas relações de trabalho se reflita no acesso a produtos de seguro e serviços financeiros, pois as relações de trabalho podem funcionar como um dos componentes da vulnerabilidade. Foram consideradas sete classes referentes ao status de ocupação/previdência, a saber: 1. empregado informal; 2. trabalhador formal (funcionários públicos, empregados com carteira e autônomos/ conta própria/empregadores contribuintes); 3. autônomos/conta própria/empregadores não-contribuintes urbanos; 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 50 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 51 4. autônomos/conta própria/empregadores não-contribuintes rurais; 5. outros informais (trabalhadores para o próprio consumo, aprendizes, estagiários, desempregados, etc.); 6. beneficiários (aposentados e pensionistas da previdência social), inclusive os que ainda estão trabalhando; e 7. sem renda de trabalho e sem benefícios previdenciários. Como em um mesmo domicílio podem coexistir indivíduos com diferentes status, as tabulações e gráficos apresentados referem-se à condição da pessoa de referência do domicílio. É possível que com esse reducionismo haja uma perda de informação, mas essa opção simplifica sobremaneira a apresentação dos dados. A seguir são apresentadas as informações desagregadas segundo status de ocupação e/ou relações previdenciárias e renda domiciliar per capita (ver Gráfico 7 e Tabela 4). Tabela 4 – Distribuição dos domicílios segundo a renda domiciliar per capita e status da ocupação/ previdência da pessoa de referência do domicílio Empregado Informal Autônomos Autônomos Conta Conta Outros Apos./ S/Renda Própria Própria Informais Pensionista de Informal Informal Trabalho Urb Rur Benefício Formal Total Sem renda 1.657 0 2.200 685 9.763 0 0 14.305 Até 1/4 sm 897.837 330.261 987.662 1.265.066 108.670 254.388 560.388 4.404.272 De 1/4 até 1.376.959 1/2 sm 1.030.829 1.102.935 722.288 39.366 931.736 429.950 5.634.063 De 1/2 até 1 sm 1.779.938 2.760.617 1.724.112 672.817 46.792 2.422.518 493.490 9.900.284 De 1 até 2 sm 1.637.494 3.887.761 1.754.786 455.899 34.713 3.587.203 406.022 11.763.878 De 2 até 3 sm 643.277 2.117.924 880.074 127.653 13.649 1.402.924 199.344 5.384.845 De 3 até 5 sm 426.592 2.070.267 823.728 77.285 7.064 1.239.774 173.331 4.818.041 Mais de 5 sm 418.840 2.832.804 1.132.933 84.487 4.547 1.822.042 148.876 6.444.529 7.182.594 15.030.463 8.408.430 3.406.180 264.564 11.660.585 Total Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 51 30/6/2010, 16:56 2.411.401 48.364.217 52 • Microsseguros: Série Pesquisas Como era de se esperar, a proporção de domicílios com pessoa de referência empregada formalmente ou beneficiária da previdência social é crescente com a renda. A de empregados informais é inversamente proporcional à renda. Observa-se que aproximadamente 70% daqueles que compõem a população com renda domiciliar per capita de até ½ salário mínimo estão em domicílios cuja pessoa de referência está inserida no mercado informal de trabalho e/ou não está auferindo renda. Já na faixa de renda seguinte, ou seja, entre ½ e 1 salário mínimo, essa proporção cai para 50%, declinando ainda mais (cerca de 30%) para o grupo mais abastado. Gráfico 7 – Distribuição do status de ocupação/previdência da pessoa de referência do domicílio segundo faixas de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DO STATUS OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO SEGUNDO FAIXAS DE RENDA DOMICILIAR PER CAPITA 100% 80% 60% 40% 20% 0% Sem renda Formal Apos/pensionista Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm Aut/cp inf urb De 1/2 até 1 sm Empregado informal De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm Aut/cp inf rur De 3 até 5 sm Outros informais Mais de 5 sm S/renda de trabalho/benef Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Complementando a análise anterior, o Gráfico 8 apresenta a distribuição da renda per capita segundo status da ocupação e/ou relação previdenciária da pessoa de referência do domicílio. Verifica-se menor participação de grupos de renda mais alta nos grupos de trabalhadores informais, o inverso sendo observado para os grupos de empregados formais e aposentados e pensionistas. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 52 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 53 Gráfico 8 – Distribuição da renda per capita segundo status de ocupação/previdência da pessoa de referência do domicílio – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DA RENDA PER CAPITA SEGUNDO STATUS OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO 100% 80% 60% 40% 20% 0% empregado informal Sem renda Até 1/4 sm formal De 1/4 até 1/2 sm aut/cp inf urb aut/cp inf rur De 1/2 até 1 sm outros informais apos/pensionista De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm s/renda de trabalho/benef De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 O Gráfico 9 apresenta a distribuição cumulativa da renda per capita segundo o status de ocupação e/ou relação previdenciária da pessoa de referência do domicílio. Observa-se que os empregados formais, seguidos pelos aposentados e pensionistas e pelo grupo dos trabalhadores autônomos/conta própria informais urbanos, são os que auferem mais renda, estando sempre em situação melhor que o total da população. O grupo composto por trabalhadores autônomos/conta própria informais rurais e o de “outros informais” possuem distribuição de renda inferior à média da população. E, por fim, o grupo de empregados informais tem distribuição de renda superior à da população brasileira até a faixa de 1 até 2 salários mínimos, apresentando distribuição ligeiramente abaixo da média para as faixas de renda subsequentes. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 53 30/6/2010, 16:56 54 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 9 – Distribuição da renda per capita segundo status de ocupação/previdência da pessoa de referência do domicílio – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO CUMULATIVA DA RENDA PER CAPITA SEGUNDO STATUS OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Empregado informal Até 1/4 sm Formal De 1/4 até 1/2 sm Aut/cp inf urb De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm Aut/cp inf rur De 2 até 3 sm Outros informais De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Apos/pensionista TOTAL Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 O Anexo III apresenta os mesmos gráficos já apresentados nesta seção, porém desagregados para os principais status considerados. Os demais não permitiam uma desagregação como efetuada, dado o tamanho da amostra. Com exceção dos seguros de patrimônio/imóveis, os domicílios nos quais a pessoa de referência é um trabalhador formal (grupo 2 – ver Gráfico 46 e Gráfico 47 no Anexo III) apresentam uma maior probabilidade de acesso aos produtos de seguro e serviços previdenciários vis-à-vis à média da população para todas as faixas de renda consideradas, conforme esperado. No caso de patrimônio/imóveis, a cobertura é da mesma ordem de grandeza da média nacional, indicando a preponderância desse status de ocupação em termos de acesso a produtos de seguro e serviços previdenciários. Já os domicílios onde a pessoa de referência é um beneficiário da previdência (grupo 6 – ver Gráfico 48 e Gráfico 49 no Anexo III) apresentam maior probabilidade de acesso a seguros de patrimônio/imóveis e funeral vis-à-vis à média da população para todas as classes de renda, refletindo o estágio de ciclo de vida em que estariam. A participação como ativos em previdência pública e privada é bem mais baixa do que a da 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 54 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 55 média da população, mais uma vez refletindo o estágio no ciclo de vida. A participação do seguro saúde é maior do que a média nesse grupo somente para as duas últimas faixas de renda (acima de 3 salários mínimos – ver Gráfico 10). Os domicílios nos quais a pessoa de referência é um trabalhador informal (grupo 1 – ver Gráfico 50 e Gráfico 51 no Anexo III) apresentam uma menor participação do que a média nacional para todos as faixas de renda e todos os produtos e serviços considerados, como era de se esperar. Isso aponta esse segmento como um público-alvo preferencial de uma política de microsseguros. Os domicílios com pessoas de referência que são profissionais autônomos informais urbanos (grupo 3 – ver Gráfico 52 e Gráfico 53 no Anexo III) apresentam uma maior participação para as três últimas faixas de renda em previdência privada e maior participação para todas as faixas de renda para veículos automotores (ver Gráfico 11). Paradoxalmente, a cobertura de previdência pública com a contribuição de algum membro é também mais alta do que a média para todos os grupos reunidos, possivelmente explicitando uma estratégia interna da família para diversificar riscos. Gráfico 10 – Probabilidade de acesso a seguro saúde segundo renda domiciliar per capita em números de salários mínimos e status de ocupação/previdência – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGURO SAÚDE SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM E STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA 80% 70% 60% 50% 40% Total empregado informal formal apos/pensionista aut/cp inf urb 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm De ½ até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 55 30/6/2010, 16:56 Mais de 5 sm 56 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 11 – Probabilidade de acesso a seguro de veículos automotores segundo renda domiciliar per capita em números de salários mínimos e status de ocupação/previdência – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A SEGURO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM E STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA 80% Total empregado informal formal apos/pensionista aut/cp inf urb 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda De 1/4 até ½ sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 12 – Probabilidade de acesso a produtos de seguro pessoais (exceto seguro saúde) segundo renda domiciliar per capita em números de salários mínimos e status de ocupação/previdência – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO PESSOAIS (EXCETO SEGURO SAÚDE) SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM E STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA 35% Total empregado informal formal apos/pensionista aut/cp inf urb 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 56 30/6/2010, 16:56 Mais de 5 sm Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 57 Dado que, quando considerados simultaneamente, a renda parece ser um fator mais importante do que o status da ocupação/previdência para explicar a aquisição de produtos e serviços de seguro e previdência, a distribuição de renda para um determinado status se reflete fortemente no acesso a esses produtos. O Gráfico 13 apresenta a informação de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo status de ocupação/previdência. No Anexo IV essa informação está desagregada também por faixa de renda. Os trabalhadores formais, seguidos dos aposentados e pensionistas e dos autônomos/conta própria informais urbanos apresentam maior probabilidade de acesso aos produtos de seguro, refletindo a distribuição de renda intragrupos (ver Gráfico 9), já que a renda é um fator muito importante na probabilidade de aquisição desses produtos. As categorias mais expressivas são patrimônio, automóvel e patrimônio/automóvel. Gráfico 13 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo status de ocupação/ previdência da pessoa de referência – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO STATUS DE OCUPAÇÃO/PREVIDÊNCIA DA PESSOA DE REFERÊNCIA 1,0 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 Empregado informal Formal Aut/cp inf urb Aut/cp inf rur Outros informais Apos/ pensionista S/renda de trabalho/benef Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Acesso a Produtos Financeiros Por fim, ainda que não exista na POF uma pergunta específica sobre gastos com seguros financeiros precisamente relacionados ao crédito (cheque especial e cartão de crédito), com o objetivo de indicar o potencial desse segmento, os Gráficos 14 e 15 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 57 30/6/2010, 16:56 58 • Microsseguros: Série Pesquisas apresentam o percentual de pessoas que possuem cheque especial e cartão de crédito, segundo renda domiciliar per capita em salários mínimos e em vintis de renda, respectivamente. Além disso, essas informações são também relevantes para decisões acerca da forma de comercialização de produtos de microsseguro, na medida em que indicam, por faixa de renda, o acesso da população aos serviços da rede bancária. As informações de acesso a instrumentos financeiros serão retomadas na seção “Acesso a Produtos e Serviços de Seguro, Previdência e Financeiros das Empresas Informais Urbanas”, que faz uma análise sob a ótica das microempresas. Verifica-se que o acesso a esses produtos é bastante influenciado pela renda, destacando-se que o percentual de pessoas que possuem cartão de crédito é superior ao de pessoas que possuem cheque especial em todas as faixas de renda. Destaca-se que, na faixa de renda domiciliar per capita de até 1 salário mínimo, menos de 10% da população com essa característica possuem cartão de crédito, diminuindo esse percentual por cerca da metade quando se considera o cheque especial. Gráfico 14 – Percentagem de pessoas com cartão de crédito e/ou cheque especial segundo renda per capita em salários mínimos – Brasil – 2002-2003 PERCENTAGEM DE PESSOAS COM CARTÃO DE CRÉDITO E/OU CHEQUE ESPECIAL SEGUNDO RENDA PER CAPITA EM NÚMERO DE SM 60% cart_cr cheq_es 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 58 30/6/2010, 16:56 Mais de 5 sm Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 59 Gráfico 15 – Percentagem de pessoas com cartão de crédito e/ou cheque especial segundo renda domiciliar per capita em vintis de renda – Brasil – 2002-2003 PERCENTAGEM DE PESSOAS COM CARTÃO DE CRÉDITO E/OU CHEQUE ESPECIAL SEGUNDO RENDA PER CAPITA EM VINTIS DE RENDA 60% cart_cr cheq_es 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gastos com Bens de Consumo Duráveis Selecionados Esta seção tem por fim analisar o perfil dos gastos na aquisição de alguns bens de consumo duráveis selecionados, mais precisamente, eletrodomésticos e itens de informática, e a forma dessa aquisição. Foram selecionados 12 produtos destinados ao uso doméstico propriamente dito e dois itens de informática. Os produtos destinados ao uso doméstico foram classificados, com base na tabela de incidência do imposto sobre produtos industrializados8 (IPI), em produtos de necessidade primária (fogão, geladeira e máquina de costura); produtos de necessidade secundária (freezer, máquina de lavar roupa e tanque elétrico de lavar rou- 8 Disponível em: http://sijut.fazenda.gov.br/netahtml/sijut/SijutIntAsp/ATTIPI00.htm. Acesso em: 04/08/2009. Foram consideradas as alíquotas usualmente aplicadas, desprezando-se aquelas decorrentes de medidas governamentais face a situações excepcionais, como a crise econômica de 2008/2009. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 59 30/6/2010, 16:56 60 • Microsseguros: Série Pesquisas pa, e ventilador); produtos acessórios (batedeira de bolo, ferro elétrico e liquidificador); e produtos relativos ao conforto doméstico (ar-condicionado, televisão em cores e forno de micro-ondas). Além destes, foram também selecionados dois itens de informática (microcomputador e impressora). O IPI é utilizado como instrumento extrafiscal, na medida em que é seletivo em razão da essencialidade do produto, isto é, quanto mais essencial, menor a alíquota. A título de ilustração, os produtos da cesta básica têm alíquota zero, enquanto o cigarro tem uma alíquota de 330%. A Tabela 5 abaixo apresenta as alíquotas do referido imposto que são incidentes sobre os produtos selecionados e que serviram de base para a classificação dos mesmos quanto à sua essencialidade. Tabela 5 – Alíquotas de IPI dos produtos selecionados Produto Alíquota IPI Fogão de cozinha 0% Máquina de costura 3% Geladeira 5% Freezer 5-15% Máquina de lavar roupa (incluindo tanque elétrico) 5-20% Ventilador 5-15% Ferro elétrico 10% Liquidificador 10% Batedeira 10% Televisão 15% Impressoras 15% Microcomputador doméstico 15% Ar-condicionado 20% Forno de micro-ondas 30% A Tabela 6 a seguir apresenta o percentual de pessoas por faixa de renda que adquiriram cada um dos produtos selecionados. Verifica-se que o padrão de consumo entre aqueles que possuem até 1 salário mínimo de renda, assim como entre aqueles que possuem renda acima desse patamar, é bastante semelhante. No grupo menos afluente, os produtos mais adquiridos foram: fogão a gás ou elétrico e geladeira (itens de necessidade primária), liquidificador (item acessório) e televisão em cores e ventilador (itens relativos ao conforto). Já os menos adquiridos foram: microcomputador e impressora (itens de informática); ar-condicio- 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 60 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 61 nado (relativo ao conforto) e freezer (item secundário). Chama a atenção o fato de que, proporcionalmente, menos pessoas adquiriram o tanque elétrico de lavar roupas em comparação com a máquina de lavar roupas, em que pese o primeiro ser um substituto mais barato. No grupo de maior renda, os produtos mais adquiridos foram: liquidificador; ferro elétrico (itens acessórios); ventilador; televisão em cores (itens relativos ao conforto); e geladeira (item de necessidade primária). Os menos adquiridos foram: tanque elétrico; impressora (item de informática); forno de micro-ondas; freezer; e ar-condicionado (itens secundários e de conforto). Tabela 6 – Distribuição de pessoas por faixa de renda que adquiriram determinado produto (2002-2003) % de pessoas que adquiriram o produto por faixa de renda (2002-2003) até 1/4 SM 1/4 a 1/2 SM 1/2 a 1 SM 1a 2 SM 2a 3 SM 3a 5 SM + de 5 SM Itens de necessidade primária Fogão a gás ou elétrico 12,2 12,1 11,4 9,9 8,9 10,2 11,7 Máquina de costura 0,8 1,2 1,6 1,4 1,9 1,1 1,0 Geladeira 11,6 8,9 9,2 10,6 9,1 10,5 11,2 0,9 0,7 1,3 1,3 1,4 1,1 1,8 Ventilador 6,7 10,1 10,6 10,8 10,9 11,5 12,7 Máquina de lavar roupa 1,5 2,6 3,9 4,7 6,4 5,8 8,3 Tanque de roupa elétrico 0,8 1,6 2,3 2,7 2,2 1,8 1,0 Batedeira de bolo 0,7 1,2 2,5 3,0 4,6 3,9 3,1 Liquidificador 7,3 10,0 10,6 9,4 11,0 12,1 12,7 Ferro elétrico 5,9 7,7 10,5 12,3 14,4 13,7 17,0 9,5 11,1 11,0 10,3 11,5 14,6 16,6 Itens de necessidade secundária Freezer Itens acessórios Itens de conforto Televisão em cores Ar-condicionado 0,2 0,1 0,2 0,4 0,7 1,0 2,6 Forno de micro-ondas 0,2 0,4 0,6 1,5 1,7 2,9 2,5 Itens de informática Microcomputador 0,0 0,3 0,4 1,8 5,0 7,2 9,7 Impressora 0,0 0,0 0,0 0,3 1,2 1,6 2,3 Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 61 30/6/2010, 16:56 62 • Microsseguros: Série Pesquisas Os Gráficos 16 ao 30 apresentam a mesma distribuição para cada um dos produtos selecionados, incluindo a forma de aquisição dos mesmos. Os Gráficos 16 a 18 referem-se aos produtos classificados como de necessidade primária. Verifica-se que a população de renda mais baixa (renda até ¼ de salário mínimo) e de renda mais elevada adquirem mais produtos à vista do que a população das demais faixas de renda, muito provavelmente por motivos díspares: a população menos favorecida deve ter dificuldade de acesso a outras formas de aquisição, enquanto a população mais abastada deve ter maior disponibilidade financeira para as aquisições à vista. Observa-se, também, que a população de renda mais baixa utiliza muito da modalidade “outros” (troca, recebimento de doação, retirada de negócio, aquisição, etc). Gráfico 16 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até ½ sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 62 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 63 Gráfico 17 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 18 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 20% 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 63 30/6/2010, 16:56 64 • Microsseguros: Série Pesquisas Os Gráficos 19 ao 22 dizem respeito aos produtos secundários, ou seja, freezer, ventilador, máquina de lavar roupas e tanque elétrico de lavar roupas. Dentre os produtos classificados como de necessidade secundária, o freezer foi o menos adquirido em todas as faixas de renda adotadas e o ventilador foi o mais adquirido. Os Gráficos 21 e 22 referem-se à aquisição de máquina de lavar roupas e de tanque elétrico para lavar roupas. Esses produtos são de alguma forma intercambiáveis, sendo o segundo destinado à população de renda mais baixa, por ser mais simples e mais barato. Verifica-se que a distribuição de pessoas que adquiriram máquina de lavar roupas é crescente com a renda, enquanto a distribuição de pessoas que adquiriram tanque elétrico de lavar roupas é crescente até a faixa de renda de 1 até 2 salários mínimos, e decrescente a partir daí. Gráfico 19 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% outros a prazo 1,5% à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 64 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 65 Gráfico 20 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 21 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 9% 8% 7% 6% 5% 4% outros a prazo 3% à vista 2% 1% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 65 30/6/2010, 16:56 66 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 22 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% outros 2,0% a prazo à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Os Gráficos 23 ao 25 referem-se aos produtos acessórios. Provavelmente em decorrência do fato de esses produtos serem mais baratos, observa-se que a forma de aquisição à vista é predominante para todas as faixas de renda. Alguns, como batedeira de bolo, apresentam um perfil com moda (nesse caso, no grupo de 2 a 3 salários mínimos), enquanto os outros (liquidificador e ferro elétrico) são crescentes com a renda. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 66 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 67 Gráfico 23 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% outros a prazo à vista 2,0% 1,0% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 24 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 67 30/6/2010, 16:56 68 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 25 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 20% 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Os Gráficos 26 a 28 dizem respeito aos produtos relacionados ao conforto. Foram relacionados nessa categoria: televisão em cores; ar-condicionado e forno de micro-ondas. Dentre estes, o mais adquirido foi a televisão em cores, mesmo nas classes mais baixas (a diferença entre a probabilidade de aquisição dos domicílios de renda mais baixa e os de renda mais alta é de 60%). A demanda dos demais produtos é muito pequena na população de renda mais baixa, com uma grande diferença com o consumo das camadas mais afluentes. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 68 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 69 Gráfico 26 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 20% 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm Mais de 5 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 27 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 3,0% 2,5% 2,0% outros 1,5% a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 69 30/6/2010, 16:56 70 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 28 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de forno de micro-ondas, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo 1,0% à vista 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Por fim, o Gráfico 29 e o Gráfico 30 referem-se aos produtos de informática, mais precisamente, microcomputador e impressora de microcomputador. Observa-se que esses produtos só são adquiridos a partir da faixa de renda de 1 a 2 salários mínimos, sendo praticamente inexistente a demanda entre a população de renda mais baixa. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 70 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 71 Gráfico 29 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 12% 10% 8% 6% outros a prazo 4% à vista 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 30 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador, por faixa de renda e segundo forma de aquisição – Brasil – 2002-2003 PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 71 30/6/2010, 16:56 72 • Microsseguros: Série Pesquisas A Tabela 7 abaixo apresenta a forma de aquisição média dos bens selecionados. Verifica-se que a forma principal de aquisição dos produtos é o pagamento a prazo, excluindo apenas a aquisição de produtos acessórios e do ventilador , itens que apresentaram maior incidência de pagamento à vista, provavelmente por serem de menor preço. Destaca-se que as informações contidas na Tabela 7 equivalem à média simples, porém são observadas diferenças na desagregação por faixas de renda, o que será apontado nos gráficos seguintes. Como já mencionado, essa informação é importante, porque indica a potencialidade do setor de seguro garantia, especialmente o seguro de cartão de crédito. Tabela 7 – Forma de aquisição de produtos selecionados Forma de Aquisição de Produtos À Vista A prazo Outros Fogão a gás ou elétrico 32,1% 42,3% 25,6% Máquina de costura 45,5% 47,2% 7,3% Geladeira 29,1% 57,4% 13,5% Freezer 38,6% 46,6% 14,8% Ventilador 51,4% 29,6% 19,0% Máquina de lavar roupa 26,0% 62,5% 11,4% Tanque de roupa elétrico 32,1% 42,3% 25,6% Batedeira de bolo 41,8% 27,9% 30,3% Liquidificador 50,4% 28,2% 21,4% Ferro elétrico 61,9% 19,0% 19,1% Televisão em cores 28,7% 57,3% 14,0% Ar-condicionado 36,8% 56,7% 6,5% Forno de micro-ondas 32,1% 42,3% 25,6% Microcomputador 27,7% 63,0% 9,4% Impressora de microcomputador 42,3% 53,1% 4,6% Os Gráficos 31 a 45 apresentam a forma de aquisição dos mesmos produtos por faixas de renda. Os Gráficos 31 a 33 referem-se aos produtos de necessidade primária. Para aquisição de fogão e geladeira, a diferença maior entre os grupos de renda é o aumento com a modalidade de compras a prazo e a diminuição da categoria “outros”. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 72 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 73 Verifica-se que a população de renda mais baixa (até ¼ salário mínimo) acompanha a média da população para a forma de aquisição à vista de fogão e supera em 6 pontos percentuais a média da população para a compra de geladeira à vista. Já em relação às outras formas de aquisição, a população nessa faixa de renda distancia-se da média da população brasileira, observando-se um percentual menor de compras a prazo e maior de outras formas de aquisição de ambos os produtos. Já entre a população de renda mais alta (acima de 5 salários mínimos), verifica-se maior incidência de compras à vista e menor de compras a prazo e de trocas, vis-à-vis à média da população, como era de se esperar. Com relação à aquisição de máquina de costura, há uma diminuição para o grupo de renda mais alta nas modalidades à vista e a prazo, vis-à-vis aos outros grupos de renda. Gráfico 31 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 73 30/6/2010, 16:56 74 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 32 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 33 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 74 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 75 Os Gráficos 34 ao 37 apresentam a distribuição das formas de aquisição de produtos classificados como de necessidade secundária. Na população de renda mais baixa (até ¼ de salário mínimo), excluindo o ventilador, que até mesmo por ser um produto mais barato tem sua aquisição à vista mais facilmente justificada, a forma principal de aquisição dos produtos dessa categoria foi a compra a prazo, chegando a superar a média da população, nessa forma de aquisição, de freezer e de tanque de roupa elétrico. Para todos os itens considerados, a participação da modalidade de aquisição “outros” foi maior que a média da população, o inverso ocorrendo para a modalidade à vista. Dentre a população de renda mais elevada (acima de 3 salários mínimos), a participação da modalidade de compra à vista foi superior à média da população para todos os produtos considerados. Gráfico 34 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 75 30/6/2010, 16:56 76 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 35 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 36 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 76 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 77 Gráfico 37 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Os Gráficos 38 a 40 dizem respeito à distribuição das formas de aquisição de produtos acessórios, mais precisamente, de três eletrodomésticos: batedeira de bolo, liquidificador e ferro elétrico. Verifica-se grande participação das modalidades à vista e “outros”, tanto para a população de renda mais baixa como para a população de renda mais alta, sendo que nessa última predomina a modalidade à vista, o contrário sendo observado para a população de renda mais baixa. Nesse conjunto também a participação de compras à vista cresce com a renda, e a de “outros” decresce. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 77 30/6/2010, 16:56 78 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 38 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 39 – Distribuição das formas de aquisição (%) de liquidificador, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 78 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 79 Gráfico 40 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Os Gráficos 41 a 43 apresentam a distribuição da forma de aquisição de itens de conforto. Desconsiderando-se a população de renda até ¼ salário mínimo para os itens micro-ondas e ar-condicionado, já que apenas cerca de 0,2% da população nessa faixa de renda adquire tais produtos (ver Gráfico 27 e Gráfico 28), verifica-se que a forma principal de aquisição dos itens relacionados ao conforto é a modalidade a prazo, para todas as faixas de renda consideradas. Verifica-se aqui também tendência semelhante, já identificada em relação aos produtos no que diz respeito à grande participação das modalidades à vista para a população mais afluente e “outras” para a população menos abastada. Na compra de televisão e de micro-ondas, a modalidade de compra a prazo é crescente com a renda, e a de “outros”, decrescente. A aquisição de ar-condicionado é na quase totalidade na modalidade a prazo. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 79 30/6/2010, 16:56 80 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 41 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 42 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 80 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 81 Gráfico 43 – Distribuição das formas de aquisição (%) de forno de micro-ondas, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE MICRO-ONDAS POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Os Gráficos 44 e 45 apresentam a distribuição das formas de aquisição de itens de informática. Como já foi mencionado, esses produtos só são adquiridos a partir da faixa de renda de 1 a 2 salários mínimos, sendo praticamente inexistente aquisição entre a população de renda mais baixa (Gráfico 29 e Gráfico 30). Assim, entre a população com renda acima de 1 salário mínimo, verifica-se que a principal forma de aquisição desses produtos é a prazo, para todas as faixas de renda, sendo que a modalidade à vista aumenta em função do crescimento da renda, o inverso ocorrendo com a modalidade “outros”. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 81 30/6/2010, 16:56 82 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 44 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 45 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 82 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 83 Acesso a Produtos e Serviços de Seguro, Previdência e Financeiros das Empresas Informais Urbanas Em 2003, o IBGE, em conjunto com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), realizou a pesquisa Economia Informal Urbana (Ecinf 2003), que havia sido realizada também em 1997 (Ecinf 1997), com a mesma abrangência territorial. A pesquisa cobriu todo o território urbano brasileiro através de uma amostra por domicílios e visou a mapear o setor informal, isto é, os pequenos empreendimentos e as pessoas que neles trabalhavam e assim delinear a importância do setor informal dentro da economia nacional. Para fins de operacionalização da pesquisa, foram consideradas como potencialmente pertencentes ao setor informal “todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empregadores com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas, sejam elas a atividade principal de seus proprietários ou atividades secundárias”9. Os trabalhadores domésticos foram excluídos da pesquisa. As pequenas empresas não-agrícolas no Brasil eram majoritariamente informais10: em 2003, 98% delas eram informais, contra 99% em 1997, conforme Tabela 8. Tabela 8 – Empresas não-agrícolas de até 5 pessoas ocupadas com indicação de informalidade (em milhares) 1997 2003 Número de pequenas empresas não-agrícolas 9.581 10.526 Número de pequenas empresas do setor informal 9.478 10.336 Fonte: Economia Informal Urbana, IBGE , 1997 e 2003 A maior parte das empresas do setor informal pertencia a trabalhadores por conta própria: 88% contra 12% de empregadores, em 2003. A receita média das empresas de empregadores era aproximadamente cinco vezes maior do que aquelas dos trabalhadores por conta própria, como pode ser visto na Tabela 9. 9 10 IBGE, 2005, p. 16. Ver Anexo II para uma caracterização do informal. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 83 30/6/2010, 16:56 84 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 9 – Resultados financeiros por tipo de empresa do setor informal – Brasil 2003 Tipo de empresa Resultados financeiros Total Conta própria Empregador 1.164 6.033 1.754 Despesa mensal média 813 4.312 1.326 Lucro médio 671 2.360 911 Investimento 2951 8.797 4.373 Receita mensal média Fonte: IBGE, 2005 Os principais grupos de atividade eram a construção civil e a indústria de transformação e extrativa (ver Tabela 10). Tabela 10 – Empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo os grupos de atividade – Brasil 2003 Tipo de empresa Grupos de atividade Conta própria Empregador Total Indústrias de Transformação e Extrativa 1.638.037 170.803 1.808.840 Construção Civil 2.950.813 452.991 3.403.804 Comércio e Reparação 607.302 111.805 719.107 Serviços de Alojamento e Alimentação 776.774 54.647 831.421 Transporte, Armazenagem e Comunicações 551.585 103.882 655.467 Atividades Imobiliárias, Aluguéis e Serviços Prestados às Empresas 252.017 89.118 341.135 Educação, Saúde e Serviços Sociais 762.815 60.936 823.751 29.658 4.378 34.036 Outros Serviços Coletivos, Sociais e Pessoais Outras Atividades 86.807 1.014 87.821 Atividades mal definidas 1.441.103 189.477 1.630.580 Total 9.096.912 1.239.050 10.335.962 Fonte: IBGE, 2005 A maior parte das empresas do setor informal não utilizou crédito para exercer suas atividades, conforme mostra a Tabela 11 (aproximadamente 94%), sendo que, entre as que obtiveram crédito, as fontes principais foram bancos públicos ou privados, o próprio fornecedor e amigos ou parentes, conforme pode ser observado na Tabela 12, tanto para os trabalhadores por conta própria como para os empregadores. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 84 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 85 Tabela 11 – Empresas do setor informal, segundo o tipo de empresa e a utilização de crédito nos últimos 3 meses – Brasil 2003 Utilização de crédito nos últimos 3 meses Total Utilizou crédito Não utilizou crédito Sem declaração Tipo de empresa Total Conta própria Empregador 9.096.912 1.239.050 10.335.962 462.861 163.756 626.617 8.630.146 1.074.337 9.704.484 3.904 957 4.861 Fonte: IBGE, 2005 Tabela 12 – Empresas do setor informal que obtiveram crédito nos últimos 3 meses por tipo de empresa, segundo a origem dos recursos – Brasil 2003 Tipo de empresa Origem dos recursos Total Com amigos e parentes Bancos públicos ou privados Conta própria Empregador Total 462.861 163.756 626.617 81.991 17.269 99.259 248.041 115.889 363.930 Com o próprio fornecedor 82.866 16.243 99.109 Com outras empresas ou pessoas 38.513 11.151 49.664 Outra origem 7.884 2.067 9.952 Sem declaração 3.567 1.137 4.703 Fonte: IBGE, 2005 Como planos para o futuro do negócio, tanto as empresas dos trabalhadores por conta própria como dos empregadores apontam com mais frequência para aumentar o negócio. Em seguida, vem a ideia de continuar o negócio no mesmo nível, indicando uma perspectiva positiva para o futuro. Como terceira opção mais frequente, há uma divergência entre os trabalhadores por conta própria e empregador: enquanto os primeiros admitiam abandonar a atividade e procurar emprego, os empregadores apontavam para mudar de atividade e continuar independentes (ver Tabela 13). 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 85 30/6/2010, 16:56 86 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 13 – Empresas do setor informal segundo o tipo de empresa e os planos para o futuro do negócio – Brasil 2003 Tipo de empresa Planos para o futuro do negócio Total Conta própria Empregador 9.096.912 1.239.050 10.335.962 Aumentar o negócio 3.217.685 666.914 3.884.599 Continuar o negócio no mesmo nível 2.408.739 286.156 2.694.895 Mudar de atividade e continuar independente 875.221 121.733 996.954 Abandonar a atividade e procurar emprego 1.569.777 73.631 1.643.408 Não sabe 691.717 54.343 746.060 Outros planos 321.357 34.512 355.870 12.415 1.760 14.175 Sem declaração Fonte: IBGE, 2005 A Tabela 14 apresenta a distribuição em números absolutos das principais dificuldades enfrentadas pelos empresários no desenvolvimento e manutenção do seu negócio. A Tabela 16 apresenta a mesma informação como percentagem do total de empresas. Como principais dificuldades enfrentadas para desenvolver o negócio foram apontadas: falta de clientes (48,6%), concorrência muito grande (44,5%), baixo lucro (34,4%), falta de capital próprio (26,2%) e falta de crédito (13,6%), estas duas últimas evidenciando a necessidade de financiamentos para o setor informal (ver Tabela 14). Tabela 14 – Empresas do setor informal segundo o tipo de empresa e as principais dificuldades enfrentadas nos últimos 12 meses para desenvolver o negócio – Brasil 2003 Principais dificuldades enfrentadas nos últimos 12 meses para desenvolver o negócio Falta de clientes Falta de crédito Baixo lucro Problemas com fiscalização/regularização do negócio Falta de mão de obra qualificada Concorrência muito grande Falta de instalações adequadas Falta de capital próprio Outras dificuldades Não teve dificuldade Sem declaração Tipo de empresa Conta própria Empregador 4.538.555 489.152 1.201.795 200.226 3.115.045 443.851 155.030 29.555 123.812 83.853 4.007.695 592.880 793.171 95.096 2.342.685 360.630 1.055.803 193.418 1.465.546 198.922 9.252 2.924 Fonte: IBGE, 2005 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 86 30/6/2010, 16:56 Total 5.027.707 1.402.021 3 558.896 184.586 207.665 4.600.575 888.267 2.703.315 1.249.221 1.664 468 12.175 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 87 Tabela 15 – Empresas do setor informal segundo o tipo de empresa e as principais dificuldades enfrentadas nos últimos 12 meses para desenvolver o negócio – Brasil 2003 (% do total) Principais dificuldades enfrentadas nos últimos 12 meses para desenvolver o negócio Tipo de empresa Conta própria Empregador Total Falta de clientes 49,9% 39,5% 48,6% Falta de crédito 13,2% 16,2% 13,6% Baixo lucro 34,2% 35,8% 34,4% Problemas com fiscalização/regularização do negócio 1,7% 2,4% 1,8% Falta de mão de obra qualificada 1,4% 6,8% 2,0% 44,1% 47,8% 44,5% Concorrência muito grande Falta de instalações adequadas 8,7% 7,7% 8,6% Falta de capital próprio 25,8% 29,1% 26,2% Outras dificuldades 11,6% 15,6% 12,1% Não teve dificuldade 16,1% 16,1% 16,1% 0,1% 0,2% 0,1% Sem declaração Fonte: IBGE, 2005 A Tabela 16 apresenta a desagregação das empresas por número de proprietários. A grande maioria das empresas, seja de conta própria, seja de empregador, é de um único proprietário. Tabela 16 – Empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo o número de proprietários – Brasil – 2003 Total Empresas do setor informal Tipo de empresa Total Conta própria Empregador 10.335.962 9.096.912 1.239.050 Único proprietário 9.765.471 8.707.894 1.057.577 570.492 389.018 181.473 – – – Número de proprietários e grupos de atividade Dois proprietários ou mais Sem Declaração Fonte: IBGE, 2005 A Tabela 17 agrupa algumas informações sobre o acesso a produtos financeiros e a seguros para os proprietários de empresas na amostra, em números absolutos, e a Tabela 18 apresenta a informação correspondente como percentagem do total. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 87 30/6/2010, 16:56 88 • Microsseguros: Série Pesquisas Entre os acessos a instrumentos financeiros, destacam-se conta corrente e talão de cheque. Além disso, verifica-se que os empresários informais têm acesso restrito aos mesmos, observando-se que apenas 40,4% deles possuem conta corrente, que é o produto mais acessível. Já o principal meio para efetuar pagamentos é o correspondente bancário, que deve ser levado em consideração quando da determinação dos canais de distribuição de produtos de microsseguros. Entre os tipos de seguros os mais frequentes estão seguro de vida (9,1% – comparar com os 8,0% da seção “Gastos com Produtos de Seguro” referentes a seguro pessoal exceto saúde para domicílios com pessoa de referência autônomos/empregadores informais urbanos) e saúde e/ou dental (9,8% – comparar com os 21,0% da seção “Gastos com Produtos de Seguro” referentes a seguro saúde para domicílios com pessoa de referência autônomos/empregadores informais urbanos, reforçando a ideia da diversificação dos riscos no âmbito familiar). Em relação aos produtos de seguro, observa-se uma participação muito pequena dos empresários por conta própria e empregadores informais nesse mercado, sendo que o custo alto foi o motivo mais alegado para a não-aquisição de produtos de seguro, seguido pelo argumento sobre a desnecessidade do mesmo (ver Tabela 17 e Tabela 18). Essas informações sinalizam a necessidade de adequação dos produtos a essa população, assim como a importância do desenvolvimento de uma cultura securitária e financeira. Tabela 17 – Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados, total e com indicação das empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo as características de acesso a crédito e instrumentos financeiros – Brasil – 2003 Características de acesso a crédito e instrumentos financeiros Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados Tipo de empresa Total Conta própria Empregador 9.294.069 1.417.605 10.711.673 Conta corrente 3.358.042 966.188 4.324.230 Cheque especial 1.727.791 694.668 2.422.458 Talão de cheque 2.571.638 877.401 3.449.038 Caderneta de poupança 2.132.483 457.442 2.589.925 Cartão de crédito 2.259.896 681.507 2.941.403 Acesso a instrumentos financeiros (1) continua 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 88 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 89 Tabela 17 – Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados, total e com indicação das empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo as características de acesso a crédito e instrumentos financeiros – Brasil – 2003 (continuação) Características de acesso a crédito e instrumentos financeiros Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados Tipo de empresa Total Conta própria Empregador 9.294.069 1.417.605 10.711.673 Principal meio para efetuar pagamentos Agência bancária 2.860.761 747.873 3.608.634 Banco postal ou Correios 444.048 51.496 495.544 Caixas eletrônicos fora dos bancos 293.203 61.013 354.216 3.597.575 381.275 3.978.850 157.928 44.250 202.178 Telefone 3.401 664 4.066 Internet 107.503 37.886 145.390 Outros 335.644 24.790 360.434 1.465.390 64.570 1.529.960 28.617 3.786 32.403 Seguro de vida 666.715 303.954 970.668 Previdência privada 259.837 156.207 416.044 Imóvel correspondente à instalação do negócio 131.489 122.217 253.707 Saúde e/ou Dental 773.262 276.978 1.050.240 Residência 213.105 105.287 318.392 Outros 428.043 168.672 596.716 Não achava necessário 2 150.479 255.129 2.405.607 Custo alto Correspondente bancário Débito em conta Não efetua transações financeiras Sem declaração Seguros (1) Motivo para não ter feito seguro 4.112.720 430.573 4.543.292 Os produtos não eram adequados 50.178 11.235 61.414 Desconhecia a oferta desses produtos 403.800 34.443 438.244 Outros motivos 874.117 84.508 958.625 Sem declaração 16.068 166 16.234 Fonte: IBGE, 2005. (1) Os proprietários podem ter tido mais de um tipo de acesso a produtos financeiros e mais de um tipo de seguro. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 89 30/6/2010, 16:56 90 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 18 – Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados, total e com indicação das empresas do setor informal, por tipo de empresa, segundo as características de acesso a crédito e instrumentos financeiros – Brasil – 2003 Características de acesso a crédito e instrumentos financeiros Acesso a instrumentos financeiros (1) Conta corrente Proprietários de empresas não-agrícolas com até 5 empregados Tipo de empresa Total Conta própria Empregador 36,1% 68,2% 40,4% Cheque especial Talão de cheque 18,6% 27,7% 49,0% 61,9% 22,6% 32,2% Caderneta de poupança Cartão de crédito 22,9% 24,3% 32,3% 48,1% 24,2% 27,5% Principal meio para efetuar pagamentos Agência bancária 30,8% 52,8% 33,7% Banco postal ou Correios Caixas eletrônicos fora dos bancos 4,8% 3,2% 3,6% 4,3% 4,6% 3,3% Correspondente bancário Débito em conta Telefone 38,7% 1,7% 0,0% 26,9% 3,1% 0,0% 37,1% 1,9% 0,0% Internet Outros 1,2% 3,6% 2,7% 1,7% 1,4% 3,4% Não efetua transações financeiras Sem declaração 15,8% 0,3% 4,6% 0,3% 14,3% 0,3% Seguros (1) Seguro de vida 7,2% 21,4% 9,1% Previdência privada Imóvel correspondente à instalação do negócio 2,8% 1,4% 11,0% 8,6% 3,9% 2,4% Saúde e/ou Dental Residência 8,3% 2,3% 19,5% 7,4% 9,8% 3,0% Outros Motivo para não ter feito seguro Não achava necessário 4,6% 11,9% 5,6% 23,1% 18,0% 22,5% Custo alto Os produtos não eram adequados 44,3% 0,5% 30,4% 0,8% 42,4% 0,6% Desconhecia a oferta desses produtos Outros motivos 4,3% 9,4% 2,4% 6,0% 4,1% 8,9% Sem declaração 0,2% 0,0% 0,2% Fonte: IBGE, 2005. (1) Os proprietários podem ter tido mais de um tipo de acesso a produtos financeiros e mais de um tipo de seguro. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 90 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 91 Considerações Finais Como era de se esperar, a probabilidade de aquisição para quase todos os tipos de produtos e serviços de seguro (exceto funeral) selecionados é crescente como função da renda, sendo que o tipo patrimônio/imóveis é o que apresenta menor probabilidade de aquisição. Para o seguro funeral, a probabilidade de acesso apresenta uma moda na faixa de 2 a 3 salários mínimos per capita. Os ramos saúde e automóveis são os que apresentam maiores probabilidades de acesso e valores bem próximos para os dois produtos. Considerando-se todos os domicílios sem uma desagregação de renda, 39,2% consomem pelo menos um produto de seguro: 10,1% consomem exclusivamente produto de patrimônio, 9,5% consomem exclusivamente produto de automóveis e 8,0% consomem simultaneamente esses dois tipos de produtos. A composição da cesta de produtos de seguro consumidos se complexifica com o aumento da renda. A probabilidade de acesso a tais produtos para população com renda per capita de até 1 salário mínimo é de apenas 13,3% e, ainda assim, 10,7% para coberturas únicas (sem sobreposição) dos segmentos automóveis, patrimônio e saúde (nesta ordem). No último grupo de renda em questão, os valores correspondentes são 85,9% e 22,9%. Considerando-se individualmente os produtos selecionados, dentre a população mais abastada, aqueles que apresentam maior probabilidade de acesso são: patrimônio, automóveis e saúde. Nos domicílios do primeiro extrato considerado (até ¼ de salário mínimo), os produtos de seguro mais consumidos (ainda assim menos de 2%) são: saúde, automóvel e pessoais, exceto saúde. Como já mencionado, acredita-se que a estabilidade nas relações de trabalho se reflita no acesso a produtos de seguro e serviços financeiros, já que as relações de trabalho podem funcionar como um dos componentes da vulnerabilidade. Com exceção dos seguros de patrimônio/imóveis, os domicílios nos quais a pessoa de referência é um trabalhador formal apresentam uma maior probabilidade de acesso aos produtos de seguro e serviços previdenciários, vis-à-vis à média da população para todas as faixas de renda consideradas, conforme esperado. No caso de patrimônio/imóveis, a cobertura é da mesma ordem de grandeza da média nacional, indicando a preponderância desse status de ocupação em termos de acesso a produtos de seguro e serviços previdenciários. Os domicílios nos quais a pessoa de referência é um beneficiário da previdência apresentam maior probabilidade de acesso a seguros de patrimônio/imóveis e funeral, vis-à-vis a média da população para todas as classes de renda, refletindo o estágio de ciclo de vida em que estariam. A participação como ativos em previdência pública e 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 91 30/6/2010, 16:56 92 • Microsseguros: Série Pesquisas privada é bem mais baixa do que a da média da população, mais uma vez refletindo o estágio no ciclo de vida. A participação do seguro saúde é maior do que a média nesse grupo somente para as duas últimas faixas de renda. Os domicílios nos quais a pessoa de referência é um trabalhador informal apresentam uma menor participação do que a média nacional para todas as faixas de renda e todos os produtos e serviços considerados, como era de se esperar. Isso aponta esse segmento como um público-alvo preferencial de uma política de microsseguros. Os domicílios com pessoas de referência que são profissionais autônomos informais urbanos apresentam uma maior participação para as três últimas faixas de renda em previdência privada e maior participação para todas as faixas de renda para veículos automotores. Paradoxalmente, a cobertura de previdência pública com a contribuição de algum membro é também mais alta do que a média para todos os grupos reunidos, possivelmente explicitando uma estratégia interna da família para diversificar riscos. Dado que quando considerados simultaneamente a renda parece ser um fator mais importante do que o status da ocupação/previdência para explicar a aquisição de produtos e serviços de seguro e previdência, a distribuição de renda para um determinado status se reflete fortemente no acesso a esses produtos. O acesso a cartão de crédito e cheque especial é também bastante influenciado pela renda, sendo mais alto para o primeiro. A aquisição de TV a cores é paradigmática para retratar as variações na forma de aquisição de bens como função da renda e status da ocupação/previdência: domicílios com pessoa de referência trabalhador formal apresentam um maior nível de consumo conjugado a uma menor diferença entre os grupos de renda (vis-à-vis aos informais – empregados ou trabalhadores por conta própria) e uma maior fração de aquisição a prazo. As principais dificuldades enfrentadas pelos empresários do setor informal urbano para desenvolver e manter o negócio foram: falta de clientes (48,6%), concorrência muito grande (44,5%), baixo lucro (34,4%), falta de capital próprio (26,2%) e falta de crédito (13,6%). Estas duas últimas evidenciam a necessidade de financiamentos para o setor informal. Entre os acessos a instrumentos financeiros para empresários do setor informal urbano, destacam-se conta corrente e talão de cheque. Além disso, verifica-se que os empresários informais têm acesso restrito aos mesmos, observando-se que apenas 40,4% deles possuem conta corrente, que é o produto mais acessível. Já o principal meio para efetuar pagamentos é o correspondente bancário, que deve ser levado em consideração quando da determinação dos canais de distribuição de produtos de microsseguros. 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 92 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 93 Os tipos de seguros mais frequentemente adquiridos por esses empresários informais são: seguro de vida (9,1%) e saúde e/ou dental (9,8%). Observa-se uma participação muito pequena dos empresários por conta própria e empregadores informais nesse mercado, sendo que o custo alto foi o motivo mais alegado para a não-aquisição de produtos de seguro, seguido pelo argumento sobre a desnecessidade do mesmo. Essas informações sinalizam a necessidade de adequação dos produtos a essa população, assim como a importância do desenvolvimento de uma cultura securitária e financeira. Bibliografia CHURCHILL, Craig (Ed.) Protecting the Poor: A microinsurance compendium. ILO, Geneva in association with Munich Re Foundation, Germany, 2006. IBGE, Economia Informal Urbana 2003. Rio de Janeiro: IBGE, 2005. Disponível em http://www.ibge.gov.br/ home/estatistica/economia/ecinf/2003/default.shtm IBGE, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003. Microdados. Rio de Janeiro: IBGE, 2006 (CD-Rom). IBGE, Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: Primeiros Resultados – Brasil e Grandes Regiões. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/ condicaodevida/pof/2002/default.shtm 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 93 30/6/2010, 16:56 94 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo I – Sobre a POF 11 Como é Realizada a POF? A unidade amostral do estudo é o domicílio, considerado como moradia estruturalmente separada12 e independente13, de característica permanente. A Unidade de Consumo (UC) é a unidade básica de investigação e análise dos orçamentos, e compreende um ou mais moradores que compartilham a mesma fonte de alimentação, ou seja, utilizam um mesmo estoque de alimentos e/ou realizam um conjunto de despesas alimentares comuns. Quando não existem despesas alimentares comuns, a identificação ocorre através das despesas com moradia. Cada Unidade de Consumo (UC) é composta por moradores que constituem Unidades de Orçamento, por terem alguma participação no orçamento da família, seja como despesa, seja como rendimento, ou ambos. No caso de moradores menores de 10 anos de idade, as aquisições e rendimentos correspondentes são registrados juntamente com os da pessoa responsável. “Para o IBGE, e também atendendo às recomendações internacionais, o conceito de ‘família’ especificamente adotado no Censo Demográfico e demais pesquisas domiciliares refere-se às pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, sem referência explícita ao consumo ou despesas. Entretanto, na maior parte das situações, a Unidade de Consumo da POF coincide com a ‘família’, segundo o conceito adotado no IBGE. Verifica-se, a título de exemplo, que a diferença entre o total de Unidades de Consumo da POF 2002-2003 e de famílias da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2002 é da ordem de 5,94%, sendo que a POF registrou um total de 48.534.638 Unidades de Consumo, e a PNAD, 51.560.959 famílias” (IBGE, 2004). Ou seja, para a POF, o termo “Família”14 foi considerado equivalente à Unidade de Consumo. A coleta de dados da POF 2002-2003 foi feita ao longo de doze meses, de 01/07/2002 a 30/06/2003, de modo a permitir a observação de flutuações de despesas e rendimentos que sofrem alterações ao longo de um ano, por fatores sazonais – como agasalhos no inverno, refrigerantes e sorvetes no verão, produtos mais caros ou mais baratos por 11 Este anexo é fortemente baseado em IBGE (2004). “A condição de separação é atendida quando o local de moradia é limitado por paredes, muros, cercas e outros, e coberto por um teto, e permite que seus moradores se isolem, arcando com parte ou todas as suas despesas de alimentação ou moradia.” 13 “A independência é atendida quando o local de moradia tem acesso direto, permitindo a passagem de seus moradores sem atravessar o local de moradia de outras pessoas.” 14 Neste relatório vamos utilizar como equivalentes os termos “família”, “domicílio” e UC. Existe uma diferença entre os conceitos, mas que não afeta sobremaneira as estatísticas utilizadas. 12 02a-Microsseguros-Vol 2.p65 94 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 95 conta da época de safra ou entressafra, Natal, festas juninas ou regionais, férias, início de ano letivo, entre outros. O período de referência das informações de despesas e rendimentos difere segundo o tipo de item estudado. Despesas maiores (como automóveis, imóveis ou eletrodomésticos, por exemplo) são realizadas com menor frequência, enquanto bens de menor valor são adquiridos frequentemente ou mesmo diariamente, como é o caso dos alimentos. Além disso, a memória das informações relacionadas a uma aquisição de valor mais elevado é preservada por um período de tempo mais longo. Assim, com o objetivo de ampliar a capacidade do informante para fornecer os valores das aquisições realizadas e as demais informações a elas associadas, foram definidos quatro períodos de referência: sete dias, 30 dias, 90 dias e 12 meses, segundo os critérios de frequência de aquisição e do nível do valor do gasto. Já os dados sobre rendimentos e as informações a eles relacionadas são coletados tendo como referência o período de 12 meses. Como a coleta dura um ano e as informações envolvem períodos até 12 meses anteriores, dispõe-se de dados referentes a um período de 24 meses, pois para as primeiras entrevistas, realizadas em julho 2002, há informações que cobrem os meses a partir de junho 2001. Dessa forma, os períodos de referência das informações de despesas e rendimentos não são idênticos para todos os domicílios selecionados. Para cada informante, os períodos de referência foram estabelecidos como o tempo que antecede a data de realização da coleta no domicílio, exceto o período de referência de sete dias, contados no decorrer da entrevista. Os montantes informados foram valorados então a preços de uma data determinada, no caso, 15 de janeiro de 200315, dita data de referência, de maneira a corrigir mudanças absolutas e relativas ocorridas nos preços. Vale lembrar que o salário mínimo vigente naquela data (15/01/2003) era de R$ 200,00 (duzentos reais). Na POF, “... a despesa total equivale a todas as despesas monetárias e não-monetárias das famílias. As despesas monetárias são aquelas realizadas mediante pagamento em dinheiro, cheque ou cartão de crédito. As despesas não-monetárias correspondem às aquisições provenientes de produção própria, retirada do negócio, troca, doação e outras formas de obtenção, e são investigadas para todos os produtos adquiridos pelas famílias e para o serviço aluguel do domicílio16”(IBGE, 2004). 15 O meio do período da coleta. “As despesas não-monetárias são valoradas a partir de estimativa do informante no momento da pesquisa”. IBGE, 2007a. 16 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 95 30/6/2010, 16:56 96 • Microsseguros: Série Pesquisas Ainda segundo a mesma publicação do IBGE: “Para a obtenção da despesa total média mensal são totalizadas as despesas médias mensais classificadas em três grandes grupos: despesas correntes, aumento do ativo e diminuição do passivo. As despesas correntes são formadas por dois tipos de despesas: despesas de consumo, constituídas dos seguintes grupamentos: alimentação, habitação, vestuário, transporte, higiene e cuidados pessoais, assistência à saúde, educação, recreação e cultura, fumo, serviços pessoais e despesas diversas; e mais as outras despesas correntes, integradas por impostos, contribuições trabalhistas, serviços bancários, pensões, mesadas, doações e outras.” Ao grande grupo ‘aumento do ativo’ correspondem as despesas com a aquisição de imóvel, a reforma de imóvel e outros investimentos, e o último grande grupo, ‘diminuição do passivo’, contabiliza as despesas com pagamentos de empréstimos, carnês e prestações de imóvel.” Como Foi Planejada a Amostra? O plano amostral da POF foi basicamente o mesmo da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 1995-1996, com uma abrangência territorial ampliada. A Tabela 19 apresenta a distribuição dos setores e domicílios pesquisados segundo UF. Foi selecionada uma amostra conglomerada em dois estágios. No primeiro estágio, os setores censitários são selecionados de modo sistemático, em cada uma das Unidades da Federação, com uma probabilidade proporcional ao tamanho, utilizando-se a informação do Censo de 2000. Na etapa seguinte, faz-se uma listagem de cada setor para averiguar mudanças ocorridas no período, como novas construções, demolições, etc. Nessa etapa, foram escolhidos aleatoriamente cerca de 13 domicílios em cada setor censitário sorteado em área urbana, e aproximadamente 20 ou 25 em áreas rurais. A coleta foi distribuída em 12 meses, garantindo em todos os trimestres uma representatividade nos estratos geográficos e socioeconômicos escolhidos. No total, foram levantadas informações de quase 50 mil domicílios e cerca de quatro mil setores censitários. Como se Desenvolvem as Entrevistas? Em cada domicílio sorteado, a pesquisa dura ao todo nove dias. No primeiro dia (D1), o agente do IBGE se apresenta, avalia se o domicílio atende aos requisitos da POF, explica os objetivos e a importância do estudo e garante o sigilo e a confidencialidade dos dados obtidos; em seguida, identifica os moradores do domicílio, quantas unidades de consumo e de orçamento existem no mesmo e preenche o questionário denominado de POF 1, com as características gerais da UC e de seus moradores. 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 96 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 97 Tabela 19 – Número de setores selecionados e domicílios esperados, selecionados e entrevistados, segundo as UFs – POF 2002-2003 Número de Setores Selecionados Unidades da Federação Brasil Número de domicílios na amostra Esperados Selecionados Entrevistados 3.984 44.248 60.911 48.470 Rondônia 87 972 1.338 1.112 Acre 83 890 1.198 960 Amazonas 87 966 1.319 1.075 Roraima 47 518 739 554 128 1.556 2.060 1.666 Pará Amapá 46 496 685 568 Tocantins 76 826 1175 933 Maranhão 186 2.064 2.716 2.231 Piauí 182 1.940 2.643 2.222 Ceará 156 1.752 2510 2.017 Rio Grande do Norte 132 1.410 1.919 1.548 Paraíba 191 2.030 2.924 2.367 Pernambuco 131 1.490 2.173 1.674 Alagoas 252 2.616 3.555 2.965 Sergipe 102 1.086 1.497 1.143 Bahia 181 2.206 3.072 2.457 Minas Gerais 240 2.800 3.803 3.004 Espírito Santo 192 2.050 2.747 2.337 Rio de Janeiro 117 1.280 1.828 1.285 São Paulo 161 1.890 2.646 2.017 Paraná 182 2.010 2.799 2.263 Santa Catarina 183 1.950 2.648 1.989 Rio Grande do Sul 147 1.650 2.186 1.850 Mato Grosso do Sul 209 2.290 3.171 2.541 Mato Grosso 213 2.390 3.249 2.355 Goiás 193 2.240 3.097 2.356 80 880 1.214 981 Distrito Federal Fonte: IBGE, 2004. 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 97 30/6/2010, 16:56 98 • Microsseguros: Série Pesquisas Após certificar-se da existência de ao menos uma pessoa capacitada para preencher a Caderneta de Consumo Coletivo (POF 3)17, o agente explica quais dados deverão ser coletados, e fornece a Caderneta de Despesa Coletiva, que deverá ser preenchida por sete dias consecutivos, a partir do dia seguinte (D2). No terceiro dia (D3), o agente retorna ao domicílio para verificar se as informações estão sendo registradas corretamente. Caso o morador escolhido, por qualquer motivo, não tenha condições de preencher a caderneta, o agente explica que todos os comprovantes de despesa deverão ser guardados ou memorizados, pois o próprio agente retornará a cada dois dias para preencher os dados necessários. Da mesma maneira, os blocos de Despesa Pessoal, que servirão para preencher a POF 4, são entregues no D1 pelo morador responsável ou pelo agente do IBGE a todos os moradores maiores de 10 anos aptos ao preenchimento, exceto empregados domésticos ou seus parentes. Ao longo da semana, o agente visita algumas vezes o domicílio, para acompanhar o preenchimento, tirar dúvidas e ajudar a preencher os questionários POF 2 (Despesa coletiva)18, POF 4 (despesa individual)19, POF 5 (recebimento individual) e POF 6 (avaliação das condições de vida). Desta forma, os quadros com período de referência de sete dias constantes do bloco de despesa individual (POF 4) só são preenchidos após os sete dias de preenchimento do questionário POF 3. Detalhes a respeito dos processos envolvidos na coleta de dados podem ser encontrados no Manual do Agente de Pesquisa e no Manual do Usuário (IBGE, 2002). Quais São os Dados Disponíveis? Para situar o consumo de produtos de seguro e previdência no orçamento das famílias, decidiu-se inicialmente desenhar uma cesta básica de consumo, destacando-se os itens nos quais os produtos de seguro e previdência estão inseridos. Optou-se ainda por analisar os gastos ligados à aquisição de alguns itens de guarnição residencial, assim como alguns itens de informática, considerando tanto os gastos com esses produtos segundo faixa de renda domiciliar per capita, como analisando a sua forma de aquisição, já que esta, por si só é um indicativo da potencialidade de produtos de seguro financeiros. 17 A POF 3 registra durante 7 dia seguidos todas as despesas com alimentos, bebidas, artigos de higiene pessoal e de limpeza, combustíveis de uso doméstico (exceto gás e lenha) e outras pequenas compras de rotina. 18 Na POF 2 são registradas as despesas com bens que, em geral, servem a todos os moradores, e cuja aquisição não é frequente (móveis e eletrodomésticos, por exemplo), além de serviços de utilidade pública, como energia elétrica, gás, telefone fixo; traz também o inventário de bens duráveis da UC. 19 A POF 4 registra todas as despesas com bens e serviços de utilização pessoal, como vestuário, medicamentos, alimentação fora do domicílio, lazer, leitura, transporte, etc. 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 98 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 99 Vale frisar que, embora haja em cada folha do questionário espaço para coleta de dados que não são pré-codificados, com linhas suplementares nas quais outras informações podem ser inseridas, dados coletados de modo agregado não podem ser posteriormente identificados separadamente. Por outro lado, é possível que o mesmo item seja apresentado sob grafias diferentes. Neste caso, agrupou-se sob um nome unificado. Este é o caso, por exemplo, de “ar-condicionado” e “ar-condicionado”. 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 99 30/6/2010, 16:56 100 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo II – Definição do Setor Informal e Delimitação do Universo da ECINF 20 A magnitude, natureza e composição do setor informal variam entre diferentes regiões e países de acordo com o nível de desenvolvimento e a estrutura de suas economias. Com base nas recomendações da 15a Conferência de Estatísticos do Trabalho, promovida pela Organização Internacional do Trabalho – OIT em janeiro de 1993, considerou-se que: • • • • • para delimitar o âmbito do setor informal, o ponto de partida é a unidade econômica – entendida como unidade de produção – e não o trabalhador individual ou a ocupação por ele exercida; fazem parte do setor informal as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas, sendo excluídas aquelas unidades engajadas apenas na produção de bens e serviços para autoconsumo; as unidades do setor informal caracterizam-se pela produção em pequena escala, baixo nível de organização e pela quase inexistência de separação entre capital e trabalho como fatores de produção; embora útil para propósitos analíticos, a ausência de registros não serve de critério para a definição do informal, na medida em que o substrato da informalidade se refere ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica, e não a seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Havendo vários tipos de registro, esse critério não apresenta uma clara base conceitual; não se presta a comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes; e a definição de uma unidade econômica como informal não depende do local onde é desenvolvida a atividade produtiva, da utilização de ativos fixos, da duração das atividades das empresas (permanente, sazonal ou ocasional) ou do fato de tratar-se da atividade principal ou secundária do proprietário da empresa. Na operacionalização estatística dessa definição decidiu-se que pertencem ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empregadores com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas, sejam elas a atividade principal de seus proprietários ou atividades secundárias. 20 Este anexo foi reproduzido de IBGE, 2005. 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 100 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 101 Como consequência dessa definição operacional, uma primeira limitação da pesquisa resulta de seu recorte urbano. Assim sendo, ela deixa de cobrir as atividades nãoagrícolas desenvolvidas por moradores de domicílios rurais – de que servem de exemplo a pequena indústria alimentar, artesanato, confecção e serviços – e que, em virtude de seu próprio modo de organização e do cálculo econômico que as rege, deveriam, a rigor, estar incluídas no espectro de economia informal. Justificam tal procedimento a significativa elevação dos custos operacionais que a cobertura de domicílios rurais acarretaria para a pesquisa e a evidência empírica de que é nos grandes centros urbanos que se concentra a parcela mais expressiva da economia informal. Por outro lado, está também excluída do universo da pesquisa a chamada “população de rua”, de número e importância crescentes nas áreas metropolitanas. Como não tem residência fixa, considera-se que deva vir a se constituir em objeto de pesquisa específica, mas certamente com recorte e natureza distintos dos da presente pesquisa. Deve-se esclarecer, ainda, que o conjunto de pessoas ligadas a atividades ilegais dificilmente pode ser captado por uma pesquisa como esta, com o que o espectro deste estudo se reduz ao conjunto de práticas econômicas “socialmente aceitas”, levadas a efeito por indivíduos domiciliados. Na definição operacional das unidades produtivas a serem consideradas na economia informal, foram tomadas como objeto de pesquisa aquelas que operassem com até cinco empregados, independentemente do número de proprietários ou trabalhadores não remunerados. Como qualquer outro, o corte no número de empregados é também um corte arbitrário. Reconhece-se que o caráter informal de uma determinada atividade não é dado apenas por seu tamanho, mas, principalmente, pela particular divisão técnica e social do trabalho que ali se estabelece. Admite-se, contudo, que essa divisão tende a passar também pelo número de pessoas ocupadas e se fixa o mesmo corte já adotado por diversos estudos sobre a economia informal. A decisão de investigar, em profundidade, os informantes que se autoclassificam como empregadores (com até cinco empregados) e trabalhadores por conta própria, em qualquer de suas situações de trabalho, é outro fato a ser considerado. Significa reconhecer que os indivíduos podem participar da economia informal, seja através de seu trabalho principal, seja do secundário. Os trabalhadores domésticos, embora pertencentes ao setor informal, não foram objeto da pesquisa por considerar-se que as informações relevantes para essa categoria são exaustivamente pesquisadas, a cada ano, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 101 30/6/2010, 16:56 102 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo III – Probabilidade de aquisição de Produtos de Seguro e Previdência segundo Status de ocupação/previdência da Pessoa de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita Gráfico 46 – Probabilidade de acesso a produtos de seguro e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência no mercado formal PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA NO MERCADO FORMAL 100% 90% 80% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 102 30/6/2010, 16:56 Mais de 5 sm Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 103 Gráfico 47 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência no mercado formal PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA NO MERCADO FORMAL 100% (escala log) 10% 1% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 0% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 48 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência beneficiário de previdência social PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA BENEFICIÁRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 103 30/6/2010, 16:56 Mais de 5 sm 104 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 49 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência beneficiário de previdência social PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA BENEFICIÁRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 100% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL (escala log) 10% 1% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 50 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência empregado informal PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 104 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 105 Gráfico 51 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência empregado informal PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL 100% (escala log) 10% 1% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 0% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 52 – Probabilidade de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência trabalhador por conta própria/autônomo/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA TRABALHADOR POR CONTA PRÓPRIA/AUTÔNOMO/EMPREGADOR INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 105 30/6/2010, 16:56 Mais de 5 sm 106 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 53 – Probabilidade (escala log) de acesso a seguros e previdência segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência conta própria/autônomo/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE ACESSO A PRODUTOS DE SEGURO E PREVIDÊNCIA SEGUNDO TIPO E RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA CONTA PRÓPRIA/AUTÔNOMO/EMPREGADOR INFORMAL URBANO 100% (escala log) 10% 1% PESSOAIS EXCETO SAÚDE SAÚDE PATRIMÔNIO/IMÓVEIS AUTOMÓVEIS -PPÚBL -PPRIV FUNERAL 0% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 106 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 107 Anexo IV – Probabilidade de Acesso Simultâneo a Produtos de Seguro e Previdência segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita Gráfico 54 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência no mercado formal PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até De 1/2 até 1/2 sm 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 107 30/6/2010, 16:56 Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P 108 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 55 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência beneficiário de previdência social PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA BENEFICIÁRIO PREVIDÊNCIA SOCIAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até De 1/2 até 1/2 sm 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 56 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência empregado informal PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até De 1/2 até 1/2 sm 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 108 30/6/2010, 16:56 Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 109 Gráfico 57 – Probabilidade de acesso simultâneo a produtos de seguro segundo tipo e renda domiciliar per capita em números de salário mínimo – Brasil – 2002-2003 – domicílios com pessoa de referência trabalhador por conta própria/autônomo/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE ACESSO SIMULTÂNEO A PRODUTOS DE SEGURO SEGUNDO RENDA DOMICILIAR PER CAPITA EM NÚMEROS DE SM – DOMICÍLIOS COM PESSOA DE REFERÊNCIA CONTA PRÓPRIA/AUTÔNOMO/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem renda Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 109 30/6/2010, 16:56 Nada PSAF SAF PAF AF PSF SF PF F PDSA DSA PSA SA PDA DA PA A PDS DS PS S PD D P 110 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo V – Probabilidade de Aquisição de Bens de Consumo Selecionados segundo Status de Ocupação/Previdência da Pessoa de Referência do Domicílio e Renda Domiciliar Per Capita Trabalhador Formal Gráfico 58 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 110 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 111 Gráfico 59 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros a prazo 50% à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 60 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 111 30/6/2010, 16:56 112 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 61 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 62 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% outros a prazo 4% à vista 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 112 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 113 Gráfico 63 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros 40% a prazo à vista 30% 20% 10% 0% De 1/4 até 1/2 sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 64 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 6,0% 5,0% 4,0% outros 3,0% a prazo à vista 2,0% 1,0% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 113 30/6/2010, 16:56 114 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 65 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 66 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 114 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 115 Gráfico 67 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 68 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA REFERÊNCIA DO TRABALHADOR FORMAL forma deDE aquisição (2003) pessoa de DOMICÍLIO referência do domicílio trabalhador formal 20% 18% 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 115 30/6/2010, 16:56 116 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 69 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 70 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 9% 8% 7% 6% 5% outros a prazo 4% à vista 3% 2% 1% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 116 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 117 Gráfico 71 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% De 1/4 até 1/2 sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 72 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 20% 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 117 30/6/2010, 16:56 118 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 73 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 74 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 3,0% 2,5% 2,0% outros a prazo 1,5% à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 118 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 119 Gráfico 75 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR CONDICIONADO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros a prazo 50% à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 76 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 14% 12% 10% 8% outros a prazo 6% à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 119 30/6/2010, 16:56 120 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 77 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador portátil, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 78 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 2,5% 2,0% 1,5% outros 1,0% a prazo à vista 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 120 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 121 Gráfico 79 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros a prazo 50% à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 80 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 12% 10% 8% outros a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 121 30/6/2010, 16:56 122 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 81 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 82 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo 1,0% à vista 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 122 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 123 Gráfico 83 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 84 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% outros 2,5% a prazo à vista 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 123 30/6/2010, 16:56 124 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 85 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 86 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% outros a prazo 1,5% à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 124 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 125 Gráfico 87 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio trabalhador formal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE MICRO-ONDAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO TRABALHADOR FORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 125 30/6/2010, 16:56 126 • Microsseguros: Série Pesquisas Beneficiário da Previdência Gráfico 88 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 14% 12% 10% 8% outros a prazo 6% à vista 4% 2% 0% De 1/4 até 1/2 sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 89 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 126 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 127 Gráfico 90 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 1,2% 1,0% 0,8% outros 0,6% a prazo à vista 0,4% 0,2% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 91 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 127 30/6/2010, 16:56 128 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 92 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 12% 10% 8% 6% outros a prazo à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm Mais de 5 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 93 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 128 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 129 Gráfico 94 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% outros 1,5% a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 95 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DEe eREFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA ê c a do do c o apose tado/pe s o sta 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 129 30/6/2010, 16:56 130 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 96 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 10% 9% 8% 7% 6% 5% outros a prazo 4% à vista 3% 2% 1% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 97 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 130 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 131 Gráfico 98 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 12% 10% 8% 6% outros a prazo à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 99 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 131 30/6/2010, 16:56 132 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 100 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 7% 6% 5% 4% outros a prazo 3% à vista 2% 1% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 101 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 132 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 133 Gráfico 102 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 20% 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 103 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 133 30/6/2010, 16:56 134 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 104 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% De 1/4 até 1/2 sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm Mais de 5 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 105 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 134 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 135 Gráfico 106 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 14% 12% 10% 8% outros 6% a prazo à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 107 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador portátil, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 135 30/6/2010, 16:56 136 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 108 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo 1,0% à vista 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 109 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 136 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 137 Gráfico 110 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 8% 7% 6% 5% outros 4% a prazo à vista 3% 2% 1% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 111 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 137 30/6/2010, 16:56 138 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 112 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 1,4% 1,2% 1,0% 0,8% outros a prazo à vista 0,6% 0,4% 0,2% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 113 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 138 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 139 Gráfico 114 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 1,6% 1,4% 1,2% 1,0% 0,8% outros a prazo 0,6% à vista 0,4% 0,2% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 115 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 139 30/6/2010, 16:56 140 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 116 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo 1,0% à vista 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 117 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio beneficiário da previdência DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO APOSENTADO/PENSIONISTA 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 140 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 141 Autônomo/Conta Própria/Empregador Informal Urbano Gráfico 118 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA INFORMAL URBANO 16% 14% 12% 10% 8% outros a prazo 6% à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 119 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 141 30/6/2010, 16:56 142 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 120 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/ empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 121 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO domicílio aut/conta própria/informal urbano 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 142 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 143 Gráfico 122 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/ empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 12% 10% 8% 6% outros a prazo à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 123 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros 40% a prazo à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 143 30/6/2010, 16:56 144 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 124 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 8,0% 7,0% 6,0% 5,0% outros 4,0% a prazo à vista 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 125 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano 100% DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 144 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 145 Gráfico 126 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 16% 14% 12% 10% 8% outros a prazo 6% à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 127 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 145 30/6/2010, 16:56 146 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 128 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 30% 25% 20% 15% outros a prazo à vista 10% 5% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 129 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 146 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 147 Gráfico 130 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 12% 10% 8% outros 6% a prazo à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 131 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 147 30/6/2010, 16:56 148 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 132 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 20% 18% 16% 14% 12% outros a prazo 10% à vista 8% 6% 4% 2% 0% De 1/4 até 1/2 sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 133 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano 100% DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 148 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 149 Gráfico 134 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% outros a prazo à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 135 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano 100% DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA INFORMAL/URBANO 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 149 30/6/2010, 16:56 150 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 136 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/ empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 16% 14% 12% 10% 8% outros a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 137 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/ empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 150 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 151 Gráfico 138 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 2,0% 1,8% 1,6% 1,4% 1,2% outros 1,0% a prazo à vista 0,8% 0,6% 0,4% 0,2% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 139 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 151 30/6/2010, 16:56 152 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 140 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 12% 10% 8% 6% outros a prazo à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 141 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 152 30/6/2010, 16:56 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 153 Gráfico 142 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA INFORMAL URBANO 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% outros a prazo 2,0% à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 143 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 153 30/6/2010, 16:57 154 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 144 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo à vista 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 145 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/ conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 154 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 155 Gráfico 146 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/ INFORMAL URBANO 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% outros 2,0% a prazo à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 147 – Distribuição das formas de aquisição (%) de micro-ondas, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio autônomo/conta própria/empregador informal urbano DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE MICRO-ONDAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO AUT/CONTA PRÓPRIA/INFORMAL URBANO 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 155 30/6/2010, 16:57 156 • Microsseguros: Série Pesquisas Empregado Informal Gráfico 148 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 16% 14% 12% 10% 8% outros a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 149 – Distribuição das formas de aquisição (%) de fogão a gás ou elétrico, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FOGÃO A GÁS OU ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 156 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 157 Gráfico 150 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de freezer, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FREEZER, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 1,8% 1,6% 1,4% 1,2% 1,0% outros 0,8% a prazo à vista 0,6% 0,4% 0,2% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 151 – Distribuição das formas de aquisição (%) de freezer, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FREEZER POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 157 30/6/2010, 16:57 158 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 152 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de geladeira, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE GELADEIRA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 18% 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% De 1/4 até 1/2 sm Até 1/4 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm Mais de 5 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 153 – Distribuição das formas de aquisição (%) de geladeira, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE GELADEIRA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 158 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 159 Gráfico 154 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de batedeira de bolo, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE BATEDEIRA DE BOLO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 5,0% 4,5% 4,0% 3,5% 3,0% outros 2,5% a prazo à vista 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 155 – Distribuição das formas de aquisição (%) de batedeira de bolo, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE BATEDEIRA DE BOLO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros a prazo 50% à vista 40% 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 159 30/6/2010, 16:57 160 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 156 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de liquidificador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE LIQUIDIFICADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 157 – Distribuição das formas de aquisição (%) de liquidificador, por faixa de renda – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE LIQUIDIFICADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 160 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 161 Gráfico 158 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FERRO ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 18% 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 159 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ferro elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FERRO ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 161 30/6/2010, 16:57 162 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 160 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 161 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de lavar roupas, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE LAVAR ROUPAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 162 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 163 Gráfico 162 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TELEVISÃO EM CORES, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 18% 16% 14% 12% 10% outros a prazo 8% à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 163 – Distribuição das formas de aquisição (%) de televisão em cores, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TELEVISÃO EM CORES POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 163 30/6/2010, 16:57 164 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 164 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE AR-CONDICIONADO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% outros 2,0% a prazo à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 165 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ar-condicionado, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE AR-CONDICIONADO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 164 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 165 Gráfico 166 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de ventilador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE VENTILADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 16% 14% 12% 10% outros 8% a prazo à vista 6% 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 167 – Distribuição das formas de aquisição (%) de ventilador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE VENTILADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 165 30/6/2010, 16:57 166 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 168 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MÁQUINA DE COSTURA, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 2,5% 2,0% 1,5% outros a prazo 1,0% à vista 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm Mais de 5 sm De 3 até 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 169 – Distribuição das formas de aquisição (%) de máquina de costura, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MÁQUINA DE COSTURA POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 166 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 167 Gráfico 170 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 14% 12% 10% 8% outros a prazo 6% à vista 4% 2% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 171 – Distribuição das formas de aquisição (%) de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% 50% outros a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 167 30/6/2010, 16:57 168 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 172 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% outros 2,0% a prazo à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 173 – Distribuição das formas de aquisição (%) de impressora de microcomputador, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE IMPRESSORA DE MICROCOMPUTADOR POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 168 30/6/2010, 16:57 Estimativa de Potencial do Mercado de Microsseguros no Brasil ... • 169 Gráfico 174 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 4,0% 3,5% 3,0% 2,5% outros 2,0% a prazo à vista 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 175 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE TANQUE DE ROUPA ELÉTRICO POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 169 30/6/2010, 16:57 170 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 176 – Probabilidade de aquisição nos últimos 12 meses de micro-ondas, por faixa de renda domiciliar e forma de aquisição (2003) – pessoa de referência do domicílio empregado informal PROBABILIDADE DE AQUISIÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES DE FORNO DE MICRO-ONDAS, POR FAIXA DE RENDA DOMICILIAR E FORMA DE AQUISIÇÃO (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 6,0% 5,0% 4,0% outros 3,0% a prazo à vista 2,0% 1,0% 0,0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 Gráfico 177 – Distribuição das formas de aquisição (%) de tanque de roupa elétrico, por faixa de renda domiciliar per capita – Brasil – 2002-2003 – pessoa de referência do domicílio empregado informal DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAS DE AQUISIÇÃO DE FORNO DE MICRO-ONDAS POR FAIXA DE RENDA (2003) – PESSOA DE REFERÊNCIA DO DOMICÍLIO EMPREGADO INFORMAL 100% 90% 80% 70% 60% outros 50% a prazo 40% à vista 30% 20% 10% 0% Até 1/4 sm De 1/4 até 1/2 sm De 1/2 até 1 sm De 1 até 2 sm De 2 até 3 sm De 3 até 5 sm Mais de 5 sm Fonte: IBGE, Microdados da POF 2002-2003 02b-Microsseguros-Vol 2.p65 170 30/6/2010, 16:57 3 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda Kaizô Iwakami Beltrão Sonoê Sugahara Pinheiro Luciano Gonçalves de Castro e Silva Introdução O objetivo desta pesquisa é estimar uma Tábua Completa de Mortalidade por sexo para os membros das famílias brasileiras de baixa renda, nomeadamente aquelas com renda per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 (três) salários mínimos. A literatura tem apontado para o crescente interesse sobre o impacto que o desenvolvimento econômico e a distribuição de renda exercem nas taxas específicas de mortalidade dos países, tanto no campo das ciências ligadas à saúde quanto na formulação e execução de políticas públicas direcionadas. A descrição do impacto individual dos fatores determinantes dos diferenciais nos padrões e níveis da mortalidade nos diversos países ao redor do mundo é tarefa das mais árduas de serem executadas. São variáveis que exercem influência direta no padrão e nível de mortalidade: • • Os constantes avanços na medicina e a crescente disponibilização dos mesmos; O nível educacional dos indivíduos; 171 03-Microsseguros-Vol 2.p65 171 30/6/2010, 16:57 172 • Microsseguros: Série Pesquisas • • A distribuição de renda da população; A infraestrutura da localidade (o saneamento básico, o acesso à água limpa, o tratamento e a coleta do lixo, etc). Sorlie et al. (1995, p.949) destacam que o status de saúde corrente do indivíduo é provavelmente o resultado dos fatores acima listados, dentre outros, inclusive comportamentais, e que obviamente influenciam as oportunidades futuras. Aspectos de status econômico são caracterizados nesse sentido por renda, educação, ocupação e emprego. No nível mais básico e simples, a renda é uma medida dos recursos financeiros de uma pessoa; a educação é uma medida do conhecimento obtido e do potencial econômico; a ocupação é uma medida do status do indivíduo junto à sociedade, suas habilidades, ganhos financeiros e ocupação específica; e o emprego é a medida da viabilidade econômica presente. As variáveis demográficas de idade e sexo claramente representam características associadas à mortalidade e estas necessitam também ser consideradas. A característica de raça reflete a interseção entre determinantes biológicos, culturais, socioeconômicos, políticos e legais, bem como a questão do racismo. As características de estado conjugal, a estrutura familiar e o tamanho da moradia refletem o número de pessoas que deverão utilizar os recursos econômicos disponíveis e os fatores sociais relacionados às uniões entre os indivíduos, o casamento, a viuvez, separações e divórcios. Em seu trabalho de 2008, Silva faz também menção a essas variáveis: “Em linhas gerais, a redução nas taxas de mortalidade é normalmente resultado de uma evolução nos padrões de vida da população, decorrente de um conjunto de fatores, tais como: os avanços na medicina e melhoria da saúde pública como um todo, melhoria na geração e distribuição da riqueza para a população, melhor qualidade de saneamento básico e tratamento da água, maior controle e vacinação das doenças, tratamento do lixo, etc. Aliado a esses fatores, destaca-se também o aumento da consciência do indivíduo no que tange o seu estilo de vida. Fatores como o exercício regular, uma dieta rica e balanceada com refeições regulares, peso dentro da normalidade, consumo moderado de álcool e descanso médio de 7 horas diárias são atitudes que prolongam a vida das pessoas” (Silva, 2008, pp.81-82). Todas essas variáveis citadas tendem a se inter-relacionar e também com muitos outros aspectos inerentes ao desenvolvimento econômico, tornando muito difícil o seu isolamento nos estudos. Além disso, tomando o próprio Brasil como exemplo, deveria existir uma tendência dos programas de saúde serem mais intensivos e concentrados nos 03-Microsseguros-Vol 2.p65 172 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 173 locais menos abastados, como as Regiões Nordeste e Norte e as periferias dos grandes centros urbanos, por óbvias razões, podendo ocasionar vieses nas relações observadas. Na verdade, a maior oferta de serviços de saúde se dá justamente nos grandes centros urbanos, onde existe uma maior infraestrutura. Segundo Rodgers (2002, p.533), a identificação dos impactos de tais fatores, que estão diretamente associados com a saúde do indivíduo, é válida no âmbito da formulação de políticas públicas, mas pode não ser decisiva para a descrição das mudanças da mortalidade no processo de desenvolvimento. Por detrás dessas variáveis específicas, o status econômico dos indivíduos aparenta dominar as mudanças no seu nível de saúde, desde a questão da nutrição das pessoas até com relação a outros aspectos de consumo, estando o status econômico do indivíduo muito correlacionado e determinante de muitas das variáveis específicas supracitadas. Bons salários podem ser uma pré-condição para ambientes mais saudáveis e acesso a melhores serviços de saúde, dada a demanda competitiva nos recursos – isso é evidente no nível nacional, local ou mesmo no nível individual. Desta forma, para uma análise empírica geral, é razoável investigar um conjunto de fatores que relacionem renda e mortalidade. Rodgers (2002, pp.533-534) nota que as observações feitas em países desenvolvidos sugerem que a relação entre renda e esperança de vida é assintótica crescente, ou seja, os ganhos são decrescentes com a renda. Com isso, a relação entre renda e expectativa de vida é, consequentemente, não-linear e côncava. Sendo assim, dado um conjunto de níveis de renda, a média das esperanças de vida associadas a esses níveis é obrigatoriamente menor do que a esperança de vida associada com o nível médio de renda. Na prática, o formato preciso da função Renda × Expectativa de Vida depende também de outras variáveis1. Backlund et al. (1996, p.12) fazem uma revisão da literatura sobre as relações entre a distribuição da renda e a mortalidade. Por exemplo, Wilkinson (1986, 1992) demonstrou que a distribuição de renda é muito mais preditiva da esperança de vida do que o PIB per capita. Esses estudos mostraram que os países com uma distribuição mais igualitária de renda possuem menores taxas de mortalidade. Dado que a distribuição de renda surge como um importante determinante das diferenças entre as taxas internacionais de mortalidade, tanto Rodgers (2002) quanto Wilkinson (1986,1992) teorizaram que o forte gradiente inverso da mortalidade em função da renda, observado em diversos países, é mais acentuado para os níveis baixos de renda do que para os mais elevados. 1 As assíntotas da curva seriam deslocadas para cima, por exemplo, em função de novas descobertas na medicina (como a cura do câncer) e uma melhor estrutura de oferta de serviços de saúde, ou poderiam ser deslocadas para baixo, devido a grandes epidemias (se fosse o caso da gripe suína, por exemplo). 03-Microsseguros-Vol 2.p65 173 30/6/2010, 16:57 174 • Microsseguros: Série Pesquisas Sendo assim, o efeito do desenvolvimento econômico nas taxas nacionais de mortalidade é dependente, em parte, do formato da relação entre renda e mortalidade. Com base nela, os benefícios para os grupos de renda aumentam à medida que a renda aumenta. A despeito da importância, investigações detalhadas acerca do formato da relação entre renda e mortalidade são raras. Dentro do próprio trabalho de Backlund et al. (1996), os autores demonstraram que o gradiente de mortalidade-renda é muito menor nos níveis de renda mais elevados do que nos mais baixos ou moderados, nas populações com idades economicamente ativas (25 até 64 anos) e idosos (mais de 65 anos), tanto para homens quanto para mulheres, antes e depois do ajuste para outras variáveis socioeconômicas. Além disso, um diferencial muito maior foi encontrado para as mulheres de renda baixa a moderada. O gradiente renda-mortalidade foi muito menor para os idosos do que para a população em idades economicamente ativas. O estudo também examinou a capacidade de ajuste de várias funções matemáticas da renda, para delinear a relação existente entre renda e mortalidade. O estudo sugere que os benefícios de saúde associados com a renda são decrescentes à medida que a renda aumenta. A pesquisa de Kitagawa e Hauser (1973) demonstrou que a mortalidade para homens e mulheres em idades ativas declina rapidamente como função da escolaridade nos níveis mais baixos. Já nos níveis mais altos, a variação é substancialmente menor. Outro estudo interessante, que ratifica as conclusões anteriores, foi o trabalho de Blaxter (1990), que utilizando os dados da pesquisa de Saúde e Estilo de Vida na Inglaterra concluiu a existência de uma forte relação inversa entre renda e a saúde para aqueles que ganham menos de 200 libras, tendo essa relação uma intensidade muito menor ou nula, ou até inversa, para aqueles que ganham mais de 200 ou 250 libras. Dos gráficos apresentados nesse estudo, concluiu-se também que o decrescimento inicial da mortalidade para aqueles que ganham até 50 ou 100 libras é muito maior do que para aqueles que ganham mais. Em resumo, vários autores mostraram uma relação inversa entre nível socioeconômico (usando alguma proxy como renda ou escolaridade) e saúde (e consequentemente, mortalidade), com uma forma convexa, ou seja, quedas mais acentuadas entre indivíduos menos afluentes e menores gradientes entre os indivíduos dos estratos mais elevados. O maior gradiente associado aos níveis de pobreza extrema parece ser razoável, à medida que a extrema pobreza é associada a condições de privação e alienação social, tais como a má nutrição e condições sanitárias e de moradia precárias. Este relatório é composto de 6 seções. A primeira é esta introdução. A segunda apresenta as bases de dados utilizadas. A terceira apresenta a metodologia de cálculo. A quarta seção apresenta os resultados obtidos. A quinta apresenta as considerações 03-Microsseguros-Vol 2.p65 174 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 175 finais. A última seção é a bibliografia utilizada. Os anexos apresentam as tábuas de mortalidade estimadas para cada sexo em separado, para indivíduos em domicílios com renda per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 (três) salários mínimos, e funções selecionadas calculadas para essas tábuas. Bases de Dados Os dados brasileiros, sejam do registro civil (IBGE), sejam do SIM (DATASUS/ Ministério da Saúde), não permitem uma desagregação direta por renda. Sendo assim, não é possível calcular diretamente uma tábua para as populações-alvo. É possível, porém, desagregar os dados por áreas geográficas (municípios, estados, grandes regiões). A situação ideal seria encontrar uma desagregação geográfica com um perfil de renda semelhante ao da população-alvo. Para tanto, a ideia inicial do trabalho seria utilizar a população das Regiões Norte e Nordeste (as grandes regiões brasileiras com as rendas médias mais baixas – ver Tabela 1). Alguns estados dessas regiões apresentam uma renda per capita mais perto da renda da população-alvo, mas acreditamos que a utilização do agregado dessas regiões, pelo maior tamanho do mesmo, deveria fornecer melhores condições para as estimativas necessárias. Tabela 1 – Área, esperança de vida ao nascer em 2000 e proporção de domicílios com renda familiar per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 SM (em 2007) e número total de domicílios em 2000 Área e0 <1SM (%) <2SM (%) <3SM (%) Total de Domicílios BR 70,43 53,5 78,9 85,3 55.001.941 NO 69,45 68,7 87,7 91,9 3.869.573 RO 68,97 64,0 85,3 89,2 438.606 AC 69,24 67,1 84,1 89,5 167.472 AM 69,46 68,5 89,4 92,7 789.013 RR 67,57 63,2 84,7 89,6 108.610 PA 69,87 71,1 88,7 92,4 1.831.626 AP 67,60 62,9 84,1 91,7 154.201 TO 69,11 67,9 85,7 92,4 380.045 ND 67,13 75,4 90,6 93,2 14.078.788 MA 64,64 77,9 92,2 96,1 1.566.793 PI 66,25 76,1 90,1 91,5 801.776 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 175 30/6/2010, 16:57 176 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 1 – Área, esperança de vida ao nascer em 2000 e proporção de domicílios com renda familiar per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 SM (em 2007) e número total de domicílios em 2000 (continuação) Área e0 <1SM (%) <2SM (%) <3SM (%) Total de Domicílios CE 67,77 76,4 91,2 93,4 2.229.503 RN 67,97 70,1 88,2 91,8 828.715 PB 66,41 75,8 89,8 92,4 997.519 PE 65,58 76,4 91,2 92,9 2.357.269 AL 63,87 78,1 91,0 95,2 829.903 SE 68,58 70,0 88,8 92,1 556.971 BA 70,01 74,4 90,2 92,8 3.910.339 SD 72,03 43,4 73,3 80,6 24.146.351 MG 72,77 55,0 81,3 88,6 5.889.188 ES 71,64 52,9 80,6 87,2 1.052.778 RJ 70,95 43,1 73,6 75,6 4.742.570 SP 72,18 37,3 68,8 78,5 12.461.815 SU 72,80 40,7 72,9 83,5 8.785.067 PR 71,95 43,8 74,1 83,6 3.260.923 SC 73,49 34,1 69,9 82,2 1.898.470 RS 73,27 41,3 73,3 84,0 3.625.674 CO 71,69 51,3 76,7 84,1 4.122.162 MS 71,61 52,8 77,9 86,5 732.908 MT 70,84 57,8 82,5 88,3 878.012 GO 71,34 53,6 80,9 89,0 1.810.594 DF 73,83 35,9 57,2 64,2 700.648 No entanto, a escolha da Região Nordeste ou da Região Norte como proxy para a população de baixa renda brasileira esbarra em um grave problema, qual seja, que as condições dos pobres dessas regiões diferem em muito das dos pobres das demais regiões: infraestrutura sanitária, acesso a serviços de saúde, disseminação de informações, etc. Para mostrar esse ponto, poderíamos comparar a mortalidade de um mesmo estrato econômico nas diferentes regiões. Utilizar os estratos mais baixos como as famílias com renda per capita de até 1 salário mínimo poderia ainda deixar dúvidas, mesmo que uma diferença na mortalidade fosse detectada, dada a grande assimetria na distribuição de renda. Optamos assim por fazer a comparação utilizando um estrato mais afluente, qual seja, o das famílias com renda per capita entre 2 e 3 salários mínimos. 03-Microsseguros-Vol 2.p65 176 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 177 Pela aplicação da técnica dos “Filhos Sobreviventes” proposta por Brass (1975), calculou-se a mortalidade infantil, q(5), para ambos os sexos para três áreas: o Brasil como um todo, as Regiões Norte e Nordeste juntas e as demais Regiões (Sul, Sudeste e Centro-Oeste). O Gráfico 1 apresenta as estimativas da probabilidade de morte até os 5 anos de idade, q(5), tomando-se como base a Tábua Modelo Oeste para a população de ambos os sexos, utilizando os microdados das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios (PNADs) dos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007. Os resultados encontrados apontaram para uma mortalidade muito maior nas Regiões Nordeste e Norte (linha tracejada curta), em comparação com a mortalidade no Brasil como um todo (linha cheia) e a encontrada no agregado das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (linha tracejada comprida), confirmando a hipótese de que existem outros fatores associados a localização física (infraestrutura, por exemplo) que influenciam diretamente no nível das taxas específicas. Note que a mortalidade estimada para o Brasil como um todo é muito próxima daquela estimada para as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Esse fato é consistente com o maior tamanho da população desta área vis-à-vis às demais: Norte e Nordeste. Gráfico 1 – Probabilidade de Morte até A Idade Exata 5, q(5) – Valores Estimados e Ajustados Utilizando-se o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Oeste – Renda Domiciliar Per Capita entre 2 e 3 SM – Ambos os Sexos – Brasil – Áreas Selecionadas – PNADS 200 0,08 BRASIL 0,07 NO+NE SUL+SE+CO 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01 0,00 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 03-Microsseguros-Vol 2.p65 177 30/6/2010, 16:57 178 • Microsseguros: Série Pesquisas Optou-se assim, pelo agravamento da tábua estimada para a população brasileira como um todo, ao invés do agravamento de uma tábua estimada para as regiões mais pobres. Uma vez definida a população-alvo para o cálculo das taxas, foram utilizadas as seguintes bases de dados: • • Para o cálculo da Mortalidade Infantil: foram utilizadas as informações dos filhos tidos nascidos vivos (FTNV) e dos filhos sobreviventes (FS), ambos para o sexo masculino e feminino, e das mulheres de 15 até 49 anos divididas em 7 faixas etárias (15-19; 20-24; 25-29; 30-34; 35-39; 40-44 e 45-49 anos), com base nos dados das PNADs de 2004, 2005, 2006 e 2007; Para o cálculo da Mortalidade Adulta: para o numerador do cálculo da taxa de mortalidade foram utilizados os óbitos de pessoas do sexo masculino e feminino ocorridos no ano de 2007 por grupos de idade, oriundos das estatísticas do Registro Civil. Para o denominador do cálculo da taxa de mortalidade foram utilizadas as informações da população contada e estimada no ano de 2007, tanto para indivíduos do sexo masculino quanto do sexo feminino, em função dos dados da contagem populacional de 2007 do IBGE. Metodologia As estatísticas primárias do IBGE não permitem a construção de Tábuas de Mortalidade de forma direta, mesmo para a população brasileira como um todo. Os óbitos como encontrados no Registro Civil (RC) apresentam problemas de subenumeração. Nem todos os óbitos ocorridos no país chegam ao RC. Existem formas de estimar esse tipo de erro e corrigi-lo. Para tal, utilizou-se uma combinação de alguns métodos encontrados na literatura, nomeadamente o método “Growth Balance Equation” (ONU, 1983), o de Courbage & Fargues (1979), o de Preston & Coale (1980) e o de Benett & Horiuchi (1981). Essa correção não pode ser usada para as crianças, já que se acredita que os erros nos registros desse grupo afetem tanto o numerador (óbitos) quanto o denominador (população exposta). Para esse grupo é normalmente utilizado um método indireto proposto por Brass (1973, 1975) – ou uma variante proposta por Trussell (ONU, 1983) –, o dos “Filhos Sobreviventes”, que estima diretamente a probabilidade de morte até uma 03-Microsseguros-Vol 2.p65 178 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 179 dada idade (usualmente 1 ou 5 anos. No caso desse trabalho, 5 anos). Esse método supõe que o padrão de mortalidade da população em estudo pertence a uma família determinada, e que pelo menos no intervalo de idades considerado essa família é monotônica (as taxas por idade entre os diferentes níveis das tábuas variam numa única direção). A vantagem desse método é a possibilidade de se obter com a informação de uma única pesquisa (Censo, PNAD ou outra semelhante) uma série de estimativas de mortalidade com uma concomitante alocação temporal das mesmas, permitindo-se inferir uma tendência histórica. Nesse texto, pelas razões já explicitadas, optou-se por calcular tanto as estatísticas referentes às famílias com renda de até 1, até 2 e até 3 SM quanto ao total da população e utilizar as diferenças encontradas para carregar a tábua estimada pelo IBGE para a população como um todo. O método dos filhos sobreviventes como proposto por Brass (1975) associa a cada grupo etário de mães uma idade “típica” para a informação dos filhos. Por exemplo, as mães com 15 a 20 anos na pesquisa informando sobre a mortalidade de seus filhos levam a uma estimativa correspondente a em torno de 1 ano de idade. As mães no segundo grupo etário fértil, aquelas com idade entre 20 e 25 anos, levam a uma estimativa correspondente a cerca de 2 anos de idade. As do terceiro grupo levam a uma estimativa para 3 anos, e as do quarto, para 5 anos. A partir deste grupo, as idades dos filhos variam de 5 em 5 anos pari passu com os grupos etários das mães. De qualquer forma, para se conseguir uma avaliação da evolução da mortalidade é necessário que todas as taxas façam referência a uma mesma idade (por exemplo, 1 ou 5 anos). No método proposto por Brass, essa passagem é feita a partir de uma interpolação, utilizando-se a família modelo de mortalidade da hipótese inicial (no caso desse estudo, a Família Modelo Brasil). O Gráfico 2, o Gráfico 3 e o Gráfico 4 apresentam as estimativas de mortalidade até a idade exata 5, q(5), para a população de ambos os sexos, homens e mulheres, respectivamente. Os dados correspondem aos diferentes grupos etários das mães e alocações temporais e utilizando a Família Modelo Brasil (ver Nações Unidas, 1983). O que se observa é que para idades maiores das mães, correspondendo a idades maiores de filhos, existe uma maior diferença entre as taxas de mortalidade aparentes. 03-Microsseguros-Vol 2.p65 179 30/6/2010, 16:57 180 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 2 – Probabilidade de Morte até a Idade Exata 5, q(5) – Valores Ajustados Utilizando-se o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Brasil – Brasil – Média PNAD 2005/07 segundo Renda Domiciliar Per Capita AMBOS OS SEXOS 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 1990 1992 1994 1996 1998 Até 1 sm Até 2 sm 2000 2002 Até 3 sm 2004 2006 2008 Total Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 Gráfico 3 – Probabilidade de Morte até a Idade Exata 5, q(5) – Valores Ajustados Utilizando-se o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Brasil – BRASIL – Média PNAD 2005/07 segundo Renda Domiciliar Per Capita HOMENS 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 1990 1992 1994 Até 1 sm 1996 1998 Até 2 sm 2000 Até 3 sm 2002 2004 2006 Total Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 03-Microsseguros-Vol 2.p65 180 30/6/2010, 16:57 2008 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 181 Gráfico 4 – Probabilidade de Morte até a Idade Exata 5, q(5) – Valores Ajustados Utilizando-se o Método dos Filhos Sobreviventes e a Tábua Modelo Brasil – Brasil – Média PNAD 2005/07 segundo Renda Domiciliar Per Capita MULHERES 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 1990 1992 1994 1996 até 1 sm 1998 até 2 sm 2000 2002 até 3 sm 2004 2006 2008 Total Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 Considerando que a evolução recente da mortalidade nas diferentes regiões brasileiras, assim como no Brasil como um todo, não tem satisfeito a condição de monotonicidade, existe uma controvérsia sobre o uso de famílias de tábuas-modelo em geral. Usualmente, as medidas associadas aos dois primeiros grupos etários de mães têm apresentado um vício relacionado com a quebra da hipótese de independência da probabilidade de morte do filho e idade da mãe utilizada no método. Além disso, com os dados do censo brasileiro de 1991, somente os estados do Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram esse comportamento. Em 1980, todos os estados apresentaram esse comportamento. Em 2000, essa característica foi mais distribuída entre os diferentes estados. Como as tábuas disponíveis não incorporam um calombo devido ao aumento da mortalidade entre os adultos jovens do sexo masculino (e para alguns estados da Região Sudeste já para os adultos jovens do sexo feminino), há também uma sobre-estimativa da mortalidade infantil (e uma correspondente subestimativa da esperança de vida ao nascer) para os filhos de mães dos grupos mais velhos. Partindo-se do pressuposto que esse aumento da mortalidade tem sido notado para a população acima de 15 anos, vamos considerar que as informações das mulheres do último grupo não afetadas por esse problema seriam as de 35-40 anos, o que corresponde 03-Microsseguros-Vol 2.p65 181 30/6/2010, 16:57 182 • Microsseguros: Série Pesquisas à idade aproximada de 10 anos para o filho. A partir deste grupo etário das mães, as estimativas incorporariam diferenças relativas às mortes por causas externas e esperarse-ia que as diferenças entre as classes sociais aumentassem. Dado que o método estima valores para diferentes idades e diferentes pontos no tempo, é possível, na hipótese de pouca mudança na posição relativa da população-alvo (com renda familiar abaixo de 1, de 2 ou de 3 salários mínimos) e da população total, obter uma estimativa para a diferença entre as mortalidades das duas populações para os grupos pouco afetados por causas externas, como a média da diferença entre as taxas dos primeiros grupos, que teria uma precisão melhor do que qualquer das estimativas individuais correspondentes a um dado grupo etário de mães. O Gráfico 5 e o Gráfico 6 apresentam a diferença entre os logitos da probabilidade de morte até a idade exata 5, q(5), da população total e daquela com renda familiar per capita respectivamente inferior a 1 (um) e a 2 (dois) salários mínimos. O eixo das abscissas apresenta a informação da idade original do método. Esses gráficos apresentam também o valor médio correspondente às estimativas relacionadas com as crianças até 10 anos de idade (cinco primeiras idades estimadas: 1, 2, 3, 5 e 10 anos). A estimativa do primeiro nível foi feita eliminando-se somente aquelas observações que sabidamente apresentam um viés devido à mortalidade por causas externas, correspondente aos filhos das mães mais velhas. Essas informações foram incorporadas na transição para uma diferença maior para os filhos de 20 anos e mais. As diferenças mencionadas serão utilizadas como os agravamentos da tábua da população como um todo para a obtenção das tábuas das populações-alvo. O Gráfico 5 apresenta o valor médio das diferenças dos logitos das estimativas para a população-alvo de renda familiar per capita de até 1 salário mínimo e a população como um todo para as primeiras idades. Essa diferença foi igual a 0,0676 para os homens e 0,0666 para as mulheres. A diferença a partir de 20 anos passa, respectivamente, para homens e mulheres, a 0,1649 e 0,1638. O Gráfico 6 apresenta o valor correspondente para a população-alvo de renda familiar per capita de até 2 salários mínimos e a população como um todo. Essa diferença para as primeiras idades foi igual a 0,0290 para os homens e 0,0330 para as mulheres. A diferença a partir de 20 anos passa, respectivamente, para homens e mulheres, a 0,0796 e 0,0836. Já o Gráfico 7 apresenta o valor médio das diferenças dos logitos das estimativas para a população-alvo de renda familiar per capita de até 3 salários mínimos e a população como um todo. Essa diferença para as primeiras idades foi igual a 0,0167 para os homens e 0,0203 para as mulheres. A diferença a partir de 20 anos passa, respectivamente, para homens e mulheres, a 0,0510 e 0,0546. 03-Microsseguros-Vol 2.p65 182 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 183 Gráfico 5 – Diferença entre os Logitos das Estimativas de Mortalidade até a Idade Exata para a População Total e a População com Renda Familiar Per Capita de até 1 Salário Mínimo – segundo Sexo e Idade 0,18 HOMENS MULHERES AMBOS OS SEXOS MÉDIA HOMENS MÉDIA MULHERES 0,16 0,14 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0 5 10 15 20 25 30 Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 Gráfico 6 – Diferença entre os Logitos das Estimativas de Mortalidade até a Idade Exata para a População Total e a População com Renda Familiar Per Capita de até 2 Salários Mínimos – segundo Sexo e Idade 0,18 HOMENS MULHERES AMBOS OS SEXOS MÉDIA HOMENS MÉDIA MULHERES 0,16 0,14 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0 5 10 15 20 25 Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 03-Microsseguros-Vol 2.p65 183 30/6/2010, 16:57 30 184 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 7 – Diferença entre os Logitos das Estimativas de Mortalidade até a Idade Exata 5 para a População Total e a População com Renda Familiar Per Capita de até 3 Salários Mínimos – segundo Sexo e Idade 0,18 HOMENS MULHERES AMBOS OS SEXOS MÉDIA HOMENS MÉDIA MULHERES 0,16 0,14 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00 0 5 10 15 20 25 30 Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 A partir das informações dos óbitos corrigidos, mortalidade infantil e população em risco é possível, então, calcular uma tábua para a população como um todo. Como já mencionado, os óbitos não são informados com a renda, e é necessário realizar um agravamento da tábua estimada para a população como um todo para se obter uma tábua para os subgrupos em questão: população com renda familiar per capita de até 1 (um), até 2 (dois) ou até 3 (três) salários mínimos. O agravamento foi realizado a partir do dimensionamento do parâmetro de nível (αs) e supondo-se que o parâmetro de forma (βs) seria igual à unidade na equação do logito, com relação à tábua do Brasil como um todo construída pelo IBGE para 2007 (IBGE, 2008): • Para aqueles que ganham até 1 salário mínimo: • Para aqueles que ganham até 2 salários mínimos: • Para aqueles que ganham até 3 salários mínimos: 03-Microsseguros-Vol 2.p65 184 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 185 Onde: é a taxa ajustada de mortalidade para a população-alvo, aquela com renda familiar per capita inferior a 1 salário mínimo, com idade x e sexo s; é a taxa ajustada de mortalidade para a população-alvo, aquela com renda familiar per capita inferior a 2 salários mínimos, com idade x e sexo s; é a taxa ajustada de mortalidade para a população-alvo, aquela com renda familiar per capita inferior a 3 salários mínimos, com idade x e sexo s; é a taxa ajustada de mortalidade para a população brasileira como um todo, de sexo s com idade x; e é a diferença dos logitos de indivíduos da população-alvo com renda per capita de até i SM e da população total com sexo s e com idade x. A inversão da fórmula do logito nos fornece um ajuste para a taxa de mortalidade entre idades exatas, como: , e . Um problema que se coloca é a estimativa da mortalidade para idades acima de 80 anos, já que a tábua para a população brasileira publicada pelo IBGE é limitada por essa idade. Para extensão a idades superiores optamos por um enfoque paramétrico, ajustando as taxas publicadas pelo IBGE a formulação proposta por Heligman & Pollard (1975): Considerando que o nosso problema se restringe às idades avançadas, para esta extrapolação é suficiente a utilização de um modelo simplificado, que não leva em conta a mortalidade infantil ou o calombo da mortalidade por causas externas: 03-Microsseguros-Vol 2.p65 185 30/6/2010, 16:57 186 • Microsseguros: Série Pesquisas O Gráfico 8 apresenta o logaritmo da probabilidade entre idades exatas x e x+1 para a tábua estimada pelo IBGE para a população brasileira como um todo para o ano de 2007. Neste trecho, essa probabilidade aparece basicamente como uma reta, e a estimativa dos parâmetros D, G e H para qualquer intervalo entre 50 e 80 anos resulta em valores similares. A estimativa para esses parâmetros considerando o intervalo [69, 79] encontra-se na Tabela 2. A partir dessas estimativas, o parâmetro K foi calculado de modo a reproduzir o valor de T(x) como encontrado na tábua publicada2. Esse valor encontra-se na última linha da mesma tabela. Utilizando-se esses valores de parâmetros e o modelo de Heligman & Pollard foi possível estender a taxa de mortalidade para idades acima de 80 anos. Gráfico 8 – Logaritmo da Probabilidade de Morte entre as Idades Exatas x e x+1 segundo Sexo – Brasil – 2007 0,0 HOMENS MULHERES -1,0 -2,0 -3,0 -4,0 -5,0 -6,0 45 50 55 60 65 70 75 Fonte: IBGE, microdados das PNADs 2004, 2005, 2006 e 2007 2 Ver seção “Resultados Obtidos” para definição das funções da tábua de mortalidade. 03-Microsseguros-Vol 2.p65 186 30/6/2010, 16:57 80 85 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 187 Tabela 2 – Parâmetros estimados para o modelo de Heligman & Pollard para a população brasileira como um todo – 2007 Homens Mulheres G 0,0001945 0,0000488 H 1,0774 1,0923 D 0,011077 0,005149 K 2,759526196 2,101599165 Resultados Obtidos Nesta seção vamos apresentar os resultados obtidos na forma das principais funções das tábuas de mortalidade e mostrar os gráficos correspondentes para as populações-alvo. Os dados numéricos estão apresentados no apêndice. A Tabela 4 lista um resumo das funções apresentadas. Probabilidade de Morte entre Idades Exatas x e x+n (nqx) Descrição: Representa a probabilidade de uma pessoa com idade exata x falecer nos n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, antes de completar x+n anos. Pode ser calculado a partir de: . No caso particular de n=1, a notação pode também ser simplificada para . No caso particular de x=0, obtém-se a probabilidade de óbito antes do n-ésimo aniversário, . Para n=1 e x=0 temos a taxa de mortalidade infantil . 03-Microsseguros-Vol 2.p65 187 30/6/2010, 16:57 188 • Microsseguros: Série Pesquisas Uma das bases de uma tabela de sobrevivência é este conjunto de probabilidades de morte nqx. Uma tábua abreviada, usualmente, utiliza grupos quinquenais, isto é, n=5. Já uma tábua completa utiliza idades individuais, isto é, n=1. O Gráfico 9 apresenta a taxa específica de mortalidade entre idades exatas x e x+1 para a população brasileira com renda per capita de até 1 (um) salário mínimo, com linhas contínuas em negrito, até 2 (dois) salários mínimos, com linhas contínuas, e até 3 (três) salários mínimos, com linhas pontilhadas, segundo sexo (homens em azul e mulheres em vermelho). As taxas masculinas apresentam valores sempre superiores às taxas femininas e um calombo proeminente para os adultos jovens (idades entre 15 e 40 anos), explicado pelas mortes por causas externas. Esses óbitos por causas externas incluem homicídios, suicídios, acidentes de meio de transporte, etc. Entre as mulheres, o calombo é apenas sugerido, e ocorre tipicamente para idades mais jovens. Como era de se esperar, as taxas de mortalidade são consistentemente menores para os indivíduos com maior renda. Gráfico 9 – Probabilidade de Morte entre as Idades Exatas x e x+1 segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007 1,0000 HOMENS MULHERES 0,1000 0,0100 0,0010 0,0001 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Fonte: IBGE, 2009 O Gráfico 10 apresenta a sobremortalidade masculina3 para as populações-alvo: renda per capita de até 1, até 2 e até 3 salários mínimos. A forma é a esperada, com valores 3 Razão entre as taxas de mortalidade masculinas (numerador) e femininas (denominador). 03-Microsseguros-Vol 2.p65 188 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 189 sempre superiores à unidade e com um maior diferencial para os adultos jovens, chegando a 4,32 para a idade de 22 anos, no caso daqueles com renda per capita de até 1 SM, e a 4,30 para a mesma idade, no caso daqueles com renda per capita de até 2 e até 3 SM. Gráfico 10 – Sobremortalidade Masculina – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007 5 4 3 2 1 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Fonte: Elaborado pelos autores. Sobreviventes à Idade Exata x (lx) Descrição: Representa o número de pessoas que alcançam com vida a idade exata x, ou seja que chegam ao seu x-ésimo aniversário, oriundas de um grupo inicial l0, chamado de raiz da tábua (ou raiz de uma tabela de sobrevivência). Essa raiz é usualmente 100.000, 1.000.000 ou um outro múltiplo de 10, para facilitar a interpretação. As tábuas geralmente principiam pela idade 0, mas podem ter início em idades mais elevadas. Por exemplo, se o grupo em observação for de trabalhadores, é comum que a tábua principie em 18 ou 20 anos. Note que lx como função da idade é monotônica decrescente. Pode ser calculada a partir de: . O Gráfico 11 apresenta as informações relativas a lx para homens e mulheres da população de até 1 (linha contínua em negrito), 2 (linha contínua) e 3 (linha tracejada) 03-Microsseguros-Vol 2.p65 189 30/6/2010, 16:57 190 • Microsseguros: Série Pesquisas SM. Considerando que as mulheres apresentam taxas de mortalidade inferiores às dos homens, a curva de lx feminina é consistentemente maior do que a masculina para todas as idades consideradas. A curva de lx dos indivíduos de renda mais alta é consistentemente superior à dos de renda menor. Gráfico 11 – Sobreviventes à Idade Exata X – População com Raiz l(0)=1.000.000 segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007 1.000.000 900.000 800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 HOMENS MULHERES 100.000 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Fonte: IBGE, 2009 Óbitos entre Idades Exatas x e x+n (ndx) Descrição: Representa o número de óbitos ocorridos entre as pessoas que alcançam com vida a idade exata x e que morrem nos n anos seguintes, ou seja, antes de completarem x+n anos. Pode ser calculado a partir de: ou de . No caso particular de n=1, a notação pode ser simplificada para . 03-Microsseguros-Vol 2.p65 190 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 191 Observe que para qualquer idade exata x, o total dos indivíduos dessa idade no grupo em observação, lx, deve ser igual aos óbitos em todas as idades iguais ou superiores a x, isto é, . Ver Gráfico 12 para a representação gráfica da função dx para a população-alvo segundo sexo e grupo de renda. Nas idades abaixo de 75/76 anos, o gráfico apresenta mais óbitos masculinos. A partir dessa idade, com a diminuição da população exposta passamos a observar mais óbitos femininos. Gráfico 12 – Número de Óbitos entre as Idades Exatas x e x+1 – População com Raiz l(0)=1.000.000 segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007 35.000 HOMENS MULHERES 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Fonte: IBGE, 2009 Probabilidade de Sobrevivência entre Idades Exatas x e x+n (npx) Descrição: Representa a probabilidade de uma pessoa com idade exata x sobreviver nos n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, até completar x+n anos. Dado que cada indivíduo do grupo lx sobrevive ou morre até a idade x+n, necessariamente a soma das duas funções deve ser igual à unidade. Pode ser calculado a partir de: . 03-Microsseguros-Vol 2.p65 191 30/6/2010, 16:57 192 • Microsseguros: Série Pesquisas No caso particular de n=1, a notação é: . No caso particular de x=0, obtém-se a probabilidade de sobrevivência até o n-ésimo aniversário, . Para toda a idade x e n=0, e para toda a idade x e n=ω-x temos que: . Uma propriedade interessante da função de sobrevivência é a cumulatividade: , propriedade não compartilhada com a probabilidade de morte. Tempo Vivido entre as Idades x e x+n Anos, ou Equivalentemente, numa População Estável, à População com Idade entre x Anos (Inclusive) e x+n Anos (Exclusive) (nLx) Descrição: Representa o número de pessoas-ano vivido pela população com idade exata x nos n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, antes de completar x+n anos. Pode ser calculado a partir de: . Por exemplo, no Gráfico 11, o valor 5L50 corresponde à área abaixo da curva lx entre as abscissas 50 e 55. Para quase todas as idades acima de 5 anos e tamanho do intervalo menor ou igual a 5, o valor da integral pode ser aproximado a partir da área do trapézio, isto é: . 03-Microsseguros-Vol 2.p65 192 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 193 Para o grupo aberto correspondente a ω-xLx e idades superiores a 75 anos, Ortega (1987) sugere as seguintes fórmulas para estimar esta grandeza: L75+ (5,731+0,0000654*l75)*l75 L80+ (4,769+0,0000536*l80)*l80 L85+ (3,862+0,0000466*l85)*l85 As tabelas das Nações Unidas com o grupo aberto de 85 e + utilizam a fórmula: . Já as tabelas de Coale e Demeny (1966) com o grupo aberto 80 e + estimam o valor do grupo aberto como: . Cumpre notar que para todas essas tábuas a raiz l0 é igual a 100.000 indivíduos. Taxa Central de Mortalidade (nmx) Descrição: Representa a probabilidade de uma pessoa com idade x falecer nos n anos seguintes ao seu aniversário, ou seja, antes de completar a idade de x+n anos. Pode ser calculado a partir de: . No caso particular de n=1, a notação pode também ser simplificada para: . O Gráfico 13 apresenta a taxa central de mortalidade por idade x para a população brasileira com renda per capita de até 1 (um), até 2 (dois) e até 3 (três) salários mínimos segundo sexo. Semelhante ao que ocorreu com a taxa de mortalidade entre idades exatas, as taxas masculinas apresentam valores sempre superiores às taxas femininas e um 03-Microsseguros-Vol 2.p65 193 30/6/2010, 16:57 194 • Microsseguros: Série Pesquisas calombo proeminente para os adultos jovens (idades entre 15 e 40 anos), explicado pelas mortes por causas externas. Aqui também esses óbitos por causas externas incluem homicídios, suicídios, acidentes de meio de transporte, etc. Entre as mulheres, o calombo é apenas sugerido, e ocorre tipicamente para idades mais jovens. Indivíduos do grupo de renda mais baixo (até 1 SM) apresentam taxas maiores do que os de maior renda. Gráfico 13 – Taxa Central de Mortalidade segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007 1,0000 HOMENS MULHERES 0,1000 0,0100 0,0010 0,0001 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Fonte: IBGE, 2009 Tempo Vivido entre as Idades x e w, isto é, Tempo Vivido desde a Idade x Anos até a Extinção do Grupo, ou Equivalentemente, População com Idade Acima de x Anos (Tx) Descrição: Representa o número de pessoas-ano vivido pela população com idade exata x nos anos seguintes a esse aniversário até a extinção total do grupo. Pode ser calculado a partir de: . 03-Microsseguros-Vol 2.p65 194 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 195 Esperança de Vida à Idade Exata x (ex) Descrição: Representa o número médio de anos vividos pelos indivíduos do grupo em estudo a partir da idade exata x. Pode ser calculado como a razão dos números de anos vividos pela população a partir da idade x e a população na mesma idade, ou seja: A esperança de vida à idade exata x, ex é positivamente a função resumo mais difundida. O valor mais conhecido dessa função é eo, a esperança de vida ao nascer. O Gráfico 14 apresenta a esperança de sobrevida para a população-alvo segundo sexo. O hiato de gênero da esperança de vida ao nascer é de um pouco mais de 8,0 anos para a população de renda per capita de até 1 salário mínimo, de um pouco mais de 7,8 anos para a população de renda per capita de até 2 salários mínimos e de um pouco mais de 7,7 anos para a população de renda per capita de até 3 salários mínimos. Note que a função não é monotônica decrescente (nas primeiras idades). Gráfico 14 – Esperança de Sobrevida à Idade Exata x segundo Sexo – Renda Per Capita de até 1 SM (Negrito Contínua) e 2 até SM (Contínua) e até 3 SM (Pontilhada) – Brasil – 2007 90 HOMENS MULHERES 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Fonte: IBGE, 2009 03-Microsseguros-Vol 2.p65 195 30/6/2010, 16:57 80 90 196 • Microsseguros: Série Pesquisas Para se ter uma ideia da posição relativa das populações-alvo vis-à-vis à população complementar, apresentamos na Tabela 3 as esperanças de vida correspondentes para cada um dos cortes. Por causa do tamanho relativo da população abaixo de 3 SM per capita (85,3%), a esperança de vida da população masculina com renda abaixo desse limite apresenta pequena diferença (menos de um ano) com a da população como um todo, com esperanças de vida respectivamente de 68,07 e 68,82 anos. Para a população feminina, os valores são, respectivamente, 76,20 e 76,44, com uma diferença também inferior a um ano. Utilizando-se uma regra de 3 simples para estimar a esperança de vida da população acima de 3 SM per capita obtemos uma esperança de vida de 74,01 e de 78,07 anos, respectivamente, para homens e mulheres. As diferenças entre a população-alvo com o corte de 2 SM per capita e a população total já são um pouco maiores. As esperanças de vida abaixo e acima do corte são respectivamente iguais a 67,64 e 73,26 anos para os homens e 75,39 e 80,37 para as mulheres: uma diferença entre as esperanças de vida dos dois grupos de um pouco mais de 5 anos e meio para os homens e quase 5 anos para as mulheres. Utilizando-se o limite de 1 SM per capita, essas diferenças são menores, respectivamente de 5,3 e 4,4 anos. Tabela 3 – Esperança de vida ao nascer para grupos populacionais selecionados e para o total da população – Brasil – 2007 População Masculino Feminino Abaixo de 1 SM per capita 66,35 74,38 Acima de 1 SM per capita 71,66 78,82 Abaixo de 2 SM per capita 67,64 75,39 Acima de 2 SM per capita 73,26 80,37 Abaixo de 3 SM per capita 68,07 75,76 Acima de 3 SM per capita 74,01 81,13 Total 68,82 76,44 Fatores de Separação à Idade x, (nfx ou nax) Descrição: Representa o número de pessoas-ano vivido pela população com idade exata x nos n anos seguintes ao seu aniversário, mas que morreram antes de completar x+n anos. Pode ser calculado a partir de: 03-Microsseguros-Vol 2.p65 196 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 197 Fatores de separação são muito importantes para as idades (ou grupos de idade) extremas, crianças e idosos. Usualmente a determinação de nax é feita para certos conjuntos de tábuas-modelo. Por exemplo, Coale & Demeny sugerem utilizar, respectivamente, para homens e mulheres os seguintes valores: e . A partir desta informação se constroem os valores da população com menos de 1 ano de idade, . Tabela 4 – Resumo das funções da tábua de mortalidade apresentadas Notação Descrição lx Número de pessoas com idade exata x no grupo em observação L Número de pessoas com idades entre x (inclusive) e x+n (exclusive) anos no grupo em observação d Número de óbitos ocorridos no grupo em observação entre as idades x (inclusive) e x+n (exclusive) anos q Probabilidade de morte no grupo em observação nas idades entre x (inclusive) e x+n (exclusive) anos, dado que sobreviveu até a idade exata x n x p Probabilidade de sobrevivência no grupo em observação entre as idades x (inclusive) e x+n (exclusive) anos, dado que sobreviveu até a idade exata x Tx Número de pessoas-ano vivido pela população em observação a partir da idade exata x ex Número médio de anos vividos por um indivíduo da população em observação a partir da idade exata x a Fator de separação n x n x n x n x Comentários Finais Os resultados obtidos nesta pesquisa são consistentes com os diversos estudos que analisaram a relação entre Renda × Mortalidade (ou esperança de vida ou saúde do indivíduo), nos quais a mortalidade apresenta uma relação inversa com a renda, possivelmente mediada por outros fatores ligados à infraestrutura local de saneamento e de acesso a serviços de saúde e de nível de informação. Ou seja, não se pode afirmar que uma pessoa que recebe 1 (um) salário mínimo nas Regiões Nordeste e Norte terá a 03-Microsseguros-Vol 2.p65 197 30/6/2010, 16:57 198 • Microsseguros: Série Pesquisas mesma expectativa de sobrevivência do que uma pessoa de mesmo nível de renda e que resida nas Regiões Sul, Sudeste ou Centro-Oeste. As tábuas apresentadas foram obtidas com o agravamento (diferenciado no sexo e na idade) da tábua obtida pelo IBGE para a população como um todo. Bibliografia AON CONSULTING. Implications of the adoption of the 2001 CSO: a research report from Aon Insurance Consulting Service. September, 2002. BACKLUND, ERIC; SORLIE, PAUL D. AND JOHNSON, NORMAN J. The Shape of the Relationship between Income and Mortality in the United States Evidence from the National Longitudinal Mortality Study. Ann Epidemiol 1996;6:12-20. BELTRÃO, Kaizô Iwakami; SUGAHARA, Sonoe. Estimativas de mortalidade para a população coberta pelos seguros privados. 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(livro). 03-Microsseguros-Vol 2.p65 200 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 201 Anexo 1 – Tábua de Mortalidade Completa – População Masculina de Renda <=1 SM Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 0 0,03033 0,181 0,02959 1.000.000 29.591 975.772 0,97577 66.353.019 66,35 1 0,00261 0,500 0,00261 970.409 2 0,00151 0,500 0,00151 967.879 2.530 969.144 0,99794 65.377.247 67,37 1.464 967.147 0,99867 64.408.103 66,55 3 0,00114 0,500 0,00114 966.415 1.100 965.865 0,99897 63.440.956 65,65 4 0,00093 0,500 5 0,00065 0,500 0,00093 965.314 897 964.866 0,99921 62.475.091 64,72 0,00065 964.417 629 964.103 0,99943 61.510.225 63,78 6 0,00048 7 0,00036 0,500 0,00048 963.788 464 963.556 0,99958 60.546.123 62,82 0,500 0,00036 963.324 347 963.151 0,99966 59.582.567 61,85 8 0,00032 0,500 0,00032 962.977 306 962.824 0,99968 58.619.416 60,87 n d n Lx n 9 0,00032 0,500 0,00032 962.671 306 962.518 0,99968 57.656.592 59,89 10 0,00033 0,500 0,00033 962.365 316 962.207 0,99967 56.694.074 58,91 11 0,00034 0,500 0,00034 962.049 327 961.886 0,99964 55.731.866 57,93 12 0,00039 0,500 0,00039 961.722 371 961.537 0,99951 54.769.981 56,95 13 0,00060 0,500 0,00060 961.351 572 961.065 0,99929 53.808.444 55,97 14 0,00083 0,500 0,00083 960.779 797 960.381 0,99894 52.847.379 55,00 15 0,00129 0,500 0,00128 959.982 1.233 959.365 0,99853 51.886.998 54,05 16 0,00165 0,500 0,00165 958.749 1.580 957.959 0,99818 50.927.633 53,12 17 0,00200 0,500 0,00200 957.169 1.914 956.212 0,99784 49.969.674 52,21 18 0,00231 0,500 0,00231 955.255 2.209 954.150 0,99755 49.013.462 51,31 19 0,00259 0,500 0,00258 953.046 2.461 951.815 0,99728 48.059.312 50,43 20 0,00285 0,500 0,00285 950.585 2.708 949.231 0,99702 47.107.497 49,56 21 0,00311 0,500 0,00310 947.877 2.942 946.406 0,99680 46.158.266 48,70 22 0,00330 0,500 0,00329 944.935 3.109 943.380 0,99666 45.211.860 47,85 23 0,00340 0,500 0,00339 941.825 3.192 940.229 0,99659 44.268.480 47,00 24 0,00343 0,500 0,00342 938.633 3.213 937.027 0,99657 43.328.250 46,16 25 0,00344 0,500 0,00343 935.421 3.208 933.817 0,99656 42.391.223 45,32 26 0,00345 0,500 0,00344 932.213 3.211 930.607 0,99654 41.457.407 44,47 27 0,00348 0,500 0,00348 929.002 3.229 927.387 0,99649 40.526.799 43,62 28 0,00355 0,500 0,00354 925.772 3.276 924.134 0,99642 39.599.412 42,77 29 0,00363 0,500 0,00363 922.496 3.347 920.823 0,99632 38.675.278 41,92 30 0,00373 0,500 0,00372 919.149 3.423 917.437 0,99623 37.754.456 41,08 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 201 30/6/2010, 16:57 202 • Microsseguros: Série Pesquisas Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 31 0,00383 0,500 0,00382 915.726 3.499 913.976 0,99613 36.837.018 40,23 32 0,00393 0,500 0,00393 912.227 3.581 910.436 0,99600 35.923.042 39,38 33 0,00408 0,500 0,00407 34 0,00423 0,500 0,00423 908.646 3.698 906.797 0,99585 35.012.605 38,53 904.948 3.824 903.036 0,99569 34.105.808 37,69 35 0,00441 0,500 36 0,00461 0,500 0,00440 901.124 3.966 899.141 0,99550 33.202.772 36,85 0,00460 897.158 4.124 895.097 0,99530 32.303.631 36,01 37 0,00483 38 0,00507 0,500 0,00481 893.035 4.299 890.885 0,99507 31.408.535 35,17 0,500 0,00506 888.736 4.493 886.489 0,99481 30.517.649 34,34 39 0,00534 0,500 0,00532 884.243 4.706 881.890 0,99453 29.631.160 33,51 40 0,00563 0,500 0,00561 879.537 4.935 877.070 0,99423 28.749.270 32,69 41 0,00595 0,500 0,00593 874.602 5.185 872.010 0,99389 27.872.200 31,87 42 0,00631 0,500 0,00629 869.418 5.466 866.685 0,99351 27.000.190 31,06 43 0,00672 0,500 0,00669 863.952 5.784 861.060 0,99308 26.133.505 30,25 44 0,00717 0,500 0,00714 858.168 6.131 855.102 0,99261 25.272.445 29,45 45 0,00767 0,500 0,00764 852.037 6.513 848.780 0,99209 24.417.343 28,66 46 0,00820 0,500 0,00817 845.524 6.909 842.070 0,99157 23.568.562 27,87 47 0,00874 0,500 0,00870 838.615 7.295 834.968 0,99105 22.726.493 27,10 48 0,00926 0,500 0,00921 831.320 7.659 827.491 0,99053 21.891.525 26,33 49 0,00978 0,500 0,00974 823.661 8.019 819.652 0,99000 21.064.034 25,57 50 0,01033 0,500 0,01028 815.642 8.382 811.451 0,98942 20.244.382 24,82 51 0,01094 0,500 0,01089 807.260 8.787 802.867 0,98875 19.432.931 24,07 n d n Lx n 52 0,01168 0,500 0,01161 798.473 9.272 793.837 0,98795 18.630.064 23,33 53 0,01257 0,500 0,01249 789.201 9.859 784.271 0,98701 17.836.227 22,60 54 0,01359 0,500 0,01350 779.342 10.522 774.081 0,98595 17.051.956 21,88 55 0,01471 0,500 0,01461 768.819 11.229 763.205 0,98483 16.277.875 21,17 56 0,01588 0,500 0,01575 757.590 11.933 751.624 0,98367 15.514.670 20,48 57 0,01706 0,500 0,01691 745.657 12.613 739.351 0,98251 14.763.047 19,80 58 0,01823 0,500 0,01807 733.044 13.245 726.422 0,98135 14.023.696 19,13 59 0,01943 0,500 0,01924 719.800 13.848 712.876 0,98015 13.297.274 18,47 60 0,02069 0,500 0,02048 705.952 14.458 698.723 0,97885 12.584.399 17,83 61 0,02208 0,500 0,02184 691.494 15.102 683.943 0,97743 11.885.676 17,19 62 0,02360 0,500 0,02333 676.392 15.777 668.504 0,97586 11.201.733 16,56 63 0,02528 0,500 0,02496 660.615 16.492 652.369 0,97415 10.533.229 15,94 64 0,02713 0,500 0,02677 644.123 17.240 635.503 0,97230 9.880.860 15,34 65 0,02908 0,500 0,02867 626.883 17.970 617.897 0,97033 9.245.357 14,75 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 202 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 203 Idade (x) Mx n x a n x q lx n x 66 0,03119 0,500 0,03071 608.912 18.702 67 0,03360 0,500 0,03304 590.211 19.503 68 0,03638 0,500 0,03573 570.707 69 0,03952 0,500 0,03875 550.314 n d Px Tx ex 599.562 0,96814 8.627.460 14,17 580.459 0,96563 8.027.898 13,60 20.394 560.511 0,96278 7.447.439 13,05 21.327 539.650 0,95964 6.886.928 12,51 n Lx n 70 0,04294 0,500 0,04204 528.986 22.236 517.868 0,95627 6.347.278 12,00 71 0,04656 0,500 0,04550 506.750 23.059 495.221 0,95271 5.829.410 11,50 72 0,05039 0,500 0,04915 483.692 23.775 471.804 0,94899 5.334.189 11,03 73 0,05439 0,500 0,05295 459.917 24.354 447.739 0,94511 4.862.385 10,57 74 0,05861 0,500 0,05694 435.562 24.800 423.162 0,94100 4.414.646 10,14 75 0,06312 0,500 0,06119 410.762 25.135 398.195 0,93659 3.991.483 9,72 76 0,06801 0,500 0,06577 385.627 25.363 372.946 0,93186 3.593.289 9,32 77 0,07326 0,500 0,07067 360.264 25.460 347.534 0,92680 3.220.343 8,94 78 0,07891 0,500 0,07592 334.804 25.417 322.096 0,92138 2.872.809 8,58 79 0,08501 0,500 0,08155 309.387 25.229 296.772 0,91638 2.550.713 8,24 80 0,08974 0,500 0,08588 284.158 24.405 271.956 0,91194 2.253.941 7,93 81 0,09471 0,500 0,09043 259.753 23.490 248.008 0,90730 1.981.985 7,63 82 0,09995 0,500 0,09519 236.263 22.491 225.018 0,90244 1.733.977 7,34 83 0,10545 0,500 0,10017 213.773 21.413 203.066 0,89738 1.508.959 7,06 84 0,11121 0,500 0,10536 192.360 20.266 182.226 0,89209 1.305.893 6,79 85 0,11725 0,500 0,11076 172.093 19.060 162.563 0,88660 1.123.666 6,53 86 0,12356 0,500 0,11637 153.033 17.808 144.129 0,88090 961.103 6,28 87 0,13013 0,500 0,12218 135.225 16.522 126.964 0,87500 816.974 6,04 88 0,13698 0,500 0,12820 118.703 15.218 111.094 0,86891 690.010 5,81 89 0,14409 0,500 0,13441 103.485 13.909 96.531 0,83326 1,00000 89.576 89.576 482.386 90+ 03-Microsseguros-Vol 2.p65 203 30/6/2010, 16:57 578.916 5,59 482.386 5,39 204 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 2 – Tábua de Mortalidade Completa – População Feminina de Renda <=1 SM Idade (x) Mx n x a n x q lx n x 0 0,02198 0,165 0,02158 1.000.000 21.582 1 0,00206 0,500 0,00206 978.418 2 0,00105 0,500 0,00105 976.401 3 0,00074 0,500 0,00074 4 0,00048 0,500 5 0,00035 0,500 6 0,00032 0,500 0,00032 973.840 307 973.686 7 0,00028 0,500 0,00028 973.533 276 973.395 8 0,00026 0,500 0,00026 973.257 251 973.132 n d Px Tx ex 981.979 0,98198 74.378.832 74,38 2.017 977.410 0,99844 73.396.854 75,02 1.025 975.889 0,99910 72.419.444 74,17 975.376 726 975.014 0,99939 71.443.555 73,25 0,00048 974.651 469 974.416 0,99958 70.468.541 72,30 0,00035 974.182 342 974.011 0,99967 69.494.125 71,34 0,99970 68.520.114 70,36 0,99973 67.546.428 69,38 0,99975 66.573.033 68,40 n Lx n 9 0,00024 0,500 0,00024 973.007 233 972.890 0,99976 65.599.901 67,42 10 0,00023 0,500 0,00023 972.773 227 972.660 0,99976 64.627.011 66,44 11 0,00024 0,500 0,00024 972.546 233 972.430 0,99975 63.654.351 65,45 12 0,00026 0,500 0,00026 972.313 255 972.186 0,99972 62.681.921 64,47 13 0,00030 0,500 0,00030 972.059 293 971.912 0,99967 61.709.735 63,48 14 0,00036 0,500 0,00036 971.766 346 971.592 0,99961 60.737.823 62,50 15 0,00042 0,500 0,00042 971.419 411 971.214 0,99954 59.766.231 61,52 16 0,00049 0,500 0,00049 971.009 478 970.770 0,99948 58.795.017 60,55 17 0,00056 0,500 0,00056 970.531 539 970.261 0,99942 57.824.247 59,58 18 0,00061 0,500 0,00060 969.992 587 969.698 0,99938 56.853.986 58,61 19 0,00064 0,500 0,00064 969.405 624 969.093 0,99934 55.884.288 57,65 20 0,00068 0,500 0,00068 968.781 659 968.452 0,99930 54.915.195 56,68 21 0,00072 0,500 0,00072 968.123 697 967.774 0,99926 53.946.742 55,72 22 0,00076 0,500 0,00076 967.426 737 967.057 0,99922 52.978.968 54,76 23 0,00080 0,500 0,00080 966.689 777 966.300 0,99917 52.011.911 53,80 24 0,00085 0,500 0,00085 965.911 820 965.501 0,99913 51.045.611 52,85 25 0,00090 0,500 0,00090 965.091 865 964.659 0,99908 50.080.109 51,89 26 0,00095 0,500 0,00095 964.226 914 963.769 0,99902 49.115.450 50,94 27 0,00100 0,500 0,00100 963.312 966 962.830 0,99897 48.151.681 49,99 28 0,00106 0,500 0,00106 962.347 1.022 961.836 0,99891 47.188.852 49,04 29 0,00113 0,500 0,00113 961.325 1.083 960.783 0,99884 46.227.016 48,09 30 0,00120 0,500 0,00120 960.241 1.152 959.665 0,99876 45.266.233 47,14 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 204 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 205 Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 31 0,00128 0,500 0,00128 959.089 1.228 958.476 0,99867 44.306.568 46,20 32 0,00137 0,500 0,00137 957.862 33 0,00145 0,500 0,00145 956.548 1.314 957.205 0,99859 43.348.092 45,26 1.391 955.852 0,99849 42.390.887 44,32 34 0,00156 0,500 0,00156 955.157 1.489 954.412 0,99839 41.435.035 43,38 35 0,00166 0,500 36 0,00179 0,500 0,00165 953.668 1.578 952.879 0,99828 40.480.623 42,45 0,00179 952.090 1.700 951.240 0,99814 39.527.744 41,52 37 0,00194 38 0,00209 0,500 0,00194 950.390 1.840 949.470 0,99799 38.576.505 40,59 0,500 0,00209 948.550 1.981 947.560 0,99781 37.627.034 39,67 39 0,00229 0,500 0,00228 946.569 2.161 945.489 0,99761 36.679.475 38,75 40 0,00250 0,500 0,00250 944.408 2.359 943.229 0,99739 35.733.986 37,84 41 0,00273 0,500 0,00273 942.049 2.568 940.765 0,99715 34.790.757 36,93 42 0,00297 0,500 0,00297 939.481 2.789 938.086 0,99690 33.849.992 36,03 43 0,00323 0,500 0,00322 936.692 3.020 935.182 0,99664 32.911.906 35,14 44 0,00350 0,500 0,00349 933.672 3.262 932.041 0,99636 31.976.724 34,25 45 0,00379 0,500 0,00379 930.410 3.522 928.649 0,99606 31.044.683 33,37 46 0,00411 0,500 0,00410 926.888 3.802 924.987 0,99573 30.116.034 32,49 47 0,00445 0,500 0,00444 923.086 4.097 921.038 0,99538 29.191.047 31,62 48 0,00480 0,500 0,00479 918.989 4.405 916.787 0,99502 28.270.009 30,76 49 0,00519 0,500 0,00517 914.584 4.731 912.219 0,99461 27.353.223 29,91 50 0,00562 0,500 0,00560 909.854 5.096 907.306 0,99418 26.441.004 29,06 51 0,00605 0,500 0,00603 904.758 5.456 902.030 0,99373 25.533.698 28,22 52 0,00653 0,500 0,00651 899.302 5.856 896.374 0,99323 24.631.668 27,39 53 0,00705 0,500 0,00703 893.446 6.281 890.305 0,99269 23.735.295 26,57 54 0,00762 0,500 0,00759 887.165 6.734 883.797 0,99211 22.844.990 25,75 55 0,00823 0,500 0,00820 880.430 7.215 876.823 0,99148 21.961.193 24,94 56 0,00889 0,500 0,00885 873.215 7.731 869.349 0,99078 21.084.370 24,15 57 0,00963 0,500 0,00958 865.484 8.293 861.337 0,99002 20.215.021 23,36 58 0,01045 0,500 0,01039 857.190 8.907 852.737 0,98917 19.353.684 22,58 n d n Lx n 59 0,01134 0,500 0,01128 848.283 9.568 843.499 0,98824 18.500.947 21,81 60 0,01233 0,500 0,01225 838.715 10.276 833.577 0,98723 17.657.448 21,05 61 0,01339 0,500 0,01330 828.439 11.017 822.930 0,98615 16.823.871 20,31 62 0,01451 0,500 0,01441 817.422 11.776 811.534 0,98501 16.000.941 19,57 63 0,01570 0,500 0,01557 805.645 12.547 799.372 0,98381 15.189.407 18,85 64 0,01696 0,500 0,01682 793.099 13.339 786.429 0,98252 14.390.035 18,14 65 0,01832 0,500 0,01815 779.759 14.155 772.682 0,98112 13.603.606 17,45 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 205 30/6/2010, 16:57 206 • Microsseguros: Série Pesquisas Idade (x) Mx n x a n x q lx n x 66 0,01982 0,500 0,01962 765.604 15.023 67 0,02152 0,500 0,02129 750.581 15.980 68 0,02347 0,500 0,02320 734.601 17.042 69 0,02567 0,500 0,02534 717.559 18.185 708.467 70 0,02804 0,500 0,02765 699.375 19.339 71 0,03059 0,500 0,03013 680.036 20.492 72 0,03343 0,500 0,03288 659.544 21.687 73 0,03660 0,500 0,03594 637.857 22.924 74 0,04009 0,500 0,03931 614.933 75 0,04387 0,500 0,04293 76 0,04794 0,500 0,04682 77 0,05241 0,500 0,05107 538.931 27.524 525.169 78 0,05734 0,500 0,05575 511.407 28.509 497.153 79 0,06277 0,500 0,06086 482.898 29.388 468.204 80 0,06754 0,500 0,06533 453.510 29.630 438.695 81 0,07267 0,500 0,07013 423.880 29.725 82 0,07819 0,500 0,07525 394.156 83 0,08410 0,500 0,08071 364.497 84 0,09043 0,500 0,08652 85 0,09721 0,500 0,09270 86 0,10444 0,500 n d Px Tx ex 0,97955 12.830.924 16,76 742.591 0,97777 12.072.832 16,08 726.080 0,97574 11.330.241 15,42 0,97352 10.604.160 14,78 689.705 0,97112 9.895.694 14,15 669.790 0,96851 9.205.988 13,54 648.700 0,96561 8.536.199 12,94 626.395 0,96241 7.887.498 12,37 24.171 602.847 0,95892 7.261.104 11,81 590.762 25.360 578.082 0,95517 6.658.257 11,27 565.402 26.470 552.166 0,95111 6.080.175 10,75 0,94665 5.528.008 10,26 0,94177 5.002.839 9,78 0,93697 4.505.686 9,33 0,93235 4.037.482 8,90 409.018 0,92741 3.598.787 8,49 29.658 379.326 0,92213 3.189.769 8,09 29.417 349.788 0,91651 2.810.443 7,71 335.080 28.992 320.584 0,91053 2.460.654 7,34 306.088 28.375 291.901 0,90418 2.140.070 6,99 0,09925 277.713 27.564 263.931 0,89746 1.848.170 6,65 n Lx 758.093 n 87 0,11214 0,500 0,10618 250.150 26.562 236.869 0,89036 1.584.238 6,33 88 0,12033 0,500 0,11350 223.588 25.377 210.899 0,88288 1.347.370 6,03 89 0,12902 0,500 0,12120 198.210 24.024 186.198 0,83616 1.136.471 5,73 1,00000 174.186 174.186 950.273 950.273 5,46 90+ 03-Microsseguros-Vol 2.p65 206 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 207 Anexo 3 – Tábua de Mortalidade Completa – População Masculina de Renda <=2 SM Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 0 0,02921 0,150 0,02850 1.000.000 28.501 975.772 0,97577 67.636.320 67,64 1 0,00251 0,500 0,00251 971.499 2 0,00146 0,500 0,00146 969.062 2.437 970.280 0,99802 66.660.548 68,62 1.410 968.357 0,99872 65.690.267 67,79 3 0,00110 0,500 0,00110 967.651 1.060 967.121 0,99901 64.721.911 66,89 4 0,00089 0,500 5 0,00063 0,500 0,00089 966.591 864 966.159 0,99924 63.754.789 65,96 0,00063 965.727 606 965.424 0,99945 62.788.630 65,02 6 0,00046 7 0,00035 0,500 0,00046 965.121 447 964.897 0,99960 61.823.206 64,06 0,500 0,00035 964.674 334 964.507 0,99967 60.858.309 63,09 8 0,00031 0,500 0,00031 964.340 295 964.192 0,99969 59.893.802 62,11 n d n Lx n 9 0,00031 0,500 0,00031 964.045 295 963.897 0,99969 58.929.610 61,13 10 0,00032 0,500 0,00032 963.750 305 963.598 0,99968 57.965.713 60,15 11 0,00033 0,500 0,00033 963.445 315 963.288 0,99965 57.002.115 59,16 12 0,00037 0,500 0,00037 963.131 355 962.953 0,99953 56.038.827 58,18 13 0,00057 0,500 0,00057 962.775 546 962.502 0,99932 55.075.874 57,21 14 0,00079 0,500 0,00079 962.229 756 961.851 0,99900 54.113.372 56,24 15 0,00121 0,500 0,00121 961.473 1.161 960.893 0,99863 53.151.521 55,28 16 0,00154 0,500 0,00154 960.312 1.477 959.574 0,99830 52.190.628 54,35 17 0,00186 0,500 0,00185 958.835 1.778 957.946 0,99801 51.231.054 53,43 18 0,00214 0,500 0,00213 957.057 2.041 956.036 0,99775 50.273.108 52,53 19 0,00238 0,500 0,00237 955.016 2.268 953.882 0,99750 49.317.072 51,64 20 0,00262 0,500 0,00262 952.748 2.493 951.502 0,99727 48.363.190 50,76 21 0,00285 0,500 0,00285 950.255 2.709 948.901 0,99706 47.411.688 49,89 22 0,00303 0,500 0,00302 947.546 2.864 946.114 0,99693 46.462.787 49,03 23 0,00312 0,500 0,00311 944.682 2.941 943.212 0,99687 45.516.673 48,18 24 0,00315 0,500 0,00314 941.741 2.960 940.261 0,99685 44.573.461 47,33 25 0,00315 0,500 0,00315 938.781 2.957 937.302 0,99684 43.633.200 46,48 26 0,00317 0,500 0,00316 935.824 2.961 934.343 0,99682 42.695.898 45,62 27 0,00320 0,500 0,00319 932.863 2.978 931.374 0,99678 41.761.554 44,77 28 0,00326 0,500 0,00325 929.884 3.023 928.373 0,99671 40.830.181 43,91 29 0,00334 0,500 0,00333 926.862 3.089 925.317 0,99662 39.901.808 43,05 30 0,00343 0,500 0,00342 923.773 3.160 922.193 0,99653 38.976.491 42,19 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 207 30/6/2010, 16:57 208 • Microsseguros: Série Pesquisas Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 31 0,00352 0,500 0,00351 920.613 3.231 918.997 0,99644 38.054.298 41,34 32 0,00361 0,500 0,00361 917.382 3.308 915.728 0,99633 37.135.301 40,48 33 0,00375 0,500 0,00374 34 0,00389 0,500 0,00388 914.074 3.417 912.365 0,99619 36.219.573 39,62 910.657 3.535 908.889 0,99604 35.307.208 38,77 35 0,00405 0,500 36 0,00423 0,500 0,00404 907.122 3.667 905.288 0,99587 34.398.319 37,92 0,00422 903.455 3.815 901.547 0,99568 33.493.031 37,07 37 0,00443 38 0,00465 0,500 0,00442 899.640 3.978 897.651 0,99547 32.591.483 36,23 0,500 0,00464 895.662 4.159 893.582 0,99523 31.693.832 35,39 39 0,00490 0,500 0,00489 891.502 4.359 889.323 0,99498 30.800.250 34,55 40 0,00517 0,500 0,00515 887.144 4.573 884.857 0,99470 29.910.927 33,72 41 0,00546 0,500 0,00545 882.571 4.806 880.168 0,99439 29.026.069 32,89 42 0,00579 0,500 0,00578 877.765 5.070 875.230 0,99404 28.145.902 32,07 43 0,00617 0,500 0,00615 872.695 5.368 870.011 0,99364 27.270.672 31,25 44 0,00659 0,500 0,00656 867.327 5.694 864.480 0,99321 26.400.661 30,44 45 0,00705 0,500 0,00702 861.634 6.051 858.608 0,99274 25.536.180 29,64 46 0,00754 0,500 0,00751 855.582 6.424 852.370 0,99225 24.677.572 28,84 47 0,00803 0,500 0,00799 849.158 6.788 845.765 0,99177 23.825.202 28,06 48 0,00850 0,500 0,00847 842.371 7.132 838.805 0,99129 22.979.438 27,28 49 0,00899 0,500 0,00895 835.239 7.473 831.502 0,99081 22.140.633 26,51 50 0,00949 0,500 0,00944 827.766 7.818 823.857 0,99028 21.309.131 25,74 51 0,01005 0,500 0,01000 819.948 8.203 815.847 0,98966 20.485.274 24,98 52 0,01073 0,500 0,01067 811.745 8.664 807.413 0,98892 19.669.427 24,23 53 0,01155 0,500 0,01148 803.081 9.222 798.470 0,98806 18.862.014 23,49 54 0,01249 0,500 0,01241 793.859 9.853 788.933 0,98708 18.063.544 22,75 55 0,01352 0,500 0,01343 784.006 10.527 778.742 0,98605 17.274.611 22,03 56 0,01459 0,500 0,01448 773.479 11.202 767.878 0,98499 16.495.869 21,33 57 0,01568 0,500 0,01555 762.276 11.856 756.348 0,98392 15.727.992 20,63 58 0,01675 0,500 0,01662 750.420 12.469 744.186 0,98285 14.971.643 19,95 59 0,01785 0,500 0,01769 737.951 13.057 731.423 0,98174 14.227.457 19,28 60 0,01902 0,500 0,01884 724.894 13.655 718.067 0,98054 13.496.035 18,62 61 0,02029 0,500 0,02009 711.239 14.289 704.095 0,97923 12.777.968 17,97 62 0,02169 0,500 0,02146 696.951 14.956 689.472 0,97779 12.073.873 17,32 63 0,02324 0,500 0,02297 681.994 15.666 674.161 0,97621 11.384.400 16,69 64 0,02494 0,500 0,02463 666.328 16.413 658.122 0,97450 10.710.239 16,07 65 0,02674 0,500 0,02638 649.915 17.148 641.342 0,97268 10.052.117 15,47 n d n Lx n continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 208 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 209 Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 66 0,02868 0,500 0,02827 632.768 17.891 623.822 0,97067 9.410.776 14,87 67 0,03090 0,500 0,03043 614.877 68 0,03346 0,500 0,03291 596.169 18.708 605.523 0,96835 8.786.953 14,29 19.620 586.359 0,96572 8.181.430 13,72 69 0,03635 0,500 0,03570 576.550 20.583 566.258 0,96281 7.595.071 13,17 70 0,03950 0,500 71 0,04284 0,500 0,03873 555.967 21.534 545.200 0,95970 7.028.813 12,64 0,04194 534.433 22.414 523.226 0,95641 6.483.613 12,13 72 0,04637 73 0,05006 0,500 0,04532 512.019 23.203 500.417 0,95296 5.960.387 11,64 0,500 0,04884 488.816 23.872 476.880 0,94936 5.459.970 11,17 74 0,05394 0,500 0,05253 464.943 24.423 452.732 0,94555 4.983.091 10,72 75 0,05811 0,500 0,05647 440.521 24.877 428.083 0,94147 4.530.358 10,28 76 0,06262 0,500 0,06072 415.644 25.239 403.025 0,93708 4.102.276 9,87 77 0,06747 0,500 0,06527 390.406 25.482 377.665 0,93237 3.699.251 9,48 78 0,07270 0,500 0,07015 364.924 25.598 352.125 0,92733 3.321.587 9,10 79 0,07834 0,500 0,07538 339.326 25.579 326.536 0,92268 2.969.462 8,75 80 0,08271 0,500 0,07942 313.746 24.918 301.287 0,91855 2.642.926 8,42 81 0,08731 0,500 0,08366 288.828 24.163 276.747 0,91422 2.341.639 8,11 82 0,09216 0,500 0,08810 264.665 23.316 253.007 0,90969 2.064.892 7,80 83 0,09725 0,500 0,09274 241.349 22.382 230.158 0,90496 1.811.885 7,51 84 0,10259 0,500 0,09758 218.967 21.368 208.283 0,90002 1.581.727 7,22 85 0,10818 0,500 0,10263 197.599 20.280 187.459 0,89489 1.373.444 6,95 86 0,11403 0,500 0,10788 177.319 19.129 167.754 0,88955 1.185.985 6,69 87 0,12013 0,500 0,11333 158.190 17.927 149.226 0,88402 1.018.231 6,44 88 0,12649 0,500 0,11897 140.262 16.687 131.919 0,87830 869.005 6,20 89 0,13310 0,500 0,84281 737.086 5,96 621.220 5,74 n 90+ 03-Microsseguros-Vol 2.p65 209 d n Lx 0,12479 123.576 15.421 115.865 1,00000 108.155 108.155 621.220 n 30/6/2010, 16:57 210 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 4 – Tábua de Mortalidade Completa – População Feminina de Renda <=2 SM Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 0 0,02127 0,137 0,02088 1.000.000 20.884 981.979 0,98198 75.391.755 75,39 1 0,00200 0,500 0,00199 979.116 2 0,00102 0,500 0,00102 977.165 1.952 978.141 0,99850 74.409.776 76,00 992 976.669 0,99913 73.431.635 75,15 3 0,00072 0,500 0,00072 976.173 703 975.821 0,99941 72.454.967 74,22 4 0,00047 0,500 5 0,00034 0,500 0,00047 975.470 454 975.243 0,99960 71.479.145 73,28 0,00034 975.016 331 974.851 0,99968 70.503.902 72,31 6 0,00030 7 0,00027 0,500 0,00030 974.685 297 974.537 0,99971 69.529.051 71,33 0,500 0,00027 974.388 267 974.255 0,99974 68.554.514 70,36 8 0,00025 0,500 0,00025 974.122 242 974.000 0,99976 67.580.259 69,38 n d n Lx n 9 0,00023 0,500 0,00023 973.879 226 973.766 0,99977 66.606.259 68,39 10 0,00023 0,500 0,00023 973.653 219 973.543 0,99977 65.632.493 67,41 11 0,00023 0,500 0,00023 973.434 225 973.321 0,99976 64.658.949 66,42 12 0,00025 0,500 0,00025 973.208 245 973.086 0,99973 63.685.628 65,44 13 0,00029 0,500 0,00029 972.963 281 972.823 0,99969 62.712.542 64,46 14 0,00034 0,500 0,00034 972.682 330 972.517 0,99963 61.739.720 63,47 15 0,00040 0,500 0,00040 972.352 388 972.158 0,99957 60.767.203 62,50 16 0,00046 0,500 0,00046 971.964 449 971.740 0,99951 59.795.045 61,52 17 0,00052 0,500 0,00052 971.515 503 971.264 0,99946 58.823.305 60,55 18 0,00056 0,500 0,00056 971.012 544 970.740 0,99942 57.852.042 59,58 19 0,00059 0,500 0,00059 970.468 577 970.180 0,99939 56.881.301 58,61 20 0,00063 0,500 0,00063 969.891 609 969.587 0,99935 55.911.122 57,65 21 0,00066 0,500 0,00066 969.283 644 968.960 0,99932 54.941.535 56,68 22 0,00070 0,500 0,00070 968.638 681 968.298 0,99928 53.972.575 55,72 23 0,00074 0,500 0,00074 967.957 718 967.598 0,99924 53.004.277 54,76 24 0,00078 0,500 0,00078 967.239 758 966.860 0,99919 52.036.679 53,80 25 0,00083 0,500 0,00083 966.481 800 966.081 0,99915 51.069.819 52,84 26 0,00088 0,500 0,00087 965.681 845 965.259 0,99910 50.103.738 51,88 27 0,00093 0,500 0,00093 964.837 893 964.390 0,99905 49.138.479 50,93 28 0,00098 0,500 0,00098 963.944 945 963.471 0,99899 48.174.088 49,98 29 0,00104 0,500 0,00104 962.999 1.002 962.498 0,99893 47.210.617 49,02 30 0,00111 0,500 0,00111 961.997 1.065 961.465 0,99886 46.248.119 48,08 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 210 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 211 Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 31 0,00118 0,500 0,00118 960.932 1.135 960.364 0,99878 45.286.654 47,13 32 0,00127 0,500 0,00127 959.797 33 0,00134 0,500 0,00134 958.581 1.215 959.189 0,99870 44.326.290 46,18 1.286 957.938 0,99861 43.367.101 45,24 34 0,00144 0,500 0,00144 957.295 1.378 956.606 0,99852 42.409.162 44,30 35 0,00153 0,500 36 0,00165 0,500 0,00153 955.917 1.460 955.187 0,99841 41.452.556 43,36 0,00165 954.457 1.573 953.671 0,99828 40.497.369 42,43 37 0,00179 38 0,00193 0,500 0,00179 952.885 1.703 952.033 0,99814 39.543.698 41,50 0,500 0,00193 951.182 1.834 950.265 0,99798 38.591.665 40,57 39 0,00211 0,500 0,00211 949.348 2.001 948.348 0,99779 37.641.399 39,65 40 0,00231 0,500 0,00231 947.348 2.184 946.255 0,99759 36.693.051 38,73 41 0,00252 0,500 0,00252 945.163 2.379 943.974 0,99737 35.746.796 37,82 42 0,00274 0,500 0,00274 942.785 2.584 941.493 0,99714 34.802.822 36,91 43 0,00298 0,500 0,00298 940.201 2.798 938.802 0,99690 33.861.329 36,02 44 0,00323 0,500 0,00322 937.403 3.023 935.891 0,99664 32.922.528 35,12 45 0,00350 0,500 0,00349 934.380 3.266 932.747 0,99636 31.986.637 34,23 46 0,00379 0,500 0,00379 931.114 3.526 929.351 0,99606 31.053.890 33,35 47 0,00411 0,500 0,00410 927.588 3.801 925.688 0,99574 30.124.539 32,48 48 0,00444 0,500 0,00443 923.787 4.088 921.743 0,99540 29.198.851 31,61 49 0,00479 0,500 0,00478 919.699 4.392 917.503 0,99503 28.277.108 30,75 50 0,00518 0,500 0,00517 915.307 4.733 912.940 0,99463 27.359.605 29,89 51 0,00558 0,500 0,00557 910.574 5.070 908.038 0,99421 26.446.665 29,04 52 0,00603 0,500 0,00601 905.503 5.445 902.781 0,99375 25.538.627 28,20 53 0,00651 0,500 0,00649 900.059 5.843 897.137 0,99325 24.635.846 27,37 54 0,00703 0,500 0,00701 894.216 6.268 891.082 0,99271 23.738.708 26,55 55 0,00760 0,500 0,00757 887.947 6.720 884.587 0,99213 22.847.627 25,73 56 0,00821 0,500 0,00818 881.227 7.206 877.625 0,99149 21.963.039 24,92 57 0,00889 0,500 0,00885 874.022 7.735 870.154 0,99078 21.085.415 24,12 58 0,00964 0,500 0,00960 866.286 8.314 862.129 0,98999 20.215.261 23,34 59 0,01047 0,500 0,01042 857.972 8.939 853.502 0,98913 19.353.132 22,56 60 0,01138 0,500 0,01132 849.033 9.610 844.228 0,98820 18.499.629 21,79 61 0,01236 0,500 0,01229 839.423 10.313 834.266 0,98720 17.655.402 21,03 62 0,01340 0,500 0,01331 829.110 11.036 823.592 0,98615 16.821.135 20,29 63 0,01449 0,500 0,01439 818.074 11.772 812.187 0,98504 15.997.544 19,56 64 0,01566 0,500 0,01554 806.301 12.532 800.035 0,98384 15.185.356 18,83 65 0,01692 0,500 0,01678 793.769 13.317 787.110 0,98255 14.385.321 18,12 n d n Lx n continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 211 30/6/2010, 16:57 212 • Microsseguros: Série Pesquisas Idade (x) 66 Mx n x a n x q lx n x 0,01830 0,500 0,01814 780.452 14.156 n d Px Tx ex 773.374 0,98110 13.598.211 17,42 n Lx n 67 0,01988 0,500 0,01968 766.296 15.082 758.755 0,97944 12.824.837 16,74 68 0,02168 0,500 0,02145 751.214 16.113 743.158 0,97757 12.066.082 16,06 69 0,02371 0,500 0,02343 735.102 17.227 726.488 0,97551 11.322.924 15,40 70 0,02591 0,500 0,02557 717.875 18.360 708.695 0,97329 10.596.435 14,76 71 0,02827 0,500 0,02788 699.515 19.499 689.766 0,97087 9.887.740 14,14 72 0,03089 0,500 0,03042 680.016 20.689 669.672 0,96818 9.197.974 13,53 73 0,03382 0,500 0,03326 659.327 21.930 648.362 0,96520 8.528.303 12,93 74 0,03706 0,500 0,03639 637.397 23.193 625.801 0,96196 7.879.940 12,36 75 0,04056 0,500 0,03975 614.204 24.415 601.997 0,95848 7.254.139 11,81 76 0,04433 0,500 0,04336 589.790 25.576 577.002 0,95470 6.652.142 11,28 77 0,04847 0,500 0,04732 564.214 26.699 550.864 0,95056 6.075.141 10,77 78 0,05304 0,500 0,05167 537.515 27.774 523.628 0,94601 5.524.277 10,28 79 0,05807 0,500 0,05643 509.741 28.765 495.358 0,94154 5.000.649 9,81 80 0,06250 0,500 0,06060 480.975 29.149 466.401 0,93723 4.505.291 9,37 81 0,06726 0,500 0,06507 451.827 29.401 437.126 0,93262 4.038.890 8,94 82 0,07238 0,500 0,06985 422.425 29.507 407.672 0,92769 3.601.764 8,53 83 0,07787 0,500 0,07495 392.919 29.450 378.194 0,92244 3.194.092 8,13 84 0,08375 0,500 0,08039 363.469 29.219 348.860 0,91684 2.815.898 7,75 85 0,09005 0,500 0,08617 334.250 28.803 319.849 0,91090 2.467.039 7,38 86 0,09677 0,500 0,09231 305.448 28.195 291.350 0,90460 2.147.190 7,03 87 0,10394 0,500 0,09881 277.252 27.395 263.555 0,89794 1.855.840 6,69 88 0,11157 0,500 0,10568 249.858 26.404 236.656 0,89091 1.592.285 6,37 89 0,11967 0,500 0,84447 90+ 03-Microsseguros-Vol 2.p65 212 0,11292 223.454 25.231 210.838 1,00000 198.222 198.222 1.144.791 30/6/2010, 16:57 1.355.629 6,07 1.144.791 5,78 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 213 Anexo 5 – Tábua de Mortalidade Completa – População Masculina de Renda <=3 SM Idade (x) Mx n x a n x q lx n x 0 0,02883 0,139 0,02813 1.000.000 28.131 1 0,00248 0,500 0,00248 971.869 2 0,00144 0,500 0,00144 969.463 3 0,00108 0,500 0,00108 4 0,00088 0,500 5 0,00062 0,500 6 0,00046 7 0,00034 8 0,00030 n d Px Tx ex 975.772 0,97577 68.068.709 68,07 2.406 970.666 0,99804 67.092.937 69,03 1.392 968.767 0,99874 66.122.271 68,21 968.071 1.046 967.548 0,99902 65.153.504 67,30 0,00088 967.025 853 966.598 0,99925 64.185.956 66,37 0,00062 966.172 599 965.873 0,99946 63.219.357 65,43 0,500 0,00046 965.573 441 965.353 0,99960 62.253.485 64,47 0,500 0,00034 965.132 330 964.967 0,99968 61.288.132 63,50 0,500 0,00030 964.802 291 964.657 0,99970 60.323.165 62,52 n Lx n 9 0,00030 0,500 0,00030 964.511 291 964.366 0,99969 59.358.508 61,54 10 0,00031 0,500 0,00031 964.220 301 964.070 0,99968 58.394.143 60,56 11 0,00032 0,500 0,00032 963.919 311 963.764 0,99966 57.430.073 59,58 12 0,00036 0,500 0,00036 963.608 351 963.433 0,99954 56.466.309 58,60 13 0,00056 0,500 0,00056 963.257 538 962.988 0,99933 55.502.877 57,62 14 0,00077 0,500 0,00077 962.719 743 962.348 0,99902 54.539.888 56,65 15 0,00118 0,500 0,00118 961.976 1.138 961.407 0,99866 53.577.540 55,70 16 0,00150 0,500 0,00150 960.839 1.444 960.116 0,99834 52.616.133 54,76 17 0,00181 0,500 0,00181 959.394 1.735 958.527 0,99806 51.656.017 53,84 18 0,00208 0,500 0,00208 957.659 1.988 956.665 0,99781 50.697.490 52,94 19 0,00231 0,500 0,00231 955.671 2.206 954.568 0,99757 49.740.825 52,05 20 0,00255 0,500 0,00254 953.465 2.425 952.252 0,99734 48.786.257 51,17 21 0,00277 0,500 0,00277 951.040 2.635 949.722 0,99715 47.834.005 50,30 22 0,00294 0,500 0,00294 948.405 2.786 947.012 0,99702 46.884.283 49,43 23 0,00303 0,500 0,00303 945.619 2.861 944.188 0,99696 45.937.271 48,58 24 0,00306 0,500 0,00306 942.758 2.880 941.318 0,99694 44.993.082 47,72 25 0,00307 0,500 0,00306 939.877 2.877 938.439 0,99693 44.051.765 46,87 26 0,00308 0,500 0,00308 937.000 2.882 935.559 0,99691 43.113.326 46,01 27 0,00311 0,500 0,00310 934.119 2.899 932.669 0,99687 42.177.767 45,15 28 0,00316 0,500 0,00316 931.220 2.942 929.749 0,99680 41.245.098 44,29 29 0,00324 0,500 0,00324 928.278 3.007 926.775 0,99672 40.315.349 43,43 30 0,00333 0,500 0,00332 925.271 3.076 923.733 0,99663 39.388.574 42,57 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 213 30/6/2010, 16:57 214 • Microsseguros: Série Pesquisas Idade (x) Mx n x a n x q lx n x 31 0,00342 0,500 0,00341 922.195 3.146 32 0,00351 0,500 0,00350 919.049 33 0,00364 0,500 0,00363 915.828 34 0,00378 0,500 0,00377 912.501 35 0,00394 0,500 0,00393 909.058 3.572 907.272 36 0,00411 0,500 0,00410 905.487 3.716 903.629 37 0,00431 0,500 0,00430 901.771 3.876 899.833 38 0,00452 0,500 0,00451 897.895 4.053 895.868 39 0,00476 0,500 0,00475 893.842 4.248 40 0,00502 0,500 0,00501 889.595 41 0,00531 0,500 0,00529 885.138 42 0,00563 0,500 0,00561 43 0,00600 0,500 0,00598 44 0,00640 0,500 0,00638 n d Px Tx ex 920.622 0,99654 38.464.841 41,71 3.221 917.439 0,99643 37.544.219 40,85 3.327 914.164 0,99630 36.626.781 39,99 3.442 910.780 0,99615 35.712.616 39,14 0,99598 34.801.837 38,28 0,99580 33.894.564 37,43 0,99559 32.990.936 36,58 0,99537 32.091.103 35,74 891.718 0,99512 31.195.234 34,90 4.457 887.366 0,99485 30.303.516 34,06 4.685 882.795 0,99455 29.416.150 33,23 880.453 4.943 877.981 0,99420 28.533.355 32,41 875.510 5.234 872.893 0,99382 27.655.373 31,59 870.276 5.553 867.499 0,99340 26.782.481 30,77 n Lx n 45 0,00685 0,500 0,00683 864.723 5.903 861.771 0,99294 25.914.982 29,97 46 0,00732 0,500 0,00730 858.819 6.268 855.686 0,99247 25.053.211 29,17 47 0,00780 0,500 0,00777 852.552 6.624 849.240 0,99200 24.197.525 28,38 48 0,00826 0,500 0,00823 845.928 6.962 842.447 0,99154 23.348.285 27,60 49 0,00873 0,500 0,00870 838.966 7.296 835.317 0,99106 22.505.839 26,83 50 0,00922 0,500 0,00918 831.669 7.635 827.852 0,99055 21.670.522 26,06 51 0,00977 0,500 0,00973 824.034 8.014 820.027 0,98995 20.842.670 25,29 52 0,01043 0,500 0,01038 816.020 8.467 811.787 0,98923 20.022.643 24,54 53 0,01123 0,500 0,01116 807.553 9.015 803.046 0,98839 19.210.857 23,79 54 0,01214 0,500 0,01207 798.538 9.635 793.721 0,98744 18.407.811 23,05 55 0,01314 0,500 0,01305 788.903 10.298 783.754 0,98644 17.614.090 22,33 56 0,01418 0,500 0,01408 778.605 10.963 773.123 0,98540 16.830.336 21,62 57 0,01524 0,500 0,01512 767.642 11.608 761.837 0,98437 16.057.213 20,92 58 0,01629 0,500 0,01615 756.033 12.214 749.926 0,98332 15.295.376 20,23 59 0,01735 0,500 0,01720 743.820 12.796 737.421 0,98224 14.545.449 19,56 60 0,01849 0,500 0,01832 731.023 13.390 724.328 0,98108 13.808.028 18,89 61 0,01973 0,500 0,01953 717.634 14.019 710.624 0,97981 13.083.700 18,23 62 0,02109 0,500 0,02087 703.615 14.683 696.274 0,97841 12.373.075 17,59 63 0,02259 0,500 0,02234 688.932 15.389 681.238 0,97686 11.676.802 16,95 64 0,02424 0,500 0,02395 673.543 16.134 665.476 0,97520 10.995.564 16,32 65 0,02599 0,500 0,02566 657.409 16.869 648.974 0,97343 10.330.089 15,71 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 214 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 215 Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 66 0,02788 0,500 0,02750 640.539 17.614 631.732 0,97147 9.681.115 15,11 67 0,03004 0,500 0,02959 622.925 68 0,03253 0,500 0,03201 604.491 18.435 613.708 0,96922 9.049.382 14,53 19.351 594.816 0,96665 8.435.674 13,96 69 0,03534 0,500 0,03473 585.140 20.321 574.980 0,96382 7.840.859 13,40 70 0,03841 0,500 71 0,04166 0,500 0,03768 564.819 21.284 554.177 0,96079 7.265.879 12,86 0,04081 543.535 22.179 532.446 0,95758 6.711.702 12,35 72 0,04509 73 0,04868 0,500 0,04410 521.356 22.990 509.861 0,95423 6.179.256 11,85 0,500 0,04753 498.366 23.685 486.523 0,95072 5.669.395 11,38 74 0,05246 0,500 0,05112 474.681 24.267 462.547 0,94701 5.182.872 10,92 75 0,05652 0,500 0,05497 450.414 24.758 438.035 0,94302 4.720.324 10,48 76 0,06091 0,500 0,05911 425.656 25.161 413.075 0,93874 4.282.290 10,06 77 0,06563 0,500 0,06355 400.494 25.451 387.769 0,93415 3.869.215 9,66 78 0,07072 0,500 0,06830 375.044 25.617 362.235 0,92923 3.481.446 9,28 79 0,07621 0,500 0,07341 349.427 25.653 336.600 0,92469 3.119.211 8,93 n d n Lx n 80 0,08047 0,500 0,07736 323.774 25.046 311.251 0,92066 2.782.610 8,59 81 0,08495 0,500 0,08149 298.728 24.344 286.556 0,91643 2.471.359 8,27 82 0,08968 0,500 0,08583 274.384 23.550 262.609 0,91201 2.184.803 7,96 83 0,09464 0,500 0,09036 250.834 22.666 239.501 0,90738 1.922.194 7,66 84 0,09984 0,500 0,09510 228.168 21.698 217.319 0,90256 1.682.693 7,37 85 0,10530 0,500 0,10003 206.471 20.653 196.144 0,89754 1.465.374 7,10 86 0,11100 0,500 0,10516 185.818 19.541 176.047 0,89232 1.269.230 6,83 87 0,11695 0,500 0,11049 166.277 18.371 157.091 0,88692 1.093.182 6,57 88 0,12315 0,500 0,11600 147.906 17.157 139.327 0,88132 936.091 6,33 89 0,12959 0,500 0,12170 130.748 15.913 122.792 0,84589 1,00000 114.836 114.836 673.972 90+ 03-Microsseguros-Vol 2.p65 215 30/6/2010, 16:57 796.764 6,09 673.972 5,87 216 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 6 – Tábua de Mortalidade Completa – População Feminina de Renda <=3 SM Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 0 0,02100 0,126 0,02063 1.000.000 20.626 981.979 0,98198 75.759.930 75,76 1 0,00197 0,500 0,00197 979.374 2 0,00100 0,500 0,00100 977.446 1.928 978.410 0,99851 74.777.951 76,35 980 976.956 0,99914 73.799.541 75,50 3 0,00071 0,500 0,00071 976.466 694 976.119 0,99942 72.822.585 74,58 4 0,00046 0,500 5 0,00034 0,500 0,00046 975.772 448 975.548 0,99960 71.846.466 73,63 0,00034 975.324 327 975.161 0,99968 70.870.918 72,66 6 0,00030 7 0,00027 0,500 0,00030 974.997 293 974.850 0,99971 69.895.757 71,69 0,500 0,00027 974.704 264 974.572 0,99974 68.920.907 70,71 8 0,00025 0,500 0,00025 974.440 240 974.320 0,99976 67.946.335 69,73 n d n Lx n 9 0,00023 0,500 0,00023 974.201 223 974.089 0,99977 66.972.015 68,75 10 0,00022 0,500 0,00022 973.977 217 973.869 0,99977 65.997.926 67,76 11 0,00023 0,500 0,00023 973.761 222 973.649 0,99976 65.024.057 66,78 12 0,00025 0,500 0,00025 973.538 242 973.417 0,99973 64.050.407 65,79 13 0,00028 0,500 0,00028 973.296 277 973.158 0,99969 63.076.990 64,81 14 0,00033 0,500 0,00033 973.020 324 972.858 0,99964 62.103.832 63,83 15 0,00039 0,500 0,00039 972.696 380 972.505 0,99958 61.130.975 62,85 16 0,00045 0,500 0,00045 972.315 439 972.096 0,99952 60.158.469 61,87 17 0,00050 0,500 0,00050 971.877 490 971.632 0,99948 59.186.373 60,90 18 0,00055 0,500 0,00055 971.386 530 971.121 0,99944 58.214.742 59,93 19 0,00058 0,500 0,00058 970.856 561 970.576 0,99941 57.243.620 58,96 20 0,00061 0,500 0,00061 970.296 591 970.000 0,99937 56.273.044 58,00 21 0,00065 0,500 0,00065 969.704 626 969.391 0,99934 55.303.044 57,03 22 0,00068 0,500 0,00068 969.078 662 968.747 0,99930 54.333.653 56,07 23 0,00072 0,500 0,00072 968.417 698 968.067 0,99926 53.364.906 55,11 24 0,00076 0,500 0,00076 967.718 737 967.350 0,99922 52.396.838 54,14 25 0,00080 0,500 0,00080 966.982 777 966.593 0,99917 51.429.488 53,19 26 0,00085 0,500 0,00085 966.204 821 965.794 0,99913 50.462.895 52,23 27 0,00090 0,500 0,00090 965.383 868 964.949 0,99907 49.497.102 51,27 28 0,00095 0,500 0,00095 964.516 918 964.056 0,99902 48.532.152 50,32 29 0,00101 0,500 0,00101 963.597 973 963.110 0,99896 47.568.096 49,37 30 0,00108 0,500 0,00108 962.624 1.035 962.106 0,99889 46.604.985 48,41 continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 216 30/6/2010, 16:57 Estimativa da Mortalidade para os Indivíduos em Famílias de Baixa Renda • 217 Idade (x) Mx n x a n x q lx n x Px Tx ex 31 0,00115 0,500 0,00115 961.588 1.104 961.036 0,99881 45.642.879 47,47 32 0,00123 0,500 0,00123 960.484 33 0,00130 0,500 0,00130 959.303 1.181 959.894 0,99873 44.681.843 46,52 1.251 958.678 0,99865 43.721.949 45,58 34 0,00140 0,500 0,00140 958.052 1.339 957.383 0,99856 42.763.272 44,64 35 0,00148 0,500 36 0,00160 0,500 0,00148 956.713 1.419 956.003 0,99846 41.805.889 43,70 0,00160 955.293 1.529 954.529 0,99833 40.849.886 42,76 37 0,00174 38 0,00187 0,500 0,00174 953.764 1.655 952.937 0,99820 39.895.357 41,83 0,500 0,00187 952.109 1.783 951.217 0,99804 38.942.420 40,90 39 0,00205 0,500 0,00205 950.326 1.946 949.353 0,99786 37.991.203 39,98 40 0,00224 0,500 0,00224 948.380 2.124 947.318 0,99766 37.041.850 39,06 41 0,00245 0,500 0,00244 946.256 2.314 945.099 0,99745 36.094.531 38,14 42 0,00267 0,500 0,00266 943.942 2.513 942.686 0,99722 35.149.432 37,24 43 0,00290 0,500 0,00289 941.429 2.722 940.068 0,99699 34.206.746 36,33 44 0,00314 0,500 0,00313 938.707 2.941 937.237 0,99674 33.266.678 35,44 45 0,00340 0,500 0,00340 935.766 3.177 934.178 0,99646 32.329.441 34,55 46 0,00369 0,500 0,00368 932.589 3.431 930.874 0,99617 31.395.263 33,66 47 0,00399 0,500 0,00398 929.158 3.698 927.309 0,99586 30.464.389 32,79 48 0,00431 0,500 0,00430 925.460 3.979 923.470 0,99553 29.537.080 31,92 49 0,00465 0,500 0,00464 921.481 4.275 919.343 0,99517 28.613.610 31,05 50 0,00504 0,500 0,00502 917.205 4.608 914.901 0,99478 27.694.267 30,19 51 0,00542 0,500 0,00541 912.597 4.937 910.129 0,99437 26.779.366 29,34 52 0,00586 0,500 0,00584 907.660 5.302 905.009 0,99393 25.869.237 28,50 53 0,00633 0,500 0,00631 902.358 5.691 899.512 0,99344 24.964.228 27,67 54 0,00683 0,500 0,00681 896.667 6.107 893.613 0,99292 24.064.716 26,84 55 0,00738 0,500 0,00735 890.560 6.549 887.285 0,99235 23.171.102 26,02 56 0,00798 0,500 0,00794 884.011 7.023 880.500 0,99173 22.283.817 25,21 57 0,00864 0,500 0,00860 876.988 7.541 873.217 0,99104 21.403.317 24,41 58 0,00937 0,500 0,00933 869.447 8.108 865.392 0,99028 20.530.100 23,61 59 0,01018 0,500 0,01012 861.338 8.720 856.978 0,98944 19.664.708 22,83 60 0,01106 0,500 0,01100 852.618 9.377 847.929 0,98853 18.807.729 22,06 61 0,01201 0,500 0,01194 843.241 10.067 838.207 0,98757 17.959.800 21,30 62 0,01302 0,500 0,01294 833.174 10.777 827.785 0,98654 17.121.593 20,55 63 0,01408 0,500 0,01398 822.396 11.501 816.646 0,98546 16.293.808 19,81 64 0,01522 0,500 0,01511 810.896 12.249 804.771 0,98430 15.477.162 19,09 65 0,01644 0,500 0,01630 798.647 13.022 792.136 0,98304 14.672.391 18,37 n d n Lx n continua 03-Microsseguros-Vol 2.p65 217 30/6/2010, 16:57 218 • Microsseguros: Série Pesquisas Idade (x) Mx n x a n x q lx n x 66 0,01778 0,500 0,01763 785.625 13.849 67 0,01931 0,500 0,01913 771.776 68 0,02107 0,500 0,02085 757.013 69 0,02304 0,500 0,02278 70 0,02517 0,500 71 0,02747 0,500 72 0,03002 73 0,03287 74 0,03602 n d Px Tx ex 778.701 0,98163 13.880.254 17,67 14.763 764.395 0,98002 13.101.554 16,98 15.782 749.122 0,97820 12.337.159 16,30 741.231 16.885 732.788 0,97619 11.588.037 15,63 0,02486 724.346 18.008 715.342 0,97403 10.855.249 14,99 0,02710 706.338 19.141 696.767 0,97168 10.139.907 14,36 0,500 0,02958 687.196 20.327 677.033 0,96906 9.443.141 13,74 0,500 0,03234 666.869 21.567 656.086 0,96616 8.766.108 13,15 0,500 0,03538 645.302 22.832 633.886 0,96301 8.110.022 12,57 n Lx n 75 0,03942 0,500 0,03866 622.470 24.063 610.438 0,95962 7.476.136 12,01 76 0,04309 0,500 0,04218 598.407 25.239 585.788 0,95594 6.865.697 11,47 77 0,04711 0,500 0,04603 573.168 26.383 559.977 0,95190 6.279.910 10,96 78 0,05156 0,500 0,05027 546.786 27.485 533.043 0,94747 5.719.933 10,46 79 0,05646 0,500 0,05491 519.301 28.513 505.044 0,94312 5.186.890 9,99 80 0,06076 0,500 0,05897 490.788 28.943 476.317 0,93892 4.681.845 9,54 81 0,06540 0,500 0,06333 461.845 29.248 447.221 0,93442 4.205.529 9,11 82 0,07038 0,500 0,06799 432.598 29.411 417.892 0,92961 3.758.307 8,69 83 0,07573 0,500 0,07296 403.186 29.418 388.477 0,92448 3.340.415 8,29 84 0,08146 0,500 0,07827 373.768 29.254 359.141 0,91902 2.951.938 7,90 85 0,08759 0,500 0,08391 344.514 28.909 330.059 0,91322 2.592.798 7,53 86 0,09414 0,500 0,08990 315.605 28.374 301.418 0,90707 2.262.738 7,17 87 0,10112 0,500 0,09625 287.230 27.647 273.407 0,90056 1.961.321 6,83 88 0,10855 0,500 0,10296 259.583 26.728 246.220 0,89369 1.687.914 6,50 89 0,11645 0,500 0,84737 90+ 03-Microsseguros-Vol 2.p65 218 0,11004 232.856 25.624 220.044 1,00000 207.232 207.232 1.221.650 30/6/2010, 16:57 1.441.694 6,19 1.221.650 5,90 4 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda Datafolha Instituto de Pesquisas Objetivo Avaliar o conceito de microsseguros na perspectiva da população de baixa renda, bem como a disposição do consumidor em pagar por ele. Conforme definição proposta GT Susep, microsseguro é a “proteção financeira fornecida por provedores autorizados para a população de baixa renda contra riscos específicos em troca de pagamentos de prêmios proporcionais às probabilidades e aos custos do Grupo de Trabalho de Microsseguros – Portaria Susep 2.960, de 12/06/2008 12 dos riscos envolvidos, em conformidade com a legislação e os princípios de seguro globalmente aceitos”. Técnica Pesquisa quantitativa, com abordagem pessoal e domiciliar. As entrevistas foram realizadas mediante aplicação de questionário estruturado, com cerca de 20 minutos de duração. A checagem cobriu, no mínimo, cerca de 30% do material de cada entrevistador. 219 04-Microsseguros-Vol 2.p65 219 30/6/2010, 16:57 220 • Microsseguros: Série Pesquisas Público-alvo Domicílios com renda familiar mensal declarada entre 1 e 5 Salários Mínimos, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro1. No Brasil, não há um consenso em relação à definição de população de baixa renda. No domicílio foi entrevistado o chefe da família ou cônjuge. Na ausência destes, foi entrevistado o responsável pela decisão ou compra de produtos e serviços para o domicílio. Amostra Foram realizadas 428 entrevistas finais. Para composição do total da amostra, houve ponderação dos resultados por cidade e renda familiar. Proporção Amostra Margem de Erro* São Paulo 64% 212 7 p.p. Rio de Janeiro 36% 216 7 p.p. Total 100% 428 5 p.p. * Margem de erro máxima, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A amostra foi distribuída geograficamente nos distritos (SP) e regiões administrativas (RJ) de acordo com a concentração da população de baixa renda (universo) em cada localidade. Com base nos setores censitários do IBGE, foi realizado um sorteio aleatório de cluster (conjunto de quarteirões), nos quais foram realizadas as entrevistas. O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 10 de junho de 2009. 1 Aproximadamente 70% da população dessas capitais declara rendimento mensal entre 1 e 5 salários mínimos (Fonte: Datafolha/2008 e 2009). 04-Microsseguros-Vol 2.p65 220 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 221 Metodologia Concentração da população de baixa renda (entre 1 e 5 S.M.). Cidade de São Paulo (distritos) Renda Familiar (até 5 SM) 75% a 86% (32) 62% a 75% (30) 12% a 62% (34) Fonte: Datafolha Cidades/DNA Paulistano (2008) Cidade do Rio de Janeiro (regiões administrativas) Renda Familiar (até 5 SM) 82,6% a 100% (9) 65% a 82,6% (10) 16,6% a 65% (10) Fonte: Datafolha Cidades (2008) 04-Microsseguros-Vol 2.p65 221 30/6/2010, 16:57 222 • Microsseguros: Série Pesquisas Observações • • • • • • Bases inferiores a 30 casos são insuficientes para análises estatísticas. Citações inferiores a 0,5% estão representadas nas tabelas por “0”, e nenhuma citação por “–”. Nas tabelas e gráficos, os resultados estão em percentual, e as bases, em números absolutos. Em alguns gráficos e tabelas os resultados das perguntas com respostas únicas não somam exatamente 100%, devido a arredondamentos. Os resultados significativos encontram-se destacados em linha contínua, enquanto as tendências (dentro da margem de erro) estão em linha pontilhada. Escalas utilizadas nesse estudo foram de 5 pontos. 0 significa a menor nota e 5 corresponde à maior nota. Perfil do Domicílio (em %) Em 40% dessas residências o rendimento familiar mensal varia entre 3 e 5 Salários Mínimos. Renda média: R$ 1.284,00. 40 30 29 De 1 a 2 S.M. Mais de 2 a 3 S.M. Mais de 3 a 5 S.M. Salário Mínimo (abr/09): R$ 465,00 Base: Total da amostra (vide metodologia). Nos domicílios, moram, em média, 3,4 pessoas. As crianças e/ou adolescentes estão presentes em 56% dessas residências: • • 43% têm crianças 0 a 12 anos; 26% têm adolescentes de 13 a 17 anos. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 222 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 223 Maioria mora em casa própria. 65 29 5 Casa própria Casa alugada Casa cedida Base: Total da amostra (vide metodologia). Perfil do Domicílio – Moradores (Única, em %) Assim como observado na população, nesse universo há maior presença de mulheres: 54%. Sexo dos Moradores 54 46 Masculino Feminino Base: Total de moradores: 1.451 moradores. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 223 30/6/2010, 16:57 224 • Microsseguros: Série Pesquisas Entre os moradores, a média etária é de 32 anos. Vale notar que 13% dos moradores são idosos e 30% são crianças ou adolescentes. Idade dos Moradores 30% 30 27 19 13 11 De 0 a 11 anos De 12 a 17 anos De 18 a 34 anos De 35 a 59 anos 60 anos ou mais Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. Perfil do Domicílio – Moradores (Espontânea e Única, em %) Escolaridade do morador A maior parcela dos moradores – pouco mais da metade – tem ensino fundamental. Em segundo plano ficam os que possuem ensino médio, que representam cerca de um terço do total. Entre os mais velhos (45 anos ou mais), 6% são analfabetos e 39% cursaram apenas o fundamental I. 53% 53% 29 24 32 9 Analfabeto/Não estuda 6 Fundamental I Fundamental II Ensino médio Superior/pós-graduação Idade do morador Base 00 aa 55 anos anos 89 11 -– -– -– 101 66 aa 11 11 anos anos 4 82 13 -– -– 170 12 12 aa 17 17 anos anos 1 7 57 35 – 152 18 18 aa 34 34 anos anos 0 10 21 54 14 390 35 35 aa 44 44 anos anos 1 24 29 38 8 182 45 45 anos anos ou ou mais mais 6 39 23 27 5 456 Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 224 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 225 Total Sexo Masculino Feminino Idade 0 a 11 anos 12 a 17 anos 18 a 34 anos 35 a 59 anos 60 anos ou mais Média Escolaridade Analfabeto/Não estuda Ensino fundamental Fundamental I Fundamental II Ensino médio Superior/Pós-graduação Base: Total da amostra Região São Paulo Rio de Janeiro 46 54 46 54 46 54 19 11 27 30 13 32 21 12 29 28 11 30 16 9 25 34 16 36 9 53 29 24 32 6 1.451 11 54 30 24 29 6 762 6 50 27 23 37 7 689 Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. Cerca de cinco em cada dez são economicamente ativos. 21% são assalariados registrados e 18% atuam no mercado informal (free lancer ou assalariados sem registro). Entre os que não são economicamente ativos, a maior parcela é composta por estudantes. Ocupação do morador 48% PEA* 52% Não-PEA* 21 Assalariado registrado 13 Free-lancer/bico 18% Assalariado sem registro 5 Aposentado 9 Dona de casa 9 Autônomo regular 2 Não trabalha/Não estuda** 7 Funcionário público 1 Pensionista 1 Desempregado (não procura emprego) 1 Desempregado (procura emprego) 6 * PEA: População Economicamente Ativa. ** Não trabalha/Não estuda: crianças de zero a 5 anos. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 23 Estudante 225 30/6/2010, 16:57 226 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Renda Individual Mais de Mais de Não Até 2 S.M. 3 S.M. tem 2 S.M. e 3 S.M. e 5 S.M. Renda Total São Paulo Rio de Janeiro PEA* 48 48 47 78 81 71 12 Assalariado registrado 21 21 20 38 41 42 – Free-lancer/bico 13 13 13 25 17 15 0 Assalariado sem registro 5 6 3 9 12 10 Autônomo regular (Paga ISS) 2 2 3 3 9 4 – Funcionário público 1 1 1 1 3 7 – Desempregado (procura emprego) 6 6 5 1 – – 12 Não-PEA 52 52 53 22 19 29 88 Estudante 23 23 21 1 – – 49 Aposentado 9 8 12 17 18 21 – Dona de casa 9 9 10 1 – – 19 Pensionista 2 1 2 3 1 8 0 Não trabalha/Não estuda (menor de 5 anos) 7 9 5 – – – 16 Desempregado (não procura emprego) 1 2 1 – – – 3 1.451 762 689 633 108 54 653 Base: Total de moradores Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. * PEA: População Economicamente Ativa. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 226 30/6/2010, 16:57 04-Microsseguros-Vol 2.p65 227 6 52 23 9 9 2 7 Desempregado (procura emprego) Não-PEA* Estudante Aposentado Dona de casa Pensionista Não trabalha/Não estuda (menor de 5 anos) 30/6/2010, 16:57 667 1,8 7 0 17 11 23 43 6 1 3 5 14 27 57 Masculino * PEA: População Economicamente Ativa. Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. Base: Total de moradores 1.451 1,5 1 Funcionário público Desempregado (não procura emprego) 2 Autônomo regular (paga ISS) 13 Free-lancer/bico 5 21 Assalariado registrado Assalariado sem registro 48 PEA* Total Idade Escolaridade – 271 784 38 – – – 62 100 – – – – – – – 1,2 8 3 – 8 23 60 5 1 2 5 11 15 40 152 2,4 – – 11 – 84 87 3 – – 4 3 2 13 390 1,3 – 1 11 – 5 19 13 1 1 9 17 37 81 182 1,8 – – 16 – – 14 9 1 4 8 19 44 86 456 2,2 – 5 4 31 – 55 2 1 4 3 18 16 45 124 1,5 71 1 9 8 6 91 1 – – 3 3 2 9 757 1,8 1 2 10 13 34 62 4 0 1 4 14 15 38 474 1,3 – 1 7 5 12 31 10 1 3 6 14 34 69 95 – – 1 6 8 23 5 8 6 8 11 34 77 Femi- 0 a 11 12 a 17 18 a 34 35 a 44 45 anos Analfabeto/ Ensino Ensino Ensino nino anos anos anos anos ou mais Não estuda fundamental médio superior Sexo Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 227 228 • Microsseguros: Série Pesquisas 46 43 7 Escolaridade do morador Até 2 S.M. 4 Mais de 2 a 3 S.M. Mais de 3 a 4 S.M. Não tem renda Renda individual mensal do morador A maior parcela dos moradores tem renda individual mensal de até 2 S.M. (43%). Nota-se que quanto maior a escolaridade do morador, maior a renda individual. Base Analfabeto 14 2 1 83 124 Ensino Fundamental 43 5 2 50 757 Ensino médio 51 11 6 32 474 Ensino superior 57 12 10 20 95 Salário Mínimo (abr/09): R$ 465,00. Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. Região Total Sexo Idade São Rio de Mas- Femi- 0 a 11 12 a 17 18 a 34 35 a 44 45 anos Paulo Janeiro culino nino anos anos anos anos ou mais Até 2 S.M. 43 43 45 46 41 0 10 63 52 62 Mais de 2 a 3 S.M. 7 7 8 11 4 – – 6 17 12 Mais de 3 a 5 S.M. 4 3 5 5 2 – – 1 9 7 Não tem renda 46 47 43 38 53 100 90 30 21 19 Base: Total de moradores 1.451 762 689 667 784 271 152 390 182 456 Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 228 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 229 Entre os moradores do domicílio, cerca de quatro em cada dez são filhos do chefe da família, e 20% são cônjuges. 29 Chefe 39 Vínculo com o chefe da família Filho (a) 20 Cônjuge 5 Neto (a) Genro/nora 1 Irmão(ã) 1 Sobrinho(a) 1 Pai/mãe 1 Enteado(a) 1 Citações até 1% Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. Região Total Chefe 29 Sexo Idade São Rio de Mas- Femi- 0 a 11 12 a 17 18 a 34 35 a 44 45 anos Paulo Janeiro culino nino anos anos anos anos ou mais 28 31 32 26 31 14 19 28 43 Filho(a) 39 41 35 34 44 53 71 47 26 17 Cônjuge 20 20 19 23 16 – – 20 38 31 Neto(a) 5 5 6 5 6 11 6 6 2 1 Genro/nora 1 1 2 2 1 1 3 3 1 0 Irmão(ã) 1 1 1 1 2 0 1 2 1 2 Sobrinho(a) 1 1 1 1 1 1 4 1 1 0 Pai/mãe 1 1 1 0 1 – – – 1 3 Enteado(a) 1 0 2 1 1 1 2 1 1 0 1.451 762 689 667 784 271 152 390 182 456 Base: Total de moradores Base: Total de moradores: 1.451 pessoas. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 229 30/6/2010, 16:57 230 • Microsseguros: Série Pesquisas Perfil do Entrevistado (em %) No domicílio foi entrevistado o chefe da família, cônjuge ou o responsável pela decisão ou compra de produtos e serviços. 59% dos entrevistados são chefes da família. Maior presença de mulheres: 61% vs. 39% homens Média etária de 47 anos os cariocas são ligeiramente mais velhos: 49 anos em média. 46% possuem conta corrente 38% possuem cartão de crédito 34% têm poupança Maior parcela se concentra no ensino fundamental (56%) Cerca de seis em cada dez têm renda individual de até 2 Salários Mínimos 60% são economicamente ativos Base: Total da amostra (vide metodologia). 04-Microsseguros-Vol 2.p65 230 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 231 Total Sexo Masculino Feminino Idade 18 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 55 anos 56 anos ou mais Média Escolaridade Ensino fundamental Ensino médio Superior Renda Individual – Entrevistado (espontânea + estimulada) Menos de 1 S.M. De 1 a 2 S.M. Mais de 2 a 3 S.M. Mais de 3 a 5 S.M. Não tem renda Base: Total da amostra Região Rio de Janeiro 39 61 43 57 31 69 26 21 24 29 47 28 22 24 26 46 23 18 25 34 49 56 38 6 60 34 6 48 45 7 13 46 14 8 19 428 13 46 15 8 17 212 14 45 12 7 22 216 Total PEA* Assalariado registrado Free-lancer/bico Autônomo regular (paga ISS) Desempregado (procura emprego) Assalariado sem registro Funcionário público Não-PEA* Aposentado Dona de casa Pensionista Desempregado (não procura emprego) Base: Total da amostra São Paulo 60 23 22 4 4 4 2 36 20 15 3 1 428 São Paulo 62 25 23 4 4 4 1 35 19 14 3 1 212 Região Rio de Janeiro 57 20 22 4 4 4 2 39 21 15 4 1 216 * PEA: População Economicamente Ativa. Base: Total da amostra (vide metodologia). 04-Microsseguros-Vol 2.p65 231 30/6/2010, 16:57 232 • Microsseguros: Série Pesquisas Perfil do Entrevistado (Estimulada e Múltipla, em %) Entre os itens financeiros estudados, conta corrente é o que se faz mais presente neste público (46%). Cartão de crédito e poupança empatam em um segundo patamar, sendo o cartão de crédito mais presente no RJ. 46 Posse de itens financeiros Conta corrente Cartão de crédito 38 RJ: 45% 34 Caderneta de poupança Financiamento bancário 9 Título de capitalização 3 Consórcio 2 Fundos de investimentos 2 Crédito imobiliário 2 35% não possuem nenhum dos itens investigados. SP 37% e RJ 31% Base: Total da amostra (vide metodologia). 04-Microsseguros-Vol 2.p65 232 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 233 Região Renda Familiar Total São Paulo Rio de Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. 46 46 45 30 41 61 Conta corrente Cartão de crédito 38 33 45 25 34 50 Caderneta de poupança 34 34 34 25 31 43 Financiamento bancário 9 7 13 7 10 10 Título de capitalização 3 3 4 2 3 5 Fundos de investimento 2 2 3 – 2 4 Consórcio 2 2 1 1 2 3 Crédito imobiliário 2 1 2 2 1 2 Não possui nenhum destes 35 37 31 50 37 22 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia). Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Conta corrente 46 55 40 45 52 44 44 36 58 Cartão de crédito 38 39 37 39 41 40 32 27 51 Caderneta de poupança 34 40 30 40 39 31 27 28 41 Financiamento bancário 9 10 9 6 14 7 10 7 11 Título de capitalização 3 2 4 2 4 5 3 1 7 Fundos de investimento 2 2 2 2 1 4 2 – 5 Consórcio 2 3 1 4 4 – – 1 3 Crédito imobiliário 2 2 2 1 3 2 1 1 3 Não possui nenhum destes 35 29 38 31 27 45 35 44 24 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia). 04-Microsseguros-Vol 2.p65 233 30/6/2010, 16:57 234 • Microsseguros: Série Pesquisas Perfil do Entrevistado (Estimulada, em %) Cerca de quatro em cada dez possuem algum seguro. Seguro/plano de saúde e seguro de vida são as proteções com maior participação, neste público. Não possui seguro 56% Possui seguro 44% Plano ou Seguro saúde* 27 Seguro de vida* De 1 a 3 S.M. De 2 a 3 S.M. De 3 a 5 S.M. 33 40 56 22 Seguro automóvel no domicílio Seguro residencial 3% Unimed 2% Medial 2% Bradesco Saúde 2% Amil Citações até 2% 13 9 * Titular ou dependente. Base: Total da amostra (vide metodologia). P. 13a Atualmente ___? Você possui algum outro seguro que não tenha citado? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 234 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 235 Região Renda Familiar Total São Paulo Rio de Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Plano ou seguro saúde (titular ou dependente) 27 24 33 16 25 37 Unimed 3 3 3 1 4 4 Medial 2 3 0 2 1 3 Bradesco Saúde 2 1 4 1 2 3 Amil 2 – 4 1 1 2 Intermédica 1 2 0 – 3 2 Samcil 1 2 – 1 1 2 Sul América 1 1 1 1 – 2 Assim 1 – 3 1 1 1 Green Line 1 1 – 1 – 2 Golden Cross 1 0 1 1 1 1 GEAP 1 1 0 1 – 1 CEMERU 1 – 2 – 1 1 Itálica 1 1 – – 1 1 AMEPLAN 1 1 – – 1 1 Seguro de vida (titular ou beneficiário) 22 23 22 16 18 31 Seguro automóvel (domicílio) 13 14 10 4 8 23 Seguro residencial 9 8 10 9 4 13 Não tem nenhum dos seguros 56 58 50 67 60 44 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia). P. 13a Atualmente ___? Você possui algum outro seguro que não tenha citado? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 235 30/6/2010, 16:57 236 • Microsseguros: Série Pesquisas Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos 27 24 Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Plano ou seguro saúde (titular ou dependente) 27 21 Unimed 3 4 3 4 4 1 3 3 3 Medial 2 1 3 2 1 3 2 2 2 Bradesco Saúde 2 1 2 4 1 3 1 1 4 30 31 26 19 37 Amil 2 0 2 2 1 2 1 1 3 Intermédica 1 – 2 2 – 3 – 1 2 Samcil 1 1 1 – 3 1 1 1 1 Sul América 1 2 1 1 – 2 1 0 2 Assim 1 1 1 1 2 – 2 – 2 Green Line 1 – 1 – – 3 1 – 2 Golden Cross 1 0 1 2 1 – 1 0 1 GEAP 1 1 1 – – – 3 1 1 CEMERU 1 0 1 1 – – 1 0 1 Itálica 1 1 1 1 – – 1 1 1 AMEPLAN 1 1 1 1 – 1 – 1 1 Seguro de vida (titular ou beneficiário) 22 23 22 20 25 31 15 20 26 Seguro automóvel (domicílio) 13 13 12 12 13 16 10 8 19 Seguro residencial 9 6 11 5 7 9 13 8 11 Não tem nenhum seguro 56 56 55 59 60 49 55 63 46 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra Base: Total da amostra (vide metodologia). P. 13a Atualmente ___? Você possui algum outro seguro que não tenha citado? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 236 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 237 Avaliação do Conceito de Microsseguros Principais Resultados – Microsseguros OOquanto quantogostou gostoudo doconceito conceitode deMicrosseguros: Microsseguro Top 2 boxes →?53% 53% Menos receptivos Mais receptivos ••Jovens, Jovens, de de 18 18 aa 34 34 anos anos ••Com Com menor menor renda renda familiar familiar (1 (1 aa 22 SM) SM) ••SP SP ••Mulheres Mulheres ••Mais Mais velhos, velhos, acima acima de de 55 55 ••Renda Renda acima acima de de 22 SM SM ••RJ RJ ••Homens Homens Seguro que escolheria ••Saúde Saúde → ? Maior maiorreceptividade receptividadena nafaixa faixaacima acimade de22SM, SM, mulheres, RJ mulheres, RJ ••Vida Vida→ ? maior maiorreceptividade receptividadena nafaixa faixade demenor menorrenda renda (1 a 2 (1 a 2 SM) e entre os jovens Concordância Concordânciada damaioria maioriasobre sobreaaimportância importância de deter terseguro seguro Top 2 boxes → 70% 70% Pontos de agrado + • Amparar a família: maior destaque entre os de menor renda (até 3 SM), ensino fundamental, sexo feminino • Indenização pelo bem: destaque entre os de maior renda (de 3 a 5 SM) 04-Microsseguros-Vol 2.p65 237 Pontos de desagrado • Perder o dinheiro investido: mais destacado em São Paulo e na faixa etária intermediária (35 a 55 anos) • Falta de credibilidade de seguros : mais destacado no Rio e entre os mais velhos – 30/6/2010, 16:57 238 • Microsseguros: Série Pesquisas Avaliação do Conceito de Microsseguros – Conceito Avaliado Seguro é uma maneira das pessoas protegerem sua família e também seus bens dos efeitos negativos de acontecimentos, como morte, doenças, incêndio, roubo e outros. Isso é possível por meio da compra de uma apólice de seguro. A pessoa interessada contrata esse serviço de proteção com uma seguradora, comprando uma apólice que especifica a proteção que é dada à pessoa e aos seus familiares, assim como quanto se deve pagar. Existem vários tipos de seguro. Dois deles são: • Seguro automóvel – para que uma pessoa se proteja da perda de um carro, ela compra um seguro, isto é, paga mensalmente uma determinada quantia à seguradora, que se compromete, caso o carro seja roubado, a pagar o valor do carro definido na apólice. • Seguro de vida – no caso do seguro de vida, por exemplo, a pessoa paga mensalmente para a seguradora um determinado valor, e na eventualidade de sua morte, a família receberá um pagamento em dinheiro, que varia de acordo com valor mensal que a pessoa pagou à seguradora. Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado quantas vezes o cliente quiser. Se nada acontecer nesse período de um ano, não haverá devolução das parcelas pagas. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 238 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 239 Avaliação do Conceito de Microsseguros – (Estimulada e Única, em % – Escala de 5 pontos) A ideia do tipo de proteção proposta no conceito agrada cerca de cinco em cada dez entrevistados. Tendencialmente, entre os mais jovens as taxas são ligeiramente mais favoráveis, assim como entre os de menor renda familiar. Vale notar que 56% dos que têm renda entre 3 e 5 Salários Mínimos possuem algum tipo de seguro. 53% Média: 3,2 42 20 20 11 7 Gosta muito (5) Gosta (4) Gosta mais ou menos Gosta um pouco (2) (3) Não gosta (1) Possui seguro Não possui seguro 52 56 58 10 12 14 9 37 40 43 42 18 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 55 anos 56 anos ou mais De 1 a 2 De 2 a 3 De 3 a 5 S.M. S.M. S.M. Top Two Boxes 60 53 52 49 62 47 Gosta muito (5) 18 10 11 5 11 Gosta (4) 41 43 41 44 51 Base: Total da amostra (vide metodologia). P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 239 30/6/2010, 16:57 240 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Renda Familiar Total São Paulo Rio de Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Top Two Boxes (gosta muito + gosta) 53 56 49 62 47 52 Gosta muito (5) 11 12 9 11 10 12 Gosta (4) 42 44 40 51 37 40 Gosta mais ou menos (3) 20 19 23 17 24 20 Bottom Two Boxes (gosta um pouco + não gosta) 26 25 29 22 29 28 Gosta um pouco (2) 7 6 8 5 11 5 Não gosta (1) 20 19 20 17 19 23 Média 3,2 3,2 3,1 3,3 3,1 3,1 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia). P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção? Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Top Two Boxes (gosta muito + gosta) 53 49 57 60 53 52 49 51 56 Gosta muito (5) 11 11 11 18 10 11 5 8 15 Gosta (4) 42 37 46 41 43 41 44 43 41 Gosta mais ou menos (3) 20 22 19 17 24 20 20 22 18 Bottom Two Boxes (gosta um pouco + não gosta) 26 29 25 23 23 28 30 27 26 Gosta um pouco (2) 7 4 8 8 4 9 5 5 9 Não gosta (1) 20 25 16 14 19 19 25 22 17 Média 3,2 3,1 3,3 3,4 3,2 3,2 3,0 3,1 3,3 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia). P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 240 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 241 Avaliação do Conceito de Microsseguros – (Espontânea e Múltipla, em %) A proteção à família, proposta pelo seguro, se destaca como ponto de maior agrado. Vale notar que 17% não percebem nenhum benefício nesse tipo de serviço. Como aspecto de desagrado, 28% dos entrevistados apontam o investimento em um serviço que podem não utilizar. Mas vale notar que 44% gostaram do conceito como um todo, sem nenhum ponto de desagrado. Likes 60% Proteger a família/assegurar recursos financeiros em caso de acidente, morte ou invalidez 27% Indenização pelo bem perdido 3% Não sabe 17% Não gostou de nada Dislikes 28% Perder o dinheiro investido, caso não utilize 11% Falta de credibilidade no serviço 8% Não gosta de seguro de vida (outra pessoa Receber/remete a algo negativo) 6% Ter mais uma despesa mensal 3% Não sabe 44% Gostou de tudo Base: Total da amostra (vide metodologia) P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que você mais gostou nesse tipo de proteção? P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? A possibilidade de proteção à família tem taxas mais expressivas entre as mulheres, e entre os que possuem menor renda familiar mensal (entre 1 e 3 S.M.). Por outro lado, a indenização pelo bem perdido é valorizada, principalmente, entre mais jovens e entre os que têm maior rendimento familiar mensal (mais de 3 e 5 S.M.). 04-Microsseguros-Vol 2.p65 241 30/6/2010, 16:57 242 • Microsseguros: Série Pesquisas 61 Amparar a família, outra pessoa Indenização pelo bem perdido 27 Em caso de roubo, o seguro indeniza o valor do bem roubado 10 Em caso de algum acidente, o seguro indeniza o valor do bem Não sabe > 18-34 anos > Mais de 3 a 5 S.M. 16 Proteção, segurança em receber uma indenização O seguro pode ressarcir o bem em dinheiro > Mulheres > 1 a 3 S.M. 5 1 3 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que você mais gostou nesse tipo de proteção? Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Amparar a família/outra pessoa (proteger a família/assegurar recursos financeiros para a família em caso de acidente/morte/invalidez) 61 62 58 65 68 52 Indenização pelo bem perdido 27 25 31 24 21 35 Em caso de roubo, o seguro indeniza o valor do bem roubado 16 16 16 14 12 20 Proteção/ segurança em receber uma indenização 10 9 13 10 10 11 Em caso de algum acidente, o seguro indeniza o valor do bem 5 5 5 3 3 9 O seguro pode ressarcir o bem com dinheiro 1 – 3 2 – 1 Não sabe 3 3 1 3 3 2 Não tem nada que tenha gostado 17 17 18 15 17 18 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que você mais gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 242 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 243 Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Amparar a família/ outra pessoa (pode proteger a família/ assegurar recursos financeiros para a família em caso de acidente/morte/invalidez) 61 55 64 62 58 67 56 65 55 Indenização pelo bem perdido 27 30 26 35 25 25 24 20 36 Em caso de roubo, o seguro indeniza o valor do bem roubado 16 19 14 19 16 13 16 13 20 Proteção/segurança em receber uma indenização 10 11 10 17 8 9 8 7 15 Em caso de algum acidente, o seguro indeniza o valor do bem 5 5 5 4 7 6 3 3 8 O seguro pode ressarcir o bem com dinheiro 1 0 1 1 2 – 2 1 2 Não sabe 3 2 3 3 1 3 3 3 2 Não tem nada que tenha gostado 17 21 14 11 18 16 22 18 15 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que você mais gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 243 30/6/2010, 16:57 244 • Microsseguros: Série Pesquisas Não gostou de nada 17 Alguns depoimentos de agrado “Do seguro de vida, porque a gente sai na rua e tem tiroteio, acidente e a gente nunca sabe quando volta para casa. Tendo seguro a gente pode proteger a família, que não vai ficar sem nada depois da morte.” “Gostei da ideia do seguro de vida, porque se acontecer algo com a gente, a família vai ficar protegida.” “Gostei de, se acaso eu venha a falecer, os meus filhos terem direito de receber um dinheiro para não ficarem desamparados.” “Gostei porque, em caso de roubo, o seguro vai ressarcir o valor do carro roubado.” “Gostei de, se por acaso ocorrer alguma coisa e eu morrer, a minha família vai ter um dinheiro para tocar a vida sem precisar depender dos outros.” “O que mais me agradou é que se eu tiver um carro e for roubado, eu posso recorrer à seguradora e receber outro carro.” “Se o assegurado morrer, as pessoas da família ficam amparadas.” “No caso de minha morte, a minha família recebe um dinheiro para ir se virando.” “O seguro de vida, pois caso aconteça alguma coisa com meu marido, você recebe uma indenização, que não é muito, mas dá para pagar algumas dívidas.” Base: Total da amostra (vide metodologia) P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que você mais gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 244 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 245 Pontos de Desagrado do Conceito Perder o dinheiro investido, caso não utilize o seguro Falta de credibilidade do serviço Não tem confiança em seguro/acredita que quando precisar não terá retorno Há muita burocracia para dificultar a indenização Demoram muito para pagar o seguro no caso de necessidade Não gostar de seguro de vida É injusto outras pessoas receberem dinheiro após sua morte Seguro de vida remete a algo negativo Ter que pagar mensalmente/ Ter mais uma despesa mensal Valor do seguro Não cobre danos com o carro Não sabe Gostou de tudo 28 > São Paulo 11 8 Os principais pontos destacados estão relacionados a questões financeiras. 3 2 8 4 Contudo, vale destacar a falta de credibilidade no serviço, indicada por 11% dos entrevistados. 3 6 4 1 3 > Mulheres 44 > Entre 1 e 2 S.M. Base: Total da amostra (vide metodologia) P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 245 30/6/2010, 16:57 246 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Perder o dinheiro investido/ Caso não utilize o seguro perderá o dinheiro investido 28 33 19 24 33 27 Falta de credibilidade do serviço 11 8 14 7 14 11 Não tem confiança em seguro/acredita que quando precisar não terá retorno do que foi investido 8 7 8 6 12 6 Há muita burocracia por parte da seguradora para dificultar a indenização 3 2 6 1 4 5 Demoram muito para pagar o seguro no caso de necessidade 2 2 3 2 4 2 Não gosta por ser seguro de vida 8 7 10 8 8 7 Acha injusto outras pessoas receberem dinheiro após sua morte/não recebe o dinheiro em vida 4 3 6 4 5 5 Seguro de vida remete a algo negativo 3 3 4 6 2 3 Ter que pagar um valor mensal/ Ter mais uma despesa mensal 6 7 4 5 5 6 Valor do seguro (o valor cobrado é muito alto/caro/todo ano o valor da parcela do seguro aumenta/é remarcado) 4 3 4 3 2 5 Seguro não cobre danos com o carro 1 1 – 1 1 – Não sabe 3 3 3 5 2 3 Gostou de tudo 44 44 44 50 40 42 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 246 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 247 Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Perder o dinheiro investido/Caso não utilize o seguro perderá o dinheiro investido 28 30 27 28 35 30 20 27 29 Falta de credibilidade do serviço 11 12 10 7 8 14 13 10 11 Não tem confiança em seguro/acredita que quando precisar não terá retorno do que foi investido 8 9 7 6 5 8 10 8 7 Há muita burocracia por parte da seguradora para dificultar a indenização 3 5 3 1 3 8 2 3 4 Demoram muito para pagar o seguro no caso de necessidade 2 4 2 2 1 5 2 2 3 Não gosta por ser seguro de vida 8 9 7 8 6 10 7 9 6 Acha injusto outras pessoas receberem dinheiro após sua morte/não recebe o dinheiro em vida 4 5 4 5 5 5 2 5 3 Seguro de vida remete a algo negativo 3 4 3 4 1 5 3 4 3 Ter que pagar um valor mensal/Ter mais uma despesa mensal 6 7 5 7 7 2 7 7 3 Valor do seguro (o valor cobrado é muito alto/caro/todo ano o valor da parcela do seguro aumenta/é remarcado) 4 6 2 5 4 3 3 2 5 1 – 1 1 – 1 – 1 – Seguro não cobre danos com o carro Não sabe 3 4 3 2 – 5 5 4 2 Gostou de tudo 44 36 49 46 43 36 49 44 44 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Citações até 1% Base: Total da amostra (vide metodologia) P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 247 30/6/2010, 16:57 248 • Microsseguros: Série Pesquisas Alguns depoimentos de desagrado “Não gostei de ter que pagar algum valor para o seguro. Não acredito em seguro, tem muita burocracia.” “Ficar pagando o seguro por um ano.” “Do seguro de vida, porque alguém pode matar a gente para querer receber o seguro de vida.” “Aumenta a despesa mensal na casa. Sou assalariado e o que ganho é somente para comer.” “Ter que pagar a mensalidade. É mais uma despesa que a gente tem que assumir” “O fato de você ficar pagando e não ter a devolução do dinheiro” “Se não acontecer nada comigo, no final de 12 meses eu não vou ter o dinheiro de volta.” Base: Total da amostra (vide metodologia) P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 248 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 249 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Importância de Ter um Seguro (Estimulada e Única, em % – Escala de 5 pontos) A importância de se ter um seguro, considerando a necessidade pessoal e da família, é percebida pela maioria. Entre os paulistanos e os que têm renda familiar entre 1 e 2 S.M., a importância atribuída é ligeiramente maior. > SP (74%) > 1 a 2 S.M. (78%) dia: 3,7 Média: 3,7 70% 70% 41 29 11 Muito importante (5) Importante (4) 5 Mais ou menos Pouco importante (3) importante (2) 13 Nada importante (1) Entrevistados que moram em domicílio com presença de crianças e/ou adolescentes atribuem maior importância ao seguro (32% vs. 25% entre os que não têm). Base: Total da amostra (vide metodologia) P.12 Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante você ou sua família terem um seguro? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 249 30/6/2010, 16:57 250 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Top Two Boxes (muito importante + importante) 70 74 62 78 68 65 Muito importante (5) 29 31 25 31 27 28 Importante (4) 41 43 37 47 41 37 Mais ou menos importante (3) 11 11 12 6 11 16 Bottom Two Boxes (pouco importante + nada importante) 19 15 26 16 21 20 Pouco importante (2) 5 4 7 4 5 7 Nada importante (1) 13 10 19 13 16 13 Média 3,7 3,8 3,4 3,8 3,6 3,6 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.12 Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante você ou sua família terem um seguro? Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Top Two Boxes (muito importante + importante) 70 68 71 79 69 64 67 70 70 Muito importante (5) 29 33 26 33 30 29 24 30 27 Importante (4) 41 36 45 46 39 36 43 40 43 Mais ou menos importante (3) 11 13 10 8 17 13 9 11 12 19 19 19 14 14 22 25 19 18 Bottom Two Boxes (pouco importante + nada importante) Pouco importante (2) 5 6 5 7 1 7 5 5 6 Nada importante (1) 13 13 14 6 13 15 19 15 12 Média 3,7 3,7 3,6 3,9 3,7 3,6 3,5 3,7 3,7 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.12 Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante você ou sua família terem um seguro? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 250 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 251 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial de Mercado para Seguros (Estimulada e Múltipla, em %) Seguro saúde tem o maior potencial de mercado entre o público entrevistado. A escolha do serviço é mais expressiva entre os moradores do RJ, entre os que possuem maior poder de compra e entre as mulheres. Seguro de vida, o segundo do ranking, com cerca de um terço das menções, apresenta taxas mais elevadas entre os mais carentes. 46 Potencial de mercado Sem preço Com preço 42 33 28 11 Seguro de vida Seguro saúde > RJ > Mais de 2 a 5 S.M. > Mulheres 7 Seguro autómovel 9 9 Seguro residência 12 19 Nenhum > Entre 1 e 2 S.M. Base: Total da amostra (vide metodologia) P.14 Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda suas necessidades e da sua família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual destes seguros você escolheria? P.15 E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina, pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não esteja no cartão? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 251 30/6/2010, 16:57 252 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Total Seguro saúde 46 Seguro de vida Seguro automóvel Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. 50 42 52 37 50 33 35 31 41 32 29 11 13 7 8 11 13 Seguro residência 9 11 6 8 11 9 Nenhum 12 12 11 15 11 10 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.14 Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda suas necessidades e da sua família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual destes seguros você escolheria? Sexo Idade Escolaridade Total Masculino Feminino 18 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Seguro saúde 46 40 50 49 41 47 46 43 49 Seguro de vida 33 36 32 40 41 34 22 33 34 Seguro automóvel 11 17 7 10 16 9 9 10 12 Seguro residência 9 5 12 14 9 8 6 9 9 Nenhum 12 12 12 2 8 12 23 13 10 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.14 Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda suas necessidades e da sua família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual destes seguros você escolheria? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 252 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 253 Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Seguro saúde 42 37 51 32 42 50 Seguro de vida 28 29 26 40 27 20 Seguro automóvel 7 7 6 4 6 8 Seguro residência 9 10 8 7 15 7 Nenhum 19 21 17 24 15 19 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.15 E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina, pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não esteja no cartão? Sexo Idade Escolaridade Total Masculino Feminino 18 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Seguro saúde 42 36 46 40 49 43 39 41 44 Seguro de vida 28 29 27 33 29 30 21 27 29 Seguro automóvel 7 10 5 9 4 7 5 5 9 Seguro residência 9 7 11 15 8 6 8 11 8 Nenhum 19 21 18 9 18 19 30 22 16 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.15 E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina, pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não esteja no cartão? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 253 30/6/2010, 16:57 254 • Microsseguros: Série Pesquisas Avaliação do Conceito de Microsseguros – Potencial de Mercado para Seguros (em %) Potencial de Mercado Disposição a Pagar (Espontânea) – Valor Mensal * A média e a moda foram calculadas apenas entre os entrevistados que citaram algum valor. ** base insuficiente para análise estatística. Base: Total da amostra (vide metodologia) P.16 Quanto você estaria disposto a pagar, mensalmente, por um seguro ___ que você disse que escolheria? Para o seguro de vida, os valores mencionados espontaneamente ultrapassam os que foram testados em conceito. Essa dissonância sugere um certo desconhecimento em relação a esse tipo de produto. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 254 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 255 Potencial de Mercado Disposição a Pagar (Espontânea) Base: Total da amostra (vide metodologia) P.16 Quanto você estaria disposto a pagar, mensalmente, por um seguro ___ que você disse que escolheria? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 255 30/6/2010, 16:57 256 • Microsseguros: Série Pesquisas Avaliação de Seguro de Vida Principais Resultados – Seguro de Vida O quanto gostou do conceito de Seguro de Vida: Top 2 boxes → 47% Percentual Percentualde de“agradabilidade” “agradabilidade”do doconceito conceitode deSeguro Segurode deVida Vidaéésemelhante semelhanteao aode de Microsseguros, e a receptividade pelos segmentos segue a mesma tendência. Mais receptivos • Jovens, dede1818aa34 Jovens, 34 anos anos • Com menor (1aa22SM) SM) Com menorrenda rendafamiliar familiar (1 • SP•SP • Mulheres Mulheres Menos receptivos • Mais velhos, acima dede 5555 Mais velhos, acima • Renda Rendaacima acimadede2 2SM SM • RJRJ • Homens Homens Adequação ãode deSeguro Segurode deVida Vida à família: Top 2 boxes → ? 50% 50% Diferenças entre os segmentos seguem asasmesmas forma meno s acentuada as entre os segmentos seguem mesmas tendências, tendências, dede forma meno s acentuada O percentual, porém, se restringe bastante na intenção de compra efetiva Intenção dede Compra nos próximos 1212 meses: Top 2 boxes → 9% ção Compra nos pr ximos meses: Top 2 boxes Diferença basicamente por idade, com maior receptividade nas faixas mais jovens (13%) Os obstáculos para a compra concentram-se nas condições financeiras (menor renda e mais velhos) e no fato da pessoa ter outras garantias (+ de 3 SM) 04-Microsseguros-Vol 2.p65 256 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 257 Principais Resultados – Microsseguros × Seguro de Vida Conceito de Microsseguros × Seguro de Vida (Em % ) Microsseguro Seguro de Vida Agradabilidade do conceito (Top 2 boxes) Gosta muito Gosta 53 11 42 47 11 37 Média (1 a 5) 3,2 3,0 Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro de Vida – Conceito Avaliado para Seguro de Vida Agora vamos falar um pouco mais sobre seguro de vida. Um chefe de família pode fazer um seguro de vida, pagando mensalmente à seguradora um determinado valor. Na eventualidade de sua morte, a família receberá de uma vez ou em parcelas mensais, durante algum tempo, um pagamento em dinheiro que depende do valor mensal pago à seguradora pelo chefe de família. Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado quantas vezes o cliente quiser. É importante lembrar que o pagamento à seguradora é pela proteção. Assim, o seguro só será pago em caso de eventual morte do segurado. A seguradora não devolve as mensalidades pagas. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 257 30/6/2010, 16:57 258 • Microsseguros: Série Pesquisas Avaliação do Conceito de Microsseguros – Seguro de Vida (Estimulada e única, em % – Escala de 5 pontos) De modo geral, o conceito testado para seguro de vida é aprovado por cerca de metade dos entrevistados. Esse percentual é semelhante à aprovação do conceito de microsseguros. dia: 3,0 Média: 3,0 47% 47% 37 23 22 11 7 Gostou muito (5) Gostou (4) Gostou mais ou menos (3) 18 a 34 35 a 44 45 a 55 56 anos anos anos anos ou mais Gostou um pouco (2) De 1 a De 2 a De 3 a 2 S.M. 3 S.M. 5 S.M. Não gostou (1) Possui Possui seguro Não possui seguro seguro de vida Top Two Boxes 53 47 49 42 53 47 44 54 64 43 Gosta muito (5) 13 14 9 7 11 12 9 14 17 8 Gosta (4) 40 33 39 35 41 35 35 40 46 35 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou deste seguro de vida? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 258 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 259 Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Top Two Boxes (gosta muito + gosta) 47 50 42 53 47 44 Gosta muito 11 11 10 11 12 9 Gosta 37 40 32 41 35 35 Gosta mais ou menos 22 22 23 19 26 22 Bottom Two Boxes (gosta um pouco + não gosta) 30 28 35 28 27 34 Gosta um pouco 7 7 8 7 6 8 Não gosta 23 21 27 21 21 26 Média 3,0 3,1 2,9 3,2 3,1 2,9 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou deste seguro de vida? Sexo Total Top Two Boxes (gosta muito + gosta) Idade Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior 47 43 51 53 47 49 Gosta muito 11 12 10 13 14 9 Gosta 37 31 41 40 33 39 Gosta mais ou menos 42 45 50 7 9 13 35 36 37 22 24 21 17 26 25 22 25 19 Bottom Two Boxes (gosta um pouco + não gosta) 30 33 29 31 26 27 36 30 31 Gosta um pouco 7 7 8 10 7 6 7 7 8 Não gosta 23 26 21 21 20 21 29 23 23 Média 3,0 3,0 3,1 3,1 3,2 3,1 2,8 3,0 3,1 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou deste seguro de vida? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 259 30/6/2010, 16:57 260 • Microsseguros: Série Pesquisas 50% também consideram o tipo de proteção oferecida adequada para suas necessidades e para as de sua família. > Superior > 18-34 anos Média: 3,1 dia: 3,1 50% 50% 35 20 19 15 Muito adequado (5) Adequado (4) 11 Mais ou menos adequado (3) Pouco adequado (2) Nada adequado (1) Base: Total da amostra (vide metodologia) P.18 O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida? Adequação do Seguro de Vida para o Entrevistado e para a Família Região Total São Rio de Paulo Janeiro Renda Familiar De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Top Two Boxes (muito adequado + adequado) 50 51 48 53 51 47 Muito adequado (5) 15 17 12 17 15 14 Adequado (4) 35 34 36 36 36 33 Mais ou menos adequado (3) 19 20 16 16 19 21 Bottom Two Boxes (pouco adequado + nada adequado) 31 28 36 32 30 32 Pouco adequado (2) 11 9 13 10 12 10 Nada adequado (1) 20 19 23 21 18 22 Média 3,1 3,2 3,0 3,2 3,2 3,1 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.18 O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 260 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 261 Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Top Two Boxes (muito adequado + adequado) 50 47 52 63 50 49 40 43 59 Muito adequado (5) 15 16 15 16 24 12 11 15 15 Adequado (4) 35 31 37 47 26 37 28 28 44 Mais ou menos adequado (3) 19 17 20 13 23 21 19 23 13 Bottom Two Boxes (pouco adequado + nada adequado) 31 36 28 24 27 29 42 34 27 Pouco adequado (2) 11 11 11 8 12 7 15 13 7 Nada adequado (1) 20 25 18 16 15 22 27 21 20 Média 3,1 3,0 3,2 3,4 3,3 3,1 2,8 3,0 3,3 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.18 O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 261 30/6/2010, 16:57 262 • Microsseguros: Série Pesquisas Quando se pergunta sobre a intenção de compra nos próximos 12 meses, a maior parcela responde negativamente (65%). Apenas 9% dos entrevistados manifestam intenção de compra de seguro de vida nos próximos 12 meses, percentual que cresce um pouco entre os mais jovens até 44 anos (13%). Média: 1,9 9% 9% 53 > 45 anos ou mais 18-44 anos: 13% 26 2 11 7 Certamente irá Provavelmente irá adquirir (5) adquirir (4) Não sabe se Provavelmente irá adquirir (3) não irá adquirir (2) Certamente não irá adquirir (1) Proteger a família, fam assegurar recursos financeiros para a família em caso de acidente, morte, invalidez Base: Total da amostra (vide metodologia) P.19 De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com estas características nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 262 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 263 Intenção de Compra de Seguro de Vida nos Próximos 12 Meses Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 9 8 13 7 11 10 Certamente irá adquirir (5) 2 2 3 4 3 0 Provavelmente irá adquirir (4) 7 6 10 3 9 9 Não sabe se irá adquirir (3) 26 25 26 25 24 28 Bottom Two Boxes (provavelmente não + certamente não) 65 67 61 68 65 63 Provavelmente não irá adquirir (2) 11 11 13 12 9 13 Certamente não irá adquirir (1) 53 56 49 56 56 50 Média 1,9 1,9 2,1 1,9 1,9 2,0 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.19 De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com estas características nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 263 30/6/2010, 16:57 264 • Microsseguros: Série Pesquisas Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 9 10 9 13 13 5 7 9 10 Certamente irá adquirir (5) 2 1 3 2 3 1 2 3 1 Provavelmente irá adquirir (4) 7 9 6 10 10 4 5 6 9 Não sabe se irá adquirir (3) 26 24 27 38 24 27 15 19 34 Bottom Two Boxes (provavelmente não + certamente não) 65 66 64 49 63 68 78 72 56 Provavelmente não irá adquirir (2) 11 14 10 9 17 8 12 13 9 Certamente não irá adquirir (1) 53 52 55 40 46 60 65 59 47 Média 1,9 1,9 1,9 2,3 2,1 1,8 1,7 1,8 2,1 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.19 De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com estas características nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 264 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 265 Razões para Não Adquirir um Seguro de Vida 64% Provavelmente + certamente não irão adquirir 31 Não tem condições financeiras, tem outros gastos 13 Tem outra garantia (possui seguro vida/seguro trabalhista) Não tem reembolso do dinheiro investido/ devolução se não usar ou se desistir Falta de crédito no serviço (não tem confiança de que será ressarcido/demora muito para receber) Não tem dependentes/os filhos são adultos, não precisam de ajuda dos pais Seguro de vida remete a algo negativo 2 Seguro é muito caro 2 > + de 3 a 5 S.M. > 1 a 2 S.M. > Fundamental > Mais velhos 9 5 3 É idoso/ está com idade avançada para pensar em seguro 1 Não quer deixar dinheiro para família/terceiros 1 A falta de recursos financeiros é o principal motivo indicado para não adquirir um seguro de vida nos próximos 12 meses, principalmente para a população com menor renda e para os mais velhos (56 anos ou +). O fato de possuir outra garantia é indicado, principalmente, pelos que têm renda entre mais de 3 a 5 S.M. Não tem informações 1 Não se preocupa com a morte/não pensa na morte 1 Citações até 1% Base: Total da amostra (vide metodologia) P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 265 30/6/2010, 16:57 266 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Não tem condições financeiras, tem outros gastos 31 33 25 40 32 23 Tem outra garantia (possui seguro vida/seguro trabalhista) 13 15 10 10 11 17 Não tem reembolso do dinheiro investido/devolução se não usar ou se desistir 9 7 12 8 8 9 Falta de crédito no serviço (não tem confiança de que será ressarcido/demora muito para receber) 5 6 4 4 7 4 Não tem dependentes/os filhos são adultos, não precisam de ajuda dos pais 3 1 5 1 3 4 Seguro de vida remete a algo negativo 2 2 2 7 – 1 Seguro é muito caro 2 3 0 3 2 2 É idoso/está com idade avançada para pensar em seguro 1 1 1 2 1 1 Não quer deixar dinheiro para família/terceiros 1 – 2 1 – 1 Não tem informações 1 1 – – 2 – Não se preocupa com a morte/ não pensa na morte 1 1 1 1 – 2 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra Base: Total da amostra (vide metodologia) P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 266 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 267 Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Não tem condições financeiras, tem outros gastos 31 30 31 20 31 33 38 36 23 Tem outra garantia (possui seguro vida/ seguro trabalhista) 13 11 14 7 16 17 13 12 13 Não tem reembolso do dinheiro investido/ devolução se não usar ou se desistir 9 8 9 6 11 8 9 9 8 Falta de crédito no serviço (não tem confiança de que será ressarcido/demora muito para receber) 5 7 4 3 2 6 8 6 4 Não tem dependentes/ os filhos são adultos, não precisam de ajuda dos pais 3 3 2 1 2 1 6 2 3 Seguro de vida remete a algo negativo 2 1 3 7 – 2 1 3 2 Seguro é muito caro 2 1 3 – 3 4 2 2 2 É idoso/está com idade avançada para pensar em seguro 1 2 0 – – – 3 2 - Não quer deixar dinheiro para família/terceiros 1 1 1 – 1 – 2 1 0 Não tem informações 1 1 1 – – – 2 1 – Não se preocupa com a morte/não pensa na morte 1 2 – 3 – 1 – 0 2 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra Base: Total da amostra (vide metodologia) P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 267 30/6/2010, 16:57 268 • Microsseguros: Série Pesquisas Razões de Estar Indeciso em Adquirir um Seguro de Vida 26% Não sabem se irão adquirir Custos, situação financeira (tem outros gastos, não tem condições, depende do valor) 18 Tem outra garantia (possui seguro vida) 2 Não tem reembolso do dinheiro investido/devolução se não usar, desistir 1 Não tem dependentes/os filhos são adultos, não precisam de ajuda dos pais 1 Seguro é muito caro 1 Teria que verificar se a empresa é idônea 1 > 18 a 24 anos > 35 a 44 anos > Ensino fundamental Citações até 1% Base: Total da amostra (vide metodologia) P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 268 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 269 Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Custos, situação financeira (tem outros gastos, não tem condições, depende do valor) 18 17 21 20 17 18 Tem outra garantia (possui seguro vida) 2 3 1 1 2 4 Não tem reembolso do dinheiro investido/devolução se não usar ou se desistir 1 0 2 – 2 1 Não tem dependentes/os filhos são adultos, não precisam de ajuda dos pais 1 1 – 2 – – Seguro é muito caro 1 1 0 1 – 1 Teria que verificar se a empresa é idônea Base: Total da amostra 1 1 – – – 2 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses? Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Custos, situação financeira (tem outros gastos, não tem condições, depende do valor) 18 14 21 29 11 22 11 13 25 Tem outra garantia (possui seguro vida) 2 4 1 2 4 4 – 2 3 Não tem reembolso do dinheiro investido/ devolução se não usar ou se desistir 1 0 1 2 1 1 1 0 2 Não tem dependentes/ os filhos são adultos, não precisam de ajuda dos pais 1 1 1 1 1 – – – 1 Seguro é muito caro 1 0 1 1 – 1 1 1 1 Teria que verificar se a empresa é idônea 1 1 1 – 1 1 1 1 428 159 269 108 86 104 130 230 Base: Total da amostra 198 Citações até 1%. Base: Total da amostra (vide metodologia) P.20 Por quais razões você disse que _________esse seguro de vida nos próximos 12 meses? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 269 30/6/2010, 16:57 270 • Microsseguros: Série Pesquisas Elasticidade de Preço – Apólice de R$ 30.000,00 Certamente irá adquirir Base: Total da amostra (vide metodologia) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou provavelmente? Ao menor valor, de R$12,50, cerca de 43% dos entrevistados declaram ter intenção de adquirir seguro de vida, com certeza. Quando esse valor praticamente triplica (R$ 37,50), a taxa cai pela metade: 22%. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 270 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 271 Região Total São Rio de Paulo Janeiro Renda Familiar De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. R$ 37,50 22 20 25 21 24 21 R$ 31,25 27 25 29 26 26 27 R$ 25,00 32 32 33 31 35 31 R$ 18,75 36 37 36 36 40 34 R$ 12,50 43 44 40 45 46 38 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou provavelmente? Sexo Idade Mas- FemiTotal culino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior R$ 37,50 22 20 23 26 28 22 14 20 25 R$ 31,25 27 25 28 31 35 24 18 24 30 R$ 25,00 32 32 32 41 40 27 23 30 35 R$ 18,75 36 38 36 44 47 31 26 33 40 R$ 12,50 43 44 42 57 48 35 32 41 45 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou provavelmente? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 271 30/6/2010, 16:57 272 • Microsseguros: Série Pesquisas Elasticidade de Preço – Apólice de R$ 10.000,00 Certamente irá adquirir Base: Total da amostra (vide metodologia) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou provavelmente? Com apólice menor, a intenção de aquisição tem menor variação. Ao menor valor, de R$ 5,00, novamente há um mercado potencial em torno de 44%. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 272 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 273 Região Total São Rio de Paulo Janeiro Renda Familiar De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. R$ 15,00 29 28 31 34 33 23 R$ 12,50 32 31 33 36 36 26 R$ 10,00 36 36 36 39 42 29 R$ 7,50 39 41 37 44 44 32 R$ 5,00 44 45 41 49 47 37 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou provavelmente? Sexo Idade Total Mas- Femiculino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior R$ 15,00 29 30 29 36 33 20 28 28 31 R$ 12,50 32 33 31 41 35 23 28 31 32 R$ 10,00 36 36 37 47 38 32 30 34 39 R$ 7,50 39 39 40 53 41 34 30 38 41 R$ 5,00 44 41 45 59 49 38 31 40 48 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de ___? Com certeza ou provavelmente? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 273 30/6/2010, 16:57 274 • Microsseguros: Série Pesquisas Assegurar o bem-estar e a tranquilidade da família é, sem dúvida, um benefício percebido por esse público para uma proteção como o seguro. Entretanto, em um mesmo patamar os entrevistados evidenciam a falta de credibilidade no serviço. Top two boxes 73 69 53 Top box 65 53 51 57 53 42 34 Associação a seguros A B C D E Associações relativamente baixas a seguros 44 40 30 29 F G + A Ter um seguro garante o bem-estar da minha família. B C D E Ter um seguro faz com que me sinta mais tranquilo, pois não preciso me preocupar com eventuais perdas. . Tenho medo de pagar e não receber o valor combinado Seguro é importante para quem não tem carteira assinada . É muito complicado fazer um seguro, não entendo como funciona. - F Sempre quis ter um seguro, mas nunca encontrei nada adequado para minha situação financeira. G Seguro é para pessoas ricas, com melhor condição financeira. Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 274 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 275 Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. 78 71 71 Ter um seguro garante o bem-estar da minha família Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 73 75 69 Concorda totalmente 53 56 47 56 54 50 Concorda em parte 20 19 22 23 16 21 Nem concorda, nem discorda 4 4 4 4 4 3 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 23 21 27 17 25 26 Discorda em parte 4 4 5 2 6 5 Discorda totalmente 19 17 22 15 19 21 Média 3,8 3,9 3,7 4,0 3,8 3,7 69 71 66 73 71 65 Ter um seguro faz com que me sinta mais tranquilo, pois não preciso me preocupar com eventuais perdas Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) Concorda totalmente 53 57 46 54 57 50 Concorda em parte 16 14 20 20 14 16 Nem concorda, nem discorda 3 3 4 4 2 4 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 27 26 30 23 27 31 Discorda em parte 7 8 7 5 6 10 Discorda totalmente 20 18 23 18 21 20 Média 3,8 3,8 3,6 3,9 3,8 3,6 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 275 30/6/2010, 16:57 276 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. 71 65 60 Tenho medo de pagar e não receber o valor combinado Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 65 67 61 Concorda totalmente 51 55 45 51 57 47 Concorda em parte 14 12 16 20 8 12 Nem concorda, nem discorda 5 4 6 3 4 6 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 31 29 34 26 31 34 Discorda em parte 6 4 10 4 7 8 Discorda totalmente 24 25 24 23 24 26 Média 3,6 3,7 3,5 3,7 3,7 3,5 Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 57 59 53 63 54 55 Concorda totalmente 42 44 40 46 44 38 Concorda em parte 14 15 13 17 9 16 Nem concorda, nem discorda 5 6 5 2 7 7 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 38 35 42 35 39 39 Discorda em parte 8 7 11 10 10 5 Discorda totalmente 30 29 31 25 29 33 Seguro é importante para quem não tem carteira assinada Média 3,3 3,4 3,2 3,5 3,3 3,2 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 276 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 277 Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. 56 55 50 É muito complicado fazer um seguro, não entendo como funciona Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 53 56 49 Concorda totalmente 34 38 28 36 36 32 Concorda em parte 19 17 21 21 19 18 Nem concorda, nem discorda 4 5 3 4 4 5 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 42 39 48 40 42 45 Discorda em parte 7 6 10 7 8 7 Discorda totalmente 35 33 38 33 34 37 Média 3,1 3,2 2,9 3,2 3,2 3,0 44 45 42 51 49 35 Sempre quis ter um seguro, mas nunca encontrei nada adequado para minha situação financeira Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) Concorda totalmente 30 31 28 36 36 21 Concorda em parte 14 15 14 15 13 14 Nem concorda, nem discorda 5 5 6 4 6 5 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 51 50 53 45 45 60 Discorda em parte 7 6 8 9 3 8 Discorda totalmente 44 44 44 37 42 52 Média 2,8 2,8 2,7 3,0 3,0 2,4 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 277 30/6/2010, 16:57 278 • Microsseguros: Série Pesquisas Região Total Renda Familiar De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. 40 38 42 41 São Rio de Paulo Janeiro Seguro é para pessoas ricas, com melhor condição financeira Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 40 41 Concorda totalmente 29 31 26 30 30 28 Concorda em parte 11 9 13 8 11 13 Nem concorda, nem discorda 5 5 4 6 4 5 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 55 54 56 56 54 54 Discorda em parte 8 8 10 5 9 10 Discorda totalmente 46 46 46 51 46 43 Média 2,7 2,7 2,6 2,6 2,7 2,7 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 278 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 279 Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Ter um seguro garante o bem-estar da minha família Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 73 75 72 73 79 70 71 74 71 Concorda totalmente 53 53 53 51 62 47 53 56 50 Concorda em parte 20 21 19 23 18 23 17 19 22 Nem concorda, nem discorda 4 2 5 8 3 3 2 4 3 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 23 23 23 19 17 26 28 21 26 Discorda em parte 4 4 4 5 5 3 4 4 4 Discorda totalmente 19 18 19 14 12 23 24 17 21 Média 3,8 3,9 3,8 3,9 4,1 3,7 3,7 3,9 3,7 69 68 70 72 75 63 68 71 68 Ter um seguro faz com que me sinta mais tranquilo, pois não preciso me preocupar com eventuais perdas Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) Concorda totalmente 53 53 53 55 64 48 47 54 52 Concorda em parte 16 15 17 17 11 15 21 17 16 Nem concorda, nem discorda 3 2 4 2 2 3 5 4 3 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 27 31 25 25 23 34 27 26 29 Discorda em parte 7 7 8 7 10 11 3 6 10 Discorda totalmente 20 24 17 19 14 23 23 20 20 Média 3,8 3,7 3,8 3,8 4,0 3,6 3,7 3,8 3,7 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 279 30/6/2010, 16:57 280 • Microsseguros: Série Pesquisas Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Tenho medo de pagar e não receber o valor combinado Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 65 68 63 64 60 68 66 72 56 Concorda totalmente 51 56 48 49 52 50 53 57 45 Concorda em parte 14 11 15 15 8 17 13 15 11 Nem concorda, nem discorda 5 5 5 5 2 3 8 5 5 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 31 27 33 31 38 30 26 24 39 Discorda em parte 6 5 7 6 8 8 4 4 9 Discorda totalmente 24 22 26 25 31 22 22 20 30 Média 3,6 3,7 3,5 3,6 3,4 3,7 3,7 3,9 3,3 57 59 55 50 59 62 56 59 53 Concorda totalmente 42 48 39 32 54 44 43 45 39 Concorda em parte 14 11 16 19 5 19 13 15 14 Nem concorda, nem discorda Seguro é importante para quem não tem carteira assinada Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 5 4 6 4 4 5 8 6 5 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 38 36 39 45 37 33 35 34 42 Discorda em parte 8 6 10 8 9 7 8 8 8 Discorda totalmente 30 31 29 37 29 26 27 26 34 Média 3,3 3,4 3,3 3,0 3,5 3,5 3,4 3,4 3,2 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 280 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 281 Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior É muito complicado fazer um seguro, não entendo como funciona Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 53 51 54 48 46 60 58 63 42 Concorda totalmente 34 36 34 29 28 32 46 42 25 Concorda em parte 19 16 21 19 19 27 12 20 17 Nem concorda, nem discorda 4 7 3 2 6 4 6 5 4 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 42 42 42 50 48 36 36 32 55 Discorda em parte 7 8 7 8 12 3 7 6 9 Discorda totalmente 35 34 36 42 36 33 29 26 46 Média 3,1 3,1 3,1 2,8 2,9 3,2 3,4 3,5 2,7 44 45 43 38 53 46 41 52 35 Sempre quis ter um seguro, mas nunca encontrei nada adequado para minha situação financeira Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) Concorda totalmente 30 29 30 25 37 30 28 34 24 Concorda em parte 14 16 13 13 16 16 13 17 11 Nem concorda, nem discorda 5 4 6 6 4 3 7 6 4 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 51 51 51 56 43 50 53 43 62 Discorda em parte 7 4 8 8 10 3 6 7 6 Discorda totalmente 44 47 42 47 33 48 47 35 55 Média 2,8 2,8 2,8 2,6 3,1 2,8 2,7 3,1 2,4 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 281 30/6/2010, 16:57 282 • Microsseguros: Série Pesquisas Sexo Idade 18 a Total Mas- Femi- 34 culino nino anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino Ensino 55 anos FundaMédio/ anos ou mais mental Superior Seguro é para pessoas ricas, com melhor condição financeira Top Two Boxes (certamente irá + provavelmente irá) 40 40 41 28 42 47 44 44 36 Concorda totalmente 29 27 31 18 35 33 33 33 26 Concorda em parte 11 13 10 10 8 14 12 12 10 Nem concorda, nem discorda 5 4 5 5 5 3 7 7 2 Bottom Two Boxes (discorda em parte + discorda totalmente) 55 56 54 68 53 50 48 48 63 Discorda em parte 8 7 9 10 4 12 8 7 10 Discorda totalmente 46 49 44 58 49 39 40 41 53 Média 2,7 2,6 2,7 2,2 2,8 2,9 2,9 2,9 2,5 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ___ você concorda ou discorda? Totalmente ou em parte? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 282 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 283 A grande maioria não gostaria de receber informações sobre seguros. Entre os que têm interesse, o público mais jovem demonstra maior aceitação. 72 44%: 18 a 34 anos 28 9 6 Gostaria Mala-direta Jornais de receber informações 6 Revistas 6 E-mail 3 2 1 Celular Telefone fixo Não sabe/não respondeu Não gostaria de receber informações > Quanto mais velhos Base: Total da amostra (vide metodologia) P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? Por quais meios? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 283 30/6/2010, 16:57 284 • Microsseguros: Série Pesquisas Interesse em Receber Informações sobre Seguros Região Total Renda Familiar São Rio de Paulo Janeiro De 1 a 2 S.M. Mais de 2 S.M. e 3 S.M. Mais de 3 S.M. e 5 S.M. Mala-direta 9 12 4 6 7 13 Jornais 6 7 5 7 7 5 Revistas 6 5 7 4 10 4 E-mail 6 6 5 3 8 6 Celular 3 2 4 5 3 2 Telefone fixo 1 0 1 1 – 1 Não sabe/não respondeu 2 2 1 3 3 0 Não gostaria de receber informações 72 70 76 72 72 72 Base: Total da amostra 428 212 216 130 125 173 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? Por quais meios? Sexo Idade Mas- FemiTotal culino nino 18 a 34 anos 35 a 44 anos Escolaridade 45 a 56 Ensino 55 anos Ensino Médio/ anos ou mais Fundamental Superior Mala-direta 9 9 9 9 12 11 5 9 9 Jornais 6 6 6 10 3 4 7 5 7 Revistas 6 3 8 10 8 3 2 5 7 E-mail 6 8 5 17 3 2 1 3 9 Celular 3 2 4 9 1 1 1 3 4 Telefone fixo 1 – 1 – – 1 1 1 – Não sabe/ não respondeu 2 1 3 1 1 3 3 3 1 Não gostaria de receber informações 72 72 72 56 74 77 82 74 71 Base: Total da amostra 428 159 269 108 86 104 130 230 198 Base: Total da amostra (vide metodologia) P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? Por quais meios? 04-Microsseguros-Vol 2.p65 284 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 285 Principais Resultados Na relação que as famílias de baixa renda têm com seguros, nota-se que: • 44% já possuem algum tipo de seguro, com destaque para saúde (27%) e vida (22%). E, independente da situação financeira, saúde e vida consolidam-se como os seguros mais desejados. Sem preço 46 42 Seguro saúde Com preço 33 28 Seguro de vida De modo geral, existe um potencial de mercado em torno de 50% para microsseguros entre a população classificada como de baixa renda neste estudo. O aspecto mais valorizado nesse tipo de produto é a proteção à família. • • conceito de microsseguros, sem mencionar valor: 53% de agrado. conceito de microsseguros de vida, sem mencionar valor: 47% de agrado e 50% de adequação às necessidades atuais. Alguns fatores, contudo, configuram-se como barreiras para que esse patamar seja atingido, e, portanto, merecem atenção: • • • problemas financeiros, custos, outros gastos. a perda do dinheiro investido em caso de não-utilização. falta de credibilidade da categoria. à Há uma certa desconfiança em relação ao não cumprimento dos serviços acordados. Neste sentido, a taxa de interessados pode ficar em um patamar bem mais baixo, inferior a 10%. Mas é importante ressaltar que esse público demonstra um certo desconhecimento dos valores praticados nessa categoria, o que pode ser também um impeditivo 04-Microsseguros-Vol 2.p65 285 30/6/2010, 16:57 286 • Microsseguros: Série Pesquisas para a aquisição desse tipo de produto. Considerando apenas seguro de vida como referência, nota-se na etapa espontânea uma percepção de preço muito maior que a testada no conceito. Logo, ao serem estimulados os valores possíveis para a categoria, o mercado potencial volta a subir para um patamar em torno de 40%. Disposição a pagar: tanto a apólice de R$ 30.000,00 como a de R$ 10.000,00. Para os menores valores, a taxa de interessados é de 43% (R$12,50) e 44% (R$ 5,00), respectivamente. De modo geral, os conceitos – tanto o de microsseguros quanto o de seguro de vida – agradaram ao público de menor renda. Há concordância da maioria sobre a importância de ter um seguro. Alguns públicos mostram-se mais receptivos e demonstram maior agrado e interesse por seguros em geral: os jovens, de 18 a 34 anos, os que possuem menor renda familiar (até 2 SM), as mulheres e os residentes em São Paulo. Sexo As mulheres apresentam maior interesse e receptividade a seguros, e nesse aspecto e na questão da mobilização apresentam similaridade com o segmento de baixa renda, atraídas pela ideia de proteção e amparo à família e por sua situação de menor amparo na questão da ocupação formal. Os homens mostram-se mais críticos com relação aos conceitos além da confiança um pouco menor nos seguros, constitui motivo de desagrado o fato de se ter mais uma despesa mensal e o valor ser considerado elevado. Contudo, na intenção de compra nos próximos 12 meses, os valores se equiparam entre os sexos (em torno de 10%), o que indica que esse segmento pode ter bom retorno, se forem trabalhadas essas barreiras. Apesar das diferenças entre os sexos, a renda familiar e a faixa etária parecem constituir as variáveis mais determinantes pelo interesse e receptividade aos seguros. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 286 30/6/2010, 16:57 Avaliação do Conceito de Microsseguros entre a População de Baixa Renda • 287 Renda Familiar O público com menor renda familiar, de 1 a 2 S.M., demonstra maior agrado e interesse por seguros em geral e seguro de vida em particular, motivado principalmente pela ideia de proteção e amparo à família. Para esses entrevistados também tem maior peso a proteção do seguro, pelo fato de não possuírem carteira assinada. Contudo, para a intenção efetiva de compra, esse público tem barreiras importantes relacionadas à sua condição financeira: considera mais difícil encontrar um seguro adequado à sua situação financeira e tem mais receio de pagar e não receber os valores combinados (sobretudo quando são pessoas de menor escolaridade). O público com renda familiar um pouco mais elevada, de 3 a 5 S.M., apresenta índices menores de interesse por seguros, relacionados ao fato de essas pessoas terem uma situação mais estável e considerarem que possuem maior garantia. A credibilidade no serviço também foi mais destacada nesse público: há menor confiança e receio de não receber o bem quando precisar. Contudo, esse público pode ser mobilizado, se houver a confiança quanto ao recebimento da indenização combinada. Faixa Etária Os jovens de 18 a 34 anos constituem o público que mostra maior receptividade e apresenta menor resistência a seguros. São pouco afetados pela imagem de falta de credibilidade em seguros. Além do maior interesse e agrado pelo conceito, os jovens apresentam efetivamente uma intenção de compra mais elevada. Ações concentradas nesse público deverão ter um bom retorno, e efetivamente esse segmento manifestou interesse bem maior no recebimento de informações sobre seguros (44%, em comparação com 28% no total da amostra). O que necessita ser trabalhado nesse público é o aspecto da garantia de indenização pelo bem perdido. Apesar da maior confiança e credibilidade nos seguros, a ideia de perder o dinheiro investido em caso de não-utilização tem importância para esse segmento, e é um ponto que requer maior atenção. O segmento mais resistente é constituído pelos mais velhos: os índices de agrado e receptividade começam a cair após os 45 anos, e se acentuam na faixa acima de 55 anos. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 287 30/6/2010, 16:57 288 • Microsseguros: Série Pesquisas A intenção de compra fica em torno de 6%. Declaradamente, esse público não deseja receber informações sobre seguros (apenas 18% na faixa acima de 55 anos). Existem barreiras efetivas relacionadas à situação financeira, agravadas pela falta de confiança e credibilidade em seguros que caracteriza esse público. 04-Microsseguros-Vol 2.p65 288 30/6/2010, 16:57 5 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar José L. Carvalho Introdução Riscos podem, individualmente, ser absorvidos por meio de seguros. Como a avaliação de um risco qualquer é subjetiva, indivíduos reagem diferentemente, sob as mesmas condições, à mesma exposição a um determinado risco. A literatura especializada caracteriza três tipos de indivíduos segundo sua atitude em relação ao risco: avessos ao risco, neutros em relação ao risco e propensos ao risco. Além das preferências individuais em relação ao risco, as ações que os indivíduos tomam para administrar os riscos a que estão sujeitos dependem de quanto custa se prevenir contra esses riscos e do valor da perda esperada. Desse modo, o preço que um indivíduo está disposto a pagar por uma dada proteção contra riscos específicos depende, entre outras coisas, de sua avaliação do risco e de sua renda. De um modo geral, espera-se que os indivíduos sejam avessos ao risco. Famílias de renda baixa, na maioria dos países, são alijadas do mercado formal de seguros devido às restrições de preço da apólice e de regulamentações sobre a cobertura 289 05-Microsseguros-Vol 2.p65 289 30/6/2010, 16:58 290 • Microsseguros: Série Pesquisas mínima de risco implícita nas apólices. Assim, essas famílias de baixa renda têm que descobrir outros mecanismos para proteção contra perdas decorrentes de morte, invalidez, problemas de saúde ou ainda, perdas patrimoniais devido a roubo, incêndio ou outros danos à propriedade. Como essas famílias conseguem administrar esses riscos? De um modo geral, elas se valem de autosseguro e de um sistema de proteção mútua, no qual os membros de uma comunidade auxiliam uns aos outros. Esse sistema informal de seguro lastreado na solidariedade tem sucesso? Microsseguro, um componente da microfinanças, tem sido o caminho adotado em muitos países para contornar as dificuldades das famílias de baixa renda na administração dos riscos a que estão sujeitas. Que características deverá ter um seguro (prêmio, cobertura, exclusões) para atender às preferências e à capacidade de pagamento das famílias de baixa renda? O objetivo da presente pesquisa é de, por meio de uma enquete, obter o preço máximo que pessoas de baixa renda, em um contexto familiar, estariam dispostas a pagar pela proteção de um seguro (willingness-to-pay), em particular, por um seguro de vida. Obtido o preço máximo, duas inferências serão feitas. A primeira é de como as características do comprador estão associadas a esse preço máximo. A segunda é uma tentativa de estimar o ganho de bem-estar para as famílias de baixa renda pela existência de um mercado de microsseguros. Embora simples e grosseira, a estimação desse ganho ajuda a demonstrar a importância do desenvolvimento de um mercado de microsseguros no Brasil. A enquete foi conduzida pela Datafolha, empresa especializada nesse tipo de pesquisa e contratada pela Funenseg. O questionário aplicado levou em consideração as definições de microsseguro e de população de baixa renda no Brasil emitidas pelo Grupo de Trabalho de Microsseguros da Susep, instituído pela portaria Susep 2.960 de 1206-2008: Microsseguro é a proteção financeira fornecida por provedores autorizados para a população de baixa renda contra riscos específicos em troca de pagamentos de prêmios proporcionais às probabilidades e aos custos dos riscos envolvidos, em conformidade com a legislação e os princípios de seguro globalmente aceitos. População de baixa renda, para efeitos de microsseguro no Brasil, é o segmento da população com rendimento mensal per capita de até dois salários mínimos, cuja posição na ocupação pode estar classificada tanto no setor formal quanto no setor informal da economia.1 1 I Relatório Parcial do Grupo de Trabalho de Microsseguros da Susep, p. 20. Susep, agosto de 2008. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 290 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 291 Por considerar um contexto familiar, a enquete selecionou domicílios nos quais a renda familiar variava entre um e cinco salários mínimos, embora a contribuição de cada morador do domicílio para a renda total fosse identificada. Além de avaliar o conceito de microsseguro, na perspectiva da população potencialmente usuária, foram coletadas informações sobre a disposição que tem o consumidor de baixa renda de pagar por duas apólices alternativas de microsseguro de vida. Além das informações específicas sobre microsseguro, a enquete caracteriza o perfil socioeconômico-demográfico dos membros do domicílio, assim como sua experiência financeira e a existência de proteção formal contra riscos por meio de apólices de seguro. Ênfase especial é dada ao conceito de seguro e como as pessoas o avaliam (pontos positivos e negativos), assim como a predisposição ou não para sua aquisição. No anexo I reproduzimos o questionário aplicado a 212 domicílios em distritos da cidade de São Paulo e 216 domicílios em regiões administrativas da cidade do Rio de Janeiro.2 Na seção seguinte, dados obtidos da enquete Datafolha serão analisados e as variáveis que serão utilizadas no estudo da disposição a pagar serão descritas. A seção três apresenta as análises da disposição a pagar para as duas apólices de seguro de vida consideradas na enquete. O bem-estar resultante de um mercado de microsseguros é estimado na seção quatro, e a seguir as conclusões do trabalho são ressaltadas. Descrição dos Dados A enquete conduzida pela Datafolha produziu 428 entrevistas finais, sendo que 216 foram realizadas em várias regiões administrativas da cidade do Rio de Janeiro e 212 em distritos da cidade de São Paulo. Nas duas cidades, a escolha da unidade administrativa das cidades foi feita de acordo com a concentração da população de baixa renda (universo) em cada localidade. As entrevistas, as quais ocorreram de 06 a 10 de julho de 2009, foram feitas em quarteirões (clusters) sorteados ao acaso, a partir das informações censitárias obtidas junto ao IBGE. As pessoas entrevistadas em cada domicílio eram, necessariamente, os chefes da família ou seu cônjuge com mais de 18 anos de idade e a renda familiar variava de um a cinco salários mínimos nacional. O questionário aplicado contemplou questões que caracterizam o domicílio, as pessoas residentes no domicílio, com a identificação do chefe da família e seu cônjuge, assim como o grau de parentesco 2 Para maiores detalhes, assim como para uma descrição dos dados coletados por esta enquete, ver Avaliação do Conceito de Microsseguro entre a População de Baixa Renda. Relatório submetido à Funenseg. Datafolha, julho de 2009. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 291 30/6/2010, 16:58 292 • Microsseguros: Série Pesquisas de cada residente com o chefe da família. Para cada residente obteve-se informações sobre sua escolaridade e ocupação. A experiência financeira e especificamente com seguros foi obtida, assim como a atitude do entrevistado em relação a seguros, com ênfase no conceito de microsseguro. De posse do banco de dados para os 428 domicílios, e com o propósito de estudar a disposição a pagar pelas duas apólices de seguros apresentadas ao entrevistado com cinco opções de preço para cada apólice, foram construídas as seguintes variáveis: Cidade: 0 se Rio de Janeiro e 1 se São Paulo; Renda familiar: valor em reais da renda familiar; Sexo do chefe: 0 se feminino e 1 se masculino; Idade do chefe: idade do chefe da família em anos; Escolaridade do chefe: 0 = analfabeto, fundamental I incompleto ou não sabe; 1 = fundamental I completo ou fundamental II incompleto; 2 = fundamental II completo ou ensino médio incompleto; 3 = ensino médio completo; 4 = ensino superior incompleto ou completo; 5 = pós-graduação. Ocupação do chefe: 0 = dona de casa, estagiário/aprendiz, estudante ou desempregado procurando ou não emprego; 1 = assalariado sem registro e free-lance (bico); 2 = autônomo regular (paga INSS), profissional liberal e empresário; 3 = assalariado registrado; 4 = funcionário público, aposentado e vive de renda. Crianças 5 anos ou menos: número de crianças com cinco ou menos anos de idade; Pessoas 60 anos ou mais: número de pessoas com sessenta ou mais anos de idade; Experiência financeira: 0 = não possui experiência financeira, isto é, respondeu negativamente às perguntas sobre possíveis experiências, se recusou a informar ou não respondeu; 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8 conforme o número de respostas “sim” às perguntas: Possui conta corrente em banco? Possui caderneta de poupança? Possui cartão de crédito? 05-Microsseguros-Vol 2.p65 292 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 293 Chefe tem seguro: Compra seguro de vida: WTP10: WTP30: Possui financiamento bancário? Possui consórcio? Possui fundos de investimento? Possui crédito imobiliário? Possui título de capitalização? 0 = se chefe da família não tem seguro de vida; 1 = se o chefe da família tem seguro de vida. 0 = se não se dispõe (não sabe se irá adquirir, provavelmente não irá adquirir ou certamente não irá adquirir) a comprar uma das apólices de seguro de vida; 1 = se está disposto (opções certamente irá adquirir e provavelmente irá adquirir) a comprar uma das apólices de seguro. 0 = se não compra a qualquer preço; = ao preço a que compraria a apólice de R$ 10 mil; a apólice foi oferecida do maior para o menor prêmio; R$ 15,00; R$ 12,50; R$ 10,00; R$ 7,50 e R$ 5,00. 0 = se não compra a qualquer preço; = ao preço a que compraria a apólice de R$ 30 mil; a apólice foi oferecida do maior para o menor prêmio; R$ 37,50; R$ 31,25; R$ 25,00; R$ 18,75 e R$ 12,50. Disposição a Pagar A ausência de um mercado de microsseguros provoca uma situação na qual inferências a respeito desse mercado exigem o uso de técnicas similares às usadas na valoração de recursos de propriedade comum, em particular os recursos ambientais. Há várias formas de aproximar esse problema de valoração, mas o método mais frequentemente usado é o da valoração contingenciada. Este método consiste em obter diretamente das pessoas da população ou da comunidade associada ao recurso ambiental, por meio de aproximação direta via enquetes, o quanto elas valorizam tal recurso. A valorização é dita contingenciada pela imposição de condições no processo de avaliação. Assim, as pessoas são interrogadas sobre o quanto estão dispostas a pagar (ou a receber) para aceitarem uma mudança no uso do bem de propriedade comum, ainda que dele não façam uso direto. Deste modo, foram introduzidas duas questões específicas sobre microsseguros, nas quais eram oferecidas ao entrevistado duas apólices de seguro de vida; uma no valor de 05-Microsseguros-Vol 2.p65 293 30/6/2010, 16:58 294 • Microsseguros: Série Pesquisas R$ 30 mil e a outra no valor de R$ 10 mil. Cinco prêmios foram considerados para cada apólice, oferecendo-se cada uma delas inicialmente ao maior prêmio. Se o entrevistado concordasse em pagar o prêmio, o entrevistador registrava o fato e prosseguia com as outras questões. Caso o entrevistado recusasse a compra, a mesma apólice era oferecida ao prêmio imediatamente menor. O processo prosseguia até a aceitação da apólice a um determinado prêmio. Caso o entrevistado não aceitasse a apólice, o prêmio registrado era zero. Como as pessoas são diferentes nas suas preferências e condições familiares, educacionais e de renda, a disposição a pagar por um microsseguro de vida foi estudada para cada uma das apólices por meio de análises de regressão discutidas a seguir. O objetivo é identificar de que forma essas diferenças individuais afetam a disposição a pagar por um microsseguro de vida. No anexo II estão apresentadas algumas estatísticas descritivas e as correlações simples das variáveis usadas nas análises de regressão. As constantes das regressões representam quantos reais a mais (se positiva) ou a menos (se negativa) as pessoas estão dispostas a pagar pela correspondente apólice de seguro de vida conforme as seguintes condições: • • • Se o domicílio estiver localizado na cidade do Rio de Janeiro, não tiver crianças com cinco ou menos anos de idade e não tiver pessoas com 60 ou mais anos de idade; Se o chefe da família for do sexo feminino, com escolaridade de analfabeto, de fundamental incompleto ou desconhecida, com ocupação de dona de casa, estagiário/ aprendiz, só estudante, desempregado procurando ou não emprego; se não possuir uma apólice de seguro de vida; Se a família não possuir experiência financeira, não estiver predisposta a comprar seguro de vida e não compraria a apólice de microsseguro alternativa à considerada na análise, isto é, preço zero para a apólice de R$ 10 mil no caso da disponibilidade a pagar por uma apólice de R$ 30 mil e situação semelhante para a disponibilidade a pagar para a apólice de R$ 30 mil em relação à de R$ 10 mil. A Tabela 1 resume os resultados obtidos por meio de uma análise de regressão (método dos mínimos quadrados simples) para a disposição a pagar pela apólice de R$ 30 mil. Conforme as estatísticas de avaliação geral da regressão (R2 - ajustado = 0,865 e a estatística F = 200,35), o modelo linear adotado adere muito bem aos dados. O total de observações (domicílios) nas regressões difere de 428 pela falta de informações para algumas variáveis, em particular a renda da família. Considere a interpretação dos resultados. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 294 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 295 Tabela 1 – Condicionantes da disposição a pagar por uma apólice de microsseguro de vida de R$ 30 mil (Variável dependente WTP30) Variáveis explicativas Constante Cidade Sexo do chefe Idade do chefe Escolaridade do chefe Ocupação do chefe Crianças 5 anos ou menos Pessoas 60 anos ou mais Renda familiar Experiência financeira Chefe tem seguro de vida Compra seguro de vida WTP10 Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P -2,3563 -1,2166 -2,0118 0,0838 0,0818 -0,2470 1,6096 -1,0303 0,0010 -0,2060 1,5406 26,6784 0,3268 1,8971 0,6357 0,7453 0,0321 0,2781 0,2159 0,6611 0,6916 0,0006 0,2520 0,7766 0,9774 0,0708 -1,2420 -1,9138 -2,6993 2,6151 0,2941 -1,1436 2,4348 -1,4897 1,5423 -0,8174 1,9839 27,2947 4,6154 0,215025 0,056436 0,007276 0,009295 0,768876 0,253546 0,015382 0,137188 0,123871 0,414212 0,048030 0,000000 0,000005 Análise de variância Fonte de variação gl SQ MQ F Regressão 12 83863,0243 6988,585 200,347393 Resíduo 361 12592,5238 34,882 Total 373 96455,5481 Estatística de regressão R múltiplo 0,9324 R-Quadrado 0,8694 R-quadrado ajustado 0,8651 Erro padrão 5,9061 Observações 374 A constante não é estatisticamente diferente de zero, quer se considere um nível de significância de 10% ou 5%. Assim, as características do chefe da família e do domicílio incorporadas neste parâmetro não são significantes para explicar a disposição a pagar. Curiosamente, por ser o coeficiente de Cidade negativo e estatisticamente diferente de zero, a um grau de significância pouco superior a 5%, podemos inferir que, tudo o mais constante, os residentes da cidade de São Paulo têm uma disposição a pagar pela apólice de seguro de vida em questão R$ 1,22 a menos que os residentes no Rio de Janeiro. As variáveis Sexo e Idade do chefe da família são significantes a 1% e têm impactos sobre a disposição a pagar negativo e positivo respectivamente. Famílias cujos chefes 05-Microsseguros-Vol 2.p65 295 30/6/2010, 16:58 296 • Microsseguros: Série Pesquisas sejam do sexo masculinos, tudo o mais constante, apresentam uma disposição a pagar reduzida em R$ 2,01, enquanto essa mesma disposição a pagar, tudo o mais constante, aumenta cerca de 8,4 centavos de real por ano adicional da idade do chefe da família. As variáveis Ocupação do chefe da família – construída de modo a aumentar de valor numérico com a estabilidade do fluxo de renda da família – e sua Escolaridade não são estatisticamente significantes. A presença de crianças com cinco ou menos anos de idade exerce um efeito positivo sobre a disposição a pagar e é estatisticamente significante a pouco mais de 1%. O coeficiente dessa variável sugere que a disposição a pagar da família aumenta em cerca de R$ 1,61 pela presença no domicílio de uma criança a mais. Já a presença de pessoas com sessenta anos de idade ou mais exerce um efeito negativo sobre a disposição a pagar, embora só estatisticamente significante a 14%. O aumento na disposição a pagar pela presença de uma criança a mais supera o efeito negativo provocado pela presença no domicílio de um idoso a mais (de menos R$ 1,03). As variáveis associadas às finanças familiares, excetuando-se a Experiência financeira, são estatisticamente significantes. O sinal do coeficiente da Renda familiar, embora positivo, é muito pequeno, indicando um aumento na disposição a pagar de 10 centavos de real para cada R$ 100 de aumento de renda. Chama a atenção o fato do coeficiente da variável Chefe tem seguro de vida ser positivo e estatisticamente significante a 5%. Isso pode ser uma indicação de que a experiência de ter um seguro de vida torna o chefe da família mais propenso a considerar apólices que ofereçam uma melhor proteção à família caso venha a falecer. O coeficiente dessa variável indica, tudo o mais constate, uma disposição a pagar de R$ 1,54 a mais pelo seguro oferecido. A variável de maior significância estatística é a predisposição a comprar uma apólice de seguro de vida (Compra seguro de vida). A existência dessa predisposição contribui com R$ 26,68 para a disposição a pagar. O prêmio da apólice alternativa (WTP10) tem um efeito positivo sobre a disposição a pagar pela apólice de R$ 30 mil, indicando que, tudo o mais constante, um aumento no prêmio da apólice de R$ 10 mil induz as pessoas a se disporem a pagar mais pela apólice de maior valor. A Tabela 2 apresenta, para as mesmas variáveis explicativas, a análise da disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida de R$ 10 mil (WTP10). A aderência do modelo aos dados é menor que a verificada para a apólice de R$ 30 mil (R2 - ajustado =0,610 e estatística F = 49,69). Apenas três variáveis explicativas são estatisticamente significantes e todas apresentam um efeito positivo sobre a disposição a pagar. Sexo do chefe, com coeficiente estatisticamente significante a 10%, indica que para as famílias cujo chefe é do sexo masculino, tudo o mais constante, a disposição a pagar é R$ 0,90 maior. Note que o efeito dessa variável para a apólice de maior valor é negativo e tem um efeito muito superior sobre a disponibilidade a pagar. As outras duas variáveis com 05-Microsseguros-Vol 2.p65 296 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 297 efeito positivo sobre a disponibilidade a pagar são as mais relevantes em termos de significância estatística. A predisposição a comprar um seguro de vida (variável Compra seguro de vida) tem um impacto positivo de cerca de R$ 5,23 sobre a disposição a pagar, muito menor que a verificada para a apólice de R$ 30 mil. Em relação ao prêmio médio, a disparidade é grande. Enquanto para a apólice de R$ 10 mil o impacto da predisposição a comprar um seguro de vida corresponde a 52,4% do prêmio médio (R$ 10), no caso da apólice de R$ 30 mil esse impacto é de 107% do prêmio médio (R$ 25). Tabela 2 – Condicionantes da disposição a pagar por uma apólice de microsseguro de vida de R$ 10 mil (Variável dependente WTP10) Variáveis explicativas Constante Coeficientes Erro padrão Stat t valor-P 1,8034 1,3698 1,3165 0,188833 Cidade 0,0778 0,4615 0,1687 0,866136 Sexo do chefe 0,8981 0,5417 1,6580 0,098181 Idade do chefe -0,0187 0,0233 -0,8021 0,423039 Escolaridade do chefe 0,2900 0,2003 1,4478 0,148553 Ocupação do chefe -0,0253 0,1562 -0,1621 0,871357 Crianças 5 anos ou menos 0,1113 0,4813 0,2313 0,817181 Pessoas 60 anos ou mais 0,2128 0,5009 0,4248 0,671254 Renda familiar -0,0008 0,0005 -1,6313 0,103699 Experiência financeira -0,2377 0,1818 -1,3078 0,191766 Chefe tem seguro de vida -0,5318 0,5632 -0,9442 0,345679 Compra seguro de vida 5,2293 1,2046 4,3410 0,000018 WTP30 0,1705 0,0369 4,6154 0,000005 Análise de variância gl SQ MQ F Regressão 12 10850,2857 904,1905 49,690131 Resíduo 361 6568,9656 18,1966 Total 373 17419,2513 Estatística de regressão R múltiplo 0,7892 R-Quadrado 0,6229 R-quadrado ajustado 0,6104 Erro padrão 4,2657 Observações 374 05-Microsseguros-Vol 2.p65 297 30/6/2010, 16:58 298 • Microsseguros: Série Pesquisas O prêmio da apólice alternativa (WTP30), como na apólice de valor mais elevado, tem um efeito positivo sobre a disposição a pagar, e é estatisticamente significante. A variável Chefe tem seguro de vida, diferentemente do caso anterior, tem sinal negativo, mas não é estatisticamente diferente de zero. A Renda familiar tem efeito negativo sobre a disposição a pagar (estatisticamente significante a 11%), contrariamente ao efeito registrado para a apólice de R$ 30 mil, embora nos dois casos os coeficientes dessa variável, em valor absoluto, sejam bastante semelhantes. Neste caso, a redução da disposição a pagar é de 8 centavos para cada aumento de R$ 100 na renda familiar, tudo o mais constante. A Escolaridade do chefe exerce um efeito positivo sobre a disposição a pagar, mas é estatisticamente diferente de zero a um grau de significância de 15%. Ganho de Bem-Estar Conhecida a demanda por um bem ou serviço, é possível estimar-se o benefício social gerado pela possibilidade de se satisfazer essa demanda a um determinado preço. É claro que quanto menor o preço, maior a quantidade demandada e, por conseguinte, maior o benefício social. Deste modo, será possível simular o benefício social para diversos preços. A figura abaixo caracteriza esse benefício social, ao preço QB pela área do trapézio ABQ0, uma vez que a altura da demanda representa o preço máximo que os compradores estão dispostos a pagar pelas diversas quantidades, tudo o mais mantido constante. Figura 1 – Benefício total aos consumidores pela existência de um mercado 05-Microsseguros-Vol 2.p65 298 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 299 Esse benefício não é líquido do custo de aquisição do bem. Para tanto, torna-se necessário deduzir a despesa total dos consumidores com o bem ou serviço. Com base nos dados obtidos pela enquete, podemos construir cinco pontos de uma demanda para cada uma das apólices de seguro de vida consideradas. Tabela 3 – Disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida: distribuição dos compradores a prêmio maior ou igual ao sugerido Apólice de R$ 30 mil Ref. Apólice de R$ 10 mil Prêmio (R$) Compradores Prêmio (R$) Compradores A 37,50 94 15,00 125 B 31,25 113 12,50 136 C 25,00 137 10,00 155 D 18,75 156 7,50 168 E 12,50 183 5,00 187 A Tabela 3 resume as informações sobre a disposição a pagar dos entrevistados para as duas apólices de seguro consideradas. Assim, 94 entrevistados estariam dispostos a adquirir um seguro de vida de R$ 30 mil a um prêmio de R$ 37,50. Entretanto, se o prêmio fosse de R$ 31,25, mais 19 entrevistados estariam dispostos a adquirir tal seguro. Desse modo, a um prêmio de R$ 31,25, observamos que 113 entrevistados estariam dispostos a adquirir o seguro, isto é, os 94 que estariam dispostos a pagar R$ 37,50 e, portanto continuariam adquirindo o seguro, mais os 19 que passariam a adquirir o seguro ao prêmio de R$ 31,25. Isso resulta exatamente do significado da altura da curva de demanda: o preço máximo que os compradores estão dispostos a pagar para adquirir um determinado bem ou serviço. Note que, na declaração da disposição a pagar, todas as características de cada entrevistado são mantidas constantes, à medida que passamos de uma opção de prêmio para outra, indicando que os cinco pontos para cada seguro pertencem à mesma curva de demanda. A Tabela 4 apresenta a distribuição das 428 famílias entrevistadas conforme comprem cada um dos dois seguros, os dois seguros, somente um dos seguros ou não comprem seguro. Para os cinco pontos das demandas pelas apólices de seguro podemos calcular quatro elasticidades-preço (arco) para cada uma, conforme apresentado na tabela abaixo. Nessa tabela também são apresentadas as elasticidades em cada ponto da curva de demanda para cada um dos cinco prêmios considerados, admitindo serem estas demandas retilíneas. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 299 30/6/2010, 16:58 300 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 4 – Distribuição das famílias entrevistadas segundo atitude em relação a microsseguro Distribuição Opções Famílias Compra apólice R$ 30 mil Porcentual Sim Não Sim Não 183 245 42,8 57,2 Compra apólice R$ 10 mil 187 241 43,7 56,3 Compra as duas apólices 158 270 36,9 63,1 Só compra apólice de R$30 mil 25 403 5,8 94,2 Só compra apólice de R$10 mil 29 399 6,8 93,2 Não compra seguro 216 212 50,5 49,5 Tabela 5 – Estimativas da elasticidade-preço das demandas por seguro de vida Com base nas respostas da enquete com base na aproximação linear* Referência WTP30 WTP10 WTP30 WTP10 A Entre A e B -1,0097 -0,4636 -1,4106 -0,7488 B Entre B e C -0,8640 -0,5876 -0,9779 -0,5735 C Entre C e D -0,4539 -0,2817 -0,6453 -0,4026 D Entre D e E -0,3982 -0,2676 -0,4250 -0,2786 -0,2415 -0,1668 E * Ajuste linear por mínimos quadrados às cinco observações para avaliação da aproximação a ser adotada. Comparando as elasticidades calculadas com as obtidas pela aproximação linear, verificamos que a hipótese de linearidade é razoável, ajustando-se melhor às informações fornecidas pelos entrevistados no caso da apólice de R$ 30 mil. A prêmios mais elevados, as elasticidades-preço das demandas são maiores em valor absoluto, exceto entre B e C para a apólice de R$ 10 mil. Assim, em nosso esforço de quantificar o benefício bruto que a abertura de um mercado de microsseguros traria aos segurados, vamos supor que as demandas das apólices consideradas são lineares. A Figura 2 ilustra, para as duas apólices de seguro de vida: no eixo horizontal, o número de entrevistados que adquiriria o seguro a cada prêmio especificado no eixo vertical, conforme os resultados da enquete. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 300 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 301 Como o benefício bruto apropriado pelos compradores de um bem ou serviço em um mercado é a área abaixo da curva de demanda, tudo o mais constante, podemos estimar esse benefício para a amostra usada neste estudo somando as áreas dos trapézios definidos verticalmente a partir dos segmentos AB, BC, CD e DE, para cada uma das apólices. Isso é possível uma vez que, para cada família, no momento da enquete, suas características, as dos domicílios, suas rendas e os preços dos demais bens e serviços são dados, ou seja, não variam. Figura 2 – Representação gráfica da disposição a pagar por apólice de seguro de vida A 40 Prêmio mensal 35 B 30 C 25 D 20 E 15 10 5 0 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Quantidades (a) Apólice de R$ 30 mil A 16 Prêmio mensal 14 B 12 C 10 D 8 6 E 4 2 0 0 50 100 150 Quantidades (b) Apólice de R$ 10 mil 05-Microsseguros-Vol 2.p65 301 30/6/2010, 16:58 200 302 • Microsseguros: Série Pesquisas Suponha que o prêmio médio para as duas apólices é o prêmio ao qual as respectivas apólices são comercializadas. Assim, para as famílias da amostra, o benefício bruto pela aquisição de cada uma dessas apólices corresponde à soma das áreas dos trapézios verticalmente definidos pelos segmentos AB e BC das partes (a) e (b) da Figura 2. Como o prêmio deve ser pago mensalmente, o fluxo de demanda é mensal. Os resultados estão resumidos na Tabela 6 abaixo. Tabela 6 – Estimativa do benefício bruto pela existência de microsseguros com base na amostra de 428 famílias – fluxo em reais por mês Apólice de R$ 30 mil Apólice de R$ 10 mil Área sob segmento AB 653,125 151,25 Área sob segmento BC 675,000 213,75 1.328,125 365,00 Total A partir dos resultados obtidos com nossa amostra, vamos inferir sobre o benefício bruto que a existência de um mercado de microsseguros poderia gerar, pela comercialização das duas apólices consideradas, para a população brasileira de renda familiar entre um e cinco salários mínimos nacional. A Tabela 7 apresenta a distribuição das famílias, segundo renda familiar por classes de salários mínimos, para nossa amostra, e segundo a PNAD 2007, para a região Sudeste e para o Brasil. Tabela 7 – Distribuição das famílias segundo classes de renda familiar em salários mínimos Classes Amostra Região Sudeste Brasil em S.M. Famílias % Fam. 1000 %A %R Fam. 1000 %A %B 1a2 130 30,3 7.498 60,9 28,3 14.595 62,7 24,3 2a3 126 29,4 2.718 22,1 10,3 4.949 21,3 8,2 3a5 173 40,3 2.094 17,0 7,9 3.738 16,0 6,2 Total 428 100 12.310 100 46,5 23.282 100 38,7 Fontes: Amostra: Datafolha 2009; Sudeste e Brasil: IBGE/PNAD 2007 Notas: %A se refere à distribuição das famílias com renda familiar de 1 a 5 salários mínimos; %R se refere ao porcentual de famílias na região com renda familiar na faixa correspondente; %B se refere ao porcentual de famílias do Brasil com renda familiar na faixa correspondente. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 302 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 303 A Tabela 4 nos informa que, para a amostra, cerca de 40% das famílias entrevistadas comprariam seguro aos prêmios sugeridos. Entretanto, aos prêmios médios, cerca de 32% e 36% das famílias da amostra comprariam, respectivamente, os seguros de R$ 30 mil e R$ 10 mil. Deste modo, é razoável admitirmos que cerca de 30% das famílias com renda entre um e cinco salários mínimos em todo Brasil estariam dispostas a comprar os microsseguros pelo prêmio médio, similarmente às famílias da amostra. Note que a amostra que estamos utilizando possui, em pontos porcentuais, cerca de metade do porcentual das famílias com renda entre um e dois salários mínimos registrados para a região Sudeste (60,9%) e para o Brasil (62,7%). Na Tabela 8 apresentamos as distribuições porcentuais das famílias compradoras das apólices oferecidas na enquete por faixa de renda familiar em salários mínimos para cada uma das apólices e para os prêmios iguais ou superiores aos prêmios médios. Podemos verificar que, para a apólice de R$ 30 mil, a distribuição de famílias compradoras, ao prêmio de R$ 25, é bastante próxima da distribuição das famílias na amostra. No caso da apólice de R$ 10 mil, as famílias compradoras são proporcionalmente superiores ao total da amostra para a faixa de renda entre dois e três salários mínimos e inferiores para as outras classes. Para as duas apólices, para a faixa de renda familiar entre um e dois salários mínimos, o porcentual de famílias compradoras é muito próximo de 30%, e essa é a faixa de renda com menor incidência de compradores. Tabela 8 – Distribuição porcentual das famílias da amostra por classe de renda familiar mensal, segundo disposição a pagar pelas apólices de seguro de vida Renda familiar Apólice de R$ 30 mil Apólice de R$ 10 mil mensal por classes R$ 37,50 R$ 31,25 R$ 25,00 R$ 15,00 R$ 12,50 R$ 10,00 12 salários mínimos 30,9 31,6 29,3 37,0 25,0 29,4 23 salários mínimos 30,9 15,8 31,7 31,5 33,3 35,3 35 salários mínimos 38,2 52,6 39,0 31,5 41,7 35,3 Famílias compradoras 94 113 137 125 136 155 Segundo o IBGE, em 2007 o Brasil contava com 23,282 milhões de famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos. Admitindo que 30% desse contingente comprasse os microsseguros oferecidos, podemos inferir sobre o benefício bruto dessas famílias usando os ganhos estimados da Tabela 6 para as 43 (137 – 94) famílias que se dispunham a adquirir a apólice de R$ 30 mil e para as 30 (155 – 125) famílias referentes 05-Microsseguros-Vol 2.p65 303 30/6/2010, 16:58 304 • Microsseguros: Série Pesquisas à apólice de R$ 10 mil. Se a demanda por seguros para cada apólice para todo país mantiver as mesmas características de cada demanda identificada para nossa amostra, poderemos estimar o benefício bruto total apropriado pelas famílias brasileiras em decorrência da existência de um mercado de microsseguros usando o benefício médio por família estimado para nossa amostra. Como a distribuição das famílias segundo classes de renda em salários mínimos em nossa amostra difere da distribuição da população, ao identificar a população que compraria uma apólice de seguro torna-se necessário fazer uma correção. É certo que a soma das curvas de demanda por qualquer bem só pode ser feita ao mesmo preço do bem, tudo o mais constante. Como os dados mais recentes sobre a população brasileira e que são usados nessa simulação se referem a 2007, a condição de tudo o mais constante não se aplica de forma estrita. Por exemplo, o número de pessoas no domicílio, em particular de crianças com cinco ou menos anos, o poder de compra do salário mínimo e os preços dos demais bens seguramente variaram entre o ano da PNAD e julho de 2009, quando nossa amostra foi extraída. Por essas razões, os resultados aqui apresentados devem ser vistos como indicativos da magnitude do benefício bruto gerado pela introdução de um mercado de microsseguros que contemple as apólices consideradas. A correção na distribuição da população é simples e consiste em manter para a população a mesma distribuição das famílias por classe de renda observada em nossa amostra. Assim, ao invés de tomarmos as 23,282 milhões de famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, consideraremos 16,228 milhões de famílias, com a mesma distribuição por faixa de salários mínimos que nossa amostra. Portanto, 4,868 milhões destas famílias (30% conforme nossa hipótese) comprariam as apólices de seguro. A tabela abaixo resume nossa estimativa: Tabela 9 – Simulação do benefício bruto apropriado pelas famílias compradoras de microsseguro de vida, segundo apólices oferecidas na enquete (Fluxos mensal e anual em reais) Número de 1000 famílias que compram seguro Benefício bruto médio por família na amostra Fluxo mensal de benefício bruto total Fluxo anual de benefício bruto total 05-Microsseguros-Vol 2.p65 304 Apólice R$ 30 mil Apólice R$ 10 mil 4.868 4.868 R$ 30,89 R$ 12,17 R$ 150.372.520,00 R$ 59.243.560,00 R$ 1.804.470.240,00 R$ 710.922.720,00 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 305 Deste modo, o benefício bruto apropriado pelas famílias de baixa renda, aos prêmios médios usados na enquete, poderia chegar a R$ 1,804 bilhão por ano, caso a apólice de R$ 30 mil fosse comercializada, ou R$ 710,922 milhões por ano, no caso da apólice alternativa. O benefício líquido apropriado pelas famílias compradoras pode ser obtido descontando-se do benefício bruto o pagamento do prêmio de R$ 25,00 para a apólice de R$ 30 mil e de R$ 10,00 para a apólice de R$ 10 mil. Na Figura 3, isso é representado pela área do triângulo AFC, que é a área do trapézio AJKC, que representa o benefício bruto, menos a área do retângulo FJKC que representa a despesa com a compra do bem – em nosso caso, uma apólice de seguro ao prêmio KC. Note que os trapézios ABHG e BCIH somam os benefícios líquidos dos compradores dessa apólice ao prêmio KC. Esse benefício líquido representa uma área maior que a do triângulo AFC, pelo fato de que outros compradores que valorizam a apólice a um prêmio superior a JA, o maior prêmio considerado na enquete, também se apropriam de um benefício líquido por pagar um prêmio KC, inferior ao valor que atribuem à apólice. Figura 3 – Identificação gráfica do benefício líquido aos consumidores em um mercado A Prêmio G B H F I C J K Quantidade por unidade de tempo Estas simulações ilustram bem a origem do sucesso, em termos de bem-estar, de um microsseguro: pequeno ganho para muitas pessoas. Para se ter uma ideia relativa da importância do microsseguro, o orçamento do Programa Bolsa-Família para 2009 é de 05-Microsseguros-Vol 2.p65 305 30/6/2010, 16:58 306 • Microsseguros: Série Pesquisas R$ 10,9 bilhões. Assim, o benefício líquido de um microsseguro de vida com uma apólice de R$ 30 mil a um prêmio de R$ 25 por mês é de 3,2% do maior programa social do governo. Entretanto, a comparação deve ser feita com o benefício bruto, uma vez que o orçamento do programa não leva em conta os gastos associados ao processo de transferência de recursos. O benefício bruto gerado por essa apólice de seguro é de 16,56% do orçamento do referido Programa. Tabela 10 – Simulação do benefício líquido apropriado pelas famílias compradoras de microsseguro de vida, segundo apólices oferecidas na enquete (Fluxos mensal e anual em reais) Apólice R$ 30 mil Apólice R$ 10 mil Número de 1000 famílias que compram seguro 4.868 4.868 Benefício líquido médio por família na amostra R$ 5,89 R$ 2,17 Fluxo mensal de benefício líquido total R$ 28.672.520,00 R$ 10.563.560,00 Fluxo anual de benefício líquido total R$ 344.070.240,00 R$ 126.762.720,00 Conclusões As análises sobre a disposição a pagar para as duas apólices de seguro consideradas na enquete deixam claro que a intenção de comprar seguro tem um efeito positivo, e estatisticamente significante, sobre o prêmio que o comprador está disposto a pagar pela apólice. Emerge claro o efeito positivo da disposição a pagar por uma apólice sobre a disposição a pagar pela apólice alternativa. Os resultados da análise de regressão para a apólice de R$ 30 mil foram melhores em termos de aderência dos dados ao modelo linear adotado. Além disso, para essa apólice, das 13 variáveis explicativas (constante, inclusive), 7 apresentaram coeficientes estatisticamente diferentes de zero, para um grau de significância entre 1% e 6%, e duas variáveis apresentaram coeficientes estatisticamente diferentes de zero para um grau de significância entre 12% e 14%. Já para a apólice de R$ 10 mil, somente duas variáveis explicativas apresentaram coeficientes diferentes de zero, com um grau de significância inferior a 1%, e duas outras apresentaram coeficientes estatisticamente diferentes de zero em nível de significância entre 9% e 11%. Vamos concentrar nossos comentários finais na apólice de R$ 30 mil. Das variáveis que descrevem as características do chefe da família (sexo, idade, escolaridade e ocupação), sexo e idade foram estatisticamente significantes, indicando 05-Microsseguros-Vol 2.p65 306 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 307 que chefes de família do sexo masculino estão dispostos a pagar menos pela apólice de seguro, mas essa disposição a pagar aumenta com a idade. Tanto a escolaridade do chefe quanto sua ocupação não se apresentaram estatisticamente significantes na explicação da disposição a pagar. Isso pode ter resultado da forma com que essas variáveis foram construídas, especialmente a ocupação. A localização do domicílio em São Paulo implica uma disposição a pagar menor. A presença no domicílio de crianças com cinco ou menos anos de idade aumenta a disposição a pagar por uma apólice de seguro, enquanto a presença de pessoas com 60 ou mais anos, com menor significância estatística, apresenta um efeito negativo para a apólice de maior valor. Os resultados para a renda familiar, com significância estatística semelhantes, são opostos para as duas apólices, exercendo um efeito negativo no caso da apólice de maior valor. A experiência financeira não apresenta significância estatística na explicação da disponibilidade a pagar nas análises das duas apólices, e o fato do chefe da família ter um seguro só é estatisticamente significante para a apólice de maior valor, e seu efeito sobre a disposição a pagar é positivo. As simulações para a estimação dos benefícios gerados pela implantação de um mercado de microsseguros, embora vistas como indicativas da importância desse mercado, estão sujeitas a várias aproximações. A despeito de todas as simplificações e aproximações adotadas, fica claro que os benefícios de um mercado de microsseguros para famílias de baixa renda não são desprezíveis. Considerando as duas apólices de seguro, o benefício bruto apropriado pelas famílias pela compra de um seguro de vida pode variar de 16,6% a 6,5% do orçamento de 2009 do maior programa social do governo, o Bolsa-Família. Para os benefícios líquidos, essas porcentagens podem variar de 3,2% a 1,2% do orçamento de 2009 desse mesmo programa. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 307 30/6/2010, 16:58 308 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 1 – Questionário PM 643119 – Avaliação de “Microsseguro” CHECAGEM: 1. CHECADO 2. SEM TELEFONE Nº CPD: 3. TELEFONE ERRADO 4. ENTREVISTADO NÃO ENCONTRADO V. FECHADAS: V. ABERTAS: Nº CLUSTER: QTD: Nº QUESTIONÁRIO: QTD: Nº PESQUISADOR: Nº CIDADE: TIPO: 1. PROBABILÍSTICO Nº CHECADOR: 2. INTENCIONAL Nº CRÍTICO: 3. ARROLAMENTO DATA: / /2009 HORÁRIO INÍCIO: HORÁRIO TÉRMINO: PREENCHER APÓS APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO: NOME DO ENTREVISTADO: ENDEREÇO: BAIRRO: FONE 1: ( 05-Microsseguros-Vol 2.p65 CIDADE: ) FONE 2: ( 308 ) 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 309 Bom dia/boa tarde/boa noite. Meu nome é ______________, sou do Instituto de Pesquisas Datafolha e estamos realizando uma pesquisa nesse bairro. Gostaria de falar com o chefe da família ou com o marido/esposa do chefe da família. SE NINGUÉM NESTAS CONDIÇÕES: Gostaria de falar com algum responsável pela decisão ou compra de produtos e serviços para este domicílio. (COM O MORADOR, REPITA A APRESENTAÇÃO) O Datafolha está realizando uma pesquisa neste bairro, você poderia colaborar respondendo a algumas perguntas? PF.1 Você é o chefe da família, marido/esposa ou algum responsável pela decisão ou compra de produtos e serviços para este domicílio? 1. Sim 2. Não (PEÇA PARA FALAR COM O RESPONSÁVEL) PESQUISADOR: O questionário deverá ser aplicado com o chefe da família,cônjuge ou responsável. Em domicílios onde houver apenas um chefe (sem a presença de cônjuge) verifique se existe outro morador responsável. Certifique-se que ele tem conhecimento das informações solicitadas. SIM (ENCERRE) NÃO (PROSSIGA) 1. trabalha atualmente ou já trabalhou na área de Pesquisa de Mercado ou de Opinião Pública? 1 2 2. trabalha atualmente em Agência de publicidade? 1 2 3. trabalha atualmente em seguradora? 1 2 PF.3 Você ou alguém da sua casa: (LEIA ATÉ A INTERROGAÇÃO) (ATENÇÃO, SE O ENTREVISTADO RESPONDER SIM EM QUALQUER UMA DAS ALTERNATIVAS, ENCERRE) (ESTIMULADA E ÚNICA) LEIA PARA O ENTREVISTADO: O Datafolha está fazendo uma pesquisa com os moradores deste bairro. Trata-se de um estudo para conhecer a sua opinião e a das famílias deste bairro sobre produtos financeiros. Para este estudo vamos precisar de algumas informações sobre você e sua família. Gostaria de esclarecer que os resultados desta pesquisa são confidenciais, e em nenhum momento seu nome ou o nome dos outros moradores da sua casa serão mencionados nos resultados. Assim, fique à vontade para expressar sua opinião sincera. Sua colaboração é muito importante para nós. 05-Microsseguros-Vol 2.p65 309 30/6/2010, 16:58 310 • Microsseguros: Série Pesquisas PF.4a Somando a sua renda com a renda das pessoas que moram com você, quanto é aproximadamente a renda familiar mensal na sua casa? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) R$ 99 Não sabe 97 Recusa PF.4b (MOSTRE O CARTÃO DE RENDA F4) Segundo este cartão, somando a sua renda com a renda das pessoas que moram com você, quanto é aproximadamente a renda familiar mensal na sua casa? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1. Até R$ 464,00 (menos de 1 S.M.) → ENCERRE, É ARROLAMENTO 2. De R$ 465,00 a R$ 930,00 (de 1 a 2 S.M.) 3. De R$ 931,00 a R$ 1.395,00 (Mais de 2 a 3 S.M.) → PROSSIGA 5. De R$ 1.396,00 a R$ 2.325,00 (de 3 a 5 S.M.) 6. R$ 2.326,00 ou mais (mais de 5 S.M.) → ENCERRE, É ARROLAMENTO 97. Não sabe/recusa → ENCERRE, É ARROLAMENTO P.1 Sem considerar os empregados, quantas pessoas moram na sua casa, incluindo você? P.2 Começando por você, qual é o primeiro nome e a idade de cada um dos moradores? (PESQUISADOR, ANOTE O SEXO) P.3 Quem é o chefe da família? (O CHEFE DA FAMÍLIA DEVE SER O ENTREVISTADO OU CÔNJUGE DELE, PREFERENCIALMENTE) P.4 (PARA CADA MORADOR, INCLUSIVE O ENTREVISTADO) O que o (a) ___ (CITE O MORADOR) é do chefe da família? P.5 Até que ano da escola o/a ___ (CITE CADA MORADOR) estudou? P.6 Atualmente, o/a _____ (CITE O MORADOR) trabalha? (SE SIM) A ocupação principal ______ (CITE O MORADOR) é: (LEIA CATEGORIAS DO CARTÃO PEA). (SE NÃO) Só estuda, é aposentado, é dona-de-casa ou está desempregado? (SE DESEMPREGADO) Está procurando emprego ou não? P.7a (PARA CADA MORADOR) Quanto é aproximadamente a renda individual do (a) ____ (CITE MORADOR)? P.7b (PARA CADA MORADOR SEM RENDA ESPONTÂNEA) E segundo este cartão, quanto é aproximadamente a renda individual do (a) ____ (CITE CADA MORADOR)? 1. Até R$ 464,99 2. De R$ 465,00 a R$ 930,00 05-Microsseguros-Vol 2.p65 310 3. De R$ 930,01 a R$ 1.395,00 4. De R$ 1.395,01 a R$ 2.325,00 99. Não sabe 97. Recusa 30/6/2010, 16:58 Pesquisador verifique se a soma da renda de cada morador corresponde a renda familiar indica no F4b Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 311 05-Microsseguros-Vol 2.p65 311 30/6/2010, 16:58 312 • Microsseguros: Série Pesquisas (MOSTRE CARTÃO CONCEITO E LEIA JUNTO COM O ENTREVISTADO (A)) DE ACORDO COM O RODÍZIO DO CARTÃO Vamos falar um pouco com você sobre seguros. Seguro é uma maneira das pessoas protegerem sua família e também seus bens dos efeitos negativos de acontecimentos, como morte, doenças, incêndio, roubo e outros. Isso é possível por meio da compra de uma apólice de seguro. A pessoa interessada contrata esse serviço de proteção com uma seguradora, comprando uma apólice que especifica a proteção que é dada à pessoa e aos seus familiares, assim como quanto se deve pagar. Existem vários tipos de seguros e agora eu vou dar dois exemplos: Seguro automóvel: Para que uma pessoa se proteja da perda de um carro, ela compra um seguro, isto é, paga mensalmente uma determinada quantia à seguradora, que se compromete, caso o carro seja roubado, a pagar o valor do carro definido na apólice. Seguro de vida: No caso do seguro de vida, por exemplo, a pessoa paga mensalmente para a seguradora um determinado valor, e na eventualidade de sua morte, a família receberá um pagamento em dinheiro , que varia de acordo com valor mensal que a pessoa pagou à seguradora. Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado quantas vezes o cliente quiser. Se nada acontecer neste período de um ano, não haverá devolução das parcelas pagas. P.8 Pensando no que acabamos de ler sobre seguro, o quanto você gosta da ideia desse tipo de proteção: (LEIA ATÉ A INTERROGAÇÃO – ESTIMULADA E ÚNICA) 5 gosta muito 4 gosta 3 gosta mais ou menos 2 gosta um pouco ou 1 não gosta? P.9 Pensando no que acabamos de falar, gostaria de saber em que o seguro mais lhe agradou, ou seja, o que você mais gostou neste tipo de proteção? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA – EXPLORE E ESCLAREÇA) 05-Microsseguros-Vol 2.p65 312 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 313 P.10 Ainda pensando no que acabamos de ler, gostaria de saber em que o seguro mais lhe desagradou, ou seja, o que você menos gostou nesse tipo de proteção? (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA – EXPLORE E ESCLAREÇA) P.12 (MOSTRE O CARTÃO 12) Levando em consideração as suas necessidades e as de sua família, o quanto você acha importante você ou sua família terem um seguro: (ESTIMULADA E ÚNICA) 5 4 3 2 1 muito importante importante mais ou menos importante pouco importante Ou nada importante P.13a Atualmente ___ (CITE CADA SEGURO)? P. 13b Você possui algum outro seguro que não tenha citado? (ESTIMULADA E ÚNICA POR LINHA) P.13 Posse de seguros Sim Não a. você possui seguro de vida, seja como titular ou beneficiário? 1 2 b. sua casa possui seguro residencial? 1 2 c. você ou algum morador da sua casa possui seguro automóvel? 1 2 d. você possui plano ou seguro saúde, seja como titular ou dependente? 1 2 1 2 Qual?(ANOTE) __________________________________ e. Outros (ANOTE) ____________________________________ P.14 (PARA TODOS) (MOSTRE O CARTÃO 14) Independente de possuir ou não, pensando em um seguro que melhor atenda às suas necessidades e da sua família, se você fosse escolher um seguro hoje, independente de sua situação financeira ou preço, qual destes seguros você escolheria? (ESTIMULADA E ACEITA MÚLTIPA) P.14e Algum outro seguro que não esteja no cartão. Este seguro pode ou não existir atualmente, o importante é que você me diga para qual bem ou situação você gostaria de ter um seguro, para se proteger ou proteger sua família de uma eventual perda. (ESPONTÂNEA E MÚLTIPLA) P.15 (MOSTRE O CARTÃO 14) E considerando sua situação financeira atual e o preço a ser pago, mesmo pelo que você imagina, pensando em suas necessidades e da sua família, qual destes seguros você escolheria? Algum outro que não esteja no cartão? (ESTIMULADA E ACEITA MÚLTIPLA) 05-Microsseguros-Vol 2.p65 313 30/6/2010, 16:58 314 • Microsseguros: Série Pesquisas P.16 (PARA CADA SEGURO DA P14 e/ou P15) Quanto você estaria disposto a pagar, mensalmente, por um seguro ___ (CITE SEGURO DA P14 OU P15) que você disse que escolheria? (ESPONTÂNEA E ÚNICA) (MOSTRE CARTÃO CONCEITO E LEIA JUNTO COM O ENTREVISTADO (A)) Agora vamos falar um pouco mais sobre seguro de vida. Um chefe de família pode fazer um seguro de vida pagando mensalmente à seguradora um determinado valor. Na eventualidade de sua morte, a família receberá de uma vez ou em parcelas mensais, durante algum tempo, um pagamento em dinheiro que depende do valor mensal pago à seguradora pelo chefe de família. Geralmente, o contrato de seguro tem a duração de um ano, podendo ser renovado quantas vezes o cliente quiser. É importante lembrar que o pagamento à seguradora é pela proteção. Assim, o seguro só será pago em caso de eventual morte do segurado. A seguradora não devolve as mensalidades pagas. P.17 Pensando nesse seguro de vida que eu acabei de ler, o quanto você gostou desse seguro de vida: (LEIA ATÉ A INTERROGAÇÃO – ESTIMULADA E ÚNICA) 5 gostou muito 4 gostou 3 gostou mais ou menos 2 gostou um pouco ou 1 não gostou? P.18 (MOSTRE O CARTÃO 18) O quanto você considera adequado às suas necessidades pessoais e às da sua família este seguro de vida: (ESTIMULADA E ÚNICA) 5 4 3 2 1 muito adequado adequado mais ou menos adequado pouco adequado ou nada adequado 05-Microsseguros-Vol 2.p65 314 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 315 P.19 (MOSTRE CARTÃO 19) De acordo com este cartão, qual sua intenção de adquirir um seguro de vida com essas características nos próximos 12 meses? (EST. E ÚNICA) 5. certamente irá adquirir 4. provavelmente irá adquirir 3 não sabe se irá adquirir 2 provavelmente não irá adquirir OU 1 certamente não irá adquirir esse seguro de vida P.20 Por quais razões você disse que_________(LEIA RESPOSTA DA P.19) esse seguro de vida nos próximos 12 meses? (ESPONTANEA E MÚLTIPLA – EXPLORE E ESCLAREÇA) P.21 E considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 30.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de _____ (CITE CADA VALOR DA TABELA)? (SE ADQUIRIRIA) Com certeza ou provavelmente? VALORES EM REAIS COM CERTEZA ADQUIRIRIA a R$ 37,50 1 PPP 22 PROVAVELMENTE ADQUIRIRIA 2 PROSSIGA NÃO ADQUIRIRIA b R$ 31,25 1 PPP 22 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA c R$ 25,00 1 PPP 22 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA d R$ 18,75 1 PPP 22 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA e R$ 12,50 1 PROSSIGA 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA 3 PROSSIGA P.22 Considerando que o valor pago para a família na eventualidade da morte do segurado fosse de R$ 10.000,00, qual a sua intenção de adquirir um seguro de vida com a mensalidade de _____ (CITE CADA VALOR DA TABELA)? (SE ADQUIRIRIA) Com certeza ou provavelmente? VALORES EM REAIS a R$ 15,00 1 PPP 23 PROVAVELMENTE ADQUIRIRIA 2 PROSSIGA b R$ 12,50 1 PPP 23 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA c R$ 10,00 1 PPP 23 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA d R$ 7,50 1 PPP 23 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA e R$ 5,00 1 PROSSIGA 2 PROSSIGA 3 PROSSIGA 05-Microsseguros-Vol 2.p65 COM CERTEZA ADQUIRIRIA 315 30/6/2010, 16:58 NÃO ADQUIRIRIA 3 PROSSIGA 316 • Microsseguros: Série Pesquisas P.23 Agora eu vou ler algumas frases e gostaria que você me dissesse o quanto concorda ou discorda de cada uma delas em relação a seguros. Então, quanto a ____ (LEIA CADA FRASE) você concorda ou discorda? (SE CONCORDA OU DISCORDA) Totalmente ou em parte? (ESTIMULADA E ÚNICA) (APLIQUE O RODIZIO) Concorda totalmente Concorda em parte Nem concorda nem discorda Discorda em parte Discorda totalmente 5 4 3 2 1 b Ter um seguro faz com que me sinta mais tranquilo, pois não preciso me preocupar com eventuais perdas. Ter um seguro garante o bem-estar da minha família. 5 4 3 2 1 c Seguro é para pessoas ricas, com melhor condição financeira. 5 4 3 2 1 d Tenho medo de pagar e não receber o valor combinado. 5 4 3 2 1 e É muito complicado fazer um seguro, não entendo como funciona. Seguro é importante para quem não tem carteira assinada. 5 4 3 2 1 5 4 3 2 1 5 4 3 2 1 a f g Sempre quis ter um seguro, mas nunca encontrei nada adequado para minha situação financeira. P.24 Você gostaria de receber mais informações sobre seguros? (SE SIM) Por quais meios? (ESTIMULADA E MÚLTIPLA) 1. 2. 3. 4. 5. 98. 96. E-mail Mala direta Revistas Jornais Celular Outros (ANOTE) ____________________________ Não gostaria de receber informações P.25 Atualmente, você possui _____ (LEIA CADA ITEM DA TABELA)? (ESTIMULADA E ÚNICA – POR LINHA) RODÍZIO! POSSUI NÃO POSSUI a Conta corrente em banco? 1 2 b Caderneta de poupança? 1 2 c Cartão de crédito? 1 2 d Financiamento bancário? 1 2 e Consórcio? 1 2 f Fundos de investimentos? 1 2 g Crédito imobiliário? 1 2 h Título de capitalização? 1 2 P.26 A casa em que você mora é própria, alugada ou cedida? (ESTIMULADA E ÚNICA) 1. Própria 2. Alugada 3. Cedida 98. Outras respostas (ANOTE) __________________________________ P.27 Apenas para classificação, você poderia me dizer se: Você tem (LER ITENS ABAIXO) em sua casa? (SE SIM) Quantos? 05-Microsseguros-Vol 2.p65 316 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 317 QUANTIDADE QUE POSSUI NÃO POSSUI 96 96 ITENS DE CONFORTO a. Televisão (colorida) b. Automóvel de passeio 1 2 3 4 5 6+ 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 c. Rádio sem contar o do carro 96 1 2 3 4 5 6 d. Empregada doméstica mensalista e. Aspirador de pó ou vaporeto 96 96 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 f. Máquina de lavar roupas 96 1 2 3 4 5 6 g. DVD h. Videocassete 96 96 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 i. Banheiro 96 1 2 3 4 5 6 j. Geladeira k. Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex) 96 96 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 AGRADEÇA E ENCERRE 05-Microsseguros-Vol 2.p65 317 30/6/2010, 16:58 318 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 2 Estatísticas Descritivas das Variáveis Usadas nas Regressões Sexo do chefe Idade do chefe Escolaridade do chefe Ocupação do chefe Crianças 5 anos de idade ou - Média 1,2727 49,7594 1,7647 2,1417 0,2380 Erro padrão da média 0,0231 0,8314 0,0647 0,0827 0,0262 Estatísticas Mediana 1,0000 48,0000 2 3,0000 0 Moda 1,0000 45,0000 3 3,0000 0 Desvio padrão 0,4460 16,0793 1,2505 1,5988 0,5068 Variância da amostra 0,1989 258,5425 1,5638 2,5563 0,2569 Curtose -0,9551 -0,7036 -0,9264 -1,5434 4,6862 Assimetria 1,0247 0,2825 0,1552 -0,3280 2,1851 Amplitude 1 69 5 4 3 Mínimo 1 19 0 0 0 Máximo 2 88 5 4 3 374 374 374 374 374 Pessoas 60 anos de idade ou + Renda familiar Experiência financeira Chefe tem seguro de vida Compra seguro de vida Média 0,4011 1281,4198 1,3930 0,2299 0,4358 Erro padrão da média 0,0345 26,40 0,0686 0,0218 0,0257 Contagem Estatísticas Mediana 0 1200,00 1 0 0 Moda 0 2000,00 0 0 0 0,6668 510,54 1,3274 0,4214 0,4965 Variância da amostra 0,4446 260649,26 1,7620 0,1775 0,2465 Curtose 0,9870 -0,85 0,4518 -0,3411 -1,9429 Assimetria 1,4577 0,31 0,8267 1,2887 0,2599 Amplitude 3 1860,00 7 1 1 Mínimo 0 465,00 0 0 0 Máximo 3 2325,00 7 1 1 374 374 374 374 374 Desvio padrão Contagem 05-Microsseguros-Vol 2.p65 318 30/6/2010, 16:58 Demanda por Microsseguro e Disposição a Pagar • 319 Estatísticas WTP10 WTP30 Média 5,6952 13,0348 Erro padrão da média 0,3534 0,8315 Mediana 0 0 Moda 0 0 Desvio padrão 6,8338 16,0809 Variância da amostra 46,7004 258,5940 Curtose -1,6501 -1,4328 Assimetria 0,4826 0,6026 Amplitude 15 37,50 Mínimo 0 0 Máximo 15 37,50 Contagem 374 374 05-Microsseguros-Vol 2.p65 319 30/6/2010, 16:58 05-Microsseguros-Vol 2.p65 Correlações simples entre as variáveis usadas nas análises da disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida Matriz de variância-covariância das variáveis usadas nas análises da disposição a pagar por uma apólice de seguro de vida 320 • Microsseguros: Série Pesquisas 320 30/6/2010, 16:58 6 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros Fernando Augusto Freitas de Araújo Microsseguro Introdução Os microsseguros estão inseridos na política de microfinanças do Governo Brasileiro, cujos objetivos são: facilitar e ampliar o acesso ao crédito entre os microempreendedores formais e informais, visando à geração de renda e trabalho; facilitar e ampliar o acesso dos serviços financeiros (conta corrente, poupança, seguros e créditos) para a população de baixa renda, garantindo maior cidadania; ampliar o número e a participação das cooperativas de crédito no sistema financeiro; reduzir a informalidade; e reduzir as taxas de juros dos financiamentos. A situação das populações menos favorecidas é alvo de preocupação dos observadores da tendência mundial. Essa preocupação se justifica pela relevância das questões humanitárias envolvidas e pelos reflexos sociais, econômicos, políticos e até mesmo ambientais, provocados pela desigualdade e miséria. Especialistas internacionais, nos mais importantes fóruns, têm se mobilizado na busca de soluções que promovam a di321 06-Microsseguros-Vol 2.p65 321 30/6/2010, 17:04 322 • Microsseguros: Série Pesquisas minuição da pobreza e a inclusão social. Diversos estudos efetuados em nível internacional indicam que, nos países mais pobres, uma parcela ínfima da população conta com algum tipo de cobertura securitária. Entretanto, são exatamente as famílias mais pobres que estão expostas aos riscos de maneira geral. A situação no Brasil é muito semelhante, pois a parcela mais pobre da população está exposta a todo tipo de risco, tanto pela natureza das atividades que exerce, quanto pelas condições em que vive nas comunidades carentes. Essa parte da população não conhece a proteção através do seguro e administra os seus riscos lançando mão de poupança pessoal, empréstimos de emergência ou buscando redes oficiais de proteção social. No entanto, nem sempre essas alternativas de proteção são adequadas ou capazes de prover a proteção necessitada, por esse segmento mais pobre. Os microsseguros se apresentam, então, como uma alternativa para beneficiar o crescimento econômico e o desenvolvimento humano, com presença relevante em um segmento entre os serviços financeiros e a proteção social. Os microsseguros também integram a política do Governo para diminuir a pobreza, através do acesso aos serviços de poupança, de crédito e de seguros pela população de baixa renda. Assim, enquanto os instrumentos na área de microfinanças, como o microcrédito e a poupança, ajudam as pessoas a progredir e adquirir bens, os microsseguros ajudam essas pessoas a proteger seus ganhos, tornando-se, portanto, uma poderosa ferramenta de inclusão social. Plano de Negócios – Unidade de Microsseguros A Circular Susep 311 estabelece os elementos mínimos que devem ser observados na elaboração do plano de negócios das sociedades seguradoras (Anexo 1). Embora o objetivo deste estudo seja a montagem de um projeto-piloto de uma unidade de microsseguros, e não de uma sociedade seguradora, esses requisitos mínimos foram observados no desenvolvimento do plano de negócios, apresentado nos tópicos a seguir. Sumário Executivo O estudo identificou uma gama de oportunidades imediatas para o desenvolvimento do produto microsseguro. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou a existência de 85 milhões de brasileiros com renda de até três salários mínimos. Atualmente, essa parcela da população não conta com qualquer tipo de cobertura securitária. Os bancos de varejo, que já operam microcrédito, e as empresas concessionárias de serviços públicos oferecem uma rede eficiente para a imediata 06-Microsseguros-Vol 2.p65 322 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 323 comercialização de microsseguros. Além desses canais de comercialização, agentes de produção também podem ser utilizados, após um período de treinamento adequado, visando a um melhor conhecimento do produto. O cenário econômico é favorável ao lançamento de produtos de microsseguro, pois a inflação está sob controle e a taxa de juros apresenta uma trajetória descendente. Com a esperada retomada da atividade econômica a partir do próximo ano, esse quadro positivo estará completo, criando-se assim, condições para o aquecimento da demanda por produtos de seguro. Alguns requisitos essenciais ainda precisam ser atendidos para garantir o sucesso do produto microsseguro. Os principais requisitos são a definição de uma política clara para o setor e o estabelecimento de uma regulação adequada para o produto microsseguro. O objetivo do trabalho é a modelagem do plano de negócios de um projeto-piloto de um Departamento de Microsseguros. A análise de viabilidade indicou ser um projeto viável, sob o ponto de vista econômico, e com um retorno bastante atrativo. Os estudos de sensibilidade do Valor Presente Líquido e da Taxa Interna de Retorno, efetuados pelo método de simulações de Monte Carlo, confirmaram esses diagnósticos favoráveis. Pesquisas futuras devem ser desenvolvidas para explorar algumas oportunidades para os produtos de microsseguros identificadas no presente trabalho. Dentre essas oportunidades destaca-se o estudo da utilização de uma rede de agentes, através de lideranças comunitárias. Uma outra oportunidade que merece ser estudada é a possibilidade de atrair microempreendedores para o mercado de seguros. Atualmente, esse segmento não tem acesso ao seguro tradicional para proteção de seus negócios. A utilização da Internet, como canal de comercialização de microsseguros, deve ser também objeto de estudos mais aprofundados. A oportunidade desses estudos será ditada pela velocidade do processo de inclusão digital das classes de baixa renda. Objetivo do Negócio O objetivo do negócio é a montagem de uma unidade de microsseguros dentro da estrutura de uma seguradora tradicional, uma vez que, no atual estágio de desenvolvimento do mercado para o produto microsseguro, não se justifica a criação de uma seguradora especializada, com este fim específico. Missão do Empreendimento A missão do empreendimento é desenvolver, comercializar e operar produtos de microsseguro que atendam às necessidades dos segurados, proporcionando rentabi- 06-Microsseguros-Vol 2.p65 323 30/6/2010, 17:04 324 • Microsseguros: Série Pesquisas lidade aos investidores, em um negócio gerenciado dentro dos padrões de governança corporativa geralmente aceitos. Objetivos Estratégicos Em uma fase inicial, o foco deve ser concentrado no ramo vida, na modalidade de vida em grupo, após regulamentação pela Susep, especificando claramente como público-alvo a população de baixa renda. As coberturas atualmente definidas para o produto popular pela Susep, tais como cobertura básica para morte por qualquer causa, cobertura adicional de auxílio funeral e cesta básica, atenderiam plenamente à demanda. Essas características proporcionam um importante papel de proteção social ao produto. Essa operação deverá ser desenvolvida através de agentes. Em uma segunda fase, o objetivo será operar com microempreendedores, garantindo os riscos específicos desse segmento, hoje totalmente desprovidos de proteção securitária. Uma etapa posterior será o desenvolvimento de uma rede de intermediários financeiros interessados em trabalhar com microsseguros junto a líderes das comunidades carentes. Mercado O microsseguro visa, primordialmente, a preservar, através de proteção securitária, a situação socioeconômica pessoal ou familiar da população de baixa renda. A população de baixa renda do Brasil, para efeitos de microsseguro, é o segmento da população com rendimento mensal per capita de até três salários mínimos nacional. Essa definição levou em consideração não somente as conclusões dos estudos no âmbito do GT Susep, mas também o nível de renda per capita da população brasileira, que é de cerca de três salários mínimos. Conforme apurado pelo IBGE através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD – 2006), esse contingente populacional é de 85 milhões de pessoas. É importante que esse conceito de baixa renda seja incorporado à regulamentação específica da Susep, para disseminar um consenso sobre seu entendimento por todas as partes envolvidas e ou interessadas. Um ponto importante a ser considerado na segmentação de mercado baseada nas características do perfil do consumidor potencial é que ele é predominantemente urbano. É para esse segmento que os esforços de comercialização devem ser dirigidos. Outra característica relevante na formulação de planos de marketing é que a quase totalidade dos domicílios urbanos é servida por prestadores de serviços de energia 06-Microsseguros-Vol 2.p65 324 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 325 elétrica. Além disso, uma parcela relevante é atendida por outros serviços, cujos prestadores são também potenciais canais de distribuição de produtos de microsseguro, atuando ainda como redes de arrecadação de prêmios. Gráfico 1 – Classes de Rendimento Mensal em Salários Mínimos Em milhares de pessoas Fonte: IBGE – PNAD 2006 Estrutura Organizacional Considerando o objetivo do negócio (montagem de uma unidade de microsseguros) e a fase inicial dos objetivos estratégicos, pressupõe-se a existência de uma seguradora que opere o ramo vida, devidamente constituída e organizada para operar o produto eficientemente, alcançando seus objetivos comerciais estabelecidos na fase de planejamento. Dentre as atividades desenvolvidas especificamente por uma seguradora de vida na condução de seus negócios, podemos destacar a identificação das necessidades dos clientes no segmento de mercado que vai concentrar os esforços. Após a etapa de identificação clara do mercado-alvo e do tipo de produto que este deseja e necessita, segue-se a etapa de desenvolvimento do produto. Nessa etapa desenvolve-se a formatação do produto, sua precificação, a estratégia de comercialização, 06-Microsseguros-Vol 2.p65 325 30/6/2010, 17:04 326 • Microsseguros: Série Pesquisas seus canais de distribuição, as diretrizes para subscrição, os procedimentos do serviço de atendimento ao consumidor (SAC) e os procedimentos de regulação de sinistros. O próximo passo é a atividade de distribuição dos produtos que, pelas características e peculiaridades do microsseguro, envolverá um grande número de agentes. Esses agentes deverão ter um treinamento específico, para um entendimento claro do produto que irão vender. Outra importante atividade é a administração dos produtos, englobando o processamento da proposta, subscrição, emissão, prestação de serviços aos segurados e regulação do sinistro. É de suma importância mencionar o grupo de atividades que visa a assegurar o êxito da seguradora, para que seja possível cumprir com suas obrigações para com os segurados e proporcionar lucratividade aos seus acionistas. Esse grupo de atividades engloba a gestão dos investimentos, a garantia da solvência e rentabilidade, o cumprimento das exigências quanto aos demonstrativos financeiros e o cumprimento das demais obrigações legais. A unidade de microsseguros, dependendo da estrutura organizacional da seguradora, poderá ser caracterizada como uma Superintendência ou Departamento de Microsseguros. Esse departamento, no desempenho de suas atividades operacionais, deverá interagir continuamente com todas as áreas funcionais de uma seguradora de vida, tais como: atuária, subscrição, marketing, SAC, sinistros, investimentos, contabilidade, jurídico, fiscalização, RH e Sistemas de Informação. Por outro lado, as atividades de uma seguradora de vida exigem significativa integração e coordenação entre as suas várias áreas funcionais. Pelas peculiaridades do produto e adotando-se a concepção de um departamento inserido na estrutura de uma seguradora, a forma mais adequada de organização e que proporcionaria uma gestão mais eficiente é a de um centro gerador de resultados. Dependendo da dinâmica de sua evolução, em termos de dimensão dos negócios e diversificação de áreas geográficas de operação, o centro gerador de resultados evoluirá para uma unidade estratégica de negócios, com mais autonomia e independência da empresa-mãe. O departamento, como um centro gerador de resultados, será responsável por suas próprias receitas e despesas. A estrutura pode ser bastante compacta, com um Superintendente ou Gerente responsável pela rentabilidade do departamento e alguns supervisores, fazendo a interface ora com os agentes na ponta da produção, ora com as áreas de apoio nos diversos canais de ligação com a seguradora. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 326 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 327 De modo a permitir que a alta gerência avalie com clareza o desempenho do Departamento de Microsseguros, em termos de rentabilidade e de evolução dos negócios, em relação às metas estabelecidas, é imprescindível a adoção de critérios técnicos de apropriação de custos. Esses critérios poderão se basear em rateios, a partir da intensidade e da freqüência de utilização dos setores de apoio da seguradora. À medida que os negócios do departamento forem evoluindo, a experiência vai mostrar que alguns rateios poderão não ser significantes para a avaliação de desempenho, enquanto outros merecerão maior atenção, por seus efeitos mais relevantes nos resultados do departamento. Cenário Econômico Inflação O primeiro elemento de fundamental importância na montagem dos cenários econômicos é o comportamento da inflação. Contador, Ferraz e Azevedo (1999, p. 9-25), ao analisarem a experiência internacional, comprovam que a taxa de inflação tem impacto significativo sobre o setor de seguros, aí incluído o segmento de vida e não vida, acarretando diferentes padrões de crescimento. Uma vasta bibliografia suportada por evidências empíricas conclui que a inflação afeta negativamente o setor e foi um dos fatores mais atuantes na inibição do mercado brasileiro e de outros países com cultura inflacionária.Verifica-se que a taxa de inflação prejudica o mercado, tanto pelo lado da demanda quanto pelo lado da oferta. No primeiro caso, tem-se a deterioração da distribuição de renda, o que reduz a massa de potenciais consumidores. Já pelo lado da oferta, as sociedades seguradoras são prejudicadas, na medida em que a inflação confunde os ajustes contábeis e a rentabilidade das reservas e dos planos atuariais. Além disso, percebe-se que os lucros e a estrutura de capital das sociedades seguradoras são afetados pelo impacto da inflação sobre a taxa de juros. A implantação do Plano Real, em julho de 1994, trouxe vários benefícios macroeconômicos para o Brasil. Obteve-se o controle da inflação, o fim da indexação e a estabilidade da moeda. Esses fatores propiciaram ao investidor um maior horizonte de investimentos, uma vez que em períodos de inflação alta não há razão, nem ambiente favorável, para investir ao longo prazo. A estabilidade trazida pelo Plano Real gerou a demanda por novos produtos e serviços e abriu uma janela de oportunidades para as sociedades seguradoras, no que se refere à captação de poupanças privadas. Em relação à cobertura por sobrevivência, até o início do ano de 2002, no mercado brasileiro, não existiam muitos planos comercializados pelas sociedades seguradoras 06-Microsseguros-Vol 2.p65 327 30/6/2010, 17:04 328 • Microsseguros: Série Pesquisas com esse tipo de cobertura. Isso decorria, em grande parte, do processo inflacionário vivenciado pela economia do país, ao longo da década de 80 e na primeira metade da década de 90. Ao analisarmos o comportamento mais recente da inflação, através da variação do IPCA, que é o índice oficial que mede a inflação ao nível do consumidor, verificamos que, ao longo de 2008, as variações mensais estiveram quase sempre abaixo da faixa de 0,45% / 0,55%, com exceção de maio e junho. Em janeiro de 2009, o IBGE divulgou uma inflação ao consumidor, que mostrou um ritmo mais forte do que o esperado, subindo 0,48%, acima portanto, da taxa de 0,28% de dezembro de 2008, mas abaixo da taxa de 0,54% verificada em janeiro de 2008. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou variação de 5,84%. Gráfico 2 – Comportamento da Inflação ao Consumidor IPCA (% mês a mês) Fonte: IBGE A meta perseguida pelo Governo ao longo de 2009 é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Após a deflagração da atual crise econômica global, com a consequente desaceleração da economia brasileira, é natural que a taxa a ser perseguida pelas autoridades monetárias seja mais baixa que a atual. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 328 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 329 Considerando que ainda é cedo para se ter uma visão clara dos efeitos e da duração da atual crise, recomenda-se trabalhar com um cenário de inflação de 4% ao ano, um pouco abaixo do centro da meta, para os anos de 2009, 2010 e 2011. Taxa de Juros O segundo componente do cenário econômico é o referente aos níveis das taxas de juros. Diversos estudos já demonstraram os profundos reflexos que essas taxas e suas variações têm na economia como um todo – e no mercado de seguros em particular. Esses reflexos se fazem sentir tanto do lado da demanda, pelos segurados, quanto pelo lado da oferta, por parte das seguradoras. No primeiro caso, afeta substancialmente o processo de tomada de decisões do segurado, na busca de otimização das aplicações de seus limitados recursos. Por outro lado, pode provocar efeitos positivos ou negativos na rentabilidade/lucratividade das seguradoras, bem como mudanças na gestão de seus investimentos. A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o mais importante instrumento de política monetária. Essa taxa tem se mantido em níveis reais muito elevados, colocando o Brasil entre as economias com os juros mais altos do mundo. A partir de setembro de 2007, a Selic vinha apresentando um crescimento constante, até alcançar o patamar de 13,75% ao ano em setembro de 2008, permanecendo nesse nível até 20 de janeiro de 2009. A manutenção desses níveis de taxa refletia a preocupação das autoridades monetárias com o nível de atividade da economia, que dava sinais de aquecimento até novembro de 2008. Na reunião do Conselho de Política Monetária – Copom de 21 de janeiro de 2009, foi decidida uma mudança drástica na tendência da Selic, com a redução de um ponto percentual para 12,75% ao ano. Os dados divulgados pelo IBGE sobre o desempenho do setor industrial, no último trimestre de 2008, registraram uma forte retração na atividade daquele setor. Essa retração se refletiu em uma queda acentuada do PIB – de 3,6%, entre outubro e dezembro de 2008 – em relação ao trimestre anterior. Com a forte desaceleração da economia, surgiu um espaço para a aplicação de uma política monetária mais agressiva, com cortes mais frequentes da taxa básica de juros. Confirmando essa expectativa do mercado, em 11 de março de 2009 o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic de 12,75% para 11,25% ao ano. Embora a redução da taxa básica de juros tenha sido significativa, o nível fixado ainda é considerado alto pela maioria dos analistas de mercado. Entretanto, se confirmada a tendência de baixa nas próximas fixações de taxa Selic, podemos esperar mudanças relevantes nas decisões a serem tomadas pelos agentes econômicos. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 329 30/6/2010, 17:04 330 • Microsseguros: Série Pesquisas Tabela 1 – Evolução da Taxa Selic (ao ano em %) 06/06/2007 12,00 04/06/2008 12,25 18/07/2007 11,50 23/07/2008 13,00 05/09/2007 11,25 10/09/2008 13,75 17/10/2007 11,25 29/10/2008 13,75 05/12/2007 11,25 10/12/2008 13,75 23/01/2008 11,25 21/01/2009 12,75 05/03/2008 11,25 11/03/2009 11,25 16/04/2008 11,75 Fonte: Banco Central do Brasil É importante ressaltar que o nível da taxa Selic indica o piso, enquanto a sua variação sinaliza a tendência para o mercado financeiro em geral. Entretanto, as taxas praticadas nas diversas modalidades de crédito oferecidas ao consumidor estão em níveis bem mais altos e apresentam variações significativas entre as diversas instituições de crédito. Isso ocorre porque os spreads, diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é cobrado aos clientes, têm crescido constantemente e apresentam grandes diferenças entre as diversas instituições. Esse aumento dos spreads tem neutralizado a queda da taxa básica de juros da economia, como a que ocorreu em janeiro de 2009. Esse aumento dos spreads, combinado com a deterioração do mercado de trabalho, a partir do final de 2008, tem provocado efeitos perversos na inadimplência das pessoas físicas (atrasos acima de 90 dias). Segundo os dados do Banco Central, a inadimplência para as diversas modalidades de crédito atingiu 8,3% das operações de crédito em dezembro de 2008. Segundo os estudos da Faculdade de Informática e Administração Paulista – FIAP, cerca de 60% das famílias com rendimentos de até três salários mínimos começaram o ano de 2009 com alguma conta atrasada. O número é maior que os 45% verificados no início de 2008. A elevação da inadimplência está se refletindo também nos resultados dos bancos que já anunciaram a constituição de elevadas provisões para se protegerem de futuras perdas. Considerando o quadro descrito anteriormente e os sinais claros de desaquecimento da economia ao final de 2008, segundo pesquisa do IBGE, os analistas do mercado financeiro entendem que existe espaço para quedas mais frequentes da taxa Selic. Sendo assim, e em compatibilidade com o cenário de metas de inflação, é realista a adoção de uma projeção da taxa Selic em um patamar de 10% ao ano para 2009, de 9% ao ano para 2010 e de 8% ao ano para 2011. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 330 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 331 Nível de Atividade Os impactos diretos da atual crise econômica mundial sobre a economia brasileira se fazem sentir, principalmente, em duas frentes claramente distintas. A primeira é através do mercado financeiro que, com a desregulamentação da conta de capitais, proporcionou uma liberdade maior aos fluxos de capitais, para a compra e venda de ações, títulos e outros papéis. Os impactos imediatos se materializaram na queda da Bolsa de Valores e na desvalorização do câmbio. Além disso, a redução da liquidez nos mercados financeiros internacionais vem implicando um aumento do custo do refinanciamento externo para empresas brasileiras, além da diminuição do crédito interno para as empresas exportadoras. A outra frente é o comércio internacional, em razão do acentuado desaquecimento que está ocorrendo nas economias dos EUA, Europa e Japão. Os impactos no balanço de pagamentos, que já vinham ocorrendo antes da crise, se refletiram na queda da demanda e dos preços internacionais das commodities, que englobam a parte majoritária das exportações brasileiras. Os dados sobre a balança comercial divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior registraram uma queda acentuada das exportações no último trimestre de 2008, provocando uma perda de US$ 8,3 bilhões nesse período. Além desse resultado negativo ao final de 2008, a crise econômica global fez com que, em janeiro de 2009, o comércio exterior brasileiro registrasse o pior resultado mensal dos últimos oito anos. A balança comercial apontou um déficit de US$ 518 milhões. O último resultado negativo mensal ocorreu em março de 2001, quando o déficit ficou em US$ 272 milhões. Fica evidenciado que, em ambas as frentes, financeira e comercial, a vulnerabilidade externa da economia brasileira se manifestou, criando restrições à capacidade de crescimento e, por consequência, causando efeitos perversos no nível de emprego. Em relatório divulgado em janeiro de 2009, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu as previsões de crescimento econômico divulgadas em novembro de 2008. A nova previsão é de que a economia mundial cresça apenas 0,5% em 2009, o que se caracteriza como a expansão mais fraca desde a Segunda Guerra Mundial. Isso significa uma queda acentuada em relação à previsão anterior, feita em novembro de 2008, de um crescimento de 2,2% em 2009. Aquela previsão estava fundamentada na premissa de que as economias emergentes lograriam conter a desaceleração dos países ricos e até mesmo apresentar um crescimento compensatório. Mas não foi o que ocorreu, e logo países como os BRICs passaram a acusar os efeitos da crise. Na mesma revisão do FMI, a previsão de crescimento em 2009 para o Brasil caiu de 3% para 1,8%. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 331 30/6/2010, 17:04 332 • Microsseguros: Série Pesquisas As projeções dos analistas sobre o comportamento da economia brasileira também estão sendo revistas após a divulgação dos dados da Pesquisa Mensal no Setor Industrial, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes a dezembro de 2008. Os números apontam uma forte queda no desempenho da indústria brasileira em dezembro de 2008. A produção do setor caiu 12,4% frente a novembro de 2008, e 14,5% contra dezembro de 2007, sendo as maiores quedas já observadas desde 1991 nas pesquisas do IBGE. O mais grave é que foi registrado o terceiro mês seguido de retração, na comparação com o mês anterior, o que significou uma queda de produção de 19,8% no último trimestre de 2008. Tabela 2 – Evolução a Produção Industrial – Ano 2008 em % FRENTE AO MÊS ANTERIOR FRENTE AO MESMO MÊS DE 2007 JANEIRO 1,6 JANEIRO 8,7 FEVEREIRO -0,6 FEVEREIRO 9,7 MARÇO 0,6 MARÇO 1,5 ABRIL 0,2 ABRIL 10,0 MAIO -0,9 MAIO 2,4 JUNHO 3,0 JUNHO 6,5 JULHO 1,2 JULHO 8,8 AGOSTO -1,3 AGOSTO 1,9 SETEMBRO 1,4 SETEMBRO 9,7 OUTUBRO -1,4 OUTUBRO 1,1 NOVEMBRO -7,2 NOVEMBRO -6,4 DEZEMBRO -12,4 DEZEMBRO -14,5 Fonte: Pesquisa Mensal no Setor Industrial – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em 03/02/2009 Como reflexo direto dessa queda de produção, a indústria brasileira cortou 1,8% do seu pessoal em dezembro, frente a novembro, na maior queda desde 2001, início da série histórica da pesquisa do IBGE. Anteriormente, o corte de 0,7% em outubro de 2003 havia sido o pior. Três meses seguidos de demissões diminuíram em 2,5% o total de empregados no setor. Somente na indústria paulista, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), foram demitidos 130.000 empregados em dezembro de 2008, depois de já terem sido dispensados 30.000 em novembro. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 332 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 333 A deterioração do setor externo e a acentuada desaceleração do setor industrial provocaram reflexos no desempenho da economia brasileira no último trimestre de 2008. Segundo dados divulgados pela Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma queda de 3,6% no quarto trimestre, em relação ao trimestre anterior. Mesmo com essa queda recorde no final do ano, o PIB brasileiro fechou o ano de 2008 com uma expansão de 5,1%, totalizando R$ 2,9 trilhões. Gráfico 3 – Desempenho da Economia Produto Interno Bruto (PIB) – Variação Frente ao trimestre Anterior (em %) Fonte: IBGE O cenário para o ano de 2009 é bastante sombrio, apontando para um crescimento fraco do PIB, com uma elevação de cerca de 1%. Um possível início de recuperação da economia brasileira, no final de 2009, vai depender da situação mundial. Essa situação atualmente é pior do que em ciclos de recuperação anteriores. Concretizando-se essa recuperação, pode ser projetado um crescimento do PIB de 3% para o ano de 2010, e de 4% para o ano de 2011. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 333 30/6/2010, 17:04 334 • Microsseguros: Série Pesquisas Projeções Financeiras Balanço Patrimonial O balanço patrimonial é um relatório importante da contabilidade das seguradoras. Esse relatório apresenta o perfil patrimonial da empresa, em determinado instante. Sua apresentação, em forma de razão contábil, mostra os bens e direitos da empresa, representados pelas contas do Ativo, do lado esquerdo. As contas do Passivo, representando as obrigações perante terceiros ou em relação aos sócios, são apresentadas do lado direito. Na modelagem do projeto do Departamento de Microsseguros foi considerado que o Resultado Líquido de cada período é transferido, automaticamente, para a seguradoramãe e incorporado ao seu patrimônio líquido. Sendo assim, não se aplica uma análise de balanço patrimonial para um Departamento de Microsseguros. As projeções financeiras foram dirigidas principalmente para o Fluxo de Caixa Livre. Demonstrativo de Resultados e Fluxo de Caixa Na montagem do projeto-piloto do Departamento de Microsseguros de uma seguradora tradicional foram adotadas as premissa básicas apresentadas a seguir. a) Produto – esse departamento operaria, em uma fase inicial, um produto de seguro de vida em grupo. b) Investimentos pré-operacionais – foram considerados os investimentos exigidos para cobrir os custos de desenvolvimento, implementação e lançamento do produto. Uma parcela considerável desses investimentos refere-se ao desenvolvimento de sistemas de informação. Esses sistemas são cruciais para atender, de maneira eficaz, a administração e a operação do produto microsseguro no ramo de seguro de vida em grupo. O desembolso mais expressivo, de R$ 700.000,00, ocorre no primeiro ano. Para o segundo e o terceiro ano, foram orçados investimentos de R$ 200.000,00 em cada período. c) Vendas – o total de bilhetes colocados por ano crescerá, paulatinamente, a partir de 20.000 bilhetes no primeiro ano operacional, até alcançar o patamar de 100.000 bilhetes após o quarto ano de operações. O prêmio bruto foi orçado em R$ 5,00 ao mês por bilhete. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 334 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 335 Tabela 3 – Investimentos Pré-operacionais em R$ Natureza do investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Desenvolvimento do produto, implementação e lançamento 200.000 50.000 50.000 Programas de marketing e campanhas 200.000 40.000 40.000 Desenvolvimento e implantação de sistemas de administração e operação 100.000 30.000 30.000 Sistemas de controle de produção e comissões de agentes 100.000 30.000 30.000 Programas de treinamento de agentes 100.000 50.000 50.000 Total de investimentos 700.000 200.000 200.000 d) Coberturas e importâncias seguradas – a cobertura básica contratada é de morte por qualquer causa, com uma importância segurada de R$ 15.000,00. A cobertura adicional é para auxílio-funeral, com indenizações de até R$ 1.500,00. Para efeito deste estudo, foi adotada uma taxa média de mortalidade, estimada em 1,7 mortes por mil pessoas, independente do sexo ou faixa etária. e) Comissões e despesas – os agentes receberão comissões de 15% sobre o prêmio bruto. As despesas administrativas e operacionais foram orçadas em R$ 180.000,00 ao ano, nos dois primeiros anos, e em R$ 200.000,00 nos anos subsequentes. Tabela 4 – Despesas Administrativas e Operacionais em R$ Natureza das despesas Ano 1 Ano 2 Ano 3 em diante Salários e encargos (1 gerente e 2 supervisores) 120.000 120.000 133.000 Despesas administrativas (manutenção escritório, informática, apoio de outras gerências) 60.000 60.000 67.000 Total de despesas 180.000 180.000 200.000 f) Receitas Financeiras – as receitas financeiras representam um retorno de R$ 13.000,00 ao ano, sobre um investimento financeiro de R$ 100.000,00, realizado no início da fase operacional. g) Tributos – para efeito dessas projeções, foi assumida uma tributação de 25% sobre o Resultado Operacional. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 335 30/6/2010, 17:04 336 • Microsseguros: Série Pesquisas O resultado das projeções financeiras está apresentado no demonstrativo a seguir, em que os valores do lucro líquido, combinados com os investimentos pré-operacionais formam o fluxo de caixa livre. Tabela 5 – Investimentos Pré-operacionais em R$ Ano 0 700.000 Ano 1 200.000 Ano 2 200.000 Tabela 6 – Demonstração de Resultados em R$ Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Bilhetes 20000 50000 70000 100000 100000 Prêmios 1200000 3000000 4200000 6000000 6000000 Sinistros 561000 1402500 1963500 2805000 2805000 Comissões 180000 450000 630000 900000 900000 Lucro Bruto 459000 1147500 1606500 2295000 2295000 Desp. Adm/Oper 180000 180000 200000 200000 200000 Receitas Financ 13000 13000 13000 13000 13000 Res Operacional 292000 980500 1419500 2108000 2108000 Tributos 73000 245125 354875 527000 527000 Lucro Líquido 219000 735375 1064625 1581000 1581000 Análise de Sensibilidade Os métodos tradicionais de avaliação de projetos de investimento são baseados na análise de indicadores determinísticos em poucos cenários; um cenário pessimista, um cenário otimista e um cenário mais provável. Entretanto, a realidade pode não ser captada por esses indicadores, devido à complexidade e às incertezas do mercado. Na maioria das vezes, a tomada de decisões quanto à viabilidade de um projeto de investimento é realizada em um ambiente de incerteza. Isso dificulta a avaliação de um projeto, quando são utilizados indicadores determinísticos. Atualmente, utilizam-se técnicas de simulação no processo de avaliação da eficiência de um projeto. Essas técnicas, que minimizam as incertezas, são importantes ferramentas de apoio à tomada de decisões. Com essas técnicas, os indicadores deixam de ser 06-Microsseguros-Vol 2.p65 336 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 337 determinísticos e passam a ser estocásticos, ou seja, probabilísticos. A técnica de simulação, usando o método de Monte Carlo, é uma abordagem sofisticada, baseada em estatística. A aplicação dessa técnica, em análises de sensibilidade na avaliação de projetos, requer a geração de fluxos de caixa livres, usando distribuições probabilísticas dos critérios de decisão adotados. Esse processo é repetido por muitas vezes, reduzindo a incerteza na tomada de decisões. A Simulação de Monte Carlo é utilizada no presente estudo para a análise de sensibilidade dos parâmetros Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR). A combinação da simulação da modelagem desses dois parâmetros fornece mais ferramentas para a decisão sobre o projeto em questão. O Valor Presente Líquido corresponde à diferença entre o valor presente das entradas projetadas no fluxo de caixa e o valor presente dos investimentos pré-operacionais. Os fluxos positivos e negativos são descontados, de modo a considerar o valor do capital ao longo do tempo. A taxa utilizada para refletir o custo de oportunidade do capital é denominada Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa a taxa à qual o investidor poderia aplicar o capital, com um risco muito baixo. Na análise de sensibilidade do VPL foi utilizada uma TMA de 12%. Após executada a simulação, através de 1030 iterações, representando inúmeras situações, obteve-se a distribuição de probabilidade do VPL (Anexo 2). Essa distribuição de probabilidade está apresentada no gráfico abaixo. Gráfico 4 – Distribuição de Probabilidade do VPL Em R$ milhões 06-Microsseguros-Vol 2.p65 337 30/6/2010, 17:04 338 • Microsseguros: Série Pesquisas Através dos resultados da simulação com o VPL foram encontrados o valor mínimo de R$ 8 milhões e o valor máximo de R$ 17 milhões. O valor médio do VPL apurado nas simulações foi de R$ 11,3 milhões. A região com maior probabilidade de ocorrência do VPL se situa entre R$ 9,5 milhões e R$ 13 milhões, com 80% de probabilidade de ocorrer o VPL nesta faixa de valores. A análise de sensibilidade, representada na curva de distribuição de probabilidade, confirma a viabilidade do projeto do Departamento de Microsseguros em inúmeras situações simuladas para o VPL. Outro parâmetro analisado é a Taxa Interna de Retorno. A TIR é a taxa de desconto que anula o Valor Presente Líquido (VPL) do fluxo de caixa. Projetos que apresentem uma TIR superior à Taxa Mínima de Atratividade (TMA) são considerados viáveis economicamente. Essa taxa está intimamente ligada ao VPL. Quando a TIR é superior à TMA é uma indicação de um VPL positivo e, portanto, trata-se de um projeto viável. Quanto maior for essa diferença a favor da TIR em relação à TMA, maior será a atratividade do retorno sobre o investimento. Analogamente às simulações executadas para o VPL, foram efetuadas 1030 iterações do modelo, representando várias situações com relação à TIR (Anexo 3). Os resultados das simulações geraram a distribuição de probabilidade da TIR que está representada no gráfico a seguir. Gráfico 5 – Distribuição de Probabilidade da TIR 06-Microsseguros-Vol 2.p65 338 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 339 O valor médio encontrado para a TIR foi de 45,4%, que é uma taxa que significa um alto grau de atratividade para o retorno dos investimentos. O valor mínimo encontrado foi de 40,0%, e o valor máximo, de 51,5%. O nível de sofisticação dos resultados proporcionado pela utilização do método de Monte Carlo é bem superior ao que se alcança quando são usados os métodos tradicionais. Perguntas com relação à probabilidade de se alcançar uma TIR superior a um determinado valor são rapidamente respondidas, como por exemplo, a probabilidade de uma TIR superior a 46,5% é de 30,0%, ou a probabilidade de uma TIR superior a 47,5% é de 18,0%. Essa flexibilidade alcançada através da distribuição de probabilidade da TIR fornece inúmeros e valiosos subsídios ao tomador de decisões. Várias outras considerações podem ser feitas a partir da distribuição de probabilidade da TIR. A determinação, por exemplo, da região com maior probabilidade de ocorrência da TIR é de extrema importância no processo decisório sobre um projeto. Na presente simulação, pode-se inferir que há 90% de probabilidade da TIR se situar em uma faixa entre 41,0% e 50,5%. Essa medida transmite uma enorme confiança ao investidor, de que a TIR deverá estar em um intervalo bem acima da Taxa Mínima de Atratividade de 12,0%. Essa magnitude da TIR atribui um elevado grau de atratividade ao retorno sobre os investimentos exigidos pelo Departamento de Microsseguros. Política de Investimentos A gestão dos investimentos relativos ao Departamento de Microsseguros será desenvolvida dentro da estrutura organizacional da seguradora à qual esse departamento esteja vinculado. O Departamento de Investimentos da seguradora conduz essas atividades funcionais dentro das normas estabelecidas na empresa. Conforme definido nas premissas básicas da montagem do projeto do Departamento de Microsseguros, o produto inicialmente operado seria de vida em grupo. Nos seguros de vida em grupo, as apólices são emitidas como apólices de seguro de vida temporário, com opção de renovação anual. Admite-se também que os prêmios são suficientes para cobrir benefícios e despesas esperados para o ano corrente. Sendo assim, o retorno sobre os investimentos não é um fator importante no cálculo da taxa do prêmio. Além disso, considerando a característica de curto prazo da cobertura, não há a obrigatoriedade do estabelecimento de reservas técnicas. Nas projeções financeiras foi considerada uma carteira de investimentos, constituída no início das operações, no valor de R$ 100.000,00. O retorno esperado de R$ 13.000,00 por ano seria utilizado no custeio de pequenas despesas administrativas, sem haver necessidade de recorrer a transferências da empresa-mãe. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 339 30/6/2010, 17:04 340 • Microsseguros: Série Pesquisas Política de Tecnologia da Informação A política de tecnologia da informação (T.I.) do Departamento de Microsseguros deve ser conduzida no âmbito da política geral de T.I. da seguradora a que esse departamento estiver vinculado. Uma seguradora deve gerenciar suas informações de maneira eficaz, de modo a se tornar mais competitiva do que suas concorrentes. Dessa forma, poderá também prestar um serviço de melhor qualidade a seus clientes. O gerenciamento eficaz da informação requer a utilização de tecnologia computadorizada. O uso dessa tecnologia pressupõe investimentos elevados no desenvolvimento de sistemas. No caso de um Departamento de Microsseguros, operando dentro da estrutura organizacional de uma seguradora, somente uma pequena parcela desses investimentos seria absorvida. Esse ônus poderia ser atribuído, proporcionalmente, à razão das vendas de microsseguro em relação ao total das vendas da seguradora. Outra forma de custeio seria através de um rateio na razão da frequência de utilização dos sistemas de informação da seguradora pelo Departamento de Microsseguros. O principal conjunto de sistemas de informação utilizados por um Departamento de Microsseguros compreende os sistemas que registram as suas transações comerciais. Outro importante conjunto de sistemas de informação usa os dados dos sistemas de registro de transações e gera relatórios gerenciais. Esses relatórios são de grande utilidade, para a gerência do departamento, na avaliação do desempenho da unidade de negócios. Eles também são úteis no auxílio à tomada de decisões, para a correção de desvios em relação às metas estabelecidas no planejamento. O produto microsseguro se reveste de características particulares, tais como: produto massificado, valor de prêmio relativamente pequeno, emissão de grande número de bilhetes, canais de comercialização diversificados, grande número de agentes e necessidade de liquidação rápida de sinistros. Essas características solicitam o desenvolvimento de sistemas especiais para uma gestão eficaz do produto microsseguro. Esses sistemas especiais devem ser gerenciados de forma descentralizada dos sistemas globais da seguradora, de modo a agilizar o processamento das informações. Essa descentralização, entretanto, não deve prejudicar a compatibilidade ou a possibilidade de integração com os sistemas globais da seguradora. A observação desse princípio permite que a alta administração possa sempre avaliar o desempenho da seguradora como um todo. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 340 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 341 Política de Resseguro Se as seguradoras aceitarem todos os riscos que lhes são oferecidos, podem colocar em risco a sua margem de solvência. Os principais mecanismos utilizados pelas seguradoras para a transferência de riscos são o cosseguro e o resseguro. O resseguro é utilizado quando a seguradora emite apólices com altos valores. Uma sequência de sinistros vultosos poderia comprometer a sua saúde financeira. Com o mecanismo do resseguro, uma seguradora transfere todo, ou em parte, o risco vultoso, para as outras seguradoras do mercado. No projeto do Departamento de Microsseguros, devido aos pequenos valores envolvidos nos sinistros, não se aplica a utilização do instrumento do resseguro. Bibliografia BRASIL – MINISTÉRIO DA FAZENDA. Resolução CNSP 88, de 19 de agosto de 2002 – critérios para realização de investimentos pelas seguradoras. Disponível em: <www.susep.gov.br/textos/resol088.htm>. Acesso em: 14 mar. 2009. BRUNI, Adriano Leal; FAMA, Rubens; SIQUEIRA, José de Oliveira. Análise de risco na avaliação de projetos de investimento: uma aplicação do método de Monte Carlo. Disponível em: <www.ead.fea.usp.br/ cad-pesq/arquivos/c6-art7.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2009. CASEMIRO, Luciana; RODRIGUES, Luciana. A ruptura do crescimento. O Globo, Economia. Rio de Janeiro, 11 de março de 2009. CONTADOR, Claudio R; FERRAZ, Clarisse B; AZEVEDO, Gustavo H. W. de. Análise e perspectivas do mercado brasileiro In; CONTADOR, Claudio R. (org) Desafios e oportunidades no mercado de seguros: uma coletânea de estudos, Rio de Janeiro: Ediouro, 1999, p. 9-25. DUARTE, Patrícia; RODRIGUES, Luciana. Ameaça de recessão derruba juros. O Globo, Economia. Rio de Janeiro, 12 de março de 2009. GALIZA, Francisco. Economia e seguro: uma introdução. Rio de janeiro: Funenseg, 2007. International Monetary Fund. Annual report 2008. Washington D.C., 2009. Disponível em: <www.imf.org>. Acesso em: 15 mar. 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Mensal – Desempenho da Indústria, mês de janeiro. Rio de Janeiro: IBGE, jan. 2009. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005/2006 – PNAD (2006). Rio de Janeiro: IBGE, 2006. LIMA, Eurico Cavalcanti Pincovsky de; VIANNA, Joana Coelho; LEVINO, Natallya de Almeida; MOTA, Caroline Maria de Miranda. Simulação de Monte Carlo auxiliando a análise de viabilidade econômica de projetos. Disponível em: <www.latec.uff.br/cneg/documentos/anais_cneg4/t7_0033_0196.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2009. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 341 30/6/2010, 17:04 342 • Microsseguros: Série Pesquisas MENDONÇA, Luiz Furtado de. O seguro em retalhos. Rio de Janeiro: Funenseg, 1997. RANDALL, Everett. Introdução à subscrição. Rio de Janeiro: Funenseg, 2000. RODRIGUES, Eduardo; DUARTE, Patrícia. Nocaute na indústria. O Globo, Economia. Rio de Janeiro, 10 de março de 2009. ROSA, Marilia Mattos da. Desafios de marketing para o mercado segurador. In; CONTADOR, Claudio R. (org) Desafios e oportunidades no mercado de seguros: uma coletânea de estudos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999, p. 54-67. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Circular Susep 311, de 27 de dezembro de 2005 – sobre elaboração do plano de negócios pelas seguradoras. Disponível em: <www.susep.gov.br/textos/ circ311.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2009. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Relatório Parcial – GT Microsseguros. Rio de Janeiro: Susep, ago. 2008. VILLAS BÔAS, Bruno; CASEMIRO, Luciana; D’ERCOLE, Ronaldo. Para analistas, PIB encolherá até 2% em 2009. O Globo, Economia. Rio de Janeiro, 11 de março de 2009. World Bank. Annual report 2008. Washington, D.C. 2009. Disponível em: <www.worldbank.org>. Acesso em: 15 mar. 2009. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 342 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 343 Anexo 1 – Circular Susep 311, de 27 de Dezembro de 2005 Dispõe sobre os elementos mínimos que deverão ser observados na elaboração do plano de negócios a ser apresentado à Susep pelas sociedades seguradoras, de capitalização e pelas entidades abertas de previdência complementar. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, na forma do art. 36, alínea “b”, do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, utilizando a faculdade outorgada pelo art. 16 da Resolução CNSP 73, de 13 de maio de 2002, e tendo em vista o que consta do Processo Susep 15414.001910/2005-38, R E S O L V E: Art. 1o Estabelecer os elementos mínimos que serão observados na elaboração do plano de negócios a ser apresentado à Susep pelas sociedades supervisionadas, quando solicitado pela Autarquia. Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Circular, consideram-se como sociedades e entidades supervisionadas as sociedades seguradoras, de capitalização e entidades abertas de previdência complementar. Art. 2o O plano de negócios deverá conter o planejamento da sociedade ou entidade supervisionada para o prazo de 3 (três) anos, contado de sua elaboração. Art 3o As empresas devem elaborar ou atualizar seus planos de negócios, no mínimo até a data da entrega das demonstrações financeiras de cada ano, contendo o horizonte temporal mínimo de planejamento previsto no art. 2o desta Circular, podendo tal plano ser solicitado a qualquer tempo pela Autarquia. § 1o O plano de negócios deverá ser assinado por, no mínimo, dois diretores da sociedade ou entidade supervisionada. 06-Microsseguros-Vol 2.p65 343 30/6/2010, 17:04 344 • Microsseguros: Série Pesquisas § 2o O servidor da Susep que solicitar o envio do plano de negócios deverá tomar todas as providências para a manutenção de sua confidencialidade, nos termos da regulamentação complementar a ser editada pela Susep. § 3o O envio do plano de negócios somente poderá ser solicitado pelos Chefes de Departamento. § 4o No caso de empresas em processo de início das atividades ou em transferência de controle o plano de negócios deve ser elaborado e entregue à Susep no momento da submissão do processo para pedido de aprovação. Art. 4o O plano de negócios deverá apresentar, no mínimo, os seguintes itens: I – objetivos estratégicos da sociedade supervisionada; II – detalhamento da estrutura organizacional, compatível com o seu plano de negócios e com clara determinação das responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da sociedade supervisionada; III – descrição do cenário econômico no qual a sociedade ou entidade supervisionada espera fazer negócios; IV – projeções financeiras, evidenciando a evolução patrimonial no período, com a identificação das fontes de captação que viabilizem essa evolução; V – política de investimentos; VI – política da sociedade relativamente à tecnologia da informação – TI; VII – ramos onde a sociedade ou entidade supervisionada pretende atuar e as participações previstas destes na sua receita total; e VIII – política de resseguro. Art. 5o A descrição do cenário econômico prevista no inciso III do art. 4o desta Circular deverá contemplar os seguintes parâmetros: I – taxa de juros, projetada para os seguintes casos: a) taxa básica da economia; b) taxa de remuneração do ativo; e c) taxa de remuneração do passivo. II – inflação projetada 06-Microsseguros-Vol 2.p65 344 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 345 III – taxa de expansão econômica projetada, considerando os índices de desempenho econômico mais relacionados às receitas de vendas esperadas. Art. 6o As projeções financeiras deverão ser elaboradas considerando intervalos trimestrais, para o cenário referido no inciso III do art. 4o desta Circular, com os itens abaixo designados: I – balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício; e II – fluxo de caixa expresso em reais. Parágrafo único. As atividades evidenciadas no fluxo de caixa do inciso II deste artigo devem estar segregadas em atividades operacionais, atividades de investimento, atividades de financiamento e saldo final (acréscimo ou decréscimo de caixa). Art. 7o Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se imediatamente aos processos de autorização de transferências de controle e funcionamento de novas sociedades ou entidades e, para as sociedades ou entidades já autorizadas a operar pela SUSEP, a partir do exercício de 2007, devendo o plano de negócios ser elaborado até 31 de dezembro de 2006. RENÊ GARCIA JR. Superintendente 06-Microsseguros-Vol 2.p65 345 30/6/2010, 17:04 346 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 2 – Resultados da Simulação – Valor Presente Líquido Bloco Frequência % % ac. Prob> 6,0 0 0,00 0,00 99,00 6,5 0 0,00 0,00 99,00 7,0 0 0,00 0,00 99,00 7,5 0 0,00 0,00 99,00 8,0 3 0,29 0,29 98,71 8,5 23 2,23 2,52 96,48 9,0 42 4,08 6,60 92,40 9,5 51 4,95 11,55 87,45 10,0 111 10,78 22,33 76,67 10,5 118 11,46 33,79 65,21 11,0 152 14,76 48,54 50,46 11,5 129 12,52 61,07 37,93 12,0 123 11,94 73,01 25,99 12,5 98 9,51 82,52 16,48 13,0 72 6,99 89,51 9,49 13,5 45 4,37 93,88 5,12 14,0 33 3,20 97,09 1,91 14,5 14 1,36 98,45 0,55 15,0 7 0,68 99,13 -0,13 15,5 6 0,58 99,71 -0,71 16,0 0 0,00 99,71 -0,71 16,5 2 0,19 99,90 -0,90 17,0 1 0,10 100,00 -1,00 17,5 0 0,00 100,00 -1,00 18,0 0 0,00 100,00 -1,00 18,5 0 0,00 100,00 -1,00 19,0 0 0,00 100,00 -1,00 19,5 0 0,00 100,00 -1,00 20,0 0 0,00 100,00 -1,00 Mais 0 0,00 100,00 -1,00 1030 100,00 06-Microsseguros-Vol 2.p65 346 30/6/2010, 17:04 Modelagem do Plano de Negócios de uma Unidade de Microsseguros • 347 Anexo 3 – Resultados da Simulação – Taxa Interna de Retorno Bloco Frequência % Acumulado Acum.inverso 39,0 0 0,000 0,000 100,000 39,5 0 0,000 0,000 100,000 40,0 1 0,097 0,097 99,903 40,5 5 0,485 0,583 99,417 41,0 9 0,874 1,456 98,544 41,5 32 3,107 4,563 95,437 42,0 35 3,398 7,961 92,039 42,5 61 5,922 13,883 86,117 43,0 71 6,893 20,777 79,223 43,5 70 6,796 27,573 72,427 44,0 54 5,243 32,816 67,184 44,5 71 6,893 39,709 60,291 45,0 95 9,223 48,932 51,068 45,5 71 6,893 55,825 44,175 46,0 80 7,767 63,592 36,408 46,5 72 6,990 70,583 29,417 47,0 61 5,922 76,505 23,495 47,5 59 5,728 82,233 17,767 48,0 60 5,825 88,058 11,942 48,5 42 4,078 92,136 7,864 49,0 37 3,592 95,728 4,272 49,5 16 1,553 97,282 2,718 50,0 13 1,262 98,544 1,456 50,5 10 0,971 99,515 0,485 51,0 3 0,291 99,806 0,194 51,5 2 0,194 100,000 0,000 100,000 0,000 Mais 0 0,000 total 1030 100,000 06-Microsseguros-Vol 2.p65 347 30/6/2010, 17:04 06-Microsseguros-Vol 2.p65 348 30/6/2010, 17:04 7 Operações de Microsseguros numa Seguradora Fernando Augusto Freitas de Araújo Conceituação Microsseguro e seu Público-Alvo De acordo com os estudos efetuados e discutidos na Comissão Consultiva de Microsseguros do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), ficou definido que “microsseguro é a proteção securitária fornecida por entidades autorizadas a operar no país, que visa, primordialmente, a preservar a situação socioeconômica, pessoal ou familiar da população de baixa renda, contra riscos específicos, mediante pagamento de prêmios proporcionais às probabilidades e aos custos dos riscos envolvidos, em conformidade com a legislação e os princípios de seguro globalmente aceitos”. Ainda segundo essa mesma comissão, ficou definido que o público-alvo é a “população de baixa renda do Brasil que, para efeitos de microsseguro, é o segmento da população com rendimento mensal per capita de até três salários mínimos nacional”. 349 07-Microsseguros-Vol 2.p65 349 30/6/2010, 17:01 350 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 1 – Classes de Rendimento Mensal Em milhares de pessoas Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2006 De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – PNAD 2006), o mercado potencial para microsseguro seria de cerca de 85 milhões de pessoas, considerando como consumidores potenciais aqueles com renda mensal per capita de até três salários mínimos, o que corresponde a quase 50% da população brasileira. Marco Regulatório Atual (Síntese) A regulação do microsseguro, em todo o mundo, é muito recente e, na maioria dos países, é ainda inexistente. Porém, alguns segmentos das microfinanças tiveram sua regulação implementada paulatinamente desde 20 anos atrás. A experiência nesse setor demonstrou que é imprescindível a adoção de uma regulação adequada e favorável, não só protegendo a estabilidade dos provedores, consumidores e do mercado como um todo, mas também ajudando a melhorar a habilidade dos provedores de prestar serviços aos segmentos de baixa renda, de uma maneira eficiente e eficaz. Atendendo às diretrizes governamentais, para incentivar o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros para a realidade da população de baixa renda e dos microempreendedores, formais e informais, a Superintendência de Seguros Privados 07-Microsseguros-Vol 2.p65 350 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 351 (Susep) vem, desde o ano de 2003, implementando uma série de ações, visando a estimular o desenvolvimento e a comercialização de produtos simplificados e de baixo custo para esses segmentos. As principais ações da Susep foram as seguintes: • Edição da Circular Susep 267/2004, sobre seguro de vida em grupo popular, estabelecendo Condições Gerais padronizadas e respectivos parâmetros (anexo 1). • Edição da Circular Susep 306/2005, sobre o seguro popular de automóvel, estabelecendo Condições Gerais padronizadas para o ramo (anexo 2). Outra medida importante de incentivo foi o Decreto 5.172/2004, que reduziu o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para o Ramo Vida, de 7% para 2%, chegando à alíquota zero em 2006. Essa medida provocou uma repercussão positiva na comercialização dos produtos do Ramo Vida em geral. Esse Decreto, entretanto, foi revogado em 2007. Essas ações estimularam as discussões sobre o microsseguro, já que o tema era desconhecido no mercado brasileiro até 2004, e sensibilizaram o mercado segurador. A partir de então, vários produtos de seguro surgiram, voltados para o consumidor de baixa renda, inspirados no desempenho favorável dos Seguros Populares de Vida. Existe um consenso entre reguladores e especialistas de que a maior parte das características pertinentes aos seguros tradicionais se aplica ao microsseguro, tais como: aspectos atuariais e contábeis, auditoria, documentação de apólice, resseguro, avaliação de desempenho e gerência técnica. O microsseguro é uma ferramenta de inclusão social e apresenta características peculiares, que exigirão, portanto, tratamento regulatório diferenciado. Os principais aspectos que devem merecer a atenção do regulador são: as formas de cobrança de prêmios, instabilidade da renda do segurado em potencial, agentes com pouca qualificação, pequeno valor das importâncias seguradas, necessidade de apólices simples e regulações de sinistros rápidas. Seguradora Especializada vs. Departamento de uma Seguradora Tradicional Considerando que o objetivo principal é o desenvolvimento e a futura implantação de uma unidade de negócios para operar microsseguros, temos que, inicialmente, refle- 07-Microsseguros-Vol 2.p65 351 30/6/2010, 17:01 352 • Microsseguros: Série Pesquisas tir sobre a forma e a estrutura dessa unidade. As características específicas do produto de microsseguro, tais como valor baixo de prêmio, pulverização dos canais de comercialização e necessidade de liquidações rápidas de sinistro, solicitam uma estrutura compacta, ágil e eficiente. O mercado para os produtos de microsseguro tem um potencial muito grande no Brasil, considerando o público-alvo de até três salários mínimos. Entretanto, o atual estágio de desenvolvimento desse mercado ainda é muito incipiente. Tendo em vista essas considerações preliminares, entendemos não ser adequada a criação de uma seguradora especializada em microsseguros. O objetivo principal pode ser alcançado pelo desenvolvimento de uma unidade de negócios operando microsseguros dentro da estrutura organizacional de uma seguradora tradicional. Dependendo da estrutura e do grau de autonomia que se atribua a esta unidade, ela pode ser caracterizada como uma Superintendência ou um Departamento de Microsseguros. Essa unidade, no desempenho de suas atividades operacionais, deverá estar continuamente interagindo com as áreas funcionais da seguradora. Embora esse departamento desfrute de uma certa autonomia operacional, ele deve sempre ser gerenciado como um centro gerador de resultado. Ou seja, este departamento será responsável gerencialmente por suas receitas e despesas. Relatórios gerenciais devem ser implantados para permitir que a alta gerência avalie com clareza o desempenho desse departamento. Essa avaliação de desempenho será conduzida em termos de metas de rentabilidade e de evolução dos negócios, estabelecidas na fase de planejamento. Cenário Econômico O risco é inerente a quase todas as atividades do ser humano. Os riscos econômicos são classificados, por sua natureza, em Riscos Puros e Riscos Especulativos. Os Riscos Puros são os que só produzem perdas e são os riscos considerados pelo segurado, ao adquirir uma apólice de seguros. Nesse caso, não existe, portanto, uma expectativa de um eventual ganho, mas sim a pura proteção patrimonial. Os Riscos Especulativos são aqueles presentes nas operações financeiras, podendo gerar perdas ou ganhos. Dependendo da atividade exercida, da natureza do bem, do tipo de risco e da sua propensão ao risco, o agente econômico opta por diferentes estratégias de proteção diante dos riscos encontrados. Essas estratégias podem variar, indo desde a total retenção do risco até a transferência parcial ou total desse risco, através da compra de um seguro. Galiza (2007, p. 22-36) faz uma série de considerações sobre alguns pré-requisitos para a existência de demanda e oferta de seguros. Esses conceitos são consolidados em 07-Microsseguros-Vol 2.p65 352 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 353 um modelo simplificado, considerando as principais variáveis componentes da demanda e da oferta de seguros. Do lado da demanda, os principais componentes são: nível de renda do agente econômico, o preço do seguro, a probabilidade de perda, o valor da perda com o sinistro e uma variável que representa a variação nas condições dos bens substitutos ao seguro. Do lado da oferta, os componentes são considerados a partir do lucro esperado da seguradora, que é o valor agregado das receitas e despesas de todos os seguros vendidos. As receitas são representadas pelo produto do preço pela importância segurada, que resulta no equivalente aos prêmios dos seguros. Já as despesas nas quais a seguradora espera incorrer são representadas pelo produto da probabilidade esperada de perdas pelo valor das indenizações com os sinistros. Finalmente, o modelo considera a variável que representa o custo de oportunidade do mercado, e também a variável da taxa de juros real. Considerando a natureza das variáveis do modelo, representando renda, valores esperados e custos de oportunidade, é razoável esperar impactos significativos nos resultados do modelo, face às variações nos preços, taxas de juros e do nível de renda. Contador, Ferraz e Azevedo (1999, p. 9-25) analisam a experiência internacional e concluem que a taxa de inflação tem reflexos no setor de seguros. O estudo demonstra que a inflação afeta tanto a demanda quanto a oferta dos seguros. Pelo lado da demanda, os efeitos são sentidos pela deterioração da distribuição de renda e pela desvalorização dos valores esperados de indenização. O estudo demonstra, ainda, que a oferta de seguros é prejudicada pela inflação, pois as seguradoras confundem não só os ajustes e a rentabilidade das suas reservas, mas também os ajustes dos seus planos atuariais. Dentre outras conclusões, o trabalho evidencia o impacto na rentabilidade e na estrutura de capital das seguradoras, causado pela elevação das taxas de juros que são pressionadas pelo efeito inflacionário. Ficou comprovado que o nível de renda per capita afeta bastante o setor de seguros. A elasticidade-renda positiva e acima de 1,0, em quase todos os países estudados, aponta para excepcionais oportunidades, à medida que a economia brasileira volte a crescer. Pelas considerações anteriores, fica evidente a importância do estudo do cenário econômico na avaliação de qualquer oportunidade de operação de produtos de seguro, inclusive os produtos de microsseguro. Os principais elementos que compõem o cenário econômico são o ritmo inflacionário, a taxa de juros e o nível de atividade econômica. O comportamento da inflação, após a implantação do Plano Real em julho de 1994, tem sido bastante favorável aos investimentos a longo prazo e ao lançamento de produtos novos pelas sociedades seguradoras. Desde então foi alcançado o controle da infla- 07-Microsseguros-Vol 2.p65 353 30/6/2010, 17:01 354 • Microsseguros: Série Pesquisas ção, aboliu-se a indexação e obteve-se uma estabilidade da moeda. Com esse ambiente econômico favorável, foi aberta uma janela de oportunidades para lançamento de novos produtos, tanto nos seguros de bens quanto nos seguros de pessoas. Diversos estudos apontam um crescimento do volume dos prêmios, principalmente nos setores de automóveis, de vida e de saúde. Ao analisarmos o comportamento da inflação ao longo do ano de 2008, observamos uma relativa estabilidade. As variações mensais do IPCA, que é o índice oficial que mede a inflação ao nível do consumidor, se mantiveram, ao longo de 2008, na faixa de 0,45% a 0,55%. Nos dois primeiros meses de 2009, o IPCA teve variação mensal em torno de 0,40%. Nos doze meses, de janeiro de 2008 a janeiro de 2009, esse índice acumulou variação de 5,84%. Gráfico 2 – Comportamento da Inflação ao Consumidor IPCA (% mês a mês) Fonte: IBGE A meta de inflação projetada pelas autoridades monetárias para 2009 é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos para cima e para baixo. Tendo em vista a atual crise global, com reflexos negativos na economia brasileira, é esperado que a inflação para o ano de 2009 se situe um pouco abaixo do centro da meta de 4,5% ao ano. Essa meta de inflação estabelece um balizamento para a fixação da taxa Selic. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 354 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 355 A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e o mais importante instrumento de política monetária. Essa taxa tem se mantido, nos últimos anos, em níveis reais muito elevados. O Brasil está colocado entre as economias com os juros reais mais altos do mundo. A taxa Selic apresentou um crescimento constante a partir de setembro de 2007. Em setembro de 2008, a taxa Selic alcançou o patamar de 13,75% ao ano e permaneceu nesse nível até 20 de janeiro de 2009. Em 21 de janeiro de 2009 foi decidida uma mudança drástica na tendência da Selic, com a redução de um ponto percentual, indo para 12,75% ao ano. A divulgação pelo IBGE dos dados referentes ao Produto Interno Bruto – PIB, apontando uma queda acentuada de 3,6% no último trimestre de 2008, deu um sinal de alerta para uma forte desaceleração da economia brasileira. Sendo assim, foi aberto um espaço para a prática de uma política monetária menos restritiva, com cortes mais frequentes da taxa de juros. Confirmando essa expectativa, em 11 de março de 2009, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por uma nova redução da taxa Selic, de 12,75% para 11,25% ao ano. Embora essa redução tenha sido bastante ampla, os analistas de mercado projetam outras reduções ao longo do ano de 2009, podendo chegar, em dezembro, ao nível de 10% ao ano. Outro elemento do cenário econômico que tem impacto significativo no mercado de seguros é o nível de atividade da economia. Os impactos diretos da atual crise econômica global já são percebidos claramente na economia brasileira. Os dados sobre a balança comercial, divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, registram uma queda nas exportações de US$ 8,3 bilhões no último trimestre de 2008. No lado doméstico da economia, o setor industrial já apresenta fortes sinais de queda acentuada no seu desempenho, como foi possível perceber no último trimestre de 2008. A pesquisa mensal no setor industrial, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica uma queda de produção de quase 20% no último trimestre de 2008. Essa desaceleração do setor industrial tem impacto direto nos níveis de renda e de emprego, conforme evidenciado pelas informações sobre demissões em massa ocorridas no setor. Segundo dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP, somente nos meses de novembro e dezembro de 2008 foram demitidos 160.000 empregados na indústria paulista. A combinação da deterioração do setor externo com a acentuada retração do setor industrial provocou reflexos negativos importantes no desempenho da economia brasileira. Dados da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE revelam uma queda recorde do Produto Interno Bruto – PIB, de 3,6% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior. O cenário para o ano de 2009 é bastante desalentador, com a tendência do crescimento fraco do PIB em cerca de 1%. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 355 30/6/2010, 17:01 356 • Microsseguros: Série Pesquisas Gráfico 3 – Desempenho da Economia Produto Interno Bruto (PIB) – Variação Frente ao trimestre Anterior (em %) Fonte: IBGE Podemos concluir que, nesse ambiente de constantes mudanças, qualquer estudo de novas oportunidades de negócios na área de seguros, e particularmente de microsseguros, deve ser precedido de uma avaliação criteriosa do cenário econômico nacional e mundial. Desenvolvimento de Produtos Produtos/características/fases De acordo com os conceitos e definições adotados pelo Grupo de Trabalho de Microsseguros (GT Susep), “o microsseguro é o seguro acessível à população de baixa renda, fornecido por vários tipos diferentes de entidades, porém em conformidade com práticas de seguros geralmente aceitas. Principalmente, isso significa que o risco segurado por uma apólice de microsseguro é gerenciado de acordo com os princípios de seguro que é custeado por prêmios”. Sendo assim, as operações de microsseguro devem estar enquadradas no escopo definido pelo regulador, em conformidade com a legisla- 07-Microsseguros-Vol 2.p65 356 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 357 ção existente. Consequentemente, a maior parte das características do seguro tradicional se aplica ao microsseguro. Por esse motivo, o processo de desenvolvimento de um produto de microsseguro é análogo ao do desenvolvimento de um seguro tradicional. As etapas a serem cumpridas vão desde a concepção até as fases de lançamento e avaliação crítica do processo de desenvolvimento. O desenvolvimento de um produto de microsseguro deve estar inserido no âmbito dos objetivos estratégicos de lançamento de novos produtos, como parte do planejamento global da seguradora. Um coordenador do projeto deve ser definido a partir do momento em que a oportunidade de desenvolvimento de um produto de microsseguro é identificada. Esse coordenador tem como principal atribuição o gerenciamento da equipe de desenvolvimento do produto. Ele também controla todos os aspectos e etapas do processo. Esse controle é exercido através de relatórios de acompanhamento que são encaminhados aos membros da equipe e às outras gerências. É recomendável que esse coordenador seja, posteriormente, o gerente do Departamento de Microsseguros. Durante todas as fases do processo de desenvolvimento até a implementação do produto é essencial a cooperação de todas as áreas funcionais da seguradora. Na fase inicial da concepção do produto é importante a presença de membros experientes na equipe. Essa experiência permitirá uma melhor avaliação das diversas sugestões, concentrando os esforços da maneira mais objetiva possível. A primeira avaliação a ser feita nessa fase é verificar se o produto que está sendo concebido satisfaz uma necessidade real do seu público-alvo. Se essa avaliação for positiva, a equipe de desenvolvimento delineará as especificações iniciais do produto. Esse produto piloto deve ser submetido às áreas funcionais para ser testado e avaliado quanto à sua viabilidade e quanto aos aspectos técnicos inerentes a cada área. A área de marketing efetua estudos sobre a concorrência e o perfil de eventuais produtos existentes no mercado. Essa área estuda também os mercados-alvo e os canais de distribuição mais adequados. Além disso, define a estratégia de promoção do produto. A área atuarial define as especificações iniciais do produto quanto à subscrição, aos valores garantidos, às comissões e outros aspectos financeiros. A principal responsabilidade dos atuários é avaliar se o produto pode ser precificado de modo a atender os requisitos de competitividade e lucratividade. As áreas de administração de sinistros e de sistemas de informação avaliam se os seus atuais sistemas atendem, ou podem ser adaptados para atender, as exigências do novo produto. A área jurídica e a área de supervisão e fiscalização examinam o cumprimento das exigências legais e de regulamentação. A área contábil avalia os reflexos nos demonstrativos financeiros, enquanto que a área de investimentos determina os tipos de investimento adequados e necessários para 07-Microsseguros-Vol 2.p65 357 30/6/2010, 17:01 358 • Microsseguros: Série Pesquisas alcançar os níveis de solvência e lucratividade esperados para a unidade de negócios “Departamento de Microsseguros”. Caso os resultados desses estudos e análises sejam favoráveis, indicando a atratividade do negócio, a equipe de desenvolvimento elabora a proposta do produto. A proposta do produto consiste em uma síntese dos estudos de mercado, nas especificações técnicas, considerações sobre supervisão e fiscalização, exigências dos sistemas de informação e nos canais de comercialização. Essa proposta será submetida à aprovação da alta gerência da seguradora. Após a aprovação da proposta, vem a fase de desenvolvimento do projeto técnico. É nessa fase que é definido o modelo de apólice e cláusulas contratuais do produto, de acordo com as leis e regulações em vigor. Nessa fase são definidos também o preço, benefícios, comissões e as especificações de subscrição e emissão. Concluída a elaboração do projeto técnico, este toma a forma de projeto final e é submetido à aprovação do coordenador e da alta gerência. A próxima fase de desenvolvimento do produto é a de execução, que precede a fase de lançamento. Nessa fase de execução do projeto e implementação do produto são definidos as estruturas, processos e sistemas cruciais para o lançamento eficaz do produto. Essas definições e providências compreendem o desenvolvimento do modelo de apólice e seu registro, bem como o treinamento do pessoal de suporte operacional e de agentes. Essas definições e providências compreendem também a operacionalização dos sistemas de informação que é exigida para a comercialização e o gerenciamento do produto. O material promocional e os canais de divulgação para o novo produto são também definidos nessa fase. O treinamento dos agentes é uma atividade fundamental para o lançamento eficaz do produto. Esse treinamento ajuda os agentes a identificar as vantagens do produto e a ressaltar os pontos em que ele atende às necessidades do cliente em potencial. Na fase de lançamento, o treinamento dos agentes é reforçado e materiais educacionais sobre o produto são colocados à disposição desses agentes. O material de divulgação do novo produto é encaminhado aos meios de comunicação pelos canais especificamente dirigidos à população de baixa renda, que é o público-alvo do microsseguro. As vendas iniciais devem ser monitoradas e os resultados alcançados serão comparados às metas estabelecidas na fase de planejamento. Caso o desempenho das vendas não alcance o volume projetado, algumas medidas terão que ser tomadas imediatamente para melhorar a eficácia do processo de vendas. Os subsídios colhidos junto aos agentes são de extrema importância, tanto para avaliar a receptividade do produto quanto para colher sugestões sobre características adicionais desejáveis para o produto. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 358 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 359 Precificação A precificação de um produto não depende dos objetivos de precificação definidos por uma seguradora. O preço de um produto novo deve ser estabelecido de tal modo que cubra todos os sinistros, além de outras despesas. Esse preço também deve assegurar um retorno satisfatório para os investidores. As diversas gerências da seguradora, os acionistas, os administradores e os agentes têm objetivos conflitantes com relação à lucratividade e solvência de longo prazo das seguradoras. O desafio do responsável pelo produto é conciliar os diversos objetivos e chegar a um prêmio que equilibre os interesses divergentes e até mesmo conflitantes. O primeiro passo no processo de precificação de um novo produto é o cálculo do prêmio líquido. O prêmio líquido é calculado de modo a cobrir o custo dos benefícios esperados do produto. No caso do ramo vida, especificamente, esse cálculo é efetuado pelos atuários da seguradora, com base nas taxas de mortalidade de um determinado grupo de potenciais segurados. O próximo passo no processo de precificação é o estabelecimento do prêmio bruto para o produto novo a ser lançado no mercado. O prêmio bruto deve ser adequado para cobrir não só o custo estimado dos benefícios esperados, mas também o carregamento da apólice. O carregamento consiste no montante que deve ser adicionado ao prêmio líquido para fazer face a todas as despesas da seguradora no desenvolvimento e na condução do seu negócio, proporcionando ainda um retorno razoável aos investidores. No caso dos seguros de vida em grupo, alguns aspectos do processo de precificação são peculiares a esse tipo de apólice, cuja cobertura é regida por um contrato-mãe de seguro em grupo. O primeiro aspecto é que a precificação do produto depende da experiência de sinistralidade do grupo para o qual está sendo desenvolvido o produto. Outro aspecto relevante é que, nas apólices de vida em grupo, pelo seu caráter de curto prazo, o retorno sobre os investimentos não é um fator relevante no processo de precificação. Além desses aspectos, não há necessidade de estabelecimento de reservas técnicas, pelo fato de que, nas apólices de vida em grupo, os prêmios anuais são suficientes para cobrir os sinistros daquele mesmo ano. Finalmente, devemos destacar a importância do gerenciamento dos resultados da precificação de qualquer produto novo de seguros, inclusive os de microsseguros. O monitoramento dos resultados deverá ser constante. Os desvios de desempenho em relação aos valores esperados devem ser analisados quanto à natureza de sua causa. A causa desses desvios pode ser originada tanto por ineficiências operacionais quanto por uma fixação do preço em níveis inadequados. De qualquer modo, medidas corretivas deverão ser tomadas com a maior presteza possível. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 359 30/6/2010, 17:01 360 • Microsseguros: Série Pesquisas Estratégia de Comercialização e de Distribuição Após a definição do produto, com a identificação de suas características básicas, do público-alvo e o dimensionamento do mercado potencial, a próxima etapa é a escolha do modo adequado e mais eficiente de oferecer os produtos aos potenciais segurados. O processo de escolha dos canais de comercialização é dinâmico, principalmente na fase inicial de lançamento do produto. Essa fase deve ser precedida de um planejamento de marketing. Além disso, os elementos de suporte devem estar disponíveis, e os agentes de venda devidamente treinados. Esse treinamento permitirá um conhecimento claro do produto e da melhor maneira de oferecê-lo ao público-alvo identificado nos estudos de mercado. Mesmo tendo sido cumpridas essas etapas preparatórias, à medida que as vendas evoluam, serão identificadas necessidades de adaptações e até mesmo de modificações nas características dos canais de comercialização. Os pontos críticos, que estejam prejudicando a evolução das vendas, deverão ser ajustados com presteza e monitorados, para uma posterior avaliação do impacto desses ajustes no desempenho das vendas. A condição essencial para o sucesso da operação de venda é que todas as etapas do processo de desenvolvimento, implantação e gerenciamento dos canais de comercialização tenham a intensa participação do Gerente do Departamento de Microsseguro. Essa gerência deverá contar com o suporte das diversas áreas funcionais da seguradora, com as quais o departamento interage nas várias fases desse processo. A principal modalidade de vendas utilizada pelas seguradoras, principalmente no ramo vida, é a de vendas pessoais, através de agentes próprios ou independentes. Devido às características do microsseguro, os sistemas com agentes próprios da seguradora não são adequados nem viáveis. Isso se deve aos altos custos envolvidos no financiamento e na administração das atividades dos agentes. Os sistemas com agentes independentes são os mais adequados e os que permitem a comercialização de microsseguros de maneira mais eficiente. Esses sistemas possibilitam a montagem de uma rede de vendas com bastante capilaridade, a um custo relativamente baixo. As duas modalidades principais são: através de corretores independentes e através de agentes autônomos. Em ambos os sistemas, a remuneração é realizada por comissão, e tanto o corretor quanto o agente podem produzir para mais de uma seguradora. O ponto-chave para o sucesso desses sistemas é o grau de conhecimento que esses agentes devem ter do produto e das necessidades de seus potenciais segurados. Quanto mais simples for o produto microsseguro, mais fácil e rápido será o seu entendimento pelos agentes e maior será a sua aceitação pelo mercado. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 360 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 361 Um canal para comercialização de microsseguros que vem se consolidando nos últimos anos e merece ser explorado em estudos posteriores é a utilização de líderes comunitários nas comunidades carentes, como elementos propagadores de uma rede de agentes de microsseguros. Esses líderes, normalmente respaldados por uma associação de moradores, têm um grau de credibilidade elevado perante os membros dessas associações. Ao esclarecer para os associados os benefícios do microsseguro (ou proporcionar um espaço para que um agente esclareça), os líderes estarão atribuindo, automaticamente, credibilidade ao produto. Esse sistema possibilita o desenvolvimento de soluções de negócio que permitem ganhar a confiança do público-alvo e, ao mesmo tempo, adequar a oferta às exigências da demanda do consumidor do produto microsseguro. Essa alternativa levaria à formação de uma rede de “microcorretores” com conhecimento e experiência na comercialização desse produto. Outro canal de comercialização que se apresenta como bastante promissor é a venda de microsseguros pelas redes de grandes bancos de varejo. Essas instituições financeiras, tanto do setor privado quanto as oficiais, administram grandes carteiras de clientes de baixa renda. Esses clientes já demonstraram sua satisfação com os serviços oferecidos por esses bancos, através da fidelidade mantida ao longo de anos, como correntistas ou poupadores. Além disso, as instituições como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal já acumulam uma larga experiência em operações de microcrédito, beneficiando milhares de clientes de baixa renda. Essa experiência e o conhecimento das necessidades desses clientes tornam esse canal de comercialização bastante atraente para a venda de microsseguros. Além dos sistemas apresentados anteriormente, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) permite que as seguradoras comercializem os seus produtos através de canais de distribuição alternativos. Os principais canais de comercialização nessa modalidade são as empresas concessionárias e provedoras de serviços públicos. Essas empresas atendem à quase totalidade dos domicílios da população urbana de baixa renda, que é o público-alvo principal para o produto microsseguro. A boa perspectiva para essa modalidade de venda é atestada pelo sucesso do lançamento, ao final do ano de 2008, de alguns seguros populares efetuados por seguradoras em parceria com empresas distribuidoras de energia elétrica. Futuramente, um novo canal de comercialização e distribuição, via Internet, poderá se constituir em uma alternativa viável, mas hoje essa possibilidade ainda é muito distante da realidade atual da população de baixa renda. A evolução dessa alternativa deve ser acompanhada e merecer estudos mais aprofundados, à medida que o processo de inclusão digital alcance uma parcela significativa da população de baixa renda. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 361 30/6/2010, 17:01 362 • Microsseguros: Série Pesquisas A escolha dos canais de comercialização de microsseguros pode resultar na eleição de uma só modalidade ou na combinação de mais de uma alternativa. A escolha de uma estratégia mista é recomendada quando a presença de determinadas características muito marcantes, em diferentes segmentos do público-alvo, leva a uma segmentação clara do mercado. Dessa forma, canais de comercialização distintos alcançariam e atenderiam esses segmentos de forma mais adequada e eficiente. Essas características podem ser: ter mesma localização geográfica, pertencer à mesma associação de bairro ou associação profissional, ser cliente do mesmo banco de varejo ou ser servido pela mesma concessionária de serviços públicos. A principal característica dos modelos apresentados é que todos têm custos de desenvolvimento e implantação relativamente baixos. Isso ocorre porque essas alternativas não requerem investimentos na contratação de agentes próprios, nem na instalação de agências. O sistema escolhido será aquele que melhor se adequar, para que se alcance as metas e os objetivos estratégicos estabelecidos no planejamento comercial. Essa escolha também estará condicionada ao montante de recursos disponíveis para o desenvolvimento e a implantação desse sistema. Embora as diferenças de custo entre os sistemas sejam pequenas, elas devem ser consideradas, tendo em vista o baixo valor do prêmio do microsseguro. A alternativa de venda através da rede bancária é a de menor custo e de mais rápida implantação. Em seguida, considerando os aspectos de custo e de rapidez de implantação, viria a alternativa de se utilizar as concessionárias e provedoras de serviços públicos. As alternativas contemplando corretores e agentes autônomos demandariam um período maior para treinamento adequado desses produtores, visando a assegurar o sucesso do empreendimento a curto e longo prazos. Outros fatores devem ser considerados no processo de escolha do canal de comercialização, tais como a eventual experiência anterior da seguradora com alguns desses canais e o relacionamento com os elementos-chave desses canais. Gestão Financeira Toda seguradora tem duas metas empresariais básicas. A primeira, como agente fiduciário, é a de proteger os fundos dos titulares das apólices, sendo capaz de pagar em dia todas as suas obrigações financeiras. Essa meta está relacionada ao conceito de solvência. A segunda é a capacidade de gerar retorno para o investimento dos acionistas, incluindo sua capacidade de gerar lucro líquido e de aumentar o valor da empresa, que é denominada meta de lucratividade ou de rentabilidade. O processo de gestão financeira 07-Microsseguros-Vol 2.p65 362 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 363 é de extrema importância no gerenciamento dos recursos financeiros, buscando o alcance das metas de solvência e rentabilidade. Algumas atribuições específicas da área financeira são fundamentais para fornecer elementos de suporte à alta administração na elaboração e no controle do cumprimento das metas empresariais. A primeira é o planejamento da estratégia financeira, estabelecendo metas e estratégias de solvência e rentabilidade. A segunda, mas não menos importante, é a gestão do patrimônio líquido, que é o valor pelo qual os ativos excedem seus passivos, de modo a assegurar a saúde financeira da empresa a longo prazo e, ao mesmo tempo, buscar uma rentabilidade mais atraente. A atribuição seguinte é o gerenciamento do fluxo de caixa, para garantir a disponibilidade de caixa suficiente para cobrir as obrigações nas condições e prazos determinados. Outra atribuição voltada para a gestão financeira é a de gerência dos investimentos por meio da negociação de compra e venda de títulos, ações, imóveis e outros ativos com o objetivo de atingir as metas de solvência e rentabilidade. Além das atividades de gestão, existe uma série de outras atividades que devem ser cumpridas para gerar relatórios gerenciais, análises de contas e elaborar o orçamento. Essas informações são importantes para atender às solicitações ou exigências do público interno (gerências e alta administração) e externo (autoridades regulatórias, clientes, investidores, auditores externos e agências de classificação). Dentro de um contexto de gestão financeira eficiente, análises para identificação de tendências dos resultados e dos desvios em relação aos valores esperados são realizadas com bastante frequência. Essas análises procuram explicar esses desvios e identificar as suas causas. As demonstrações financeiras são utilizadas para a compreensão da gestão financeira de uma seguradora especializada ou de uma unidade de negócios denominada Departamento de Microsseguros. Essas demonstrações sintetizam os principais eventos e operações financeiras de uma empresa. As duas principais demonstrações financeiras são o balanço patrimonial e a demonstração de resultados. Esses demonstrativos, com seus conceitos básicos e metodologia de elaboração e análise, são utilizados para avaliar o desempenho e a condição financeira de um departamento de microsseguros. Eles são também usados para a determinação dos níveis de solvência e rentabilidade. Alguns conceitos são essenciais para a análise do balanço patrimonial, que é a representação do perfil patrimonial de uma unidade de negócios em um determinado instante. De uma forma simplificada, o balanço reflete os bens e direitos no lado do ativo e as obrigações com terceiros ou com os sócios no lado do passivo. Ativos são coisas de valor como investimentos, dinheiro, imóveis, equipamentos e valores que outros devem à empresa. Nas empresas seguradoras, o principal item do ativo é constituído pelos investimentos em títulos, ações, imóveis e outros. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 363 30/6/2010, 17:01 364 • Microsseguros: Série Pesquisas Passivos são débitos ou obrigações futuras. Os passivos mais importantes em uma seguradora são as reservas técnicas. Essas reservas adicionadas aos prêmios futuros e a remuneração dos investimentos devem ser suficientes para pagar os benefícios futuros das apólices em vigor. As seguradoras mantêm outras reservas, tais como: para sinistros em aberto, de compensação para variação de ativos, de contingências para riscos especiais e outras. Uma seguradora deve procurar manter ativos suficientes para garantir suas reservas técnicas. No quadro abaixo, representamos de forma simplificada as principais contas do balanço patrimonial. Tabela 1 – Balanço Patrimonial – Contas Principais ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ativo Circulante Disponível Valores a receber Estoques Despesas diferidas Passivo Circulante Contas a pagar Outras Realizável a Longo Prazo Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Patrimônio Líquido Capital Social/Reserva Lucros Acumulados Exigível a Longo Prazo Outro conceito da maior relevância na análise do balanço patrimonial é o de patrimônio líquido, que é o valor do capital adicionado aos lucros acumulados. O capital é o valor do aporte de recursos dos sócios do empreendimento. Os lucros acumulados são os ganhos acumulados ao longo dos anos de operação. O nível do patrimônio líquido tem reflexos significativos na margem de solvência de uma seguradora. O balanço patrimonial de uma seguradora emprega muitos conceitos comuns a outras empresas, embora apresente alguns conceitos particulares. No ativo de uma seguradora, por exemplo, duas contas merecem ser destacadas. A primeira é a conta Créditos Operacionais, incluída no Ativo Circulante, que registra o somatório dos valores a receber contra segurados, seguradoras, corretores de seguro, resseguradores e outros. A outra conta é a de Despesas de Comercialização Diferidas, que permite que uma despesa seja distribuída pelo período de sua competência. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 364 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 365 Por outro lado, no passivo de uma seguradora, dois grupos de contas são peculiares a esse tipo de empresa. O primeiro é o das contas de Débitos Operacionais com registros análogos aos do ativo. O segundo grupo é o das contas de Provisões. As principais provisões são: Provisões de Prêmios Não Ganhos (PPNG), sinistros a liquidar, sinistros ocorridos mas não avisados e as matemáticas, que são específicas do ramo vida. Uma seguradora, no desenvolvimento de suas atividades empresariais, registra fluxos contínuos de entrada e saída de recursos da empresa, que são representados no demonstrativo de resultados. Enquanto o balanço patrimonial é um levantamento estático em um determinado instante, o demonstrativo de resultados retrata o resultado da empresa durante um período de tempo. A entrada de recursos é a receita da empresa que é gerada por suas operações comerciais. As duas principais receitas de uma seguradora são os prêmios de seguro e os ganhos gerados pelos seus investimentos. As saídas de recursos são as despesas que, no caso de uma seguradora, são, preponderantemente, os pagamentos de benefícios aos titulares de apólices. Outras despesas menos relevantes são as comissões de agentes, salários, custo de desenvolvimento de produto, custo de marketing, manutenção de instalações e impostos. O lucro da seguradora é definido como o excedente das receitas sobre as despesas em um determinado período de tempo. Quando as despesas superam as receitas, esse excedente é denominado prejuízo ou perda. O demonstrativo de resultados se reflete no balanço patrimonial pela incorporação do resultado do exercício ao patrimônio líquido. Conforme mencionado anteriormente, as duas metas almejadas pela gerência financeira de uma seguradora são proteger a solvência e aumentar a rentabilidade. As seguradoras normalmente utilizam a relação entre o valor do patrimônio líquido e o valor do total dos seus ativos para medir a sua margem de solvência. Essa relação é denominada coeficiente PL/A não ponderado. Coeficiente PL/A = Patrimônio Líquido Ativos Toda seguradora, pela natureza das suas operações, enfrenta riscos conhecidos como riscos de contingência, que podem ameaçar a sua margem de solvência. Por esse motivo é cada vez mais utilizado, pelas autoridades reguladoras de diversos países, o coeficiente PL/A ponderado, para ajustar o patrimônio líquido ao valor que ele deveria ter, considerando os riscos a que a seguradora está exposta. Esse modelo de ajuste é conhecido como Risk-Based Capital (RBC). 07-Microsseguros-Vol 2.p65 365 30/6/2010, 17:01 366 • Microsseguros: Série Pesquisas A rentabilidade de uma seguradora no curto prazo pode ser obtida na demonstração de resultados expressa no valor do lucro líquido ou prejuízo líquido em um certo período. Por outro lado, para conhecer a rentabilidade de longo prazo, as seguradoras utilizam o balanço patrimonial. Toda vez que uma seguradora efetua uma demonstração de resultados, o lucro ou prejuízo apurado é transferido para o balanço patrimonial na conta do patrimônio líquido. Portanto, é a evolução da conta do patrimônio líquido que reflete os efeitos acumulados das operações da empresa. A medida de rentabilidade mais utilizada pelas seguradoras é o índice de rentabilidade do patrimônio líquido, que é um coeficiente entre os lucros da empresa e o seu patrimônio líquido. Esse índice mede a eficiência da seguradora na gestão de seus recursos para gerar lucro durante um período. Lucro Índice de rentabilidade = do patrimônio líquido Patrimônio Líquido A busca do alcance da meta de rentabilidade implica assumir uma certa dose de riscos, enquanto que a proteção da solvência significa evitar riscos. A administração desse conflito na procura de um ponto de equilíbrio é fundamental para o sucesso e para a sobrevivência de uma seguradora. Gestão de Investimentos As atividades funcionais relativas à gestão de investimentos de um departamento de microsseguro são desenvolvidas dentro da estrutura organizacional da seguradora à qual esse departamento esteja vinculado. Essa função é normalmente desempenhada pela Gerência do Departamento de Investimentos e são conduzidas dentro das normas de investimento estabelecidas na empresa. Esse departamento atua em sintonia com a área atuarial, para que haja uma compatibilidade dos investimentos com as obrigações geradas pelos produtos de seguro existentes na carteira da seguradora. A gestão de investimentos de uma seguradora é conduzida dentro do contexto da política de investimentos estabelecida pela alta administração. Essa política de investimentos é estabelecida considerando a situação financeira e a carteira de investimentos atual. Também são levados em consideração os objetivos de investimento e os tipos de investimento adequados e necessários para o alcance desses objetivos. A observação de padrões mínimos para a preservação do capital e o nível de ganhos dos investimentos são fundamentais no estabelecimento dessa política. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 366 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 367 Em todos os países, as autoridades que regulamentam e fiscalizam o setor de seguros estabelecem regras para serem aplicadas na gestão dos investimentos. No Brasil, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), através de sua Resolução 088, dispõe sobre os critérios para a realização de investimentos pelas empresas seguradoras. Segundo esse Conselho, “investimentos são os ativos e as modalidades operacionais da sociedade seguradora, inclusive os ativos garantidores” (Anexo 3). Ativos garantidores são definidos como os ativos oferecidos como garantia dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos. As seguradoras, periodicamente, informam à Superintendência de Seguros Privados (Susep) a composição de sua carteira de investimentos e suas reservas técnicas. As seguradoras devem obedecer aos limites máximos dos ativos a serem utilizados em cada tipo de reserva técnica. Esses limites são estabelecidos em função da liquidez de cada tipo de ativo, que são agrupados em títulos públicos, títulos privados, ações e imóveis. O CNSP, visando ainda a preservar a segurança dos investimentos das seguradoras, estabelece vedações a alguns tipos de investimentos, exige o registro dos títulos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e o registro da propriedade dos imóveis em cartório. As operações de microsseguros podem ser inseridas nas operações do Departamento de Investimentos de duas formas distintas. A primeira seria, de uma maneira global, fazendo parte da carteira total da seguradora, na proporção de um critério, por exemplo, de volume de vendas de microsseguros em relação ao total das vendas. A segunda forma seria destacar uma carteira de títulos de investimento, especialmente para fazer face às obrigações da carteira do produto microsseguros. Dessa forma, combinando ativos específicos com passivos específicos, o monitoramento do desenvolvimento da carteira de microsseguros torna-se mais transparente. Consequentemente, as avaliações da margem de solvência dessa carteira e do seu nível de rentabilidade ficam extremamente simplificadas, e os resultados obtidos tornam-se mais significativos. Na avaliação de um investimento são considerados, além do fluxo de caixa desse investimento, a taxa de rentabilidade esperada, a natureza do risco do investimento e a sua liquidez. A análise do fluxo de caixa é importante para conciliar os recursos disponíveis com as obrigações financeiras à medida que forem devidas. Ao avaliar a potencial rentabilidade de um investimento, a seguradora deve dar a maior atenção à análise do risco envolvido em um determinado investimento. A relação entre risco e rentabilidade está sempre presente na avaliação de um investimento. Quanto maior o risco, maior deve ser a rentabilidade esperada. Por outro lado, quanto menor for o risco do investimento, menor deve ser a rentabilidade esperada. As seguradoras utilizam a diversificação de suas carteiras de investimento de modo a diluir o risco geral de suas carteiras. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 367 30/6/2010, 17:01 368 • Microsseguros: Série Pesquisas As modalidades de investimento mais utilizadas são: títulos públicos, títulos privados, ações e imóveis. Em diversos países, esses títulos são classificados em relação ao risco de inadimplência, por agências de classificação de títulos de crédito. Essa classificação auxilia a seguradora na tomada de decisão sobre investimentos dessa natureza. Existem diversas características desses títulos que fazem com que eles tenham um grau de risco diferenciado para a empresa seguradora, como: prazo de vencimento, risco de inadimplência do emissor (rating), cláusulas de recompra, conversibilidade e as garantias oferecidas. Os títulos do governo, emitidos para financiar a dívida pública, são considerados de baixo risco e de baixa rentabilidade e são denominados investimentos de renda fixa, com vencimentos dos pagamentos de seus rendimentos predeterminados. As ações representam uma parcela da propriedade de uma empresa e oferecem ganho de capital na ocasião da venda e dividendos distribuídos após a apuração de lucros da empresa. As ações são investimentos de renda variável e de risco maior do que os títulos. Em caso de insolvência do emissor das ações, o acionista só será pago se, após a quitação de todas as dívidas e títulos, sobrarem recursos disponíveis. As aquisições de imóveis, por compra direta, representam investimentos de capital e proporcionam à seguradora uma renda de aluguel. O risco, nessa operação, é a desocupação do imóvel, cessando o fluxo da receita de aluguel. Para evitar esse risco, muitas seguradoras utilizam a modalidade de compra e arrendamento. Nessa operação, a seguradora compra o imóvel e simultaneamente arrenda o prédio para o proprietário anterior, através de um contrato de longo prazo, assegurando assim uma renda previsível por um período longo. A alta administração de uma seguradora, ao estabelecer uma estratégia de investimentos baseada nos seus objetivos de solvência e rentabilidade, poderá fazer a opção por uma estratégia mais agressiva ou mais conservadora, ou ainda, um meio-termo entre esses dois níveis de agressividade. A estratégia mais agressiva significa tomar mais riscos nos investimentos, em busca de maior remuneração. A estratégia mais conservadora, no entanto, prioriza a proteção dos ativos, abrindo mão de uma remuneração mais elevada. Em um departamento de microsseguro em fase de início de operação, é recomendável a adoção de uma estratégia mais conservadora, dando prioridade ao crescimento e à consolidação do negócio. Política de Tecnologia de Informação A informação, no seu sentido pleno de dados organizados, está presente em todo o universo de uma empresa seguradora. Tanto as áreas funcionais quanto as áreas operacionais utilizam vários conjuntos de informações no desempenho de suas atividades. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 368 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 369 Para que essas informações sejam úteis aos seus usuários e auxiliem as operações de uma seguradora, elas têm que apresentar determinadas características ou predicados. As primeiras características que atribuem valor à informação são as seguintes: ser exata, completa, concisa, relevante, clara, atualizada, acessível, econômica e segura. Para que as informações preservem o seu valor é necessário um gerenciamento eficaz, tomando, constantemente, medidas que visem à manutenção dessas características fundamentais. É importante o monitoramento da presença desse conjunto de características, pois a ausência de alguma delas pode acarretar a queda da eficiência das operações da seguradora. Uma seguradora que gerencia suas informações de maneira eficaz se torna mais competitiva em relação às concorrentes e presta um serviço de melhor qualidade aos seus clientes. Atualmente, o gerenciamento eficaz da informação requer a utilização de tecnologia computadorizada. Essa tecnologia exige atualização constante de equipamentos e sistemas, gerando a necessidade de investimentos elevados. No caso de um Departamento de Microsseguros operando, inserido na estrutura organizacional de uma seguradora, essa unidade seria onerada por uma pequena parcela desses investimentos. Essa parcela pode ser um rateio do valor total dos investimentos, na proporção do volume de vendas de microsseguros, em relação ao total das vendas da seguradora. Outro critério de definição dessa parcela pode ser o débito pelo custo relativo à frequência com que esse departamento utiliza os sistemas de informação. O ritmo de acompanhamento dessas mudanças tecnológicas é definido no planejamento estratégico da atividade de gerência da informação. Esse planejamento avalia e quantifica os investimentos em novas tecnologias que serão necessários para o alcance de um nível desejado de melhoria na eficiência das operações. Esses investimentos são avaliados, tanto para hardware quanto para software. As seguradoras, nas vendas através de agentes, utilizam hardwares do tipo processadores portáteis, que são colocados à disposição desses agentes. Os principais softwares, aplicativos que executam tarefas específicas em uma seguradora, são nas áreas: atuarial, de contabilidade, de administração de sinistros, de gerenciamento de investimentos e na área de administração do produtor, que inclui a geração de relatórios de produção e dos valores de comissão. O primeiro conjunto de sistemas de informação utilizado em uma seguradora compreende os sistemas que registram as suas transações comerciais. Esses sistemas processam e registram atividades rotineiras, que usualmente têm caráter repetitivo e lidam com um grande volume de dados. Assim que uma proposta de seguros é submetida à seguradora, é iniciado o processo de registro de uma série de dados relativos ao solicitante, ao 07-Microsseguros-Vol 2.p65 369 30/6/2010, 17:01 370 • Microsseguros: Série Pesquisas segurado, ao beneficiário, ao agente ou corretor e de dados da apólice propriamente dita. Após a aceitação da proposta, o processamento das transações vinculadas à subscrição, à cobrança de prêmio e ao pagamento de comissões gera mais dados a serem registrados, além de informações que devem ser gerenciadas de maneira adequada e eficaz. O segundo conjunto de sistemas de informação utiliza dados já processados pelos sistemas que registram as operações, gerando relatórios gerenciais sobre as transações e operações rotineiras da seguradora. Esses relatórios são de extrema utilidade para a gerência da seguradora na análise da evolução do negócio e na tomada de decisões, para correção de desvios em relação às metas estabelecidas no planejamento. Na elaboração desses relatórios, um volume considerável de dados é tratado, para que esses dados sejam apresentados sob a forma adequada de informações gerenciais. Os sistemas de informação de uma seguradora ora geram dados, ora utilizam dados que integram uma base de dados. Essa base de dados é gerenciada por sistemas que permitem que esses dados sejam armazenados e utilizados pelos demais sistemas gerenciais. Algumas seguradoras desenvolvem sistemas de informação especiais, para permitir um melhor gerenciamento das operações especiais existentes em sua carteira de negócios. Essa situação é típica de uma seguradora tradicional, que cria um departamento específico para operar produtos de microsseguros. Nesse caso, a necessidade de sistemas especiais de informação é decorrente das características peculiares que revestem o produto microsseguros. Essas características são: produto massificado com valor de prêmio relativamente baixo, emissão de grande número de bilhetes, mercado segmentado, canais de comercialização de naturezas diversas (bancos de varejo, concessionárias de serviço público e outros), grande número de corretores ou agentes e necessidade de rapidez na liquidação de sinistros. Além disso, é recomendável que o gerenciamento das informações referentes a microsseguro seja feito fora dos sistemas pesados da seguradora. Desse modo, além de tornar mais ágil o processamento, essa segregação permitirá um gerenciamento mais transparente e eficaz da gestão financeira e da gestão de investimentos dessa unidade de negócio (Departamento de Microsseguros). Essa descentralização, recomendada para os sistemas especiais de informação na área de microsseguros, é meramente operacional, devido às justificativas apresentadas anteriormente. No entanto, no desenvolvimento desses sistemas, a preocupação com a compatibilidade e possibilidade de integração com o sistema global da seguradora deve estar sempre presente, de modo a permitir a avaliação do desempenho da seguradora como um todo. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 370 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 371 Bibliografia BITTENCOURT, Marcelo Teixeira. Manual de seguros privados. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2004. BRASIL – MINISTÉRIO DA FAZENDA. Resolução CNSP 88, de 19 de agosto de 2002 – critérios para realização de investimentos pelas seguradoras. Disponível em: <www.susep.gov.br/textos/resol088.htm>. Acesso em: abr. 2009. Circular Susep 267, de 21 de setembro de 2004 – sobre vida em grupo popular. Disponível em: <www.susep.gov.br/textos/circ267.pdf>. Acesso em: abr. 2009. Circular Susep 306, de 17 de novembro de 2005 – sobre seguro popular para automóvel. Disponível em: <www.susep.gov.br/textos/circ267.pdf>. Acesso em: abr. 2009. CONTADOR, Claudio R.; FERRAZ, Clarisse B.; AZEVEDO, Gustavo H. W. de. Análise e perspectivas do mercado brasileiro In: CONTADOR, Claudio R. (org) Desafios e oportunidades no mercado de seguros: uma coletânea de estudos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999 p. 9-25. DUARTE, Patrícia; RODRIGUES, Luciana. Ameaça de recessão derruba juros. O Globo, Economia. Rio de Janeiro, 12 de março de 2009. FORTES, Christienne Krassuski. Contratos eletrônicos e seguro: a contratação do Seguro via Internet. In: TEIXEIRA, Antonio Carlos. Em Debate, n. 5. Rio de Janeiro: Funenseg, 2004 p. 49-104. GALIZA, Francisco. Economia e seguro: uma introdução. Rio de Janeiro: Funenseg, 2007. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2005/2006 – PNAD (2006). Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 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Rio de Janeiro, 11 de março de 2009. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 371 30/6/2010, 17:01 372 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 1 – Circular Susep 267, de 21 de Setembro de 2004 Estabelece as regras de funcionamento e os critérios para operação do seguro de vida em grupo popular e disponibiliza, no site da Susep, suas condições gerais padronizadas e respectivos parâmetros. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 36, alíneas “b” e “c”, do DecretoLei 73, de 21 de novembro de 1966, tendo em vista o disposto no art. 10 da Circular Susep 265, de 16 de agosto de 2004, e considerando o que consta do processo Susep 15414.000828/2004-13, R E S O L V E: Art. 1o Estabelecer as regras de funcionamento e os critérios para operação do seguro de vida em grupo popular e disponibilizar, no site da Susep, suas condições gerais padronizadas e respectivos parâmetros, constantes dos anexos I e II desta Circular. Art. 2o É vedado às sociedades seguradoras aceitar, como segurado, no plano de que trata a presente Circular, menor de 18 (dezoito) anos. Art. 3o Deverão ser utilizados mecanismos de controle que identifiquem os segurados por CPF ou, na falta deste, RG, Carteira de Trabalho, Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento ou outros documentos oficiais de identificação que possuam validade no território nacional. Art. 4o As sociedades seguradoras que tenham interesse em operar o plano de seguro de que trata esta Circular deverão utilizar as condições gerais padronizadas e encaminhar à Susep, previamente à comercialização, a nota técnica atuarial e os parâmetros das condições gerais, para análise e arquivamento. Art. 5o O capital segurado da garantia básica não poderá ser superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). 07-Microsseguros-Vol 2.p65 372 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 373 Art. 6o A nota técnica atuarial deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos: I – coberturas securitárias previstas no plano; II – especificação das taxas ou prêmios puros; III – estatísticas utilizadas para definição das taxas, com especificação do período e fonte utilizados e o respectivo demonstrativo de cálculo ou tábuas biométricas, se for o caso; IV – critérios de reavaliação de taxas, incluindo formulação e períodos; V – carregamentos; VI – provisões técnicas; e VII – assinatura do atuário, com número de identificação profissional perante o órgão competente. § 1o As taxas especificadas, na forma do inciso II deste artigo, poderão ser revistas, em periodicidade não inferior a 1 (um) ano, em função de variação superior a 100% (cem por cento) na sinistralidade do produto, calculada com base no prêmio puro, devendo ser previamente estabelecida, na forma do inciso IV deste artigo, a respectiva metodologia técnica. § 2o Na hipótese de revisão das taxas, nos termos do parágrafo 1o deste artigo, a sociedade seguradora deverá encaminhar à Susep aditivo à nota técnica atuarial, com o cálculo das novas taxas, indicando o número do processo administrativo correspondente ao plano. § 3o Observado o disposto nos parágrafos 1o e 2o deste artigo, a efetiva alteração das taxas adotadas somente poderá ser introduzida no plano, após anuência prévia e expressa de pelo menos ¾ (três quartos) do grupo segurado. Art. 7o O valor cobrado a título de carregamento, destinado a atender às despesas administrativas, à comissão de corretagem e à margem de lucro do plano, não poderá exceder o prêmio puro. Art. 8o O seguro de que trata esta Circular deverá ser contratado de forma coletiva, por meio de contrato firmado com o estipulante, observado o que determina a regulamentação específica em vigor. Art. 9o Para cada proponente admitido no seguro, deverá ser emitido certificado individual que caracterize sua aceitação no plano, apresentando os capitais segurados, discriminados por garantia oferecida, prêmio, data de início e de término de vigência do seguro e a identificação do segurado, nos termos do artigo 3o desta Circular. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 373 30/6/2010, 17:01 374 • Microsseguros: Série Pesquisas § 1o Deverá ser remetido ao segurado novo certificado individual, quando os valores a que se refere o “caput” deste artigo sofrerem alteração, por força de atualização monetária ou da reavaliação de taxas referidas nos parágrafos 1 o, 2 o e 3o do artigo 6o desta Circular. § 2o Por meio do certificado individual poderão ser fornecidas as principais informações do seguro contratado, devendo ficar evidenciado que serão disponibilizadas pelo estipulante e pela sociedade seguradora, a qualquer tempo, por solicitação do segurado, as condições gerais completas. Art. 10. O segurado deverá indicar, no cartão-proposta, seu(s) beneficiário(s). Parágrafo único. A qualquer tempo, o segurado poderá alterar o(s) beneficiário(s) indicado(s), por meio de solicitação formal, datada, assinada e protocolizada junto à sociedade seguradora. Art. 11. O plano de seguros poderá prever a cobrança de prêmios diretamente na sociedade seguradora ou por meio de contas de consumo, tais como luz, gás, telefone ou outros meios viáveis, desde que o valor destinado ao seguro seja perfeitamente identificado, assim como a data da correspondente quitação. Parágrafo único. O certificado individual, acompanhado da identificação de quitação do prêmio a que se refere o “caput” deste artigo, será prova, a qualquer tempo, da celebração do contrato de seguro. Art. 12. A comercialização do seguro de vida em grupo popular em desacordo com o estabelecido nesta Circular sujeitará o infrator às medidas e sanções legais e regulamentares previstas nas normas vigentes. Art. 13. Aos casos não previstos nesta Circular aplicam-se as disposições legais e regulamentares em vigor. Art. 14. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. RENÊ GARCIA JR. Superintendente 07-Microsseguros-Vol 2.p65 374 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 375 Anexo 2 – Circular Susep 306, de 17 de Novembro de 2005 MINISTÉRIO DA FAZENDA Superintendência de Seguros Privados (para anexos ver site) Regulamenta as regras de funcionamento e os critérios para operação do seguro popular de automóvel usado e estabelece as condições contratuais padronizadas. O SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 36, alíneas “b” e “c”, do DecretoLei 73, de 21 de novembro de 1966, e considerando o que consta do Processo Susep 15414.004359/2004-01, R E S O L V E: Art. 1o Regulamentar as regras de funcionamento e os critérios para operação do seguro popular de automóvel, nos termos desta Circular. Art. 2o Estabelecer, no anexo desta Circular, as condições contratuais do plano padronizado do seguro popular de automóvel usado. Art. 3o Para efeito desta Circular, define-se como seguro popular aquele destinado exclusivamente à cobertura de veículos usados. Art. 4o As sociedades seguradoras que comercializarem o plano de seguro de que trata esta Circular deverão utilizar as condições contratuais padronizadas no anexo desta Circular, encaminhando à Susep, previamente à comercialização, para análise e arquivamento, a nota técnica atuarial e eventuais alterações pontuais. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 375 30/6/2010, 17:01 376 • Microsseguros: Série Pesquisas Art. 5o A proposta do seguro de que trata a presente Circular deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: I – descrição das coberturas básicas incluídas nos planos oferecidos, bem como das coberturas adicionais, quando houver; II – identificação do veículo segurado; III – limites máximos de indenizações e prêmios discriminados por cobertura; IV – informações sobre bônus, quando houver; V – franquias, se aplicáveis; VI – informação quanto à faculdade do segurado optar pela utilização de rede credenciada, conforme disposto nos §§ 6o e 7o do art. 9o desta Circular; VII – informação quanto à faculdade do segurado de escolher a forma do pagamento do prêmio, conforme disposto no art. 10 desta Circular; e VIII – respostas do questionário de avaliação de risco, quando houver. Art. 6o A contratação do seguro popular de automóveis usados poderá ser feita mediante apólice padrão simplificada, que conterá no mínimo os seguintes elementos: I – no frontispício da apólice, além das informações previstas em normativos específicos, deverão ser discriminados: a) as coberturas básicas do plano escolhido, bem como as adicionais, se contratadas, com seus respectivos limites máximos de indenizações e prêmios, b) percentual fixado para caracterizar a indenização integral, definido no § 7o do art. 9o desta Circular, e c) bônus e franquias, quando houver; e II – respostas do questionário de avaliação de risco, quando houver. Parágrafo único. As condições contratuais do seguro, na íntegra, deverão estar à disposição do proponente previamente à assinatura da respectiva proposta, devendo este, seu representante ou seu corretor de seguros assinar declaração, que poderá constar da própria proposta, de que tomou ciência das referidas condições contratuais. Art. 7o O custo de apólice, quando cobrado, estará limitado a R$ 20,00. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 376 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 377 Art. 8o O seguro popular de automóvel usado será contratado, exclusivamente, na modalidade “valor determinado”. Parágrafo único. Para efeito desta Circular, fica estabelecido que a cobertura de “valor determinado” é a modalidade que garante ao segurado, no caso de indenização integral, o pagamento de quantia fixa, em moeda corrente nacional, estipulada pelas partes, no ato da contratação do seguro. Art. 9o As sociedades seguradoras que comercializarem o plano de seguro de que trata esta Circular deverão oferecer, exclusivamente, uma ou mais das seguintes coberturas básicas: a) BÁSICA I – Garantia Compreensiva A (indenização integral por incêndio, queda de raio, explosão, colisão, roubo ou furto) e responsabilidade civil – danos materiais (RC-DM); b) BÁSICA II – Garantia Compreensiva B (indenização integral por incêndio, queda de raio, explosão, roubo ou furto) e responsabilidade civil – danos materiais (RC-DM); c) BÁSICA III – responsabilidade civil – danos materiais (RC-DM); § 1o As sociedades seguradoras poderão ainda oferecer outras coberturas adicionais, além das coberturas de responsabilidade civil – danos corporais (RC-DC) ou acidente pessoal de passageiros (APP) já previstas no anexo desta Circular, desde que previamente submetidas à Susep para análise. §2o A contratação das coberturas contidas no parágrafo anterior poderá ser facultativamente efetuada pelo segurado quando da contratação de uma das coberturas básicas previstas neste artigo. § 3o Deverá ser estabelecido valor de LMI, igual ou superior a R$ 10.000,00, distinto para a garantia de Responsabilidade Civil por Danos Materiais. § 4o Nas coberturas básicas, as garantias de incêndio, queda de raio, explosão, colisão e roubo ou furto, não oferecerão cobertura nos casos em que ocorram perdas parciais, somente compreendendo a indenização integral. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 377 30/6/2010, 17:01 378 • Microsseguros: Série Pesquisas § 5o Na hipótese de as sociedades seguradoras optarem por oferecer coberturas adicionais para perdas parciais, deverá ser prevista a livre escolha de oficinas pelos segurados, para recuperação dos veículos sinistrados. § 6o Caso a sociedade seguradora disponibilize rede credenciada para recuperação de veículos sinistrados, deverá ser garantido ao segurado, quando do preenchimento da proposta, o direito de optar pela utilização ou não desta rede. § 7o A oferta de rede credenciada, conforme disposto no parágrafo anterior, somente poderá ser efetuada se, além de submeter previamente à Susep a “Cobertura Adicional para Perdas Parciais”, a sociedade seguradora submeter também a “Cobertura Adicional para Perdas Parciais com Utilização de Rede Credenciada”, discriminando, nesta hipótese, as vantagens auferidas pelo segurado se optar por sua utilização. § 8o Fica vedada a aplicação de franquia nos casos de indenização integral ou de danos causados por incêndio, queda de raio ou explosão. § 9o A indenização integral é caracterizada sempre que os prejuízos resultantes de um mesmo sinistro, atingirem ou ultrapassarem a 75% do valor contratado estabelecido na apólice. § 10. Fica vedada a dedução de valores referentes às avarias previamente constatadas no veículo segurado. Art. 10. O prêmio somente poderá ser pago após a aceitação da proposta pela sociedade seguradora. § 1o As sociedades seguradoras deverão oferecer na proposta, como forma de pagamento do prêmio, as opções de prêmio único anual e prêmio mensal. § 2o Adicionalmente, outras formas de fracionamento do prêmio poderão ser oferecidas na proposta pelas sociedades seguradoras, desde que prevista em cláusula especifica de fracionamento de prêmios, previamente submetida à Susep para análise, respeitado o direito de o segurado eleger a forma de pagamento. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 378 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 379 Art. 11. As informações referentes às apólices contratadas no seguro popular de automóvel usado serão contabilizadas no ramo 26 – Seguro Popular de Automóvel Usado. Art. 12. A nota técnica atuarial deverá manter perfeita relação com as condições contratuais e conter, adicionalmente, a indicação de que a contratação do seguro é a primeiro risco absoluto. Art. 13. As sociedades seguradoras ficam dispensadas de submeter especificação das taxas ou prêmios estatísticos e puros referentes às Garantias Compreensivas A e B. Art. 14. Nos casos de utilização de prêmios diferenciados, deverão ser especificados os critérios de cálculo. Art. 15. Deverá ser estabelecida, em cláusula específica previamente submetida à Susep, a forma como será efetuado o pagamento da indenização integral de veículos sujeitos a alienação fiduciária, arrendamento mercantil, consórcio ou outras formas de gravame. Art. 16. Aplicam-se, subsidiariamente ao disposto nesta Circular, ao seguro popular de automóvel usado, as disposições legais e regulamentares em vigor referentes aos seguros de danos e de automóveis. Art. 17. A comercialização do seguro popular de automóvel usado em desacordo com o estabelecido nesta Circular sujeitará o infrator às medidas e sanções legais e regulamentares previstas nas normas vigentes. Art. 18. Fica expressamente vedada a denominação “Seguro Popular” na comercialização de seguros para automóveis usados que não atendam ao disposto nesta Circular. Art. 19. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. RENÊ GARCIA JR. Superintendente 07-Microsseguros-Vol 2.p65 379 30/6/2010, 17:01 380 • Microsseguros: Série Pesquisas Anexo 3 – Resolução CNSP 88, de 2002 Dispõe sobre os critérios para a realização de investimentos pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar e dá outras providências. A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34, inciso XI, do Decreto 60.459, de 13 de março de 1967, combinado com o disposto no art. 26 do Regimento Interno aprovado pela Resolução CNSP 14, de 3 de dezembro de 1991, torna público que o CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS – CNSP, em Sessão Ordinária realizada nesta data, com base no inciso III do art.32 do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, no § 1o do art. 3o do Decreto-Lei 261, de 28 de fevereiro de 1967, e nos arts. 73 e 74 da Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001, tendo em vista o disposto nas Resoluções CMN 2.967, de 31 de maio de 2002, e 3.000, de 24 de julho de 2002, bem como considerando o que consta no processo CNSP 4, de 2001 – na origem processo 10.003985/01-61, de 9 de julho de 2001, R E S O L V E U: Art. 1o Dispor sobre os critérios para a realização de investimentos pelas sociedades seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar. CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES Art. 2o Para fins da presente Resolução, consideram-se: I – ativos garantidores: os ativos oferecidos como garantia dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; II – sociedades/entidades: as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização e as entidades abertas de previdência complementar; 07-Microsseguros-Vol 2.p65 380 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 381 III – investimentos: os ativos e as modalidades operacionais da sociedade/entidade, incluídos os ativos garantidores; IV – ligadas as empresas: a) as quais uma participe com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou indiretamente; b) as quais administradores e respectivos parentes até o segundo grau de uma participem, em conjunto ou isoladamente, com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou indiretamente; c) as quais associados controladores de entidades abertas de previdência complementar sem fins lucrativos e acionistas com 10% (dez por cento) ou mais do capital de uma participem com 10% (dez por cento) ou mais do capital da outra, direta ou indiretamente; e d) cujos administradores, no todo ou em parte, sejam os mesmos da sociedade/entidade, ressalvados os cargos exercidos em órgãos colegiados, previstos estatutária ou regimentalmente, e desde que seus ocupantes não exerçam funções com poderes de gestão; V – CPR: a Cédula de Produto Rural, inclusive com liquidação financeira; VI – seguro de CPR: o Seguro de Cédula de Produto Rural que atenda às seguintes condições: a) seja elaborado segundo as condições padronizadas em regulamentação da Susep; e b) a Nota Técnica Atuarial tenha sido aprovada pela Susep previamente à comercialização do seguro; VII – FAQE: o fundo de aplicação em quotas de fundos de investimento especialmente constituído, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional na regulamentação que disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos respectivos recursos; e VIII – FIFE: o fundo de investimento financeiro especialmente constituído, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional na regulamentação que disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos respectivos recursos. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 381 30/6/2010, 17:01 382 • Microsseguros: Série Pesquisas CAPÍTULO II DO REGISTRO, DA LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA E DA CUSTÓDIA Art. 3o Os investimentos devem: I – ser registrados em nome da sociedade/entidade, em contas específicas abertas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil ou em instituições ou entidades autorizadas a prestar esses serviços pela referida Autarquia ou pela Comissão de Valores Mobiliários; e II – ser depositados, se admissível, em conta de custódia em instituições financeiras ou entidades autorizadas a prestar esse serviço pela Comissão de Valores Mobiliários. § 1o A sociedade/entidade deve autorizar os gestores dos sistemas, as instituições e as entidades de que trata o inciso I do “caput” a colocar à disposição da Susep informações relativas a seus investimentos. § 2o Exclusivamente no que diz respeito aos investimentos não oferecidos como ativos garantidores, a sociedade/entidade terá prazo até 31 de outubro de 2002, para se adaptar ao disposto no § 1o. § 3o O registro de CPR oferecida como ativo garantidor ou integrante da carteira de FIFE deve conter o número da apólice de seguro de CPR que a garante, o nome da respectiva sociedade seguradora, bem como o número do processo Susep que aprovou o seguro. § 4o Em se tratando de CPR com cobertura de seguro, o registro de que trata o inciso I do “caput” deve ser efetuado pela sociedade seguradora emitente da respectiva apólice de seguro. Art. 4o Os imóveis e terrenos integrantes dos investimentos da sociedade/entidade devem ser registrados em cartório de registro geral de imóveis. Parágrafo único. O instrumento de compra e venda de imóveis e terrenos, assim como qualquer alienação com pagamento de preço à vista ou parcelado, também deverão ser registrados nos termos do “caput”. 07-Microsseguros-Vol 2.p65 382 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 383 CAPÍTULO III DAS CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA FIFE Art. 5o Na realização de operações compromissadas o gestor do FIFE somente pode assumir compromissos tendo por objeto ativos admitidos nos termos da Resolução CMN 2.967, de 2002, e alterações posteriores, observados os limites e as demais condições ali estabelecidos. Art. 6o A atuação do FIFE em mercados de derivativos: I – deve ser realizada, exclusivamente, para proteção da carteira; e II – não pode gerar exposição superior a 50% (cinqüenta por cento) do respectivo patrimônio líquido. Parágrafo único. Para efeito de enquadramento das operações com derivativos, no que diz respeito à apuração dos correspondentes limites referidos nesta Resolução, o gestor do FIFE deve observar as normas complementares editadas pela Susep. CAPÍTULO IV DAS VEDAÇÕES Art. 7o É vedado à sociedade/entidade: I – realizar operações com derivativos, exceto quando destinadas à proteção dos riscos a que está exposto o ativo, limitadas a 80% (oitenta por cento) do valor de mercado do respectivo ativo; II – aplicar recursos em fundos de investimento, em FIFE e FAQE cujas carteiras sejam administradas por pessoas físicas, bem como em carteiras administradas por pessoas físicas; III – aplicar recursos no exterior, ressalvados os casos expressamente previstos em regulamentação aprovada pelo Conselho Monetário Nacional; IV – prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer outra forma; V – atuar como instituição financeira, concedendo empréstimos ou adiantamentos, ou abrindo crédito sob qualquer modalidade a pessoas jurídicas, ressalvadas as exceções expressamente previstas em regulamentação do CNSP; 07-Microsseguros-Vol 2.p65 383 30/6/2010, 17:01 384 • Microsseguros: Série Pesquisas VI – realizar quaisquer operações comerciais ou financeiras: a) com seus administradores, membros dos conselhos estatutários e respectivos cônjuges ou companheiros e seus parentes até o segundo grau; b) com empresas de que participem as pessoas a que se refere a alínea anterior, exceto no caso de participação de até 5% (cinco por cento) como acionista de companhia de capital aberto; e c) tendo como contraparte, ainda que indiretamente, pessoas físicas e jurídicas ligadas. § 1o A vedação à coobrigação referida no inciso IV não se aplica à sociedade seguradora quando participando de operações de cosseguro. § 2o As vedações de que trata o inciso VI não se aplicam: I – aos participantes de planos ou segurados que, nessa condição, realizarem operações com sociedade seguradora ou entidade aberta de previdência complementar, quando estas estiverem no exercício exclusivo de seu objeto social, segundo regulamentação específica editada pela Susep; e II – a operações de prestação de serviços. § 3o Exclusivamente no que diz respeito aos investimentos não oferecidos como ativos garantidores, a vedação de que trata a alínea c do inciso VI não se aplica à sociedade seguradora autorizada a operar, unicamente, em seguros: I – de ramos elementares; e/ou II – do ramo vida, em regime de repartição. Art. 8o Além do disposto no artigo anterior, é vedado à sociedade/entidade, exclusivamente no que diz respeito aos recursos das reservas, das provisões e dos fundos e aos ativos garantidores: I – oferecer ativos garantidores como garantia para operações nos mercados de liquidação futura ou em quaisquer outras situações; II – alienar, prometer alienar ou de qualquer forma gravar ativos garantidores, bem como direitos deles decorrentes, sem a prévia e expressa autorização da Susep; III – locar, emprestar, penhorar ou caucionar ativos garantidores; IV – realizar operações com ações por meio de negociações privadas; 07-Microsseguros-Vol 2.p65 384 30/6/2010, 17:01 Operações de Microsseguros numa Seguradora • 385 V – atuar como instituição financeira, concedendo empréstimos, assistência financeira ou adiantamentos a pessoas físicas ou jurídicas, ou abrindo crédito sob qualquer modalidade; VI – oferecer como ativos garantidores ações de emissão de companhias sem registro para negociação em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado por entidade credenciada na Comissão de Valores Mobiliários; VII – oferecer como ativos garantidores ativos não admitidos nos termos da Resolução CMN 2.967, de 2002, e alterações posteriores; VIII – oferecer como ativos garantidores títulos e valores mobiliários de emissão, coobrigação ou administração de empresas ligadas; IX – oferecer como ativos garantidores quotas de fundos de investimento e de FIFE cuja carteira contenha títulos e valores mobiliários de emissão e/ou coobrigação: a) da própria instituição administradora, de seus controladores, de sociedades por ela direta ou indiretamente controladas e de empresas ligadas ou outras sociedades sob controle comum; e b) da sociedade/entidade, de seus controladores, de sociedades por ela direta ou indiretamente controladas e de empresas ligadas ou outras sociedades sob controle comum. X – oferecer como ativos garantidores CPR que não tenha a pertinente cobertura de seguro; e XI – oferecer como ativos garantidores quotas de FIFE cuja carteira contenha CPR sem a pertinente cobertura de seguro. § 1o Excetuam-se do disposto no inciso VIII os títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos de emissão do Banco Central do Brasil, os créditos securitizados pelo Tesouro Nacional e os títulos de emissão de estados e municípios objeto de contratos firmados ao amparo da Lei 9.496, de 11 de setembro de 1997, ou da Medida Provisória 2.185-35, de 24 de agosto de 2001. § 2o Para efeito do disposto neste artigo, não se caracteriza como coobrigação a cobertura de seguro de CPR. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 9o Os investimentos devem ser geridos de modo que lhes sejam garantidas segurança, rentabilidade, solvência e liquidez e que sejam observados: I – elevados padrões éticos; e 07-Microsseguros-Vol 2.p65 385 30/6/2010, 17:01 386 • Microsseguros: Série Pesquisas II – as especificidades da sociedade/entidade, tais como as características de suas obrigações, com vistas à manutenção do necessário equilíbrio econômico-financeiro entre ativos e passivos. Art. 10. A sociedade/entidade deve manter procedimentos de controle e de avaliação do risco de mercado e dos demais riscos inerentes aos seus investimentos, de acordo com regulamentação editada pela Susep. Art. 11. As ações, debêntures e outros valores mobiliários de distribuição pública, bem como os bônus de subscrição de companhias abertas e os certificados de depósito de ações integrantes dos investimentos da sociedade/entidade devem ter a sua distribuição previamente registrada na Comissão de Valores Mobiliários. Art. 12. Na cobertura das provisões de prêmios não ganhos, as sociedades seguradoras podem deduzir o valor dos direitos creditórios resultantes do parcelamento de prêmios de seguros. Parágrafo único. Para efeito do disposto no “caput”: I – o valor dos direitos creditórios deve ser líquido das parcelas cedidas em cosseguro e resseguro; e II – não podem ser considerados como direitos creditórios os valores referentes às parcelas dos prêmios vencidos e ainda não pagos, relativos às parcelas de riscos já decorridos. Art. 13. O descumprimento das disposições desta Resolução sujeita a sociedade/entidade e seus administradores às sanções previstas na legislação e na regulamentação em vigor. Art. 14. Fica a Susep autorizada a editar normas complementares e adotar as medidas necessárias à execução do disposto nesta Resolução. Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 16. Fica revogada a Resolução CNSP 52, de 3 de setembro de 2001. Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2002. HELIO OLIVEIRA PORTOCARRERO DE CASTRO Superintendente da Superintendência de Seguros Privados 07-Microsseguros-Vol 2.p65 386 30/6/2010, 17:01