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Estados Unidos: Cooperativa de produtores de leite utiliza tecnologia de águas residuais e desfruta de
energia verde, diz GWE.
A Cayuga Milk Ingredients (CMI), sediada nos Estados Unidos, planeja produzir uma ampla gama de produtos
lácteos tais como creme pasteurizado, leite em pó com gordura, leite condensado, leite em pó desnatado,
leite em pó sem gordura e proteínas do leite.
A Cayuga Marketing LLC, uma cooperativa de produtores de leite na região dos Finger Lakes, Nova York, USA,
decidiu construir a sua planta de processamento local para reduzir os seus custos de transporte de leite.
Também planeja reduzir grandemente as emissões de transporte e a pegada de carbono, por conta das
curtas distâncias de transporte envolvidas.
Para atingir a eficiência ótima nos benefícios ambientais, a CMI também decidiu implementar um processo
de tratamento anaeróbio para as águas residuais da sua instalação, visando simultaneamente alcançar uma
energia meio ambiental mais efetiva e eficiente, e uma solução de custo efetivo.
A empresa selecionou a Global Water & Energy (GW&E) como o EPC para projetar, construir e pôr em
marcha a sua nova instalação de tratamento de efluentes.
Faz parte da especificação a qualidade de efluente de descarga, assim como a produção de biogás (metano),
inicialmente, para uma utilização futura na produção de eletricidade.
A GW&E é uma filial americana da Global Water Engineering (GWE), resultado de uma joint venture com a
Western Water Constructors, Inc.
Procurando o sistema de tratamento de efluentes para a planta de lácteos
A GWE tem realizado inúmeros e bem sucedidos projetos de energia proveniente de resíduos ao redor do
mundo, cada um deles respondendo a necessidades particulares de plantas que vão desde açúcar de cana e
mandioca, até produtos de batata, cervejaria e qualquer corrente de efluente que contenha resíduos
biológicos.
O sistema Flotamet da GWE foi selecionado como a solução ideal para o tratamento das águas residuais de
uma planta de lácteos como a Cayuga. Ele oferece elevada taxa de tratamento anaeróbio junto com o reator
ANAMIX da GWE (Tanque Reator Continuamente Agitado, CSTR), seguido de uma recuperação de biomassa
em um sistema combinado de separação de lodo. Este sistema consiste no SUPERSEP-CF da GWE e uma
unidade da Flotação de Biogás Dissolvido (DBF) da GWE, o SUPERFLOT-BIOGAS.
O SUPERFLOT-BIOGAS é um sistema de flotação de biogás dissolvido utilizado para se obter a máxima
eficiência na remoção da biomassa anaeróbia do efluente de um sistema de tratamento anaeróbio.
A biomassa anaeróbia é retornada ao sistema anaeróbio, incrementando assim, o tempo de retenção do
lodo.
Tal sistema permite que o reator anaeróbio seja significativamente reduzido em tamanho.
Nos sistemas SUPERFLOT-BIOGAS, como o utilizado na Cayuga, a biomassa é separada por meio da flotação.
Os sólidos são forçados a flutuar por finas borbulhas de biogás presas aos sólidos. Estas finas borbulhas de
gás são criadas pela reciclagem do efluente limpo, no qual o biogás é dissolvido sob pressão. Após a injeção
na parte inferior do tanque de flotação, a pressão liberada resulta na formação de borbulhas finas de biogás.
Desde que é usado biogás ao invés de ar, o sistema tem um desenho fechado.
Manuseio da descarga da fábrica
A planta da Cayuga é projetada para tratar 950 m3 por dia de efluente e 95 m3 por dia de água que resultam,
juntas, numa carga poluente de 6.000 kg de DQO por dia.
Aproximadamente 80% da carga de DQO, 85% da demanda biológica de oxigênio (DBO) é removida no
sistema FLOTAMET, com a carga removida convertida em biogás. Disto resulta uma produção de até 1.900
Nm3 por dia de biogás (a 75% CH4), com um conteúdo energético de 590 Kw.
O biogás será parcialmente utilizado para aquecer o efluente afim de assegurar uma ótima digestão
anaeróbia. Sendo assim, o tratamento anaeróbio da planta não cria nenhuma demanda adicional de energia
para a fábrica para propósitos de aquecimento.
Numa segunda fase, pretende-se utilizar o biogás remanescente para gerar eletricidade com o intuito de
atingir o objetivo da CMI de reduzir, ainda mais, a pegada de carbono da fábrica.
O efluente anaeróbio do sistema FLOTAMET é processado por um tratamento aeróbio convencional seguido
de uma flotação de ar dissolvido (DBF) para separação de sólidos.
O polimento aeróbio do efluente anaeróbio assegura que a descarga da planta ao esgoto local satisfará
estritamente os limites de descarga da aplicação.
Plantas anaeróbias que provem eletricidade para a comunidade se pagam tipicamente em dois anos.
As instalações de digestão anaeróbia têm sido reconhecidas pelo programa de desenvolvimento das Nações
Unidas como uma das mais úteis e descentralizadas fontes de energia, devido ao fato delas demandarem
menos capital do que as grandes plantas de energia.
Os processos anaeróbios modernos concentram o processo em reatores fechados, amplamente em
harmonia com o meio ambiente, operando sob temperatura ideal e controle de processo a fim de otimizar a
degradação do efluente e gerar grandes quantidades de CH4 a partir da matéria orgânica do efluente.
As economias pagam rapidamente o custo da planta anaeróbia – tipicamente, dentro de dois anos –
enquanto conquistam benefícios ambientais permanentes pela substituição dos combustíveis fósseis.
“Uma tonelada de DQO anaerobicamente digerido gera 350 Nm3 de Metano (CH4), equivalente a
aproximadamente 312 litros de óleo combustível ou gera perto de 1.400 Kwh de energia verde” diz o
chairman e CEO da GWE, Jean Pierre Ombregt.
Plantas anaeróbias podem também beneficiar comunidades locais, provendo fontes de energia local ao
mesmo tempo que eliminam a necessidade de grandes e, até, mal cheirosas lagoas aeróbias e anaeróbias,
habitualmente utilizadas fora dos Estados Unidos.
“A aplicação de tratamento de efluentes ao negócio de alimentos e bebidas – ou qualquer negócio com uma
corrente de efluente com carga orgânica – lança uma luz completamente diferente na estrutura de custos da
infraestrutura do tratamento de efluentes” diz Ombregt.
"Ele agora pode realmente tornar-se uma fonte adicional significativa de renda para muitas fábricas
e plantas de processamento de todo o mundo, incluindo os alimentos, bebidas e agroindústria e
outros processamentos de produtos primários."
Relatado por Natascha Janssens, Gerente de Orçamentos da GWE do Brasil.
Fonte: http://foodnewsinternational.com/2014/07/08/americas-us-dairy-collective-uses-wastewatertechnology-enjoys-green-energy-says-gwe/

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