Nietzsche
Transcrição
Nietzsche
Cronologia de Friedrich Wilhelm NIETZSCHE Nasce a 15 de outubro de 1844 em Rocken, Alemanha. Em 1849 faleceu o pai e o irmão. A família mudou-se para Naumburg. Aluno exemplar. Desde pequeno mostrava uma força de vontade inquebrantável (quando criança deixou alguns palitos de fósforo queimar em sua mão para reforçar algo que estava contando aos colegas, que duvidavam). Em 1858 foi estudar na famosa escola de Pforta. Era um excelente aluno de grego, latim, alemão e de estudos bíblicos. Estuda em Bonn filosofia e teologia, mas por influência do Professor Ritschl, resolve dedicar-se a filologia. Realiza originais investigações sobre escritores clássicos. Em 1867 foi chamado para prestar o serviço militar, mas um acidente em um exercício de montaria livrou-o dessa obrigação. Passa então, a dedicar-se totalmente aos estudos. Data dessa época o seu relacionamento com o compositor Richard Wagner. Em 1869 é nomeado Professor de Filologia na Basiléia, onde permaneceu por cerca de dez anos. Foi atraído para a filosofia pela obra de Schopenhauer. Em 1870 a Alemanha entrou em guerra contra a França e Nietzsche serviu o exército como enfermeiro, mas devido a problemas de difteria e disenteria, foi dispensado. Esta doença parece ter sido a razão das terríveis dores de cabeça e de estômago que o acompanharam toda a vida. Em 1879 pede dispensa do seu cargo de professor, diante dos problemas de saúde que estava enfrentando. Passa então a levar uma vida itinerante entre a França, Suíça e a Itália. Escreve muito, sendo dessa época o seu estilo de crítica violenta à igreja e aos chamados valores cristãos. Rompe com Wagner, a quem acusa de corromper a música com toda a expressão religiosa de decadência. Em 1889 sofre um grave colapso em Turim e foi obrigado a viver os últimos anos de sua vida com sua mãe e sua irmã, Elizabeth Forster, vindo a falecer em 25 de agosto de 1900. Principais Obras O Nascimento da Tragédia Humano, demasiado Humano O Andarilho e sua Sombra Aurora A Gaia Ciência Para Além do Bem e Mal O Caso Wagner Crepúsculo dos Ídolos Ecce Homo Ditirambos Dionisíacos O Anticristo Vontade e Potência (há dúvidas sobre a autenticidade desta obra) Assim falou Zaratustra (sua obra maior, trabalha o tema do eterno retorno) Sua crítica principal não é a fé cristã e sim a chamada ética cristã propagada de forma a condicionar o pensamento de que o homem bom era o conformado e humilde e o homem ruim é o altivo e enérgico. Para ele esta seria uma moral dos fracos, que só visa a favorecer uma relação de senhores e de escravos. Dizia que a realidade se repete a si mesma, em um eterno retorno. Somente com a aceitação de sua finitude o homem se liberta do desespero. O homem foi condicionado pelo cristianismo a enxergar o mundo terrestre como um vale de lágrimas em oposição ao mundo da felicidade eterna ou do além. Dizia que este conceito é a justificativa dos fracos e derrotados, que para justificar o fato de que sequer possuem o próprio corpo nesta vida terrena forjaram o mito da salvação após a morte. Afirmava que o significado real das palavras deveria ser recuperado para que realmente se pudesse chegar a uma conclusão do que é realmente bom e do que realmente seria mal. Dá como exemplo a palavra bom, que tem origem na palavra “bônus” e significa também guerreiro. A culpa e o ressentimento anulam a vontade de potência e a vida humana transforma-se em fraqueza e mutilação. Quando isto ocorre, dizia que a vontade de potência deixa de significar criar para significar dominar. Portanto, o bem é a vontade do guerreiro, aquele “super-homem” que descobriu na idéia do eterno retorno a lógica da existência ritmada pela alternância da criação e da destruição ou da alegria e do sofrimento. O “super-homem” niestzschiano não é um ser cuja vontade deseje dominar, pois sua vontade de potência o situa muito além do que a moral artificial condicionou como bem e mal. “Super-homem” é o homem que assume os perigos de se estar vivo, assume as dificuldades da vida e sempre está pronto a lutar como guerreiro diante de todas as dificuldades e não fica entregue diante das dificuldades, esperando uma recompensa após a morte por ser dócil e pacato. Na verdade, o sofrimento deveria ser visto como uma oportunidade de descobrirmos nossos erros e corrigi-los. Dizia que o homem é matéria, argila, lodo e insensatez, mas também é criador, formador, dureza de martelo. Dessa forma, devemos fugir desta falsa compaixão determinada pela ética invertida cristã, que clama termos bondade e compaixão com a criatura que existe em nós, pois que esta criatura tem de sofrer para crescer e libertar o criador que há em cada de um nós. Percebemos que a renhida luta de Nietzsche era contra uma pregação de uma fé que visava transformar as pessoas em dóceis cordeiros, roubando delas a sua força ou potência de serem melhores, pois evidente que homens e mulheres melhores não irão submeter-se facilmente e nem irão abrir mão de seus valores. Friedrich Wilhelm NIETZSCHE (1844-1900) e... Friedrich Wilhelm RITSCHL (1806-1876) influência no estudo da filologia Wilhelm Richard WAGNER (1813(1813-1883) “provocaç ç ões filosó ó ficas” provoca filos ficas” Elizabeth FOSTER irmã e “divulgadora” divulgadora”