ler sobre - Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular
Transcrição
ler sobre - Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular
0 UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR HELENICY NOGUEIRA HOLANDA VERAS CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia sidoides CHAM. (VERBENACEAE) CRATO, CE 2011 1 HELENICY NOGUEIRA HOLANDA VERAS CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia sidoides CHAM. (VERBENACEAE) Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri- URCA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Bioprospecção Molecular. Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Botelho Co-orientador: Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa CRATO, CE 2011 2 V476c Veras, Helenicy Nogueira Holanda. Caracterização química e avaliação da atividade antimicrobiana e antiinflamatória tópica do óleo essencial de Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae). [manuscrito] / por Helenicy Nogueira Holanda Veras. – 2011. 142 f.: il.; 29 cm. Cópia de computador (printout). Dissertação (Mestrado em Bioprospecção Molecular) – Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA. Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Botelho Co-orientador: Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa. 1. Lippia sidoides. 2. Timol. 3. Atividade antimicrobiana. 4. Biofilme. 5. Atividade antiinflamatória. I. Título. CDD: 664.02 3 HELENICY NOGUEIRA HOLANDA VERAS CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTIINFLAMATÓRIA TÓPICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia sidoides Cham. (VERBENACEAE) Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Bioprospecção Molecular. Área de concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Prof. Dr. Marco Antonio Botelho - Orientador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará- IFET-CE _______________________________________________________ Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa – Co-orientador Universidade Regional do Cariri- URCA _______________________________________________________ Prof. Dr. Iri Sandro Pampolha Lima -Avaliador externo Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte- FMJ _______________________________________________________ Prof. Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho -Avaliador Interno Universidade Regional do Cariri- URCA _______________________________________________________ Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes – Avaliador Interno (Suplente) Universidade Regional do Cariri- URCA 4 Dedico a meus pais, Pedro Ernesto Veras e Maria Odenicy Nogueira H. Veras, e a meus irmãos, Helaine Nogueira H. Veras e Pedro Ernesto Veras Jr, por me apoiarem em todas as minhas escolhas e SEMPRE acreditarem em meus projetos. 5 AGRADECIMENTOS A Deus, inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, obrigado Senhor por me dar forças quando precisei, por guiar e iluminar meus caminhos! Ao meu pai, Pedro Ernesto Veras, professor que eu admiro tanto, meu exemplo de profissional. Sei que concluindo essa etapa estou realizando um sonho seu! À minha mãe, Mª Odenicy Nogueira H. Veras, minha amiga, exemplo de mulher e mãe... como diz Cora Coralina: “ Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, amor que promove”. Obrigado pelo amor incondicional e por serem responsáveis por tudo que tenho e sou! Aos meus irmãos, Helaine Veras e Pedro Junior, por estarem sempre perto apesar de muitos quilômetros separarem vocês de mim, obrigado pela força, carinho e incentivo! Amo vocês! A toda minha família, especialmente meus avós, Raimundo Hidelberto Veras da Silva, Lirinda Maria de Souza Veras, José Holanda Guerra e meu anjo, Mª Terezinha Nogueira Holanda (in memorian). Obrigada por serem meus pais quando precisei e por se orgulharem dos meus estudos, essa vitória também é de vocês! Ao meu orientador, Prof. Dr. Marco Antonio Botelho, pela irreverência, por ter me dado esse presente que é o “alecrim pimenta”, por me ensinar a “andar com meus próprios pés”, pelo otimismo e incentivo! Obrigado por confiar e acreditar em mim. Ao meu co-orientador, Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa, por ter me acolhido no laboratório, agradeço pela pessoa que és e tenho eterna gratidão pelos ensinamentos, dedicação, por saber elogiar e criticar do jeito e na hora certa. Obrigada por tudo!!! À professora Msc. Fabiola Fernandes Galvão Rodrigues, pessoa muito importante nesse trabalho, sou grata pela disponibilidade de sempre nos ajudar, pelo imenso auxílio nos ensaios microbiológicos, pelo encorajamento transmitido e pela amizade! Ao Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes, pela grande ajuda nos testes farmacológicos e pelas sugestões, sou muito grata!!! Ao Prof. Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho pelas sugestões nos artigos, pela amizade e pelas brincadeiras... Às minhas queridas professoras do curso de Farmácia, Dra. Gilvandete Maria Pinheiro Santiago, Dra. Mary Anne Medeiros Bandeira, Dra. Luzia Kalyne Almeida Moreira Leal e Dra. Rita de Cássia Carvalho Barbosa. Obrigado por me orientarem na graduação e me 6 incentivarem para a pesquisa. Graças a vocês me encantei com as plantas medicinais e despertei para a docência. Obrigado pela amizade! Aos professores Dr. Iri Sandro Pampolha Lima, Dra. Marta Regina Kerntopf, Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho e Dr. José Galberto M. da Costa por aceitarem participar da banca examinadora, obrigado pelas valiosas sugestões e por contribuírem para melhoria deste trabalho! À minha amiga Samara Alves Brito, pelo apoio, carinho, disponibilidade de sempre me ajudar e me ouvir independente de dia e hora. Trabalhamos, nos ajudamos, rimos e choramos, agradeço a Deus por ter colocado você na minha caminhada. Obrigado por se preocupar sempre com minha felicidade, você é muito especial! Aos demais membros do Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais (LPPN), Aracélio Colares, Carla Karine, Eidla Mikaelle, Erlânio Oliveira, Fábio Galvão, George Souza, Josniel Pires, Liana Oliveira, Leonardo Landim, Mário Eduardo, Manuele Eufrasio, Samara Alves, Thiago Almeida, Stefânio Barreto e Walmir Emanuel pela ótima convivência, receptividade e pelos momentos de descontração e amizade! A Luis Leandro da Silva (Sr. Luis), pela ajuda nas coletas!! Aos professores do Laboratório de Farmacologia e Química Molecular (LFQM), Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes e Dra. Marta Regina Kerntopf, e aos demais membros, em especial, Mariana Késsia, pessoa fundamental na realização dos testes farmacológicos, obrigado pela paciência, disponibilidade e amizade! Aos professores do Programa de Pós-graduação em Biosprospecção Molecular, em especial Prof. Dr. Diniz Maciel de Sena Júnior, Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa, Prof. Dr. Henrique Douglas Melo Coutinho, Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes, Profa. Dra. Marta Maria de Almeida Souza, Profa. Dra. Marta Regina Kerntopf, Profa. Dra. Imeuda Peixoto Furtado e Profa. Dra. Sirleis Rodrigues Lacerda, pelos conhecimentos transmitidos! Aos amigos do mestrado, Heloísa Ferreira, Flaviana Morais, Morgana Delfino, Teógenes Matias, Norma Fernandes, Renata Dias, Mariana Késsia e Samara Alves por tornarem os momentos mais divertidos e pela amizade, me orgulho em fazer parte dessa turma! Às coordenadoras do Programa de Pós-graduação em Biosprospecção Molecular, Dra. Sirleis Rodrigues Lacerda e Dra. Imeuda Peixoto Furtado, às secretárias Maria Andecieli Rolim de Brito e Maria Lenira Pereira, pela solicitude! 7 Ao Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima coordenado pela Profa. Dra. Maria Arlene Pessoa da Silva, pela identificação da espécie em estudo, e em especial, aos amigos Ana Cleide Morais e Carlito Santos. Aos meus amigos por entenderem minha ausência, e que apesar da distância, sempre me dão força e torcem por mim! À Dinalva Brito de Queiroz (Farmácia Evidence®) pelo fornecimento do timol. Ao Prof. Dr. Sidney Goncalves Lima, da Universidade Federal do Piaui – UFPI, pela obtenção dos espectros do óleo essencial. Ao CNPq, FUNCAP e CAPES, pelo suporte financeiro. 8 “O Senhor fez a terra produzir os medicamentos: o homem sensato não os despreza. Uma espécie de madeira não adoçou o amargor da água? Essa virtude chegou ao conhecimento dos homens. O Altíssimo deu-lhes a ciência da medicina para ser honrado em suas maravilhas; e dela se serve para acalmar as dores e curá-las; o farmacêutico faz misturas agradáveis, compõe ungüentos úteis à saúde, e seu trabalho não terminará, até que a paz divina se estenda sobre a face da terra.” Eclesiástico, 38: 4-8. 9 RESUMO A espécie Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) é utilizada na medicina popular como anti-séptico de uso local em pele e mucosas e seu efeito terapêutico é atribuído à presença de timol. O óleo essencial das folhas de L. sidoides (OELS) e timol foram avaliados quanto à atividade antimicrobiana, moduladora de antibióticos e antiinflamatória tópica em modelos de edema de orelha induzidos por diferentes agentes flogísticos em camundongos Swiss. O OELS obtido por hidrodestilação (rendimento de 1,06%) e a análise por CG/EM identificou os principais constituintes: timol (84,9%) e p-cimeno (5,33%). Não houve diferenças no potencial antimicrobiano entre o OELS e timol determinado pelo método de microdiluição frente às bactérias e fungos leveduriformes originários da ATCC. A atividade moduladora por contato direto permitiu observar que o OELS e timol reduziram a Concentração Inibitória Mínima (CIM) da gentamicina frente à Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa em 32 vezes e 4 vezes. Por outro lado, a CIM da Penicilina G foi reduzida de 128 µg/mL para 32 e 2 µg/mL quando associada ao OELS e timol, respectivamente, e houve reforço na atividade da Ceftriaxona apenas na associação do OELS e timol frente a Enterococcus faecalis com redução da CIM de 64 para 4 μg/mL. Verificou-se que o OELS e timol potencializaram a atividade de todos as aminoglicosídeos testados por contato a vapor frente à P. aeruginosa e Staphylococcus aureus e não houve diferença estatística entre a atividade do OELS e timol contra P. aeruginosa, indicando ser este composto responsável por tal atividade frente a essa cepa. Os resultados mais expressivos foram observados no aumento da atividade antibiótica da gentamicina em 429,41% e 223,53% frente S. aureus, e 43,30% e 33,33% na atividade da amicacina contra P. aeruginosa para o OELS e timol a 50% (v/v), respectivamente. O OELS e timol foram capazes de reduzir in vitro as UFC em biofilmes de E. faecalis no tempo de contato de 30 e 60 minutos em concentrações de 2,5 e 10%. A aplicação tópica de OELS e timol (2 mg/orelha), reduziu significativamente (p < 0,001) em 45,1% e 47,4% o edema induzido por AA e reduziu em 33,2% (p < 0,05) e 54,7% (p < 0,01) o edema provocado por fenol, possivelmente reduzindo a produção de mediadores pro – inflamatórios. Além disso, não houve diferença estatística entre a atividade antiedematogênica do OELS e timol. Os resultados são relevantes e sugerem que o timol é o composto responsável pelas atividades biológicas observadas pelo óleo essencial dessa espécie. Palavras-chave: Lippia sidoides. Timol. Atividade antimicrobiana. Biofilme. Atividade antiinflamatória. 10 ABSTRACT The Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) species is used in folk medicine as an antiseptic for local use on skin and mucous membranes. The therapeutic effect is attributed to the presence of thymol. The essential oil of L. sidoides (LSEO) and thymol were evaluated for antimicrobial activity, modulatory on antibiotics and topical anti-inflammatory in models of ear edema induced by different phlogistic agents in Swiss mice. The LSEO was obtained by hydrodistillation (yield 1.06%) and analyzed by GC / MS. The major constituents identified were: thymol (84.9%) and p-cymene (5.33%). There were no differences in antimicrobial activity between LSEO and thymol determined by microdilution method against bacteria and yeast (ATCC). The synergistic activity direct showed that LSEO and thymol reduced the minimum inhibitory concentration (MIC) of gentamicin against the Klebsiella pneumoniae and Pseudomonas aeruginosa in 32 times and 4 times respectively. On the other hand, the MIC of penicillin G was reduced from 128 µg/mL for 32 and 2 µg/mL when combined with the LSEO and thymol, respectively. There was enhanced activity of ceftriaxone only the association of LSEO and thymol against Enterococcus faecalis with a reduction in MIC from 64 to 4 µg/mL. LSEO and thymol potentiated the activity of all the aminoglycosides tested by vapour contact to P. aeruginosa and Staphylococcus aureus and there was no statistical difference between the activity of LSEO and thymol against P.aeruginosa, suggesting that this compound is related for such activity. There was a increased activity of the antibiotic gentamicin at 429.41% and 223.53% against S. aureus, and 43.30% and 33.33% in the activity of amikacin against P.aeruginosa, for LSEO and thymol 50% (v/v), respectively. The LSEO and thymol were able to inhibit in vitro CFU in biofilms of E. faecalis in contact time of 30 to 60 minutes at concentrations of 2.5 and 10%. Topical application of LSEO and thymol (2 mg/ear) significantly reduced (p <0.001) the edema induced by AA and reduced by 33.2% (p <0.05) and 54.7% (p <0.01) the edema caused by phenol. There was no statistical difference between the antiedematogenic activity of LSEO and thymol. The results suggest that thymol is related in biological activities observed by the essential oil of this species. Key-words: Lippia sidoides. Thymol. Antimicrobial activity. Biofilm. Anti-inflammatory activity. 11 LISTA DE FIGURAS Figura 1 ‒ A espécie Lippia sidoides Cham. 30 Figura 2 ‒ Estrutura química do isopreno. 38 Figura 3 ‒ Estrutura química do timol. 39 Figura 4 ‒ Produção de eicosanóides a partir do ácido araquidônico 48 Figura 5 ‒ Método de extração do óleo essencial das folhas de Lippia sidoides. 52 Figura 6 ‒ Microdiluição em caldo Brain Heart Infusion (BHI). 55 Figura 7 ‒ Visualização do crescimento após 72 h do biofilme de Enterococcus faecalis. 56 Figura 8 ‒ Contato gasoso - Aplicação da amostra na tampa da placa. 58 Figura 9 ‒ Metodologias utilizadas para verificação de atividades biológicas do óleo essencial de Lippia sidoides e timol. 63 Figura 10 ‒ Estruturas dos constituintes químicos identificados no óleo essencial das folhas de Lippia sidoides Cham. 66 Figura 11 ‒ Susceptibilidade de biofilmes de E. faecalis frente a desafios antimicrobianos a 2,5% (v/v) por 30 ou 60 minutos de contato. 83 Figura 12 ‒ Susceptibilidade de biofilmes de Enterococcus faecalis frente a desafios antimicrobianos a 10% (v/v) por 30 ou 60 minutos de contato. 84 Figura 13 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de cróton em camundongos. 87 Figura 14 ‒ Curva tempo-resposta do efeito do tratamento com OELS ou timol (2 mg/orelha) no modelo de edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton em camundongos. 88 Figura 15 ‒ Aspecto da orelha direita de camundongos após 4 dias de tratamento com OELS (2 mg/orelha, 2 vezes ao dia) no modelo de edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton 5% (v/v) em acetona. 88 Figura 16 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha crônico induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton em camundongos. 89 Figura 17 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação de ácido araquidônico em camundongos. 91 12 Figura 18 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação intradérmica de histamina em camundongos. 91 Figura 19 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação de fenol em camundongos. 92 13 LISTA DE QUADROS Quadro 1 ‒ Atividades biológicas de espécies de Lippia no período entre 1981 a 2011. 32 Quadro 2 ‒ Atividades biológicas relacionadas ao timol no período entre 2000 a 2011. 40 14 LISTA DE TABELAS Tabela 1 ‒ Drogas e reagentes utilizados durante os procedimentos experimentais farmacológicos. 59 Tabela 2 ‒ Constituintes químicos do óleo essencial das folhas de Lippia sidoides Cham. 65 Tabela 3 ‒ Concentração Inibitória Mínima (CIM) do óleo essencial das folhas de L. sidoides (OELS) ou timol, sobre cepas microbianas originárias da ATCC. 68 Tabela 4 ‒ Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM) do óleo essencial de L. sidoides (OELS) e timol pelo método de microdiluição em caldo, sobre cepas originárias da ATCC. 70 Tabela 5 ‒ Valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM µg/mL) de aminoglicosídeos na presença e ausência do óleo essencial de Lippia sidoides e timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre cepas originárias da ATCC. 72 Tabela 6 ‒ Valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM µg/mL) de ßlactâmicos na presença e ausência do óleo essencial de Lippia sidoides e timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre cepas originárias da ATCC. 73 Tabela 7 ‒ Valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM µg/mL) do fluconazol na presença e ausência do óleo essencial de Lippia sidoides e timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre cepas originárias da ATCC. 76 Tabela 8 ‒ Atividade antibacteriana dos compostos voláteis do óleo essencial de Lippia sidoides e timol por contato gasoso. 77 Tabela 9 ‒ Modificação da atividade antibiótica de aminoglicosídeos pelos constituintes voláteis do óleo essencial de Lippia sidoides (OELS) e timol, utilizando o método de contato gasoso sobre Staphylococcus aureus ATCC 12624. 80 Tabela 10 ‒ Modificação da atividade antibiótica de aminoglicosídeos pelos constituintes voláteis do óleo essencial de Lippia sidoides (OELS) e timol, utilizando o método de contato gasoso sobre Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442. 81 Tabela 11 ‒ Porcentagem do edema de orelha induzido por ácido araquidônico em camundongos e o efeito inibitório médio após aplicação tópica do OELS, timol ou indometacina (2 mg/orelha). 90 Tabela 12 ‒ Porcentagem do edema de orelha induzido por fenol em camundongos e o efeito inibitório médio após aplicação tópica do OELS, timol (2 mg/orelha) ou dexametasona (0,08 mg/orelha). 92 15 LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS % ‒ Por cento; percentual < ‒ Menor que = ‒ Igual a ≈ – Aproximadamente ± ‒ Mais ou menos ® ‒ Marca registrada µg/ mL ‒ Micrograma por mililitro µL ‒ Microlitro µm ‒ Micrômetro μg- micrograma 5-LOX ‒ 5- Lipoxigenase α ‒ Alfa a. C. – Antes de Cristo AA ‒ Ácido Araquidônico AINEs ‒ Antiinflamatórios não- esteroidais AMI ‒ Amicacina ANOVA ‒ Análise de Variância AP-1 – Proteína Ativadora-1 ATM ‒ Antimicrobianos ATCC ‒ American Type Culture Collection ATP – Adenosina Trifosfato ß ‒ Beta BHI ‒ Brain Heart Infusion (infusão de cérebro e coração, inglês) BLA ‒ ß-lactâmicos C+ ‒ Controle positivo CE – Estado do Ceará (Brasil) CEUA ‒ Comissão de Ética no Uso de Animais CFM ‒ Concentração Fungicida Mínima CG/EM ‒ Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas Cham. ‒ Chamisso CIM ‒ Concentração Inibitória Mínima 16 CIM/8 ‒ Concentração subinibitória CLSI ‒ Clinical and Laboratory Standards Institute cm/seg ‒ Centímetro por segundo cm3 ‒ Centímetro cúbico COX ‒ Cicloxigenase d. C. – Depois de Cristo D/E – Dey e Engley DEX ‒ Dexametasona DIM ‒ Dose Inibitória Mínima DMSO ‒ Dimetilsulfóxido E.I.M ‒ Efeito Inibitório Médio da inflamação E.P.M. – Erro Padrão da Média EPS ‒ Substâncias poliméricas extracelulares et al. ‒ E colaboradores EUA ‒ Estados Unidos da América eV ‒ Eletrovolt γ ‒ Gama g ‒ Gramas GABAA ‒ Receptor do ácido gama aminobutírico GEN ‒ Gentamicina h ‒ Horas HCDAL ‒ Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima i.d. ‒ Indicativo de densidade i.p. ‒ Via intraperitoneal IL ‒ Interleucina IND ‒ Indometacina iNOS – Óxido nítrico sintetase induzível IR – Índice de Retenção KPa – Quilopascal L – Litro LOX – Lipoxigenase LTB4 – Leucotrieno B4 m – Metro 17 m/z – Relação massa/carga MAPK – Proteína quinase ativada por mitógeno ml – Mililitro mm – Milímetro mmHg – Milímetros de mercúrio mod – Massa do disco retirado da orelha direita moe – Massa do disco retirado da orelha esquerda MPEcont – Média do percentual de edema do grupo controle negativo MPEtrat – Média do percentual de edema do grupo tratado com OELS, timol ou fármaco n – Número da amostra NaCl – Cloreto de sódio NaOCl – Hipoclorito de sódio NEO – Neomicina NF- kB – Nucleus factor – kappa B (Fator de transcrição nuclear – capa B) NO – Óxido nítrico OC – Óleo de cróton ºC – Grau Celsius ºC/min – Grau Celsius/min OELS – Óleo essencial de Lippia sidoides p – Nível de significância P.A. – Para análise PBP – Proteínas Ligadoras de Penicilinas PDA – Potato Dextrose Agar (Agar batata dextrose, inglês) PE – Percentual de edema PG – Prostaglandina pH – Potencial hidrogeniônico pKa – Potencial da constante de acidez PKC – Proteína quinase C PLA2 – Fosfolipase A2 ROS – Reative Oxygen Species (Espécies Reativas de Oxigênio, inglês) TNF – Tumor Necrosis Factor (fator de necrose tumoral, inglês) TPA – 13-acetato de 12-o-tetracanoilforbol TR – Tratamento 18 TXA2 – Tromboxano A2 UFC – Unidade Formadora de Colônias UNIFOR – Universidade de Fortaleza URCA – Universidade Regional do Cariri US$ ‒ United States dollar (Dólar dos Estados Unidos, inglês) v/v – Volume/volume VEGF – Vascular endothelial growth factor (Fator de crescimento do endotélio vascular, inglês) 19 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 22 2 OBJETIVOS 25 2.1 Objetivo geral 25 2.2 Objetivos específicos 25 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Considerações botânicas 32 3.1.1 Família Verbenaceae 32 3.1.2 O gênero Lippia 37 3.1.3 Lippia sidoides Cham. 29 3.2 Atividades biológicas do gênero Lippia 32 3.3 Óleos essenciais 37 3.4 Timol: um monoterpeno presente nas folhas de Lippia sidoides 39 3.5 Atividade antimicrobiana de produtos naturais 43 3.6 Resistência microbiana 43 3.7 Biofilme 45 3.8 Atividade antiinflamatória de produtos naturais 47 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Material vegetal 51 4.2 Obtenção do óleo essencial 51 4.3 Obtenção do timol 51 4.4 Análise química do óleo essencial 53 4.5 Atividade antimicrobiana 53 4.5.1 Cepas microbianas 53 4.5.2 Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) 54 4.5.3 Determinação da Concentração Fungicida Mínima (CFM) 55 4.5.4 Avaliação da inibição de biofilmes 55 4.5.4.1 Cepa bacteriana e preparo do inóculo 55 20 4.5.4.2 Formação do biofilme 56 4.5.4.3 Substâncias testadas 56 4.5.4.5 Inibição de biofilmes 56 4.5.5 Modulação da atividade antimicrobiana 57 4.5.1 Contato direto 57 4.5.2 Contato a vapor 57 4.5.2.1 Análise estatística 58 4.6 Atividade antiinflamatória tópica através de modelos de edema de orelha induzidos por agentes irritantes 59 4.6.1 Aspectos éticos da pesquisa 59 4.6.2 Animais 59 4.6.3 Drogas, reagentes e soluções 59 4.6.4 Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de cróton 60 4.6.5 Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton 60 4.6.6 Edema de orelha induzido por Ácido Araquidônico (AA) e fenol 60 4.6.7 Edema de orelha induzido pela injeção intradérmica de histamina 61 4.6.8 Quantificação do edema 61 4.6.9 Análise estatística dos dados 62 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 Análise química do óleo essencial 65 5.2 Atividade antimicrobiana 67 5.2.1 Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM)- Bactérias 67 5.2.2 Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM)- Fungos leveduriformes 69 5.3 Modulação da atividade antibiótica 71 5.3.1 Contato direto- Bactérias 71 5.3.2 Contato direto – Fungos 75 5.3.4 Contato a vapor 76 5.4 Avaliação da inibição de biofilmes 81 5.5 Atividade do óleo essencial de Lippia sidoides (OELS) e timol nos modelos de inflamação cutânea 85 5.5.1 Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de cróton 85 21 5.5.2 Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton 86 5.5.3 Edema de orelha induzido por Ácido Araquidônico (AA) 88 5.5.4 Edema de orelha induzido por histamina 89 5.5.5 Edema de orelha induzido por fenol 89 6 CONCLUSÕES 98 7 REFERÊNCIAS 100 22 INTRODUÇÃO ______________________________________________ 23 1 INTRODUÇÃO O uso de plantas com finalidades terapêuticas vem sendo praticado a milhares de anos. A arte dos benzedores, curandeiros e xamãs, herdada de magos e feiticeiros, pode ser vista até hoje, em teste, nos laboratórios científicos, os quais passaram a avaliar experimentalmente a veracidade dessas informações (DI STASI, 1996; RIOS e RECIO, 2005). O Brasil é o país com a maior diversidade genética vegetal do mundo, contando com mais de 55.000 espécies catalogadas de um total estimado entre 350.000 e 550.000 (SIMÕES et al., 2003). No entanto, a riqueza e diversidade desse banco genético e biomolecular se encontram em um estágio inicial de conhecimento (CALIXTO, 2003). A exploração da biodiversidade brasileira pode levar a identificação de metabólitos secundários valiosos que podem servir como fitofármacos ou conduzir ao desenvolvimento de novos fármacos semi-sintéticos ou sintéticos. Comparado ao desenvolvimento de um novo medicamento sintético, que envolve vultosas somas de recursos (cerca de US$ 350 milhões e 10 a 15 anos de pesquisa), o desenvolvimento de um fitomedicamento requer menos recursos, e também menor tempo de pesquisa. Estima-se que os custos para o desenvolvimento de um fitomedicamento não devem ultrapassar 2 a 3 % daquele previsto para o desenvolvimento de um novo medicamento sintético (CALIXTO, 2003). Por outro lado, nos últimos anos, há um grande interesse e aumento na procura de produtos naturais como recursos terapêuticos. Tal fato pode estar relacionado a diversos fatores, como: efeitos indesejáveis e prejuízos causados pelo uso abusivo e/ou incorreto de medicamentos sintéticos; o fato de que amplas camadas da população mundial não têm acesso aos medicamentos e à medicina institucionalizada; a consciência ecológica e a crença popular de que o natural é inofensivo (RATES, 2001). No entanto, mesmo diante da grande biodiversidade brasileira, ainda faltam muitos estudos para comprovar a eficácia e a segurança desses produtos naturais (CALIXTO, 2003). O avanço da tecnologia associado à problemática do surgimento de microorganismos cada vez mais resistentes aos antimicrobianos convencionais, fez com que a pesquisa buscasse novas substâncias de origem natural, com eficácia superior ou igual aos da terapêutica usual (OESTERHELT et al., 2005). Além disso, um dos maiores problemas enfrentados é a formação de biofilmes pelas bactérias. Organismos vivendo em comunidades como em biofilmes, podem suportar mudanças do pH, ação de radicais de oxigênio, desinfetantes e 24 antibióticos de uma forma mais favorável do que em células vivendo de forma livre (JEFFERSON, 2004). Nesse contexto, a atividade antimicrobiana de uma variedade de óleos essenciais é documentada desde 1974 (GUENTHER, 1974) e torna-se importante a avaliação da atividade dos seus constituintes majoritários para relacionar qual o composto é responsável por tal atividade. Algumas plantas utilizadas popularmente como antiinflamatórias possuem considerada atividade antimicrobiana frente a vários patógenos, pois alguns traumas que comprometem a integridade da barreira cutânea constituem-se na principal causa de mudança de comportamento de bactérias que fazem parte da microbiota da pele para agente etiológico em infecções cutâneas (CAETANO et al., 2002; ZAVADINACK NETTO et al., 2008). O gênero Lippia é conhecido por apresentar, principalmente, atividade antimicrobiana, antiinflamatória, antioxidante e larvicida (BOTELHO et al., 2007b; MENDES et al., 2010; DAMASCENO et al., 2011). A espécie Lippia sidoides Cham., nativa da região do semi-árido do Nordeste brasileiro, é amplamente empregada na medicina popular como anti-séptico de uso local em pele e mucosas e está inserida no projeto Farmácias Vivas da Universidade Federal do Ceará (MATOS, 2000; 2002). Tendo em vista o uso popular, bem como registros na literatura comprovando algumas atividades biológicas apresentadas por L. sidoides, resolveu-se analisar o potencial antimicrobiano do óleo essencial das suas folhas e do timol, seu composto majoritário, por contato direto, a vapor e a ação frente a biofilmes, bem como a possível interferência dos mesmos na atividade de alguns antibióticos utilizados na clínica. Além disso, foi observado se esse produto natural foi capaz de apresentar atividade antiinflamatória tópica in vivo. 25 OBJETIVOS ______________________________________________ 26 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Verificar e comparar a atividade antimicrobiana, moduladora da atividade antibiótica e antiinflamatória tópica entre o óleo essencial de L. sidoides e seu componente majoritário, timol, bem como investigar os possíveis mecanismos envolvidos na atividade antiinflamatória. 2.2 Objetivos específicos Obter o óleo essencial da espécie em estudo e caracterizá-lo quimicamente; Verificar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) do OELS e timol frente a bactérias e fungos; Avaliar e comparar o efeito modificador da atividade antibiótica de aminoglicosídeos e ß- lactâmicos exercido pelo óleo e timol frente a bactérias Gram-positivas e Gramnegativas; Verificar a interferência do OELS e timol sobre a atividade do fluconazol frente a espécies de Candida por contato direto; Determinar a atividade antimicrobiana in vitro do OELS e timol frente a biofilmes de Enterococcus faecalis; Avaliar a atividade antiinflamatória do OELS e timol por via tópica através do modelo de edema de orelha induzido por óleo de cróton (modelo agudo e crônico), ácido araquidônico, fenol e histamina, bem como elucidar os possíveis mecanismos de ação. 27 REFERENCIAL TEÓRICO ______________________________________________ 28 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Considerações botânicas 3.1.1 Família Verbenaceae A Família Verbenaceae compreende aproximadamente 36 gêneros e cerca de 1000 espécies de distribuição pantropical, sendo que no Brasil ocorrem 17 gêneros e 250 espécies com potencial econômico amplamente explorado (LORENZI e MATOS, 2002; SOUZA e LORENZI, 2005). Segundo Gonzáles (2006), essa família é caracterizada por ervas, arbustos, árvores ou trepadeiras lenhosas, com ramos regulares ou serreadas. As espécies possuem folhas simples, opostas e verticiladas, margens inteiras ou serreadas. Inflorescências racemosas ou cimosas, cabeças, tirsos, espigas ou flores solitárias, ocasionalmente envolvidas por folhas. Flores leves e evidentemente zigomórficas; bissexuadas ou unissexuadas, cálice tubular e apresenta 5 lobos persistentes, às vezes acrescido de frutos; a corola apresenta quatro a cinco logos, às vezes bilabiada; androceu com dois a cinco estames, anteras dorsadas, às vezes presente dois estaminódios (Stachytarpheta) cerca da metade do tubo da corola; gineceu sincárpico, ovário inteiro e com quatro lóculos, dois carpelos (quatro aparências), placentação axilar, um óvulo por lóculo. O fruto é carnoso e provido de núcleo ou múltiplo decomponível em frutos simples com duas a quatro sementes e raramente a cápsula se abre em duas partes. Algumas espécies dessa família são utilizadas como plantas ornamentais, como por exemplo: Petrea subserrata (viuvinha) e Lantana camara (chumbinho). Outras espécies são utilizadas pela população como plantas medicinais, na forma de infusão, por exemplo, Lippia alba (erva-cidreira), Stachytarpheta cayennensis (jervão) e outras (RIBEIRO et al., 1999). 3.1.2 O gênero Lippia O gênero Lippia é um dos dois maiores da família Verbenaceae, foi primeiramente descrito em 1.753 por Linnaeu (BRANDÃO, 2003) e inclui muitas espécies medicinais e 29 aromáticas, sendo encontrado nas Américas do Sul, Central e na África Tropical (VICCINI et al., 2006). O número de espécies estimado neste gênero é 160, estando a maior parte no Brasil, México, Paraguai e na Argentina, com poucas espécies endêmicas na África. O Brasil apresenta a maior diversidade em espécies descritas do gênero Lippia, aproximadamente 111 espécies, sendo principalmente localizadas na Cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais e na Chapada da Diamantina, na Bahia (SALIMENA, 2000). Segundo Troncoso (1974), o gênero Lippia pode ser caracterizado por apresentar plantas arbustivas ou subarbustivas, com folhas decussadas, geralmente com indumento glandular, florescências parciais capituliformes ou espiciformes, congestas, axilares, brácteas membranáceas ou cartáceas, verdes ou coloridas, amarelas, róseas ou vináceas, ultrapassando ou não o comprimento das flores; flores sésseis, cálice comprimido, alado, induplicado, membranáceo, inconspícuo, persistente no fruto; corola hipocraterimorfa, alva, rósea, magenta, lilás ou amarelas, tubo reto ou curvo, limbo de quatro a cinco lobado, lábio superior ou adaxial lobado, lábio inferior ou abaxial único, dois lobos laterais; quatro estames; ovário monocarpelar, bilocular, ovulado e estigma lateral. Possui fruto dividido na maturidade em dois mericarpos. O amplo emprego popular de espécies deste gênero ao redor do mundo concentra-se no tratamento de disfunções gastrointestinais ou respiratórias e hipertensão (PASCUAL et al., 2001a). Em muitos casos, as partes utilizadas são as folhas e flores, as quais são comumente preparadas em infusão ou decocção, mas também utilizadas oralmente ou através de emplastros e lavagens para ferimentos (LORENZI e MATOS, 2002). Os principais constituintes químicos encontrados nos óleos essenciais das espécies deste gênero são: limoneno, ß-cariofileno, p-cimeno, cânfora, linalol, α-pineno e timol. Dentre os componentes não-voláteis, foram registrados flavonóides, naftoquinonas, iridóides, alcalóides, triterpenos e saponinas (PASCUAL et al., 2001a). 3.1.3 Lippia sidoides Cham. Lippia sidoides Cham. (syn. L. multicapitata Mart.) (Figura 1, p. 30), popularmente conhecida como “alecrim pimenta”, é um arbusto nativo da região do semi-árido do Nordeste 30 brasileiro, amplamente empregada na medicina popular como anti-séptico de uso local em pele e mucosas (MATOS, 2000). A espécie se apresenta como grande arbusto caducifólio, ereto, muito ramificado e quebradiço, de dois a três metros de altura, próprio da vegetação do semiárido nordestino. Possui folhas aromáticas e picantes, simples e pecioladas. Flores pequenas, esbranquiçadas, reunidas em espigas de eixo curto nas exilas das folhas. Frutos do tipo aquênio, extremamente pequenos, cujas sementes raramente germinam. Pode ser multiplicada por estaquia usando-se, de preferência, os ramos mais finos. As mudas devem ser plantadas depois de bem enraizadas (um a dois meses), com espaçamento de três a quatro metros (LORENZI e MATOS, 2002). Após sua introdução nos programas de fitoterapia em atenção primária de saúde, passou a ser cultivada em vários Estados (MATOS e OLIVEIRA, 1998). O estudo fitoquímico dos extratos etanólicos de L. sidoides tem resultado no isolamento de vários constituintes químicos, tais como: taxifolina, isolariciresinol, ácido 3-Oacetiloleanólico, benzoato de 3,4-dihidroximetila, lapachenol, tecomaquinona, tectoquinona, tectol, tectol acetilado, quercetina, luteolina, glicoluteolina e lippisidoquinona (COSTA et al., 2001; 2002). Figura 1 ‒ A espécie Lippia sidoides Cham. Fonte: da autora. 31 O efeito terapêutico de L. sidoides tem sido atribuído principalmente à presença do timol, substância com alto poder antimicrobiano, sendo o componente majoritário do óleo essencial e também encontrado em extratos hidroalcóolicos (MATOS e OLIVEIRA, 1998). Outros constituintes encontrados no óleo essencial são p-cimeno, α-terpineno e ß-cariofileno. O estudo toxicológico pré-clínico agudo com extrato hidroalcoólico das folhas de L. sidoides demonstrou, por via intraperitoneal em camundongos, que a DL50 encontrada foi de 0,31 mg/mL, sendo considerada pelos autores uma alta toxicidade na via e forma utilizadas (ALMEIDA et al, 2010b). Além de possuir um amplo potencial biológico, como será demonstrado no Quadro 1 (p. 32), alguns produtos tecnológicos já estão sendo desenvolvidos a partir dessa espécie. Um estudo duplo-cego utilizando enxaguatório bucal sem álcool a partir do seu óleo essencial demonstrou que houve decréscimos nos índices de placa bacteriana e gengivite (BOTELHO et al., 2009). Em outro trabalho, foi observado que o gel composto por óleo essencial de L. sidoides e Myracrodruon urundeuva foi eficaz na periodontite, pois além de apresentar atividade antiinflamatória, impediu o crescimento de patógenos orais e preveniu a reabsorção óssea alveolar (BOTELHO et al., 2007b). Paula et al. (2011) desenvolveram e caracterizaram nanoesferas encapsuladas com quitosana e goma de cajueiro, contendo óleo essencial de L. sidoides no seu interior, para o controle das larvas de Aedes aegypti. Também a partir do óleo essencial foram desenvolvidos um gel e enxaguatório bucal para o controle de cárie em crianças entre 6 e 12 anos de idade, e comprovaram nesse experimento que ambas formulações foram bastante efetivas (LOBO et al., 2011). No entanto, apesar do futuro promissor, a exemplo de outras espécies nativas, L. sidoides necessita de maior número de estudos para poder gerar um fitomedicamento ou fitoterápico cientificamente validado. 32 3.2 Atividades biológicas do gênero Lippia As espécies desse gênero se caracterizam por possuir notáveis atividades biológicas comprovadas cientificamente, dentre estas, a mais registrada é a atividade antimicrobiana, a qual está associada a sua constituição química, que na grande maioria é rica em constituintes de natureza fenólica (LEMOS et al., 1990). O Quadro 1 mostra as publicações referentes às atividades biológicas relacionadas ao gênero Lippia no período entre 1981 a 2011. Para este fim, foi realizada uma busca dos artigos através do portal de periódicos da CAPES, bem como em bancos de dados: Pubmed, Scielo e Science Direct. Foram utilizados os descritores Lippia, atividade biológica e biological activities. Quadro 1: Atividades biológicas de espécies de Lippia no período entre 1981 a 2011. Atividade biológica Espécies Referência Acaricida L. sidoides Cham. Alelopática L. sidoides Cham. Alves et al., 2004 Anestésica em peixes L. alba (Mill.) N. E. Brown Cunha et al., 2010 Cavalcanti et al., 2010 L. sidoides Cham., Antibacteriana (Cont.) L. alba (Mill.) N. E. Brown, Lemos et al., 1990; L. dulcis Trevir, L. formosa T. S. Cáceres et al., 1991; Brandegee, L. gracilis H.B.K., Dimayuga e Keer Garcia, L. grandifolia Hochst., 1991; Lemos et al., 1992; L. javanica (N.L. Burm.) Spreng, Kunle et al., 2003; L. microphylla Cham., Bassole et al., 2003; L. nodiflora (L.) Michx., Manenzhe et al.; 2004; L. palmeri S. Wats. var. palmeri, Oskay et al., 2005; 33 (Cont.) L. ukambensis Vatke, Pessoa et al., 2005.; L. graveolens H.B.K., Botelho et al., 2007; L. origanoides H.B.K, L. chevalieri Oliveira et al., 2007; Moldenke, L. triphylla (L'Her) O. Mevy et al., 2007; Kuntze, L. wilmsii H. H. W. Pearson; Sánchez et al., 2010; L. gracilis H.B.K.; Shikanga et al., 2010; L. multiflora Moldenke Reis et al., 2011 Anticonvulsivante L. alba (Mill.) N. E. Brown Viana et al., 2000 Antidiarréica L. alba (Mill.) N. E. Brown Heinrich et al., 1992 L. sidoides Cham., L. grata Schauer, Souza Brito e Souza L. chamissonis D. Dietr., L. dulcis Brito, 1993; Trev. Görnemann et al., 2008 L. sidoides Cham., L. palmeri S. Duarte et al., 2005; Wats, L. multiflora Fontenelle et al., 2007; Moldenke, L. rugosa A. Chev., Tatsadjieu et al., 2009; L. scaberrima Sond., L. alba (Mill.) Regnier et al., 2008, N. E. Brown, 2010; Shukla et al., 2009; L. rehmannii H.Pearson Linde et al., 2010 L. sidoides Cham. Camurça-Vasconcelos et Antibacteriana Antiespasmódica Antifúngica Anti-helmíntica al., 2007, 2008 (Cont.) 34 (Cont.) L. sidoides Cham., Pham Huu Chanh et al., L. multiflora Moldenke, 1988; Souza Brito e L. chamissonis D. Dietr. Souza Brito, 1993 L. alba (Mill.) N. E. Brown, Slowing Barillas, 1992; L. geminata H.B.K, Abena et al., 2003; Antiinflamatória/ L. citriodora (Ort.) H.B.K, Girão et al., 2003; Analgésica L. gracillis Schauer, Pérez et al., 2005; Anti-hipertensiva L. sidoides Cham., L. dulcis Trevir, Monteiro et al., 2007; L. multiflora Moldenke Mendes et al., 2010; Guilhon et al., 2011 Antimalárica L. multiflora Moldenke, L. chevalieri Gasquet et al., 1993; Moldenke, L. javanica (N.L. Burm.) Valentin et al., 1995; Spreng. Mallie e Bastide, 1995; Clarkson et al., 2004 Antimutagênica Antioxidante L. alba (Mill.) N. E. Brown Ramos et al., 2003 L. nodiflora Mich., L. graveolens Stashenko et al., 2004; H.B.K., L. berlandieri v. Schauer, David et al.; 2007; Rocha- L. alba (Mill.) N. E. Brown, Guzmán et al., 2007; L. sidoides Cham., L. multiflora Silva et al., 2009; , Moldenke; L. microphylla Cham., Almeida et al., 2010a; L. javanica (N.L. Burm.) Spreng, Ashokkumar et al., 2010; L. wilmsii H.H.W Pearson, Olivero-Verbel et al., L. schomburgkiana Schauer, 2010; Sanchéz et al., L. grandis Schauer 2010, Shikanga et al., 2010; Arthur et al., 2011; Damasceno et al., 2011 (Cont.) 35 (Cont.) Antiulcerogênica Antiviral L. alba (Mill.) N. E. Brown Pascual et al., 2001b L. multiflora Moldenke, Abad et al., 1999; L. alba (Mill.) N. E. Brown, Andrighetti-Frohner et al., L. citriodora (Ort.) H.B.K. 2005; Ocazionez et al., 2010 Cardioestimulante L. sidoides Cham. Gilbert et al., 2005 Citotóxica L. alba (Mill.) N. E. Brown Costa et al., 2004 Conservante de L. berlandieri Schauer Sosa et al., 2010 Escabicida L. multiflora Moldenke Oladimeji et al., 2005 Gastroprotetora L. sidoides Cham. Monteiro et al., 2007 L. ukambensis Vatke, L. wilmsii H. Mwangi et al., 1992; H. W. Pearson, L. somalensis Vatke, Govere et al., 2000; L. javanica (N.L. Burm.) Spreng., Carvalho et al., 2003; L. grandifolia Hochst., L. dauensis Costa et al., 2005; (Chiov.) Chiov., L. gracillis H.B.K., Silva et al., 2008 alimentos Larvicida/ repelente L. sidoides Cham. (Cont.) 36 (Cont.) Leishmanicida L. sidoides Cham. Medeiros et al., 2011 Moduladora da L. sidoides Cham. Oliveira et al., 2006 L. sidoides Cham., L. aristata Craveiro et al., 1981; Schauer, L. gracillis H.B.K. Teles et al., 2010 L. microphylla Cham. Omena, 2007 L. sidoides Cham. Botelho et al., 2007 L. alba (Mill.) N. E. Brown Vale et al., 1999 atividade de antibióticos Moluscicida Neuroléptica Preventiva da reabsorção do osso alveolar Sedativa L. microphylla Cham., L. gracillis Tóxica frente à Artemia Schauer, L. alba (Mill.) N. E. Brown, salina ou L. schomburgkiana Schauer, A. franciscana L. multiflora Moldenke, L. grandis Schauer Ajaiyeoba et al., 2006; David et al., 2007; Silva et al., 2009; Teles et al., 2010; Olivero-Verbel et al., 2010; Damasceno et al., 2011 37 3.3 Óleos essenciais Os óleos essenciais (também denominados óleos etéreos ou essências) são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas, que podem ser obtidos de várias partes da planta (flores, folhas, galhos, cascas, frutos, raízes, etc.) (SIMÕES et al., 2003). Desde a antiguidade, os óleos essenciais são utilizados como perfumes, flavorizantes e conservantes (BAUER e GARBE, 2001). O método de hidrodestilação para extração de óleos essenciais foi realizada pela primeira vez no Oriente (Egito, Pérsia e Índia) (LAVABRE, 1992). A composição química desses óleos contidos em diferentes espécies é bastante complexa e sofre influência tanto do material genético da planta, quanto das condições de cultura e desenvolvimento (tipo de solo e clima), assim como de colheita e o processamento pós-colheita (parte da planta da qual é extraído, horário e época do ano) (LAVABRE, 1992). São conhecidos comercialmente cerca importantes, de 3.000 óleos especialmente essenciais, para as dos quais indústrias 300 são farmacêutica, agronômica, alimentícia, e principalmente para fabricação de cosméticos e perfumes (BAKKALI et al., 2008). Drogas vegetais ricas em óleos essenciais são empregadas in natura para a preparação de infusões e/ou sob a forma de outras preparações simples. Podem ser utilizados na indústria farmacêutica para síntese de vitaminas, hormônios, antibióticos e antissépticos (BRUNETON, 1995). Os constituintes químicos dos óleos essenciais variam desde hidrocarbonetos terpênicos, alcoóis simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas, até compostos com enxofre. Na mistura, tais compostos apresentam-se em diferentes concentrações, onde um deles é o compostos majoritário, existindo outros em menores concentrações e alguns em baixíssimas quantidades (traços) (SIMÕES et al., 2007). Os terpenos constituem uma grande variedade de substâncias vegetais, que derivam de unidades do isopreno (Figura 2, p. 38). A classificação dos terpenos é feita pelo número de ligações de unidades de isopreno, onde o número de unidades incorporadas em determinado terpenóide hidrocarbônico insaturado serve de base para esta classificação. Os compostos terpênicos mais freqüentes nos óleos voláteis são os monoterpenos (cerca de 90 % dos óleos voláteis) e os sesquiterpenos. Os monoterpenos são compostos de duas unidades e tem 38 fórmula molecular C10H16; os sesquiterpenos contêm três unidades e sua fórmula molecular é C15H24. (SIMÕES et al., 2007). Figura 2 ‒ Estrutura da unidade isopreno C5H8 Os terpenos possuem um largo espectro de ações biológicas, vários foram isolados e avaliados quanto à toxicidade frente aos insetos. A grande maioria de trabalhos científicos que se referem à terpenóides com atividade inseticida faz referência à capacidade de inibir ou retardar o crescimento, danos na maturação, redução da capacidade reprodutiva, supressores de apetite, podendo levar os insetos à morte por inanição ou toxicidade direta (NDUMU et al., 1999; BRUNO et al., 1999; NAKATANI et al., 2000). Tem sido estabelecido cientificamente que cerca de 60% dos óleos essenciais possuem propriedades antifúngicas e 35% exibem propriedades antibacterianas (BHAVANANI e BALLOW, 1992). Penicillium digitatum, Penicillium italicum, Penicillium expansum, e Geotrichum, os principais fungos responsáveis pela deterioração pós-colheita de maçã, foram inibidos com vapor de citral e seus isômeros: geranial e neral (VENTURINI et al., 2002; WURYATMO et al., 2003). Outros monoterpenos como citronelal, L-carvona, isopullegol e α-pineno inibiram o crescimento de fungos que causam contaminação em frutas como banana, mamão e abacaxi, como Colletotrichum musae, Colletotrichum gloeosporioides e Fusarium subglutinans (GARCIA et al., 2008). O óleo essencial de Malaleuca alternifolia tem como constituinte majoritário o monoterpeno terpinen-4-ol, e atribuem a esse composto o amplo espectro da atividade antibacteriana (TOGASHI et al., 2008). Muitas espécies de Lippia contém monoterpenos como constituintes majoritários dos óleos essenciais que exibem uma variedade de atividades biológicas, sendo o timol, carvacrol, citral e p-cimeno os compostos mais freqüentemente encontrados e responsáveis pelas atividades biológicas observadas. 39 3.4 Timol: um monoterpeno presente nas folhas de Lippia sidoides O timol (Figura 3) é um monoterpeno fenólico, e é isômero do carvacrol. É encontrado no óleo essencial das folhas de L. sidoides e nos extratos hidroalcoólicos (MATOS, 2000). Também foi verificada sua presença em outras espécies do gênero Lippia e em espécies tais como: Thymus vulgaris, Conobea scoparioides, Origanum compactum, Origanum vulgare e Satureja montana. Foi descoberto por Caspar Neumann em 1719 e purificado em 1853, por M. Lallemand, o qual atribuiu o nome "timol" (King's American Dispensatory, 1868). Possui fórmula C10H14O; massa molar 150, 2176; ponto de fusão 51,5°C; ponto de ebulição 232,5°C; pKa 10,62; solubilidade em água 900 mg/L; pressão de vapor 0,0376 mmHg a 25°C; densidade 0.974 g/cm3 (United States National Library of Medicine). O timol tem sido encontrado em formulações de cremes e anti-sépticos bucais (Euthymol® e Listerine®), pomadas descongestionantes (Vick®), pastilhas que aliviam tosse e irritação da garganta (Valda®), adesivos antiinflamatórios (Salonpas®) e como anti-séptico para higienização bucal de cães e gatos (Gelsept®). Figura 3 ‒ Estrutura química do timol OH Foi realizado um levantamento sobre as publicações referentes às atividades biológicas relacionadas ao timol no período entre 2000 a 2011 utilizando os seguintes descritores: timol, thymol, atividade biológica e biological activities (Quadro 2, p. 40). Foram incluídos os trabalhos que utilizaram o timol sintético bem como as espécies que o continham como componente majoritário do óleo essencial das folhas. A maioria das publicações citou o timol como a substância responsável pela atividade antimicrobiana frente às bactérias Grampositivas, Gram-negativas e fungos, atividade larvicida e antioxidante. 40 Quadro 2 ‒ Atividades biológicas relacionadas ao timol no período entre 2000 a 2011. Atividade Antibacteriana Espécie/ Sintético Referência Thymus vulgaris L., Juliano et al., 2000; Bassole Origanum vulgare L., et al., 2003; Nostro et al., L. chevalieri Moldenke, 2004, 2007; Hanbali et al., L. multiflora Moldenke , 2005; Amin et al., 2005; Satureja montana L., Nazer et al., 2005; Chung et Carum copticum Benth. & al., 2006; Kobilinsky et al., Hook; Oliveria decumbens 2007; Lebert et al., 2007; Vent; Pulicaria odora L.; Michiels et al., 2007; Thymus hyemalis Lange; Botelho et al., 2007a,b; Rota Thymus zygis L., et al., 2008; Cávar et al., L. sidoides Cham., 2008; Oroojalian et al., L. multiflora 2010; Rivas et al., 2010; Moldenke; Sintético Soković et al., 2010; Rúa et al., 2011 Daferera et al., 2000; T. vulgaris L., Satureja Vázquez et al., 2001; Pina- Antifúngica/ hortensis L., Vaz et al., 2004; López- anti-micotoxina Trachyspermum copticum Malo et al., 2005; Svircev et L., L. sidoides Cham., al., 2007; Fontenelle et al., Sintético 2007; Razzaghi-Abyaneh et al., 2008; Rasooli et al., 2008; Dalleau et al., 2008; Dambolena et al., 2011 Antiinflamatória/analgésica (Cont.) L. gracillis Schauer, Loizzo et al., 2009; Origanum ehrenbergii Monteiro et al., 2009; Boiss, L. sidoides Cham. Mendes et al., 2010 41 (Cont.) Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth, Antioxidante L. grandis Schauer, Milos et al., 2000; Tepe et Thymus praecox subsp. al., 2007; Cavar et al., 2008; skorpilii (Velen.) Jalen var. Loizzo et al., 2009; Rebelo skorpilii, Clinopodium et al., 2009; Sarikurkcu et vulgare L., Origanum al., 2010; Damasceno et al., syriacum L., Origanum 2011; Rúa et al., 2011; Ozen ehrenbergii Boiss, Thymus et al., 2011 longicaulis C. Presl subsp. longicaulis var. longicaulis, Origanum vulgare L., Satureja montana L., Sintético Citotóxica Sintético Chang et al., 2000 Clastogênica Sintético Someya et al., 2008 Escabicida Sintético Toloza et al., 2006 Genotóxica Sintético Buyukleyla e Rencuzogullari, 2009 Inibidora da formação de Sintético Prieto et al., 2007 L. sidoides Cham., Mühlbauer et al., 2003; Sintético Botelho et al., 2007 peroxinitrito Inibidora da reabsorção óssea (Cont.) 42 (Cont.) Carvalho et al., 2003; Larvicida/ repelente Thymus vulgaris L., Novelino et al., 2007; Knio L. sidoides Cham., et al., 2008; Pavela et al., Thymus satureioides Coss., 2009; Regnier e Sintético Combrinck, 2010a; Kim et al., 2010; Zahran e Abdelgaleil, 2011 Inibidora da reabsorção óssea Moduladora do receptor L. sidoides Cham., Mühlbauer et al., 2003; Sintético Botelho et al., 2007 Sintético García et al., 2006 Thymus broussonetii Boiss Saad et al., 2010 Origanum compactum Lahlou e Berrada, 2001; Benth, Sintético Ferreira et al., 2009 Zataria multiflora Boiss Mahboubi e Bidgoli, 2010 Sintético Oliveira et al., 2010 GABAA Moduladora de antifúngicos: fluconazol e anfotericina B Moluscicida Sinergismo com vancomicina frente à Staphylococcus aureus Sinergismo com carvacrol, ácido lático e ácido acético frente a S. aureus (Cont.) 43 (Cont.) Tóxica frente à L. grandis Schauer, Rebelo et al., 2009; Artemia salina C. scoparioides (Cham. & Damasceno et al., 2011 Schltdl.) Benth 3.5 Atividade antimicrobiana de produtos naturais Muito antes da descoberta da existência de microorganismos, as idéias de que certas plantas possuíam atividade cicatrizante e de que elas continham o que se podia caracterizar como “princípios antimicrobianos” eram muito bem aceitas. Desde a antiguidade, o homem utiliza as plantas para tratar doenças infecciosas e até hoje, algumas delas são incluídas como parte do tratamento de várias enfermidades (RIOS e RÉCIO, 2005). A atividade antimicrobiana de plantas medicinais tem sido pesquisada em diversas espécies e registrada em muitos países que possuem uma flora diversificada e uma rica tradição na sua utilização como Brasil, Cuba, Índia, México e Malásia (NASCIMENTO et al., 2000; DI STASI et al., 2002). Os principais produtos vegetais que possuem atividade antimicrobiana são os extratos, os óleos essenciais, as frações látex e as proteínas (MATOS, 2000). Esses produtos naturais são considerados pelas comunidades uma alternativa para aliviar e até mesmo curar processos infecciosos e constituem uma importante fonte de novos compostos biologicamente ativos (BASTOS, 2007). 3.6 Resistência microbiana A resistência aos antimicrobianos é um fenômeno genético relacionado à existência de genes contidos no microorganismo que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação das drogas (TAVARES, 1996). Uma bactéria é dita resistente a um determinado antibiótico quando é capaz de crescer, in vitro, na presença da concentração inibitória mínima que essa droga atinge no sangue (TAVARES, 2002). De acordo com 44 European Comittee on Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST), um microorganismo é considerado resistente quando existe uma alta probabilidade de falha na terapêutica (MACGOWAN, 2008) Apesar da disponibilização de novos antibióticos, o ritmo de desenvolvimento da resistência bacteriana nos diferentes patógenos, Gram-positivos e negativos, representa um constante desafio terapêutico. A seleção de antibióticos eficazes tem se tornado uma tarefa difícil e desafiadora (ROSSI e ANDREAZZI, 2005). Nesse sentido, a diversidade de moléculas encontradas em plantas faz das mesmas fontes promissoras de novos agentes antimicrobianos (ESTEVAM et al., 2009). Óleos essenciais extraídos de plantas medicinais há muito tempo têm servido de base para diversas aplicações na medicina popular, entre elas, a produção de anti-sépticos tópicos. Muitos estudos confirmam a atividade antimicrobiana de produtos naturais, tais como o óleo essencial de Zanthoxylum rhoifolium (COSTA et al., 2008), Lippia alba (AGUIAR et al., 2008), entre outros. Segundo Daferera et al. (2003) o uso de óleos essenciais, como agentes antimicrobianos, oferece um baixo risco de desenvolvimento de resistência microbiana, pois sendo misturas de diferentes compostos, sua atividade antimicrobiana pode estar relacionada a diferentes mecanismos de ação, o que dificulta a adaptação dos microrganismos. Os compostos fenólicos presentes nos óleos essenciais têm propriedades antibacterianas, bem como as propriedades antifúngicas e antivirais (RUSSEL et al., 1996). O fenol foi utilizado há muito tempo como anti-séptico para feridas, mas atualmente seu uso se tornou estrito apenas para desinfecção de superfícies em ambientes hospitalares, pois o mesmo causa irritação na pele e danos teciduais (PAULI, 2001; RODRIGUES PÉREZ et al., 2007). Dentre os monoterpenos fenólicos que possuem pronunciada atividade antimicrobiana, podemos citar o timol, carvacrol, ß e γ- tujaplicina (PAULI, 2001). A associação entre antimicrobianos tornou-se uma alternativa para o sucesso na terapia frente aos patógenos resistentes, como ß- lactâmicos e inibidores da ß-lactamase. Os produtos naturais também podem interagir com antibióticos modificando sua atividade, seja potencializando ou antagonizando a ação dos mesmos. Alguns estudos comprovam a modificação da atividade de aminoglicosídeos. Os componentes voláteis do óleo essencial de Zanthoxylum articulatum aumentam a atividade antibiótica da gentamicina frente à Pseudomonas aeruginosa (RODRIGUES et al., 2010) e os extratos de Cordia verbenaceae 45 diminuíram a concentração inibitória mínima frente à Escherichia coli e S. aureus multirresistentes (MATIAS et al., 2010). Os terpenos presentes nos óleos essenciais atuam sobre as estruturas da membrana celular, causando danos às células (SIKKEMA, BONT e POOLMAN, 1994). Um estudo feito por Togashi et al. (2008), demonstrou que o terpeno farnesol, presente no óleo essencial de Melaleuca alternifolia, possui atividade antibacteriana frente à Staphylococcus aureus, cujo mecanismo de ação envolve danos na membrana celular dessa bactéria. O farnesol, em associação com outros dois terpenos, geraniol e geranilgeraniol, possui um efeito inibitório maior contra a bactéria do que quando utilizado sozinho. Então, diante da crescente resistência aos antimicrobianos, torna-se necessário o estudo de novos produtos com propriedades antimicrobianas para serem utilizadas no combate a esses microorganismos. 3.7 Biofilme O biofilme é uma comunidade estruturada de células bacterianas embebidas em uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares (EPS) e aderida a uma superfície inerte ou viva (COSTERTON et al., 1999). Biofilmes podem colonizar implantes como válvulas cardíacas, cateteres e alguns tecidos corpóreos, como dentes e gengivas, pulmões, ouvidos, trato urogenital, entre outros (STEWART e COSTERTON, 2001). Dentre as bactérias que são responsáveis pela formação de biofilme podemos citar: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Streptococcus mutans, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis, dentre outras (YOSHIDA e KURAMITSU, 2002; ABDULLAH et al., 2005; ANTUNES et al., 2007; TIBA et al., 2009; FREITAS et al., 2010). As vantagens de uma célula bacteriana em se encontrar contida num biofilme são numerosas, principalmente no que diz respeito à proteção contra agentes agressivos. Além de ser resistentes a desinfetantes e antibióticos, os biofilmes demonstram também resistência à radiação UV, à desidratação (a matriz de EPS é altamente hidratada) e a predadores como protozoários (ELASRI e MILLER 1999; XAVIER et al., 2003) Os Enteroccocus são cocos Gram-positivos que geralmente se dispõem aos pares e em curtas cadeias, e são catalase negativos (MURRAY et al., 2005). A habilidade de formação de biofilme por esse gênero permite a colonização de superfícies inertes e biológicas, protege 46 contra agentes antimicrobianos e ação de fagócitos, mediando adesão e invasão de células do hospedeiro (BALDASSARRI et al., 2005). Inicialmente, a colonização ou infecção por E. faecalis ocorre pela aderência e formação de biofilme nas células epiteliais e a produção de hemolisina, lipase, caseinase que atuam como fatores de virulência (FURUMURA et al., 2006). A citolisina, proteína de superfície de enterococos, gelatinase e substância de agregação são outros fatores de virulência relacionados ao E. faecalis (COBURN e GILMORE, 2003; KRITISH et al., 2004), sendo que a proteína de superfície de enterococos aumenta a formação do biofilme (TENDOLKAR et al., 2004). Essa bactéria é uma das mais resistentes aos antimicrobianos no trato gastrointestinal e é conhecida por causar infecções crônicas devido à formação de biofilme (CÂNDIDO et al., 2010). É a mais comum e, ocasionalmente, a única bactéria mais freqüentemente isolada de canais radiculares de dentes com lesões periapicais persistentes (RÓÇAS et al., 2004). Diante disso, trabalhos são desenvolvidos no sentido de verificar a eficácia de produtos naturais no controle de biofilmes. A maioria desses estudos se referem ao controle do biofilme dental (placa bacteriana), como o gel e extrato de Punica granatum (romã) (SALGADO et al., 2006; ALSAIMARY, 2009), L. sidoides (alecrim pimenta) (BOTELHO et al., 2009), Coffea arabica (café) (LANDUCCI et al., 2003) e extrato de Rheedia brasiliensis (bacupari) (ALMEIDA, 2008). Assim, óleos essenciais ou substâncias isoladas de plantas medicinais ou de outros produtos encontrados na natureza podem ser pesquisados como alternativas terapêuticas para reverter à resistência aos antimicrobianos, para o controle de patógenos causadores de infecções, bem como no controle de biofilmes microbianos. 47 3.8 Atividade antiinflamatória de produtos naturais O processo inflamatório está envolvido em diversas patologias, tais como contusões, tendinites, infecções respiratórias, asma e doenças auto-imunes. Apresenta-se como um mecanismo de defesa do organismo, cujo objetivo é a eliminação da causa inicial da lesão celular, provocada por patógenos ou por ação de agentes físicos (COTRAN et al., 2000). Nos antigos papiros egípcios (≈ 3000 a.C.) já constavam registros das características clínicas deste processo. Os sinais cardinais da inflamação foram descritos na era clássica por Aulus Celsus (30 a.C. – 38 d.C.): rubor (eritema), calor (temperatura elevada), tumor (edema) e dor. Um quinto sinal, perda da função, foi acrescentado por Rudolf Virchow. No século XVIII, Jonh Hunter verificou a dilatação dos vasos sanguíneos e Julius Cohnhein associou inflamação à emigração de leucócitos através das paredes da microvasculatura. No final do século XIX, Eli Metchnikoff enfatizou o papel da fagocitose no processo inflamatório, enquanto a importância dos mediadores químicos foi descrito posteriormente por Thomas Lewis em 1927 (WEISSMAN, 1992; MURPHY e WARD, 2006). De acordo com o tempo de permanência do processo inflamatório no organismo, a inflamação pode ser aguda, a qual se observa uma resposta rápida a um agente nóxico de modo que ocorra uma estimulação na síntese de mediadores de defesa e o direcionamento dos mesmos ao local da lesão. Na inflamação crônica, o processo pode se prolongar por períodos mais extensos e está associada com outros processos de alterações histológicas como fibrose e necrose do tecido afetado, proliferação de vasos sanguíneos e, principalmente, a participação de linfócitos e macrófagos (COLLINS, 1999; MCDONALD et al., 1999). As substâncias endógenas que modificam bioquímica e fisiologicamente a estrutura do local afetado pelo processo inflamatório são geralmente chamadas de mediadores. Os principais mediadores envolvidos na inflamação incluem histamina, serotonina bradicinina, metabólitos do ácido araquidônico (AA) (Figura 4, p. 48), citocinas, neuropetídeos, óxido nítrico (NO), espécies reativas de oxigênio (ROS), dentre outros (RANG et al., 2007). Inicialmente, estes mediadores são liberados no local onde se deflagrou o processo. Os macrófagos locais sinalizam a presença de material estranho ou lesão através destes mediadores e/ou citocinas que irão recrutar células circulantes (leucócitos polimorfonucleares, macrófagos, eosinófilos, linfócitos) que apresentam um papel amplificador no processo (FERREIRA, 1993). 48 Figura 4: Produção de eicosanóides a partir do ácido araquidônico. Fosfolipídeos de membrana Estímulo físico, químico, inflamatório Fosfolipase A2 Ácido araquidônico Ciclooxigenases Prostaglandinas e Tromboxanos Lipooxigenases Leucotrienos Adaptada de Krummer e Coelho (2002). A pele é a primeira linha inata de defesa contra muitos invasores microbianos e é dividida, basicamente, em duas camadas principais, a derme e a epiderme, separadas por uma fina membrana basal. A maioria das funções de defesa da epiderme localiza-se no estrato córneo, que limita a colonização por patógenos devido ao baixo teor de água, pH ácido, presença de microflora residente normal, bem como lipídios e peptídeos antimicrobianos de superfície (ELIAS, 2007). Injúrias externas à epiderme podem provocar inflamação por estimular a produção de citocinas pelos queratinócitos. Após ruptura aguda da barreira epidérmica, ocorre aumento na expressão de interleucina-1 (IL-1), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucina-6 (IL6), os quais são potentes mitógenos epiteliais e estimuladores da síntese de lipídios. Essas citocinas parecem ser fundamentais para o reparo da barreira cutânea. No entanto, se a ruptura da barreira é prolongada com aumento crônico na produção de citocinas, poderá ocorrer um efeito prejudicial sobre a inflamação e a proliferação epidérmica (PROKSCH; BRANDNER e JENSEN, 2008). As dermatites são dermatoses inflamatórias mediadas por fatores imunológicos locais ou sistêmicos, embora as causas de muitas delas permaneçam desconhecidas. Em geral, as 49 lesões agudas permanecem por alguns dias a semanas e se caracterizam por inflamação, edema e, em algumas, lesão epidérmica, vascular e subcutânea (MURPHY, 2006). Plantas que são utilizadas tradicionalmente na cicatrização, febre, infecção, edema ou doenças reumáticas são indicadores da presença de compostos com propriedades antiinflamatórias e, assim, devem ser investigadas e a sua eficácia comprovada. A evolução no entendimento dos aspectos moleculares da fisiopatologia da inflamação favoreceu o estabelecimento de novos sistemas de testes para a seleção de diversas substâncias que permitem a identificação de novos compostos antiinflamatórios (CARVALHO, 2004). O screening de compostos com propriedades antiinflamatórias é possível graças a uma infinidade de técnicas in vitro (cultura de células e dosagem de mediadores inflamatórios; inibição de enzimas) e in vivo (indução de inflamação por substâncias denominadas agentes flogísticos ou irritantes em modelos animais variados), amplamente utilizados na pesquisa pré-clínica (SARAIVA, 2009). A indução de edema em orelhas de camundongos por diferentes substâncias irritantes oferece uma boa avaliação sobre a eficácia de produtos naturais e outras drogas sobre o processo inflamatório tópico. Esse modelo possui muitas vantagens, tais como: rapidez e simplicidade; reprodutibilidade e baixa possibilidade de erro (GÁBOR, 2000). Plantas utilizadas na medicina tradicional demonstraram potencial antiinflamatório tópico in vivo, tais como o óleo-resina de Copaifera duckei (copaíba) (CARVALHO et al., 2005), óleos das sementes de Helianthus annus (girassol) e Vitis vinifera (uva) (NABAS et al., 2009) e extrato acetato de etila obtido das folhas de Memecylon edule (NUALKAEW et al., 2009). A aplicação tópica do extrato hidroalcóolico e frações de Serjania erecta (cipó-cincofolhas) revelaram atividade significativa sobre o processo inflamatório, causando uma redução dose-dependente do edema de orelha induzido por óleo de cróton. Além disso, houve diminuição da atividade da mieloperoxidase tissular, parâmetro indicativo do influxo de polimorfonucleares. As frações diclorometano, acetato de etila e hexânica demonstraram inibição máxima de 81%, 78% e 83% para o edema de orelha e 56%, 52% e 69% para atividade da mieloperoxidase, respectivamente (GOMIG et al., 2008). Os resultados promissores encontrados nesses estudos demonstram possibilidades da utilização de plantas antiinflamatórios tópicos. medicinais e seus metabólitos secundários como agentes 50 MATERIAL E MÉTODOS ______________________________________________ 51 4 MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Material vegetal As folhas de Lippia sidoides foram coletadas no mês de Agosto/2010, às 13 h no Horto de Plantas Medicinais e Aromáticas da Universidade Regional do Cariri (URCA), em Crato (CE). Uma amostra representativa da espécie encontra-se depositada no Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) do Departamento de Ciências Biológicas (URCA), sob registro nº 3038. 4.2 Obtenção do óleo essencial O óleo essencial foi obtido utilizando-se o sistema de hidrodestilação em aparelho tipo Clevenger modificado por Gottlieb (1960). As folhas frescas de L. sidoides foram colocadas em balão de vidro de 5 L, acrescida de 3 L de água destilada e aquecidas por 2 h. Após esse período, a mistura água/óleo obtida foi separada, tratada com sulfato de sódio anidro, filtrada e o óleo obtido (OELS) foi mantido sob refrigeração até o momento das análises (Figura 5, p. 52). 4.3 Obtenção do timol O timol foi obtido através da Farmácia de Manipulação Evidence, marca SigmaAldrich (St. Louis-EUA). 52 Figura 5 ‒ Método de extração do óleo essencial das folhas de Lippia sidoides Cham. Folhas frescas Extração em doseador tipo Clevenger Hidrolato Óleo/Água Separação Óleo Solução aquosa 1. Sulfato de sódio anidro 2. Filtração Óleo essencial Identificação 53 4.4 Análise química do óleo essencial A análise da composição química do óleo essencial foi realizada em cromatógrafo gasoso acoplado a espectrômetro de massas (CG/EM Shimadzu, modelo QP5050A) e provido de uma coluna capilar DB-5HT de sílica fundida com 30 m de comprimento, 0,25 mm de diâmetro interno e filme 0,25 µm, tendo o hélio como gás de arraste e fluxo de 0,8 mL/min. A temperatura do injetor foi 250 ºC e a temperatura do detector (ou interface) foi 200 ºC. A temperatura da coluna foi programada de 35 ºC para 180 ºC em 4 ºC/min e em seguida 180 ºC para 250 ºC em 10 ºC/min. Os espectros de massas foram gravados a partir de 30 - 450 m/z. Os componentes individuais foram identificados por correspondência de seus espectros de massa, com energia de impacto de 70 eV, com os da base de dados usando a biblioteca construída através do espectrômetro (Wiley, 229) e outros dois computadores utilizando índices de retenção como uma pré-seleção (ALENCAR, CRAVEIRO e MATOS, 1984; ALENCAR et al., 1990), bem como por comparação visual da fragmentação padrão com aqueles relatados na literatura (STENHAGEN, ABRAHAMSON e MCLAFFERTY, 1974; ADAMS, 2001). 4.5 Atividade antimicrobiana 4.5.1. Cepas microbianas Foram utilizadas cepas microbianas provenientes da “American Type Culture Collection” (ATCC) doadas pelo Laboratório de Materias de Referência da Fiocruz: Staphylococcus aureus ATCC 12624, Streptococcus mutans ATCC 446, Enterococcus faecalis ATCC 4083, Escherichia coli ATCC 25922, Enterobacter cloacae ATCC 23355, Klebsiella pneumoniae ATCC 10031, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442, Providencia rettigeri ATCC 29944, Candida albicans ATCC 40006 e Candida tropicalis ATCC 40042. Todas as cepas foram estocadas em ágar BHI sob refrigeração, de forma a conservarem inalteradas todas as suas características bioquímicas e perfil de sensibilidade a antimicrobianos. 54 4.5.2 Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) A determinação da CIM foi realizada através da técnica de microdiluição em caldo utilizando placas esterilizadas com 96 poços de fundo redondo de acordo com a Norma M7A6 (CLSI, 2003) (Figura 6, p. 55). Culturas microbianas mantidas em ágar estoque sob refrigeração foram repicadas em caldo de infusão de cérebro e coração (BHI) e incubadas a 35°C durante 24 h. Após esse período, procedeu-se a padronização do inóculo, que consistiu na preparação de uma suspensão em BHI, cuja turvação fosse similar ao tubo 0,5 da escala McFarland (1 x 108 UFC/mL). Essa suspensão foi diluída 100 vezes, em meio BHI, o que corresponde aproximadamente a uma suspensão contendo 1 x 106 UFC/mL, da qual foi retirado 100 µL e adicionado em cada poço da placa acrescido de diferentes concentrações do OELS ou timol. Para as linhagens fúngicas, utilizou-se caldo Sabouraud para padronização do inoculo. As soluções do OELS e timol foram preparadas separadamente utilizando 10 mg das amostras solubilizadas em 1 mL de dimetilsufóxido (DMSO) obtendo uma concentração inicial de 10 mg/mL. A partir desta concentração, realizaram-se diluições em água destilada estéril para obter uma solução estoque de 1024 μg/mL. As concentrações finais das amostras no meio de cultura foram 512, 256, 128, 64, 32, 16 e 8 μg/mL. Os testes foram realizados em duplicata. As placas foram incubadas a 35 ± 2 ºC, durante 24 h. Após esse período, as placas foram reveladas com corante específico, a resazurina, um indicador calorimétrico de óxido-redução (SALVAT et al., 2001) e as placas contendo as cepas fúngicas foram reveladas através de visualização da turvação no meio. Uma solução foi preparada com resazurina sódica e água destilada na concentração de 0,01%, onde 25 μL da solução indicadora foram adicionados em cada cavidade, e após 1 h procedeuse com a leitura do teste. A leitura dos resultados para determinação da CIM foi determinada através da coloração do meio de cultura, sendo considerada positiva para os poços que não apresentaram crescimento microbiano, ou seja, permaneceram com a coloração azul e negativa os que obtiveram coloração vermelha (SALVAT et al., 2001). O controle negativo do teste foi realizado com os meios de cultura contendo o inóculo. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi definida como a menor concentração capaz de inibir completamente o crescimento microbiano, nos poços de microdiluição conforme detectado macroscopicamente. 55 Figura 6 ‒ Microdiluição em caldo Brain Heart Infusion (BHI). Fonte: da autora. 4.5.3 Determinação da Concentração Fungicida Mínima (CFM) A concentração fungicida mínima foi realizada em duplicata a partir de cada poço do teste anterior que não apresentou crescimento. Uma alçada foi subcultivada em placas de Potato Dextrose Agar (PDA), devidamente identificadas. Após 24 h de incubação a temperatura ambiente realizou-se a leitura, com a finalidade de observação do crescimento das colônias, sendo considerada CFM, a menor concentração da droga que impediu crescimento visível do subcultivo ou produziram menos de três colônias por placa (SHADOMY, ESPINELINGROFF e CARTWRIGHT, 1985). 4.5.4 Avaliação da inibição de biofilmes O preparo do inóculo, formação e inibição do biofilme foi baseado na técnica de Spratt et al., 2001 e Abdullah et al., 2005 modificada. 4.5.4.1 Cepa bacteriana e preparo do inóculo A cultura pura de E. faecalis foi subcultivada em placa contendo Agar BHI e incubada por 24 h a 35°C em aerobiose. Após o crescimento, colônias isoladas foram suspensas em tubos contendo 5 mL de caldo BHI. Após agitação, a suspensão foi ajustada até atingir a concentração equivalente a 6.0 da escala McFarland. 56 4.5.4.2 Formação do biofilme Filtros de membranas de nitrocelulose (13 mm de diâmetro) foram posicionados sobre placas contendo ágar BHI e em seguida, 50 µL da suspensão bacteriana foram inoculados sobre cada membrana. As placas foram incubadas durante 72 h em aerobiose a 35°C (Figura 7). 4.5.4.3 Substâncias testadas O OELS ou timol foram dissolvidos em DMSO, em seguida, foram diluídos em água destilada estéril para atingir concentrações de 2,5% e 10%. Foi utilizado como controle positivo o hipoclorito de sódio, e como controle negativo o DMSO, ambos nas mesmas concentrações das amostras analisadas. 4.5.4.4 Inibição de biofilmes Após o tempo de incubação, os biofilmes foram imersos em 3 mL de cada solução, nas diferentes concentrações, por 30 e 60 minutos. Após o tempo de contato, as membranas foram cuidadosamente transferidas para 3 mL de caldo de neutralização D/E (para OELS, timol e DMSO) ou para 3 mL de tiossulfato de sódio 1% (para o hipoclorito de sódio) a fim de interromper a possível atividade antimicrobiana do agente testado. Em seguida, as membranas foram agitadas em misturador vórtex por 30 segundos para ressuspender os microorganismos. Posteriormente, procedeu-se com a diluição em escala decimal para contagem de unidades formadoras de colônia (UFC/mL) utilizando D/E Agar (DEY e ENGLEY, 1983). Figura 7 ‒ Visualização do crescimento após 72 h do biofilme de Enterococcus faecalis. Fonte: da autora. 57 4.6 Modulação da atividade antimicrobiana 4.6.1 Contato direto Para avaliação da atividade moduladora as CIMs dos antibióticos aminoglicosídeos (gentamicina e neomicina), Penicilina G, ceftriaxona e fluconazol foram determinadas na presença e ausência do OELS ou timol pelo método de microdiluição em caldo (CLSI, 2003). As linhagens utilizadas foram inoculadas em caldo BHI a 10% e incubadas em estufa bacteriológica a 35 ± 2ºC por 24 h. As cepas leveduriformes foram inoculadas em caldo Sabouraud a 10% e mantidas em temperatura ambiente até o momento do ensaio. O teste foi monitorado com um controle positivo contendo apenas os antibióticos e os microorganismos. As soluções dos antibióticos foram preparadas com a adição de água destilada estéril de forma a obter uma concentração correspondendo a 1.024 μg/mL. Um volume de 100 μL de cada solução dos antibióticos foi diluído seriadamente nos poços contendo o meio de cultura a 10% e a suspensão com o inóculo contendo OELS ou timol na concentração subinibitória (CIM/8) (COUTINHO, 2008). As concentrações finais dos antibióticos no meio de cultura foram de 512 a 0,5 μg/mL. As placas foram incubadas por 24 h a 35 ± 2 ºC e a atividade foi evidenciada pelo uso de resazurina sódica para bactérias e visualização da turvação, onde o aumento da turbidez ou opacidade no meio indica o crescimento das leveduras. 4.6.2 Contato a vapor Previamente ao teste, as cepas Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foram inoculadas em placas de Petri contendo agar BHI e incubadas por 24 h a 35±2 ºC. Após esse período, as linhagens foram suspendidas em tubo de ensaio com água destilada estéril de forma a obter uma suspensão com turvação equivalente a 0,5 da escala de McFarlland (1 x 108 UFC/mL). Os ensaios foram realizados em triplicata utilizando concentrações de 50, 25, 12, 6 e 3% do OELS ou timol diluídos em DMSO. Um swab estéril foi imerso na suspensão bacteriana, retirou-se o excesso do inóculo através da compressão do swab nas paredes do tubo, em seguida, foi semeado através do método de esgotamento em placas de Petri contendo ágar Mueller Hinton. Após esse processo, foram adicionados discos com antibióticos aminoglicosídeos amicacina (30 μg/disco), gentamicina (10 μg/disco) e neomicina (10 μg/disco). Posteriormente, as placas foram invertidas e um volume de 50 μL de cada 58 concentração foi colocado no interior da tampa, de forma que os constituintes voláteis do óleo essencial e timol pudessem interagir com os antibióticos (Figura 8). Placas sem o óleo essencial ou timol e com DMSO foram utilizadas como controles positivo e negativo, respectivamente (RODRIGUES et al, 2010). Após esse procedimento, as placas foram incubadas por 24 h a 35 ± 2 ºC e a leitura dos halos de inibição foi realizada com auxilio de uma régua milimetrada, sendo os diâmetros dos halos dos controles positivos comparados aos Padrões Interpretativos dos Diâmetros dos Halos Inibição estabelecidos pela CLSI (2003). Figura 8 ‒ Contato gasoso - Aplicação da amostra na tampa da placa. Fonte: da autora. 4.6.3 Análise estatística Os resultados foram expressos como média dos halos de inibição (mm) ± desvio padrão da média, avaliados estatisticamente utilizando Análise de Variância (ANOVA) seguido do teste de Tukey, onde as diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. 59 4.7 Atividade antiinflamatória tópica através de modelos de edema de orelha induzidos por agentes irritantes 4.7.4 Aspectos éticos da pesquisa O projeto com protocolos referentes a este estudo foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade de Fortaleza (CEUA-UNIFOR) com parecer nº 010/2010. 4.7.3. Animais Foram utilizados camundongos albinos (Mus musculus) variedade Swiss, adultos, de ambos os sexos, pesando entre 20-30g, provenientes do Biotério da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (FMJ), mantidos em caixas de propileno, a temperatura média de 26 ± 2°C, com ciclos claro/escuro de 12/12 h, recebendo ração (Labina, Purina®) e água “ad libitum”. 4.7.4 Drogas, reagentes e soluções Tabela 1 ‒ Drogas e reagentes utilizados durante os procedimentos experimentais farmacológicos. Droga/ Reagente Origem Acetona P.A. Dinâmica, Brasil Ácido araquidônico Dinâmica, Brasil ® Cloridrato de cetamina 10% (Cetamin ) Syntec, Brasil Cloridrato de xilazina 2% (Xilazin®) Syntec, Brasil Dexametasona (Decadron®) Ache, Brasil Fenol 99% Sigma-Aldrich, EUA Histamina Sigma, EUA ® Indometacina (Indocid ) Merck Sharp e Dohme, Brasil Óleo de cróton Sigma, EUA Solução fisiológica de NaCl 0,9% Farmace, Brasil 60 4.7.5 Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de cróton Para avaliar a atividade tópica por tratamento agudo do OELS ou timol neste modelo, grupos de camundongos Swiss (n = 7) tiveram suas orelhas direitas tratadas topicamente, com 20 μL de acetona, indometacina 100 mg/mL (2 mg/orelha), dexametasona 4 mg/mL (0,08 mg/orelha), OELS ou timol na concentração 100 mg/mL (2 mg/orelha), esperando 15 minutos para absorção. Em seguida, 20 μL de óleo de croton 5% (v/v) em acetona foram aplicados topicamente na orelha direita e 20 μL do veículo acetona na orelha esquerda. Após 6 horas, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical e discos de 6 mm de diâmetro foram obtidos das orelhas através de um punch (perfurador de couro metálico) para avaliação do edema, conforme item 5.7.6 (TUBARO, 1985). 4.7.3 Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de croton O processo inflamatório crônico foi induzido pela aplicação de 20 μL de óleo de croton 5% (v/v) em acetona em dias alternados, durante 9 dias, em camundongos Swiss (n = 7/grupo). O OELS ou timol (2 mg/orelha) e a dexametasona (0,08 mg/orelha, controle positivo) foram aplicados por via tópica durante 4 dias (2 vezes ao dia) a partir do 5º dia do experimento, sendo o edema avaliado diariamente através de medição da espessura da orelha direita com auxílio de um paquímetro digital. No 9° dia do experimento, os animais foram sacrificados e círculos de 6 mm de tecido das orelhas foram coletados para avaliação do edema (STANLEY et al., 1991). 4.7.4 Edema de orelha induzido por Ácido Araquidônico (AA) e fenol Para avaliar a atividade tópica do OELS ou timol nestes modelos, as orelhas direitas dos camundongos (n = 7/ grupo) foram tratadas, topicamente, com 20 μL dos agentes irritantes: ácido araquidônico 0,1 mg/μL e fenol 10% (v/v), ambos em acetona. Quinze minutos antes da aplicação do agente irritante, as orelhas direitas foram tratadas topicamente com 20 µL do OELS ou timol 100 mg/mL, acetona (controle negativo), indometacina 2 mg/orelha (controle positivo para AA) ou dexametasona 0,08 mg/orelha (controle positivo para fenol). Após 1 h, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical e discos de 6 61 mm de diâmetro foram obtidos das orelhas para avaliação do edema, conforme item 5.7.6 (YOUNG et al, 1984; CRUMMEY et al, 1987). 4.7.5 Edema de orelha induzido pela injeção intradérmica de histamina Inicialmente, cada animal (n = 7 / grupo) foi anestesiado com cloridrato de cetamina 0,02 mL (i.p.) e cloridato de xilazina 0,01 mL (i.p.). Em seguida, os animais foram prétratados topicamente com 20 μL de salina, dexametasona 4 mg/mL (0,08 mg/orelha), OELS ou timol (2 mg/orelha). Após 30 minutos, administrou-se um volume de 5 μL de uma solução de histamina (100 mg/mL em salina), intradermicamente, na região ventral da orelha direita dos camundongos com o auxílio de uma agulha hipodérmica 29 G, enquanto que a orelha esquerda recebeu o mesmo volume de salina, também intradermicamente. Após 2 h, os animais foram sacrificados por deslocamento cervical e para posterior avaliação do edema a partir das massas dos discos obtidos, conforme item 5.7.6 (BRAND et al, 2002). 4.7.6 Quantificação do edema Para quantificar o percentual de inflamação em cada animal analisado, foram obtidos discos de 6 mm de diâmetro: um da orelha direita (tratada com agente irritante) e outro da orelha esquerda (tratada com veículo do agente irritante). Em seguida, cada disco obtido teve sua massa mensurada com a utilização de balança analítica. O edema de orelha, expresso em percentual de aumento da massa da orelha, foi calculado utilizando a fórmula: % inflamação mod moe 100 moe onde mod é a massa (em gramas) do disco obtido da orelha direita e moe é a massa (em gramas) do disco obtido da orelha esquerda. O cálculo do efeito inibitório médio da inflamação (EIM, em %) de cada tratamento, procedeu-se aplicando a fórmula a seguir: EIM (%) = 62 onde MPEtrat é a média do percentual de edema do grupo submetido a tratamento com OELS, timol ou controle positivo e MPEcont é a média do percentual de edema do grupo controle negativo (tratado com salina ou acetona). 4.8 Análise estatística dos dados Os dados apresentados foram expressos em média ± erro padrão da média (EPM). Para os ensaios que possuíram três ou mais grupos e uma única avaliação das amostras, as diferenças obtidas entre os grupos foram submetidas à análise de variância (ANOVA) de uma via, seguindo-se do teste de Student-Newman-Keuls. Para o ensaio que possuiu três ou mais grupos e cuja avaliação das amostras se deu em vários intervalos de tempo (edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de croton), as diferenças entre os grupos foram submetidas à ANOVA de duas vias, com medidas repetidas, seguindo-se do teste de Bonferroni. Foram consideradas diferenças significativas valores de p < 0,05. 63 Figura 9 ‒ Metodologias utilizadas para verificação de atividades biológicas do óleo essencial de Lippia sidoides e timol. Material vegetal (folhas frescas de L. sidoides) Extração do óleo essencial (OELS) Timol Atividades biológicas Atividade antimicrobiana CIM CFM Atividade moduladora de ATM Biofilme Contato direto Atividade antiinflamatória Edema de orelha induzido por agentes irritantes Contato gasoso 64 RESULTADOS E DISCUSSÕES ______________________________________________ 65 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Análise química do óleo essencial O óleo essencial obtido por hidrodestilação apresentou rendimento de 1,06% (p/v). O estudo da composição química do OELS foi realizado por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/EM) e os componentes foram identificados através de comparação dos seus espectros de massas e tempo de retenção (Tr) com os existentes na literatura (ADAMS, 2001). Os índices de retenção de Kovats (IK) foram determinados utilizando uma série homóloga de n- alcanos injetados nas mesmas condições cromatográficas das amostras. Dessa forma, foi possível a identificação de 97,82% dos constituintes (Figura 10, p. 66), sendo o timol (84,9%), p-cimeno (5,33%) e carvacrol etil éter (3,01%) os majoritários (Tabela 2). Tabela 2 ‒ Constituintes químicos do óleo essencial das folhas de Lippia sidoides Cham. Composto Tr(min) IK* (%) p-cimeno 4.2 1020 5.33 1,8-cineol 4.4 1031 1.68 γ-terpineno 5.0 1060 1.32 Carvacrol etil éter 9.7 1164 3.01 Timol 11,8 1288 84,9 Carvacrol 12,9 1292 0.41 ß-cariofileno 15,1 1418 1.17 Total Tr: Tempo de retenção; IK: índice de Kovats 97.82 66 Figura 10 – Estruturas química dos constituintes identificados no óleo essencial das folhas de Lippia sidoides Cham. O p-cimeno 1,8-cineol O γ-terpineno Carvacrol etil éter OH OH Timol Carvacrol H ß-cariofileno 67 Em alguns estudos, o teor de timol presente no óleo essencial das folhas de L. sidoides (OELS) pode variar entre 34,2 a 95,1% (GIRÃO et al., 2003; FONTENELLE et al., 2007). Essa variação do teor de constituintes no óleo essencial pode sofrer influência das condições de cultura e desenvolvimento (tipo de solo e clima), de colheita e o processamento póscolheita (horário e época do ano) (LAVABRE, 1992). Os resultados encontrados na análise química do óleo essencial estão de acordo com estudos anteriores, que mostram que a maioria dos constituintes do gênero Lippia é, geralmente, da classe dos monoterpenos, sendo o p-cimeno e timol os mais encontrados (PASCUAL et al., 2001; ABENA et al., 2003; MENDES et al., 2010). A maioria dos constituintes químicos do OELS também foi encontrada em outros trabalhos com essa espécie coletada em diferentes lugares do Brasil como em Fortaleza (CE), Mossoró (RN), Limoeiro do Norte (CE), Poço Redondo (SE) e Teresina (PI) (GIRÃO et al., 2003; CAVALCANTI et al., 2010; MEDEIROS et al., 2011). 5.2 Atividade antimicrobiana 5.2.1 Determinação da concentração inibitória mínima (CIM)- Bactérias A utilização de óleos essenciais na pesquisa de novos compostos antibacterianos tem obtido resultados satisfatórios em vários trabalhos (FONTENELLE et al., 2007; RODRIGUES et al., 2010; REIS et al., 2011). Os óleos essenciais possuem em sua composição química uma mistura complexa de vários componentes bioativos, por isso, faz-se necessário identificar qual composto é responsável pela atividade antimicrobiana. Os resultados mostram que não houve diferenças no potencial antimicrobiano entre o OELS e timol determinado pelo método de microdiluição frente às bactérias em estudo (Tabela 3, p. 68). O OELS e timol apresentaram uma CIM de 128 µg/mL para S. aureus, 256 µg/mL para S. mutans, K. pneumoniae, P. rettigeri e E. cloacae, e 512 µg/mL para E. faecalis, P. aeruginosa e E. coli. A bactéria Gram-positiva S. aureus foi a mais sensível comparada às demais cepas. Por outro lado, a Gram-positiva E. faecalis e as Gram-negativas E. coli e P. aeruginosa foram mais resistentes apresentando uma CIM maior que as demais. Estes resultados concordam com os encontrados na literatura os quais demonstram que as bactérias Gram-negativas são 68 mais resistentes à ação de produtos naturais, como extratos e óleos essenciais, pois a membrana externa presente nessas bactérias forma um envelope complexo, protegendo-as contra a ação desses agentes antimicrobianos (OLADIMEJI, ORAFIDIYA e OKEKE, 2004; HOLLEY e PATTEL, 2005). Comumente encontrada em canais radiculares, E. faecalis apresenta baixa sensibilidade a agentes microbianos e alta habilidade em inativá-los (PORTENIER et al., 2002), explicando maior CIM que as demais Gram-positivas. Gochev e Girova (2009) analisaram o óleo essencial de Thymus vulgaris (contendo 43,4% de timol) e realizaram uma avaliação comparativa entre a atividade antimicrobiana do óleo essencial das suas folhas e seu composto majoritário, timol, frente a P. rettigeri, P. aeruginosa, S. aureus e E. coli isoladas de produtos alimentícios (carnes) pelo método de microdiluição em caldo e difusão em disco. Os autores demonstraram que a atividade antimicrobiana do óleo é dependente do teor de timol, pois como o óleo essencial apresentou apenas 43,4% de timol, foi menos efetivo que o composto puro. Tabela 3 ‒ Concentração Inibitória Mínima (CIM) do óleo essencial das folhas de L. sidoides (OELS) ou timol, sobre cepas microbianas originárias da ATCC. CIM (µg/mL) Bactérias OELS Timol S. aureus 128 128 S. mutans 256 256 E. faecalis 512 512 E. coli 512 512 E. cloacae 256 256 K. pneumoniae 256 256 P. aeruginosa 512 512 P.rettigeri 256 256 A atividade antimicrobiana dos compostos isolados de óleos essenciais depende de sua estrutura química (DORMAN e DEANS, 2000; INOUYE et al., 2001; JIROVETZ et al., 2007). Os constituintes que possuem um grupamento fenólico ou alcoólico, como o timol e 69 carvacrol, e o aumento no número de ligações duplas permitem maiores efeitos inibitórios sobre o crescimento microbiano, seguidos dos aldeídos e cetonas (GRIFFIN et al., 1999; DORMAN e DEANS, 2000). Alguns estudos mostram que o timol e carvacrol (isômero constitucional do timol) demonstram atividade antimicrobiana frente a bactérias Grampositivas e Gram-negativas em igualdade, o que significa que a posição da hidroxila não tem efeito sobre a atividade dos compostos (BOTELHO et al., 2007; GOCHEV e GIROVA, 2009). O OELS contém em sua composição química, além do timol, outros compostos com atividade antimicrobiana comprovada, tais como carvacrol, p-cimeno, ß-cariofileno e 1,8cineol (KALPOUTZAKIS et al., 2001; DELGADO et al., 2004; SABULAL et al., 2006; KORDALI et al., 2008). Esses componentes podem agir sinergicamente aumentando o potencial antimicrobiano (BURT, 2004). No entanto, nossos resultados demonstraram que o timol é o composto responsável pela atividade antibacteriana apresentada pelo OELS. Devido ao grande número de componentes químicos, os óleos essenciais não possuem alvos específicos na célula. Sua estrutura lipofílica permite a permeabilização das membranas, resultando em perda de íons, citocromo C, radicais, proteínas e redução do potencial de membrana, com consequente colapso da bomba de prótons e depleção de ATP (SIKKEMA et al., 1994; YOON et al., 2000; TURINA et al., 2006). A permeabilização da membrana externa e das membranas mitocondriais leva à morte celular por apoptose e necrose (ARMSTRONG, 2006). 5.2.2 Determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM)- Fungos leveduriformes Espécies de Candida são responsáveis por causar infecções oportunistas em pacientes imunocomprometidos e podem causar desde infecções superficiais até infecções sistêmicas (SHAO et al., 2007). As classes de antifúngicos apresentam baixa eficácia, alta toxicidade e freqüentemente levam à resistência (ANDERSON, 2005). Diante disso, a busca por produtos naturais com atividade antifúngica frente a espécies de Candida vem sendo alvo de muitos estudos (GIORDANI et al., 2004; DUARTE et al., 2005). A concentração inibitória mínima (CIM) é definida como a menor concentração capaz de inibir completamente o crescimento microbiano nos poços de microdiluição, enquanto que 70 a concentração fungicida mínima (CFM) é a menor concentração em que o composto é capaz de agir como fungicida (MURARI et al., 2008). A Tabela 4 mostra que a atividade antifúngica exercida pelo OELS é devido ao seu composto majoritário, timol, pois os mesmos apresentaram uma CIM de 64 µg/mL e uma CFM de 128 µg/mL frente a C. albicans e C. tropicalis, respectivamente. Em outro estudo comparativo entre o OELS e compostos isolados majoritários (timol e carvacrol) frente a uma cepa de C. albicans (ATCC), utilizando o método de microdiluição em caldo, Botelho et al. (2007) encontraram uma CIM de 2,5 e 0,625 mg/mL para o OELS e timol, respectivamente e uma CFM de 5 mg/mL para ambos. Tabela 4 ‒ Concentração Inibitória Mínima (CIM) e Concentração Fungicida Mínima (CFM) do óleo essencial de L. sidoides (OELS) e timol pelo método de microdiluição em caldo, sobre cepas originárias da ATCC. CIM (µg/mL) CFM (µg/mL) Fungos OELS Timol OELS Timol Candida albicans 64 64 128 128 Candida tropicalis 64 64 128 128 Fontenelle et al. (2007) avaliaram o efeito do óleo essencial de L. sidoides (teor de timol 59,65%) sobre cepas de C. albicans e C. tropicalis através do método de microdiluição em caldo. A CIM e CFM para C. albicans foi 1250 mg/mL e 2500 mg/mL, respectivamente. Para a cepa de C. tropicalis, foi encontrado uma CIM de 2500 mg/mL e uma CFM de 5000 mg/mL. Pina-Vaz et al. (2004) encontraram uma CIM e CFM para o timol de 0,16 µL/mL e 0,32 µL/mL frente a C. albicans e C. tropicalis utilizando o método de macrodiluição em caldo. Nos estudos anteriores, as CIM e CFM foram maiores que os valores encontrados por nosso estudo, no entanto, deve-se existir uma padronização dos métodos de extração dos óleos essenciais e dos ensaios antimicrobianos in vitro, para que a prospecção possa ser sistemática e objetiva, e haver uma melhor interpretação e comparação dos resultados. Trabalhos desenvolvidos com óleos essenciais têm indicado o potencial destes no controle de fitopatógenos, tanto por ação fungitóxica direta, inibindo o crescimento micelial e a germinação de esporos, quanto pela indução de fitoalexinas (STANGARLIN et al., 1999) causando granulação citoplasmática, desorganização dos conteúdos celulares, ruptura da 71 membrana plasmática e inibição de enzimas fúngicas (LO et al., 1996; ZAMBONELLI et al. 1996). Estudos realizados por Ahmad et al. (2010) sugerem que o timol pode interagir diretamente com a enzima H+- ATPase frente a espécies de Candida, o que explica sua atividade antifúngica. Esta enzima desempenha um papel crucial na fisiologia da célula fúngica, pois permite o equilíbrio do gradiente de prótons através da membrana das células, regula o pH intracelular e o crescimento celular (SET-YOUNG et al., 1997; PERLIN et al., 2006). Os grupos hidroxilas no anel aromático são bastante reativos e formam pontes de hidrogênio com sítios ativos de enzimas-alvo, inativando-as. O efeito indutivo do grupo isopropil presente no timol deve ser considerado ao lado da aromaticidade da molécula para o favorecimento da atividade antimicrobiana (FARAG et al., 1989; PORTE e GODOY, 2001). 5.3 Modulação da atividade antibiótica Produtos naturais de origem vegetal e animal podem alterar o efeito de antibióticos, seja aumentando ou reduzindo a atividade antibiótica, e podem ser denominados de Modificadores da Atividade Antibiótica (COUTINHO et al., 2008; RODRIGUES et al., 2009). Para avaliar a modulação da atividade de antibióticos pode-se utilizar o contato direto entre o inoculo e o produto natural associado ao antibiótico através do método de microdiluição em caldo (COUTINHO et al., 2009) ou através do contato entre os constituintes voláteis do óleo essencial com discos de antibióticos padronizados (INOUYE et al., 2001; RODRIGUES et al., 2009). A redução da Concentração Inibitória Mínima (CIM) do antibiótico na presença do produto natural indica que o mesmo é capaz de atuar sinergicamente favorecendo o efeito antimicrobiano, e o aumento do halo de inibição indica potencialização da atividade do antibiótico pelos constituintes voláteis do óleo essencial. 5.3.1 Contato direto- Bactérias A Tabela 5 (p. 72) e a Tabela 6 (p. 73) mostram a interferência do óleo essencial e timol, em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre a atividade de aminoglicosídeos e ßlactâmicos, respectivamente, demonstrando uma interferência na atividade antibiótica sobre algumas cepas. O OELS e timol não foram capazes de modificar a atividade da Gentamicina e Neomicina frente a S. mutans, E. faecalis, E. coli, E. cloacae e P. rettigeri. Por outro lado, o OELS e timol reduziram a CIM da Gentamicina frente a K. pneumoniae e P. aeruginosa em 72 32 vezes (1µg/mL) e 4 vezes (8 µg/mL), respectivamente. Também houve redução da CIM da Gentamicina frente a S. aureus em 4 vezes (8 µg/mL) quando associada ao OELS e em 16 vezes (2 µg/mL) quando associada ao timol (Tabela 5). Tabela 5 ‒ Valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM µg/mL) de aminoglicosídeos na presença e ausência do óleo essencial de Lippia sidoides e timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre cepas originárias da ATCC. Gentamicina Bactérias Neomicina C+ OELSa Timolb C+ OELSa Timolb S. aureus 32 8 2 128 32 4 S. mutans 8 8 8 32 32 32 E. faecalis 64 64 64 32 32 32 E. coli 64 64 64 128 128 128 E. cloacae 16 16 16 64 64 64 K. pneumoniae 32 1 1 16 16 16 P. aeruginosa 32 8 8 128 128 128 P. rettigeri 32 32 32 128 128 128 C+: Controle positivo (antibiótico + inóculo); OELSa: CIM do Óleo essencial de L. sidoides combinado com o antibiótico; Timolb: CIM do timol combinado com o antibiótico. A associação entre o OELS e timol com a Neomicina reduziu sua CIM em 4 vezes (32 µg/mL) e 32 vezes (4 µg/mL) frente a S. aureus, respectivamente. Nas demais cepas analisadas não houve sinergismo ou antagonismo entre a associação do OELS e timol com o aminoglicosídeo supracitado. Na Tabela 6 (p. 73), a CIM da Penicilina G foi reduzida de 128 µg/mL para 32 e 2 µg/mL quando associada ao OELS e timol, respectivamente. Observou-se um reforço na atividade da Ceftriaxona apenas na associação do OELS e timol frente a E. faecalis com redução da CIM de 64 para 4 μg/mL. Nos últimos anos, a resistência aos antimicrobianos utilizados na clínica tem aumentado consideravelmente, representando um problema mundial. Cerca de 90 a 95% das cepas de S. aureus são resistentes a penicilina (CASAL et al., 2005). Em virtude do aumento 73 da resistência aos antibióticos, a seleção dos mesmos na terapêutica tem se tornado uma tarefa difícil e desafiadora (ROSSI e ANDREAZZI, 2005). Muitas drogas utilizadas no tratamento de doenças infecciosas foram isoladas e purificadas a partir de plantas medicinais. Dessa forma, é possível se pensar nas plantas como fontes de novos agentes terapêuticos contra bactérias resistentes aos antimicrobianos (BUTTLER, 2006). É conhecida a ação sinérgica de produtos naturais junto a antimicrobianos normalmente utilizados na clínica, determinando uma diminuição na sua CIM (MATIAS et al., 2010; SOUSA et al., 2011). Tabela 6 ‒ Valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM µg/mL) de ß-lactâmicos na presença e ausência do óleo essencial de Lippia sidoides e timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre cepas originárias da ATCC. Penicilina G Bactérias Ceftriaxona C+ OELSa Timolb C+ OELSa Timolb S. aureus ≥1024 ≥1024 ≥1024 64 64 64 S. mutans 128 32 2 8 8 8 E. faecalis 0,5 0,5 0,5 64 4 4 E. coli ≥1024 ≥1024 ≥1024 16 16 16 E. cloacae ≥1024 ≥1024 ≥1024 8 8 8 K. pneumoniae ≥1024 ≥1024 ≥1024 32 32 32 P. aeruginosa ≥1024 ≥1024 ≥1024 16 16 16 P. rettigeri ≥1024 ≥1024 ≥1024 0,5 0,5 0,5 C+: Controle positivo (antibiótico + inóculo); OELSa: CIM do Óleo essencial de L. sidoides combinado com o antibiótico; Timolb: CIM do timol combinado com o antibiótico. Uma estratégia empregada para reverter os mecanismos de resistência das bactérias é utilizar a combinação entre drogas, como a associação entre ß-lactâmicos e inibidores da ßlactamase. Miranda-Novales et al. (2006) demonstraram que a combinação entre amicacina e cefalotina ou dicloxacilina foi sinérgica contra a maioria das cepas resistentes de S. aureus e Staphylococcus coagulase-negativo. 74 Algumas classes de metabólitos secundários também foram caracterizadas como modificadores da atividade antibiótica, tais como terpenos (NICOLSON, EVANS e O'TOOLE, 1999), taninos, alcalóides (MATIAS et al., 2010), flavonóides e derivados (SATO et al., 2004). A associação entre produtos naturais também tem demonstrado efeitos antimicrobianos sinérgicos, como os óleos essenciais das folhas de Thymus vulgaris e Pimpinella anisum, os quais apresentaram sinergismo frente a bactérias Gram-positivas e Gram-negativas pelo método de contato direto (AL-BAYATI, 2008). Os mecanismos pelos quais óleos essenciais podem interagir com os antibióticos envolvem diferentes interações entre os compostos presentes no óleo e a membrana bacteriana. O timol e carvacrol podem ser eficazes contra os microorganismos através de uma ação lipofílica na membrana celular, ocasionando a dispersão da cadeia de polipeptídeos da membrana celular e desestabilizando a célula contra a qual estão desempenhando a sua atividade (COWAN, 1999; NOSTRO et al., 2004). Estudos utilizando o óleo essencial do orégano (Origanum vulgare) permitiram a observação de timol e carvacrol acumulados na membrana plasmática de P. aeruginosa e S. aureus, resultando em aumento de 90% na permeabilidade celular desses microorganismos (LAMBERT et al., 2001; KNOWLES et al., 2005). Os resultados desse estudo demonstraram um aumento na atividade dos aminoglicosídeos frente a algumas bactérias Gram– positivas e Gram– negativas quando associados ao OELS ou timol. Os aminoglicosídeos atuam inibindo a síntese protéica bloqueando a subunidade 30S do ribossomo (JANA e DEB, 2005). A atividade sinérgica verificada é atribuída ao timol, o qual pode estar favorecendo a entrada do antibiótico através da membrana plasmática. Devido a absorção para o espaço intracelular, a toxicidade celular é comum para todos os aminoglicosídeos (exceto a estreptomicina). Nefrotoxicidade, ototoxicidade e bloqueio neuromuscular são os mais importantes efeitos tóxicos dos aminoglicosídeos (VALLEJO et al., 2001; OLIVEIRA, 2006). A freqüência relatada destes efeitos colaterais é muito variável devido aos diferentes critérios utilizados para diagnóstico. Bloqueios neuromusculares são raros, a ototoxicidade varia entre 0-62% (coclear) e 0-19% (vestibular) e nefrotoxicidade varia de 0 a 50% (GILBERT, 1995). O efeito sinérgico entre a associação do OELS e timol com os aminoglicosídeos pode ser uma alternativa para minimizar os efeitos colaterais dessa classe de antimicrobianos, uma 75 vez que tal combinação reduz consideravelmente a CIM do antibiótico, diminuindo então a dose necessária para que haja sucesso terapêutico. Os ß-lactâmicos (BLA) atuam bloqueando a síntese da parede celular bacteriana. Os mecanismos mais importantes de resistência aos BLA é a clivagem por ß-lactamases e mudanças nas Proteínas Ligadoras de Penicilinas (PBP) (LEVINSON e JAWERT, 2005). Muitos produtos naturais são capazes de interagir sinergicamente com BLA. A epigalocatequina galato, presente no chá verde (Santolina chamaecyparissus), age sinergicamente no mesmo sítio alvo, na síntese da parede celular (YAM et al., 1998; ZHAO et al., 2001). A corilagina, um polifenol extraído de Arctostaphylos uva-ursi, é capaz de inibir a produção ou atividade da PBP2a, uma proteína com baixa afinidade para os ß-lactâmicos presente em estirpes de S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) (SHIMIZU et al., 2001). O OELS e timol apresentaram um efeito sinérgico quando associados com a Penicilina, reduzindo consideravelmente sua CIM frente a S. mutans, e quando associados com a Ceftriaxona frente a E. faecalis. Tal fato pode ser justificado devido à capacidade do timol em provocar distorções na estrutura física da célula, causando expansão e conseqüente desestabilização da membrana, desnaturando enzimas essenciais e alterando a força motriz de prótons através de variações no pH e no potencial elétrico, atuando sinergicamente com esses antibióticos (HELANDER et al., 1998; BURT, 2004). Muitos antibióticos BLA conseguem penetrar em bactérias Gram- negativas através de canais protéicos presentes em sua membrana externa. Através desses canais, as drogas conseguem atingir seu receptor na parede celular e exercer sua ação bactericida (NIKAIDO, 1994). Apesar de atuar como barreira para compostos anfipáticos, a membrana externa pode sofrer alteração em sua permeabilidade provocada pelo OELS e timol (HELANDER et al., 1998; LEWIS e LOMOVSKAYA, 2001). No entanto, as cepas Gram-negativas em estudo não foram susceptíveis a associação entre as amostras e os antibióticos. Tal fato pode ser justificado por outros mecanismos de resistência presentes nessas bactérias como bomba de efluxo, produção de enzimas que clivam o anel ß-lactâmico (ß-lactamases), mudanças nas PBP, entre outros (BUSH, 2002; ENRIGHT et al., 2002). 76 5.3.2 Atividade moduladora por contato direto – fungos Os tratamentos de escolha para infecções oportunistas por espécies de Candida são limitados e muitos antifúngicos existentes apresentam efeitos colaterais indesejáveis, como nefrotoxicidade, ou podem induzir a resistência fúngica, principalmente em indivíduos imunodeprimidos (FICA, 2004). O Fluconazol, um composto triazólico, atua inibindo a enzima lanosterol 14-desmetilase no complexo do citocromo P-450 de fungos, inibindo a conversão do lanosterol para ergosterol. Com a consequente diminuição do ergosterol, há perda da integridade da membrana plasmática fúngica (GHANNOUM e KUHN, 2002). Imidazóis e triazóis, em graus variados, também interagem com o complexo P-450 da espécie humana, causando interferência com certos hormônios ou interações metabólicas com drogas metabolizadas através desse sistema (FICA, 2004). A Tabela 7 mostra que a associação entre o OELS ou timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) com o fluconazol frente a espécies de Candida não interferiu na atividade antifúngica, pois a CIM do fluconazol permaneceu a mesma. Tabela 7 ‒ Valores da Concentração Inibitória Mínima (CIM µg/mL) do fluconazol na presença e ausência do óleo essencial de Lippia sidoides e timol em concentrações subinibitórias (CIM/8) sobre cepas originárias da ATCC. Fluconazol Fungos CIM OELS Timol C. albicans ≥1024 ≥1024 ≥1024 C. tropicalis 512 512 512 Guo et al. (2009) demonstraram sinergismo entre a associação do timol com fluconazol frente a cepas de C. albicans resistentes a este antifúngico, no entanto não foram utilizadas concentrações subinibitórias do timol. Outro estudo feito com Anfotericina B demonstrou que houve sinergismo quando associada ao óleo essencial de Thymus vulgaris (teor de timol 63,22%) frente à Candida albicans (GIORDANI et al., 2004). No entanto, a concentração do timol e do OELS testada na associação destes com o fluconazol não foi capaz de interferir na atividade deste antifúngico. 77 5.3.4 Contato a vapor Na avaliação da atividade moduladora de antibióticos pelos constituintes voláteis do OELS e pelo timol, os diâmetros da zona de inibição obtidos para as duas cepas em estudo foram classificados como sensíveis segundo comparação com o padrão estabelecido pela CLSI (2003). Não houve interferência na atividade dos antibióticos testados na concentração de 3% das amostras e com 100% de DMSO, controle negativo. A Dose Inibitória Mínima (DIM) é definida como a menor dose capaz de inibir o crescimento bacteriano por unidade de espaço em um sistema fechado. A DIM, expresso em mg/L ar pode não representar necessariamente a concentração real do vapor, a qual pode sofrer mudanças durante o tempo de incubação, como decomposição espontânea de alguns constituintes voláteis (INOUYE et al., 2001; KASHIWAGI et al., 2010). A Tabela 8 mostra a atividade antibacteriana do OELS e timol por contato gasoso. Os resultados mostram a DIM, onde P. aeruginosa é menos susceptível à ação do OELS e timol (DIM > 1 mg / L ar para ambos) que S. aureus (DIM 0,0625 mg / L ar para ambos). Tabela 8 ‒ Atividade antibacteriana do óleo essencial de Lippia sidoides (OELS) e timol por contato gasoso. OELS DIM (mg/L ar) 0.25 0.125 Bactéria 1 0.5 S. aureus ATCC 12624 - - - P. aeruginosa ATCC 15442 + + S. aureus ATCC 12624 - P. aeruginosa ATCC 15442 + 0.0625 0.03125 - + + + + + + - - - + + + + + + + Timol Nota: +: Não houve inibição do crescimento -: Inibição do crescimento; DIM: Dose Inibitória Mínima. Alguns estudos demonstraram atividade antibacteriana do OELS e timol por contato direto (método de microdiluição) frente a S. aureus e P. aeruginosa, no entanto, não existem registros de atividade exercida pelo método de contato gasoso (NOSTRO et al., 2004; OLIVEIRA et al., 2006; GOCHEV e GIROVA, 2009). Nossos resultados estão de acordo 78 com estudos anteriores que indicam que bactérias Gram-negativas são mais resistentes à ação de óleos essenciais quando comparadas com bactérias Gram-positivas (COWAN, 1999; PAULI, 2001; MURARI et al., 2008). A Tabela 9 (p. 80) mostra que a atividade antibiótica dos aminoglicosídeos frente a S.aureus foi aumentada na presença do OELS e timol. Os resultados demonstraram que houve aumento de 429,41; 349; 256,82 e 21.53% na atividade antibiótica da Gentamicina nas concentrações 50, 25, 12 e 6% do OELS, respectivamente. Também foi observado aumento de 246,15; 198,7; 30,77 e 5,11% na atividade antibiótica da Amicacina e aumento de 322,22; 305,55; 214,77 e 42,55% na atividade da Neomicina nas concentrações testadas do OELS. Por outro lado, o timol foi menos efetivo frente a S. aureus quando comparado ao OELS. A Tabela 9 (p. 80) mostra aumento de 155,11; 152,54 e 79,46% na atividade antibiótica da Amicacina nas concentrações 50, 25 e 12%; uma potencialização da Neomicina em 216,66; 211,11; 175,89 e 33,33% e um aumento de 223,53; 192,12; 168,59 e 35,29% da atividade da Gentamicina nas concentrações testadas. Houve diferença estatística (p<0,05) entre a interferência do OELS e timol sobre os aminoglicosídeos testados frente a S. aureus. Estes resultados demonstram que os outros compostos presentes no óleo essencial desempenham papel importante para a atividade antimicrobiana frente a essa cepa. A Tabela 10 (p. 81) mostra que para a maioria dos resultados frente a P. aeruginosa, não houve diferença estatística (p<0,05) entre a atividade sinérgica do OELS e timol com os aminoglicosídeos. Para o OELS, foi observado um aumento de 43,30; 36,65 e 25% na atividade antibiótica da amicacina; um aumento de 31,06; 28,86 e 20% na atividade da gentamicina; e 31,06 e 26,66% na atividade da neomicina. A potencialização da atividade da amicacina pelo timol foi de 33,3; 31,5 e 30%; da gentamicina foi de 33,33; 28,86 e 24,4%; e da neomicina foi de 31,06 e 20%. O timol foi o composto responsável pela atividade antimicrobiana do OELS frente a P. aeruginosa, pois não foi observada diferença estatística quando comparada ao OELS. Os mecanismos pelos quais os óleos essenciais podem interagir com os antibióticos envolvem diferentes interações entre os compostos presentes no óleo e a membrana bacteriana (BURT, 2004). No método de contato gasoso, a atividade antimicrobiana resulta em uma combinação entre a absorção direta dos constituintes voláteis pelos microorganismos e a absorção indireta do vapor através do meio de cultura (MOLEYAR e NARASINHAM, 1986; INOUYE et al., 2001). 79 Alguns estudos também relataram a atividade modificadora de antibióticos através do contato gasoso. Os óleos essenciais de Zanthoxylum articulatum, Vanillosmopsis arborea, Croton zehntneri e Lantana camara foram capazes de interagir com antibióticos promovendo o aumento da atividade dos mesmos frente S. aureus e P. aeruginosa (RODRIGUES et al., 2009; 2010; SANTOS et al., 2010; SOUZA et al., 2011). Entretanto, nossos resultados são mais expressivos quando comparados aos encontrados nos trabalhos na menor concentração do óleo essencial. Além disso, em nosso estudo, o principal componente do óleo essencial foi testado com a finalidade de elucidar os compostos responsáveis pelas atividades observadas. Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa são as bactérias mais comumente isoladas em escarro (VALENZA et al., 2008). S. aureus pode atuar não apenas como um colonizador simples da mucosa nasal, mas é capaz de criar um reservatório no interior da mucosa, levando à infecções de repetição (CORRIVEAU et al., 2009). Por outro lado, além de estar associada à muitas infecções do trato respiratório, como a fibrose cística, P. aeruginosa tem sido um dos mais prevalentes agentes de infecções hospitalares em todo o mundo (FERRAREZE et al., 2007; MILAGRES et al., 2008). Nossos resultados sugerem que os componentes voláteis do óleo essencial de L. sidoides e seu principal componente o timol pode suprimir o crescimento de patógenos causadores de infecções respiratórias. No entanto, estudos pré-clínicos e clínicos são necessários para verificar a biodisponibilidade e a possível toxicidade dessa associação com aminoglicosídeos a fim de elucidar os mecanismos de ação envolvidos nessa interação. 80 Tabela 9 – Modificação da atividade antibiótica de aminoglicosídeos pelos constituintes voláteis do óleo essencial de L. sidoides (OELS) e timol, utilizando o método de contato gasoso sobre Staphylococcus aureus ATCC 12624. Amostras OELS Timol TR C+ DMSO 50% 25% 12% 6% AMI 26,00±0,00a 26,00±0,00a ≥90,00±0,00b 77,66±1,15c 34,00±0,00d 27,33±1,15a Aumento - - ≥246,15% 198,70% 30,77% 5,11% GEN 17,00±0,00a 17,00±0,00a ≥90,00±0,00b 76,33±1,15c 60,66±1,15d 20,66±0,57e Aumento - - ≥429,41% 349,00% 256,82% 21,53% NEO 18,00±0,00a 18,00±0,00a 76,00±0,0b 73,00±0,00c 56,66±0,57d 25,66±0,57e Aumento - - 322,22% 305,55% 214,77% 42,55% AMI 26,00±0,00a 26,00±0,00a 66,33±1,15b 65,66±0,57b 46,66±1,15c 27,00±0,00a Aumento - - 155,11% 152,54% 79,46% 3,84% GEN 17,00±0,00a 17,00±0,00a 55,00±0,00b 49,66±0,57c 45,66±1,15d 23,00±0,00e Aumento - - 223,53% 192,12% 168,59% 35,29% NEO 18,00±0,00a 18,00±0,00a 57,00±0,00b 56,00±0,00b 49,66±1,15c 24,00±0,00d Aumento - - 216,66% 211,11% 175,89% 33,33% Médias seguidas de mesma letra, na linha, não diferem significativamente entre si (n = 3, p <0,05 - Teste de Tukey). Médias seguidas de letras diferentes, na linha, diferem significativamente quando comparados entre si e seus respectivos controles (n = 3, p <0,05 - Teste de Tukey). Os resultados são expressos como média do diâmetro do halo de inibição ± desvio padrão (mm). Dimetilsulfóxido (DMSO), Amicacina (AMI), Gentamicina (GEN), Neomicina (NEO); TR: Tratamento; C+: Controle positivo, apenas o antibiótico. 81 Tabela 10 ‒ Modificação da atividade antibiótica de aminoglicosídeos pelos constituintes voláteis do óleo essencial de L. sidoides (OELS) e timol, utilizando o método de contato gasoso sobre Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442. Amostras OELS Timol TR AMI C+ 20,00±0,00a DMSO 20,00±0,00a 50% 28,66±1,15b 25% 27,33±1,15b 12% 25,00±0,00c 6% 20,00±0,00a Aumento - - 43,30% 36,65% 25,00% - GEN 15,00±0,00a 15,00±0,00a 19,66±1,56b 19,33±1,15b 18,00±0,00b 15,00±0,00a Aumento - - 31,06% 28,86% 20,00% - NEO 15,00±0,00a 15,00±0,00a 19,66±1,56b 19,00±1,0b 15,00±1,00a 15,00±0,00a Aumento - - 31,06% 26,66% - - AMI 20,00±0,00a 20,00±0,00a 26,66±1,15b 26,33±0,57b 26,33±0,57b 26,00±0,00b Aumento - - 33,30% 31,50% 31,50% 30,00% GEN 15,00±0,00a 15,00±0,00a 20,00±1,73b 19,33±1,15b 18,66±1,15b 18,66±1,15b Aumento - - 33,33% 28,86% 24,40% 24,40% NEO 15,00±0,00a 15,00±0,00a 19,66±0,57b 18,00±0,00b 15,66±1,15c 15,00±0,00c Aumento - - 31,06% 20,00% 4,40% - Médias seguidas de mesma letra, na linha, não diferem significativamente entre si (n = 3, p <0,05 - Teste de Tukey). Médias seguidas de letras diferentes, na linha, diferem significativamente quando comparados entre si e seus respectivos controles (n = 3, p <0,05 - Teste de Tukey). Os resultados são expressos como média do diâmetro do halo de inibição ± desvio padrão (mm). Dimetilsulfóxido (DMSO), Amicacina (AMI), Gentamicina (GEN), Neomicina (NEO); TR: Tratamento; C+: Controle positivo, apenas o antibiótico. 82 5.4 Avaliação da inibição de biofilmes A média de Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por disco de biofilmes de E. faecalis após o tempo de contato (30 ou 60 minutos) com soluções a 2,5% e 10% de OELS, timol, DMSO e hipoclorito de sódio (NaOCl) estão apresentadas nas Figuras 8 (p. 83) e 9 (p. 84). O NaOCl foi o agente antimicrobiano mais efetivo, desestruturando o biofilme e eliminando 99,99% das UFC nas concentrações e nos tempos de contato utilizados nesse estudo. Este resultado está de acordo com os encontrados na literatura (SPRATT et al., 2001; SENA, 2004; ABDULLAH et al., 2005). Na Figura 8, o DMSO a 2,5%, controle negativo, permitiu o crescimento em todos os tempos testados, resultando em 6,5 × 108 e 1,5 × 108 UFC em 30 e 60 minutos de exposição. Após o contato do OELS por 30 e 60 minutos, a contagem de UFC em relação ao controle negativo foi significativamente reduzida (p < 0,001) para 6,4 × 106 e 2,2 × 106 UFC. O timol também foi capaz de reduzir significativamente (p < 0,001) as UFC para 8,3 × 106 e 5,2 × 106. Não houve diferenças estatísticas (p > 0,05) entre a ação do OELS e timol nos tempos de contato designados. 83 Figura 11 ‒ Susceptibilidade de biofilmes de Enterococcus faecalis frente a desafios antimicrobianos a 2,5% (v/v) por 30 ou 60 minutos de contato. OELS, óleo essencial de Lippia sidoides; DMSO, dimetilsulfóxido (controle negativo), NaOCl, hipoclorito de sódio (controle positivo). As barras verticais representam o desvio padrão (n=3). *** p <0,001 comparado ao controle negativo, DMSO (ANOVA de duas vias seguido do Teste de Bonferroni). 10 8 *** *** *** *** UFC/disco 10 6 30 min 60 min 10 4 10 2 10 0 OELS Timol DMSO NaOCl Desafios antimicrobianos a 2,5% Após 30 e 60 minutos de exposição, o DMSO a 10% permitiu o crescimento dos biofilmes, resultando em 6,4 × 108 e 9,0 × 108 UFC, respectivamente (Figura 9, p. 84). A contagem de UFC dos biofilmes expostos ao OELS e timol a 10% em relação ao controle negativo foi significativamente reduzida (p < 0,001) para 3,3 × 106 e 2,6 × 106, e para 3,5 × 108 e 6,7 × 107 UFC, respectivamente. Houve diferença estatística (p < 0,001) na média de UFC entre o OELS e timol no tempo de 30 minutos. Por outro lado, o contato do OELS e timol com os biofilmes durante 60 minutos não diferiram quando comparados entre si (p > 0,05). 84 Figura 12 ‒ Susceptibilidade de biofilmes de Enterococcus faecalis frente a desafios antimicrobianos a 10% (v/v) por 30 ou 60 minutos de contato. OELS, óleo essencial de Lippia sidoides; DMSO, dimetilsulfóxido (controle negativo), NaOCl, hipoclorito de sódio (controle positivo). As barras verticais representam o desvio padrão (n=3). *** p <0,001 comparado ao controle negativo, DMSO (ANOVA de duas vias seguido do Teste de Bonferroni). *** *** 10 8 *** *** UFC/disco 10 6 30 min 60 min 10 4 10 2 10 0 OELS Timol DMSO NaOCl Desafios antimicrobianos a 10% A maioria dos microrganismos não existe como uma cultura de células que vivem livremente, e sim associados a uma superfície viva ou inerte formando uma comunidade estruturada de células envoltas por uma matriz polissacarídica (COSTERTON et al., 1999). Existem várias metodologias utilizadas em laboratório para avaliar a efetividade de agentes antimicrobianos frente a biofilmes, porém os resultados mostram-se conflitantes em trabalhos que utilizaram as mesmas substâncias, os mesmos microrganismos e metodologias diferentes (SPRATT et al., 2001; SEABRA et al., 2005; ARIAS-MOLIZ et al., 2009). Os protocolos utilizados nesse estudo foram adaptados de Spratt et al. (2001) e Abdullah et al. (2005). Essa metodologia é acessível e rápida, além de permitir a comparação entre vários desafios antimicrobianos frente a microorganismos presentes no biofilme. 85 Enterococcus faecalis está associado a infecções do trato urinário, endocardite, infecções intra-abdominais e pélvicas, feridas cirúrgicas, infecções no sistema nervoso central, formação de biofilme em cateteres, válvulas, lentes de contato e é a bactéria mais comumente isolada em canais radiculares devido à formação de biofilme (MOHAMED e HUANG, 2007). A virulência de E. faecalis em canais radiculares pode estar relacionada à sua capacidade de resistir a medicações intracanal, e a sua habilidade de sobreviver no canal radicular como único microorganismo sem o suporte de outras bactérias, formando biofilmes (PARADELLA e KOGA-ITO, 2007). A irrigação dos canais radiculares é um importante passo na desinfecção e é parte integrante dos procedimentos do tratamento endodôntico. O irrigante atualmente mais utilizado é o hipoclorito de sódio (NaOCl) devido sua forte atividade antimicrobiana, porém a principal desvantagem do seu uso no tratamento dentário advém da sua toxicidade sobre os tecidos biológicos (BOWDEN et al., 2006). As bactérias estruturadas em biofilme se comportam de maneira diferente quando expostas às substâncias químicas, pois as substâncias poliméricas que compõem a matriz do biofilme retardam a difusão das substâncias químicas e antibióticos (STOODLEY et al., 2002, XAVIER et al., 2003). A susceptibilidade do biofilme está diretamente relacionada ao tempo de exposição e a quantidade da substância, além da fase de desenvolvimento do biofilme (SPRATT et al., 2001). A velocidade de penetração da substância varia de acordo com o microrganismo formado e composição da matriz de exopolissacarídeo (COSTERTON et al., 1999). Diante disso, nossos resultados demonstraram que o OELS e timol são capazes de reduzir in vitro as UFC em biofilmes de E. faecalis (tempo de maturação de 72 horas) no tempo de contato de 30 e 60 minutos em concentrações de 2,5 e 10%. Na concentração de 2,5% não houve diferenças estatísticas (p > 0,05) entre o tempo de contato e as amostras analisadas, sendo o timol responsável pela atividade antimicrobiana do OELS frente ao biofilme. Por outro lado, uma maior concentração do timol (10%) não é tão eficaz como em uma concentração menor (2,5%), o que não é o mesmo para o OELS, que apresenta a mesma atividade em ambas às concentrações e nos mesmos intervalos de tempo. O mecanismo pelo qual o OELS e timol são capazes de inibir microorganismos presentes em biofilmes ainda não está bem esclarecido. Uma preparação à base de óleos essenciais de Eucalyptus globulus, Melaleuca alternifolia, Thymus sp. e Syzygium aromaticum, contendo principalmente monoterpenos em 86 sua composição, demonstrou, in vitro, redução da aderência e formação do biofilme de Staphylococcus epidermidis (AL-SHUNEIGAT et al., 2005). A associação entre o timol e gluconato de clorexidina demonstrou atividade sinérgica frente a biofilmes de S. epidermidis (KARPANEN et al., 2008). Braga et al. (2008) verificaram que o timol também foi capaz de interferir com a aderência de C. albicans nas células da mucosa, e os autores sugerem que este composto pode interferir significativamente não só com as fases iniciais da formação do biofilme, mas também com a maturação, uma vez que inibe eficazmente a atividade metabólica do biofilme. Segundo Nostro et al. (2007), o timol possui tanto propriedade hidrofílica como hidrofóbica, o que pode favorecer a difusão deste composto através da camada de polissacarídeo do biofilme e permitir seu acesso às células bacterianas, onde irá exercer sua atividade antimicrobiana alterando a permeabilidade da membrana. Esta hipótese é apoiada pelos resultados encontrados em diversos estudos clínicos com enxaguatórios bucais ou cremes dentais contendo OELS em sua composição, os quais têm demonstrado a diminuição da placa bacteriana e conseqüente formação de biofilme dental (NUNES et al., 2006; BOTELHO et al., 2007; BOTELHO et al., 2009; LOBO et al., 2011). Diante disso, nosso estudo propicia uma base para a possível utilização do OELS como adjuvante no tratamento de canais radiculares que apresentam colonização por E. faecalis. No entanto, são necessários estudos pré-clínicos para avaliar a real eficácia e a concentração do OELS capaz de inibir e desestruturar esse biofilme in vivo. 5.5 Atividade do óleo essencial de Lippia sidoides (OELS) e timol nos modelos de inflamação cutânea 5.5.1 Edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de cróton A Figura 13 (p. 87) mostra o que o OELS ou timol (2 mg/orelha) não mostraram efeito antiedematogênico após 6 horas da aplicação tópica do óleo de cróton, quando comparados com o grupo tratado com acetona (controle negativo). Neste modelo, apenas o grupo tratado com o controle positivo, dexametasona (0,08 mg/orelha), demonstrou redução significativa quando comparado com o controle negativo, com efeito inibitório médio da inflamação de 76,5% (p < 0,001). 87 Figura 13 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação única de óleo de cróton em camundongos. Os animais foram previamente tratados com acetona (controle), dexametasona 0,08 mg/orelha (DEX), OELS ou timol (2 mg/orelha) e após 15 minutos receberam topicamente óleo de cróton 5% (v/v) em acetona. Os gráficos representam a média do edema de orelha (%) e as barras verticais o E.P.M de 7 animais registrados após 6h da aplicação tópica do óleo de cróton. *** p<0,001 vs controle (ANOVA e Teste de Student- Newman- Keuls). Percentual edema (%) 200 ns ns 150 100 *** 50 0 Controle DEX OELS Timol Óleo de cróton 5.5.2 Edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton Conforme demonstrado na Figura 14 (p. 88), a aplicação tópica do OELS ou timol (2 mg/orelha, 2 vezes ao dia, durante 4 dias) na orelha dos camundongos promoveu um aumento significativo da espessura da orelha após cinco dias (96 horas) do desafio com esse agente irritante (p < 0,001), causando necrose das orelhas tratadas (Figura 15, p. 88), quando comparados ao grupo controle. Não houve diferenças significativas entre o efeito do OELS e timol. Por outro lado, a dexametasona (0,08 mg/orelha, 2 vezes ao dia, durante 4 dias) foi capaz de reduzir significativamente o edema após 1, 2, 3 e 4 dias (p < 0,001) do início do tratamento, sendo confirmado pela avaliação do percentual de edema no último dia do experimento (Figura 16, p. 89) e efeito inibitório médio de 45,7% (p<0,01). 88 Figura 14 ‒ Curva tempo-resposta do efeito do tratamento com OELS ou timol (2 mg/orelha) no modelo de edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton (OC) em camundongos. A orelha direita dos animais recebeu topicamente o agente irritante em dias alternados e acetona (veículo) na orelha esquerda. A espessura da orelha (µm) foi mensurada com auxílio de paquímetro digital antes da aplicação do OC, quarto horas após a primeira aplicação (fase aguda) e 2,3,4,5,6,7,8 e 9 dias após a primeira aplicação de OC. No quinto dia do experimento, os animais receberam topicamente o tratamento com acetona (veículo), dexametasona (DEX), OELS ou timol (2 mg/orelha), duas vezes por dia e o tratamento continuou por mais 4 dias (setas na figura indicam os dias de tratamento). O efeito antiedematogênico dos compostos foi verificado através da variação da espessura da orelha Os pontos representam a média de 7 animais e as barras verticais o E.P.M. *** p <0.001 vs veículo (ANOVA de duas vias seguido pelo teste de Bonferroni). Tratamento tópico Espessura da orelha (m) 1800 1500 Acetona DEX 0,08 mg/orelha OELS 2 mg/orelha Timol 2 mg/orelha *** 1200 *** *** 600 *** *** *** *** *** 300 *** *** *** *** 900 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tempo (dias) Figura 15 ‒ Aspecto da orelha direita de camundongos após 4 dias de tratamento com OELS (2 mg/orelha, 2 vezes ao dia) no modelo de edema de orelha induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton 5% (v/v) em acetona. Fonte: da autora. 89 Percentual de edema (%) Figura 16 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha crônico induzido pela aplicação múltipla de óleo de cróton em camundongos. A aplicação de óleo de cróton foi realizada em dias alternados, durante 9 dias. A partir do 5º dia do experimento, a orelha direita dos animais recebeu acetona (controle), dexametasona 0,08 mg/orelha (DEX), OELS ou timol (2 mg/orelha) 2 vezes ao dia. Os gráficos representam a média do edema de orelha (%) e as barras verticais o E.P.M de 7 animais registrados após 9 dias da primeira aplicação tópica do óleo de cróton. ** p< 0,01; *** p<0,001 vs controle (ANOVA e Teste de Student- Newman- Keuls). 200 *** ** OELS Timol 150 100 ** 50 0 Controle DEX Óleo de cróton (crônico) 5.5.3 Edema de orelha induzido por Ácido Araquidônico (AA) O ácido araquidônico promoveu a formação do edema após 1 hora da sua aplicação tópica, da mesma forma que descrito na literatura (YOUNG et al., 1984; CRUMMEY et al., 1987). Nesse modelo, o OELS e timol (2 mg/orelha) foram capazes de reduzir significativamente o percentual de edema de orelha após 1 hora da aplicação do AA, quando comparados com o grupo controle (Figura 14, p. 91). O efeito inibitório médio foi de 58,4%, 45,1% e 47,4% (p< 0,001) para a indometacina (2 mg/orelha), OELS e timol, respectivamente (Tabela 11, p. 90). Não houve diferenças significativas entre o grupo tratado com indometacina, OELS e timol. 90 Tabela 11 ‒ Porcentagem do edema de orelha induzido por ácido araquidônico em camundongos e o efeito inibitório médio após aplicação tópica do OELS, timol ou indometacina (2 mg/orelha). Ácido araquidônico Tratamento Percentagem de edema EIM 89,97±10,10 - Indometacina 37,42±4,70*** 58,4% OELS 49,42±3,16*** 45,1% Timol 47,30±8,64*** 47,4% Controle negativo Dados expressos como média ± E.P.M. *** p< 0,001 quando comparados com o grupo controle negativo (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keuls). 5.5.4 Edema de orelha induzido por histamina O tratamento com OELS ou timol administrado por via tópica (2 mg/orelha) após 2 horas da aplicação intradérmica de solução de histamina não foi capaz de reduzir significativamente o edema de orelha comparado ao grupo controle tratado com salina. A dexametasona (0,08 mg/orelha) inibiu o edema (p<0,001), com efeito inibitório médio de 46,5% (Figura 18, p. 91). Não houve diferenças estatísticas entre o tratamento com o OELS e timol. 5.5.5 Edema de orelha induzido por fenol O OELS ou timol, aplicados por via tópica (2 mg/orelha), demonstraram redução significativa no percentual de edema de orelha após 1 hora da aplicação tópica de fenol 10% (v/v) em acetona, quando comparados com o grupo controle negativo (Figura 19, p. 92). A Tabela 12 (p. 92) mostra o efeito inibitório médio de 33,2% (p<0,05) para OELS, de 54,7% (p<0,01) para timol e de 52,6% (p<0,01) para a dexametasona (0,08 mg/orelha). Não houve diferenças significativas entre o tratamento tópico com dexametasona, timol ou OELS. 91 Percentual de edema (%) Figura 17 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação de ácido araquidônico em camundongos. Os animais foram previamente tratados com acetona (controle), indometacina (IND), OELS ou timol (2 mg/orelha) e após 15 minutos receberam topicamente ácido araquidônico 0,1 µg/mL em acetona. Os gráficos representam a média do edema de orelha (%) e as barras verticais o E.P.M de 7 animais registrados após 1h da aplicação tópica do ácido araquidônico. *** p<0,001 vs controle (ANOVA e Teste de Student- Newman- Keuls). 150 100 50 *** *** *** OELS Timol 0 Controle IND AA Figura 18 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido ptela aplicação intradérmica de histamina em camundongos. Os animais foram previamente anestesiados, pré-tratados com salina (controle), dexametasona 0,08 mg/orelha (DEX), OELS ou timol (2 mg/orelha) e após 15 minutos receberam intradermicamente 5 µL de solução de histamina 100 mg/mL em salina. Os gráficos representam a média do edema de orelha (%) e as barras verticais o E.P.M de 7 animais registrados após 2h da aplicação da histamina. *** p<0,001 vs controle (ANOVA e Teste de Student- Newman- Keuls). Percentual de edema (%) 100 ns ns OELS Timol 80 60 *** 40 20 0 Controle DEX Histamina 92 Tabela 12 ‒ Porcentagem do edema de orelha induzido por fenol em camundongos e o efeito inibitório médio após aplicação tópica do OELS, timol (2 mg/orelha) ou dexametasona (0,08 mg/orelha). Fenol Tratamento Porcentagem de edema EIM Controle negativo 99,68±14,70 - Dexametasona 47,27±6,83** 52,6% OELS 66,62±6,31* 33,2% Timol 45,13±9,60** 54,7% Dados expressos como média ± E.P.M. * p<0,05; ** p< 0,01 quando comparados com o grupo controle negativo (ANOVA e Teste de Student-Newman-Keuls). Figura 19 ‒ Efeito do OELS ou timol, administrados por via tópica, no edema de orelha induzido pela aplicação de fenol em camundongos. Os animais foram previamente tratados com acetona (controle), dexametasona 0,08 mg/orelha (DEX), OELS ou timol (2 mg/orelha) e após 15 minutos receberam topicamente 20 µL de fenol 10% (v/v) em acetona. Os gráficos representam a média do edema de orelha (%) e as barras verticais o E.P.M de 7 animais registrados após 1h da aplicação tópica do fenol. * p<0,05; **p<0,01 vs controle (ANOVA e Teste de Student- Newman- Keuls). Percentual de edema (%) 150 100 * ** ** 50 0 Controle DEX OELS Fenol Timol 93 Vários modelos experimentais de inflamação podem ser utilizados para avaliar a atividade antiinflamatória de drogas. No presente estudo, foi analisado o possível efeito antiinflamatório do OELS e do seu constituinte majoritário, o timol, em modelos experimentais de inflamação aguda e crônica induzidos por agentes irritantes (óleo de cróton, ácido araquidônico, fenol e histamina) em camundongos Swiss. Estes modelos permitem identificar compostos com atividade antiinflamatória que possam ser potencialmente úteis no tratamento de doenças inflamatórias que acometem a pele, pois promovem condições que se assemelham com alguns tipos de dermatites observadas em humanos (BOUCLIER et al., 1990). A dexametasona, um corticosteróide usado clinicamente no tratamento das desordens da pele, é conhecido por sua potente atividade antiinflamatória e imunossupressora, no entanto seu efeito tópico pode causar intensa atrofia da pele, um dos principais efeitos colaterais do seu uso em doenças crônicas (ASHWELL et al., 2000). O agente irritante óleo de cróton, extraído das sementes de Croton tiglium, tem como constituinte majoritário o 13-acetato de 12-o-tetracanoilforbol (TPA) (LAPA, 2003). A aplicação tópica de TPA induz uma resposta inflamatória cutânea caracterizada por vasodilatação e formação de eritema nas primeiras duas horas, seguido do aumento da espessura da orelha como resultado do extravasamento celular que atinge um pico máximo na sexta hora e tende a diminuir, atingindo os valores basais após 24 horas. A aderência dos leucócitos polimorfonucleares na parede dos vasos e a degranulação de mastócitos é verificada entre a 4ª e 6ª hora. No entanto, a infiltração máxima de leucócitos no tecido é atingida somente 24 horas após a aplicação tópica do TPA (YOUNG et al., 1983). O mecanismo pelo qual o TPA exerce seu efeito é devido à ativação da Proteína quinase C (PKC), bem com da ativação seqüencial da via MAP quinase (MAPK), fosfolipase A2 (PLA2), indução da expressão da COX-2 e translocação/ativação da LOX, que por sua vez culmina na síntese e liberação de diversos mediadores pró-inflamatórios responsáveis pela formação do edema, migração de leucócitos para a derme e hiperproliferação celular, sendo estas as características da resposta inflamatória induzida pela aplicação tópica do TPA (MURAKAWA et al., 2006; DE BERNARDIS et al., 1994). A ativação da MAPK pela PKC promove a ativação de alguns fatores de transcrição nuclear, como NF-kB e a AP-1, os quais tem um papel central na regulação de diversas proteínas pró-inflamatórias, tais como algumas citocinas (IL-1, IL-2, IL-6, IL-8, TNF-α), enzimas pró-inflamatórias (COX-2, iNOS) e moléculas de adesão (PASCUAL e GLASS, 94 2006; GLASS e OGAWA, 2006; GARCIA-PIÑERES et al., 2001). Por outro lado, a fosforilação da PLA2 pela PKC resulta na liberação de Ácido araquidônico (AA) seguida da produção de prostaglandinas (PG) e leucotrienos (LT) via COX e LOX, respectivamente (WANG et al., 2000). A aplicação única de óleo de cróton fornece dados quanto à atividade antiedematogênica de uma substância num processo inflamatório agudo, enquanto que a aplicação múltipla, em dias alternados, avalia a atividade antiedematogênica num processo inflamatório já estabelecido, com características semelhantes a uma inflamação crônica (SARAIVA, 2009). Os resultados mostram que o OELS e timol não promoveram supressão do edema induzido pela aplicação única e múltipla de óleo de cróton na dose testada (Figuras 10, 11 e 13). Durante o experimento crônico, foi observado que tanto o OELS como o timol foram capazes de promover o aumento da espessura das orelhas após 24 horas do início do tratamento, aumentando o percentual de edema consideravelmente no último dia do experimento (Figura 11). A aplicação tópica do AA gera uma resposta inflamatória rápida caracterizada por intenso eritema e edema com pequeno acúmulo de neutrófilos, quando comparado com a migração celular verificada no modelo de óleo de cróton, cujos principais mediadores envolvidos são PGE2, LTC4 e LTD4 (YOUNG et al., 1983; HUMES et al., 1986; CRUMMEY et al., 1987). Os antiinflamatórios não- esteroidais (AINEs) inibem a via da COX, impedindo, portanto a síntese das PGs (RANG et al., 2007). Assim, o fármaco de referência utilizado neste modelo experimental foi a indometacina, um AINE cuja ação antiinflamatória está relacionada com a inibição não-seletiva das isoformas da COX (COX-1 e COX-2) e que reverte efetivamente o edema induzido pela aplicação tópica do AA, conforme descrito na literatura (GABOR, 2000). Da mesma forma que a indometacina, o OELS e timol também se mostraram efetivos na inibição da formação do edema neste modelo. Na inflamação causada pelo modelo de óleo de cróton, corticosteróides e inibidores da LOX demonstram atividade nesse modelo, enquanto que os inibidores da COX e antihistamínicos demonstram pouco ou nenhum efeito (GREEN e SHUSTER, 1987). Diante disso, nossos resultados sugerem que possivelmente o OELS e timol não são capazes de inibir a LOX nem a PLA2, mas apresentam importante ação sobre as COX. O modelo de edema de orelha induzido por TPA e AA são extremamente úteis na detecção in vivo de inibidores da COX/LOX (CARLSON et al., 1985). No entanto, os metabólitos do AA também promovem a degranulação de mastócitos, de forma que a 95 liberação de histamina contribui parcialmente na formação do edema neste modelo (CAMP, 1982). Assim, deve-se considerar que o modelo do AA não é específico para identificação de compostos que inibem exclusivamente a COX e/ou LOX, pois outros agentes antagonistas da histamina e antioxidantes também reduzem o edema induzido por AA (CRUMMEY, 1987). Em geral, os corticóides não promovem nenhum efeito pelo AA, ao passo que alguns monoterpenos inibem o metabolismo do AA (JUERGENS et al., 2003). O timol é capaz de inibir significativamente a agregação plaquetária induzida por ácido araquidônico (ENOMOTO et al., 2001). Em estudos feitos por Marsik e colaboradores (2005) demonstraram que o timol presente nas sementes de Nigella sativa, pode apresentar atividade antiinflamatória devido à inibição da COX-1, e sugeriram mais estudos relacionados a este composto para o possível uso como antiinflamatório não-esteroidal. O óleo essencial de Lippia gracilis, contendo timol como composto majoritário (32,68%), foi capaz de reduzir a inflamação no edema de pata induzido por carragenina e demonstrou efeito antinociceptivo no modelo de contorções abdominais induzido por ácido acético (MENDES et al.,2010). A inflamação induzida por carragenina envolve migração celular e produção de mediadores como óxido nítrico, PGE2, IL-1, IL-6 e TNF-α. (LORAM et al., 2007). No modelo de dor visceral, há liberação de ácido araquidônico e através das ciclooxigenases, há biossíntese de prostaglandinas que possuem um papel importante no mecanismo nociceptivo, como a PGE2. Então nesse estudo, o timol foi o composto responsável pelas atividades farmacológicas observadas sendo possivelmente ativo na inibição das ciclooxigenases (MENDES et al., 2010). Também foi avaliado o efeito do OELS ou timol sobre outros modelos de inflamação cutânea como o modelo de edema de orelha induzido por fenol e histamina, que mimetizam a dermatite de contato irritativa e reação alérgica do tipo imediata, respectivamente. O fato do OELS e timol inibirem o edema induzido por um agente irritante como o fenol demonstra a possível eficácia destes no tratamento da dermatite de contato frente a agentes irritantes. Em resposta a estímulos exógenos, como o fenol, os queratinócitos produzem mediadores químicos importantes na irritação primária de contato, incluindo citocinas associadas a propriedades pró-inflamatórias, tais como IL-1, IL-8 e TNF-α (WILMER et al., 1994; LIM et al., 2004). Um dos mecanismos pelos quais o fenol promove a irritação cutânea seria a ruptura da membrana plasmática dos queratinócitos por efeito direto, resultando na liberação da IL-1, além de outros mediadores inflamatórios como os metabólitos do AA. As citocinas pró-inflamatórias são induzidas nesse modelo por um mecanismo distinto daquele observado 96 no modelo de inflamação cutânea induzido por TPA, onde a indução de citocinas ocorre via ligação a receptores específicos, através de vias dependentes da PKC, nas quais envolvem fatores de transcrição nuclear (WILMER et al., 1994). No entanto, apesar da resposta inflamatória ser desencadeada por diferentes vias, ambos os modelos compartilham do envolvimento dos metabólitos do AA na resposta inflamatória instalada. Assim, esses dados sugerem que o OELS e seu constituinte majoritário, o timol, podem estar exercendo sua ação antiinflamatória por atuar sobre esses mediadores, como eficientemente demonstrado no modelo de AA (MONTEIRO et al., 2007; OZEN et al., 2011). Os mastócitos desencadeiam reações imediatas do tipo alérgica em resposta a diversos alérgenos, através da interação dos seus receptores de superfície com a IgE, conduzindo a degranulação e liberação de diversos mediadores vasoativos, pró-inflamatórios e nociceptivos, como a histamina, citocinas (IL-6, IL-8, IL-13), prostaglandinas (PGD2), leucotrienos (LTC2), TNF-α e o fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) (THEOHARIDES et al., 2007). A histamina causa vasodilatação e um aumento na permeabilidade vascular, promovendo uma resposta edematogênica em poucos minutos, além de estimular fibras nervosas sensitivas através de mecanismos H1-dependentes que resulta em prurido (BRAND et al., 2002). Uma das principais funções fisiopatológicas da histamina é a sua ação como mediador das reações de hipersensibilidade do tipo I, como a urticária (RANG et al., 2007; BRAND et al., 2002). O OELS e timol não foram capazes de reduzir significativamente o edema induzido por histamina, comparados ao controle negativo (salina) (p > 0,05). Esse resultado sugere que não há envolvimento do OELS e timol na inibição da histamina produzida na ação edematogênica induzida por AA, e sim na influência da produção de eicosanóides inflamatórios (PGs e LTs). Nossos resultados demostraram que, no modelo de edema de orelha crônico, como observado em doenças inflamatórias crônicas, o tratamento em dias seguidos com OELS ou timol promoveu o efeito pró-inflamatório e dano cutâneo. Eventualmente, o mecanismo de ação envolvido neste processo pode ser explicado pela envolvimento de enzimas LOX. Nas doenças crônicas, como artrite reumatóide e psoríase, há uma alteração na liberação de citocinas pró-inflamatórias (por exemplo, interleucinas), fatores de crescimento e enzimas pró-inflamatórias como COX e LOX que geram PGs e LTs, respectivamente, resultantes da infiltração de leucócitos no tecido cutâneo (células T, neutrófilos e mastócitos) (KRUEGER e BAWCOCK, 2006). 97 O estudo feito por Roschek et al. (2009) foi demonstrado que o extrato de farelo de arroz SRB-AI (apresentando timol em sua composição química) foi capaz de promover uma inibição dose-dependente da COX-1 e COX-2, e seletivamente inibiu a COX-2 10 vezes mais que a COX-1. Não foi detectada inibição da 5-LOX pelo SRB-AI. A 5-LOX catalisa a biotransformação do ácido araquidônico em hidroperóxidos de ácidos graxos, lipoxinas e leucotrienos (como LTB4), os quais estão envolvidos em processos alérgicos e dor. Sahouo et al. (2003) mostraram que a função das ciclooxigenases foi inibida pelos constituintes químicos do óleo essencial de O. gratissimum, que apresenta timol como componente majoritário (70,8 %), com IC50 de 125 µg/mL. Elhabazi et al. (2006) demonstraram que os extratos Thymus broussonetti (rico em timol) foram capazes de aumentar o número de neutrófilos, linfócitos totais, linfócitos T CD4 +, CD8 + e células NK. Os neutrófilos são células importantes na defesa do hospedeiro contra microorganismos invasores, através da fagocitose, da degranulação e da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), sendo que esta última é decorrente da ativação do metabolismo oxidativo dos neutrófilos. As ROS produzidas, tais como HO., NO, H2O2, que são essenciais para eliminar os microrganismos fagocitados, podem ser liberadas para o meio extracelular e causar lesões aos tecidos do hospedeiro (KABEYA, 2002). O estímulo da liberação de eicosanóides (através da 5-LOX) e citocinas, como IL-1 e TNF-α ativa neutrófilos e macrófagos, aumentando a produção e liberação de ROS, as quais têm sido relacionados ao dano tecidual local observado no modelo de edema de orelha crônico induzido por OC. Diante disso, um possível mecanismo de ação anti-inflamatória (edema agudo de orelha) do óleo essencial de L. sidoides e do timol, pode estar associado às enzimas COX, como demonstrado nos modelo de AA e fenol. No entanto, o efeito pró-inflamatório observado no edema crônico da orelha pode ser relacionado pelo aumento da atividade da enzima 5-LOX na biotransformação do AA em hidroperóxidos de ácidos graxos, lipoxinas e leucotrienos os quais induzem a formação de ROS pelos polimorfonucleares. Os resultados são relevantes e promissores e sugerem que o timol é o composto responsável pelas atividades biológicas observadas pelo óleo essencial dessa espécie. 98 CONCLUSÕES ______________________________________________ 99 6 CONCLUSÕES A composição química do óleo essencial de L. sidoides é caracterizada por conter o timol o componente majoritário, apresentando 84,9% da composição química, que está em conformidade com outros trabalhos relatados para essa espécie. A atividade antibacteriana e antifúngica verificada pelo OELS parece ser determinada pela presença do timol, pois os mesmos apresentaram os mesmos valores de Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente aos microrganismos testados, sendo mais relevantes frente à Staphylococcus aureus ATCC 12624, Candida albicans ATCC 40006 e Candida tropicalis ATCC 40042. Foi observado sinergismo com aminoglicosídeos e ß- lactâmicos quando os mesmos foram associados ao OELS e timol, por contato direto, frente a algumas bactérias. Os componentes voláteis do óleo e o timol foram capazes de interferir na atividade de aminoglicosídeos por contato gasoso, potencializando a ação desses antibióticos. Por outro lado, a associação entre o OELS ou timol com o fluconazol frente a espécies de Candida não foi capaz de interferir na atividade antifúngica. O OELS e timol são capazes de reduzir in vitro as UFC em biofilmes de E. faecalis (tempo de maturação de 72 horas) no tempo de contato de 30 e 60 minutos em concentrações de 2,5 e 10%, não havendo diferenças estatísticas entre a ação antimicrobiana dos mesmos. A aplicação tópica de OELS e timol (2 mg/orelha), demonstrou eficácia na redução do edema induzido por ácido araquidônico e fenol. Possivelmente sua ação pode estar relacionada à redução da produção de mediadores pro – inflamatórios, por inibição da COX. Além disso, não houve diferença estatística entre a atividade antiedematogênica do OELS e timol. 100 REFERÊNCIAS ______________________________________________ 101 7 REFERÊNCIAS ABAD, M.J.; SANCHEZ, S.; BERMEJO, P.; VILLAR, A.; CARRASCO, L. Antiviral activity of some South American medicinal plants. Phytotherapy Research, v. 13, n. 2, p. 142-146, 1999. ABDULLAH, M.; NG, Y.L.; GULABIVALA, K.; MOLES, D.R.; SPRATT, D.A. Susceptibilties of two Enterococcus faecalis phenotypes to root canal medications. Journal of Endodontics, v. 31, n. 1, p. 30-36, 2005. ABENA, A. A.; ATIPO-EBATA, J. K.; HONDI-ASSAH, T.; DIATEWA, M. Physchopharmacological properties of crude extract and essential oil of Lippia multiflora. Fitoterapia, v. 74, p. 231-236, 2003. ADAMS, R. P. Identification of Essential Oil Components by Gas Chromatography/ Quadrupole Mass Spectroscopy. Carol Stream, Illinois: Allured Publishing Corporation, 2001. AGUIAR, J.S.; COSTA, M.C.C.D.; NASCIMENTO, S.C.; SENA, K.X.F.R. Atividade antimicrobiana de Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 18, n. 3, p. 436-440, 2008. AHMAD, A.; KHAN, A.; YOUSUF, S.; KHAN, L.A.; MANZOOR, N. Proton translocating ATPase mediated fungicidal activity of eugenol and thymol. Fitoterapia, v. 81, p. 1157– 1162, 2010. AJAIYEOBA, E.O.; ABIODUN, O.O.; FALADE, M.O.; OGBOLE, N.O.; ASHIDI, J.S.; HAPPI, C.T.; AKINBOYE, D.O. In vitro cytotoxicity studies of 20 plants used in Nigerian antimalarial ethnomedicine. Phytomedicine, v. 13, n. 4, p. 295-298, 2006. AL-BAYATI, F. Synergistic antibacterial activity between Thymus vulgaris and Pimpinella anisum essential oils and methanol extracts. Journal of Ethnopharmacology, v. 116, n. 3, p. 403-406, 2008. AL- SHUNEIGAT, J.; COX, S.D.; MARKHAM, J.L. Effects of a topical essential oilcotaining formulation on biofilm-forming coagulase-negative staphylococci. Letters in Applied Microbiology, v. 41, n. 1, p. 52-55, 2005. ALENCAR, J. W.; CRAVEIRO, A. A.; MATOS, F. J. A. Kovats indices as a preselection routine in mass spectra library search of volatiles. Journal of Natural Products, v. 47, n. 5, p. 890-892, 1984. ALENCAR, J. W.; CRAVEIRO, A. A.; MATOS, F. J. A.; MACHADO, M. I. L. Kovats indices simulation in essential oils analysis. Química Nova, v. 13, n. 4, p. 282-284, 1990. ALMEIDA, A.C.; SOBRINHO, E.M.; PINHO, L.; SOUZA, P.N.S.; MARTINS, E.R.; DUARTE, E.R.; SANTOS, H.O.; BRANDI, I.V.; CANGUSSU, A.S.; COSTA, J.P.R. Toxicidade aguda dos extratos hidroalcoólicos das folhas de alecrim-pimenta, aroeira e 102 barbatimão e do farelo da casca de pequi administrados por via intraperitoneal. Ciência Rural, v. 40, n. 1, p. 1-4, 2010b. ALMEIDA, L.S.B. Atividade antimicrobiana dos extratos da Rheedia brasiliensis e potencial anticárie do seu composto bioativo. Dissertação (Mestrado em Odontologia). Universidade Estadual de Campinas, 2008. ALMEIDA, M.C; ALVES; LA; SOUZA, L.G.S.; MACHADO, L.L.; MATOS, M.C.; OLIVEIRA, M.C.F.; LEMOS, T.L.G . Flavonóides e outras substâncias de Lippia sidoides e suas atividades antioxidantes. Química Nova, v. 33, n. 9, 2010a. ALSAIMARY, I. Efficacy of some antibacterial agents against Streptococcus mutans associated with tooth decay. The Internet Journal of Microbiology, v. 7, n. 2, 2009. ALVES, M.C.S.; MEDEIROS FILHO, S.; INNECCO, R.; TORRES, S.B. Alelopatia de extratos voláteis na germinação de sementes e no comprimento da raiz de alface. Pesquisa agropecuária brasileira, v. 39, n. 11, p. 1083-1086, 2004. AMIN, G.; SOURMAGHI, M.H.S.; ZAHEDI, M.; KHANAVI, M.; SAMADI, N. Essential oil composition and antimicrobial activity of Oliveria decumbens. Fitoterapia, v. 76, n. 3, p. 704-707, 2005. ANDERSON, J.B. Evolution of antifungal-drug resistance: mechanisms and pathogen fitness. Nature Reviews Microbiology, v. 3, p. 547–556, 2005. ANDRIGHETTI-FROHNER, R.; SINCERO, T.C.M.; SILVA, A.S.; SAVI, L.A.; GAIDO, C.M.; BETTEGA, J.M.R.; MANCINI, M.; ALMEIDA, M.T.R.; BARBOSA, R.A.; FARIAS, M.R.; BARARDI, C.R.M.; SIMÕES, C.M.O. Antiviral evaluation of plants from Brazilian Atlantic Tropical Forest. Fitoterapia, v. 76, p. 374–378, 2005. ANTUNES, A.L.S.; PEREZ, L.R.R.; REITER, K.C.; SECCHI, C.; FREITAS, A.L.P. Detecção da Produção de Biofilme em Staphylococcus spp. por Agar Congo Red. Revista de Saúde da UCPEL, v. 1, n. 1, 2007. ARIAS-MOLIZ, M.T.; FERRER-LUQUE, C.M.; ESPIGARES-GARCÍA, M.; BACA, P. Enterococcus faecalis biofilms eradication by root canal. Journal of Endodontics, v. 35, n. 5, p. 711-714, 2009. ARTHUR, H.; JOUBERT, E.; DE BEER, D.; MALHERBE, C.J.; WITTHUHN, R.C. Phenylethanoid glycosides as major antioxidants in Lippia multiflora herbal infusion and their stability during steam pasteurization of plant material. Food Chemistry, v. 127, n. 2, p. 581588, 2011. ASHOKKUMAR, D.; THAMILSELVAN, V.; SENTHILKUMAR, G.P.; AZUMDER, U. K.; GUPTA, M. Antioxidant and free radical scavenging effects of Lippia nodiflora. Pharmaceutical Biology, v. 46, p. 762-771, 2010. ASHWELL, J.D.; LU, F.W.; VACCHIO, M.S. Glucocorticoids in T cell development and function. Annual Review of Immunology., v. 169, p. 309-245, 2000. 103 BAKKALI, F.; AVERBECK, S.; AVERBECK, D.; IDAOMAR, M. Biological effects of essential oils: a review. Food and Chemical Toxicology, v. 46, n. 2, p. 446-475, 2008. BALDASSARRI, L.; CRETI, R.; MONTANARO, L.; OREFICI, G.; ARCIOLA, C.R. Pathogenesis of implant infections by enterococci. The International Journal of Artificial Organs, v. 28, p. 1101-1109, 2005. BASSOLE, I. H. N.; QUATTARA, A. S.; NEBIE, R.; QUATTARA, C. A.; KABORE, Z. I.; TRAORE, S. A. Chemical composition and antibacterial activities of the essential oils of Lippia chevalieri and Lippia multiflora from Burkina Faso. Phytochemistry, v. 62, p. 209212, 2003. BASTOS, G.M. Uso de preparações caseiras de plantas medicinais utilizadas no tratamento de doenças infecciosas. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas)Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2007. BAUER, K.; GARBE, D. Common Fragrance and Flavor Materials. Preparation, Properties and Uses. 4ª ed., Wiley-VCH Verlag VmgB, 2001. BHAVANANI, S.M.; BALLOW, C.H. New agents for Gram-positive bacteria. Current Opinion in Microbiology, v.13, p. 528-534, 1992. BOTELHO, M. A.; RAO, V. S.; CARVALHO, C. B. M.; BEZERRA FILHO, J. G.; VALE, M. L.; MONTENEGRO, D.; CUNHA, R. A., BRITO, G. A. Lippia sidoides and Myracrodruon urundeuva gel prevents alveolar bone resorption in experimental periodontitis in rats. Journal of Ethnopharmacology, v.113, p. 471-478, 2007a. BOTELHO, M. A.; RUELA, R. S.; MONTENEGRO, D.; COSTA, J. G. M.; SANTOS,J. A.; FRANÇA, M. C Antimicrobial activity of the essential oil from Lippia sidoides, carvacrol and thymol against oral pathogens. Brazilian Journal of Medical Biology Research On Line, v.40, n.3, p.349-356, 2007b. BOTELHO, M.A.; DOS SANTOS, R.A.; MARTINS, J.G.; CARVALHO, C.O.; PAZ, M.C.; AZENHA, C.; RUELA, R.S.; QUEIROZ, D.B.; RUELA, W.S.; MARINHO, G.; RUELA, F.I. Comparative effect of an essential oil mouthrinse on plaque, gingivitis and salivary Streptococcus mutans levels: a double blind randomized study. Phytotherapy Research, v. 23, n. 9, p. 1214-1219, 2009. BOUCLIER, M.; CAVEY, D.; KAIL, N.; HENSBY, C. Experimental models in skin pharmacology. Pharmacological Reviews, v. 42, p. 127-154, 1990. BOWDEN, J.R.; ETHUNANDAN, M.; BRENNAN, P.A. Life-threatening airway obstruction secondary to hypochlorite extrusion during root canal treatment. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology & Endodontics, v. 101, p. 402-404, 2006. BRAGA, P.C.; CULICI, M.; ALFIERI, M.; DAL SASSO, M. Thymol inhibits Candida albicans biofilm formation and mature biofilm. International Journal of Antimicrobial Agents, v. 31, n. 5, p. 472-477, 2008. 104 BRAND, C.; TOWNLEY, S.L.; FINLAY-JONES, J.J.; HART, P.H. Tea tree oil reduces histamine-induced edema in murine ears. Inflammation Research, v.51, p. 283- 289, 2002. BRANDÃO, A. D. Citogenética comparativa dos gêneros Lippia, Lantana e Aloysia (Lamiales). 2003. Tese (Doutorado em Biologia Celular e Estrutural).Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2003. BRUNETON, J. Pharmacognosy phytochemistry medicinal. In: BRUNETON, J. Terpenoids and steroids essential oils. 2. Ed. Londres: Lavoisier, p. 405-426, 1995. BRUNO, M.; CIRIMINNA, R.; PIOZZI, F.; ROSSELLI, S.; SIMMOND, M.S.J. Antifeedant activity of neo-clerodane diterpenoids from Teucrium fruticans and derivatives of fruticolone. Phytochemistry, v. 52, n. 6, p. 1055-1058, 1999. BURT, S. Essential oils: their antibacterial properties and potential applications in foods--a review. International Journal of Food Microbiology, v. 94, n. 3, p. 223-253, 2004. BUSH, K. The impact of ß -lactamases on the development of novel antimicrobial agents. Current opinion in investigational drugs, v. 3, 1284–1290, 2002. BUTTLER, M.S.; BUSS, A.D. Natural products - the future scaffolds for novel antibiotics? Biochemical Pharmacology, v. 71, p. 919-929, 2006. BUYUKLEYLA, M.; RENCUZOGULLARI, E. The effects of thymol on sister chromatid exchange, chromosome aberration and micronucleus in human lymphocytes. Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 72, p. 943–947, 2009. CÁCERES, A.; ÁLVAREZ, A.V.; OVANDO, A.E.; SAMAYOA, B.E. Plants used in Guatemala for the treatment of respiratory diseases. 1. Screening of 68 plants against Grampositive bacteria. Journal of Ethnopharmacology, v. 31, n. 2, p. 193-208, 1991. CAETANO, N.; SARAIVA, A.; PEREIRA, R.; CARVALHO, D.; PIMENTEL, M. C. B., MAIA, M. B. S. Determinação de atividade antimicrobiana de extratos de plantas de uso popular como antiinflamatório. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 12, p. 132-135, 2002. CALIXTO, J.B. Biodiversidade como fonte de medicamentos. Ciência e Cultura, v. 5, n. 3, p. 37-39, 2003. CAMP, R.D. Prostaglandins, hydroxyl fatty acids, leukotrienes and inflammation of the skin. Clinical Experimental Dermatology, v. 7, n. 4, p. 435-344, 1982. CAMURÇA-VASCONCELOS, A. L. F.; BEVILAQUA, C. M. L.; MORAIS, S. M.; MACIEL, M. V.; MACEDO, I. T. F.; OLIVEIRA, L. M. B.; BRAGA, R. R.; VIEIRA, L. S. Anthelmintic activity of Croton zehntneri and Lippia sidoides essential oils. Veterinary Parasitology, v. 148, p. 288-294, 2007. CÂNDIDO, C.S.; PORTELLA, C.S.A.; LARANJEIRA, B.J.; SILVA, S.S.; ARRIAGA, A.M.C.; SANTIAGO, G.M.P.; GOMES, G.A.; ALMEIDA, P.C.; CARVALHO, C.B.M. Effects of Myrcia ovata Cambess. essential oil on planktonic growth of gastrointestinal 105 microorganisms and biofilm formation of Enterococcus faecalis. Brazilian Journal of Microbiology, v. 41, p. 621-627, 2010. CARVALHO, A.F.U.; MELO, V.M.M.; CRVEIRO, A.A.; MACHADO, M.I.L.; BANTIM, M.B.; RABELO, E.F. Larvicidal activity of the essential oil from Lippia sidoides Cham. against Aedes aegypti. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 98, p. 569-571, 2003. CARVALHO, J.C.T. Constituintes de plantas com atividade antiinflamatória. In: Fitoterápicos antiinflamatórios: Aspectos químicos, farmacológicos e aplicações terapêuticas. São Paulo: Tecmedd, 2004. CARVALHO, J.C.T.; CASCON, V.; POSSEBON, L.S.; MORIMOTO, M.S.S.; CARDOSO, L.G.V.; KAPLAN, M.A.C.; GILBERT, G. Topical antiinflammatory and analgesic activities of Copaifera duckei Dwyer. Phytotherapy Research, v. 19, p. 946-950, 2005. CARLSON, R.P.; O‟NEILL-DAVIS, L.; CHANG, J.; LEWIS, A. Modulation of mouse ear oedema by cyclooxygenase and lipoxygenase inhibitors and other pharmacologic agents. Agents and Actions, v. 17, n. 2, p. 197-206, 1985. CASAL, M.; VAQUERO, M.; RINDER, H.; TORTOLI, E.; GROSSET, J.; RUSCHGERDES, S.; GUTIERREZ, J.; JARLIER, V. A Case-Control Study for Multidrug-Resistant Tuberculosis: Risk Factors in Four European Countries. Microbial Drug Resistance, v. 11, p. 62–67, 2005. CAVALCANTI, S.C.H.; NICULAU, E.S; BLANK, A.F.; CÂMARA, C.A.G.; ARAÚJO, I.N.; ALVES, P.B. Composition and acaricidal activity of Lippia sidoides essential oil against two-spotted spider mite (Tetranychus urticae Koch). Bioresource Technology, v. 101, p. 829–832, 2010. CÁVAR, S.; MAKSIMOVIC, M.; ŠOLIC, M.E.; JERKOVIC-MUJKIC, A.; BEŠTA, R. Chemical composition and antioxidant and antimicrobial activity of two Satureja essential oils. Food Chemistry, v. 111, p. 648–653, 2008. CHANG, Y.; TAI, K.; HUANG, F.; HUANG, M. Citotoxic and nongenotoxic effects of phenolic compounds in human pulp cell cultures. Journal of Endodontics, v. 26, n. 8, p. 440443, 2000. CHUNG, J.Y.; CHOO, J.H.; LEE, M.H.; HWANG, J.K. Anticariogenic activity of macelignan isolated from Myristica fragrans (nutmeg) against Streptococcus mutans. Phytomedicine, v. 13, p. 261–266, 2006. CLARKSON, C.; MAHARAJ, V.J.; CROUCH, N.R.; GRACE, O.M.; PILLAY, P.; MATSABISA, M.G.; BHAGWANDIN, N.; SMITH, P.J.; FOLB, P.I. In vitro antiplasmodial activity of medicinal plants native to or naturalized in South Africa. Journal of Ethnopharmacology, v. 92, n. 2-3, p. 177-191, 2004. CLSI- Clinical and Laboratory Standards Institute. Methods for Dilution Antimicrobial Susceptibility Tests for bacteria that grow aerobically. 6. ed. Wayne, PA: NCCLS Approved Standard M7-A6, 2003. 106 COBURN, P.S.; GILMORE, M.S. The Enterococcus faecalis cytolysin: a novel toxin active against eukaryotic and prokaryotic cells. Cellular Microbiology, v. 5, p. 661-669, 2003. COLLINS, T. Acute and chronic inflammation. In: CONTRAN, R.S.; KUMAR, V.; COLLINS, T.; ROBBINS. Pathologic basis of disease. Philadelphia: WB Saunders Company, 1999. CORRIVEAU, M.N.; ZHANG, N.; HOLTAPPELS, G.; VAN ROY, N.; BACHERT, C. Detection of Staphylococcus aureus in nasal tissue with peptide nucleic acid-fluorescence in situ hybridization. The American Journal of Rhinology & Allergy, v. 23, n. 5, p. 461-465, 2009. COSTA, J. G. M; RODRIGUES, F. F. G; ANGÉLICO, E. C; SILVA, M. R; MOTA, M. L; SANTOS, N. K. A; CARDOSO, A. L. H; LEMOS, T. L. G. Estudo químico-biológico dos óleos essenciais de Hyptis martiusii, Lippia sidoides e Syzigium aromaticum frente às larvas do Aedes aegypti. Revista brasileira de farmacognosia, v. 15, n. 4, p. 304-309, 2005. COSTA, J.G.M.; RODRIGUES, F.F.; SILVA, M.R.; CAMPOS, A.R.; LEMOS, T.L.; LIMA, S.G. Chemical composition, antibacterial and larvicidal activities of Zanthoxylum rhoifolium Lam fruits essential oil. Journal of Essential Oil Bearing Plants, v. 11, p. 571-576, 2008. COSTA, M.C.C.D.; AGUIAR, J.S.; NASCIMENTO, S.C. Atividade citotóxica de extratos brutos de Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae). Acta Farmaceutica Bonaerense, v. 23, n. 3, p. 349-352, 2004. COSTA, S.M.O.; LEMOS, T.L.G.; PESSOA, O.D.L.; CARLOS, A.J.; BRAZ-FILHO, R. Constituintes químicos de Lippia sidoides (Cham.) Verbenaceae. Revista brasileira de farmacognosia, v.12, p. 66-67, 2002. COSTA, S.M.O.; LEMOS, T.L.G.; PESSOA, O.D.L.; PESSOA, C.; MONTENEGRO, R.C.; BRAZ-FILHO, R. Chemical constituents from Lippia sidoides and cytotoxic activity. Journal of Natural Products, v. 64, n. 6, p. 792–795, 2001. COSTERTON, J.W.; STEWART, P. S.; GREENBERG, E.P. Bacterial biofilms: a common cause of persistent infections. Science, v. 284, p. 1318-1322, 1999. COTRAN, R. S.; KUMAR, V.; COLLINS, T. (Trad. Barbosa, J. B.; De Vasconcelos, M. M.; Voeux, P. J.); Robbins – Patologia Estrutural e Funcional, 6ª ed., Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2000. COUTINHO, H. D. M.; COSTA, J. G. M.; LIMA, E. O.; FALCAO-SILVA, V. S.; SIQUEIRA-JUNIOR, J. P. In vitro interference of Momordica charantia and chlorpromazine in the resistance to aminoglycosides. Pharmaceutical Biology, v. 47, n. 11, p. 1056-1059, 2009. COUTINHO, H.D.M.; COSTA, J.G.M.; SIQUEIRA-JÚNIOR, J.P.; LIMA, E.O. In vitro antistaphylococcal activity of Hyptis martiusii Benth against methicillin-resistant Staphylococcus aureus - MRSA strains. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 18, p. 670-675, 2008. 107 COWAN, M. M. Plant products as antimicrobial agents. Clinical Microbiology Reviews, v. 12, n. 4, p. 564-82, 1999. CRAVEIRO, A.A.; ALENCAR, J.W.; MATOS, F.J.A.; ANDRADE, C.H.S.; MACHADO, M.I.L. Essential oils from Brazilian Verbenaceae genus Lippia. Journal of Natural Products, v. 44, p. 598–601, 1981. CRUMMEY, A., HARPER, G. P., BOYLE, E. A., MANGAN, F. R. Inhibition of arachidonic acid-induced ear edema as a model for assessing topical antiinflammatory compounds. Agents Actions, v. 20, p. 69-76, 1987. CUNHA, M.A.; BARROS, F.M.C.; GARCIA, L.O.; VEECK, A.P.L.; HEINZMANN, B.M.; LORO, V.L.; NA EMANUELLI, T.; BALDISSEROTTO, B. Essential oil of Lippia alba: A new anesthetic for silver catfish, Rhamdia quelen. Aquaculture, v. 306, n. 1-4, p. 403-406, 2010. DAFERERA, D.J.; ZIOGAS, B.N.; POLISSIOU, M.G. GC-MS analysis of essential oils from some Greek aromatic plants and their fungitoxicity on Penicillium digitatum. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 48, p. 2576–2581, 2000. DAFERERA, D.J.; ZIOGAS, B.N.; POLISSIOU, M.G. The effectiveness of plant essential oils on the growth of Botrytis cinerea, Fusarium sp. and Clavibacter michiganensis subsp.michiganensis. Crop Protection, v. 22, p. 39-43, 2003. DALLEAU, S.; CATEAU, E.; BERGES, T.; BERJEAUD, J.; IMBERT, C. In vitro activity of terpenes against Candida biofilms. International Journal of Antimicrobial Agents, v. 31, p. 572–576, 2008. DAMASCENO, E.I.T.; SILVA, J.K.R.; ANDRADE, E.H.A.; SOUSA, P.J.C.; MAIA, J.G.S. Antioxidant capacity and larvicidal activity of essential oil and extracts from Lippia grandis Schauer, Verbenaceae. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 21, n. 1, p. 78-85, 2011. DAMBOLENA, J.S.; ZYGADLO, J.A.; RUBINSTEIN, H.R. Antifumonisin activity of natural phenolic compounds: A structure-property-activity relationship study. International Journal of Food Microbiology, v. 145, n. 1, p. 140-146, 2011. DAVID, J.P.; MEIRA, M.; DAVID, J.M.; BRANDÃO, H.N.; BRANCO, A.; AGRA, M.F.; BARBOSA, M.R.V.; QUEIROZ, L.P.; GIULIETTI, A.M. Radical scavenging, antioxidant and cytotoxic activity of Brazilian Caatinga plants. Fitoterapia, v. 78, n. 3, p. 215-218, 2007. DE BERNARDIS, L.; LEONARDI, G.; CARUSO, A.; CUTULI, V.M.; ARNICO-ROXAS, M. Protective effects of papaverine salicylate in mouse ear dermatitis and PAF-induced rat paw edema. Agents Actions, v. 42, n. 1-2, p. 29-33, 1994. DELGADO, B.; FERNANDEZ, P.B.; PALOP, A.; PERIAGO, P.M. Effect of thymol and cymene on Bacillus cereus vegetative cells evaluated through the use of frequency distributions. Food Microbiology, v. 21, p. 327–334, 2004. 108 DEY, B.; ENGLEY, F.B. Methodology for recovery of chemically treated Staphylococcus aureus with neutralizing medium. Applied and Environment Microbiology, v.45, n.5, p. 1533-1537, 1983. DI STASI, L.C. Plantas Medicinais: arte e ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo: UNESP, 1996. DI STASI, L.C.; OLIVEIRA, G.P.; CARVALHAES, M.A.; QUEIROZ-JUNIOR, M.; TIEN, O.S.; KAKINAMI, S.H. Medicinal plants popularly used in Brazilian Tropical Atlantic Forest. Fitoterapia, v. 73, p. 69-91, 2002. DIMAYUGA, R.E.; KEER GARCIA, S. Antimicrobial screening of medicinal plants from Baja California Sur, Mexico. Journal of Ethnopharmacology, v. 31, p. 181–192, 1991. DORMAN, H.J.D; DEANS, S.G. Antimicrobial agents from plants: antibacterial activity of plant volatile oils. Journal of Applied Microbiology, v. 88, p. 306-318, 2000. DUARTE, M.C.T.; FIGUEIRA, G. L.; SARTORATTO, A.; REHDER, V.L.G.; DELARMELINA, C. Anti-Candida activity of Brazilian medicinal plants. Journal of Ethnopharmacology, v. 97, p. 305–311, 2005. ELASRI, M. O.; MILLER, R.V. Study of the response of a biofilm bacterial community to UV radiation. Applied and Environmental Microbiology, v. 65, n. 5, p. 2025-2031, 1999. ELHABAZI, K.; DICKO, A.; DESOR, F.; DALAL, A.; YOUNOS, C.; SOULIMANI, R. Preliminary study on immunological and behavioural effects of Thymus broussonetii Boiss., an endemic species in Morocco. Journal of Ethnopharmacology, v. 103, n. 3, p. 413-419, 2006. ELIAS, P.M. The skin barrier as Immunopathology, v. 29, p. 3-14, 2007. an innate immune element. Seminars in ENOMOTO, S.; ASANO, R.; IWAHORI, Y.; NARUI, T.; OKADA, Y.; SINAB, ANB. Hematological studies on Black cumin oil from the seeds of Nigella sativa L. Biological & Pharmaceutical Bulletin, v. 24, p. 307-310, 2001. ENRIGHT, M.C.; ROBINSON, D.A.; RANDLE, G.; FEIL, E.J.; GRUNDMANN, H.; SPRATT, B.G. The evolutionary history of methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA). Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 99, n. 11, p. 7687–7692, 2002. ESTEVAM, C.S.; CAVALCANTI, A.M.; CAMBUI, E.V.F.; ARAÚJO NETO, V.; LEOPOLDO, P.T.G.; FERNANDES, R.P.M.; ARAUJO, B.S.; PORFÍRIO, Z.; SANT'ANA, A.E.G. Perfil fitoquímico e ensaio microbiológico dos extratos da entrecasca de Maytenus rigida Mart. (Celastraceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 19, p. 299-303, 2009. FARAG, R.S.; DAW, Z.Y.; ABO-RAYA, S.H. Influence of some spice essential oils on Aspergillus parasiticus growth and production of aflatoxins in a synthetic medium. Journal of Food Science, v. 54, n. 1, p. 74-76, 1989. 109 FERRAREZE, M.V.G.; LEOPOLDO, V.C.; ANDRADE, D.; SILVA, M.F.I.; HAAS, V. J. Pseudomonas aeruginosa multiresistente em unidade de cuidados intensivos: desafios que procedem?Acta Paulista de Enfermagem, v. 20, n. 1, p. 7-11, 2007. FERREIRA, P; SOARES, G.L.G.; D‟ÁVILA, S.; BESSA, E.C.A. The influence of caffeine and thymol on the survival, growth and reproduction of Subulina octona (Brugüière,1789) (Mollusca, Subulinidae). Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 52, n. 4, p. 945952, 2009. FERREIRA, S.H.; LORENZETTI, B.B.; POOLE, S. Bradykinin initiates cytokine-mediated inflammatory hiperalgesia. British Journal of Pharmacology, v. 110, p. 1227, 1993. FICA, C.A. Tratamiento de infecciones fúngicas sistêmicas. Primera parte: fluconazol, itraconazol y voriconazol. Revista Chilena de Infectologia, v. 21, n. 1, p. 26-38, 2004. FONTENELLE, R. O. S.; MORAIS, S. M.; BRITO, E. H. S.; KERNTOPF, M. R.; BRILHANTE, R. S. N.; CORDEIRO, R. A.; TOMÉ, A. R.; QUEIROZ, M. G. R., MASCIMENTO, N. R. F.; SIDRIM, J. J. C., ROCHA, M. F. G. Chemical composition, toxicological aspects and antifungal activity of essential oil from Lippia sidoides Cham. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 59, p. 934-940, 2007. FREITAS, V.R.; SAND, S.T.; SIMONETTI, A.B. Formação in vitro de biofilme por Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus na superfície de canetas odontológicas de alta rotação. Revista de Odontologia da UNESP, v. 39, n. 4, p. 193-200, 2010. FURUMURA, M.T.; FIGUEIREDO. P.M.S.; CARBONELL, G.V.; DARINI, A.L.C.; YANO, T. Virulence-associated characteristics of Enterococcus faecalis strains isolated from clinical sources. Brazilian Journal of Microbiology, v. 37, p. 230-236, 2006. GÁBOR, M. Mouse ear inflammation models and their pharmacological applications. Budapeste: Akadémiai Kiadó, 2000. GARCÍA, D.A.; BUJONS, J.; VALE, C.; SUÑOL, C. Allosteric positive interaction of thymol with the GABAA receptor in primary cultures of mouse cortical neurons. Neuropharmacology, v. 50, n. 1, p. 25-35, 2006. GARCIA, R.; ALVES, E.S.S.; SANTOS, M.P.; QUIJE, G.M.F.; FERNANDES, A.A.R.; SANTOS, R. B. Antimicrobial activity and potential use of monoterpenes as tropical fruits preservatives. Brazilian Journal of Microbiology, v. 39, n. 1, p. 163-168, 2008. GARCIA-PIÑERES, A.J.; CASTRO, V.; MORAES, G.; SCHMIDT, T.J.; STRUNCK, E.; PAHL, H.L.; MERFORT, I. Cysteine 38 in p65/NF-kB plays a crucial role in DNA binging inhibition by sesquiterpene lactones. The Journal of Biological Chemistry, v. 276, p. 3971339720, 2001. GASQUET, M.; DELMAS, F.; TIMON-DAVID, P.; KEITA, A.; GUINDO, M.; KOITA, N.; DIALLO, D.; DOUMBO, O. Evaluation in vitro and in vivo of a traditional antimalarial, „Malarial-5‟. Fitoterapia, v. 64, p. 423–426, 1993. 110 GHANNOUM, M.A.; KUHN, D.M. Voriconazole. Better chances for patients with invasive mycosis. European Journal of Medical Research, v. 7, p. 242-256, 2002. GILBERT, B.; FERREIRA, J.L.P.; ALVES, L.F. Monografia de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, p.78-89, 2005. GILBERT, D.N. Aminoglycosides. In: Mandell, G.L., Bennett, J.E., Dolin, R., ed. Principles and practice of infectious diseases. 4 ed. New York:Churchill Livingstone. P 279-306, 1995. GIORDANI, R.; REGLI, P.; KALOUSTIAN, J.; MIKAIL, C.; ABOU, L.; PORTUGAL, H. Antifungal effect of various essential oils against Candida albicans. Potentiation of antifungal action of amphotericin B by essential oil from Thymus vulgaris. Phytotherapy Research, v. 18, p. 990–995, 2004. GIRÃO, V. C. C. ; NUNES-PINHEIRO, D. C. S.; MORAIS, S. M.; SEQUEIRA, J. L.; GIOSO, M. A. A clinical trial of the effect of a mouth-rinse prepared with Lippia sidoides Cham essential oil in dogs with mild gingival disease. Preventive Veterinary Medicine, v. 59, p. 95-102, 2003. GLASS, C.K.; OGAWA, S. Combinatorial roles of nuclear receptors in inflammation and immunity. Nature Reviews Immunology, v.6, p. 44-55, 2006. GOCHEV, V.K.; GIROVA, T.D. Antimicrobial activity of various essential oil against spoilage and pathogenic microorganisms isolated from meat products. Biotechnology & Biotechnological Equipment, v. 23, n. 2, p. 900-904, 2009. GOMIG, F. Topical anti-inflammatory activity of Serjania erecta Radlk (Sapindaceae) extracts. Journal of Ethnopharmacology, v. 118, p. 220-24, 2008. GONZÁLES, J. Verbenaceae draft-borrador. Flora digital de La Selva, Organización para Estudios Tropicales, 2006. GÖRNEMANN, T.; NAYAL, R.; PERTZ, H. H.; MELZIG, M. F. Antispasmodic activity of essential oil from Lippia dulcis Trev. Journal of Ethnopharmacology, v.117, p. 166-169, 2008. GOTTLIEB, O. R. Modified distillation trap. Chemist Analyst, v. 49, n. 1, p. 114-116, 1960 GOVERE, J.; DURRHEIM, D.N.; DU TOIT, N.; HUNT, R.H.; COETZEE, M. Local plants as repellents against Anopheles arabiensis, in Mpumalanga Province, South Africa. Central African Journal of Medicine, v. 46, p. 213– 216, 2000. GREEN, C.A.; SHUSTER, S. Lack of effect of topical indomethacin on psoriasis. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 24, p. 381-384, 1987. GRIFFIN, S.G.; WYLLIE, S.G.; MARKHAM, J.L.; LEACH, D.N. The role of structure and molecular properties of terpenoids in determining their antimicrobial activity. Flavour and Fragrance Journal, v. 14 , p. 322–332, 1999. GUENTHER, E. The essential oils. Huntington: Krieger Publishing, 1974. 111 GUILHON, C.C.; RAYMUNDO, L.J.R.P.; ALVIANO, D.S.; BLANK, A.F.; BLANK, M.F.; MATHEUS, M.E.; CAVALCANTI, S.C.H.; ALVIANO, C.S.; FERNANDES, P.D. Characterization of the anti-inflammatory and antinociceptive activities and the mechanism of the action of Lippia gracilis essential oil. Journal of Ethnopharmacology, v.135, n. 2, p. 406-413, 2011. GUO, N.; LIU, J.; WU, X.; BI, X.; MENG, R.; WANG, X.; XIANG, H.; DENG, X.; YU, L. Antifungal activity of thymol against clinical isolates of fluconazole-sensitive and -resistant Candida albicans. Journal of Medical Microbiology, v. 58, p. 1074–1079, 2009. HANBALI, F.E.L.; AKSSIRA, M.; EZOUBEIRI, A.; GADHI, C.E.A.; MELLOUKI, F.; BENHERRAF, A.; BLAZQUEZ, A.M.; BOIRA, H. Chemical composition and antibacterial activity of essential oil of Pulicaria odora L. Journal of Ethnopharmacology, v. 99, n. 3, p. 399-401, 2005. HEINRICH, M.; RIMPLER, H.; BARRERA, N.A. Indigenous phytotherapy of gastrointestinal disorders in a lowland mixe community (Oaxaca, Mexico): Ethnopharmacologic evaluation. Journal of Ethnopharmacology, v. 36, p. 63–80, 1992. HELANDER, I.M.; ALAKOMI, H.L.; LATVA-KALA, K.; MATTILA- SANDHOLM, T.; POL, I.; SMID, E.J.; GORRIS, L.G.M.; VON WRIGHT, A. Characterization of the action of selected essential oil components on Gram-negative bacteria. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 46, 3590–3595, 1998. HOLLEY, R.A.; PATEL, D. Improvement in shelf-life and safety of perishable foods by plant essential oils and smoke antimicrobials. Food Microbiology, v. 22, n. 4, p. 273-292, 2005. HOWES MR, PERRY SL, HOUGHTON PJ. Plants with traditional uses and activities, relevant to the management of Alzheimer's disease and other cognitive disorders. Phytother Res 2003;17:1-18. HUMES, J.L.; OPAS, E.E.; BONNEY, R.J. Arachidonic acid metabolities in mouse ear edema. LEWIS, A. e CAPETOLA, R. In: Advances in Inflammations Research I. New York: Raven Press, p. 57-65, 1986. INOUYE, S.; TAKIZAWA, T.; YAMAGUCHI, H. Antibacterial activity of essential oils and their major constituents against respiratory tract pathogens by gaseous contact. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 47, n. 5, p. 565-573, 2001. JANA, S.; DEB, J.K. Molecular targets for design of novel inhibitors to circumvent aminoglycoside resistance. Current Drug Targets, v. 6, n. 3, p. 353-361, 2005. JEFFERSON, K.K. What drives bacteria to produce a biofilm. FEMS Microbiology Letters, v. 236, p. 163-173, 2004. JIROVETZ, L.; BUCHBAUER, G.; SCHMIDT, E.; DENKOVA, Z.; STOYANOVA, A. S.; NIKOLOVA, R.; GEISSLER, M. Purity, antimicrobial activities and olfactory evaluations of geraniol/nerol and various of their derivatives. Journal of Essential Oil Research, v. 19, n. 3, p. 288-291, 2007 112 JUERGENS, U.R.; DETHLEFSEN, U.; STEINKAMP, G.; GILLISSEN, A.; REPGES, R.; VETTER, H. Anti-inflammatory activity of 1,8- cineol (eucalyptol) in bronchial asthma: a double-blind placebo-controlled trial. Respiratory Medicine, v. 97, p. 250-256, 2003. JULIANO, C.; MATTANA, A.; USAI, M. Composition and in vitro antimicrobial activity of the essential oil of Thymus herba-barona Loisel growing wild in Sardinia. Journal of Essential Oil Research, v. 12, p. 516–522, 2000. KABEYA, L.M. Estudo do efeito de cumarinas simples no metabolismo oxidativo de neutrófilos de coelho: aspectos metodológicos, avaliação da atividade e da sua relação com a toxicidade e com propriedades físico-químicas dos compostos. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade de São Paulo, 2002. KALPOUTZAKIS, E.; ALIGIANNIS, N.; MENTIS, A.; MITAKU, S.; CHARVALA, C. Composition of the essential oil of two Nepata species and in vitro evaluation of their activity against Helicobacter pylori. Planta Medica, v. 67, p. 880–883, 2001. KARPANEN, T.J.; WORTHINGTON, T.; HENDRY E.R.; CONWAY, B.R.; LAMBERT, P.A. Antimicrobial efficacy of chlorhexidine digluconate alone and in combination with eucalyptus oil, tea tree oil and thymol against planktonic and biofilm cultures of Staphylococcus epidermidis. Journal of Antimicrobial Chemotheraphy, v. 62, n. 5, p. 1031–1036, 2008. KASHIWAGI, T.; PHI, N.T.L.; SAWAMURA, M. Compositional changes in yuzu (Citrus junos) steam-distilled oil and effects of antioxidants on oil quality during storage. Food Science Technology Research, v. 16, n. 1, p. 51 – 58, 2010. KIM, S.; YOON, J.; JUNG, J.W.; HONG, K.; AHN, Y.; KWON, H.W. Toxicity and repellency of origanum essential oil and its components against Tribolium castaneum (Coleoptera: Tenebrionidae) adults. Journal of Asia-Pacific Entomology, v. 13, p. 369–373, 2010. King's American Dispensatory, 1868. Disponível em: http://www.henriettesherbal.com/eclectic/kings/thymol.html. Acesso em: 01 abril 2011. KNIO, K.M.; USTA, J.; DAGHER, S.; ZOURNAJIAN, H.; KREYDIYYEH, S. Larvicidal activity of essential oils extracted from commonly used herbs in Lebanon against the seaside mosquito, Ochlerotatus caspius. Bioresource Technology, v. 99, n. 4, p. 763-768, 2008. KNOWLES, J. R.; ROLLER, S.; MURRAY, D. B.; NAIDU, A. S. Antimicrobial action of carvacrol at different stages of dual-species biofilm development by Staphylococcus aureus and Salmonella Typhimurium. Applied and Environmental Microbiology, v.71, n.2, p.797803, 2005. KOBILINSKY, A.; NAZER, A.I.; DUBOIS-BRISSONNET, F. Modeling the inhibition of Salmonella typhimurium growth by combination of food antimicrobials. International Journal of Food Microbiology, v. 115, p. 95–109, 2007. 113 KORDALI, S.; CAKIR, A.; OZER, H.; CAKMAKCI, R.; KESDEK, M.; METE, E. Antifungal. phytotoxic and insecticidal properties of essential oil isolated from Turkish Origanum acutidens and its three components, carvacrol, thymol and p-cymene. Bioresource Technology, v. 99, n. 18, p. 8788-8795, 2008. KRITISH, C.J.; LI, Y.H.; CVITHKOVITCH, D.G.; DUNNY, G.M. Esp-independent biofilm formation by Enterococcus faecalis. The Journal of Bacteriology, v. 186, p. 154-163, 2004. KRUEGER, J.G.; BAWCOCK, A. Psoriasis pathophysiology: current concepts of pathogenesis. Annual Rheumatic diseases, v. 64, p. 30-36, 2006. KUNLE, O.; OKOGUN, J.; EGAMANA, E.; EMOJEVWE, E.; SHOK, M. Antimicrobial activity of various extracts and carvacrol from Lippia multiflora leaf extract. Phytomedicine, v. 10, p. 59–61, 2003. LAHLOU, M.; BERRADA, R. Potential of essential oils in schistosomiasis control in Morocco. International Journal of Aromatherapy, v. 11, p. 87-96, 2001. LAMBERT, R. J. W.; SKANDAMIS, P. N.; COOTE, P. J.; NYCHAS, G. J. E. A study of the minimum inhibitory concentration and mode of action of oregano essential oil, thymol and carvacrol. Journal of Applied Microbiology, v. 91, n.3, p. 453 – 462, 2001. LANDUCCI, L. F.; BRANDÃO, E. H. S.; KOGA-ITO, C. Y.; JARDIM JÚNIOR, E. G.; JORGE, A.O.C. Efeitos de Coffea arabica sobre a aderência de Streptococcus mutans à superfície de vidro. Ciência odontológica brasileira, v. 6, n. 3, p. 58-64, 2003. LAPA, A.J.; SOUCCAR, C.S.; LIMA-LANDMAN, M.T.R.; CASTRO, M.S.A.; LIMA, T.C. Métodos de avaliação da atividade farmacológica de plantas medicinais. Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais. Porto Alegre: Metrópole, 2003. LAVABRE, M. Aromaterapia – A cura pelos óleos essenciais. 2. Ed. Rio de Janeiro: Record, 1992. LEBERT, I.; LEROY, S.; TALON, R. Effect of industrial and natural biocides on spoilage, pathogenic and technological strains grown in biofilm. Food Microbiology, v. 24, n. 3, p. 281-287, 2007. LEMOS, T.L.G.; MATOS, F.J.A.; ALENCAR, J.W.; CRAVEIRO, A.A.; CLARK, A.M.; MCCHESNEY, J.D. Antimicrobial activity of essential oils of Brazilian plants. Phytotherapy Research, v. 4, n. 2, p. 82–84, 1990. LEMOS, T.L.G.; MONTE, F.J.Q.; MATOS, F.J.A.; ALENCAR, J.W.; CRAVEIRO, A.A.; BARBOSA, R.C.S.B.; LIMA, E.O. Chemical composition and antimicrobial activity of essential oils from Brazilian plants. Fitoterapia, v. 63, p. 266–268, 1992. LEVINSON, W.; JAWETZ, E. Microbiologia Médica e Imunologia. 7. ed. São Paulo: Artmed, 2005. 114 LEWIS, K.; LOMOVSKAYA, O. Drug efflux. In: Lewis, K.,Salyers, A., Taber, H., Wax, R. (Eds.), Bacterial Resistance to Antimicrobials: Mechanisms, Genetics, Medical Practice and Public Health. Marcel Dekker, Inc., New York, NY, pp. 61–90, 2001. LIM, H.; PARK, H.; KIM, H.P. Inhibition of contact dermatitis in animal models and suppression of proinflammatory gene expression by topically applied flavonoid, wogonin. Archives of Pharmacol Research, v. 27, n. 4, p. 442-448, 2004. LINDE, J.H.S.; COMBRINCK, T.J.C; REGNIER, S.; VIRIJEV, I.C. Chemical composition and antifungal activity of the essential oils of Lippia rehmannii from South Africa. South African Journal of Botany, v.76, p. 37–42, 2010. LO, L.C.; WEIERGANC, I.; BONHAM, C.; HIPSKIND, J.; WOOD, K.; NICHOLSON, R.I. Phytoalexin accumulation in sorghum: identification of a methyl ether of luteolinidin. Physiological and Molecular Plant Pathology, v. 49, p. 21-31, 1996. LOBO, P.L.D.; FONTELES, C.S.R.; CARVALHO, C.B.M.; NASCIMENTO, D.F.; FONSECA, S.G.C.; JAMACARU, F.V.F.; MORAES, M.E.A. Dose-response evaluation of a novel essential oil against Mutans streptococci in vivo. Phytomedicine, v. 18, n. 7, p. 551556, 2011. LOIZZO, M.R.; MENICHINI, F.; CONFORTI, F.; TUNDIS, R.; BONESI, M.; SAAB, A.M.; STATTI, G.A.; CINDIO, B.; HOUGHTON, P.J.; MENICHINI, F.; FREGA, N.G. Chemical analysis, antioxidant, antiinflammatory and anticholinesterase activities of Origanum ehrenbergii Boiss and Origanum syriacum L. essential oils. Food Chemistry, v. 117, n. 1, p. 174-180, 2009. LÓPEZ-MALO, A.; ALZAMORA, S.M.; PALOU, E. Aspergillus flavus growth in the presence of chemical preservatives and naturally occurring antimicrobial compounds. Internationl Journal of Food Microbiology, v. 99, n. 2, p. 119-128, 2005. LORAM, L.C.; FULLER, A.; FICK, L.G.; CARTMELL, T.; POOLE, S.; MITCHELL, D. Cytokine profiles during carrageenan-induced inflammatory hyperalgesia in rat muscle and hind paw. The Journal of Pain, v. 8, p. 127–136, 2007. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: Nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. MACGOWAN, P.A. Clinical implications of antimicrobial resistance for therapy. Journal of antimicrobial chemotherapy, v. 62, p. 105-114, 2008. MAHBOUBI, M.; BIDGOLI, F.G. Antistaphylococcal activity of Zataria multiflora essential oil and its synergy with vancomycin. Phytomedicine, v. 17, n. 7, p. 548-550, 2010. MALLIE, M.; BASTIDE, J.M. Composition and antimalarial activity in vitro of volatile components of Lippia multiflora. Phytochemistry, v. 40, p. 1439-1442, 1995. MANENZHE, N.J.; POTGIETER, N.; VAN REE, T. Composition and antimicrobial activities of volatile components of Lippia javanica. Phytochemistry, v. 65, p. 2333–2336, 2004. 115 MARSIK, P.; KOKOSKA, L.; LANDA, P.; NEPOVIM, A.; SOUDEK, P.; VANEK, T. In vitro inhibitory effects of thymol and quinines of Nigella sativa seeds on Ciclooxygenase-1and-2- catalyzed Prostaglandin E2 biosyntheses. Planta Medica, v. 71, p. 739-742, 2005. MATIAS, E.E.F.; SANTOS, K.K.A.; ALMEIDA, T.S.; COSTA, J.G.M.; COUTINHO, H.D.M. Enhancement of Antibiotic Activity by Cordia verbenacea DC. Latin American Journal of Pharmacy, v. 29, n. 6, p. 1049-1052, 2010. MATOS, F.J.A; OLIVEIRA, F. Lippia sidoides Cham. – farmacognosia, química e farmacologia. Revista Brasileira de Farmácia, v.70, n. 3-4 p. 84-87, 1998. MATOS. F.J.A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego de plantas usadas em fitoterapia no nordeste do Brasil. 2. Ed. Fortaleza: Imprensa Universitária/ UFC. 2000. MCDONALD, D.M.; THURSTON, G.; BALUK, P. Endothelial gaps as sites for plasma leakage in inflammation. Microcirculation, v. 6, p. 7-22, 1999. MEDEIROS, M.G.F.; SILVA, A.C.; CITÓ, A.M.G.L.; BORGES, A.R.; LIMA, S.G.; LOPES, J.A.D.; FIGUEIREDO, R.C.B.Q. In vitro antileishmanial activity and cytotoxicity of essential oil from Lippia sidoides Cham. Parasitology International, In Press, Uncorrected Proof, disponível online 2011. MENDES, S. S.; BOMFIM, A. R. R.; JESUS, H. C. R.; ALVES, P. B.; BLANK, A. F.; C.S. ESTEVAMA; ANTONIOLLI; S.M. Evaluation of the analgesic and anti-inflammatory effects of the essential oil of Lippia gracilis leaves. Journal of Ethnopharmacology, v.129, n. 4, p. 391–397, 2010. MEVY, J.P.; BESSIERE, J.M.; DHERBOMEZ, M.; MILLOGO, J.; VIANO, J. Chemical composition and some biological activities of the volatile oils of chemotype of Lippia chevalieri Moldenke. Food Chemistry, v. 101, p. 682-685, 2007. MICHIELS, J.; MISSOTTEN, J.; FREMAUT, D.; DE SMET, S.; DIERICK LIVESTOCK, N. In vitro dose–response of carvacrol, thymol, eugenol and trans-cinnamaldehyde and interaction of combinations for the antimicrobial activity against the pig gut flora. Science, v. 109, p. 157–160, 2007. MILAGRES, L.; GARCIA, D.; CASTRO, T.; TAVARES, K.; LEÃO,R.; FOLESCU, T.; HIGA, L.; MARQUES, E. Infecção pulmonar por Pseudomonas aeruginosa na fibrose cística: diagnóstico sorológico e conduta. Pediatria, v. 30, n. 1, p. 56-65, 2008. MILOS, M.; MASTELIC, J.; JERKOVIC, I. Chemical composition and antioxidant effect of glycosidically bound volatile compounds from oregano (Origanum vulgare L. ssp. hirtum). Food Chemistry, v. 71, p. 79-83, 2000. MIRANDA-NOVALES, G.; LEAÑOS-MIRANDA, B.; PÉREZ, M.Z.; SANTOS, F.S. In vitro activity effects of combinations of cephalothin, dicloxacillin, imipenem, vancomycin and amikacin against methicillin-resistant Staphylococcus spp. strains. Annals of Clinical Microbiology and Antimicrobials, v. 5, n. 25, p.1-5, 2006. 116 MOHAMED, J.A.; HUANG, D.B. Biofilm formation by enterococci. Journal of Medical Microbiology, v. 56, p. 1581-1588, 2007. MOLEYAR, V.; NARASIMHAM, P. Antifungal activity of some essential oil components. Food Microbiology, v. 3, n. 4, p. 331-336, 1986. MONTEIRO, M. V. B.; LEITE, A. K. R. M.; BERTINI, L.M.; MORAIS, S. M. , PINHEIRO, D.C.S.N. Topical anti-inflamatory, gastroprotective and antioxidants effects of the essential oil of Lippia sidoides Cham. leaves. Journal of Ethnopharmacology, v. 111, p. 378-382, 2007. MÜHLBAUER, R.C.; LOZANO, A.; PALACIO, S.; REINLI, A.; FELIX, R. Common herbs, essential oils, and monoterpenes potently modulate bone metabolism. Bone, v. 32, n. 4, p. 372-380, 2003. MURAKAWA, M.; YAMAOKA, K.; TANAKA, Y.; FUKADA, Y. Involvement of tumor necrosis factor (TNF-α) in phorbol ester 12-o-tetradecanoylphorbol-13-acetate (TPA)induced skin edema in mice. Biochemical Pharmacology, v. 71, p. 1331-1336, 2006. MURARI, A. L.; CARVALHO, F. H.; HEINZMANN, B. M.; MICHELOT T. M.; HÖRNER, R.; MALLMANN, C. A. Composição e atividade antibacteriana dos essenciais de Senecio crassiflorus var. crassiflorus. Química Nova, v. 31, n.5, p. 1081-1084, 2008. MURPHY, H.S.; WARD, P.A. Inflamação. In: RUBIN, E.; GORSTEIN, F.; RUBIN, R.; SCHWARTING, R.; STRAYER, D. Rubin, Patologia: bases clinicopatológicas da medicina. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. MURRAY, P. Microbiologia médica. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. p. 220-223. MWANGI, J.W.; ADDAE-MENSAH, I.; MURIUKI, G.; MUNAVU, R.; LWANDE, W.; HASSANALI, A. Essential oils of Lippia species in Kenya. IV. Maize weevil (Sitophilus zeamais) repellancy and larvicidal activity. International Journal of Pharmacognosy, v. 30, p. 9–16, 1992. NABAS, F.; CONTESINI, F.J.; MENIN, S.E.A.; ANTÔNIO, M.A.; BIGHETTI, A. E.; ARAÚJO, C.E.P.; CARVALHO, P.O. Antiedematous effect of oils containig the fatty acids Omega-3 and 6 in mice. Revista Brasileira de Medicina, v. 66, n. 4, p. 92-96, 2009. NAKATANI, M.; ABDELGALEIL, S. A. M.; OKAMURA, H.; IWAGAWA, T.; SATO, A.; DOE, M. Khayanolides A and B, New Rearranged Phragmalin Limonoid Antifeedants from Khaya senegalensis. Tetrahedron Letters, v. 41, n. 33, p. 6473- 6477, 2000. NASCIMENTO, G.G.F.; LOCATELLI, J.; FREITAS, P.C.; SILVA. G.L. Antibacterial acticity of plants extracts and phytochemicals on antibiotic-resistant bactéria. Brazilian Journal of Microbiology, v. 31, p. 247-256, 2000. NAZER, A.I.; KOBILINSKY, A.; THOLOZANA, J.L.; DUBOIS-BRISSONNET, F. Combinations of food antimicrobials at low levels to inhibit the growth of Salmonella sv. typhimurium: a Synergistic effect? Food Microbiology, v. 22, p. 391–398, 2005. 117 NDUMU, P. A.; GEORGE, J. B. D.; CHOUDHURY, M. K. Toxicity of neem seed oil (Azadiracta indica) against the larvae of Amblyomma variegatum a three-host tick in cattle. Phytoterapy Research, v. 13, n.6, p. 532-534, 1999. NICOLSON, K.; EVANS, G.; O'TOOLE, P. W. Potentiation of methicillin activity aganst mithicillin-resistant Staphylococcal aureus by diterpenos. FEMS Microbiology Letters, v. 179, n. 2, p. 233-239, 1999. NIKAIDO, H. Prevention of Drug Acess to Becterial Targets: Permeability Barriers and Active Efflux. Science, v. 264, p 382-388, 1994. NOSTRO, A.; BLANCO, A.R.; CANNATELLI, M.A.; ENEA, V.; FLAMINI, G.; MORELLI, I.; ROCCARO, A.S.; ALONZO, V. Susceptibility of methicillin-resistant staphylococci to oregano essential oil, carvacrol and thymol. FEMS Microbiology Letters, v. 230, p. 191-195, 2004. NOSTRO, A.; ROCCARO, A.S.; BISIGNANO, G.; MARINO, A.; CANNATELLI, M.A.; PIZZIMENTI, F.C.; CIONI, P.L.; PROCOPIO, F.; BLANCO, A.R. Effects of oregano, carvacrol and thymol on Staphylococcus aureus and Staphylococcus epidermidis biofilms. Journal of Medical Microbiology, v. 56, 519–523 2007. NOVELINO, A.M.S.; DAEMON, E.; SOARES, G.L.G. Avaliação da atividade repelente do timol, mentol, salicilato de metila e ácido salicílico sobre larvas de Boophilus microplus (Canestrini, 1887) (Acari: Ixodidae). Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 59, n. 3, p. 700-704, 2007. NUALKAEW, S.; RATTANAMANEE, K.; THONGPRADITCHOTE, S.; WONGKRAJANG, Y.; NAHRSTEDT, A. Anti-inflammatory, analgesic and wound healing activities of the leaves of Memecylon edule Roxb. Journal of Ethnopharmacology, v. 121, p. 278-281, 2009. NUNES, R.S.; LIRA, A.M.M.; LACERDA, C.M.; SILVA, D.O.B.; SILVA, J.A.; SANTANA, D.P. Obtenção e avaliação clínica de dentifrícios à base do extrato hidroalcoólico da Lippia sidoides Cham (Verbenaceae) sobre o biofilme dentário. Revista de Odontologia da UNESP, v. 35, n. 4, p. 275-283, 2006. OCAZIONEZ, R. E.; MENESES, R.; TORRES, F. A.; STASHENKO, E. Virucidal activity of Colombian Lippia essential oils on dengue virus replication in vitro. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v. 105, n. 3, p. 304-309, 2010. OESTERHELT, H.B. Dysregulation of bacterial proteolytic machinery bu a new class of antibiotics. Nature Medicine, v. 11, n. 10, p. 1082-1087, 2005. OLADIMEJI, F.A.; ORAFIDIYA, L.O.; OKEKE, I.N. Physical properties and antimicrobial activities of leaf essential oils of Lippia multiflora Moldenke. The International Journal of Aromatherapy, v. 14, p. 162-168, 2004. 118 OLIVEIRA, C.E.V.; STAMFORD, T.L.M.; NETO, N.J.G.; SOUZA, E.L. Inhibition of Staphylococcus aureus in broth and meat broth using synergies of phenolics and organic acids. International Journal of Food Microbiology, v. 137, n. 2-3, p. 312-316, 2010. OLIVEIRA, D. R.; LEITÃO, G. G.; BIZZO, H. R.; LOPES, D.; ALVIANO, D. S.; ALVIANO, C.S.; LEITÃO, S.G. Chemical and antimicrobial analyses of essential oil of Lippia origanoides H.B.K. Food Chemistry, v. 101, p. 236-240, 2007. OLIVEIRA, J.F.P.; CIPULLO, J.P.; BURDMANN, E.A. Nefrotoxicidade dos aminoglicosídios. Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, v. 21, n. 4, p. 444-452, 2006. OLIVEIRA, R.A.G.; LIMA, E. O.; VIEIRA, W.V.; FREIRE, L. K.R.; TRAJANO, V.N.; LIMA, I.O.; SOUZA, E.L.; TOLEDO, M.S.; SILVA-FILHO, R.N. Study of the interference of essential oils on the activity of some antibiotic used clinically. Brazilian Journal of Pharmacognosy, v.16, n.1, p. 77-82, 2006. OLIVERO-VERBEL, J.; GONZÁLEZ-CERVERA, T.; GÜETTE-FERNANDEZ, J.; JARAMILLO-COLORADO, B.; STASHENKO, E. Chemical composition and antioxidant activity of essential oils isolated from Colombian plants. Revista brasileira de farmacognosia, v. 20, n. 4, p. 568-574, 2010. OMENA, M. L. A. R. Ensaio etnofarmacológico de espécies vegetais com ação no sistema nervoso central originárias do bioma caatinga. Saúde e Ambiente em Revista, v. 2, n. 2, p. 92-117, 2007. OROOJALIAN, F.; KASRA-KERMANSHAHI, R.; AZIZI, M.; BASSAMI, M.R. Phytochemical composition of the essential oils from three Apiaceae species and their antibacterial effects on food-borne pathogens. Food Chemistry, v. 120, n. 3, p. 765-770, 2010. OSKAY, M.; TAMER, A. U.; AY, G.; SARI, D.; AKTAS, K. Antimicrobial activity of the leaves of Lipia triphylla (L‟Her) O. Kuntze (Verbenaceae) against bacteria and yeasts. Journal of biological sciences, v. 5, n. 5, p. 620-622, 2005. OZEN, T.; DEMIRTAS, I.; AKSIT, H. Determination of antioxidant activities of various extracts and essential oil compositions of Thymus praecox subsp. skorpilii var. skorpilii. Food Chemistry, v. 124, n. 1, p. 58-64, 2011. PARADELLA, T.C.; KOGA-ITO, C.Y. Enterococcus faecalis: considerações clínicas e microbiológicas. Revista de Odontologia da UNESP, v. 36, n. 2, p. 163-168, 2007. PASCUAL, M.E.; SLOWING, K.; CARRETERO, E.; MATA, D.S.; VILLAR, A. Lippia: traditional uses, chemistry and pharmacology: a review. Journal of Ethnopharmacology, v. 76, p. 201–214, 2001a. PASCUAL, M.E.; SLOWING, K.; CARRETERO, E.; MATA, D.S.; VILLAR, A. Antiulcerogenic activity of Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (Verbenaceae). Il Farmaco, v. 56, p. 501–504, 2001b. 119 PASCUAL. G; GLASS, C.K. Nuclear receptor versus inflammation: mechanisms of transrepression. Trends in Endocrinology and Metabolism, v. 17, p. 321-328, 2006. PAULA, H.C.B.; SOMBRA, F.M.; CAVALCANTE, R.F.; ABREU, F.O.M.S.; PAULA, R.C.M. Preparation and characterization of chitosan/cashew gum beads loaded with Lippia sidoides essential oil. Materials Science and Engineering: C, v. 31, n. 2, p. 173-178, 2011. PAULI, A. Antimicrobial properties of essential oil constituents. The International Journal of Aromatherapy, v. 11, n. 3, p. 126-133, 2001. PAVELA, R. Larvicidal property of essential oils against Culex quinquefasciatus Say (Diptera: Culicidae). Industrial Crops and Products, v. 30, p. 311–315, 2009. PÉREZ, S.; MECKES, M.; PÉREZ, C.; SUSUNAGA, A.; ZAVALA, M.A. Anti-inflamatory activity of Lippia dulcis. Journal of Ethnopharmacology, v. 102, p. 1-4, 2005. PERLIN, D.S.; SET-YOUNG, D.; MONK, B.C. The plasma membrane H+ ATPase of fungi. A candidate drug target? The New York Academy of Sciences, v. 834, p. 609–617, 2006. PESSOA, O.D.L.; CARVALHO, C.B.M.; SILVESTRE, J.O.V.L.; LIMA, M.C.L.; NETO, R.M.; MATOS, F.J.A.; LEMOS, T.L.G. Antibacterial activity of the essential oil from Lippia aff. gracillis. Fitoterapia, v. 76, p. 712–714, 2005. PHAM HUU CHANH, K. Y.; PHAM HUU CHANH, A. Comparative hypotensive effects of compounds extacted from Lippia multiflora leaves. Planta Medica, v. 54, p. 294–296, 1988. PINA-VAZ, C.; GONÇALVES RODRIGUES, A.; PINTO, E.; COSTA-DE-OLIVEIRA, S.; TAVARES, C.; SALGUEIRO, L.; CAVALEIRO, C.; GONÇALVES, M.J.; MARTINEZDE-OLIVEIRA, J. Antifungal activity of Thymus oils and their major compounds. Journal of the European Academy of Dermatology and Venerology, v. 18, n. 1, p. 73-78, 2004. PORTE, A.; GODOY, R. L. O. Alecrim (Rosmarinus officinalis L.): propriedades antimicrobiana e química do óleo essencial. Boletim do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos, v. 19, n. 2, 2001. PORTENIER, I.; HAAPASALO, H.; ORSTAVIK, D.; YAMAUCHI, M.; HAAPASALO, M. Inactivation of the antibacterial activity of iodine potassium iodide and chlorhexidine digluconate against Enterococcus faecalis by dentin, dentin matrix, type-I collagen, and heatkilled microbial whole cells. Journal of Endodontics, v. 28, p. 634-637. PRIETO, J.M.; IACOPINI, P.; CIONI, P.; CHERICONI, S. In vitro activity of the essential oils of Origanum vulgare, Satureja montana and their main constituents in peroxynitriteinduced oxidative processes. Food Chemistry, v. 104, p. 889–895, 2007. PROKSCH, E.; BRANDNER, J.M.; JENSEN, J.M. The skin: an indispensable barrier. Experimental Dermatology, v. 17, p. 1063-1072, 2008. RAMOS, A.; VISOZO, A.; PILOTO, J.; GARCIA, C.A.; RODRIGUEZ, A.; RIVERO, R. Screening of antimutagenicity via antioxidant activity in Cuban medicinal plants. Journal of Ethnopharmacology, v. 87, p. 241-246, 2003. 120 RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; FLOWER, R.J. Rang & Dale- Farmacologia. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 829p. RASOOLI, I.; FAKOOR, M.H.; YADEGARINIA, D.; GACHKAR, L.; ALLAMEH, A.; REZAEI, M.B. Antimycotoxigenic characteristics of Rosmarinus officinalis and Trachyspermum copticum L. essential oils. International Journal of Food Microbiology, v. 122, n 1-2, p. 135-139, 2008. RATES, S. M. K. Plants as source of drugs. Toxicon, v. 39, p. 603-613, 2001. RAZZAGHI-ABYANEH, M.; SHAMS-GHAHFAROKHI, M.; YOSHINARI, T.; REZAEE, M.; JAIMAND, K.; NAGASAWA, H.; SAKUDA, S. Inhibitory effects of Satureja hortensis L. essential oil on growth and aflatoxin production by Aspergillus parasiticus. International Journal of Food Microbiology, v. 123, n. 3, p. 228-233, 2008. REBELO, M.M.; SILVA, J.K.R.; ANDRADE, E.H.; MAIA, J.G.S. Antioxidant Capacity and Biological Activity of Essential Oil and Methanol Extract of Conobea scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth. Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 20, n. 6, p. 1031-1035, 2009. REGNIER, T.; COMBRINCK, S. In vitro and in vivo screening of essential oils for the control of wet bubble disease of Agaricus bisporus. South African Journal of Botany, v. 76, n. 4, p. 681-685, 2010. REGNIER, T.; PLOOY, W.; COMBRINK, S.; BOTHA, B. Fungitoxicity of Lippia scaberrima essential and select terpenoid components on two mango postharvest spoilage pathogens. Postharvest Biology and Technology, v. 48, p. 254-258, 2008. REGNIER, T; COMBRINCK,S.; PLOOY,W.; BOTHA, B. Evaluation of Lippia scaberrima essential oil and some pure terpenoid constituents as postharvest mycobiocides for avocado fruit. Biology and Technology, v. 57, n. 3, p. 176-182, 2010. REIS, F.B.; SOUZA, V.M.; THOMAZ, M.R.S.; FERNANDES, L.P.; OLIVEIRA, W.P.; MARTINIS, E.C.P. Use of Carnobacterium maltaromaticum cultures and hydroalcoholic extract of Lippia sidoides Cham. against Listeria monocytogenes in fish model systems. International Journal of Food Microbiology, v. 146, n. 3, p. 228-234, 2011. RIBEIRO, J.E.L.S; HOPKINS, M.J.G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C.A.; COSTA, M.A.S; BRITO, J.M.; SOUZA, M.A.D.; MARTINS, L.H.P.; LOHMANN, L.G.; ASSUNÇÃO, P.A.C.L.; PEREIRA, E.C.; SILVA, C.F.; MESQUITA, M.R.; PROCOPIO, L.C. Flora da Reserva Ducke: Guia de Identificação de Plantas Vasculares de uma Floresta de Terra-firme na Amazônia Central, INPA, 1999. RIOS, J.L.; RECIO, M.C. Medicinal plants and antimicrobial activity. Journal of Ethnopharmacology, v. 100, p. 80-84, 2005. RIVAS, L.; MCDONNELL, M.J.; BURGESS, C.M.; O'BRIEN, M.; NAVARRO-VILLA, A.; FANNING, S.; DUFFY, G. Inhibition of verocytotoxigenic Escherichia coli in model broth and rumen systems by carvacrol and thymol. International Journal of Food Microbiology, v. 139, p. 70–78, 2010. 121 RÓÇAS, I.N.; SIQUEIRA, J.F.; SANTOS, K.R. Association of Enterococcus faecalis with different forms of periradicular diseases. Journal of Endodontics, v. 30, p. 315–320, 2004. ROCHA-GUZMAN, N.E., INFANTE, J.A.; LAREDO, R.F.; GOMES, M.; CAMACHO, R.; URIBE, A.; ROSALES, M.R. Antioxidant effect of oregano (Lippia berlandieri v. Shauer) essential oil and mother liquors. Food Chemistry, v.102, 330-335, 2007. RODRIGUES, F. F. G.; COSTA, J.G.M.; COUTINHO, H.D.M. Synergy effects of the antibiotics gentamicin and the essential oil of Croton zehtneri. Phytomedicine, v. 16, n. 11, p. 1052-1055, 2009. RODRIGUES, F.F.G.; COSTA, J.G.M.; COUTINHO, H.D.M. Enhancement of the antibiotic activity of gentamicin by volatile compounds of Zanthoxylum articulatum. Indian Journal of Medical Research, v. 131, p. 833-835, 2010. RODRIGUEZ PEREZ, A.U.; DELGADO PEREZ, M.L.; DUJARRIC MARTINEZ, M. D. Procedimientos antimicrobianos: Parte I: la desinfección en instituciones de salud. Revista Cubana de Higiene y Epidemiología, v. 45, n. 2, 2007. ROSCHEK, B.; FINK, R.C.; LI, D.; MCMICHAEL, M.; TOWER, C.M.; SMITH, R.D.; ALBERTE, R.S. Pro-Inflammatory Enzymes, Cyclooxygenase 1, Cyclooxygenase 2, and 5Lipooxygenase, Inhibited by Stabilized Rice Bran Extracts. Journal of Medicinal Food, v. 12, n. 3, p. 615–623, 2009. ROSSI, F.; ANDREAZZI, D. Resistência bacteriana: interpretando o antibiograma. São Paulo: Atheneu, 2005. ROTA, M.C.; HERRERA, A.; MARTÍNEZ, R.M.; SOTOMAYOR, J.A.; JORDÁN, M.J. Antimicrobial activity and chemical composition of Thymus vulgaris, Thymus zygis and Thymus hyemalis essential oils. Food Control, v. 19, n. 7, p. 681-687, 2008. RÚA, J.; FERNÁNDEZ-ÁLVAREZ, L.; DE CASTRO, C.; DEL VALLE, P.; DE ARRIAGA, D.; GARCÍA-ARMESTO, M.R. Antibacterial activity against foodborne Staphylococcus aureus and antioxidant capacity of various pure phenolic compounds. Foodborne Pathogens and Diseases, v. 8, n. 1, p. 149-157, 2011. RUSSELL, A.D.; FURR, J.R. Biocides: mechanisms of antifungal action and fungal resistance. Science Progress, v. 79, p. 27-48, 1996. SAAD, A.; FADLI, M.; BOUAZIZ, M.; BENHARREF, A.; MEZRIOUI, N.E.; HASSANI, L. Anticandidal activity of the essential oils of Thymus maroccanus and Thymus broussonetii and their synergism with amphotericin B and fluconazol. Phytomedicine, v. 17, n. 13, p. 1057-1060, 2010. SABULAL, B.; DAN, M.; JOHN, A.J.; KURUP, R.; PRADEEP, N.S.; GEORGE, R.K.V. Caryophyllene-rich rhizome oil of Zingiber nimmonii from South India: Chemical characterization and antimicrobial activity. Phytochemistry, v. 67, n. 22, p. 2469-2473, 2006. 122 SAHOUO, G.B.; TONZIBO, Z.F.; BOTI, B.; CHOPARD, C.; MAHY, J.P.; N‟GUESSAN, Y.T. Anti-inflammatory and analgesic activities: Chemical constituents of essential oils of Ocimum gratissimum, Eucalyptus citriodora and Cymbopogon giganteus inhibited lipoxygenase l-1 and cyclooxygenase of PGHS. Bulletin of Chemical Society of Ethiopia, v. 17, n. 2, p. 191-197, 2003. SALGADO, A.D.Y.; MAIA, J.L.; PEREIRA, S.L.S.; LEMOS, T.L.G.; MOTA, O.M.L. Antiplaque and antigingivitis effects of a gel containing Punica granatum Linn extract: a double-blind clinical study in humans. Journal of Applied Oral Science, v. 14, n. 3, p. 162166, 2006. SALIMENA, F.R.G. Revisão taxonômica de Lippia alba L. (Verbenaceae). 2000. Tese (Doutorado em botânica)- Universidade de São Paulo, São Paulo. SALVAT, A.; ANTONNACCI, L.; FORTUNATO, R. H.; SUAREZ, E. Y.; GODOY, H. M. Screening of some plants from North Argentin for their antimicrobial activity. Letters in Applied Microbiology, v. 32, n. 5, p. 293-297, 2001. SÁNCHEZ, A.A.; ESPINOSA, M.E.; VÁSQUEZ, E.N.O.; CAMBEROS, E.P.; VÁSQUEZ, R.S.; CARVANTES, E.L. Antimicrobial and antioxidant activities of Mexican oregano essential oils (Lippia graveolens H. B. K.) with different composition when microencapsulated inβ-cyclodextrin. Letters in Applied Microbiology, v. 50, n. 6, p. 585 – 590, 2010. SANTOS, N.K.A.; COUTINHO, H.D.M.; VIANA, G.S.B.; RODRIGUES, F.F.G.; COSTA, J.G.M. Chemical characterization and synergistic antibiotic activity of volatile compounds from the essential oil of Vanillosmopsis arborea. Medicinal Chemistry Research, v. 20, n. 5, p. 637-641, 2010. SARAIVA, R.A. Efeito anti-inflamatório do óleo fixo de mesocarpo interno de Caryocar coriaceum Wittm. em edemas induzidos por agentes flogísticos em modelos animais. Dissertação (Mestrado em Bioprospecção Molecular) - Universidade Regional do Cariri – URCA, 2009. SARIKURKCU, C.; OZER, M.S.; ESKICI, M.; TEPE, B.; CAN, S.; METE, E. Essential oil composition and antioxidant activity of Thymus longicaulis C. Presl subsp. longicaulis var. longicaulis. Food Chemistry, v. 48, n. 7, p. 1801-1805, 2010. SATO, Y.; SHIBATA, H.; ARAKAKI, N.; HIGUTI, T. 6,7-dihydroxyflavone dramatically intensifies the susceptibility to ß-lactam antibiotics in methicillin-resistant and sensitive Staphylococcus aureus. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 48, n. 4, p. 13571360, 2004. SEABRA, E.J.G.; LIMA, I.P.C.; BARBOSA, S.V.; LIMA, K.C. Atividade antimicrobiana “in vitro” de compostos a base de hidróxido de cálcio e tergentol em diferentes concentrações sobre bactérias orais. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 20, n. 1, 2005. SENA, N.T.; Estudo in vitro da atividade antimicrobiana do hipoclorito de sódio e da clorexidina usados como substâncias químicas auxiliares frente a biofilmes de espécie 123 única. Dissertação (Mestrado em Clínica Odontológica). Universidade Estadual de Campinas, 2004. SET-YOUNG, D.; MONK, B.C.; MASON, A.B.; PERLIN, D.S. Exploring an antifungal target in the plasma membrane H+ ATPase of fungi. Biochimica et Biophysica Acta, v. 1326, p. 249–256, 1997. SHADOMY, S.; ESPINEL-INGROFF, A.; CARTWRIGHT, R. Laboratory studies with antifungal agents: susceptibility test and bioassay In: LENNETTE, E. H.; BALLOWS, A.; HAUSLERS JR. V.; SHADOMY, H. J. (Eds). Manual of clinical microbiology. 4. ed. Washington: American Society of Microbiology, 1985. p.991-999. SHAO, P.L.; HUANG, L.M.; HSUEH, P.R. Recent advances and challenges in the treatment of invasive fungal infections. International Journal of Antimicrobial Agents, v. 30, p. 487– 495, 2007. SHIKANGA, E.A.; COMBRINCK, S.; REGNIER, T. South African Lippia herbal infusions:Total phenolic content, antioxidant and antibacterial activities. South African Journal of Botany, v. 76, n. 3, p. 567-571, 2010. SHIMIZU, M.; SHIOTA, S.; MIZUSHIMA, T.; ITO, H.; HATANO, T.; YOSHIDA, T.; TSUCHIYA, T. Marked potentiation of activity of ß-lactams against methicillin-resistant Staphylococcus aureus by corilagin. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 45, p. 3198–3201, 2001. SHUKLA, R.; KUMAR, A.; SINGH, P.; DUBEY, N.K. Efficacy of Lippia alba (Mill.) N.E. Brown essential oil and its monoterpene aldehyde constituents against fungi isolated from some edible legume seeds and aflatoxin B1 production. International Journal of Food Microbiology, v. 135, n. 2, p. 165-170, 2009. SIKKEMA, J.; BONT, J. A. M.; POOLMAN, B. Interaction of cyclic hydrocarbons with biological membranes. Journal of Biological Chemistry, v. 269, p. 8022-8028, 1994. SILVA, N.A.; DA SILVA, J.K.; ANDRADE, E.H.; CARREIRA, L.M.; SOUSA, P.J.; MAIA, J.G. Essential oil composition and antioxidant capacity of Lippia schomburgkiana. Natural Product Communication, v. 4, n. 9, p. 1281-1286, 2009. SILVA, W. J.; DÓRIA, G. A. A.; MAIA, R. T.; NUNES, R. S.; CARVALHO, G. A.; BLANK, A. F.; ALVES, P. B.; MARÇAL, R. M.; CAVALCANTI, S. C. H. Effects of essential oils on Aedes aegypti larvae: Alternatives to environmentally safe insecticides. Bioresource Technology, v. 99, p. 3251-3255, 2008. SIMÕES, C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5ª ed. Porto Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS / Editora UFSC, 2003. SLOWING BARILLAS, K.V. Estudio de la Actividad Antiinflamatoria de Diversas Especies de la Flora de Guatemala. 1992. Tese (Doutorado em farmacologia de produtos naturais) Faculdade de Farmácia, Universidade Complutense de Madrid. 124 SOKOVIĆ, M.; GLAMOĈLIJA,J.; MARIN, P.D.; LEO, D.B.; VAN GRIENSVEN, J.L.D. Antibacterial effects of the essential oils of commonly consumed medicinal herbs using an in vitro model. Molecules, v. 15, p. 7532-7546, 2010. SOMEYA, H.; HIGO, Y.; OHNO, M.; TSUTSUI, T.W.; TSUTSUI, T. Clastogenic activity of seven endodontic medications used in dental practice in human dental pulp cells. Mutation Research/ Genetic Toxicology and Environmental Mutagenesis, v. 650, n. 1, p. 39-47, 2008. SOSA, R.A.; FRANCO, M.G.G.; DÁVILLA, A.C.; MUNHOZ, J.V. T. Extracts of Mexican Oregano (Lippia berlandieri Schauer) with Antioxidant and Antimicrobial Activity. Food and bioprocess technology, v.3, n. 3, p. 434- 440, 2010. SOUSA, E.O.; BARRETO, F.S.; RODRIGUES, F.F.G.; COSTA, J.G.M. Atividade antibacteriana e interferência de Lantana camara Linn e Lantana montevidensis Briq na resistência de aminoglicosídeos. Revista brasileira de Biociências, v. 9, n. 1, p. 1-5, 2011. SOUZA BRITO, A.R.M.; SOUZA BRITO, A.A. Forty years of Brazilian medicinal plant research. Journal of Ethnopharmacology, v. 39, p. 53–67, 1993. SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Verbenaceae: Botânica sistemática. Nova Odessa: Instituto Plantarum, p. 529, 2005. SPRATT, D.A. An in vitro evaluation of antimicrobial efficacy of irrigants on biofilms of root canal isolates. International Endodontic Journal, v.34, p. 300-307, 2001 STANGARLIN, J.R.; SCHWAN-ESTRADA, K.R.F.; CRUZ, M.E.S.; NOZAKI, M.H. Plantas Medicinais e controle alternativo de fitopatógenos. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, v. 11, p. 16-21, 1999. STANLEY, P. L.; STEINER, S.; HAVENS, M.; TRANSPOSCH, K. M. Mouse skin inflammation induced by multiple topical application of 12-O-tetradecanoylphorbol- 13acetate. Journal of Pharmacological and Biophysiological Research, v. 4, n. 4, 1991. STASHENKO, E.E.; JARAMILLO, B.E.; MARTINEZ, J.R. Comparison of different extraction methods for the analysis of volatile secondary metabolites of Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, grown in Colombia, and evaluation of its in vitro antioxidant activity. Journal of Chromatography, v. 1025, p. 93–103, 2004. STENHAGEN, E.; ABRAHAMSON, S.; MCLAFFERTY, F. W. Registry of Mass Spectra Data Base. Washington DC: Government Printing Office, 1974 STEWART, P.S.; COSTERTON, J.W. Antibiotic resistance of bacteria in biofilms. Lancet, v. 358, p. 135-138, 2001. STOODLEY, P.; SAUER, K.; DAVIES, D.G.; COSTERTON, J.W. Biofilms as complex differentiated communities. Annual Review of Microbiology, v. 56, p. 187-209, 2002. SVIRCEV, A.M.; SMITH, R.J.; ZHOU, T.; HERNADEZ, M.; LIU, W.; CHU, C.L. Effects of thymol fumigation on survival and ultrastracture of Monilia fructicola. Postharvest Biology and Technology, v. 45, n. 2, p. 228-233, 2007. 125 TATSADJIEU, N.L.; JAZET DONGMO, O.M.; NGASSOUM, M.B.; ETOA, F.X.; MBOFUNG, C.M.F. Investigations on the essential oil of Lippia rugosa from Cameroon for its potential use as antifungal agent against Aspergillus flavus Link ex. Fries. Food Control, v. 20, n. 2, p. 161-166, 2009. TAVARES, W. Manual de Antibióticos e Quimioterápicos Antiinfecciosos. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 1996. TELES, T.V.; BONFIM, R.R.; ALVES, P.B.; BLANK, A.F.; JESUS, H.C.R.; QUINTANSJR, L.J.; SERAFINI, M.R.; BONJARDIM, L.R.; ARAÚJO, A.A.S. Composition and evaluation of the lethality of Lippia gracilis essential oil to adults of Biomphalaria glabrata and larvae of Artemia salina. African Journal of Biotechnology, v. 9, n. 51, p. 8800-8804, 2010. TENDOLKAR, P.M.; BAGHDAYAN, A.S.; GILMORE, M.S.; SANKAR, N. Enterococcal surface protein, Esp, enhances biofilm formation by Enterococcus faecalis. Infection and Immunity, v. 72, p. 6032-6039, 2004. TEPE, B.; SIHOGLU-TEPE, A.; DAFERERA, D.; POLISSIOU, M.; SOKMEN, A. Chemical composition and antioxidant activity of the essential oil of Clinopodium vulgare L. Food Chemistry, v. 103, n. 3, p. 766-770, 2007. THEOHARIDES, T.C.; KEMPURAJ, D.; TAGEN, M.; CONTI, PIO; ALOGEROMITROS, D. Differential release of mast cell mediators and the pathogenesis of inflammation. Immunological Reviews, v. 217, p. 65-78, 2007. TIBA, M.R.; NOGUEIRA, G.P.; LEITE, D.S. Estudo dos fatores de virulência associados à formação de biofilme e agrupamento filogenético em Escherichia coli isoladas de pacientes com cistite. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 42, n. 1, p. 58-62, 2009. TOGASHI, N.; INOUE, Y.; HAMASHIMA, H.; TAKANO, A. Effects of two terpene alcohols on the antibacterial activity and the mode of action of farnesol against Staphylococcus aureus. Molecules, v. 13, p. 3069-3076, 2008. TOLOZA, A.C.; ZYGADLO, J.; MOUGABURE CUETO, G.; BIURRUN, F.; ZERBA, E.; PICOLLO, M.I.; Fumigant and repellent properties of essential oils and component compounds against permethrin-resistant Pediculus humanus capitis (Anoplura: Pediculidae) from Argentina. Journal of Medical Entomology, v. 43, p. 889–895, 2006. TRONCOSO, N.S. Los gêneros de Verbenáceas de Sudamérica extratropical (Argentina, Chile, Bolívia, Paraguay, Uruguay y sur de Brasil). Darwiniana, v. 18, p. 295-412, 1974. TUBARO, A.; DRI, P.; DELBELLO, G.; ZILLI, C.; DELLA-LOGGIA, R. The croton oil test revisted. Agents Actions, v. 17, p. 347-349, 1985. TURINA, A.V.; NOLAN, M.V.; ZYGADLO, J.A.; PERILLO, M.A. Natural terpenes: selfassembly and membrane partitioning. Biophysical Chemistry, v. 122, p. 101–113, 2006. 126 UNITED STATES NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE. ChemIdPlus. Disponível em: http://chem.sis.nlm.nih.gov/chemidplus/jsp/common/PhysicalProperties.jsp?calledFrom=lite. Acesso em: 01 abril 2011. VALE, T.G. Estudo farmacológico comparativo de óleos essenciais de quimiotipos de Lippia alba (Mill.) N.E. Brown. 1999. 150p. Dissertação (Mestrado em Farmacologia)Universidade Federal do Ceará. VALENTIN, A.; PELISSIER, Y.; BENOIT, F.; MARION, C.; KONE, D.; MALLIE, M.; BASTIDE, J.M.; BESSIERES, J.M. Composition and antimalarial activity in vitro of volatile components of Lippia multiflora. Phytochemistry, v. 40, p. 1439–1442, 1995. VALENZA, G.; TAPPE, D.; TURNWALD, D.; FROSCH, M.; KONIG, C.; HEBESTREIT, H. Prevalence and antimicrobial susceptibility of microorganisms isolated from sputa of patients with cystic fibrosis. Journal of Cystic Fibrosis, v. 7, p. 123–127, 2008. VALLEJO, J.C.; SILVA, M.N.; OLIVEIRA, J.A.A.; CARNEIRO, J.J.; ROCHA, L.S.O.; FIGUEIREDO, J.F.C.; CHIOSI, M.F.V. Detecção precoce de ototoxicidade usando emissões otoacústicas produtivas de distorção. Revista Brasileira Otorrinolaringologia, v. 67, n. 6, p. 845-851, 2001. VAZQUEZ, B.I.; GENTE, C.; FRANCO, C.M.; VAZQUEZ, M.J.; CEPEDA, A. Inhibitory effects of eugenol and thymol on Penicillium citrinum strains in culture media and cheese. International Journal of Food Microbiology, v. 67, n. 1, p. 157-163, 2001. VENTURINI, M.; BLANCO, D.; ORIA, R. In vitro antifungal activity of several antimicrobial compounds against Penicillium expansum. Journal of Food Protection, v. 65, n. 5, 834-839, 2002. VIANA, G.S.B; VALE, T.G.; SILVA, C.M.M.; MATOS, F.J.A. Anticonvulsant activity of essential oil and active principles from chemotypes of Lippia alba (Mill) N. E. Brown. Biological & Pharmaceutical Bulletin, v. 23, p. 1314-1317, 2000. VICCINI, L.F; PIERRE, P.M.O.; PRAÇA, M.M.; COSTA, D.C.S.; ROMANEL, E.C.; SOUZA, S.M.; PEIXOTO, P.H.P.; SALIMENA, F.R.G. Chromosome numbers in the genus Lippia (Verbenaceae). Plant Systematics and Evolution, v. 256, p. 171-178, 2006. WANG, B.; FUJOSAWA,H.; ZHUANG, L.; FREED, I.; HOWELL, B.G.; SHAHID, S.; SHIVJI, G.M.; MAK, T.W.; SAUNDER, D.N. CD4+ Th 1 and CD8+ type 1 cytotoxic T-cells both play a crucial role in the full development of contact hypersensitivity. The Journal of Immunology, v. 165, p. 6783-6790, 2000. WEISSMAN, G. Inflammation: historical perspectives. In: Gallin J.L. et al. (Eds): Inflammation: Basic principles and Clinical Correlates. New York: Raven Press, p. 5, 1992. WILMER, J.L.; BURLESON, F.G.; KAYAMA, F.; KAUNO, J.; LUSTER, M.I. Cytokine induction in human epidermal keratinocytes exposed to contact irritants and its relation to chemical – induced inflammation in mouse skin. Journal of Investigative Dermatology, v. 102, n. 6, p. 915-922, 1994. 127 WURYATMO, E.; KLIEBER, A.; SCOTT, E. Inhibition of citrus post-harvest pathogens by vapor of citral and related compounds in culture. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 51, n. 9, 2637-2640, 2003. XAVIER, J. B.; PICIOREANU, C.; ALMEIDA, J. S.; LOOSDRECHT, M. C. M. V. Monitorização e modelação da estrutura de biofilme. Boletim de Biotecnologia, v. 76, n. 1, p. 2-13, 2003. YAM, Y.S.; HAMILTON-MILLER, J.M.T.; SHAH, S. The effect of a component of tea (Camellia sinensis) on methicillin resistance, PBP2‟ synthesis, and ß-lactamase production in Staphylococcus aureus. The Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 42, 211–216, 1998. YOON, H.S.; MOON, S.C.; KIM, N.D.; PARK, B.S.; JEONG, M.H.; YOO, Y.H. Genistein induces apoptosis of RPE-J cells by opening mitochondrial PTP. Biochemical and Biophysical Research Communications, v. 276, p. 151–156, 2000. YOSHIDA, A.; KURAMITSU, H.K. Streptococcus mutans biofilm formation: utilization of a gtfB promoter-green fluorescent protein (PgtfB::gfp) constructs to monitor development. Microbiology, v. 148, n. 11, p. 3385-3394, 2002. YOUNG, J. M.; SPIRES, D. A.; BEDORD, C. J.; WAGNER, B.; BALLARON, S. J.; DE YOUNG, L. M. The mouse ear inflammatory response to topical arachidonic acid. The Journal of Investigative Dermatology, v. 82, p. 367-371, 1984. YOUNG, J.M.; WAGNER, B.; SPIRES, D.A. Tachyphylaxis in 12-tetradecanoylphorbol acetate- and arachidonic acid ear edema. Journal of Investigative Dermatology, v. 80, p. 4852, 1983. ZAHRAN, H.E.M.; ABDELGALEIL, S.A.M. Insecticidal and developmental inhibitory properties of monoterpenes on Culex pipiens L. (Diptera: Culicidae). Journal of Asia-Pacific Entomology, v. 14, n. 1, p. 46-51, 2011. ZAMBONELLI, A.; DAURELIO, A.Z; BIANCHI, A.; ALBASIN, A. Effects of essential oils on phytopathogenic fungi in vitro. Journal of Phytopathology, v. 144, p. 491-494, 1996. ZAVADINACK , M.N.; HERREIRO, F.; BANDEIRA, C.O.P.; ITO, Y.; CIORLIN, E.; SAQUETI, E.E.; ANSILIEIRO, I.J.; GONSALVES, L.; SIQUEIRA, V.L.D. Staphylococcus aureus: incidência e resistência antimicrobiana em abscessos cutâneos de origem comunitária. Acta Scientiarum, v. 23, n. 3, p. 709-712, 2001. ZHAO, W.H.; HU, Z.Q.; OKUBA, S.; HARA, Y.; SHIMAMURA, T. Mechanism of synergy between epigallocatechingallate and ß -lactams against methicillin-resistant Staphylococcus aureus. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v. 45, p. 1737–1742, 2001. 128 ANEXOS ______________________________________________ 129 ANEXO A – Produção científica vinculada ao projeto de mestrado Artigos submetidos: 1. Periódico: Journal of Endodontics. Toxic effect of essential oil of Lippia sidoides Cham. and thymol on Enterococcus faecalis biofilm. Helenicy NH Veras, MSc *†, Fabíola FG Rodrigues, MSc ‡, Marco A Botelho, PhD*, Irwin RA Menezes, PhD*, Henrique DM Coutinho, PhD* and José Galberto M Costa, PhD*‡ ABSTRACT Introduction: The species Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) is utilized in popular medicine as a local antiseptic on the skin and mucosal tissues and its therapeutic effect is attributed to the presence of thymol. Enteroccocus faecalis is the bacterium most frequently isolated from root canals of teeth with persistent periapical lesions and has the ability to form biofilm, which protects it against antimicrobial against, where it is responsible for the failure of endodontic treatments. Methods: the essential oil of the leaves of L. sidoides (EOLS) and its major component, thymol, were evaluated with respect to antimicrobial activity against Enterococcus faecalis biofilm. The leaves of L. sidoides were subjected to hydrodistillation, and the essential oil extracted was examined with respect to the chemical composition, by gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS). EOLS and thymol were evaluated for reduced the CFU in biofilms of E. faecalis in vitro. Results: The overall yield of essential oil obtained by hydrodistillation was 1.06%. The GC-MS analysis has led to the identification of the main components thymol (84.9 %) and p-cymene (5.33%). EOLS and thymol reduced the CFU in biofilms of E. faecalis in vitro (time of maturation of 72 h), with an exposure time of 30 and 60 min at concentrations of 2.5 and 10%. There was no statistical difference in effect between EOLS and thymol, demonstrating that this phenolic monoterpene was the compound responsible for the antimicrobial activity of EOLS. This is the first report of the action of EOLS against E. faecalis biofilm. Conclusions: our study provides a basis for the possible utilization of EOLS as an adjuvant in the treatment of root canals that show colonization by E. faecalis. However, pre-clinical studies are necessary to determine the true efficacy and concentration of EOLS capable of killing biofilm bacteria in vivo. Key-words: Lippia sidoides, thymol, biofilm, Enterococcus faecalis 130 131 2. Periódico: Phytomedicine Topical anti-inflammatory activity of essential oil from Lippia sidoides Cham.: possible mechanism of action. Helenicy N.H. Veras1, Mariana K.A. Araruna2, José G.M. Costa1, Henrique D.M. Coutinho3*, Marta R. Kerntopf2, Marco A. Botelho1, Irwin R.A. Menezes2 ABSTRACT Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae), known as “alecrim pimenta”, is a shrub easily found in Brazilian Northeast, widely used in folk medicine as antiseptic for local use in skin and mucous. This work reports the L. sidoides essential oil chemical composition and comparative evaluation of topical effect of this essential oil (EOLS) and thymol (major constituent) against different irritant agents in vivo, in order to verify its antiedematogenic effect as well to unravel its tentative mechanisms of action. The essential oil was obtained by hydrodistillation (yield of 1.06%) and the GC/MS analysis identified the main constituents: thymol (84.9 %) and p-cymene (5.33%). The anti-inflammatory activity was evaluated, using a mice ear inflammation model induced by croton oil, arachidonic acid, phenol and histamine. The topical application of EOLS or thymol at dose of 2 mg/ear, significantly reduced (P < 0.001) in 45.1% and 47.4% the ear edema induced by arachidonic acid and reduced in 33.2% (P <0.05) and 54.7% (P <0.01) the ear edema induced by phenol in acute ear edema. However, was evidenced pro-inflammatory effect in chronic era edema induced by croton oil. There were not statistical differences between EOLS and thymol for the antiedematogenic activity. In conclusion, the results obtained showed that thymol is the constituent responsible for the topical anti-inflammatory activity of EOLS in the models of arachidonic acid and phenol in mice, possibly reducing the production of pro-inflammatory mediators and can be a source of active compounds with activity antiedematogenic. Key- words: Lippia sidoides; thymol; anti-inflammatory activity; ear edema; essential oil 132 133 3. Periódico: European Journal of Medicinal Chemistry Synergistic antibiotic activity of volatile compounds from the essential oil of Lippia sidoides and thymol. Helenicy N.H. Verasa, Fabíola F.G. Rodriguesa, Aracélio V. Colaresa, Irwin R. Alencar de Menezesb, Henrique D. Melo Coutinhoc*, Marco A. Botelhoa, José G. M. da Costaa Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) is used in the folk medicine as topical antiseptic in skin and mucous membranes and its therapeutic effect is attributed to the thymol presence. The objective of this work was verify the chemical composition and antibiotic modifying activity of the essential oil extracted from the leaves of L. sidoides and its major component thymol. The essential oil was obtained by hydrodistillation (yield of 1.06%) and the GC / MS analysis identified the main constituents: thymol (84.9%) and p-cymene (5.33%). The antibiotic modifying activity was verified using the minimal inhibitory doses method and gaseous contact. It was verified that the essential oil and thymol interfered with all tested aminoglycosides. There were not statistical differences between the activity of the essential oil and thymol against P. aeruginosa, indicating to be this responsible composition for such activity. However, the oil was shown more effective when compared to the thymol against S. aureus. The essential oil of L. sidoides and its major component thymol influences the activity of aminoglycosides and may be used as adjuvant in antibiotic therapy against respiratory tract bacterial pathogens. Keywords: Lippia sidoides, thymol, antibiotic activity, gaseous contact, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus. 134 135 4. Periódico: Journal of Pharmaceutical & Biomedical Analysis Enhancement of aminoglycosides and ß- lactams antibiotic activity by essential oil of Lippia sidoides Cham. H.N.H. Verasa, F.F.G. Rodriguesa, M.A. Botelhoa, I.R.A. Menezesb, H.D.M. Coutinhoc*, J.G.M. Costaa ABSTRACT Natural products from plants can alter the effect of antibiotics, increasing or reducing its activity. Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) is a bush found in the Northeastern region of Brazil. In the popular medicine, L. sidoides has been used as antiseptic. In this work we report the chemical composition of the essential oil from L. sidoides and to determine the potentiation of the activity of aminoglycosides and ß - lactams. The essential oil showed as major compounds the thymol (84.9%), Etil-methyl-carvacrol (5.33%) and p-cymene (3.01%). The determination of the Minimum Inhibitory Concentration (MIC) by microdiluition demonstrated none difference in the antimicrobial activity between the essential oil (EOLS) and thymol. There was reduction in the MIC of the amynoglicosides gentamicin and neomycin when associated to EOLS and thymol. When the natural products were associated with the ß - lactam Penicillin G and Ceftriaxone, the MIC was reduced against Streptococcus mutans and Enterococcus faecalis. The results demonstrated that the thymol is the compound responsible by the antimicrobial and modifying of antibiotic activity in vitro of the EOLS. More studies are necessary in order to evaluate the behavior of that association alive in to verify the biodisponibility and the possible toxic effects. Keywords: Lippia sidoides, thymol, Antibacterial activity, modifying antibiotic activity. 136 137 ANEXO B– Produção científica não vinculada ao projeto de mestrado Artigo aceitos para publicação: 1. Periódico: Journal of Essential Oil Bearing Plants Lippia alba (Mill.) N.E. essential oil interfere with aminoglycosides effect against Staphylococcus aureus Helenicy N. H. Veras1, Adriana R. Campos1,2, Fabíola F. G. Rodrigues2, Marco A. Botelho1, Henrique D.M. Coutinho1 and José G. M. da Costa1* ABSTRACT: Lippia sp essential oils have been popularly used to treat infectious diseases and some studies have shown their effect on microorganisms control. Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, known as “cidreira”, is a shrub easily found in Brazilian Northeast. The traditional use of their leaves, used as tea to treat some affections, justify the investment in further investigations. This work reports the L. alba essential oil chemical composition and its aminoglycosides modifying effect against Staphylococcus aureus ATCC 6538, S. aureus ATCC 25923 and S. aureus ATCC 12692. The essential oil was obtained by hydrodistillation (yield of 0.52%) and the GC/MS analysis identified the main constituents: Geranial (31.4 %), Neral (29.5 %), β-elemene (16.5 %) and geranyl acetate (13.3 %). It was verified that the essential oil interfered with all tested aminoglycosides. The antibiotic activity of gentamicin against S. aureus ATCC 25923 was enhanced (275%) in the presence of 12% essential oil. The 3% essential oil increased the effect against S. aureus ATCC 25923 (41.6%) and S. aureus ATCC 6538 (58.3 %). Key words: Lippia alba, essential oil, chemical composition, aminoglycosides, modulatory activity. 138 2. Periódico: Pharmacognosy Magazine Enhancement of the antibiotic activity of erythromycin by volatile compounds of Lippia alba (Mill.) N.E. Brown against Staphylococcus aureus Helenicy N. H. Veras, Adriana R. Campos, Fabíola F. G. Rodrigues, Marco A. Botelho, Henrique D. M. Coutinho, Irwin R. A. Menezes and José Galberto M. da Costa. ABSTRACT Background: Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, popularly known as “erva-cidreira,” is commonly found in northeastern Brazil. The leaves tea is used to treat digestive disturbances, nausea, cough, and bronchitis. Objective: This work reports the chemical composition and erythromycin-modifying activity by gaseous contact against Staphylococcus aureus. Materials and Methods: The leaves of L. alba were subjected to hydrodistillation, and the essential oil extracted was examined with respect to the chemical composition, by gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS), and the essential oil extracted was evaluated for antibacterial and antibiotic-modifying activity by gaseous contact. Results: The overall yield of essential oil obtained by hydrodistillation was 0.52%. The GC-MS analysis has led to the identification of the main components: geranial (31.4%) and neral (29.5%). It was verified that the essential oil interfered with erythromycin antibiotic activity against S. aureus ATCC 25923 was enhanced (221.4%) in the presence of 12% essential oil. The 3% essential oil increased the effect against S. aureus ATCC 25923 (41.6%) and S. aureus ATCC 6538 (58.3%). Conclusion: The essential oil of L. alba influences the activity of erythromycin and may be used as an adjuvant in antibiotic therapy against respiratory tract bacterial pathogens. Key words: Chemical composition, erythromycin, essential oil, Lippia alba, modulatory activity 139 140 Artigos publicados: 141 142