saiba mais: encanto

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saiba mais: encanto
SAIBA MAIS: ENCANTO
Ato 1 – O prazer da descoberta
Da necessidade de reencontrar um sentimento de tranquilidade surge na sociedade um movimento de volta à natureza, uma busca pelo ar fresco e pelos ruídos do campo. Um desejo de
redescobrir o mundo natural.
Revitalização de espaços urbanos: em meio à desordem das cidades, brotam ambientes agradáveis e prazerosos que estimulam um olhar encantado e curioso sobre os seres vivos e
promovem o intercâmbio de aprendizado entre o campo e a cidade.
High Line Park (Nova York/EUA)
Com o intuito de preservar sua história, a comunidade de Nova York se uniu para dar nova vida a uma região abandonada
através de um concurso para escolher o melhor projeto para a revitalização da área. Assim nasceu o High Line Park
planejado sobre trilhos elevados construídos nos anos 30 e desativados desde os anos 80. A ideia vencedora instituiu um
espaço destinado à natureza, com vastos jardins, em uma paisagem integrada, que possibilita a conexão entre os prédios
locais, com seus percursos sinuosos de concreto, e as plantações naturalistas.
Além de ser um ótimo local para relaxar, ler um livro, observar o céu e as estrelas ou, ainda, levar seus filhos para aprender
sobre a natureza, o parque disponibiliza uma vasta agenda de shows, filmes ao ar livre, aulas de yoga, desenho e
jardinagem. Também é possível apreciar o cardápio de sorvetes Lily Lolly, da artista e chef Nadia Roden, que utiliza
ingredientes naturais como frutas da estação, ovos e flores, provenientes de fazendas locais, criando sabores
surpreendentes. É um verdadeiro centro cultural e natural a céu aberto, dentro de uma selva de pedra.
Onde encontrar: http://www.thehighline.org/
Parque Vitor Civita (São Paulo, SP)
De uma atitude que reitera a importância da reciclagem de áreas, e não apenas de materiais, surge um espaço de reflexão, inspiração e
informação sobre as questões ambientais e urbanas, originado a partir da revitalização de uma área da cidade degradada (durante 40 anos
funcionou ali um depósito e centro de processamento de resíduos domiciliares e hospitalares).
Gerido pelo Instituto Abril, em parceria com a Subprefeitura de Pinheiros, a comunidade e outras empresas privadas, a praça Victor Civita é
um belo complexo dotado de equipamentos e programas de lazer, educação e cultura. A diferença com relação às praças e parques
convencionais está no fato de que as atividades desenvolvidas no local fazem menção à educação ambiental. Deste modo, ao fazer seu
passeio, cooper ou ginástica, o visitante pode refletir sobre a preservação ambiental e as formas de reabilitação empregadas na área, de
forma que compreenda seu papel na preservação do planeta. (continua)
(continuação)
No local, uma área verde com cerca de 80 árvores, convivem conjuntamente diferentes atividades, como horta e oficina de educação
ambiental, palco para espetáculos com arquibancada para 250 pessoas, equipamentos de ginástica ao ar livre, pista de caminhada e
centro de convivência para a terceira idade. O conceito de praça também abriu espaço para a ampliação do programa na direção da
incorporação de um museu focado no conhecimento ambiental e cultural.
Assim, o prédio do antigo incinerador foi totalmente recuperado e transformado em Museu da Sustentabilidade. No piso térreo da
construção foi instalada uma exposição permanente sobre o histórico do terreno que abriga a praça e todo o seu processo de
recuperação. Neste mesmo andar ainda é possível abrigar exposições temporárias sob a ótica da sustentabilidade. No primeiro andar do
prédio está instalada um estúdio de arquitetura cenógráfica.
Onde encontrar: http://pracavictorcivita.abril.com.br/index.shtml
Nildo Campolongo
Designer e artista plástico, Nido Campolongo é conhecido por sua produção sofisticada e pesquisa de materiais. O trabalho de Nido tomou rumos diferentes e os materiais que ele aplicava também. Hoje, em
seu ateliê, misturam-se garrafas pet com pneus, tecidos e bastante papelão. “Depois de ter explorado o papel e o papelão ao máximo, senti a necessidade de buscar outros materiais. O papelão, no lugar da
madeira, é menos agressivo ao meio ambiente. Contatos com ONGs também me ensinaram os conceitos básicos do design e da arquitetura sustentável, no reuso de material descartado, que tenho empregado
com maior frequência em meu trabalho.” Esta preocupação ambiental, além da técnica e da pesquisa de materiais, renderam a Nido Campolongo parcerias profissionais de grande porte, como a realizada com a
Fiesp e a Natura, que o contrataram para trabalhos de cenografia e se renderam a um trabalho de características únicas.
Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/revistadacasa/perfil.aspx?m=NIDO-CAMPOLONGO
Onde encontrar: http://www.nidocampolongo.com.br/
Biomimética: a natureza inspira a criatividade
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Imitar a vida, aprendendo com os seres vivos, permite facilitar o dia a dia de diferentes maneiras.
Entender os princípios da natureza (forma, função, composição, dinâmica, interrelação e protocooperação) e utilizá-los como estímulos para inovações.
LH2O – projeto de embalagem
LH2O é um projeto de pesquisa para uma nova embalagem de uma tradicional marca de água portuguesa – a Águas de Luso. O objetivo era encontrar não
apenas uma nova forma para armazenar o líquido, mas também chegar a uma garrafa que ilustrasse as qualidades e as propriedades únicas da marca de
mais de 150 anos.
O resultado é um frasco inspirado em uma estrutura celular encontrada em rochas, plantas e colméias, que além de permitir que as garrafas sejam
agrupadas em várias configurações, aperfeiçoa processos de armazenamento e transporte, reduz a quantidade de material (pet) usado na garrafa e cria
maior impacto na exposição do produto final.
Onde encontrar: http://lovelypackage.com/lh2o/
Tatiana Matsoulevitch – projeto de embalagem
A designer americana Tatiana Matsoulevitch desenvolveu esta embalagem para um vidro de mel, inspirada em seus favos, simples e muito
pertinente. Após o término do conteúdo, o frasco pode ser reutilizado como um copo longo e o pacote, como objeto de decoração.
Onde encontrar: http://lovelypackage.com/student-work-tatiana-matsoulevitch/
Biomimética: a natureza inspira a criatividade
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Encontrar inspiração nas formas belas, sinceras e sensuais da natureza.
MOMIX – Companhia de Dança
MOMIX é uma companhia americana de dança vanguardista criada em 1981, que mescla múltiplas técnicas
para criar uma atmosfera surrealista. Tem como base movimentos elaborados de forma coreográfica, fazendo
com que o corpo humano pareça parte de algo muito maior, encantador e carregado de significados.
No espetáculo Botânica apresentado no Brasil em outubro de 2010, bailarinos, acrobatas, ilusionistas e
dançarinos de diversas etnias retratam magicamente a riqueza da fauna e flora com figurinos que
representam as texturas, formas e cores intensamente vivas da natureza.
A companhia mostra aos espectadores, numa mistura de dança, teatro e acrobacia, em meio a efeitos visuais
dos cenários, a importância do equilíbrio ambiental no planeta, fazendo uma espécie de manifesto pela preservação dos nossos ecossistemas.
Onde encontrar: http://www.mosespendleton.com/
Ross Lovegrove
Conhecido como Capitão Orgânico, o britânico Ross Lovegrove é um dos designers mais aclamados da atualidade e vencedor de
diversos prêmios internacionais por seu estilo “sem gordura”. Em seus projetos, ele defende o “essencialismo orgânico”: fazer
coisas gastando o mínimo de recursos e buscando o máximo de efeito. Neste trabalho, a natureza é eleita como sua principal fonte
inspiradora.
Em 2007, desenhou as Solar Trees (Árvores de Sol), colocadas à porta do Mak Museum durante a Semana do Design em Viena, que
davam brilho e cor à cidade ao mesmo tempo em que abriam horizontes para um futuro mais ecológico, sensibilizando os visitantes
para a necessidade de uma maior consciência ambiental. Estas “árvores” emitiam luz através de painéis solares colocados nas suas
extremidades. O projeto resultou de uma parceria entre o designer e a Artemide, marca italiana líder no mercado da iluminação.
Onde encontrar: http://www.rosslovegrove.com/
Ato 2 – Eu quero uma casa no campo
Botar as mãos na terra fresca, plantar e colher os frutos que ela dá, encontrando, desta forma, um novo sentido e significado para a vida O despertar de um relacionamento afetivo
entre o homem e a natureza. Trocar experiências das quais todos saem modificados.
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Fazendas urbanas: Cuidar da terra, cuidar das pessoas, partilhar justamente. Atitudes que ganham cada vez mais espaço na rotina diária, sendo utilizadas até para melhorar
questões empresariais.
Hortapronta®
Fundada em julho de 2010 por um paulista “entusiasta de um mundo feliz e saudável de se viver”, a empresa Hortapronta comercializa virtualmente alimentos
vivos facilitando a familiarização com o cultivo de seus próprios alimentos.
O produto criado por Eliel Bragatti propõe uma solução prática, inteligente e ecológica para inserir a natureza dentro de casa ou do escritório. O cultivo é
realizado em módulos de tijolos de argila natural, ecologicamente corretos, fabricados por ele mesmo. Em apenas 1 m² de área é possível colocar 16 módulos,
cultivando 64 plantas.
A ideia é de grande importância para a sustentabilidade individual e do planeta, já que traz benefícios econômicos, para a saúde, melhora a qualidade de vida e
reduz a quantidade de lixo.
Onde encontrar: http://sites.google.com/site/hortaprontaonline/
Grupo Pasona
A proximidade com a produção agrícola pode trazer benefícios às pessoas nos centros urbanos. Por este motivo, uma empresa japonesa de
recrutamento profissional decidiu disponibilizar aos seus funcionários o acesso às plantações dentro de seus escritórios.
O objetivo da companhia é criar um ambiente de trabalho que coexista com a natureza, no qual os próprios empregados cultivam e
desfrutam de vegetais, frutas e até arroz nesta “fazenda urbana”.
Onde encontrar: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/10/empresa-japonesa-mantem-plantacoes-dentro-de-seusescritorios.html
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Capturar as forças da terra e do sol: louvar o sol por seu calor que aquece e envolve o mundo; por sua luz dourada que possibilita a germinação de uma nova vida, agradecer à
terra por reencontrar seu equilíbrio e essência.
Restaurante Dalva e Dito (São Paulo, SP)
O restaurante Dalva e Dito, inaugurado em 2009 e situado no bairro dos Jardins, em São
Paulo, evoca imagens históricas das antigas casas de fazenda brasileiras. O projeto de
arquitetura é assinado por Marcelo Rosenbaum, que ergueu as paredes do restaurante
empregando uma técnica de construção simples, antiga e ecologicamente correta
(sobreposição de sacos cheios de terra), que não necessita de mão de obra especializada. No
restaurante, há uma parte da parede exposta que exibe o modo de construção empregado.
A vocação brasileira do Dalva e Dito é explícita em seu cardápio, resultado de adaptações de
sabores e receitas familiares. A cozinha que o chef batiza de afetiva “é a cozinha das
senhoras brasileiras, das nossas referências de mãe, avó, tia e sogra”.
Na fachada da casa encontra-se um banco de praça com o nome que batiza o restaurante gravado. Dalva e Dito é a lembrança da comadre Dalva e do compadre Dito, um casal imaginário que habita a
criatividade de um dos chefs: “Dalva é a primeira estrela que aparece ao anoitecer, e Dito é uma contração do nome de São Benedito, padroeiro dos cozinheiros.” explica.
Onde encontrar: http://www.dalvaedito.com.br/
SDA Décoration
A SDA Décoration é uma empresa francesa de decoração, há 25 anos no mercado, que utiliza o potencial da matéria-prima bruta que a natureza oferece para criar
objetos de design para o dia a dia.
Entre seus produtos comercializados, encontram-se pias esculturais, que combinam a rusticidade e as texturas dos elementos naturais (madeira, pedras-mármore e
rochas vulcânicas), esculpidos pelo vento e pelas águas ao longo dos anos, ao refinamento de materiais contemporâneos trabalhados pelo homem.
Onde encontrar: http://www.sda-decoration.com/en.accueil.html
Ato 3 – Valores não se ensinam; é preciso vivenciá-los
A convivência com a natureza transforma o modo como percebemos, criamos e interferimos no lugar ocupado. Surgem novos hábitos que modificam as ações no espaço urbano e a
busca pelo equilíbrio entre a satisfação pessoal e a vontade de construir um mundo melhor.
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Responsabilidade social: conceito segundo o qual as empresas decidem contribuir voluntariamente para uma
sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo.
Kapeh
Farmacêutica e bioquímica, a mineira Vanessa Araújo, que quando criança brincava nas fazendas de café da família, aliou as nostálgicas plantações
da terra natal ao fascínio pela cosmética ao criar a Kapeh (2007) – empresa que produz cremes, loções e sabonetes a partir de extrato de café.
Com sede em Três Pontas, maior município produtor de café do país, localizado ao Sul de Minas Gerais, a empresa produz uma linha de produtos
diferenciada, feita à base do extrato de café e com o aroma de sua flor.
A Kapeh (que no idioma maia significa “café”) tem como princípio a responsabilidade social, utilizando café certificado em todas as suas
formulações, obtido através de produção rastreada e sustentável, com proteção ao meio ambiente e respeito ao ser humano.
Devido ao modelo de gestão adotado e pela criação de um produto inovador, a empresária foi selecionada como uma das dez melhores empreendedoras do mundo e representou o Brasil na segunda
edição de um prêmio conferido pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Comércio (Unctad).
Onde encontrar: http://www.kapeh.com.br/
Super Cool Market (São Paulo, SP)
Longe de ser mais um brechó, a Super Cool Market trouxe um novo conceito de moda para o país. Criada em 2009, a marca utiliza um
modelo de negócio muito difundido nos EUA e na Europa que propõe a compra e venda de peças usadas, além da troca de peças
seminovas como alternativa ao consumo de novos modelos. A intenção é reduzir o impacto social e ambiental gerado pela produção
têxtil através da reciclagem e reutilização das roupas.
Com foco no mercado jovem, a Super Cool Market, que também comercializa sua marca própria e de novos designers, oferece uma
alternativa para quem pretende reciclar o armário antes de consumir peças novas. As sócias também trabalham com o projeto “Instituição
do Mês”, no qual as peças não vendidas em 30 dias são doadas para diferentes instituições.
“Acreditamos em uma nova forma de consumo mais consciente: pagar menos, estar sempre na moda e evitar o desperdício, aumentando a vida útil de cada peça”, enfatiza uma das sócias.
Onde encontrar: http://www.supercoolmarket.com.br/
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Novos hábitos: busca pelo equilíbrio entre a satisfação pessoal e a vontade de construir um mundo melhor.
Escambau
Desde a década de 80, quando surgiram no Canadá, as feiras de troca se organizam para intercambiar produtos e serviços sem usar dinheiro. Embasadas
nos princípios da economia solidária, a proposta é modificar o hábito de acumular peças que quase nunca são usadas (acumulação), valorizar o
trabalho, o saber e a criatividade humana, além de incentivar o respeito à natureza.
Fundada em maio de 2005, a Cooperativa Trilha Mundos foi criada com o objetivo de atuar em projetos para a implantação de práticas responsáveis e
inovadoras de turismo, conservação, preservação e recuperação do meio ambiente, entre outros.
Entre os seus projetos culturais, encontra-se a feira de trocas Escambau, em Brasília, onde artigos usados ou novos são trocados por outros, sem que haja
circulação de dinheiro. A iniciativa tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a reciclagem de materiais usados e estimular a prática da
economia solidária.
A feira Escambau teve sua primeira edição realizada em agosto de 2006 e agrega em sua programação atrações artísticas, ajudando a difundir a cultura na cidade.
Onde encontrar: http://www.trilhamundos.com.br/EscambauGeral/tabid/510/Default.aspx
Bonde da Troca
Promovida pela Incubadora de Empreendimentos em Economia Solidária da Universidade Federal Fluminense (Niterói, RJ) – que desenvolve de projetos na área desde
2003 –, a feira Bonde da Troca conta com uma equipe multidisciplinar de professores e alunos bolsistas e voluntários.
O projeto de feiras de trocas em Niterói organiza e busca conscientizar a sociedade sobre outra forma de consumo possível, além de promover interação entre as
pessoas por meio da reutilização de objetos.
A ideia é que as pessoas levem para as feiras objetos em boas condições e que não lhes sirvam mais. Tudo pode ser trocado: objetos, serviços e até saberes. O que importa
é a satisfação de uma necessidade ou o prazer de ter algo que se quer, sem gastar nenhum dinheiro.
Onde encontrar: http://incubadoraecosol.wordpress.com/sobre_o_iees/
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Consertar é o novo “re”: “Pare de reciclar. Comece a consertar”.
Manifesto do Conserto: Evitar o desperdício e promover a renovação.
Criado por um grupo de designers holandeses chamado Platform 21, o Manifesto do Conserto reflete a preocupação com o futuro e em gerar
soluções para a vida cotidiana repleta de produtos e objetos descartados que perdem o valor e se deterioram facilmente.
Muitos problemas, segundo eles, vêm da forma como nos relacionamos com tudo o que há para ser consumido: compramos, usamos e não nos
preocupamos em fazer pequenas manutenções ou reparar os danos e, quando o produto se estraga, jogamos fora e compramos outro novo.
Autointitulados “pioneiros da novidade”, o grupo possui uma incubadora de
projetos que questionam a sociedade e suas formas de consumo e uso dos
objetos. De sua sede em uma antiga capela em Amsterdã, conectam amadores,
artistas e profissionais de design, além de promoverem o compartilhamento do
conhecimento criativo por meio de exposições, projetos, diálogos, pesquisas,
workshops, leituras, discussões e festas. Todos que participam são pessoas
interessadas em desenvolver um trabalho novo e consistente que promova algum tipo de reflexão acerca de como lidamos com o consumo e
como descartamos facilmente produtos que podem ter sua vida útil ampliada com base na estratégia da renovação dos ciclos.
O Manifesto do Conserto é uma iniciativa que vem sendo divulgada desde 2009, incentiva a criatividade e propõe uma mudança de atitude
diante dos objetos que possuímos e perante a forma como são projetados.
Onde encontrar: http://www.platform21.nl/page/4315/en
Ato 4 – Vivendo em Harmonia
Design Sustentável:
“Devemos produzir o que é necessário de uma maneira simples, eliminando o óbvio e acrescentando o significativo.”
(Professor John Maeda, MIT – Massachussets Institute of Technology)
• Simplificar: Interagir com os processos industriais e propor novas e eficientes soluções de design.
Tátil Design
Simplicidade é a palavra de ordem para um trabalho de qualidade, visionário e sustentável. A Tátil,
empresa de design e branding do Rio de Janeiro liderada por Fred Gelli, contribui para a transformação do
cenário em que vivemos hoje com projetos que conectam pessoas e marcas de uma maneira sustentável
e geram experiências memoráveis.
“Uma visão de futuro, refletida num conjunto de diretrizes e práticas diárias, a partir da qual a marca
pode fortalecer sua presença na vida das pessoas e seu compromisso efetivo com a transformação do presente, gerando valor para todos.”
(Blog Tátil).
Acredita na natureza como fonte de inspiração para pessoas, empresas e marcas e
na soma de conhecimentos, na interdisciplinaridade como caminho para a inovação.
Em seu mais recente projeto, a empresa assina a criação da logomarca das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro inspirada na mistura de povos e moldada pela natureza
exuberante da cidade: “o amarelo é feito do sol e da essência calorosa, viva, alegre. O azul tem a fluidez da água que nos cerca e do nosso jeito descontraído de levar a vida. O
verde traz nossas florestas e a nossa esperança, a visão sempre positiva e otimista que nos permite ir mais longe, que nos inspira a viver com paixão e leveza, a gostar de
conviver e compartilhar”. (Fred Gelli)
Onde encontrar: http://www.tatil.com.br/
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Repensar.
Gongjang
Alternativas simples e altamente tecnológicas despertam consciência ecológica e proporcionam qualidade de vida. É o que propõe a empresa Gongjang
(que significa ‘artesãos que fazem as coisas com habilidade’), com sede em Seul, na Coreia do Sul. A estratégia era criar um produto ecológico que possuísse
funcionalidade e respeitasse o ciclo de vida natural das coisas, causando menos impacto ao meio ambiente, desenvolvendo formas simples e repensando
as matérias-primas em prol da geração de soluções inovadoras.
Neste conjunto de lápis eco-friendly, batizado de “Stop global warming”(em inglês, “Pare o aquecimento global”) tudo foi pensado a favor da preservação da
natureza. Os lápis são fabricados com 100% de papel reciclado e a tinta de impressão foi substituída por tinta de soja.
Onde encontrar: http://www.criadesignblog.pop.com.br/post/2032/lapis-e-embalagem-feitos-100-com-papel-reciclado-e-tinta-de-soja
Seasons, por Nao Tamura
Tendo como inspiração a milenar técnica de culinária japonesa que utiliza folhas de plantas tanto para
embalar quanto para servir e armazenar pratos quentes ou frios, a designer Nao Tamura criou “Seasons”,
pratos flexíveis, leves e resistentes a diferentes temperaturas (forno, micro-ondas ou lava-louças), que
podem empilhados ou enrolados conforme o uso e/ou transporte.
Tamura diz que sua vivência na cultura nipônica a fez adquirir uma afeição pelas folhas, que envolvem e
apresentam as mais diversas comidas, sendo assim respeitadas dentro de seu ciclo de nascimento,
crescimento e queda das árvores, que é quando elas são colhidas e reaproveitadas.
Feitos de silicone, os Seasons consomem menos energia na fabricação do que a cerâmica ou o vidro, que
também são feitos da mesma matéria-prima (areia de sílica).
Onde encontrar: http://nownao.com
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Agir: Temos que ser atores, e não espectadores. Precisamos entender as necessidades de consumo, sermos cidadãos e termos opinião.
House Wear
Laua Sansone, em um pequeno estúdio de design em Nova York chamado House Wear, desenvolve roupas e acessórios utilizando
um material que se tornou uma alternativa inovadora para os tecidos convencionais. Comercialmente conhecido com Tyvek® e
produzido pela Dupont, o material não tecido composto 100% de polietileno sem aditivos, corantes ou resinas e 100% reciclável é
usado na fabricação de envelopes. Suas principais características de desempenho são: impermeabilidade, durabilidade e
respirabilidade, ficando mais macio a cada lavagem.
Para adornar seus modelos e evitar o excesso de material, em vez de aviamentos, Laua Sansone utiliza a técnica do “trompe
l’oiel” (em francês, “ilusão dos olhos”), que permite uma rápida mudança no visual e uma adequação à moda.
Os produtos, quando descartados, podem ser devolvidos ao centro de reciclagem Tyvek® que o transforma em adubo para o
solo.
Onde encontrar: http://www.house-wear.com/