GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO
Transcrição
FACULDADE BOA VIAGEM CENTRO DE CAPACITAÇÃO EDUCACIONAL GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis RECIFE 2014 GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis Monografia apresentada à Faculdade Boa Viagem e ao Centro de Capacitação Educacional, como exigência do Curso de PósGraduação Lato Sensu em Citologia Clínica. Orientador: Prof. Esp. Danilo Pontes de Oliveira Barros RECIFE 2014 C331i Carvalho, Gledson Barbosa de, 1982Infecção genital ocasionada por Chlamydia Trachomatis / Gledson Barbosa de Carvalho. – Recife : Ed. do Autor, 2014. 22f. : il. Orientador: Prof. Esp. Danilo Pontes de Oliveira Barros. Monografia (Curso de Pós-graduação Lato Sensu em Citologia Clínica) – Faculdade Boa Viagem. Centro de Capacitação Educacional. Resumo em português e inglês. Inclui referências. Inclui anexo. 1. INFECÇÕES POR CLAMÍDIA – DIAGNÓSTICO. 2. APARELHO GENITAL – DOENÇAS – PREVENÇÃO. 3. GINECOLOGIA PATOLÓGICA. 4. DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS – TRATAMENTO. 5. EXAMES CITOPATOLÓGICO. 6. INFECÇÕES POR CLAMÍDA – PESQUISA. I. Barros, Danilo Pontes de Oliveira. II. Título. CDU 616.97 CDD 616.92 PeR – BPE 14-167 GLEDSON BARBOSA DE CARVALHO INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis Monografia para obtenção do grau de Especialista em Citologia Clínica. Recife, 09 de Abril de 2014 EXAMINADOR Nome:________________________________________________________________ Titulação:_____________________________________________________________ PARECER FINAL: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ RESUMO Chlamydia trachomatis é uma bactéria do tipo cocos, gram-negativa. Ela atua como parasita intracelular obrigatório de células eucarióticas, sendo incapaz de sintetizar adenosina trifosfato (ATP). Infecta somente célula humana e está frequentemente associada à infecção do trato genital humano, se constituindo um dos principais agentes sexualmente transmissíveis entre as populações humanas. A infecção é assintomática em até 50% dos homens e em 70% das mulheres. No Brasil, são raros os Serviços de Saúde que oferecem a pesquisa dessa bactéria sistematicamente como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal, mesmo existindo no mercado vários métodos de diagnósticos baseados em: pesquisa de ácidos nucléicos, pesquisa de antígenos (Ag), cultura e pesquisa de anticorpos (Ac). O presente estudo buscou realizar um levantamento bibliográfico dessa bactéria, muitas vezes presente mas desconhecida na população por se apresentar frequentemente de forma assintomática, frisamos seu ciclo de desenvolvimento, seu modo de infecção e seus possíveis métodos de diagnóstico. Palavras-chave: Chlamydia trachomatis; Infecção genital; diagnóstico. ABSTRACT Chlamydia trachomatis is a bacteria like cocci, gram-negative. It acts as an obligate intracellular parasite of eukaryotic cells, being unable to synthesize adenosine triphosphate (ATP). Infects only human cell and is often associated with human genital tract infection, constituting a major sexually transmitted agents in human populations. The infection is asymptomatic in 50% of men and 70% women. In Brazil, there are few that offer health services research this bacterium systematically as part of a gynecological or prenatal care, even though there are various methods of market-based diagnostics: research nucleic acids, search antigen (Ag) culture and antibodies (Ab). This study sought to conduct a literature review of this bacterium often present but unknown in the population is often present asymptomatically, we stress its development cycle, its mode of infection and its possible diagnostic methods. Keywords: Chlamydia trachomatis; Genital Infection; diagnosis. SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................5 2.OBJETIVOS..............................................................................................................6 2.1.OBJETIVO GERAL................................................................................................6 2.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................6 3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................7 3.1.Chlamydia Trachomatis..........................................................................................7 3.1.1. CICLO DE VIDA.................................................................................................7 3.1.2. A INFECÇÃO......................................................................................................9 3.1.3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL....................................................................11 3.1.3.1.PESQUISA DE ANTICORPOS (AC)..............................................................12 3.1.3.2.CULTURA.......................................................................................................12 3.1.3.3.PESQUISA DE ANTÍGENOS (AG)................................................................14 3.1.3.4.PESQUISA DE ÁCIDOS NUCLÉICOS..........................................................14 4.CONCLUSÃO..........................................................................................................15 REFERÊNCIAS..........................................................................................................16 5 1. Introdução A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a cada ano ocorram em torno de 92 milhões de novos casos de infecção pela clamídia, dos quais a maioria é observada em países em desenvolvimento, afetando principalmente adolescentes e jovens (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013). No Brasil, como tais afecções não se incluem entre as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) de notificação compulsória, estima-se que ocorram cerca de 1.967.200 novos casos de clamídia a cada ano (PIAZZETTA, R.C.P.S. et al., 2011) . São raros os serviços de saúde que oferecem sistematicamente a pesquisa dessas bactérias como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal. Nos serviços privados de saúde, só se pesquisa Chlamydia trachomatis (C. trachomatis) em casos sintomáticos ou quando um dos parceiros sexuais relata a presença desta bactéria. Mesmo nessas situações, a pesquisa laboratorial não faz parte da rotina da maioria dos serviços de saúde (JALIL, E.M. et al., 2008). O diagnóstico é dificultado pela inadequação laboratorial e pela dificuldade de caracterizar os sintomas específicos, particularmente em mulheres, das quais aproximadamente 70% podem ser assintomáticas (ORTIZ, L. et al. 1996). Nas que apresentam sintomatologia, ocorreu uma associação significativa com a positividade para a C. trachomatis e a presença de corrimento e ectrópio, o que coincide com os achados de alguns estudos, os quais encontraram a presença de corrimento vaginal dito anormal, definido como secreção, com características diferentes das produzidas nos períodos cíclicos de mudanças hormonais, como o sintoma mais frequente entre as mulheres com infecção por C. trachomatis (BARCELOS, M.R.B. et al., 2008; JALIL, E.M. et al., 2008; BENZAKEN, A.S. et al., 2010; BOZICEVIC, I. et al., 2011) e considerado como um dos fatores essenciais para o diagnóstico da doença inflamatória pélvica (GRAY-SWAIN, M.R.; PEIPERT, J.F., 2006). Sendo assim, o presente estudo visa fazer um levantamento bibliográfico dessa bactéria, muitas vezes assintomática, mas bastante presente em nossa população, enfatizando seu ciclo de desenvolvimento, seu modo de infecção e seus possíveis métodos de diagnóstico. 6 2. Objetivos 2.1 Objetivo geral Levantamente bibliográfico sobre Chlamydia trachomatis 2.2 Objetivos específicos Descrever: O Ciclo de vida A Infecção O Diagnostico laboratorial 7 3. Fundamentação teórica 3.1 Chlamydia trachomatis 3.1.1 Ciclo de vida Chlamydia trachomatis é uma bactéria do tipo cocos, gram-negativa, que varia de 0,2 a 1,5 µm. Ela atua como parasita intracelular obrigatório de células eucarióticas, sendo incapaz de sintetizar ATP. Infecta somente célula humana e está frequentemente associada à infecção do trato genital humano, se constituindo um dos principais agentes sexualmente transmissíveis entre as populações humanas (PEREIRA, 2011). A família Chlamydiaceae é composta pelo gênero Chlamydia, o qual apresenta três espécies patogênicas ao homem, C. trachomatis, C. pneumoniae e C. psittaci. As duas últimas são agentes etiológicos de grande parte das infecções respiratórias (MANAVI, 2006; POIARES, et al. 2008). Já a espécie Chlamydia trachomatis é responsável pela etiogenia de patologias diferentes, associadas às biovariedades tracoma, linfogranuloma venéreo e infecções genitais (WARFORD, et al. 1999). Os sorotipos podem ser classificados de acordo com as diferentes apresentações clínicas: os sorotipos A, B, Ba (está correto), C estão associados ao tracoma endêmico; L1, L2, L3 ao LGV; D, E, F, G, H, I, J, K a infecções genitais e em neonatos (BLACK, 1997; BARNES, 1989; WARFORD, et al., 1999). Ela é uma bactéria imóvel, com ciclo de desenvolvimento bifásico e replicação dentro de vacúolos na célula hospedeira, formando inclusões citoplasmáticas características (BARNES, 1989). A replicação apresenta um ciclo multimórfico e sem sincronismo de desenvolvimento. Dentro deste ciclo multimórfico ocorrem duas formas bem distintas: os corpos elementares (EB) e os corpos reticulares (RB) (HALL, 1997; SCHACHTER; STAMM, 1999). Os corpos elementares são a forma infecciosa, entram no endossoma da célula hospedeira, depois de penetrar através de receptores na superfície da célula epitelial suscetível à clamídia (SCHACHTER; STAMM, 1999). 8 Figura 1. Ciclo de desenvolvimento da Chlamydia trachomatis (The intracellular life of chlamydiae, 2013) Aproximadamente oito horas após a entrada da C. trachomatis na célula, começa a replicação por divisão binária, completando-se o ciclo dentro do endossoma. O RB é maior em tamanho e mais rico em RNA; é a forma metabólica e não-infecciosa da clamídia. Em 24 a 72 horas o RB retorna à forma EB, formando vacúolos contendo de 100 a 1.000 EB. Quando estes vacúolos substituem quase todo o citoplasma da célula hospedeira, ocorre lise e lançamento de EB para o meio extracelular, podendo dar início a um novo ciclo de infecção (WARFORD, et al., 1999). Apesar de ser antigenicamente complexa, são dois os antígenos mais relacionados ao diagnóstico e à patogênese da infecção por essa bactéria. São eles: o antígeno lipopolissacarídico (LPS), mais encontrado no RB, constituído principalmente por ácido cetodeoxietanóico; e o antígeno da major outer membrane protein (Momp) (WARFORD, et al., 1999). Os antígenos da Momp são espécie e subespécie-específicos; por isso são utilizados para a sorotipagem (caracterização realizada através de painel de anticorpos monoclonais) (SCHACHTER; STAMM, 1999). Essa bactéria possui restrições metabólicas, sendo incapaz de sintetizar ATP e necessitando de fonte externa de energia. A parede celular é característica de bactéria gram-negativa, mas, por ter vida intracelular obrigatória, foi originalmente 9 considerada um vírus. Entretanto, diferentemente dos vírus, possui RNA e DNA (BARNES, 1989; HALL, 1997; SCHACHTER; STAMM, 1999). 3.1.2 A Infecção A infecção urogenital por C. trachomatis é a causa de doença sexualmente transmissível bacteriana mais prevalente no mundo, causando infecções genitais sintomáticas e, mais comumente, assintomáticas (FERNANDEZ, R.N.; XIMENES, A.C.; ALVES, M.F.C, 2005; GÖRANDER, S. et al., 2008). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que anualmente cerca de 100 milhões de novos casos ocorrem em todo o mundo. Estudos mostram que as infecções por clamídia é a doença bacteriana transmitida mais comum em países europeus e nos Estados Unidos, com mais de 2,8 milhões de novos casos estimados para ocorrer a cada ano. Em 2009, mais de 1,2 milhões de casos de infecção por clamídia foram notificados para Centros de Controle de Doenças (CDC). A prevalência de infecção por clamídia foi de 6,8% entre as mulheres sexualmente ativas com idade entre 14-19 anos (BORBOREMA-ALFAIA, 2013). No Brasil, de acordo com estudos epidemiológicos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) em grupos específicos de mulheres que participaram ginecologia, planejamento familiar, pré-natal e clínicas mostrou uma prevalência de 2,1-27,1% para a infecção genital por C. trachomatis (MIRANDA A. E., GADELHA A. M. J., PASSOS M. R. L., 2003). No homem, a clamídia é responsável por 30% a 50% dos casos de uretrite não gonocócica, e, quando não tratada, pode levar à síndrome de Reiter (BLACK, M.C. 1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E. 1999; WARFORD, A. et al. 1999). Uma característica desta síndrome é a recorrência, e inclui uretrite, artrite, uveíte e, frequentemente, lesões de pele e de membranas mucosas (MCCORMACK, M.W. et al. 1995; WARFORD, A. et al. 1999). A co-infecção poderia ainda, induzir respostas inflamatórias, diminuindo a eficiência da resposta imune celular e a capacidade de eliminar o HPV nas células da camada basal, facilitando a persistência viral (SMITH et al., 2002, 2004; ZEREU et al., 2007; PABA et al., 2008). Finan; Musharrafieh; Almawi (2006) também comentam que a infecção por C. trachomatis pode induzir a expressão de 10 mediadores pro-inflamatórios, alterando a adesão célula-célula e afetando o processo de diferenciação celular. Na mulher, a infecção genital pode causar salpingite, cervicite, uretrite, endometrite, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade e gravidez ectópica (BLACK, M.C., 1997; GAYDOS, C. et al., 1998; HILLIS, D.S. et al., 1996; MCCORMACK, M.W. et al., 1995; QUINN, T.C. et al., 1996). Quando sintomática, observam-se corrimento vaginal, disúria e sangramento após as relações sexuais. A infecção se inicia usualmente pela endocérvice, podendo ocorrer na uretra e no reto, sendo incomum apenas na uretra (5% a 30%). Ocorre mais frequentemente na endocérvice e na uretra, em 50% a 60% dos casos (BLACK, M.C., 1997). A ascensão do microrganismo do trato geniturinário para o endométrio e para as trompas de Falópio pode ser causa de dor no baixo ventre e de anormalidades menstruais (WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994). O paradoxo em relação à infecção por clamídia é que, mesmo assintomática, pode causar severa imunopatologia tubária. Os testes de triagem para o diagnóstico e o tratamento promoveram uma redução de aproximadamente 56% na incidência de Doença Inflamatória Pélvica (SCHOLES, D.S. et al., 1996). Múltiplos estudos (BLACK, M.C., 1997; GAYDOS, C. et al., 1998; HILLIS, D.S. et al., 1996; QUINN, T.C. et al., 1996; WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994) apontam a infecção sintomática ou assintomática como associada à gravidez ectópica. A salpingite latente e não tratada é uma importante causa de infertilidade (BLACK, M.C., 1997, WARFORD, A. et al., 1999). A infecção por Chlamydia trachomatis está associada a resultados adversos na gravidez, incluindo aborto, ruptura prematura de membranas, trabalho de parto prematuro, baixo peso ao nascimento, óbito fetal, infecção neonatal e endometrite pós-parto (MEYERS, D.S.; HALVORSON, H.; LUCKHAUPT, S.; U.S., 2007). A gravidez ectópica pode causar morte durante o primeiro trimestre de gravidez (HILLIS, D.S. et al., 1996). A infecção por exposição perinatal ocorre em aproximadamente dois terços dos recém-nascidos de mães infectadas. A transmissão ocorre durante o trabalho de parto, sendo a causa mais comum de conjuntivite de inclusão que se desenvolve dentro de duas semanas após o nascimento e, quando não tratada, pode causar pneumonia (SEADI, C. F., 2002). A profilaxia das conjuntivites em recém-nascidos expostos à infecção falha em 15% a 25% dos casos (BLACK, M.C., 1997, WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994). O tratamento da pneumonia pode necessitar de hospitalização prolongada, podendo 11 deixar como sequela uma deficiência na função pulmonar destas crianças (WARFORD, A. et al., 1999). O Centers for Disease Control (CDC) recomenda a triagem em todas as mulheres sexualmente ativas com evidência de cervicite mucopurulenta e idade inferior a 20 anos; em mulheres com idade entre 20 e 30 anos que não utilizam preservativos regularmente e/ou que tenham trocado de parceiro nos últimos 90 dias, e em todas as mulheres com idade inferior a 30 anos atendidas em clínicas de planejamento familiar (HOWELL, M.R. et al., 1998). Ainda, alguns estudos têm sugerido a infecção por C. trachomatis como um fator de risco independente para o desenvolvimento de câncer cervical (SALCEDO, M.M.B.P. et al., 2008; OLIVEIRA, M.L. et al., 2008). Como também associado ao HPV, possivelmente porque essa bactéria teria papel facilitador na carcinogênese do colo do útero mediado pelo HPV, através das proteínas HSP60, que possuem ação anti-apoptótica, facilitando a atuação das oncoproteínas virais em células infectadas pelo HPV (OLIVEIRA, M.L. et al., 2008) No Brasil, são raros os Serviços de Saúde que oferecem a pesquisa dessa bactéria sistematicamente como parte de uma consulta ginecológica ou de pré-natal (JALIL, E.M. et al., 2008), embora na maioria das mulheres a infecção seja assintomática ou com sintomas mínimos. Esse dado é relevante na medida em que há evidências de que o rastreamento de gestantes assintomáticas pode detectar a infecção por clamídia e que o tratamento dessa infecção durante o curso da gestação melhora os resultados sobre a saúde materna e fetal, havendo recomendação para o rastreamento dessa bactéria durante a gravidez (MEYERS, D.S.; HALVORSON, H.; LUCKHAUPT, S., 2007). 3.1.3 Diagnóstico laboratorial O aprimoramento de métodos laboratoriais permitiu um grande avanço no diagnóstico e avaliação epidemiológica das infecções provocadas pela C. trachomatis (MELLES, H.H.B. et al., 2000). 12 3.1.3.1 Pesquisa de anticorpos (Ac) As técnicas sorológicas mais comuns, como a fixação do complemento, a imunofluorescência indireta (IFI), que utiliza células infectadas com o sorotipo L2, e o enzimaimunoensaio heterogêneo, que utiliza antígenos recombinantes, detectam anticorpos gênero-específicos, ou seja, contra o antígeno LPS presente nos corpos elementares ou reticulares (BLACK, M.C., 1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E., 1999). As técnicas que permitem detectar separadamente anticorpos de classe IgG, IgA e IgM são mais úteis, embora a pesquisa de IgM seja frequentemente indetectável quando a infecção é recorrente (BLACK, M.C., 1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E., 1999). A presença de anticorpo IgM e/ou IgA e um aumento significativo (pelo menos dois títulos) de IgG entre uma amostra colhida na fase aguda e outra na convalescente evidenciam uma infecção recente (WARFORD, A. et al., 1999). A microimunofluorescência (MIF) descrita por Wangs et al. (1973) para a pesquisa de anticorpos é espécie e subespécie-específica. O princípio da técnica é o mesmo da IFI, mas difere nos antígenos, que são utilizados em quantidades mínimas, representando todas as espécies e sorotipos da clamídia (agrupados opcionalmente por afinidades). O MIF é a técnica de escolha para a pesquisa do anticorpo IgM no diagnóstico de pneumonia por clamídia no recém-nascido e a mais sensível entre as técnicas sorológicas, mas é laboriosa e de alto custo (BLACK, M.C., 1997; BLACK, M.C., 1997; SCHACHTER, J.; STAMM, W.E., 1999; WARFORD, A. et al., 1999). 3.1.3.2 Cultura A técnica de referência para o diagnóstico desse agente ainda é o cultivo, que possui especificidade de quase 100%; no entanto, a sensibilidade não é muito boa (HERKENHOFF, Marcos Edgar et al., 2012). A sensibilidade deste método pode atingir um nível de cerca de 80-90 % com meio de cultura especializada e condições de cultura , pessoal especializado e, pelo menos, 72 horas de tempo de cultura. Um elevado nível de suspeita em um clínico alerta é essencial para a escolha do meio de cultura e as condições para a direita , e uma melhoria significativa na taxa de 13 cultura pode também ser conseguida por transporte urgente e processamento das amostras no laboratório (SU W.H.,2011). Esse tipo de exame requer cultivo de linhagens celulares e estas são de alto custo e de difícil conservação, fazendo com que muitos laboratórios abandonem essa prática (HERKENHOFF, Marcos Edgar et al., 2012). Várias linhagens celulares permitem o cultivo da clamídia, sendo mais utilizadas as células McCoy distribuídas em monocamadas sobre microplacas. Este método utiliza a cycloheximida, droga citostática que permite a utilização de células em plena atividade metabólica, com apenas 24h de incubação, tornando-as mais sensíveis ao desenvolvimento da clamídia (RIPA, K.T.; MARDH, P.A., 1977). Na coleta da amostra, quer para fins citológicos, quer para fins de isolamento, devesse sempre considerar a quantidade de células epiteliais contidas nesse material (PHILLIPS, R.S. et al. 1987), levando-se em conta que a clamídia é um microrganismo intracelular obrigatório, com preferência por células do epitélio colunar. Assim, a presença dessas células reflete a qualidade da amostra para diagnóstico laboratorial. A vantagem da cultura é a baixa probabilidade de contaminação e a preservação do microrganismo para estudos adicionais, como o teste de suscetibilidade à terapia antimicrobiana e genotipagem (BLACK, M.C., 1997). Devido à alta especificidade, até meados de 1998, era a única metodologia aceita para fins médico-legais em suspeita de estupro e abuso sexual, conforme recomendação do CDC. A cultura tem sido considerada o padrão-ouro (gold standard), podendo, por vezes, subestimar a especificidade de outras técnicas mais sensíveis. Resultados discordantes em relação à cultura já foram até mesmo considerados falso-positivos, quando na verdade faltava sensibilidade à cultura (LEBAR, D.W., 1996). Por outro lado, avaliar testes menos sensíveis comparando-os com a cultura é superestimar a sensibilidade do teste em relação à verdadeira infecção (BLACK, M.C., 1997; HADGU, A., 1996). O isolamento da C. trachomatis em cultura de células não constitui padrão ouro com 100% de especificidade e sensibilidade. Entretanto, se processado sob condições ótimas, é mais sensível que os métodos novos e é específico (BLACK, M.C., 1997; MAGDER, L. et al. 1990). A agência americana Food and Drug Administration (FDA) tem ampliado a definição de um resultado verdadeiramente positivo para a infecção por clamídia, 14 baseando-se na combinação de dois testes (cultural e não-cultural) (BLACK, M.C., 1997). De acordo com o Guia da Prática Clínica, publicado pelo CDC, um diagnóstico é definitivo quando a cultura é positiva ou um teste não-cultural é confirmado por um segundo teste não-cultural. A associação de duas técnicas nãoculturais positivas é aceita como padrão-ouro expandido (SEADI, C.F. et al., 2002). 3.1.3.3 Pesquisa de antígenos (Ag) Os testes de detecção de antígenos baseiam-se na reação com os antígenos contidos no LPS e no Momp. A detecção direta de antígeno também pode ser realizada por testes de EIA (Enzimaimunoensaio), os quais podem variar quanto ao tipo de fase sólida (como microplacas, pérolas, tubos) onde está ligado o anticorpo primário. Quando o antígeno está presente, este reage com um anticorpo marcado com enzima, cujo produto final pode ser avaliado por espectrofotometria, fluorescência ou quimiluminescência e correlacionado com a positividade ou não do teste (SEADI, C.F. et al., 2002). Técnicas de EIA que empregam anticorpo anti-LPS apresentam a desvantagem de poderem resultar em reação cruzada com o LPS de outras bactérias (BLACK, M.C., 1997; WEINSTOCK, H.M.D. et al., 1994), levando a resultados falsamente positivos. 3.1.3.4 Pesquisa de ácidos nucléicos A partir de 1980, a tecnologia de detecção de ácidos nucléicos encontrou ampla aplicação no diagnóstico de infecção por clamídia, por ser mais rápida e sensível e por não depender da viabilidade da amostra. Sondas de DNA com sequência complementar ao RNA ribossomal 16S do genoma da clamídia e marcadas com éster de acridina, ao hibridizar com o DNA da clamídia, são absorvidas por magnetismo, e a reação é quantificada com o uso de um luminômetro. Amostras hemolisadas são inadequadas devido ao efeito de autofluorescência, podendo produzir resultados falso-positivos (BLACK, M.C., 1997). Boas práticas de laboratório e procedimentos imprescindíveis para minimizar problemas de contaminação. de desinfecção são 15 4. Conclusão As mulheres com infecções por clamídia frequentemente não são diagnosticadas até que surjam complicações, tais como a doença inflamatória pélvica (DIP). Mesmo assim, os sintomas de doença inflamatória pélvica causados por infecção por clamídia podem estar ausentes ou não ser específicos, aumentando o risco de complicações a longo prazo. Assim, reafirmamos a conclusão de autores de que não existe, de fato, sintoma que se possa dizer específico de infecção genital pela C. trachomatis. Uma vez infectados, as mulheres tornam-se suscetíveis à sequela da obstrução tubária bilateral e os homens ao fator masculino de infertilidade. Como a população jovem é a mais afetada, o rastreamento de casos assintomáticos tem sido recomendado em alguns países desde os anos de 1990, na maioria das vezes em populações específicas como em clínicas de DST, pré-natal e planejamento familiar. No Brasil, o rastreamento para C. trachomatis tem sido meta do Ministério da Saúde desde 1999 e tem sido realizado dentro da possibilidade dos serviços, em gestantes e adolescentes em atendimentos específicos como planejamento familiar, atendimento pré-natal e prevenção do câncer do colo do útero. Nos métodos de diagnósticos, ao abordarmos a pesquisa indireta, registramos a existência de situações em que é necessário a coleta de duas amostras em intervalos de pelo menos 15 dias, com o risco de altos percentuais de reações cruzadas pelas técnicas de EIA e de IFI. A má administração de tais limites do método compromete seus resultados. Por outro lado, a cultura, apesar de exigir infraestrutura pouco acessível da maioria dos laboratórios de rotina, oferece maior segurança quanto à contaminação de amostras. Sua sensibilidade, mesmo sendo inferior somente à da PCR, compensa-se pela sua especificidade. Já nos testes diretos, como a pesquisa de antígenos e ácidos nucleicos, apresentam maior sensibilidade e especificidade para o diagnóstico, embora impliquem maior custo. Os indiretos, como a pesquisa de anticorpos séricos, são frequentemente utilizados para o rastreamento por se constituírem métodos fáceis para coleta e manuseio, mas têm restrições por não serem adequados para pesquisa de infecção ativa e pelos altos percentuais de reações cruzadas. Finalmente, os métodos mais completos em termos de sensibilidade e especificidade e com menores riscos são os 16 de detecção de ácidos nucléicos, dos quais a PCR é o mais difundido, apesar de seus custos elevados. REFERÊNCIAS BARCELOS, M.R.B. et al. Infecções genitais em mulheres atendidas em Unidade Básica de Saúde: prevalência e fatores de risco. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2008, v. 30, n. 7, p. 349-54. BARNES, C.R. Laboratory diagnosis of human chlamydial infections. Clinical Microbiology Reviews, v. 2, n. 2, p. 119-36, 1989. BENZAKEN, A.S. et al. Prevalência da infecção por clamídia e gonococo em mulheres atendidas na clínica de DST da Fundação Alfredo da Matta, Manaus, Amazonas. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissiveis, v. 22, n. 3, p. 129-34, 2010. BLACK, M.C. Current methods of laboratory diagnosis of Chlamydia trachomatis infections. Clinical Microbiology Reviews, v. 10, n. 1, p. 160-84, 1997. BORBOREMA-ALFAIA, Ana Paula B. de et al. Chlamydia trachomatis infection in a sample of northern Brazilian pregnant women: prevalence and prenatal importance. Brazilian Journal of Infectious Diseases, Salvador, v. 17, n. 5, Oct. 2013. BOZICEVIC, I. et al. Urine-based testing for Chlamydia trachomatis among young adults in a population-based survey in Croatia: feasibility and prevalence. BMC Public Health, v. 11, p. 230, 2011. FERNANDES, A.M.S. et al. Infecção por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae em mulheres atendidas em serviço de planejamento familiar. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 5, p. 235-40, 2009. FERNANDEZ, R.N.; XIMENES, A.C.; ALVES, M.F.C. Detecção do DNA de Chlamydia trachomatis em espondiloartropatias e artrite reumatoide. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 45, n. 5, p. 280-290, 2005. 17 FINAN, R. R.; MUSHARRAFIEH, U.; ALMAWI, W.Y. Detection of Chlamydia trachomatis and herpes simplex type 1 or 2 in cervical samples in human papilloma virus (HPV)- positive and HPV-negative women. Clinical of Microbiology Infect, v. 12, p. 927-930, 2006. FRANCESCHI, S. et al. Cervical infection with Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae in women from ten areas in four continents. A cross-sectional study in Sexually Transmitted Infections, v. 34, n. 8, p. 563-9, 2007. GAYDOS, C. et al. Molecular amplification assays to detect chlamydial infections in urine specimens form high school female students and monitor the persistence of chlamydial DNA after therapy. Journal of Infectious Diseases, v. 177, p. 417-24, 1998. GEISLER, W.M.; JAMES, A.B. Chlamydial and gonococcal infections 23. in women seeking pregnancy testing at family-planning clinics. American Journal of Obstetrics & Gynecology, v. 198, n. 5, p. 502 e 1-4, 2008. GÖRANDER, S. et al. Soroprevalence of Herpes simplex vírus type 2, five oncogênico human papillomaviruses, and Chlamydia trachomatis in Katowoice, Poland. Clinical and Vaccine Immunology, v. 15, n. 4, p. 675-680, 2008. GRAY-SWAIN, M.R.; PEIPERT, J.F. Pelvic inflammatory disease in adolescents. Current Opinion in Obstetrics and Gynecology, v. 18, n. 5, p. 503-10, 2006. HADGU, A. The discrepancy in discrepant analysis. Lancet, v. 348, p. 592-3, 1996. HALL, S.G. Chlamydia trachomatis: update on laboratory diagnosis. Check sample. The American Society for Clinical Pathology, v. 40, n. 4, p. 49-61, 1997. HERKENHOFF, Marcos Edgar et al. Prevalência de Chlamydia trachomathis em amostras endocervicais de mulheres em São Paulo e Santa Catarina pela PCR. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. Rio de Janeiro, v. 48, n. 5, Oct. 2012. 18 HILLIS, D.S. et al. Screening for Chlamydia: a key to the prevention of pelvic inflammatory disease. The New England Journal of Medicine, v. 334, n. 21, p. 1399-401, 1996. HOWELL, M.R. et al. Screening for Chlamydia trachomatis in asymptomatic women attending family planning clinics: a cost-effectiveness analysis of three strategies. Annals of Internal Medicine, v. 128, n. 4, p. 277-84, 1998. JALIL, E.M. et al. Prevalência da infecção por clamídia e gonococo em gestantes de seis cidades brasileiras. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 12, Dec. 2008. LEBAR, D.W. Keeping up with new technology: new approaches to diagnosis of Chlamydia infection. Clinical Chemistry, v. 42, n. 2, p. 808-12, 1996. MACHADO, F.A.C. et al. Prevalência de infecção por HIV, HTLV, VHB e de sífilis e clamídia em gestantes numa unidade de saúde terciária na Amazônia ocidental brasileira. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 32, n. 4, p. 176-83, 2010. MAGDER, L. et al. Effect of patient characteristics on performance of an Enzyme immunoassay for detecting cervical Chlamydia trachomatis infection. Journal of Clinical Microbiology, v. 28, p. 781-784, 1990. MANAVI, K. A review on infection with Chlamydia trachomatis. Best Practice & Research Clinical Obstetrics and Gynaecology, v. 20, n. 6, p. 941-951, 2006. MCCORMACK, M.W. et al. Urethrites in principles and practice of infectious diseases. Nova York: Churchill Livingstone, ed.4 p. 1063-74, 1995. MELLES, H.H.B. et al. Avaliação de parâmetros para o diagnóstico laboratorial de infecção genital feminina pela Chlamydia trachomatis. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 33, n. 4, Aug. 2000. 19 MEYERS, D.S.; HALVORSON, H.; LUCKHAUPT, S.; U.S. Preventive Services 21. Task Force. Screening for chlamydial infection: an evidence update for the U.S. Preventive Services Task Force. Annals of Internal Medicine, v. 147, n. 2, p. 13542, 2007. MIRANDA A. E., GADELHA A. M. J., PASSOS M. R. L. Impacto da Infecção pela Chlamydia trachomatis na Saúde Reprodutiva. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissiveis, n 15, p 53–8, 2003. OLIVEIRA, M.L. et al. Infecção por Chlamydia em pacientes com e sem lesões intraepiteliais cervicais. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 54, n. 6, p. 50612, 2008. ORTIZ, L. et al. Chlamydia trachomatis major outer membrane protein (MOMP) epitopes that activate HLA class II-restricted T cells from infected humans. The Journal of Immunology, v. 157, n. 10, p. 4554-67, 1996. PABA, P. et al. Co-Expression of HSV-2 and Chlamydia trachomatis in HPV-Positive cervical Cancer and Cervical Intraepithelial Neoplasia Lesions Is Associated with Aberrations in Key Intracellular Pathways. Intervirology, v. 51, p. 230-34, 2008. PEREIRA, V.S.S. Prevalêcia da infecção por papilomavírus humano, herpes simplex tipos 1 e 2 e chlamydia trachomatis em um segmento da população feminina da grande natal / RN. In: Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2011, v. 1. Disponivel em <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde_busca/arquivo.php? codArquivo=4350>. Acesso em: 28 abr. 2013. PHILLIPS, R.S. et al. Use of a direct fluorescent antibody test for detecting Chlamydia trachomatis cervical infection in women seeking routine gynecologic care. Journal of Infectious Diseases, v. 156, p. 575-581, 1987. PIAZZETTA, R.C.P.S. et al. Prevalência da infecção por Chlamydia Trachomatis e Neisseria Gonorrhoea em mulheres jovens sexualmente ativas em uma cidade do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 33, n. 11, Nov. 2011. 20 POIARES, L. A. et al. Validação do método de detecção de Chlamydia trachomatis por Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 40, n. 3, p. 229-232, 2008. QUINN, T.C. et al. Epidemiologic and microbiologic correlates of Chlamydia trachomatis infection in sexual partnerships. The Journal of the American Medical Association, v. 276, n. 21, p. 1737-42, 1996. RIPA, K.T.; MARDH, P.A. Cultivation of Chlamydia trachomatis in cycloheximidetreated Mccoy cells. Journal of Clinical Microbiology, v. 6, p. 328-331, 1977. SALCEDO, M.M.B.P. et al. Chlamydia trachomatis e gestação. Femina. v. 36, n. 7, p. 431-7, 2008. SCHACHTER, J.; STAMM, W.E. Chlamydia. In: Manual of clinical microbiology. 7.ed. Washington, D.C. The American Society for Microbiology Press, p. 795-806, 1999. SCHOLES, D.S. et al. Prevention of pelvic inflammatory disease by screnning for cervical Chlamydia infection. The New England Journal of Medicine, v. 334, p. 1362-66, 1996. SEADI, C.F. et al. Diagnóstico laboratorial da infecção pela Chlamydia trachomatis: vantagens e desvantagens das técnicas. O Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. 38, n. 2, 2002. SMITH, J.S. et al. Chlamydia trachomatis and invasive cervical cancer: a pooled analysis of the IARC multicentric case-control study. International Journal of Cancer, v. 111, p. 431-439, 2004. SMITH, J.S. et al. Herpes Simplex Virus-2 as a human papillomavirus Cofactor in the Etiology of Invasive Cervical Cancer. Journal of the National Cancer Institute, v. 94, n. 21, p. 1604-13, 2002. 21 SPILIOPOULOU, A. et al. Chlamydia trachomatis: time for screening? Clinical Microbiology and Infection, v. 11, n. 9, p. 687-9, 2005. SU W.H., et al. Diagnosis of Chlamydia infection in women. Taiwanese Journal of Obstetrics and Gynecology, v 50, n 3, p 261-7, Sept 2011. The intracellular life of chlamydiae. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/ science/article/pii/S1045187002500066> Acesso em: 6 ab. 2013. WANGS, S.P. et al. A simplified method of immunological typing of trachomainclusion conjunctivitis-lymphogranuloma venereum organisms. Infection and Immunity, v. 7, p. 356-60, 1973. WARFORD, A. et al. Laboratory diagnosis of Chlamydia trachomatis infection. In: Cumitech. Washington, D.C. The American Society for Microbiology Press, v.19A, p. 2-18, 1999. WEINSTOCK, H.M.D. et al. Chlamydia trachomatis infections. In: Sexually transmitted diseases in the Aids era: part II. Infectious Disease Clinics of North America, v. 8, n. 4, p. 797-819, 1994. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). 6. Sexually Transmitted Bacterial Infections. Disponível em: <www.who.int/vaccine_research/documents/ Chapter6_STI_New.pdf> Acesso em: 01 abr. 2013. ZEREU, M. et al. Herpes simplex virus type 2 and Chlamydia trachomatis in adenocarcinoma of the uterine cervix. Journal of Gynecology and Obstetrics, v. 105, p. 172-75, 2007. 22 ANEXO DECLARAÇÃO Eu, Gledson Barbosa de Carvalho, portadora do documento de identidade RG 6322857, CPF n° 041250114-78, aluno regularmente matriculada no curso de PósGraduação em Citologia Clínica, do programa de Lato Sensu da Faculdade Boa Viagem e do Centro de Capacitação Educacional, sob o n° CC112412 declaro a quem possa interessar e para todos os fins de direito, que: 1. Sou o legítimo autor da monografia cujo título é: “INFECÇÃO GENITAL OCASIONADA POR Chlamydia Trachomatis”, da qual esta declaração faz parte, em seus ANEXOS; 2. Respeitei a legislação vigente sobre direitos autorais, em especial, citado sempre as fontes as quais recorri para transcrever ou adaptar textos produzidos por terceiros, conforme as normas técnicas em vigor. Declaro-me, ainda, ciente de que se for apurado a qualquer tempo qualquer falsidade quanto ás declarações 1 e 2, acima, este meu trabalho monográfico poderá ser considerado NULO e, consequentemente, o certificado de conclusão de curso/diploma correspondente ao curso para o qual entreguei esta monografia será cancelado, podendo toda e qualquer informação a respeito desse fato vir a tornar-se de conhecimento público. Por ser expressão da verdade, dato e assino a presente DECLARAÇÃO, Em Recife, _____/__________ de 2014. ________________________ Assinatura do (a) aluno (a) Autenticação dessa assinatura, pelo funcionário da Secretaria da PósGraduação Lato Sensu
Documentos relacionados
Infecção Genital por Chlamydia trachomatis na Mulher
premature delivery or miscarriage. Keywords: Chlamydia trachomatis, reproductive tract infections, molecular diagnostic techniques, complications
Leia maisChlamydia trachomatis E SUA ABORDAGEM NO
como: parto precoce, morte neonatal e DIP pós-parto. A gravidez ectópica pode causar morte do feto durante o primeiro trimestre de gravidez (ROCHA et al., 2013). A infecção por C. trachomatis por e...
Leia mais1 universidade federal do espírito santo centro de ciências da saúde
Conclusions: This study shows a high prevalence of CT infection among young pregnant women in Brazil. We suggest that CT screening should be included as part of antenatal care routine in this group...
Leia maisAvaliação do Perfil Socioeconômico e dos Fatores - PPGBAIP
As bactérias do gênero Chlamydia estão associadas à diversas doenças, como cegueira, infecções genitais e pneumonia, bem como as bactérias do gênero Treponema, especificamente a espécie Treponema p...
Leia maisuniversidade federal do pará instituto de ciências - BAIP
Ao meu eterno amor, Igor, que tantas vezes deixou seu estudo em segundo plano para que eu pudesse desenvolver o meu, demonstrando todos os dias de forma incansável sua compreensão, paciência, carin...
Leia mais