TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NOS
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TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NOS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NOS INDIVÍDUOS COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA – TL 001 1 1 2 1 Adriane Schmidt Pasqualoto ; Patrícia Hübner Schumacher ; Anelise Dumke ; Eliane Roseli Winkelmann ; 1 Darlene da Costa Bittencourt 1 2 Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Universidade do Rio Grande do Sul – UFRGS. Ijuí – RS. INTRODUÇAO: As técnicas de conservação de energia são ferramentas que já vem sendo utilizadas nos programas de reabilitação pulmonar, tendo por finalidade diminuir a dispnéia, causada pela doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Estes compartilham um importante sintoma, a dispnéia, que impõe um estado progressivo de intolerância ao exercício físico limitando a realização das atividades de vida diária. Estudos já realizados evidenciam que 78% dos indivíduos portadores da DPOC sentem dispnéia ao realizar atividades de vida diária, e que 55 % deles necessitam de algum auxílio para realização das mesmas. Este estudo busca conhecer a influencia das técnicas de conservação de energia nas atividades de vida diária. OBJETIVO: Analisar o grau de dispnéia nas atividades de vida diária com e sem a utilização de técnicas de conservação de energia nos portadores de DPOC de grau leve a grave. MATERIAIS E MÉTODOS: A amostra foi composta por 12 indivíduos (66,4±9,7anos), portadores de DPOC leve a grave (VEF1% 56,7±21,1) participantes do programa de reabilitação pulmonar da Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul. Os indivíduos foram avaliados em cinco atividades de vida diária: guardar utensílios, amarrar os calçados, escovar os dentes, pentear os cabelos e subir escadas sem e com utilização de técnicas de conservação de energia. As variáveis analisadas foram a freqüência respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2), sensação de esforço percebido através da escala analógica de Borg. ANÁLISE ESTATÍSTICA. A análise das variáveis medidas nos testes realizados nas duas situações foi realizada pelo teste t de Student. A comparação das mudanças obtidas foi estudada através do teste de Mann-Whitney. Para o estudo da relação entre as diversas variáveis foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Um valor de p<0,05 foi aceito para significância estatística. RESULTADOS: O uso das técnicas de conservação de energia durante as atividades de vida diária proporcionaram uma melhora estatisticamente significativa (p<0,05). Esta foi observada através da redução da sensação de dispnéia (p 0,01) e da FR em escovar os dentes (p=0,02), pentear os cabelos (p=0,03), guardar utensílios (p=0,05). Também um aumento da SpO2 foi verificado nas atividades de pentear os cabelos (p=0,01), subir escadas (p=0,01) e guardar utensílios (p=0,01). Não ocorreram alterações na atividade de amarrar os calçados (p=0,13). CONCLUSÃO: A utilização de técnicas de conservação de energia reduziu a sensação de dispnéia durante as atividades de vida diária nos portadores de DPOC de grau leve a grave. Palavras-chave: DPOC, atividade de vida diária, técnicas de conservação de energia. INCIDÊNCIA DAS INTERCORRÊNCIAS RESPIRATÓRIAS E MORTALIDADE EM CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN. TL - 002 Isabela Regina Lorang; Maria do Céu Pereira Gonçalves. Universidade Estácio de Sá, Petrópolis, Rio de Janeiro. Introdução: A mortalidade nas crianças portadoras da Síndrome de Down é elevada e está freqüentemente associada às cardiopatias e pneumonias. As intercorrências respiratórias aumentam os riscos desta complicação. Os fatores que contribuem e aumentam o risco destas complicações respiratórias são vários e estão associadas à hipotonia, obesidade, disfunção imune, doença cardíaca e hipoplasia pulmonar. A atual literatura afirma que existe alta taxa de mortalidade pelas cardiopatias e estas apresentam estreita relação com a presença de infecções de repetição do aparelho respiratório. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Objetivos: Este estudo visou identificar a incidência das intercorrências do sistema respiratório e mortalidade em crianças portadoras da Síndrome de Down. Materiais e Métodos: Estudo descritivo transversal, amostra de conveniência, ambos os sexos. A amostra foi composta de 31 crianças com SD com idades entre recém-nato até três anos de idade, que receberam tratamento fisioterapêutico motor com enfoque preventivo nas comorbidades respiratórias no período de 01 janeiro de 2005 e 31 maio de 2007, na cidade de Petrópolis/RJ. Análise estatística: Os dados obtidos foram tratados através do teste Exato de Fischer. Resultados: Dos 31 pacientes, 18 (58%) apresentaram comprometimentos respiratórios graves. Houve caso de pneumonia em 9/31 (29%) dos pacientes. Não houve casos de pneumonia de repetição. Todos os pacientes apresentaram intercorrências respiratórias, tiveram coriza, resfriados, secreções e tosse. Convém mencionar que estas intercorrências fazem parte do dia a dia das crianças petropolitanas no inverno em função do clima da região. Das 31 crianças, somente 2 crianças com cardiopatia necessitaram de internação por pneumonia, uma delas foi a óbito por complicações respiratórias. Conclusões: A população do estudo apresentou baixa incidência de mortalidade na proporção de 1:31. O tratamento fisioterapêutico com enfoque na prevenção das comorbidades respiratórias nas crianças portadoras de SD mostrou-se eficiente visto que, somente duas crianças foram hospitalizadas. Conclui-se também que a incidência de intercorrências respiratórias na população estudada foi evelada, porém a incidência da mortalidade foi baixa nos casos com tratamento fisioterapêutico preventivo contínuo. Palavras-chave: Síndrome de Down; mortalidade na Síndrome de Down; intercorrências respiratórias. INFLAMAÇÃO PULMONAR HIPERÓXICA AGUDA É PRECEDIDA POR DESEQUILÍBRIO REDOX. TL - 003 Akinori Cardozo Nagato1; Frank Silva Bezerra1; Manuella Lanzetti2; Alan Aguiar Lopes2; Tiago dos Santos Fereira2; Marco Aurélio Santos Silva2; Eduardo Tavares Lima Trajano2; Jackson Nogueira Alves1; Luís Cristóvão Porto2; Samuel Santos Valença2. 1 - Universidade Severino Sombra – Vassouras-RJ 2 - Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro-RJ INTRODUÇÃO - As concentrações supra-fisiológicas de oxigênio são rotineiramente administradas em pacientes com doenças pulmonares, cardíacas e neonatos, para prevenir ou tratar a hipoxemia. Embora a sua suplementação seja necessária a exposição à alta concentração de oxigênio causa dano pulmonar. Atualmente, sabe-se que a toxicidade do oxigênio está relacionada à formação de radicais livres e à indução do dano oxidativo. Entretanto, ainda não está claro se a inflamação pulmonar hiperóxica apresenta envolvimento com o tempo em que os pulmões permanecem sob desequilíbrio redox. OBJETIVO - O objetivo deste estudo foi investigar o envolvimento do tempo de hiperóxia com o equilíbrio redox e inflamação pulmonar. MATERIAIS E MÉTODOS - Para testar esta hipótese, camundongos foram expostos à 100% de oxigênio por 12, 24 ou 48 horas em uma câmara de inalação; enquanto o grupo controle foi exposto à normóxia sob as mesmas condições. Após a exposição ao oxigênio, os animais foram sacrificados. O lavado broncoalveolar foi realizado e os pulmões foram removidos para análises histológicas, bioquímicas, biologia molecular e imunohistoquímica. ANÁLISES ESTATÍSTICAS - Os dados foram expressos em média ± erro padrão da média. Para os dados contínuos com distribuição normal foram utilizados one-way ANOVA seguido do pós-teste de Student–Newman Keuls. Para os dados discretos foi utilizado Kruskal-Wallis seguido do pós-teste de Dunn. Em todos os casos foi considerado significativo p<0.05. RESULTADOS - A hiperóxia causou uma depleção (p<0,01) da atividade da enzima superóxido dismutase. Enquanto aumentou a atividade de mieloperoxidase nos grupos 24h (p<0,001) e 48h (p<0,05). Após 48h, a atividade da catalase aumentou consideravelmente (p<0,001). E uma redução da relação glutationa reduzida/oxidada nos grupos 12h (p<0,01) e 24h (p<0,05) foi obaervada. A hiperóxia induziu o aumento da expressão de TNF-α nos grupos 24 e 48h (p<0,05). E, aumentou a expressão de IL-6 a partir de 24h. O número de macrófagos alveolares foi 37,97% menor no grupo 12h (p<0,05). Enquanto no grupo 24h houve um aumento de 87,34% (p<0,001). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Após 48h, o número de neutrófilos alveolares aumentou 237,6% (p<0,001). Após 12 e 24h os níveis de MDA aumentaram 93% (p<0,001) e 48% (P<0,05), respectivamente. Todos os resultados foram obtidos resultaram da comparação entre os grupos experimentais com o grupo controle. CONCLUSÕES - Nossos resultados indicam um efeito não desejado da hiperóxia sobre os pulmões, com evidências de que o desequilíbrio redox precede as alterações observadas na inflamação pulmonar hiperóxica aguda. PALAVRAS-CHAVE: Tempo de Hiperóxia – Desequilíbrio redox – Inflamação pulmonar. HIPOTROFIA DO DIAFRAGMA EM RATOS COM DIABETES MELLITUS INDUZIDA. TL - 004 Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior1; Emanuela Freire de Almeida1; André Accioly Nogueira Machado1; Fabíola Maria Sabino Meireles 2; Vânia Marilande Ceccatto1 1- Instituto Superior de Ciências Biomédicas da Universidade Estadual do Ceará – Fortaleza-CE 2- Aluna do curso de fisioterapia da Faculdade Christus – Fortaleza-CE Palavras-chaves: Diabetes Mellitus, Diafragma, Fibras Musculares INTRODUÇÃO: Sabe-se que a Diabetes é uma condição metabólica extremamente presente no cotidiano mundial, caracterizada por alterações na liberação/produção de insulina com repercussões sistêmicas.OBJETIVOS:Avaliar as alterações morfométricas induzidas pelo diabetes mellitus no músculo diafragma de ratos.MATERIAIS E MÉTODOS: O projeto foi aprovado no Comitê de Ética para o Uso de Animais (CEUA/Universidade Estadual do Ceará - UECE) – Processo n. 08351785-5. Foram utilizados 12 ratos Wistar, machos, com massa 300g±20, divididos em dois grupos: diabético (6) e controle (6). Para a indução do diabetes foi feita injeção intraperitoneal de estreptozotocina (65 mg/Kg). Após 48 horas, foram incluídos os animais com glicemia superior a 11 mM (> 200 mg/dl) no grupo diabético. A glicemia foi verificada por seis semanas. Após este período, os ratos foram anestesiados com Cetamina 60mg/Kg e Xilasina (8mg/Kg de peso do animais), sacrificados por decaptação e feita a dissecação do músculo diafragma. O material foi mantido em formol a 10% para armazenagem e posterior coloração com hematoxilina/eosina. Comparou-se o peso do músculo diafragma e os dados morfométricos do grupo diabético com o controle. Para a análise do diâmetro médio das fibras musculares foi utilizado o software AxioVision 3.1.2.1 (Zeiss). Os valores de peso (g) foram normalizados pelo comprimento da tíbia (mm) do animal e expressos sob a forma de média ± erro padrão (g/mm). Os valores de diâmetro de fibra (µm) foram efetuados através da seleção de dois círculos de 1000 µm cada, por lâmina, num total de 3 lâminas por animal. Os dados foram analisados com o auxílio do software GraphPad Prism 5.0 – San Diego, CA (USA), com p<0,05, para o teste T de amostras independentes. RESULTADOS: Os animais diabéticos apresentaram redução do peso corporal (246,0g ± 10,4) em relação ao grupo controle (370,3g ± 7,2) ao fim do experimento. Mostraram ainda redução no peso do diafragma (0,018g/mm ± 0,00086) em relação ao controle (0,026g/mm ± 0,0016). Com relação ao diâmetro médio das fibras musculares, o grupo diabético também apresentou redução (44,8µm ± 0,4) em relação ao controle (57,0µm ± 0,5). Todos os dados mostraram significância estatística (p<0,05).CONCLUSÃO: O estudo revelou que, na condição de diabetes experimental induzida, ocorreu alteração significativa na musculatura respiratória dos ratos. Foi visto uma redução da massa muscular, evidenciado pela redução do peso do diafragma e do diâmetro médio das fibras musculares em relação ao controle. FISIOTERAPIA NO RECÉM-NASCIDO DE RISCO PÓS-ASFIXIA PERINATAL – TL 005 1 2 1 Jolizete Luisa Vieira Rodrigues ; Maria Valdeleda Uchoa . Aluna do 8º semestre do Curso de 2 Fisioterapia. Professora, Orientadora. Faculdade Christus.Hospital Geral Dr. César Cals – Fortaleza–CE. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER RESUMO Introdução: as transformações na área da neonatologia, interferem em uma maior sobrevida, também, para os recém-nascidos (RNs) de risco. Esses bebês necessitam de uma intervenção fisioterápica precoce, com o intuito de atingir mais rápido um cérebro ainda imaturo, que ao receber sensações normais consegue integrá-las ao seu desenvolvimento. Objetivo: conhecer os fatores de risco para asfixia perinatal e as condutas fisioterápicas realizadas em RNs de risco. Métodos: foi realizado um estudo de campo, observacional documental e de natureza quantitativa. A amostra foi selecionada a partir dos nascidos a Agosto de 2008 a Maio de 2009 (n= 20), e foram excluídos os que apresentavam malformações, síndromes e cardiopatias. Foram acompanhados 20 RNs, durante um ano através de seus prontuários. Análise Estatística: a amostra foi por conveniência e não probabilística, os dados foram registrados, tabulados e analisados sofrendo tratamento estatístico, através do software Microsoft Excel 2007 e os resultados foram expressos em gráficos. Resultados: esta pesquisa demonstrou que das 20 mães 9 foram de idade de 20 a 29 anos, 10 entre 30 e 39 anos, apresentando uma prevalência de asfixia perinatal, nas mães com idade acima de 30 anos. 12 das 20 mães avaliadas foram de parto cesáreo, 7 de parto vaginal. Dos 20 RNs avaliados 12 foram do sexo masculino e 8 foram do sexo feminino, 15 dos 20 RNs nasceram com idade gestacional (IG) inferior a 37 semanas classificando-se com pré- termos, e 5 dos 20 nasceram com IG adequada sendo classificados como a termo, 20 RNs, 1 apresentou índice de Apgar 0 no primeiro minuto, 6 Apgar 1, 1 Apgar 2, 3 Apgar 2 e 3 Apagr 5, todos no primeiro minuto. Já no quinto minuto de vida 1 neonato apresentou indice de Apgar de 0, 1 Apgar 3, 1 Apgar 4, 2 Apgar 5, 3 Apgar 6, 9 Apgar 7 e 3 Apgar 8. Quanto ao peso 11 neonatos foram adequados quanto a IG, 8 foram pequenos para a IG. As condições de nascimento dos RNs foi um dado próprio da ficha de avaliação, onde mostrou que 6 dos bebês nasceram com morte aparente, 2 apresentaram morte aparente mais prematuridade, 7 apenas prematuridade, 2 cianose mais prematuridade e 2 não constava no prontuário. Dos 20 RNs, 14 sofreram intervenção sensório-motora e 13 foram submetidos a fisioterapia respiratória. Conclusão: o desenvolvimento dos RNs asfixiados está associado a alterações adquiridas no ambiente extra útero, devido a imaturidade do sistema nervoso central em que recebem estímulos que nem sempre são benéficos. Este estudo mostrou que um grande percentual desses recém-nascidos apresentam alterações em seu desenvolvimento neuropsicomotor. Fazendo-se necessário uma intervenção da fisioterapia precoce para que os atrasos e as possíveis doenças pulmonares sejam detectados e assim minimizados, favorecendo sua qualidade de vida.PALAVRAS-CHAVE: Recémnascidos. Asfixia. Fisioterapia precoce. Categoria: 2 – Pediatria e Neonatologia. FATORES DE RISCO DA SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO EM MOTORISTAS PROFISSIONAIS DE CAMINHÃO. TL 006 Adriane Schmidt Pasqualoto; Lauren Lemos Leonhardt; Silvana Izabel Calgaro; Eliane Roseli Winkelmann; Édina Linasse Coelho. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. INTRODUÇÃO: Atualmente há uma grande prevalência de acidentes automobilísticos em nosso país, sendo observada principalmente entre motoristas profissionais de caminhão. Os profissionais, motoristas portadores da SAOS, apresentam taxa duas vezes mais alta de acidentes do que os não portadores deste distúrbio, devido principalmente ao excesso de sonolência diurna. A SAOS é considerada um problema de saúde pública no Brasil, por causar um aumento na morbidade e mortalidade cardiovascular, bem como, acidentes de trânsito. OBJETIVO: Verificar os fatores de risco para a síndrome da apnéia obstrutiva do sono em motoristas profissionais de caminhão. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo transversal, composto por 50 motoristas de caminhão, da Associação dos Caminhoneiros Autônomos de Ijuí - RS, com idade, peso, e estatura média de 43,8±12,2anos, 91,2±13,7Kg e 173±0,6cm, respectivamente. Foram avaliadas as medidas antropométricas, índice de massa corporal (IMC), relação cintura quadril e circunferência do pescoço, assim como foi mesurado a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER pressão arterial sistêmica (PA) e indagado sobre hábito de tabagismo. Além disso foi aplicado o questionário de Berlim (avalia de forma subjetiva a intensidade e a freqüência do ronco, a freqüência com que as paradas respiratórias são percebidas) e através da escala de sonolência de Epworth (avalia o 2 grau de sonolência diurna). RESULTADOS: Foi verificado um IMC médio de 30,2±4,4 Kg/m sendo que a maioria (90%) dos motoristas apresentou obesidade grau I. Da amostra, 24% estavam com relação cintura/quadril elevada (0,94±0,1cm), sendo que a maioria (88%) apresentou uma circunferência do pescoço acima de 40 cm (42,1±2,7). Quanto a pressão arterial 80% encontraram-se acima da normalidade (136,4±23,8/ 90±14,7mmHg) e 26% eram tabagistas. Na análise da escala de sonolência de Epworth observou-se que 26% apresentaram sonolência leve e moderada e pelo o questionário de Berlin constatou-se que 76% roncavam, 66% apresentavam cansaço durante o dia e 38% relataram já ter dormido enquanto dirigiam e cansaço ao acordar. CONCLUSÃO: Destacamos a presença de fatores risco para a saúde dos motoristas, entre eles, a obesidade, o tabagismo e os altos níveis de pressão arterial. Quanto aos fatores de risco para desenvolvimento da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono, evidenciamos um risco elevado na população estudada, o que sugere a necessidade avaliação clínica, pelo exame de polissonografia. Palavras chave: Síndrome da apnéia obstrutiva do sono, escala de sonolência de Epworth, questionário de Berlin. DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES HEMODINÂMICAS PELA CINESIOTERAPIA PASSIVA EM PACIENTES MECANICAMENTE VENTILADOS. TL 007 Camila de Moraes Pinto 1; Carla Fidelis 1; Magda Aparecida Lopes 1; Marcos David Parada Godoy 1 e Leonardo Cordeiro de Souza 1,2. 1. Fisioterapeutas da Equipe Fisiocor; 2. Fisioterapeuta da UTI do Hospital Estadual Azevedo Lima. Categoria do trabalho: Fisioterapia em terapia intensiva; Locais do estudo: HSCG – Hospital e Clínica São Gonçalo; São Gonçalo/ RJ e HEAL – Hospital Azevedo Lima; Niterói/ RJ. Introdução: O fisioterapeuta na unidade hospitalar atua sobre os efeitos da hipoatividade ou inatividade do paciente acamado, promovendo asssim, o movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de sintomas ou melhorar a função. Objetivo: Este estudo visa observar e descrever as alterações hemodinâmicas (Pressão Arterial e Frequência Cardíaca) em pacientes submetidos à cinesioterapia motora passiva, no leito em Terapia Intensiva. Materiais e métodos: Foram selecionados 06 pacientes agudizados para grupo 1 (G1), sendo 03 homens, com idade média 61 ± 11,7 anos, com tempo médio de VM 6,5 ± 2,6; o segundo grupo (G2) com 11 pacientes em processo de desmame ventilatório, sendo 02 homens, com idade média 71 ± 20,5 anos, com tempo médio de VM 9 ± 2,8; e o terceiro grupo (G3) com 07 pacientes, sendo 04 homens, em desmame difícil, com idade média 67 ± 21,9 anos, com tempo médio de VM 23 ± 14,4. Todos os pacientes foram submetidos ao protocolo de 10 repetições para cada exercício em membros superior (método diagonal principal de Kabat) e inferior (flexão, extensão, abdução e circundução de coxofemoral e joelhos respectivamente), onde o paciente se encontrava em decúbito dorsal com inclinação de cabeceira a 30º e as medidas dos parâmetros hemodinâmicos de frequência cardíaca (FC) e pressão arterial média (PAM), foram registradas antes, logo após a mobilização e após dez minutos da mobilização, para isto foi utilizado o monitor multiparâmetro Dixtal DX 2010. Análise estatística: Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística para mediana, desvio padrão, teste t pareado através do softwear Origin 6.0. Resultados: Nos grupos analisados, os resultados obtidos mostraram que não houve diferença estatística significativa (p>0,05), quando correlacionado os parâmetros hemodinâmicos respectivamente antes e após a mobilização para FC (G1: 96,5± 24,3 e 89 ± 21,4; G2: 84± 17,9 e 83± 13,6; G3: 97± 14,4 e 95± 13,2) e PAM (G1: 104± 25,5 e 106,5± 22,3; G2: 103± 18,7 e 101± 13,4; G3: 99± 8,4 e 104± 19,2) Conclusões: De acordo com os resultados obtidos, a mobilização passiva dos diferentes grupos analisados não resultaram em alterações hemodinâmicas (140 mmHg < PAM < 70 mmHg) e arritmias malignas, que justificassem a contraindicação da mesma. Palavras-chaves: cinesioterapia, unidade terapia intensiva e fisioterapia ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER DESCRIÇÃO DO EFEITO DA ASPIRAÇÃO TRAQUEAL NA INDUÇÃO DA HIPOXEMIA. TL - 008 Marcos David Parada Godoy1; Leonardo Cordeiro de Souza1; Mariana Gomes1, Helson Lino Leite1, Arthur Evangelista da Silva Neto1; André Luiz da Cunha Serejo1; Vitor Savino Campos1; Josué Felipe Rodrigues Campos1. 1. Unidade de Terapia Intensiva do Hospital e Clínica São Gonçalo / RJ – Equipe Fisiocor. Categoria do trabalho: Fisioterapia em terapia intensiva. Introdução: Varias complicações estão descritas como associadas à aspiração traqueal, entre elas destacamos a hipoxemia. Diversas técnicas para minimizar este efeito são utilizadas, como a préoxigenação, a hiperoxigenação, a hiperinsuflação e a hiperventilação. Contudo analisamos o efeito da aspiração traqueal sobre os valores oximétricos sem a utilização de nenhuma terapia ventilatória ou de oxigenação suplementar. Objetivos: Analisar os efeitos sobre os valores oximétricos dos pacientes, em ventilação mecânica, quando submetida à aspiração traqueal fechada. Materiais e Métodos: A amostra foi composta por 11 indivíduos com idade média de 65,6 ± 3,0 anos, sendo sete homens. Foram selecionados pacientes, com tempo médio de internação na UTI de 6,4 ± 2,5dias, em ventilação mecânica com diagnóstico de pneumonia. As amostras foram homogeneizadas através da estratificação da pontuação de gravidade de 5 a 9 conforme APACHE II. A aspiração foi realizada através do sistema fechado, com cateter de tamanho 14 e com período de sustentação de 15 segundos, utilizando pressões de sucção de 80 mmHg. Imediatamente antes e após da aspiração foi realizada a coleta de sangue arterial, diretamente do cateter radial para medida da PAM e concomitantemente a observação dos valores de SpO2 através do monitor multiparâmetros Dixtal Dx 2010. Nenhum parâmetro ventilatório ou de oferta de oxigênio foi alterado, a fim de detectar as possíveis alterações nos valores oximétricos. Estatística: os valores obtidos foram submetidos à análise estatística para media, desvio padrão e teste t pareado através do softwear SPSS. Resultados: Os valores médios da PaO2 antes e após a aspiração, quando comparados demonstraram variação em queda de 104,4 ± 23,8 mmHg (IC 95% 88,3 - 120,4) para 92,9 ± 24,2 mmHg (IC 95% 76,7 - 109,2) e com significância estatística (p = 0,00005). Os valores médios da SaO2 antes e após a aspiração, quando comparados demonstraram variação em queda de 97,5 ± 1,0 % (IC 95% 96,9 - 98,2) para 96,3 ± 2,2 % (IC 95% 94,8 - 97,8) e com diferença estatística significativa (p = 0,01).Os valores de SpO2 não demonstraram diferença estatística significativa (p > 0,05). Conclusão: A aspiração produziu variação, em queda, nos valores oximétricos. Contudo não detectamos um nível de significância clínica. Acreditamos que a utilização dos métodos para minimizar o efeito da hipoxemia, durante a aspiração traqueal, estejam reservados aos pacientes que apresentem previamente fatores predisponentes para a hipoxemia, como no caso dos pacientes com doença pulmonar crônica. Palavras-Chave: Aspiração Traqueal, Hipóxia e Ventilação Mecânica. COMPARAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ENTRE FISOTERAPEUTAS DAS UTI’S E ENFERMARIAS COM VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA EM HOSPITAIS DE PÚBLICOS DE FORTALEZA. TL -009 Isabel Cristina de Mendonça Santiago ; Fabíola Maria Sabino Meireles1; Mirizana Alves de Almeida2. Alunas do 8º semestre do Curso de Fisioterapia. 2 Professora M.Sc., Orientadora. Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC); Hospital Geral de Fortaleza (HGF); Hospital de Messejana (HM); Instituto Dr. José Frota (IJF) – Fortaleza – Ceará. RESUMO A ventilação não invasiva (VNI) como estratégia de primeira escolha para tratar a insuficiência respiratória aumentou nos últimos anos, mas seus benefícios dependem da conduta correta do profissional. Este estudo comparou conhecimento e experiência dos fisioterapeutas com VNI nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) adulto e enfermarias de quatro hospitais públicos de Fortaleza, no ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER período de agosto de 2007 à agosto de 2008. Foram abordados todos os fisioterapeutas das UTI’s (76), 2 não participaram, e enfermarias (58), 16 não responderam, através de questões objetivas e subjetivas. Os dados foram tabulados e analisados através do software Microsoft Excel 2002 e os resultados foram expressos em gráficos. Dos 74 participantes das UTI’s, somente um não administra VNI, dos 42 das enfermarias, 22 não administram. Nas UTI’s 58 (78%) acertaram situações em que se usa VNI como primeira escolha, nas enfermarias 19 (45%). Quanto aos efeitos fisiológicos, nas UTI’s 64 (86%) acertaram, nas enfermarias 18 (43%). Nas UTI’s 68 (92%) acertaram as indicações, nas enfermarias 21 (50%). As contra-indicações, 71 (96%) acertaram nas UTI’s, 19 (45%) nas enfermarias. A infra-estrutura foi declarada satisfatória nas UTI’s por 36 (49%), nas enfermarias por 8 (19%). Nas UTI’s, 68 (92%) julgam-se aptos a instalar e monitorizar, nas enfermarias 13 (31%). Conclui-se que os fisioterapeutas das UTI’s apresentam maior experiência quanto à administração, conhecem mais a VNI e se acham mais aptos a instalar que os das enfermarias. Portanto, com base nesses dados percebe-se a necessidade reciclagem dos fisioterapeutas das enfermarias, pois estes comparados aos das UTI’s apresentam deficiência no conhecimento e administração da VNI. E já que o fisioterapeuta é o profissional diretamente envolvido nessa terapêutica, este recurso deve ser melhor explorado nas UTI’s e enfermarias. PALAVRAS-CHAVE: Ventilação não Invasiva. Fisioterapeuta. Suporte Ventilatório. COMPARAÇÃO ENTRE DOIS DIFERENTES TIPOS DE UMIDIFICADORES SOBRE A MECÂNICA RESPIRATÓRIA DE PACIENTES MECANICAMENTE VENTILADOS. TL 010 Juliana Cristina Gomes de Freitas Costa1; Valdecir Castor Galindo Filho1; Silano Souto Mendes Barros2; Flávio Maciel Dias de Andrade1,2,3. 1- Faculdade Integrada do Recife (FIR); 2- Hospital da Restauração; 3- Pulmocardio Fisioterapia; Recife (PE), Brasil. Introdução: Durante a utilização de uma via áerea artificial (VAA) faz-se necessário acrescentar ao circuito do ventilador um sistema para umidificar e aquecer o gás inalado. Nesse sentido, dois dispositivos têm sido comumente utilizados: os umidificadores aquosos aquecidos (UAA) e os filtros trocadores de calor e umidade (FTCU), os quais podem exercer influência sobre a mecânica respiratória. Objetivo: Comparar os efeitos da utilização da UAA e de um modelo de FTCU sobre a mecânica respiratória de pacientes mecanicamente ventilados. Materias e método: Este foi um ensaio clínico do tipo crossover, randomizado, onde 17 pacientes foram submetidos a duas formas de umidificação: Grupo UAA e Grupo FTCU, diferenciando entre eles apenas a umidificação inicialmente utilizada. Foram analisadas as seguintes variáveis: Volume corrente expirado (VCexp), fluxos inspiratório (FI), expiratório (FE), complacência estática (Cest), dinâmica (Cdin) e resistência do sistema respiratório (Rsr). Análise estatística: Utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para analisar a suposição de normalidade dos dados e na análise intragrupo aplicou-se o teste t-student para amostras pareadas, tomando-se como nível de significância 5% (p < 0,05). Os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e o Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Os valores médios de VCexp, FI, FE, Cdin e Rsr foram significativamente maiores no grupo UAA. Não foi observada diferença significativa entre os valores de Cest obtidos nos dois grupos estudados. Conclusão: Na amostra estudada, o emprego de um modelo de FTCU modificou diversos parâmetros de mecânica respiratória em pacientes mecanicamente ventilados. Palavras-chave: Umidificação, filtro trocador de calor e umidade, mecânica respiratória. CATEGORIA DO TRABALHO: 1Terapia Intensiva Adulto MECÂNICA RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A DUAS FORMAS DE TOSSE MANUALMENTE ASSISTIDA. TL -011 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Aline Rafaele Barros Silva1; Pedro Oliveira de Medeiros Correia1; Sandra Adriano Fluhr2; Eduardo Ériko Tenório de França1,2; Flávio Maciel Dias de Andrade1,2,3 1- Universidade Católica de Pernambuco; 2- Pulmocardio Fisioterapia; 3- Hospital da Restauração; Recife (PE), Brasil. Introdução: A ventilação mecânica associa-se à retenção de secreções traqueobrônquicas, podendo acarretar aumento do trabalho muscular ventilatório. Sugere-se que a tosse manualmente assistida (TMA) promove o deslocamento de secreções traqueobrônquicas, sem consenso quanto ao papel do incremento da pressão positiva ao final da expiração (positive end-expiratory pressure – PEEP) e do tempo inspiratório (Tins) durante o emprego dessa manobra. Objetivos: Analisar os efeitos da aplicação de duas formas de TMA sobre a mecânica respiratória e o papel do incremento da PEEP e do Tins sobre o pico de fluxo expiratório (PFE). Materiais e Método: Tratou-se de um ensaio clínico, randomizado, onde foi avaliada a complacência estática (Cest), resistência do sistema respiratório (Rsr), saturação periférica de oxigênio (SpO2), volume corrente expirado (VCexp) e PFE de 35 pacientes de ambos os sexos, divididos em grupo controle (submetidos à nebulização (Nbz) com soro fisiológico (SF) a 0,9%, seguida de aspiração traqueal), grupo TMA (submetidos à Nbz com SF a 0,9% associada à TMA, seguida de aspiração traqueal) e grupo TMAO (submetidos à Nbz com SF a 0,9% associada à TMA com incremento da PEEP e do Tins, seguida de aspiração traqueal). Análise estatística: Para testar a suposição de normalidade das variáveis analisadas foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov. A avaliação das diferenças entre as proporções foi realizada através do teste Qui-quadrado. O Teste de análise de variâncias one-way ANOVA e o pós-teste de Tukey foram aplicados para análise comparativa das variáveis intragrupos e intergrupos. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%. Os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Não foram observadas alterações significativas na Cest, Rsr, SpO2 e VCexp nos grupos estudados em nenhum dos momentos analisados. O PFE durante a realização das manobras no grupo TMA e TMAO foi significativamente maior que aquele observado no grupo controle (p < 0,001), observando-se também um PFE mais elevado durante a realização das manobras no grupo TMAO quando comparado ao grupo TMA (p < 0,05). Conclusão: A TMA associada à elevação da PEEP e do Tins promoveu o aumento do PFE, sem que se observassem modificações na mecânica respiratória. Palavras-chave: Tosse manualmente assistida, PEEP, terapia de higiene brônquica. CATEGORIA DO TRABALHO: 1- Terapia Intensiva Adulto AVALIAÇÃO MUSCULAR RESPIRATÓRIA E DE MEMBROS SUPERIORES EM PACIENTES PNEUMOPATAS. TL 012 Carlos Eduardo Nunes Soares1; Priscila Batista Almeida1; Eduardo Ériko Tenório de França1,2; Flávio Maciel Dias de Andrade1,2. 1- Universidade Católica de Pernambuco; 2- Pulmocardio Fisioterapia; Recife (PE), Brasil Introdução: A intolerância ao exercício, manifestação comum em pacientes pneumopatas, aumenta a sensação de dispnéia, reduz a capacidade funcional e a qualidade de vida. Alguns pacientes com pneumopatias apresentam diminuição da força da musculatura ventilatória, a qual pode associar-se à fraqueza muscular periférica, acarretando menor tolerância ao exercício. Objetivo: Correlacionar a força e a resistência muscular respiratória com a força de membros superiores em pacientes portadores de pneumopatias. Materiais e Método: Tratou-se de um estudo analítico, observacional do tipo transversal, onde foram analisados 80 voluntários, divididos em dois grupos: Grupo controle (GC), composto por 40 indivíduos sem história de doença pulmonar pregressa e/ou hábito tabágico e grupo paneumopata (GP), composto por portadores de pneumopatias diversas. Foram avaliados a pressão inspiratória (Pimáx) e expiratória (Pemáx) máxima, o índice de resistência à fadiga (IRF) e a força de preensão palmar. Análise Estatística: Para testar a suposição de normalidade das variáveis quantitativas envolvidas no estudo foi ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para verificar a existência de associação nas variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado. Para análise intergrupos foi utilizado o teste de média Mann-Whitney e para verificação da associação entre variáveis independentes foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5%. Os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e o Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Na análise comparativa intergrupos verificaram-se valores significativamente menores em módulo de Pimáx, Pemáx e força de preensão palmar no GP. Uma associação positiva foi observada entre os valores em módulo de Pimáx e Pemáx com a força de preensão palmar em ambos os grupos. Conclusão: Na população avaliada observou-se redução da força dos músculos inspiratórios, expiratórios e de membros superiores, verificando-se uma associação positiva entre a força dos músculos ventilatórios e a força de preensão palmar em indivíduos normais e portadores de pneumopatias. Palavras-chave: Músculos respiratórios, disfunção muscular, pneumopatias. CATEGORIA: 4 – Fisioterapia Respiratória Ambulatorial COMPORTAMENTO DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS EM CRIANÇAS PORTADORAS DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA. TL - 013 Bruno Leonardo Almeida Viana1; Lívia Pinheiro Siqueira2 1- Associação Piauiense de Combate ao Câncer; 2 – Novafapi; Teresina-PI Introdução. A Leucemia é a neoplasia infantil mais incidente, sendo a Leucemia Linfóide Aguda (LLA) o subtipo de maior prevalência. As infecções do trato respiratório estão entre as complicações mais comuns do paciente com câncer. A atenção fisioterapêutica na função respiratória de pacientes portadores de LLA e submetidos a tratamento quimioterápico é importante e deve ser enfatizada. A força muscular é um parâmetro importante na avaliação do paciente oncológico, visto que a respiração é o fenômeno fisiológico responsável pela ventilação pulmonar. A incapacidade desses músculos em gerar força comprometerá as trocas gasosas a nível pulmonar, ocasionando complicações respiratórias. Assim, a análise das pressões inspiratórias máximas em pacientes com LLA permite identificar a presença de possíveis disfunções musculares respiratórias. A fisioterapia respiratória podem vir a diminuir as intercorrências advindas de um quadro de fraqueza muscular respiratória, contribuindo efetivamente na reinserção do paciente em suas atividades diárias, impedindo a piora do prognóstico, restaurando a independência, o senso de dignidade a auto-estima e direcionando-os a novos objetivos. Objetivos. O objetivo do trabalho foi analisar o comportamento da pressão inspiratória máxima (PImáx) antes e após intervenção fisioterapêutica respiratória em pacientes portadores de LLA submetidos a quimioterapia. Metodologia. O estudo foi do tipo longitudinal, prospectivo, exploratório e quantitativo, tendo como sujeitos 9 crianças, sendo 5 meninos e 4 meninas, com diagnóstico de LLA , internadas no setor de oncologia pediátrica e submetidas a tratamento quimioterápico no Hospital São Marcos (HSM), Teresina, Piauí. Os pacientes foram submetidos à avaliação da força muscular inspiratória através de manovacuometria e, em seguida, ao treinamento muscular respiratório com uso de Inspirômetro incentivador a fluxo ( Lebenton, Tri-Ball®) por 10 minutos, em uma média de 5 atendimentos durante 3 semanas. Resultados. A utilização de Inspirômetro incentivador a fluxo mostrou-se eficaz no tratamento da fraqueza muscular respiratória em pacientes com LLA, sendo obtidos resultados satisfatórios. Foram encontrados aumentos na média das PImáx antes e após (p<0,05). Conclusão. A partir desse trabalho, pôde-se comprovar a eficiência do uso de incentivadores inspiratórios diante da fraqueza muscular inspiratória em pacientes com LLA submetidos a quimioterapia, bem como a importância da atuação do fisioterapeuta nessa patologia. Palavras-chave: LLA, Força Muscular Respiratória, Fisioterapia. ABORDAGEM VENTILATÓRIA DE POR PROFISSIONAIS DE TERAPIA INTENSIVA NA SINDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO. TL - 014 Márcia Cardinalle Correia Viana; Cibele Vieira Wirtzbiki; Fabíola Maria Sabino Meireles; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e Hospital Geral Dr. César Cals – Fortaleza-CE. Palavras-chaves: Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo. Unidade de Terapia Intensiva. Ventilação Mecânica. INTRODUÇÃO: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) tornou-se conhecida como uma causa importante de Insuficiência Respiratória Aguda (IRA). É caracterizada pela opacificação observada na radiografia de tórax secundária a um edema pulmonar não-hidrostático resultante de uma alteração da permeabilidade da membrana alvéolo-capilar. Quando isso acontece faz-se necessário o uso de suporte ventilatório que auxilie na manutenção da homeostasia, na tentativa de reverter a hipoxemia e a fadiga dos músculos respiratórios, características estas encontradas nos pacientes portadores dessa síndrome. Sua taxa de mortalidade é estimada entre 34% a 60%, motivo que se deve ao fato da mesma estar associada a várias patologias.OBJETIVOS:Conhecer a abordagem ventilatória adotada por médicos e fisioterapeutas intensivistas em pacientes com SDRA.MATERIAIS E MÉTODOS:Constou numa abordagem quantitativa e descritiva no período de Fevereiro à Abril de 2009, em duas UTI’s de Hospitais Públicos da rede conveniada do Estado do Ceará. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário com perguntas objetivas baseadas no III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (CBVM).RESULTADOS:Dos 40 entrevistados, 36 afirmaram que realizam a manobra de recrutamento alveolar (MRA) em pacientes com SDRA. A modalidade ventilação controlada a pressão (PCV) foi apontada como a de escolha para 30 entrevistados. Somente 15 entrevistados utilizam a posição prona e afirmam haver melhora na oxigenação. Dentre os 40 entrevistados, 36 fazem a titulação da PEEP e 21deles utilizam valores para pressão de platô entre 26-30 cmH2O.CONCLUSÃO:As principais estratégias ventilatórias adotadas estão relacionadas a ventilação protetora. Há necessidade de se realizar novos estudos científicos com a finalidade de se obter a padronização dessas estratégias utilizadas no tratamento de pacientes com SDRA, assim como estabelecer um protocolo de atendimento a serem seguidos pelos profissionais em cada unidade hospitalar. CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE RESPIRAÇÃO, DA FUNÇÃO VENTILATÓRIA E DA POSTURA DE ESCOLARES DE JUIZ DE FORA, MG. TL - 015 Autores: Cristina Lopes Rodrigues; Rosa Maria de Carvalho; João Vitor Durães Duarte; Fernanda Maria Veiga Dias; Cleidiane Maria Ramos; Natália Manganeli Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais Introdução: A respiração oral é a situação em que a criança substitui o padrão correto de respiração, nasal, por um padrão oral ou misto. Esta alternância desenvolve mecanismos adaptativos do sistema estomatognático, promovendo alterações estruturais que são acompanhadas de desequilíbrios miofuncionais e conseqüentes alterações posturais. A função pulmonar também pode estar comprometida, caracterizando distúrbios ventilatórios restritivos e obstrutivos.Objetivos: Caracterizar o padrão respiratório, a postura e a função ventilatória de escolares de Juiz de Fora/MG e relacionar o padrão respiratório com a postura e a função pulmonar. Metodologia: 47 meninas e 17 meninos, com idade entre 9 e 12 anos, através de triagem miofuncional e técnica do espelho de Glatzel, foram caracterizados como respiradores orais (RO) ou respiradores nasais (RN). Análise postural foi realizada através do Software para Avaliação Postural (SAPO) e função ventilatória avaliada por meio do espirômetro Datalink. Análise Estatística: Foram realizados Teste t de Student, prova exata de Fisher para o sexo e correlação de Pearson entre postura e função ventilatória com e sem separação dos grupos. Resultados: 36 crianças foram caracterizadas como RN (57%) e 28 como RO (43%). Apesar de ter sido observada tendência do grupo RO apresentar maiores ângulos de protrusão de cabeça e ombros, assim como menores valores de Capacidade Vital Forçada, Pico de Fluxo Expiratório e Ventilação Voluntária Máxima, não foi encontrada significância estatística. Observou-se forte correlação entre protrusão de cabeça e de ombros em ambos os grupos e nos RN a protrusão de ombros mostrou estar inversamente relacionada ao Índice de Tiffeneau e ao Fluxo Expiratório Forçado entre 25 e 75% da prova ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER espirométrica. Conclusão: A prevalência de RO na população estudada é elevada sem influência deste padrão respiratório na postura e na função ventilatória. Palavras chaves: Respirador Oral. Avaliação Postural. Espirometria. A EFICÁCIA DO PROGRAMA ISME (INTERVENÇÃO SENSÓRIO-MOTORA ESSENCIAL) NA RECUPERAÇÃO DE PREMATUROS. TL - 016 Maria do Céu Pereira Gonçalves. Universidade Estácio de Sá – Petrópolis – Rio de Janeiro. Introdução: Vasta literatura mostra que os bebês que nascem prematuramente são mais susceptíveis as lesões do S.N.C. devido à imaturidade do sistema nervoso central e a fragilidade da rede vascular cerebral. Aproximadamente 25% a 30% dos prematuros de alto risco desenvolvem alguma forma de disfunções neuromotoras. Objetivos: O presente estudo comparou os efeitos do programa ISME na recuperação motora de bebês prematuros portadores de disfunções neuromotoras, quando o diagnóstico é realizado precocemente, com um trabalho realizado em 2001. Participaram do estudo atual 182 pré-termos nascidos abaixo de 36 semanas, que ao exame neurocomportamental (com testagem voltada para o tônus muscular e movimentação espontânea), apresentaram sinais de lesão do sistema nervoso central incluindo: hipertonia, resistência à movimentação passiva, sinal da roda denteada e reflexos patológicos, todos com historia de síndrome hipóxico-isquêmica. Os pontos primordiais de análise foram: as idades de aquisição das etapas neuroevolutivas do desenvolvimento motor. Metodologia: O Programa foi implementado na UTIN logo após identificação dos sinais sugestivos de Paralisia Cerebral, e foi continuado no ambulatório intervencional, até que os bebês adquirissem a marcha ativa. Os dados obtidos na entrada (seqüencial) e pós-programa (trimestralmente) foram tratados através de análise qualitativa e não paramétrica, tendo como referência às aquisições motoras aprendidas, segundo a escala do Desenvolvimento de Denver II. Uma análise de variância Chi2 revelou significância estatística entre os dados de entrada e saída dos grupos em todos os trimestres da aplicação do programa, sendo p < 0.05 em todas as avaliações. Resultados: Os dados em termos percentuais finais foram de 173 pré-termos (95,1%) apresentando normalidade nas etapas do desenvolvimento motor no período proposto na escala de Denver II e, aos 12 meses de idade corrigida, apresentaram marcha ativa com padrões de postura estática e dinâmica dentro da referencia normal, além da presença normal do mecanismo reflexo postural (reajuste automático). E 9 pré-termos (4,9%) mantiveram persistência dos sinais patológicos não adquirindo as etapas neuroevolutivas. Estes percentuais quando comparados aos resultados encontrados no trabalho realizado no ano de 2001, onde participaram 69 pré-termos, sendo que 66 bebês (95,6%) apresentaram normalidade relativamente às etapas neuroevolutivas do desenvolvimento motor em bebês prematuros portadores de disfunções neuromotoras, e somente 3 pré-termos (4,4%) apresentaram persistência dos padrões patológicos. Conclusão: Estes dados nos permitem concluir que o programa ISME se mostra eficaz na recuperação motora de prematuros portadores de disfunções neuromotoras desde que o diagnóstico seja realizado precocemente. Palavras chaves: Intervenção Sensório-Motora Essencial; Intervenção Neonatal; Disfunções Neuromotoras na Prematuridade. ANÁLISE DO TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO EM PACIENTES INTERNADOS NO SETOR DE CLÍNICA MÉDICA DE UM HOSPITAL GERAL. TL - 017 Leonardo Cordeiro de Souza1, Frederico Moraes de Almeida2; Jacira Rodrigues Reis2; Enrico Goldoni Seixas2; Isabela Murta2 e Tatiana Rodrigues Moreira2. Faculdade Pestalozzi e Hospital e Clínica São Gonçalo - RJ. 1. Professor da Faculdade Pestalozzi. 2.Acadêmicos da Iniciação Científica da Faculdade Pestalozzi. Categoria do trabalho: outros. Introdução: Os protocolos de treinamento muscular respiratório com cargas adicionais estão bem correlacionados à reabilitação pulmonar em nível ambulatorial, principalmente para o grupo de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Assim, a recuperação funcional dos pacientes hospitalizados, poderá contribuir para a redução do tempo de hospitalização e melhoria da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER assistência prestada. Objetivo: analisar o comportamento muscular dos pacientes internados em quartos e enfermarias de um hospital geral, submetidos a um protocolo de treinamento muscular com cargas adicionais, através de um equipamento denominado Threshold IMT e um reeducador respiratório volumétrico (Voldyne 5000). Metodologia: Foram avaliados 13 pacientes no total, sendo 5 homens e 8 mulheres, no grupo 1 composto por 8 pacientes, que foram submetidos ao treinamento com threshold IMT com carga de 40% da Pimáx, com idade média de 61,1±16,6 e tempo de internação de 5,75±2,1 e o grupo 2 composto por 5 pacientes, que foram submetidos ao treinamento com threshold IMT com carga de 40% da Pimáx associado a reeducação respiratória com Voldyne, com idade média de 52,8±15,4 e tempo de internação de 6±1,4. Os pacientes foram submetidos ao manovacuômetro MVD 300 da Globalmed, com o auxílio de um bocal, conforme a descrição original de Black e Hyatt em 1969, no início do treinamento e no dia de sua alta hospitalar. Análise estatística: Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística para media, desvio padrão, teste t pareado através do softwear Origin 6.0. Resultados: No grupo 1 os valores da Pimáx foram estatisticamente significativos com p< 0,01 (43,1 ± 13,6 e 54,8 ± 21,5) e no grupo 2 os valores da Pimáx também foram estatisticamente significativos com p< 0,04 (56,1 ± 26,3 e 64,2 ± 20,1). Conclusão: Os grupos analisados apresentaram melhora da função muscular inspiratória, com média de 6 dias de hospitalização, demonstrando boa qualificação dos recursos empregados no tratamento dos mesmos. Não foi observado dificuldades de realização das técnicas entre os grupos e superioridade entre os tratamentos. Palavras chaves: fisioterapia, reabilitação e força muscular ANÁLISE DIGITAL DA PRESSÃO INSPIRATÓRIA EM 60 SEGUNDOS, COMO ÍNDICE PREDITIVO DE DESMAME VENTILATÓRIO. TL - 018 Leonardo Cordeiro de Souza, Josué Felipe Rodrigues Campos, Marcos David Parada Godoy; Arthur Evangelista da Silva Neto; Roberta Souza de Mello Azeredo; Helson Lino Leite; Vitor Savino Campos; André Luiz Serejo; Bernardo Lopes Sertã. 1.Fisioterapeutas da Equipe Fisiocor. Categoria do trabalho: Fisioterapia em terapia intensiva; Local do estudo: HSCG – Hospital e Clínica São Gonçalo; Introdução: O desmame ventilatório é uma prática freqüente e atribuída aos fisioterapeutas na maior parte do País, porém as correlações com os pacientes em ventilação crônica ainda não são muito bem exemplificadas. A análise da força muscular (Pimáx) possui grande importância no manejo do paciente crítico, especialmente durante o processo de desmame, onde a PImáx é utilizada como índice preditivo de sucesso. Objetivos: analisar o comportamento dos pacientes com critérios de desmame ventilatório, através da medida digital da PImáx, com a utilização do manovacuômetro MVD 300 da Globalmed, no intuito de comparar o comportamento de dois grupos de pacientes, os pacientes com mais de 14 dias de VM e os pacientes com até 7 dias de ventilação mecânica. Materiais e métodos: Foram avaliados 30 pacientes, sendo 16 homens com idade média de 56±15,3 e 14 mulheres com idade média de 57±12,6. Grupo 1 composto por 10 pacientes, com média de tempo de ventilação mecânica de 5,3±1,2 e o grupo 2 composto por 20 pacientes, com média de tempo de ventilação mecânica de 19,8±8,7. Os pacientes foram submetidos ao manovacuômetro utilizando uma válvula unidirecional expiratória. O método consiste na oclusão da via aérea por 60 segundos, e o registro da pressão inspirada correspondente a cada 0,1 segundo da tensão gerada pelo paciente. Todos os pacientes eram preparados previamente com aspiração das vias aéreas, pré-oxigenação com FiO2 a 100% durante 2 minutos e posicionamento com cabeceira a 45º, além da monitorização dos sinais vitais com o intuito de assegurar a execução do exame Análise estatística: Os resultados foram considerados significativos quando p < 0,05. Os cálculos estatísticos foram obtidos pelo programa Origin v. 6.0. Resultados: No grupo 1, seis pacientes obtiveram sucesso no desmame, onde a partir de 10 segundos de medida alcançaram valores superiores a 25 cmH2O (r=0,99 e p<0,001), os demais pacientes deste grupo não apresentaram valores superiores a 30 cmH2O aos que obtiveram sucesso no desmame. No grupo 2, seis pacientes obtiveram sucesso no ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER desmame, onde também alcançaram valores em torno de 25 cmH2O em 10 segundos (r=0,97 e p<0,001), sendo que os demais pacientes deste grupo até o trigézimo segundo não tinha alcançado valores acima de 30 cmH2O. Conclusão: Não foi observado durante a realização dos exames nenhum risco aos pacientes submetidos a avaliação, e os valores avaliados e atribuidos aos pacientes submetidos ao desmame da VM, correspondem aos já descritos na literatura. Palavras chaves: desmame, fisioterapia e força muscular MECÂNICA RESPIRATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A DUAS FORMAS DE HIPERINSUFLAÇÃO PULMONAR MECÂNICA. TL - 019 Renata Danielle de Almeida Elias1; Lyvia Nayá Bezerra da Silva1; Francimar Ferrari Ramos2; Eduardo Ériko Tenório de França1,2; Flávio Maciel Dias de Andrade1,2,3. 1- Curso de Fisioterapia - Universidade Católica de Pernambuco; 2- Pulmocardio Fisioterapia; 3- Hospital da Restauração; Recife (PE), Brasil. Introdução: A retenção de secreções no interior do sistema respiratório é uma complicação freqüente em pacientes submetidos à assistência ventilatória mecânica (AVM). As manobras de hiperinsuflação pulmonar mecânica (ventilator hyperinsuflation - VHI) consistem na oferta altos volumes pulmonares e baixo fluxo inspiratório, promovendo o aumento do recolhimento elástico do sistema respiratório e do pico de fluxo expiratório (PFE), com conseqüente deslocamento de secreções traqueobrônquicas. Objetivo: Comparar o efeito da utilização de duas formas de VHI sobre a mecânica respiratória de pacientes sob AVM, variando-se a freqüência respiratória (FR) e promovendo a ocorrência de auto-PEEP dinâmico.Materiais e Método: Foi realizado um estudo do tipo crossover-randomizado, onde foram avaliados vinte e quatro pacientes submetidos a duas formas de VHI (VHI com FR = 10 ipm – VHI10 e VHI com FR = 20 ipm – VHI20). Foram avaliadas a complacência estática (Cest), resistência do sistema respiratório (Rsr), saturação periférica de oxigênio, freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial média (PAM) antes e após a VHI e após a aspiração. Durante a manobra foram mensurados a cada minuto o PFE, volume corrente expirado (VCexp) e volume minuto (VM).Análise Estatística: Para testar a suposição de normalidade das variáveis envolvidas no estudo foi aplicado o teste de KolmogorovSmirnov. A análise comparativa intragrupos foi realizada utilizando-se os testes One-way ANOVA, Kruskal-Wallis e os pós-testes de Tukey e Dunns. Para análise comparativa intergrupos foram aplicados os testes t-Student para amostras pareadas e Wilcoxon. Todas as conclusões foram tomadas ao nível de significância de 5% e os softwares utilizados foram o GraphPad Prism 3 e Microsoft Office Excel 2007.Resultados: A FC e a PAM aumentaram significativamente durante o protocolo com VHI20, nos momentos após a manobra e após a aspiração respectivamente. O VM, PFE, diferença PFE – pico de fluxo inspiratório (PFI) e relação PFE/PFI foram significativamente maiores durante a aplicação da VHI20, enquanto o VCexp foi estatisticamente superior durante a realização da VHI10. Conclusão: Na população estudada, a presença de auto-PEEP dinâmico, obtido através do aumento da FR durante a VHI20 promoveu o aumento do VM, PFE, diferença PFE - PFI e relação PFE/PFI, enquanto a VHI10 acarretou o aumento do VCexp. As técnicas de VHI não proporcionaram alteração significativa na Cest, Rsr e parâmetros hemodinâmicos. Palavras-chaves: Hiperinsuflação Mecânica, Mecânica Respiratória, Ventilação Mecânica.CATEGORIA DO TRABALHO: 1- Terapia Intensiva Adulto ESTRESSE OXIDATIVO PERIFÉRICO E CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES COM DPOC. TLO - 020 Nathalia Camargo Machado1; Lucas Homercher Galant1; Renata Salatti Ferrari1; Bruno da Rocha Berger1; Luiz Carlos Corrêa da Silva2; Adriane Belló-Klein2; Mariane Borba Monteiro1; Maristela Padilha Souza-Rabbo1; Alexandre Simões Dias1. 1 Centro Universitário Metodista do IPA, 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil. Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Introdução: O estresse oxidativo (EO) está envolvido na disfunção músculo-esquelética observada em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) severa. O teste de caminhada de seis ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER minutos (TC6M) é amplamente utilizado para avaliar a capacidade funcional e conseqüente tolerância ao exercício desta população. Objetivo: Avaliar a influência do EO periférico na capacidade funcional em pacientes com DPOC. Métodos: 17 pacientes, 11 homens e 6 mulheres (64 ± 9 anos), com diagnóstico de DPOC de classe moderada a severa de acordo com o Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD 2008). O EO periférico foi analisado em eritrócitos através da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT) e glutationa s-transferase (GST), além da lipoperoxidação (LPO) avaliada através da técnica de quimiluminescência (QL). A Capacidade funcional foi avaliada através do TC6M (American Thoracic Society). Análise Estatística: Para análise dos dados foi aplicado o teste de correlação de Pearson, além do modelo de regressão linear utilizando a distância percorrida como variável dependente. Resultados: Os valores respectivos da GST (pmol/mg prot), CAT (pmol/mg prot) e QL (cps/mgHb) foram de 3,2 ± 1,6, 82 ± 26 e 8814 ± 170. A distância percorrida (m) no TC6M foi de 418 ± 106. Os dados demonstraram uma correlação negativa entre a distancia percorrida e atividade da enzima CAT. A regressão linear mostrou que o diagnóstico, a atividade antioxidante enzimática e a QL foram as variáveis capazes de modular a performance no TC6M. Conclusão: Nossos dados sugerem que o estresse oxidativo periférico pode induzir alterações metabólicas substanciais que podem estar envolvidas no desenvolvimento da intolerância ao exercício apresentada por pacientes com DPOC. Palavras-chave: DPOC, Estresse Oxidativo, Teste da Caminhada dos Seis Minutos. AVALIAÇÃO DA PROTEÍNA C REATIVA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA. TL - 021 Nathalia Camargo Machado1; Lucas Homercher Galant1; José Leonardo Faustini Pereira1; Matheus Cassales1; Diego Del Duca Lima1; Luiz Carlos Corrêa da Silva2; José Artur Bogo Chies2; Mariane Borba Monteiro1; Alessandra Peres1; Alexandre Simões Dias1. 1 Centro Universitário Metodista do IPA, 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil. Porto Alegre - Rio Grande do Sul. Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. Um marcador prognóstico de doenças inflamatórias das vias aéreas é a dosagem da PCR (Proteína C Reativa), uma proteína de fase aguda de processo inflamatório relatada em casos de obstruções das vias aéreas e em alguns tipos de inflamações sistêmicas. Objetivo: Avaliar os níveis de PCR em pacientes com DPOC de acordo com a gravidade da doença. Materiais e Métodos: Estudo transversal com 47 pacientes recrutados no Ambulatório de Pneumologia do Complexo Hospitalar Santa Casa através dos critérios estabelecidos pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD) estádios II – Moderado (18 pacientes, 12 mulheres e 6 homens com média idade de 66,05± 9,00), III – Severo (19 pacientes, 3 mulheres e 16 homens com média de idade 61,89± 8,25) e IV - Muito Severo (11 pacientes, 4 mulheres e 7 homens com média de idade 62,90± 8,39). Foi realizada avaliação através de uma ficha padronizada, teste espirométrico para avaliar o distúrbio pulmonar e a coleta de sangue por punção venosa para avaliação da PCR por aglutinação. Análise Estatística: Teste de variância ANOVA entre os grupos classificados de acordo com a severidade da doença. O nível de significância utilizado foi p<0,05. Resultados: Os pacientes com DPOC moderado apresentaram uma média de PCR de 19,76±10,15 mg, os com DPOC severa apresentaram uma média de PCR de 11,37±6,71 mg e os com DPOC muito severa apresentaram uma média de PCR de 7,27±2,51mg, não havendo diferença estatística entre os grupos (p>0,560). Conclusão: Houve uma redução dos níveis de PCR de acordo com a gravidade da doença sem diferença estatística entre os grupos que não apresentou associação positiva com o uso de corticóides e antiinflamatórios. Outras variáveis estão sendo analisadas para o entendimento da redução da PCR em pacientes com DPOC severa e muito severa. Palavras-chave: DPOC, Proteína C Reativa, Processo Inflamatório. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER EVOLUÇÃO CLÍNICA E ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM SARA INTERNADOS COM SUSPEITA DE H1N1: ESTUDO COMPARATIVO. TL - 022 Cândida Serafim Teixeira; Luis Alfonso Meza Ortiz Hospital Geral de Jacarepaguá ; Hospital Estadual Albert Schweitzer , Hospital de Clínicas Grande Rio , Hospital Memorial. - Rio de Janeiro /RJ. Descritores: Gripe suína, SARA,Fisioterapia. Categoria1: Terapia Intensiva adulto INTRODUÇÃO No 2º trimestre de 2009 um surto de gripe suína foi motivo de alerta internacional, A gripe chegou ao Brasil com maior força no início do inverno. Hoje temos o maior numero de vitimas fatais. Sabe-se que SARA tem surgimento rápido e alto grau de letalidade. Portanto, a associação destas patologias é condição gravíssima e de prognóstico bem reservado. OBJETIVO Comparar evolução clínica e abordagem Fisioterapêutica em pacientes internados na UTI de 4 hospitais, com suspeita de H1N1,que evoluíram com SARA. MATERIAIS E MÉTODOS Análise de prontuários. Critério de inclusão:pacientes entre 18 anos e 65 anos de idade, internados na UTI com suspeita de H1N1, previamente hígidos, com evolução para IOT e SARA. Foram excluídos os pacientes fora da faixa etária, portadores de doenças prévias. ANÁLISE ESTATÍSTICA Pesquisados 4 pacientes: 3 feminino e 1 masculino. A média de idade = 32,2 anos. O intervalo início dos sintomas - internação na UTI = 4,7 dias. 100% apresentaram febre,tosse e rinorréia. A média da relação P/F = 148,5. A média de permanência na UTI = 17,5 dias. VNI na internação realizada em 3 dos 4 pacientes, somente 1 evoluiu para IOT no dia posterior. Dos 4 casos:1 negativo,3 positivos,sendo 2 óbitos e 1 alta. RESULTADOS A evolução clínica foi semelhante, independente da confirmação ou não de H1N1: todos apresentaram pelo menos 6 dos sintomas da nova gripe; todos evoluíram com hipotensão arterial não responsiva a volume, 3 necessitando de aminas no 1º dia de internação; todos evoluíram para Pneumonia grave e SARA,tendo essa evolução se dado em média no 2º dia de IOT. VNI não foi eficaz nos pacientes com H1N1 confirmado, tendo evoluindo para IOT ainda no 1º dia de internação; recrutamento alveolar não foi capaz de melhorar relação P/F significativamente; PCV foi o modo ventilatório predominante. CONCLUSÃO A letalidade da gripe suína está relacionada às infecções oportunistas, portanto a evolução dos pacientes seguiu padrão semelhante. A abordagem Fisioterapêutica seguiu as recomendações da AMIB, quanto às medidas de ventilação, que são as mesmas para SARA. Pelo prognóstico ruim, observamos alto índice de letalidade nos pacientes. PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA DA ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE NITERÓI/RJ. TL - 023 GONÇALVES, Marcelo Torres; MIRANDA, Leandro Bragança; PAGLIARES, Fabiana Pereira; CARVALHO, Jefferson Matias; PIRES, Cinthia Neves; COSTA, Cleidiane Marins. Faculdades Pestalozzi, Niterói, Rio de Janeiro. A existência do ambulatório de fisioterapia respiratória é indispensável na abordagem interdisciplinar de um centro de reabilitação física, pois de uma boa função respiratória depende a saúde físico-funcional do ser humano. A proposta desta pesquisa foi descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes que freqüentaram o ambulatório do segundo turno de fisioterapia respiratória da Associação Pestalozzi de Niterói no ano de 2008. Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários. As informações avaliadas foram: sexo, idade, município de residência e diagnóstico clínico. Após a coleta de dados, esta pesquisa utilizou métodos estatísticos descritivos para apresentar seus resultados. Os resultados demonstraram que 52 pacientes foram atendidos no setor com o seguinte perfil: maioria do sexo masculino; idade entre 06 e 87 anos; residentes em Niterói e São Gonçalo; diagnóstico clínico distribuídos entre patologias primárias pneumocardiológicas e patologias primárias neurológicas. A pesquisa concluiu que a maioria dos pacientes atendidos apresenta patologia primária neurológica, dado que ratifica a importância do serviço de fisioterapia respiratória no contexto da reabilitação. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Palavras-chave: fisioterapia; reabilitação; epidemiologia descritiva. Categoria do trabalho: Fisioterapia Respiratória Ambulatorial. CONDIÇÃO FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA NO TRANSPLANTE HEPÁTICO. TL 024 Renata Salatti Ferrari; Lucas Homercher Galant; Luiz Alberto Forgiarini Junior; Mariane Borba Monteiro; Alexandre Simões Dias Grupo de Pesquisa Programas Especiais em Saúde Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS Resumo Introdução: As doenças hepáticas avançadas são responsáveis pelas alterações metabólicas, desnutrição, perda da massa e da função muscular. As associações desses fatores induzem à deficiência motora global e à inatividade física, interferindo negativamente na condição funcional. Objetivo: Comparar a condição funcional através do teste da caminhada dos seis minutos (TC6min) e a qualidade de vida (QV) utilizando o questionário Short Form 36 (SF-36) nos pacientes candidatos ao transplante hepático (TxH) e aqueles submetidos ao transplante ortotópico de fígado no período pós-operatório de 3 meses. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com amostra de conveniência, composta por 44 pacientes, divididos em dois grupos: pré-transplante (24 pacientes) e 3 meses após o TxH (20 pacientes). Todos os indivíduos foram avaliados em um único momento. A analise estatística foi realizada através do programa SPSS 16.0 utilizando os testes de Kolmogorov-Smirnov, t Student para amostras paramétricas e o teste de Mann-Whitney para variáveis não paramétricas. O nível de significância adotado foi de p< 0,05. Resultados: A condição funcional, avaliada através da distância percorrida no TC6min, foi significativamente maior no grupo 3 meses pós-transplante hepático quando comparado com o grupo pré TxH (500,05 + 56,20 vs 425,67 + 50,95, p<0,001) Na comparação da qualidade de vida, avaliada através do questionário SF-36, observou-se uma melhora estatisticamente significativa nos itens capacidade funcional (p = 0,001) e no estado geral de saúde (p=0,01) no grupo submetido ao transplante hepático avaliados 3 meses após este procedimento quando comparado ao grupo pré-transplante. Conclusão: Os indivíduos submetido ao transplante hepático apresentam após 3 meses melhora na distância percorrida e na qualidade de vida, especificamente na condição funcional e estado de saúde geral quando comparados aqueles indivíduos candidatos ao transplante hepático. Descritores: Condição Funcional, Qualidade de Vida, Transplante Hepático Categoria: 4 O Model-for-End-stage Liver Disease (MELD) interfere na Condição Funcional e na Força Muscular Inspiratória de Candidatos ao Transplante Hepático. TL - 025 Renata Salatti Ferrari; Lucas Homercher Galant; Luiz Alberto Forgiarini Junior; Mariane Borba Monteiro; Alexandre Simões Dias. Grupo de Pesquisa Programas Especiais em Saúde Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS Resumo Introdução: As doenças hepáticas são responsáveis pelas alterações metabólicas e cardiorrespiratórias, perda da massa e da função muscular. A associação desses fatores determina uma deficiência motora global, interferindo negativamente na condição funcional e na força dos músculos respiratórios e periféricos. Objetivo: Correlacionar o escore de gravidade Model-for-End-stage Liver Disease (MELD) com a condição funcional através da distância percorrida no teste da caminhada dos seis minutos (TC6min) e com a força muscular respiratória em pacientes com doença hepática crônica candidatos ao transplante ortotópico de fígado. Materiais e Métodos: Estudo transversal com amostra de conveniência, composta por 24 pacientes que possuíam o diagnóstico de cirrose hepática, todos os indivíduos realizaram a TC6min e a mensuração da força muscular respiratória através da manovacuometria para obtenção da pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx). Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e a correlação de Pearson. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS 16.00 sendo considerado significativo p< 0,05. Resultados: Participaram do estudo, 16 homens e 8 mulheres, média de idade de 51±10,16 anos, Índice de Massa ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Corpórea (IMC) foi de 25±3,21 e MELD de 14,87±3,77. Observou-se uma correlação negativa do MELD com a distância percorrida no TC6min (r = -0,85, p= 0,001) e com a PImáx (r = -0,69, p = 0,001 ). Houve correlação positiva entre a distância percorrida no TC6min e a PiMáx ( r = 0,68, p = 0,001). Entretanto, não houve correlação da PEmáx, com o MELD. Conclusão: O escore de gravidade MELD apresenta correlação inversa com a distância percorrida no TC6min e com a força muscular respiratória (PImáx), demonstrando ser uma variável que interfere na condição funcional e na força muscular inspiratória em pacientes candidatos ao transplante hepático. Descritores: MELD, TC6m, PImáx. categoria: 4 A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS. TL - 026 Nomes: Elaine Andrade Moura; Flaviane de Freitas Palma; Marcelle de Paula Ribeiro; Marcus Gomes Bastos.Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais. Introdução: As Doenças Cardiovasculares (DCV) são responsáveis pela maior taxa de morbimortalidade na maioria dos países, a principal causa do seu desenvolvimento é a síndrome metabólica, que é um conjunto de fatores de risco que desenvolvem doenças crônicas. Nesse grupo de risco encontram-se: diabéticos (DM), hipertensos(HAS) ,obesos, pessoas com mais de 50 anos, tabagistas, sedentários e precedentes familiares com DM, HAS. É importante a adoção de medidas preventivas primárias e secundárias efetivas para impedir sua progressão. Objetivo: A campanha PREVINA-SE é um trabalho integrante de um projeto de estensão da Universidade Federal de Juiz de Fora, que atua na prevenção de fatores de risco para Doenças Crônicas. Essa campanha tem como objetivo detectar, esclarecer e orientar a população sobre os fatores de risco da síndrome metabólica, e se necessário, encaminha-las a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Material e Métodos: A última campanha foi realizada em julho de 2009 por uma equipe multidisciplinar de acadêmicos de educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina e nutrição, com intuito de atender a população de Cataguases-MG. O atendimento é composto por entrevista que questiona sobre os fatores de risco da síndrome metabólica e por avaliação clínica e laboratorial: glicemia capilar (GC), aferição de pressão arterial, peso, altura e circunferência abdominal (CA). Após os exames há entrega dos resultados e orientações individualizadas. Análise estátistica: A amostra totaliza em 143 pessoas sendo escolhidos por livre demanda, contando com o fator de exclusão idade menor que 18 anos. A idade média foi de 53 anos; 10,49% e 38,46% apresentam DM e HAS respectivamente, e 46,15% e 53,85% apresentam antecedentes familiares com DM e HAS respectivamente. A quantidade de sedentários foi de 74,82% e de fumantes 10,49%. As médias da GC foram de 102,26 mg/dL e a do IMC foi de 26,54 Kg/m2, as médias das CAs foram: no sexo feminino 94 cm e no sexo masculino de 10 cm. Resultados: Observa-se que dentre os fatores de risco, a idade média, a porcentagem das pessoas sedentárias, a porcentagem de diabéticos e de seus precedentes familiares, e o IMC foram bem relevantes. Ao final dos atendimentos todas as pessoas foram orientadas ou encaminhadas a uma UBS, totalizando em 16 pessoas encaminhas. Conclusão: Portanto, esse trabalho de prevenção se torna importante para essa população, para os serviços de saúde e para os governos já que, através dela reduz-se o impacto social, político e financeiro sobre as receitas do SUS. Palavras Chaves: Doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, prevenção. CONDIÇÃO FUNCIONAL DE INDIVÍDUOS CANDIDATOS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO. TL -027 Renata Salatti Ferrari; José Leonardo Faustini Pereira; Tanara Carreira Meus Figueredo; Lucas Homercher Galant; Luiz Alberto Forgiarini Júnior; Mariane Borba Monteiro; Alexandre Simões Dias. Grupo de Pesquisa Programas Especiais em Saúde. Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre, RS Resumo Introdução: A doença hepática crônica resulta em grande impacto nutricional, independente de sua etiologia, pelo fato do fígado responsabilizar-se por inúmeras via bioquímicas na produção, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER modificação e utilização de nutrientes e de outras substâncias metabolicamente importantes. Desta forma, a doença hepática acaba levando a perda de massa e função muscular com conseqüente diminuição da condição funcional. Objetivo: Avaliar e comparar a condição funcional através da distância percorrida no teste de caminhada dos seis minutos (TC6M), do valor da pressão inspiratória máxima (PIMáx) e da pressão expiratória máxima (PEMáx), em pacientes candidatos ao transplante hepático que possuem a classe B e C, segundo o escore Child-Pugh. Materiais e Métodos: Estudo transversal, com amostra de conveniência composta por 30 pacientes, divididos em dois grupos: Child Pugh Score B (19 pacientes) e Child Pugh Score C (11 pacientes). Todos os indivíduos foram avaliados em um único momento. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, e t student para as variáveis paramétricas. O nível de significância adotado foi de p< 0,05. Os dados foram analisados no programa SPSS versão 16.0. Resultados: O grupo Child Pugh Score B percorreu uma distância maior no TC6M que o grupo C (457,78 + 40,47 vs 370 + 45,15, respectivamente; p = 0,001) , bem como apresentou maiores valores na PIMáx (-76,26+22,08 vs -55,18+15,75 cmH20, p=0,01) e PEMáx (84,15+28,26 vs 67,00+17), sendo que a última não apresentou diferença estatisticamente significativa p = 0,07. Conclusão: Os indivíduos classificados no escore Child- Pugh classe B apresentaram melhor condição funcional (distância percorrida maior no TC6M) e maiores valores na força dos músculos respiratórios do que os indivíduos da classe C. Descritores: Child- Pugh, Transplante Hepático, Condição Funcional. Categoria do Trabalho: 4 ESTRATÉGIAS PARA A REDUÇÃO DO TEMPO DE VENTILAÇÃO MECANICA E DE PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO. TL - 028 Bruno Leonardo da Silva Guimarães, Sergio Nogueira Nemer, Leandro Miranda Azeredo, Jefferson Braga Caldeira, Gilberto Marques Souza, Fernando Rodriguez, Moyzes Damasceno. Hospital de Clínicas de Niterói, Niterói, RJ. Terapia Intensiva Palavras chave: Ventilação Mecânica, VAP, bundle. Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) está associada ao aumento da mortalidade e morbidade, além do aumento dos custos da terapia intensiva. O “bundle” de PAV consiste em medidas difundidas pelo “Institute for health Care Improvement”, e tem sido associado à redução do risco de PAV. Objetivos: Avaliar implantação de um “bundle” de quatro medidas destinadas para a redução da incidência de PAV. Materiais e Métodos: Estudo prospectivo, realizado de dezembro de 2007 a agosto de 2009 em 12 leitos de uma UTI geral do Hospital de Clínicas de Niterói. As medidas adotadas foram as seguintes: interrupção diária da sedação associada ao teste de respiração espontânea feito pelo fisioterapeuta, cabeceira elevada a 45 graus, profilaxia de trombose venosa e de hemorragia digestiva. Análise Estatística: A análise foi feita através de média e percentual. Resultados: O risco total e a taxa total média de PAV foram de 8,4% (15 pacientes em 178) e de 7,75/1000 dias de VM respectivamente. Todos os casos de PAV ocorreram de forma tardia após o quarto dia de VM. O tempo de VM foi o principal fator modificável para obtermos menores taxas de PAV. Foi observada uma queda significativa do tempo médio de ventilação mecânica de 11,4 dias, de Novembro de 2006 até Novembro de 2007 e de 7,7 dias de Dez 2007 até Agosto 2009. Conclusões: A implantação do “bundle” diário utilizado pela equipe interdisciplinar está associada à redução do tempo de ventilação mecânica, sendo este o fator determinante para obtenção de menores taxas de PAV. ASSOCIAÇÃO DOS ÍNDICES PREDITIVOS DE DESMAME EM PACIENTES IDOSOS E NÃO IDOSOS. TL -029 Leandro Miranda de Azeredo(1); Sérgio Nogueira Nemer(1); Jefferson Braga Caldeira(1); Bruno Guimarães(1); Gilberto Aluízio Marques de Souza(1); Moyzes Damasceno(1); Licínio Esmeraldo da Silva(2); Célia Pereira Caldas(3). (1)Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) – Niterói – RJ (2)Departamento de Estatística da UFF – Niterói – RJ (3) Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (UERJ) – Rio de Janeiro -RJ. 1 - Terapia Intensiva Introdução: A decisão da interrupção da ventilação mecânica pode ser um procedimento clínico mais seguro com a utilização de protocolo de avaliação diária da respiração espontânea que inclua variáveis respiratórias que aumentem a confiabilidade na realização do desmame. Objetivos: Determinar que variáveis respiratórias que estão associadas à predição do sucesso do desmame da ventilação mecânica ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER em pacientes idosos e não idosos.Materiais e métodos: Foi realizada uma coorte retrospectiva, realizada de janeiro de 2003 a setembro de 2005 na UTI do HCN. Participaram do estudo 191 pacientes, sendo 76,4% a população de idosos com idade igual ou maior que 60 anos. Entre os idosos, 84,2% tinham entre 60-80 anos e 15,8% acima de 80 anos. Foram analisados como variáveis independentes na regressão logística o Apache II, Cqst,rs, FR/Vt, FR/Vt x PO.1, IWI, LIS, PaO2, FR, SaO2, VC, VM, dias de desmame e os dias de ventilação mecânica, e como variável dependente o sucesso do desmame.Análise estatística: A identificação das variáveis preditoras do sucesso do desmame foi realizada por meio da técnica de regressão logística, a qual permitiu obter uma equação de regressão para o cálculo das chances do sucesso. Resultados: A regressão logística evidenciou como preditores estatisticamente significativos para o sucesso do desmame a complacência (Cqst,rs), a pressão de oclusão (P0.1) e o produto do índice de respiração rápido e superficial com a pressão de oclusão (FR/Vt x P0.1) (p < 0,05). Dessa forma, obteve-se a equação de regressão para o logaritmo da chance de sucesso no desmame: logit (p) = 2,7 – (0,2 Cqst,rs) – (1,5 P0.1) + 0,014 (FR/VT X P0.1).Conclusão: Através da regressão logística, encontramos como preditores estatisticamente significativos para o sucesso do desmame a complacência, a pressão de oclusão e o produto do índice de respiração rápido e superficial com a pressão de oclusão. Palavras chaves: idoso, desmame, ventilação mecânica. AVALIÇÃO DOS RESULTADOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTES IDOSOS E NÃO IDOSOS. TL 030 Leandro Miranda de Azeredo (1); Sérgio Nogueira Nemer (1); Jefferson Braga Caldeira (1); Bruno Guimarães (1); Gilberto Aluízio Marques de Souza (1); Moyzes Damasceno (1); Licínio Esmeraldo da Silva (2), Célia Pereira Caldas (3). (1) Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) – Niterói – RJ (2) Departamento de Estatística da UFF – Niterói – RJ (3) Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PGCM/ UERJ) – Rio de Janeiro -RJ. 1 - Terapia Intensiva Introdução: Com o envelhecimento e aumento da expectativa de vida, observa-se na população brasileira maior incidência de doenças crônico-degenerativas, maior hospitalização, internação em terapia intensiva, elevada indicação de ventilação mecânica e necessidade de desmame. Objetivos: Avaliar as diferenças no desfecho (sucesso e insucesso) do desmame em pacientes idosos e não idosos. Materiais e métodos: A pesquisa foi delineada através de uma coorte retrospectiva, realizada de janeiro de 2003 a setembro de 2005 na UTI do Hospital de Clínicas de Niterói. Análise estatística: As variáveis foram descritas em forma de médias, desvios padrão, medianas e intervalos interquartílicos. O teste do qui-quadrado comparou proporções entre grupos independentes e avaliou a associação entre variáveis categóricas. A intensidade da associação foi medida pelo coeficiente Phi (φ). O nível de significância adotado foi 0,05. Resultados: Participaram do estudo 191 pacientes, sendo 76,4% a população de idosos com idade igual ou maior que 60 anos. Entre os idosos, 84,2% tinham entre 60-80 anos e 15,8% acima de 80 anos. Como desfecho do desmame, não encontramos diferença estatisticamente significativa entre a população de idosos e não idosos (p=0,85) e nem entre os grupos de idosos (p=0,58). O sucesso na população de idosos e não idosos foi de 93,7% (179 casos) e o insucesso de 6,3% (12 casos). Ao avaliarmos os dias de ventilação mecânica, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa (p=0,26) em relação às categorias do desfecho. Ao analisarmos o óbito versus desfecho do desmame, encontramos associação estatística entre o resultado do desmame e a mortalidade (p=0,0002), sendo esta associação inversamente proporcional e de moderada intensidade ( = 0,48; p< 0,0001).Conclusão: O óbito só esteve presente no insucesso do desmame e dissociado da condição de idoso. Palavra chaves: idoso, desmame, ventilação mecânica. EFEITOS DA COMPRESSÃO MANUAL TORÁCICA EM PACIENTES VENTILADOS MECANICAMENTE. TL 031 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA III CONGRESSO CARIOCA DE FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA E FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA – 2009 TEMAS LIVRES - PÔSTER Paulo Canuto da Silva Nascimento1, Juan Carlos de Liam1, Sara Lucia Silveira de Menezes1,3, Cristina Márcia Dias1,4, Sandra dos Santos Constantino2, Juliana de Oliveira1,5, Fernando Silva Guimarães1,3 - 1Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, RJ; 2-Hospital Central da Polícia Militar, Rio de Janeiro, RJ; 3-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ; 4-Hospital de Força Aérea do Galeão, Rio de Janeiro, RJ; 5-Hospital Geral de Bonsucesso, Rio de Janeiro, RJ. Introdução: pacientes sob ventilação mecânica invasiva frequentemente necessitam de fisioterapia respiratória com o objetivo de reexpandir áreas atelectasiadas e promover a remoção de secreções pulmonares. Embora diversas técnicas manuais sejam comumente empregadas na prática clínica não há estudos que suportem o seu uso para remoção de secreções pulmonares em pacientes ventilados artificialmente. Objetivo: avaliar os efeitos da compressão manual torácica na remoção de secreção pulmonar, no fluxo expiratório e na complacência estática do sistema respiratório de pacientes ventilados artificialmente. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo controlado e randomizado. Foram incluídos 20 pacientes do CTI do Hospital Central da Polícia Militar que apresentavam infecção respiratória e estavam sob ventilação mecânica invasiva. Durante todos os procedimentos os pacientes foram mantidos em decúbito dorsal (35o) em ventilação controlada a volume (assisto-controlada) com Vc = 8 mL/kg, Fluxo insp = 60 Lpm e PEEP = 5 cmH2O (os demais parâmetros não foram modificados). A intervenção experimental consistiu de dois minutos de compressões manuais torácicas, realizadas lentamente e na fase expiratória por um mesmo fisioterapeuta. Na intervenção controle os pacientes apenas permaneceram sob ventilação mecânica durante dois minutos com os parâmetros já mencionados. A ordem das intervenções foi randomizada e houve um washout de 4 horas entre cada intervenção. A complacência estática do sistema respiratório (Cst,rs) foi medida antes e após cada intervenção, bem como os fluxos expiratórios antes e durante a aplicação da compressão manual. A secreção pulmonar mobilizada durante cada intervenção foi coletada para quantificação. Análise Estatística: a distribuição dos dados foi analisada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov e igualdade de variâncias de Levene. De acordo com a distribuição foi utilizado teste-t pareado ou Wilcoxon. As diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados: Houve aumento da Cst,rs após a compressão torácica [6,8 (0,72 - 9,91) vs –2,37 (-7,53 - 4,8) %; p < 0,01], aumento do pico de fluxo expiratório (44,6±3,81 vs 60±4,1 L/min; p < 0,001) e do fluxo expiratório em 30% do volume corrente (14,7±1,65 vs 38,4±3,5 L/min; p < 0,001) durante a compressão, além de maior eliminação de secreção [1,0 (0,4 – 1,7) vs 1,75 (1,0 – 2,4) mL; p < 0,05] durante a manobra compressiva. Conclusão: a compressão manual torácica aumenta os fluxos expiratórios, promovendo a desobstrução pulmonar e o aumento da complacência do sistema respiratório de pacientes ventilados mecanicamente. DESCRITORES: terapia intensiva, compressão manual torácica, mecânica respiratória. CATEGORIA: Terapia Intensiva Adulto.