Maio - Auxiliadora Sorocaba

Transcrição

Maio - Auxiliadora Sorocaba
Informativo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
Arquidiocese de Sorocaba
Sorocaba/SP - Ano XIII - No. 73 - Maio 2013
A Festa
de Maria
Auxiliadora
Pentecostes:
A fundação da
Igreja Cristã
A Santidade da
Família Salesiana
Dom Bosco:
O Santuário de Turin
O quadro na
Basílica de Turin
A Missa Explicada
Porque comemoramos Corpus
Christi?
página 5
página 10
página 9
páginas 6 e 7
página 11
página 12
Mensagem
do Pároco
“Minha Mãe minha Rainha,
põe tua mão antes da minha!”
Caríssimos Paroquianos, amigos e benfeitores de
nossa Paróquia. Mês de Maio é um mês muito
especial, pois lembramos de nossas amadas Mães e
para todos nós Salesianos (as) porque celebramos São
Domingos Sávio, Santa Maria Domingas Mazzarello e
principalmente a Solenidade de Maria Auxiliadora dos
Cristãos no dia 24 deste mês.
Ser mãe hoje requer uma atitude de responsabilidade
e determinação. Primeiro porque nossa sociedade
não educa para o compromisso e responsabilidade e
segundo, porque ser mãe é participar do mistério da
vida – que é dom de Deus e por isso é sagrada - que
hoje está sendo seriamente ameaçada em seus direitos
inalienáveis, pela violência e pela desumanização.
Lancemos um olhar sobre MARIA SANTÍSSIMA
AUXILIADORA. Dom Bosco falava da Virgem como
Mãe amorosa, que cuida de cada um de seus filhos
auxiliando em nossas necessidades; foi com ele e
com as novas comunidades salesianas que o título
Auxiliadora se propagou por toda a Igreja.
Peçamos a Maria Santíssima, nossa Mãe, que derrame
em nossos corações e nossas vidas, abundantes
graças, para que a seu exemplo, possamos sem medo
dizer um generoso e confiante SIM ao Pai e a Igreja,
para que cheios do Espírito Santo, possamos levar
Jesus ao mundo e ir sem medo ao encontro dos mais
necessitados e pequenos do Reino.
FELIZ DIA DAS MÃES PARA
TODAS AS MÃES DA
NOSSA PARÓQUIA.
Com afeto,
Pe. Douglas Verdi, sdb
Pároco
Horário de Missas
Segunda a Sexta Feira - 7h00 e 19h30 Sábados - 7h00 e 16h30 Domingos - 7h00, 8h15, 10h00, 18h00 e 19h30
Feriados - 9h00
Dízimo: um ato de fé!
Dízimo é um ato de fé, de compromisso, de gratidão e de
reconhecimento a Deus pelo que Ele é e pelo que fez e faz
por nós.
Ao oferecer o Dízimo o
cristão expressa a sua
convicção de pertença a
Deus, tanto de si mesmo
como de tudo o que
possui. Antes, portanto,
de ser partilha o Dízimo é
ação de graças.
“Que o meu dízimo seja agradável a Ti Senhor”
Dizimistas Aniversariantes
do Mês de Maio
01 José Pedro Zaccariotto
André Tavares Simoni
04 Valquíria Reis dos Santos
06 Carmem Aragon Sanches
08 Maria Oliveira Fieri
12 Sueko Nakazone
Mildre Mandelli Ferri
13 Luiz Fernando Gibaile
14 Claudia de Sylos Bertolini Machado
Felipe Luchini Pontes
16 Paulo Rubens Coelho Pereira
18 Pedro Paulo Moron Gagliardi
20 Olívia Rezende de Oliveira
Ana Paula Mandelli Ferri
21 Ilza Lopes Barana
22 Patrícia de Oliveira Marques Andrade
23 Moacyr de Toledo Filho
Sandra Aparecida Galvão Maradey
24 Luiza Luchini Pontes
25 Solange Ramos Santos Scapol
26 Maria Aparecida Moreira Santos
31 José Jayme Figueira da Silva
Miriam Cesar Baptista
Parabéns à todos!
Que Deus os Abençoe!
Faça você também a experiência do Dízimo!
Informativo Paróquia em Ação | Publicação Mensal da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora | Sorocaba/SP | www.auxiliadorasorocaba.com.br
Pároco: Padre Douglas Verdi | Jornalista Responsável: Andréa Freire | Fotos: Pascom | Tiragem: 1000 exemplares | Impressão: Gráfica Paratodos | Diagramação: Cerquetto
Comunicação | Distribuição: Ag. RBC - Fone: (15) 3221-1130 |Realização: PASCOM - Pastoral da Comunicação | Contato: Secretaria - (15) 3222-2380 | Endereço: Rua Avelino
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gratuitamente na paróquia, comunidades bairros adjacências da matriz. É proibida a reprodução de qualquer conteúdo sem prévia autorização.reprodução de qualquer
conteúdo sem prévia autorização.
Festa de Nossa
Senhora
Auxiliadora
No dia 24 de maio estaremos comemorando o dia da nossa
padroeira e, como nos anos anteriores, entre os dias 15 e 23 será
realizada a novena em honra à Nossa Senhora Auxiliadora onde
vários sacerdotes estarão presidindo as celebrações. Neste ano a
novena terá como tema: “Maria modelo de entrega e de fidelidade
a Deus” e o Gesto Concreto será a arrecadação de alimentos não
perecíveis que serão doados ao Oratório e Toca de Assis.
Durante os dias da novena a Equipe de Eventos montará
barraquinhas de comidas e bebidas e o valor arrecadado será
utilizado para a reforma da cozinha.
Serão momentos marcantes que nos ajudarão em nossa caminhada
de fé. Mais uma vez teremos a oportunidade de pedir a Nossa
Senhora que ela nos ensine a sermos irmãos e que aprendamos a
amar como Jesus amou.
DATA
HORÁRIO CONVIDADO
PARTICIPAÇÃO DAS PASTORAIS
15 de Maio
19h30
Arcebispo Dom Eduardo
ADMA, Salesianos Cooperadores e Perseverança
16 de Maio
19h30
Pe. João Alfredo
Catequese, Comunhão e Libertação e Terço
17 de Maio
19h30
Dom Lucas Almeida Costa
Apostolado da Oração, Comunicação e Terço da Libertação
18 de Maio
16h30
Pe. Fernando Campane Vidal-sdb
Noivos, Evangelização do Matrimônio e Colégio Salesiano São José
19 de Maio
19h30
Pe. Mauro Bombo-sdb
Jovens, ECC, Liturgia e Oratório Dom Bosco
20 de Maio
19h30
Pe. João Alampe
Vicentinos, Saúde e Batismo
21 de Maio
19h30
Pe. Tadeu Rocha
Catequese de Adultos, Grupo de Oração, Eventos e Crochê
22 de Maio
19h30
Pe. Edson Donizetti-sdb
Inspetor Salesiano
Acolhida, Ministros e Oficina de Oração
23 de Maio
Pe. João Orsi
Crisma, Coroinhas e Pentecostes
19h30
Festa de Nossa Senhora Auxiliadora
24 de Maio
15h00
Santo Rosário conduzido pelos integrantes da ADMA
19h30
Missa Solene, presidida pelo Padre Roque Sibioni-sdb, queima das cartinhas e
coroação de Nossa Senhora com a participação de todas as pastorais.
O que é ser Mãe?
Com brilho nos olhos, mulheres da Paróquia falam sobre o sentido de ser mãe.
Não existe uma receita pronta de como ser mãe. Amor, carinho
e compreensão, tudo isso existe dentro de cada um de nós, mas
como saber como é esse amor sem medida? Também sabemos
que não existe um médico ou alguém que dê às mulheres uma
afirmação do que é, e como ser mãe.
Para mim, todas as mulheres têm dentro de si um dom guardado,
este é dado pelo Espírito Santo, e que em certo momento da vida,
a partir da geração, da criação dos seres que vem ao mundo, ele
surge como uma força muito grande dentro da mulher. No início,
talvez nem todas percebam que dentro delas existe esse dom,
mas aos poucos ele vai aflorando, elas notam o que lhes foi dado
e tudo começa a ter um sentido.
Algumas não enxergam a beleza de ser mãe, dizem que não têm
jeito para criarem filhos, mas a partir do momento que têm a
sorte de colocarem uma criança no mundo, veem o milagre mais
bonito acontecer. Não existe algo que prepare as mulheres para
serem mães, mas Deus sabe agir dentro de cada uma, criando
habilidades jamais vistas, mas que no fundo cada uma sabe de
onde vem.
E falando em mães e o que é ser uma, percorri os corredores da
Paróquia perguntando para algumas mulheres o que é ser mãe.
Essa é, talvez, uma das perguntas mais difíceis de se responder,
mas essas corajosas mamães nos deram algumas dicas do que
sentem, do que é ser este ser tão maravilhoso. Em todas umas
coincidência: olhos brilhando, e o derretimento ao falar desse
sentimento.
Fernanda Soares tem duas filhas,
uma de 5 anos e outra de 2
meses, e disse que ser mãe é um
sentimento inexplicável.
“É ouvir aquele ‘eu te amo’ e se
derreter, é abraça-las e sentir todo
o carinho do mundo. Não tem
como explicar”, afirma.
A imagem diz tudo
Esta menina perdeu a mãe na
guerra. No orfanato desenhou-a
com giz e aconchegou-se num colo
que não existe mais, deixando fora
as sandálias para respeita-la, como
manda a cultura oriental ao se
entrar num lugar santo.
“O Amor faz do outro
Sagrado”!
Sabrina Diebe, teve Giovana, sua primeira
filha, e disse que é o retrato de Deus. “É a
plena presença de Deus na nossa vida. É
um milagre, uma bênção, uma alegria, uma
emoção que não tem como explicar, só sendo
mãe para entender”.
Para Aline Cordeiro, uma das ministras da
Paróquia, mãe de Bia e grávida de Cauê, ser
mãe é mais do que dizem sobre o amor. “É
difícil explicar, porque você só descobre a
hora que é, você até imagina que é um amor
que não cabe em você. A partir do momento
que se tem um filho você sabe que realmente
é esse amor. Você faz de tudo por eles, dá sua
vida por eles, é uma delícia! Eu recomendo”,
conta.
Jeani de Almeida, é mãe de três mulheres,
já é avó, e diz que sente como se fosse mãe
duas vezes. “A gente cria os filhos, e ajuda
a criar os netos, o que é muito bom”. Ela
ainda comenta o que é ser mãe para ela:
“É uma bênção divina, é tudo de bom e
mais abençoado que possa ter nessa vida!
A gente se completa, realizamos nossos
sonhos através dos filhos. Espero que todas
realizem esse sonho, porque é a realização
da mulher”, afirma. Ela ainda diz que Nossa Senhora é um
exemplo para as mães: “Nossa Senhora criou Jesus, e é um belo
exemplo para nós do que é ser mãe”.
Já para Gláucia Rocha, mãe de uma menina
de 20 anos e um menino de 15, ser mãe é a
maior dádiva de Deus. “É o sentimento mais
completo que pode existir, preenche o vazio
que faltava”.
Ana Paula Cury
Formanda em Jornalismo
pela Universidade de Sorocaba
Quer saber quando batizar seu filho? Acesse: www.auxiliadorasorocaba.com.br
Pentecostes - A fundação da Igreja Cristã
[...] Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é
adorado e glorificado, Ele que falou pelos profetas. (Credo Niceno-constantinopolitano)
Quando falamos do Espírito Santo não podemos isolá-lo das demais
pessoas da Trindade, porque Ele foi enviado pelo Pai através do
Filho para recordar tudo aquilo que foi revelado aos apóstolos
durante a vida pública do Divino Mestre e dar continuidade a
missão de edificar a Sua Igreja.
A missão do Espírito Santo é mediadora entre o Filho e os homens.
No momento da criação, o Pai através do Filho que é o Verbo, do
nada cria o mundo e tudo que nele existe e esta ação que cria todas
as coisas é obra do Espírito Santo. (cf. Gn1, 1-2)
Na passagem do dilúvio, a pomba aparece na janela da arca de
Noé, prefigurando a mensagem de paz que o Espírito de Deus traz
àqueles que se salvaram da morte. (cf. Gn8, 10-11)
Com unção de Davi como rei, ele se torna o messias daquele povo,
com a força do Espírito, ele governa o povo de Israel e Judá. (1Sm
16, 13)
Os profetas receberam do Paráclito, a coragem de anunciar a
palavra de Deus e denunciar os erros (cf. Is 11, 1 ss). Os escritos
sagrados da bíblia foram inspirados por Deus através do Espírito
Santo.
Na encarnação do Verbo, (cf. Lc 1 35), o texto diz: “E o anjo disse:
“O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com
a sua sombra”. Em Maria acontece o primeiro pentecostes.
Jesus foi concebido no ventre da Virgem Maria por obra do Espírito
Santo. Isabel cheia do Espírito Santo saúda a Mãe do Salvador. (cf.
Lc1, 41-45).
João Batista quando batiza Jesus, se torna testemunha ocular da
descida do Espírito Divino, confirmando a missão que foi dada pelo
Pai ao seu Filho muito amado, a quem Ele pôs todo o Seu agrado.
(cf. Jo1, 32-34)
Durante Sua vida pública, Jesus Cristo agiu em comunhão com o
Pai e com o Espírito Santo realizou muitos sinais e milagres diante
do povo de Israel.
O pecado contra o Espírito Santo é justamente negar que os
milagres de Jesus são verdadeiros e que pela vontade do Pai são
concedidos aos homens.
Na cruz, quando Jesus entrega o espírito (cf. Jo 19, 30), na verdade
é o que chamamos de pentecostes joanino, pois o autor deste
evangelho quer deixar bem claro que Cristo morreu na cruz, que
Dele jorrou o sangue que é a Eucaristia, a água que é o Batismo e
o Espírito Santo que é derramado em favor de todos os batizados e
confirmados na fé cristã.
No cenáculo, os doze discípulos juntamente com a Virgem Maria
receberam a força do Espírito Santo sob a forma de línguas de
fogo que repousaram na cabeça de cada um deles (cf. At 2, 1-4);
era ocasião da Festa de Pentecostes, conhecida como festa das
colheitas dos frutos da primavera. Neste dia nasce oficialmente
a Igreja Cristã, que hoje chamamos de Igreja Católica Apostólica
Romana.
Os discípulos são chamados de apóstolos porque agora, ungidos
pelo Divino Espírito, são enviados em missão para anunciar a boanotícia da ressurreição de Cristo até os confins da terra. (cf. Mt 26,
18-20)
Todos os cristãos cheios do Espírito Santo enfrentaram perseguições
com bravura e através do seu Advogado souberam responder os
poderosos daquela época e deixa-los sem argumento para ir contra
os ensinamentos de Jesus. (At 7, 54 ss)
Buscai as coisas do alto (Cl 3, 1-2), diz o apóstolo São Paulo, ou seja,
busquemos a graça de Deus através do nosso Intercessor junto a
Cristo que é o Espírito Santo, Ele nos revela as Escrituras realizadas
plenamente na pessoa do Filho de Deus.
Em todos os sacramentos, sem exceção, contamos com a eficácia e
a força do Espírito Santo que abençoa a água, que consagra o pão e
o vinho, que unge o enfermo, o batizando e o crismando, que une
marido e mulher pelo enlace matrimonial, que confia ao homem o
sacramento da ordem e dá coragem ao pecador de se arrepender
sinceramente reconciliando-se com o Pai.
Até o Concílio Vaticano II, o Espírito Santo era um mero desconhecido
dos fiéis que vieram desde o período da Cristandade.
Graças a inspiração da 3ª pessoa da Santíssima Trindade, o Bemaventurado João XXIII abriu as portas da Igreja para um novo
pentecostes, chamando os leigos para a missão de evangelizadores
e colaboradores de todo o clero.
Todo o povo de Deus, ungido pelo Espírito Santo, através do
Sacramento da Confirmação recebe Dele os dons que devem estar
a serviço da Igreja e dos demais irmãos, já que os dons são dádivas
que vem do alto, como um presente a cada cristão batizado e
crismado.
O movimento carismático trouxe para a Igreja o reavivamento dos
carismas do Espírito, baseando-se nos sete dons de santificação:
Sabedoria, Entendimento, Fortaleza, Ciência, Conselho, Piedade e
Temor de Deus e nos demais carismas em favor da comunidade.(1
Cor 12, 1 ss).
Não existe missa sem a presença do Espírito Santo, como também
não existe comunhão fraterna sem a presença Dele.
Podemos concluir que sem a força do Divino Espírito Santo, a Igreja
jamais caminhará na unidade, seja entre si e em relação aos demais
cristãos não católicos.
Que este Pentecostes possa surtir frutos em nossa vida comunitária,
em nossos trabalhos pastorais, em nossa família e por fim em nossa
vida cristã comprometida com a causa do evangelho.
Vem Espírito Santo,
nossas almas visitai, amém!
Marcos Fernando D’Avila
Bacharel em Teologia
Professor do Curso Livre de Formação
Teológica e Pastoral – Arquidiocese de
Sorocaba
A Missa Explicada - parte 2
Liturgia da Palavra
Na Liturgia da Palavra é Deus quem nos fala solenemente, somos “ouvintes”. Deus fala a uma comunidade
reunida como “Povo de Deus”.“Shemá Israel”...Escuta Israel... Teu Deus vai falar! Está posta a primeira mesa,
a Mesa da Palavra, onde Deus Fala com seus filhos. Nas leituras, comentadas na homilia, Deus fala ao seu
povo, revela-lhe o mistério da Redenção e Salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. (IGMR 59) “Não só de
pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus!” (Mt 4,4)
Na edição anterior deste Informativo, ao abordarmos a Missa
parte por parte, comentamos sobre os ritos que precedem a
Liturgia da Palavra.
O que é Liturgia?
Originariamente, a palavra “liturgia” significa “obra pública”,
serviço em favor do povo. Na tradição cristã, quer dizer que
o povo de Deus toma parte na “obra de Deus”. Pela liturgia,
Cristo, nosso Redentor e Sumo-Sacerdote, continua na sua
Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa Redenção (CIC).
E ainda, a Liturgia é o encontro entre a Comunidade Divina
e a Comunidade Humana; encontro esse que ocorre numa
dinâmica ascendente e descendente, ou seja, um encontro
onde o Trino Deus (comunidade divina), na sua benevolência,
desce até nós humanos, seus filhos, e faz-se nosso alimento.
Um encontro onde a Comunidade Humana (Assembleia), numa
dinâmica ascendente, aproxima-se da Comunidade Divina
(o Transcendente), através das orações, louvores e súplicas,
fortalecendo a Aliança entre Deus e seu Povo. Na liturgia não
há espaço para o individualismo; Deus sempre dirigiu-se a um
“Povo” e como tal (unidos num só Corpo) devemos participar da
Missa. Na Liturgia é implícito o sacerdócio de Jesus Cristo. Toda
ação Litúrgica é por Cristo, em Cristo e com Cristo. Por Cristo ao
Pai, no poder do Espírito Santo.
Conforme vimos anteriormente, os Ritos Iniciais têm a finalidade
de estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos, bem como
motivá-los à escuta da Palavra de Deus, e levá-los a celebrar
dignamente a Eucaristia.
Importante observarmos que desde a Procissão de Entrada até
a Oração do dia (Coleta), são os fiéis que dirigem-se a Deus,
através das orações de petições, súplicas e louvor. Agora, na
Liturgia da Palavra, somos ouvintes, e como tal, recomenda-se
que dispensemos o folheto, principalmente no momento do
anúncio do Evangelho. Somos, pois, chamados a ouvir, escutar,
como na antiga lei: “Escuta Israel”... escuta e acolhe no coração
a mensagem do Teu Deus.
Dois livros litúrgicos são usados na Liturgia da Palavra: o
Lecionário (livro que contem os textos bíblicos próprios para a
liturgia de cada dia), que já deve encontrar-se no Ambão (Mesa
da Palavra), para as leituras, e o Evangeliário, que é levado do
altar para o Ambão, e após a proclamação este deve ser retirado,
e colocado em lugar apropriado.
“A dignidade da Palavra de Deus exige um lugar que favoreça o
seu anúncio”CIC 1184
O Ambão é o verdadeiro trono da sabedoria do qual Cristo se
revela como nosso único Mestre. É a catedral de onde Deus nos
fala. A Palavra deve ser proclamada do alto, e exige do leitor o
devido preparo, boa dicção, assim como um cuidado na postura,
expressão corporal, e entonação de voz, observação correta da
pontuação.
*A Mesa da Palavra não deve ser confundida com a estante
do animador. Esta não deve ter o mesmo destaque do Ambão.
- A assembleia litúrgica, graças ao Espírito Santo, escuta Cristo,
pois é Ele que fala ao ser proclamada na Igreja a Sagrada Escritura
(SC7), e acolhe a Aliança que Deus renova com o seu povo.
Os comentaristas ou animadores devem valorizar as
Introduções, que explicam o conteúdo da liturgia.
Diz São Jerônimo: “A carne do Senhor, verdadeira comida, e o
seu sangue, verdadeira bebida, esse é o verdadeiro bem que nos
é reservado na vida presente: alimentar-se com a sua carne e
beber o seu sangue, não só na Eucaristia, mas também na leitura
da Sagrada Escritura. É, de fato, verdadeira comida e verdadeira
bebida a Palavra de Deus, que se obtém do conhecimento das
Escrituras”.
A liturgia da Palavra, com efeito, não é propriamente um
momento de meditação e de catequese, mas de diálogo de Deus
com o seu povo, onde se proclamam as maravilhas da salvação,
e constantemente se propõem de novo as exigências da Aliança
entre Deus e seu Povo. (SB 45) A parte principal da Liturgia da Palavra é constituída pelas
leituras da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. Nas
leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revelalhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento
espiritual. Pela Palavra, Deus convoca e recria o seu Povo, que
numa manifestação de adesão à Palavra de Deus, professa a
sua fé (através da Oração do Creio ou Credo). E alimentado pela
Palavra, eleva a Deus as suas preces na oração universal (Oração
da Assembleia ou dos fiéis) pelas necessidades de toda a Igreja
e pela salvação do mundo inteiro.
Primeira Leitura: Passagem tirada do Antigo Testamento
(parte bíblica que prepara a vinda do Messias, que anuncia a
Vai se casar e precisa de informações? Acesse: www.auxiliadorasorocaba.com.br
instauração do Reino de Deus).
* Findada a proclamação das leituras, o leitor profere a
aclamação: “Palavra do Senhor!”. Após essa aclamação o povo
reunido presta honra à Palavra de Deus, acolhida com fé, e
responde com ânimo agradecido.
* Lembrando que em hipótese alguma deverá ser usado outro
termo, quer seja o plural (Palavras do Senhor), ou acrescentar:
(estas são as Palavras do Senhor).
Salmo Responsorial- A primeira leitura é seguida do Salmo
Responsorial (Salmo de resposta), que é parte integrante
da Liturgia da Palavra, e favorece a meditação e melhor
entendimento da Palavra de Deus que foi proclamada.
O salmo responsorial corresponde a cada leitura, sendo uma
resposta orante da Assembleia à Palavra, portanto, não deve
ser substituído por outro canto. Deus fala, e a comunidade
responde salmodiando. Sempre que possível deve ser cantado,
pelo menos no que se refere à resposta da Assembleia.
O salmista ou cantor do salmo deve recitar os versículos do
Salmo do Ambão, uma vez que faz parte da Liturgia da Palavra.
Segunda Leitura: Passagem tirada do Novo Testamento, de uma
das Cartas ou Epístolas de Paulo, dos Atos dos Apóstolos, Cartas
Católicas, etc.
Aclamação do Evangelho: Depois da leitura, que precede
imediatamente o Evangelho, canta-se o “Aleluia” ou outro
cântico, indicado pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico.
Deste modo, a aclamação constitui um rito ou um ato pelo qual
a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que vai falar no
Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É cantado por
todos, de pé, como um aplauso ao Senhor que vai falar-nos. A
leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da Liturgia da
Palavra. É Cristo presente no meio dos fiéis quem lhes fala, e por
isso, escutam a leitura de pé.
Na Quaresma o canto de Aleluia é substituído por outro,
conforme exigir o tempo litúrgico.
Persignação - Antes do sacerdote, ou diácono proferir o anúncio
do Evangelho, ao respondermos glorificando ao Senhor pelo
anúncio a ser proclamado, nós marcamo-nos com uma cruz
(persignação), a fronte, a boca e o peito, expressando o desejo
de que a Palavra nos guie em tudo o que pensamos, dizemos e
fazemos.
HOMILIA – Uma conversa familiar, que à luz do Espírito Santo,
tem a função de atualizar (tornar presente, viva, atual) a Palavra
de Deus escrita. Sempre com fidelidade ao texto bíblico que
foi lido na liturgia do dia, bem como respeitando o perfil da
Assembleia, conforme suas necessidades, cultura, costumes ou
tradições. Para esta proclamação, não basta a leitura bíblica;
é preciso a palavra falada que explica, explicita, e aprofunda,
para que seja aplicada, ou vivenciada por todos. Ela reforça o
anúncio das maravilhas de Deus na História da Salvação, ou seja,
no mistério de Cristo, o qual está sempre presente e operante
em nós, sobretudo nas Celebrações Litúrgicas. A homilia é a
exposição dos mistérios da fé, e das normas da vida cristã, no
decurso do ano litúrgico e a partir do texto sagrado (SC 35).
A Palavra de Deus tem valor salvífico em si mesma. A Palavra
de Deus, o Verbo, não é apenas lida ou proclamada, mas é
Celebrada; está a serviço da Mesa, tanto da Mesa da Palavra,
como da Mesa do Pão, sendo o elo entre ambas. Situa-se entre
a proposta e Deus ao Seu Povo, manifestada na Palavra, e a
resposta da assembléia, na Liturgia e na vida. A homilia em si
mesma é memorial, em que se renova a Aliança entre Deus e
o Seu Povo.
Na homilia, diferente do tradicional sermão, a Palavra de Deus
proclamada é que orienta a pregação. Ela deixa a Palavra
de Deus falar. Já, no sermão a Palavra de Deus é usada para
fundamentar o tema a ser exposto. A homilia tem como
objetivo primeiro, colaborar com Deus para que sua Palavra seja
melhor compreendida, melhor se encarne, e encontre uma terra
boa que produza muito fruto (corações abertos e predispostos
à mudança, à conversão).Assim sendo, o homiliasta, só poderá
falar na força do Espírito Santo. Profissão de Fé (Credo): O Credo apostólico ou profissão de fé,
professado após a Homilia,tem por objetivo levar todo o povo
reunido a dar a primeira resposta à Palavra de Deus, anunciada
através da Sagrada Escritura e pela Homilia. Queremos dizer que
cremos no que foi proclamado e estamos prontos, e dispostos
a pô-la em prática. Nela cremos e a ela aderimos. Desta
forma manifestamos também nossa fé naquela que possui a
incumbência de perpetuar esta Palavra: a Igreja Católica. O
Credo Apostólico, ou SymbolumApostolicum, é quanto à sua
forma, um admirável resumo popular do ensino apostólico,
em completa harmonia com o espírito e conteúdo da Sagrada
Escritura. *A diferença entre o Credo Apostólico e o Credo
Niceno-constantinopolitano será um dos próximos temas deste
Informativo.
Oração dos fiéis - Logo após o Credo, quem preside nos convida
a elevar ao Pai os nossos pedidos, nossas preces e nossa súplica
pela salvação; é a súplica de todo o Povo de Deus. Depois de
ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e
confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em Suas mãos
as nossas preces de maneira oficial e coletiva. Mesmo que o meu
pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na
grande oração da comunidade reunida, que reza pela Santa Igreja,
pelos que nos governam, por aqueles a quem a necessidade
oprime, por todos os homens e pela salvação de todo o mundo.
Assim torna-se oração de toda a Igreja. Dirigimos as preces a
Deus Pai em nome de Jesus. Uma pessoa faz uma prece e todos
respondem, assumindo-a como sendo a nossa prece comum. E
mesmo a prece individual torna-se comunitária, torna-se prece
da comunidade, oração universal:Senhor, escutai a “nossa”
prece!...Senhor, ouvi “nosso” clamor! Formamos com Jesus um
só Corpo, por isso, as preces são o clamor, a prece do próprio
Cristo. Seu grito na cruz continua ecoando no grito de quem
sofre. Ressuscitado, Ele continua intercedendo continuamente
junto do Pai por todos nós.
*Na próxima edição deste informativo
abordaremos a Liturgia Eucarística.
Zilbete Gonzaga
Bacharel em Teologia,
graduada pelo Instituto
de Teologia João Paulo II.
Responsável pela Catequese com
adultos em nossa paróquia.
Maria: Mãe e Catequista
Esta narração vem sendo contada há pelo menos dois mil anos. Mais do que uma estória, é um
relato de fé, que o tempo não consegue apagar. Alguns episódios constam das Sagradas Escrituras,
enquanto outros por sua vez vêm de outros escritos encontrados, porém o essencial é que este
acontecimento permeia toda a evolução do cristianismo.
Era uma vez, uma jovenzinha chamada Maria que morava
em Nazaré. Fora desposada por José um operário. Como
israelita zelosa, demonstrava viver em constante oração
contemplativa. Orava várias vezes por dia o “shema”, oração
judia, um verdadeiro hino de adoração a Deus, até que um
dia, misteriosamente, enquanto orava, recebeu a visita de
um anjo que a saudou e lhe anunciou que seria a mãe de
Jesus, seguindo-se que imediatamente uma sombra discreta
e silenciosa a cobriu.
Maria acolheu esta determinação silenciosamente.
Muitas moças da aldeia esperavam ser escolhidas, porque
conheciam a profecia, mas por que Maria foi a eleita? Após
a concepção Maria, empreendeu uma viagem para visitar
sua prima Isabel, que logo reconheceu nela a mãe de Jesus,
confirmando para a sociedade humana o que divinamente
já estava realizado e ao retornar o mesmo Espírito que a
envolveu também ofereceu o entendimento à José.
Após o nascimento de Jesus a vida de Maria tornou-se
tumultuada, pois entre vai e vens, fugas e retornos, quase
uma exilada política vivendo aos sobressaltos, Maria e sua
família saiam apressadamente de madrugada, escapando
das perseguições, e, neste contexto, Jesus vai crescendo, e
ao iniciar as primeiras palavras em aramaico, sentadinho nos
joelhos de sua mamãe, já repete as palavras do “shema”, e
o faz muitas vezes.
Nos braços de Maria, o menino é levado à sinagoga, e
conforme narra frei Inácio Larrañaga, isto pode ter acontecido
no Egito, pois as primeiras sinagogas de que se tem notícia
encontravam-se lá. Nestas sinagogas acontecia uma nova
modalidade de culto, uma liturgia mais independente do
sacerdócio, em que os leigos desempenhavam um papel
importante, e nos dias de Jesus se orava a “tephillah”, oração
das 18 bençãos.
O menino ia crescendo e evoluindo também na
espiritualidade divina, e Jesus, a partir da idade da razão,
como todo judeu, passou a rezar a “tephillah” três vezes ao
dia, conforme as prescrições da Torah: de manhã às 9 horas,
de tarde às 15 horas e ao entardecer, a principio orientado
por sua mãe, e sensível como era passou a recitá-la por conta
própria. Onde estivesse, parava toda atividade, voltava-se
para o templo de Jerusalém e rezava.
Toda essa espiritualidade, a sensibilidade, a vivência religiosa
de voltar-se para o divino, foi desenvolvida, na escura oficina
de sua própria casa, com dois insignes mestres: José e Maria,
em meio a instrumentos de trabalho e, é deste ambiente
rústico e acolhedor que o menino sai para a escolinha da
sinagoga com aproximadamente 5 anos de idade. Nazaré
tinha sinagoga, mas não tinha Bet há-Midrash, isto é, uma
escola superior, e apesar disso, chamaram-no Rabi (mestre),
pois Jesus estava familiarizado com as Escrituras, segundo
Larrañaga.
Em todos esses acontecimentos, a atenção da mãe,
está voltada para o filho, pois Maria, tinha o dom de
ser reservada, nunca voltar para si a atenção, atuando
silenciosamente. E atuando em silêncio, acompanhou
sua criança, foi sua primeira catequista, não ensinando ao
menino simplesmente rezar decoradas as orações, mas a
orar com a alma. Acolheu-o, envolveu-o e impregnou-o de
um universo espiritual, dominado pelo Altíssimo. Observava
os acontecimentos ao seu redor, e foi desaparecendo da
cena para que o Filho aparecesse, situação que parece ter
se iniciado quando se perdeu de Jesus no templo época em
que ele já era um rapazinho de 12 anos, e após uma busca
incessante e cansativa de 3 dias, o encontra conversando
com os doutores da lei, e este a interpela: “Por que me
procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de
meu Pai”? (Lu 2, 49) Provavelmente ela não entendeu, mas
calou-se e continuou ao seu lado, e o fez mantendo-se aos
seus pés até no Calvário, e nos ensinando que as coisas de
Deus não entendemos com a razão, só podemos vivê-las na
fé, e em paz.
Este é um esboço da vida da mãe Maria, de como se tornou
mãe, que só pode ser entendido à luz da fé, pois ultrapassa
todo o conhecimento científico e toda a inteligência humana.
Maria concebeu e aceitou esta situação no seu interior, no
seu coração, sem murmurações.
Hoje a maioria das mães necessita trabalhar fora, para auxiliar
no orçamento doméstico ou até para a própria sobrevivência
da família, e as crianças acabam iniciando muito cedo nas
creches e escolinhas. As mamães ao receber seus filhos no
final do dia, já fisicamente exauridas, com compromissos
sociais, ou com os próprios afazeres domésticos por dar
conta, acabam muitas delas não priorizando, o estar próxima
e iniciar um processo de espiritualização com a sua criança,
postergando essa iniciação para a catequese no templo, o
que poderá ocorrer bem mais tarde, ou não, na vida dessas
crianças, no entanto o exemplo de Maria, Mãe e Catequista
persiste no tempo.
Maria Aparecida Wahl de Araujo
Psicóloga (CRP 06/69907)
e acupunturista desenvolve
trabalhos relacionados com a família.
A Santidade da Família Salesiana
“Deus mostrou grande amor para com a Família Salesiana de Dom Bosco enriquecendo-a com a
santidade. Sacerdotes, leigos e consagrados, jovens e adultos da Família, membros empenhados
na educação e na evangelização, construtores do quotidiano e apóstolos chamados ao heroísmo
do martírio encontram riqueza de inspiração entre os nossos santos. É admirável o que a graça do
Espírito Santo opera nos corações dos que o acolhem e se tornam disponíveis a Ele! Difundindo
o seu amor, leva à caridade perfeita e à união cada vez mais profunda todos aqueles que acolhem
seu dom. A comunhão que entendemos realizar como Família tem na santidade, procurada com
constância, o aspecto mais rico da nossa partilha.”(Carta de Comunhão da Família Salesiana, art. 38).
Madre Mazzarello
Maria Domingas Mazzarello nasceu
no dia 9 de maio de 1837 em
Mormese, Itália, uma região habitada
por camponeses profundamente
cristãos e apegados às tradições que
formavam, sobretudo, personalidades
robustas na fé, na honestidade, no
trabalho, na prática da caridade.
Mazzarello cresceu neste ambiente
humilde, simples, harmonioso e
vê o rumo de sua vida mudar quando é vitimada pelo tifo.
Não podendo mais trabalhar no campo, decide aprender a
costurar para fazer o bem às jovens da sua pequena cidade.
Com suas amigas, monta uma sala de costura e começa a
ensinar às meninas o ofício.
Quando Dom Bosco passa por Mornese, se empolga com o
trabalho de Maria Mazzarello e propõe a ela a fundação de
um instituto feminino com o mesmo objetivo dos salesianos.
Mazzarello antevê a concretização de um sonho: fazer pelas
meninas o que João Bosco vinha fazendo pelos meninos.
Em 5 de agosto de 1872, em Mornese, 15 jovens, entre
elas Maria Mazzarello, consagram-se a Deus para serem,
com Maria, auxiliadoras entre as jovens, sobretudo, as
mais necessitadas. Está criada a Congregação das Filhas de
Maria Auxiliadora, conhecidas como Irmãs Salesianas estão
presentes em 94 países. Como educadora, Mazzarello, soube
ser firme em relação aos princípios e valores universais.
Faleceu em Nizza Monferrato no dia 14 de maio de 1881,
sendo sua festa celebrada em 13 de maio. Foi canonizada
em 24 de junho de 1951 e seus restos mortais repousam
na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, Itália.
Graças a Mazzarello, foi assegurado o futuro glorioso
da Congregação que Dom Bosco quis fundar com um
monumento vivo de sua gratidão a Virgem Auxiliadora.
Domingos Sávio
“Antes morrer que pecar”
Domingos Sávio nasceu em Riva,
Castelnuovo de Asti, em 2 de abril
de 1842. Aprendeu com facilidade
as orações da manhã e da noite, que
rezava quando tinha quatro anos
de idade. Foi admitido à Primeira
Comunhão aos sete anos, quando a
idade mínima era 12, pois já sabia
distinguir entre “o pão celestial e o
pão terreno”. Quando ficou sabendo que iria participar do
banquete celestial, transbordou de alegria, a ponto de ser
visto nesses dias rezando demoradamente. Na véspera do
tão almejado dia fez algumas anotações que, mais tarde,
chegaram às mãos de Dom Bosco:
“Propósitos feitos por mim, Domingos Sávio, no ano de 1849,
na idade de sete anos:
1º. Confessar-me-ei com freqüência e receberei a Comunhão
todas as vezes que o confessor me permitir.2º. Santificarei
os dias de preceito.3º. Meus amigos serão Jesus e Maria.4º.
Antes morrer que pecar”.
Em 1854 é apresentado à Dom Bosco e no dia 8 de dezembro,
dia da proclamação do dogma da Imaculada Conceição , ante
o altar da Virgem, ele se consagrou a Nossa Senhora: “Maria,
eu vos dou meu coração; fazei com que seja vosso. Jesus e
Maria, sede sempre meus amigos, mas, por vosso amor, fazei
com que eu morra mil vezes antes que tenha a desgraça de
cometer um só pecado”.
Faleceu em 09 de março de 1857 e foi canonizado no dia 12
de junho de 1954 pelo Papa Pio XII. Sua festa é celebrada,
pelos salesianos, em 6 de maio.
Fontes: salesianos.org.br
paroquiasantaterezinha.com.br
O quadro na
Basílica de Turin
Idealizado por Dom Bosco, o grandioso
quadro, medindo 7 metros de altura por
quatro de largura, fica no altar-mor da
Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora,
em Turin. Em 1865, Dom Bosco
encarregou o pintor Tomás Lorenzone
de pintar o quadro e causou grande
admiração a todos os que o escutavam,
pela grandiosidade do projeto, como se
falasse de uma cena já vista: “Ao alto,
Maria Santíssima, entre os coros dos
Anjos. Depois os coros dos profetas,
das Virgens, dos Confessores. No chão,
os emblemas das grandes vitórias de
Maria e os povos do mundo levantando
as mãos para ela pedindo ajuda”.
O pintor notou-lhe que para pintar
um quadro do gênero, seria preciso
uma praça e para o guardar, uma
igreja grande como Piazza Castello.
Dom Bosco resignou-se a ver o seu
projeto reduzido. Lorenzone alugou um
espaço no Palazzo Madama e pôs-se ao
trabalho.
Dom Bosco compreendeu que o
pintor tinha razão; e ficou decidido
que o quadro teria Nossa Senhora, os
Apóstolos, os Evangelistas, e um grupo de anjinhos. Em baixo,
devia aparecer o Oratório de Turim, e, ao fundo, a Basílica de
Superga.
Terminada a pintura, o pintor disse a um sacerdote salesiano
que foi visitá-lo: “Contemple como é belo! Porém, não é obra
minha. Não fui eu que o pintei. Foi outra mão que guiou a minha.
Diga a Dom Bosco que o quadro sairá como ele o deseja”.
Depois de três anos de trabalho, o quadro ficou pronto e foi
levado e pendurado na Basílica de Maria Auxiliadora, Turim.
Lorenzone, ao ver o vê-lo no lugar, ficou comovido. Caiu de
joelhos e começou a soluçar!
Dom Bosco descreve-o assim: “A Virgem domina num mar de
luz e majestade. Está rodeada de uma
multidão de Anjos que a homenageiam
como rainha. Na mão direita segura o
cetro, símbolo do seu poder; Na mão
esquerda segura o Menino que tem
os braços abertos, oferecendo as suas
graças e a sua misericórdia a quem
recorre à sua augusta Mãe. À volta e
em baixo estão os santos Apóstolos e os
Evangelistas. Eles, transportados por um
doce êxtase, quase exclamam: Regina
Apostolorum, ora pro nobis. Olham
atônitos a Virgem Maria. No fundo da
pintura está a cidade de Turim, com
o santuário de Valdocco em primeiro
plano e com o de Superga ao fundo.
Aquilo que tem maior valor no quadro
é a idéia religiosa, que gera uma devota
impressão em quem o olha”.
Segundo a descrição feita por
Dom Bosco, o quadro é uma eficaz
representação do título “Maria, Mãe
da Igreja”. Maria, enquanto Mãe do
Filho de Deus, é a Rainha do céu e da
terra: toda a Igreja, representada pelos
apóstolos e pelos Santos, a aclama
como Mãe e Auxiliadora poderosa.
O Papa Leão XIII, por ocasião do 25º ano de seu pontificado, em
17 de maio de 1903, decretou a coroação da imagem de Maria
Auxiliadora.
No dia nove de junho de 1918, o Cardeal Salesiano João
Cagliero, por decreto do Papa Bento XV, coroou a imagem
de Maria Auxiliadora e colocou um cetro de ouro, dons da
Princesa Isabel Czartoryski. Era o primeiro cinqüentenário da
consagração do Santuário e Jubileu de Ouro do P. Paulo Álbera,
segundo Reitor-Mor dos Salesianos.
Fonte: www.donbosco-turin.it - auxiliadora.org.br
Você quer ver fotos da construção da nossa Igreja? Acesse: www.auxiliadorasorocaba.com.br
Nos Caminhos de Dom Bosco
O Santuário de Nossa Senhora
Auxiliadora em Turim
O Santuário de Maria Auxiliadora nasceu do coração e da coragem de Dom Bosco e da sua
grande devoção a Nossa Senhora. Foi uma obra marcada por acontecimentos extraordinários
e dificuldades enormes. Dom Bosco não se cansava de dizer que era Nossa Senhora que queria
a igreja e que Ela mesma, depois de lhe ter indicado o local onde devia ser construída, lhe
teria feito encontrar os meios necessários. Mas ouçamos do próprio Dom Bosco o relato de um
“sonho”, tido em 1844, quando andava ainda à procura de uma sede estável para o seu oratório.
A Senhora que me apareceu, diz-me: “Observa”. - E eu vi uma
igreja pequena e baixa, um pequeno pátio e jovens em grande
número. Recomecei o meu trabalho. Mas tendo-se esta igreja
tornado pequena, recorri a Ela outra vez e Ela me fez ver uma
outra igreja bastante maior com uma casa vizinha. Depois,
conduzindo-me a um lado, a um pedaço de terreno cultivado,
quase em frente da fachada da segunda igreja, acrescentou:
“Neste lugar onde os gloriosos Mártires de Turim Aventor, Solutor
e Octávio ofereceram o seu martírio, Eu quero que Deus seja
honrado de modo todo especial”. Ao dizer isto, estendeu um pé
e pousou-o no lugar onde se deu o martírio. E indicou-mo com
precisão... Entretanto, eu vi-me
rodeado por um número imenso
e cada vez maior de jovens;
mas olhando para a Senhora,
cresciam também os meios e
o local. E vi uma enorme igreja,
precisamente no lugar onde
ela me tinha feito ver que tinha
acontecido o martírio dos santos
da Legião Tebana, com muitos
edifícios à volta e com um belo monumento no meio. As etapas
estavam todas previstas. Primeiro a “igreja pequena e baixa, ou
seja a capela Pinardi em 1846. Depois a “outra igreja bastante
maior” ou seja a igreja de São Francisco de Sales em 1852.
E finalmente a igreja de Maria Auxiliadora que devia ter escrito
em caracteres garrafais: “Hic domus mea, inde gloria mea”, “Aqui
a minha casa, daqui a minha glória”.
O desejo de obedecer à voz de Nossa Senhora e de Lhe
testemunhar veneração e reconhecimento por tantas provas
de benevolência à congregação que nascia e também razões
de ordem pastoral e prática, levaram Dom Bosco a acelerar os
ritmos de construção. Mas para comprar o campo e a madeira
para os taipais tinham-se gasto 4000 liras; o ecónomo Dom
Savio, sem um tostão, aconselhava Dom Bosco a esperar. Mas
Dom Bosco respondeu-lhe: “Começa já a fazer as escavações;
quando é que nós começamos uma obra com o dinheiro todo?
É preciso deixar alguma coisa para fazer à Divina Providência”.
Os trabalhos, entregues à empresa do mestre-de-obras Carlo
Buzzetti, começaram no Outono de 1863. Terminadas as
escavações, em Abril de 1864, Dom Bosco disse a Buzzetti:
“Quero dar-te já um adiantamento para os trabalhos grandes”.
E ao dizer isto tirou uma bolsa, abriu-a e deitou nas mãos de
Buzzetti tudo o que lá estava: oito soldos (nem meia lira!). “Tem
calma, acrescentou, a Senhora
se encarregará de arranjar o
dinheiro necessário para a sua
igreja”. Finalmente, em 9 de Junho
de 1868, tinha lugar a solene
consagração. Foram momentos
de forte emoção para todos. O
sonho tornara-se realidade. A
“magnífica e alta igreja” estava à
vista de todos, crescida como que por milagre. Do seu lado, Dom
Bosco, não atribuía a si qualquer mérito
“Eu não sou - dizia - o autor das grandes coisas que vedes; é
o Senhor, é Maria SS., que se dignaram servir-se de um pobre
padre para realizar tais obras. De meu, não meti nada. Aedificavit
sibi domum Maria, foi Nossa Senhora que construiu a sua casa.
Cada pedra, cada ornamento assinala uma graça.”
Construído o santuário, Dom Bosco intensificou a sua ação para
difundir no mundo a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora.
Fonte: dombosco-turin.it - auxiliadora.org.br
Porque comemoramos Corpus Christi?
A celebração de Corpus Christi é uma festa religiosa realizada na
primeira quinta-feira depois do Domingo da Santíssima Trindade.
É nesta festa que se comemora a institucionalização da Eucaristia.
A data foi oficializada pela Igreja em 1264 e São Tomás de Aquino
foi um dos seus ardorosos defensores e divulgadores.
O objetivo da comemoração é resgatar a entrada
triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, dias antes
de ser crucificado. A festa marca a introdução
da Eucaristia nas missas.
A palavra ‘Corpus Christi’, é de origem
latina e significa ‘Corpo de Cristo’, que nas
celebrações da Igreja Católica, é a hóstia
consagrada.
Pe. Pedro de Braga, da República de Tcheca,
influenciado por falsas doutrinas começou a
ter dúvidas sobre a presença real de Jesus na
Eucaristia. Não era por sua culpa, mas devido as
doutrinas que foram tomando conta da cidade.
Ele estava sendo influenciado, mas como era um
bom padre, ele fez o propósito de ir até Roma para
buscar a verdadeira fé. Ele fez essa peregrinação
para reavivar a fé na Igreja. Embora tendo dúvidas ele celebrava
todos os dias, pois tinha fé na Igreja.
Celebrando, antes de dizer as palavras da consagração, Pe. Pedro
levantou a Hóstia e sentiu escorrer uma coisa quente em suas
mãos, era Sangue vindo da Hóstia, era o sinal de Deus para ele.
O Sangue foi caindo no altar sobre o corporal até chegar ao
mármore, ainda hoje se encontra as marcas de sangue sobre o
mármore.
Ele buscou ajuda, então guardaram a Hóstia toda cheia de
sangue. Uma religiosa havia pedido ao Papa para celebrar a Festa
da Eucaristia, e ele pediu a Deus um sinal para saber se era Deus
que queria essa festa ou se era algo humano.
Quando o Papa ouviu dizer o que havia acontecido, foi ao
encontro do milagre, e ao ver a Hóstia cheia de Sangue se
ajoelhou e disse: Corpus Christi. Pegou as hóstias e os objetos
e levou para a cidade, tomando todo o fato como sinal de Deus.
Ele colocou o corporal com Jesus, que estavam cheios de
Sangue, no hostensório e andou pelas ruas. Com a
passagem de Jesus todos enfeitaram suas ruas,
e é por isso que até hoje essa festa vem se
repetindo, tudo para Cristo Rei.
É Jesus salvador que vem até nós para curar
nossas chagas. No evangelho vemos aquela
mulher que tinha um fluxo de sangue crônico,
a saúde dela estava deficitária, como essa
mulher sofreu, gastou todo o dinheiro sem
nada conseguir. Foi difícil para ela chegar até
Jesus, pois ela O considerava santo. Então foi
por traz e tocou na barra de seu manto, e Jesus
sentiu que uma força curadora havia saído d’Ele.
Talvez você se sinta como essa mulher impura,
com medo de chegar até Jesus, mas Ele sabe de
tudo, Ele tudo vê. Talvez você se sinta hoje uma
pessoa destruída, não por você, mas por alguém, talvez você
se sinta como um “cachorrinho”, mas até mesmo um cachorro
procura a presença do seu dono.
Jesus está dizendo: tenha fé, confiança, mesmo que você
esteja se achando indigno você veio e sua fé te salvou. Deus vai
reconstruir sua vida. Ponha sua vida inteira aos pés de Jesus.
Você se encontrou com o Sangue de Jesus que pode te salvar.
É Jesus que desce da cruz e levanta você dizendo: “Tenha
confiança meu filho, tua fé te salvou, não caias mais”.
Pe Jonas Abib
Postado em 20 de junho de 2011 por Canção Nova USA
Corpus Christi em nossa Paróquia
No dia 30 de maio estaremos comemorando Corpus Christi. A partir das 9 horas da manhã haverá uma
procissão do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e logo em seguida uma missa festiva.
Venha participar conosco desse momento maravilhoso e agradecer por esse amor sem medida que nos
preenche e cura as nossas feridas.
Atividades Fixas da Paróquia

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