Dra. Adriana Lúcia Pires Ferreira

Transcrição

Dra. Adriana Lúcia Pires Ferreira
XIV Curso de Capacitação e
Prevenção em Infecção
Hospitalar
Diagnóstico Laboratorial
Adriana Lucia Pires Ferreira
Coordenadora Laboratório de Bacteriologia
HUCFF / UFRJ
Coordenadora do Setor de Microbiologia Hospitalar
Laboratório DASA - RJ
Papel do Laboratório de Microbiologia
• O laboratório de microbiologia clínica contribui para a
prevenção da transmissão de doenças infecciosas nos serviços
de saúde através da detecção imediata e notificação
epidemiologica de importantes organismos, identificando os
padrões de resistência antimicrobiana emergentes e
auxiliando
na avaliação da eficácia das precauções
recomendadas para limitar a transmissão durante os surtos.
Funções Relevantes
Critérios de rejeição de amostras
Identificação bacteriana
Teste de susceptibilidade antimicrobiana padronizados
Culturas de Vigilância
Notificação rápida de organismos de importância
epidemiológica (valor de pânico e notificação compulsória)
Programa de Controle de Qualidade Interno e Externo
Elaboração de Relatórios
Critérios de rejeição de amostras
• Definir critérios de rejeição de amostras:
• Material clínico em solução de formalina;
• Ponta de cateter de Foley;
• Swab de: úlcera de decúbito, abscesso periretal, lesão de gangrena
e úlcera varicosa;
• Frascos não estéreis;
• Swab seco;
• Swab único com múltiplas solicitações;
• Erros de identificação da amostra ou falta de identificação.
Processamento das Amostras
Técnica de esgotamento
Meios menos seletivos
para os
mais seletivos. (substâncias inibidoras)
Processamento da Amostra
• Urina (quantitativa)
• Hemocultura
• Cateter (Técnica de Maki)
• Secreções:
1. Trato respiratório inferior (quantitativa)
2. Trato respiratório superior
3. Ocular e Otológica
4. Genitais
5. Abscessos
Processamento da Amostra
• Líquidos biológicos (LCR, pleural, peritoneal, ascítico,
diálise, pericárdico e sinovial)
Processamento da Amostra
Sistema Bactec
• Utiliza fluorescência para detecção de CO2
• Realiza leitura a cada 10 minutos
• Avisa caso haja aumento de concentração de CO2 no
frasco
Sistema BacT/Alert
• Utiliza método colorimétrico para detecção de
crescimento bacteriano
• Caso haja crescimento bacteriano, há mudança na
coloração do fundo de frasco
Bact-Alert
Semeadura - WASP
Identificação Bacteriana
• Métodos manuais
• Métodos automatizados
Identificação Bacteriana
Vitek 2 / BioMérieux
MicroScan / Beckman Coulter
Phoenix / BD
MALD - TOF
Bruker / BD
Shimadzu / BioMérieux
Teste de susceptibilidade
antimicrobiana padronizados
• Laboratório tem a responsabilidade em testar e reportar
os antimicrobianos mais apropriados para o microorganismo isolado e sítio de infecção.
• Padronizações de métodos, orientações e breakpoints
sobre os antimicrobianos mais adequados para cada
grupo de microorganismos são publicadas e atualizadas
anualmente pelo CLSI.
• Detecção de mecanismos de resistência.
Mecanismos de Resistência
• Produção de enzimas
• Impermeabilidade da parede celular: Alteração de
porinas
• Alteração do sítio de ação do ATB: Alteração de
PBP
• Bomba de efluxo
• Caminhos metabólicos alternativos
Teste de indução - Fenótipo MLS
TESTE DE INDUÇÃO PARA DETECÇÃO DO FENÓTIPO MLS
Staphylococcus spp. e S.pneumoniae
Staphylococcus spp. e S.pneumoniae
Clindamicina
Eritromicina
30 mm
Azitromicina
30 mm
Resultado
NEGATIVO
Resultado
POSITIVO
Avaliação da Sensibilidade
Moraxella catarrhalis e Haemophilus spp
Beta-lactamase
+
-
O teste Positivo é preditivo de
resistência à ampicilina e amoxacilina
Detecção de ESBL
Disco aproximação
Adição de 10L de uma
solução
E-test
de
ácido
clavulânico de 1000g/mL
a discos contendo 30g
dos antimicrobianos.
AmpC cromossômica e plasmidial
• Detecção AmpC cromossômica: Utilizar discos
de CTX ou CRO próximo ao disco de CFO,
distante 20mm. Se houver produção de AmpC,
observará um achatamento do halo da CTX ou
CRO.
• Detecção de AmpC plasmidial: Utilizar discos
de CFO e disco combinado com inibidor
(CFO+cloxacilina).
Detecção Carbapenemase
• Prova do disco combinado com inibidor:
1. Inocular o ágar MH com a cepa de estudo (0,5 de
McFarland).
2. Aplicar discos: meropenem, meropenem + EDTA 0,1M
(10µL), meropenem + ácido borônico 40mg/mL (10µL)
e meropenem + cloxacilina 75mg/mL (10µL). Fazer o
mesmo com imipenem.
3. Incubar 36°C por 24h.
4. Teste positivo: >=5mm de diâmetro do carbapenem
com o inibidor.
Nota Técnica nº1/2013 Medidas de Prevenção e Controle de Infecções por Enterobactérias Multiresistentes.
Culturas de Vigilância
• Avaliar padrões de transmissão da infecção:
MRSA; VRE; ERC; Acinetobacter MDR; Pseudomonas MDR.
• Minimizar a transmissão cruzada de microrganismos
resistentes através da detecção de indivíduos colonizados e
colocação em isolamento de contato
Notificação Compulsória
• PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014
Valor de Pânico
• Todo resultado que oferece risco eminente ao
paciente
Exemplos: hemocultura positiva; LCR positivo;
BAAR positivo.
Programa de Controle de Qualidade
Interno e Externo
• Apesar de todo o avanço tecnológico, a
microbiologia ainda continua sendo a
ciência que depende de julgamentos
interpretativos.
• Cada
procedimento
deve
ser
monitorado através de controles
para garantia da qualidade das análises
microbiológicas
EQUIPE
Direção e Colaboradores
CEPAS DE
REFERÊNCIA
CQ INTERNO E
EXTERNO
PLANO DE
GESTÃO DA
QUALIDADE
DOCUMENTOS
E FORMULÁRIOS
Atividades em conjunto com a CCIH
•
•
•
•
Relatórios de perfil de sensibilidade
Fornecer diretrizes no emprego de testes rápidos.
Avaliar padrões de transmissão da infecção.
Auxiliar nas decisões relativas a programas de
vigilância.
• Envio de cepas para tipagem molecular quando
necessário.
• Participação de treinamentos.
Obrigada
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