Apresentação do PowerPoint - Colégio Energia Barreiros
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Apresentação do PowerPoint - Colégio Energia Barreiros
01 Artes Arte & Design 7°A - Volume 03 Professor: Alexandro Lima Artes 02 Professor: Alexandro Lima Arte & design História da arte Artes 03 “O design parece ocupar um lugar entre artes plásticas e artesanato, entre estética e comércio, beleza e persuasão, novidade e familiaridade e assim por diante....” (Milton Glaser). Artes Milton Glaser 04 Artes Milton Glaser 05 Artes Milton Glaser 06 Artes Arte & design Introdução Neste volume vamos conhecer o discurso de alguns artistas acerca da arte e do meio ambiente. Você já pensou o que acontece com o lixo que juntamos? Para onde ele vai? Conheceremos alguns artistas e designers que trabalham com o lixo produzido pela humanidade, ressignificando esses objetos descartados e formando novos discursos sobre os hábitos de consumo. Alguns desses discursos, inclusive, denunciam a agressão humana à natureza. No segundo capítulo conheceremos um tipo de arte muito diferente, que não cabe em galerias ou em museus de arte: a Land Art um estilo artístico de grandes dimensões e que interfere na paisagem. Você já ouviu falar? 07 Artes Arte & design Introdução Vamos ter contato também com algumas obras do artista brasileiro Vik Muniz, que faz experiências artísticas utilizando diversos materiais, entre eles o lixo. Além disso, ele produz desenhos gigantescos na terra que só podem ser vistos em sua totalidade do alto, como de dentro de um helicóptero. Ele registra essas imagens através de fotografias, permitindo sua visualização por todos. Agora iniciaremos o processo de reduzir e reciclar os detritos produzidos pelo homem visando ressignificá-los. Boas experiências estéticas! 08 Artes Arte & design O que a arte e o design fazem com o lixo produzido pelo homem? O lixo constitui o fóssil moderno da sociedade, fazendo com que o mundo se depare com inúmeros problemas ambientais. A respeito dessa problemática, alguns artistas e designers se apropriam de objetos considerados como lixo para comporem seus trabalhos. 09 Ludicando bonecos pretos, brancos, recicláveis... somos multiculturais. Arte & design 10 Ludicando bonecos pretos, brancos, recicláveis... somos multiculturais. Game Bonecos das Virtudes 11 Ludicando bonecos pretos, brancos, recicláveis... somos multiculturais. Game Bonecos das Virtudes 12 Artes Arte & design Figura 1 – Compression Ricard (1962), César Baldaccini. 153 x 73 x 65 cm. 13 Figura 2 – 20 garrafas – 20 conteúdos, Arthur Bispo do Rosário. Madeira, cartão, plástico e tecido 110 x 48 x 15 cm. Artes Arte & design 14 Figura 3 – Mobília bicicleta (2007), Andy Greg. Artes Arte & design 15 É o caso das obras dos artistas César Baldaccini (figura 1), Arthur Bispo do Rosário (figura 2) e Andy Greg (figura 3). Na sua apostila: 01) Escreva o que todos esses artistas têm em comum na produção de suas obras. Artes Arte & design 16 Esses artistas se apropriam de materiais que já foram utilizados e que são considerados lixo. O ato de utilizar esses objetos, sejam novos velhos, é chamado de apropriação. Tal ação possibilita o que chamamos de ressignificação* desses materiais. Existem outros artistas, ainda, que se apropriam de materiais resultantes da ação humana sobre o planeta, mas nesse caso o material descartado é a própria natureza. É o caso de Franz Krajcberg, artista polonês que adotou o Brasil como sua pátria. *Ressignificação: Dar novo significado a materiais e objetos já conhecidos. Artes Arte & design 17 Observe a figura 4. O que ela diz a você? Figura 4 – Exemplo de floresta calcinada. Artes Arte & design 18 A indignação de Franz Krajcberg com relação aos resíduos deixados pelas queimadas e à maneira de se relacionar com eles ficou bastante evidente em uma entrevista. Leia a seguir o que o artista pensa sobre como esses sinais de destruição deveriam ser representados no universo da arte. “O gesto absoluto seria descarregar, tais quais, numa exposição, caminhão de madeiras calcinadas coletadas no campo. A minha obra é um manifesto. Não escrevo: não sou político. Devo achar a imagem. O fogo é a morte, o abismo. [...] A minha mensagem é trágica: mostro o crime. A outra face de uma tecnologia sem controle é o abismo. Trago os documentos, os reúno e acrescento: quero dar à minha revolta o rosto mais dramático e mais violento. Se pudesse pôr cinzas por toda a parte, estaria mais perto daquilo que eu sinto. Que haja na minha obra reminiscências culturais, reminiscências da guerra, no inconsciente, certamente. [...] Mas exprimo o que tenho visto ontem no Mato Grosso, na Amazônia ou no Estado da Bahia. Eu mostro a violência contranatural feita à vida. Eu exprimo a consciência planetária revoltada. A destruição tem formas, apesar de falar de inexistência. Eu não procuro fazer a escultura. Eu procuro formas ao meu grito. Esta casa queimada é mim [sou eu]. Me sinto na madeira e nas pedras. Animista? Sim. Visionário? Não, eu sou um participante deste momento. O meu único pensamento é exprimir tudo que sinto. É um luta enorme. Pintar a música pura não é fácil. Como fazer gritar uma escultura assim como uma voz?” (Franz Krajcberg) Artes Arte & design 19 Figura 5 – Manto da apresentação, Arthur Bispo do Rosário. Artes Arte & design 20 Outro artista que surpreendeu o mundo da arte, por apresentar uma obra vasta e ricamente referenciada em imagens do inconsciente foi Arthur Bispo do Rosário. O artista sofria de esquizofrenia e permaneceu 50 anos internado em um hospital psiquiátrico, a Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. Em um de seus surtos esquizofrênicos, recebeu a missão de recriar o universo, para apresentar a Deus no dia do Juízo Final. Assim, começou a recolher, dentro do hospital psiquiátrico, objetos descartados pela sociedade de consumo, como forma de registrar o cotidiano dos indivíduos. Para o dia de sua apresentação, no Juízo Final, Bispo criou um manto (figura 5) completamente bordado com fios de roupas que ele desfiava para utilizar em sua construção, já que não havia materiais a sua disposição. Organizou e reordenou esses objetos (Figura 2), demonstrando preocupações estéticas cujas características estavam presentes nas vanguardas artísticas a partir de 1960. Bispo do Rosário tem importância não apenas por sua produção artística, mas por dar visibilidade às imagens do inconsciente e credibilidade a atividades de terapia ocupacional em hospitais psiquiátricos, prática inexistente na época. Artes Arte & design 21 César Baldaccini, escultor francês, também utiliza em suas obras resíduos industriais e sucata (figuras 1 e 6). Em seu processo de criação, utiliza chapas de metal soldadas, buscando encontrar resultados que julga significativos para seu trabalho. O modo de trabalho mais conhecido de Baldaccini é o de compressão, em que o artista coloca diversas peças metálicas, sucatas e até mesmo carros inteiros dentro de uma máquina de compactar lixo industrial, transformando-os num bloco sólido e único. O artista busca retirar desse processo, inicialmente casual e posteriormente controlado, possibilidades expressivas e qualidades plásticas dos materiais e dos objetos da civilização industrial. Figura 6 – Copper compression (1960-1993), César Baldaccini. Soldar, pintar, colar e acumular são procedimentos bastante utilizados pelos artistas e designers que aproveitam o lixo produzido pela sociedade. Artes Arte & design 22 A acumulação é o procedimento predileto do artista do século XX Arman Pierre Fernandez (figura 7). Ele reunia e colecionava diversos materiais descartados pela sociedade de consumo. Depois os organizava segundo critérios próprios e inseria-os no circuito da arte, apresentando-os em galerias e museus. Esse hábito de colecionar e organizar foi identificado como um procedimento que o fez participar de um movimento artístico europeu, o Novo Realismo. Esse movimento corresponde à Pop Art, ocorrida na América do Norte. Inventar novos procedimentos de criação artística é o ingrediente fundamental para o trabalho de reutilização, transformação e ressignificação de materiais descartados pela sociedade. A arte como forma de manifestação da cultura também esta presente aqui. Ela alerta, transforma e nos leva a questionar ações cotidianas que provocam um impacto gigantesco sobre nosso planeta e nossa forma de vida. Figura 7 – Inside out (1998), Arman. Artes História da Arte 23 Figura 9 – Sem título, Franz Krajcberg. 102 x 80 x 40 cm. Figura 8 – Franz Krajcberg, vista parcial do ateliê. Artes História da Arte 24 Franz Krajcberg é um artista engajado em temas ambientais. Foi um dos primeiros artistas a lutar por ideais ecológicos. Nasceu na Polônia e veio para o Brasil em 1948. No País chegou a participar da 1ª Bienal de Arte de São Paulo, no ano de 1951. Em 1964, ele produziu suas primeiras esculturas com troncos de árvores. Realizou diversas viagens a Amazônia e ao Pantanal Mato-Grossense, fotografando e documentando os desmatamentos e as queimadas, além de recolher materiais para suas obras, tais como raízes e troncos calcinados*. Ao longo de sua carreira, Krajcberg denunciou as queimadas no Paraná, a exploração de minérios em Minas Gerais e o desmatamento da Amazônia brasileira. Defendeu as tartarugasmarinhas que buscam o litoral para procriar, entre diversas outras atividades ambientais manifestadas através da arte. *Calcinados: Queimados. Desde 1972 mora em Nova Viçosa, sul da Bahia, no sítio Natura. Lá construiu uma casa a sete metros do chão, sobre o tronco de uma árvore de pequi. Veja que casa fantástica a de Krajcberg (figura 10). Artes História da Arte 25 Suas obras refletem a paisagem brasileira, em especial a Floresta Amazônica, e sua constante preocupação com a defesa do meio ambiente. Figura 10 – Casa de Franz Krajcberg, Bahia. Já a artista plástica contemporânea Renata de Andrade recolhe o lixo que encontra no caminho que percorre pela cidade, colecionando-os, para transformá-lo ou apenas recontextualizá-lo. Artes História da Arte 26 Mas o que pretende Renata ao se apropriar do lixo? Sua preocupação é com questões relacionadas à ecologia e a preservação, com o que é descartado, abandonado, esquecido, perdido, bem como com a percepção de seus formatos e suas cores essenciais. O lixo é a matéria que compõe seu trabalho plástico. Segundo o curador Ricardo Resende, o trabalho de Renata necessita interação com as comunidades coletoras de lixo (no caso do Brasil, essas organizações são responsáveis pelo crescimento da reciclagem). Assim, poderíamos entender sua contribuição social ao chamar a atenção para o trabalho, muitas vezes desprezado, dessas pessoas anônimas que perambulam pelas ruas puxando carroças precárias, sem ter reconhecido o seu valor para a sociedade. São vistas, pelas janelas, como estorvos, como "nada" ou "ninguém". Renata, ao reutilizar o material não degradável, problematiza situações incômodas para a sociedade atual, causadas pelo lixo que não se decompõe e pelo aquecimento global, fruto do consumo desenfreado de matéria industrializada. Artes História da Arte Figura 11 – Renata de Andrade, Exposição Grátis, Museu Victor Meirelles, 2007. 27 Suas instalações podem ser vistas como uma forma de pintar tridimensionalmente no espaço. O que chama atenção no trabalho de Renata de Andrade é a simplicidade com que organiza os materiais, conseguindo desse modo salientar aspectos estéticos esquecidos eles, tais como cor, forma e textura (figura 12). Artes História da Arte 28 Interessa, para Renata de Andrade, o caráter estético unicamente dos materiais que recolhe e organiza. Diferentemente, os produtos que chamamos design ecológico procuram reduzir o uso de matéria-prima na elaboração de novos produtos, reutilizando ou deslocando a função dos objetos em desuso. Figura 12 – Jangada 1 (2005), Renata de Andrade. A prática da reciclagem foi recuperada pelos designers no final dos anos 80 do século passado. Os preceitos do design ecológico implicam o uso criterioso de matérias-primas não renováveis como o metal e produtos a base de petróleo, entre outros. Artes História da Arte 29 Figura 13 – Namoradeira, Andy Greg. Artes História da Arte 30 Figura 14 – Cadeira favela, Irmãos Campana. Artes História da Arte 31 A reciclagem é o fio condutor do trabalho do designer Andy Greg desde 1990 (figura 13). Atualmente, ele usa componentes de peças de trens e automóveis para diversificar as obras a venda, tal foi o sucesso atingido com o seu primeiro modelo, a cadeira de bicicleta. No site www.bikefurniture.com, podemos ver diversos tipos de mobiliário moderno construídos com peças de bicicletas usadas. Mais um excelente exemplo de design ecológico é a Cadeira favela, uma das criações dos irmãos Fernando e Humberto Campana, designers brasileiros que se distinguem pela ampla pesquisa de materiais, o que passa em grande parte pela utilização de materiais reciclados (figura 14). No momento em que as preocupações ambientais parecem se manifestar em todas as áreas, esses dois designers conseguiram alcançar uma dinâmica de criatividade alicerçada no pensamento ecológico. Plástico, papelão, metal, fibra de algodão, borracha ou detritos dos mais variados são as matérias que compõem algumas de suas criações. Artes História da Arte 32 Em São Paulo alguns alunos dos irmãos Campana vêm se apresentando em conjunto com o nome Notech Design, criando produtos com materiais simples e inusitados, sem envolver tecnologia no processo de reutilização. Entre seus integrantes estão Tetê Knecht, que empregou câmaras usadas de pneu de motocicleta para fazer o vaso goma (figura 15). Figura 11 – Renata de Andrade, Exposição Grátis, Museu Victor Meirelles, 2007. Artes História da Arte 33 Procedimentos variados, materiais inusitados e um olhar diferente sobre o cotidiano são o que unem esses artistas. A grande finalidade dessas obras é não apenas tornar o mundo um lugar mais agradável e possivelmente mais belo, mas tentar frear o processo destrutivo que iniciamos e que não sabemos ao certo como parar. E você, já pensou sobre o que poderia fazer para tornar nosso mundo melhor? Síntese A reciclagem de material em desuso e de lixo produzido pelo homem vem sendo apropriada por artistas e designers como um modo de propor reflexões acerca da problemática ambiental, como vimos nas denúncias de Krajcberg. Isso se da através de registros fotográficos; de esculturas com madeiras calcinadas oriundas de queimadas de florestas; das esculturas comprimidas de César Baldaccini; dos objetos colecionados por Arman Pierre Fernandez; de intervenções e da organização de lixo urbano realizadas por Renata de Andrade e mesmo através da produção de objetos utilitários, elaborados pelo design ecológico. A estética da reciclagem apresenta algumas reflexões e alternativas acerca do que fazer com os fósseis produzidos pela humanidade. Artes Solicitação de materiais recicláveis - 3°Bimestre - Feira Multidisciplinar Guardar- com higiene- materiais recicláveis (Sugestão: cor da equipe): • • • • • • • • • Garrafas de plástico (mínimo três por aluno); Tecidos velhos; Papéis descartados; Embalagens (bala, bombom, chiclete e outras guloseimas); Lacre das latas de alumínio; Tampinhas de garrafas; Latas de alumínio; Caixas de papelão; Etc... 34 Artes Solicitação de materiais recicláveis - 3°Bimestre - Feira Multidisciplinar Coleta Seletiva para a separação do lixo, cores: 35 Artes História da Arte 36 Atividades 01) Selecionando na natureza A preocupação com as questões ambientais é um tema frequente em vários segmentos da sociedade. O ser humano que cria, constrói e modifica é também o agente que, como consequência de suas ações, destrói o planeta que habita. Atualmente, não é difícil prever que o meio ambiente terá um destino trágico caso não sejam freadas as agressões feitas a ele. Muitas pessoas denunciam incessantemente as mutilações que o planeta vem sofrendo e buscam soluções para o problema. Alguns artistas também se dedicam as questões ambientais, usando a reciclagem e a ressignificação de materiais como motivação para a criação artística. Por exemplo, o artista Franz Krajcberg utiliza troncos de árvores mortas, entre outras coisas, para produzir um rico trabalho de denúncia que, segundo ele, da forma ao seu grito. Artes História da Arte 37 Atividades 01) Selecionando na natureza Pensando no trabalho de Krajcberg, faremos uma atividade para a qual será necessário coletar alguns materiais naturais. Serão recolhidos apenas materiais que já estejam mortos, ou seja, não será utilizada nenhuma vegetação, ou parte dela, que ainda esteja viva na natureza. Você deverá procurar por galhos, gravetos, sementes, cascas, ou mesmo pequenos pedaços de troncos de árvores que estejam no chão ou secos. Depois de coletar o material, selecione o que vai utilizar. Essa seleção deverá seguir alguns critérios, tais como a forma, os desenhos e as texturas presentes nesse material, o peso, a possibilidade de transporte e de interferência artística. Observe o material que selecionou e verifique quais interferências você pode realizar nele. Tenha como base as obras de Krajcberg, em que algumas partes de troncos e raízes são preservadas, enquanto outras recebem algum tipo de pintura, evidenciando alguma parte do material. Artes História da Arte 38 Atividades 01) Selecionando na natureza Por se tratar de uma intervenção feita num material natural, a preocupação com o acabamento deve ser redobrada, buscando evitar a aparência de material abandonado. A ideia é valorizar algo que você viu nesse material. Por exemplo, se você se interessou pela forma, mas não pela textura, busque revesti-lo com algum outro material que evidencie a forma levando em conta a cor e a textura dos materiais que serão aplicados. Se você gostou da textura e não da forma, pense que pode agregar ou retirar o revestimento do material e aplica-lo num outro, causando ao observador um estranhamento bastante interessante O importante é pensar no que agrada e no que não agrada nesse material. A apresentação do trabalho pode ser sobre uma base. Caso tenha sustentação, não será necessária a fixação, apenas o apoio da pega sobre a base. Outra alternativa é apresentar o trabalho suspenso, pendurado por fios transparentes. Artes História da Arte 39 Atividades 02) Cortina de cor Nessa atividade usaremos como referência o trabalho Confetes (figura 16), de Arthur Bispo do Rosário. Trata-se de uma montagem que é uma espécie de vitrine com 15 garrafas de plástico cheias de confete. Assim como outros trabalhos do artista, Confete utiliza materiais reaproveitados de objetos cotidianos. Na obra de Bispo do Rosário, a presença de tais objetos não significa uma ação clara de denúncia ou de conscientização a respeito de questões ambientais, mas é o produto de uma criação riquíssima, feita de recursos mínimos. A situação de clausura e falta de materiais a sua disposição não impossibilitou que o artista criasse uma obra extraordinária. Figura 16 – Confetes, Arthur Bispo do Rosário. Artes História da Arte 40 Atividades 02) Cortina de cor A proposta aqui é criar um trabalho coletivo, ou em grupo, segundo critério do(a) professor(a). Você deverá ser responsável por conseguir duas garrafas de plástico, do tipo PET, transparente. O preenchimento das garrafas devera ser feito da seguinte forma: Selecione, por cor, pedaços de papéis diferenciados que tenham sido descartados pela sociedade, tais como papéis de presentes, embalagens, etc. Em sala de aula, vamos juntar todo o material conseguido e separá-lo por cor. Pequenos grupos se formarão para poder picar, em tamanhos pequenos, os papéis coloridos que deverão ser colocados dentro das garrafas PET transparentes. A montagem do trabalho devera ser feita da seguinte forma: Escolha uma janela que receba bastante sol. Artes História da Arte Atividades 02) Cortina de cor Com fios de nylon vamos construir um tipo de cortina com essas garrafas, que servirá para filtrar a luz solar que invade o espaço, tentando criar assim um efeito de cortina de luz, feita de produtos desprezados pela sociedade. Lembre-se, todo trabalho feito com material reutilizado deve ser extremamente bem acabado para evitar o aspecto de desleixo. 41 Artes História da Arte 42 Atividades 03) Manto da Redenção Outro trabalho de Bispo do Rosário que mostra a riqueza de uma produção com recursos mínimos é o Manto da apresentação (figura 5). No manto, Bispo borda, com linhas e lãs, desenhos de elementos que estavam presentes em sua memória como representantes do universo. Nessa atividade, também vamos chamá-lo de Manto da Redenção que poderá significar, simbolicamente, um ato de nossa remissão diante do que temos feito com o Planeta. Para isso serão necessários os seguintes materiais: • Quatro folhas de papel pardo e lápis; • Dois metros de TNT (tecido não tecido) de cor branca; • Cola branca e tesoura; • Muitos papéis de bala, bombom, chiclete e outras guloseimas que sejam coloridos e estejam limpos. Artes História da Arte 43 Atividades 03) Manto da Redenção O manto poderá ser feito em equipes de três a cinco pessoas. O primeiro passo é traçar um molde do manto no papel pardo. Desenhe com o papel dobrado para conseguir simetria entre o lado esquerdo e o direito. Observe a obra de Bispo para ver como realizar esse molde. Possivelmente será necessário colar as folhas de papel pardo para conseguir fazer o manto como uma peça única. Recorte o molde e experimente no corpo, mantendo os braços abertos para ver quais ajustes devem ser feitos na gola. Após o molde estar adequado ao corpo, coloque sobre o TNT e recorte o manto. Depois que o manto estiver cortado, cole nele os papéis coletados pela equipe, como se fossem escamas de peixe, da seguinte forma: cole apenas uma extremidade de cada papel, deixando o restante solto, sempre de baixo para cima em linhas horizontais, para que o resultado se pareça com uma espécie de escama e esconda, ao mesmo tempo, o local onde cada papel foi colado. Cubra toda a superfície do manto com papéis. Cuide com o acabamento: os papéis de bala, de chiclete e de bombom, que antes eram lixo, deverão ter REFERÊNCIAS COLÉGIO ENERGIA. Atitudes elementares. 7° ano – volume 03. Florianópolis: gráfica ed. Energia., 2015. GOMBRICH, Ernest H. A História da Arte. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, 2008. 44 Obrigado!!! Alessandro Lima [email protected] http://bonecosdasvirtudes.pancakeapps.com 45