UCP de Design e Artes Gráficas

Transcrição

UCP de Design e Artes Gráficas
RELATÓRIO GLOBAL
DE CONCRETIZAÇÃO
DO PROCESSO DE BOLONHA
UCP DESIGN E ARTES GRÁFICAS
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2010/2011
(Artigo 66-A.º do Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho)
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS
Preparado por:
Direcção da Unidade Científico-pedagógica Design e produção Gráfica
ÍNDICE
ÍNDICE .................................................................................... 2
Í N D I C E D E T AB E L AS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. INTRODUÇÃO ...................................................................... 5
1.1 Enquadramento legal ......................................................................................... 5
1.2 Relatório de concretização do processo de Bolonha ........................................... 6
1.3 Concretização dos objectivos de Bolonha em 2010-2011................................... 6
2 . C R I A Ç ÃO D E N O V O S C U R S O S D E 1 º E 2 º C I C L O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.1 Novos cursos de especialização tecnológica ....... Erro! Marcador não definido.
2.2 Cursos da UCP de Design e Artes Gráficas que foram objecto de adequação e de
Criação............................................................................................................. 7
2.3 Definição curricular dos cursos ......................................................................... 8
2.3 Atribuição de créditos e carga de trabalho dos alunos ........................................ 9
3. CURS OS DE 2º CICLO de ESTUDOS ...................................... 11
3.1 Caracterização ................................................................................................. 11
4 . M U D A N Ç A S O P E R A D AS E M M AT É R I A P E D AG Ó G I C A . . . . . . . . . . . 1 3
4.1 Modelo de ficha de unidade curricular ............................................................. 13
4.2 Normas de frequência e de avaliação ............................................................... 13
4.3 Atribuição de créditos ECTS ........................................................................... 14
4.5 Aquisição de competências transversais .......................................................... 15
4.6 Apetrechamento de Laboratórios e da Biblioteca e criação de Oficinas na UCP
Design e Artes Gráficas .................................................................................. 16
4.7. Sustentações em termos organizacionais......................................................... 16
4.8. Auto-avaliação e avaliação externa ................................................................. 17
4.9. Aplicação sistemática dos resultados .............................................................. 18
4.10. Guião da avaliação institucional ................................................................... 19
5 . AP O I O À P R O M O Ç Ã O D O S U C E S S O E S C O L A R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2
5.1 Recurso a plataforma de e-learning.................................................................. 23
2
5.2 Recurso a plataforma de preenchimento de sumários online e de lançamento de
classificações finais ........................................................................................ 24
5.1 Mecanismos de creditação de competências .................................................... 24
6 . AP O I O AO D E S E N V O L V I M E N T O D E C O M P E T Ê N C I AS
E X T R AC U R R I C U L A R E S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5
7 . E S T Í M U L O À I N S E R Ç ÃO N A V I D A A C T I V A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6
7.1 Oferta de estágios e projectos empresariais ...................................................... 26
8. ESTÍMULO À MOBI LIDADE ................................................. 26
9. CONCLUSÃO ...................................................................... 27
3
ÍNDICE DE TABELAS
T a b e l a 1 – A no d e a d e q u a ç ã o o u c r i a ç ã o d e no vo s c u r s o s d o D AG
s e g u nd o o mo d e l o d e B o lo n h a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
T a b e l a 2 – C r it é r i o s G e r a i s p a r a a a t r i bu i ç ã o d e v a lo r e s m í n i m o s d e
E C T S no I S E C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1
T a b e l a 3 – O r g a n i z a ç ã o d e C u r s o s P ó s B o lo n h a d a U C P _ D AG . . . . . . . 1 2
T a b e l a 4 – T i p o lo g i a d a s H o r a s d e C o n t a c t o d e C u r s o s P ó s B o lo n h a d a
UCP_ DAG. ................................................................... 12
4
1. INTRODUÇÃO
1.1 Enquadramento legal
Como é amplamente reconhecido, a implementação nacional do processo de Bolonha
pressupõe profundas alterações nas actuais ofertas formativas do ensino superior quer
ao nível da organização dos planos curriculares quer ao nível da definição de novas
estratégias e abordagens metodológicas que visem o desenvolvimento de competências,
enquadradas pelos objectivos específicos de cada ciclo de estudos.
Assim, no decurso da preparação da implementação do processo de Bolonha, o
Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) desenvolveu desde 2005 uma
profunda reflexão e análise da sua prática de ensino e formação, envolvendo alunos,
docentes, coordenações de cursos, órgãos científicos e pedagógicos, com vista a uma
real mudança do seu paradigma educativo.
Das alterações legislativas relativas ao ensino superior universitário e
politécnico no quadro europeu de implementação do processo de Bolonha destacam-se:
Decreto-Lei n.º 42/2005 de 22 de Fevereiro, que estabelece os princípios
reguladores dos instrumentos para a criação do Espaço Europeu de Ensino
Superior;
2ª alteração à Lei n.º 49/2005 (Lei de Bases do Sistema Educativo), que
determina a organização de um sistema de ensino baseado na ideia de
desenvolvimento de competências, na adopção de um modelo de ensino
superior assente em três ciclos, e na adopção de um sistema europeu de
créditos curriculares (ECTS) baseado no trabalho dos alunos;
Decreto-Lei n.º 74/2006 de 24 de Março e o Despacho n.º 7287-A (2ª série) do
MCTES, que aprovam respectivamente o regime jurídico dos graus e
diplomas do ensino superior e as normas de organização de processos
referentes ao registo de adequação de ciclos de estudos e alterações dos ciclos
de estudo;
Decreto-Lei n.º 64/2006 de 21 de Março que regulamenta as provas
especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência
do ensino superior dos maiores de 23 anos;
5
Lei n.º 38/2007 de 16 de Agosto, que estabelece o regime jurídico de
avaliação da qualidade do ensino superior;
Decreto-Lei n.º 43/2007 de 22 de Fevereiro, que aprova o regime jurídico da
habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos
básicos e secundários, do qual emana um novo modelo de organização
curricular para os cursos de formação de educadores/professores;
Lei n.º 62/2007 de 10 de Setembro, que estabelece o regime jurídico das
instituições de ensino superior;
Decreto-Lei n.º 369/2007 de 5 de Novembro, que cria a Agência de Avaliação
e Acreditação do Ensino Superior;
Portaria n.º 30/2008 de 10 de Janeiro do MCTES, que regula o modelo de
suplemento ao diploma;
Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho, que altera o Decreto-Lei n.º 74/2006
de 24 de Março;
Despacho publicado em Diário da República, 2.ª série — N.º 205 — 22 de
Outubro de 2009 Regulamento dos Processos de Acreditação;
Decreto-Lei nº 206 / 2009 de 31 Agosto, que regulamenta a atribuição do
titulo de especialista.
1.2 Relatório de concretização do processo de Bolonha
O relatório inclui indicadores objectivos que considerem, designadamente, a
evolução do peso das várias componentes do trabalho do estudante no número de horas
de trabalho total, total de horas de contacto, componente experimental, componente de
projecto. Por último, o relatório deve ainda incluir informação e indicadores que
evidenciem o progresso das mudanças realizadas na instituição e em cada curso e que o
permita comparar com a evolução realizada em outras instituições que se constituam
como referência.
1.3 Concretização dos objectivos de Bolonha em 2010-2011
Na sequência dos relatórios anteriormente elaborados; para os períodos 20062008, 2008-2009 e 2009-2010, neles se descreveu todo o processo global de adequação
dos cursos existentes aos princípios de Bolonha, e a descrição da caracterização sob a
6
forma de um Relatório de Concretização do processo de Bolonha estruturado no
seguinte conjunto de documentos:
• Relatório Global de Concretização do processo de Bolonha, no qual se
caracterizou as mudanças globais no ISEC;
• Relatórios de Concretização (documentos em separado) de cada uma das
Unidades Científico-Pedagógicas do ISEC, também designadas “Escolas”, e nos quais
se deu conta das mudanças operadas em cada um dos seus cursos.
Nos pontos seguintes, descrevemos um conjunto de mudanças que foram
operadas ao nível organizacional que são consequência directa da implementação do
processo de Bolonha no ISEC.
O Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho prevê, no art.º 66-A, a elaboração
de um relatório anual público de concretização do processo de Bolonha por cada
instituição de Ensino Superior. O relatório, que deve integrar o contributo dos
estudantes e docentes, visa analisar o progresso das mudanças realizadas na instituição
e em cada curso, e deve incluir informação sobre as mudanças operadas,
designadamente em matéria pedagógica, no sentido de uma formação orientada para o
desenvolvimento das competências dos estudantes, organizada com base no sistema
europeu de transferência e acumulação de créditos (ECTS) e onde as componentes de
trabalho experimental ou de projecto, entre outras, e a aquisição de competências
transversais devem desempenhar um papel decisivo.
2. CRIAÇÃO DE NOVOS CURSOS DE 1º E 2º CICLO
2.1 Cursos da UCP de Design e Artes Gráficas que foram objecto
de adequação e de Criação
A Licenciatura em Design e Produção Gráfica, criada pela Portaria n.º
1297/2001 de 20 de Novembro com vista ao funcionamento pleno segundo Bolonha,
foi objecto de adequação as licenciaturas da Unidades Científico-Pedagógicas (UCP’s)
de Design e Artes Gráficas em 2006-2007. Da legislação posteriormente publicada
7
resultou a necessidade de criação de novos cursos, designadamente de 2º ciclo, pelo
que em bom rigor, nestes casos não será correcto falarmos de adequação.
Tabela 1 – Ano de adequação ou criação de novos cursos do DAG segundo o modelo de
Bolonha.
Curso
2006/2007
Licenciatura em Design
e Produção Gráfica
-
2009/2010
2010/2011
Lançamento da
Lançamento da
Lançamento da
1ª edição
2ª edição
3ª edição
Lançamento da
Lançamento da
1ª edição
2ª edição
-
-
Bolonha
Criado
Tecnologias Gráficas
2008/2009
Formato Pós
Adequado
Mestrado em
Mestrado em Ilustração
2007/2008
-
Mestrado em Design
Informacional
Criado
Criado
2.2 Definição curricular dos cursos
O processo de Bolonha introduz a inovação de se considerar explicitamente o
desenvolvimento de competências do aluno. A mudança que se pretende, para um
ensino baseado no desenvolvimento de competências, supõe que se explicitem as
competências que se visam desenvolver e o conhecimento necessário ao seu exercício,
bem como a forma como contribuem para assegurar os chamados descritores de Dublin
definidos para os vários ciclos de estudos.
Com base nesta mudança de abordagem, do ensino para a aprendizagem, dos
programas para os objectivos de aprendizagem, foram criados os novos cursos de
mestrado tendo sido definidos previamente os objectivos de cada curso no que se refere
à aquisição e ao desenvolvimento das competências, capacidades e atitudes
reconhecidas como necessárias, relevantes e actuais, para o nível da formação e para as
áreas de conhecimento em que se inserem, à luz das saídas profissionais que se
anteviam. Para estes cursos foi explicitada a relação entre as diversas unidades
curriculares e as competências que se pretende desenvolver, bem como a relação entre
essas competências e as actividades formativas e componentes de avaliação previstas.
Para este efeito, foi adoptado um modelo próprio de Ficha de Unidade Curricular que
obriga à explicitação dos objectivos e resultados esperados (visando competências
8
gerais e específicas), das metodologias de ensino-aprendizagem (tipificando as horas de
contacto), e dos métodos de avaliação.
2.3 Atribuição de créditos e carga de trabalho dos alunos
A implementação do processo de Bolonha pressupõe um novo paradigma
educativo, centrado no desenvolvimento de competências do aluno, reforçando a auto
aprendizagem e o desenvolvimento autónomo do discente e promovendo a mobilidade
ao nível do espaço europeu. O sistema europeu de transferência de Créditos (ECTS) é
um dos principais instrumentos para a operacionalização destes objectivos. A
legislação que regula a organização dos currículos resultantes da implementação do
processo de Bolonha impõe que esta organização tenha como base o número de horas
de trabalho do estudante medidas através de créditos ECTS. Neste contexto, o número
de horas de trabalho do estudante a considerar inclui todas as formas de trabalho
previstas, designadamente as horas de contacto em sala de aula, as horas dedicadas a
estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo autónomo e avaliação.
Assim, no decurso da preparação da implementação do processo de Bolonha, o
ISEC desenvolveu uma profunda reflexão interna e análise da sua prática de ensino e
formação, envolvendo alunos, docentes, coordenações de cursos, órgãos científicos e
pedagógicos,
com vista à
implementação do
sistema de créditos ECTS.
Simultaneamente, e concorrendo em paralelo com o trabalho desenvolvido nesta área
foi criada uma estrutura no ISEC com a finalidade de coordenar os contactos com
Instituições estrangeiras – no âmbito da adesão aos programas Erasmus e Sócrates.
Com base nos parâmetros internamente definidos (ver Relatório Bolonha 20062008, 2008-09 e, também, o de 2009-10), o trabalho de um ano curricular corresponde
a 1590 horas, distribuídas por 38 semanas. O ISEC adoptou um regime semestral para o
funcionamento dos cursos, na sequência daquela que tem sido a prática recente no
Instituto. No regime semestral, os semestres têm a duração de 19 semanas, das quais
quinze são lectivas e quatro são utilizadas para avaliações. Este regime corresponde ao
que se encontrava em vigor no Instituto no ano lectivo 2005-2006, no que respeita ao
número de semanas lectivas, e acrescenta uma semana ao período de avaliações.
Também em resultado do conjunto de procedimentos descritos, foi elaborado
um documento interno visando a uniformização de critérios para atribuição de ECTS às
diferentes licenciaturas e restantes ofertas formativas nos vários departamentos do
ISEC. A Tabela 4 – parte integrante do mencionado documento – pretende resumir os
9
critérios gerais deste Instituto para a atribuição de créditos. Assim, por exemplo, uma
unidade curricular definida para 60 horas de contacto, com 4 horas semanais das quais
2 são teóricas e 2 são teórico-práticas, e às quais se adicionam 3 horas de orientação
tutorial, deverá ter 5,5 ECTS. Contudo, e como se pode constatar, há um diferencial
entre os créditos assentes em critérios gerais expressos na tabela e o total de créditos
previstos designadamente pelo art. nº 5 do Decreto-Lei nº 42/2005 de 22 de Fevereiro.
Tal diferencial é reservado à atribuição de ECTS para o volume de trabalho acrescido
pela especificidade que uma determinada Unidade Curricular ou área científica
detenha. As Unidades Curriculares poderão ser constituídas por diferentes tipos de hora
de contacto consoante as competências que se pretendam desenvolver, sendo que foi
decidido atribuir um valor mínimo obrigatório de 5% das horas de contacto a tutorias,
para todas as unidades curriculares.
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Tabela 2 – Critérios Gerais para a atribuição de valores mínimos de ECTS no ISEC.
1 Hora/Tipo Semanal
Créditos
Horas de trabalho
Teórica (T)
1
1+0,5(a)
Teórico-Prática (TP)
1
1+0,5(a)
Prática e Laboratorial (PL)
1
1
Trabalho de Campo (TC)
0,5
1
Seminário (S)
0,5
1
1
1+1(a)
0,5
1
1
1+1(a)
0,5
1
Estágio (E)
Orientação Tutorial (OT)
Trabalho de Projecto
Outro (Estudo, avaliação,
pesquisa, apresentações)
a) As UC’s que contemplem horas desta natureza conduzirão a uma atribuição de ECTS tal que
integram as horas de contacto acrescidas de volume de trabalho autónomo por parte do discente.
É de salientar que o valor de 5% das horas de contacto, imposto pelo
regulamento de atribuição de ECTS em vigor no ISEC, é um valor mínimo que deve
ser complementado com horas de tutoria devidamente programadas pelas coordenações
de curso juntamente com os docentes das unidades curriculares.
3. CURSOS DE 2º CICLO de ESTUDOS
3.1 Caracterização
Também em 2010 / 2011 teve início a terceira edição do mestrado em
Tecnologias Gráficas, e a 2ª edição do mestrado em Ilustração (Científica/Artística).
Os cursos de mestrado do Departamento de Design e Artes Gráficas têm
concepção constituída por uma componente curricular (formada por diversas Unidades
curriculares) e uma dissertação ou trabalho de projecto ou estágio.
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A componente curricular de cada curso de 2º ciclo confere aos alunos que
creditem todos os ECTS nela previstos um certificado de Curso de Especialização.
Tabela 3 – Organização de Cursos Pós Bolonha da UCP_ DAG.
ECTS Totais
Horas
Totais
Horas
Contacto
Regime de
Funcionamento
Mestrado em Ilustração
120 (4 semestres)
3120
555
Pós Laboral
Mestrado em Design Informacional
120 (4 semestres)
3070
661
Pós Laboral
Mestrado em Tecnologias Gráficas
90 (3 Semestres)
2435
462
Pós Laboral
Lic. em Design e Produção Gráfica
180 (6 semestres)
4055
2033
Diurno e Pós Laboral
Cursos
A análise do quadro anterior permite perceber que a relação entre as Horas de
Contacto e as Horas Totais (correspondentes ao Volume total de trabalho do estudante)
variam em 18 a 22% no caso dos cursos de mestrado e é de 50% no caso da
Licenciatura, o que se mostra consistente com o maior grau de autonomia esperado
para os alunos à medida que avançam na sua formação.
O peso relativo das diferentes tipologias das horas de contacto nos cursos PósBolonha é sistematizado na tabela seguinte:
Tabela 4 – Tipologia das Horas de Contacto de Cursos Pós Bolonha da UCP_ DAG.
Cursos
T
TP
TC
PL
OT
OT_TF
27.0%
32.4%
---
---
29.7%
10.8%
Mestrado em Design Informacional
---
59.8%
---
24.2%
2.4%
13.6%
Mestrado em Tecnologias Gráficas
---
61.7%
---
19.5%
2.6%
16.2%
Lic. em Design e Produção Gráfica
---
86.3%
0.7%
5.9%
4.8%
2.2%
Mestrado em Ilustração
(T-Teórica; TP – Teórico Pratica; TC – Trabalho de Campo; PL – Práticas Laboratoriais; OT – Orientação Tutorial;
OT_TF – Orientação Tutorial de Trabalho Final de Curso)
12
4. MUDANÇAS OPERADAS EM MATÉRIA PEDAGÓGICA
No período a que se refere este relatório, são de registar a sustentação das
mudanças operadas no ISEC com a transição decorrente da implementação do processo
de Bolonha, que descrevemos de seguida.
4.1 Modelo de ficha de unidade curricular
Para que se assegure que os diplomados detêm efectivamente as competências e
conhecimentos pretendidos, é necessário que os métodos de ensino-aprendizagem e de
avaliação estejam permanentemente de acordo com esses objectivos de aprendizagem.
O modelo único de ficha de unidade curricular adoptado no ISEC é um elemento
central neste processo, na medida em que deve servir para explicitar, ao nível de cada
unidade curricular, os objectivos e resultados esperados para os estudantes, no final de
cada período de formação, bem como os métodos e actividades formativas
consideradas necessárias para obtenção ou desenvolvimento das competências
previstas. Deve igualmente permitir aos docentes a clarificação dos métodos
pedagógicos e fornecer aos estudantes o guião necessário para a sua actividade
formativa. Este procedimento tem vindo a ser seguido desde 2007.
4.2 Normas de frequência e de avaliação
Na convicção de que a criação de condições de trabalho continuado, ao longo
de cada período formativo, favorece a aprendizagem, as normas de frequência e
avaliação em vigor no ISEC foram revistas, de modo a reforçar a avaliação (contínua)
distribuída. Pretendeu-se com as alterações introduzidas aumentar o número de
momentos de avaliação no decorrer do semestre, mas também diversificar as suas
modalidades e instrumentos, como forma de atribuir maior importância ao trabalho
realizado fora da sala de aula.
As alterações introduzidas consolidaram o método de avaliação contínua
adoptado no ISEC, que é anterior à transição decorrente de Bolonha.
13
4.3 Atribuição de créditos ECTS
Como exposto na secção 2.3 acima, a atribuição de créditos ECTS às unidades
curriculares foi feita inicialmente a partir da experiência docente e verificada com base
em informação recolhida junto dos estudantes, relativa ao volume de trabalho
realmente exigido. A partir das respostas obtidas aos inquéritos pedagógicos
(semestrais), é possível aferir regularmente os ECTS efectivamente associados a cada
unidade curricular, permitindo uma decisão fundamentada em caso de eventuais ajustes
do seu valor.
As principais mudanças introduzidas com a transição para o modelo de Bolonha
e que têm vindo a ser consolidadas, designadamente ao longo de 2010/2011, são as
seguintes:
• Introdução de orientações tutoriais individuais e colectivas como instrumentos
pedagógicos obrigatórios em todas as unidades curriculares;
• Reforço de metodologias de ensino que promovem os métodos de participação
activa na sala de aula, através da exposição de ideias e opiniões, de modo a estimular a
capacidade de raciocínio e expressão oral;
• Recurso à figura de Seminários desenvolvidos por convidados especialistas
para a apresentação/desenvolvimento de temas constantes do Programa curricular de
diversas UC;
• Exploração mais intensa de exemplos em sala de aula para desenvolvimento
da capacidade de aplicação dos conhecimentos adquiridos a contextos profissionais,
designadamente à resolução de problemas em situações reais;
• Utilização e aprofundamento de estudos de caso reais;
• Maior recurso a trabalhos de pesquisa individuais ou de grupo; Este aspecto
foi particularmente acentuado nas Unidades Curriculares do mestrado.
• Utilização de instrumentos metodológicos e tecnológicos de pesquisa, análise
e integração de conhecimentos;
• Introdução de unidades curriculares optativas em todos dos cursos do
Departamento de Design e Artes Gráficas;
• Introdução do trabalho experimental/laboratorial em diversas unidades
curriculares;
• Introdução de disciplinas de projecto, com apresentação e discussão final em
sala de aula;
14
• Desdobramento de turmas de modo a assegurar uma dimensão adequada, em
termos do número de alunos;
• Introdução e uso de plataformas de e-learning como forma de contacto
privilegiado com os alunos.
Nos pontos seguintes, descrevemos outras mudanças que foram operadas, quer
ao nível pedagógico quer ao nível organizacional, que são consequência directa da
implementação do processo de Bolonha no ISEC.
4.5 Aquisição de competências transversais
O ISEC entendeu ser um instrumento fundamental do seu projecto educativo, ao
nível dos cursos de 1º ciclo, expor os seus estudantes à problemática da ética e
deontologia profissional, num contexto de uma certa crise de valores que se verifica na
nossa sociedade. Assim, foi decisão do ISEC criar em todos os cursos de 1º ciclo uma
disciplina de Ética e Deontologia, com o objectivo de dar a conhecer os princípios da
Ética e as normas deontológicas que presidem às diversas actividades em causa, e levar
os estudantes a compreender as razões da importância dos valores subjacentes às regras
deontológicas que são a identidade e a legitimidade das diversas profissões, mas
também a desenvolver a capacidade de análise e crítica das situações que se prefiguram
no horizonte das suas actividades.
Ao nível dos cursos de 2º ciclo foi introduzida uma área disciplinar de Métodos
e Técnicas de Investigação, que é leccionada em todos os cursos de Mestrado, e que
visa desenvolver competências e habilitar os alunos no domínio de ferramentas
próprias para o desenvolvimento de trabalho de pesquisa e de investigação, bem como
para a comunicação/apresentação de resultados.
Por outro lado, ao nível do curso de mestrado onde se espera uma maior
maturidade técnico-cientifica dos formandos, foi introduzida uma metodologia em
quase todas as UC de promover a realização de trabalhos semestrais os quais envolvem
o domínio de competências transversais. Em resultado desta nova abordagem foi
alcançada uma maior visibilidade pública dos trabalhos realizados pelos alunos
nomeadamente, com a atribuição de prémios por parte de parceiros/empresas e da
publicação desses trabalhos em revistas nacionais e internacionais da especialidade.
15
Refere-se ainda que as teses Mestrado defendidas no ano a que corresponde este
relatório corroboram precisamente esta ideia de partilha de conhecimentos transversais.
4.6 Apetrechamento de Laboratórios e da Biblioteca e criação de
Oficinas na UCP Design e Artes Gráficas
Os laboratórios de Química e de Materiais, de Fotografia, de Informática e de
Pré-Impressão, foram apetrechados com mais equipamentos e materiais, tendo em vista
designadamente a entrada em funcionamento do Mestrado em Tecnologias Gráficas,
cuja componente prática é muito acentuada.
Também a aquisição de obras de áreas específicas da Licenciatura e dos
Mestrados, contribuiu para o aumento do acervo da Biblioteca do ISEC e permitiu aos
alunos o contacto e a manipulação de obras de referência.
Em 2010 / 2011 instalou-se na oficina mais uma máquina de impressão offset a
uma cor, um carrossel de serigrafia a quatro cores, uma máquina alceadora para
acabamentos, entre outros equipamentos.
4.7. Sustentações em termos organizacionais
A aferição qualitativa do curso é assegurada através do Gabinete de Avaliação e
Garantia da Qualidade do ISEC, tendo como principal objectivo a consolidação de uma
cultura interna de auto-avaliação, e cujos instrumentos (modelos de inquérito) estão
testados desde o ano lectivo 2007/2008 e têm sido alvo de aplicação plena desde
2008/2009. Assim, sustentando a mudança organizacional que se tinha operado já em
períodos anteriores, implementou-se no corrente ano a política de avaliação e garantia
de qualidade do ISEC.
A criação do Gabinete de Avaliação e Garantia da Qualidade teve como pano
de fundo as normas europeias aprovadas pelos ministros europeus do ensino superior
na reunião de Bergen (Maio 2005) e inscritas no documento “Standards and
Guidelines for Quality Assurance in the European Higher Education Area”, bem
como o actual Regime Jurídico de Avaliação do Ensino Superior.
16
É no contexto de um Sistema de Garantia de Qualidade que se pretende não só
avaliar a qualidade, detectando pontos fortes e fragilidades no desempenho da missão
que está cometida ao ISEC, mas também alcançar níveis de excelência, identificar as
melhorias a introduzir nas práticas da instituição e das suas Unidades Orgânicas, fazer
funcionar os necessários mecanismos de regulação e contribuir para tornar mais
visíveis os resultados do seu exercício.
Cabe ao Gabinete de Avaliação e Garantia de Qualidade do ISEC definir
procedimentos de avaliação e de regulação comuns às diferentes Unidades CientíficoPedagógicas e promover a construção de instrumentos de recolha de informação
compatíveis e passíveis de tratamento comum.
A política de Garantia da Qualidade:
Tem como finalidade contribuir para que o ISEC, num processo contínuo de
aperfeiçoamento institucional, atinja e mantenha os mais elevados níveis no
desempenho da sua missão, seja mais transparente no seu modo de funcionamento e
dê maior visibilidade aos resultados alcançados.
Promove a participação activa de todos os elementos da comunidade académica e da
sociedade no processo de auto-análise e institui momentos de consciencialização e de
debate sobre o que é e o que será o ISEC, sobre os seus pontos fortes e fracos, na
perspectiva de uma permanente actualização da missão institucional.
Nos pontos seguintes apresentamos os princípios pelos quais se rege a política
de Garantia da Qualidade do ISEC.
4.8. Auto-avaliação e avaliação externa
O ISEC é responsável pela criação, suporte logístico, funcionamento e
aperfeiçoamento contínuo do seu sistema de Garantia da Qualidade (GQ). O sistema de
Garantia da Qualidade do ISEC é perspectivado como um ciclo contínuo de momentos
de exame da forma como a instituição, no seu conjunto, e cada Unidade CientíficoPedagógica, cada serviço, cada docente e cada funcionário, em particular, assegura, no
respectivo nível de competência, a excelência do desempenho institucional e de
momentos de pilotagem das melhorias a introduzir.
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Os processos de avaliação e de regulação a adoptar no âmbito do sistema de
Garantia da Qualidade inscrevem-se nos procedimentos normais de gestão dos
colectivos institucionais, aos diferentes níveis, sem constituírem uma sobrecarga
processual e são orientados para superar os pontos fracos detectados e para o
fortalecimento das áreas de excelência, visando uma melhoria global. Os resultados dos
processos de avaliação devem ter uma divulgação pública adequada, contribuindo para
um melhor conhecimento externo da instituição, das suas potencialidades e realizações.
Na auto-avaliação institucional e dos cursos devem ser ouvidos actores exteriores ao
ISEC, em especial, profissionais e especialistas de diferentes sectores de actividade,
antigos alunos, empregadores, utentes dos serviços prestados e parceiros. Só assim se
poderá conhecer a imagem externa do ISEC, o impacto social da sua acção, a eficácia
externa das suas políticas e a pertinência social das suas formações.
O processo de GQ só é plenamente eficaz se for objecto da reflexão e da
decisão colectiva e se a avaliação, nos diferentes níveis em que ela é realizada, assentar
em referentes previamente discutidos. No processo de avaliação participam todos
aqueles que estão directamente envolvidos nas actividades do ISEC: docentes,
investigadores, estudantes e funcionários. A participação destes actores na definição e
execução da política de Garantia da Qualidade é reconhecida como um direito e
também como um dever. Também participam, ao nível da consulta, os que usufruem da
acção do ISEC, nomeadamente, elementos dos meios profissionais, comunidade
científica, antigos alunos, empregadores, utentes de serviços e parceiros institucionais.
A avaliação externa complementa o processo interno de auto-avaliação,
acrescentando-lhe a mais-valia do julgamento da comunidade académica nacional e
internacional.
4.9. Aplicação sistemática dos resultados
Os elementos de avaliação recolhidos e tratados são analisados pelos órgãos próprios,
estatutariamente definidos. As conclusões das avaliações são obrigatoriamente
publicadas e debatidas com os interessados. Os resultados das avaliações devem
orientar a acção dos órgãos institucionais competentes, aos quais cabe planear e
assegurar a execução das mudanças a introduzir. As avaliações subsequentes permitem
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verificar se as medidas tomadas produziram ou não os efeitos esperados na melhoria
efectiva da instituição e detectam se é necessário corrigir o rumo traçado.
A criação de um sistema eficaz de Garantia da Qualidade pressupõe uma
recolha sistemática, coerente e abrangente de informação que permita um melhor
conhecimento das expectativas, realidades, especificidades e necessidades do ISEC.
A avaliação e a recolha de informação, enquanto pilares estruturantes do
sistema de Garantia da Qualidade, permitem identificar as áreas que reclamam
intervenções, tanto no sentido da introdução de melhorias, como no do reforço da
excelência. A definição, em sede do sistema de Garantia da Qualidade, de orientações,
códigos de boas práticas ou procedimentos a implementar em todas as Unidade
Científico-Pedagógicas que compõem o ISEC, constitui um mecanismo de
harmonização e de aplicação coerente dos padrões de qualidade que o ISEC deve
prosseguir.
Cumpre ao ISEC proceder à divulgação de informação relevante, de forma
objectiva e imparcial, permitindo-se, deste modo, facultar ao exterior um bom
conhecimento sobre os princípios de actuação e a forma de funcionamento da
instituição.
A política de garantia de qualidade incide sobre as actividades de formação
desenvolvidas pelo ISEC, nomeadamente, os cursos graduados e pós-graduados e a
formação contínua, as actividades de divulgação científica e cultural, a prestação de
serviços aos alunos e o apoio social, a prestação de serviços à comunidade, e as
actividades de gestão e de suporte logístico.
4.10. Guião da avaliação institucional
O guião que a seguir se apresenta fornece as orientações de base para o
desenvolvimento do processo de auto-avaliação. Este processo procura responder,
genericamente às seguintes questões:
O que o ISEC pretende fazer (missão e objectivos)?
Quais as forças e as fraquezas da instituição face aos seus objectivos gerais?
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Como o ISEC sabe o que está a fazer (monitorização) e, tendo em conta as suas forças
e fraquezas, os instrumentos que utiliza para melhorar o que está a fazer (plano de
melhoria)?
O processo de auto-avaliação do ISEC deve constituir um momento de
profunda e participada reflexão, não se devendo esgotar numa mera definição de
objectivos gerais e operacionais e na execução de um plano de melhoria.
As áreas de avaliação não correspondem a categorias mutuamente exclusivas e
circunscritas, mas de sectores da vida institucional que se considera ser importante
analisar como um todo e na sua relação com as unidades funcionais que integram o
ISEC.
A relação e a sobreposição dos referidos campos de análise é inevitável pelo
que os instrumentos de recolha de dados terão que respeitar essa interferência e, em
termos de economia de tempo e recursos, recolher o máximo de informação útil, que
permita diferentes níveis de descrição e interpretação.
Especificamente no domínio do ensino/aprendizagem são avaliados os aspectos
referentes aos planos de estudo, ao desempenho dos estudantes, ao processo de ensinoaprendizagem e respectivos padrões académicos. Esta análise contempla, entre outros,
os seguintes aspectos:
Procedimentos para propor a criação, a modificação e a extinção de planos de
estudos (conducentes ou não a grau e de formação contínua);
Procedimentos para avaliar os planos de estudos (porque foi escolhido, quais
foram as alterações mais significativas em relação ao anterior, adequação da
estrutura curricular, adequação ao mercado de trabalho, etc.);
Procedimentos para avaliar o processo ensino/aprendizagem (rácios
estudante/professor, abordagens pedagógicas, qualificação e competências do
corpo docente, etc.);
Procedimentos para avaliar o desempenho dos seus estudantes e promover
padrões académicos estipulados;
Procedimentos para selecção e recrutamento de estudantes;
Orientações sobre o perfil dos graduados e a respectiva ligação e metodologias
pedagógicas específicas;
Promoção de actividades de investigação e inovação para os estudantes;
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Procedimentos para avaliar a integração e evolução profissional dos seus
graduados;
Adequação das infra-estruturas (salas de aula, laboratórios e biblioteca,
cantinas e localização, idade e condições das infra-estruturas, reprografia,
etc.);
Apoio social e acompanhamento psicológico os estudantes, acções de
integração e de promoção do sucesso académico.
No âmbito da Investigação/Desenvolvimento são tidos em consideração os
seguintes aspectos:
Qualidade da investigação produzida (número anual de artigos científicos por
docente, índices de impacto, coordenação e participação em projectos, etc.);
Mecanismos de gestão (criação, extinção e gestão das unidades de
investigação; financiamento e captação de fundos);
Actividades inovadoras e empreendedoras
Recursos humanos (qualificação e número de investigadores, tempo dedicado
à investigação em relação a outras actividades, etc.);
Adequação das infra-estruturas (edifícios, laboratórios e bibliotecas).
No domínio das relações com o exterior e da internacionalização, pretende-se
avaliar as forças e as fraquezas das relações regionais, nacionais e internacionais no que
respeita ao ensino, investigação, prestação de serviços, cultura e lazer. Esta análise
contempla, entre outros, os seguintes aspectos:
Procedimentos para avaliar e monitorizar as actividades de índole externa e
internacional;
Mobilidade de estudantes e docentes;
Participação e coordenação de actividades de educação e formação
internacionais;
Participação e coordenação de projectos de investigação internacionais;
Prestação de serviços ao exterior;
Participação e organização de actividades externas de cultura e lazer.
Em 2010 / 2011 foram realizados os inquéritos a todas as UC dos Cursos em
funcionamento na UCP de Design e Artes Gráficas e a partir do seu tratamento e
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análise de resultados foi elaborado um relatório no qual constam algumas acções de
correcção e de melhoria a implementar no próximo ano lectivo. A adesão dos
estudantes aos inquéritos melhorou desde o ano anterior.
5. APOIO À PROMOÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR
O ISEC implementou algumas medidas de apoio à promoção do sucesso escolar
dos estudantes, especialmente nos cursos de 1º ciclo, que descrevemos de seguida:
Incentivar os alunos a optar pelo regime de avaliação contínua;
Aumento do número de trabalhos práticos no processo de avaliação;
Implementação de inquéritos aos alunos e docentes de avaliação do
funcionamento das unidades curriculares;
Aconselhamento na escolha de métodos de estudo;
Incentivo à autonomia;
Organização de visitas de estudo;
Valorização, prevista nas normas de frequência e avaliação, da componente de
assiduidade/participação;
Progressiva implementação de prémios de mérito académico aos estudantes
que obtenham melhor aproveitamento escolar, prevista nos novos estatutos do
ISEC que aguardam homologação;
Aumento do número de protocolos com instituições profissionais da área dos
cursos, e outras, para efeitos de estágios, quando é o caso;
Envolver os alunos em iniciativas abertas à comunidade promovidas pelos
coordenadores/docentes no âmbito dos cursos em que se inserem;
Introdução de horas de acompanhamento/aconselhamento por docentes e pelas
coordenações, para fomentar o estudo regular das matérias e esclarecimentos
de dúvidas;
Correcção dos testes escritos como momentos de aprendizagem;
Organização de conferências e encontros no ISEC, e em instituições ou
entidades parceiras, entre alunos, docentes, e profissionais da área;
Disponibilização de rede internet sem fios em todo o campus do ISEC;
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Implementação de base de dados que permite cruzar as referências
bibliográficas indicadas na ficha de unidade curricular com os livros
existentes na Biblioteca do ISEC;
Criação e consulta em linha das fichas de unidade curricular de todos os
cursos no ISEC;
Estabelecimento de novas parcerias com empresas e Associações nacionais
com vista à divulgação/difusão de trabalhos dos alunos; a título de exemplo,
destaca-se o protocolo estabelecido com a Design é Preciso que permitiu a
realização de inúmeros trabalhos e cuja principal vantagem se consubstancia
na possibilidade de implementação dos projectos e sua ulterior gestão.
5.1 Recurso a plataforma de e-learning
O ISEC tem implementado com sucesso, desde 2007/2008, uma plataforma de
e-learning (Moodle), de uso fácil e intuitivo. Esta plataforma oferece um conjunto de
recursos pedagógicos muito importantes e facilitadores do contacto, que se pretende
permanente, entre docentes e alunos. Para este efeito, e desde então, são realizadas
todos os anos acções de formação para docentes e alunos no sentido de os tornar
utilizadores autónomos e eficazes do Moodle.
Em 2010/2011 continuou à semelhança do que tem sido recorrente nos anos
lectivos anteriores um forte aumento do uso deste recurso educacional. Em muitas das
Unidades Curriculares das Licenciaturas e Mestrados em funcionamento, a
documentação suporte das aulas, a bibliografia, as propostas de trabalhos, etc., foram
colocados antecipadamente na plataforma. Este recurso foi também usado pelos alunos
como via de acesso aos docentes, quer em tempo real (em horário pré-definido) quer
em regime de acesso remoto, possibilitando, troca de informações, esclarecimento de
dúvidas, acompanhamento tutorial, etc.
23
5.2 Recurso a plataforma de preenchimento de sumários online e
de lançamento de classificações finais
5.1 Mecanismos de creditação de competências
As novas competências atribuídas às instituições de ensino superior à luz do
pacote legislativo português inerente à implementação do processo de Bolonha, colocalhes um desafio que é efectivamente novo, uma vez que toda a prática anterior, em
matéria de equivalências, se orientou por uma estreita comparação linear de conteúdos
programáticos, não havendo uma prática consolidada de creditação de competências
designadamente as adquiridas pela via de experiência profissional.
Por um lado o reconhecimento, creditação e validação de competências
adquiridas por via formal pretende substituir o anterior sistema de equivalências no
ensino superior. Por outro lado, o reconhecimento, creditação e validação de
competências adquiridas por vias não formais de aprendizagem passa a ser uma
realidade com a implementação da Declaração de Bolonha.
Relativamente à validação e creditação da formação e experiência prévia do
indivíduo a Declaração de Bolonha parte de dois princípios de referência:
Significado de um grau ou diploma – Um grau ou diploma de ensino superior
exprime um conjunto de conhecimentos, competências e capacidades tendo como
função essencial dar a conhecer à sociedade que o seu detentor possui, no mínimo,
todos eles;
Diversidade de processos de aquisição – Os conhecimentos, competências e
capacidades valem por si, independentemente da forma como são adquiridos.
Assim, no ensino superior, o processo da validação e creditação da formação e
experiência anterior do indivíduo é uma obrigação traduzida na ideia de que a educação
e a formação têm um carácter permanente, estendendo-se por todo o percurso de vida
de cada um.
Por via do pacote legislativo inerente à implementação do Processo de Bolonha,
as instituições de ensino superior passaram a ter, para além da capacidade de conferir
graus e diplomas, a capacidade para reconhecer conhecimentos e competências
adquiridas na vida pessoal e profissional dos cidadãos, validando-os e creditando-as
para efeitos de prosseguimento de estudos, visando a obtenção de novos graus e
diplomas.
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Com base nos pressupostos explanados no Regulamento de Creditação de
Competências Académicas e Profissionais, publicado no ISEC em 2010 / 2011, foram
analisados no seio do Conselho Científico do Departamento, vários processos de alunos
que solicitaram a creditação de competências.
6. APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
EXTRACURRICULARES
Com o objectivo de permitir o desenvolvimento de competências extracurriculares,
foram criadas e apoiadas diversas iniciativas, das quais se destacam:
Incentivo e apoio logístico à organização de actividades de iniciativa dos
alunos;
Realização de jornadas no âmbito de cada curso, designadamente durante a
semana académica (semana da festa do ISEC);
Estímulo à frequência de programas de internacionalização do ensino
(programa Erasmus);
Incentivo à participação dos alunos em conferências, encontros e palestras;
Participação de alunos do ISEC nas maiores feiras de emprego do país;
Promoção de visitas de estudo.
Participação e organização de concursos e exposições no âmbito do Design;
Organização, conjuntamente com o Instituto Politécnico de Tomar da 1ª
Conferência Internacional em Design e Artes Gráficas – Outubro 2010.
Em 2010/2011 o ISEC esteve presente, à semelhança dos anos anteriores em
Feiras e Eventos nacionais onde foram divulgadas as suas ofertas formativas.
Estivemos ainda presentes em várias feiras de formação e emprego realizadas ao nível
das autarquias e de escolas do ensino secundário. Estas actividades de
difusão/divulgação dos cursos do ISEC contam anualmente com a participação de
alunos (e de ex-alunos) que procuram contribuir com o seu testemunho na promoção da
nossa oferta formativa. Tais iniciativas permitem o desenvolvimento de várias
competências (trabalho em equipa, projecto, liderança, etc.), e devem actuar como
factores de motivação adicional dos alunos.
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7. ESTÍMULO À INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA
Para estimular a inserção na vida activa dos seus diplomados e alunos, o ISEC
dispõe de um Gabinete de Inserção Profissional para atendimento e aconselhamento
dos interessados. Para além da actividade regular do gabinete, são de realçar as
seguintes medidas:
Incentivo à prossecução de estudos de pós-graduação de natureza
profissionalizante;
Aconselhamento dos estudantes na preparação dos respectivos curricula vitae;
Estabelecimento de protocolos com empresas do sector de actividade da área
dos cursos do ISEC, para efeitos de estágios, projectos, e teses.
Propor a implementação de inquéritos de empregabilidade, para cada curso do
ISEC, a realizar pelo Gabinete de Inserção Profissional;
7.1 Oferta de estágios e projectos empresariais
Os projectos de fim de curso realizam-se tipicamente num diálogo entre o
ambiente académico e o mercado. Isto permite desenvolver trabalho de interesse para
empresas/associações e permite o contacto directo dos estudantes finalistas com estas.
Em mais do que uma ocasião os projectos finais de curso consubstanciaram-se
em oportunidades de estágio para os alunos envolvidos, em projectos implementados
ou em clientes para o início de uma actividade liberal.
8. ESTÍMULO À MOBILIDADE
O ISEC prosseguiu a sua política de estímulo à mobilidade de estudantes e
docentes do ISEC nomeadamente através da aplicação da Carta Universitária ErasmusExtended, com contactos concretizados para a vinda de estudantes da Universitá Degli
Studi Roma Tre no ano seguinte.
Estabeleceu-se uma parceria com as escolas Elisava (Barcelona, Espanha) e
com o Swindon College School of Art (Reino-Unido)
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9. CONCLUSÃO
O presente relatório tem por objectivo a divulgação, nos termos do Decreto-Lei
n.º 107/2008 de 25 de Junho, das alterações efectuadas no ISEC no período 2010 / 2011
resultantes da implementação do processo de Bolonha.
Os indicadores apresentados, bem como a evolução global verificada no ISEC,
permitem verificar que, no que se refere à adequação formal às normas e princípios
preconizados na Declaração de Bolonha, o ano lectivo de 2007/2008 pode já ser
classificado como um ano de funcionamento pleno da declaração de Bolonha em todas
as Unidades Científico-Pedagógicas. Em 2006/2008 ficou concluído o processo de
submissão à DGES de todos os processos de adequação de cursos de licenciatura
anteriormente existentes na instituição, tendo ainda sido criados um conjunto
significativo de novos cursos de Licenciatura (1º ciclo) e Mestrado (2º ciclo). Em 2009/
2010 mantivemos esses desenvolvimentos com a criação de novas ofertas formativas
adaptadas ao Processo de Bolonha e consolidaram-se novas práticas metodológicas de
ensino-aprendizagem. Estes aspectos em muito contribuíram para fortificar o projecto
educativo da instituição e a adequação plena das suas áreas de formação ao modelo de
formação sequencial preconizada pela Declaração de Bolonha.
Resumidamente, podemos dizer que a transição para o modelo de Bolonha no
período 2006-2009 permitiu introduzir um conjunto de alterações significativas e
positivas, mas tem colocado algumas dificuldades.
Alguns pontos fortes:
Adequação de toda a oferta de cursos à organização de Bolonha;
Total adopção do sistema europeu de créditos curriculares ECTS;
Objectivos dos cursos definidos em função das competências a adquirir pelos
alunos;
Implementação do suplemento ao diploma;
Maior interacção entre o ISEC e as organizações do seu meio envolvente;
Possibilidade do reconhecimento de competências académicas e profissionais;
Maior mobilidade de estudantes.
Alguns pontos fracos:
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Dificuldade de adaptação do novo modelo de organização aos estudantestrabalhadores;
Dificuldade de interiorização, por parte de muitos alunos, da necessidade de
maior autonomia no trabalho;
Docentes avessos à utilização da plataforma Moodle;
Fraca adesão dos alunos na participação activa da vida escolar e no processo de
alterações decorrentes do Processo de Bolonha, embora em melhoria
relativamente ao ano anterior.
Há ainda um longo caminho a percorrer para obter um correcto reconhecimento
da formação académica e da experiência profissional anteriores. Nomeadamente
quando as instituições de origem são desconhecidas, como é o caso na maior parte dos
candidatos vindos do ensino superior estrangeiro. Está em causa uma dificuldade
associada ao reconhecimento dos conteúdos das unidades curriculares, os respectivos
créditos e a sua classificação (sobretudo pensando que as classificações são
posteriormente utilizadas no cálculo da média final de curso, podendo introduzir
factores de injustiça relativa por serem utilizados sistemas de classificação muito
diferentes para os vários estudantes).
A definição dos objectivos de cada curso e de cada unidade curricular, na
perspectiva das competências a adquirir, bem como a adequação dos processos de
ensino/aprendizagem à aquisição dessas competências e a transição de um sistema de
ensino baseado na transmissão de conhecimentos para um sistema baseado no
desenvolvimento de competências, são tarefas muito complexas. Exigem reflexão,
experiência e formação específica dos docentes, bem como a cooperação dos
estudantes em frequentes alterações pedagógicas.
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