São Paulo, 18 de Março de 1995.

Transcrição

São Paulo, 18 de Março de 1995.
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Textos Bíblicos: Rm 8.26-27, Ef 6.18-19 e Jd 20,21
A Oração no Novo Testamento – última ministração (nº 25)
A oração e a ajuda do Espírito Santo (Rm 8.26-27).
Quando oramos, temos consciência de nossas próprias limitações e imperfeições, sobretudo quando buscamos orar de acordo
com a vontade de Deus. No entanto, nós, filhos de Deus jamais estamos sozinhos quando oramos, pois o Espírito Santo foi
designado por Deus para nos ajudar.
“A palavra “ajuda” (Rm 8.26) (gr. sunantilambanomai) significa “tomar parte com”, “sair em socorro de”, “ajuda mútua”. Nós não
sabemos como orar da maneira como exigem certas situações em nossa vida (2 Co 12.7-10). Nestas situações de “fraqueza”
(gr. astheneia: debilidade física ou moral e tanto pode incluir a timidez como a falta de discernimento espiritual) é que o Espirito
Santo vem em nosso auxílio e intercede por nós com “gemidos inexprimíveis” (At 7.34)
Os gemidos do Espírito Santo são literalmente destituídos de palavras. Contudo, juntamente com esses gemidos, o Espirito Santo
também intercede pelos santos de uma forma que concorda com a vontade de Deus, e somente o Pai, que examina os corações,
compreende os gemidos do Espírito Santo (Rm 8.27). O resultado é que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem
daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Glória a Deus!
A oração em qualquer tempo (Ef 6.18-19)
Grande parte dos crentes procura orar ou dar maior importância à oração quando estão atravessando períodos de sofrimento e
tribulação. Mas orar em momentos de crise, sem uma comunhão constante com Deus é como agarrar-se a uma bóia salva-vidas
cuja corda de ligação não foi devidamente cuidada. Paulo mostra o propósito divino para os nossos hábitos de oração, quando
encoraja os crentes efésios a orar com regularidade, intensidade e perseverança (Ef 6.18-19)
Após ensinar aos crentes a se revestirem da armadura de Deus (Ef 6.10-17) Paulo continua com este tema da luta espiritual,
enfocando que o elemento mais vital para o sucesso na batalha é a oração. Visto que os poderes deste mundo tenebroso e as
forças espirituais do mal estão sempre voltadas contra nós (1 Pe 5.8), é importante orarmos sempre ( 1 Ts 5.17, Lc 18.1-8).
Os crentes não somente devem orar em todo o tempo, sob a direção do Espírito Santo (Rm 8.26), como também manterem-se
vigilantes em oração, ou seja, não se permitindo à indiferença e perseverando na súplica por todos os santos (6.18).
Estando na prisão, Paulo não se move a pedir orações por seu bem estar pessoal ou para ser liberto, pois ele não estava
desanimado nem vencido. Ele pede aos efésios que orassem para que ele continuasse a falar destemidamente e com ousadia o
Evangelho, apesar de estar preso. Esse pedido de oração deve ser prioridade na vida de todo o pregador e líder cristão para não
se acovardar em falar com autoridade diante das perseguições, aflições e ameaças (Ef 6.19-20, Cl 4.2-4, 2 Tm 2.9, 2 Ts 3.1-2).
A oração e a edificação pessoal (Jd 20,21)
É muito apropriado terminarmos este estudo com o conselho do apóstolo Judas: (1) “Edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa
santíssima fé”: através da obediência à revelação da Palavra de Deus (2 Pe 1.20,21; 2 Tm 3.16) (2) “Orando no Espírito Santo”:
orar em Sua força e sabedoria, pois o Espírito Santo move os nossos corações e dirige as nossas orações (Rm 8.26, Ef 6.18).
Através dos exemplos estudados, observamos que o Espirito Santo desempenha um papel fundamental na oração. Ele é o
melhor Mestre de Oração no mundo, pois toda a oração verdadeira é pelo mover do Espírito Santo (1 Co 12.3, Ef 2.18). Toda a
pessoa que ora, deve orar para que seja cheia do Espírito Santo (Lc 11.13, At 4.31; 8.14-17).
Considerações finais: Palavra do pastor
Com gratidão ao Senhor Deus por ter-me permitido conduzir estas ministrações sobre a oração, transcrevo as palavras a seguir
que revelam e reforçam o meu profundo sentimento de viver na dependência do meu Deus pela oração:
“Aqueles que realmente são chamados por Deus para o sagrado ministério são os tais que foram levados a um profundo conhecimento de si
mesmos, sentem sua própria ignorância e reconhecem sua própria fraqueza. E também sabem que tremenda responsabilidade está associada
ao seu trabalho. E coisa alguma, senão a autoridade de Deus pode movê-los a cumprir esse trabalho” (Adam Clarke)
Obrigado, amada igreja, pela demonstração de paciência, atenção, amor e carinho!
Pastor Elias de Oliveira Bispo
São Bernardo do Campo, 25 de novembro de 2014 - www.iadministerioesperanca.com.br - www.facebook.com/ieadme
Nota: Todas as referências Bibliográficas estão na última página deste estudo.
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