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Crer ANO 3 # 13 GOIÂNIA | MAIO - JULHO 2012 www.crer.org.br e m r e v i s ta João Maurício “Não tinha a noção exata de como era tão grande e importante o trabalho realizado pelo CRER” Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo CRER EM REVISTA 1 2 CRER EM REVISTA CARTA AO LEITOR Grandes histórias Sérgio Daher Superintendente Executivo do CRER É nato do ser humano o prazer em conhecer histórias de pessoas que, de alguma forma, inspirem sentimentos de admiração, reconhecimento, empatia e otimismo. Por meio do exemplo e experiências dos outros nos sentimos animados e motivados, diante de nossas próprias vivências e embates. Esta edição da Crer em Revista traz quatro grandes personagens que merecem compartilhar com os leitores suas trajetórias de vida. João Maurício, agropecuarista, e ex-participante do Programa BBB 12, em entrevista, demonstra que os valores morais, a amizade e o comprometimento devem de fato nortear a vida. Desde muito jovem teve que assumir a condução dos negócios da família e o fez de forma responsável e cheia de êxito. Também nas próximas páginas um pouco da história de vida de Walter Roberto de Oli- AGIR Estrutura Administrativa Associados Fundadores Alcides Luís de Siqueira Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Elias Bufaiçal (in memorian) Lúcio Fiúza Gouthier Maria Paula Curado Milca Severino Pereira Nabyh Salum Paulo Afonso Ferreira Associados Beneméritos Cyro Miranda Gifford Júnior Gláucia Maria Teodoro Reis Helca de Sousa Nascimento José Alves Filho Marlei Antônio da Rocha Marcos Pereira Ávila Paulo César da Veiga Jardim Ruy Rocha de Macêdo Valéria Jaime Peixoto Perillo Valtercy de Melo Embaixadores do CRER Luiz Felipe Scolari Valéria Jaime Peixoto Perillo Diretoria Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Diretor-Presidente José Alves Filho Vice-Diretor veira Júnior, em Espaço do Paciente, Leandro Rodrigues Sousa, em Superação, e Gustavo Mauro Witzel Machado, na seção Perfil do Colaborador. Cada qual, na descrição de alguns acontecimentos, traz para nós fortes referências à superação, força de vontade, comprometimento e amor. Meio a tantas notícias negativas, a que estamos expostos diariamente, ter em mãos histórias tão cheias de vida e alegria nos anima e refrigera a alma. Esta edição traz ainda os acontecimentos mais marcantes de nossa Instituição, em Resumo, e outras matérias de interesse em Conheça os Seus Direitos, Empresas Mantenedoras e Meio Ambiente, além de apresentar a Supervisão de Recepção e Telefonia, na seção Por Dentro do CRER. Esperamos a todos uma excelente leitura! EXPEDIENTE Ruy Rocha de Macêdo Diretor-Tesoureiro Conselheiros César Helou Edward Madureira Brasil José Evaristo dos Santos Joaquim Caetano de Almeida Netto Miguel Ângelo Cançado Nabyh Salum Sizenando da S. Campos Júnior Conselho Fiscal - Titulares Cyro Miranda Gifford Júnior Marlei Antônio da Rocha Paulo César Brandão Veiga jardim Suplentes Marcos Pereira Ávila Valtercy de Melo Superintendentes Sérgio Daher Superintendente Executivo João Alírio Teixeira da Silva Júnior Sup. Técnico de Reabilitação Claudemiro Euzébio Dourado Sup. Administrativo e Financeiro Divaina Alves Batista Sup. Multiprofissional de Reabilitação Fause Musse Sup. de Relações Externas Diretor Técnico João Alírio Teixeira da Silva Júnior CRM/GO 6593 CRER EM REVISTA Supervisão geral, edição e textos Anna Luiza Rucas Gerente de Marketing - SRE Jornalistas Mayra Paiva - JPGO - 01802 Thaís Franco Estagiária em Jornalismo Marianne Carrijo Colaboradores SRE Hugo Miranda (diagramação e arte de anúncios) Olívia Gomes (secretária júnior) Rodrigo Rocha (contato comercial) Colaborador CENE Eduardo Castro (fotografias) CRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.br Endereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás CRER EM REVISTA 3 ÍNDICE Canal Aberto [email protected] Entrevista João Maurício, agropecuarista, ex-BBB. Reconhecimento e simpatia das pessoas foi a grande recompensa pela participação em reality show da Globo. 6 15 Espaço do paciente Com meus cumprimentos, dirijo-me ao Ilustre Superintendente Sérgio Daher para agradecer a especial gentileza de enviar ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás o exemplar da Um jovem paulista apaixonado por Goiânia CRER em Revista. Saliento a relevância para o acervo do IHGG, no tocante Meio ambiente à disponibilização de tão im- 18 portante material de pesquisa para associados e público Responsabilidade de cada cidadão geral que busca informações neste Instituto. Reiterando meus cumpri- 22 mentos, renovo, ao ensejo, Superação em nome da comunidade do Força e fé Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, as expressões de nossa admiração e reco- PARÁGRAFO ÚNICO TERCEIRO SETOR RESUMO ARTIGO 5 5 17 20 4 CRER EM REVISTA 25 16 nhecimento. POR DENTRO DO CRER 24 8 14 CONHEÇA SEUS DIREITOS EMPRESAS MANTENEDORAS AGENDA PERFIL DO COLABORADOR 26 ÚLTIMO DETALHE Aidenor Aires Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás TERCEIRO SETOR Eficiência e participação social Sérgio Daher “ A Gerência de Suprimentos é composta pelos Serviços de Compras e de Almoxarifado. É responsável por suprir a Instituição com os bens de consumo e patrimoniais, além de realizar as contratações de serviços. O processo de aquisição do CRER é baseado nos princípios da impessoalidade, transparência e moralidade em restrita obediência ao Regulamento de Compras da AGIR/CRER. Neste contexto, entender e atender as necesidades dos nossos clientes internos e conciliá-las com a logística dos fornecedores é o nosso maior desafio. Parágrafo Único associações torna mais fácil e direto o controle social, por meio da participação nos conselhos de administração dos diversos segmentos representativos da sociedade civil. Outro aspecto de grande relevância é a autonomia administrativa, muito maior do que é possível dentro do aparelho do Estado, sendo que com a simplificação dos processos ganha-se tempo, maior eficácia, mais eficiência, dinamizam-se ações, reduzem-se custos, e como resultado final disponibilizam-se serviços de qualidade à sociedade. As Organizações Sociais possuem maior agilidade para proceder diante de situações consideradas burocráticas pelo poder público como compra de equipamentos, contratação de pessoal, entre outras. Como forma de melhorar a saúde pública de Goiás, vê-se o esforço do Governo do Estado, e mais especificamente da Secretaria Estadual de Saúde, para implantar o modelo de gestão compartilhada, com Organizações Sociais (OS), em importantes unidades. Como primeira experiência do Estado, ao ser uma instituição de saúde pública gerida por uma Organização Social, o CRER, ao longo de quase dez anos de atendimento ao público, serviu como um laboratório de observação, fonte de planejamento para a reestruturação do serviço em Goiás. Para todo o CRER e para a AGIR, apresentar-se como modelo para mudança tão significativa e transformadora é motivo de muito orgulho. A postura firme e ousada do Governador Marconi Perillo merece todo o nosso reconhecimento e apoio. Ousar é buscar um caminho alternativo, na certeza de que os frutos a serem colhidos valerão a pena. Também parabenizamos o Secretário de Saúde Antônio Faleiros pelo esforço, competência e a forma transparente com que tem conduzido todo o processo. Que, em breve, a experiência de Goiás sirva de modelo para o resto do Brasil, transformando sua saúde pública em referencial para os outros estados da Federação. “ N o complexo panorama da saúde pública é possível identificar instituições que conseguem garantir a seus pacientes atendimento de qualidade, com eficácia e eficiência, valorizando o ser humano, atendendo-o de maneira digna no momento em que mais se sente fragilizado e necessitado de assistência. No rol dessas instituições, o CRER tem se firmado como referência no atendimento à pessoa com deficiência física e/ou auditiva. Além da qualidade dos serviços oferecidos, reconhecida pela sociedade, outro aspecto que salta aos olhos é o crescimento físico da instituição. Inicialmente eram 8.823,02 m2 e hoje toda a estrutura física conta com 27.089,97 m2, distribuídos em ambulatórios, ginásios de terapias, centro cirúrgico, setor de internação, UTI, oficina ortopédica, centro de estudos, auditório, mini-auditórios, e tantos outros. Por todos os avanços conquistados e pela perspectiva de crescimento contínuo, certifica-se que o grande diferencial do CRER está no seu modelo de gestão, atribuída à Associação Goiana de Integralização e Reabilitação – AGIR, uma entidade de personalidade jurídica de direito privado e fins não econômicos, qualificada como Organização Social (OS) nos termos da Lei Federal 8.637/98 e Lei Estadual 15.503/05. Por esse modelo, a AGIR reinveste no CRER todo recurso angariado através do contrato de gestão com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), dos atendimentos ou repasses de convênios credenciados, ou ainda através de doações recebidas, possibilitando sua manutenção, ampliação e implementação dos serviços prestados à sociedade. Ao longo dos anos, a atuação da Associação vem permitindo um contínuo aperfeiçoamento do atendimento oferecido, não apenas em aspectos físicos e técnicos, como também na permanente capacitação de seu pessoal e na humanização do atendimento, além da aquisição de novas aparelhagens e tecnologias, bem como na sua manutenção. Um ponto importante é que a gestão de unidades hospitalares por Silmonia Saturnino Fernandes, Gerente de Suprimentos do CRER, Presidente da Comissão de Padronização, Farmacêutica Bioquímica e Industrial, Especialista em Farmácia Hopitalar e MBA em Gestão Empresarial com ênfase em Saúde. CRER EM REVISTA 5 ENTREVISTA João Maurício com seus dois filhos e a namorada Hel João Maurício Participação em programa de televisão garante reconhecimento e boa receptividade J oão Maurício Dantas Leite, 34 anos, agropecuarista, é natural do Rio de Janeiro, mas mora em Goiânia, onde administra os negócios da família. Graduado em engenharia civil, pela Universidade Federal de Goiás, passou a gerenciar a fazenda de sua mãe depois que o pai faleceu, em 2000. Sua participação no programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, fez com que se tornasse conhecido em todo o país. Durante 35 dias, tempo em que permaneceu no jogo, João Maurício conquistou grande simpatia do público por seu temperamento tranquilo e por sua conduta diante das situações e relações com os outros participantes. Depois do programa, conciliando com os compromissos artísticos, João Maurício retomou em parte à rotina com suas atividades entre Goiânia e a fazenda no município de Professor Jamil, Goiás. 6 CRER EM REVISTA Amizade sincera: trio de amigos e participantes do BBB 12. Jonas, Fael, vencedor do programa, e João Maurício. 1 - Sua vida deve ter sofrido uma grande mudança depois da sua participação no Big Brother Brasil 12. Quais os aspectos mais marcantes dessa mudança? Qual o grande aprendizado? Realmente é impossível participar de um programa como o BBB e voltar à vida como era antes, pois aonde quer que eu vá as pessoas me reconhecem e querem conversar sobre esta experiência. Com isso acaba que perdemos um pouco de privacidade e aumenta muito a nossa responsabilidade pelos nossos atos. Como na vida, mas de forma mais intensa, aprendemos a nos relacionar com pessoas de diferentes personalidades, gostos, hábitos e atitudes, respeitando tais diferenças. 2 – Durante a Semana Santa, você participou da encenação da Paixão de Cristo, promovida pela Igreja Sagrada Família, em Goiânia. Foram duas apresentações em espaço aberto, para um grande público. Ao lado de artistas já reconhecidos, como foi a experiência de participar, representando São José, pai de Jesus? Há planos para seguir uma carreira artística? Foi uma experiência inacreditável. Primeiro, como cristão tenho o maior respeito pela história de Jesus e poder encenar sua caminhada até sua morte e ressurreição, em Goiânia, foi uma honra para mim. Na verdade sobre seguir uma carreira artística tenho vontade, mas ao mesmo tempo gosto de fazer as coisas com a máxima qualidade e perfeição, para tanto, caso houvesse uma oportunidade, gostaria de estudar ou fazer algum curso de artes cênicas, visando uma melhor capacitação. 3 - Um dos destaques da última edição do BBB foi a amizade entre você e outros dois participantes, Jonas e Fael, o vencedor do prêmio. Tem sido possível manter essa amizade fora do programa? Tem sido sim. Falamos semanalmente por telefone e até mesmo o Fael conseguiu organizar a sua agenda e tirar alguns dias para vir passear tanto em Goiânia como na fazenda. Já o Jonas está me devendo esta visita, mas muito em breve virá também. 4 – Desde que seu pai faleceu, em 2000, você passou a assumir a administração da fazenda da família. Como foi retomar sua rotina depois do BBB? Como você consegue conciliar esses dois universos que parecem tão distantes, os holofotes das câmeras e a tranquilidade da fazenda? A retomada do trabalho foi tranquila, somente o tempo para dedicar a fazenda é que se tornou mais escasso visto que os compromissos artísticos têm tomado muito tempo, o que fez com que eu contratasse uma pessoa capacitada e de confiança para me substituir na minha ausência. Sobre conciliar esses dois universos tão distantes já vivi isso com a morte do meu pai em 2000, visto que estudava engenharia civil e da noite para o dia tive que assumir os negócios agropecuários da família. Portanto não seria agora, com 12 anos a mais de experiência que essa situação me traria grandes dificuldades. 5 – Você já tinha ouvido falar do CRER? A Instituição pode contar com a sua amizade e colaboração? Já havia ouvido falar sim, mas não tinha a noção exata de como era tão grande e importante o trabalho realizado pelo CRER. Pude conferir em uma visita a este centro uma tamanha dedicação e comprometimento de todos os funcionários para a recuperação dos pacientes, e percebi que instituições como essa merecem não só o meu apoio, mas também de empresas privadas e dos governos municipal, estadual e federal. CRER EM REVISTA 7 resumo Cidadania discute qualidade de vida para pessoas com deficiência Nos dia 13 e 14 de fevereiro, foi realizado no auditório do CRER o 1º Encontro dos Conselhos de Direitos das Pessoas com Deficiência. Promovido pela Secretaria de Cidadania e Trabalho, o evento discutiu políticas públicas de como melhorar a vida dos portadores de necessidades especiais. Participaram do encontro representantes dos conselhos nacional e estadual dos direitos da pessoa com deficiência. Fraternidade e Saúde Pública No início da quaresma, no dia 23 de fevereiro, foi divulgado, em uma missa no CRER, a Campanha da Fraternidade 2012, que este ano trata sobre “Fraternidade e Saúde Pública”, com o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”(cf. Eclo 38,8). O celebrante Walmir Garcia é pároco da Matriz de Campinas e vigário episcopal para a Saúde da Arqui- Projeto Cão Terapeuta diocese de Goiânia. A celebração foi No dia 27 de fevereiro, teve início o trabalho de cinoterapia, terapia que utiliza cães como instrumento terapêutico, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás e o CRER (fotos). O Canil Central do 1º Batalhão Bombeiro Militar, em Goiânia, além do serviço ope- acompanhada pela equipe de canto composta pelos voluntários Joel e Maria Lucinê Ferreira e José Cares. Todos os anos, desde 1964, no tempo da Quaresma, a Conferência Nacio- racional nas áreas de busca, resgate e salvamento com cães, agora é o res- nal dos Bispos do Brasil (CNBB) pro- ponsável pelo projeto Cão Terapeuta, como ficou denominado o trabalho. move a Campanha da Fraternidade Os Bombeiros Militares trabalham junto ao CRER com os conceitos da pet te- (CF), com um tema para a reflexão rapia, ou Terapia Assistida por Animais, desenvolvida a partir de estudos que das comunidades cristãs: uma reali- mostram que o simples contato com um animal já é suficiente para promover dade que precisa ser transformada. bem-estar dos pacientes. Alguns benefícios da pet terapia já foram comprovados, como a diminuição da pressão sanguínea e cardíaca, melhora do sistema imunológico, da capacidade motora e da autoestima. O contato com o animal também estimula a interação social e tem uma ação calmante e antidepressiva, o que resulta em alguns casos, na redução da quantidade de medicamentos. 8 CRER EM REVISTA Novos voluntários Bazar Creativo Em parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o CRER quadra de esportes do CRER o Bazar ofereceu treinamento para cerca de 30 voluntários interessados em contribuir Desde setembro de 2010, acontece na Creativo, organizado pelo Serviço de Voluntariado e com o apoio da Gerên- com o serviço da Instituição. A ca- cia de Recursos Humanos da Institui- pacitação é um dos pré-requisitos ção. O evento, que acontece sempre na para ingresso no CRER e aborda questões legais sobre o voluntário, a atuação permitida na unidade, além de identificar o perfil dos candidatos para as áreas disponíveis - arteterapia, manutenção, atendimento, orientações e atividades lúdicas. Atualmente, primeira terça-feira de cada mês, no período de 9:30h às 16:30h, conta com a participação de 30 expositores que comercializam produtos alimentícios, artesanais, de confecção, calçados, perfumaria e muitos outros. Além de oferecer aos expositores e visitantes uma oportunidade comercial, o Bazar Creativo também é um momento de interação entre colaboradores, voluntários e sociedade em geral. Os interessados 60 pessoas atuam como voluntá- em expor seus produtos devem entrar rios no CRER, em quatro horas de em contato com o Serviço de Volunta- trabalho por semana, cada uma. riado, para verificar a disponibilidade de vagas e garantir a participação. Cantares Portugueses O grupo de Danças e Cantares Portugueses fez bela apresentação na quadra do CRER, no dia 6 de março, durante realização do Bazar Creativo. O grupo é coordenado pelo português Eurico Moreira e realizou em 2011 diversas apresentações no interior do Estado, na Embaixada de Brasília e no Festival Vindimas D’Ouro, em Portugal. É formado, em maioria, por pessoas da terceira idade que esbanjam energia e disposição. CRER EM REVISTA 9 resumo Curso de Aperfeiçoamento Ação voluntária Teve início no dia 12 de março mais A equipe de formandos da Acade- uma turma de Aperfeiçoamento do mia de Cabeleireiros Su Beauty es- CRER, com cerca de 39 novos alu- teve no CRER na tarde do dia 23 de nos. O curso tem duração de nove meses e atende as área de enfermagem, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, serviço social, março promovendo mais uma ação voluntária de corte de cabelo. Foram atendidas cerca de 50 pessoas, entre pacientes e colaboradores. psicologia, educação física e imagem e diagnóstico. A aula inaugural foi realizada no auditório do CRER e reuniu os novos alunos, supervisores, coordenadores e profissionais envolvidos. Clínica de Doenças Neuromusculares Nos dias 8 e 9 de março, a equipe da Clínica de Doenças Neuromusculares do CRER esteve em São Paulo, SP, onde realizou visitas técnicas a três importantes entidades, Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (ABRELA), Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABIN) e Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH), ligado ao Instituto de Biociências da USP. A equipe do CRER, formada pelas fisioterapeutas Fabiana Oliveira, Lorena Medeiros, Luana Alves e Mariana Machado, pela fonoaudióloga Paula Roldão e aprimoranda Talita Avelino, pelas psicólogas Clédma Ludovico e Keila Mota e pelas terapeutas ocupacionais Letícia Alves e Lorena Peixoto, participou de Novas Parcerias O ‘Goiás dá Sorte’, título de capitalização, agora também é parceiro do CRER. Durante um ano, será repassado mensalmente o valor de R$ 10 mil, voltado para a manutenção do Hospital e implementação dos novos serviços. Além disso, está prevista a divulgação da Instituição e da parceria firmada na mídia veiculada pelo ‘Goiás dá Sorte’. A academia Typ, de Goiânia, também contribuiu com o CRER por meio da compra de squeezes personalizados para os alunos. A ação também é importante para a divulgação da Instituição. A Ourofitness, academia localizada próxima ao CRER, também aderiu às parcerias e oferece descontos especiais para colaboradores da Instituição. CRER e Cevel A Cevel, empresa mantenedora do CRER, iniciou mais uma ação em parceria com o Hospital. Desde março, uma equipe de vendas e uma despachante da Cevel ficam disponíveis para o atendimento aos pacientes do CRER, atendimentos e informando-os sobre o programa trocou informa- Autonomy, de vendas especiais, ções com pro- e sobre o benefício de isenção de fissionais des- impostos na compra de automóvel sas instituições. adaptado. Leia mais na página 17. 10 CRER EM REVISTA resumo Rotarianos visitam o CRER Grupos de estudo No dia 27 de abril, membros do Rotary Club de Goiânia e Rotarianos da Pennsylvania visitaram o CRER. A fisioterapeuta Sandra M. Goldberg, juntamente com o assessor de Comunicação Evan L. Black, o analista Max Lovitz-Wolfson e a médica Sônia Regina de Almeida fizeram uma visita ao Hospital para conhecerem o trabalho e a estrutura da Instituição. O grupo realiza trabalhos comunitários e participativos e fazem intercâmbio entre países organizados pelo Rotary de seus Estados. O Rotary tem por lema “servir antes de ser servido”. Seus integrantes no mundo todo estão envolvidos com a erradicação da pólio em países em que esta doença ainda persiste. O grupo visitou o CRER, e conheceram também a cidade de Caldas Novas, Anápolis e Pirenópolis. O Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo - CRER realiza todas as sextas-feiras, das 7h às 8h grupos de estudo para abordagens dos temas: Tórax, Abdômen e Neurorradiologia. As palestras são totalmente gratuitas e destinadas a todos os profissionais e acadêmicos da área da saúde. Local: Miniauditório do Centro de Estudos do CRER. Mais informações pelo telefone 62 3232-3115 ou pelo e-mail [email protected]. Confira a programação completa no www.crer.org.br Beleza Gustavo Mauro Witzel, fisioterapeuta do CRER, não esconde sua paixão pela fotografia. No mês de março fotografou oito pacientes com idade entre 14 a 21 anos. “A ideia de fotografar as pacientes, foi mostrar o quanto elas são bonitas e, muitas vezes, essa beleza fica escondida”, contou. As pacientes foram fotografadas com direito a maquiagem e produção. “O objetivo dessa sessão de fotos foi alcançado. As fotos ficaram lindas, são verdadeiras modelos”. Joyce Núbia de Souza Kananda Nickaella Katllyn kelly Xavier Pereira Sacha Sara Gomes Lopes Sara Sampaio Sheyla Charla Gomes Lopes Nathalia Silva Rodrigues Thallyta Santos Poloniato CRER EM REVISTA 11 12 CRER EM REVISTA CRER EM REVISTA 13 ARTIGO Direitos das mulheres: Processo em evolução 14 CRER EM REVISTA do sexo feminino, a primeira deputada do Brasil: Carlota Pereira de Queirós. A mudança dos costumes acontecida na década de 1960 oportunizou que o movimento de mulheres se tornasse mais forte e combativo. Mesmo sob o contexto da ditadura militar, as mulheres passaram a se organizar para questionarem o papel assumido por elas na sociedade. Os anos 80 garantiram junto a alguns Governos Estaduais ou Municipais o incremento de políticas públicas de proteção à mulher em setores como saúde e segurança. E os anos 90 e seguintes se caracterizam pela multiplicação dos espaços femininos através da implantação de sistemas de cotas mínimas ou ações afirmativas como tentativas de superação de ausência de mulheres nos diversos setores sociais, buscando inserir nos planos governamentais programas de assistência à mulher. A Constituição Federal vigente equilibrou a liberdade do indivíduo frente ao Estado e frisou a sua importância social. As mulheres obtiveram importantes avanços nessa Lei Magna, que garantiu igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei. São vários os dispositivos constitucionais que asseguram à mulher o direito à igualdade de condições de trabalho, de proteção à maternidade, à licençagestante, de bem estar físico e moral, a salários compatíveis, à livre concorrência a cargos em qualquer seguimento da sociedade e a direitos políticos. Com o surgimento do Código Civil de 2002 a situação de desigualdade entre homens e mulheres foi bastante alterada na busca da igualdade de direitos em vários âmbitos: sucessão hereditária, opção em acrescer ou não o nome do marido ao seu, dentre outros direitos. Para coibir a violência con- tra a mulher, foi promulgada a lei 11.340, de 07 de agosto de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que elenca medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Apesar das conquistas mencionadas, a realidade apresenta uma situação de desigualdade. A cada vitória conquistada, surgem novas demandas e novos enfrentamentos, pois a condição da mulher, dentro do contexto histórico da sociedade, ainda enfrenta resquícios significativos. A implantação de políticas especiais para mulheres enfrenta ainda hoje resistências culturais e políticas, devendo ser superadas pela realização de um trabalho que represente a acumulação de forças para mostrar as contradições e avançar dialeticamente nos processos de transformação, buscando reduzir desigualdades e assegurar a totalidade dos direitos. “ A cada vitória conquistada, surgem novas demandas e novos enfrentamentos, pois a condição da mulher, dentro do contexto histórico da sociedade, ainda enfrenta resquícios significativos. “ A participação política e a ascensão ao poder foram direitos negados para as mulheres por muito tempo. Essa situação começou a moPor dificar por meio Gláucia Maria Teodoro Reis da luta social. O direito ao voto, direitos de propriedade, de contrato, de atendimento pré-natal de qualidade, direito de acesso aos métodos contraceptivos, dentre outros, foram conquistados através de manifestações e campanhas de conscientização. No Brasil, bem como em vários países latino-americanos, as primeiras manifestações feministas datam do século XIX. Desafiavam ao mesmo tempo a ordem conservadora que não permitia a participação da mulher no mundo público, o que incluía o direito ao voto e o direito como cidadã, e ainda, apresentavam propostas mais radicais que iam além da igualdade política visando a emancipação feminina. No final do século XIX, as mulheres brasileiras, já fazendo parte da produção social, representavam uma parte significativa da força de trabalho empregada. Aconteceram, no decorrer do século XX, momentos históricos importantes para o avanço da luta das mulheres, especialmente a mobilização pelo sufrágio, destacando, em 1922, a ação de Berta Lutz, umas das pioneiras do feminismo no Brasil, pela fundação da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que lutava pelo voto, pela escolha do domicílio e pelo trabalho das mulheres independente de autorização do marido. Em 1933, finalmente, o código eleitoral promulgado, estendia o direito ao voto e à representação política, o que possibilitou que houvesse na Constituinte de 1934 uma representante Gláucia Maria Teodoro Reis, Secretária de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado de Goiás / Professora Mestre de Direito Constitucional das Faculdades Alves Faria e Associada Benemérita da AGIR ESPAçO DO PACIENTE um jovem paulista apaixonado por Goiânia “ M e considero um goiano!”. É assim que Walter Roberto de Oliveira Júnior, 26 anos, se sente após ter vindo morar em Goiânia e começar o tratamento no CRER. O jovem alegre, e com espírito de atleta, chegou ao Centro de Reabilitação em fevereiro de 2011, com dores agudas nas articulações, falta de sensibilidade nas pernas, oriundas de uma Esclerose Múltipla, doença autoimune de origem neurológica que se manifesta através de surtos devido a múltiplas inflamações e desmielinização da substância branca do encéfalo e na medula. Walter descobriu a enfermidade em 2007, quando morava na cidade de São Paulo. Ele lembra que as dores surgiram de repente, nas pernas e nas articulações, fazendo-o pensar que fosse apenas dores diárias. No ano seguinte, Walter teve dois surtos, foi quando veio a confirmação da doença. “Tive que aprender a viver com esses sintomas, que iam e vinham. No início quando descobri, não foi fácil, eu tirava forças do meu interior, eu sabia que eu era maior do que aquilo que eu estava passando”, acrescenta. Em 2010, o jovem teve quatro surtos seguidos, nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril. Os médicos diziam que os surtos ocorrem em fases de muito estresse. “E eu vivia isso em São Paulo, muitas cobranças e um trânsito infernal”, conta. Devido a doença, Walter não conseguia mais andar sozinho, a fraqueza nas pernas eram intensas, passou a usar muleta e cadeira de rodas. “Na situação em que eu me encontrava não conseguia mais trabalhar, fui afastado do serviço, no qual eu atuava como auditor em uma empresa Multinacional na cidade de São Paulo, fui encostado pelo INSS”, recorda. No final do ano de 2010, Walter veio para Goiânia passar a virada de ano com seus amigos, e um deles lhe sugeriu procurar um Médico Ortomolecular. A medicina ortomolecular tem o objetivo primordial de restabelecer o equilíbrio químico do organismo, através do uso de substâncias e elementos naturais, sejam vitaminas, minerais, e/ ou aminoácidos. “Consultar com esse profissional me ajudou bastante, e através dele, me foi sugerido um acompanhamento com um fisioterapeuta. “Como minha intenção era vir morar em Goiânia, procurei um lugar onde pudesse fazer as sessões de fisioterapia. O médico ortomolecular citou o CRER como referência em reabilitação. Era tudo que eu precisava!”, comemora. Residindo em Goiânia, Walter iniciou sua reabilitação no CRER em fevereiro de 2011. As sessões alternavam entre fisioterapia, hidroterapia e equoterapia. “Cheguei no CRER com dificuldade de andar, não tinha equilíbrio e fadigava muito rápido. Hoje, vivo outra realidade”, enfatiza. comigo em todos os momentos, mesmo eu morando em Goiânia e eles em São Paulo, eles sempre vêm me visitar. Eles foram essenciais nos momentos de adaptação e aceitação da doença”, declara reconhecendo a importância dos entes queridos nesse processo. Hoje, Walter anda sozinho, sem a necessidade das muletas. De segunda a quinta-feira faz sessões fisioterapia, equoterapia e hidroterapia no CRER para cada dia melhorar sua mobilidade e autodependência. O jovem almeja um futuro promissor. “Logo vou voltar a trabalhar, não vejo a hora! Já dirijo o meu carro, vou ao cinema com os amigos, devagar estou voltando a fazer caminhada e frequento um grupo de jovens na igreja que me ensinou a ter fé e nunca desistir! A cidade de Goiânia marcou a minha história, pois foi através dela que conheci o CRER, que me fez acreditar que para tudo tem jeito”. Porto seguro Walter ressalta, o quanto é importante a presença da família nesses momentos. “Minha linda família, meu pai, Walter Roberto, minha mãe, Marisa e minha irmã, Bianca, estão “A cidade de Goiânia marcou a minha história” CRER EM REVISTA 15 CONHEçA SEuS DIREITOS Empréstimo para Portadores de Deficiência Pessoas com deficiência terão linha de crédito de R$ 25 milhões para compra de equipamentos para inclusão social O governo federal autorizou uma linha de crédito que vai facilitar a vida das pessoas com deficiência que ganham até 10 salários mínimos por mês (R$ 6.220). A iniciativa faz parte do programa Viver sem Limites, lançado em novembro do ano passado pelo governo. O programa tem metas a serem implantadas até 2014, com previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões. Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, “a autonomia é um direito fundamental das pessoas com deficiência e o plano Viver sem Limi- A iniciativa faz parte do programa Viver sem Limites, lançado pelo governo federal 16 CRER EM REVISTA tes veio com este objetivo”, afirmou. A lei que autoriza o financiamento foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 19 de abril. O objetivo da medida é promover a inclusão social e uma maior independência dessas pessoas. Os recursos serão repassados pela União, que foi autorizada a conceder subvenção econômica de até R$ 25 milhões por ano ao Banco do Brasil e a Caixa, para que essas instituições forneçam crédito a este público. O financiamento dessa linha de crédito é específico para bens e serviços que contribuam para a locomoção e ampliação das habilidades funcionais dos deficientes físicos. Assim, pessoas com deficiência poderão adquirir equipamentos, como cadeiras de rodas, carros adaptados, mobiliário acessível, computador portátil com aplicativos em Braille, mouses alternativos, lupas eletrônicas, entre outros. Segundo o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José do Nascimento Ferreira, a iniciativa beneficiará também a indústria brasileira. “Além de melhorar a qualidade de vida do segmento, isso também deverá resultar em desenvolvimento da indústria inclusiva nacional”, acrescentou. Viver sem limites O programa Viver sem Limites foi lançado em novembro do ano passado, pela presidenta Dilma Rousseff. Possui quatro eixos de atuação: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade. As ações são integradas por 15 órgãos federais, estados e municípios. Goiás foi o primeiro estado a aderir ao plano. Entre os órgãos que fazem parte do Viver sem Limites estão a Secretaria dos Direitos Humanos; Casa Civil; Secretaria-Geral da Presidência da República; e os ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Esporte, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cidades, Fazenda, Planejamento, Comunicações, Previdência Social e Cultura. Dados do Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE) de 2010 apontam que 23,91% da população brasileira possuem algum tipo de deficiência, totalizando aproximadamente 45,6 milhões de pessoas. Fonte: www.planalto.gov.br EMPRESAS MANTENEDORAS Cevel oferece atendimento exclusivo para pacientes do CRER P restes a completar dez anos de atendimento às pessoas com deficiência física e auditiva, o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo conta cada vez mais com a ajuda de parceiros para continuar sua trajetória de superação. Nesta década de serviços prestados à sociedade, o Hospital soma mais de 5 milhões de atendimentos. Uma conquista que o CRER compartilha com todos que contribuem com a instituição. Parte da história do CRER, a Cevel integra o quadro de empresas mantenedoras, que colaboram mensalmente com o repasse de recursos para a manutenção do Hospital. A parceria entre o CRER e a Cevel nasceu em 2010. “Faz parte da política da empresa promover ações sociais. Escolhemos o CRER porque, ao conhecer, presenciamos coisas que nunca tínhamos visto”, diz o gerente de vendas especiais Josenilton Moreira. Segundo ele, este trabalho vem sendo desenvolvido de forma cada vez mais profissional e tende a crescer. A Cevel é uma organização com mais de 30 anos de existência. O Grupo foi fundado em 12 de Fevereiro de 1977. Desde então, tem trabalhado para ampliar os negócios na área automobilística, de corretagem de seguros e na área de loteamentos. Há cerca de 20 anos, segundo o gerente, foi criado o programa Autonomy, de vendas especiais. O programa é uma opção de acesso a veículos para as pessoas com capacidade motora reduzida. “A Cevel é pioneira na divulgação deste programa em nossa região”, afirma Josenilton. O programa Autonomy foi levado ao CRER e apresentado aos pacientes em março deste ano. Uma equipe de vendas treinada e uma despachante ficam exclusivamente à disposição dos pacientes do CRER. O gerente de vendas especiais explica que o atendimento oferecido é personalizado e pode ser feito em domicílio, desde o primeiro contato até o fechamento da venda e entrega do carro. Equipe Cevel à disposição dos pacientes do CRER As pessoas portadoras de deficiência física, impossibilitadas de dirigir automóveis comuns, têm isenção de alguns impostos na compra de qualquer automóvel, tanto de passageiros quanto de uso misto, desde que seja de produção nacional ou trazido de países do Mercosul. Além do atendimento domiciliar, a equipe de vendas e despachante ficam disponíveis no CRER duas vezes por semana: às segundas e quartas-feiras. Segundo Josenilton, são atendidas cercas de 50 pessoas por dia, interessadas na compra do veículo adaptado. “A maioria das pessoas desconhece os benefícios. O nosso papel é também informá-las sobre todos os direitos delas”, afirma. CRER EM REVISTA 17 MEIO AMBIENTE “Olho no Óleo”: responsabilidade de cada cidadão S ustentabilidade, essa é a palavra da vez. A preocupação ambiental tem ganhado cada vez mais espaço na mídia e também na sociedade. Foi pensando no meio ambiente que a Saneago lançou no fim do mês de março o Programa Olho no Óleo. O projeto tem a função de chamar a atenção da população para a importância do descarte correto do óleo de cozinha usado. Ao entregar a substância em um dos pontos de coleta, o cliente recebe um bônus em forma de crédito na fatura de água e esgoto. Cada litro de óleo corresponde a R$ 0,50 de desconto na conta de água. Basta levar o nome do cliente para que o crédito seja computado. É possível até mesmo escolher instituições filantrópicas para receberem o valor do desconto. Apesar do destino do óleo já ter sido escolhido, ainda está em trâmite um processo de licitação para que uma empresa privada seja a responsável na transformação do óleo em biodiesel, combustível renovável e biodegradável. De acordo com o gerente de Marketing da Saneago, Luiz Carlos Novo Álvares, o programa abrange toda a sociedade, desde grandes geradores, como restaurantes, bares, lanchonetes, hospitais, condomínios comerciais e residenciais, ao pequeno gerador que é a população em geral. A diferença é que o grande 18 CRER EM REVISTA gerador precisa ser cadastrado e o óleo é recolhido diretamente pela Saneago, ao passo que o pequeno gerador não necessita de cadastro, mas precisa se dirigir aos pontos de coleta para a entrega do óleo. A única exigência é que a substância seja entregue em uma garrafa PET. Ao todo são oito pontos de coleta nas duas cidades participantes, Goiânia e Aparecida de Goiânia, sendo apenas dois em Aparecida e seis na capital. O gerente de Marketing da Saneago conta que diversos municípios goianos se interessaram pelo projeto e prevê a instalação do programa em outras cidades do estado. Cuidados O óleo de cozinha usado é um resíduo de grande poder de contaminação. Quando descartado diretamente no lixo ou nos ralos das pias, o problema se torna ainda maior. “Em um mês, 25% das ocorrências de obstrução de esgoto acontecem por algum tipo de problema em relação ao óleo que vai para a rede de esgoto”, conta Álvares. Mesmo pensando no controle de gastos com a manutenção das redes de esgoto da capital, a coordenação do programa garante que a preocupação ambiental foi a real motivação para o estabelecimento do Olho no Óleo em Goiás. Para a Saneago, a melhor forma é de fato a coleta, pois até mesmo quando se coloca em um caminhão de lixo o óleo vira chorume e vai para a rede pluvial, contaminando os mananciais. Isso gera uma agressão para o meio ambiente, visto que um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o que é equivalente ao consumo de uma pessoa por 14 anos. Parceiros O programa já conta com 21 grandes geradores cadastrados. Até o momento, 650 litros de óleo foram coletados. O Centro de Reabilitação Dr. Henrique Santillo-CRER todo mês faz a separação do óleo utilizado no hospital. A Instituição conta com o suporte da supervisora de nutrição Moara Jaime de Pina e da nutricionista Vanessa Tosta Ferreira do CRER, no apoio ao projeto do Governo do Estado de Goiás – SANEAGO. Outrora esse resíduo era vendido, assim que o programa foi divulgado, o CRER aderiu à iniciativa da Saneago, com o objetivo de dar exemplo a muitas outras instituições goianas. Empresas de grande porte, como a Panificadora Doce Maior, Ponto Grill Restaurante, M. H. Ribeiro & Cia. Ltda, e grandes condomínios residenciais também fazem parte do programa. O comerciante Pedro César de Queiroz, dono da Panificadora Doce Maior, confirma os benefícios do projeto e enfatiza que essa é a solução para que o óleo não fique mais jogado em algum canto da cozinha. Queiroz afirma que quase 200 litros de óleo usado serão entregues mensalmente, obtendo assim um desconto de R$100 na conta de água. Para que os chamados grandes geradores entrem na rota de coleta das viaturas da Saneago, basta acionar o Ligue Saneago 115 e efetuar o cadastro. Nesses casos, serão disponibilizados tonéis de plástico para que o óleo seja armazenado de forma correta até o momento do recolhimento. A unidade do Vapt Vupt localizada na Avenida Anhanguera, próximo ao Terminal da Praça A, é um dos pontos de recolhimento e funciona de segunda a sextafeira, das 7 às 19 horas, e aos sábados das 7 às 13 horas. Pontos de coleta do Programa Olho no Óleo Goiânia Gerência de Negócios Norte Rua 2, Quadra 12 – Área de 1 a 14 – Vila Ana Maria – Goiânia Supervisão de Atendimento ao Cliente Rua 225, nº 555 – Setor Leste Universitário – Goiânia Gerência de Negócios Oeste Rua Amaral Peixoto, Quadra 1 – Lote 1 ao 19 – Vila Anchieta- Goiânia Agência de Atendimento Sede Av. Fued José Sebba, nº 1.245 – Jardim Goiás – Goiânia Agência de Atendimento Pedro Ludovico Av. Circular, Quadra 50 – Lote 5 – Setor Pedro Ludovico – Goiânia (Próximo ao Terminal Isidória) Vapt Vupt Campinas Av. Anhangüera, nº 6268, Setor Campinas – Goiânia – (próximo à Praça A) Aparecida de Goiânia Agência de Atendimento Aparecida de Goiânia Rua Benedito Batista de Toledo, Quadra 6 – Lote 2 – Centro – Aparecida de Goiânia Gerência de Negócios Aparecida de Goiânia Av. Escultor Veiga Vale, Quadra 29 – Lote 10 ao 31 – Parque Veiga Jardim IV – Aparecida de Goiânia (Próximo ao Terminal Veiga Jardim) Fonte: www.saneago.com.br - Gerência de Marketing As pessoas vão receber crédito de R$ 0,50 por cada litro de óleo usado CRER EM REVISTA 19 POR DENTRO DO CRER “O coração da Instituição” A importante missão da Supervisão de Recepção e Telefonia do CRER S ão, aproximadamente, 110 pessoas, dentre maqueiros, recepcionistas, auxiliares, agentes e encarregados administrativos para atender cerca de 1,1 mil pacientes que passam diariamente pelo CRER. O principal objetivo destas pessoas é receber bem o paciente, cuidar e facilitar toda parte burocrática do processo que o envolve no Hospital. “Somos a porta de entrada da Instituição, a representamos perante àqueles que por aqui passam”, diz Fernando Donda, Supervisor de Recepção e Telefonia. Os colaboradores que integram o serviço de Recepção e Telefonia são divididos em cinco recepções: de exames, consultas, terapias, entregas de exames e serviço de admissão e alta. Além disso, estes dedicados profissionais também fazem o pré-atendimento do paciente, no “Posso Ajudar”, que também conta com apoio dos voluntários. “Nosso serviço é o coração da Instituição. É o que a mantém viva”, define Fernando. Ele explica que se um recepcionista ou atendente não executa sua função com ética, a agenda do Hospital pode não funcionar dentro da sua capacidade ideal. “Somos como guardiões do destino de cada paciente em sua passagem pelo CRER”, completa. A recepção compreende um importante papel na Instituição, 20 CRER EM REVISTA uma vez que é a responsável por acolher absolutamente todos os pacientes que chegam até o Hospital e dar o devido encaminhamento. “Fazemos um trabalho de logística importante para administrar e otimizar filas e evitar desperdícios de procedimentos”, diz o supervisor. Além disso, outra vital função da SURET é colher devidamente os dados cadastrais do paciente. Para isso, explica Fernando, o recepcionista precisa ser multitarefa, pois é necessário administrar muitos sistemas ao mesmo tempo e preenchê-los com precisão. Um destes softwares é o MV 2000i, que integra todas as informações do Hospital e ficam disponíveis para a alta direção. Acolhida “Manter sempre o bom humor”. Esta é a dica de Cássio Rabelo, encarregado da recepção de exames (agendamento e entrega). Para ele, o mais importante é atender bem, dar atenção, conversar e, principalmente, resolver a demanda do paciente.“Me tornei uma pessoa melhor, mais humana, depois que comecei a trabalhar no CRER”, diz Cássio, que está Parte da equipe do serviço de Recepção e Telefonia: simpatia, responsabilidade, atenção e espírito de equipe na Instituição há mais de cinco anos – sempre no atendimento ao paciente. Wanessa Violatti, encarregada da recepção de consultas, trabalha no Hospital há seis anos. Para ela, carisma, simpatia e atenção são imprescindíveis. “Nossos pacientes são muito especiais. Tanto eles, quanto os familiares, são carentes de atenção. Nosso trabalho também é social. Temos que equilibrar tudo isso na hora do atendimento”, conta Wanessa, que diz acompanhar e vibrar com a evolução dos pacientes. Parte importante do serviço de Recepção e Telefonia, o “SAC é um departamento que, por meio da central de atendimento aos clientes, atua de forma ativa e receptiva como canal de comunicação para facilitar solicitações, especialmente para paciente internos e externos”, explica Michelle Faria, encarregada do SAC. O setor oferece atendimento de qualidade à distância, através do número (62) 3232 – 3232 e 32323000, com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, dando agilidade e comodidade para o paciente. Segundo Michelle, no mês de abril, o SAC recebeu 21,5 mil ligações e efetuou mais de 21,2 mil. O PABX iniciou suas atividades desde a inauguração do CRER, em setembro de 2002. Tem como rotina atender a demanda externa de ligações para dar o devido encaminhamento e quando necessário efetuar as transferências. De 01 a 30 de abril, foram recebidas mais de 8,5 mil ligações e efetuadas mais de 11, 3 mil. Para o encarregado da recepção de terapias, Luiz Carlos de Freitas, ter educação e calma é fundamental na hora de atender o paciente que, segundo ele, nem sempre sabe exatamente o que precisa. Para isso, o supervisor de Recepção e Telefonia, Fernando, alerta: “A responsabilidade não deve ser transferida e o espírito de equipe deve sempre ser ampliado”. Não há um paciente ou história de superação que não tenha participação de um recepcionista ou atendente. Com elevado profissionalismo, simpatia e paciência, a equipe da Supervisão de Recepção e Telefonia trabalha de forma profícua para a rotina do Hospital, acompanhando o ritmo acelerado de crescimento da Instituição e público atendido nestes quase 10 anos de serviços prestados à sociedade. CRER EM REVISTA 21 SuPERAçãO Com a esposa e as filhas Carolliny e Letícia. Família unida pela “Fé em Cristo Jesus” e pelo amor “Busquei a minha força em Deus” E m Goiânia, no mês de maio de 1994, enquanto se dirigia ao Parque de Exposição Agropecuária, Leandro Rodrigues Sousa, 36, foi surpreendido por um acontecimento que daria um novo curso à sua vida. Com 18 anos de idade, uma namorada apaixonada e uma filha de apenas oito meses, sofreu um acidente de carro que provocou uma grave lesão na coluna cervical. “Eu e uns amigos resolvemos ir para a pecuária depois de sair de um barzinho. O motorista, ao mexer no som do veículo, perdeu o controle e bateu em uma árvore. Eu, que estava na carroceria, só não fui arremessado porque o carro tinha capota, mas com a colisão sofri o rompimento da medula na região cervical, que provocou a tetraparesia”, relembra. Após o acidente, foram várias fases de reabilitação. Operado pelo médico ortopedista, especialista em coluna, Sérgio Daher, Superintendente do CRER, permaneceu internado por 45 dias, tendo sido transferido posteriormente para UTI, onde ficou 22 CRER EM REVISTA em coma por três dias em virtude de complicações no seu quadro clínico. “Quando eu voltei do coma, foi como um milagre. Como Deus tem sempre um plano para nossas vidas, eu voltei”, relata deixando transparecer a fé que o sustentou na época. Depois de estabilizado o quadro clínico, Leandro buscou tratamento de reabilitação no hospital Sarah, em Brasília. “Na época ainda não tinha o CRER”, justifica. Em companhia de sua então namorada, Vanúbia, hoje esposa, permaneceu internado por quatro meses. “Em um centro de reabilitação você vivencia verdadeiramente a sua condição, até então você imagina que as coisas podem voltar a ser como antes, mas o contato com a realidade faz a gente encarar a vida e seguir adiante”, relembra do primeiro impacto em se ver com limitações, tendo que reaprender a fazer o que antes fazia naturalmente. “Conheci pessoas que estavam com o mesmo problema, com isso comecei a viver minha própria realidade. Houve momentos de depressão, de revolta, mas a fé me ajudou muito, e esses momentos logo passavam. Primeiramente, busquei a minha força em Deus e percebi que algo poderia acontecer na minha vida”, relembra destacando a importância que a religião evangélica teve e tem para ele. Uma nova fase impactante surgiu quando Leandro retornou para sua casa em Goiânia. “Quando você sai do hospital, você deixa toda uma estrutura que te dá segurança. As pessoas que te acompanham, aos poucos, começam a voltar às suas atividades normais e você se vê sem ter o que fazer”. “Nessa fase a minha esposa foi uma pessoa muito importante, que me deu uma força tremenda”, destaca o papel fundamental de Vanúbia no seu processo de recuperação. Sobre a importância do envolvimento de sua mãe, irmãos, familiares e amigos, Leandro afirma: “Vendo que eles estavam dando o máximo, eu também precisava me esforçar”. Após certo tempo, Leandro voltou a estudar e terminou o segundo grau. O casamento com Vanúbia aconteceu em 1997. “Na época minha tia me deu o par de alianças”, afirma ao relembrar de forma bem humorada a sua difícil situação financeira. “Eu não tinha emprego, não tinha dinheiro, mas pensamos ‘seja o que Deus quiser, Ele é que está no comando de tudo’”, completa com um sorriso. Em 1998, Leandro ingressou na Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO) e passou a conviver mais com outras pessoas que também tinham deficiências. “Eu comecei a viver o mundo dos deficientes físicos, vendo uns com dificuldades, às vezes, maiores que de outros e pessoas com as condições financeiras piores do que as minhas, que estavam lutando e vencendo”, declara. A experiência o estimulou a vender cachorro-quente com um carrinho doado pelo irmão Maxlay, atualmente Pastor evangélico nos Estados Unidos, que teve na época do acidente um papel importante em sua conversão à religião evangélica. Por aproximadamente oito meses, seguiam pelas ruas do bairro em que moravam, para se acomodarem em uma calçada, Leandro em sua cadeira de rodas, com a filha Carolliny ao colo, pacotes de pães e ingredientes pendurados no braço da cadeira, e Vanúbia empurrando o carrinho. Nesse tempo o casal foi surpreendido pela gravidez da segunda filha, Letícia. “Com o tempo e o tamanho da barriga, Vanúbia não conseguia mais empurrar o carrinho e tivemos que parar”, justifica. Com os recursos que conseguiram acumular, o casal partiu para mais uma etapa e foram morar sozinhos em um apartamento cedido pela mãe de Leandro, com quem viviam até então. Depois dessa fase, Leandro participou de um processo seletivo da então Telegoiás. “Lembro que a pessoa que fez a entrevista comigo disse, ‘eu vejo que você tem uma Dramas familiares - Em 1995, ainda em fase de readaptação, Leandro e toda sua família foram surpreendidos com a morte de sua irmã mais velha, Christiane, com apenas 26 anos de idade, também vítima de acidente de carro. “Minha irmã tinha muita força e um astral bem alto. Era uma das pessoas que mais me incentivava. Ela falava ‘levanta dessa cama, pega a cadeira de rodas, vamos sair’, lembra Leandro ao destacar o incentivo que sempre recebeu dela. “Nossa história familiar é cheia de dramas. Meu pai morreu vítima de homicídio, quando eu ainda tinha 10 anos. Éramos 4 filhos, e o meu irmão, que sempre me ajudou, assumiu o papel de pai da família. Minha mãe, Lacy Rodrigues dos Santos Souza, falecida há cinco anos, é para mim o exemplo de uma mulher guerreira, que mesmo com tudo o que passou na vida sempre teve um sorriso no rosto”, emociona-se. Fé – Diante de tantas situações, Leandro diz ter encontrado na fé em Deus a força para superar os momentos difíceis e estabelecer projetos futuros para sua vida. “Deus entrou na minha vida e vi que eu só poderia superar as dificuldades com a ajuda de algo sobrenatural. A gente tem que crer que Deus pode mudar e transformar nossas vidas, mas depende da gente também querer”, afirma. Hoje, assistente jurídico da empresa Telefônica/ Vivo, onde trabalha há quatorze anos, mora com a esposa e as duas filhas em um apartamento próprio, adquirido no início deste ano. O passado foi uma trajetória de superação. O futuro reserva muitas conquistas em novos projetos, com a família unida e a força da fé. Amor – Logo após sofrer o acidente, Leandro tentou se afastar de Vanúbia, por não achar justo que ela ficasse ao seu lado, passando por todas as dificuldades deficiência muito grande e aqui ninguém ajuda ninguém, eu quero saber como vai fazer’. Comecei a mostrar como conseguia realizar as coisas de forma adaptada - beber água com canudinho, digitar com auxílio de um suporte preso à mão, manobrar para pegar e colocar o fone de ouvido. Não me deixei intimidar e mostrei que eu era capaz. De 10 candidatos fui escolhido para ocupar uma das três vagas de operador de Call Center, que estavam sendo oferecidas”. Logo após, a empresa passou pela privatização, e com o impacto inicial da primeira seleção de pessoal, Leandro viu a necessidade de fazer um curso superior. “Foi uma outra etapa na minha vida. As minhas condições financeiras ainda eram difíceis, eu ganhava para sustentar a minha família e a faculdade era particular. Mais uma vez, contei com o apoio do meu irmão, e concluí o ensino superior me formando em Direito”, orgulha-se pela importante conquista. que ele enfrentava e ainda enfrentaria. A jovem, no entanto, sem abatimento não se afastou. “Minha esposa é uma mulher maravilhosa”, destaca Leandro que diz ter aprendido com ela que, independente da cadeira de rodas, é possível amar e ser amado. O casal é a demonstração da força transformadora do amor, fortalecida pela Fé, pelas alegrias e pelas dores. Para Vanúbia Aparecida Sousa Carneiro Rodrigues o rumo dado às suas vidas foi uma escolha feita por eles. “Nossa vida é uma decisão. Poderíamos ter escolhido ficar tristes, deprimidos e à base de remédios, mas optamos em ser felizes e lutar pela nossa vida e nossa família!”, enfatiza com firmeza. Leandro e Vanúbia lideram um grupo familiar na Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Catedral da Família. “Minha esposa é uma mulher maravilhosa!” CRER EM REVISTA 23 agenda Junho >>> Reacess - IV Feira Nacional de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade Data: 29 de junho a 01 de julho de 2012 Local: Rio Centro – RJ Informações: www.milksom.com.br / (21) 2143-5348 Curso Fitting Theratogs Data: 30 de junho e 01 de julho de 2012 Local: Curitiba – RJ Informações: www.fisiovital.com.br / (21) 3049-0001 Julho >>> Curso Específico para o Tratamento de Bebês – Conceito Bobath Data: 02 a 20 de julho de 2012 Local: Curitiba - PR Informações: www.fisiovital.com.br / (41) 3363-1390 Parcerias Mar / Mai Academia Ouro Fitness Ad’oro Restaurante Além da Lenda Restaurante e Adega Asmego Baiano Folhagens Baiano Folhagens e Verduras Buriti Shopping Caldo 24 Horas Carretas Mutirão Cateretê Restaurante Bar Catral Celson & Cia Bar e Costelaria Cevel Churrascaria e Pizzaria Candeeiro Churrascaria Gramado Churrascaria Lancaster Grill Churrascaria Montana Grill Ciplac Luminosos Clínica Premium Crispim+Veiga Dali Bar e Taberna Equilíbrio e Saúde Centro Clínico Escola Internacional de Goiânia Flamboyant Shopping Center Fraldas Kisses Fran’s Café Gessolar - Irmãos Chiarello Ltda Goiás dá Sorte - Associação Universidade Ativa Grupo JBS – Friboi Leites Piracanjuba Leroy Merlin Lig Tec Serv. Técnicos em Telecom Livraria Saraiva Macom Instrumental Cirúrgico Mandarin Spa Urbano Meta Hospitalar Mix Med Distribuidora de Medicamentos MV Sistemas. Novartis Biociências S/A O Boticário Otto Bock do Brasil Outback Steakhouse Pitigliano Pizzaria Renauto Nissan República da Saúde Empório e Restaurante Restaurante Bendita Tapioca Restaurante Piquiras Super Frango Tend Tudo Typ Academia Unicom Viação Paraúna Setembro >>> Curso do CRER de Patologias da Mão Data: 14 a 15 de setembro de 2012 Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115 Outubro >>> X Jornada Científica do CRER Linguagem e Motricidade Data: 04 e 05 de outubro de 2012 Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115 24 CRER EM REVISTA Convênios atendidos no CRER Affego Amil Casbeg Cassi Celgmed Correios CREA Fassincra Fusex Geap IMAS Ipasgo Plan-Assiste Saúde Caixa SENAPREV SUS Unimed PERFIL DO COLABORADOR “O CRER é o céu” N atural de Barretos, mais conhecida como cidade paulista da Festa do Peão de Boiadeiro, Gustavo Mauro Witzel Machado, 37, é fisioterapeuta no CRER há oito anos. Gustavo formou-se em 1996 pela Universidade Salesiano de Lins, Barretos,SP e se identificou tanto com o curso, que desde 2000 é professor universitário em três faculdades de Goiânia: Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unifan e Padrão. Para muitos, as sessões de fisioterapia resumem-se a ajudar na recuperação e fazer exercícios para aliviar dores. Mas a fisioterapia é muito mais do que isso. Ela engloba procedimentos físicos científicos que são utilizados no tratamento de pacientes com uma incapacidade, doença ou lesão, visando alcançar e manter a reabilitação funcional e evitar uma disfunção ou deformidade. Uma das tarefas mais importantes do fisioterapeuta é a realização de diversos exercícios terapêuticos, cujos objetivos são de aumentar a força e a resistência, melhorar a coordenação e a mobilidade, e também reeducar a postura global do corpo. Gustavo conta que em 2004 começou a trabalhar no CRER, atuando no serviço de Neurologia, uma especialidade que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso. “Me identifiquei muito com o ambiente da Instituição. No CRER, os serviços se voltam ao benefício do paciente”, comenta. Atualmente, atua na equoterapia e na pet terapia. “É um trabalho divino. O carinho que os pacientes têm com os animais é indescritível, eu acho que os animais percebem quando os pacientes precisam de ajuda. Com a equoterapia é possível ver melhoras no tronco, no equilíbrio, diminui o medo que impede os pacientes de se socializarem. A pet terapia vence o trabalho de passar em um obstáculo difícil. Tem sido um trabalho legal, pois tem atingido os objetivos. É uma terapia calmante e anti-depressiva, estimula a interação social, melhora a auto-confiança e autoestima”, explica o fisioterapeuta sobre importância dessas terapias. Gustavo é muito querido por seus pacientes. Com carisma e profissionalismo destaca a importância do vínculo entre terapeuta e paciente. “A profissão ‘fisioterapeuta’ é muito bonita, nós ficamos muito tempo com o paciente, cada evolução é motivo de festa! E essa interação é recíproca, o estabelecimento de uma relação interpessoal favorece de maneira positiva o desenvolvimento da terapia. Eu aprendo com os pacientes, e eles aprendem comigo, acaba criando um vínculo de amizade, respeito e zelo por eles.”, declara, ao manifestar seu amor pela profissão. “Costumo dizer que o CRER é o céu, quero morrer velhinho trabalhando neste lugar. Este hospital para mim é a minha segunda igreja. Aqui a gente consegue fazer coisas para o bem dos pacientes, é um trabalho de Deus”, relata com orgulho. No meio de tantos atendimentos terapêuticos, o fisioterapeuta Gustavo não hesita ao responder o que gosta de fazer nas horas vagas: “Nos dias de folga, gosto de estar com minha família, minha esposa e meus filhos”, declara. A esposa Fabiana e os filhos Felipe e Ana Luisa (foto), de 8 e 3 anos, respectivamente. “Adoramos passear no parque, ir ao shopping e tirar muitas fotos. Sou um rapaz sortudo pela família que tenho e muito feliz por ter escolhido uma profissão tão gratificante. Ser fisioterapeuta é minha vocação e agradeço a Deus por isso”. CRER EM REVISTA 25 últimodetalhe O detalhe sutil que inspira e motiva. Fotografia de Eduardo Castro, fotógrafo do CRER. [ ENVIE UMA IMAGEM DE UM DETALHE DO CRER PARA O E-MAIL [email protected] E PARTICIPE DESTA SEÇÃO] 26 CRER EM REVISTA CRER EM REVISTA 27 28 CRER EM REVISTA
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