Viagem Europa Central 2005

Transcrição

Viagem Europa Central 2005
Viagem Europa Central 2005 ........................................................................................... 3
Dia 0: Motivações e Preparação da Viagem................................................................. 3
Dia 1: Lisboa - Saragoça (Barcelona) (1040 km)......................................................... 5
Dia 2: Saragoça – Montepllier (737) ............................................................................ 8
Dia 3: Montepllier – Bled (1273) ............................................................................... 11
Dia 5 : Bled – Nagykanizsa (Budapeste) (400) .......................................................... 18
Dia 6 : Nagykanizsa – Budapeste(370) ...................................................................... 25
Dia 7 : Budapeste –Bratislava(200)............................................................................ 30
Dia 8 :Bratislava - Carcóvia (497).............................................................................. 31
Dia 9 : Carcóvia - Auschwitz - Carcóvia (150).......................................................... 38
Dia 10 : Carcóvia – Varsóvia (443)............................................................................ 44
Dia 11 : Varsóvia – Gdynia (340) .............................................................................. 47
Dia 12 : Gdynia - Gdansk - Gdynia (72) .................................................................... 51
Dia 13: Gdynia - Poznan (401)................................................................................... 55
Dia 14: Poznan - Praga (510) ..................................................................................... 59
Dia 15: Praga (0) ........................................................................................................ 62
Dia 16: Praga – Jested - Praga (260) .......................................................................... 69
Dia 17: Praga – Insbruck (609) .................................................................................. 76
Dia 18: Insbruck - Flims (486) ................................................................................... 81
Dia 19: Flims-Aiguebelette Le Lac (318) .................................................................. 89
Dia 20: Aiguebelette Le Lac-Ville de Bidart (914).................................................... 97
Dia 21: Ville de Bidart-Aranjuez (693)...................................................................... 99
Dia 22: Aranjuez-Lisboa (787)................................................................................. 103
Conclusões e Agradecimentos.................................................................................. 106
Viagem Europa Central 2005
Dia 0: Motivações e Preparação da Viagem
Pois é, exactamente 31 dias depois de ter regressado cá estou eu a relembrar o que
aconteceu em três semanas intensamente vividas distribuídas em 10500 excelentes
quilómetros. Realmente, depois do regresso o tempo não tem sido muito, parece que
cada vez mais tenho necessidade de andar de mota, acho mesmo que fazer quilómetros
pode ser um vicio e tenho aproveitado este último mês para fazer umas escapadelas
dentro de Portugal, só depois destes quilómetros e de ter conhecido um pouco da
Europa me atrevo a dizer que realmente temos muito sorte em ter nascido num Pais
como este. Para mim uma das melhores coisas numa viagem deste género é o regresso,
foi sem dúvida um dos pontos altos desta viagem, atravessar a fronteira e entrar em
Portugal, a saída tem um grande entusiasmo, uma grande carga emocional, mas o
regresso é sempre único!
Esta viagem surgiu depois de algumas conversas entre eu próprio, o meu companheiro
de muitos e bons quilómetros Tito Mendes e também o Bruno Oliveira. Em Agosto de
2004 fizemos um pequeno teste às nossas capacidades de andamento numa viagem por
Portugal e Espanha de cerca de 2500 quilómetros em 4 dias, a viagem não podia ter
corrido melhor e a partir dai começamos a planear "A viagem", inicialmente o objectivo
seriam os Países Nórdicos (Noruega, Dinamarca, Suécia, etc.), acabamos por escolher
este destino mais tarde sobretudo por motivos monetários, o outro destino terá de ficar
para outra núpcias.
Para a viagem a preparação da minha mota foi sobretudo uma revisão geral e pneus
novos, contando para isso com o Patrocínio da Bridgstone Portugal, os Trailwing que
tão boas provas me tinham dado até então iriam ser novamente a aposta para esta
viagem. Na semana que antecedeu a viagem fiz a revisão no meu mecânico Xixó. No
dia anterior à viagem afinaram-se os últimos pormenores com a colagem dos
autocolantes do nossos patrocinadores. Depois disto estava tudo pronto, era só arrancar!
Os belos dos autocolantes
Xixó a montar o Starcom
A foto final depois das máquinas estarem totalmente preparadas
Dia 1: Lisboa - Saragoça (Barcelona) (1040 km)
No dia anterior os últimos preparativos fizeram-me deitar por volta das 3 da manhã ...
Depois de ter saído do trabalho por volta das 23 horas e de ainda me faltar fazer uma
mala. Com certeza que com a emoção das aventuras que se aproximavam não iria ter
dificuldades em acordar às 6 da manhã para estar pontualmente às 7 horas na entrada da
Ponte 25 da Abril como combinado no dia anterior com o outros dois companheiros de
viagem. Cheguei um pouco antes das 7 ao local combinado e nem sinal de nenhum
deles, às 07:15 chegou o aventureiro Pedro Gomes e um pouco depois chega o Tito.
Assim, tudo parecia pronto para o inicio da jornada, mas como nem tudo o que parece é
... o GPS não dava sinal de vida, um fusível estragado e ia começar a nossa 1ª senda Em busca do fusível perdido na margem sul! Finalmente lá conseguimos arranjar um
fusível amavelmente cedido por um stand que vendia barcos algures no Casal do Marco,
até nos arranjaram 2 para o caso de termos mais um azar! Depois disto finalmente
arrancámos com cerca de 4 horas de atraso, começa bem …
Paragem por causa do GPS
Problemas no GPS …
As motas á espera do inicio da viagem
A montagem do “manfrotto”!
Depois, foi prego a fundo com uma paragem técnica em Montemor para abastecer o
tanque dos pilotos com uns belos pezinhos de coentrada, fazendo juz á estratégia que
sempre guiou as nossas viagens - o Mototurismo Gastronómico.
Já em andamento ainda houve tempo para tirar umas fotos em andamento, algumas
ficaram bem por sinal!
Os pezinhos de coentrada
Já a rolar a caminho de Barcelona …
Em andamento
Algures depois de Madrid
Como tínhamos combinado “cenar” com alguns colegas nossos em Barcelona e
verificámos que era impossível chegar a horas decentes ao destino inicial decidimos
continuar o máximo que conseguíssemos e pernoitar algures pelo caminho. De qualquer
forma também não tínhamos nada reservado em Barcelona, tínhamos pensado ficar num
parque de campismo nos arredores.
Chegamos a Saragoça já quase de noite e decidimos ficar por ali, tempo para ir jantar,
aproveitamos para “tapear”, relembrando outra viagens! Já em Saragoça perguntamos
por um hotel numa bomba de gasolina e indicaram-nos o “El Cisne”, por sinal agradável
que é uma óptima hipótese em caso de emergência.
As motas ficaram mesmo em frente à entrada do hotel à falta de uma garagem mais
segura … O empregado do Hotel disse-nos que era seguro uma vez que estaria sempre
alguém na recepção, nós pelo sim pelo não toca a acorrenta-las! Depois foi descansar
pois no dia seguinte teríamos 300 km para recuperar!
O merecido Jantar em Saragoça
As mota ficaram ao relento no Hotel Cisne
Dia 2: Saragoça – Montepllier (737)
No dia seguinte madrugamos pelas 8 horas, e depois de verificar que as nossas motas
tinham passado bem a noite e ainda se mantinham à porta do hotel fomos tomar o
pequeno almoço e de seguida fizemo-nos ao caminho, a recuperação dos 300 km do dia
anterior começava … Seguimos directamente para Andorra, onde começavam as
paisagens bonitas e as estradas com óptimas curvas.
Á Saída do Hotel Cisne
Foto de família perto de Andorra
Chegados a Andorra, tempo de almoçar, escolhemos o Pans&Company para ser algo
rápido e não muito caro. Depois, tempo para fazer umas compras, não estava na ideia
de comprar nada mas no final saímos de lá com um leitor de MP3 (Tito) e também um
câmara Mini-DV que estava a um preço acessível! Já com a nova câmara montada
pusemo-nos a caminho de Nice.
vista da barragem
Mesmo sem neve também é bonito
Paragem em França
A caminho de Perpignan
As paisagens bem bonitas
As belas das curvinhas vinham ai!
Nos Pirinéus
Pedro Gomes na descida
Depois foi sempre a andar até Béziers onde jantámos na praça central numa esplanada
muito agradável embora as Pizzas não fossem nada de extraordinário …
Não há grandes histórias para contar até ao final da noite, já perto de Marselha estamos
a ficar sem gasolina e já na reserva há algum tempo deparámos com as bombas de todas
fechadas, isto já passava da 20:30. Finalmente lá encontrámos uma que tinha
movimento, foi um grande suspiro de alivio para os três, ao tentar meter gasolina
deparámo-nos com um “pequeno” problema, as bombas estavam no modo de
pagamento por cartão, não havendo nenhum empregado nas mesmas. Para nosso
espanto nenhum dos nossos cartões parecia funcionar nem Visa, nem Electron e nem
Mastercard … Nenhum dava. A única alternativa era convencer um alma caridosa que
nos ajudasse, nós pagávamos em dinheiro e a pessoa usava o cartão para que
pudéssemos meter gasolina, lá conseguimos que um Francês nos fizesse esse grande
favor para grande alivio nosso, fica o nosso agradecimento ao Francês de Montepllier!
Tito Mendes a descer os Pirinéus
Símbolo do Mototurismo Gastronómico pela Europa
O nosso objectivo era chegar a Cagnes-Sur-Mer perto de Nice … Mais uma vez
objectivo não ia ser conseguido, decidimos ficar por Montepllier, começou então a saga
de encontrar um parque de Campismo, segundo o nosso amigo Francês havia por ali
vários, o grande problema era que já passava das 23 da noite e ou estavam fechados, ou
estavam cheios, depois de percorrer quatro ou cinco parques lá conseguimos encontrar
um que nos recebesse. Seguiu-se a montagem das tendas à noite, tínhamos duas tendas,
a minha tinha sido comprada para a viagem, a montagem pela primeira vez de uma
tenda à noite revelou-se algo complicada e demorados cerca de 1h30m a fazê-lo!
Finalmente lá fomos dormir que no dia seguinte teríamos o que se revelaria dia mais
longo, já vão saber porquê …
Dia 3: Montepllier – Bled (1273)
O dia começou cedo, por volta das 8 horas foi o madrugar. Desmontar o acampamento
motard e quando nos preparávamos para ir tomar o pequeno almoço mais um revés,
depois de durante a noite termos deixado as luzes ligadas das motas para montar as
tendas, a bateria da minha Strom tinha-se gasto por completo. Lá arranjamos cabos para
ligação a outra bateria mas nada … Decidimos então experimentar o velho “pega de
empurrão”, meto a 2ª velocidade e lá começou a trabalhar! Depois, pequeno almoço e
toca a arrancar que tínhamos um dia longo pela frente, mal sabíamos o quão longo …
O Acampamento Motard
A minha tenda que montada pela 1ª vez
A tenda 3 segundos do Tito
Tito ainda a dormir …
Tentativa de carregar a bateria da Strom
Almoço descontraído depois dos problemas
O 1º problema do dia começou perto de Montepllier, depois de ultrapassar um camião,
dentro de uma localidade eis que um homem com uma bicicleta pela mão a atravessar a
estrada se põe à frente de nós. Eu, indo atrás do Pedro Gomes e depois deste se ter
conseguido esquivar não consigo fazer o mesmo e atropelo com algum aparato o
mesmo, vou pelo chão alguns metros e tento desesperadamente sair da estrada uma vez
que atrás de mim vejo o camião TIR que tínhamos ultrapassado a tentar travar. Lá
consigo sair da estrada e felizmente apenas acertei na bicicleta, o Francês estava bem,
apenas assustado. Eu mais aliviado, vejo finalmente se está tudo bem comigo e que
“apenas” tenho uma forte dor no pé direito, as mãos feridas (por azar e no único espaço
de tempo que ia sem luvas), de resto tudo bem. A bicleta do Francês estava em mau
estado e para não ter mais problemas resolvemos ir embora. O senhor Francês teve
realmente um sorte tremenda e eu por outro lado também uma vez que não tive danos
físicos graves e a minha mota também não, é incrível o que as malas laterais e as
Crashbars conseguem proteger, a mota não teve nem um arranhão. Quanto à razão do
acidente foi devido à imprudência do dito senhor Francês que atravessou a estrada sem
olhar para onde devia pondo em risco a sua vida e a nossa, grande susto para começar o
dia.
Depois disto retomámos a viagem, almoço pelo caminho. Apanhámos depois uma
estrada de montanha maravilhosa até Cannes cheia de curvas para todos os gostos,
paragem em Cannes para um mergulhinho merecido na praia, eu e o Pedro Gomes
fomos ao banho enquanto o Tito fazia de repórter fotográfico!
A chegar a Cannes
Praia de Cannes
Passeio marítimo
Lá estamos nós na banhoca
Nós a sair do banho, será que foi esse o objectivo ?
O estacionamento na marginal de Cannes
Ao nos aproximarmos do Mónaco apanhámos chuva e muito trânsito, depois lá parámos
para tirar as fotos da ordem e fazer parte do circuito de Fórmula 1.
A chegar ao Mónaco
Vista magnifica
Esta malta realmente vive mal …
Paisagens espectaculares
Paragem à grande para a bela da foto
A Marina
Pedro Gomes
Paulo Silva na entrada do túnel
Saímos depois a caminho de Bled, a auto-estrada de quem sai pelo Mónaco para Itália é
realmente magnifica, viadutos e mais viadutos, túneis e mais túneis, do lado direito o
mar, é realmente um espectáculo, sem falar do alcatrão de excelente qualidade! Depois
da paragem para jantar no Auto-Grill, fizemo-nos novamente ao caminho, começaram
logo depois os problemas na XX, de repente a mota começou a perder potência e
encostamos para ver o que se passava. Lá tiramos os alforges e pensando que o
problema poderia ser do Power Commander o Tito decidiu desliga-lo, monta alforges
novamente e toca a andar. Passados uns quilómetros eis que temos o sinal para encostar,
novamente a mesma sina, tira alforges e depois num olhar mais atento verificam-mos
que um dos bornes da baterias estava a fazer mau contacto, nem saia nem ficava bem
preso. A situação ficou finalmente resolvida depois de algum tempo, solução tipo
McGiver, com uns paus prendeu-se o borne fazendo com que o mau contacto não
acontecesse. Depois de cerca de três paragens e por volta das três horas da manhã
algures no meio de Itália tínhamos a situação resolvida.
Como tínhamos decidido chegar a Bled nem que fosse por volta das 4 da manhã
decidimos continuar e chega lá naquele dia, ou melhor no dia seguinte a termos partido
de Montepllier!
O resto do caminho revelou-se duro, sempre auto-estrada até chegarmos à fronteira com
a Eslovénia em Gorizia. Ainda apanhámos alguma chuva para nesta fase critica da
viagem mas lá nos aguentámos até Bled. Não aconselho ninguém a fazer o mesmo que
nós, conduzir 24 seguidas realmente é um péssima opção, algo que não quero repetir,
pusemos em risco a nossa integridade física porque o cansaço acumulado podia ter
levado a erros que nos podiam ter custados caro, no final tudo acabou por correr bem. A
parte Italiana antes de entrar na Eslovénia é deslumbrante (Trieste) e o inicio da
Eslovénia é ainda mais espectacular.
Final da Itália, o tempo estava nublado
Começava aqui verdadeiramente a nossa viagem, finalmente tínhamos recuperado o
tempo perdido e estamos novamente no plano. Na Eslovénia pela primeira vez tínhamos
de puxar do passaporte, antes da fronteira fotos, depois da fronteira fotos. Seguimos
depois para Bled onde tínhamos marcado estadia na Pension Bledec, embora só com
entrada para o meio dia supostamente, nós que estávamos sedentos por uma cama para
pôr o sono em dia.
Bled
Entrada da Eslovénia
Lá conseguimos que tivessem o quarto pronto antes da hora e pelas 10 horas fomos
dormir um pouco para que déssemos uma volta ao final da tarde, soubemos depois que
o quarto era para 4 pessoas e iríamos partilha-lo com um Japonês, até aqui ele andam!
Ainda conseguimos dar um volta por Bled, visita ao Castelo com vista magnifica para o
Lago Bled e ainda fomos tomar um copo ao final da noite a um bar local. Depois
dormir, que no outro dia iríamos ter outro dia longo …
Tito na Janela da Pensão
Vista do Lago Bled
Paisagem Deslumbrante
Lago Bled
Dia 5 : Bled – Nagykanizsa (Budapeste) (400)
Para começar Dia 5 podem perguntar? Pois é, a noite de 4 tinha sido passada na estrada
como foi contado na crónica do dia anterior.
O objectivo era mesmo irmos Jantar a Budapeste com o nosso contacto local, acabámos
por ficar pouco depois da fronteira da Hungria, já vão saber porquê.
Saímos de Bled para ir almoçar a Bratislava com um contacto que tínhamos do
International XX Riders, a caminho de Bratislava mais um pequeno problema para
animar o pessoal, o depósito do Pedro tinha-se furado, isso mesmo, um pequeno furo na
parte da frente junto à ignição, resultado das chaves das malas Givi que ao que parece
têm um grande poder perfurante. Depois de um telefonema para a assistência técnica,
neste caso o mecânico do Pedro em Portugal tínhamos a solução milagrosa: uma
pastilha, um autocolante e já está! As soluções ‘à la McGyver’ começavam então!
Imagem típica do Pedro
O pequeno buraco no depósito
Toca a tirar a gasolina
Pedro algo preocupado com o acontecido
Pastilha e autocolante
Tocar a meter a gasolina de volta
Depois de resolvido o problema continuamos até Ljubliana onde nos encontramos com
o nosso amigo Esloveno. Depois de uma visita à Honda local onde o buraco do depósito
foi arranjando utilizando metal liquido para o tapar, metal esse que se veio a revelar de
uma utilidade muito grande numa situação que verão mais tarde.
O objectivo era ficar em Ljubliana uma noite, mas com os atrasos sucessivos que
tivemos durante o inicio da viagem passamos uma noite nas auto-estradas italiana como
foi relatado atrás. Ljubliana pelo pouco que podemos ver parece ser uma cidade muito
interessante, será certamente um ponto de passagem em próximas viagens.
Honda de Ljubliana
O almoço em Ljubliana
A chuva estava a aparecer, paragem para vestir o
equipamento de chuva
Entrada na Hungria?
Depois do Almoço arrancámos a caminho de Budapeste onde planeávamos Jantar com o
nosso contacto que é colega do Pedro Gomes. Depois de apanharmos uma chuvada
incrível durante alguns minutos lá chegamos à uma fronteira, pensávamos nós que seria
a fronteira da Hungria, depois de a passarmos damos de caras com um cartaz “Welcome
to Croacia”! Parámos e foi a risada geral, a Croácia não estava nos nosso planos uma
vez que ao fazermos a rota não a tínhamos traçado por este caminho, o GPS foi o
responsável pela rota e correctamente, depois de analisarmos verificámos que realmente
este era o caminho mais rápido para Budapeste.
Welcome do Croacia, quem diria …
Estou? Epá hoje estou na Croácia, na Eslovénia foi ontem!
Foi muito positiva a passagem pela Croácia, embora curta, permitiu-nos ver o quão
bonito é este País, fizemos umas estradas bem agradáveis com algumas curva para
animar a viagem.
Entrámos na Hungria já era de noite e 5 minutos depois de passarmos a fronteira
tivemos outro percalço, realmente a viagem estava a correr pessimamente. Estava a
chover ligeiramente, por isso, e também por termos entrado num País novo estávamos a
circular de um forma cuidadosa, quando nada o fazia prever vejo o Tito a perder o
controlo da sua XX numa poça de água que continha escondido um misto de lama, óleo
e gasóleo, eu seguia em segundo lugar na fila e felizmente guardei uma margem para
que pudesse travar em segurança, a mota do Tito foi de rojo por alguns metros largando
faísca do escape esquerdo e o Tito também a rastejar pelo chão for a ao lado dela. Por
momentos temi o pior, parei a minha mota um pouco mais à frente e fui em socorro do
Tito que se levanta rapidamente para meu alivio, pergunto-lhe se estava bem e ele dizme que sim, felizmente não teve consequências físicas de maior para ele. O Pedro,
entretanto já tinha parado, pegámos na mota para a tirar da estrada e demos conta que
algo se tinha passado uma vez que estava a deitar óleo do motor, a viagem não podia
continuar. Apesar do grande aparato do acidente, a XX aguentou-se muito bem, não
estava tão mal como eu poderia supor, é incrível o que os cogumelos conseguem fazer.
O estado da XX depois do acidente
A XX de novo
Depois de passado o susto maior e ainda estando todos em estado de choque chega um
carro da Policia local. Pensamos que teríamos alguma ajuda, mas afinal não era bem
ajudar que eles queriam, tentámos entender o que nos diziam mas era muito
complicado,Parquie Parquie diziam eles num tom pouco amigável, não falavam nada de
Inglês logo o diálogo seria impossível, queriam que tirássemos as motas da beira da
estrada. É realmente incrível, tínhamos acabado de ter um acidente aparatoso e em vez
de tentarem saber se estava tudo bem connosco apenas se preocupavam em que
tirássemos as motas para for a da estrada, estávamos incrédulos. Para não piorar a
situação e porque estávamos num País onde já nos tinham avisado que a Policia nem
sempre era motivo de ajuda acedemos em tirar as motas da estrada antes que tivéssemos
problemas de maior. A Policia foi-se embora de seguida, afinal o posto da Policia era
apenas cerca de 200 metros à frente. O Pedro Gomes mais tarde quis ir ao Posto para
tentar que nos ajudassem mais eu e o Tito demovemo-lo dizendo que não seriam com
certeza a ajuda mais indicada ….
Óleo do motor no chão
O pequeno buraco na tampa do motor
Estamos no que se pode realmente chamar o fim do mundo, algures perto da fronteira da
Croácia com a Hungria, em Letenye. O local tinha um aspecto nada bom, as poucas
pessoas que passavam tinham um aspecto pior ainda, muitos deles bêbados. A moral
neste momento não estava muito alta, depois dos sucessivos acidente e problemas que
tivemos, comentávamos o que mais nos poderia acontecer ?!
Letynia o local do infortúnio
Acidente no caminha para Mura….
O que seria este estabelecimento a 2500, foi algo que
questionamos a noite toda …
Letynia
De seguida fizemos contactos no sentido de chamarmos a assistência em viagem da
Zurich que diga-se de passagem apesar de tudo fizeram um excelente trabalho uma vez
que estávamos algures não saibamos bem onde, cerca das 10 da noite e conseguiram
arranjar-nos um reboque para transportar a mota do local do acidente e também
alojamento a cerca de 20 quilómetros do local do acidente. Isto foi conseguido após
muitos contactos telefónicos e de muito tempo de espera. O reboque teve alguma
dificuldade em localizar-nos, o tempo de espera foi aproximadamente de 3 horas, isto
com o cansaço acumulado e sem jantarmos …
Os momentos que se seguiram foram algo estranhos, apesar de tudo conseguimos levar
as situações por que estávamos a passar com algum humor, rir era a única coisa que nos
restava.
O cansaço já começava a fazer-se notar
A XX no reboque
Finalmente chegou o reboque cerca da 2 horas da manhã. Mais uma vez teríamos que
utilizar a linguagem universal, essa mesma, a linguagem gestual! O senhor que trazia o
reboque não falava patavina de Inglês, facto que viramos a constatar mais tarde que era
comum por estas banda. Outro dos pontos que nos atemorizou foi o de parecer que
também não teria muita experiência em rebocar motas… Depois de algum custo lá
conseguimos pôr a mota em cima do reboque e em condições que parecia que não iria
cair pelo caminho.
Pronta a arrancar, será que está segura?
O caminho até ao local onde iríamos passar a noite foi algo penoso para mim e para o
Pedro porque o reboque ia a uma velocidade muito baixa e nós estamos cansados e
ansiávamos por uma cama, imagino que o estado de espirito do Tito que ia no reboque
seria ainda pior … Chegamos à casa onde iríamos passar a noite, felizmente a senhora
que nos recebeu sabia falar Inglês e serviu de interprete entre nós e o homem do
reboque. Assim, ficou combinado que no outro dia, ou melhor, dali a umas horas a mota
seria levada para a cidade mais próxima com concessionário Honda para que pudesse
ser reparada e o Tito iria com ele logo de manhã, eu e o Pedro ficaríamos a descansar
mais umas horas e depois iríamos lá ter com ele com o objectivo de prosseguir viagem
no dia seguinte.
Dia 6 : Nagykanizsa – Budapeste(370)
O dia começou mais cedo para o Tito que se levantou mais cedo do que eu e o Pedro
para ir com o reboque até à oficina da Honda em Zalaegerszeg que ficava a cerca de 50
km do local onde tínhamos passado a noite.
O local onde passámos a noite em Nagykanizsa
Pedro antes do arranque para Zalaegerszeg
O tratamento que tivemos pela dona da casa e sua família foi excelente, de manhã até
tivemos direito a um óptimo pequeno almoço e até fizeram um mapa para no
orientarmos na ida para a oficina da Honda. Depois de alguns desvios chegamos a
Zalaegerszeg e fomos direitos à Honda onde encontramos o Tito muito bem ambientado
com o local, embora nenhum dos funcionários fala-se quase nada de Inglês já conseguia
comunicar com eles via mímica e linguagem gestual, sempre muito importante nestas
situações. Quando chegamos ao local parecia que o Tito já mandava no concessionário
tal a forma como já orientava os trabalhos ... feitos por ele imagine-se. Parece que este
modelo da Honda não é muito habitual por estas bandas, assim foi dito ao Tito que não
poderiam tratar do arranjo da mota no imediato, sorte que ele é um rapaz com jeito para
a briquolage e lá foi conseguindo desenrascar a situação.
Tito e um dos mecânicos da Honda
O local de trabalho do mecânico Tito
Falou-se primeiro em mandar vir uma tampa do motor, mas isso tornou-se inviável
porque iria demorar alguns dias e assim a nossa viagem sofreria um atraso difícil de
recuperar, os contactos esses foram feitos com a ajuda da Schila, nosso guia em
Budapeste que foi sempre muito prestável e ajudou-nos a desenrascar uma situação que
não seria possível resolver de outra forma. Assim, foi decidido tapar o buraco na tampa
de motor com o precioso metal liquido.
O buraco na tampa do motor e desta vez não foi por curvar
demais ...
O magnifico metal liquido que muito nos ajudou durante a
viagem
Depois do trabalho feito era necessário dar tempo para que secasse e se pudesse pôr
novo óleo. Entretanto o Tito foi arranjando da maneira possível o que faltava, foi
soldado o espelho do lado esquerdo que se tinha partido no acidente, de resto a XX
estava pronta a andar.
A XX a ser arranjada
A esvaziar o óleo que restava já com o buraco da tampa do
motor tapada
Finalmente fomos almoçar para que desse tempo que o metal liquido secasse, foi-nos
recomendado um Restaurante próximo do local. Digamos que foi a 1ª vez que escolhi a
comida indicando que queríamos o mesmo que a mesa do lado, isto foi decidido depois
de olharmos para a lista e não entendermos rigorosamente nada, foi sem dúvida um
momento hilariante pois no Restaurante também pouco ou nada falavam Inglês, e o
nosso Húngaro ainda estava um pouco enferrujado.
Olá, parece que aqui também têm MOTAS!
O preço de uma V-Strom DL650 nova em folha
Depois voltámos ao concessionário e o Tito verificou que o metal liquido da tampa do
motor já tinha solidificado, assim estava na altura de meter o óleo e estávamos prontos a
ir para a estrada novamente, pelo segundo dia iríamos tentar chega a Budapeste!
Diga-se que o concessionário da Honda teve um péssimo trabalho, ou melhor ausência
dele, apesar da simpatia da maioria dos empregados e que apesar de ter sido o Tito a
fazer o trabalho todo ainda lhe cobraram mais de 100€, isto pelo óleo e pelo aluguer do
espaço e das ferramentas, lamentável ...
Entretanto o Pedro Gomes na verificação do nível de óleo do motor da sua XJ tinha
acabado de fazer estragos, partiu a tampa que tapa o depósito do óleo do motor. Assim,
e depois de termos contactado os concessionários da zona soubemos que haveria um a
cerca de 55 km que teria a tampa em stock, lá fomos nós obrigado a mais um desvio,
desta vez o destino era Szombathely. No concessionário da Yamaha Magyar fomos
muito bem recebido e algumas pessoas viram o nosso trajecto da viagem,
inclusivamente o dono do concessionário que infelizmente não falava Inglês, mesmo
assim convidou-nos para ir tomar café com ele e mantivemos um diálogo algo peculiar,
note-se também que não foi cobrado qualquer valor pela tal tampa do óleo do motor.
Seguimos depois viagem que ainda faltavam alguns quilómetros para chegar a
Budapeste e desta vez queríamos mesmo ir lá Jantar. O resto do caminho foi feito a um
bom ritmo, pese apanharmos algum vento e chuva pelo caminho, facto que já começava
a fazer parte dos finais de dia.
Yamaha em Szombathely
Chegada a Budapeste
Chegámos a Budapeste ainda de dia onde fomos muito bem recebido pelos nossos
contactos locais, membro da Polícia Húngara. As nossas motas ficaram guardadas no
centro de Budapeste na sede da Policia e o resto da noite foi-nos mostrado um pouco do
que era Budapeste, fomos Jantar ao bairro Cigano a um óptimo Restaurante e fomos
ainda tomar um copo a um bar da Polícia imagine-se. Á entrada e como ia no fim o
porteiro achou que eu não tinha cara de Polícia e barrou-me a entrada dizendo que era
um bar só para Polícias, depois a Schila notou que eu não tinha entrado e veio buscarme dizendo que eu era um colega Polícia de Portugal ...
Foi assim o final de dia em Budapeste com alguma animação e descontracção que já nos
fazia falta visto termos um inicio de viagem bastante atribulado, começávamos a
acreditar então que o pior já tinha passado e que melhores dias viriam com certeza.
A magnifica sopa com que nos pudemos deleitar
O Jantar em Budapeste onde já estávamos mais
descontraídos
Policia de Budapeste?
Vista da entrada do Bar da Policia de Budapeste
Dia 7 : Budapeste –Bratislava(200)
Neste dia dormimos até mais tarde que o habitual visto que só tínhamos 200
quilómetros para fazer naquele dia. Fizemos um passeio a pé por Budapeste e depois a
Schila veio ter connosco para almoçar, depois disso fomos dar uma volta rápida que
locais mais emblemáticos de Budapeste de carro dai não haver registos fotográficos,
neste caso foi mais uma visita turística a correr, penso que Budapeste vai ser um local
de passagem numa das próximas viagens.
Um eléctrico em Budapeste
Um excelente exemplo dos carros locais
Depois soubemos que no dia anterior circulamos na auto estrada sem comprar o passe
que permitia circular, esse passe é vendido nas bombas de gasolina e a ausência dele é
controlado por câmeras que identificam a matricula e verificam se a mesma pode
circular ou não, foi-nos dito que também não deveríamos ter grandes problemas pois a
Polícia não tinha grande meios para nos apanhar em caso de tentar, mesmo assim
acabámos por comprar o tal passe para que não viéssemos a ter qualquer tipo de
problema com as autoridades locais.
Depois das despedidas e dos agradecimentos seguimos viagem rumo à Eslováquia e a
Bratislava, o resto da viagem ocorreu sem grandes problemas e a um bom ritmo embora
já não tivéssemos conseguido chegar a horas decentes.
Em Bratislava tínhamos outro dos contactos que o Pedro tinha feito que nos recebeu
muito bem. Combinámos encontrar-nos com ele, foi ter connosco de mota uma vez que
também andava de mota, tinha comprado há pouco tempo uma África Twin. Fomos
depois conduzidos ao local onde ficámos alojados que era o Hotel existente dentro da
Universidade de Bratislava, um excelente local a preços convidativos. Depois de
estarmos alojados foi tempo de ir Jantar qualquer coisa rápida uma vez que já era bem
tarde, acabámos por jantar algo numa bomba de gasolina ao lado da Universidade e
depois foi tempo para uma incursão nocturna em Bratislava, tínhamos um discoteca
mesmo ao pé do local onde ficámos alojados, foi mais um momento para nos
descontrairmos e pensar positivamente no resto da viagem, acho que a nossa sorte
começava então a mudar.
Dia 8 :Bratislava - Carcóvia (497)
O dia não começou muito cedo pois no dia anterior deitámo-nos não muito cedo.
Fomos buscar as nossas motas que tinham ficado muito bem guardadas na garagem do
Hotel uma vez que Bratislava é uma cidade com um índice elevado de roubos, nada
seguro para motas segundo nos tinha dito o nosso contacto local.
Aspecto dos quartos em Bratislava
Garagem onde ficaram bem guardadas as motas
Fomos tomar o pequeno almoço ao centro, um English Breakfast para começar o dia
pois já era quase hora de almoçar. No centro de Bratislava tempo também para tirarmos
uma fotos e em seguida arrancar pois seria um dia com mais quilómetros do que
estávamos habituados nos últimos dias.
Pequeno almoço no centro
A chegada ao local do pequeno almoço
Foto da praxe
Bratislava
Arrancámos de Bratislava a caminho das montanhas Tatra, fronteira natural com a
Polónia. Tínhamos de chegar cedo a Carcóvia pois estávamos atrasados nos planos e o
apartamento que reservámos já não estava disponível, portanto o objectivo era chegar
ainda durante o dia para que tivéssemos tempo de procurar alojamento.
Aspecto de Bratislava
Castelo ainda na Eslováquia
A viagem percorreu a um bom ritmo, para variar quase a chegar à fronteira apanhámos
chuva outra vez, facto que já fazia parte da rotina diária. Realmente este local da
Eslováquia vale a pena a passagem, é um local com paisagens extraordinárias.
Rio nas montanhas Tatra
Paragem para vestir fato de chuva
A Strom sempre com a bandeira de Portugal
Aspecto do Rio
Entretanto a hora do almoço já tinha chegado e até passado, não tínhamos dinheiro
suficiente para pagar o almoço dos três dai procurarmos um restaurante com pagamento
com cartão de crédito, parámos em vários pelo caminho e nada, já desesperados
finalmente encontramos uma bomba de gasolina com o símbolo que tanto ansiávamos
Visa, Mastercard!
Montagem da câmara no Manfrotto
Algumas motas locais
O belo do almoço
A fome já apertava
Mais uma vez o repasto foi umas sandochas que souberam maravilhosamente e qualquer
coisa para beber, atestar depósitos e estrada novamente.
Os autocolantes que procurávamos, Visa!
Velka Letna Sutaz???!
Foi a despedida da Eslovénia e a entrada na Polónia, objectivo simbólico desta viagem.
Com a entrada na Polónia uma boa nova, a chuva tinha parado embora as estradas
mostrassem que íamos enfrentar muitos quilómetros complicados que obrigava a que a
atenção estivesse sempre no máximo.
Saída da Eslovénia
A entrada na Polónia
Polónia
Aspecto da Polónia
Os 93 quilómetros que nos separavam de Carcóvia foram feito a um bom ritmos
permitindo assim que chegássemos a horas decentes para procurar alojamento.
Bled
Entrada da Eslovénia
Depois de algumas voltas na cidade encontrámos um local com Internet onde podíamos
consultar as outra alternativas de alojamento que tínhamos feito na nossa pesquisa de
preparação da viagem, isto porque não encontrávamos na informação impressa sobre
Carcóvia. Entretanto para um casal Polaco com um Honda Transalp a pedir ajuda, a
Transalp era das primeiras e tinha muitos quilómetros, estavam a pedir-nos um pouco
de óleo pois a mota já estava a dar sinal de falta de óleo, o Pedro tinha com ele óleo de
forma a que ajudámos o casal Polaco a seguir viagem. Trocámos alguma impressões,
ficaram muito surpresos por sermos de Portugal e ao verem o trajecto da nossa viagem.
Depois de consultada a informação necessária na Internet partimos em busca de
alojamento, não tivemos muita sorte nas várias tentativas, ou era muito caro ou então os
diversos locais que tentámos estava cheios, isto porque Carcóvia é uma cidade
muitíssimo turística, principalmente nesta altura do ano.
Finalmente, e já de noite um Polícia Polaco recomendou-nos um Hotel à saída da
cidade, o Hotel System onde tivemos vaga e podemos acomodar-nos muito bem, a nós e
às motas que ficaram bem guardadas na garagem.
Depois de nos acomodarmos e como já era bem tarde acabámos por fazer a introdução à
gastronomia Polaca no Restaurante do Hotel, com uma qualidade muito boa sem
dúvida, com o aconselhamento do nosso especialista em comida Polaca Tito podemos
deleitar-nos com o magnifico Jurek, Pieroguis, etc.
Depois ainda fomos dar uma volta até à cidade, desta vez de Taxi embora não tenhamos
ficado até muito tarde pois no outro dia tínhamos um dos pontos altos em termos
culturais Auschwitz.
Internet Café
Jantar no Hotel
Pieroguis
Zupa maravilha, Jurek!
Dia 9 : Carcóvia - Auschwitz - Carcóvia (150)
Até parecia mentira, pelo primeiro dia não tínhamos que arrumar a trouxa para seguir
viagem, finalmente íamos ficar dois dias no mesmo local, grande luxo depois de 8 dias
de viagem e cerca de 4600 quilómetros percorridos.
Acordámos para tomar o pequeno almoço no Hotel e em seguida dirigimo-nos para
Auschwitz, este foi um dos momentos altos da viagem sem margem para dúvidas. É um
local que acho que toda a gente deveria visitar, por ser um local que marca que por lá
passa.
Auschwitz
O arame farpado
Aspecto do campo de concentração
Entrada em Auschwitz
Decidimos visitar o local sem guia pois não pretendíamos demorar muito tempo nesta
visita, diga-se de passagem que não é necessário pagar nada para visitar o campo de
concentração. Há imagens que mesmo hoje em dia se tornam impressionantes e que a
organização do campo pretende mesmo que assim seja, como exemplo dou as várias
vitrines com bens das pessoas que foram executadas neste campo de concentração:
vitrines só com óculos, com calçado, etc.
Cabina do vigia
Halt
Depois da visita que acho que marcou cada um de nós foi tempo de voltarmos a
Carcóvia e pelo caminho almoçamos num restaurante de estrada. O almoço foi óptimo,
diga-se que a gastronomia Polaca é excelente.
Bled
Entrada da Eslovénia
Bled
Entrada da Eslovénia
De volta ao Hotel tínhamos algum tempo para relaxar, foi tempo de utilizar a piscina e a
Sauna do Hotel e para o Tito foi tempo de utilizar também o Ginásio. Depois ainda
tivemos tempo de ir deixar uma mensagem na Internet, no meu caso no fórum V-Strom,
um dos raros casos em que isso foi conseguido durante a viagem inteira.
Bled
Entrada da Eslovénia
Fomos depois jantar a Carcóvia a um restaurante bem no centro da cidade, mais um vez
tivemos oportunidade de saborear a óptima culinária. Um dos factos curiosos é a
cerveja, aqui serve-se a cerveja quente, isso mesmo, para nós Portugueses que gostamos
da cerveja bem gelada é um autêntico sacrilégio! Neste caso bastou reclamar para que
nos trouxessem a mesma cerveja mais fria, embora que ainda não estivesse no ponto
gelado que nós gostamos já estava menos mal.
Bled
Entrada da Eslovénia
Bled
Entrada da Eslovénia
Outro dos factos curiosos que pudemos observar nesta cidade é o florescimento dos
restaurantes de Kebab, em cada esquina havia um!
Bled
Entrada da Eslovénia
Como não podia deixar de ser, em qualquer cidade em que passássemos que tivesse
Deutsche Bank tínhamos de tirar uma foto da praxe, as saudades do trabalho não eram
assim tantas mas ...
Ainda tivemos tempo de ir tomar um copo a alguns bares típicos de Carcóvia e depois
Hotel para descansar que no dia seguinte voltaríamos à estrada.
Deutsche Bank Private and Business Clients Krakow
Dia 10 : Carcóvia – Varsóvia (443)
Depois do check out no hotel voltámos à estrada, antes decidimos passar pelo centro de
Carcóvia para tirar umas fotos durante o dia.
Vista do Centro de Carcóvia
Deutsche Bank Krakow
Depois de uma rápida visita ao centro de Carcóvia tempo de nos fazermos à estrada,
tínhamos cerca de 450 quilómetros pela frente e aqui este número de quilómetros custa
um pouco mais a fazer, um dos pontos negativos da Polónia são as estradas, são
péssimas e quando digo isto é mesmo verdade, só para terem uma ideia os rodados dos
camiões estão marcados na estrada fazendo dois sulcos em cada direcção, são estradas
mais indicadas para Trails e mesmo assim sofre-se um pouco. Felizmente os condutores
na Polónia facilitam muito as motas e sempre que se dão conta da nossa proximidade
deixam-nos passar mais facilmente. Chegámos ainda cedo a Varsóvia onde tínhamos
outro contacto do Pedro Gomes, planeávamos passar a noite num centro de treinos da
Polícia Especial Polaca, depois de falarmos com o nosso contacto fomos encaminhados
para o local onde ficámos – Legionowie que fica nos arredores de Varsóvia, a cerca de
20 quilómetros do centro.
Warszawa
Foto da praxe
Chegados ao centro de treinos esperámos que o nosso contacto nos viesse buscar à
porta, fomos recebidos muito bem e certamente este seria o local onde as nossas motas
ficariam mais seguras durante a noite!
Nessa noite fomos Jantar ao centro de Varsóvia e depois regressamos para descansar
pois o dia tinha sido cansativo e no próximo dia o objectivo seria o local que marcava o
objectivo da viagem, sendo o ponto mais longe de Portugal e também marcante porque
significava que a viagem tinha chegado a meio. A partir de aqui tecnicamente
estávamos a regressar a Portugal mas na prática ainda tínhamos muita coisa para ver e
muitas aventuras para viver, felizmente estava tudo a correr muito bem depois de
inicialmente vermos as coisa mal paradas.
Na entrada do Centro de treinos
Centro de Treinos da Policia Especial
Dia 11 : Varsóvia – Gdynia (340)
Depois de uma noite bem dormida acordamos relativamente cedo para nos fazermos ao
caminho. Olhando pela janela já dava para ver os Policias a fazer o exercício matinal, o
nosso exercício vinha já a seguir, o caminho até ao local que seria o objectivo teórico da
viagem – Gdansk.
Vista do quarto
Vista da entrada “Hotel”
Depois das despedidas do Centro de Treinos parámos na primeira bomba de Gasolina
para reabastecimento tanto de motas como de pilotos. O pequeno almoço habitual,
sandocha e sumo e a caminho que se faz tarde!
Símbolo do Centro de Treinos
Tito a dar ao dente
O meu pequeno almoço!
Foto já a caminho de Gdansk, será mesmo a Polónia ou
estaremos numa qualquer estrada Alentejana ?!
O caminho não teve grande incidentes, já nos começávamos a habituar às estradas
polacas... Mais ou menos a meio caminho entre Varsóvia e Gdansk, sabe-se lá aonde
parámos para almoçar num Restaurante que nos pareceu simpático. A escolha da
ementa foi muito engraçada, uma vez que não tinham traduções para inglês e também
ninguém no Restaurante falava outra língua sem ser a materna, da nossa parte apenas
sabíamos que a sopa iria ser o magnífico Jurek que fazia parte do nosso “menu” habitual
desde que entramos na Polónia, engraçado era que cada sitio a receita parecia mudar um
pouco e quanto mais subíamos melhor a receita ficava, este então vinha num pão, foi
mesmo a primeira vez em que para começar a comer uma sopa comecei pelo tampa,
muito bom mesmo! Quanto ao resto, uns tiveram mais sorte que os outros nas escolhas
aleatórias do prato. Depois ansiávamos por um café e como era hábito desde há algum
tempo até tínhamos receio em pedir um, as nossas suspeitas confirmaram-se, este foi
sem dúvida o pior café (ou direi cevada?) que bebemos, ou melhor não bebemos ...
O Rancho!
Magnifica Zupa!
Muito bom, O Jurek é muito bom!
Humm, já bebi cafés melhores ...
Depois do almoço hora de continuar a viagem. O único facto a salientar a partir daqui
foi o inicio da chuva, começou a chover e com o aproximar de Gdansk foi piorando até
que quando entramos na cidade começou a chover torrencialmente, houve um momento
em que um carro da polícia me ultrapassa pela direita e levei com um onda de água que
fiquei alguns 5 segundos sem ver nada à frente. Depois parámos para telefonar ao nosso
contacto local e abrandou um pouco a chuva. Depois de termos as indicações de onde
era a casa onde íamos ficar seguimos para lá onde nos esperava o nosso amigo Polaco.
Á saída do Rancho
O quarto
Ficámos em Gdynia que é ao lado de Gdansk. Aquela zona é constituída por 3 cidades
pegadas uma à outra: Gdynia é o local mais habitacional, Gdansk é a parte mais antiga e
onde tem a cidade histórica e finalmente Sopot zona de Praia e também de actividade
nocturna.
Depois de nos instalarmos fomos Jantar a uma Pizzaria que tinha ao lado do local onde
nos alojamos e depois fomos conhecer um pouco de Sopot para descontrair!
Copacabana Beach Party
Desta vez as motas ficavam a descansar na Garagem e fomos de Taxi até Sopot, a noite
estava chuvosa e não era muito confortável irmos de mota. A noite passou-se bem,
apesar de ser Terça Feira a até estava movimentada. No dia seguinte teríamos um dia de
descanso, a próxima noite iria ser passada com certeza em Gdynia.
Dia 12 : Gdynia - Gdansk - Gdynia (72)
No dia seguinte aproveitamos para recuperar algumas horas de sono e levantamo-nos
mais tarde. Depois de almoçarmos num local a caminho de Gdansk aproveitámos para ir
visitar a parte histórica.
Torre em Gdansk
Rua movimentada em Gdansk
Depois de uma volta pelo centro fomos até aos correios assinalar o meio da viagem com
um postal para as pessoas mais queridas, era objectivo também encontrar um local com
Internet para mandar noticias para alguns fóruns bem conhecidos mas não tivemos
muito sorte na procura e tivemos que adiar esse objectivo.
Aspecto dos edifícios no centro
Entrada dos correios
Tito a posar para a foto
Edifícios históricos no centro
Gdansk
Outro edifício curioso
Um canal
Depois de um passeio pelo centro demos um salto até à praia para tocar na água do mar
adriático como dizia o Pedro por engano, afinal e apesar do tempo não estar para
grandes mergulhos acabou por dar um mergulho no mar Báltico!
A foto da praxe em frente ao mar Báltico
Pedro Gomes em delírio total no mar adriático !?!?
Aspecto da praia em Sopot
Cá estou eu
De seguida aproveitamos para beber uma Tyskies num bar de praia que por sinal estava
muito animado.
Depois e mais uma vez o Jantar foram as belas Pizzas do tasco ao lado da casa onde
ficamos alojados, desta vez regadas com coca-cola com cheirinho.
Bar na praia de Sopot
As belas das Pizzas
Nessa noite lá fomos mais uma vez picar o ponto até ao Copacabana Beach Party. Para
variar fomos de transportes públicos, nada melhor do que apanhar um autocarro para
poupar uns trocos e estar mais em contacto com os habitantes locais.
O cheirinho
Orgulhosos nos transportes públicos
Esta noite estava ainda mais animada que a
anterior, a música do Copacabana é agradável
e é também muito bem frequentada por sinal.
Foi mais uma noite de descontracção. Em
seguida iríamos ter alguns dias um pouco mais
complicado pela frente como vão ter
oportunidade de saber....
E tirámos bilhete e tudo!
Dia 13: Gdynia - Poznan (401)
Mais outro dia, tínhamos decidido na noite anterior seguir viagem para a República
Checa nesse dia. Depois de arrumar a tralha e carregar as motas que estavam muito bem
guardadas na Garagem da casa, diga-se de passagem que guardar as motas num local
seguro é um ponto obrigatório nestas paragens. Eu próprio fiquei surpreendido ao ver o
nosso amigo Polaco a fechar a garagem por fora e também pôr umas trancas por dentro,
parece que o índice que roubos é elevado por aqui embora para nós não se fizesse notar
essa insegurança.
O nosso objectivo para o dia era passar por Malbork no caminho para visitar o local do
qual tínhamos boas referências e depois seguir caminho para entrar na República Checa
ainda nesse dia e pernoitar perto de Liberec.
A arrumar a trouxa
A garagem onde dormiram as meninas
Foto da Praxe na placa onde diz Gdansk
E mais uma
Saímos de Gdansk já com chuva, o dia prometia água ... Rapidamente chegámos a
Malbork onde visitámos apenas por fora o maior castelo teutónico do Mundo. É sem
dúvida um local que vale uma passagem embora seja iminentemente turístico, imaginese que cheguei a ouvir falar Português perto de um dos autocarros de turismo que
estamos estacionados.
Vista do Castelo em Malbork
Vista do rio em Malbork
Foto de família com o castelo em fundo
Entrada da Eslovénia
Depois das fotos da ordem lá continuámos a nossa viagem, dia muito complicado uma
vez que a partir de aqui apanhámos chuva pelo caminho.
Paragem para almoço numa bomba de gasolina no caminho e também para enxugar um
bocadinho.
O que se faz para tirar uma foto ...
Ui, que fomeca
Venha a sobremesa!
Parece-me bem!
E depois foi sempre a apanhar chuva até Poznan, local onde decidimos ficar nessa noite
mudando os planos que tínhamos definido. Depois de 400 km naquelas estradas
terríveis e debaixo de chuva não conseguimos fazer mais km naquele dia. Depois de
uma voltas à cidade lá encontramos um Hotel IBIS e por ai nos ficámos nessa noite, foi
dos únicos dias em Jantamos no Hotel e fomos directamente para os quartos, imagine-se
o cansaço ...
O ninja de São Marcos
Depois de uma valente molha no Ibis
Dia 14: Poznan - Praga (510)
O dia seguinte acordou mais soalheiro e apanhámos menos chuva. O objectivo do dia
era então Praga, local onde planeávamos passar três dias.
Os fatos de chuva ficaram a secar
Nas garagens
A vestir o belo do fato de chuva
O maltrapilho
Este dia correu sem grandes factos a ressalvar, tanto apanhávamos chuva como parava
um pouco, depois chuva outra vez e foi assim até Praga.
Mais uma foto de grupo na entrada da República Checa
Paragem antes da linha do comboio
A mais ou menos meio do caminho em termos de km demos a bombada às nossas
motas, limpeza de carburadores com patrocínio Faher, a partir daqui a Diversion tinha
que apertar o passo pois a V-Strom e a XX estavam com novo fôlego.
A bombada na Strom
Toca a misturar
A bombada na XX
O camião XX
Ao entramos na República Checa telefonei à Silvie, o nosso contacto na República
Checa que estava à nossa espera precisamente em Praga para nos levar ao local onde
ficaríamos alojados.
Ficámos alojados numa vivenda espectacular com uma vista excelente sobre Praga,
realmente a Silvie foi impecável durante o tempo todo, o meu Obrigado para ela. Depois
de nos alojarmos convenientemente fomos até ao centro de Praga, mais uma vez as
motas ficavam bem guardadas na Garagem. A casa onde ficámos estava perto de uma
estação de metro, como se aproximava a hora de Jantar aproveitamos um restaurante na
por cima da própria estação de metro que se veio a revelar excelente, este era não
turístico, frequentado apenas por Checos, mesmo aquilo que procurávamos.
Dia 15: Praga (0)
Quem disse que nesta viagem foi sempre a andar ? Quer dizer, sempre a andar até foi ...
sempre de mota é que não. Decidimos neste dia ir passear por Praga, sempre de
transportes públicos. Existe um bilhete que diário que dá para utilizar qualquer
transporte público, desde o metro, passando pelo autocarro até a eléctrico. Pois é, nós
utilizamos e bem esse bilhete, fartámo-nos de andar de transportes para um lado e para o
outro, muitas vezes até de um forma aleatória, do género saiamos de um autocarro e
como queriamos num determinado sentido apanhávamos um que fosse para esse lado,
até correu bem ...
As escadas que tínhamos de subir e descer no caminho para o
metro
Bankrot ?!?!?
Pedro a descer o metro
Pu quê?! Praha 1 pois claro ....
Realmente Praga é verdadeiramente bonita, todo o centro parece um museu, qualquer
edifício parece um monumento e depois as várias pontes que existem na cidade fazem
ainda mais bela a cidade, sem dúvida uma das cidades mais bonitas em que estive.
Vista espectacular de Praga
Outra perspectiva
O castelo ao fundo
Um Hummer
O nosso dia foi passado a andar para um lado e para o outro da cidade, não há grande
factos a relatar, as fotografias falam por si.
Estádio do Sparta
Uma igreja
Os edifícios são espectaculares
O Câmera Pedro Gomes em grande estilo
Uma máquina!
Gambrinus aqui é marca de Cerveja
O dia resumiu-se a andar e andar, e fotografar e apanhar um transporte para outro lado e
andar e fotografar, vamos passar antes às imagens que falam por si:
O belo do almoço, Pizza e andar
Olha nós nos transportes Públicos, até parecemos uns turistas
O único facto a assinalar foi mesmo quando pensámos em voltar para casa ... Já
começava a ficar na hora e pensámos que estaríamos algo afastados, puro engano,
depois de termos apanhado o metro, não sei quantos autocarros e não sei quantos mais
eléctricos, de repente algum de nós começou a reconhecer a zona e exclama: olha, estou
a reconhecer isto, estamos perto de casa! Incrivelmente era verdade, estávamos mesmo
numa paragem próxima de casa, a nossa sorte tinha mudado como já tinha previsto
atrás!
O eléctrico que nos trouxe a casa!
Simpáticas as meninas!
Estou tão feliz!!!!
A nossa casa!
Praha 8
A planear o dia seguinte
Depois de voltarmos a casa para falar um pouco como seria o próximo dia e também
para descansar um pouco, pois é, agora me lembro como ainda me custava andar nesta
altura, as mazelas do acidente de Montepllier ainda se faziam sentir, mas quem corre
por gosto ....
O Jantar dessa noite já estava decidido onde seria por unanimidade, a Cervejaria
tipicamente Checa da estação de metro seria a escolhida, e eu pelo segundo dia
consecutivo ia Jantar o magnifico Joelho de Porco, muito bom mesmo! E hoje podia
tirar fotografias pois no dia anterior não tinha trazido a máquina.
O metro
Prato típico, muito booooooom!
Humm, também não fiz uma má escolha ...
Epá, fui enganado, devia ter escolhido o Pernil, aqui não há
Naco mas ...!
Depois do belo repasto fomos tomar um copo com outro contacto que tínhamos em
Praga, uma Portuguesa que estava a trabalhar há algum tempo na cidade. Fomos tomar
um copo com ela e com uma Inglesa que também trabalhava em Praga, foi um serão
agradável onde voltamos a falar Português com alguém a não ser nós os três, o que
depois de algum tempo até soube bem, embora durante o serão o Inglês tenha sido a
lingua utilizada por causa das senhora Inglesa, é engraçado estar em Praga a tomar um
copo com uma Portuguesa de Sesimbra e ainda por cima em Inglês! O serão passou-se,
e depois ainda tivemos oportunidade de acabar a noite na tão badalada discoteca
Karlovy Lazné, pura desilusão, as modelos Checas que faziam o meu imaginário
daquela discoteca transformaram-se de repente em adolescentes Ingleses e ainda por
cima completamente bêbados! A discoteca até tem potencialidade, mas mal frequentada
não tem grande piada, era até há algum tempo a maior discoteca da Europa (não sei se
ainda é), se não me engano tem 10 andares com e cada andar com o seu estilo de
música. Bem, acabamos, por subir até ao último andar, descer e ir embora, foi uma
visita rápida!
Acabamos por ir a mais uma ou duas discotecas mas sem grande sorte, parece que nesta
altura os Adolescentes Ingleses florescem do chão, a noite realmente não estava com
grande ambiente, acabámos a noite numa discoteca na zona habitacional perto da nossa
casa que era já mais agradável, ou seja, com menos Ingleses ... mas nada de especial,
Julho não é decididamente uma boa época para sair à noite em Praga.
O badalado Relógio
Deutsche Bank, até aqui me perseguem!
Karlovy Lazné
Dia 16: Praga – Jested - Praga (260)
Outro dia em Praga, como já estávamos com saudades da estrada e das nossas motas
decidimos dar um salto a um local perto de Praga (100 e poucos km) que tínhamos
falhado devido aos atrasos com a chuva que apanhámos a partir de Gdansk. Dito e feito,
depois de um belo de um pequeno almoço no jardim da nossa casa (sim, até tinha
jardim!) lá nos pusemos à estrada.
Os 3 da vida airada
Paragem para foto artística
Depressa chegámos a Liberec, mesmo a tempo de almoçar, o nosso objectivo era ir
visitar o Hotel Jested, local onde tínhamos planeado passar um noite no caminho para
Praga, assim acabámos por ir lá almoçar.
Paragem em Liberec
Jested ao fundo
Muitas motas pelo caminho, principalmente com matrícula Italiana, andava lá um grupo
de Italianos com Sucatis, Ducatis quero dizer, se o Bruno tivesse vindo connosco na
viagem e se a Sucati tivesse aguentado até aqui ter-se-ia sentido em casa!
A GS até tem bom aspecto ….
O belo do menu ...
O restaurante vale mesmo pelas vistas e pela cerveja uma vez que a comida não é nada
de extraordinário, vale pela parte arquitetónica também, este Hotel teve alguns prémios
internacionais de arquitectura.
A bela da Pilsner
Epá, nesta mesa é só cerveja ...
Toca a beber ...
Que remédio, 1 litro e .... já me perdi
Ainda faltam mais alguns litros ....
Também estamos a comer!
Também aqui não há muito mais a dizer, tiraram-se muitas fotos, algumas das quais
podem ver de seguida. Tínhamos combinado com a Silvie e umas amigas dela um
passeio por Praga, elas iriam ser as Cicerones Turísticas, por isso não podíamos
demorar-nos muito.
Vista fantástica sobre a República Checa
O Hotel em Jested
Outra perspectiva da vista de Jested
Antes de ir deixar as motas a casa para ir ter com a Silivie e companhia tempo ainda
para mais umas fotos à beira rio.
Paragem para mais umas fotos
Vista sobre Praga
Ai está a bófia Checa...
Depois, deixamos as motas em casa e fomos ter com elas ao centro da cidade. Fizemos
um agradável passeio a pé pela cidade e fomos assim a locais que de outra forma não os
conheceríamos com certeza.
Na Charles Bridge
As nossas guias locais
Esta escada é conhecida por um filme qualquer do Bond ... ou
direi Strom, V-Strom
Desta vez foi o Tito que fez de repórter fotográfico, disparou e disparou, algumas das
fotos ficaram excelentes mesmo. O problema mesmo é de identificar os monumentos e
locais que ele fotografou, ainda vou tentar ...
O Parlamento
Kampa?
Depois, e com o anoitecer, o Jantar era o próximo passo, levaram-nos a Jantar a um
local tipicamente Checo, ou seja, onde os Checos vão comer. É porque realmente há
uma grande diferença em termos monetários entre os locais para turista e os outros, não
é que a comida seja algo do outro mundo nos outros locais mas vale a pena, pelo menos
é típico.
Temperatura amena para Praga
Cá está a bela da Gambrinus!
Lá se passou um bom Jantar e depois fomos dar mais um passeio para digeri-lo. Meus
amigos, Praga é bonita de dia, mas à noite é uma coisa estrondosa. Acho que as fotos
que vêm a seguir também conseguem falar por si.
Dia 17: Praga – Insbruck (609)
Tínhamos acabado os dias de descanso, a partir de agora encetávamos o regresso a casa.
Os grandes motivos de interesse da viagem ficavam para trás embora ainda faltasse uma
zona que se revelou para mim como uma das mais bonitas das que passamos como já
também se previa.
O objectivo do dia era andar até nos fosse possível de forma a ficar o mais próximo dos
Alpes. Assim, metemo-nos à estrada e fizemos a primeira paragem em Ceský Krumlov,
cidade património da humanidade, demos uma volta e disparámos mais umas fotos até
que fomos almoçar por ali, também começava a chover e o assim não ajudava a grandes
“turismos”.
O Tito continua a semear as coisas pelo caminho
Ceský Krumlov
Património da Humanidade
Bela espetada
Ali está uma bandeira de Portugal!
Ténis Centrum, o local do Almoço em Karlovy Vary
Depois foi sempre a andar, pelo caminho apanhámos chuva para variar, entramos na
Alemanha pelo auto-estrada e depois entramos rapidamente na Áustria novamente, foi
mais um País para a contabilidade da viagem.
Rápido que ela está a cair!
Paragem para vestir fatos de chuva
Entrada na Áustria
Chuva ..
Chegámos perto de Insbruck já quase de noite e decidimos passar por lá a noite, bem
andámos à procura de Hotel relativamente em conta mas não tivemos muita sorte, ou
estavam lotados ou não tinham garagem. Assim lá conseguimos encontrar um com
garagem e decidimos ficar por ali pois já estávamos muito cansados e cheios de fome.
Nessa noite foi Jantar e ir dormir pois mais um dia de chuva tinha feito mossas, no
próximo dia queríamos também desfrutar dos Alpes.
Chuvinha, já tínhamos saudades
Epa, Insbruck não me está a inspirar muita confiança, não sei
porquê ....
Vamos lá comer
Já cá faltava o Mototurismo gastronómico
Açúcar para todos os gostos
Dia 18: Insbruck - Flims (486)
O madrugar foi relativamente cedo, e foi com uma vista magnifica que nos deparámos
logo de manhã! Como tínhamos chegado durante a noite não nos conseguimos dar conta
da beleza do local, afinal estávamos já na zona do Tirol.
No Tirol
O nosso hotel em Insbruck
Vista sobre o Tirol
Uma bela Harley na garagem do Hotel
De seguida o objectivo era encontrar um Internet Café para ler os mails e também
mandar notícias para uns certos fóruns ... Este revelou-se a Internet mais cara que
paguei até hoje, 3 imperiais e cerca de meia hora de Internet valeu 25€, uma quantia
interessante sem dúvida, dávamo-nos conta que tínhamos entrado num mundo
economicamente diferente do que enfrentámos até então!
A mensagem do fórum V-Strom mais cara da minha vida ....
Em Andamento já nos Alpes
Um dos muitos túneis
A vista já começava a ser espectacular
Daqui para a frente começamos a desfrutar dos Alpes, a paisagem excelente e as
estradas cheias de curvas mesmo a pedir condução, este é também um dos prazeres de
viajar de mota, as pessoas tendem a dizer que é longe, mas quando se desfruta do
caminho nada é longe!
Paragem para tomada de decisão
Um dos nossos objectivos nos Alpes era fazer alguns dos muitos “Passes” que os Alpes
têm, este local vale sem dúvida que se gaste mais algum tempo, talvez em outra
oportunidade. O Pass. deste dia era o Passo Dela Stelvio.
BTT nos Alpes
Um lago no cimo da montanha, espectacular
Subida para Passo Del Stelvio
A subida começou até ao Passo Dello Stelvio e fez-.se em grande parte numa estrada de
terra, terreno de predilecção para a V-Strom embora a XX e a Diversion se tenham
aguentado na perfeição, sem nada a apontar!
2307mts
Curvas e mais curvas até ao cimo, entrada em Itália, entrada na Suíça, saída da Suíça,
entrada na Itália novamente, uma grande confusão, até que lá chegamos ao local
pretendido a 2758mts de altitude, escusado será dizer que as vistas são fenomenais,
como o Tito diz: “nos Alpes já me fartava de ver coisas bonitas”, e é bem verdade!
Chegado ao passo
A Diversion em terras Suíças
É só curvinhas!
Ai estou em em grande domínio
Depois da subida a descida fez-se pelo mesmo sitio, a partir de agora íamos continuar a
nossa viagem até aonde conseguíssemos e depois pernoitaríamos num parque de
campismo algures nos Alpes.
XX
A ver até onde curva ...
É até raspar com as malas no chão!
Dito e feito depois de alguns km lá encontramos uma localidade – Flims, com um
parque de campismo, como já era de noite foi montar tendas e ir Jantar.
Fomos Jantar a um Restaurante muito agradável, mais propriamente um a Pizzaria. Tive
o azar de escolher uma bela Pizza de nome Inferno que realmente tinha ido buscar o
nome a algum lado .... Era mesmo super picante e parece que habitualmente não era
escolha de muita gente, digo isto pelo ar de riso dos empregado do Restaurante,
principalmente o que metia as ditas no forno. Com algum custo e regado a alguma
cerveja lá consegui comer a Pizza. O melhor estava ainda para vir, a sobremesa era
excelente tanto de aspecto como de sabor!
Sobremesa maravilha
Isto com a Pizza Inferno é sempre a beber!
Dia 19: Flims-Aiguebelette Le Lac (318)
Em breve íamos deixar os Alpes, a partir daqui a viagem ficava mais com o objectivo
do regresso a casa e menos de ver locais pré-definidos, esta parte da viagem não estava
muito bem definida, era um pouco ao sentido dos km que conseguíamos fazer nesse dia.
Belo parque de Campismo em Flims
Toca a acordar, estes funcionários Públicos ....
A bela da tenda light
Pequeno almoço bem carote ...
Depois de pagarmos uma pipa de dinheiro por um pequeno almoço que se baseava em
croissaints lá arrancamos nós para o que seria um dos pontos altos da viagem.
Os Alpes são um paraíso para os motards. Foram dezenas de vezes que utilizei o
cumprimento em V. Até cansava e imagine-se fui sempre correspondido!
Alpes, um show
É só curvinhas, muito bom!
Esta parte da viagem foi portanto uma bela maneira de “arredondar” pneu e ficar farto
de curvas e curvinhas de todo o tipo e feitio: rápidas, lentas, em U, a descer, a subir.
Resumindo: uma chatice! Na realidade não tem muita história esta parte da viagem, foi
só mesmo desfrutar e por este tipo de trajecto a minha velha máxima toma ainda mais
sentido: “viajar de moto não é chegar a um destino, é tirar partido da viagem para
chegar a um destino”.
Imagine-se no Inverno esta Paisagem
O belo GPS que nos guiou em algumas partes da viagem
Uma parte que nunca deverá degelar
Temos de fazer isto tudo, bahh
E mais ....
E mais ...
E mais ...
Por fim mais ...
Um almoço daqueles para despachar ...
Chamonix é por ali
Bela paisagem
Preparação da foto ...
Depois é que descobrimos que o tripé sobe ....lolol
Preparada
A neve ainda se mantêm
Esta foto deu algum trabalho
Neve e verde, belo contraste
Saímos dos Alpes via Sion (A9) em direcção a Martigny e depois Chamonix. Chegados
a França podemos também tirar partido de algumas estradas de montanha. Entretanto e
para animar um pouco surgiu mais uma contrariedade. Realmente já há muito tempo
que não nos acontecia nada! Desde a fronteira da Hungria se bem me recordo! Um furo
no Pneu da Diverson do Pedro que prontamente foi resolvido como se pode ver nas
fotografias seguintes. O “mecânico” Tito a dominar o esquema!
Furo ...
O belo do Kit de Furos lá serviu
Ai está ele
É só empurrar!
Depois cortar
E tá novo. Pronto para rodar primeiro a medo mas mais à
frente já na maior
Corte final
O Português que nos indicou o Parque de Campismo
Numa paragem para reabastecer as motas chegamos à conversa com um filho de
emigrantes Portugueses que nos iria dar a dica do local para pernoitarmos nessa noite.
Por acaso foi uma excelente dica pois o Parque de Campismo era óptimo e tinha um
lago espectacular do qual não podemos tirar partido pois no dia seguinte tínhamos
muitos km pela frente com o objectivo de chegar a Biarritz.
Mais uma vez, as belas das Pizzas
Dia 20: Aiguebelette Le Lac-Ville de Bidart (914)
O amanhecer no parque de Campismo não foi muito tarde pois era dia de “papar” km.
Depois de pequeno almoço tomado apenas houve tempo para tirar umas fotos do lago e
arrancar.
O acampamento
Motard
O lago
Pelo caminho, que neste foi quase só auto-estrada ainda tivemos como companheira de
viagem a nossa amiga chuva que há algum tempo que não nos apanhava. O lema “chuva
e raios” do Pedro volto a fazer sentido. Esta surgiu uma vez durante a viagem quando
estávamos a ver a meteorologia num canal onde não entendíamos a língua e o Pedro só
dizia: pronto, amanhã lá vamos nós ter “Chuva e Raios outra vez”. Há símbolos que não
enganam!
Biarritz
Na Auto-Route
Após a secante maratona do dia embora algo molhada pela chuva lá chegámos a Biarritz
até relativamente cedo. A tarefa de encontrar um Parque de Campismo até que não foi
muito demorada. O parque de Campismo onde ficamos era dos melhores que tive até
hoje. Imagine-se que até Praia Privativa com entrada com cartão de banda magnética
tinha! Não imaginam o gosto que tivemos em dar um valente mergulho ao final do dia
com o pôr do sol que se pode ver na foto acima. Aqui, já quase nos sentíamos em casa.
Depois do belo banho foi tempo de ir até Biarritz para uma excelente refeição. Um local
a visitar nos próximos tempos sem dúvida nenhuma!
Dia 21: Ville de Bidart-Aranjuez (693)
Penúltimo dia de viagem. O amanhecer até foi um pouco mais tarde que o habitual.
Iniciamos o dia com chuva na recolha das tendas. Uma volta no parque mostrou que o
nível de vida por estas bandas é bem elevado a avaliar para os carros. Nunca vi um
parque de campismo com tantos Mercedes, BMW’s ... e por ai fora!
Toca a acordar, cambada de funcionários públicos
Toca a levantar as tendas
Amostra do tipo de carros no parque de campismo
Despedida da praia privativa
Praia Privativa
As motas no parque de campismo
Uma paragem para almoço em San Sebastian. Meia dúzia de fotos e toca a andar que se
faz tarde. A nossa rota inicial tinha sido alterada devido ao mau tempo que se sentia no
Norte de Espanha. O nosso objectivo inicial era fazer o Norte até à Galiza mas com o
tempo naquele estado era preferível evitar essa zona. Assim o local escolhido para essa
noite seria Aranjuez, bem próximo de Madrid. Local já conhecido de mim e do Tito que
tinhas sido um dos sítios onde passámos na nossa primeira viagem conjunta
denominada “2300 km em 3 dias” que tinha servido para testar as nossas capacidades.
Estacionamos as motas para Almoçar
San Sebastian
Catedral de San Sebastian
Aspecto de San Sebastian
Depois de San Sebastian lá começava outra vez a nossa senda de auto-estrada. Sem
história esta parte final da viagem. Na realidade o mais chato neste tipo de viagem é
mesmo passar Espanha. Depois de montado o acampamento foi hora de ir a uma bela
Jantarada. O local foi o mesmo da última vez. Uma noite de verão numa bela esplanada
em Aranjuez a picar. Só faltava mesmo o nosso companheiro da outra viagem, o Bruno
Oliveira que foi recordasse neste ponto da viagem. Ele que tinha imaginado esta viagem
connosco e por motivos pessoais não nos pode acompanhar.
Finalizamos a noite em grande no mesmo bar da última vez também: “Laurel del Baco”.
Á entrada do Parque de Campismo em Aranjuez
Tortilhas e Canhas
Foi só picar
E picar
E picar
Dia 22: Aranjuez-Lisboa (787)
O dia seguinte foi mais uma vez passado no auto-estrada. A vontade de chegar a
Portugal já era grande.
A arrumar as trouxas para seguir viagem
Tito a mostra o físico
Pelo caminho ainda tive um susto. O meu macaco do Lidl saltou da arranha e começou
a enrolar-se na corrente da mota. Por sorte o Tito viu o que aconteceu e fez-me sinal
para parar evitando assim piores consequências.
Lá se foi o fato de chuva do Lidl
Corrente limpinha
Já perto da fronteira ainda demos um salto a uma concentração que nos disseram que
estava a acontecer em Jaraiz de La Vera.
Jaraiz de La Vera, local da concentração
Tito à espera
Pedro em grande estilo
Aspecto da concentração
Uma XX azul
Tomámos café em cima da XX
Um dos pontos altos, a entrada em Portugal
A foto de grupo no final da viagem
A entrada em Portugal foi para mim dos momentos mais emocionantes da viagem
acreditem ou não! É óptimo viajar mas o regresso ao nosso Portugal é indiscritível.
Perto de Évora encontramos a família do Pedro que o vieram esperar e depois disso
separamo-nos do nosso companheiro de viagem. Eu e o Tito terminamos a viagem
juntos. No caso do Tito com alguma dificuldade pois o kit de transmissão já estava
mesmo nas últimas. Quanto à minha V-Strom 650 teve a tarefa totalmente superada. Na
verdade acompanhar as outras duas motas nem sempre foi uma tarefa fácil.
Conclusões e Agradecimentos
Esta foi a minha primeira grande viagem e não poderia ter gostado mais. A ideia de uma
viagem de longo curso de mota ser cansativa até tem um fundo de verdade, mas
compensa muitas coisas pelas quais temos de passar. O grande problema deste tipo de
viagens é quando se gosta pode-se tornar um vício e é o que penso que aconteceu
comigo, a partir deste ano uma viagem longa por ano vai ser sem dúvida o meu
objectivo.
Um dos factores importantes para o sucesso de uma viagem deste tipo na minha opinião
não são o tipo de motas que compõe o grupo, para mim o mais importante são as
pessoas que compõe o grupo, no nosso caso não podia ter corrido melhor.
Fomos 3 em viagem: o Tito já o conheço há algum tempo, tem sido o meu companheiro
de duas rodas em muitas aventuras, temos mais de 30000 km em conjunto, sabia que
com ele não iria ter qualquer tipo de problemas, mesmo ele rodando numa mota Super
Turística como é a XX. Quanto ao Pedro Gomes, não o conhecia muito bem uma vez
que era conhecido do Tito e penso que não podia ter sido uma surpresa mais agradável,
excelente companheiro de viagem. O meu agradecimento vai para os dois porque nem
sempre numa viagem todos estamos de acordo sobre as decisões a tomar e há sempre
algumas pequenas discussões entre o grupo, o importante mesmo é que no final da
história tudo acabe bem e neste caso penso que não poderia ter acabado melhor.
Outra das pessoas importantes na nossa viagem foi o nosso mecânico Xixó (meu e do
Tito). A viagem começa muito antes dos primeiros km, na preparação das motas, só
confiando totalmente na mota que se leva se pode fazer uma viagem deste tipo sem
problemas. Quero deixar o meu agradecimento ao Xixó, não só pela ajuda que nos deu
na preparação da viagem, mas também durante a viagem uma vez que temos uma linha
24 horas aberta, deixa-nos à vontade para que lhe telefonemos a qualquer hora, o que
quando se está longe e com problemas é muito importante, ele foi também uma pessoa
chave na angariação de alguns patrocínios.
Depois, e claro agradeço ao vários patrocinadores que nos deram uma ajuda sempre
bem vinda nos viagem com os gastos que esta teve.
Em memória do meu Pai, ao qual fui buscar o gosto pelos motas e devo tudo o que sou
hoje.
Paulo Afonso da Silva aka Afoganso

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