Instrumentação pedicular percutânea
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Instrumentação pedicular percutânea
Instrumentação pedicular percutânea Parecer técnico-científico: eficácia, segurança e informações econômicas Agosto de 2015 PARECER TÉCNICO-CIENTÍFICO TÍTULO: Instrumentação pedicular percutânea. ÓRGÃO FINANCIADOR: Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). AUTORES: Laura Chabrol Haas1, Roberta Arinelli Fernandes2, Mariana Stutz Klen3. REVISORES: Lina Herval4, Aluízio Augusto Arantes Junior5, Daniel Oliveira6, Marcelo Cunha7, Marcelo Wajchenberg8, Mauro Volpi9, Alexandre Fogaça10, Carlos Henrique Ribeiro11, Cristiano Menezes12, Edson Pudles13. 1 Biomédica, analista de projetos na SENSE Company; Médica, diretora médica na SENSE Company; 3 Discente de biomedicina, estagiária na SENSE Company; 4 Médica, neurocirurgiã, membro da Comissão de Avaliação de Novas Tecnologias da Sociedade Brasileira de Coluna; 5 Médico, neurocirurgião, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coluna; 6 Médico, ortopedista, membro da Sociedade Brasileira de Coluna; 7 Médico, neurocirurgião; 8 Médico, ortopedista, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Coluna; 9 Médico, neurocirurgião, presidente da Sociedade Brasileira de Coluna; 10 Médico, ortopedista, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Coluna; 11 Médico, neurocirurgião, membro da diretoria e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coluna (2013-2014); 12 Médico, ortopedista, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Coluna; 13 Médico, ortopedista, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Coluna. 2 2 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES .................................................................................................. 5 LISTA DE TABELAS.......................................................................................................................... 6 LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................................... 8 1. DESCRIÇÃO DA DOENÇA RELACIONADA À UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA ............................ 9 2. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA PROPOSTA ............................................................................ 11 3. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS..................................................................................................... 20 3.1. Questão do estudo ...................................................................................................... 20 3.1.1. Intervenção ......................................................................................................... 20 3.1.2. População ............................................................................................................ 21 3.1.3. Comparação ........................................................................................................ 21 3.2. Estratégia de busca ..................................................................................................... 21 3.2.1. Fontes de dados .................................................................................................. 21 3.2.2. Vocabulário controlado ....................................................................................... 22 3.3. Critérios de seleção e exclusão dos artigos................................................................. 24 3.4. Critérios de qualidade ................................................................................................. 25 3.5. Resultados da busca realizada .................................................................................... 25 3.5.1. Seleção dos artigos .............................................................................................. 25 3.5.2. Análise da qualidade dos estudos selecionados ................................................. 27 3.5.3. Descrição dos estudos selecionados ................................................................... 28 4. DISCUSSÃO .......................................................................................................................... 51 5. DIRETRIZ DE RECOMENDAÇÃO DA SBC............................................................................... 53 6. ANÁLISE ECONÔMICA ......................................................................................................... 54 6.1. Objetivo ....................................................................................................................... 54 6.2. População-alvo ............................................................................................................ 54 6.3. Horizonte temporal da análise .................................................................................... 54 6.4. Perspectiva .................................................................................................................. 55 6.5. Comparadores ............................................................................................................. 55 6.6. Taxa de desconto ........................................................................................................ 55 6.7. Desfechos considerados .............................................................................................. 55 6.8. Estrutura do modelo ................................................................................................... 56 6.9. Uso de recursos e custos ............................................................................................. 56 6.10. Resultados ............................................................................................................... 58 6.11. Análise de sensibilidade univariada ........................................................................ 59 3 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 7. 6.11.1. Parâmetros variados na análise de sensibilidade ................................................... 60 6.11.2. Resultados da análise de sensibilidade sobre o custo incremental ........................ 60 ANÁLISE DE IMPACTO ORCAMENTÁRIO ............................................................................. 61 7.1. População elegível....................................................................................................... 62 7.2. Impacto no orçamento................................................................................................ 63 8. CONFLITO DE INTERESSE ..................................................................................................... 65 9. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 66 ANEXO 1. BASES DE DADOS PARA BUSCA DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS .................................... 70 ANEXO 2. NÍVEIS DE EVIDÊNCIA CIENTÍFICA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE OXFORD CENTER FOR EVIDENCE-BASED MEDICINE................................................................................................ 71 ANEXO 3. ESTUDOS EXCLUÍDOS .................................................................................................. 72 ANEXO 4. QUALIDADE DA EVIDÊNCIA DOS ESTUDOS ANALISADOS ........................................... 73 ANEXO 5. DETALHAMENTO DOS PADRÕES DE TRATAMENTO E CUSTOS RELACIONADOS ........ 75 4 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES ALIF Fusão intersomática anterior CRD Centre for Reviews and Dissemination DDD Discopatia degenerativa discal DIV Disco intervertebral DMP Diferença entre as médias ponderadas DP Desvio padrão ECR Ensaio clínico randomizado EDA Escoliose degenerativa do adulto EL Estenose lombar EVA Escala visual analógica ICER Razão de custo-efetividade incremental ITF Fusão do processo intertransverso LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde MIS Minimamente invasiva NASS North American Spine Society NHP Perfil de Saúde de Nottingham ODI Índice de Deficiência de Oswestry PLF Fusão posterolateral PLIF Fusão intersomática lombar posterior QALY Anos de vida ajustados pela qualidade RS Revisão sistemática SF-12 12-Item Short Form Health Survey SF-36 36-Item Short Form Health Survey SSS Sistema de Saúde Suplementar SUS Sistema Único de Saúde TC Tomografia computadorizada TIS Treatment intensity score TLIF Fusão intersomática lombar transforaminal XLIF Fusão intersomática por via extremo-lateral 5 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Comparação das abordagens cirúrgicas para fusão intersomática. (25) .................... 18 Tabela 2. Questão estruturada no formato PICO. ...................................................................... 20 Tabela 3. Termos utilizados nas estratégias de busca. ............................................................... 23 Tabela 4. Estratégias de busca. ................................................................................................... 24 Tabela 5. Publicações incluídas na revisão da literatura após avaliação do texto completo. .... 27 Tabela 6. Melhora dos desfechos funcionais. Tian, 2013. (29) ................................................... 31 Tabela 7. Tempo médio (em minutos) de cirurgia. Sidhu, 2014. (30)......................................... 33 Tabela 8. Tempo médio de internação hospitalar (dias). Sidhu, 2014. (30) ............................... 33 Tabela 9. Perda sanguínea média durante o procedimento (mLs). Sidhu, 2014. (30) ................ 34 Tabela 10. EVA média ao final do acompanhamento. Sidhu, 2014. (30) .................................... 34 Tabela 11. Taxa de fusão. Bevevino, 2014. (31) .......................................................................... 35 Tabela 12. Taxas de complicações nos coortes MIS e convencionais. Goldstein, 2014. (32) ..... 37 Tabela 13. Sumário dos resultados dos estudos de XLIF para EDA. Dahdaleh, 2014. (33) ......... 39 Tabela 14. Estudos incluídos para análise. .................................................................................. 43 Tabela 15. Continuação. Estudos incluídos para análise. ........................................................... 45 Tabela 16. Principais diferenças encontradas nas avaliações de medicamentos ou de equipamentos médico-assistenciais. Diretrizes metodológicas: elaboração de estudos para avaliação de equipamentos médicos assistenciais, 2013. (40) ................................................... 52 Tabela 17. Custo estimado para o procedimento de artrodese minimamente invasiva. ........... 57 Tabela 18. Custo estimado para o procedimento de artrodese convencional. .......................... 57 Tabela 19. Custos comparativos entre os procedimentos. ......................................................... 58 Tabela 20. Parâmetros variados na análise de sensibilidade. ..................................................... 60 Tabela 21. Resultados da análise de sensibilidade. .................................................................... 61 Tabela 22. Quantidade de procedimentos de artrodese convencional realizados no SUS. ....... 62 Tabela 23. Quantidade projetada de procedimentos. ................................................................ 62 Tabela 24. Market-share projetado para a incorporação do procedimento de artrodese minimamente invasiva. ............................................................................................................... 63 Tabela 25. Custo médio de tratamento por paciente por tipo de procedimento. ..................... 64 Tabela 26. Impacto orçamentário projetado. ............................................................................. 64 Tabela 27. Custo estimado para o procedimento cirúrgico de artrodese minimamente invasiva. ..................................................................................................................................................... 75 Tabela 28. Custo estimado para o procedimento cirúrgico de artrodese convencional. ........... 76 Tabela 29. Custo estimado para o procedimento de anestesia geral. ........................................ 77 6 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 30. Custo estimado para uma diária em enfermaria....................................................... 79 Tabela 31. Custo estimado para uma diária em UTI. .................................................................. 79 Tabela 32. Custo estimado para o procedimento de acesso venoso central. ............................ 80 Tabela 33. Custo estimado para reoperação. ............................................................................. 81 Tabela 34. Custo estimado para o manejo clínico da infecção pós operatória. ......................... 81 Tabela 35. Custo estimado para o tratamento do rasgo dural – MIS. ........................................ 81 Tabela 36. Custo estimado para o tratamento do rasgo dural – Convencional. ........................ 82 Tabela 37. Custo estimado para o procedimento de reoperação. ............................................. 82 7 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Intervenção cirúrgica tradicional versus MIS com inserção do parafuso pedicular, demonstrando: (a) anatomia normal; (b) retração muscular com a cirurgia convencional versus (b) “retratores tubulares” com parafusos pediculares percutâneos. Mobbs, 2011. (14)........... 12 Figura 2. Radiografias da coluna lombossacral do nível L5 ao S1: (a) visão lateral pré-operatória demonstrando espondilolistese (indicada pela seta), e (b) visão anteroposterior pós-operatória demonstrando fusão após realização de ITF (indicada pela seta). Inamdar, 2006. (15) ............ 13 Figura 3. (a) espondilolistese localizada entre os níveis L4-S1, (b) região submetida à PLIF MIS (16), e (c) PLIF MIS apresentada de forma esquemática. (17) .................................................... 14 Figura 4. (a) TLIF convencional e (b) TLIF MIS. (18) ..................................................................... 14 Figura 5. Visão (a) lateral e (b) anteroposterior de paciente submetido à MIS TLIF nos níveis L5S1. Menezes, 2009. (19) .............................................................................................................. 15 Figura 6. Radiografias da visão anteroposterior (esquerda) e lateral (direita) posterior ao procedimento MIS da ALIF (L2-L4) e PLIF (L4-L5), realizadas para correção de lordose e estenose foraminal. Kim, 2013. (22)........................................................................................................... 16 Figura 7. TC pós-operatória lombar dos cortes (a) sagital e (b) axial, demonstrando XLIF. Berjano, 2015. (24) .................................................................................................................................... 17 Figura 8. Fluxograma de seleção de estudos de eficácia e segurança. ....................................... 26 Figura 9. Gráfico de floresta para os desfechos de tempo operatório, exposição a raio X, perda de sangue e permanência hospital comparando TLIF MIS com TLIF aberta. Tian, 2013. (29).... 30 Figura 10. Gráfico de floresta para os desfechos de taxa de complicações e taxa de reoperação comparando TLIF MIS com TLIF aberta. Tian, 2013. (29) ............................................................ 32 Figura 11. Representação esquemática do modelo econômico. ................................................ 56 Figura 12. Representação gráfica dos resultados de custo de tratamento. ............................... 59 Figura 13. Diagrama de Tornado. ................................................................................................ 61 8 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 1. DESCRIÇÃO DA DOENÇA RELACIONADA À UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA A região de junção lombossacral, na qual ocorre a articulação entre o sacro – imóvel – e a coluna lombar – móvel –, é responsável pela transferência das forças e cargas do corpo aos membros inferiores. (1) A lombalgia é a segunda maior causa de consultas médicas, manifestando-se em cerca de 80% da população mundial, e pode ter diversas causas (2), sendo mais frequentes as de origem no disco intervertebral (DIV). (3) A espondilolistese degenerativa é caracterizada pelo deslizamento anterior de uma vértebra lombar sobre outra com arco neural íntegro. (4) Nessa condição, há um deslocamento translacional nas vértebras superiores comparado com as inferiores. (5) Esse evento raramente ocorre antes dos 50 anos, sendo mais prevalente em mulheres (proporção homem: mulher de 1:6). (4) O deslizamento vertebral encontrado na espondilolistese degenerativa ocorre geralmente nos níveis L4-L5, e sua causa se baseia na mudança degenerativa e na instabilidade da coluna lombar, levando à hipertrofia óssea e de tecidos moles, ocasionando lombalgia e sintomas neurológicos. (4,5) Em muitos casos os sintomas da espondilolistese degenerativa podem ser aliviados por meio de tratamentos conservadores; contudo, em caso de pacientes não-responsivos e com persistência da dor, o tratamento cirúrgico é necessário. (5) As articulações facetarias se encontram na região mais posterior da coluna e podem causar dor lombar na ocorrência de artrose facetaria. (3) A etiologia da dor facetaria ainda não está clara, e hipóteses compreendem alterações mecânicas, vasculares e moleculares. (3) A artrose facetaria pode levar a alterações patológicas, como esclerose do osso subcondral, hipertrofia articular, estreitamento do espaço articular e formação de osteófitos. (3) A escoliose degenerativa do adulto (EDA) é caracterizada por uma mudança na forma tridimensional da coluna nos planos axial, sagital e coronal, que ocorre após a maturação óssea. (6) Geralmente, o diagnóstico da EDA ocorre depois dos 40 anos de idade, sendo 70,5 a idade média dos afetados. (6) Com a sua ocorrência, sobretudo, na região lombar, a EDA tem o ápice da sua curvatura na altura da L2-L3 e sua amplitude, usualmente, não ultrapassa os 60°. (6) Os processos de degeneração presentes na EDA acometem as articulações facetarias e os DIVs, causando perda ou redução da lordose lombar que pode estar acompanhada de alterações compensatórias pélvicas e mudanças ao nível da coluna torácica. (6) A terapêutica para essa doença envolve tanto tratamentos conservadores quanto intervenções cirúrgicas. O tratamento 9 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. cirúrgico costuma ser escolhido quando o paciente apresenta mais sintomas, dores mais intensas, incapacitantes e irradiadas, com período de duração maior que seis meses. (6) O canal vertebral circunda a medula espinhal da porção cervical até a lombar alta. (7) Quando esse canal sofre estreitamento na sua região lombar, ocorre a estenose lombar (EL). A EL pode decorrer tanto de causa congênita quanto adquirida (como consequência do envelhecimento). (7) Sintomas e sinais que podem ser encontrados em pacientes acometidos pela EL incluem perda de força dos membros inferiores, diminuição de sensibilidade em ambos os membros, dificuldade progressiva ao andar (claudicação neurogênica), lombalgia (que pode irradiar para os membros inferiores) e tronco encurvado anteriormente ao posicionar-se de pé. (7) O tratamento da EL pode ser tanto conservador quanto cirúrgico, tendo sua indicação de acordo com a evolução e resposta do paciente. (7) A instabilidade lombar segmental configura um importante fator para a indicação cirúrgica de fusão lombar. (8,9) Tal condição se deve à degeneração do núcleo pulposo, levando ao aparecimento de anomalias na porção inferior da coluna lombar (L3-S1) e causando sintomas clínicos além da lombalgia, tais como dor nos quadris, dor repentina na cintura ao mudar de posição, desconforto ao permanecer ereto, claudicação intermitente, miastenia nos membros inferiores e, até mesmo, obstrução das vias de excreção em casos graves. (10) A instabilidade lombar segmental é normalmente acompanhada por hérnias discais, espondilolistese e EL. (9,10) 10 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 2. DESCRIÇÃO DA TECNOLOGIA PROPOSTA A artrodese (fusão) da região lombossacra pode ser realizada por meio de três vias de acesso: anterior, posterior e lateral, de forma isolada ou combinadas. (1) Apesar do avanço nas técnicas cirúrgicas relacionadas à artrodese lombossacra, algumas complicações, como falha no estabelecimento da interface osso-metal, pseudoartrose e desequilíbrio do plano sagital, continuam sendo problemas clínicos significativos. (11) Limitações anatômicas, e altas taxas tanto de morbidade dos métodos de fusão lombar, quanto de pseudoartrose nos níveis L5-S1, levaram ao desenvolvimento de novas técnicas de fusão intersomática lombar que interveem em L5-S1. (12) Com a finalidade de limitar a exposição e dissecção dos tecidos moles, técnicas minimamente invasivas (MIS) de artrodese vêm sendo desenvolvidas, uma vez que tal acesso a esses tecidos pode resultar em aumento da dor pós-operatória e danificação funcional da coluna. (13) Dessa forma, os procedimentos MIS pretendem reduzir os danos causados aos tecidos moles, a perda sanguínea, as complicações e o tempo de internação hospitalar, oferecendo uma melhora nos desfechos dos pacientes. (13) As cirurgias abertas convencionais realizadas para fusão da coluna lombar ocasionam aumento no tempo de internação hospitalar e geram custos onerosos, além de apresentar uma taxa preocupante de morbidade em longo prazo. (13) Para substituí-las, além de eliminar suas desvantagens, as técnicas MIS devem alcançar os mesmos benefícios que a cirurgia aberta oferece. (13) Resultados preliminares revelaram que os procedimentos de artrodese lombar MIS têm apresentado desfechos similares aos da intervenção cirúrgica aberta. (13) Técnicas atuais de acesso MIS incorporaram três avanços tecnológicos recentes: fixação percutânea da coluna, dispositivos intersomáticos, e substituição por enxerto ósseo biológico. (13) A instrumentação de parafusos pediculares permite uma construção rígida para promover estabilidade e fusão. (14) A segurança do uso de parafusos pediculares nas técnicas convencionais tem sido bem relatada; contudo, devido às vantagens oferecidas pelas técnicas MIS, a demanda por parafusos pediculares percutâneos tem apresentado aumento (Figura 1). (14) 11 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 1. Intervenção cirúrgica tradicional versus MIS com inserção do parafuso pedicular, demonstrando: (a) anatomia normal; (b) retração muscular com a cirurgia convencional versus (c) “retratores tubulares” com parafusos pediculares percutâneos. Mobbs, 2011. (14) No que concerne à artrodese percutânea, duas técnicas são vigentes: parafusos pediculares e parafusos facetários. (13) Vantagens dessa técnica incluem um ambiente mais favorável para fusão biomecânica com maiores taxas relatadas de fusão; enquanto as desvantagens compreendem a morbidade potencial da raiz nervosa devido à inserção inadequada dos parafusos, e o alto custo. (13) A ITF (Figura 2) foi descrita pela primeira vez em 1953 por Watkins, sendo o método padrão de fusão por muitos anos. (13) Vantagens dessa técnica incluem a sua facilidade de realização; as maiores desvantagens recaem sobre a dissecção extensiva dos tecidos moles, a necessidade de grandes quantidades de enxerto ósseo, uma distância maior a ser abrangida pela massa de fusão, e um ambiente biomecânico menos favorável à fusão. (13) A única prescrição específica para essa técnica se faz quando há a incapacidade de realizar uma fusão intersomática. (13) 12 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 2. Radiografias da coluna lombossacral do nível L5 ao S1: (a) visão lateral pré-operatória demonstrando espondilolistese (indicada pela seta), e (b) visão anteroposterior pósoperatória demonstrando fusão após realização de ITF (indicada pela seta). Inamdar, 2006. (15) Em 1943, Cloward realizou a PLIF (Figura 3) com a finalidade de, simultaneamente, garantir a descompressão da raiz nervosa e fusão. (13) As vantagens desse procedimento garantem uma menor exposição dos tecidos moles, um ambiente biomecânico mais favorável, melhor manutenção do equilíbrio sagital, aumento da altura foraminal, fusão bem vascularizada, aumento da superfície disponível para fusão, diminuição da distância a ser abrangida pela fusão e aumento da diferenciação da fusão e pseudoartrose. (13) As desvantagens, em contrapartida, incluem a necessidade de retração da raiz nervosa com chance significativa de morbidade e cirurgias mais demoradas. (13) 13 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 3. (a) espondilolistese localizada entre os níveis L4-S1, (b) região submetida à PLIF MIS (16), e (c) PLIF MIS apresentada de forma esquemática. (17) A TLIF é uma variante da PLIF desenvolvida com a finalidade de reduzir ou eliminar as questões envolvidas com retração da raiz nervosa, sendo essa, então, uma de suas vantagens somada à diminuição do sangramento epidural. (13) As desvantagens relacionadas a esse método compreendem o sacrifício da articulação facetaria, a necessidade de instrumentação espinhal, e a habilidade limitada de descomprimir a raiz do nervo e fundir simultaneamente. (13) A Figura 4 ilustra a diferença entre a TLIF convencional e a MIS, sendo a última demonstrada radiograficamente na Figura 5. Figura 4. (a) TLIF convencional e (b) TLIF MIS. (18) 14 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 5. Visão (a) lateral e (b) anteroposterior de paciente submetido à MIS TLIF nos níveis L5-S1. Menezes, 2009. (19) ALIF (Figura 6) é um método vantajoso por possuir altas taxas de fusão e habilidade de ressecar completamente o DIV causador de dor; (20) além de disponibilizar acesso e visualização direta do espaço do DIV. (21) Ademais, estudos têm relatado desfechos clínicos satisfatórios, no que concerne aos distúrbios lombares degenerativos, quando esse procedimento é realizado. (20) A técnica de ALIF MIS busca minimizar os danos sobre os tecidos moles abdominais e órgãos internos, acelerando a reabilitação do paciente por meio da redução da dor pós-operatória e outras complicações. (21) Por isso, considera-se que a ALIF MIS alcança uma discectomia mais completa, e garante maior fusão e restauração mais efetiva tanto do DIV quanto do plano foraminal. (21) Por fim, a ALIF MIS não viola a musculatura espinhal posterior ou elementos ósseos, evitando a retração da raiz do nervo, fibrose perineural e cicatrizes epidurais. (21) 15 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 6. Radiografias da visão anteroposterior (esquerda) e lateral (direita) posterior ao procedimento MIS da ALIF (L2-L4) e PLIF (L4-L5), realizadas para correção de lordose e estenose foraminal. Kim, 2013. (22) A fusão intersomática por via extremo-lateral (XLIF) é uma abordagem lateral-retroperitoneal MIS, descrita pela primeira vez em 2006, desenvolvida para facilitar o acesso ao espaço lombar discal em uma fusão intersomática. (23) Vantagens dessa técnica incluem: minimizar o risco de complicações associadas com abordagens por via anterior (como lesões vasculares, trombose venosa, ejaculação retrógrada) ou por via posterior (fraqueza e lesão dos músculos paraespinais, rasgo dural e lesão do nervo devido à retração excessiva). (23) A técnica XLIF possui algumas limitações e contraindicações que compreendem variantes anatômicas venosas, osteoporose extrema e estenose central severa sem espondilolistese. (24) Imagens radiográficas da técnica podem ser observadas na Figura 7. 16 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 7. TC pós-operatória lombar dos cortes (a) sagital e (b) axial, demonstrando XLIF. Berjano, 2015. (24) Algumas abordagens cirúrgicas para fusão intersomática são apresentadas na Tabela 1. 17 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 1. Comparação das abordagens cirúrgicas para fusão intersomática. (25) ALIF PLIF TLIF XLIF Aberto ou laparoscópico Aberto ou MIS Aberto ou MIS MIS Anterior abdominal (retroperitoneal ou transperitoneal) Incisão posterior da linha média com laminectomia/laminotomia e retração da raiz do nervo Incisão posterior offset com acesso através do forame intervertebral Lateral-retroperitoneal para a coluna anterior com retratores especializados Acesso Abordagem • Vantagens • Boa visualização dos elementos neurais sem retração dural significativa • Oferece acesso aos elementos posteriores, assim como ao espaço discal • Evita trauma muscular paraespinhal Risco menor de rasgos durais e retração da raiz nervosa Visualização direta do espaço discal pode permitir discectomia mais completa e uma fusão melhor • • Descompressão permite tratamento da doença do canal, bem como estabilização • • • • Complicações Lesão com retração potencial para grandes vasos e/ou conteúdos peritoneais • Potencial dano no plexo hipogástrico • Retração significativa da raiz nervosa com risco de lesão e rasgos durais • Dissecção significativa do músculo paraespinhal • Apenas uma laminectomia parcial com menos descompressão do canal Disseção anterior psoas pode reduzir a lesão na raiz do nervo Menor perda sanguínea e dor pós-operatória, evitando trauma muscular para-espinhal Dissecção psoas coloca o plexo lombar em risco de lesão • Diminuição da capacidade de lidar com doença de elemento posterior ALIF: fusão intersomática anterior; PLIF: fusão intersomática posterior; TLIF: fusão intersomática transforaminal; XLIF: fusão intersomática por via extremo-lateral; MIS: minimamente invasiva. 18 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Por que inserir novas técnicas MIS se já existem as técnicas cirúrgicas convencionais? Apesar do avanço tecnológico relacionado às técnicas cirúrgicas convencionais, algumas complicações, como falha no estabelecimento da interface osso-metal, pseudoartrose e desequilíbrio do plano sagital, continuam sendo problemas clínicos significativos. (11) Além disso, tais técnicas ocasionam aumento no tempo de internação hospitalar, exposição exacerbada dos tecidos moles, e geram altos custos, somada à uma taxa significativa de morbidade em longo prazo. A fim de reduzir a exposição e dissecção dos tecidos moles durante o procedimento, técnicas MIS de artrodese vêm sendo desenvolvidas, já que o acesso a esses tecidos pode resultar em maior dor pós-operatória e danificação funcional da coluna. Ainda, os procedimentos MIS pretendem reduzir a perda sanguínea, as complicações e o tempo de internação hospitalar – decorrentes dos métodos convencionais –, garantindo desfechos melhores aos pacientes. (13) 19 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 3. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 3.1. Questão do estudo Para a revisão da literatura, a questão de pesquisa foi estruturada no formato PICO (Tabela 2). Tabela 2. Questão estruturada no formato PICO. P - População Pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. I - Intervenção Artrodese percutânea/minimamente invasiva. C - Comparação Artrodese convencional. O - Desfechos Eficácia e segurança: sem restrição de desfechos clínicos. Desenho de Estudo Metanálises, revisões sistemáticas, ensaios clínicos, estudos observacionais e estudos de mundo real. Pergunta: A artrodese percutânea é eficaz e segura em pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica quando comparada à artrodese convencional? 3.1.1. Intervenção Artrodese percutânea/minimamente invasiva. 20 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 3.1.2. População Consideraram-se os pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. 3.1.3. Comparação Artrodese convencional. 3.2. Estratégia de busca 3.2.1. Fontes de dados Buscaram-se revisões sistemáticas, ensaios clínicos aleatórios e estudos observacionais que avaliaram a artrodese percutânea em pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. As buscas eletrônicas foram realizadas até junho de 2015 nas bases de dados: The Cochrane Library, MEDLINE via Pubmed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Centre for Reviews and Dissemination (CRD). Buscas complementares foram conduzidas em websites de agências de Avaliação de Tecnologias em Saúde e instituições correlatas e suas bases de dados. Mecanismos de busca incluíram adicionalmente Google® e outras ferramentas online. Buscas eletrônicas foram complementadas por buscas manuais de referências bibliográficas e abstracts de publicações selecionadas. 21 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 3.2.2. Vocabulário controlado Na construção de estratégias de buscas, descritores, palavras-chave e termos MeSH foram utilizados para cada base de dado especificamente (Tabela 3). As estratégias de buscas encontram-se descritas na Tabela 4. 22 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 3. Termos utilizados nas estratégias de busca. Linha da patologia BIBLIOTECA COCHRANE - Linha da intervenção arthrodesis and lumbar and percutaneous Filtro para RS Filtro para ECR - - search*[tiab] OR review[pt] OR metaanalysis[pt] OR metaanalysis[tiab] OR meta-analysis[Mesh] (randomized controlled trial[pt]) OR (controlled clinical trial[pt]) OR ("Randomized Controlled Trials as Topic"[Mesh]) OR ("random allocation"[Mesh]) OR ("double-blind method"[Mesh]) OR ("single-blind method"[Mesh]) OR (clinical trial[pt]) OR ("clinical trials as topic"[Mesh]) OR ("Controlled Clinical Trials as Topic"[Mesh]) OR (“clinical trial”[tw]) OR ((singl*[tw] OR doubl*[tw] OR trebl*[tw] OR tripl*[tw]) AND (mask*[tw] OR blind*[tw])) OR ((“placebos”[Mesh]) OR placebo*[tw] OR random*[tw] OR (“research design”[mh:noexp]) OR (“comparative study”[pt]) OR (“evaluation studies as topic”[Mesh]) OR “evaluation studies”[pt] OR ("Drug Evaluation"[Mesh]) OR (“follow-up studies”[Mesh]) OR (“prospective studies”[Mesh]) OR (“multicenter study” [pt]) OR control*[tw] OR prospectiv*[tw] OR volunteer*[tw]) NOT ((“animals”[Mesh]) NOT (“humans”[Mesh])) PUBMED - (“Arthrodesis"[Mesh] AND ("Lumbosacral Region"[Mesh] OR “Lumbosacral Regions” OR “Region, Lumbosacral” OR “Regions, Lumbosacral” OR “Lumbar Region” OR “Lumbar Regions” OR “Region, Lumbar” OR “Regions, Lumbar” OR "Lumbar Vertebrae"[Mesh]) AND "Minimally Invasive Surgical Procedures"[Mesh]) LILACS - arthrodesis and percutaneous and lumbar - - CRD - arthrodesis and lumbar - - CRD: Centre for Reviews and Dissemination; LILACS: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde; RS: Revisão sistemática; ECR: Ensaio clínico randomizado. 23 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 4. Estratégias de busca. PUBMED (“Arthrodesis"[Mesh] AND ("Lumbosacral Region"[Mesh] OR “Lumbosacral Regions” OR “Region, Lumbosacral” OR “Regions, Lumbosacral” OR “Lumbar Region” OR “Lumbar Regions” OR “Region, Lumbar” OR “Regions, Lumbar” OR "Lumbar Vertebrae"[Mesh]) AND "Minimally Invasive Surgical Procedures"[Mesh]) AND (((randomized controlled trial[pt]) OR (controlled clinical trial[pt]) OR ("Randomized Controlled Trials as Topic"[Mesh]) OR ("random allocation"[Mesh]) OR ("double-blind method"[Mesh]) OR ("single-blind method"[Mesh]) OR (clinical trial[pt]) OR ("clinical trials as topic"[Mesh]) OR ("Controlled Clinical Trials as Topic"[Mesh]) OR (“clinical trial”[tw]) OR ((singl*[tw] OR doubl*[tw] OR trebl*[tw] OR tripl*[tw]) AND (mask*[tw] OR blind*[tw])) OR ((“placebos”[Mesh]) OR placebo*[tw] OR random*[tw] OR (“research design”[mh:noexp]) OR (“comparative study”[pt]) OR (“evaluation studies as topic”[Mesh]) OR “evaluation studies”[pt] OR ("Drug Evaluation"[Mesh]) OR (“follow-up studies”[Mesh]) OR (“prospective studies”[Mesh]) OR (“multicenter study” [pt]) OR control*[tw] OR prospectiv*[tw] OR volunteer*[tw]) NOT ((“animals”[Mesh]) NOT (“humans”[Mesh]))) OR (search*[tiab] OR review[pt] OR meta-analysis[pt] OR meta-analysis[tiab] OR meta-analysis[Mesh])) Resultados: 341 títulos LILACS Arthrodesis [Palavras] and percutaneous [Palavras] and lumbar [Palavras] Resultado: 3 títulos CRD (Arthrodesis) AND (lumbar) Resultados: 11 títulos COCHRANE (revisões sistemáticas da Cochrane) (arthrodesis and lumbar and percutaneous) Resultados: 1 títulos CRD: Centre for Reviews and Dissemination; LILACS: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. 3.3. Critérios de seleção e exclusão dos artigos Foram incluídos estudos na íntegra que atenderam às seguintes características: metanálises, revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais, envolvendo pacientes submetidos a artrodese percutânea com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. 24 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Considerou-se estudos com o maior nível de evidência para cada tipo de técnica. Assim, revisões sistemáticas e/ou metanálises foram incluídas nessa revisão sempre que possível. Ensaios clínicos e estudos observacionais foram considerados apenas quando não houvessem artigos com nível de evidência maior para a técnica avaliada. Foi planejado que a seleção dos estudos por população, comparadores e desfechos seria feita após leitura das publicações, para que a estratégia de busca fosse mais sensível e menos específica. Por este motivo, os termos específicos para população, comparadores e desfechos não foram inseridos na estratégia de busca. Não foram utilizados limites temporais. Apenas artigos nos idiomas português, inglês, francês, espanhol ou italiano foram incluídos. Não foram utilizados limites para desfechos na busca por evidências clínicas, porém, desfechos definitivos foram considerados preferencialmente em relação aos desfechos intermediários. 3.4. Critérios de qualidade Dois revisores realizaram a busca nas bases de dados utilizando a estratégia previamente definida e selecionaram os estudos para inclusão na revisão. Planejou-se, inicialmente, que, nos casos em que não houvesse consenso, um terceiro revisor seria consultado sobre a elegibilidade e ficaria responsável pela decisão final. De acordo com as Diretrizes Metodológicas para Elaboração de Pareceres Técnico-Científicos do Ministério da Saúde, os estudos incluídos na revisão foram analisados com base em critérios de qualidade e indicadores metodológicos estabelecidos por Guyatt e Rennie 2006 (26) e avaliados conforme a Classificação de Nível de Evidência Oxford Centre for Evidence Based Medicine (Anexo). 3.5. Resultados da busca realizada 3.5.1. Seleção dos artigos Após a realização da busca nas bases de dados, 349 títulos (incluindo duplicatas) foram localizados. Aplicados os critérios de elegibilidade, dois revisores selecionaram 15 estudos para leitura na íntegra. Desses, 12 estudos foram selecionados e incluídos nesta revisão (Figura 8; Tabela 5). 25 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. O resumo das principais características, resultados e classificações para o nível de evidência e grau de recomendação estão demostrados na Tabela 14 e Tabela 15. Os estudos avaliados na íntegra e excluídos, assim como seus motivos para exclusão são apresentados no Anexo 3. Figura 8. Fluxograma de seleção de estudos de eficácia e segurança. 26 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 5. Publicações incluídas na revisão da literatura após avaliação do texto completo. Autores Publicação Ano Karikari et al. (27) Spine 2010 Wu et al. (28) Spine 2010 Tian et al. (29) European Spine Journal 2013 Sidhu et al. (30) Clinical Orthopaedics and Related Research 2014 Bevevino et al. (31) Journal of Clinical Neuroscience 2014 Goldstein et al. (32) Clinical Orthopaedics and Related Research 2014 Dahdaleh et al. (33) Neurosurgery Clinics of North America 2014 Saraph et al. (34) European Spine Journal 2004 Wang et al. (35) Spine 2010 Deluzio et al. (36) SAS Journal 2010 Parker et al. (37) World Neurosurgery 2012 Parker et al. (38) World Neurosurgery 2014 3.5.2. Análise da qualidade dos estudos selecionados A avaliação individual dos estudos se encontra no Anexo 4. 27 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 3.5.3. Descrição dos estudos selecionados Revisões sistemáticas Karikari 2010 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Karikari et al. (27) revisaram a literatura médica disponível que abordasse os resultados da técnica MIS da TLIF, e avaliaram os desfechos funcionais e radiográficos de cada estudo obtido com os registrados para TLIF e PLIF convencionais. Por meio de uma revisão da literatura, foram encontrados sete estudos comparando o método MIS da TLIF com a TLIF e a PLIF convencionais, e oito outros estudos que discutiam apenas os desfechos da TLIF MIS, sem uma coorte comparativa. O tempo médio de duração da intervenção cirúrgica nos estudos comparativos variou de 156,2 a 348,2 minutos (TLIF MIS) e 142,8 a 312,2 minutos (TLIF/PLIF convencionais). A perda sanguínea apresentou variação de 150-456 mL na realização da técnica MIS da TLIF, e 366,8-1.147 mL para as convencionais. O tempo de internação hospitalar para TLIF MIS foi, em média, 3 a 10,6 dias, versus 4,2 a 14,6 dias para as técnicas abertas. A incidência de complicações variou de 0%-33% nos procedimentos de TLIF MIS, e 1,6%-16,7% com TLIF/PLIF convencionais. Os desfechos clínicos de dor foram avaliados pela EVA e pelo Índice de Deficiência de Oswestry (ODI), e apresentaram escores significativamente melhores quando a TLIF MIS foi realizada, variando de 62,0%-87,7% (EVA) e 56,1%-77,0% (ODI). Wu 2010 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Uma metanálise quantitativa foi conduzida por Wu et al. (28) reunindo 23 estudos que relataram taxas de fusão após o procedimento MIS e convencional da TLIF. Além de estabelecer uma taxa de referência para fusão para a TLIF, tanto convencional quanto MIS, os autores também avaliaram as taxas de complicações para ambas as abordagens cirúrgicas. Nos 23 estudos incluídos na metanálise, a TLIF foi realizada com fixação pedicular e a fusão foi avaliada com TC ou radiografia a partir, pelo menos, do nono mês de acompanhamento. Os estudos, no total, avaliaram 1.028 pacientes, dos quais 46,8% eram mulheres. A idade média 28 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. dos participantes foi avaliada em 49,7 anos (variação de 38-65,5), e o intervalo médio de acompanhamento pós-cirúrgico para avaliação da taxa de fusão foi de 26,6 meses (9-46 meses). O uso de proteína óssea morfológica recombinante foi maior nos pacientes submetidos à abordagem MIS (50% vs. 12%). A taxa média de fusão de 16 estudos (716 pacientes) da TLIF convencional foi de 90,9% (IC 95%; 86,4%-94,0%); enquanto nos oito estudos sobre a TLIF MIS (312 pacientes), essa taxa foi de 94,8% (IC 95%; 85,4%-98,3%). Essas taxas foram ajustadas por meio do algoritmo de Trim e Fill, resultando em uma taxa de fusão final de 93,9% para a técnica MIS. A taxa de complicações relatada foi 12,6% (TLIF convencional; IC 95%; 7,5%-20,3%) e 7,5% (TLIF MIS; IC 95%; 3,0%-17,3%). Publicações de avaliação de taxas de complicação demonstraram um viés significativo para ambas as abordagens cirúrgicas. O ajuste pelo algoritmo de Trim e Fill revelou uma taxa de complicação aumentada para a técnica convencional (17,6%) e para a MIS (8,3%). Tian 2013 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Com a finalidade de comparar a eficácia clínica e radiológica entre a TLIF MIS e a técnica convencional no tratamento de doenças degenerativas lombares, Tian et al. (29) realizaram uma metanálise de estudos randomizados e não-randomizados (incluindo um ensaio clínico controlado randomizado, cinco estudos comparativos prospectivos e cinco estudos comparativos retrospectivos). Os estudos incluídos totalizaram uma análise de 785 pacientes, os quais demonstraram que a técnica MIS da TLIF apresenta redução da perda sanguínea, diminuição do período de tempo de internação hospitalar, e está associada a melhores desfechos funcionais quando comparada à técnica convencional. Quanto à perda sanguínea durante a cirurgia, a diferença entre as médias ponderadas (DMP) apresentou significância estatística (DMP -218,91; IC 95% -307,63 a -130,20; p<0,0001) a favor dos grupos submetidos à TLIF MIS. A perda sanguínea no pós-operatório também foi menor com TLIF MIS (DMP -112,7; IC 95% -155,15 a -67,39; p<0,0001). A DMP total foi de 2,7 dias a menos de internação hospitalar para os pacientes que realizaram a TLIF MIS (IC 95% -3,49 a -1,92; 29 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. p<0,0001). A Figura 9 apresenta um gráfico de floresta com a metanálise realizada para esses desfechos. Figura 9. Gráfico de floresta para os desfechos de tempo operatório, exposição a raio X, perda de sangue e permanência hospital comparando TLIF MIS com TLIF aberta. Tian, 2013. (29) 30 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Resultados clínicos da média de melhora de dor nas costas e dores em membros inferiores segundo a EVA, e a média de melhora no ODI são apresentados na Tabela 6. Tabela 6. Melhora dos desfechos funcionais. Tian, 2013. (29) Estudo Média de melhora na EVA de lombalgia Média de melhora na EVA de dor nas pernas Média de melhora no ODI MIS Aberta MIS Aberta MIS Aberta Schizas et al. -4,2 -2,2 ND ND -22 -27 Shunwu et al. -4,5 -3,6 ND ND -25,0 -24,8 Villavicencio et al. -4,0 -3,6 ND ND ND ND Wang et al. -6,3 -6,3 ND ND -30,4 -26,3 Adogwa et al. -2,9 -4,7 -3,0 -4,7 -21,2 -17,2 Wang et al. -5,8 -5,3 ND ND -27,3 -26,4 Lee et al. -4,0 -3,9 -4,2 -4,2 -26,7 -23,7 ND: não disponível; EVA: escala visual analógica; ODI: Índice de Incapacidade de Owerstry; MIS: minimamente invasiva. Em contrapartida, o método MIS aumentou a exposição ao raio X intraoperatório. No geral, a DMP foi de 40,85 (IC 95% 31,97 a 49,73; p<0,0001) a favor da TLIF convencional (Figura 9). Tanto a TLIF aberta quanto a MIS apresentaram taxas semelhantes de complicações (RR 1,02; IC 95% 0,74–1,4; p=0,9; Figura 10) e necessidade de repetição da cirurgia (RR 1,53, IC 95% 0,69–3,42, p=0,3; Figura 10), e levaram períodos similares de tempo para serem realizadas. 31 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 10. Gráfico de floresta para os desfechos de taxa de complicações e taxa de reoperação comparando TLIF MIS com TLIF aberta. Tian, 2013. (29) Sidhu 2014 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Uma revisão sistemática foi conduzida por Sidhu et al. (30) com o propósito de comparar as técnicas PLIF aberta e MIS, quanto aos seguintes desfechos: (1) melhora dos parâmetros perioperatórios, incluindo tempo de cirurgia (Tabela 7), tempo de internação hospitalar (Tabela 8) e perda sanguínea (Tabela 9); (2) melhora nos escores de resultados relatados pelo paciente (Tabela 10); (3) aperfeiçoamento da distração do disco; e (4) frequência de complicações e necessidade de repetição da intervenção cirúrgica. Na maioria dos estudos incluídos na revisão (sete estudos no total, 5 prospectivos e 2 retrospectivos), a técnica MIS da PLIF foi associada a uma perda sanguínea reduzida e a um período menor de internação hospitalar, apesar de maior tempo de cirurgia. PLIF MIS também apresentou escores melhores de resultados reportados pelos pacientes, em curto prazo, em dois 32 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. estudos, quando comparado aos reportados por aqueles submetidos a PLIF convencional. Todavia, não houve qualquer diferença no referido parâmetro nos demais estudos, tampouco quando analisado em longo prazo em nenhum dos estudos. Não foi registrada diferença significativa quanto à distração do disco em nenhuma das técnicas realizadas. Ainda, ambos os métodos apresentaram taxas de complicações e de necessidade de reintervenção semelhantes. Tabela 7. Tempo médio (em minutos) de cirurgia. Sidhu, 2014. (30) PLIF MIS PLIF aberta Estudo Média DP Total Média DP Total Fan et al. 2010 203,6 36,6 28 194,5 47,2 31 Cheung et al. 2013 220* 202-288* 21 203* 175-260* 23 Ntoukas e Muller, 2010¥ 275 73 20 152 38 20 Park e Ha, 2007¥ 191,7 37,7 32 148,8 24,2 29 Tsutsumimoto et al. 2009¥ 148,3 48,4 10 155,8 33,5 10 *Mediana e variação interquartil relatados no estudo; ¥ significância estatística (p<0,05). PLIF: fusão intersomática lombar posterior; MIS: minimamente invasiva; DP: desvio padrão. Tabela 8. Tempo médio de internação hospitalar (dias). Sidhu, 2014. (30) PLIF MIS PLIF aberta Estudo Média DP Total Média DP Total Fan et al. 2010¥ 9,5 2 28 15,2 3,4 31 Cheung et al. 2013¥ 4* 3-5* 23 7* 5-8* 24 Ntoukas e Muller, 2010¥ 5 2,2 20 10 3,1 20 Park e Ha, 2007¥ 5,3 2,6 32 10,8 2,5 29 Wang et al. 2010 3,9 1,06 44 4,8 1,42 15 *Mediana e variação interquartil relatados no estudo; ¥ significância estatística (p<0,05). PLIF: fusão intersomática lombar posterior; MIS: minimamente invasiva; DP: desvio padrão. 33 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 9. Perda sanguínea média durante o procedimento (mLs). Sidhu, 2014. (30) PLIF MIS PLIF aberta Estudo Média DP Total Média DP Total 496,4 217,2 28 887,7 555,3 31 135 98 20 432 151 20 432,8 294,8 32 737,9 224,3 29 Tsutsumimoto et al. 2009 282 259,8 10 352,6 304,6 10 Wang et al. 2010* 145 73 44 400 116 15 Fan et al. 2010* Ntoukas e Muller, 2010* Park e Ha, 2007* *Significância estatística (p<0,05). PLIF: fusão intersomática lombar posterior; MIS: minimamente invasiva; DP: desvio padrão. Tabela 10. EVA média ao final do acompanhamento. Sidhu, 2014. (30) PLIF MIS PLIF aberta Estudo Média DP Total Média DP Total Fan et al. 2010¥ 1,8 0,6 28 3,4 0,5 31 Ghareman et al. 2010 2* 1-5* 25 2* 0-4* 27 Ntoukas e Muller, 2010 2 1,1 20 2,5 2,5 20 2,1 1,4 32 3,8 1,8 29 Park e Ha, 2007¥ *Mediana e variação interquartil relatados no estudo; ¥ significância estatística (p<0,05). EVA: escala visual analógica; PLIF: fusão intersomática lombar posterior; MIS: minimamente invasiva; DP: desvio padrão. Bevevino 2014 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Com o propósito de realizar uma metanálise para estabelecer a taxa de fusão da técnica MIS de TLIF sem a realização de uma fusão posterolateral (PLF), Bevevino et al. analisaram sete estudos (totalizando 408 pacientes) que se submeteram à TLIF MIS somente. (31) A faixa etária média dos pacientes foi de 50,3 anos; 58% deles eram do sexo feminino. Os três diagnósticos mais comumente encontrados nos estudos foram espondilolistese degenerativa, 34 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. EL com instabilidade, e discopatia degenerativa discal (DDD). O tempo médio de acompanhamento foi de 38,8 meses, com uma variação de 16-49 meses. A taxa de fusão dos sete estudos foi, em média, 94,7% (IC 95% de 87,9-97,7%) (Tabela 11). Dois estudos reportaram taxas de fusão de 100%, enquanto a taxa de fusão mais baixa foi de 77,8%. A avaliação da fusão foi determinada a partir de tomografia computadorizada (TC) pósoperatória (em média, 13,7 meses após a cirurgia, com variação entre 7-24 meses). Dentre os estudos que relataram taxas de complicações, a média ponderada foi de 17% (com a maior taxa de 31,6% e a menor de 7,4%). Diante de tais resultados, sugere-se que a taxa de fusão da técnica MIS de TLIF não é afetada negativamente pela não realização de uma PLF. A taxa total de 94,7% é consistente com estudos anteriores que avaliaram a TLIF MIS, inclusive com a performance conjunta da PLF. Tabela 11. Taxa de fusão. Bevevino, 2014. (31) Estudo Taxa de fusão Limite inferior Limite superior Total Mannion et al. 0,970 0,799 0,996 29/30 Rouben et al. 0,960 0,917 0,981 162/169 Lee CK et al. 0,928 0,703 0,986 19/20 Villavicencia et al. 0,994 0,905 1,000 76/76 Park et al. 0,988 0,833 0,999 40/40 Lee DY et al. 0,778 0,586 0,897 21/27 Scheufler et al. 0,940 0,823 0,981 43/46 Total 0,947 0,879 0,977 Goldstein 2014 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Em uma revisão sistemática, Goldstein et al. (32) compararam TLIF/PLIF convencionais e MIS, de acordo com determinados parâmetros: (1) desfechos cirúrgicos (perda sanguínea, tempo de 35 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. cirurgia, e tempo de fluoroscopia); (2) desfechos clínicos (ODI e EVA); e (3) eventos adversos. A revisão sistemática incluiu mais de 1.600 pacientes de 26 estudos. O tempo de cirurgia apresentou equivalência tanto nos procedimentos MIS (104-390 minutos) quanto nos convencionais (132-365 minutos) (n=23 estudos). O volume de sangue perdido estimado foi de 51-496 mL no grupo sob procedimento MIS e 125-1.147 mL em procedimentos convencionais. O tempo de fluoroscopia foi significativamente maior nos grupos MIS (n=7 estudos), com uma variação de 49-297 segundos de exposição à fluoroscopia, contra 24-123 segundos dos pacientes tratados com cirurgia convencional. O tempo de internação hospitalar foi mais curto em pacientes que realizaram MIS (n=21 estudos), que permaneceram hospitalizados por 1,8-11 dias; enquanto aqueles que realizaram o procedimento convencional ficaram internados por 3-15 dias. Os desfechos pós-operatórios avaliaram a dor pós-operatória por meio da EVA (15 estudos) e do ODI (13 estudos), obtendo escores semelhantes em ambas as ferramentas, tanto no método MIS quanto no convencional. Eventos adversos foram relatados em todos os estudos incluídos, exceto em três. Nas coortes MIS foram observadas tendências menores de progressão à complicações cirúrgicas, tais quais: rasgo dural, infecção superficial, mau posicionamento do enxerto, déficit neurológico ou lesão do nervo, e hematoma. Também houveram menos eventos adversos médicos – infecção do trato urinário, complicações respiratórias, complicações cardíacas e transfusões - nos grupos MIS. Os estudos avaliados relataram economia de custos de 11%-24% em favor dos procedimentos MIS. De forma geral, os pacientes submetidos a PLIF/TLIF MIS apresentaram menor perda sanguínea, geralmente menor tempo de internação hospitalar, escores de dor avaliados pelo paciente semelhantes aos das técnicas convencionais, e uma tendência menor de complicações médicas e cirúrgicas (Tabela 12); com ambas as técnicas (tanto a aberta quanto a MIS) apresentando durações equivalentes de cirurgia. Tais desfechos sugerem que os métodos MIS podem reduzir complicações médicas e cirúrgicas, sem comprometer a habilidade do cirurgião de obter uma fusão bem-sucedida. 36 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 12. Taxas de complicações nos coortes MIS e convencionais. Goldstein, 2014. (32) Desfecho Número de estudos Número de pacientes Número de pacientes com complicação/número de pacientes Coorte MIS Coorte convencional Rasgo dural 16 979 20/520 (3,8%) 25/459 (5,4%) Infecção 13 852 11/441 (2,5%) 19/411 (4,6%) Superficial 6 354 4/178 (2,2%) 11/176 (6,3%) Profundo 5 332 5/176 (2,8%) 4/156 (2,6%) Complicações cirúrgicas 15 991 25/521 (4,8%) 31/470 (6,6%) • Enxerto mal posicionado 5 422 6/219 (2,7%) 9/203 (4,4%) • Parafuso mal posicionado 7 552 8/281 (2,8%) 7/271 (2,6%) • Déficit neurológico/lesão do nervo 9 633 8/343 (2,3%) 11/290 (3,8%) • Hematoma 4 282 3/156 (1,9%) 4/126 (3,2%) 13 854 18/441 (4,1%) 49/413 (11,9%) Complicações médicas • Infecção do trato urinário 4 249 6/131 (4,6%) 12/118 (10,2%) • Complicação respiratória (pneumonia/atelectase) 4 296 2/150 (1,3%) 5/146 (3,4%) • Complicações cardíacas (arritmia, infarto do miocárdio) 3 206 1/108 (0,9%) 4/98 (4,1%) • Transfusão requerida 4 196 3/92 (3,3%) 19/104 (18,3%) • Outra 5 359 6/191 (3,1%) 9/168 (5,4%) Ausência de fusão 8 455 7/240 (2,9%) 7/215 (3,3%) Reoperação 9 640 11/335 (3,3%) 12/305 (3,9%) • Por infecção 3 256 1/134 (0,7%) 3/122 (2,5%) • Por enxerto mal posicionado 3 242 2/129 (1,6%) 2/113 (1,8%) • Por hematoma 1 30 0/15 (0%) 1/15 (0,75) • Por parafuso mal posicionado 5 408 4/211 (1,9%) 3/197 (1,5%) • Por outra razão 3 188 4/95 (4,2%) 1/93 (1,1%) Todas as complicações* 23 1420 81/743 (10,9%) 131/677 (19,4%) *Sem inclusão dos casos de reoperação. MIS: minimamente invasiva. 37 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Dahdaleh 2014 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2A/B Uma revisão da literatura foi apresentada por Dahdaleh et al. (33) com a finalidade de analisar desfechos clínicos e radiográficos resultantes de ensaios que avaliaram a abordagem cirúrgica de XLIF na correção da EDA. Os estudos incluídos na revisão foram obtidos em buscas realizadas nas bases de dados da National Library of Medicine, Cochrane e Google Acadêmico, e tiveram suas datas de publicação entre Janeiro de 1996 e Agosto de 2013. Dentre os 546 artigos encontrados, 10 foram selecionados pelos autores devido ao foco primário em desfechos clínicos e radiográficos conseguintes ao tratamento da EDA via XLIF. Todos os estudos incluídos na revisão eram retrospectivos e têm seus resultados sumarizados na Tabela 13. 38 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 13. Sumário dos resultados dos estudos de XLIF para EDA. Dahdaleh, 2014. (33) Autor, ano Nº de pacientes Acompanhamento (meses) Fusão média dos segmentos Ângulo Cobb coronal préoperatório Ângulo Cobb coronal Pósoperatório Ângulo Cobb sagital préoperatório Ângulo Cobb sagital pósoperatório Desfechos que apresentaram melhora Perda sanguínea (mL) Internação hospitalar (dias) Anand et al., 2008 12 2,5 3,6 18,9 6,1 ND ND EVA, TIS 257 8,6 Tormenti et al., 2010 8 10,5 2,8 38,5 10,0 47,3 40,4 EVA ND ND Wang e Mummaneni, 2010 23 13,4 3,7 31,4 11,5 37,4 45,5 EVA 447 6,2 Dakwar et al, 2010 25 11,0 3,0 21,1 6,4 ND ND EVA, ODI 53/nível 6,2 Karikari et al., 2011 11 16,4 ND 22,0 14,0 39,0 44,0 EVA, ODI 228 4,8 Sharma et al., 2011 25 12,0 ND 21,4 9,7 42,1 46,2 EVA, ODI ND ND Acosta et al., 2011 8 21,0 ND 21,4 9,7 42,1 46,2 EVA, ODI ND ND Kotwal et al., 2012 31 24,0 (mínimo) ND 24,8 13,6 ND ND EVA, ODI, SF12 P 537 7,7 39 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Johnson et al., 2013 15 6,0 (mínimo) ND 13,0 7,1 42,8 44,4 EVA, ODI, SF36 ND ND Anand et al., 2013 66 39,0 4,0 24,7 9,5 ND ND EVA, TIS, ODI, SF-36 314 7,6 ND: não disponível; ODI: Índice de Incapacidade de Oswestry; P: físico; SF-12: 12-Item Short Form Health Survey; SF-36: 36-Item Short Form Health Survey; TIS: escore de intensidade de tratamento (treatment intensity score); EVA: escala visual analógica. 40 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Estudos observacionais Não foram encontrados artigos de revisão sistemática e/ou metanálise para a técnicas ALIF. Portanto, um estudo observacional de duas coortes foi descrito de modo a apresentar as evidencias sobre a técnica em questão. Saraph 2004 Nível de evidência/Grau de recomendação: 2B/B Saraph et al. 2004 (34), compararam as técnicas convencionais e MIS para a ALIF. Cinquenta e seis pacientes com espondilolistese, instabilidade lombar e falha em cirurgia prévias de coluna foram tratados com ALIF entre os anos de 1991 e 2001. Esses pacientes foram avaliados retrospectivamente e divididos em dois grupos. O primeiro grupo consistia em 33 pacientes submetidos ao tratamento retroperitoneal convencional da ALIF. O segundo grupo era composto de 23 pacientes que foram operados com a técnica MIS ALIF. Os grupos foram similares nos parâmetros idade, indicação ao tipo de fusão e diagnóstico. A avaliação clínica foi realizada por meio de 2 questionários: o North American Spine Society (NASS) e do Perfil de Saúde de Nottingham (NHP). A taxa de fusão foi avaliada radiologicamente. A média de acompanhamento clínico pós-operatório foi de 5,5 anos (variação 1,5-11 anos). O grupo MIS apresentou resultados significantemente melhores quando ao tempo cirúrgico, perda sanguínea e tamanho da incisão. Radiografias simples foram coletadas em períodos pósoperatórios entre 6 a 96 meses (média 26 meses). Não houve diferença estatisticamente significativa na ocorrência de complicações nos dois métodos, nem nas taxas de fusão. No grupo ALIF convencional, ocorreu desenvolvimento de pseudoartrose em dois pacientes submetidos a fusão de 1 nível e em um paciente submetido a fusão de 2 níveis. No grupo MIS, pseudoartrose ocorreu em 4 pacientes submetidos a fusão de 1 nível. Na avaliação pelos questionários, um valor médio de 3-3,3 em fatores como “dor e incapacidade” e “sintomas neurológicos” significa que o sintomas ocorreram ocasionalmente. Apesar dos resultados do NHP terem sido melhores no grupo MIS, a diferença entre os dois grupos não foi estatisticamente significativa, exceto na escala “dor” (p=0,027). Os dois métodos cirúrgico não influenciaram nos resultados encontrados, assim como o gênero, idade e fusão radiológica. 41 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Os questionários mostraram diferenças significativas entre ambos os grupos no quesito “indicação do tipo de fusão”. O resultado do NASS, no parâmetro “dor lombar e incapacidade” mostrou diferença significativa entre espondilolistese e os grupos DDD (p=0,026) e síndrome pós-laminectomia (p=0,006). Nos parâmetros “sintomas neurológicos”, uma diferença significativa foi encontrada entre o grupo espondilolistese e o grupo síndrome pós-laminectomia (p=0,044). Na avaliação do NHP, as dimensões “energia” (p=0,042), “dor” (p=0,008) e “mobilidade física” (p=0,002) também foram melhores no grupo convencional. 42 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 14. Estudos incluídos para análise. Autor, data Karikari 2010 (27) Wu 2010 (28) Tian 2013 (29) Sidhu 2014 (30) Bevevino 2014 (31) País onde estudo foi realizado Inglaterra EUA China EUA EUA Desenho Revisão sistemática Metanálise quantitativa Metanálise Revisão sistemática Metanálise Principalmente espondilolistese degenerativa, hérnias de disco, DDD e trauma Doenças degenerativas da coluna Doenças degenerativas da coluna Doenças degenerativas da coluna Principalmente espondilolistese degenerativa, EL com instabilidade e DDD TLIF MIS vs. TLIF e PLIF convencionais TLIF MIS vs. TLIF convencional TLIF MIS vs. TLIF convencional PLIF MIS vs. PLIF convencional TLIF MIS vs. TLIF MIS com PLF População Intervenção e comparadores Desfechos Resultados Tempo de duração da cirurgia, perda sanguínea, tempo de internação hospitalar, complicações, dor através da EVA e ODI • Tempo médio de duração do procedimento MIS foi maior, variando de 156,2-348,2 minutos Taxa de fusão e complicações • • Maior taxa de fusão no grupo MIS: 93,9% (ajustada pelo algoritmo de Trim e Fill) TLIF convencional resultou em taxas mais elevadas de Perda sanguínea, tempo de internação hospitalar, dor através da EVA e ODI, exposição ao raio X intraoperatório, tempo de cirurgia, taxa de complicação, taxa de reoperação • • Pacientes submetidos à TLIF MIS tiveram menor perda sanguínea (p<0,0001) Pacientes do grupo MIS deixaram o Tempo de cirurgia, tempo de internação hospitalar, perda sanguínea, dor através da EVA, distração do disco, taxa de complicações, taxa de reoperação • O método MIS apresentou perda sanguínea e tempo de internação hospitalar inferiores • PLIF convencional foi realizada com um período Taxa de fusão, taxa de complicações • A taxa de fusão do procedimento MIS sem PFL foi de 94,7% • As taxas de complicações registradas 43 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. A técnica MIS apresentou menor perda sanguínea: 150-456 mL • Pacientes do grupo MIS passaram menos tempo internados: 3-10,6 dias • Os procedimentos convencionais apresentaram uma taxa maior de complicações, variando de 1,6%16,7% • O procedimento MIS contou com escores de dor melhores, variando de 62,0%-87,7% (EVA) e 56,1%77,0% (ODI) • Limitações Os desfechos disponíveis na literatura são limitados pela heterogeneidade da população, tamanho da amostra, e variação das técnicas. complicações: 17,6% (ajustada pelo algoritmo de Trim e Fill) Heterogeneidade entre características dos pacientes e indicações cirúrgicas; Variabilidade no critério de inclusão; Resultados clínicos não foram analisados devido à variabilidade no padrão de resultados, falta de informação de resultados em vários estudos e falta de instrumentos de avaliação universal. hospital 2,7 dias antes dos pacientes do grupo submetido ao método tradicional • A técnica MIS apresentou escores melhores tanto na EVA quanto ODI • A TLIF convencional sofreu menor exposição ao raio X (p<0,0001) • Tempo de cirurgia, taxa de complicação e de reoperação foram semelhantes em ambas as técnicas Limitações de metodologia dos estudos; Heterogeneidade estatística entre os estudos; Diversos critérios e ferramentas de avaliação da fusão foram considerados; Registro incompleto de dados. menor de tempo de cirurgia • A PLIF MIS também resultou em escores melhores na EVA em curto prazo • Taxas de complicações e de reoperação semelhantes para ambas as abordagens Poucos estudos prospectivos, estudos retrospectivos tiveram que ser incluídos; Heterogeneidade nos dados e também entre as duas técnicas; Descrição das doenças não foi uniforme; O registro de complicações relacionadas à cirurgia foram extremamente variáveis. apresentaram média ponderada de 17% Poucos estudos incluídos; Baixa qualidade da evidência incluída (maioria de estudos foram séries de casos); Heterogeneidade estatística entre os estudos e desenho não permitiu metanálise formal 44 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Nível de evidência/Grau de recomendação 2A/B 2A/B 2A/B 2A/B 2A/B DDD: discopatia degenerativa discal; TLIF: fusão intersomática lombar transforaminal; PLIF: fusão intersomática lombar posterior; MIS: minimamente invasiva; EVA: escala visual analógica; ODI: índice de incapacidade de Owerstry. Tabela 15. Continuação. Estudos incluídos para análise. Autor, data País onde estudo foi realizado Desenho População Intervenção e comparadores Desfechos Goldstein 2014 (32) Dahdaleh 2014 (33) Saraph 2004 (34) Canadá EUA Áustria Revisão sistemática Revisão sistemática Retrospectivo Doenças degenerativas da coluna EDA Espondilolistese degenerativa, instabilidade lombar, síndrome pós laminectomia TLIF/PLIF MIS vs. TLIF/PLIF convencionais XLIF ALIF MIS vs. ALIF convencional Perda sanguínea, tempo de cirurgia, tempo de fluoroscopia, dor através da EVA e ODI, eventos adversos Clínicos (EVA, TIS, ODI, SF-36, SF-12 P) e radiográficos (taxa de fusão, ângulo Cobb coronal e sagital) Desfechos clínicos (NASS, NHP), taxa de fusão, taxa de complicações 45 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Resultados Os grupos MIS apresentaram menor perda sanguínea (51-496 mL) • Todos os procedimentos cirúrgicos duraram tempos equivalentes • Os grupos convencionais foram menos expostos à fluoroscopia (24-123 segundos) • Os grupos MIS permaneceram menos tempo internado (1,8-11 dias) • Todos os métodos reportaram escores semelhantes tanto na EVA quanto ODI • Coortes MIS apresentaram uma tendência menor de eventos adversos • Limitações Nível de evidência/Grau de recomendação Os ângulos Cobb coronais e sagitais apresentaram taxa significativa de correção em todos os estudos. • Todos os estudos apresentaram boa taxa de fusão • Seis dos dez estudos que utilizaram a EVA para avaliação da dor tiveram melhoria nos seus escores • TIS, SF-36 e SF-12P reportaram escores melhorados em todos os estudos em que foram utilizados • Quatro estudos relataram melhora quanto ao ODI • O grupo MIS apresentou resultados melhores quanto ao tempo cirúrgico, perda sanguínea e tamanho da incisão • Taxas de fusão e de complicações foram estatisticamente similares em ambos os grupos • A abordagem MIS gerou resultados melhores no NHP, no parâmetro dor • Os desfechos clínicos gerais não apresentaram diferença significativa entre os grupos • Desenho do estudo; Amostra de pacientes pequena, de único centro. Desenho do estudo - 2A/B 2A/B 2B/B DDD: discopatia degenerativa discal; EL: estenose lombar; EDA: escoliose degenerativa do adulto; TLIF: fusão intersomática lombar transforaminal; PLIF: fusão intersomática lombar posterior; XLIF: fusão intersomática por via extremo-lateral; MIS: minimamente invasiva; EVA: escala visual analógica; ODI: índice de incapacidade de Oswestry; TIS: treatment index intensity (índice de intensidade de tratamento); SF-36: 36-Item Short Form Health Survey; SF-12: 12-Item Short Form Health Survey; PFL: fusão posterolateral; NASS: North American Spine Society; NHP: Perfil de Saúde de Nottingham. 46 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Estudos econômicos Wang 2010 Wang et al. (35) conduziram um estudo retrospectivo de custos hospitalares para as abordagens aberta e MIS da PLIF em dois níveis (1 e 2), realizadas no tratamento da espondilolistese e DDD. O objetivo do estudo foi avaliar a custo-efetividade entre a PLIF MIS versus convencional. O estudo durou 14 meses e analisou os custos de tratamento de 74 pacientes. Pacientes com sintomas neurológicos bilaterais foram submetidos à técnica aberta, e os com sintomas unilaterais à MIS. Os custos hospitalares foram relacionados ao tempo de internação hospitalar e custos cirúrgicos. A média do período de hospitalização de pacientes que passaram pelas cirurgias de um único nível foi de 3,9 (MIS) e 4,8 (convencional) dias (p=0,017). Os pacientes submetidos aos procedimentos cirúrgicos em 2 níveis permaneceram hospitalizados por 5,1 dias quando a técnica adotada foi a MIS, e 7,1 dias quando foi utilizada a convencional – diferença não estatisticamente significativa devido às altas variações e pequeno espaço amostral (p=0,259). Quanto aos custos hospitalares, o procedimento MIS realizado em 1 nível foi associado com um custo médio de US$ 70.159 (variação de US$ 45.908-US$ 116.832) vs. US$ 78.444 (variação de US$ 48.788-US$ 98.386) do método convencional (p=0,027). Considerando a cirurgia em dois níveis, os custos médios totalizaram US$ 87.454 (variando de US$ 81.206-US$ 101.259) para MIS vs. US$ 108.843 (variando de US$ 72.240-US$ 136.478) para a técnica convencional (p=0,071). Diante dos resultados obtidos, os autores consideraram que a técnica MIS da PLIF é mais custoefetiva que a convencional, uma vez que garante um período de tempo menor de internação hospitalar, taxas menores de complicações e utilização de menos recursos durante a internação. Deluzio 2010 Deluzio et al. (36) apresentam informações acerca da técnica MIS XLIF no tratamento de deformidades da coluna (especialmente hérnia de disco, EL e espondilolistese) por meio de uma análise retrospectiva dos custos despendidos na realização dessa técnica, comparada a PLIF. Os pacientes selecionados no estudo eram portadores de uma das condição degenerativas da 47 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. coluna previamente mencionadas e foram submetidos às intervenções cirúrgicas instrumentadas em dois níveis. Foi observado um ganho de 0,23 em anos de vida ajustado pela qualidade (QALY) na coorte de fusão; contudo esse ganho foi acompanhado com um custo de US$ 115.600. O tempo médio de internação hospitalar no grupo submetido ao método MIS foi 49% menor do que dos pacientes tratados pelo procedimento convencional, e o custo médio cirúrgico e de internação hospitalar inicial para os indivíduos que foram submetidos à técnica MIS foi US$ 997/paciente inferior quando comparado ao custo das operações convencionais. A técnica MIS também apresentou 76% menos eventos residuais pós-cirúrgicos, o que ofereceu uma economia de US$ 986/paciente. Levando em consideração todo o período perioperatório, incluindo tanto os custos pré quanto pós-cirúrgicos (acompanhados em até 45 dias), foi relatada uma economia média de 9,6% (US$ 2.563/paciente) na utilização do método MIS. Parker 2012 Parker et al., 2012 (37), realizaram um estudo prospectivo de custo-utilidade de 2 anos para comparar a TLIF MIS com a TLIF aberta em pacientes com dor lombar refratária e dor em membros inferiores decorrente de espondilolistese lombar de grau 1. Foram incluídos 30 pacientes submetidos a TLIF MIS (n=15) e TLIF aberta (n=15). Uso de recursos médicos relacionados às costas, abstenção no trabalho, e valores de qualidade (anos de vida ajustados pela qualidade [QALY], calculados por meio do EQ-5D) foram avaliados durante 2 anos de seguimento. Para estimar o custo direto, autorrelato dos médicos em relação ao uso de recursos foram multiplicados pelo custo unitário de cada componente. Os custos unitários de consultas, hospitalizações, diagnósticos, ensaios e procedimentos foram determinados com base do sistema Medicare de saúde. Os custos indiretos foram estimados multiplicando a mudança nas horas trabalhadas pela taxa de salário bruto. O desfecho avaliado foi a razão de custo-efetividade incremental (ICER). A média do QALY para os pacientes do grupo TLIF MIS foi de 0,50 (IC 95% 0,37-0,63) e 0,41 (IC 95% 0,14-0,68) para os pacientes da TLIF aberta, com uma diferença de 0,09 QALYs observada a favor da TLIF MIS durante 2 anos. Os custos médios totais durante esse período foram de $35.996 (IC 95% $31.448-$40.544) para TLIF MIS e $44.727 (IC 95% $37.809-$51.645) para 48 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. pacientes tratados com TLIF aberta (p=0,18). Uma tendência para redução da utilização de diagnóstico por imagem (6,0 vs. 8,2 imagens, p=0,20) e uso de medicamentos (177 vs. 336 dias de medicação; p=0,19) foi observada no grupo TLIF MIS. Os custos indiretos foram responsáveis por uma proporção substancial nos custos totais em ambos os grupos (32,8% do custo para TLIF MIS e 41,2% para TLIF aberta). Quando todos os custos foram considerados, o grupo TLIF MIS teve um tendência não significativa de economia média em 2 anos de $8.731 por paciente comparado com TLIF aberta. Em resumo, TLIF MIS comparado com TLIF aberta produziu menores custos durante 2 anos, proporcionando melhoras equivalentes em QALY. Parker 2014 Parker et al., 2014 (38), realizaram uma análise prospectiva de custo-efetividade e custoutilidade da TLIF MIS comparada com a TLIF aberta em pacientes com espondilolistese lombar de grau 1. Foram incluídos 100 pacientes na análise (n=50 TLIF MIS e n=50 TLIF aberta). Recursos médicos relacionados ao procedimento, abstenção no trabalho, e QALYs foram avaliados. Os custos diretos foram determinados baseado no sistema Medicare de saúde, e os custos indiretos calculados em relação a mudança nas horas trabalhadas multiplicadas pelo salário bruto. A duração da hospitalização e o tempo do retorno ao trabalho foi menor para o grupo TLIF MIS comparado com o grupo TLIF aberta (p=0,006 e p=0,03, respectivamente). TLIF MIS versus TLIF aberta demonstrou resultados semelhantes em relação às melhoras dos desfechos reportados pelos pacientes. No geral, os custos diretos hospitalares da operação e anestesia foram de $11.353 ± $4.000 e não diferiram entre os grupos ($12.011 ± $4.300 no grupo TLIF MIS vs. $10.770 ± $3.700; p=0,55). TLIF MIS comparada com TLIF aberta foi associada com a redução de um dia de hospitalização (3 vs. 4; p=0,006) e com uma redução média do custo hospitalar de $1.758 por paciente. Durante dois anos, os custos médicos totais foram $27.621 ± $6.107 para pacientes submetidos à TLIF MIS e $28.442 ± $6.005 para pacientes submetidos à TLIF aberta (p=0,50). O tempo médio para volta ao trabalho foi significativamente menor no grupo TLIF MIS resultando em uma redução nos custos indiretos de $10.942 ± $9.102 versus $19.416 ± $22.727 (p=0,06). TLIF MIS 49 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. foi associada com um custo total reduzido durante 2 anos comparado com TLIF aberta: $38.563 ± $10.594 versus $47.858 ± $20.148 (p=0,03). Os grupos apresentaram QALYs semelhantes durante os dois anos de estudo. Conclui-se que a MIS TLIF foi associada a um custo reduzido, com eficácia semelhante comparada com a TLIF aberta. 50 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 4. DISCUSSÃO Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com o objetivo de avaliar a eficácia e segurança da artrodese lombossacra percutânea/minimamente invasiva no tratamento de acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. Foram localizadas sete revisões sistemáticas (4 compararam a abordagem MIS da TLIF com outras técnicas, sendo elas: a TLIF convencional (2), a PLIF convencional (1) e a TLIF MIS sem PLF (1); uma analisou a PLIF MIS e utilizou como comparador a PLIF convencional; em uma mesma revisão comparou-se, simultaneamente, a abordagem MIS tanto da PLIF quanto da TLIF com suas respectivas técnicas convencionais; e por fim, uma revisão avaliou os desfechos da técnica XLIF), um estudo observacional (visando comparar a ALIF MIS versus a ALIF convencional) e quatro estudos econômicos (um analisou a MIS PLIF versus PLIF convencional; outro avaliou os custos entre a técnica MIS XLIF e PLIF convencional; e os dois últimos compararam a TLIF MIS com a TLIF convencional). A escassez de ensaios clínicos controlados randomizados para avaliação do XLIF® pode ser considerada uma limitação deste estudo. Porém, de acordo com Drummond (39), existem diferenças relevantes entre medicamentos e dispositivos médicos, que deveriam ser consideradas no momento da avaliação de tais tecnologias. Entre as diferenças, destaca-se a dificuldade em se realizar um ensaio clínico controlado randomizado. A randomização pode não ser possível, por questões anatômicas ou de indicação. O cegamento torna-se inviável em alguns casos, por questões éticas, quando se compara um procedimento minimamente invasivo ao tratamento cirúrgico convencional. Soma-se ainda a curva de aprendizado associada à técnica de implantação dos dispositivos, principalmente em cenários cirúrgicos. O resultado de um ensaio clínico randomizado comparando um procedimento consagrado a um procedimento novo poderia refletir diferenças entre a experiência do profissional com o novo procedimento versus o antigo, ao invés da diferença clínica entre os procedimentos. As limitações em se aplicar diretrizes baseadas em medicamentos para a incorporação de dispositivos médicos tem sido alvo de discussões em sociedades nacionais e internacionais, a fim de que se consiga adequar 51 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. os padrões de avaliação e hierarquia das evidências para os dispositivos. As diretrizes metodológicas que guiam elaboração de estudos para avaliação de equipamentos médicoassistenciais do Ministério da Saúde (40) também discutem esta questão da diferença de avaliação entre medicamentos e equipamentos e tais diferenças encontram-se resumidas na Tabela 16. Tabela 16. Principais diferenças encontradas nas avaliações de medicamentos ou de equipamentos médico-assistenciais. Diretrizes metodológicas: elaboração de estudos para avaliação de equipamentos médicos assistenciais, 2013. (40) Medicamento Equipamento Médico-Assistencial Clinicamente estudados Estudos de bancada Formulação estável, uma vez desenvolvida Mudanças/melhorias constantes e interativas Consumidos no uso Também disponíveis para estudos pós uso Resultados geralmente não relacionados com o profissional da saúde Resultados variam conforme capacitação do profissional da saúde Permite situação com uso de placebo Na maioria dos casos, não se permite o uso de placebo ou técnica que simule placebo Complicações podem aumentar com o uso Complicações podem diminuir com o uso e aumentam ao final da vida útil Interação medicamentosa Possibilidade de mau funcionamento O desenvolvimento de novos estudos com maior rigor metodológico e maior tamanho amostral, assim como estudos de comparação direta podem oferecer auxílio adicional na tomada de decisão sobre o melhor tratamento para as indicações propostas. A revisão da literatura realizada concluiu que as técnicas MIS apresentam melhora em desfechos clínicos e radiográficos, quando comparado à fusão intersomática convencional, com diminuição na perda sanguínea e permanência hospitalar, correção do ângulo de Cobb, além de melhora em desfechos reportados pelo paciente como dor nas costas e membros inferiores pela EVA, escores do ODI e componentes mentais e físicos do SF-36. 52 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. As técnicas MIS de fusão lombossacra se tornam uma importante opção terapêutica para pacientes que necessitam de fusão intersomática, mostrando as vantagens de redução nas taxas de perda sanguínea, permanência hospitalar, e melhora nos escores de dor e qualidade de vida. 5. DIRETRIZ DE RECOMENDAÇÃO DA SBC Cobertura obrigatória para pacientes portadores de uma das seguintes doenças: • Acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5); • Artrose ou degeneração facetaria; • Espondilolistese; • Escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares; • Instabilidade na coluna lombar; • História de cirurgia prévia em coluna lombar; • Estenose de canal vertebral; • Fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. 53 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 6. ANÁLISE ECONÔMICA 6.1. Objetivo O objetivo deste estudo é avaliar o impacto clínico e econômico da incorporação do procedimento de instrumentação pedicular percutânea quando comparado ao procedimento de artrodese convencional para tratamento de pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica, sob a perspectiva do Sistema de Saúde Suplementar (SSS) Brasileiro. 6.2. População-alvo Foram incluídos na análise pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. 6.3. Horizonte temporal da análise A análise foi desenvolvida considerando exclusivamente o período de internação dos pacientes. Foi adotado este horizonte de tempo curto, pois o impacto do novo procedimento pode ser observado durante a internação do paciente para realização do mesmo e recuperação antes da alta. 54 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 6.4. Perspectiva A análise foi conduzida sob a perspectiva do SSS, considerando-se os recursos de saúde e valores de reembolso adotados pelo sistema suplementar. 6.5. Comparadores Os comparadores considerados na análise foram: artrodese percutânea/minimamente invasiva e artrodese convencional. O procedimento de artrodese convencional foi selecionado como comparador por representar o padrão de tratamento no SSS para pacientes com acometimentos discais avançados com colapso discal e substituição da estrutura normal das plataformas vertebrais (Pfirmann 4 e 5), artrose ou degeneração facetaria, espondilolistese, escoliose degenerativa/escoliose do adulto com acometimentos multisegmentares, instabilidade na coluna lombar, história de cirurgia prévia em coluna lombar, estenose de canal vertebral, fratura vertebral de origem traumática, neoplásica, osteoporótica, infecciosa e/ou reumatológica. 6.6. Taxa de desconto Não foi aplicada taxa de desconto na análise devido ao horizonte de tempo não ser superior a um ano. Esta definição está de acordo com as recomendações das Diretrizes Metodológicas para Estudos de Avaliação Econômica de Tecnologias em Saúde, publicado pelo Ministério da Saúde. (41) 6.7. Desfechos considerados Com objetivo de avaliar somente a diferença de custos dos procedimentos de artrodese percutânea/minimamente invasiva e artrodese convencional no tratamento de diferentes doenças da coluna, não foram incluídos desfechos clínicos na análise. Os desfechos econômicos contemplados foram custos médicos diretos, incluindo os recursos médicos utilizados diretamente para a realização de cada procedimento, diárias hospitalares, materiais, medicamentos, honorários e exames. 55 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Custos indiretos não foram contemplados nesta análise, uma vez que fogem do escopo da análise sob a perspectiva do sistema de saúde suplementar como pagador de serviços de saúde. 6.8. Estrutura do modelo Para a estimativa dos custos e desfechos dos tratamentos foi elaborado um modelo de árvore de decisão que acompanhou pacientes durante a realização do procedimento cirúrgico até a alta hospitalar. Figura 11. Representação esquemática do modelo econômico. 6.9. Uso de recursos e custos Os recursos de saúde considerados se referem aos custos associados à realização dos procedimentos cirúrgicos com anestesia e acompanhamento dos pacientes durante a internação hospitalar, com o tratamento de possíveis complicações. Os custos estimados para o procedimento de artrodese minimamente invasiva estão detalhados na Tabela 17. A Tabela 18 apresenta tais custos para o procedimento de artrodese convencional. 56 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 17. Custo estimado para o procedimento de artrodese minimamente invasiva. Recursos % em uso Quantidade Custo unitário Custo ponderado Procedimento cirúrgico 100% 1 R$ 34.971,30 R$ 34.971,30 Anestesia geral 100% 1 R$ 2.424,48 R$ 2.424,48 Diárias hospitalares em enfermaria 100% 3 R$ 435,05 R$ 1.305,15 Diárias hospitalares em UTI 0,0% 0 R$ 1.817,50 R$ 0,00 Complicações cirúrgicas 4,8% 1 R$ 3.497,13 R$ 167,86 Infecção 2,5% 1 R$ 275,12 R$ 6,88 Rasgo dural 3,8% 1 R$ 3.756,44 R$ 142,74 Reoperação 3,3% 1 R$ 34.971,30 R$ 1.154,05 CUSTO TOTAL MIS R$ 40.172,47 Tabela 18. Custo estimado para o procedimento de artrodese convencional. % em uso Quantidade Custo unitário Custo ponderado Procedimento cirúrgico 100% 1 R$ 28.481,30 R$ 28.481,30 Anestesia geral 100% 1 R$ 2.424,48 R$ 2.424,48 Diárias hospitalares em enfermaria 100% 4,2 R$ 435,05 R$ 1.827,21 Diárias hospitalares em UTI 0,0% 0 R$ 1.817,50 R$ 0,00 Complicações cirúrgicas 6,6% 1 R$ 2.848,13 R$ 187,98 Infecção 4,6% 1 R$ 275,12 R$ 12,66 Rasgo dural 5,4% 1 R$ 3.107,44 R$ 167,80 Reoperação 3,9% 1 R$ 28.481,30 R$ 1.110,77 Recursos CUSTO TOTAL TRATAMENTO CONVENCIONAL R$ 34.212,19 O detalhamento de cada um dos recursos e procedimentos considerados nas tabelas acima está descrito no Anexo 5. O custo superior do procedimento de artrodese minimamente invasiva quando comparado a artrodese convencional ocorre em função do uso de materiais adicionais no procedimento minimamente invasivo, como descrito na Tabela 27. 57 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Em contrapartida, pacientes submetidos a artrodese minimamente invasiva ficam hospitalizados por uma média de 3 dias em enfermaria, enquanto pacientes submetidos a artrodese convencional ficam hospitalizados por uma média de 4,2 dias em enfermaria. 6.10. Resultados Os resultados comparativos de custo entre os procedimentos analisados estão sumarizados na Tabela 19 e ilustrados graficamente na Figura 12. Tabela 19. Custos comparativos entre os procedimentos. Artrodese minimamente invasiva Artrodese convencional Incremental Procedimento cirúrgico R$ 34.971,30 R$ 28.481,30 R$ 6.490,00 Custo com anestesia R$ 2.424,48 R$ 2.424,48 R$ 0,00 Custo total com diárias de internação R$ 1.305,15 R$ 1.827,21 -R$ 522,06 Internação em enfermaria R$ 1.305,15 R$ 1.827,21 -R$ 522,06 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Custo total com complicações R$ 317,49 R$ 368,43 -R$ 50,95 Reintervenção R$ 1.154,05 R$ 1.110,77 R$ 43,28 CUSTO TOTAL R$ 40.172,47 R$ 34.212,19 R$ 5.960,27 Recursos Internação em UTI 58 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Figura 12. Representação gráfica dos resultados de custo de tratamento. Pode-se observar que embora o procedimento minimamente invasivo seja mais caro que a cirurgia tradicional, parte deste investimento adicional é compensado pela menor duração da internação hospitalar e menor incidência de complicações perioperatórias. 6.11. Análise de sensibilidade univariada Um importante elemento em um estudo econômico para a tomada de decisão é a quantificação da incerteza envolvida nos seus resultados e a identificação das variáveis que mais afetam esta incerteza. Análises de sensibilidade univariadas consideram variações de um único parâmetro por vez, mantendo os demais parâmetros constantes. Neste caso, os parâmetros considerados críticos foram variados a partir do seu valor no cenário base para valores limite e os resultados obtidos documentados como forma de se avaliar a robustez do modelo econômico e determinar as variáveis de maior influência na análise. 59 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 6.11.1. Parâmetros variados na análise de sensibilidade Os custos dos procedimentos considerados na análise foram variados para mais ou menos 20% para avaliar o impacto sobre o custo incremental da comparação do procedimento de artrodese minimamente invasiva versus artrodese convencional. O impacto da variação das probabilidades de ocorrência de complicações também foi avaliado. As variáveis consideradas na análise de sensibilidade univariada e os limites adotados estão apresentados na Tabela 20. Tabela 20. Parâmetros variados na análise de sensibilidade. Parâmetros Cenário base Mínimo Máximo Procedimento cirúrgico - MIS R$ 34.971,30 R$ 27.977,04 R$ 41.965,56 Procedimento cirúrgico - Convencional R$ 28.481,30 R$ 22.785,04 R$ 34.177,56 Reoperação - Convencional R$ 28.481,30 R$ 22.785,04 R$ 34.177,56 Reoperação - MIS R$ 34.971,30 R$ 27.977,04 R$ 41.965,56 R$ 435,05 R$ 348,04 R$ 522,06 Complicações cirúrgicas - MIS R$ 3.497,13 R$ 2.797,70 R$ 4.196,56 Rasgo dural R$ 3.756,44 R$ 3.005,15 R$ 4.507,73 R$ 275,12 R$ 220,10 R$ 330,15 Anestesia geral R$ 2.424,48 R$ 1.939,58 R$ 2.909,37 Diárias hospitalares em UTI R$ 1.817,50 R$ 1.454,00 R$ 2.181,00 Diárias hospitalares em enfermaria Infecção 6.11.2. Resultados da análise de sensibilidade sobre o custo incremental Os resultados da análise de sensibilidade univariada demostraram que as variáveis com maior impacto sobre os resultados de custo incremental foram o custo de cada procedimento cirúrgico (minimamente invasivo ou convencional) e o percentual de pacientes submetidos a reoperação. Estes resultados estão detalhados na Tabela 21 e representados graficamente no Diagrama de Tornado da Figura 13. 60 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 21. Resultados da análise de sensibilidade. Parâmetros Limite Inferior Limite superior Amplitude Procedimento cirúrgico - MIS -R$ 6.051,26 R$ 6.156,03 R$ 12.207,29 Procedimento cirúrgico - Convencional R$ 6.039,16 -R$ 5.934,38 R$ 11.973,54 Reoperação - Convencional R$ 274,54 -R$ 169,77 R$ 444,31 Reoperação - MIS -R$ 140,99 R$ 245,76 R$ 386,75 Diárias hospitalares em enfermaria R$ 156,80 -R$ 52,02 R$ 208,82 Complicações cirúrgicas - MIS R$ 24,26 R$ 80,52 R$ 56,25 Rasgo dural R$ 28,15 R$ 76,63 R$ 48,48 Infecção R$ 53,54 R$ 51,23 R$ 2,31 Anestesia geral R$ 52,39 R$ 52,39 R$ 0,00 Diárias hospitalares em UTI R$ 52,39 R$ 52,39 R$ 0,00 Figura 13. Diagrama de Tornado. 7. ANÁLISE DE IMPACTO ORCAMENTÁRIO As análises econômicas em saúde são ferramentas eficientes utilizadas por formuladores de políticas de saúde e financiadores de saúde para a alocação de recursos e seleção dos melhores investimentos para recursos financeiros limitados, porém, não são capazes de responder às questões específicas de financiamento para o objeto da análise. Por isso, foi elaborada uma análise de impacto orçamentário, onde o financiador poderá estimar, a partir do número de 61 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. pacientes elegíveis ao tratamento com artrodese minimamente invasiva, qual seria o impacto esperado da incorporação deste novo procedimento. 7.1. População elegível Dada a ausência de uma base de dados pública que represente de maneira fidedigna o volume de procedimentos realizados o Sistema de Saúde Suplementar brasileiro realizou-se uma busca no DATASUS pelos procedimentos hospitalares relativos a artrodese de coluna para 1 ou 2 níveis (04.08.03.013-5; 04.08.03.014-3; 04.08.03.023-2; 04.08.03.024-0-9; 04.08.03.026-7; 04.08.03.029-1) para os anos de 2008 a 2014. A partir do número de pacientes em 2014 projetou-se os anos subsequentes através da taxa média de crescimento do volume de procedimentos (1,0209215) realizados neste período. Sabe-se que esta metodologia representa uma limitação do estudo, dado que o volume de pacientes elegíveis pode ter sido subestimado como apresentado na Tabela 22. Tabela 22. Quantidade de procedimentos de artrodese convencional realizados no SUS. Parâmetros Quantidade 2014 4.262 Utilizando um modelo de projeção linear, foi projetado o número esperado de procedimentos para os anos de 2016 a 2020, como detalhado na Tabela 23. Tabela 23. Quantidade projetada de procedimentos. Parâmetros Quantidade 2016 4.442 2017 4.535 2018 4.630 2019 4.727 2020 4.826 62 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Diante da falta de informações disponíveis no Sistema de Saúde Suplementar sobre o número de pacientes que realizam este procedimento, e considerando-se que: i) a cobertura do Sistema Suplementar representa aproximadamente um terço da cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) (26% da população Brasileira é coberta pelo Sistema Suplementar (42) e 74% dependem exclusivamente do SUS), ii) que o acesso ao Sistema Suplementar é maior do que ao SUS sem que se saiba exatamente qual seria essa proporção; foi assumido que seria esperado no Sistema de Saúde Suplementar a realização do mesmo número de procedimentos observados e projetados para o SUS. 7.2. Impacto no orçamento Para cálculo do impacto orçamentário foi projetado o percentual de pacientes, dentre aqueles elegíveis para a realização do procedimento, que efetivamente utilizariam o procedimento de artrodese minimamente invasiva. Este Market share foi estimado como apresentado na Tabela 24. Tabela 24. Market share projetado para a incorporação do procedimento de artrodese minimamente invasiva. Ano Atual Projetado 2016 0% 5% 2017 0% 10% 2018 0% 20% 2019 0% 30% 2020 0% 40% Considerando-se a população elegível acima descrita e o custo médio por paciente obtido da avaliação econômica, como apresentado na Tabela 25, foi calculado o custo total de tratamento com cada um dos procedimentos por ano da análise. 63 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 25. Custo médio de tratamento por paciente por tipo de procedimento. Custo total Artrodese minimamente invasiva Artrodese convencional R$ 40.172,47 R$ 34.212,19 O custo total esperado de tratamento com cada procedimento e o impacto orçamentário projetado por ano estão apresentados na Tabela 26. Tabela 26. Impacto orçamentário projetado. Ano Projetado Atual Incremental 2016 R$ 153.294.333 R$ 151.970.557 R$ 1.323.777 2017 R$ 157.855.274 R$ 155.152.290 R$ 2.702.984 2018 R$ 163.921.662 R$ 158.402.449 R$ 5.519.213 2019 R$ 170.173.295 R$ 161.721.031 R$ 8.452.264 2020 R$ 176.613.750 R$ 165.108.038 R$ 11.505.712 Total R$ 821.858.314 R$ 792.354.365 R$ 29.503.949 Pode ser projetado, portanto, um impacto de R$ 1,3 milhão com a incorporação do procedimento de artrodese minimamente invasiva no primeiro ano após a incorporação e um impacto de R$ 29,5 milhões em cinco anos. 64 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 8. CONFLITO DE INTERESSE O estudo foi conduzido a partir de solicitação da Sociedade Brasileira de Coluna, sob seu patrocínio. Não foram feitas alterações pelo patrocinador na estrutura, conteúdo, resultados ou outros aspectos metodológicos da revisão sistemática da literatura desenvolvida. 65 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 9. REFERÊNCIAS 1. Arlet V, Ouellet J. Técnicas de fixação da coluna lombossacral Lumbosacral fixation techniques. 2015;2:1–11. 2. Instituto de Patologia da Coluna. Lombalgia [Internet]. Available from: http://www.patologiadacoluna.com.br/patologia/lombalgia/ 3. César AEM, Yonezaki AM, Ueno FH, Filho ESV, Rodrigues LMR. Reprodutibilidade intra e interobservadores da classificação de hipesinal facetário lombar e correlação com a degeneração discal para ressonância magnética. Coluna/Columna. 2011;10(3):179–82. 4. Weinstein JN, Lurie JD, Tosteson TD, Hanscom B, Tosteson AN a, Blood E a, et al. Surgical versus nonsurgical treatment for lumbar degenerative spondylolisthesis. 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Spine (Phila Pa 1976). 2010;35(26 Suppl.):S294– 301. 67 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. 28. Wu RH, Fraser JF, Härtl R. Minimal access versus open transforaminal lumbar interbody fusion: meta-analysis of fusion rates. Spine (Phila Pa 1976). 2010;35(26):2273–81. 29. Tian N-F, Wu Y-S, Zhang X-L, Xu H-Z, Chi Y-L, Mao F-M. Minimally invasive versus open transforaminal lumbar interbody fusion: a meta-analysis based on the current evidence. Eur Spine J. 2013;22(8):1741–9. 30. Sidhu GS, Henkelman E, Vaccaro AR, Albert TJ, Hilibrand A, Greg Anderson D, et al. Minimally invasive versus open posterior lumbar interbody fusion: A systematic review. Clin Orthop Relat Res. 2014;472(6):1792–9. 31. Bevevino AJ, Kang DG, Lehman R a., Van Blarcum GS, Wagner SC, Gwinn DE. 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An analysis of the differences in the acute hospitalization charges following minimally invasive versus open posterior lumbar interbody fusion. J Neurosurg Spine. 2010;12(6):694–9. 36. Deluzio KJ, Lucio JC, Rodgers WB. Value and cost in less invasive spinal fusion surgery: lessons from a community hospital. SAS J. 2010;4(2):37–40. 37. Parker SL, Adogwa O, Bydon A, Cheng J, McGirt MJ. Cost-effectiveness of minimally invasive versus open transforaminal lumbar interbody fusion for degenerative spondylolisthesis associated low-back and leg pain over two years. World Neurosurg. 2012;78(1-2):178–84. 38. Parker SL, Mendenhall SK, Shau DN, Zuckerman SL, Godil SS, Devin CJ, et al. Minimally Invasive Versus Open Transforaminal Lumbar Interbody Fusion (TLIF) for Degenerative Spondylolisthesis: Comparative Effectiveness and Cost-Utility Analysis. World Neurosurg. 2014;82(1-2):230–8. 39. Drummond M, Griffin A, Tarricone R. Economic evaluation for devices and drugs--same or different? Value Heal. 2009 Jun;12(4):402–4. 40. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Ciência-Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Diretrizes metodológicas: elaboração de 68 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. estudos para avaliação de equipamentos médicos assistenciais. Brasilia: Ministério da Saúde; 2013. 96 p. 41. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Ciência-Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Teccnologia. Diretrizes metodológicas: Estudos de avaliação econômica de tecnologias em saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. 152 p. 42. Ministério da Saúde (Brasil). Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). ANS Tabnet - Informações em saúde suplementar [Internet]. Taxa de Cobertura de Planos de Saúde. 2015. Available from: http://www.ans.gov.br/anstabnet/cgibin/dh?dados/tabnet_tx.def 43. Eliyas JK, Karahalios D. Surgery for Degenerative Lumbar Spine Disease. Disease-aMonth. 2011;57(10):592–606. 44. Sclafani JA, Kim CW. Complications Associated With the Initial Learning Curve of Minimally Invasive Spine Surgery: A Systematic Review. Clin Orthop Relat Res. 2014;472:1711–7. 69 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. ANEXO 1. BASES DE DADOS PARA BUSCA DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS Bases de dados Biblioteca Cochrane Endereço Acesso http://cochrane.bvsalud.org/portal/php/index.php?lang=pt LIVRE www.thecochranelibrary.com RESTRITO www.pubmed.gov LIVRE www.bireme.br LIVRE www.york.ac.uk/inst/crd LIVRE www.embase.com RESTRITO Cochrane Library PubMed LILACS CRD Embase CDR: Centre for Reviews and Dissemination. 70 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. ANEXO 2. NÍVEIS DE EVIDÊNCIA CIENTÍFICA SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DE OXFORD CENTER FOR EVIDENCE-BASED MEDICINE Grau de recomendação A B C D Nível de Evidência Estudos de Tratamento 1A Revisão sistemática de ensaios clínicos controlados randomizados 1B Ensaio clínico controlado randomizado com intervalo de confiança estreito 1C Resultados terapêuticos do tipo “tudo ou nada” 2A Revisão sistemática de estudos de coorte 2B Estudo de coorte (incluindo ensaio clínico randomizado de menor qualidade) 2C Observação de resultados terapêuticos (outcomes research); Estudo ecológico 3A Revisão sistemática de estudos de caso-controle 3B Estudo de caso-controle 4 Relato de caso (incluindo coorte ou caso-controle de menor qualidade) 5 Opinião desprovida de avaliação crítica ou baseada em matérias básicas (estudo fisiológico ou estudo com animais) 71 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. ANEXO 3. ESTUDOS EXCLUÍDOS Durante leitura do título ou resumo, todos os estudos que não se enquadravam nos critérios de elegibilidade foram excluídos. Como critérios de exclusão para os estudos de eficácia e segurança foram definidos: revisões narrativas, resumos, artigos sobre medicamentos ou procedimentos que não o de interesse; artigos que avaliaram intervenções que não estavam estruturadas na pergunta PICO como comparador. Os motivos para exclusão dos estudos lidos na íntegra estão apresentados na tabela abaixo. Autor Ano Referência Motivo da exclusão Eliyas 2011 (43) Revisão narrativa. Sclafani 2014 (44) Revisão sistemática com foco em estudos que avaliaram curva de aprendizagem de diversas técnicas MIS. Graham 2014 (25) Revisão narrativa. 72 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. ANEXO 4. QUALIDADE DA EVIDÊNCIA DOS ESTUDOS ANALISADOS De acordo com as Diretrizes para Utilização de Literatura Médica - Fundamentos para a Prática Clínica da Medicina Baseada em Evidências (26), os estudos incluídos na revisão foram analisados com base em parâmetros de qualidade conforme descrito nas tabelas abaixo. Parâmetros sobre como avaliar a qualidade da evidência de revisões sistemáticas. Parâmetros Karikari 2010 Wu 2010 Tian 2013 Sidhu 2014 Bevevino 2014 Goldstein 2014 Dahdaleh 2014 A revisão se baseou em uma pergunta estruturada, explícita e sensível? P S S S S S P A busca por estudos relevantes foi detalhada e completa? P S S S S S S Os estudos primários apresentavam qualidade metodológica adequada para a pergunta? S S S S S S S A avaliação dos estudos clínicos pode ser reproduzida? N S S S N S N Os resultados foram semelhantes de estudo para estudo? S ND P P S P P O estudo apresentou estimativa de precisão para os efeitos do tratamento/exposição? N S S S S N N O desfecho apresentado pelo estudo é clinicamente relevante? S P S S P S S Os potenciais conflitos de interesse foram declarados? S S S S S S P S = sim; N=não; P = parcialmente; ND = não disponível – sem informações que permitam avaliação; NA = não se aplica. 73 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Parâmetros sobre como avaliar a qualidade da evidência de estudos observacionais. Parâmetros Saraph 2004 Os pacientes de ambos os grupos eram similares com relação aos fatores prognósticos que poderiam estar associados com o desfecho (ou houve ajuste estatístico para diferenças na análise)? S As circunstâncias e os métodos para medir o desfecho foram similares em ambos os grupos? S As perdas foram significativas? N A duração do seguimento foi adequada? S Os pacientes do estudo são semelhantes aos de interesse? S O estudo apresentou estimativa de precisão para a associação entre a exposição e o desfecho? S Os potenciais conflitos de interesse foram declarados? N S = sim; N=não; P = parcialmente; ND = não disponível – sem informações que permitam avaliação; NA = não se aplica. 74 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. ANEXO 5. DETALHAMENTO DOS PADRÕES DE TRATAMENTO E CUSTOS RELACIONADOS Tabela 27. Custo estimado para o procedimento cirúrgico de artrodese minimamente invasiva. TRATAMENTO HOSPITALAR % em uso Quant idade Custo unitário Custo total Fonte Código Taxa de sala 100% 1 R$ 510,00 Honorários - artrodese 100% 1 R$ 2.519,08 Honorários - artrodese Honorários descompressão 100% 1 R$ 2.519,08 100% 1 R$ 2.013,68 Honorários - enxerto 100% 1 R$ 1.139,18 R$ 510,00 R$ 2.519,08 R$ 2.519,08 R$ 2.013,68 R$ 1.139,18 Planserv CBHPM 5ᵃ edição CBHPM 5ᵃ edição CBHPM 5ᵃ edição CBHPM 5ᵃ edição 71.00.206-1 3.07.15.016 3.07.15.024 3.07.15.091 3.07.32.026 Fluoroscopia (hora) Parafusos pediculares CANULADOS com cabeça movel Sistema de Bloqueio para parafuso pedicular CANULADO Haste para Parafuso Pedicular CANULADO Dispositivo interssomatico p espaço intervertebral Agulha de Biopsia Jamshidi (para acesso parcutaneo) 100% 4 R$ 35,00 R$ 140,00 Planserv 7300620-1 100% 4 R$ 2.700,00 R$ 10.800,00 MEDTRONIC 8676535 100% 4 R$ 860,00 MEDTRONIC 8670855 100% 2 R$ 2.000,00 R$ 3.440,00 R$ 4.000,00 MEDTRONIC 8672035 100% 1 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 MEDTRONIC 2960822 100% 1 R$ 850,00 R$ 850,00 MEDTRONIC BM 11-15 Hemostático 100% 1 R$ 600,00 R$ 600,00 1692-ZL Aspirador com ponta 100% 1 R$ 35,78 R$ 35,78 Bisturi n. 15 100% 1 R$ 2,40 R$ 2,40 Bisturi n. 22 Caneta de bisturi descartável Cat. Intrav. Periférico 16 100% 1 R$ 2,40 R$ 2,40 100% 1 R$ 70,00 R$ 70,00 100% 1 R$ 8,70 R$ 8,70 Compressa gaze estéril Dreno sucção contin. 1/6 4,8mm 100% 10 R$ 0,53 R$ 5,30 100% 1 R$ 36,80 R$ 36,80 Esparadrapo 100% 1 R$ 4,43 R$ 4,43 Luva estéril 8.0 100% 5 R$ 2,95 R$ 14,75 Luva procedimento G 100% 10 R$ 0,30 R$ 3,00 Seringa 3 ml 100% 2 R$ 0,58 R$ 1,16 Seringa 10 ml 100% 2 R$ 0,71 R$ 1,42 Seringa 20 ml 100% 1 R$ 1,44 R$ 1,44 MEDTRONIC Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 121587 49052 49055 142776 120272 91690 96321 3955074 137823 137829 101270 74274 74275 75 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Sonda de Aspiração 14 100% 1 R$ 1,50 R$ 1,50 Máscara descartável 100% 5 R$ 0,23 R$ 1,15 Touca descartável 100% 5 R$ 0,13 R$ 0,65 Sapatilha descartável 100% 10 R$ 0,29 R$ 2,90 Fio vicryl3-0 Mononylon 3-0 1 ag 3,0cm Ringer com lactato 1000 ml TOTAL - Tratamento Hospitalar 100% 5 R$ 27,21 R$ 136,05 100% 2 R$ 20,19 R$ 40,38 100% 8 R$ 8,76 R$ 70,08 R$ 34.971,30 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 CMED 11/2010, PMC18% 43863 114551 108455 37681 3950169 3950260 507002501 154410 Tabela 28. Custo estimado para o procedimento cirúrgico de artrodese convencional. TRATAMENTO HOSPITALAR % em uso Quanti dade Custo unitário Custo total Fonte Código Taxa de sala Honorários artrodese Honorários artrodese Honorários descompressão Honorários enxerto 100% 1 71.00.206-1 1 CBHPM 5ᵃ edição 3.07.15.01-6 100% 1 CBHPM 5ᵃ edição 3.07.15.02-4 100% 1 CBHPM 5ᵃ edição 3.07.15.09-1 100% 1 R$ 510,00 R$ 2.519,08 R$ 2.519,08 R$ 2.013,68 R$ 1.139,18 Planserv 100% R$ 510,00 R$ 2.519,08 R$ 2.519,08 R$ 2.013,68 R$ 1.139,18 CBHPM 5ᵃ edição 3.07.32.02-6 Fluoroscopia (hora) Sistema bloqueio p/ paraf e ganchos ped Parafuso ped cabeca movel (poliaxial) p/ haste Haste em titanio p/ parafuso pedicular Dispositivo intersomatico p/ espaco intervert Sistema p/ fix transv titanio (dtt/cross link) Aspirador com ponta 100% 4 R$ 35,00 Planserv 7300620-1 100% 4 R$ 350,00 R$ 140,00 R$ 1.400,00 MEDTRONIC 7540020 100% 4 75445530 2 R$ 7.800,00 R$ 2.000,00 MEDTRONIC 100% R$ 1.950,00 R$ 1.000,00 MEDTRONIC 8654010 100% 1 R$ 6.000,00 R$ 6.000,00 MEDTRONIC 2960822 100% 1 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 811-321 100% 1 R$ 35,78 R$ 35,78 Bisturi n. 15 100% 1 R$ 2,40 R$ 2,40 Bisturi n. 22 Caneta de bisturi descartável Cat. Intrav. Periférico 16 Compressa gaze estéril Dreno sucção contin. 1/6 4,8mm 100% 1 R$ 2,40 R$ 2,40 100% 1 R$ 70,00 R$ 70,00 100% 1 R$ 8,70 R$ 8,70 100% 10 R$ 0,53 R$ 5,30 100% 1 R$ 36,80 R$ 36,80 MEDTRONIC Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 121587 49052 49055 142776 120272 91690 96321 76 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Esparadrapo 100% 1 R$ 4,43 R$ 4,43 Luva estéril 8.0 Luva procedimento G 100% 5 R$ 2,95 R$ 14,75 100% 10 R$ 0,30 R$ 3,00 Seringa 3 ml 100% 2 R$ 0,58 R$ 1,16 Seringa 10 ml 100% 2 R$ 0,71 R$ 1,42 Seringa 20 ml Sonda de Aspiração 14 Máscara descartável 100% 1 R$ 1,44 R$ 1,44 100% 1 R$ 1,50 R$ 1,50 100% 5 R$ 0,23 R$ 1,15 Touca descartável Sapatilha descartável 100% 5 R$ 0,13 R$ 0,65 100% 10 R$ 0,29 R$ 2,90 Fio vicryl3-0 Mononylon 3-0 1 ag 3,0cm Ringer com lactato 1000 ml TOTAL Tratamento Hospitalar 100% 5 R$ 27,21 R$ 136,05 100% 2 R$ 20,19 R$ 40,38 100% 8 R$ 8,76 R$ 70,08 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 Revista SIMPRO ed.68 CMED 11/2010, PMC18% 3955074 137823 137829 101270 74274 74275 43863 114551 108455 37681 3950169 3950260 50700250115 4410 R$ 28.481,30 Tabela 29. Custo estimado para o procedimento de anestesia geral. % em uso Quantidad e Custo unitário Custo total Fonte Código Água bidestilada 10 ml 100% 2 R$ 0,90 R$ 1,80 CMED 20/05/2014, PF18% 5263025011 56416 Atropina 0,25mg/ml sol inejt 100% 2 R$ 0,62 R$ 1,24 CMED 5116009011 54411 Cefazolina 250mg EV 100% 4 R$ 6,30 R$ 25,20 CMED 20/05/2014, PF18% 5013002021 56314 100% 2 R$ 2,73 R$ 5,46 CMED 100% 3 R$ 33,08 R$ 99,24 CMED Clonidina 150mg/ml 1 ml 100% 2 R$ 5,86 R$ 11,73 CMED Colagenase pomada 100% 1 R$ 38,90 R$ 38,90 CMED 100% 2 R$ 9,50 R$ 19,00 CMED 100% 1 R$ 0,38 R$ 0,38 CMED Sevoflurano 100 ml 100% 1 R$ 736,43 R$ 736,43 CMED Lidocaína geleia 2% 30g 100% 1 R$ 12,74 R$ 12,74 CMED Cetoprofeno IV 100mg (Profenid) Cisatracurio Besilato 2mg/ml 5 ml (Ninbium) Efedrina sulfato 50mg/ml 1 ml Epinefrina 1mg/ml 1 ml (Adrenalina) 5028103051 51311 5106053011 57318 5067025011 59411 5002042011 62311 5067049011 54413 5307001011 56411 5002070031 32410 5067153051 67417 77 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Lidocaína sem vasoconstritor 2% 5ml ampola Midazolan 1mg/ml 3ml ampola (Dormonid) Ondansetrona Cloridrato 4mg/ml 2ml Petidina Cloridrato 50/ml 2ml (Dolosal) Propofol 10mg/ml 20ml Tramadol cloridarto 50mg/ml 2 ml 5067153081 58419 100% 5 R$ 2,79 R$ 13,96 CMED 100% 1 R$ 14,25 R$ 14,25 CMED 100% 2 R$ 55,18 R$ 110,37 CMED 100% 1 R$ 3,23 R$ 3,23 CMED 100% 3 R$ 166,68 R$ 500,04 CMED 100% 1 R$ 10,12 R$ 10,12 CMED Metoclopramida (Plasil) 100% 2 R$ 1,29 R$ 2,57 CMED Dipirona 2ml ampola 100% 2 R$ 1,79 R$ 3,58 CMED Ringer com lactato 500ml 100% 4 R$ 3,65 R$ 14,60 CMED Sol fisiológica 0,9% 500ml 100% 6 R$ 5,70 R$ 34,22 CMED Iodo degermante 100% 1 R$ 2,73 R$ 2,73 CMED 5292014011 50310 5106092021 53317 5067044011 51415 5,02301E+14 5222394081 55317 5028098041 56313 5028083061 52318 5022011041 54411 5201009031 57415 5,19704E+14 Iodo tópico (50 ml) 100% 1 R$ 0,39 R$ 0,39 CMED 5,06709E+14 Álcool 70 100% 1 R$ 2,37 R$ 2,37 Revista SIMPRO 142290 Agulha 30x7 100% 5 R$ 0,17 R$ 0,85 Revista SIMPRO 97048 Agulha 30x8 100% 5 R$ 0,17 R$ 0,85 Revista SIMPRO 97049 Agulha 13x4,5 100% 2 R$ 0,18 R$ 0,36 Revista SIMPRO 97045 Agulha 40x12 100% 4 R$ 0,26 R$ 1,04 Revista SIMPRO 97050 Seringa 1 ml 100% 1 R$ 1,08 R$ 1,08 Revista SIMPRO 101274 Seringa 3 ml 100% 3 R$ 0,58 R$ 1,74 Revista SIMPRO 101270 Seringa 5 ml 100% 5 R$ 0,47 R$ 2,35 Revista SIMPRO 74273 Seringa 10 ml 100% 3 R$ 0,71 R$ 2,13 Revista SIMPRO 74274 Seringa 20 ml 100% 4 R$ 1,44 R$ 5,76 Revista SIMPRO 74275 Atadura crepom 30 cm 100% 3 R$ 3,72 R$ 11,16 Revista SIMPRO 88238 Cat. Intrav. Periférico 16 100% 1 R$ 8,70 R$ 8,70 Revista SIMPRO 120272 Cat. Intrav. Periférico 18 100% 1 R$ 8,70 R$ 8,70 Revista SIMPRO 120273 Compressa gaze estéril 100% 30 R$ 0,53 R$ 15,90 Revista SIMPRO 91690 Coletor urina sist. fechado 100% 1 R$ 17,90 R$ 17,90 Revista SIMPRO 129359 Sonda Foley 14 100% 1 R$ 140,00 R$ 140,00 Revista SIMPRO 132736 Eletrodo adulto 100% 5 R$ 0,32 R$ 1,60 Revista SIMPRO 31589 Equipo injetor lateral 100% 1 R$ 17,51 R$ 17,51 Revista SIMPRO 71164 Equipo bomba Baxter Equipo extensor/perfusor 120cm Equipo intermediário 2 vias 100% 1 R$ 195,56 R$ 195,56 Revista SIMPRO 42 100% 1 R$ 31,47 R$ 31,47 Revista SIMPRO 9851 100% 1 R$ 12,30 R$ 12,30 Revista SIMPRO 51175 Esparadrapo 100% 2 R$ 4,43 R$ 8,86 Revista SIMPRO 3955074 Filtro bacteriológico Adulto Adap. p/sol. Amp. plást. Sist. Fech. Manta adulto Tubo endotraqueal com cuff 7,5 TOTAL 100% 1 R$ 56,16 R$ 56,16 Revista SIMPRO 140806 100% 2 R$ 3,25 R$ 6,50 Revista SIMPRO 134959 100% 1 R$ 180,00 R$ 180,00 Revista SIMPRO 99090 100% 1 R$ 31,46 R$ 31,46 Revista SIMPRO 7950 R$ 2.424,48 78 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 30. Custo estimado para uma diária em enfermaria. Visita médica Custo diária internação Metoclopramida (Plasil) Dipirona 2ml ampola Sol fisiológica 0,9% 500ml Compressa gaze estéril Agulha 25x8 % em uso 100% Quantidad e 1 Custo unitário R$ 54,38 Custo total R$ 54,38 Fonte Código CBHPM 5ᵃ ed. 1.01.02.01-9 100% 1 R$ 328,00 R$ 328,00 PROAHSA 41 Categoria A 100% 2 R$ 1,30 R$ 2,59 CMED 04/2015 100% 2 R$ 1,80 R$ 3,60 CMED 04/2015 100% 4 R$ 4,76 R$ 19,04 CMED 04/2015 100% 2 R$ 0,53 R$ 1,06 Revista SIMPRO 91690 5028098041563 13 5028083061523 18 5201009031574 15 100% 2 R$ 0,15 R$ 0,30 Revista SIMPRO 97047 Agulha 40x12 Cat. Intrav. Periférico 18 Equipo intermediário 2 vias Equipo injetor lateral Esparadrapo 100% 2 R$ 0,26 R$ 0,52 Revista SIMPRO 97050 100% 0,3 R$ 8,70 R$ 2,90 Revista SIMPRO 120273 100% 0,3 R$ 12,30 R$ 4,10 Revista SIMPRO 51175 100% 0,3 R$ 17,51 R$ 5,84 Revista SIMPRO 71164 100% 1 R$ 4,43 R$ 4,43 Revista SIMPRO 3955074 Luva estéril 7.5 Luva procedimento G Seringa 5 ml 100% 2 R$ 2,95 R$ 5,90 Revista SIMPRO 137823 100% 4 R$ 0,30 R$ 1,20 Revista SIMPRO 137829 100% 1 R$ 0,47 R$ 0,47 Revista SIMPRO 74273 Seringa 10 ml 100% 1 R$ 0,71 R$ 0,71 Revista SIMPRO 74274 TOTAL R$ 435,05 Tabela 31. Custo estimado para uma diária em UTI. % em uso Quanti dade Custo unitário Custo total Fonte Visita médica 100% 1 R$ 71,68 R$ 71,68 CBHPM 5ᵃ ed. Custo diária internação 100% 1 R$ 980,34 R$ 980,34 PROAHSA 50 Sol fisiológica 0,9% 500ml 100% 4 R$ 4,76 R$ 19,04 CMED 04/2015 Sol glicosado 5% 250 ml 100% 2 R$ 3,51 R$ 7,02 Revista SIMPRO Compressa gaze estéril 100% 4 R$ 0,53 R$ 2,12 Revista SIMPRO 91690 Esparadrapo 100% 1 R$ 4,43 R$ 4,43 Revista SIMPRO 3955074 Luva estéril 7.5 100% 5 R$ 2,95 R$ 14,75 Revista SIMPRO 137823 Luva procedimento G Fixador p/ tubo endotraqueal adulto trachfix Agulha 25x8 100% 10 R$ 0,30 R$ 3,00 Revista SIMPRO 137829 40% 1 R$ 29,00 R$ 5,80 Revista SIMPRO 44866 100% 2 R$ 0,15 R$ 0,30 Revista SIMPRO 97047 Agulha 30x7 100% 2 R$ 0,17 R$ 0,34 Revista SIMPRO 97048 Agulha 30x8 100% 2 R$ 0,17 R$ 0,34 Revista SIMPRO 97049 Código 1.01.04.011 Média UTI 520100903 157415 766074 79 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Agulha 13x4,5 100% 2 R$ 0,18 R$ 0,36 Revista SIMPRO 97045 Agulha 40x12 100% 4 R$ 0,26 R$ 1,04 Revista SIMPRO 97050 Cat. Intrav. Periférico 18 100% 0,3 R$ 8,70 R$ 2,90 Revista SIMPRO 120273 Eletrodo adulto 100% 5 R$ 0,32 R$ 1,60 Revista SIMPRO 31589 Equipo injetor lateral 100% 1 R$ 17,51 R$ 17,51 Revista SIMPRO 71164 Equipo bomba Baxter Equipo intermediário 2 vias Filtro bacteriológico Adulto Seringa 1 ml 100% 1 R$ 195,56 R$ 195,56 Revista SIMPRO 42 100% 1 R$ 12,30 R$ 12,30 Revista SIMPRO 51175 40% 1 R$ 56,16 R$ 22,46 Revista SIMPRO 140806 100% 2 R$ 1,08 R$ 2,16 Revista SIMPRO 101274 Seringa 5 ml 100% 2 R$ 0,47 R$ 0,94 Revista SIMPRO 74273 Seringa 10 ml 100% 4 R$ 0,71 R$ 2,84 Revista SIMPRO 74274 Seringa 20 ml 100% 4 R$ 1,44 R$ 5,76 Revista SIMPRO 74275 Sonda de Aspiração 14 Tubo endotraqueal com cuff 7,5 Sonda Foley 100% Sil 30 cc 14 Coletor de urina sistema fechado Dobutamina 250 mg (1 amp) 100% 1 R$ 1,50 R$ 1,50 Revista SIMPRO 43863 40% 0,2 R$ 31,46 R$ 2,52 Revista SIMPRO 7950 100% 0,2 R$ 140,00 R$ 28,00 Revista SIMPRO 132729 100% 0,2 R$ 38,00 R$ 7,60 Revista SIMPRO 131466 100% 1 R$ 28,58 R$ 28,58 CMED 04/2015 Propofol 20 mg/ml 50 ml 40% 2 R$ 167,30 R$ 133,84 CMED 04/2015 Midazolan 1mg/ml 5ml ampola (Dormonid) 40% 1 R$ 5,73 R$ 2,29 CMED 04/2015 Metoclopramida (Plasil) 100% 2 R$ 1,30 R$ 2,59 CMED 04/2015 Dipirona 2ml ampola 100% 2 R$ 1,80 R$ 3,60 CMED 04/2015 Acesso venoso central 10% 1 R$2.323,7 R$ 232,37 Calculado TOTAL 533004701 151413 502301305 151319 529201404 151318 502809804 156313 502808306 152318 - R$ 1.817,50 Tabela 32. Custo estimado para o procedimento de acesso venoso central. % em uso Quant idade Custo unitário Custo total Honorários médicos 100% 1 R$ 491,66 R$ 491,66 Cateter tipo Hickman triplo lúmen 12,5 cm 100% 1 R$ 1.669,41 R$ 1.669,41 Radiografia de tórax 100% 1 R$ 51,74 R$ 51,74 Compressa gaze estéril Curativo de poliuretano 10x12 cm Fio sutura mononylon 4-0 100% 3 R$ 0,53 R$ 1,59 CBHPM 5ᵃ ed. Revista SIMPRO CBHPM 5ᵃ ed. SIMPRO 100% 1 R$ 14,38 R$ 14,38 SIMPRO 7520030 100% 1 R$ 20,19 R$ 20,19 SIMPRO 3950261 Equipo injetor lateral Adap. p/sol. Amp. plást. Sist. Fech. Esparadrapo 100% 1 R$ 17,51 R$ 17,51 SIMPRO 71164 100% 1 R$ 3,25 R$ 3,25 SIMPRO 134959 100% 1 R$ 4,43 R$ 4,43 SIMPRO 3955074 Luva estéril 7.0 100% 1 R$ 2,95 R$ 2,95 SIMPRO 137823 Luva estéril 8.0 100% 1 R$ 2,95 R$ 2,95 SIMPRO 137823 Fonte Código 3.09.13.01-2 54784 4.08.05.02-6 91690 80 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Luva procedimento G 100% 4 R$ 0,30 R$ 1,20 R$ 0,71 SIMPRO CMED 04/2015 SIMPRO 137829 52010090315 7415 74274 Sol fisiológica 0,9% 500ml 100% 1 R$ 4,76 R$ 4,76 Seringa 10 ml 100% 1 R$ 0,71 Máscara descartável 100% 2 Touca descartável 100% 2 R$ 0,23 R$ 0,46 SIMPRO 114551 R$ 0,13 R$ 0,26 1 R$ 20,47 R$ 20,47 100% 1 R$ 13,28 R$ 13,28 100% 1 R$ 2,54 R$ 2,54 SIMPRO CMED 04/2015 BPS CMED 04/2015 108455 51050050313 2424 BR0398705 50671530815 8419 Povidine tópico 100% Povidine degermante Lidocaína 1% TOTAL R$ 2.323,74 Tabela 33. Custo estimado para reoperação. Artrodese MIS Artrodese convencional % em uso 10% 10% Quantidade 1 1 Custo Unitário R$ 29.299,37 R$ 28.481,30 Custo total R$ 2.929,94 R$ 2.848,13 Fonte Calculado Calculado Código - Tabela 34. Custo estimado para o manejo clínico da infecção pós operatória. % em uso Quantidad e Custo unitário Custo total Consulta com especialista 100% 2 R$ 42,00 R$ 84,00 Hemograma 100% 2 R$ 10,09 R$ 20,18 VHS 100% 2 R$ 12,43 R$ 24,86 Proteina C reativa 100% 2 R$ 4,53 R$ 9,06 Urinocultura 100% 2 R$ 21,02 R$ 42,04 Antibiograma 100% 2 R$ 29,37 R$ 58,73 Radiografia de tórax 100% 1 R$ 36,25 R$ 36,25 TOTAL Fonte Código CBHPM 5ᵃ ed. CBHPM 5ᵃ ed. CBHPM 5ᵃ ed. CBHPM 5ᵃ ed. CBHPM 5ᵃ ed. CBHPM 5ᵃ ed. CBHPM 5ᵃ ed. 1.01.01.012 4.03.04.361 4.03.01.508 4.03.02.377 4.03.10.213 4.03.10.027 4.08.05.026 R$ 275,12 Tabela 35. Custo estimado para o tratamento do rasgo dural – MIS. % em uso Quantida de Custo unitário Custo total Fonte Código Fio de sutura (prolene 5-0) Cola de fibrina (Tissucol), de 2 a 5 mls 100% 1 R$ 136,88 R$ 136,88 SIMPRO 0082295 50% 1 R$ 244,86 R$ 122,43 SIMPRO 0136964 Reoperação MIS TOTAL 10% 1 R$ 29.299,37 R$ 2.929,94 R$ 3.189,25 Calculado - 81 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna. Tabela 36. Custo estimado para o tratamento do rasgo dural – Convencional. % em uso Quantida de Custo unitário Custo total Fonte Código Fio de sutura (prolene 5-0) Cola de fibrina (Tissucol), de 2 a 5 mls 100% 1 R$ 136,88 R$ 136,88 SIMPRO 0082295 50% 1 R$ 122,43 SIMPRO 0136964 Reoperação convencional TOTAL 10% 1 R$ 244,86 R$ 28.481,30 Calculad o - R$ 2.848,13 R$ 3.107,44 Tabela 37. Custo estimado para o procedimento de reoperação. % de uso Quantidade Custo unitário Custo total Fonte Código Artrodese MIS 100% 1 R$ 29.299,37 R$ 29.299,37 Calculado - Artrodese convencional 100% 1 R$ 28.481,30 Calculado - R$ 28.481,30 82 CONFIDENCIAL Não deve ser usado, divulgado, publicado ou propagado de outras formas sem o consentimento expresso da Sociedade Brasileira de Coluna.