Clima, solos e vegetação >
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Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal Curso de ‘Ecologia da Vegetação’ Parte 2: ‘Clima, solos e vegetação’ Ary T. Oliveira Filho – 2009 – VEGETAÇÃO E AMBIENTE: distribuição não aleatória, dependência espacial 1) Situação geográfica? Trópico de Capricórnio (23°27’ Sul) Trópico de Câncer (23°27’ Norte) CONTRIBUIÇÃO: Paulo Octavio L. C. Araújo, Silvério J. Coelho, Flávio Rodrigues Gonçalves e Rogério Carvalho Fernandes Temperatura Isotermas: Temperatura Média Anual Precipitação Precipitação, Temperatura e Biomas Mecanismos Reguladores do Clima Aquecimento irregular da superfície da terra gerando diferenças locais na pressão atmosférica. Circulação de massas de ar de espaços com alta pressão (ciclones) para os de baixa pressão (anticiclones). Distribuição desigual da precipitação no espaço e no tempo. Aquecimento irregular da superfície do oceano. Correntes marinhas. Distribuição desigual da precipitação no espaço e no tempo. Células de Hadley: Efeito Coriolli nas massas ascendentes e descendentes ZCIT: Zona de Convergência Intertropical Efeito Coriolli na circulação Norte-Sul Jet Stream 7 to 15 km high Efeito Coriolli na circulação Norte-Sul e Centros de Alta Pressão Áreas de ressurgência Efeito Coriolli nas correntes oceânicas Efeito das correntes marinhas Costas banhadas por correntes frias Costas banhadas por correntes quentes Ressurgência de correntes frias abissais < precipitação > precipitação < precipitação Efeito Orográfico Chuva orográfica Sombra de chuva orográfica Efeito Latitudinal: Efeito Hemisférico: Efeito interativo dos corpos d’água e massas de terra Dia Noite Efeito Oceânico e da Continentalidade: Verão: o continente se aquece relativamente mais que o oceano centros de baixa pressão > precipitação Continente Oceano Inverno: o continente se resfria relativamente mais que o oceano centros de alta pressão < precipitação Continente Oceano Efeito Oceânico e da Continentalidade: Verão Inverno Efeito das Frentes Frias (Polares): Variações Padrões anuais anuaisde daprecipitação precipitação a) b) c) d) Classificações climáticasObjetivo: Apresentação sistemática da distribuição no espaço de importantes parâmetros atmosféricos ou seus efeitos e outros tipos de fenômenos. As classificações precisas devem contar com: Disponibilidade de dados; Ter objetivo definido; Nível desejado de precisão; Modelos atmosféricos disponíveis. Classificações climáticas: Muito variadas e conflitantes Classificações climáticas: Modelo de Köppen Modelo de Thornthwaite Modelo de Walter Modelo de Zonas de Vida de Holdridge O sistema de Köppen (1900) Baseia-se muito na distribuição natural da vegetação como resposta ao macroclima, A abordagem subjacente é de que as variações da vegetação são determinadas principalmente pela temperatura em latitudes elevadas e pela precipitação nas latitudes mais baixas. Mistura climas secos tropicais e não tropicais e desconsidera a duração da estação seca. Não distingue o clima das montanhas tropicais. Desconsidera aspectos não climáticos na determinação das savanas. Classificação de Köppen Tipo A – Tropical pluvial Tipo B – Seco Tipo C – Mesotérmico úmido (Subtropical) Tipo D – Microtérmico úmido (Temperado) Tipo E – Polar Tipo H – Altitudes elevadas indiferenciados Tipo A – Tropical pluvial: mês mais frio > 18°C Af – Úmido: mês mais seco > 60 mm, floresta pluvial tropical Am – Intermediário: estação seca branda, floresta tropical semidecídua. Aw – Invernal Seco: total < 2500 mm, mês mais seco < 60 mm, floresta tropical decídua e savana. As – Estival Seco: muito raro nos trópicos. Tipo B – Seco (tropical e não tropical) BS – Semiárido: estepe BW – Árido: deserto O sistema de Thornthwaite (1931-1948) Baseia-se no balanço hídrico obtido de dados meteorológicos precisos. Os dados relevantes são: temperatura (T) precipitação (P) evapotranspiração potencial (EP) índice precipitação efetiva= P/EP índice de temperatura efetiva= T/EP. O sistema requer utilização de muitos dados de estações meteorológicas. É muito voltado para a realidade americana e pouco usado nos trópicos fora das ciências agrárias. Sistema de Walter (1973) Baseia-se em uma relação bem simplificada entre temperatura e evapotranspiração produzindo diagramas climáticos de grande utilidade ecológica e agrícola. Pressupõe que a cada 10°C acima do ponto de congelamento é igual a 20mm de evaporação dispensando cálculos complexos de evapotraspiração. Rainfall > 100 mm Mean monthly rainfall Mean monthly temperature 100mm & 40°C Relatively dry period Os diagramas são construídos apenas com as curvas de médias mensais de temperatura e precipitação e a relação entre as escalas informa os períodos de relativa seca por meio do cruzamento das curvas. Sistema de Walter (1973) A informação mais importante do diagrama é dada por duas curvas; uma para a temperatura média mensal (suposta ser a medida de evapotranspiração) e a outra para precipitação. Informa a precipitação mensal média. Onde essas curvas se cruzam indicam períodos de relativa seca . Walter distingue nove zonas climáticas ecologicamente designadas de Zonobiomas. Sistema de Walter (1973) Walter divide a Biosfera em: Geobiosfera e Hidrobiosfera Na Geobiosfera são distintas nove zonas climáticas, ou Zonobiomas (ZB): definidos por um clima relativamente uniforme e seu respectivo diagrama climático. Na maioria das vezes o Zonobioma corresponde a um tipo de solo e uma vegetação zonal dominantes. Walter inclui ainda os conceitos de: Zonoecótono (ZE): transições entre ZBs. Orobiomas (OB): complexos das montanhas. Pedobiomas (PB): definidos por restrições edáficas. Sistema de Zonas de Vida de Holdridge et al. (1971) Baseia-se média anual de precipitação e biotemperatura. O modelo é tridimensional e organizado de acordo com região latitudinal, o cinturão altitudinal (que determinam a biotemperatura) e a província de umidade. Muito difundido na América Central e norte da América do Sul. As grande desvantagens são desconsiderar a estacionalidade do clima e a pouca praticidade do uso do diagrama tridimensional. Sistema de Zonas de Vida de Holdridge et al. (1971) Solos Propriedades físicas e químicas do solo: Papel Fixação de Fonte de água substrato Fonte de nutrientes minerais Pedogênese Material de origem Clima Solo Organismos Tempo Topografia Principais processos pedogenéticos: Formação dos Solos Primários ou Zonais: Frio chuvoso Quente chuvoso Árido/semi-árido Florestas Boreais e Estacionais Temperadas Florestas e Savanas Tropicais Pradarias e Bosques Esclerófilos Glacial Tundras e Alagadiços Regiões edáficas do mundo Classificação dos solos Como ocorre com os sistemas de classificação climática e de vegetação, os de solo também são diversificados. Em geral, todos se baseiam em um modelo de pedogênese. Sistema Americano - muito apropriado para mapas de solos detalhados e também para mapas em pequenas escalas. A FAO e a UNESCO decidiram em 1994 embasar suas classificações de acordo com propriedades morfométricas do solo. Sistema Brasileiro (EMBRAPA): tem procurado convergir com o da FAO-UNESCO Principais categorias de solos tropicais (EMBRAPA) Neossolos - Litólicos Quartzarênicos Flúvicos Regolíticos Cambissolos - Háplicos Chernozêmicos Argissolos - Vermelhos Vermelho-amarelos Amarelos Latossolos - Vermelhos Vermelho-amarelos Amarelos Plintossolos Nitossolos Organossolos Gleissolos Latossolo Vermelho-amarelo distrófico Obrigado!