Manejo integrado de pragas de viveiros florestais

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Manejo integrado de pragas de viveiros florestais
Notas de Aula de ENT 115 – Manejo Integrado de Pragas Florestais
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PRAGAS DE VIVEIROS FLORESTAIS
A fase de viveiro é a mais suscetível do desenvolvimento de uma floresta implantada e,
quando mal planejada, poderá comprometer todas as operações seguintes, inviabilizando o projeto de
reflorestamento. A tecnologia de produção de mudas florestais teve grande avanço nos últimos anos,
deixando a produção de mudas por sementes em sacos plásticos depositados sobre o solo, para a
produção por estaquia em tubetes colocados em viveiros suspensos, chegando até as casas de
vegetação com a micro-propagação. Durante esse percurso a produção de mudas florestais teve que
enfrentar diversos fatores que contribuíam para o insucesso do empreendimento, como as pragas e
doenças. As principais pragas que podem danificar as mudas florestais são as lagartas-rosca,
lagarta-elasmo, grilos, paquinhas, cupins, formigas cortadeiras, besouros desfolhadores e moscas
minadoras.
Geralmente, o que determina a ocorrência dessas pragas é o tipo de sistema de produção
de mudas (viveiros suspensos ou não) e o tipo de manejo das mudas. Viveiros suspensos têm menor
probabilidade de ocorrência de pragas, pois a maioria delas está associada ao solo, como cupins,
paquinhas, formigas e grilos. O manejo das mudas está relacionado aos cuidados dispensados na
sua produção. Mudas mal nutridas ou viveiros mal cuidados favorecem a ocorrência de pragas de
viveiros.
Embora a suspensão dos viveiros e a produção de mudas em casa de vegetação tenham
reduzido em grande parte a ocorrência de pragas, existem, ainda, diversas essências florestais
nativas e exóticas, que são produzidas pelo sistema antigo e que, por isso, sofrem o ataque de um
grande número de pragas.
a) Principais espécies
As principais espécies de pragas que atacam viveiros florestais estão distribuídas em
diferentes ordens e famílias, conforme descrito na Quadro 5.
QUADRO 5. Principais espécies de pragas em viveiros florestais.
Nome Comum
Nome Científico
Família
Lagarta-rosca
Agrotis ipsilon
Noctuidae
Lagarta-rosca
Agrotis repleta
Noctuidae
Lagarta-rosca
Agrotis subterranea
Noctuidae
Lagarta-rosca
Spodoptera frugiperda
Noctuidae
Lagarta-rosca
Spodoptera latifascia
Noctuidae
Lagarta-rosca
Nomophila noctuella
Pyralidae
Grilo
Gryllus assimilis
Gryllidae
Paquinha
Noecurtilla hexadactila
Gryllotalpidae
Paquinha
Scapteriscus didactyllus
Gryllotalpidae
Paquinha
Tridactylus politus
Tridactylidae
Formigas cortadeiras
Acromyrmex spp.
Formicidae
Formigas cortadeiras
Atta spp.
Formicidae
Cupim
Armitermes spp.
Termitidae
Cupim
Cornitermes spp.
Termitidae
Cupim
Heterotermes spp.
Rhinotermitidae
Cupim
Procornitermes spp.
Termitidae
Cupim
Syntermes spp.
Termitidae
Mosca minadora
Bradisia spp.
Liriomyzidae
Mosca minadora
Liriomyza spp.
Liriomyzidae
Broca-do-cedro
Hypsipylla grandella
Pyralidae
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Lagarta elasmo
Besouro-amarelo
Elasmopalpus lignosellus
Costalimaita ferruginea
Pyralidae
Chrysomelidae
b) Reconhecimento das principais espécies
Lagartas-rosca
Espécies: Agrotis spp. e Spodoptera spp (Lepidoptera: Noctuidae)
Ocorrência: todo Brasil.
Adulto: Agrotis spp. - mariposas com 35 mm, com asas anteriores marrons com algumas manchas
pretas triangulares no ápice, asas posteriores transparentes. Spodoptera spp - mariposas com 35
mm, com asas anteriores pardo escuras, asas posteriores branco acinzentadas.
Lagarta: Agrotis spp - 40 a 50 mm, marrom escuro, sem listras longitudinais. Spodoptera spp - 35 a
40 mm, com três listras amarelas longitudinais na parte dorsal do corpo.
Injúria: lagartas e adultos têm habito noturno; lagartas abrigam-se em túneis ou galerias entre os
recipientes ou entulhos, ficando enroladas. Elas secionam a muda no coleto e carregam -na para o
abrigo. O ataque é em reboleira. Ocorre a presença de fezes e folhas entre os recipientes,
denunciando a presença das lagartas. Os danos são maiores nos primeiros dias após a germinação.
Atacam eucalipto, acácia-negra, seringueira, pinus, araucária, entre outras.
Grilos
Espécie: Gryllus assimilis Fabr.,1775 (Orthoptera: Gryllidae)
Ocorrência: todo Brasil.
Adulto: 23 a 28 mm, castanho escuro. Fêmeas com ovipositor longo. Hábito noturno, ficando
escondidos em túneis entre os recipientes ou sob os entulhos durante o dia.
Ninfas: semelhantes aos adultos.
Injúria: comem raízes, folhas e caules tenros. Cortam as mudas no coleto e carregam -na para o
abrigo. O ataque é aleatório e não em reboleira como nas lagartas-rosca. Perfuram embalagens.
Atacam eucalipto, acácia-negra, seringueira, pinus, araucária, entre outras.
Paquinhas
Espécies: Neocurtilla hexadactyla e Scapteriscus didactylus (Orthoptera: Gry llotalpidae), Tridactylus
politus (Orthoptera: Gryllotalpidae).
Ocorrência: todo Brasil.
Adultos: 30 a 50 mm, corpo aveludado, cinza ou marrom no dorso, amarelado no ventre, asa anterior
cobre metade do corpo, primeiro par de pernas fossorial. Vivem de 3 a 5 anos sob o solo onde abrem
galerias.
Ninfas: semelhante aos adultos.
Injuria: comem as raízes das mudas, abrem galerias no solo provocando sua elevação, reduzindo a
germinação das sementes e destruindo os recipientes. Dano é mais importante em sementeiras,
principalmente de seringueira, mas atacam eucalipto, acácia-negra, entre outras.
Formigas cortadeiras
Espécies: Atta spp. e Acromyrmex spp. (Hymenoptera: Formicidae)
Ocorrência: todo Brasil.
Adulto: formiga marrom avermelhada, 3 a 15 mm, clípeo bem desenvolvido, sem ocelos, abdome
peciolado, apresenta 2 segmentos entre o gáster e o tórax conhecidos como pecíolo e pós-pecíolo.
Vivem em colônias sob o solo, com milhões de indivíduos. Insetos sociais.
Injúria: cortam e transportam grandes quantidades de mudas em pouco tempo, levando para o
interior do formigueiro, principalmente durante a noite. Atacam eucalipto, acácia-negra, seringueira,
pinus, araucária, entre outras.
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Cupins
Espécies: Armitermes spp. , Cornitermes spp., Procornitermes spp., Syntermes spp. (Isoptera:
Termitidae), Heterotermes spp. (Isoptera: Rhinotermitidae).
Ocorrência: todo Brasil.
Adulto: cupim amarelo claro a escuro, indivíduos com cabeça marrom escura, 3 a 5 mm, abdome
séssil. Vivem em colônias sob o solo, com milhões de indivíduos. Insetos sociais.
Injuria: corroem a casca das raízes das mudas abaixo do coleto, matando a planta por dessecação.
Perfuram os recipientes.
Moscas-minadoras
Espécies: Bradisia spp. e Liriomyza spp. (Diptera: Liriomyzidae)
Ocorrência: todo Brasil.
Adulto: mosca de 1 mm de comprimento, cor preta.
Larvas: 1a 3 mm, brancas.
Injuria: larvas abrem galerias no mesófilo foliar e na casca das estacas na casa de vegetação,
reduzindo a brotação.
Besouro-amarelo
Espécie: Costalimaita ferruginea vulgata (Lefréve, 1885) (Coleoptera: Chrysomelidae)
Ocorrência: RN, PA, MA, BA, GO, SP, PR, MG.
Adulto: 5 a 6 mm, forma elíptica, cor amarelo-claro-brilhante. Caem ao serem tocados.
Larva: no solo.
Injúria: Rendilham as folhas jovens, podendo destruir grande quantidade de mudas quando o ataque
é intenso.
Broca-do-cedro
Espécie: Hypsipyla grandella Zeller, 1848 (Lepidoptera: Pyralidae)
Ocorrência: todo Brasil
Adulto: asas anteriores cinza e posteriores branco-hialinas. A envergadura da fêmea varia de 28 a 34
mm e no macho de 22 a 26 mm
Lagarta: rósea a azulada no último ínstar. Abre galerias nos ramos, que ficam exudando seiva
misturada à serragem.
Pupa: marrons, dentro de um casulo de teia, na galeria.
Injúria: destroem mudas em viveiro. No campo atacam frutos e ramos apicais causando bifurcação
do fuste, reduzindo seu valor comercial.
Lagarta-elasmo
Espécie: Elasmopalpus lignocelus Zeller, 1848 (Lepidoptera: Pieridae)
Adulto - A mariposa mede de 15 a 25 mm de envergadura, com as asas de coloração cinza.
Lagarta - 15 mm, verde azulada, salta quando tocada; na base da planta encontra-se um casulo de
teia misturado com excrementos e terra.
Injúria - abre galerias nas brotações e mudas de araucária, na região do coleto da planta,
provocando o sintoma conhecido por “coração morto”.
Ácaros
Ácaro rajado - Tetranychus urticae Koch, 1836 (Acari: Tetranych idae).
Adulto - A fêmea adulta tem forma ovalada, com o dorso revestido de pequenos espinhos. A cor varia
do amarelo pálido ao esverdeado até o avermelhado nas formas hibernantes. Apresentam manchas
escuras no dorso e um par de ocelos vermelhos na região dorso-lateral.
Ácaro vermelho: Tetranychus ludeni Zacher, 1913 (Acari: Tetranychidae).
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Adulto - Apresentam cor vermelha intensa, sendo freqüentemente confundidos, pela semelhança
biológica e comportamento, com o ácaro rajado. Caracterizam -se por tecer abundante teia que cobre
as populações e às vezes as plantas atacadas.
Ovos - são esféricos e depositados na face inferior dos folíolos.
Injúria - As espécies são cosmopolitas e alimentam-se de uma grande diversidade de plantas.
Atacam as folhas das mudas na face inferior onde tecem teia, ocasionando manchas brancoprateadas. Na face superior, áreas de início cloróticas, tornam-se bronzeadas. Quando o ataque é
intenso, as folhas secam e caem, podendo causar a morte da planta atacada.
Pulgões
Espécie - Schizaphis graminum (Rondani, 1852) (Hemiptera: Aphididae).
Adulto - Apresentam coloração verde-limão, com 3 riscas mais escuras no dorso e alimentam-se na
face inferior ou bainha das folhas mais maduras das plantas. A reprodução é por partenogênese e
devido seu potencial biótico pode formar grandes populações num período curto de tempo.
Injúria - tanto os adultos como as ninfas sugam seiva das folhas e introduzem toxinas que provocam
bronzeamento e morte da área afetada que, dependendo da infestação, podem causar a morte de
toda a planta. Os adultos, principalmente as formas aladas, são também importantes vetores de
vírus. Embora o inseto infeste a face inferior das folhas, na face superior podem ser observadas
manchas bronzeadas ou necrosadas. Devido à intensa sucção de seiva, os insetos produzem um
volume significativo de excrementos que cobrem as folhas inferiores deixando-as pegajosas ou
coberta com uma camada escura (fumagina). Também a presença de exúvias brancas e esses
excrementos pegajosos nas folhas são sintomas de infestação pelo pulgão.
c) Monitoramento de pragas de viveiros
As empresas florestais brasileiras têm programas de monitoramento de pragas nos viveiros
para determinar se essas mudas sofrerão tratamento químico. Esse monitoramento é feito por
viveiristas treinados para reconhecer as principais pragas, onde os mesmos anotam em determinada
ficha todas as informações que observarem durante o monitoramento (Figura 13).
O nível de controle para as pragas de viveiros é de 2 a 5 % de mudas atacadas. Deve-se
fazer um levantamento constante dos danos as mudas enviveiradas para a detecção imediata dos
danos e para verificar a necessidade do tratamento, em cada unidade de manejo que pode ser um
canteiro ou uma casa-de-vegetação:
1º – selecionar três pontos aleatórios em cada unidade de manejo;
2º - em cada ponto, contar o número total de mudas e o número de mudas danificadas
pelos insetos numa área de aproximadamente 1m 2;
3º - calcular a % mudas danificadas;
4º - fazer o tratamento químico das mudas se atingir o nível de controle de 2 a 5% de
mudas atacadas.
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Ficha de monitoramento de pragas de viveiros
Viveiro:
Espécie:
Praga:
Amostra
Canteiro:
Idade:
Data:
Monitor:
Totais
Total
% Mudas atacadas:
Número de mudas
Danificadas
Ação:
Observações:
Data:
Ass. Monitor:
Ass. Supervisor:
FIGURA 13. Ficha de monitoramento de pragas em viveiros florestais.
d) Estratégias e táticas do MIP-viveiros
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O grau de incidência de pragas num viveiro florestal depende de alguns pré-requisitos
básicos adotados antes mesmo de sua instalação. Antes do preparo do solo para instalar o viveiro é
preciso eliminar colônias de formigas cortadeiras e de cupins da área do viveiro e em 200 metros ao
seu redor. Nesse caso, utilizam-se todos os métodos de controle químico, como isca granulada, pó
seco e termonebulização. Após a instalação do viveiro, somente os pós-secos e a termonebulização
são recomendados, pois têm ação rápida e são compatíveis com a irrigação.
Outra preocupação é quanto ao sistema de produção de mudas. Viveiros suspensos têm
menor probabilidade de ocorrência de pragas , pois a maioria delas está associada ao solo, como
cupins, paquinhas, formigas e grilos; portanto, devem ser preferidos.
- Táticas de controle cultural
Procurar manter uma faixa limpa ao redor do viveiro para impedir o acesso de lagartas -rosca
que, geralmente desenvolvem -se em pastagens adjacentes ao viveiro e possibilitar a visualização
mais fácil de formigueiros.
Retirar os entulhos da área do viveiro para evitar o aparecimento de grilos, paquinhas e
lagartas -rosca, que se alojam e reproduzem nesses locais.
Armazenar a matéria orgânica do substrato de mudas em local específico.
Eliminação das plantas atacadas no viveiro pela broca do cedro.
- Táticas de controle mecânico
Fazer coleta manual de besouros desfolhadores, grilos e lagartas-rosca durante a
movimentação rotineira das mudas. Esse método tem se mostrado tão eficiente quanto o controle
químico. No entanto, isso só é viável se o ataque for pequeno.
O cultivo das mudas em casa-de-vegetação ou em casas teladas impede o acesso de
muitas pragas às mudas.
- Táticas de controle físico
Instalar armadilhas luminosas para capturar insetos como lagartas-rosca e broca-do-cedro,
principalmente.
- Táticas de controle químico
A aplicação de inseticidas em viveiros de mudas florestais pode ser feita através de
pulverizadores costais ou através da água de irrigação, em viveiros abertos, ou por nebulização, em
casas-de-vegetação. As recomendações de controle químico para as principais pragas de viveiros são
descritas a seguir.
-
Formigas cortadeiras: os formigueiros devem ser mortos assim que encontrados, independente
de avaliação da percentagem de mudas danificadas, pois um único formigueiro é suficiente para
provocar danos maiores que em nível de perda aceitável num único dia. A utilização de pós-secos
e da termonebulização (Quadro 6), constituem os métodos de controle químico indicados para o
controle de formigas cortadeiras em viveiros, pois as iscas granuladas não são compatíveis com
a irrigação. Consiste na mistura do ingrediente ativo num veículo (querosene ou óleo diesel) que
são “queimados” no aparelho e a fumaça resultante transporta o produto para o interior do
formigueiro, matando-o rapidamente. O produto é aplicado até que se sature o formigueiro com
fumaça, o que ocorre quando a fumaça estiver saindo por todos os olheiros. A utilização dos pós secos consiste na aplicação de um inseticida na formulação pó, diretamente no formigueiro,
usando-se uma polvilhadeira. É recomendado para formigueiros pequenos (até 5 m2) e em dias
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secos, pois quando o solo está molhado dificulta a penetração do produto. Deve-se escolher um
olheiro bem grande e mais ativo e introduzir a mangueira da polvilhadeira e aplicar o produto,
tomando o cuidado de não forçar a mangueira dentro do canal, para não entupir a saída do pó.
QUADRO 6. Principais produtos recomendados no combate a formigas cortadeiras em viveiros.
Métodos
Termonebulização
Nome Técnico
Clorpirifós
Nome Comercial
Lakree Fogging
Pós-secos
Deltametrina
K-Othrine 2P N.A.
-
Dosagem
Saturação do
formigueiro
6 g/m2 de terra solta
Cupins de mudas: o ataque de cupins só ocorre em viveiros convencionais com produção de
mudas em sacos plásticos sobre o solo. Viveiros modernos com produção de mudas em tubetes
não têm problemas com cupim, pois os canteiros são suspensos, impedindo o ataque da praga.
Caso ocorram, os cupins podem ser combatidos de duas formas:
-
Tratamento do cupinzeiro: no caso de cupim de montículo, deve-se localizar o cupinzeiro,
perfurá-lo com um vazador até atingir a câmara de celulose e introduzir uma mangueira com
um funil e tratá-lo com inseticida (Quadro 7). Não há necessidade de fechar o orifício após o
tratamento, pois os cupins se encarregam disso.
QUADRO 7. Principais produtos recomendados para tratamento de cupinzeiros em viveiros florestais.
Nome Técnico
Fention
Nome Comercial
Lebaycid 500 CE
Imidacloprid
Fipronil
Confidor 700 GrDA
Regent 20 G
-
Dosagem
300 mL/100 L água - 1 L
calda/ninho
30 g/100L água - 1 L calda/ninho
5 g/ninho
Tratamento das mudas: Nesse caso, não há necessidade de localizar o cupinzeiro. Deve-se
fazer um levantamento dos danos às mudas enviveiradas, para verificar a necessidade do
tratamento; se atingir o nível de controle (2 a 5% de mudas atacadas), fazer o tratamento
químico das mudas com o inseticida (Quadro 8).
QUADRO 8. Principais produtos recomendados para o tratamento de mudas contra cupins em
viveiros.
-
Nome Técnico
Nome Comercial
Fipronil
Tuit NA
Dosagem
125g/ha – pulverizar as mudas no
coleto com 20ml/planta.
Outras pragas: Deve-se fazer um levantamento dos danos às mudas enviveiradas, para verificar a
necessidade do tratamento; se atingir o nível de controle (2 a 5% de mudas atacadas), fazer o
tratamento químico das mudas, com inseticida (Quadro 9).
QUADRO 9. Principais produtos recomendados para o tratamento de mudas contra diferentes pragas
em viveiros.
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Praga
Lagarta-rosca
Nome Técnico
Nome Comercial
Acephate
Orthene 750 BR
deltametrina
Decis 25 CE
Bacillus
turingiensis
Dipel PM
Grilo e
Paquinha
Besouroamarelo-doeucalipto
Mosca
minadora
Ácaros
deltametrina
Decis 25 CE
fenpyroximate
Ortus 50 SC
Pulgão
imidacloprid
Confidor 700 WG
Dosagem
100 g/100 l água pulverizar as mudas nos
canteiros
200 ml/ha - pulverizar as
mudas nos canteiros
400 g/100 l água pulverizar as mudas nos
canteiros
200 ml/ha - pulverizar as
mudas nos canteiros
100 ml/100 l água pulverizar com bico
cônico - volume de calda
de 700 a 1000 litros/ha
400 ml/100 l água pulverizar com bico
cônico
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