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Jerónimo Martins, SGPS, S.A.
Resultados dos Primeiros 9 Meses de 2008
•
+32,0% de crescimento das Vendas consolidadas que
atingiram 5.025,7 milhões de euros nos 9M08
•
+37,0% de crescimento do EBITDA consolidado que se
cifrou em 331,9 milhões de euros
•
+38,1% de crescimento de Resultado Líquido que atingiu
121,4 milhões de euros, representando um resultado por
acção de 0,19 euros
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Próximos Eventos:
Cláudia Falcão
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(+351-21 752 61 05)
Dia do Investidor a 6 de Novembro de 2008
em Portugal
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(+351- 21 752 61 05)
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Jerónimo Martins, SGPS, SA Sociedade Aberta
Sede: Rua Tierno Galvan, Torre 3, 9º Piso, Letra J – 1099-008 Lisboa
Capital Social: Eur 629.293.220,00
Número comum de matrícula na C.R.C. de Lisboa e de Pessoa Colectiva: 500 100 144
1. Primeiros 9 Meses de 2008 – Análise de Resultados
Os primeiros 9M do ano foram marcados pelo sucesso da aquisição da Plus, em Portugal e na Polónia,
pelo início da conversão das lojas compactas do Feira Nova e pelo lançamento da nova imagem de marca
do Pingo Doce, já implementada em toda a cadeia.
As vendas consolidadas cresceram, nos primeiros 9 meses do ano, 32,0% para 5.025,7 milhões de euros.
O resultado líquido atribuível a Jerónimo Martins aumentou 38,1% para 121,4 milhões de euros.
As cadeias Biedronka e Pingo Doce prosseguiram com o bom momento das vendas, desempenho que
continua a superar o do sector.
A Biedronka registou, nos primeiros 9 meses de 2008, um crescimento das vendas, em euros, de 53,4%
em resultado do aumento LFL de 23,7% e do incremento de 13,8% da área de venda.
O Pingo Doce manteve o excelente desempenho do primeiro semestre do ano, registando, nos 9 meses,
um crescimento de 12,5% das vendas LFL. As vendas totais da insígnia cresceram 32,9% para 1.083,4
milhões de euros, incluindo 78 milhões de euros relativos às antigas lojas Plus integradas no Pingo Doce
desde Maio do corrente ano.
O EBITDA consolidado atingiu 331,9 milhões de euros, um crescimento de 37,0% em relação ao mesmo
período do ano anterior, representando 6,6% das vendas consolidadas (6,4% nos 9M07).
A evolução da margem EBITDA consolidada reflecte o desempenho muito positivo da Biedronka, mas
também a solidez das margens das restantes áreas de negócio.
Os resultados financeiros consolidados atingiram 61,8 milhões de euros nos primeiros 9 meses de 2008,
reflectindo já a aquisição da Plus em Portugal e o aumento do custo médio da dívida (4,6% nos 9M 07
para 5,6% nos 9M 08).
Os resultados não recorrentes, registados do 3T08 incluem, entre outros, os ganhos relativos à cobertura
da operação de compra da Plus na Polónia. Já contabilizados no primeiro semestre do ano tem-se
também os ganhos de capital da venda de parte do negócio de “Lipton - ready-to-drink tea” e de algum
imobiliário em Portugal, bem como a constituição de provisões relativas a um plano de incentivos
relacionado com a antiguidade dos colaboradores e os custos relacionados com a integração da Plus em
Portugal.
Nos primeiros 9 meses do ano, o investimento atingiu 478,5 milhões de euros, 61% dos quais investidos
em Portugal e 39% na Polónia. Este valor reflecte os valores relativos à recente aquisição e integração
das 77 lojas da Plus em Portugal e a execução do plano de expansão do Grupo (11 novos supermercados
em Portugal e 86 novas lojas Biedronka na Polónia).
A dívida líquida consolidada cifrou-se em 702,8 milhões de euros e o gearing atingiu 76,0%.
A dívida financeira consolidada reflecte já a contratação de um empréstimo de MLP em zloty para o
pagamento de parte da operação da Plus na Polónia, tendo sido o restante financiado com cash flow
gerado pelas operações. O facto do pagamento desta operação ter ocorrido após o fecho do trimestre, a 1
de Outubro de 2008, justifica o elevado montante de depósitos bancários apresentado em balanço.
O Grupo mantém uma visão positiva em relação à evolução do desempenho dos seus negócios no
4º Trimestre do ano.
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Nota: Reconciliação com a Demonstração por Funções no Ponto 8
Vendas Consolidadas (Milhões Euros)
7.8%
5.026
3.808
+53,4%
Biedronka
50,9%
43,8%
+21,3%
Pingo Doce & Feira Nova
36,1%
Recheio
Indústria & Outros
12,3%
33,2%
9,8%
+5,1%
+3.8%
7.8%
6.1%
9M08
9M08
9M07
9M07
Crescimento like-for-like das Vendas
LFL 9M07
LFL 9M08
23,7%
19,2%
12,5%
9,0%
5,4%
2,8%
FN Hipers
Pingo Doce
3,2%
0,7%
FN Compactos
Recheio
Biedronka
-5,2% -1,6%
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2. Vendas
O bom momento das vendas prosseguiu no 3T08 com os principais formatos do Grupo a manter a forte
tendência dos volumes já registada no 1S08.
A Biedronka registou, nos nove meses, um notável crescimento, em zloty, de 37,2% das vendas totais em
resultado de 86 novas lojas (+13,8% de área de venda) em relação ao mesmo período do ano anterior e
de um aumento de 23,7% das vendas LFL.
Em Portugal, o Pingo Doce manteve o forte desempenho dos últimos trimestres, registando, no 3T08, um
crescimento de 10,7% do LFL. Para o crescimento de 32,9% das vendas totais, que atingiram
1.083,4 milhões de euros nos primeiros 9 meses do ano, contribuíram as lojas Plus com uma média de
140 dias de vendas, correspondendo a 78 milhões de euros, bem como 3 lojas compactas convertidas de
Feira Nova para Pingo Doce.
O Pingo Doce, iniciou, no princípio de Maio, a integração das lojas Plus e nos primeiros dois meses 77
lojas foram submetidas a uma remodelação inicial (cerca de uma semana de encerramento por loja) para
introdução da marca Pingo Doce. Após esta remodelação inicial, 5 lojas foram já submetidas a uma
conversão total para o conceito tradicional de Pingo Doce (1 mês de encerramento por loja) e durante o
mês de Setembro mais 10 lojas foram encerradas para reabrir em Outubro.
No Feira Nova as lojas continuam a reflectir, no crescimento LFL das vendas, o efeito das medidas de
reposicionamento (redução sortido não alimentar e aumento da presença de marca própria) e a tendência
do formato no sector. Os nove hipermercados do Grupo registaram nos 9M08 um crescimento LFL de 1,6%, enquanto as lojas compactas, com a contribuição da venda de gasolina, atingiram um aumento de
2,8% das suas vendas numa base comparável, em relação aos 9M07.
No final do terceiro trimestre deste ano três lojas compactas haviam já sido convertidas em Pingo Doce.
Na Madeira, o ambiente competitivo derivado da reduzida dimensão do mercado continuou no terceiro
trimestre do ano, reflectindo-se no crescimento LFL das vendas.
O Recheio manteve um sólido desempenho, finalizando os 9M08 com um crescimento LFL das vendas de
5,4%, suportado por um aumento de 8,3% das vendas da companhia ao canal HoReCa.
Na área da Indústria, as vendas totais cresceram 3,6% nos 9M08 em relação ao mesmo período do ano
anterior, permitindo à Companhia defender as quotas de mercado das categorias chave.
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3. Resultados Operacionais
No 3T08 o EBITDA consolidado continuou a crescer em linha com as vendas, reflectindo o desempenho
muito positivo da Biedronka, mas também a solidez das restantes áreas de negócio.
No Retalho em Portugal, a margem EBITDA reflecte o efeito de diluição das antigas lojas Plus, ainda em
processo de integração.
O Recheio, reflectindo a sua posição de líder no País combinou o sólido desempenho de vendas com a
estabilidade da margem EBITDA em relação ao ano anterior.
Na Madeira, a tendência das vendas LFL acabou por colocar alguma pressão sobre a margem EBITDA.
Na Indústria, a margem EBITDA no 3T manteve a tendência registada nos trimestres anteriores,
evidenciando recuperação em relação a igual período do ano anterior.
4. Perspectivas
A Gestão mantém uma visão positiva em relação à evolução das vendas e resultados para o ano, com
uma tendência estável ou ligeiramente positiva da margem EBITDA consolidada.
Os volumes vendidos no 3T08 seguiram a forte tendência observada no 1S08. Apesar do abrandamento
da inflação (numa base comparativa) ter um impacto esperado na evolução dos crescimentos LFL,
particularmente na Polónia onde a inflação no primeiro semestre foi mais forte, as vendas actuais, em
volume, mantêm-se sólidas.
Em Portugal, na área de retalho prevê-se manter um sólido desempenho, apesar de se ter de considerar
a margem inferior das lojas Plus.
Neste contexto, espera-se continuar a registar uma sólida evolução das vendas LFL, abrir um total de
cerca de 15 supermercados no ano e prosseguir com o processo de conversão das lojas Plus, contando
até ao fim do ano com 15 lojas totalmente convertidas.
Na Polónia, a Biedronka finalizou a 1 de Outubro a aquisição das operações da Plus naquele país. À data
de hoje a quase totalidade das lojas foi já convertida para Biedronka. Tal como esperado, a semelhança
entre os modelos de negócio da Biedronka e da Plus, está a permitir um processo de integração
relativamente simples, sem efeitos significativos no forte crescimento do EBITDA e, permitindo à
Companhia retomar, em breve, o seu ritmo normal de aberturas.
No que respeita ao crescimento orgânico, a Biedronka continuará focada no crescimento de vendas (com
mais de 100 novas lojas no ano e um crescimento esperado LFL das vendas de cerca de 20%) e liderança
de preço.
5. Outras Informações
À semelhança do já reportado em momentos anteriores, o Grupo Jerónimo Martins informa que recebeu
uma nota de liquidação emitida pela Administração Tributária, a qual ascendeu ao montante de 9,2
milhões de euros, relativa a correcções efectuadas, em sede de Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Colectivas (IRC), ao exercício fiscal de 2004, em empresas pertencentes ao perímetro do subgrupo liderado pela sociedade JMR - Gestão de Empresas de Retalho, SGPS, S.A.
A Jerónimo Martins, com o apoio dos seus Consultores Fiscais e Advogados, considera não existir
validade, nem fundamento, no relatório emitido pela Direcção de Serviços de Prevenção e Inspecção
Tributária (DSPIT), o qual sustenta a liquidação adicional em apreço, pelo que irá contestar a mesma, não
procedendo, entretanto, a qualquer alteração nas suas demonstrações financeiras.
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6. Anexos
6.1. Balanço Consolidado
6.2. Contribuição das Vendas para o Consolidado
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6.3. Parque de Lojas
6.4. Demonstração de Resultados por Funções
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7. Definições
Vendas like-for-like (LFL): vendas das lojas que operaram sob as mesmas condições nos dois
períodos. Excluem-se as lojas que abriram ou encerraram num dos dois períodos. As vendas das
lojas que sofreram remodelações profundas excluem-se durante o período da remodelação
(encerramento da loja).
Cash Flow por acção: (Resultado líquido + Depreciações + Provisões – Impostos diferidos – Itens não
recorrentes) / Número de Acções
Gearing: Dívida Líquida / Fundos de Accionistas
8. Reconciliação do quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” com a “Demonstração
Financeira por Funções”:
O EBIT apresentado no quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” não inclui itens operacionais
de natureza não recorrente que, na “Demonstração por Funções”, aparecem individualizados na
rubrica de Resultados Operacionais Não Usuais e incluídos no EBIT aí apresentado.
Os Resultados Financeiros apresentados no quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” incluem
os Ganhos e Perdas em Empresas Associadas tal como apresentados na “Demonstração por
Funções.
Os Itens não Recorrentes apresentados no quadro de “Resultados Líquidos Consolidados” incluem os
Resultados Operacionais não usuais e os Ganhos em Outros Investimentos tal como aparecem na
Demonstração de Resultados por Funções, bem como os ganhos relativos à cobertura da operação
de compra da Plus na Polónia que na Demonstração por Funções aparecem incluídos no Custo
Líquido de Financiamento.
Lisboa, 30 de Outubro de 2008
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