História da Riqueza do Homem - Leo Huberman

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História da Riqueza do Homem - Leo Huberman
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História da Riqueza do Homem - Leo Huberman [RESENHA]
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A presente resenha visa como um todo fazer a analise da segunda parte da obra
de Leo Huberman, A Historia da Riqueza do Homem. Nela esta contida de forma
sucinta como se tem o desenvolvimento do sistema capitalista, onde
anteriormente na mesma obra esteve presente o desenvolvimento do sistema
feudal. Onde nos é mostrada de forma clara e real as transformações sofridas
pela sociedade num todo a partir das mudanças econômicas, mostrando assim como
uma sistema de negócios pode diretamente alterar a vida do homem.
Do capitalismo ao...
Leo Huberman foi chefe do Departamento de Ciências Socias do New
College, da Universidade de Columbia, nos Estados
Unidos. Jornalista militante, escreveu numerosos artigos, aparecidos em sua
quase totalidade na Monthly Review, publicação de prestígio
internacional. Analisemos agora então sua obra.
Huberman, na segunda parte de, A Historia da
Riqueza do Homem, trará a tona todo o processo histórico que se da com a evolução
do capitalismo, da qual a intitula de: "Do capitalismo ao...?" Nos deixando uma
pergunta em aberto, pressupondo a idéia de onde o capitalismo irá parar diante
de sua ganância, suas crises, seus altos e baixos.
Ao iniciar o décimo quarto capitulo, o autor
trás outra pergunta ao invés de afirmativa: De onde vem o dinheiro? Neste
capitulo é exposto como se tem a acumulação capitalista, no qual nos mostra
que, quando o dinheiro é empregado num empreendimento que dele se obtém lucro,
este se transforma em capital.
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Salientando ainda que na produção capitalista, os capitalistas são os
detentores dos meios de produção, enquanto o trabalhador é privado destes meios
e se torna obrigado a vender sua força de trabalho para se manter.
Mas uma pergunta não quer calar: Qual a origem
do dinheiro? Somos levados a analisar as relações de comercio existentes antes
da idade capitalista, na qual se tinha a relação metrópole/colônia, de onde o
lucro era obtido através da escravidão, pirataria, saques e da exacerbada
exploração de mão de obra. Bem como na conquista do oriente e na transformação
da África, período que podemos analisar, assim como Marx, de aurora da produção
capitalista.
A partir do século XVI, a historia nos mostra
esta busca pelo lucro. No séc. XVII vemos que a Holanda acumula o dinheiro
necessário para se tornar a principal nação capitalista.
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O capital se acumula, mas era necessário algo
alem desta acumulação, era necessário uma oferta de trabalho adequada, para
satisfazer este capital enquanto empreendimento. Pois, um homem só trabalha
para outro quando era obrigado, e os homens até então tinham suas terras e não
se viam obrigados a prestarem seus serviços a outros. Então quando se teve no
séc. XVI o fechamento das terras e a elevação dos arrendamentos, esses
camponeses passaram a ser expulsos e se transformaram em trabalhadores sem
terra. Estes trabalhadores, então, tiveram de se prontificar a ir para as
industrias como assalariados. O sistema
fabril passa a produzir então em grande escala, diminuindo assim ou quase
extinguido os trabalhos manuais.
Com este novo sistema eclodindo os valores
passam a se modificar, num mundo
dominado por comerciantes, fabricantes e banqueiros, as normas passam as
ser outras, os valores do trabalho tomam novos sentidos, os trabalhadores tem
que economizar, tem que investir. A religião também passa por modificações, num
período pelo qual a própria igreja católica, sente seu poder aferido, pela
Reforma protestante, asseguradora religiosa do capital.
O próximo capitulo: Revolução - na Indústria,
Agricultura, Transporte. Huberman fará alusão a ascensão da maquina a vapor no
processo fabril, esta por sua vez teve um papel importantíssimo para a abertura
de novos mercados, tanto pelo aumento na demanda de mercadorias quanto na
agilidade que estes podiam chegar até o consumidor. O autor mostrará também
como neste mesmo período houve um enorme crescimento demográfico, assegurando
que um dos principais motivos deste, foi uma queda que no numero de mortalidade,
resultado da evolução da medicina; como também a forma de alimentação da população
melhorou devido a surpreendentes progressos na agricultura, pois tal como a
revolução na industria, houve também na agricultura. O crescimento da população
passou também a tornar lucrativa a agricultura.
Acompanhando a revolução na indústria e agricultura,
tivemos a revolução nos transportes, onde tivemos um melhoramento nas estradas,
abertura de novos canais, leitos de rios foram aprofundados. Tudo isto
possibilitou um crescimento tanto do mercado interno quanto do mercado mundial.
Em suma o autor faz um ótimo fechamento do capitulo ao afirmar que essas "Eram forças abrindo um mundo novo".
"A Semente que Semeias, Outro Colhe...", assim
o autor intitula o décimo sexto capitulo de seu livro, no qual relatará como
ficou a situação do trabalhador depois da revolução industrial. Nesta a
produção cresceu extraordinariamente, enquanto isto, a vida do trabalhador caiu
drasticamente, com péssimas condições de vida. Eles estavam submetidos a longas
e oprimentes jornadas de trabalho, onde se tinha baixos salários, além dos
descontos abusivos. O uso do trabalho infantil neste período crescia de forma
tão natural, que em certas famílias era mais fácil todas as crianças
trabalharem do que os próprios pais, a estas era negado o direito do estudo, os
donos de fabricas alegavam se preocupar com a moral delas, lhes impondo desde
cedo o sentimento de subordinação, como uma possível vantagem a seu crescimento
profissional. Enfim o regime fabril reduzia os homens a ratos, inverteu
sentimentos e valores, a ambição capitalista transformou homens em
instrumentos.
Os trabalhadores mediante tal
situação, começaram a se mobilizar, e de primeira momento viam as maquinas como
suas principais inimigas, pois desde a implantação delas, suas vidas só pioraram,
uma passagem do autor ira afirmar o sentimento que se instalou nos
trabalhadores da época: "Foi a maquina
que roubou o trabalho dos homens e reduziu o preço das mercadorias. A maquina http://www.fontedosaber.com
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eis o inimigo." p.185. A partir de então se inicia uma verdadeira guerra
contra as maquinas, com a destruição das mesmas. Ao destruí-las os proletários
sentiam-se como se lutassem por um padrão de vida melhor, descontando nelas
toda indignação que lhes assolava mediante a tanta miséria que caíram.
No entanto a burguesia buscou
proteção na legislação que os apoiava bilateralmente, onde a mesma os assegurou
que se tornaria passível de morte, aqueles acusados de destruírem suas
propriedades e suas maquinas. Os trabalhadores por sua vez começaram a
acreditar que destruir as maquina não era uma boa saída, pois estas não eram a
causa de seus males, mas sim os seus donos.
Ao observarem este novo ponto,
os proletários começaram a investir, através de suas organizações, em petições
que de inicio eram enviadas a seus empregadores, como estas não surtiram grade
efeito, eles recorreram ao parlamento, para onde muitas petições fora enviadas,
no entanto poucas tiveram peso, e ainda que se fosse criado leis que os
ajudasse, os magistrados que as julgavam, quase nunca as concediam aos
trabalhadores, pois os que julgavam também estavam na classe dos patrões, e
tinham a concepção de que os trabalhadores lhes deviam serem gratos pelos
salários que os ofertavam, e que não tinham o direito do buscarem melhorias.
Adam Smith, como árduo
observador da época confirmou em seus escritos que o governo civil serviria
acima de tudo para assegura o rico do pobre, com a criação de leis que os
defenda da classe subalterna. No entanto os "pobres", não desistiam e
empreitaram uma nova luta na busca pelo direito de voto, pois somente assim
poderiam escolher aqueles que elaborariam leis, que por alugam vez os
beneficiassem, através também do movimento cartista, que teve grande força na Inglaterra,
no qual buscavam o Sufrágio Universal para os Homens, dentre outras
reivindicações que lhes tornassem cidadãos assim como os outros.
A organização dos trabalhadores
aumenta cada vez mais, juntamente com o capitalismo, os sindicatos crescem na
luta por melhores condições de trabalho, e pela defesa dos interesses de
classe, sendo produzido no seio deste o sentimento de classe através do meio
físico de cooperação e de comunicação. Estes sindicatos por sua vez são perseguidos
e reprimidos duramente, sendo lançado por toda parte uma verdadeira guerra a
eles, onde tiveram bens confiscados, prisões e mortes aos sindicalistas, sendo
lançada duras leis que evitavam o surgimento e o mantimento destas formas de
organizações da classe trabalhadora, aonde chegavam ao extremo de os sindicatos
serem considerados ilegais perante a lei.
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Como grande fechamento deste capítulo
podemos chegar a conclusão do porque o mesmo ser intitulado por tal frase
citada acima. Pois perante tantas lutas, que a classe oprimida travou, sendo
esta o único instrumento para a obtenção de melhorias, os que estavam na frente
de batalha na grande maioria, devido a dura repressão que sofreram, não viram
os frutos de sua lutas, mas sim, estes foram colhidos por seus posteriores.
Prosseguindo com a leitura da
obra, cheguemos ao décimo setimo capitulo, no qual outra pergunta nos envolve,
junto ao seu titulo: ""Leis naturais" de
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quem?"... Sabemos que o mundo físico é regido por leis, e que as mesmas
regem a natureza. No entanto: a economia tenta se firmar como natureza?
Assegurando ter leis que lhes pareçam naturais? Pois foi assim que os economistas
da época da Revolução fizeram, buscaram desenvolver leis que eram validas para
o mundo dos negócios.
O autor vai buscar no contexto ideológico
e histórico pontuar os principais autores da época que se encarregaram de
traçar estas idéias capitalistas. Inica-se por Adam Smith, sendo este o
pioneiro na divulgação destas idéias, e fundador da escola clássica, de onde se
tinha as teorias clássicas que asseguravam as necessidades particulares dos
homens de negocio da época, que retiravam das leis naturais as justificativa
para seus atos. Estes homens dentro do ideal de leis naturais vêem suas
políticas empregativas como boas para o capitalismo, pois os mesmos irão ajudar
tanto o proletário quanto a burguesia.
Adam em seus escritos, fará na
verdade um "livro de receitas" ensinando como os patrões deviam agir com
relação a seus empregados. E assegurando ainda que o governo não deveria
intervir na regularização dos trabalhos, pois este estaria interferindo numa
lei natural, sendo que a verdadeira função do governo estaria em assegurar a
propriedade privada dentro da lógica capitalista, protegendo aqueles que
exploram e não os explorados e de uma forma geral não interferindo na relação
patrão-empregado.
Falemos agora de Malthus, outro
grande escritor da época, que tem seu apogeu quando em seus escritos, rebate a
idéia de William Godwim o qual assegura que todos os governos eram maus e seria
sim possível a humanidade chegar ao progresso através do uso da razão. Malthus
o rebate dizendo que um grande progresso da humanidade seria impossível. No
entanto ele mesmo ira começar a levantar as idéias de onde vem a miséria do
mundo, tentando achar uma resposta, ele afirma que a pobreza está diretamente
ligada ao crescimento da população, pois este crescimento será bem maior que o
de alimentos. Afirmando ainda que a razão da pobreza, não está na obtenção dos
lucros excessivos, mais sim a culpa está na própria pobreza. Ele recomenda
ainda que a solução para controlar a pobreza estaria na redução da "reprodução
dos pobres", os ensinando a não gerarem famílias. Esta noção caiu como luva aos
ricos, pois a culpa da pobreza estaria nos próprios pobres.
Depois de Smith, outro
importante pensador economista foi David Ricardo, este em sua lógica
capitalista busca trabalhar de forma aguçada esses leis naturais da economia.
Uma de suas doutrinas é a da lei ferre do trabalho, onde para ele o trabalhador
deve ganhar aquilo que lhe permita viver juntamente com sua família, e o
salário deve corresponder ao valor dos alimentos. No entanto os trabalhadores
não podem receber alem do preço de mercado, pois assim aumentariam suas famílias
e consecutivamente a pobreza.
Outra Lei deste autor referido
polemizou a Inglaterra, foi a Lei do Trigo, que assegurava o valor deste,
através de uma tarifa protetora, com a finalidade de estimular o seu cultivo,
então se trava uma guerra entre os agricultores, que queriam os preços mais
altos representando assim maior renda, e os industriais que queriam um preço
baixo para que não se reduzisse ainda mais o salário dos trabalhadores e também
os seus lucros. De um lado tinha os agricultores querendo proteção e de outro
os industriais defendendo o comercio livre. Mas segundo Ricardo, o preço do
trigo deveria aumentar e nessa medida os agricultores procurariam terras mais
pobres para o seu plantio e assim, segundo sua lei anterior, o salário dos
trabalhadores variariam de acordo com o preço do trigo. Os industriais
acrescentaram as leis naturais de Ricardo a suas armas contra a proteção, eles
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queriam a abolição dasa Leis do Trigo e o comercio livre. No entanto quem
elaboravam as leis, na grande maioria, eram os agricultores, motivo pelo qual aquelas
leis duraram muito tempo.
O autor cita ainda Nassau
Sênior, elaborador de uma doutrina que assegurava que o lucro estava garantido
nas ultimas horas de trabalho. Tendo em vista, por este motivo não se poder
reduzir as horas de trabalho.
Outro pensador citado foi
Stuart Mill, defensor do aumento do fundo de pagamento dos trabalhadores e que
os salários não podiam aumentar, tentando explicar matematicamente aos
trabalhadores como se dava esta divisão. Haveria sim duas possibilidades de
aumento de salário: a primeira seria aumentando o fundo de salários.
Cheguemos ao próximo capitulo e
uma exclamação nos ergue: "Trabalhadores de Todos os Paises, Uni-vos" capitulo
no qual o autor usará as criticas realizadas as "leis" capitalistas
anteriormente estudadas,ele mostrará a desmistificação do capitalismo e as formas
de superar e estando focalizando assim sua analise em Karl Marx e em
especial na obra capital.
Huberman trás a analise elementos que não
foram estudados pelos economistas clássicos, Marx os analisou e através de seus
estudos se fundamentou para suas criticas. Este se baseia na exploração do
trabalho como o grande mal trazido pelo "capitalismo", desmascarando assim as
mais-valia.
Na lógica do capitalismo a mercadoria tem um
valor de uso e o de troca e Marx afirmara que para o capitalista, só terá valor
a mercadoria de troca, tirando o valor de uso. O valor desta mercadoria será
determinado por uma unidade que no caso será o trabalho e principalmente pelo
tempo social necessário para se produzir esta mercadoria. Onde temos contudo
que interesse do capitalista na produção não é o de obter a mercadoria ,mas o
de ter o lucro.
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No sistema capitalista o
trabalhador não possui os meios de produção, pois foi destituído deles e por
isso irá vender a sua força de trabalho
e o seu salário será de acordo com o que produzir. No entanto este sempre
irá produzir mais do que ganha, onde será então produzido o excedente, que será
a mais-valia. A diferença entre o que o trabalhador recebe de salário e o valor
da mercadoria que produz é a mais-valia (Trabalho excedente apropriado pelo
comprador)
Para que se tenha a exploração
é necessário que haja alguém que seja explorado e este é o trabalhador, que
torna se livre para vender sua força de trabalho e esta tem uma remuneração.
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O capitalismo por sua vez é voltado para a
produção de mercadoria de forma totalmente nova onde temos o sistema fabril.
O autor recorta textos de Marx,
usando a nova interpretação da historia por ele trazido através do materialismo
histórico, tendo como idéia que a historia é feita por mudanças e contradições
das quais o homem é o sujeito delas. E este se revela através de um processo
evolutivo para Marx e Engel elaborarem esta filosofia, eles partem da analise
de grandes filósofos, centralizando a questão do trabalho. Traz também que as
relações entre os homens não é entre mercadorias ,mas entre homens.
Estes então em suas analises
concluem que,se o trabalhador "pudesse" ele não trabalhava pois este vê como uma auto-exploração o fato
de, vender seu trabalho(mal vendido) para dar lucro a alguém, e mesmo assim na
maioria das vezes, não usufruir dos bens produzidos.
Marx centra sua analise na
estrutura da sociedade. Classificando
assim as seguintes características da sociedade capitalista.
. Concentração de riquezas nas
mãos de poucos.
. Esmagamento dos pequenos
produtores pelos grandes produtores.
.Desenvolvimento tecnológico
que busca inovações, desconsiderando fatores como a natureza. E substituído
trabalhadores, colaborando com a miséria.
.Ocorrência periódica de crises
e, contudo, a superação destas.
Tendo que enquanto a produção é
cada vez mais socializada, o resultado do trabalho coletivo é apropriado por
uma:
.Luta pela emancipação da
classe trabalhadora=abolição da propriedade privada.
.Luta de classe que será a
força motora da sociedade.
.Sociedade comunista Será a
passagem do homem, do reino da necessidade para o reino da liberdade.
Marx aponta uma saída
"coletiva" para essa sociedade capitalista, com um projeto de união de classes,
onde a revolução será a ferramenta de avanço. Preparando assim os trabalhadores
para os futuros colapsos trazidos pelo capitalismo.
O estado no capitalismo é um
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órgão de implementação e efetivação dos direitos dos burgueses Sendo este
fundamental pelo uso de sua força tanto política quanto coercitiva, como
veremos nos capítulos posteriores, apresentados pelo autor.
O autor chega ao décimo nono
capitulo, com mais um de seus títulos surpreendentes: "Eu anexaria os planetas
se pudesse..." capitulo no qual será apresentadas novas teorias, pois com o
excesso de produção do capitalismo o valor deixa de ser estabelecido apenas
pela concorrência, mas agora então aos grandes capitais monopolistas. Levando
em conta uma nova teoria de valor = Teoria Marginal da Utilidade, onde o que
vai determinar o valor da mercadoria será a utilidade que este terá, variando
assim de sociedade para sociedade. Onde teremos também que esse valor ira
também depender da quantidade daquele produto que uma pessoa possui.
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Esta teoria, no entanto ira
cair através da produção em grande escala, que levaria a redução do custo por
unidade ao mesmo tempo em que aumentava a produção. No entanto tivemos a
substituição gradual da concorrência pelo monopólio. Onde estes irão
estabelecer os preços das mercadorias, através dos trustes, que eram a junção
da livre concorrência na tentativa de obter o controle da produção de
mercadorias para poder fixar a distribuição e o preço; através também dos
cartéis que eram na verdade um acordo entre industrias que embora mantivessem
sua independência legal, se associavam com o objetivo de exercer influencia
monopolizadora no mercado. Então com o crescimento do monopólio a ordem de
oferta e procura não se ajustaram, mas sim foram ajustadas, tendo que o mercado
deixa de ser livre e passa a ter seus preços ajustados.
Bem, com o crescimento dos
monopólios, aumenta o desenvolvimento das forças produtivas, onde a capacidade
de produzir mercadorias cresce, abre-se uma grande necessidade de conquista de
mercados estrangeiros, em suma das colônias, com um desejo ainda de controlar
as fontes de matérias primas.
Entramos assim na época do
Imperialismo, ou seja, o domínio que o capitalismo passa a ter a partir do
século XX, onde neste há uma aliança da indústria e das finanças na busca de
lucros nos mercados. O mote de imperialismo esta justamente na tentativa de
ampliar o espaço do fluxo da riqueza excedente, na procura pelos mercados
estrangeiros e nos investimentos estrangeiros. Sendo assim quando um país
atrasado era imperializado, este estava diretamente influenciado por aqueles
que os "governava".
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No desfecho do capitulo compreendemos então que o monopólio, governa diversos
setores do capitalismo mundial, no entanto pensamos que depois dos grandes
grupos dividem o mercado mundial, a competição cessasse e teríamos assim um
período de paz. Grande engano pensarmos assim! Pois as relações de força sempre
vão se modificando e algumas companhias crescem mais do que as outras tornam
do-se assim mais poderosas, a medida que as outras caem, tornando então uma
divisão injusta, gerando descontentamento e consequentemente leva as guerras.
As guerras por sua vez não levam a soluções duradouras...e assim segue o
capitalismo e suas crises.
Porem nosso autor prossegue em
sua descrição chegando assim ao vigésimo capitulo intitulado de " O Elo Mais
Fraco", neste será resgatado algumas analises que mostram vários dos motivos
pelo qual o capitalismo passa por constantes crises, no qual foram apresentadas
varias teorias, dentre elas:
Ao afirmar que no sistema
capitalista só ocorre produção quando esta promete lucros, inúmeros economistas
conseguem chegar a um ponto comum, mas não conseguem enfim concordar com o que
faz esse sistemas entrar em crise, afirmando apenas que cada crise tem um
motivo especial e que suas causas devem ser encontradas em fatos históricos
anteriores.
Já outros crêem que outra causa
especial das crises é física, pois a economia pode variar de acordo com a
natureza.
Outros economistas afirmam
ainda ser estes motivos, psicológicos, a medida que os negócios estão bem os
burgueses estão mais otimistas, e afim de aumentarem a produção buscam
empréstimos e por conseqüência as mercadorias aumentam, gerando assim um baixo
fluxo comercial. O otimismo então cede lugar ao pessimismo e a produção tem por
sua vez uma baixa.
Para outra escola de
economistas a crise se tem devido ao deficiente sistema monetária que nos cerca,
devido a sua instabilidade.
Acreditam ainda que há crises
quando o estado decide intervir no processo produtivo.
No entanto o autor aprofundará
sua análise a teoria Marxista, pois nela é afirmado que as crises são
inevitáveis no processo capitalista e que não há saída para ele, as crises só
acabariam se acabasse o capitalismo.
Pois como a finalidade do
capitalismo é a de obter lucro, haverá assim uma tendência da redução da taxa
de juros, sendo esta inevitável dentro deste sistema. Marx assim mostra a
divisão do capital em constante(aquisição de maquinas, de fabricas...etc.) e em
capital variável(aquisição de força de trabalho) este ultimo por sua vez tende
a ser reduzido sempre que possível e sempre este cai a se tem um declive também
nas taxas de lucro, formando assim uma nova crise. Resumindo "(...)o capitalista tem de manter os lucros
conservando baixos salários; mas, com isto destrói a capacidade aquisitiva de
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que depende para a realização de lucros(...) p.269.
Marx morre no fim do século XIX
e revive dezessete anos após o inicio do século XX, assim inicia o capitulo
denominado de " A Rússia tem um Plano".
Neste Huberman mostrará que Lênin e outros bolcheviques russos passam a por em
pratica a teoria marxista, que até então era conhecida apenas por alguns adeptos
de Marx. Reconhecendo portanto a dificuldade de se fazer uma revolução real, ou
seja feita pelo povo de fato, sendo necessário nesta a morte da velha ordem e o
nascimento de uma nova fazendo assim uma ajustamento na vida de milhares de
pessoas. Lênin, procurou e achou o memento certo de iniciar esta revolução.
Onde haveria assim um esforço coletivo para a conquista de bens coletivos.
Esta conquista foi real, e após
a tomada do poder as primeiras atitudes para incorporar uma ordem socialista
seria dizer não a propriedade privada dos meios de produção e repassa-las para
as mãos do estado, e também acabar com as divisões de classes através da
unificação onde todos passariam a ser apenas trabalhadores.
As questões econômicas
apresentadas ao novo governo, seriam de fato de onde produzir e para quem
destinar esta produção, uma vez que o Estado era o único dono, de todos as
áreas da economia. Por isso então a necessidade de um plano. Pois a partir de então a economia passa a ser
planificada, e o objetivo desta planificação seria o de trazer a todos um
bem-estar comum .
Para concretizar este objetivo,
primeiro foi feito um senso em todo o país de todas as instituições, e os
números levantados foram levados a Gosplan, tentando ser elaborados por esse a melhor forma e mais eficiente de
como administrar tantos meios. Bom, depois desta estatística foi esboçado um
plano, e este foi submetido ao parecer do povo, onde todos os trabalhadores e
camponeses tomavam parte nas discussões, fazendo propostas e sugestões, nessas
discussões e debates houve de fato uma verdadeira democracia, de onde o povo se
orgulhava de ter os setores para seus benefícios. Por fim a Gosplan e os
dirigentes fizeram algumas modificações necessárias nas emendas e aprontaram de
vez o plano. Este priorizava a educação gratuita para todos juntamente com uma
grande campanha de elevação do padrão de vida através da implementação de
serviços que beneficiassem a população em geral.
Mas uma grande duvida rondou o
governo: Investir em bens que atendam a necessidades imediatas ou naqueles que gere
benefícios futuros? A opção escolhida foi a segunda e então houve uma brusca
redução na produção de bens de consumo e passou-se a investir na produção de
bens de capital, os soviéticos tiveram que se acostumar por algum tempo a
conviver com a falta de todos os tipos de artigos de consumo. Pois antes da
Revolução o país era pobre em estradas, em maquinas, em fabricas e para se
conquistar tudo isto era necessário economizar de todas as formas.
Tendo em vista ainda que
durante o período de industrialização os soviéticos não tiveram apoio econômico
de nenhum país do mundo e, grande parte do dinheiro se originou da própria
industria soviética. Pois na sociedade socialista a acumulação é social e os
lucros são todos enviados para o Estado. Outra forma de adquirir dinheiro foi
também através do comercio exterior, pois os russos investiram também na
agricultura e nas buscas por petróleo, que foram suas moedas de troca com o
mercado externo, sendo este mercado controlado e enquadrado no plano geral.
No entanto, através de suas
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importações e exportações, a Rússia compra maquinas no exterior, mas como a
crise de 1929 ocorreu durante estas negociações a Rússia viu o preço de seus
produtos exportados terem uma grande queda, e estes serviriam como moeda de
troca. Então os russos tiveram de aumentar a produção para poder aumentar assim
a quantidade de produtos exportados sofrendo assim algumas das conseqüências da
crise capitalista, tendo assim um desequilíbrio do plano russo.
O problema anteriormente citado
foi por influencia externa, no entanto alguns eram os internos. Dentre eles o
fatos de que com a planificação da economia o que acontecer em um setor
influenciará diretamente nos outros, por que estes trabalhavam em conjunto. Devendo desta
forma os soviéticos terem sempre reservas para se prevenirem no caso de futuras
crises em algum setor da economia.
Outro argumento para as crises,
dentre eles o que afirma ser o socialismo sem sucesso pelo fato de que nele não
há interesse no lucro fazendo assim com que as pessoas não tenha, incentivo
para produzir, os russos respondem que no próprio capitalismo os trabalhadores
não obtém este lucro, que no regime socialista os trabalhadores são
incentivados pela consideração social que ambos possuem, ordem se objetivam no
fato de a "união fazer a força", e que os trabalhadores sempre são bem
recompensados pelo seu trabalho.
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Já o outro argumento afirma que
com a ausência de concorrência não há incentivo para que haja novas
experiências nos mais diversos campos. Os planificadores respondem que por
terem o controle completo da vida econômica podem, bem mais apoiados do que os
capitalista, a enfrentarem riscos com novos ideais.
Alguns economistas ainda se
opõem ao planejamento nacional, pois nele não há mercado livre, não havendo
então uma continua necessidade de produção. Já os planificadores revidam ao
argumentarem pois explicam que, o sistema de preços não funciona pela
necessidade de consumo, mas sim pelo necessidade das pessoas que tem o dinheiro
para pagar pelo que desejam. Afirmando
ainda que através de seus planos têm a melhor forma de fazer com que a oferta
corresponda a procura, sendo feito assim, a partir do pesquisa de quais são as
necessidades atuais, produzindo-se assim de acordo com a atualidade de uma
sociedade.
Como desfecho do capitulo o
autor narra que, quando estava escrevendo este capitulo teve a noticia de que
teria sido concluída a Constituição da U.R.S.S., a qual garantia de forma
sucinta ao trabalhador o direito de uma vida digna através da obtenção de
retribuição pelo seu trabalho, instituindo ainda a economia daquele país como
socialista, através da abolição da propriedade privada.
O motivo que se deu para essa
eliminação dos excessos estava no fato de que, numa sociedade de consumo quando
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se tem abundancia, devem ser os produtos excluídos para que se tenha uma alta
nos preços, uma vez que quando se tem um produto em abundancia este fica muito
barato. "Desta forma, o planejamento
capitalista seria um planejamento de escassez" p.293.
Outro ponto deste planejamento
é que é feito de retalhos, ou seja, é tentado nele se elaborar planejamentos
para diversas áreas bem especificas, com a intenção de assemelhar-se ao grande
plano russo, no entanto não se lembravam que na Rússia a propriedade privada
foi abolida, o que contribui muito para que seu plano pudesse ter êxito. Pois
com a propriedade privada um plano não poderá ter sucesso pois irá agradar a
uns e desagradará imediatamente ao interesse de outros grupo dominante.
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Tendo que aquilo que é bom para a comunidade pode ser prejudicial aos
interesses da propriedade privada. Mas para muitos(capitalistas) isto não
importa pois garantiam que as vantagens da propriedade privada e dos meios de
produção superam as desvantagens.
O texto apresenta ainda a
opinião dos Industriais defensores da propriedade privada, que afirmam serem
contra a planificação da economia pois nesta o poder estaria centralizado nas
mãos de poucos, e estes por serem minoria não seriam capazes de tomar grandes e
muitas decisões pois são um pequeno numero de pessoas para ter tanto
discernimento a fim de direcionar as atividades de um povo. Na verdade o que
ocorre é que no sistema capitalista os planificadores na verdade são os
industriais, que se opões a uma economia nacional planificada, pois nesta
haveria a abolição da propriedade privada, e a construção de uma sociedade
capitalista.
Outro ponto também que fará com
que haja uma oposição ao planejamento
nacional será o fato de que neste teria também a distribuição de renda,
o que no capitalismo não pode ocorrer pois este retribui cada um conforme o
capital que este cria, baseado na lei natural da distribuição.
Vimos ainda que em certos
paises os capitalistas têm a necessidade de uma autoridade coordenadora central
para defende-los da classe trabalhadora. Por exemplo a Alemanha e a Itália que
apoiaram e financiaram um regime contra
revolucionário, para que se fosse estabelecida a ordem e o poder capitalista.
Eles agiram de forma terrivelmente repressora contra os trabalhadores através
dos regimes fascista e nazistas, tirando dos trabalhadores, da forma mais
brutal possível, o direito que estes tinham de exigir.
Esses movimentos mostraram pois
a face mais cruel que o capitalismo pode apresentar. "A economia facista é a economia capitalista com a mesma
necessidade e
de expansão, a mesma necessidade de mercados, que caracteriza o capitalismo no
seu período imperialista. P.303"
Conclusão
Ao terminio desta obra podemos
concluir, como se deu a expansão da economia em todo o mundo, nas suas formas
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Produzido em: 30 September, 2016, 23:07
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mais diversificadas. Vimos que o dinheiro gerou uma influencia direta na
formação de um povo, através do sentimento de poder que este gera. O
capitalismo por sua vez, como sistema no qual estamos mergulhados hoje,
apresenta varias faces, principalmente de crueldade. Entemos então o motivo
pelo qual se criou o velho ditado que afirma ser "o dinheiro o causador de
todos os males". Huberman conseguiu através de sua linguagem simples, de sua
forma dinâmica e cômica apresentar a historia de um outro ângulo. Obtido também
por seu grande apoio na teoria Marxista, e não só em Marx, mas em todos aqueles
autores que se preocuparam a estudar os fatores econômicos que regem uma
sociedade.
Podemos então, sem sombra de
duvidas, indicar a leitura deste aos pesquisadores com os mais diferentes
intuitos de analise, mas em especial àqueles que se preocupam em saber como se
deu a formação social e econômica de uma sociedade e que ainda crêem na luta
social para a obtenção das mais diversas conquistas. Para que possam assim ter
uma boa base teórica.
Pois, se hoje vivemos em um mundo
repleto de desigualdades sociais precisamos sim ter uma base histórica, pois a
produção como um todo tem se modificado e modificado o mundo. E esta influencia
a vida de todos. Precisamos, assim, ter conhecimento para poder mudar e construir.
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