Seguranca 201011 v3
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Seguranca 201011 v3
Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Criptografia Conceitos básicos de criptografia • A base da criptografia é conseguir que um grupo de pessoas transmita informação entre elas que seja ininteligível para todas as outras • Uma solução: ter um dialecto próprio – não é escalável, nem seguro. • Melhor solução: – – – – algoritmo que cifra a informação que é conhecido e uma chave que parametriza o algoritmo, Algoritmo público, chave é segredo Análogo às fechaduras físicas... Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Criptografia Conceitos Criptografia – Segurança Total vs Prática • As funções de cifra são consideradas totalmente seguras se: – independentemente do tempo e do poder computacional envolvido, a chave não puder ser descoberta. • Normalmente são praticamente seguras – o valor da informação não justifica o investimento computacional (em máquinas especiais) – temporalmente limitada a sua validade e muito inferior ao tempo necessário para decifrá-la com a tecnologia existente. Sistemas Distribuídos 2010/11 • Algoritmo de cifra – Função injectivas – Parametrizadas por uma chave • Algoritmo de decifra – As cifras são reversíveis apenas por quem possuir o algoritmo inverso – Parametrizado por chave inversa • Nomenclatura M {M}K1 : cifra da mensagem M com a chave K1 é gerado um criptograma Sistemas Distribuídos 2010/11 1 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Comunicação Cifrada (Modelo) Criptografia: Aspectos operacionais • Cifras simétricas – Normalmente usam técnicas de substituição e difusão – São normalmente muito mais rápidas que as assimétricas • Cifras assimétricas – Normalmente usam operações matemáticas – A sua segurança baseia-se na complexidade de certas operações matemáticas • Logaritmo modular – Y = aX mod b; Dados a, b e Y, calcular X • Factorização de grandes números – Y = ab, a e b primos; Dado Y, calcular a ou b {P}K Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Cifra simétrica • Substituição Criptografia Simétrica – Mono-alfabética – Poli-alfabética • Exemplo Mono-alfabético – Chave – troia ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ TROIABCDEFGHJLMNPQSUVXZ – Problema? Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 2 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Cifra Simétrica • Poli-alfabético – Procura que as distribuições sejam combinadas de forma a que não existam caracteres que sejam mais frequentes • Exemplo: Tabelas de Vigenère Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Exemplo de Cifra com a Tabela de Vigenère • Vamos, supor que se pretende cifrar uma mensagem em claro (plaintext) : • O cifrador escolhe a chave e repete-a até que tenha o tamanho da mensagem • A primeira letra da mensagem, A, é cifrada usando o alfabeto na linha L, que é a primeira letra da chave. Na tabela de Vigenère corresponde à linha L e à coluna A. Da mesma forma para a segunda letra da mensagem: a linha E e a coluna T resulta X. A restante mensagem é cifrada da mesma forma Mensagem: – ATTACKATDAWN – Vamos usar "LEMON": LEMONLEMONLE • • • – ATTACKATDAWN • Chave: • Mensagem Cifrada – LEMONLEMONLE Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática One-time pads • Substituição poli-alfabética • Chave de grande dimensão não repetida • O emissor usa a parte da chave que necessita para cifrar a mensagem e o receptor usa a mesma parte da chave estando ambos sincronizados sobre que parte já utilizaram • Totalmente seguro, mas... como distribuir a chave? – Uma aproximação a one-time pads nos computadores são geradores de números aleatórios – Que funcionam a partir de chave (limitada) distribuída inicialmente – LXFOPVEFRNHR Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 3 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Exemplo de cifra simétrica: TEA • Algoritmo académico, pouco usado na prática • Muito simples • Razoavelmente rápido Exemplo de cifra simétrica: TEA void encrypt(unsigned long k[], unsigned long text[]) { unsigned long y = text[0], z = text[1]; unsigned long delta = 0x9e3779b9, sum = 0; int n; for (n= 0; n < 32; n++) { sum += delta; y += ((z << 4) + k[0]) ^ (z+sum) ^ ((z >> 5) + k[1]); z += ((y << 4) + k[2]) ^ (y+sum) ^ ((y >> 5) + k[3]); } text[0] = y; text[1] = z; 32 etapas. } Técnicas base: 1 2 3 4 5 6 7 shift de bits, XOR, soma, dependentes da chave k Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Exemplo de cifra simétrica: TEA void decrypt(unsigned long k[], unsigned long text[]) { unsigned long y = text[0], z = text[1]; unsigned long delta = 0x9e3779b9, sum = delta << 5; int n; for (n= 0; n < 32; n++) { z -= ((y << 4) + k[2]) ^ (y + sum) ^ ((y >> 5) + k[3]); y -= ((z << 4) + k[0]) ^ (z + sum) ^ ((z >> 5) + k[1]); sum -= delta; } text[0] = y; text[1] = z; } Sistemas Distribuídos 2010/11 Data Encription Standard - DES • • 1970 - O National Bureau of Standards (NBS) dos EUA reconheceu a necessidade de um algoritmo padrão para cifra na sociedade civil 1972 – O NBS abriu um concurso para uma novo algoritmo que devia ter várias características, entre elas: – – – – – • • • Alto nível de segurança Completamente especificado e fácil de perceber O algoritmo devia ser público, a sua segurança não vinha de ser secreto Adaptável a diversas utilizações Fácil de realizar em dispositivos electrónico 1974 - Os primeiros resultados foram desencorajadores e houve um segundo concurso Desta vez foi considerada aceitável a proposta do algoritmo de cifra Lucifer desenvolvido pela IBM 1976 – depois de análise pelo DoD em particular pela NSA foi aceite como standard nos EUA Sistemas Distribuídos 2010/11 4 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Data Encription Standard - DES • • • • Blocos de 64 bits Aplica funções de permutação e substituição a cada bloco 16 etapas e duas permutações totais Chave de 56 bits, desdobrada em chaves de 48 bits para cada etapa • Pode ser realizado em software ou em hardware DES • Substituição, Permutação, Compressão e Expansão Input (64) L0 Ri Li-1 PI E+P R0 KSi KS1 L1 [i] [i] C+P R1 KS16 L16 K (56) Ri-1 S-Box i R16 Li Ri P-box inverso PI output (64) Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Chave do DES • Só há registos de quebra por teste sistemático da chave • Desde a sua publicação que a chave de 56 bits é considerada insuficiente, permitindo que o sistema seja alvo de ataques sistemáticos. • Com o rápido aumento do desempenho das máquinas, esta questão torna-se cada vez mais preocupante. • [Kaufman95] considera que as chaves deveriam crescer 1 bit cada dois anos. • Se admitirmos que 56 bits era adequado em 79, este valor deveria ser 64 em 93 e 128 em 2121. Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Chave do DES • Em 2006 um computador dedicado designado de COPACOBANA construído por $10,000 quebrou o DES com ataques de força bruta em 8,7 dias • Em 2009 conseguia-se o mesmo em apenas 6 dias. Sistemas Distribuídos 2010/11 5 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática DES Triplo Algoritmos de Cifra Simétrica • • • • • • • - Com 3 chaves de 56 bits diferentes, DES triplo consegue segurança efectiva de 112 bits (< 168 bits) Sistemas Distribuídos 2010/11 DES Triple DES RC4 RC5 IDEA Blowfish AES – Advanced Encription Standard – norma futura dos EUA com chaves de 128, 196 e 256 bits Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Algoritmos de cifra assimétrica Criptografia Assimétrica Sistemas Distribuídos 2010/11 • • • • Diffie Hellman RSA DSS – baseado ElGamal Curvas elípticas Sistemas Distribuídos 2010/11 6 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática RSA - Rivest Shamir Adleman • Algoritmo de cifra de chave pública mais divulgado • Patente expirou recentemente • Enquanto era válida, os autores permitiram aos browsers utilizar o algoritmo sem pagar desde que reconhecessem a sua empresa (VeriSign) como autoridade para gerar certificados Sistemas Distribuídos 2010/11 Fundamento do RSA • • • • P,Q números primos da ordem de 10100 N = P*Q Z = (P-1)*(Q-1) Kp e Ks são coprimos com Z tais que Kp*Ks = 1 mod Z Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Exemplo do cálculo das Chaves 1- Escolhem-se dois números primos P e Q e calcula-se N e Z, – Vamos supor P = 13, Q = 17: – N = P * Q = 13 x 17 = 221 – Z = (P - 1)*(Q - 1) = 12 x 16 = 192 2 - A chave Kp é um número co-primo com Z. Departamento de Engenharia Informática Chaves • São trocados N e Kp que constituem a chave pública • N e Ks são a chave privada Neste caso, Z = 2*2*2*2*2*2*3, pelo que podemos escolher Kp = 5 3 - Para calcular Ks é necessário resolver a equação Kp* Ks = 1 mod Z, – Ks *5= 1 mod 192 – Ks * 5 = 1, 193, 385, … – Ks = 385:5 = 77 Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 7 Departamento de Engenharia Informática Cifra/Decifra em RSA • Cifra por blocos de dimensão k, em que 2k < N – No nosso exemplo, k=7 • Para cifrar mensagem em claro M: {M}Kp = MKp mod N • Para decifrar mensagem cifrada C: {C}Ks = CKs mod N Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Segurança do RSA Departamento de Engenharia Informática Quebrar a chave privada sabendo a chave pública? • Se atacante sabe Kp e N, como consegue descobrir a chave privada? – Para saber Ks é preciso saber Z • (ver slides de geração de chaves) – Para saber Z é preciso saber os dois números primos P e Q tal que PxQ=N • Este problema é considerado demasiado difícil • Se N > 10100, demora cerca de um milhão de anos com melhores algoritmos actuais Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Segurança do RSA (2) • Actualmente, chaves são normalmente de 1024-2048 bits • Recomendação é de 2048 bits, pelo menos – Chaves de 256 bits quebradas em poucas horas com PC – Em 1999, chave de 512 bits foi quebrada por sistema distribuído de centenas de computadores – Alguns peritos acreditam que 1024 bits será quebrável a curtoprazo – Computador quântico (se algum dia vier a existir) quebra chave RSA facilmente (tempo polinomial) • Usando Algoritmo de Shor Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 8 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Criptografia – Segurança Total vs Prática Considerações genéricas sobre utilização de algoritmos de criptografia • As funções de cifra são consideradas totalmente seguras se: – independentemente do tempo e do poder computacional envolvido, a chave não puder ser descoberta. • Normalmente são praticamente seguras – o valor da informação não justifica o investimento computacional (em máquinas especiais) – temporalmente limitada a sua validade e muito inferior ao tempo necessário para decifrá-la com a tecnologia existente. Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Métodos genéricos de ataque a funções de cifra Em qual se encontra Departamento de Engenharia Informática Cifra híbrida (ou mista) cifra assimétrica? • Dependem de em que situação o atacante está a) Só tem acesso a mensagens cifradas b) Tem acesso a amostras de um texto em claro e cifrado c) A partir de qualquer texto original, pode gerar o cifrado • Nos dois últimos, ataque exaustivo (brute-force) é sempre possível – Atacante itera todas as chaves possíveis até que cifra do texto original resulte no cifrado Como prevenir? • Em c), caso a mensagem cifrada seja pequena, é também possível o chosen plaintext attack – Quando mensagem cifrada C é pequena, itera-se todas as mensagens M até seSistemas obterDistribuídos C Como prevenir? 2010/11 • Os algoritmos de cifra assimétrica são computacionalmente mais complexos que cifra simétrica – 100 a 1000 vezes mais lentos • Mas a distribuição da chave pública é mais prática que a chave secreta • Como conseguir o melhor dos dois mundos? • Cifras híbridas – Gera-se chave secreta, chamada chave de sessão – Usa-se cifra assimétrica para trocar apenas uma chave secreta – Usa-se cifra simétrica e a chave secreta para os restantes dados Sistemas Distribuídos 2010/11 9 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Criptografia: Classificação das cifras Por Blocos versus Contínuas: Exemplo • Segundo o modelo de operação – Por blocos (todas as que vimos até agora excepto One-time Pad) • Facilita a análise P EK C DK P Original Cifra Por Bloco Cifra Contínua – Contínuas (stream) • Cifra de um bloco depende dos blocos anteriores • Necessita mecanismo de inicialização Fonte: Wikipedia Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Modos de cifra: ECB vs CBC Modos de cifra • Inicialmente apresentados para o DES – ECB (Electronic Code Book) – CBC (Cipher Block Chaining) – Stream Cipher • Podem ser usados por outras cifras por blocos Sistemas Distribuídos 2010/11 Electronic Code Book Ci = EK(Ti) Ti = DK(Ci) T1 T2 EK EK C1 C2 DK DK T1 T2 Cipher Block Chaining Se Ci se perde na Ci = EK(Ti ⊕ Ci-1) rede, consegue Ti = DK(Ci ) ⊕ Ci-1 decifrar C ? i+1 Tn EK EK IV Cn DK CBC também pode ser usado com cifra assimétrica DK IV T1 T2 EK EK C1 C2 DK DK T1 T2 EK DK Tn-1 Tn EK EK Cn-1 Cn DK DK Tn-1 Tn Tn Sistemas Distribuídos 2010/11 10 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Modos de cifra: Stream Cipher CBC (outra maneira de o entender) plaintext blocks n+3 n+2 n+1 Semelhança com outro algoritmo de Cifra? XOR E(K, M) ciphertext blocks n-3 n-2 n-1 n number generator keystream n+3 n+2 n+1 E(K, M) Se Ci se perde na rede, conseguimos decifrar restantes? buffer XOR ciphertext stream plaintext stream Stream Cipher não pode ser usado com cifra assimétrica. Porquê? Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Representação de dados binários em texto • Codificação de base 64 • Usa um sub-conjunto de 64 caracteres do ASCII que são os caracteres mais "universais", ou seja, caracteres que são iguais em practicamente todos os códigos: A-Z, a-z, 0-9, +, / • Caracter ‘=‘ usado no final para identificar quantidade de padding requerido • Aumenta tamanho do conteúdo. Qual o overhead? Assinatura Digital Autenticação e Integridade da Informação Sistemas Distribuídos 2010/11 11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Assinaturas digitais Assinatura Digital M • Identificar inequivocamente o autor de um texto (autenticidade) • Impedir alterações do texto (integridade) • Impedir que o autor repudie o conteúdo a posteriori (não-repudiação) Signing h {h} Kpri Verifying • Função H que recebe um texto (possivelmente longo) e devolve uma sequência de bits de comprimento fixo (e.g., 160 bits) • Propriedades: – Eficiente – dado P é fácil calcular H(P) – Não-invertível – dado H(P) é difícil determinar P’ tal que H(P’) = H(P) – Difícil encontrar P1, P2 tais que H(P1) = H(P2) M D(Kpub ,{h}) h' H(doc) h M h = h'? Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Funções de Resumo ou Dispersão (Digest/Hash) {h} Kpri E(K pri, h) 128 bits • As assinaturas não fazem sentido isoladas; só junto do texto a que se referem Sistemas Distribuídos 2010/11 signed doc H(M) Departamento de Engenharia Informática Porque é que deve ser difícil encontrar colisões? Se não, seria fácil forjar assinaturas digitais. Como? • Esta situação é chamada uma colisão Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 12 Departamento de Engenharia Informática Funções Resumo (Digest) • MACs: Assinaturas low-cost A função MD5 [Rivest92]. – A informação é processada em blocos de 512 bits (16 palavras de 32 bits) e o valor do resumo é uma palavra de 128 bits. – Em cada etapa é calculado um novo valor de resumo baseado no valor anterior e no bloco seguinte de 512 bits da mensagem. • • A função SHA-1 é a norma dos EUA. Resumo de 160 bits A mais recente função SHA-2 produz um resumo de 256 a 516 bits Message MD5 Digest I need a raise of $10,000. 9i5nud5r2a9idskjs2tbuop2ildax I need a raise of $100,000. 8m4ikijuelaidsfg8asyfnasdfgll I need a raise of $1,000,000. 4M9i2t8c7h4361712t1h4e1d1otg7 …Como? • Assumindo que interlocutores partilham segredo K é possível Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática MACs: Assinaturas low-cost Departamento de Engenharia Informática MACs: Discussão signed doc H(M+K) Signing • Funções de hash muito mais rápidas que as funções de cifra • Interessante ter método de assinatura digital que não implicasse cifra – Por exemplo, K pode ser chave de sessão em cifra híbrida Sistemas Distribuídos 2010/11 M Departamento de Engenharia Informática • Quem pode validar mensagens assinadas? • Que requisitos são assegurados? h M K – Autenticidade e Integridade apenas M h Verifying h = h'? K H(M+K) Sistemas Distribuídos 2010/11 h' Sistemas Distribuídos 2010/11 13 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Distribuição e gestão de chaves Distribuição e gestão de chaves • Distribuição das chaves é problema de difícil resolução • Cifras simétricas – Há que divulgar um valor secreto a universos limitados de interlocutores legítimos • Que o devem manter secreto • Cifras assimétricas – Há que garantir que a chave privada apenas é conhecida pela entidade a que pertence – Há que garantir que a chave pública é verdadeira e que não foi modificada para induzir um agente a trocar informação com um atacante • Ataque “man in the middle” • Autoridades de certificação Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Diffie-Hellman • O objectivo deste protocolo é criar uma chave simétrica a partir da troca de valores em claro entre os dois interlocutores • O algoritmo baseia-se na dificuldade computacional de efectuar logaritmos de grandes números. Diffie-Hellman 1. A e B escolhem números primos de 512 bits n e g e trocam-nos abertamente na rede. 2. Cada um escolhe agora aleatoriamente um número de 512 bits e mantém-no secreto (designemo-los por x e y). Calculam respectivamente: 1. TA = gx mod n 2. TB = gy mod n 3. TA e TB são trocados entre os dois interlocutores. 4. A calcula TBx mod n e B calcula TAy mod n. 5. Estes valores são a chave secreta a utilizar pelos interlocutores. Os valores são idênticos, porque: TBx mod n = (gy)x mod n = gx.y mod n = (gx)y mod n = TAy mod n Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Propriedade de aritmética modular 14 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Man-in-the-Middle Certificados de chaves públicas • Validação de assinaturas digitais – Sensível à correcção das chaves públicas respectivas • Têm de ser as correctas • Têm que estar ainda em uso • Certificados de chaves públicas – Documento que associa uma chave pública a: • Um dono (nome, e-mail, etc.) • Datas (de emissão, de validade) • Outra informação – assinado por uma autoridade de certificação • Institucional ou não • Sistemas Distribuídos 2010/11 A norma X.509 é a mais utilizada para formato de certificados Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Formato do Certificado X509 Departamento de Engenharia Informática Autoridades de certificação: Sistemas ad-hoc ou hierárquicos Subject Distinguished Name, Public Key • Certificação ad-hoc Issuer Distinguished Name, Signature • Certificação hierárquica – Cada utilizador escolhe em quem confia como autoridade de certificação (ex. PGP) – Existe uma hierarquia de certificação (institucional) Not Before Date, Date Period of validity Administrative information Not After Version, Serial Number • Árvore de Certification Authorities (CAs) – Cada CA emite certificados assinados com a sua chave pública • Que é distribuída em certificados assinados pela CA acima na hierarquia • A chave pública da raiz é bem conhecida (configurada manualmente, e.g., os browsers reconhecem a VeriSign) – Funções de uma CA • Emissão e distribuição de certificados • Gestão e distribuição de listas de certificados revogados Extended information Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 15 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Public Key Infrastructure (PKI) • Infra-estrutura de apoio ao sistema de Chavespúblicas – Criação segura de pares de chaves assimétricas – Criação e distribuição de certificados de chavespúblicas – Definição e uso das cadeias de certificação – Actualização, publicação e consulta da lista de certificados revogados – Revogação de certificados: qual o compromisso? Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Controlo de direitos de acesso • Modelo conceptual Autorização – Os objectos são protegidos por um monitor de controlo de referências – Cada agente, antes de poder efectuar um acção sobre um objecto, tem que pedir autorização ao monitor – O monitor verifica se o agente está ou não autorizado através de uma matriz de direitos acesso Sistemas Sistemas Distribuídos Distribuídos 2010/11 16 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Matriz de direitos de acesso Controlo dos Direitos de Acesso • – Os objectos só podem ser acedidos através do monitor de controlo de referências; – Os objectos têm de ser univocamente identificados e o identificador não pode ser reutilizado sem precauções adicionais. – Num sistema multiprogramado a informação relativa à matriz é mantida dentro do espaço de isolamento do núcleo. – Esta situação é, obviamente, diferente numa rede • Objectos Um Monitor de Controlo de Referências valida quando uma operação é efectuada se o agente tem direito de a executar. Os ataques a esta política visam essencialmente subverter o isolamento entre os agentes mais que procurar alterar a matriz ou eliminar o controlo do monitor de controlo de referências. • Agentes O1 O2 O3 O4 A1 R RW RX --- A2 RX --- RW R Decomposição da tabela – Listas de controlo de acesso (Access Control Lists, ACLs) • Guardadas junto de cada objecto – Capacidades (capabilities) • Guardadas junto de cada agente • A autenticação dos agentes é fulcral – Para determinar a parcela da ACL que lhe é aplicável – Para distribuir as capacidades correctas Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática ACLs vs Capacidades • Capacidades permitem descentralizar autorização – Servidor analisa a capacidade enviada no pedido para determinar se cliente tem direito ao que pede – Não é necessário contactar nenhuma entidade centralizada que armazena ACLs Autenticação • Também suportam delegação facilmente • Capacidade análoga a uma chave do mundo real • E tem limitações análogas: Como lidar com isto? – Pode ser roubada – Revogar acesso a alguém que tem a chave é difícil Sistemas Distribuídos 2010/11 17 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Autenticação em sistemas distribuídos: Aproximações Autenticação • A autenticação baseia-se sempre em o sistema apresentar um desafio que o agente deve saber responder. • O desafio pode ser: • Uso do mecanismo local de autenticação – Autenticação por cada ligação TCP/IP • telnet, ftp, http • Envio em claro de pares (nome, senha) – Fornecer um informação que deve ser secreta, • Senha – Apresentar um identificador físico • Cartão, Chave física – Fornecer informação biométrica • Impressões digitais, estrutura da íris Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Protocolo Simples de Autenticação Departamento de Engenharia Informática Protocolo de Needham-Schroeder – criptografia simétrica C 1) 2) 3) C ->S: S ->C: C ->S: “Iniciar Sessão” D {D} Kcs O segredo neste caso é a chave Kcs O protocolo tem vários problemas: – Não é recíproco, só autentica o cliente; C, S, Nc {Nc ,S, Kcs, {Kcs, C}Ks}Kc Saut Saut S Kcs Saut Kc Ks {Kcs, C}Ks C {Ns}Kcs S – O valor de D tem de variar senão pode ser reutilizado; – É necessário estabelecer a chave secreta entre o cliente e o servidor. S C {Ns-1}Kcs Pode ser alvo de Replay Attack Sistemas Distribuídos 2010/11 se atacante descobrir KCS e enviar esta mensagem para S Sistemas Distribuídos 2010/11 18 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Autenticação : Kerberos (Simplificado) Arquitectura Kerberos (completo) Kerberos Key Distribution Centre C, S, n C login C {Kc,s, n}Kc, ticketc,s Saut S Saut Step A 1. Request for TGS ticket C S Kc,s Saut Kc KS acesso a S ticketx,y = {x, y, T1, T2, Kx,y}Ky Client C Login session setup Server session setup DoOperation authx,y = {x, Treq}Kx,y S {Treq, resposta}Kc,s Authentication database Step B 3. Request for server ticket 4. Server ticket Step C 5. Service request Request encrypted with session key Departamento de Engenharia Informática Autenticação : Kerberos (V5) C, TGS, n C {Kc,tgs, n }Kc , ticketc,tgs Saut ticketc,tgs, authc,tgs, S, n2 pedido de acesso a S Kerberos S TGS Saut C S Kc,s TGS Kc,tgs Saut Kc Ks Ktgs {Kc,s, n2 }Kc,tgs, ticketc,s TGS {Treq, resposta}Kc,s • Escalabilidade – Subdivisão em realms – Cada realm possui um Saut e um TGS – Um realm pode aceitar autenticações feitas por outro • Exploração ticketx,y = {x, y, T1, T2, Kx,y}Ky ticketc,s, authc,s, pedido, Treq acesso a S Server S Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática C Service function Reply encrypted with session key Autenticador: para evitar re-envio de pedidos antigos (implica relógios sincronizados) Sistemas Distribuídos 2010/11 login Ticketgranting service T 2. TGS ticket Timestamps reais para evitar reutilização de tickets antigos (implica relógios sincronizados) ticketc,s, authc,s, pedido, Treq Authentication service A Porquê a separação Saut/TGS? S Sistemas Distribuídos 2010/11 authx,y = {x, Treq}Kx,y – Segurança física dos servidores e das respectivas BDs • Saut e TGS – Relógios sincronizados • Para validar tickets e authenticators Sistemas Distribuídos 2010/11 19 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Canais de comunicação seguros: Funcionalidade • Privacidade – Dos dados Canal de Comunicação Seguro • Cifra dos dados enviados – Dos fluxos de informação • Integridade – Das mensagens • Adição de valores de controlo não forjáveis – Dos fluxos de mensagens • Contextos de cifra e/ou controlo • Autenticidade – Dos interlocutores • Cifra de valores pré-combinados e frescos – Com uma chave secreta partilhada por emissor e receptor – Com a chave privada do emissor • • Não Repudiação Autorização Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Argumento “extremo-a-extremo” (End-to-end principle) • As funcionalidades dos protocolos de comunicação devem ser implementadas pelos extremos do canal de comunicação (sempre que possível), pois… – Ao implementar nos níveis mais baixos, obrigam todos os canais a pagar o seu custo, mesmo que não queiram – Evitam redundâncias, quando as funcionalidades têm de ser repetidas extremo-a-extremo • Princípio de desenho do IP Sistemas Distribuídos 2010/11 Nível de Protocolo • Nível de protocolo onde realizar o canal seguro – Ligação de dados • Podia ser eficientemente implementado no hardware do controlador de rede. • Não evita o ataque aos comutadores – Rede • ex.: IPsec – para Virtual Private Networks • Não vai até ao nível do transporte – Interfaces de Transporte • Sockets - ex.: SSL – Aplicação : • ex.: HTTPS, SSH, PGP, PEM, SET, Handlers dos Web Services Sistemas Distribuídos 2010/11 20 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática Web Services - Handlers Exemplo: Canal seguro e os RPC • Se a cifra para garantir o canal seguro for efectuada antes dos stubs perde-se a sua capacidade de tratar a heterogeneidade – Uma grande vantagem dos sistemas de RPC é tratar a heterogeneidade automaticamente nas funções de adaptação - stub • A cifra tem de ser feita depois – Mas convém que seja dentro do mecanismo de RPC para garantir segurança de extremo a extremo, • • O RPC pode ser baseado num canal SSL mas há limitações importantes Se a mensagem SOAP tiver intermediários estes têm de receber parte da informação mas não necessitam de a receber toda em aberto. – Necessidade de cifrar apenas partes da mensagem. • Nos Web Services os handlers foram pensados para permitir implementar as funções de segurança na sequência certa Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Exemplo handler de segurança public boolean handleRequest(MessageContext context) { System.out.println(this + ">\n\t handleRequest(MessageContext=" + context + ")"); try { SOAPMessageContext smc = (SOAPMessageContext) context; SOAPMessage msg = smc.getMessage(); SOAPPart sp = msg.getSOAPPart(); SOAPEnvelope se = sp.getEnvelope(); SOAPBody sb = se.getBody(); SOAPHeader sh = se.getHeader(); if (sh == null) {sh = se.addHeader(); } // cipher message with symmetric key ByteArrayOutputStream byteOut = new ByteArrayOutputStream(); msg.writeTo(byteOut); Cipher cipher = Cipher.getInstance("DES/ECB/PKCS5Padding"); cipher.init(Cipher.ENCRYPT_MODE, KeyManager.getSecretKey()); byte[] cipheredMessage = cipher.doFinal(byteOut.toByteArray()); Sistemas Distribuídos 2010/11 • Handler Chain • Handler – Sequência de handlers executados sobre pedidos e respostas – Extende a classe • javax.xml.rpc.handler.Handler – Métodos relevantes • handleRequest(MessageContext context) • handleResponse(MessageContext context) • handleFault(MessageContext context) Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática Exemplo handler de segurança // encode in base64 BASE64Encoder encoder = new BASE64Encoder(); String encodedMessage = encoder.encode(cipheredMessage); // remove clear text sb.detachNode(); sh.detachNode(); // reinitialize SOAP components sb = se.addBody(); sh = se.addHeader(); // store message SOAPBodyElement element = sb.addBodyElement(se.createName("CipherBody")); element.addTextNode(encodedMessage); } catch (Exception e) { System.out.println(this + ">\n\t Exception caught in handleRequest:\n" + e); return false; } return true; } Sistemas Distribuídos 2010/11 21 Departamento de Engenharia Informática Departamento de Engenharia Informática SSL protocol stack Caso de estudo: TLS/SSL (base do HTTPS) SSL Handshake SSL Change SSL Alert protocol Cipher Spec Protocol HTTP Telnet SSL Record Protocol Transport layer (usually TCP) Network layer (usually IP) SSL protocols: Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática TLS handshake protocol Other protocols: Sistemas Distribuídos 2010/11 Departamento de Engenharia Informática TLS handshake: opções Establish protocol version, session ID, cipher suite, compression method, exchange random values ClientHello ServerHello Certificate Optionally send server certificate and Certificate Request request client certificate ServerHelloDone Client Certificate Certificate Verify Server S end client certificate response if requested Change Cipher Spec Finished Change cipher suite and finish handshake Change Cipher Spec Finished Sistemas Distribuídos 2010/11 Sistemas Distribuídos 2010/11 22
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