Vacinas - Infectologia Paulista
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Vacinas - Infectologia Paulista
O alcance das novas vacinas Mônica Levi IMPORTÂNCIA DAS VACINAS EVITAM MAIS DE 2,5 MILHÕES DE MORTES CAUSADAS POR DOENÇA INFECCIOSA TODO ANO EM TODO MUNDO OMS – Assessment Report of the Global Vaccine Action Plan - 2014 Importância da vacinação dos adultos MORTES POR DOENÇAS INFECCIOSAS IMUNOPREVENÍVEIS NOS EUA (CDC ) ENTRE 1994 E 2013, AS VACINAS EVITARAM: E PERMITIRAM UMA ECONOMIA DE • 322 milhões de casos de adoecimentos • 22 milhões de hospitalizações • 732 mil mortes prematuras • 295 bilhões de dólares em custos médicos diretos • 1,38 trilhões de dólares de custo social total Nos EUA, 1000 a 3000 crianças morrem anualmente de doenças infecciosas imunopreveníveis…. … e 50.000 a 70.000 adultos ainda morrem anualmente de doenças infecciosas imunopreveníveis !!! Calendários SBIm • • • • • • • • Prematuro Criança Adolescente Adulto (Mulher e Homem) Gestante Idoso Ocupacional Do nascimento à terceira idade O alcance das velhas vacinas ... BCG – Prevenção de formas graves da tuberculose em crianças pequenas Varíola – Erradicada do Brasil em 1972 e do globo em 1980 ( OMS ) DTP, DT, dT, TT – Declínio progressivo da incidência de difteria e tétano Reemergência de coqueluche Poliomielite ( Sabin x Salk ) - Último caso PVS no Brasil - 1990 OMS – Declara erradicada do continente americano em 1994 e na Europa em 1999 SCR – Erradicada Rubeola e SRC em 2010. Controle transmissão autóctone do sarampo em 2000 Hepatite A e B – Passíveis de controlar endemicidade e surtos( hep A ) Influenza – Redução da ocorrência e complicações da doença, hospitalização e óbitos NOVAS VACINAS 1- Tríplice acelular do tipo adulto – dTpa 2- Meningocócicas ( ACWY / B) 3- HPV 4- Zóster 1- Vacina tríplice acelular do tipo adulto - dTpa Composição d = 10% da quantidade de antígenos diftéricos da vacina pediátrica T = antígeno tetânico em quantidade semelhante a da vacina pediátrica pa = antígenos Pertussis acelular tem um terço da quantidade de antígeno da vacina pediátrica dT ( dupla adulto ) DIFTERIA Índice de fatalidade da Difteria : 5-10%; aumentando para 20% em pacientes com < 5 ou >40 anos TÉTANO COQUELUCHE Cenário epidemiológico no Brasil Grande redução da incidência de coqueluche desde a década de 90 Ampliação das coberturas vacinais com DTP (isolada ou em combinações) 2011 → Aumento súbito do número de casos - quadruplicou em relação ao ano anterior (2010) Nível epidêmico se mantendo 2,8 /100.000 habitantes Revisão das Normas do MS ( 2014) : http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/nota_informativa_3_vi gilancia_epidemiologica_da_coqueluche.pdf COQUELUCHE - Casos confirmados Notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net Casos confirmados por UF NOTIFICAÇÃO Casos confirmados POR FAIXA ETÁRIA Período: 2011 UF Notificação Período: 2011 Casos confirmados Rondonia 26 Acre 12 Amazonas 29 Roraima 4 Para 16 Amapa 3 Tocantins 3 Maranhao 32 Ceara 28 Rio Grande do Norte 59 Paraiba 4 Pernambuco 74 Alagoas 34 5 Sergipe COQUELUCHE - Casos confirmados Notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net Bahia 162 Minas Gerais 74 Espirito Santo 69 Rio de Janeiro 164 Sao Paulo 863 Parana 148 Santa Catarina 47 Rio Grande do Sul 148 Mato Grosso do Sul 40 Mato Grosso 1 UF Notificação Em branco/IGN Total Total Sul Centro-Oeste DF 2.074 NOTAS: Dados de 2011 atualizados em 26/06/2012, dados parciais. Dados de 2012 atualizados em 26/06/2012, dados parciais. 28 Distrito Federal Sudeste 3 180 60 66 34 102 37 3 3 1 1 Goias Nordeste Casos confirmados 1.585 <1 ano 1-4 anos 5-9 anos 10-14 anos 15-19 anos 20-39 anos 40-59 anos 60-64 anos 65-69 anos 70-79 anos Norte 2.074 Referência Brasil. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Tabulação de dados. Disponível em: <http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/dh?sinannet/coqueluche/bases/coquebrnet.def>. Acesso em: 28 jun. 2012. COQUELUCHE - Casos confirmados Notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan Net Casos confirmados por UF Notificação COQUELUCHE - Casos confirmados Notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net Casos confirmados POR FAIXA ETÁRIA Período: 2012 UF Notificação Período: 2012 Norte Casos confirmados UF Notificação Casos confirmados 1 Rondonia Acre 2 Em branco/IGN Amazonas 42 <1 ano Roraima 4 1-4 anos 308 Para 8 5-9 anos 83 Tocantins 1 10-14 anos 56 Maranhao 12 Piaui 1 15-19 anos 31 84 11 20-39 anos Ceara 31 40-59 anos 30 Rio Grande do Norte 2 60-64 anos 4 Paraiba Pernambuco 83 2 Alagoas 17 65-69 anos Total Sergipe 1 Bahia 77 Minas Gerais 69 Espirito Santo 188 Rio de Janeiro 134 Sao Paulo 562 Parana 208 Santa Catarina 51 Rio Grande do Sul 164 Mato Grosso do Sul 29 Goias 4 Distrito Federal 21 Total Nordeste 5 1.120 Sudeste Sul Centro-Oeste DF 1.723 NOTAS: Dados de 2011 atualizados em 26/06/2012, dados parciais. Dados de 2012 atualizados em 26/06/2012, dados parciais. 1.723 Referência Brasil. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Tabulação de dados. Disponível em: <http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/dh?sinannet/coqueluche/bases/coquebrnet.def>. Acesso em: 28 jun. 2012. Estratégia coccon A fonte de transmissão de Pertussis a lactentes em mais de 75% das vezes está em casa 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Bisgard KM et al. Infant pertussis Who was the source? Pediatric Infect Dis J 2004; 23: 985-989 - F. Kowalzik, et .al. Prospective multinationalstudy of pertussis infection in hospitalized infants and their household contacts. The Pediatric Infectious Disease journal, 26(3): 228-242, 2007 Estratégia Cocoon: Vacinação dos adultos para formar uma rede de proteção para a criança. Cocoon é Casulo = PROTEÇÃO CALENDÁRIOS DE VACINAÇÃO ADOLESCENTES e ADULTOS/IDOSOS Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações • Atualizar dTpa independente de intervalo prévio com dT ou TT. • O uso da vacina dTpa, em substituição à dT, para adolescentes e adultos, objetiva, além da proteção individual, a redução da transmissão da Bordetella pertussis, principalmente para suscetíveis com alto risco de complicações, como os lactentes. • Considerar antecipar reforço com dTpa para cinco anos após a última dose de vacina contendo o componente pertussis para adolescentes, adultos e idosos contactantes de lactentes. • Para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica recomenda-se a vacina dTpa combinada à pólio inativada (dTpa-VIP). • dTpa-VIP pode substituir dTpa, inclusive em gestantes. • Gestantes: recomendada uma dose de dTpa entre 27ª e 36ª semanas de gestação. IDOSO O indivíduo com mais de 60 anos é considerado de risco para as complicações relacionadas à coqueluche. • Indicada mesmo para aqueles que tiveram a doença, já que a proteção conferida pela infecção natural é de no máximo 15 anos. • Proximidade com crianças 2- Doença meningocócica Epidemiologia e Prevenção Diplococco Gram − Cápsula polissacarídica que de acordo com a especificidade é classificado em 13 sorogrupos: 5 sorogrupos (A, B, C, Y, W) são responsáveis por mais de 90% dos casos de doença Vacinas • Meningocócica conjugada do tipo C • Meningocócica conjugada quadrivalente (grupos ACWY) • Meningococo B recombinante Doença meningocócica invasiva (DMI) • A maioria dos casos não tratados de meningite e/ou septicemia meningocócica é fatal. • Mesmo com tratamento adequado, 10% – 15% dos casos têm chances de progredir para o óbito em 2448h a partir do aparecimento dos sintomas. OMS: Aproximadamente 10% a 20% dos sobreviventes de meningite meningocócica apresentam sequelas permanentes, tais como retardo mental, surdez, epilepsia, ou outros problemas neurológicos. 1. WHO. Wkly Epidemiol Rev 2011;86:521–40 FATORES de RISCO para a DM Transmissão – contato direto com secreções respiratórias ou saliva Coloniza nasofaringe – 8% -25% portadores Adolescentes e adultos jovens estão mais expostos e apresentam >res taxas de portadores Tabagismo1 Dormitórios compartilhados2 Convivência em lugares conglomerados Bares1 Baladas1 1. Brigham KS, Contatos íntimos1 Viagens para regiões endêmicas1 et al. Curr Opin Pediatr. 2009;21:437-443; 2. Bras F, et al. Mil Med. 2008;173:vi-ix; 3. Biselli R, et al. Vaccine. 1993;11:578-581. Acampamentos militares2,3 Investigação de DM, Salvador, 2005-2010 Doença Meningocócica Casos de DM sorogrupo C ocorridos em surtos por faixa etária. Brasil, 2005 – 2009 Fonte: SVS/MS Pedro Pimenta – amputação de membros superiores e inferiores familia.sbim.org.br Domínio público: http://gshow.globo.com/programas/encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2014/08/tetra-amputado-dizprocurei-ter-atitudes-positivas-e-nao-ficar-reclamando.html. Acesso em 29/10/14. Sorogrupos prevalentes de N. meningitidis no Brasil 1% 2% 8% 19% 70% Sorogrupos da N. meningitidis A B C W Y Adaptado do SINAN DataSUS 2013 (última atualização em 10/02/15). Encontrado em: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/tabnet?sinannet/meningite/bases/meninbrnet.def. Acessado em 20/02/2015. Variações nas incidências e nos sorogrupos prevalentes Other Y 1,0% 2,3% Other 1% W-135 7% W-135 2% C 24% Other 6% C 21% B 64% B 32% Y 25% B 44% Y 27% UNITED STATES 2003 (n=200) W-135 20% W-135 3% C 14% A 79% C 57% COLOMBIA 2004 (n=37) Y 2% W-135 Other 1% 5% C 11% C 14% Other 6% A 6% C 5% Other 0,5% CHILE 2003 (n=193) URUGUAY 2001 (n=53) Y 19% Other 2% W-135 41% B 33% TAIWAN 2001 (n=43) B 81% THAILAND 2001 (n=36) W-135 3,6% Y 2,4% A 0,3% C 21% Y 13% B 83% W-135 17% SAUDI ARABIA 2002 (n=21) AFRICAN MENINGITIS BELT 2003-2004 (n=501) BRAZIL 2003 Sao Paulo state (n=426) B 78% A 4,7% W-135 76% B 51% B 39% C 2,3% B 10% A 14% Other 1,2% Other 4% Y 32% RUSSIA 2002-2004 (n=1,899) WESTERN EUROPE 2002 (n=3,982) Canada 2003* (n=148) A 36% C 22% C 29% B 43% Other 10% A 0,1% W-135 3,6% B 73% B 14% W-135 62% Y W-135 0,4% 3,6% Other 0,8% C 8% AUSTRALIA 2004 (n=335) SOUTH AFRICA 2005 (n=414) Sorogrupos B e C combinados → maioria casos nas Américas e Europa Sorogrupos A e C → predomínio África e Ásia B 87% NEW ZEALAND 2004 (n=252) Distribuição dos sorogrupos do meningococo na América Latina (2009) VACINA IDEAL.... • Vacina hexavalente: A, B, C, X, W, Y, conjugada, proteção de longo prazo, baixo custo, eficaz e disponível para todas as idades. • Vacinas proteicas: contendo antígenos comuns aos diferentes sorogrupos de meningococo • Eliminação da doença meningocócica?? 25 O que temos hoje disponível no Brasil ? PNI - Vacina meningocócica C conjugada para <res de 4 anos Vacinas meningocócicas no Brasil Sorogrupo Faixa etária <1 A B C W Y 1–2 2–10 11+ VACINAS MENINGOCÓCICAS CONJUGADAS Antígeno capsular polissacarídico conjugado à proteína carreadora x Baixa imunogenicidade em < 2 anos Resposta T independente Não apresenta resposta secundária (memória imunológica) Não reduz colonização de nasofaringe Alta imunogenicidade em < 2 anos Resposta T dependente Apresenta resposta secundária (memória imunológica) – “booster” Melhor qualidade de anticorpos ( avidez e atividade bactericida ) Reduz colonização de nasofaringe • Meningocócica C conjugada • Meningocócicas ACWY conjugadas: ANVISA Nimenrix ( GSK) TT - licenciada a partir de 1 ano de idade Menveo (Novartis) CRM- licenciada a partir de 2 anos de idade VACINA MENINGOCÓCICA B Vacinologia Reversa Identificação de antígenos Baseada na sequência genômica de uma cepa padrão de MenB, identifica-se proteínas com capacidade antigênica 2,200,000 2,100,000 2,000,000 IHT-C 1 IHT-A 100,000 200,000 expressão e purificação 300,000 1,900,000 400,000 1,800,000 500,000 IHT-B 1,700,000 proteínas purificadas 600,000 1,600,000 700,000 1,500,000 800,000 1,400,000 1,300,000 1,200,000 fHbp NadA NHBA Por A ~350 proteínas expressas em E.coli, purificadas, usadas para imunizar ratos 900,000 1,000,000 1,100,000 91 novas proteínas de supérfície identificadas 28 novos antígenos proteicos com atividade batercida foram identificados Bexsero ( Novartis ) – Licenciada para 2 meses- 50 anos imunização Estimativa de cobertura da vacina 4CMenB para diferentes regiões 78 % (66-92%) 66% 81% . †Coverage tested. 76% based on MATS from pooled sera from 13-mo-old infants vaccinated at 2,4, 6, and 12 mo of age Vogel U et al. Lancet Infect Dis. 2013 RECOMENDAÇÕES ATUAIS SBIm CRIANÇAS 3 meses – Men C e MenB 5 meses – Men C e MenB 7 meses – MenB 12 – 15 meses – MenACWY e MenB 5 a 6 anos – MenACWY ADOLESCENTES Para vacinados na infância : 11 anos – MenACWY Para não vacinados na infância : Men ACWY 2 doses - 5 anos de intervalo MenB – 2 doses com intervalo de 1 mês Grupos de alto risco: reforços a cada 5 anosnos Qual o alcance das vacinas contra os meningococos ? 1- Evitar mortes e sequelas 2- Reduzir ou eliminar a circulação dos meningococos na comunidade – imunidade de rebanho 3- Controlar surtos 4 - Reduzir estado de portador são → reduzir transmissão 5- Prevenir a doença em viajantes → risco de transmissão na comunidade de origem por viajantes colonizados 6- Atender exigências governamentais internacionais para entrada no país ou escolas e universidades para estudantes 7- Erradicação ??? 3- VACINAS HPV Homens e mulheres adultos Qual o potencial benéfico da vacinação ? Resposta imunológica em adultos é satisfatória ? Qual o impacto do HPV em adultos ? E naqueles já infectados ? Imunodeficientes podem/devem ser vacinados ? Existem possíveis novos usos da vacina ? 3- VACINAS HPV Gardasil ® Cervarix ® Vacina quadrivalente recombinante contra papilomavírus tipos 6, 11, 16, 18 (HPV4) Vacina contra HPV oncogênico 16 e 18 , recombinante com adjuvante ASO4 (HPV2) Esquema padrão 3 doses 0 – 2 – 6 meses 3 doses 0 – 1 – 6 meses MMWR maio 2010 → CDC padroniza mesmo esquema para as duas vacinas 3 doses: 0 – 1 / 2 meses – 6 meses Impacto do HPV em homens e mulheres no mundo Estimativa global anual de novos casos de doenças relacionadas ao HPV em homens e mulheres Câncer peniano1 Homens 11,000 Mulheres 21.000 Câncer orofaringe1 Câncer anal1 17.000 Câncer vulvar e vaginal1 4.400 Câncer orofaringe1 13.000 11.000 530.000 Verrugas genitais2−4,a a 17.300.000 Câncer anal1 Câncer de colo do útero1 14.700.000 Verrugas genitais 2–4,a Razão gênero estimada de verrugas genitais: 54% homens, 46% mulheres5 1. Forman D et al. Vaccine. 2012;30(Suppl 5):F12−23. 2. Executive summary: the state of world health, 1995. World Health Organization website. http://www.who.int/whr/1995/media_centre/executive_summary1/en/index.html. Accessed March 12, 2013. 3. Greer CE et al. J Clin Microbiol. 1995;33:2058–2063. 4. Human papillomavirus and HPV vaccines: technical information for policy-makers and health professionals, 2007. World Health Organization website. http://whqlibdoc.who.int/hq/2007/WHO _IVB_07.05_eng.pdf.35 Accessed March 12, 2013. 5. Health Protection Agency (HPA). Health Protect Rep. 2012;6:9−15. http://www.hpa.org.uk/HPR/archives/2012/hpr2212.pdf. Accessed March 12, 2013. HPV Validade da Vacinação para mulheres adultas 2.Wiley DJ, Masongsong EV, Lu S et al. Behavioral and sociodemographic risk factors for serological and DNA evidence of HPV 6, 11, 16, 18 infections. Cancer Epidemiol. 2012;36(3):e183-9. 3. Velicer C, Zhu X, Vuocolo S et al. Prevalence and incidence of HPV genital infection in women. Sex Transm Dis. 2009;36(11):696-703. MÉDIA GEOMÉTRICA DOS TÍTULOS AOS 7 MESES POR FAIXA ETÁRIA1 Anticorpos anti-HPV 6 600 1000 1.000 450 750 300 500 150 250 0 0 16 a 23 3000 3.000 24 a 34 35 a 45 Anticorpos anti-HPV 11 16 a 23 Anticorpos anti-HPV 16 24 a 34 35 a 45 Anticorpos anti-HPV 18 600 450 2000 2.000 300 1.000 1000 150 0 0 16 a 23 24 a 34 35 a 45 Mulheres de 16 a 23 anos: População por protocolo do Programa de Fase 3. Mulheres de 24 a 45 anos: População por protocolo do estudo FUTURE III. 16 a 23 24 a 34 35 a 45 Adaptado de Muñoz et al 2009. 1. Muñoz N, Manalastas R Jr, Pitisuttithum P et al. Safety, immunogenicity, and efficacy of quadrivalent human papillomavirus (types 6, 11, 16, 18) recombinant vaccine in women aged 24-45 years: a randomised, double-blind trial. Lancet. 2009;373(9679):1949-57. P Indivíduos previamente infectadosossíveis novos usos das vacinas HPV Estudo retrospectivo ad hoc FUTURE I e II Redução 64,9% do risco de doença subsequente de alto grau em colo de útero, vulva e vagina Redução recorrência de VG Possíveis novos usos das vacinas HPV Taxa de recidiva pós-exerese da ZT por NIC de alto grau em mulheres previamente expostas vacinadas e não vacinadas 20 a 45 anos – 1ª dose 1 sem após exerese (esquema 0-2-6) Seguimento em 3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses Kang WD, Choi HS, Kim SM. Is vaccination with quadrivalent HPV vaccine after Loop Electrosurgical Excision Procedure effective in preventing recurrence in patients with High-grade Cervical Intraepithelial Neoplasia (CIN2-3)? Gynecol Oncol. 2013 Apr 25. VACINA HPV USO EM MULHERES COM DOENÇA ATIVA1-3 “Paciente de 35 anos com diagnóstico atual de NIC 3, pode tomar a vacina HPV?” • A vacina HPV não é terapêutica.1,2 • Mulheres com infecção atual ou contraindicação ao uso da vacina.1,2 • Na presença de infecção ativa, a vacina HPV não interfere negativamente no curso da doença.1,2 • A vacina HPV pode ter papel no futuro contra:3 • • prévia pelo HPV não apresentam outras infecções (do tipo viral ainda não adquirido) contra a reinfecção pelo mesmo tipo viral da atual, após ela se negativar. 1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf . Acessado em 18/03/2015. 2. Associação Brasileira de Patologiado Trato Genital Inferior e Colposcopia. Rev Bras Patol Trato Genit Infer. 2012;2(2):97-100. 3. Olsson SE, Kjaer SK, Sigurdsson K et al. Evaluation of quadrivalent HPV 6/11/16/18 vaccine efficacy against cervical and anogenital disease in subjects with serological evidence of prior vaccine type HPV infection. Hum Vaccin. 2009 Oct;5(10):696-704. Considerações • Mulheres permanecem em risco de infecção e doença por novo HPV durante toda a vida sexualmente ativa. • As mulheres podem não gerar imunidade protetora com a infecção natural. • Os resultados dos estudos permitem supor que as vacinas induzem proteção prolongada, em que pese o tempo de experiência com as vacinas versus o tempo de desenvolvimento de lesões de alto risco pelos HPVs. • A resposta imune em mulheres mais velhas é satisfatória e sustentada, com níveis de anticorpos iguais ou superiores aos da infecção natural, apesar de não ser conhecido o correlato de proteção. • A vacinação de uma faixa etária mais ampla pode reduzir as taxas de infecção pelo HPV em geral, através de imunidade de rebanho. OBSERVAÇÃO Sempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de gravidez. Após a aplicação de vacinas de vírus vivos atenuados (tríplice viral, varicela e febre amarela), a mulher deve ser orientada a aguardar o prazo de um mês para engravidar. COMENTÁRIO 1. Mulheres mesmo que previamente infectadas podem se beneficiar da vacinação. E o sexo masculino? N° ESPERADO DE CASOS NOVOS / ANO DE CANCER ASSOCIADOS AO HPV EM HOMENS NA EUROPA Localização Prevalência de HPV no local (%) Prevalência de HPV 16/18 nos cânceres HPV + (%) Cabeça e Pescoço Cavidade oral Número esperado de casos de cancer atribuídos aos HPV 16/18 12.707 16% 68,2 / 34,1 3.221 Orofaringe 28,2% 86,7 / 2,8 4.567 Laringe 21,3% 69,2 / 17,0 4.919 Ânus 84,2% 87,1 / 6,2 1.699 Pênis 46,7% 60,2 / 13,4 1.091 TOTAL 15.497 Comparação do Impacto em ♂ e ♀ • 48.059 cânceres HPV 16/18 + / ano na Europa → 30% sexo masculino • Após o câncer cervical o impacto em homens, principalmente relacionado ao câncer de cabeça e pescoço 5x + frequente no sexo masculino • Subestimado potencial preventivo das vacinas Grupos especiais HSH e HIV + → Risco muito aumentado de VG, displasias e câncer anogenital ♂ e ♀ HIV + → tendência a infecção persistente, lesões pré – neoplásicas e neoplasias → VG são mais numerosas, atípicas, falhas terapêuticas mais frequentes Portanto: mais estudos em homens adultos pertencentes a esses grupos Ambas vacinas são imunogênicas, seguras e boa tolerância Sem interferência na contagem de células CD4 ou carga viral í Indivíduos previamente infectadosveis novos usos das vacinas HPV OBJETIVO: Avaliar potencial preventivo HPV4 para recorrência de NIA após tratamento PARTICIPANTES: 202 HSH / HIV negativos , ≥ 18 anos ( idade média = 40.4 anos) 3 doses de HPV4 “ off label” , histórico de NIA comprovada por biópsia e tratada RESULTADOS: • Vacinados ( n= 88 ) – 12 recidivas de NIA • Não vacinados ( n= 114) – 35 recidivas de NIA CONCLUSÃO: Análises estatísticas mostraram efetividade da HPV4 em reduzir recorrência de NIA após tratamento, por pelo menos 2 anos Vacinação após tratamento de NIA pode ser importante adjuvante na prevenção de recidivas ! Conclusões Homens também são vítimas do HPV ! Evidências de crescente aumento das patologias associadas ao HPV no sexo masculino Impacto das doenças em homens é maior do que o percebido, principalmente devido ao câncer de cabeça e pescoço Vacinas demonstraram segurança e imunogenicidade em homens de todas as faixas etárias estudadas, incluindo portadores do vírus HIV Comprovada eficácia da vacina HPV4 para prevenção de VG e lesões pré-neoplásicas e câncer anal em homens até 26 anos Análises custo/benefício desfavoráveis à vacinação em massa do sexo masculino. Porém, uso permitido para meninos e adultos jovens de 9 à 26 anos Para HSH e HIV + fortes evidências para se recomendar a vacinação CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO HOMEM Recomendações da SBIm 2015/16 A vacina HPV6,11,16,18 está licenciada e recomendada para meninos e jovens de 9 a 26 anos de idade. • Entretanto, homens com mais de 26 anos também podem ser beneficiados com a vacinação, sendo seu uso off label nessa faixa etária e ficando a critério médico sua indicação Possíveis novos usos das vacinas HPV Papilomatose de laringe ? Câncer de cabeça e pescoço ? Câncer de pênis ? Possíveis novos usos das vacinas HPV Estudos com vacina HPV4 em PL 1. Clinical trials. Effect of vaccination in patients with recurrent respiratory papillomatosis. Available from: http://www.clinicaltrials.gov/ct2/archive/NCT01375868 . Acesso em 23/02/2013. 2. Clinical trials. 4-valent HPV vaccine to treat recurrent respiratory papillomatosis in children. Available from: http://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT01995721?term=recurrent+papillomatosis&rank Acesso em:26/05/2014. 3.Estudo de vigilância de PRR na Austrália: HPV today:http://www.hpvtoday.com/revista2829/13-recurrent-respiratory-papillomatosissurveillance-post-licensure-of-hpv-vaccines.html Estudo em andamento - NIH Fase II → Human Papillomavirus Rescard The Mid - Adult Male Vaccine Study Homens 27-45 anos 4- VACINA HERPES ZÓSTER (atenuada) Por quê? Mundo está “envelhecendo”, aumentando risco de zóster >67% dos casos ocorre em maiores de 50 anos Vivendo até 85 anos – 50% de possibilidade de ter zóster Imunossenescência Queda da imunidade celular ao VVZ ↓ Aumento do risco de HZ e NPH Outras causas : - Doenças ou tratamentos: HIV , Doenças hematológicas malignas,Transplantes, QT , etc... - Stress cirúrgico, emocional, traumático Neuralgia Pós-Herpética (NPH) Dor que persiste por >3 meses após o início do rash cutâneo Fatores de risco: Idade mais avançada Dor na fase aguda Extensão do rash Localização (pior quando cranial) Atividade limitada e repouso no leito podem levar a desabilidade duradoura ou permanente ← Zóster Oftálmico ades mais avançadas HZ e a NPH afetam 4 âmbitos da qualidade de vida FÍSICO PSICOLÓGICO Fadiga Anorexia Perda de peso Insônia Mobilidade reduzida Inatividade física Depressão Ansiedade Estresse emocional Dificuldade de concentração Medo/fobia SOCIAL ATIVIDADES DIÁRIAS Vestir-se Tomar banho Comer Viajar Cozinhar Trabalhos domésticos Fazer compras Afastamento Isolamento Perda de independência Alteração no papel social Presença em menos encontros sociais HZ: herpes-zóster; NPH: neuralgia pós-herpética. 1. Johnson RW, Bouhassira D, Kassianos G, Leplège A, Schmader KE, Weinke T. The impact of herpes zoster and post-herpetic neuralgia on quality-of-life. BMC Med. 2010;8 VACINA • Vacina de vírus vivo atenuado → cepa OKA-Merck • Produto liofilizado • Conteúdo viral 14 x > que vacina isolada da varicela mínimo de 19400 pfu/dose • 0, 65 ml SC • Zostavax – Lab. Merck & Co. Licenciada EUA em maio/2006 Brasil em 2014, para maiores de 50 anos de idade. 57 Eficácia da Vacina - Idade HZ Idades 60 até 69 Idades 70 95% CI NPH BOI 0 20 40 60 80 100 Eficácia da vacina (%) v211ACM.Vbar1a Dec. 6, 2005 58 Para quem e quando Indicação Licenciada para indivíduos com idade ≥ 50 anos Rotina após os 60 anos Contraindicação - Hipersensibilidade aos componentes, incluindo gelatina e neomicina - Imunocomprometidos Imunodeficiência primária e adquirida Uso de tratamento imunossupressor (incluindo doses elevadas de corticosteroides) - Gestantes -Tuberculose ativa não tratada 59 Uso em imunodeprimidos * ACIP/CDC Segura em imunodepressão moderada Ex: HIV+ com CD4 ≥ 200 cels/mm3 Artrite reumatóide ou psoríase em uso de doses não elevadas de methotrexate, corticoide, anti-TNF * Cepa vacinal sensível a aciclovir SBIm Uso em imunodeprimidos: a vacina não deve ser empregada em indivíduos com estado de imunodeficiência primária ou adquirida ou em uso de terapêuticas em posologias 60 consideradas imunossupressoras. Vacinação em indivíduos com história de HZ no passado Estudo que acompanhou cerca de 1.700 indivíduos por período médio de 7,5 anos após o 1º episódio de herpes-zóster mostrou taxa de recorrência de 6,2%1. A taxa de incidência da recorrência de herpes-zóster é similar a taxa de incidência para o primeiro episódio1. VACINA Tolerância boa, similar àquela observada em indivíduos sem história de zóster prévio Boa resposta imunológica: após 4 semanas ; duplicação do nível de anticorpos. Intervalo recomendado: 6 -12 meses Herpes Zóster Site para consultas sobre vacinas: www.sbim.org.br [email protected] Composição: HPV 6,11,16,18,31,33,45,52,58 90% dos cânceres cervicais 80% lesões pré-neoplásicas de alto grau 97% eficácia para doenças pré neoplásicas em colo uterino, vulva e vagina causadas pelos tipos 31,33,45,52,58 96% eficácia para infecção persistente por 6 meses para HPV 31,33,45,52,58 Resposta imune não inferior aos HPV 6,11,16,18 comparativamente com HPV4 Segurança: Eventos adversos ≈ entre HPV9 e HPV4: - frequência maior de rçs locais com HPV9 - dor, eritema, edema - Frequência um pouco maior de rçs sistêmicas – cefaleia, febre,mialgia,náusea,fadiga
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