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Islãmismo
“ A força do Islamismo está no fato de que é uma religião extremamente acessível.
Não há hierarquia, a fé pode ser praticada em qualquer lugar...” - Frei Betto,
católico
Nota
Este material foi desenvolvido tão somente com a finalidade de estudo e
conhecimento do Islamismo e suas vertentes e foi produzido tendo por
base sites, notícias e citações de outras fontes, sendo todas devidamente
referenciadas no final deste material em “Referências”. Estão previstas
alterações de dados aqui expostos, desde a formulação e
disponibilização deste material. É proibida a venda e comercialização
deste material ou o uso deste para finalidades que não sejam o estudo e
conhecimento do islamismo, e o infrator responsável por responder em
todas as instâncias pelos atos cometidos.
2
Índice
Introdução............................................................................................................................................................................4
O Significado.......................................................................................................................................................................5
Crença.................................................................................................................................................................................5
Alcorão.................................................................................................................................................................................6
Meca....................................................................................................................................................................................6
Maomé.................................................................................................................................................................................6
Xiitas x Sunitas....................................................................................................................................................................8
O que é um califado? .........................................................................................................................................................9
Mesquitas..........................................................................................................................................................................10
O Fundamentalismo islâmico............................................................................................................................................11
Jihad..................................................................................................................................................................................12
Guerra Santa.....................................................................................................................................................................12
Os Grupos Radicais..........................................................................................................................................................13
Hamas...............................................................................................................................................................................13
Jihad Islâmica...................................................................................................................................................................13
Brigada dos Mártires de Al-Aqsa......................................................................................................................................14
Hezbollah..........................................................................................................................................................................14
Al-Qaeda...........................................................................................................................................................................15
Boko Haram......................................................................................................................................................................15
Estado Islâmico.................................................................................................................................................................16
Taliban...............................................................................................................................................................................17
Ritos Islâmicos..................................................................................................................................................................18
Apedrejamento do Demônio..............................................................................................................................................18
A Oração...........................................................................................................................................................................18
Preparando-se para orar...................................................................................................................................................18
Orando na Mesquita..........................................................................................................................................................20
Zakat..................................................................................................................................................................................21
O Jejum.............................................................................................................................................................................21
A isenção do Jejum...........................................................................................................................................................22
A Noite do Decreto - Lailatul Qadr....................................................................................................................................22
Peregrinação.....................................................................................................................................................................23
O Islamismo e o Cristianismo...........................................................................................................................................23
Como ministrar aos muçulmanos.....................................................................................................................................27
Cronologia........................................................................................................................................................................28
Glossário..........................................................................................................................................................................33
Referências......................................................................................................................................................................40
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Introdução
O Islamismo é uma religião monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos
de Maomé, e que recebeu revelações do Arcanjo Gabriel. Tem
aproximadamente 1500 anos, e é tão antiga quando o cristianismo Além disso,
os muçulmanos também dão ênfase aos dogmas da oração, jejum no mês
de Ramadã, peregrinação em Meca e o estudo do Alcorão.
O mundo muçulmano na idade média foi o centro das pesquisas científicas, e
destacou-se no desenvolvimento da matemática, arquitetura, astronomia,
navegação, medicina. Os árabes introduziram o papel na Europa e inventaram
o arco ogival, sem o qual os europeus cristãos não poderiam construir as
catedrais góticas. Enviaram o damasco, açúcar e arroz para a Europa.
Os números romanos, de difícil manuseio para cálculos, foram substituídas
pelos algarismos arábicos (1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) que são usados até hoje pela
maioria dos países do mundo.
Os árabes introduziram também na Europa, a idéia hindu do zero, e a idéia de
arranjarem os números no sistema decimal.
Estima-se que cerca de 1.300.000.000 (um bilhão e trezentos milhões um
bilhão e quinhentos milhões) da população mundial sejam muçulmanos. É uma
das religiões que mais cresce.
4
Significado
O Islam é uma palavra de origem árabe (verbo: islãm) e implica submissão,
entrega e obediência voluntária.
A palavra Muçulmano também tem origem árabe (muslim) e significa
“submisso”. É todo o indivíduo que adere ao Islão.
Segundo o site Mundo Islâmico: “O Islam significa completa submissão
voluntária a Deus, outro significado literal da palavra Islam é Paz, e isto
significa que só se pode encontrar a paz física e mental através da submissão
e obediência voluntária a Deus o Altíssimo. Muçulmano é todo aquele que se
submete a Deus de livre e espontânea vontade. Um Muçulmano vive em paz e
harmonia com toda a criação, por conseguinte, um Muçulmano é a pessoa que
em qualquer parte do mundo, faça com que toda a sua obediência, dedicação e
lealdade, sejam exclusivamente para Deus o Senhor do Universo”.
Crença
Os muçulmanos crêem em um único Deus; nos Anjos; nos profetas que
trouxeram revelações de Deus a humanidade; no fim do mundo; no juízo final,
onde todos prestarão contas de seus atos a Deus. Deus tem autoridade no
destino do homem e na sua morte.
Os profetas que os muçulmanos crêem serem portadores das revelações de
Deus são; Adão, Noé, Abraão, Ismael, Isaac, Jacó, José, Jó, Moisés, Arão,
Davi, Salomão Elias, Jonas, João Batista e Jesus Cristo. O último profeta de
Deus é "Mohammad", que revelou as verdades de Deus por intermédio do Anjo
Gabriel.
"Alah" é a palavra árabe que designa Deus por isso os católicos nas missas em
árabes, assim como protestantes em seus cultos árabes, usam esta palavra
quando se referem à Deus.
O Islamismo proíbe o consumo de carne de porco, drogas (produtos que
causam dependências), O consumo de bebida deve ser saudável e é uma
obrigação levar a vida saudável.
Os muçulmanos acreditam que esta vida é uma provação para uma próxima
vida no reino de Deus.
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Alcorão
Alcorão ou Corão é o livro sagrado do Islã. Esta palavra deriva do árabe e
significa declamar ou recitar.
Os muçulmanos veneram o livro sagrado
Alcorão acima de todos os outros livros e, em
geral, da maioria das outras coisas pois
acreditam que contém a última mensagem
revelado por Deus à humanidade.
O Alcorão trata de assuntos relacionados com o ser humano; lei, sabedoria,
doutrinas, rituais. Mas o tema principal é o relacionamento de Deus com todo o
povo humano. O Alcorão também orienta para a criação de uma sociedade
mais justa, conduta humana descente e um sistema econômico com
fundamentos sociais.
Os muçulmanos acreditam que o Alcorão deve ser mantido na prateleira mais
alta da casa para representar o seu lugar acima dos outros livros, não devem
deixá-lo aberto quando terminarem de lê-lo, nunca devem molhar os dedos
com saliva para virar suas páginas, e não devem deixá-lo em seu colo. Muitas
regras para lidar com o Alcorão são derivadas de ideias islâmicas de pureza.
O Wudu* é um processo de limpeza em preparação para a oração e deve ser
legitimamente realizado antes de alguém tocar ou carregar o Alcorão (ou tocar
ou realizar qualquer coisa que contenha o Alcorão). Além disso, muitos
muçulmanos acreditam que mulheres devem abandonar a leitura do Alcorão
durante o ciclo menstrual, porque esse não é um período “limpo”.
*leia mais sobre o Wudu, mais abaixo, em Preparando-se para orar na área de Ritos Islâmicos,
pág 18.
Meca
Cidade na Arábia Saudita localizada entre as montanhas, o deserto e o ponto
de passagem da rota das caravanas. É um importante centro religioso, pois
abriga a Caaba, construção em forma de cubo onde estava a pedra negra
sagrada, considerada de origem divina. Cidade natal de Mohammad (Maomé).
Maomé
Mohammad (Maomé) nasceu em Meca, na Arábia Saudita, no ano de 570 d.C.
Seu pai, Abdalá faleceu em uma batalha antes de seu nascimento, e sua mãe,
Amina morreu quando ele tinha cerca de 6 anos (alguns historiadores
acreditam que ela teria morrido semanas após o nascimento de Maomé), com
isso seu tio Abu Talib pertencente à tribo de Coraix, tomou sua guarda.
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Mohammad tornou-se condutor de caravanas que atravessavam o deserto, era
considerado um valioso auxiliar de seu tio.
Naquela época, os árabes praticavam uma forma de
adoração a Deus centralizada no vale de Meca, no
local sagrado da Caaba, uma construção simples em
forma de cubo, onde se reverenciava um meteorito
negro. Na tradição Islâmica, a "Caaba foi originalmente
construída por Adão segundo protótipo celestial e
depois do dilúvio reconstruída por Abraão e Ismael".
Acabou tornando-se santuário de ídolos, um para cada
dia do ano lunar.
Com o passar dos anos, e à medida que ia crescendo, Mohammad (Maomé)
passou a ser conhecido pela sua sinceridade, generosidade e probidade, de tal
maneira que era procurado pela sua capacidade de arbitrar disputas. Ele
apresentava uma personalidade calma e meditativa. Sua natureza era
profundamente religiosa. Detestava a decadência de sua sociedade.
Aos 25 anos casou-se com a prima Khadija, e tiveram quatro filhos, mas três
morreram ainda crianças, vítimas do calor do deserto. Sobreviveu a última, que
se chamava Fátima.
Forte era o seu descontentamento com a religião árabe, o politeísmo, o
animismo idólatra, a imoralidade nas assembléias e quermesses religiosas, a
bebedeira, a jogatina e as danças que estavam na moda. Mohammad
condenava também o sepultamento em vida de bebês do sexo feminino
indesejados, praticados não apenas em Meca mas em toda a Arábia Saudita.
No âmbito político incomodava-se com as incessantes rixas por causa de
confessos interesses de religião, honra e poder entre os chefes de sua tribo.
Aos 40 anos de idade, quando estava em um retiro meditativo, Maomé recebeu
sua primeira revelação por intermédio do Anjo Gabriel.
Diz a tradição Mulçumana:
"Durante sua meditação, Mohammad recebeu ordem de um Anjo, mas tarde
identificado como Gabriel, para que recitasse em nome de Deus. Mohammad
não obedeceu, de modo que o anjo agarrou-o e comprimiu-o tanto que
Mohammad não pode suportar. Então o anjo repetiu a ordem e novamente
Mohammad não respondeu, de modo que o anjo sufocou-o novamente. Isto
ocorreu três vezes, depois o que Mohammad começou a recitar, veio a ser
considerado como a primeira duma série de revelações que constituem o
Alcorão."
Segundo uma outra tradição, "a inspiração divina foi revelada a Mohammad em
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forma de soar de uma campainha."
Supostamente as primeiras revelações que Mohammad recebeu foram os
primeiros cinco versículos da surata , intitulada AL'ALAC, "O Coágulo (de
sangue)".
Al'Alac diz:
"Em nome de Deus, Clemente, Misericordioso.
Lê em nome de teu Senhor que tudo criou;
Criou o Homem de um coágulo.
Lê que Teu Senhor é generoso,
que ensinou o uso do cálamo,
ensinou ao homem o que este não sabia."
Essas revelações seguiram-se por 23 anos aproximadamente, de 610 d.C até
sua morte 632 d.C.. E o conjunto destas revelações é conhecida como
Alcorão. Somente após a morte do profeta que o Alcorão assumiu a sua forma
atual, sob a direção dos sucessores e companheiros do Profeta e a
comunidade islâmica começou a se dividir em duas correntes principais. Os
Sunitas ou sunni (aqueles que seguem os costumes ,"Sunna" de Mohammad)
Escolheram para suceder o Profeta Abu Bakr e os Xiitas. Achavam que o
sucessor de Mohammad deveria ser seu parente mais próximo, seu primo e
genro, Ali.
Xiitas x Sunitas
Vista como umas das mais significativas divisões do mundo islâmico, xiitas e
sunitas aparecem em diversos noticiários sem uma devida explicação que
possa esclarecer as dúvidas do grande público. Vemos que essa divisão é de
suma importância para que seja possível entender a história de uma das mais
importantes religiões existentes no mundo.
Xiitas - é uma seita do Islamismo, que significa "partidários de Ali". Os xiitas
consideram Ali (o primo e genro do profeta Maomé) o sucessor legítimo da
autoridade islâmica.
Os xiitas estão presentes em vários países do mundo, mas existem alguns
onde eles são maioria, como o Irã, Iraque, Paquistão, Arábia Saudita, Bahrein,
Líbano, Azerbaijão, Iêmen e outros e estão divididos em várias seitas (zaiditas
no Iêmen, ismaelitas no Irã e na Índia, imanitas na Síria) e são muito
numerosos, sobretudo no Irã.
Sunitas - O oposto do xiita. Os sunitas acreditam que Maomé não tinha
herdeiro legítimo, e que o sucessor deveria ser eleito com uma votação entre
as pessoas da comunidade islâmica. A maioria dos muçulmanos é sunita. Os
maiores conflitos entre as seitas são conflitos políticos, e os sunitas são
conhecidos por seus protestos anti-governamentais e carros-bomba.
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O que é um califado?
Depois da morte do profeta Maomé, em 632, seus seguidores concordaram
com a criação do califado, que significa sucessão em árabe, como um novo
sistema de governo.
O califa é literalmente o sucessor do profeta como chefe da nação e líder da
'umma', comunidade de muçulmanos, e tem o poder de aplicar a lei islâmica
(sharia) na terra do Islã.
Uma eleição em duas etapas escolheu o primeiro califa: os representantes das
comunidades muçulmanas o designaram antes que seu nome fosse proposto
ao povo para que lhe jurasse lealdade.
No entanto, desde o primeiro dia, existe uma disputa entre os muçulmanos
sobre o conceito de califado, que se mantém principalmente como um sistema
sunita. Os xiitas acham que o primo e genro de Maomé, Ali Ibn Abi Talib, e
seus descendentes têm o direito divino de dirigir os muçulmanos depois da
morte do profeta.
A expansão do território do Islã sempre representou uma parte do papel do
califado. Por exemplo, em seu apogeu, o Império Otomano abarcava o Oriente
Médio e o norte da África, o Cáucaso e partes do leste da Europa.
Para os muçulmanos mais fervorosos, o califado durou até sua abolição na
Turquia em 1924, como consequência do desaparecimento do Império
Otomano depois da Primeira Guerra Mundial.
No entanto, acredita-se que o califado tenha durado apenas três décadas,
durante o governo dos primeiros quatro sucessores de Maomé, conhecido
como os Quatro Califas Bem Guiados ou os Quatro Califas Ortodoxos.
Atualmente o Islã político defende a sharia (lei islâmica) como um sistema de
vida, incluindo a política.
O fundador da Irmandade Muçulmana, Hassan al Bana, considerava o califado
um símbolo da unidade islâmica e seu restabelecimento era o objetivo da
organização, apesar de afirmar que o califado deveria ser precedido por um
acordo de cooperação entre os estados muçulmanos.
O Hizb ut Tahrir (Partido da Libertação) é um grupo pan-islâmico, que defende
a unificação dos países muçulmanos sob um califado.
"O grande sonho da Al-Qaeda era a criação de um Estado Islâmico desde os
atentados de 11 de setembro", segundo Mustafá al Ani.
Para manter-se, o califa deve "acabar com outros grupos islamitas que não
sejam leais, castigar qualquer tentativa de insurreição popular, reforçar
capacidades defensivas e generalizar os tribunais islâmicos", concluiu.
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Mesquitas
São as construções reservadas para as orações dos muçulmanos.
Na ilustração abaixo, destacamos alguns dos lugares mais importantes em
uma mesquita:
Mihrab: É um nicho côncavo, para onde se volta na prece. Indica a direção de
Meca.
Maddjid: Salão de Oração, o termo significa “local onde se ajoelha”.
Geralmente é ornada de versos e tapetes
Domo: A cúpula é uma criação da arquitetura que remota à Síria bizantina do
século 5.
Miranete: Torna o templo visível, ajudando a chamar os fiéis.
Mirrante: Local onde existe uma fonte para o ritual de purificação.
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O Fundamentalismo islâmico
Do ponto de vista teológico, o fundamentalismo é uma manifestação religiosa
onde os praticantes de uma determinada crença promovem a compreensão
literal de sua literatura sagrada. Não se limitando à realidade do mundo
oriental, o fundamentalismo religioso aparece entre alguns grupos cristãos que
empreendem uma compreensão literal da Bíblia. Entre os muçulmanos, este
tipo de manifestação apareceu somente no início do século XX.
A vertente política do fundamentalismo passou a se organizar entre os
muçulmanos quando alguns estudiosos e líderes fabricaram uma visão de
mundo calcada em ideologias contemporâneas e interpretações particulares do
passado. No geral, observamos que os líderes fundamentalistas do Islã
reivindicam toda uma ordem de símbolos tradicionais na construção de
políticas externas e formas de organização dos governos que fazem parte do
mundo islâmico.
Contraindo a impressão de muitos, o
movimento fundamentalista islâmico não
possui o “horror ao Ocidente” e o “combate
aos Estados Unidos” em sua gênese. A ação
destes grupos aconteceu primordialmente na
década de 1950, quando autoridades norteamericanas se mostravam visivelmente
preocupadas com a ascensão de “populistas
de esquerda” no Oriente Médio. Nessa
época, os EUA temiam que algumas nações árabes integrassem o bloco
socialista e, com isso, ameaçassem a indústria petrolífera.
Entre as décadas de 1950 e 1990, a associação entre os EUA e os grupos
fundamentalistas esteve no epicentro de alguns fatos históricos. No governo do
ditador Sukharno, mais de um milhão de comunistas indonésios foram
assassinados pelos militantes do Sarakat-para-Islã. Em outras nações, como
Síria e Egito, esse mesmo tipo de apoio logístico e militar foi empregado pelos
norte-americanos para que os governos de esquerda perdessem seu respaldo.
O bom relacionamento com os fundamentalistas deu seus primeiros sinais de
crise nos fins da década de 1970. No ano de 1979, os EUA forneceram armas
e treinamento para que grupos afegãos lutassem contra os invasores
soviéticos. Em contrapartida, naquele mesmo ano, os iranianos
fundamentalistas derrubavam o governo apoiado pelos norte-americanos por
meio da revolução. Nas décadas subsequentes, os Estados Unidos financiaram
a chegada dos talibãs ao governo do Afeganistão.
Nesse momento, vários grupos fundamentalistas defendiam a tese de que os
EUA promoviam as intervenções e alianças que se ajustassem melhor a seus
interesses. Desse modo, a antiga aliança foi se transformando em uma relação
de ódio em que os “terroristas” confrontavam o poder do “demoníaco império
11
do Ocidente”. Em 2001, essa rivalidade chegou ao seu ápice quando os
integrantes da organização Al-Quaeda organizaram o ataque às torres do
World Trade Center.
Ao expor as relações entre a ascensão dos grupos radicais islâmicos e a
política externa norte-americana, podemos notar que a questão religiosa tem
função quase acessória. A ideia de que o islamismo em si fomenta essa
situação de conflito renega todo um conjunto de situações construídas ao longo
do século XX. Com toda certeza, o problema do terrorismo hoje enfrentado
pelos EUA decorre de políticas e ações diplomáticas equivocadas.
Jihad
Termo árabe que significa “luta”, “esforço” ou empenho. É considerado um dos
pilares da fé islâmica, que são deveres religiosos destinados a desenvolver o
espírito da submissão a Deus.
O termo jihad é utilizado para descrever o dever dos muçulmanos de
disseminar a fé muçulmana. É também utilizado para indicar a luta pelo
desenvolvimento espiritual.
O conceito de jihad tem dois significados para a religião muçulmana: a luta pela
melhoria pessoal sob as leis do islamismo e a luta em busca de uma melhor
humanidade, por meio da difusão da influência do islamismo e com o esforço
que os muçulmanos devem fazem para levar a religião islâmica para um maior
número de pessoas.
Ao contrário do que muitas vezes é dito, jihad não significa uma guerra santa
porém existem grupos extremistas que usam métodos violentos para
transmitirem as suas ideias, mesmo esse não e o conceito original de jihad.
Guerra Santa
O fenômeno do fanatismo está presente em todas as religiões (bem como em
ideologias não-religiosas, como o marxismo).
A “guerra santa” é um recurso extremista usado pelas religiões monoteístas, ao
longo da história, para proteger seus dogmas ou seus lugares sagrados. Esse
recurso é usado também como estratégia geopolítica de expansionismo das
civilizações. As principais guerras santas, já travadas ao longo da história,
tiveram origem no Cristianismo, por meio das Cruzadas e no Islamismo.
12
Os Grupos Radicais
As principais facções terroristas palestinas, seus líderes e objetivos.
Hamas
Fundador: Ahmed Yassin (morto em 2004)
Características: grupo com um braço militar e
outro político. O político, que faz trabalhos sociais
em campos de refugiados, ascendeu ao poder a
partir de 2006. O militar foi o primeiro a usar
homens-bomba na região, em 1992.
Objetivo: destruir Israel e criar um Estado
islâmico na região, sob o controle dos palestinos.
Efetivo: entre 200 e 300 militantes no braço armado. Milhares de simpatizantes
no braço político.
Tem facilidade em recrutar voluntários devido à popularidade que tem entre os
palestinos apesar de não ser considerado como um típico grupo terrorista por
alguns analistas, o Hamas — sigla em árabe para “Movimento de Resistência
Islâmica” — é temido pela maioria das organizações internacionais e Estados,
sendo por isso classificado como tal. Ele atua nos territórios da Palestina, tendo
como objetivo a destruição do Estado de Israel e a consolidação do Estado da
Palestina. O seu braço armado é uma frente chamada de Al-Qassam, além de
configurar-se também como um partido político que, inclusive, venceu as
eleições em 2006 e que hoje controla a Faixa de Gaza. Países apoiadores do
Hamas, como Turquia e o Qatar, não consideram o grupo como uma entidade
terrorista, mas sim uma frente política legítima.
Jihad Islâmica
Líder: Ramadan Shallah, ex-professor da
Universidade do Estado da Flórida.
Características: é a mais independente das
facções extremistas. Recebe financiamento
principalmente do Irã.
Objetivo: destruir Israel e criar um Estado
islâmico na região, sob o controle dos
palestinos.
Efetivo: em 2006, tinha só algo entre setenta e 100 terroristas. Tem dificuldade
para recrutar colaboradores por contar com apoio restrito da população.
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É uma organização palestina nacionalista, de orientação fundamentalista, que
surgiu na década de 70, na Faixa de Gaza, criada por estudantes egípcios que
achavam a Irmandade Muçulmana moderada demais e não comprometida com
a causa palestina. Seu objetivo é destruir Israel e criar um Estado islâmico na
região, sob o controle dos palestinos.
O grupo extremista é a mais independente das facções muçulmanas e conta
com o apoio restrito da população. Seu líder
espiritual é Abd al-Aziz.
Brigada dos Mártires de Al-Aqsa
Líder: Marwan Barghouti é a principal cabeça do
movimento , embora tenha sido preso por Israel
em 2002, pelo assassinato de cinco israelenses
em ataques.
Características: em tese, é uma dissidência do grupo do antigo líder Yasser
Arafat, o Fatah. Surgiu após o fracasso das negociações de paz e em 2006 já
respondia por cerca de 70% dos atentados contra israelenses.
Objetivo: assustar os israelenses de modo a obter novas concessões em
negociação de paz.
Efetivo: contava com cerca de 1.000 homens, em 2006.
São uma coligação de milícias palestinas na Cisjordânia. O nome do grupo faz
referência à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental. Diferentemente de
outros grupos militantes palestinianos, como o Hamas, as brigadas não
são fundamentalistas islâmicas.
Hezbollah
Líder: Xeque Hassan Nasrallah
Características: grupo fundamentalista xiita do
Líbano que existe desde 1982. Foi criado para
combater as tropas israelenses que ocupavam o
sul do país. É sustentado pelos iranianos e apóia
a causa palestina.
Objetivo: criar um Estado islâmico no Líbano, destruir o Estado de Israel e
transformar Jerusalém numa cidade totalmente muçulmana
Efetivo: em 2006, tinha 800 combatentes ativos e 2.000 reservistas
É uma organização com atuação política e paramilitar fundamentalista
islâmica xiita É uma força significativa na política libanesa, responsável por
diversos serviços sociais, além de operar escolas, hospitais e
serviços agriculturais para milhares de xiitas libaneses.4 É considerado
14
um movimento de resistência legítimo por grande parte do mundo
islâmico e árabe. Recebe ajuda financeira do Irã e da Síria, além de doações
de libaneses e de outros xiitas pelo mundo.
Al-Qaeda
Líder: Ayman al-Zawahiri
Características: Ela é majoritariamente composta
por muçulmanos fundamentalistas, constituída por
células colaborativas e independentes que visam
reduzir a influência não-islâmica sobre assuntos
islâmicos.
Objetivo: Erradicar a influência ocidental sobre o mundo árabe.
Efetivo: Entre 500 e 1.000 militantes
Criada por Osama Bin Laden, em 1989 e com nome que significa “a base” em
árabe, essa é a organização terrorista mais conhecida do mundo, sobretudo
em razão dos atentados às torres do World Trade Center, em 11 de setembro
de 2001. Foi criada para defender o território do Afeganistão contra a URSS,
que buscava expandir o domínio socialista sobre o país. Inicialmente essa
organização contava com o apoio dos EUA, mas rompeu relações com esse
país no início da década de 1990.
Atualmente, a Al-Qaeda possui bases em vários países (Somália, Argélia,
Líbia, Chade, etc.), suas ações terroristas ocorrem em nações ocidentais e em
países muçulmanos que apoiam os Estados Unidos, como, a Arábia Saudita, a
Turquia e a Indonésia.
Boko Haram
Líder: Abubakar Shekau, Mohammed Yusuf (morto)
Características: O Boko Haram é também uma
organização antiocidental que fundada em 2002.
Objetivo: Implantar a sharia (lei islâmica) , combate a corrupção do governo, a
falta de pudor das mulheres, a prostituição e outros vícios. no território da
Nigéria.
Efetivo: Entre 7 000 e 10 000 combatentes.
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O significado do seu nome é “a educação não islâmica é pecado”, sendo às
vezes traduzido também como “a educação ocidental é pecado”.Ganhou
notoriedade maior em 2014 com o sequestro de centenas de jovens, além de
uma série de atentados que resultou em uma grande quantidade de mortes. Os
atentados mais radicais iniciaram-se em 2009, quando o então líder e fundador,
Mohammed Yusuf, foi assassinado pela polícia nigeriana.
Culpam os cristãos e a cultura ocidental pelos males existentes e pela
tentativa de ensinar algo a mulheres e meninas.
Estado Islâmico (EIIS)
Líder: Ibrahim Awwad Ibrahim Ali al-Badri alSamarrai (ou Abu Bakr al-Baghdadi)
Características: O Estado Islâmico no Iraque e na
Síria (EIIS) é um grupo terrorista jihadista que age
nos dois referidos países, tendo surgido em 2013
como uma dissidência da Al-Qaeda, inspirando-se
nesse grupo.
Objetivo: A criação de um emirado islâmico abrangendo os territórios da Síria
e do Iraque.
Efetivo: Entre 5 mil e 6 mil combatentes no Iraque e entre 6 mil e 7 mil na
Síria.
O Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL) atualmente chamado apenas de
Estado Islâmico (EI). Em abril de 2013, Bagdadi anunciou que o Estado
Islâmico do Iraque e a Frente Al-Nosra, um grupo jihadista presente na Siria, se
fundiriam para se converter no Estado Islâmico do Iraque e Levante, mas a AlNosra negou-se a aderir a este movimento e os dois grupos começaram a agir
separadamente até o início, em janeiro de 2014, de uma guerra entre eles.
Na Síria, a maioria dos combatentes em terra são sírios, mas seus
comandantes costumam chegar do exterior e lutaram em Iraque,
Chechênia, Afeganistão e em outras frentes. No Iraque, a maioria dos
combatentes são iraquianos. Muitos de seus chefes militares são iraquianos ou
líbios, enquanto os líderes religiosos são sauditas ou tunisianos.O EI também
conta com centenas de combatentes francófonos, como franceses, belgas e
magrebinos.
16
Taliban
Líder: Mohammed Omar
Características: Movimento fundamentalista islâmico nacionalista que se
difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão, a partir de 1994 e que,
efetivamente, governou o Afeganistão
entre 1996 e 2001
Objetivo: Atualmente, o objetivo do Talibã no
Afeganistão é recuperar seu território e expulsar
os invasores dos Estados Unidos e da OTAN.
Efetivo: Não há dados
Também conhecido como Taleban, Talibã ou Talebã, é um grupo político que
atua no Paquistão e no Afeganistão, também preocupado com a aplicação das
leis da sharia. O grupo comandou o Afeganistão desde 1996 até 2001, quando
os EUA invadiram o país após os atentados de 11 de setembro. Com a retirada
das tropas estrangeiras, o grupo vem fortalecendo-se e retomando o controle
de boa parte do território afegão.
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Ritos Islâmicos
Apedrejamento do Demônio
Em Muzdalifah, os peregrinos rezam durante o pôr-do-sol e a noite, recolhendo
pedras para a próxima fase do hajj: o ritual de apedrejar o demônio. Então, os
muçulmanos retornam à cidade de Mena, onde jogarão pedras em três pilares
que representam o mal.
A Oração
Salat, é o nome das orações obrigatórias que são praticadas cinco vezes ao
dia. No Islam não existe padres ou pastores, as orações são dirigidas por uma
pessoa que conheça o Alcorão e escolhido pela comunidade.
O significado de uma oração cantada cinco vezes por dia;
DEUS É MAIOR. DEUS É MAIOR.
DEUS É MAIOR. DEUS É MAIOR.
TESTEMUNHO QUE NÃO HÁ OUTRA DIVINDADE ALÉM DE DEUS.
TESTEMUNHO QUE NÃO HÁ OUTRA DIVINDADE ALÉM DE DEUS.
TESTEMUNHO QUE MOHAMMAD É O MENSAGEIRO DE DEUS.
TESTEMUNHO QUE MOHAMMAD É O MENSAGEIRO DE DEUS.
VINDE PARA A ORAÇÃO.
VINDE PARA A ORAÇÃO.
VINDE PARA A SALVAÇÃO.
VINDE PARA A SALVAÇÃO.
DEUS É MAIOR. DEUS É MAIOR.
NÃO HÁ OUTRA DIVINDADE ALÉM DE DEUS.
As orações são praticadas a alvorada, ao meio dia, no meio da tarde, ao
crepúsculo e à noite, determinando assim o ritmo do dia todo.
Preparando-se para orar
Antes de rezar, o muçulmano executa um ritual de limpeza e preparação para a
oração, utilizando-se de água. Em locais onde não há água, por
exemplo no deserto, a limpeza é feita simbolicamente. Este rito é chamado de
Wudu (ou Ablução).
18
ABLUÇÃO:
Ato de lavar-se com água antes de uma prece, simbolizando a purificação.


Antes de entrar na mesquita, retire os sapatos
Antes da ablução devemos ter consciência da oração e da intenção da
mesma. Comece lavando as mãos, repita este processo por três vezes.

Lave a boca com água, repita isto por três vezes.

Limpe as fossas nasais, utilizando-se da água.
 Lave a face por três vezes.

Lave o ante braço direito e esquerdo, repita isto três vezes

Limpe a cabeça; passa-se a mão direita em cima da cabeça até onde
termina o cabelo, de trás para a frente, uma única vez.

Limpe o ouvido com os dedos e atrás das orelhas, faça isto uma vez.

Lava-se a nuca, uma vez.

Lava-se os pés três vezes.
19
Orando na Mesquita
Voltado com a face para Meca; O mulçumano faz uma limpeza mental, afim de
desligar-se completamente do mundo e se concentrar no diálogo com Deus.
Em pé com as mãos nas orelhas ele diz;
"Allahu Akbar"
(Deus é supremo)
--- Então --Coloca sua mão esquerda sobre o peito e em cima sua mão direita, depois diz
silenciosamente;
"Glória e louvores para Deus; Louvado seja o seu nome; Exaltado seja sua
majestade.
Não há outro Deus senão Alah. Eu vim procurar proteção contra Satã, o
condenado"
Em seguida abre e recita um capítulo do Corão. Se desejar, recita outra
passagem do Corão.
RUKU
Com as mãos nos joelhos e encurvado-se para frente diz.
"Gloria seja Deus o Grande, louvado seja" ,
Repete três vezes.
QUIYAM
Em pé com as mãos e braços estendidos lateralmente, diz;
"Deus ouve aqueles que o glorifica. Oh Deus, todos os louvores são para Vós.
Deus de todas as coisas"
SUJUD
Prostrado de joelhos, com a testa, nariz, palma das mãos no chão. diz;
"Gloria para Meu Deus e Senhor, Deus de todas as coisas". repete três vezes.
Senta-se sobre as pernas.
Após uma pausa, repita o SUJUD
Sentado sobre as pernas diga; "Não há Deus maior"
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Zakat
Princípio do Islam que afirma; Todas as coisas pertencem a Deus, e que a
riqueza portanto está apenas confiada ao homem. Zakat significa, "purificação",
"crescimento"
As posses são purificadas com a separação de parte delas para os
necessitados. O próprio mulçumano calcula individualmente seu Zakat.
Geralmente fica em torno de 1 a 2 por cento do capital . Eles devem também
sempre que possível praticar a caridade (Sadaka).
O Zakat seria como o dízimo para os Cristãos, só que este tem destino final na
comunidade, e não igreja.
O Jejum
O Jejum no mês do Ramadan (9° mês do calendário islâmica que é lunar) é
obrigatório para todo muçulmano que tenha atingido a puberdade e que tenha
perfeita saúde física e mental. O jejum vai desde a alvorada até o pôr-do-sol,
abstendo-se de comida, bebidas e relações sexuais. Caso contrario devem
alimentar uma pessoa necessitada para cada dia não jejuado.
O Ramadan começa a cada ano 10 ou 11 dias mais cedo que o ano anterior.
Os versículos a seguir, falam da sua obrigatoriedade e explicam porque,
quando e como jejuar:
"Ó fiéis, vos está prescrito o jejum, tal como foi prescrito a vossos
antepassados, para que temais a Allah. Jejuareis determinados dias; porém,
quem de vós não cumprir o jejum, por achar-se enfermo ou em viagem, jejuará,
depois o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito sacrifício,
consegue cumpri-lo, vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um
necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório,
será melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo. O
mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a
humanidade e evidência de orientação e Discernimento. Por conseguinte,
quem de vós presenciar no dentro deste mês deverá jejuar; porém, quem se
achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Allah
vos deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias),
e glorificai a Allah por Ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais."
(Alcorão Sagrado 2:183-185).
21
A isenção do Jejum
A isenção do Jejum se dá nos seguintes casos:

Quando a pessoa estiver enferma: Caso a pessoa esteja doente, poderá
deixar de jejuar até se restabelecer ou, caso o médico ache que o jejum
dificulta a cura do paciente, ele também deverá parar o jejum até se
curar, devendo repor os dias não jejuados, quando estiver com boa
saúde.

O viajante: Quando a viajem tiver uma distância longa, fica na escolha
do viajante jejuar ou não. Isso vai depender de cada pessoa em analisar
se a viajem é cansativa e por isso será uma dificuldade para ele jejuar
ou não, devendo, da mesma forma que o item anterior, repor os dias não
jejuados.

A gestante e a lactante: Caso a mulher esteja grávida, ou amamentando,
e temer pelo seu bebê, estará isenta do jejum, devendo, da mesma
forma, repor os dias não jejuados, passado o período de gravidez ou de
amamentação.

O idoso: Que seja fisicamente incapaz de jejuar, para este o jejum não é
mais obrigatório, cabendo ao idoso, caso possua condições, dar, para
cada dia não jejuado, uma refeição a um necessitado, ou o valor
equivalente a esta refeição.

A mulher menstruada, ou em resguardo pós parto: Ela não jejuará até
que passe este período. Mesmo que ela queira, ou sinta que possa fazêlo, está-lhe vedado o jejum, e os dias não jejuados, deverão ser
repostos, passado o período.

No caso de uma doença incurável: A pessoa deixa de jejuar
definitivamente, tendo que dar uma refeição a um necessitado para cada
dia não jejuado, ou o equivalente ao valor de uma refeição, caso tenha
condições para tal, caso contrário não está obrigado.
A Noite do Decreto - Lailatul Qadr
A Noite Abençoada pode cair em qualquer um dos dias ímpares dos últimos
dez dias do mês de Ramadan, porém, todo muçulmano deve se esforçar na
busca por esta noite em todas as noites do Ramadan, particularmente nas dez
últimas.
Os servos de Allah devem passar estas noites em oração, lendo e refletindo
sobre o Alcorão. Devem fazer du’a (súplica) a Allah, pedindo a Ele Seu Perdão,
lembrando que a entrada no Paraíso será através da misericórdia de Allah, o
Misericordioso, o Perdoador.
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Peregrinação
A peregrinação anual a Meca é uma obrigação
para aqueles que são física e financeiramente
capazes.
Dois milhões de pessoas aproximadamente
vão a Meca cada ano, de toda a parte do
planeta. Os peregrinos vestem roupas simples,
para ficarem iguais perante Deus,
independente de classe social e cultura.
O Islamismo e o Cristianismo
O islamismo, o judaísmo e o Cristianismo, são religiões muito antigas e que
divergem em vários aspectos porém se assemelham em diversos outros.
O islamismo nasceu em oposição consciente ao cristianismo e ao judaísmo. É
uma religião militante e por muitos séculos usou, além da persuasão verbal, a
força das armas para se expandir, tal qual o Cristianismo outrora por intermédio
das curzadas.
Na imagem abaixo, temos alguns comparativos entre o Cristianismo e o
Islamismo.
23
Vida após a morte
Cristianismo : Cristãos estarão com o Deus no céu (Filipenses 1:21-24), em
nossos corpos ressuscitados (1 Coríntios 15:50-58). Os não cristãos serão
lançado no inferno para sempre (Mateus. 25:46).
Islamismo : Há uma vida após a morte (75:12) uma vida ideal no Paraíso
(29:64), para muçulmanos fiéis ou Inferno para os que não são.
Anjos
Cristianismo: Seres criados, não-humanos alguns dos quais, cairam em
pecado e tornaram-se demônios. Eles são muito poderosos. Os anjos que não
caíram levam a cabo a vontade de Deus.
Islamismo: Seres criados sem própria vontade que servem a Deus. Anjos são
criados da luz.
Reconciliação
Cristianismo: O sacrifício de Cristo na cruz (1 Pedro 2:24) por meio do Seu
sangue trorna-se o Sacrifício que leva embora a ira de Deus (1 John 2:2) do
pecador quando o pecador recebe (João 1:12), pela fé (Romanos. 5:1), o
trabalho de Cristo na cruz.
Islamismo: Não há nenhum trabalho de reconciliação no Islã diferente de uma
sincera confissão de pecado e arrependimento pelo pecador.
Bíblia
Cristianismo: Inspirada e formulada sem erros nos manuscritos originais
dados por Deus (2 Timóteo. 3:16).
Islamismo: Palavra respeitada dos profetas mas a Bíblia foi corrompida pelos
séculos e só é correta na medida em que concorda com o Alcorão.
Crucificação
Cristianismo: O lugar onde o Jesus expiou pelos pecados do mundo. Só por
este sacrifício que qualquer um pode ser salvo da ira de Deus (1 Pedro 2:24).
Islamismo: Jesus não morreu na cruz. Ao invés, Deus permitiu que Judas se
parecesse com Jesus e este fôsse crucificado ao invés.
Diabo
Cristianismo: Um Anjo caído que opõe a Deus de todos os modos. Ele
também busca destruir a humanidade (Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:13-15).
Islamismo: Íblis, um jinn caído. Jinn não são anjos nem homens, mas seres
criados com vontades próprias. Os Jinns foram criados do fogo, (2:268; 114:16).
24
Deus
Cristianismo: Deus é uma trindade de pessoas: Pai, Filho, e Espírito
Santo. A Trindade não são três deuses em um deus, nem uma pessoa que
tem três formas. Trinitarianismo é estritamente monoteístico. Não há nenhum
outro Deus em existência.
Islamismo: Deus é conhecido como Alá. Alá é uma pessoa, uma unidade
rígida. Não há nenhum outro Deus em existência. Ele é o criador do universo
(3:191), soberano acima de tudo (6:61-62).
Céu (Paraíso)
Cristianismo: O lugar onde Deus mora. Céu é a casa dos cristãos que são
salvados pela graça de Deus. É céu porque é onde Deus e os cristãos
desfrutarão amizade eterna com Ele.
Islamismo: Paraíso para muçulmanos, um lugar de alegrias inimagináveis
(32:17), um jardim com árvores e comida (13:35;15:45-48) onde são
conhecidos os desejos de muçulmanos fiéis, (3:133; 9:38; 13:35; 39:34; 43:71;
53:13-15).
Inferno
Cristianismo: Um lugar de tormento em fogo fora da presença de Deus. Não
há fuga do Inferno (Mateus 25:46).
Islamismo: Inferno é um lugar de castigo eterno e tormento (14:17; 25:65;
39:26), em fogo (104:6-7) para esses que não são os muçulmanos (3:131) bem
como esses que de quem o trabalho e a fé não são suficientes (14:17; 25:65;
104:6-7).
Espírito Santo
Cristianismo: Terceira pessoa da Trindade. O Espírito Santo é completamente
Deus em natureza.
Islamismo: O arcanjo Gabriel que entregou as palavras do Alcorão a
Muhammad.
Jesus
Cristianismo: Segunda pessoa da Trindade. Ele é a palavra que se tornou
carne (João 1:1, 14). Ele é Deus e homem (Colossenses. 2:9).
Islamismo: Um grande profeta, só sucede a Muhammad. Jesus não é o filho
de Deus (9:30) e certamente não é divino (5:17, 75)) e ele não foi crucificado
(4:157).
Dia do julgamento
Cristianismo: Acontece no dia da ressurreição (João 12;48) onde Deus julgará
todas as pessoas. Os cristãos vão para o céu. Todos os outros para o inferno
(Mateus. 25:46).
Islamismo: Acontece no dia da ressurreição onde Deus julgará todas as
pessoas. Muçulmanos vão para o paraíso. Todos os outros para o inferno
25
(10:53-56; 34:28). O Julgamento está baseado nas ações de uma pessoa
(14:47-52; 45:21-22).
Alcorão
Cristianismo: O trabalho de Muhammad. Não é inspirado, nem é considerado
como escritura. Não há nenhuma verificação precisa dos originais.
Islamismo: A revelação de Deus para todo gênero humano dada pelo arcanjo
o Gabriel para Muhammad num período de mais de 23 anos. Está sem erro e
resguardada de erros por Alá.
Homem
Cristianismo: Feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26). Isto não significa que
Deus tem um corpo, mas que o homem é feito como Deus em suas habilidades
(razão, fé, amor, etc.).
Islamismo: Não feito na imagem de Deus (42:11). O Homem é feito do pó da
terra (23:12) e Alá soprou o fôlego da vida no homem (32:9; 15:29).
Muhammad
Cristianismo: Um homem não inspirado nascido em 570 em Mecca que
começou a religião islâmica.
Islamismo: O último e maior de todos os profetas de Alá e o Alcorão é o maior
de todos os seus livros.
Pecado original
Cristianismo: Este é um termo que descreve o efeito do pecado de Adão nos
seus descendentes (Rom. 5:12-23). Especificamente, é nossa herança da
natureza pecaminosa de Adão. A natureza pecaminosa de Adão é passada de
pai para filho. Nós somos por natureza os filhos da ira (Efésios. 2:3).
Islamismo: Não existe nenhum pecado original. Todas as pessoas são sem
pecado até que eles se rebelem contra Deus. Elas não têm natureza
pecaminosa.
Ressurreição
Cristianismo: Reissurreição de todas as pessoas, são ressuscitados os não
cristãos para condenação e cristãos à vida eterna (1 Cor. 15:50-58).
Islamismo: Ressurreição, alguns para o céu, alguns para o inferno (3:77;
15:25;75:36-40; 22:6).
Salvação
Cristianismo: Um dom gratuito de Deus (Efésios. 2:8-9) para a pessoa que
acredita em Cristo e no Seu sacrifício na cruz. Ele é o nosso mediador (1
Timóteo. 2:5). nenhum esforço é de qualquer forma suficiente para merecer a
salvação desde que nossos esfoços são todos inaceitáveis a Deus (Isaías
64:6).
Islamismo: O perdão de pecados é obtido pela graça de Alá sem um
mediador. O muçulmano tem que acreditar que Alá existe, acreditar nas
26
doutrinas fundamentais do Islã, acredita que Muhammad é o profeta dele e
seguir os mandamentos de Alá contidos no Alcorão.
Filho de Deus
Cristianismo: O termo que define que Jesus é divino, entretanto ele não é o
filho literal de Deus no aspecto físico (João 5:18).
Islamismo: Literalmente um filho de Deus. Então, Jesus não pode ser filho de
Alá.
A Palavra
Cristianismo: "No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo
era Deus... e o verbo se tornou carne e habitou entre nós..." (João 1:1, 14).
Islamismo: A ordem de Alá que resultou em Jesus que foi formado no útero de
Maria.
Como ministrar aos muçulmanos
A fim de chegar melhor aos muçulmanos, é imperativo um conhecimento
profundo de seu Livro Sagrado. Além disso, é também importante que se
compreenda a melhor maneira de abordar aquelas pessoas. Com essa visão,
passamos a abordar os principais pontos dos ensinos do Alcorão e, em
seguida, fazemos sugestões para aqueles que se propõem a evangelizar o
mundo árabe.
O Alcorão menciona Jesus 93 vezes. Em geral tem uma atitude positiva para
com ele, mas nega fortemente Sua deidade, sua crucificação e sua
ressurreição. As passagens que contêm uma visão positiva de Jesus podem
ser usadas para gerar interesse em um muçulmano, para que ele conheça
mais sobre Jesus.
27
Cronologia
Fonte: Site “Mundo Islâmico”
570
Nasce, em Meca, o profeta Mohammad (Maomé)
595
Mohammad (Maomé) se casa com Khadija
611
O profeta começa a receber a revelação do Corão
622
Data que marca a Hágira (exílio, em árabe), início do calendário islâmico. Dose
anos após ter visto o Anjo Gabriel e lhe anunciar que fora escolhido por Deus
para ser seu último profeta. Mohammad deixa sua cidade natal, Meca, onde a
crença era politeísta e contra os ensinamentos islâmicos. Ele parte para
Medina, cidade onde ergue a primeira Mesquita.
630
Os discípulos do profeta conquistam Meca e Maomé retorna à sua terra
632-634: (califado de Abu Bakr)
Mohammad, que não tinha filho homens, morre sem deixar herdeiros. É
sucedido por Abu Bakr, que comanda a expansão do Islâmica por toda a
península árabe, Síria, Palestina e Pérsia. Após sua morte é sucedido por
Omar Ibn al Kahattab, que conquista o sul do Iraque e também o Egito.
634-644: califado de Umar, o segundo sucessor;
O texto do Corão é lançado
644
O Islã expande-se na África do Norte, Chipre e Armênia sob o califado de
Othman, que reorganiza uma frota para enfrentar o império Bizantino; Em 645
ele aprova a definição do texto do Alcorão, que havia sido iniciada por Omar.
644-656: califado de Uthman, o terceiro sucessor
656-661: califado de Ali, o quarto sucessor
661
A capital do Islã muda de Medina para Damasco, na Síria , com a fundação da
dinastia omíada. Os califados tornam-se hereditários.
680
Fundação do xiismo
711
Após a expansão no Oriente Médio e no Norte da África, Tariq Ibn Ziyad ataca
28
o sul da Espanha
750
Início da dinastia Abbasid que se estende até o ano de 1258
762
Fundação de Bagdá, para onde os abassídas mudam sua capital.
800-900
Texto das Hadith é compilado
909
Obais Alla al Mahdi funda a dinastia fatímida, que conquista o Norte da África,
Sicília e Gênova. Ela passa a explorar o comércio entre Europa e as Índias,
mas é extinta em 1171
912
Em Córdoba , Espanha, remanescente da dinastia omíada, derrotada em 750,
fundam um califado, que tem uma fase de esplendor até 1031, quando é
extinto pela guerra civil.
1085
Início da reconquista da península Ibérica, com a vitória cristã em Toledo e
depois em Saragoza (1118), Tolosa (1212), Córdoba (1236) e Sevilha (1248)
Os Cristãos atacam os Mulçumanos pela primeira vez
1095
O Papa católico Urbano 2º ordena a primeira cruzada. Jerusalém é
conquistada pelos cristãos no ano seguinte, e em 1099, o domínio se estende
para toda a Síria
o período das cruzadas cristãs vão de 1095 à 1270.
1174
Reconquista cristã de Lisboa por Afonso Henriques. A cidade havia sido
tomada pelos islâmicos em 1111 com Santarém, Évora e Porto. Início da
Segunda cruzada, contra as investidas turcas na Síria
1187
Após derrotar os fatídidás e retomar a Síria para o Islã, Saladino toma
Jerusalém. Início da Terceira Cruzada.
1258
Mongóis atacam Bagdá e põem fim aos abássídas.
1281
Com a derrota dos Turcos pelos Mongóis, a tribo dos otomanos tomam o poder
liderados por Osman. Seu filho Orkham e seu neto Murad 1º expandem o
29
Império Otomano para a Península do Bálcãs.
1380-1918
Império Otomano
1444
Murad 2º conquista Varna (Bulgária) e consolida o domínio da Sérvia, Polônia,
Transilvânia, Hungria e Albânia.
1453
O Império Bizantino é derrotado por Muhammad 2º, que consolida o império
Otomano com a tomada de Constantinopla. É o fim da Idade Média.
1492
As tropas católicas dos reis católicos Fernando e Isabel expulsam os últimos
muçulmanos da Espanha.
1502
A esquadra de Vasco da Gama chega à Índia e bombardeia Calicute. Os
mulçumanos se rendem aos portugueses, que inicia o domínio do Oceano
Índico.
1529
Viena é cercada por tropas otomanas, mas não é derrotada. esse foi o máximo
avanço de Suleimã, o Magnífico.
1571
Derrota Naval otomana em Lepanto abala o poderio do império no
Mediterrâneo.
1578
Sebastião rei de Portugal morre em combate contra os mouros na batalha de
Alkácer Kibir, no Marrocos.
1654
Concluída a construção do Taj Mahal
1718
Derrotados pelos Austríacos, os otomanos são forçados a deixarem a Hungria.
1789
Napoleão ocupa o Egito. em 1830, a França volta a invadir a África, na Argélia
e em 1881 na Tunísia.
1815 à 1900
Os católicos colonizam o norte da África e o Oriente Médio
1857
Os ingleses põem fim a 322 anos da dinastia mongol na Índia
30
1901
Árabes liderados por Ibn Saund expulsam otomanos de Riad.. A França
domina Marrocos.
1915
Otomanos massacram cerca de 1 milhão de armênios na Primeira Guerra
Mundial.
1916
Revolta árabe liderada pelo britânico Lawrence da Arábia força os otomanos à
retirada na Arábia.
1917
França e Inglaterra dividem a região do Oriente Médio com a retirada otomana
na primeira Guerra Mundial
1923
Turquia se transforma em uma República com Mustafá Kernal Ataturk.
1928
Fundada a Irmandade Muçulmana, primeiro grupo extremista
1930
Independência do Iraque, seguida em 1946 pela Jordânia, Síria e Líbano
1947
Islâmicos deixam a Índia após independência e fundam o Paquistão
1948
Fundação de Israel que rechaça invasão por grupos palestinos, Iraque, Líbano,
Jordânia e Egito.
1951
Independência da Líbia seguida por Marrocos, Tunísia e Sudão em 1956 e
Argélia em 1962
1964
Fundação da Organização para a libertação da Palestina (OLP). Em 1974 ela é
reconhecida pela a ONU
1967
Guerra dos 6 dias , Israel ocupa a Península do Sinai, Faixa de Gaza e
Cisjordânia.
1973
Guerra do Yom Kippur, Israel derrota Egito e Síria. Com o acordo de Camp
David, nos Estados Unidos, Israel devolve o Sinai ao Egito.
1979
A revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini no Irã. A URSS invade o
31
Afeganistão para manter aliados no poder, mas é obrigada pela guerrilha
islâmica a se retirar em
1988. Em Israel é desencadeado a revolta palestina nos territórios ocupados
1991
Guerra no Golfo, coalizão liderada pelos EUA ataca o Iraque e força seus
soldados a deixarem o Kuait
1993
Acordo de Oslo prevê retirada israelense da faixa de Gaza e o reconhecimento
de Israel pelos Palestinos
1996
Afeganistão fica sobre o controle do Talebã
1999
o Islamismo é considerada a religião mais praticada no mundo
2001
Bin Laden usando-se do fundamentalismo mulçumano dirige contra os EUA o
maior atentado terrorista que o país poderia sofrer. Ele se esconde no
Afeganistão com apoio do Talebã. EUA trava uma guerra contra o terrorismo. O
Talebã e derrotado. Cria-se um novo governo provisória no Afeganistão com o
apoio dos EUA e dos aliados. Bin Laden supostamente morre de doença.
Notas
A maioria dos países islâmicos apoiaram os EUA na investida contra o
terrorista Bin Laden . O mundo mulçumano está passando por grandes
transformações que inclui a ampliação dos direitos e liberdade e em assumir
um importante papel na globalização e na paz mundial.
2002
EUA acusa Irã de abrigar membros do Talebã. Intensificam-se os atritos entre
Israel e Palestina.
2003
EUA atacam o Iraque e derrubam o ditador Saddam Hussein; começa ofensiva
para democratizar o o Iraque
2005
Israel inicia a retirada de judeus colonos da faixa de Gaza.
2006
Israel ataca o Líbano por ter dois soldados seqüestrados pelo Hizbollah. Em
11/08/2006, ONU aprova Resolução para por fim à Guerra no Líbano. Dois dias
depois, Líbano e o Hizbollah também aceitaram a resolução.
32
Glossário
Fonte: Site “Mundo Islâmico”
Significado de palavras e identificação de nomes próprios usados no islamismo.
Abaya: espécie de casaco, manta de lã.
Abdála: pai de Mohammad.
Abu Bakr: primeiro califa e sucessor Mohammad, foi eleito pelos sunitas, era o
sogro de Mohammad.
Aiatolá: No Irã, é o título utilizado pela maior autoridade religiosa no islamismo.
Akhirah: Crença na vida após a morte, parte importante da fé islâmica
Alá /Alah: Palavra que significa "Deus" em árabe (não é o nome de um deus
diferente dos outros. É o mesmo que GOD em inglês, JEOVÁ em hebraico...)
Al-Baqee: principal cemitério em Medina.
Alcorão: Livro sagrado dos mulçumanos, o mesmo que "O Corão" em
português.
Ali ikn Ai Talib: primo e genro do profeta, quarto califa; caso-se com Fátima,
filha do profeta Mohammad.
Al-Idhtebaa: colocar a metade superior da vestimenta (rida') sob o braço direito
e a parte final sobre o ombro esquerdo durante o Tawaf.
Al-Ikhlas: capítulo 112 do Alcorão (Pureza da Fé).
Al-Kafirun: capítulo 109, do Alcorão (Aqueles que rejeitam a Fé).
Al-Marwah: o nome do colina onde o muçulmano começa o Sa'i.
Amina: mãe de Mohammad.
Arafah: a parada mais importante durante o Hajj, localizado além do santuário
de Muzdalifah.
Ar-Raml: caminhar rapidamente mas com passos pequenos durante os três
primeiras voltas do Tawaf.
Ar-Ramy: apedrejar. (referente aos pilares do demõnio)
Asr: oração da tarde
As-Safaa: nome da colina onde o muçulmano termina sua última volta do Sa'i.
33
Azan: Convocação à oração dos muçulmanos
Bismillah: "Em nome de Deus", verso usado pelos muçulmanos para pedir a
bênção divina. Aparece no início de quase todas as suratas do Corão
Burka: (burqa) Vestimenta feminina, que mantém o corpo, a face e as mãos
cobertas.
Caaba / Kaaba / Ka’bah: construção simples em forma de cubo, onde se
reverencia um meteorito negro, se encontra em Meca; acredita-se ser um
monumento construído originalmente por Adão e depois reconstruído por
Abraão. E o ponto focal das orações muçulmanas.
Califa: governante religioso e político. Em árabe significa "sucessor".
Originalmente usado para os sucessores de Maomé. A partir de 1258, perdeu a
importância e passou a ser usado como título político.
Caridjita: dissidente.
Cinco pilares do Islã: As obrigações que o muçulmano deve cumprir para
seguir sua fé
Coraix: tribo de Mohammad.
Coraixitas: relativo a Coraix, tribo de Mohammad.
Corão: O livro sagrado do Islã, com as revelações de Deus ao profeta Maomé
(a expressão "O Corão" em árabe se diz "Alcorão")
Dhuhr: a oração do meio-dia.
Dhul-Hijja: o décimo segundo mês do calendário islâmico.
Din: A religião e o estilo de vida do Islã
Eid: celebração para os muçulmanos.
Eid-Al-Adha: Festa que coincide com a peregrinação anual a Meca
Eid-al-Fith: Festa celebrada no fim do mês do Ramadã, a principal da religião
Eid-al-Ghadir: Aniversário da declaração de Maomé indicando Ali como seu
sucessor, comemorado apenas pelos xiitas.
Emir: Significa "comandante", título atribuído a líderes militares.
Ezaar: a parte de baixo da roupa de Ihram.
Fajr: oração da manhã.
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Fard: Obrigação, algo que deve ser feito em nome da fé
Fátima: filha de Mohammad (Maomé)
Gabriel: nome do anjo que revelou as verdades de Deus à
Mohammad, seria o mesmo anjo que anunciou o nascimento de Jesus à Maria.
Gar Hirá: caverna, perto da montanha da Luz, onde Mohammad meditava.
Hadith: Um discurso, mensagem, ação ou história do profeta Maomé, relatado
pelos seus contemporâneos
Hafiz: Pessoa que sabe todos os versos do Corão
Hajj / Haj: A peregrinação anual a Meca, um dos cinco pilares do Islã. O
muçulmano saudável e com condições financeiras deve fazer o haj pelo menos
uma vez na vida
Halal: Algo que o muçulmano pode fazer ou comer
Hamzah: um dos tios do Profeta que foi martirizado na batalha de Uhud.
Haram: Algo que o muçulmano não deve fazer ou comer (pecado)
Hasã : neto primogênito de Mohammad, filho de Ali com Fátima.
Hégira: A migração de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina, para
escapar da perseguição às suas crenças. A migração inaugura o islamismo é
marca o início de seu calendário
Hijab: Traje típico islâmico usado pelas mulheres para "proteger sua
modéstia", como manda o Corão. Seu tamanho varia de acordo com as
tradições regionais
Husair: neto de Mohammad, filho de Ali com Fátima.
Ifraad: forma isolada de Hajj.
Iftar: Desjejum
Ihram: Estado de pureza espiritual exigido dos muçulmanos que desejam fazer
a peregrinação a Meca
Imã: Professor, clérigo ou figura que lidera uma oração muçulmana. Titulo
usado pelo califa líder religioso.
Imane: sucessor e líder.
Isha: oração da noite.
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Islã: Conjunto dos povos de civilização islâmica, que professam o islamismo.
Significado da palavra: "rendição" ou "submissão" em árabe
Islamismo: religião fundado por Maomé, também chamada por Maometismo.
Jamrah Al-Aqaba: o pilar mais próximo de Meca.
Jamrah: qualquer um dos três pilares que são apedrejados em Mina recebem
esse nome.
Jihad: A luta e o esforço de um seguidor da religião para viver a fé islâmica da
melhor forma possível e defender o Islã, mesmo que isso signifique o uso da
força.
Ka’bah: a Casa de Allah na Sagrada Mesquita de Meca.
Khalifah: o mesmo que califa, governante político e religioso.
Madi: dinvidade guiada.
Madraçal: Escola dedicada a formar e doutrinar meninos muçulmanos
Magrib: a oração do crepúsculo.
Makkah / Meca: cidade árabe onde nasceu Mohammad
Maomé al Muntazar: último dos verdadeiros descendente de Mohammad.
Maomé: Incorreta transliteração espanhola do nome 'Mohammad', o fundador
do Islamismo. Apesar do nome 'Maomé' ter sido muito difundido nos países de
língua latina, o nome correto do profeta fundador do Islamismo é 'Mohammad'.
Maqam Ibrahim: os degraus de apedrejamento da estância do Profeta
Abraão.
Mas’aa: o espaço entre As-Safaa e Al-Marwah.
Masha’ir: santuários cerimoniais..
Masjid: Sinônimo para mesquita
Mawlid Al-Nabi: Festa do aniversário de nascimento de Maomé
Meca: Cidade árabe sagrada do islamismo, onde Maomé nasceu e para onde
retornou depois de fundar o islamismo
Medina: A segunda cidade sagrada do islamismo, para onde Maomé fugiu
quando foi perseguido, se localiza a 400 quilômetros norte de Meca.
Mesquita: Local onde os muçulmanos fazem suas orações em conjunto
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Mihrab: Nicho aberto em todas as mesquitas para apontar a direção de Meca
Mina: um vale perto de Meca que é um dos santuários cerimoniais.
Minaret: A torre da mesquita, de onde é feita a convocação para as orações
Minbar: Púlpito de uma mesquita
Mohammad: Maomé fundador do Islamismo.
Muçulmano: Seguidor da fé islâmica, aquele que pratica o
Islam , (Islã). Em árabe "múslin"
Muezzin: O religioso que convoca os muçulmanos para as orações
Muhrim: uma pessoa em Ihram.
Múslin: a palavra "mulçumano" em árabe.
Muntazar: o esperado.
Mustatir: o líder mulçumano oculto
Mutamatti’: o peregrino que faz o Hajj Tamattu'.
Muzdalifah: um dos santuários cerimoniais do Hajj, entre Mina e Arafah.
Namira: mesquita em Mina.
Niqab: um véu que cobre o rosto e revela só os olhos.
Niyya: Declaração sincera da intenção de glorificar Deus, feita em silêncio
Omar: conselheiro do profeta, segundo califa eleito pelos sunitas.
Omídas: ricos chefes de Meca.
Otmã: genro do profeta, terceiro califa eleito pelos sunitas.
Paxá: Título de honra usado pelo Império Otomano, para designar irmãos e
filhos do Sultão. Atualmente somente os turcos utilizam o termo.
Qibla: a direção para onde os muçulmanos se voltam para rezar.
Qiraan: forma acompanhada de Hajj.
Qiran: o peregrino que faz o Hajj Qiran.
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Quba: uma mesquita em Medina, costumava ficar nas cercanias da cidade.
Quiblah: A direção de Meca
Qur'ãn: livro sagrado dos mulçumanos, Alcorão, Corão
Rakah: Conjunto de movimentos do ritual de orações, ou salah
Ramadã: Mês sagrado dos muçulmanos. Nono mês do calendário lunar.
Rida: a parte superior da roupa de Ihram.
Rukn Al-Yamani: o canto da Caaba virado para o Iêmen.
Sa’i: a caminhada feita entre As-Safaa and Al-Marwah.
Sadaquah: Fazer doações voluntárias para caridade
Salah: Ritual obrigatório de cinco orações por dia
Salat: oração, prece.
Salat-ul-Juma: As orações de sexta-feira, dia sagrado dos muçulmanos, nas
mesquitas
Saum: Jejuar durante o dia
Shahadah: A declaração de fé ("Não há outra divindade além de Deus e
Mohammad é o seu mensageiro)
Sharia: Conjunto de leis islâmicas, tratando de costumes e da vida em
sociedade
Shiat Ali: partido de Ali.
Sufismo: Movimento místico dentro do islamismo
Sujud: Posição de oração em que testa, nariz, mãos, joelhos e dedos do pé
devem tocar o chão.
Sultão: Significa "potência". Título usado pelos chefes de pequenos estados
islâmicos.
Sunita: O principal tronco da religião, concentrando 90% dos muçulmanos
Sunnah: o caminho do Profeta.
Surata /Surah: Capítulo do Corão
Takbir: dizer "Allahu Akbar", Allah é o Maior.
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Takbir: O processo de se concentrar numa oração e ignorar o que está ao
redor
Talbiat: a súplica feita pelo muçulmano assim que entra em Ihram e fez suas
intenções.
Talibã / Taleban: Estudante. Palavra pouco usada pelos mulçumanos. Nome
também da milícia que governa o Afeganistão.
Tamattu’: forma agradável de Hajj.
Tarwiyya: o oitavo dia do mês Dhul-Hijja.
Tawaf Al-lfadha: Tawaf para o Hajj.
Tawaf Al-Wadaa: Tawaf da despedida.
Tawaf: Dar sete voltas em torno da Caaba durante o haj
Uhud: o nome de um monte em Medina e local da batalha de mesmo nome.
Ulemá:Titúlo usado pelas pessoas que possuem autoridade nos textos
islâmicos.
Umar: o segundo califa muçulmano e primeiro Comandante dos Crentes.
Umrah-minor Hajj: a combinação de Tawaf e Sa'i.
Uthman: o terceiro califa muçulmano e segundo Comandante dos Crentes.
Vizir: Significa "aquele que ajuda a carregar um peso". Espécie de primeiro
ministro, seu cargo está entre o califa e seus súditos. Um Vizir superior era
conhecido como, Grão-vizir. Estes termos eram usados pelo império Otomano.
Wudu: O ritual de lavar as mãos antes das orações diárias, ablução
Xã: Titulo antigo usado pelos persas, atual Irã, para designar o rei, chefe maior.
Após a revolução iraniana o termo "Xã" foi substituído pelo termo "Aiatolá"
Xeque: Significa "ancião". É utilizado para designar pessoas com autoridade
religiosa no Islamismo.
Xiita: O segundo maior grupo dentro da religião, concentrando 10% dos
muçulmanos. Esse grupo acreditava que o sucessor de Mohammad deveria ser
seu parente mais próximo.
Zakat: Purificação. Doação anual de parte das riquezas acumuladas por um
muçulmano.
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Referências
http://www.historiadomundo.com.br/
http://www.mundoislamico.com/
http://www.islambr.org.br/
http://www.g1.com.br
http://www.significados.com.br/
http://logoshp.6te.net/islamin.htm
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/islamismo/perguntas.html
http://pt.wikipedia.org/
http://www.mackenzie.br/6937.html
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