Boletim nº. 25 - Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis

Transcrição

Boletim nº. 25 - Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis
1
EDITORIAL
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
Sede
Rua da Abelheira-571
3720-909 Oliveira de Azeméis
Telef. 256 600 840
Fax: 256 600 849
e-mail: [email protected]
[email protected]
Site: www.scmoaz.com
Contribuinte nº 500 746 141
Valência Residencial
Telef. 256 600 843
Ser Família
Telef. 256 600 842
Soltar Amarras
Telef. 256 600 846
Infantário
Telef. 256 674 034
Centro de Formação
Telef. 256 601 258
Boletim
N.º 25
Julho 2014
Propriedade e Administração:
Santa Casa da Misericórdia
de Oliveira de Azeméis
Director
Victor M. M. Machado
Execução Gráfica:
Escola Tipográfica das Missões
Cucujães
Depósito Legal 320160/10
Distribuição gratuita
Tiragem: 600 exemplares
Idosos e Crianças
Victor Machado
Rezam os Estatutos desta nossa Santa Casa da Misericórdia de Oliveira
de Azeméis, no seu art. 4º, que “os fins que, de modo principal, prosseguirá
serão, efectivamente, o apoio à família e a protecção à infância e à velhice”.
E rezam-no certamente porque os seus autores estavam cientes de
uma verdade muitas vezes repetida, mas poucas interiorizada: a de que o
nível civilizacional de um povo se mede, em grande parte, pela forma como
trata os seus idosos e as suas crianças.
Bem se compreende que uns e outras sejam a razão de ser desta e de
muitas outras instituições do género que existem pelo mundo além, sobretudo se pensarmos que se trata dos grupos sociais mais débeis da sociedade, para mais praticamente incapazes de reivindicarem os seus direitos
e, por isso, facilmente deixados para trás, sobretudo em tempos em que os
números do PIB e do Défice falam mais alto que as próprias pessoas, os seus
direitos e necessidades.
Ainda assim, bem pior estão os idosos que as crianças, já que estas,
além de terem “direito” a um Dia Mundial – o dia 1 de Junho de cada ano
– e a uma Declaração (Universal) dos respetivos direitos, constituem, normalmente, o centro das atenções da família: todos nos deleitamos vendo,
durante horas, se necessário, um filho, um neto ou um sobrinho a tentar dar
os primeiros passos e/ou a articular as primeiras palavras e achamos graça
a tudo o que faz ou diz, mas, se calhar, não temos paciência para as lamúrias
ou para as repetitivas conversas do nosso avô ou do nosso velho pai ou do
nosso tio idoso!...
É muito reconfortante vermos o carinho e o desvelo com que os pais
das crianças do nosso Infantário as entregam e as vêm aqui buscar todos
os dias, mas, por outro lado, faz doer a alma a indiferença demonstrada por
muitos familiares em relação aos seus mais velhos internados no Lar, paredes meias com aquele Infantário.
O VI Princípio da aludida Declaração dos Direitos das Crianças decreta
o direito delas ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
Sendo isso inquestionável, parece-nos imperioso apregoar, e com a mesma
força, que os idosos, por sua vez, têm todo o direito ao amor e à compreensão dos filhos (netos, bisnetos, etc…) e da sociedade, porque, se é verdade
que a criança, porque é esperança e futuro, tem muito para dar a essa sociedade, não é menos verdade que esse futuro só existe porque assenta sobre
os ombros cansados do idoso, que já deu a essa mesma sociedade tudo o
que tinha para dar.
O Diretor
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índice:
EDITORIAL ------------------------------------------------------------------------------------------------- 1
A PALAVRA DO NOSSO PÁROCO ---------------------------------------------------------------------------- 3
CANTINHO DOS NOSSOS POETAS-------------------------------------------------------------------------- 3
VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS – UMA ABORDAGEM MULTISETORIAL ----------------------------------- 4
A IMPORTÂNCIA DA FÉ NA 3ª IDADE ---------------------------------------------------------------------- 6
COLABORAÇÃO DOS IRMÃOS – DO ASILO DA MINHA INFÂNCIA À MODERNA ERPI ----------------- 8
A PALAVRA AOS UTENTES – A MINHA ESCOLA ----------------------------------------------------------- 10
CENTRO COMUNITÁRIO “SER FAMÍLIA” – PERCURSOS DE VIDA: O ESTÍMULO DO TRABALHO ----- 12
EID “SOLTAR AMARRAS” – (IN) FORMAR OS JOVENS ----------------------------------------------------- 13
SISTEMA DE QUALIDADE – AS AUDITORIAS -------------------------------------------------------------- 15
GERIR PARA A IGUALDADE ---------------------------------------------------------------------------------- 16
ATIVIDADES DOS NOSSOS SENIORES --------------------------------------------------------------------- 18PELO NOSSO INFANTÁRIO:
- Balanço de mais um ano -------------------------------------------------------------------------- 21
- Encerramento do Ano Letivo----------------------------------------------------------------------- 23
- Passeio de Finalistas do Pré-escolar-------------------------------------------------------------- 25
- Associação de Pais e Encarregados de Educação------------------------------------------------ 26
NOTÍCIAS DA INSTITUIÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 27
MOVIMENTO DAS VALÊNCIAS DE IDOSOS ---------------------------------------------------------------- 28
CAPA - Recuperando o nosso património: Espigueiro, Eira e Jardim (em construção) na entrada da nossa Instituição (Ver pg. 27)
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MENSAGEM DO NOSSO PÁROCO
Santa Casa da Misericórdia
Eis uma Instituição que nos convida a olhar
para a História. Já lá vão mais de cinco séculos. Uma
força que surgiu para assumir a prática das Obras
de Misericórdia em favor dos mais desprotegidos.
Obras de Misericórdia que a Igreja anunciava e
estimulava a cumprirem.
Por isso olhamos para a nossa Santa Casa da
Misericórdia com simpatia e carinho. Entramos
ali e quem encontramos? – Irmãos carentes de
apoio que a Instituição promete dar. Dia e noite. A
maior parte até à despedida deste mundo. Quantos
corações estão diariamente à espera não só das
voltas de que precisam, mas também da atenção,
do carinho, da resposta aos seus problemas.
Por isso, todos nos devemos empenhar – os de
dentro e os de fora - por apoiar, estimular, ajudar
de todas as formas ao nosso alcance.
P. Albino Fernandes
A Santa Casa da Misericórdia é uma Instituição
que deve ser conhecida de todos e apoiada com
todos os gestos que estejam ao nosso alcance.
Felicitamos a sua Direção e todos aqueles que
a apoiam das mais variadas maneiras.
P. Albino Fernandes
CANTINHO DOS NOSSOS POETAS
O Nosso Destino
Ó Estrelinha do Norte,
Se no Mundo toda a gente
Vem até mim, vem-me guiar
Te pedisse como o crente,
Para o caminho da sorte
Tinha ajuda para guia,
Qua a sorte está-me a faltar.
Haveria mais amor,
Ajuda os meus benfeitores
Não havia tanta dor,
Dá-lhes a guia, como a mim,
O humano melhor vivia.
Para pagar os favores
Que só posso pagar assim.
Avelino da Silva Coelho
(Utente da ERPI. 92 anos)
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Violência Contra Idosos
– Uma abordagem Multisetorial
A dissertação de mestrado cujo conteúdo se pretende resumir resultou do crescente interesse que me
desperta o processo de envelhecimento na sua vertente geral e no domínio da violência/maus-tratos em
particular. Com esta investigação pretendi analisar a
problemática que representa a violência na terceira idade no atual contexto social e económico, procurando identificar as visões que apresentam quatro
entidades específicas, a saber: os serviços de saúde, a
Segurança Social, o Ministério Público e as autarquias,
cada uma delas representada pelos entrevistados a
ela ligados.
Como objetivo geral foi assumido o de identificar,
caraterizando, as diversas intervenções desenvolvidas
pelos técnicos das diversas áreas no âmbito da violência na terceira idade, procurando, deste modo, contribuir para um melhor conhecimento sobre as várias
tipologias de intervenção que estão subjacentes a esta
problemática social. Ao nível dos objetivos específicos
procurou-se identificar o contexto da denúncia de violências na terceira idade, averiguar fatores sociais e económicos relacionados com a prática dos maus-tratos
em idosos, aferir constrangimentos e potencialidades
habitualmente associados ao acompanhamento de
processos de violência na terceira idade, justificar a
importância do trabalho em parceria nesta área e caraterizar as posições assumidas pelos profissionais em
torno da violência na terceira idade.
Num primeiro momento, importa delimitar dois
conceitos importantes que foram sendo abordados ao
longo do trabalho. Trata-se de distinguir os conceitos
de agressão e maus-tratos. Enquanto a agressão se reporta ao ato que é consumado com uma única ação, já
o conceito de mau trato pressupõe a prática de atos de
violência continuados. A este nível, verificou-se uma
importante mudança na legislação portuguesa, concretamente em 1982, uma vez que, até essa data, existia unicamente o crime de ofensas corporais. Com o
Código Penal de 1982, passou a ser considerado tam-
*Bruno Pereira
bém o crime de maus-tratos conjugais, existindo uma
série de outros crimes igualmente relevantes no enquadramento da violência doméstica, nomeadamente
os crimes de ameaça, coação, violação, coação sexual,
abuso sexual de pessoa incapaz de resistência, homicídio e ofensa à integridade.
Atualmente, os idosos não só usufruem de uma
maior esperança média de vida, quando comparados
com os idosos de antigamente, como apresentam uma
melhor saúde, uma melhor situação social e económica, assim como melhores estruturas residenciais,
nomeadamente Lares de Terceira Idade, bem como
outras respostas sociais que lhes são destinadas, nomeadamente o Serviço de Apoio Domiciliário, os Centros de Dia e, mais recentemente, os Centros de Noite.
Os avanços da Medicina, em estreita ligação com os
fatores referidos, predispõem a uma maior longevidade. Contudo, associadas ao avançar da idade, estão as
incapacidades, físicas e psicológicas, o isolamento social, entre outras problemáticas, das quais se destaca
a da violência.
Esse problema da violência contra idosos vem assumindo ao longo dos últimos anos particular relevância na sociedade portuguesa. De facto, não há dúvidas que vêm aumentando os casos de idosos vítimas
de violência, seja ela física ou psicológica, de índole
financeira ou de outra tipologia.
Das entrevistas efetuadas, e após análise das
mesmas à luz da literatura científica, foi constatada
a importância que os fatores preventivos assumem.
Constata-se igualmente que, no âmbito das condições
sociais e económicas, as ocorrências sinalizadas assumem um caráter transversal às diversas classes sociais,
ainda que seja consensual que são mais denunciadas
as situações nos estratos sociais mais baixos, não deixando de ser igualmente assinalado que as situações
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mais complexas podem ser observadas em classes
com maior capacidade económica.
Das várias circunstâncias inerentes à investigação,
percebemos que a problemática da violência contra
idosos é muitas vezes identificada por elementos vizinhos das vítimas. Contudo, o facto de esses mesmos
vizinhos terem relações formais e informais com os
agressores e/ou familiares acaba por constituir um
constrangimento para a deteção e investigação das situações. Neste contexto, constatamos que é bastante
improvável ser o próprio idoso, vítima do problema, a
realizar a denúncia.
No domínio dos fatores preventivos, e mais especificamente quando se trata de situações onde existem quadros clínicos com
diagnóstico de demências, nomeadamente Alzheimer ou Parkinson, a
prevenção assume uma
importância redobrada.
De facto, a complexidade que estas patologias
representam para o doente, bem como para
o cuidador, podem, por
vezes, repercutir-se em
situações de negligência grave, uma forma de
violência, apesar de tudo.
Nesta vertente, em concreto, emergem propostas para a criação de respostas
concretas, nomeadamente serviços dirigidos expressamente aos doentes e cuidadores, em que, a título
de exemplo, pudesse ser feito um encaminhamento
imediato por parte do clínico que diagnostique essa
patologia.
Em relação aos critérios subjacentes à violência
perpetrada contra idosos, critérios esses que constituem o objeto de diagnóstico de maus-tratos, há que
considerar alguns fatores indiretos para a sinalização
de situações de maus-tratos, como sejam as sucessivas entradas em urgências hospitalares, edemas ou
marcas de natureza duvidosa, desnutrição, abstinência medicamentosa, entre outros. Ou seja, situações
muitas vezes não assumidas pelos idosos, mas que se
consideram de facto situações de maus-tratos. Estes
fatores indiretos podem assumir um caráter decisivo,
uma vez que podem prevenir a repetição das situações. Relativamente aos constrangimentos sentidos
no âmbito desta problemática, referência para o facto
de, apesar de estarmos perante um crime de natureza
pública, que as entidades públicas, assim como qualquer elemento da sociedade que dele tenha conhecimento, devem denunciar, tal nem sempre acontece.
Uma questão central neste estudo foi igualmente
aferir que estratégias de superação são utilizadas, de
maneira que os constrangimentos que vão sendo sentidos possam ser ultrapassados. Nesse sentido, referência para a existência de uma rede social que dá resposta às situações-problema sinalizadas, pese embora
muitas ocorrências estarem camufladas. Contudo,
perfila-se como imprescindível, a curto/ médio prazo,
a proposta para a criação
de uma entidade mediadora, à semelhança do que
acontece para as crianças e
jovens, que responsabilize
mais a comunidade, mas
sem o peso burocrático do
Tribunal, e que exerça, de
alguma forma, uma pressão para que as pessoas
encarem este problema de
uma outra maneira e, de
uma ou outra forma, interiorizem aquilo que é imposto. Isto porque, e à semelhança do que acontece com
as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, a família, na maior parte das vezes, aceita as propostas que
lhe são feitas e cumpre o acordado com a Comissão.
Como nota final fica a ideia de que, por cada situação sinalizada de maus-tratos ou negligência para
com uma pessoa idosa, dez passam inadvertidas, o que
nos dá bem conta da magnitude do problema.
* Técnico do C. C. “Ser Família”
__________________________
Nota – O presente escrito é um resumo, feito pelo
próprio autor, da dissertação de mestrado em Serviço Social apresentada no dia 3 de junho na Universidade Fernando Pessoa – Porto.
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A importância da Fé
na 3.ª Idade
* Ana Correia
* * Jorge Mendes
“A fé é uma palavra que signi-
portância na terceira idade, numa
tinha suficiente experiência de
fica “confiança”, “crença”, “credibi-
fase da vida em que se vivencia
vida para o ser.” (Lima, 2006, p.16)
lidade”. A fé é um sentimento de
um conjunto de perdas cognitivas,
Pelas suas vivências e por toda
total crença em algo ou alguém,
físicas, relacionais e emocionais.
uma cultura que envolve o indi-
ainda que não haja nenhum tipo
“Maslow referiu que as pessoas
víduo, a religião, principalmente
de evidência que comprove a ve-
mais auto-atualizadas eram os
nesta fase da vida, assume um pa-
racidade da proposição em causa.”
idosos e que um jovem adulto não
pel de “reforço positivo”, lembran-
Fonte:
http://www.significados.
com.br/fe/
O envelhecimento não se limita apenas ao aspeto físico, sendo
influenciado pela sociedade em
que vivemos, em que os fatores
psicológicos e culturais modelam
o ser humano como um todo. Daí
que, com o aumento da esperança
média de vida da população, ou
seja, do número de idosos, fatores
como a religião e a espiritualidade surjam, cada vez mais, como recurso para enfrentar as adversidades do dia-a-dia (doenças, perdas,
etc.). São comuns frases como: “Se
Deus quiser, vou melhorar”, “Estou
a sentir-me melhor, graças a Deus”,
frases que mostram a relação da
religião e da espiritualidade com
o otimismo, a esperança de melhoria, a confiança num ser superior.
Assim, a fé assume grande im-
7
do a abordagem comportamental
visita à Sr.ª da Saúde, o terço reci-
-estima, o que é fator de grande
de Skinner. Tal como refere este
tado diariamente, as missas sema-
importância na obtenção e ma-
autor, este reforço tem um efeito
nais, as via-sacras e outras práticas
nutenção da qualidade de vida.
no indivíduo evolutivo, permitin-
de culto, a visita mensal do Pároco,
Através da religiosidade é possível
do-nos entender, assim, que a fé
a festa da terceira idade realizada
arranjar motivação para viver e
também é evolutiva e pode tornar-
anualmente, etc.
enfrentar as dificuldades, superar
-se mais forte ainda com o avançar
da idade.
Como o ser humano é um ser
social, vivendo em comunidade,
essa vivência em grupo tende a intensificar-se na terceira idade, pois
nesta fase estimula-se cada vez
Concluindo, a prática de ações
com maior facilidade os desafios
que proporcionem bem-estar ao
e manter-se emocionalmente sau-
idoso tenderá a elevar a sua auto-
dável.
Como curiosidade, transcrevemos a oração que a D. Maria Conceição
Anjos, utente da Residencial, recitou para outros utentes numa das
atividades de socialização (22/07/2013):
mais a inserção em grupos para
“Levantei-me de madrugada, encontrei Nossa Senhora.
superação de perdas advindas da
Durante o caminho deu-me a mão.
fase em questão, como a perda do
Pedi-lhe uma filha, disse-me que não e deu-me um cordão.
cônjuge, o afastamento dos filhos,
Sete voltas ao pescoço e um nó no coração.
a ausência de outros membros da
Ó Padre de S. João, aceitai este cordão que esta Nossa Senhora me deu.
família. A espiritualidade e a reli-
Quinta-feira sem doenças, sexta-feira da Paixão,
giosidade vão fazer com que es-
Correu com isto uma cidade, com a Sua santa humanidade,
tes laços sejam mais fortalecidos,
Pregando o madeiro da cruz até os caminhos davam luz
auxiliam o idoso a se aprimorar
Morreu Jesus à sombra da bela cruz.
através de atitudes solidárias que
Se quereis ver, subi àquele outeiro que beija a rua regada.
promovam valores éticos e morais,
Lá vai presa a coluna, lá não passarás, lugar de sete sinais, esse Homem que
bem como melhoram as relações
levais.
interpessoais.
S. João estava no lago, Jesus estava na cruz,
Na nossa Instituição existe uma
preocupação constante em fomentar a prática religiosa, respeitando
as opções religiosas de cada utente. Neste sentido, é desenvolvido
ao longo do ano um conjunto de
atividades
espirituais/religiosas,
abrangendo as diferentes áreas
de intervenção e tendo como principais objetivos proporcionar ao
utente momentos de silêncio e reflexão e permitir que mantenha a
sua crença ativa.
Carregado do madeiro, que nem sete levavam.
Cada passada que dava, ajoelhava-se no chão, ó tamanho encontrão.
Ajuda-me, Simão, que a cruz que levarei ao alto do calvário lá não passarei.
Cheiinha de rosas, tão perfeita como a rosa.
Quando Jesus nasceu o mundo apareceu, veio o anjo Gabriel, perguntou pela
pastora.
Pastorinha de algum dia foi por esse mundo além rezar quanto podia.
Chegou às ondas do mar, encontrou três meninas a par,
Com paninhos de valor para limpar nosso Senhor.”
Bibliografia: - Lima, M. (2006). Posso Participar? Atividades de Desenvol vimento Pessoal para Idosos. Ambar: Lisboa
- http://www.significados.com.br/fe/
Destacamos algumas ativida-
* Animadora Sociocultural
des dinamizadas neste âmbito: a
* *Diretor Técnico Residencial/Serviço de Apoio Domiciliário
visita ao Santuário de Fátima, a
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COLABORAÇÃO DOS IRMÃOS
Do asilo da minha infância
à moderna ERPI
* Margarida G. Câmara
Chegava a altura das férias e
de (Visconde de Botelho) durante
nós parecenças com pessoas suas
lá íamos em grupo, livres e feli-
toda a sua vida. Era uma mulher
conhecidas de outros tempos,
zes, visitar as velhinhas do Asilo.
alta e de nariz proeminente, com
interessando-se por saber quem
Guiava-nos o espírito de caridade
ar sisudo e cara sulcada por incon-
eram os nossos pais ou avós.
que nos incutiam na igreja e em
táveis e profundas rugas que atra-
Tímida, eu ficava atrás das mi-
casa, disfarçando com ele a nossa
íam e confundiam o meu olhar. De
nhas colegas, talvez assombra-
curiosidade em ver como viviam
seguida, lá estava a tia Francisca,
da com os estragos do passar do
aquelas mulheres tão idosas à
que não podia sair à rua sem ser
tempo. E logo sentia um desejo
nossa vista.
perseguida por um bando de rapa-
enorme de sair dali, nem sei por
Nos quartos de várias camas in-
zes que a alcunhavam de “Marre-
que motivo. Talvez por pudor em
dividuais colocadas ao lado umas
ca”, o que a enfurecia sobremanei-
ostentar a frescura dos verdes
das outras, tipo enfermaria, rei-
ra. Acirrando a sua ira furibunda,
anos perante a erosão da idade
nava uma penumbra entristecida,
escondiam-se eles no canto da rua,
daquelas outras mulheres que eu
resquício de um sol radioso coa-
bastando que gritassem “quá, quá”
não conseguia imaginar que tam-
do pelas frinchas de janelas quase
para que ela fizesse grande escar-
bém pudessem ter sido jovens. Ou
fechadas em pleno dia. Algumas
céu, rogando-lhes pragas sem fim.
talvez porque o meu coração não
velhinhas jaziam nas suas camas
Mais além, víamos a tia Joaquina,
suportava a nostalgia que se des-
por doença ou debilidade, outras
torcida sobre a sua pesada benga-
prendia da penumbra mórbida dos
sentavam-se em cadeiras, de ter-
la, da qual levantava o olhar para
aposentos, aliada à sensação de
ço pendurado nas mãos, e outras
se nos dirigir com cortesia: “O que
moviam-se a pé, devagar, como se
paragem do tempo, em contraste
quereis, minhas meninas?!”. A tia
com a sua voracidade espelhada
Glória vinha ao nosso encontro e
na pele, nos ossos, em todo o cor-
falava da sua juventude, perden-
po e até na mente daquelas velhi-
do-se nos escombros da memória
nhas. Nada mudava ali, mas tudo
gasta até se alhear da nossa pre-
havia mudado. Nada se mexia, mas
sença. Algumas outras velhinhas
tudo estava fora do lugar. Tudo pa-
fixavam-nos, umas com simpatia,
rado, quieto, calado, mas gritando
outras com curiosidade, como se
palavras soltas que ensurdeciam
fôssemos – e éramos – umas in-
os meus ouvidos. Porque aquelas
trusas que ali se deslocavam para
velhinhas, com o seu olhar resig-
lhes perturbar o sossego. E havia
nado que fixava o meu, abafavam
sempre uma ou outra que via em
o pulsar do meu coração. Por isso
carregassem o peso do mundo. Perante a lufada de ar fresco da nossa invasão inopinada e indiscreta,
levantavam os olhos da sua solidão acabrunhada, fixando-os em
nós com um misto de indiferença
e de alguma curiosidade.
Subidas as escadas, mesmo
à nossa frente encontrávamos a
“Visconda”, assim alcunhada por
ter sido criada na casa do Viscon-
9
eu queria sair dali. Como se a ju-
passaram, não poucas vezes, a ser
rialismo e numa família em acele-
ventude e a velhice fossem dois
o modo que as famílias e a socie-
rada desagregação, quem vai es-
pólos distantes e inconciliáveis.
dade encontraram para se verem
cutar o apelo do saudoso Papa?...
O progressivo envelhecimento
livres dos seus membros mais ve-
Quem está disposto a dar um lu-
da população e uma maior cons-
lhos, de resto improdutivos. E não
gar ao sol ao idoso, um lugar onde
ciencialização dos direitos das
são nem a modernidade das linhas
ele desempenhe uma tarefa útil,
pessoas levam-nos agora a falar
arquitetónicas nem o conforto dos
adaptada às suas limitações, ainda
mais nos idosos e nos seus direi-
sofás que conseguem obstar à evi-
que não rentável do ponto de vista
tos. Parece-me, porém, mais ala-
dente solidão que invade muitos
económico-financeiro?...
rido do que reconhecimento ver-
dos seus residentes. Nestes conti-
Por isso é que não me parece
dadeiro e efetivo desses direitos.
nuo a ver o olhar triste e resigna-
que o nosso destino, enquanto
Os Asilos foram substituídos por
do das velhinhas do nosso Asilo de
eventuais próximos utentes das
Lares de Idosos, modernamente
antigamente.
modernas estruturas de acolhi-
designados Estruturas Residen-
Lembro-me, então, das palavras
mento, seja mais risonho que o
ciais para Pessoas Idosas (ERPI),
de João Paulo II: “É preciso que a
dos velhinhos dos antigos asilos.
alguns bem confortáveis, colori-
acção pastoral da Igreja estimule
Apenas com um pouco mais de
dos e alegres. Mas, se os Asilos de
todos a descobrir e a valorizar as
conforto material… Oxalá esteja
antanho eram o refúgio dos idosos
tarefas dos anciãos na comunidade
enganada!...
que não tinham família nem have-
civil e eclesial, e, em particular, na
res, as modernas e acolhedoras(?)
família.” Porém, numa sociedade
Estruturas Residenciais de hoje
onde alastra o egoísmo e o mate-
*Irmã n.º 465 da SCMOA
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A palavra aos utentes
A minha Escola
* Mª Conceição Silva
Vou atrasar o Relógio do Tempo uns bons 84 anos porque....
As memórias que não perdi
Ficarão eternamente a sorrir
Dentro de mim….
Quando penso nos tempos da
escola primária há uma data que
me vem logo à cabeça, algures em
Outubro de 1930 – o meu primeiro
dia de escola.
Cheguei à escola primária de
Madail um pouco antes das 9h,
lembro-me como se fosse hoje,
acompanhada pela minha mãe.
A minha professora chamava-se
D. Albina de Lima.
A classe era de rapazes e raparigas e o horário era das 9h00 às
15h00 e o único recreio era à hora
do almoço, uma hora, das 12h às
13h.
Os móveis da sala eram poucos,
apenas as carteiras, a mesa e a cadeira da professora, um armário e o
quadro de giz.
As carteiras eram de madeira
com os bancos pegados. Tinham o
tampo inclinado com uma ranhura
para os lápis e um buraco para os
tinteiros.
Nós usávamos sacos de serapilheira para transportar os livros,
a lousa e também o farnel para o
almoço. A minha saca tinha desenhado um quadro com as letras
ABC e um gato a ensinar o abecedário a um cão. Foi-me oferecida
pela D. Elisa de Castro (1ª professora em Madail).
A primeira coisa que fazíamos
quando entrávamos na sala de
aula, depois da professora vir à
janela, era ir cumprimentar individualmente a professora. Íamos
junto dela e dizíamos “ Bom dia,
Srª professora, como está? Passou
bem?”, e isto sem qualquer contato
físico.
Ao sábado era diferente, sim,
ao sábado, pois só não tínhamos
escola ao Domingo. No sábado,
cantávamos todos, de mãos dadas,
o Hino Nacional. Todas as salas de
aula tinham obrigatoriamente na
parede uma fotografia de Salazar,
outra do Presidente Carmona, um
crucifixo e ainda os mapas de Portugal e do Mundo. A sala era ampla e cada professor dava aula às
quatro classes.
Nós íamos para a escola a pé,
fosse longe ou perto, chovesse ou
fizesse sol. Quando chovia, chegávamos molhados pois, para nos
abrigarmos, levávamos pela cabeça um saco de sarapilheira que
deixava passar a chuva. Nada de
guarda chuvas, que não havia. Não
tínhamos nem braseira nem lareira, por isso ficávamos molhados o
dia todo.
A maioria de nós andava descalça, pois os pais não tinham dinheiro para comprar sapatos e eu não
fugia à regra, apesar de, no Inverno,
a minha mãe me arranjar uns tamancos.
Na escola incutia-se ordem, respeito e disciplina e os professores
não estavam com meias medidas
quando se tratava de aplicar castigos, que iam das palmatoadas nas
mãos, às bofetadas e às canadas na
cabeça. Mas eram os próprios pais
que lhes davam liberdade para castigar os filhos quando merecessem.
Eu, por acaso, não me recordo de
apanhar, pois aprendia bem e era
muito aplicada, mas tinha colegas
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que quase todos os dias apanhavam e por isso nem queriam ir à
escola.
Quando se queria ir à casa de
banho - à retrete, como se dizia
- pedia-se à professora para “ir lá
fora”.
A retrete era um casinhoto de
madeira, com um assento e um
buraco redondo, onde nos sentávamos para fazermos as nossas
necessidades, sentindo as moscas
e varejas a esvoaçar lá por baixo. E
no final do serviço tínhamos o luxo
de nos limparmos a papel de jornal
cortado aos bocados, coisa que só
havia em muito poucas casas.
Ao fim de algum tempo, normalmente na altura das sementeiras, a retrete era esvaziada e o que
dela saía era utilizado como estrume nas terras da aldeia. E depois
voltava a encher-se o fundo do
buraco com fetos, caruma ou mato
pequeno…
Já nesse tempo ela era dividida,
de um lado os rapazes e do outro
as raparigas. A professora tinha
uma só para ela.
Tínhamos livros de Aritmética,
História, Leitura e Gramática, Geografia, Ciências Naturais e Moral.
A maior parte das matérias deviam
ser decoradas e recitadas na ponta
da língua.
Era no livro de leitura que se
aprendia a ler e a escrever, começando pelas letras A, E, I, O e U.
Para aperfeiçoar a caligrafia, passávamos muito tempo a escrever em
cadernos de duas linhas, primeiro
linhas largas e depois mais estreitas e, por fim, ainda mais estreitas.
Estudávamos a gramática, líamos,
Primeira escola de Madail
fazíamos ditados, cópias e redações. Fazíamos muitos exercícios.
Na Geografia aprendia-se sobre Portugal Continental, sobre as
ilhas (Madeira e Açores) e sobre as
colónias de África, Índia e Timor.
Tínhamos que saber na ponta da
língua os rios, as serras, as linhas
dos caminhos-de-ferro, entre outras coisas.
Na disciplina de Aritmética
aprendíamos logo a tabuada cantada (todos os alunos ao mesmo
tempo cantavam a tabuada: “ 2 x 1
= 2; 2 x 2 = 4; 2x3= 6…..”). Aprendíamos a fazer contas, a resolver
problemas e a calcular áreas.
Em História, aprendíamos a história dos reis e rainhas de Portugal, que recitávamos como se fosse
uma reza.
Também fazíamos desenhos.
No final dos quatro anos fazíamos o exame da quarta. Lembro-me que, na minha altura, só eu
é que o fiz, porque a maioria não
chegava lá, ou demorava bem mais
que os quatro anos. E quando se
fazia a quarta classe quase todas
crianças abandonavam a escola,
pois os pais não tinham dinheiro
para elas “irem estudar” e precisavam da ajuda dos filhos para trabalharem no campo ou em casa
ou, então, para irem aprender uma
profissão. Eu, por exemplo, logo
que fiz a quarta classe, fui aprender a costurar.
Mas, mesmo quando andávamos na escola, depois da aula,
todos íamos ajudar os pais na lavoura ou aprender com algum vizinho ou vizinha coisas úteis para
o futuro. Eu ia praticamente todos
os dias para casa de uma senhora
aprender a bordar e a fazer malha
e renda.
Era assim a escola do meu tempo de menina. Sei que tem pouco a
ver com a escola dos meus netos e
menos ainda com a dos meus bisnetos, mas foi a minha …e gostei
muito dela!
*Utente do Centro de Dia
Nota: Testemunho recolhido pela Diretora Técnica da ERPI e do Centro de
Dia, Carla Carvalho
12
Centro Comunitário “Ser Família”
Percursos de Vida:
o estímulo do trabalho
No primeiro semestre do ano de 2014, a Santa Casa da
Misericórdia de Oliveira de Azeméis candidatou-se à medida Contrato Emprego-Inserção+ (CEI+) promovida pelo
Instituto de Emprego e Formação Profissional. Esta medida
baseia-se na realização, por desempregados beneficiários
do rendimento social de inserção, de trabalho socialmente
necessário que satisfaça necessidades sociais ou coletivas
temporárias, durante um período máximo de 12 meses.
Apresenta como objetivos promover a empregabilidade de pessoas em situação de desemprego, preservando e
melhorando as suas competências sociais e profissionais,
através da manutenção do contato com o mercado de traba-
lho, bem como estimular o contato dos desempregados com
outros trabalhadores e atividades, evitando o risco do seu
isolamento e desmotivação.
Tem como destinatários desempregados inscritos nos
serviços de emprego e beneficiários do rendimento social
de inserção, podendo, ainda, ser integrados na medida os
desempregados inscritos há pelo menos 12 meses não beneficiários de prestações de desemprego ou do rendimento
social de inserção, os desempregados inscritos que integrem
família monoparental ou cujos cônjuges ou pessoas com
quem vivam em união de facto se encontrem igualmente
desempregadas e as vítimas de violência doméstica.
As entidades promotoras podem ser coletivas, públicas
ou privadas sem fins lucrativos, designadamente: serviços
públicos que desenvolvam atividades relevantes para a satisfação de necessidades sociais ou coletivas, autarquias locais e entidades de solidariedade social. Podem igualmente
candidatar-se as entidades privadas do setor empresarial
local que sejam totalmente participadas pelos municípios,
*Bruno Pereira
*Sandra Oliveira
pelas associações de municípios, independentemente da
respetiva tipologia, e pelas áreas metropolitanas.
Relativamente aos benefícios desta medida referem-se
a bolsa de ocupação mensal, no valor do IAS (em 2014: €
419,22), despesas de transporte (caso o transporte não seja
assegurado pela entidade promotora), refeição ou subsídio de alimentação por cada dia de atividade e seguro que
cubra os riscos que possam ocorrer durante e por causa do
exercício da atividade.
Os beneficiários desta medida têm ainda direito a usufruir do tempo necessário para efetuar diligências para a
procura ativa de emprego, até ao limite de horas correspondentes a 4 dias por mês.
Neste âmbito, o Centro Comunitário “Ser Família”, sinalizou 7 beneficiários/as, dos quais 5 foram integrados em vários setores da atividade da nossa Santa Casa da Misericórdia de Oliveira de Azeméis. Após entrevistas efetuadas com
os/as beneficiários/as integrados/as, foi possível constatar o
empenho e a motivação sentidos diariamente, bem como o
aumento da sua autoestima.
Dos testemunhos recolhidos ressaltam alguns onde a
satisfação é patente: “Com este dinheiro já posso arrendar
uma casa e tornar-me mais autónomo. Estou à procura de casa.”
(Manuel Silva), “Sinto-me útil nas tarefas desta Casa” (Luciana
Monte), “Já tinha saudades de trabalhar”. “Agora já não estou
tão sozinho”. “Já nem me lembrava o que era um horário de
trabalho”. (Armindo Gomes).
Verificamos que esta medida incute um grande sentido
de responsabilidade nos beneficiários,
nunca se verificando
qualquer falta ao trabalho. Por outro lado,
a componente financeira, aliada ao estímulo que representa
trabalhar, constitui
um grande trunfo
para o sucesso desta
medida no futuro.
* Técnico/a do C.C.
“Ser Família”
13
“SOLTAR
AMARRAS”
E. I. D.
* Cristina Martins *Sandra Gaspar *Susana Barbosa
(In)Formar os jovens!
A diversão adquiriu nas sociedades desenvolvidas do
séc. XXI um novo significado!
Assiste-se a uma crescente valorização hedónica
do tempo livre, em que, para muitos jovens, divertir-se
implica “ir para a noite”; ou seja, estar com amigos em
locais recreativos da moda e desfrutar as atividades associadas à música e à dança. Sabe-se, no entanto, que é
nas saídas noturnas que os jovens se expõem em maior
medida a diferentes riscos e adotam condutas perigosas,
nomeadamente na área do consumo de álcool e drogas,
sexualidade, condução rodoviária e violência.
A vulgarização do consumo de álcool e drogas em
contextos recreativos implica o desvio da problematização do consumo da tradicional questão da quantidade
e frequência para o atual padrão de consumo recreativo
típico. Embora estes “novos consumos” possam ser pontuais, por se focarem nos fins de semana, não deixam de
ser problemáticos pelo tipo de substâncias consumidas,
pela predominância do policonsumo (consumo abusivo
do álcool e de drogas ilegais), pelos comportamentos
de risco associados (derivados das alterações psíquicas
induzidas pelo álcool e pelas substâncias psicoativas
consumidas) e pelos efeitos nocivos a longo prazo do
consumo contínuo (psiquiátricos, psicológicos, físicos e
financeiros).
Para trabalhar estas questões a Equipa de Intervenção Direta “Soltar Amarras” desenvolveu no 1º semestre
deste ano diferentes atividades, sendo de destacar duas:
 Intervenção em Contextos Recreativos
A prevenção do consumo simultâneo de álcool e drogas em locais de diversão e contextos recreativos mais
se justificou após a ascensão da cultura ”house”, quando
as drogas começaram a ser utilizadas em maior escala
em espaços de diversão noturna. A importância da intervenção preventiva em contextos recreativos noturnos
deve contrapor-se à falta de informação ou às “falsas”
informações sobre as consequências do uso.
Tendo como base estes pressupostos, a Equipa, em
parceria com a Escola Superior de Enfermagem da Cruz
Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis e sua Associação Académica, a Câmara Municipal, a GNR e o CRI
Porto Central – ARS Norte, realizou no dia 25 de Abril
uma intervenção nas festas académicas de Oliveira de
Azeméis.
Esta intervenção teve como objetivo sensibilizar a
população mais jovem para a adoção de comportamentos mais cautelosos, no que diz respeito ao uso de substâncias psicoativas e, assim, levá-la a desfrutar de uma
noite divertida, sem riscos para a sua saúde. Ou seja,
pretende-se que a saída à noite seja divertida, estando
os jovens atentos e preparados para os riscos existentes.
 Programa “Eu e os Outros”
Na sequência da formação “Eu e os Outros”, a que
nos referimos no Boletim nº23 (Julho 2013), a Equipa começou a aplicar este programa a duas turmas do
CENFIM-Centro de Formação Profissional da Indústria
Metalúrgica e Metalomecânica, cujos alunos têm idades
compreendidas entre os 15 e os 20 anos. Trata-se de
promover a reflexão em grupo sobre temas do desenvolvimento ligados à adolescência e à juventude, criando uma dinâmica de grupo geradora de crescimento
pessoal e social.
14
Informar, esclarecer, entender e dimensionar diferentes problemas com que estes jovens se deparam conduz a uma reflexão sobre como trabalhar e orientar os
nossos jovens em diferentes problemas e solicitações
do seu quotidiano. Torna-se urgente desenvolver nos
jovens a noção de que possuem competências internas
para a resolução dos problemas e sensibilizá-los para a
importância da sua saúde integral e para o seu potencial de crescimento e desenvolvimento físico. Orientar
jovens significa pensar... questionar... ter consciência
crítica... refletir.
Numa das sessões de trabalho lançámos um desafio à turma CEF A1C que consistiu em escreverem uma
música rap sobre os temas que foram abordados durante a sessão. O resultado, que se transcreve a seguir, foi
bastante positivo e mostra como o envolvimento destes
jovens neste projeto tem sido fantástico e produtivo. Por
isso, a experiência é para continuar.
Fobia do dia a dia
Fecho os olhos, gostava de “tar” longe disto,
Longe das humilhações e de todos os pedidos de ajuda a
Jesus Cristo.
Até já acordo durante a noite a pensar como será o dia de
amanhã,
Se vou ser perseguido até casa ou sofrer uma agressão
dentro da escola.
Interrogo-me diariamente e com o porquê de ter sido eu o
escolhido,
O escolhido para sofrer toda esta tortura e de correr tanto
perigo.
Sei que não fiz nada para que tenham raiva de mim,
Mas diz o meu psicólogo que o bulling é assim
Sem motivo algum a vítima é escolhida ao acaso,
Talvez pela sua fragilidade e por todo o seu fracasso.
O meu sofrimento é cada vez mais elevado,
Já pensei em muita coisa, no suicídio ou até mesmo num
atentado.
Fala-se que o bulling é atualmente um tema desinteressante na sociedade
Mas a minha opinião é que devia ser das principais preocupações de toda a humanidade
São feitas inúmeras comparações
Que vistas do lado de fora do problema parecem banais
Mas quem sofre diariamente estas agressões
Sabe que é motivo para provocar feridos e também mortais.
No bulling não há agentes de marketing nem simplesmente um feeling,
A comparação mais real e verdadeira pode ser feita a partir
do bulling
Em que a bola é o agressor e cada um dos pinos é o agredido,
Que em cada lançamento se sente o fedor a medo e a perigo.
Para cada caso há uma resolução diferente
E se se é um conhecedor destas situações
Há que pensar e alertar alguém capaz de pôr fim a isto.
Isto, sim, é ser inteligente.
Turma CEF A1C do CENFIM
* Técnica da Equipa “Soltar Amarras”
A pior coisa que têm os maus
costumes é serem costumes. Ainda
é pior que serem maus.
P.e António Vieira (1608-1697)
15
Sistema de Qualidade
As auditorias
Com a implementação do Sistema de Gestão de Qualidade numa
organização, os respetivos colaboradores, de uma forma mais direta
ou menos, passam a fazer parte do
sistema, na medida em que são eles
que produzem os serviços prestados
ao cliente, serviços cuja melhoria é
o objetivo do próprio sistema.
Ora, havendo intervenção humana, é imperioso verificar continuamente a adequação dos comportamentos profissionais às normas
daquele sistema ou, dito de outra
forma, é indispensável proceder a
auditorias e, mais especificamente,
a auditorias internas. A auditoria “
[…] é um exame sistemático das atividades desenvolvidas em determinada
empresa ou setor, que tem o objetivo
de averiguar se elas estão de acordo
com as disposições planeadas e/ou
estabelecidas previamente, se foram
implementadas com eficácia e se estão adequadas.” (sítio: www.significados.com.br)
Quer dizer, com a implementação de um sistema de gestão nas
organizações, o ato de avaliar, tendo
em conta aquilo que foi planeado
(ver artigo anterior sobre o planeamento), tornou-se uma constante e
uma tarefa importante, já que tudo
o que é planeado deve ser avaliado
com o intuito de melhorar, detetando principalmente os pontos fracos/
críticos.
Aristóteles dizia: “Nós somos
aquilo que fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é um modo de
agir, mas um hábito.” Acontece que, se
a repetição nos pode levar à excelência, também é fácil percebermos
que o trabalho repetitivo também
leva a erros, erros que nem sempre
detetamos, pois não conseguimos o
distanciamento suficiente e estamos
envolvidos de tal forma nas nossas
tarefas diárias, que, por vezes, a capacidade de avaliar alguns pontos
referentes ao sistema fica aquém
do desejável. Assim, as visitas e as
avaliações de uma equipa auditora
exterior, com experiência em auditorias noutras organizações, tendo
em conta o referencial normativo, é
absolutamente fundamental.
Como se constata no esquema 1,
podemos destacar duas ações fundamentais no ato de auditar, a saber: constatação (levantamento do
problema) e as evidências (registos,
documentação, provas), o que pode
originar não conformidades:
Significa tudo isto que, quando
são realizadas auditorias numa organização/instituição, elas devem Esquema 1 – Enfoque de uma Auditoria
Interna.
* Ana Correia
Significa isto que, quando são
realizadas auditorias numa oraganização/instituição, elas devem
ser encaradas como atividades do
sistema de qualidade e devem ser
encaradas por todos os colaboradores, “[…] não como um ato de controlo
levado à prática por uma equipa de
“inspetores” , mas como uma relação
de ajuda aos responsáveis dos sectores/processos.” (Pinto & Soares
2009, p. 49)
As auditorias normalmente dividem-se em três partes: a primeira
prende-se com a análise documental da organização pela equipa auditora e com a elaboração do plano
da auditoria, que posteriormente é
enviado para o gestor de qualidade
que o dará a conhecer aos gestores
de processo e à gestão de topo; a
segunda parte prende-se essencialmente com as ações identificadas no esquema; e a terceira parte
consubstancia-se na elaboração do
relatório por parte da equipa auditora e no balanço do mesmo com a
gestão de topo, coincidindo normalmente com a reunião realizada no
fim da auditoria.
Este foi o trabalho que realizámos na nossa Santa Casa em 6 e 7
de Março deste ano, encontrando-nos agora a implementar as ações
sugeridas pela equipa auditora.
Bibliografia: Pinto, A. & Soares, I. (2009).
Sistemas de Gestão da Qualidade. Guia
para a sua implementação. Lisboa: Sílabo.
*Responsável pela Auditoria Interna/Qualidade
16
Continuamos A...
Gerir para a igualdade!
De um modo geral, as pessoas dedicam uma grande
parte do seu dia à sua profissão, sendo que, não raro, os
limites da jornada de trabalho são ultrapassados, sacrificando, assim, o já pouco tempo dedicado às atividades familiares e sociais. Dada, assim, a relevância que o trabalho
tem nas nossas vidas, como principal meio de subsistência
e de realização, é de fundamental importância elaborar e
desenvolver medidas que favoreçam a boa qualidade de
vida no trabalho, até porque isso tende a gerar melhores
resultados.
A nossa Santa Casa, conhecedora desta realidade, através do projeto “Gerir para a Igualdade”, tem vindo, como
aliás, temos noticiado, a desenvolver um vasto conjunto de
iniciativas cujo objetivo é precisamente o de aumentar o
bem-estar físico e emocional dos/as seus/suas colaboradores/as. Dessas iniciativas, salientamos as seguintes:
Jantar de Natal
À semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos, organizámos o Jantar de Natal da Instituição,
que se realizou no dia 13 de Dezembro de 2013 na Casa
do Torreão, em Cucujães. Participaram quase todos/as os/
as colaboradores/as, bem como membros da Mesa Administrativa e dos demais órgãos sociais, tendo todos os presentes degustado a refeição abundante, conversado animadamente e brindado â saúde, à prosperidade e à alegria.
Animação não faltou e ninguém veio para casa sem dar
o seu pé de dança. Foi uma noite agradável que certamen-
* Susana Barbosa
te ficará na lembrança de todos, nomeadamente daqueles
que pela primeira vez participaram no jantar, como foi o
caso dos/as nossos/as estagiários/as.
Outras Iniciativas
O projeto “Gerir para a Igualdade” visa a promoção da
igualdade de género numa ótica de responsabilidade social das organizações, estimulando a adoção de medidas
não discriminatórias de trabalhadores/as e a criação de
condições de paridade na distribuição das suas responsabilidades profissionais e familiares. Pretende-se, além disso, criar um ambiente, bem como condições de trabalho
que sejam as melhores possíveis para todos/as eles/as.
Este projeto tem demonstrado ser uma mais valia para
os/as nossos/as colaboradores/as, visto que lhes tem proporcionado algumas experiências gratuitas e outras a baixo custo, que não seriam possíveis, caso tivessem de pagar
o respetivo custo por inteiro.
Destacamos as que foram recentemente implementadas:
✔ Risoterapia – Por uma saúde melhor!
Quando rimos fortalecemos o coração, dilatamos os
vasos sanguíneos, melhoramos a respiração, aliviamos a
digestão, ativamos mais de 400 músculos do nosso corpo e
fortalecemos os laços afetivos. Libertamos serotonina (antidepressivo natural) e endorfinas (hormonas que aliviam
17
a dor e provocam uma agradável sensação de bem-estar),
bem como dopamina, que ajuda a elevar o estado de ânimo, além da adrenalina, que ajuda a estarmos mais despertos e recetivos, proporcionando-nos maior criatividade.
Por outro lado, rir com frequência fortalece o sistema
imunitário e, como baixa o nível de cortisol, combate o
stress e as insónias.
Nas sessões de Risoterapia dinamizadas na Instituição
e por esta proporcionadas aos/às colaboradores/as, utilizam-se técnicas que ajudam a libertar tensões, nomeadamente a expressão corporal, os jogos, a dança e os exercícios de respiração, entre outras.
✔ Fisioterapia
Alguns/algumas dos/as nossos/as funcionários/as apresentam problemas ou sintomas de lesões decorrentes de
grandes esforços ou das atividades repetitivas no seu pos-
Para colmatar outras necessidades identificadas pelos/
as colaboradores/as estão a ser estudadas mais parcerias.
✔ Lavagem de fardas
A Instituição, à semelhança de outras medidas já tomadas para promover o bem estar dos seus colaboradores,
deliberou que, a partir de 1 de Abril p.p, a higienização das
fardas de trabalho passasse a ser da sua responsabilidade.
Esta medida revelou-se de grande utilidade, pois conseguimos, assim, garantir equipas bem uniformizadas, o
que revela cuidado, não só em relação à apresentação pessoal de cada funcionário, seu conforto e bem-estar, mas
também quanto à imagem da própria Instituição. De resto,
são inegáveis as vantagens da lavagem dos uniformes fora
da casa do trabalhador: para além de representar economia de água, produtos químicos, energia elétrica e tempo,
significa também uma mais valia em termos de se evitarem
possíveis contágios e infeções.
Em jeito de conclusão…
to de trabalho.Para minorar e, tanto quanto possivel, evitar
tais desconfortos, dentro e fora do trabalho, e proporcionar um melhor desempenho e uma maior produtividade,
além, é claro, de bem estar fisico e psicológico, a Instituição entendeu implementar um novo serviço denominado
“Fisioterapia no Trabalho”. Para isso contratou os serviços
de uma fisioterapeuta que se desloca uma vez por semana
às nossas instalações para atender os/as colaboradores/as
previamente inscritos/as.
Bill Hewlett (Fundador da HP) disse: “Homens e mulheres desejam fazer um bom trabalho. Se lhes for dado o
ambiente adequado, eles o farão”.
Independentemente de concordarmos, ou não, com o tom
otimista da frase, devemos atentar em como a natureza se
encarrega de nos mostrar a importância de criar um ambiente saudável, se quisermos que o crescimento aconteça: normalmente escolhemos um pedaço de terra que
recebe muito sol e, em seguida, trabalhamos o solo para
prepará-lo para o plantio; semeamos, regamos, adubamos,
eliminamos as pragas e fazemos a manutenção do jardim
de tempos a tempos. E qual o resultado? Crescimento de
plantas, flores e frutos.
Na nossa Instituição nós queremos o Crescimento! Temos de fazer por ele!...
✔ Protocolos - Cardiologia
No pretérito dia 28 de fevereiro foi estabelecido um
protocolo entre a SCMOA e o Centro de Cardiologia de
Azeméis, sito na R. Fernando Paúl, 37, visando proporcionar aos/às funcionários/as e utentes consultas e exames
da especialidade de cardiologia a preços um pouco mais
reduzidos que os praticados para o público em geral.
*Psicóloga / Membro do Grupo “Gerir para a Igualdade”
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ATIVIDADES DOS
NOSSOS SEniorES
* Dulce Costa
* Ana Correia
Damos aqui nota de algumas das principais iniciativas que, ao longo do último semestre, foram levadas
a cabo no intuito de manter os nossos seniores o mais ativos possível, obviamente dentro das suas
possibilidades. Assim:
Festa de Natal (Dezembro de 2013)
Amor à Mesa/ Cupido sai à Rua (Fevereiro 2014)
Mais um ano em que concretizámos a sempre tão
esperada festa de Natal, um evento que alegra tanto
os mais novos, como os mais velhos. Como nos outros
anos, contámos com a colaboração dos funcionários
da Instituição, que demostraram que, para além das
funções que desempenham diariamente, têm dotes
artísticos.
A Mãe Natal compareceu e trouxe consigo o boneco de neve, ambos tendo contagiado os presentes
com a sua boa disposição. Não faltaram as prendas,
distribuídas, como sempre, pelo já velhinho Pai Natal,
que não se esqueceu de passar por cá, fazendo sorrir
os mais pequenos e também os mais velhos.
No âmbito da comemoração do dia de S. Valentim,
desenvolveram-se duas iniciativas em que a partilha
de afetos foi o mais importante:
O “Amor à Mesa” foi vivido ao pormenor, desde
a confeção de doces com formato de coração até ao
ambiente romântico criado pela música e pela decoração. A atividade envolveu os seniores em todos
os preparativos, bem como muitas colaboradoras da
Instituição que se juntaram a eles na comemoração
deste dia, usufruindo da ementa apresentada.
“O Cupido contagiou todos com a sua boa disposição.”
“Várias gerações cantaram e encantaram nas vésperas de Natal…”
Outra iniciativa no âmbito das comemorações do
dia de S. Valentim foi a actividade interinstitucional “Cupido sai à Rua”, em que objetivo inicial era o
“cupido” (um utente de cada instituição) sair à rua e
distribuir algumas mensagens de amizade pela comunidade oliveirense. Contudo, o tempo não o permitiu e esta atividade acabou por decorrer no salão do
Centro Social e Paroquial de S. Miguel, promovendo
o convívio interinstitucional animado pelos “Rapazi-
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nhos Tuna” (Tuna Masculina da Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira
de Azeméis).
“É também a dançar que se demonstram sentimentos…”
Teatro Interinstitucional (Março de 2014)
Para comemorar o Dia Mundial do Teatro, os idosos participaram num evento cultural, tendo tido a
possibilidade de assistir a duas peças de teatro no
Auditório da Junta de Freguesia de Oliveira de Azeméis. A iniciativa contou com a presença de idosos de
algumas IPSS do concelho, inserindo-se na programação das atividades interinstitucionais.
Desta vez, a atividade foi organizada pela SCMOAZ
em parceria com a Obra Social de S. Martinho da Gândara, tendo proporcionado uma tarde cultural e de
entretenimento. Para tal, contámos com a presença e
colaboração do Grupo de Teatro da Universidade Sénior de Oliveira de Azeméis e com os adolescentes da
União Recreativa “Os Amigos da Terra”, de Carregosa.
Comemoração do Dia das Escolhas Saudáveis
(Abril de 2014)
No sentido de levar a comunidade a refletir sobre
escolhas saudáveis que beneficiem o seu bem-estar, a
Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis incentivou
entidades do concelho a desenvolverem um conjunto
de ações em prol deste objetivo.
A Misericórdia não ficou indiferente a esta iniciativa, tendo procurado transmitir, não só às crianças
como também aos mais velhos, os cuidados que devem ter ao longo da vida com a sua saúde física e hábitos alimentares. No período da manhã houve uma
participação ativa das crianças e idosos numa aula
de zumba para incentivar a atividade física e no decorrer do dia foram confecionados um almoço e um
lanche “saudáveis” para também dar a oportunidade
de envolver os colaboradores da Instituição e sensibilizar os mesmos para certos cuidados a ter na sua
alimentação diária.
“A mexer para a boa qualidade de vida manter.”
“Ao Som das Tunas” (Abril de 2014)
“As encenações captaram a atenção dos quase 150 idosos presentes.”
Ainda em Abril (dia 11), decorreu na Instituição
um espetáculo de tunas académicas que envolveu
pela noite dentro utentes (idosos/as), seus familiares
e amigos, colaboradores e elementos da Mesa Administrativa.
O espetáculo foi dinamizado pela “Cientuna - Tuna
Feminina de Ciências do Porto” - que apresentou o seu
reportório, convidando em alguns momentos a um
pezinho de dança. O programa inicialmente previsto
contava com duas tunas, mas, por motivos inerentes
20
aos membros da Tuna Mista da Escola Superior de
Educação de Coimbra “K&Batuna”, não foi possível a
sua participação. Na ausência da tuna, contámos com
a presença do grupo “Duas Gerações”, de Palmaz, um
grupo de cantares que encerrou o evento da melhor
forma, ao som de músicas tradicionais portuguesas.
O Provedor agradeceu as atuações, presenteando
os grupos com um emblema e uma medalha da Misericórdia. Não faltou também um apetitoso jantar
partilhado, oferecido aos elementos dos dois grupos.
“Os idosos elaboraram molduras para recordar fotografias que valem mais do que mil palavras.”
fim, se colocar uma fotografia da família, para que,
em conjunto, recordassem o passado, bem presente
nas suas vidas.
Marchas Populares (Junho de 2014)
No mês de Junho não podia faltar a comemoração
dos santos populares, especialmente do Santo António, o celebrado santo casamenteiro. Os idosos e as
crianças, bem como alguns colaboradores da Instituição juntaram-se numa tarde solarenga e apresentaram duas marchas populares: as crianças com o tema
“Portugal” e os idosos com o tema “Os Pescadores”,
contando com música alusiva ao dia e envolvendo
todos os presentes num ambiente festivo. Os idosos
tiveram um papel importante na concretização do
evento, uma vez que colaboraram na elaboração dos
arcos, dos peixes em feltro e das respetivas roupas
alusivas à temática.
A “Cientuna” e o grupo “ Duas Gerações”.
Dia da Família (Maio de 2014)
É, naturalmente, no seio familiar que os idosos devem sentir-se apoiados, mesmo que não partilhem o
mesmo espaço que os seus familiares, pelo que mais
importante que o espaço físico que se partilha são
os laços afetivos que se criam e se estabelecem frequentemente.
Foi nesse enquadramento que no mês de Maio
desenvolvemos uma iniciativa com o objetivo de fomentar a proximidade entre os idosos e os seus entes
queridos, construindo e pintando molduras para, no
“Podem não
ter pescado…
mas ao som
da música e
a marchar
todos foram
cativados.”
* Animadoras Socioculturais
21
P E Lo nosso
infantá rio
*Célia Almeida
**Paula Coutinho
Balanço de mais um ano…
Ao longo de mais um ano várias foram as atividades desenvolvidas com o objetivo de proporcionar às nossas crianças
a melhor aprendizagem possível. Para este ano letivo (setembro de 2013 a agosto de 2014) o tema do Projeto Curricular
que orientou toda a nossa atividade pedagógica foi o “Tuga – Viajar Por Portugal”. Assim, e no âmbito desta temática,
iniciou-se o ano letivo com uma série de visitas de estudo (Parque Molinológico de Ul, Museu Marítimo do Bacalhau e
Fábrica de Ovos Moles), aliás já mencionadas no Boletim anterior (dezembro de 2013).
FESTA DE NATAL
ERA UMA VEZ…
Ainda em 2013, no mês de dezembro, tivemos a comemoração do Natal, com a chegada do Pai Natal e com
a Festa de Natal da Instituição referida neste nº do Boletim a propósito das Atividades dos Seniores.
Ainda neste mês tivemos a presença de dois contadores de histórias, que contaram às crianças histórias
tradicionais e as presentearam com um pato, o “Artur”,
que é a alegria de todas as crianças. Dinamizaram ainda, no final da tarde, uma atividade com pais e filhos.
FOLIA DO CARNAVAL
No dia 22 de fevereiro, mês da alegria e da folia, o
Infantário participou no Corso de Carnaval organizado
pela Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, com o
Tema “O Fado”.
VAMOS AO TEATRO!
No mês de Março a nossa instituição recebeu a companhia de teatro “Reflexo” que nos apresentou a peça
de teatro “A Casinha de Chocolate”, muito aplaudida por
todos.
22
COLABORAÇÃO PAIS - FILHOS
Em parceria com a Associação de Pais, o Infantário
fez, com as crianças, a plantação de bolbos que, depois,
foram vendidos aos pais, tendo o apuro revertido para a
Associação de Pais.
DIA MUNDIAL DA CRIANÇA
SEMPRE EM FESTA!
No âmbito da comemoração do Dia Mundial da Criança, em 1 de junho, os nossos meninos e meninas tiveram
uma surpresa oferecida pela Associação de Pais, que foi
a possibilidade de brincar e saltar nos Insufláveis.
No mês de abril a sala dos cinco anos, e com o objetivo de angariar fundos para a viagem de finalistas, realizou na Instituição uma “Spring Fest” com a presença
do grupo “Cem Sentidos”.
A FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR
Sendo o mês de maio considerado o mês da família,
o nosso Infantário, à semelhança dos anos anteriores,
organizou um convivío onde pais, familiares e colaboradoras promoveram um ambiente de festa e convivio ,
com um lanche oferecido pelo Infantário.
FESTA DE FINAL DE ANO E PASSEIO DE FINALISTAS
Já na fase final do ano letivo realizámos, no dia 21
de junho, a nossa festa de fim de ano. Ainda neste mês
os finalistas realizaram o seu passeio ao Parque Natural
do Gerês nos dias 26 e e 27. A essas atividades nos referimos com mais pormenores a seguir.
QUEM NÃO GOSTA DE PRAIA?!…
Do dia 30 de junho ao dia 4 de julho fizemos a nossa semana de praia na Torreira, onde se desenvolveram
atividades livres, dando asas à imaginação de cada um,
sem nunca esquecer as regras de segurança para garantir o bem estar e o sossego de todos.
ENCERRAMENTO DE ATIVIDADES
Também no dia 31 de maio, decorreu no nosso Infantário, às 16h, o encerramento das atividades extra-curriculares da Meia Ponta (Ballet, dança criativa, Karaté e música).
AGOSTO: FÉRIAS
No âmbito do apoio sócio-familiar, no mês de agosto estaremos abertos (excepto na semana de 11 a 15),
sendo as atividades, neste mês, mais direcionadas para
o espaço exterior ao Infantário.
* Diretora Técnica | ** Coordenadora Pedagógica
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Encerramento dO
ano letivo
F esta
de
C or e A legria
No passado dia 21 de junho, entre as 15h e as 18h,
teve lugar no Cine Teatro Caracas, em Oliveira de Azeméis, a Festa de Encerramento do Ano Letivo do nosso
Infantário.
A abertura da
Festa coube, naturalmente,
ao
nosso
Provedor,
que agradeceu a
presença de todos,
especialmente da
Exma. Sr.ª Vereadora da Ação Social
da Câmara a quem
pediu para transmitir à autarquia o
agradecimento da
Misericórdia pela
cedência do espaço da festa e pelo
O nosso Provedor abre a festa
apoio prestado no
transporte das crianças para os ensaios ali efetuados.
Enalteceu ainda o trabalho e profissionalismo das colaboradoras do Infantário e dirigiu palavras de incentivo
e esperança aos finalistas (meninos da sala dos 5 anos).
De seguida, ao longo de toda a tarde, e perante uma
plateia repleta de familiares e amigos das crianças, assistiu-se a uma sequência de atuações cheias de cor e
alegria, nas quais participaram todas as salas da Creche
e do Pré-Escolar.
As fotos respetivas, que apresentamos a seguir, “falam” por si:
*Célia Almeida
Atuação da sala de 1 ano – “Passeio na Quinta”
Atuação da sala dos 2 anos – “ Regato que Ri”
Atuação da sala dos 3 anos – “ Sentido único”
Atuação dos bebés – “ Super Fantástico”
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Uma atenção especial estava reservada aos finalistas, pois a Festa era o momento da entrega das pastas e
respetivos diplomas.
Atuação da sala dos 4 anos – “ Na Terra do Nunca”
Finalistas – “Entrega das Pastas”
Atuação da sala dos 5 anos – “1, 2, 3 era uma vez…”
Os pais dos meninos da sala dos 2 anos surpreenderam
a educadora Eliana com a leitura de um poema como
forma de reconhecimento pelo trabalho por si realizado
ao longo dos últimos 2 anos. Os idosos, utentes do Lar
da Instituição, quiseram, também este ano, participar no
evento, na sequência, aliás, das muitas atividades que,
ao longo do ano letivo, criam laços afetivos entre idosos
e crianças. Também os pais participaram com as suas
talentosas atuações.
Foi um momento que emocionou os presentes, muito
em particular os meninos e as funcionárias do Infantário que acompanharam o seu crescimento ao longo destes 5 anos. O evento terminou com a presença de todos
os pais dos finalistas em palco, junto das suas crianças, a
homenagearem as educadoras e auxiliares que acompanharam aquele grupo, especialmente a educadora Paula
e a auxiliar Elisabete, pela dedicação, paciência e profissionalismo que revelaram na educação dos seus filhos.
Atuação dos Idosos – “Pelos Caminhos de Portugal ”
Homenagem à educadora Paula e à auxiliar Elisabete
Fica aqui uma palavra de agradecimento, não só aos
pais das crianças pelo tempo consumido (tanto no planeamento das atividades como na realização das mesmas), como também à Mesa Administrativa e aos funcionários da SCMOA, pois, sem o seu contributo, a festa não
teria tido o mesmo brilho.
Uma das Atuações dos Pais – “Tampinhas”
*Diretora Técnica do Infantário
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Passeio dos Finalistas do
Pré - escolar
EIS QUE CHEGOU O FIM DA LINHA…
*Paula Coutinho
Neste contato com a mãe natureza procurámos consciencializar as crianças para questões da atualidade, como
seja a extinção da fauna e da flora, bem como o aqueci-
Celebrando o final de mais um ano letivo e o fim de
um ciclo na vida de alguns dos nossos alunos, eis que eles
se preparam para nos deixar.
Foram cinco anos de crescimento, de partilha, de envolvimento, que nos deixam com uma lágrima no canto
do olho ao vê-los partir, mas com fé no futuro que, esperamos, os fará sorrir.
Vimo-los, meninos pequeninos, agarrados a chupetas
e aos seus bonecos de estimação, a balbuciar as primeiras
palavras, a dar os primeiros passos (e os primeiros tombos) e a fazer as suas birras, mas sempre com o envolvimento das famílias.
E é gratificante chegar aqui e ver que nasceu um grupo
na verdadeira acepção do termo, de iguais entre diferentes, onde cada um deu de si para todos e recebeu de todos
para si.
Cresceram as crianças, cresceram as famílias e as educadoras, cresceram todos os que com eles trabalharam e
cresceu o Infantário da Santa Casa, que, graças a todo este
intercâmbio e interação, ficou mais rico e com a satisfação
de ter cumprido o seu papel.
No culminar deste longo processo de aprendizagem e
de acompanhamento de cinco anos, o grupo foi em passeio ao Parque Natural do Gerês, nos dias 26 e 27 de Junho.
mento global, sem esquecermos também as tradições de
tão bela região. Por outro lado, quisemos proporcionar-lhes um lugar onde pudessem divertir-se e a boa disposição fosse, como foi, reinante e onde os laços de amizade
que nos uniam fossem reforçados nas mais diversas atividades, entre elas as visitas ao Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas e ao Museu da Geira, o passeio pedestre
para observar a fauna e flora, o andar a cavalo, o karting,
o salto em trampolim, o tiro ao alvo, o passeio de charrete
e várias atividades livres.
A aventura soube
a pouco,
em termos
de tempo,
e,
como
calculam,
daria para
ficar aqui
horas
e
horas, páginas e páginas, a contar e a descrever peripécias, aventuras, gestos e mimos destes “meus” meninos, pois sinto que
eles também são meus…
Obrigado por me terem ajudado a cumprir os meus
objetivos enquanto educadora, por me terem apoiado nos
momentos de desalento e acompanhado nos de alegria e
felicidade, e, acima de tudo, por terem feito parte da minha vida, ficando para sempre guardados no meu coração
como gotas de orvalho numa manhã de esperança.
*Educadora da sala dos 5 anos
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Associação de Pais e
Encarregados de Educação
do Infantário
* Sandra Pereira
“Quando vejo uma criança, ela inspira-me dois sentimentos: ternura pelo que é e respeito pelo que pode vir a ser”.
Pasteur, Louis
Neste mandato a Associação de Pais continuou a desenvolver e a colaborar com as educadoras nas atividades levadas a cabo no Infantário.
No decorrer do ano, várias atividades foram dinamizadas, sendo de referir as seguintes:
Setembro de 2013 - Inauguração da cobertura do
parque infantil, já relatada no nº anterior deste Boletim.
Outubro de 2013 - Cobrança das quotas anuais
Novembro 2013 - Magusto de S. Martinho.
Dezembro 2013 - Confeção e venda de biscoitos e
compotas, com o apoio da equipa docente, tendo metade do lucro revertido para o passeio dos finalistas.
-Oferta de atividades com insufláveis, modelagem
de balões e pinturas faciais às nossas crianças.
Fevereiro 2014- A Associação de Pais ofereceu 150
euros para a aquisição de um tablet para uma criança
da sala dos finalistas cujo estado de saúde requer muitos cuidados.
Março e Abril 2014 - “Chegada da primavera”: aquisição de frascos para cada criança pintar e plantar um
bolbo. Venda aos pais.
Maio 2014 - Festa da Família: Uma tarde animada
em que a Associação de Pais contribuiu com insufláveis
para as crianças brincarem.
- Mercado à Moda Antiga, que é o auge da atividade
da Associação de Pais. Daqui, e em nome de todos os
intervenientes, agradecemos todas as formas de apoio e
contribuição por parte dos docentes, não docentes, pais
e encarregados de educação e outros amigos.
Junho 2014 - Participação na festa de final de ano, no
Cine- teatro Caracas, com o fato do “Panda dos Caricas”
Julho de 2014 - Pagamento de metade do custo da
ida à praia.
Não poderíamos deixar de, mais uma vez, fazer aqui
um sincero agradecimento a todos os pais por nos ajudarem a fazer as nossas crianças felizes.
Apelamos a todos que queiram fazer parte da Associação de Pais para que contatem connosco, pois não
podemos deixar que acabe, até porque todo o seu esforço é em prol das crianças.
Pessoalmente, estou ligada à Instituição desde 2005
e os meus filhos foram aí “criados” com amor, ternura e
carinho. Vou sentir muitas saudades de todas as pessoas
que fazem parte desta família.
Também quero aproveitar para agradecer a todos os
meus colegas membros da Associação pela dedicação,
apoio e companheirismo. Acho que, de certa forma conseguimos levar o barco a bom porto, apesar das tempestades.
*Presidente da Associação de Pais
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NOTÍCIAS da instituição
Assembleia Geral
Teve lugar no dia 28 de Março p.p. a Assembleia Geral Ordinária destinada, de acordo com a al. b) do n.º
2 do art.º 24º dos Estatutos, à apresentação, discussão
e votação do Relatório de Atividades e das Contas de
2013, documentos que foram distribuídos aos irmãos
presentes – infelizmente menos do que o que era desejável – e aprovados por unanimidade.
Foram também abordados outros assuntos de interesse para a vida da Instituição, tendo o Provedor aproveitado o ensejo para lembrar que este ano é ano de
eleições e para apelar aos irmãos no sentido de, oportunamente, apresentarem listas para concorrerem a essas
eleições, que, nos termos estatutários, terão lugar em
Dezembro. Será uma prova de vitalidade da Irmandade.
Arranjo / Ajardinamento da Entrada
Depois da reparação do espigueiro existente na entrada das instalações da nossa Instituição (ver Boletim
n.º 22), entendeu a Mesa Administrativa ser agora altura
de proceder à reconstrução da eira anexa ao referido espigueiro, reconstrução, cujo custo atingiu os € 3.650,00
+ IVA.
Entretanto, tem prosseguido ao ritmo possível – porque utilizada, fundamentalmente, mão de obra da casa
– o arranjo do terreno que se segue, para poente, às
duas construções, encontrando-se o seu ajardinamento
em vias de ser concluído. (Foto da capa).
Programa de Emergência Alimentar
(Cantina Social)
No dia 21 de Abril do corrente ano procedeu-se
em Aveiro, na sede do Centro Distrital do Instituto da
Segurança Social, IP, à assinatura de um novo Protocolo
no âmbito do Programa de Emergência Alimentar (PEA).
Enquanto o anterior protocolo, assinado, como demos notícia (Boletim n.º 21), em Maio de 2012, contem-
plava a disponibilização pela Instituição de apenas 65
refeições diárias, este último contempla 90, número que
se tem mostrado adequado às necessidades.
O seu período de vigência terminou já em 30 de Junho, estando em vias de ser assinada uma adenda para
o 3º trimestre, que, todavia, reduz o número de refeições
diárias para 75.
Oferta de cadeira de rodas pelo Rotary Club
Também a nossa Instituição foi contemplada com a
oferta de uma cadeira de rodas no âmbito da iniciativa
“30 Cadeiras – Trinta Instituições” financiada a 50% pela
Rotary Foundation, a 25% pelo Rotary Club de Oliveira
de Azeméis e a 25% pela Casa da Amizade e que abrangeu todas as IPSS do Concelho e, nas freguesias onde as
não havia, a respetiva Junta.
A entrega teve lugar no dia 13 de Junho p.p. em cerimónia muito concorrida realizada no Cineteatro Caracas. Mais uma vez, o obrigado desta Santa Casa ao Rotary Club de Oliveira de Azeméis, promotor da iniciativa.
Novo equipamento para a cozinha
Vindo a sentir-se desde há
tempos a esta parte a necessidade
de substituir a máquina industrial
de lavar loiça, dadas as suas constantes avarias e os elevados custos e a demora das reparações, em
Fevereiro p.p. decidiu-se a compra
de uma nova máquina, tendo-se
optado pela marca ARI, mod. AP1000 PLUS, de 6,8 kW de potência, cujo preço foi de € 3203,50.
Novos Irmãos
No primeiro semestre deste ano foram inscritos 21
novos irmãos, ascendendo agora o número total a 331.
Em 2013, pagaram a respetiva quota 204 irmãos.
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MOVIMENTO DAS VALÊNCIAS DE IDOSOS
1.º Semestre
de
2014
ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS (LAR)
Acordo com Instituto da Segurança Social: 80 utentes, ficando 10% dos lugares cativos para a SS
Situação em 31.12.2013
Situação em 30.06.2014
Ocupação: 75 Idosos. (Nesta data já estavam admitidos 4 utentes
para entrarem em Julho, sendo a vaga restante da S. Social).
Ocupação: 78 Idosos
No período em causa ocorreram:
14 admissões | 17 óbitos | 0 desistência
CENTRO DE DIA
Acordo com Instituto da Segurança Social: 20 utentes
Situação em 31.12.2013
Situação em 30.06.2014
Ocupação: 19 idosos
Ocupação: 22 idosos
No período em causa ocorreram:
8 admissões | 3 transferências para a ERPI | 2 desistências
SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO (sad)
Acordo com Instituto da Segurança Social: 70 utentes
Situação em 31.12.2013
N.º utentes a usufruir do SAD: 71
Situação em 30.06.2014
N.º utentes a usufruir do SAD: 69
No período em causa ocorreram:
18 admissões | 8 óbitos | 9 desistências | 3 transferências para outra valência
valência residencial
Capacidade: 25 quartos e 5 suites
Situação em 31.12.2013
Ocupados: 24
Situação em 30.06.2013
Temporariamente: 16 (c/ 17 ocupantes)
Temporariamente: 18 (c/ 19 ocupantes)
Ocupados: 26
Vitaliciamente: 8 (c/ 9 ocupantes)
Disponíveis: 6 3 Quartos e 3 suites
Vitaliciamente: 8 (c/ 9 ocupantes)
Disponíveis: 4 1 Quarto e 3 suites
No período em causa ocorreram:
16 admissões | 2 óbitos | 7 reintegrações na família | 5 transferências para outra valência

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