da Parte Escrita

Transcrição

da Parte Escrita
Tecnologia em Desenvolvimento de Sistemas Distribuídos
Seminário Conectividade
Deive Roy Boganika
Lucas Damiani
Thiago Przybylovicz
Curitiba, novembro de 2005.
1
Índice Geral
1. Introdução........................................................................................................................4
2. Modems Discados...........................................................................................................5
2.1 Fundamentos............................................................................................................5
2.2 Evolução.....................................................................................................................5
2.3 Funcionamento.........................................................................................................5
2.3.1 Protocolo............................................................................................................6
2.3.2 Taxa de transferência......................................................................................7
2.4 Tecnologia.................................................................................................................9
2.4.1 Modems Analógicos.........................................................................................9
2.4.2 Modems Digitais...............................................................................................9
2.4.3 Modem 56K.....................................................................................................10
2.4.4 Modem Duplex...............................................................................................11
2.4.5 Modem Onboard............................................................................................11
2.4.6 Winmodem......................................................................................................11
2.5 Comparação de Preços e Funcionamento..........................................................12
2.6 Variáveis a serem analisadas para compra........................................................12
3. Modems ADSL...............................................................................................................13
3.1 Fundamentos..........................................................................................................13
3.2 Funcionamento.......................................................................................................13
3.2.1 Instalação do modem ADSL externo...........................................................13
3.2.2 Tipos de Conexão..........................................................................................14
3.2.3 Mecanismos de Encapsulamento de Informações:...................................14
3.3 Tecnologias.............................................................................................................14
Modem USB................................................................................................................15
3.4 Marcas.....................................................................................................................16
3.5 Diferença.................................................................................................................16
3.6 Comparação de Preços e Características...........................................................16
3.6.1 SPEED TOUCH 330 USB..................................................................................16
3.6.2 SPHAIRON XPEED X400..................................................................................17
3.6.4 SIEMENS SPEEDSTREAM 4200.......................................................................18
3.6.5 XAVI X8121R...................................................................................................19
3.7 Variáveis a serem consideradas na compra.......................................................20
4. Placas de Rede..............................................................................................................21
4.1 Fundamentos..........................................................................................................21
4.2 Funcionamento.......................................................................................................22
4.3 Tecnologias.............................................................................................................22
4.4 Marcas.....................................................................................................................22
4.5 Diferenças de Funcionamento.............................................................................22
4.6 Comparação de Preços e Funcionamento..........................................................23
4.7 Variáveis a serem consideradas na compra.......................................................23
5. Hub.................................................................................................................................24
5.1 Fundamentos..........................................................................................................24
5.2 Funcionamento.......................................................................................................24
5.3 Tecnologias.............................................................................................................25
5.4 Marcas.....................................................................................................................25
5.5 Diferenças de Funcionamento.............................................................................25
5.6 Comparação de Preços e Características...........................................................25
5.7 Variáveis a serem analisadas para compra........................................................25
6. Switch.............................................................................................................................26
2
6.1 Fundamentos..........................................................................................................26
6.2 Funcionamento.......................................................................................................27
6.3 Tecnologias.............................................................................................................27
6.4 Marcas.....................................................................................................................27
6.5 Diferenças de funcionamento..............................................................................27
6.6 Comparação de Preços e Características...........................................................27
6.7 Variáveis a serem analisadas para compra........................................................28
7. Conclusão......................................................................................................................29
8. Bibliografia....................................................................................................................30
Índice de Figuras
Fig. 2.1 - Foto Modem Motorola V.92 PCI.......................................................................5
Fig. 2.2 - Esquema de funcionamento da conexão discada........................................6
Fig. 2.3 - Gráfico da relação Taxa de Transmissão x Sinal Ruído...............................9
Fig. 3.1 - Esquema de funcionamento ADSL................................................................13
Fig. 3.2 - Modem Bridge..................................................................................................14
Fig. 3.3 - Modem Router.................................................................................................15
Fig. 3.4 – Modem USB Huawei SmartAX MT810...........................................................15
Fig. 3.5 - Speed Touch 330............................................................................................16
Fig. 3.6 - Xpeed X400......................................................................................................17
Fig. 3.7 - US Robotics 9001............................................................................................17
Fig. 3.8 - Speedstream 4200..........................................................................................18
Fig. 3.9 - X8121R.............................................................................................................19
Fig. 4.1 - RTL8139...........................................................................................................21
Fig. 4.2 - 3c905 - Tx..........................................................................................................21
Fig. 4.3 - Dlink AirPlus XtremeG DWL - G520................................................................21
Fig. 5.1 - OfficeConnect Dual Speed Hub 16...............................................................23
Fig 5.2 - Encore ENH708 - MIN........................................................................................24
Fig. 6.1 - Switch Catalyst 3750......................................................................................26
Fig. 6.2 - Switch Encore ENH908 - NWY.........................................................................26
Índice de Tabelas
Tabela
Tabela
Tabela
Tabela
Tabela
2.1
3.1
4.1
5.1
6.1
-
Tabela
Tabela
Tabela
Tabela
Tabela
comparativa
comparativa
comparativa
comparativa
comparativa
entre
entre
entre
entre
entre
modelos, preços e características.............12
modelos e suas características..................16
modelos, preços e suas características....23
modelos, preços e suas características....25
modelos, preços e suas características....27
3
1.
Introdução
No início tudo era caos, a incomunicabilidade entre os seres
tornava a vida hostil e tenebrosa, o temor pairava sobre o ar. Sucintamente o
homem transformou seus grunhidos em sinais organizados, dotados de
significado e sentido, passando a entender e interagir com o seu meio e seus
semelhantes. A evolução da ignorancia para tecnologia, queira ou não, foi
abastecida pela capacidade de interação, a comunicação entre os diversos seres.
Desde de então nasceu a possibilidade de idéias conjuntas e como consequência
o desenvolvimento da tecnologia e ciência.
No decorrer dessa evolução o homem por diferentes meios vem
tentando vencer as barreiras físicas impostas a sua comunicação e transmissão de
seus conhecimentos. Um grande expoente que veio a se revelar praticamente na
contemporaneidade dos dias atuais ( não consideramos século como grande
distância temporal ) foi Graham Bell, o inventor do telefone ( dispositivo primitivo
mas suficiente para encurtar distâncias ). A partir dele muito se descobriu e se
aperfeiçoou, inovando e surpeendendo a luz de nosso olhar.
É passível de se dizer que a barreira foi vencida sim, e hoje somos
capazes de influir e interagir na cultura e vida de povos pelo mundo todo... os
tempos são outros e os conceitos são diferentes. Como fruto dessa tecnologia
que vem sorrateiramente invadindo nosso cotidiano é que vamos citar e
apresentar os dispositivos que intensificam e facilitam a interação de dados e
pessoas de empresas, comunidades, sociedades, do planeta de Terra inteiro:
MODEMS, HUBS e SWITCHS.
4
2.
Modems Discados
2.1
Fundamentos
Modem – (MOdulador /DEModulador).A maneira mais fácil de fazer
a comunicação entre dois computadores distantes é via linha telefônica. Quase
todos têm acesso a uma e já existe uma sofisticada rede de interconexão
propiciada pelas companhias telefônicas. O problema reside no fato das linhas
telefônicas terem sido preparadas para o tráfego da voz e não para os sinais
digitais dos computadores. A informação digital dos computadores precisa de ser
convertida em sinais adequados para o tráfego pela rede telefônica pública. O
aparelho responsável por essa conversão é o modem.
A palavra modem é também usada para designar dispositivos
usados em transmissão exclusivamente digital, como por exemplo os dispositivos
que recebem as informações digitais originados em um computador e os
adequam para uma linha telefônica digital, como a ISDN (Rede Digital de Serviços
Integrados).
Fig. 2.1 - Foto Modem Motorola V.92 PCI
2.2
Evolução
O modem é uma invenção antiga, mas ainda fundamental para o
mundo dos computadores. Hoje, há modems rápidos, trabalhando a 56.600 bps,
mas muitos ainda se lembram dos antigos aparelhos que operavam a 300 bps. O
interessante é que, há uns cinco anos atrás, apenas uma pequena porção dos
computadores tinha a disponibilidade de um modem. A consolidação da Internet
e a explosão de transações pela rede provocou o surgimento de um enorme
mercado para os modems e as fábricas têm respondido com um desenvolvimento
sem precedentes.
2.3
Funcionamento
Os modems são sempre usados aos pares, um em cada
extremidade do caminho de transmissão. Para garantir a comunicação, o usuário
deve assegurar - se de que tanto o modem transmissor como o receptor usem o
mesmo protocolo, que são as regras que descrevem precisamente o formato dos
dados, o esquema de modulação e a velocidade de transmissão.
Toda vez que se faz a comunicação entre dois pontos, diz - se que
essa comunicação acontece através de um canal. Por exemplo, quando duas
pessoas falam através do telefone comum, elas usam o canal telefônico. Outro
5
conceito muito importante e também bastante intuitivo é o do ruído. Em toda
comunicação, existe ruído presente. É claro que, quanto maior o ruído, maior é a
chance de acontecerem erros nessa comunicação. Todo canal é corrompido pelo
ruído. A potência do ruído, de forma absoluta, não traz muita informação, o que
interessa é a comparação da potência do ruído com a potência do sinal que passa
pelo canal. Por isso, o ruído é caracterizado através do que se chama Relação
Sinal /Ruído (SNR), que normalmente é medida em dB (decibel). Quanto maior for a
SNR, melhor será a comunicação.
A Figura 1 apresenta uma típica conexão usando modem, onde um
usuário acessa um provedor Internet (ISP, “Internet Service Provider”) através da
rede telefônica pública (PSTN, “Public Switch Telephone Network”). O enlace digital
entre o computador e o modem é transformado por este último em um enlace
analógico, que chega até a central telefônica. Já o enlace entre as centrais é feito
de forma digital, exceto as centrais muito antigas. Algumas grandes instituições,
como os bancos, alugam linhas privadas digitais e, com isso, têm, desde a origem
até o destino, um enlace completamente digital e podem então comunicar - se a
grandes velocidades. Os principais problemas da conexão entre computadores
surgem no enlace analógico, que foi originalmente projetado para trabalhar com
voz na faixa de 300 até 3 kHz. Bem, se o problema está nas linhas telefônicas
analógicas, não seria possível substituí - las por enlaces digitais? Provavelmente
não, pois ficaria muito caro. É preciso contentar - se com as velhas linhas
telefônicas.
Fig. 2.2 - Esquema de funcionamento da conexão discada.
2.3.1 Protocolo
Quem já trabalhou com modems com certeza já viu uma lista de
especificações: v.34, v.32, v.22, bell 212A, etc.. Essas especificações dizem
respeito aos protocolos que um modem pode cumprir. Os modems, assim como
as pessoas, precisam de uma linguagem comum para que cada um entenda o
outro. No começo dos anos 70, a Bell era a maior projetista e produtora de
modems e, por isso, seus modems acabavam virando padrões.
6
Esses padrões foram mais tarde adotados como recomendações de
uma organização de padrões mundiais, denominada “Comité Consultatif
International de Telegraphie et Telephonie”, abreviada como CCITT. Ela foi mais
tarde
renomeada
para
“International
Telecommunications
Union
Telecommunication Standardization”, abreviada como ITU - T, que em português
seria traduzido como União Internacional de Telecomunicações, com sede em
Genebra, na Suiça.
Diversos padrões para comunicação de dados sobre rede
telefônica, em especial para modems, foram desenvolvidos pela ITU - T. Esses
padrões estão nomeados com siglas que começam com a letra V e, por isso, são
conhecidos como padrões e recomendações da série V. A ITU - T pode ser
facilmente acessada através do seu site: http: / / www.itu.int.
2.3.2 Taxa de transferência
A Rede Telefônica Pública (PSTN) foi projetada para trabalhar na
faixa de freqüências (Banda Passante - W) de 300 a 3 kHz. As informações são
transmitidas através da linha telefônica com o uso das variações (modulação) de
um determinado sinal, chamado de portadora. Quanto maior for o número de
variações por segundo, maior será a quantidade de informação transmitida, ou
seja, maior será a taxa de bits. A taxa de bits é medida em bps, que significa bits
por segundo.
Em 1928, um matemático que trabalhava nos laboratórios da Bell,
Harry Nyquist, estabeleceu uma relação entre a banda passante de um canal e a
máxima taxa de bits que o canal poderia transportar. Esse teorema estabelece
que esta taxa máxima é igual a 2 x W, onde W é a banda passante do canal. Dessa
forma, o teorema de Nyquist leva a uma aparente limitação da máxima taxa de
transmissão para um canal de voz. Uma comunicação unidirecional estaria
limitada a 3.000 bps e, para um canal bidirecional, ela seria de 1.500 bps. Dessa
forma, em 1985, um modem de 1.200 bps era considerado estado da arte e
vendido por US$ 500. Agora, como explicar que existem modems trabalhando de
forma bidirecional a 33.600 bps, ou mais ?
Olhando de forma mais cuidadosa para o teorema de Nyquist,
nota - se que ele se refere às mudanças da portadora e especificamente à taxa de
transmissão. Isto significa que, se for associado um bit para cada variação da
portadora sinal, é possível atingir taxas de transmissão mais altas.
Nos antigos tempos da transmissão telegráfica, foi definida a
unidade Baud, que especifica a quantidade de mudanças do sinal por segundo. Ela
também é referenciada à taxa de modulação na qual os sinais estão sendo
transmitidos. Se os sinais puderem assumir apenas dois valores, por exemplo, 5V
para o bit 1 e 0V para o bit 0, então a taxa de modulação em Baud é igual à taxa
de transmissão em bits por segundo. Porém, se os sinais assumirem 4 valores,
por simplicidade 0; 1,66; 3,33 e 5V, pode - se associar 2 bits para cada um desses
valores. Agora, para cada variação da portadora, transmitem - se dois bits, ou seja,
a taxa de transmissão em bits por segundo é igual ao dobro da taxa de
modulação. Os primeiros modems trabalhavam de forma muito simples, usando
apenas dois tons: um bit para cada tom.
A fórmula para calcular - se a máxima taxa de transmissão R de um
modem, em bits por segundo, supondo que se saiba a taxa de modulação B, em
Baud, e que o sinal pode ter D estados distintos, é:
7
Como observado, um modem que module a portadora através de 4
níveis distintos pode associar 2 bits para cada nível e, em conseqüência, dobra a
taxa de transmissão. Um modem desses, trabalhando a 1.200 bps, é equivalente a
uma taxa de modulação de 600 Baud. De forma similar, um modem de alto
desempenho associa 6 bits para cada uma das 64 possíveis transições da
portadora e então aumenta bastante a taxa de transmissão, ainda mantendo baixa
a taxa de modulação. Resumindo, aumentar o número de bits associado a cada
nível da portadora efetivamente aumenta a taxa de transmissão.
Volta - se novamente à pergunta: então qual é o limite teórico para a
taxa de transmissão quando se usa um canal de largura de banda igual a W ? É
claro que não se pode aumentar indefinidamente o número de bits associado a
cada variação da portadora. À medida que se aumenta essa quantidade de bits,
torna - se cada vez mais difícil distingüir um sinal do outro e agora passa a entrar
em cena o ruído. Se o mundo fosse perfeito e não houvesse ruído, então não
haveria limite para a quantidade de bits associada a cada transição da portadora.
Mas as coisas não funcionam assim e a quantidade de ruído dita o limite para
essa quantidade de bits. Em 1949, Claude Shannon, um outro matemático dos
Laboratórios da Bell, postulou uma relação entre a máxima taxa de transmissão, a
largura de banda do canal e a quantidade de ruído:
Onde:
C é a máxima capacidade do canal em bps;
W é a largura de banda do canal medida em Hz;
• S é a potência do sinal em Watts;
• N é a potência do ruído em Watts; e
• Log2 é o logaritmo na base 2.
Esta relação determina a máxima taxa de transmissão teórica para
um dado canal. A figura 2 apresenta essa relação calculada para o canal de voz
telefônico, que tem uma banda de 3.000 Hz e uma relação sinal / ruído entre 30 e
40 dB. Tomando - se como típica uma SNR = 35 dB, chega - se a um limite de
35.000 bps. Os modems comerciais, para trabalhar com linha discada,
usualmente chegam a 33.600 bps, o que está próximo ao limite teórico. É comum
que as linhas ofereçam uma relação sinal ruído abaixo de 30 dB e isso explica
porque os modem 33.6K freqüentemente oferecem uma conexão abaixo dessa
velocidade. Agora uma outra pergunta: se o limite é de 35Kbps, como pode
funcionar um modem de 56K ?
•
•
8
Fig. 2.3 - Gráfico da relação Taxa de Transmissão x Sinal Ruído.
2.4
Tecnologia
2.4.1 Modems Analógicos
São equipamentos que realizam o processo de MODULAÇÃO para
que os sinais digitais possam trafegar pelo meio telefônico.
Conceito de modulação: É um processo pelo qual são modificadas
uma ou mais características de uma onda denominada PORTADORA , segundo um
sinal MODULANTE (informação) que se deseja transportar pelo meio; no caso de
comunicação de dados, é o sinal digital binário). A modulação pode ser feita
variando amplitude, frequência dou fase da onda portadora, isoladamente ou
conjuntamente. A informação impõe o modo como vai ser modificada a
portadora, pode - se recuperar a informação digital. É por isso que se diz que a
portadora transporta a informação.
Os principais tipos de modulação utilizados em comunicação de
dados são: FSK, PSK, DPSK, QAM.
Os modems analógicos são padronizados pelo CCITT (Comitê
Consultivo Internacional de Telegrafia e Telefonia) visando compatibilizar
mundialmente os diversos modelos de modems fabricados por empresas
diferentes.
2.4.2 Modems Digitais
São equipamentos que realizam uma codificação no sinal digital
visando adequá - lo à transmissão em uma linha física. A codificação é uma
mudança na representação do sinal digital, transformando o próprio sinal digital
oriundo do ETD em um outro sinal mais adequado às condições da linha.
Rigorosamente, esse tipo de equipamento não deveria ser chamado
de modem, uma vez que não realiza a modulação / demodulação do sinal digital.
9
Os modems digitais são também conhecidos como mode MODEM BANDA BASE ou
DATA SET.
Considerando que a faixa de frequência disponível nos meios de
transmissão geralmente é limitada, esse sinal digital codificado sofre bastante
distorção ao se propagar pelo meio. Isso obriga ao uso desses modems digitais
apenas em distâncias curtas (alguns quilômetros) e com linhas de boa qualidade,
sem pupinização e dispositivos eletrônicos (linhas tipo “B”).
Uma das vantagens de se usar um modem digital é que, pelo fato
de apenas realizar a codificação do sinal, ele é mais simples a nível de circuitos,
tornando o seu preço mais acessível que os modems analógicos.
As diversas técnicas de codificação do sinal digital procuram gerar
o sinal codificado com muitas transições, a fim de facilitar a recuperação do
sincronismo no modem receptor. Além disso, procura - se concentrar o espectro
de transmissão do sinal codificado dentro de uma faixa de frequência com pouca
componente DC.
2.4.3 Modem 56K
No início de 1997, começaram a surgir no mercados os modems 56
Kbps. Conhecendo o limite de 33.600, muitos se perguntaram sobre a veracidade
desse lançamento. Esses modems, durante muito tempo, estiveram baseados em
protocolos particulares. Tinha - se, de um lado, a US Robotics com o X2 e, do outro
lado, a Rockwheel com o K56Flex. Os órgãos internacionais, em particular a ITU T, demoraram para definir uma normalização e as duas companhias não entraram
em acordo. Assim, durante um bom tempo, houve confusão e incompatibilidades
nessa área. Felizmente, já existe a recomendação v.90 da ITU - T que padronizou
os protocolos.
O protocolo 56K é um projeto assimétrico onde a transferência do
usuário para o servidor Internet, chamado de caminho de subida, acontece no
máximo a 33.600, enquanto que transferências do servidor para o usuário,
chamado de caminho de descida, funcionam a 56.600. Isso é bem aceitável pois,
em geral, as transmissões do computador do usuário para o provedor consistem
de pequenos pacotes, enquanto que o tráfego é bem pesado no sentido do
provedor para o computador do usuário, consistindo de texto, gráficos e arquivos
multimídia.
Já foi visto que o principal limitante da velocidade é o ruído
presente na linha telefônica. Esse ruído tem várias causas e, dentre elas, a que
mais interessa é o ruído proveniente da quantização, que surge quando se
digitaliza o sinal analógico para entrar na rede pública telefônica (PSTN). Sempre
comete - se um erro ao transformar um sinal analógico em um sinal digital e esse
erro tem um papel semelhante ao ruído, sendo por isso chamado de ruído de
quantização. O processo inverso, ou seja, o de transformar o sinal digital em
analógico, não introduz ruído. Assim, parte do ruído que limita a velocidade de
transmissão é proveniente dessa quantização.
Normalmente, os servidores Internet (ISP) conectam - se à rede
telefônica pública através de linhas digitais, onde não se faz a quantização.
Assim, no caminho ISP, o ruído é bem menor e, por isso, pode - se transmitir a
56K. Já no caminho inverso, antes do sinal analógico do usuário entrar na rede
pública, é feita uma conversão de analógico para digital. Em conseqüência,
aumenta - se a quantidade de ruído, limitando portanto a velocidade em 33,6K.
O modem 56K trabalha muito bem em laços locais. Porém, nos
10
locais onde a companhia telefônica faz a multiplexação dos sinais e lança mão de
um concentrador, ele vai encontrar problemas com o ruído de quantização.
Ramais locais também devem encontrar problemas, pois os PABX atuais fazem
sua própria digitalização e multiplexação.
2.4.4 Modem Duplex
Modem Duplex é um tipo de modem que permite dobrar a
velocidade das conexões. O funcionamento é extremamente simples de ser
entendido: eles usam duas linhas telefônicas em paralelo. O modem duplex é um
modem especial capaz de gerenciar e tirar partido dessas duas conexões
simultâneas. Com esse tipo de modem, é possível uma conexão de 67,2 Kbps do
usuário para o IPS e de 112 Kbps no sentido ISP para o usuário. É claro que, para
que conexão seja bem rápida, o ISP deve ter também estrutura para modem
duplex. O melhor dessa tecnologia é que ela não pede nada de especial e está
disponível em qualquer lugar. Se houver a disponibilidade de duas linhas
telefônicas e, é claro, de um modem duplex, é possível tirar proveito dessa
conexão rápida.
2.4.5 Modem Onboard
O modem onboard, muito encontrado por ser um modem mais
baratos nos pcs, é um modem que fica acoplado na sua placa mãe, você pode
observar abrindo o gabinete de sua placa mãe e observando através de um
chipset em forma pequena e quadrangular o modelo e nome do modem.
O modem PCI e o ISA é um modem removível, ou seja, ele é uma
placa, que encaixada num slot PCI ou ISA pode ser retirado posteriormente.
2.4.6 Winmodem
Winmodem como o próprio nome ja diz é um modem feito pra
Windows, esse modem é muito encontrado nos micros padrões de mercado, eles
dependem de um software específico para que o modem carregue, e esse
software até bem pouco tempo não tinha sido liberado pelos fabricantes para a
comunidade Linux, o que impedia que programadores espalhados pelo mundo
desenvolvessem módulos, ("que é o que os drivers são para o Windows"), para o
Linux. Mas fabricantes como PCTEL, Lucent, Motorola, já desenvolveram alguns
módulos experimentais para a comunidade Linux.
Se você observar em fórums, irc, salas de discussão, vai perceber
que os winmodem da pctel são os mais encontrados,mas os modems da lucent e
motorola também são muito encontrados.
11
2.5
Comparação de Preços e Funcionamento
MARCA / MODELO
Fax Modem LG
Externo USB V90
56K
PREÇO (R$)
114,99
Fax Modem
Motorola V.92
29,99
Modem
On - Board
(DAA - pinos)
p/
Xcell, Sis 530, Tx Pro, etc
27,99
CARACTERÍSTICAS
Velocidade dados ITU V.90 (até
56,000 bps), k56flex (até 56,000
bps). Transmissão full duplex. V.92
Ready. Fax + Voz. Plug & Play.
Compatível
com
Windows
95
/ 9 8 /NT / 2000 /Me /XP.
Velocidade dados ITU V.90 (até
56,000 bps), K56flex (até 56,000
bps). Transmissão Full Duplex. V.92
Ready. Fax + Voz. Plug & Play.
Compatível
com
Windows
95 / 9 8 /NT / 2000 /Me /XP.
Módulo de modem 56 K. Modelo
DAA (encaixe de "pinos"). Para placas
mãe com modem on - board
(PCChips / ECS/ Amptron e similares)
M758, M757, M756, M748, M598,
M586, M585, M571, GFXCel, Xcell,
SIS 530, Viagra, TX - Pro II, etc.
Tabela 2.1 - Tabela comparativa entre modelos, preços e características.
2.6
–
–
–
–
–
–
–
Variáveis a serem analisadas para compra
Aplicação do usuário:
- Modo de Operação Half ou Full - duplex
- Ritmo de transmissão síncrono ou assíncrono.
- Velocidade de operação em bps.
Meio de transmissão:
- Linha do tipo “N” ou “C”: Modem Analógico.
- Linha do tipo “B”: Modem Digita.
Disponibilidade de modems em estoque.
Infra - estrutura (bastidores) ou outros modelos de modems já existentes no
local.
Custo.
Manutenção especializada.
Documentação técnica fornecida pelo fabricante.
12
3.
Modems ADSL
3.1
Fundamentos
Antes de falarmos de Modem ADSL, devemos conhecer o que vem a
ser ADSL. O ADSL, sigla em inglês para Asymmetric Digital Subscriber Line, ou
linha de assinantes digital assimétrica, é uma tecnologia de comunicação de
banda larga que usa linhas telefônicas comuns. Ela permite transferir dados em
velocidades até 140 vezes mais rápidas que as dos modems analógicos atuais.
Além de ser muito rápido, os modems ADSL têm muitos benefícios
em relação aos modems analógicos. Ao contrário dos modems analógicos que
exigem conexões discadas, a conexão ADSL está sempre ligada. Isso acaba com
os logins e logoffs, sinais de ocupado e a espera para que a conexão seja
estabelecida. Ela está sempre presente. Outro benefício é a capacidade de usar o
telefone na mesma linha ao mesmo tempo em que a conexão de dados estiver em
curso; você não terá de escolher ou um ou outro.
3.2
Funcionamento
O ADSL funciona pela divisão da linha telefônica em duas faixas de
frequência. As frequências abaixo de 4 kHz são reservadas para a voz e a faixa
acima é usada para os dados. Isso possibilita o uso da linha para chamadas
telefônicas e acesso à rede de dados ao mesmo tempo. Os modems são
chamados “assimétricos” porque recebem dados na casa do usuário em uma
velocidade maior do que transmitem. Essa taxa de recebimento de dados
(Downstream) pode variar desde 256Kbps até 8Mbps, enquanto a taxa de
transmissão de dados (Upsteram) não passa de 1Mbps.
Fig. 3.1 - Esquema de funcionamento ADSL.
3.2.1 Instalação do modem ADSL externo
A transmissão de dados e voz saem da casa do usuário, são
encaminhados a um aparelho chamado “Splitter”, que filtra a transmissão
13
dividindo dados e voz. Enquanto a voz é enviada à central telefônica, os dados
são encaminhadas ao DSLAM,
onde são concentrados e enviados à rede
backbone, logo após à Internet.
3.2.2 Tipos de Conexão
Ethernet – Padrão de rede local que compreende vários tipos de
conexão física. O tipo de Ethernet instalado com mais frequência é o 10 Base - T,
que utiliza um cabo de pares trançados para conectar computadores.
USB – Universal Serial Bus ou “Porta Serial Universal”, um padrão
plug and play para conectar vários dispositivos de entrada /saída a uma única
porta de grande largura de banda.
3.2.3 Mecanismos de Encapsulamento de Informações:
PPPoA – Point to Point Protocol over ATM, uitiliza protocolos
dedicados a funções específicas (Autenticação, negociação de parâmetros,
compressão de dados, entre outras) dentro de células ATM (modo de
transferência de daos assíncrono).
PPPoE – Point to Point Protocol over Ethernet, uitiliza protocolos
dedicados a funções específicas (Autenticação, negociação de parâmetros,
compressão de dados, entre outras) dentro de quadros Ethernet.
3.3
Tecnologias
Os modems ADSL podem ser divididos em três categorias. Os
modems bridge, os que podem ser configurados como router e os modems USB,
que são os modelos mais baratos, simples e de um modo geral de mais baixa
qualidade.
Os modems que são conectados na placa de rede são muito
simples de configurar, pois conversam com o sistema operacional usando um
protocolo padrão, o próprio protocolo Ethernet.
Os modelos atuais podem ser configurados como bridge ou router.
Em modo bridge (ponte) o modem serve apenas como um ponto de comunicação
entre sua placa de rede e o roteador instalado na central telefônica. Para se
conectar você precisa utilizar um utilitário de autenticação, como o pppoeconf ou
o rp - pppoe e informar seu login e senha de acesso, fornecidos pelo provedor.
Fig. 3.2 - Modem Bridge
Ao configurar o modem em modo router (roteador) sua vida fica
muito mais simples, pois o próprio modem faz a autenticação e compartilha a
14
conexão com o seu micro. Você precisa apenas configurar a rede via DHCP para
navegar. O modem pode ainda configurar a conexão com vários micros e serve
como firewall para a rede.
Fig. 3.3 - Modem Router
A configuração do modem pode ser alterada através de uma
interface de configuração acessível via navegador. O modem vem configurado de
fábrica com um IP como 10.0.0.138 ou 192.168.1.254 e um login e senha padrão,
informações que vocêencontra no manual. Você precisa apenas acessar este
endereço padrão usando o navegador, a partir do micro conectado no modem.
Os modems USB por sua vez são uma espécie que trabalha de
forma muito mais precária. Em primeiro lugar, eles precisam de um driver para
funcionar, o que nos faz cair no mesmo problema dos softmodems: os drivers são
muitas vezes proprietários, muitas vezes contém bugs e não vêm pré - instalados
em muitas distribuições.
Modem USB
Além do driver é necessário o arquivo do firmware correspondente
ao seu modem. O firmware é um software que é carregado no próprio modem
quando ele é ativado e é responsável por controlar o hardware, permitindo que
ele se comunique com o driver instalado na sua máquina. Sem o firmware correto
o modem simplesmente não funciona.
Ainda existem os modems ADSL internos, conectados ao
computador através de um slot PCI, como um modem analógico habitual,
possuindo as mesmas características básicas dos modems externos.
Fig. 3.4 – Modem USB Huawei SmartAX MT810
15
3.4
Marcas
D - Link - 0800 701 4104
www.dlinklatinamerica.com
Dynalink - 0800 701 7210
www.dynalink.com.br
Thomson - 0800 771 0077
www.speedtouch.com
Quick Connect - 0800 771 5454
www.quickconnect.com.br
U.S. Robotics - 0800 643 44 33
www.usr - lat.c om
3.5
Marca / Modelo
Speed
Touch
330 USB
Sphairon
Xpeed X400
US
Robotics
USR9001
Siemens
Speedstream
4200
Diferença
Tipo
Externo
Bridge /Router Conexão
Bridge
USB
PPPoA /PPPoE
PPPoE
Interno
Bridge
PCI
PPPoA
Externo
Bridge
Ethernet
PPPoE
Externo
Router
Ethernet /USB
Ambos
Tabela 3.1 - Tabela comparativa entre modelos e suas características.
3.6
Comparação de Preços e Características
3.6.1 SPEED TOUCH 330 USB
Fig. 3.5 - Speed Touch 330
16
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
- Acesso ininterrupto à internet em alta velocidade
- Streaming de áudio e vídeo de alta qualidade
- 1 Porta WAN: Conector RJ11
- Instalação Plug - and - Play
- Não requer fonte de alimentação externa
- Até 8Mbps downstream, 832kps upstream
ACESSÓRIOS INCLUSOS
- Guia rápido de instalação
- Cabo de conexão RJ11 (2 metros)
- CD - Rom de Instalação do SpeedTouch
REQUISITOS DO SISTEMA (PC)
- Sistema Operacional Windows 98, 98SE, 2000, ME and XP
- Sistema operacional Mac OS 8.6, 9X e Mac OS X v10.1, v10.2 e v10.3
- Drive CD - Rom para a instalação do software
- Porta USB Disponível
PREÇO: R$ 110,00
3.6.2 SPHAIRON XPEED X400
Fig. 3.6 - Xpeed X400
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
- Plug and Play: fácil instalação e configuração
- Instala - se usando um slot PCI livre, não requer placa de rede.
- Velocidade adaptável: conecta - se na melhor velocidade disponível
- Full rate ADSL: suporta velocidades de ate 8Mbps em downstream e 640Kbps
em upstream
- Permite a transmissão de dados e voz na mesma linha.
- Garantia de interoperabilidade para os padrões internacionais.
- Possui filtro POTS interno.
- Dimensões físicas: 17cm X 10,5 cm
- Protocolos Suportados: RFC 1483 Multiprotocol Encapsulation Comprimento de
linha (enlace)
Over ATM adaptation Layer 5 RFC 2364 PPP over ATM
REQUISITOS DO SISTEMA
17
Windows 95 / 9 8 /NT4.0 /ME /2K /XP
Pentium PC 133mhz 32MB ram 1MB de espaço em HD com um slot PCI livre ou
expansão
Windows 95 (com Dial - Up Networking 1.3) / 98 /NT / 4.0 (Service Pack 3) /ME /2K /XP
PREÇO: R$ 110,00
3.6.3
US ROBOTICS USR9001
Fig. 3.7 - US Robotics 9001
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
- Dispositivos analógicos 6484 / 6480
- Eagle ADSL Chipset
- Suporte a ADSL G.DMT de taxa plena (ITU - T G.992.1) e T1.413 Edição 2: até 8
Mbps downstream e até 1 Mbps upstream.
- Suporte a ADSL G.lite (ITU - T G.992.2): até 1,5 Mbps downstream e até 512 Kbps
upstream
- Suporte a confirmação (handshaking) DSL (ITU - T G.994.1) Interoperabilidade
multi - DSLAM, incluindo Alcatel, Globespan, Texas Instruments e DSLAMs com
base em dispositivos analógicos (resultados disponíveis sob pedido)
- RFC 2684 (antigo RFC-1483) com bridges ou multiprotocolo roteado sobre ATM
RFC 2516 PPP sobre Ethernet (necessário cliente fornecido por terceiros) Loop
local com a central de até 5.400 m quando coexistente com serviço telefone
básico (POTS, plain old telephone service).
PREÇO: R$ 129,00
3.6.4 SIEMENS SPEEDSTREAM 4200
18
Fig. 3.8 - Speedstream 4200
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
- Interface de usuário padrão Ethernet IEEE 802.3 / 802.3u 10 / 100BaseT
- Interface padrão USB.
- Interface DSL baseada em protocolo ATM para conexão à rede pública de
telefonia.
- Funcionalidade de roteamento completa.
- Funcionalidades suportadas: Servidor DHCP, DNS Relay, NAT /NAPT, UPnP, RFC
2364, RFC 2516, RFC 2864 (Bridge e Roteado) e roteamento estático, VPN pass through e FirewallICSAcompatível.
- Instalação Plug - and - Play da interface USB
REQUISITOS DO SISTEMA
PC com Windows® 98, Windows® 98 Segunda Edição, Windows® ME,
Windows®2000, Windows® XP e Mac OS 8.6 a Mac OS X (10.2.4).
PREÇO: R$ 170,00
3.6.5 XAVI X8121R
Fig. 3.9 - X8121R
INFORMAÇÕES TÉCNICAS
- Suporta velocidades downstream de dados DMT de até 8 Mb /s;
- Suporta velocidades upstream de dados DMT de até 1 Mb /s;
- 1 Porta Ethernet 10 / 1 00 baseT para conexão com o pc;
- Conector RJ-11 para conexão com a linha telefônica;
- Suporta servidor DHCP;
- Suporta PPPoE (RFC2516), PPP (RFC2364), e IP (RFC 2225 /RFC1577) sobre ATM
ou ADSL;
- Suporta NAT(Network Address Translation) permitindo compartilhamento de IP;
- Upgrade de firmware através de FTP e HTTP;
- Configuração e gerenciamento via Telnet e web browser;
- Suporta aplicações TFTP, DHCP, Telnet, HTTP, e FTP;
- RFC2684 (RFC1483) Bridged /Routed para ambos LLC /VC MUX.
ACESSÓRIOS INCLUSOS
- Fonte de alimentação
DADOS COMPLEMENTARES
- Alimentação:110 / 2 20V
- Consumo:10 watts
19
- Dimensões:180 x 143 x 42mm
PREÇO: R$ 198,00
3.7
Variáveis a serem consideradas na compra
Ao compramos um modem Adsl, a principal preocupação que
devemos tomar é referente ao tipo de conexão com o computador. Modems que
utilizam a placa de rede e podem ser configurados como Router e como Bridge,
oferecem muitos recursos de configuração, além de apresentarem menos
problemas que modems USB, em virtude de não instalarem drivers no sistema
operacional.
O custo também é uma variável que deve ser analisada, pois
dependendo dos recursos disponíveis no modem eles podem custar muitos, e
nem sempre serão utilizadas todas as suas funcionalidades. Deve ser considerado
também em qual sistema operacional que será utilizado o equipamento, pois
alguns modems USB possuem drivers apenas para Windows.
20
4.
Placas de Rede
4.1
Fundamentos
Placas de Rede, também chamadas de NIC (Network Interface Card),
são placas utilizadas para comunicação em uma rede de computadores. Podem
ser internas ou externas, integradas a placa mãe ou não, com vários tipos de
conectores, ou até mesmo sendo uma placa sem fio. As placas mais comuns são
as integradas a placa mãe, e placas que utilizam um slot PCI, estas duas
utilizando conector RJ-45, 100 megabits por segundo de velocidade e cabo par
trançado UTP.
A velocidade de comunicação com a rede varia de 10 a 1000
megabits por segundo para placas normais e 11 a 54 megabits para placas sem
fio. Existem diversos padrões de comunicação para estes equipamentos,
estabelecidos nos RFC’s (Request for Comments) e pela organização IEEE
(Associação dos engenheiros elétricos - traduzir), e outras tantas, que
determinam suas características.
Fig. 4.1 - RTL8139
Fig. 4.2 - 3c905 - Tx
21
Fig. 4.3 - Dlink AirPlus XtremeG DWL - G520
4.2
Funcionamento
Placas de Rede basicamente operam, convertendo os pacotes de
dados repassados pelo sistema operacional em quadros (frames), de acordo com
o meio físico e com os padrões da rede. Em redes com fio, normalmente é
utilizado o padrão Ethernet, e em redes sem fio é utilizado o padrão 802.11g.
4.3
Tecnologias
As tecnologias utilizadas diferem de acordo com o meio físico
conectado a placa. Em meios com fio, o padrão mais utilizado é o Ethernet de
100 Mbps, em virtude de ser o de mais fácil configuração e cabeamento. Para
algumas redes são utilizados padrões FDDI com velocidades de até 10 Gigabit,
junto com cabos de fibra óptica. Em meios sem fio, existem dois padrões
principais: 802.11b, que opera a 11 Mbps e 802.11g, que opera a 54 Mbps.
4.4
Marcas
As marcas de placa de rede mais utilizadas no mercado brasileiro
são Realtek, Encore, Via e 3com. Existem também várias outras marcas como D Link, Linksys, que fornecem também placas wireless.
4.5
Diferenças de Funcionamento
Existem diversas diferenças ao utilizarmos placas com fio e sem
fio. A mais notável é a velocidade de comunicação. A velocidade mais alta de uma
rede sem fio é o padrão 802.11g a 54 Mbps, que na prática dificilmente alcança
este valor, enquanto conexões com fio atingem velocidades de até 1000 mbps.
Outra diferença é o alcance da rede. Uma conexão por cabos pode atingir até 100
metros e conexões sem fio alcançam teoricamente 50 metros ao ar livre, mas em
ambientes fechados não passa de alguns metros. Existe também a questão da
segurança que é bastante falha nas redes sem fio.
22
4.6
Comparação de Preços e Funcionamento
MARCA / MODELO
PREÇO (R$)
Realtek RTL8139
(A /B /C /D) 810x
Series
20,00
3Com 3c905 - Tx
60,00
Encore ENLGA1320
50,00
AirPlus XtremeG
DWL - G520
180,00
CARACTERÍSTICAS
10BASE-T / 100BASE-TX, PCI 2.1 / 2.2,
compatível com Windows
NT / 98 / 2000 /XP, Linux, Novell
NetWare 5.x, IEEE
802.3 / 802.3u / 802.3x, Conector RJ45, Wake on LAN
10BASE-T / 100BASE-TX, PCI 2.1 / 2.2,
compatível com Windows
NT / 98 / 2000 /XP, Linux, Novell
NetWare 5.x, IEEE
802.3 / 802.3u / 802.3x, Conector RJ45, Wake on LAN
Chipset RTL8169, Velocidade
10 / 100 / 1 000 mbps, barramento PCI,
IEEE 802.3 / 802.3u / 802.3ab
IEEE 802.11b / 802.11g (Wireless Lan),
Interface PCI, Velocidade 11 / 5 4
mbps, Alcance 30~100 metros
Tabela 4.1 - Tabela comparativa entre modelos, preços e suas características.
4.7
Variáveis a serem consideradas na compra
Ao comprarmos uma placa de rede devemos levar em conta quais
recursos necessitamos. Deve - se analisar a velocidade a qual ela opera, se é de
uma marca confiável, e se necessário, verificar se possue recursos avançados de
gerenciamento, como Wake on Lan, etc.
23
5.
Hub
5.1
Fundamentos
O Hub, também chamado de concentrador, é um dispositivo que
interliga diversos pontos de uma rede em um mesmo dispositivo, através de
conectores RJ-45, possibilitando a comunicação entre eles. Há a possibilidade de
conectarmos um hub a outro, ampliando a rede através de portas uplink.
Fig. 5.1 - OfficeConnect Dual Speed Hub 16
Fig 5.2 - Encore ENH708 - MIN
5.2
Funcionamento
O Hub recebe o sinal em uma das suas portas e envia o sinal para
todas as outras portas até encontrar o seu destino. Ele como um repetidor de
sinal, utilizado para alcançar maiores distâncias em rede. Mas isso também causa
um problema de tráfego de broadcast na rede, tornando o uso de hubs
desaconselhável em grandes redes. Hubs também não segmentam domínios de
colisão ocasionando colisão de pacotes na rede. Em virtude destes fatores estes
dispositivos possue uma baixa densidade de portas.
5.3
Tecnologias
Hubs são utilizados em redes com topologia em estrela, com
diversos padrões de comunicação, como Ethernet, IEEE 802.3, IEEE 802.3u. A
velocidade de comunicação dos hubs variam entre 10 a 100 mbps, half ou full
duplex, dependendo do padrão adotado. Não há implementações de hubs em
Gigabit Ethernet, visto que estes equipamentos estão caindo em desuso em
virtude das desvantagens apresentadas anteriormente.
24
5.4
Marcas
Os principais fabricantes de hubs, principalmente para uso
residencial são Encore, LG, N - Way. Para uso em empresas existem hubs 3Com,
Furukawa, D - Link, entre outras que possuem tamanhos e características
padronizadas para cascateamento e colocação em racks.
5.5
Diferenças de Funcionamento
Os hubs Ethernet funcionam basicamente da mesma maneira,
recebendo o sinal em uma porta, e repetindo para todas as outras, até que os
pacotes encontrem o destino especificado. Entretanto, existem marcas como a
3Com que possue protocolos internos aos seus equipamentos de otimização das
conexões, reduzindo os broadcasts na rede, mas nada que altere o
funcionamento básico do hub.
5.6
Comparação de Preços e Características
MARCA / MODELO
Encore 8 portas
ENH901 - NWY
PREÇO (R$)
54,00
Encore 16 portas
ENH916 - NWY
100,00
3Com 24 portas
420,00
3c16593A
CARACTERÍSTICAS
Half /Full Duplex, Velocidade 10 / 1 00
Mbps, Arquitetura Store - and Forward
Half /Full Duplex, Velocidade 10 / 1 00
Mbps, Arquitetura Store - and Forward
Super Stack II, Baseline Dual Speed,
10 / 1 00 Mbps, 2 portas Uplink,
Tamanho Padrão 17’’, Monitoração
via SNMP, RMON, RMON II.
Tabela 5.1 - Tabela comparativa entre modelos, preços e suas características.
5.7
Variáveis a serem analisadas para compra
O primeiro fator a considerar é a velocidade que o hub opera. Deve
dar - se preferëncia a hubs de 100 Mbps. Marcas de boa qualidade também devem
ser consideradas como prioridade. Ao adquirir um equipamento usado deve - se
verificar se todas as portas encontram - se funcionais. Outro fator importante é o
uso para o qual está destinado o hub. Para compartilharmos apenas internet, um
hub está de bom tamanho, mas quando há também tráfego entre os
computadores, é interessante considerar a compra de um switch.
25
6.
Switch
6.1
Fundamentos
Switches são equipamentos utilizados para interconexão em redes
de computadores. Externamente são muito parecidos com hubs, mas o seu
funcionamento é diferente, tornando o switch uma espécie de “Hub Inteligente”. É
utilizado também como um concentrador em uma topologia estrela, através de
conectores RJ-45. Com estes equipamentos também é possível o cascateamento
através de portas uplink. Apresentam portas com velocidade entre 10 a 1000
Mbps. Alguns modelos também trazem portas com velocidade mista, por
exemplo, 22 portas 100 Mbps e 2 portas 1000 Mbps.
Existem dois tipos principais de switches: os gerenciáveis e os não gerenciáveis. Os primeiros tem um custo elevado, mas são excelentes para uso
em grandes redes em virtude das características de gerenciamento remoto e
capacidades de gerenciamento de recursos. Os dois tipos apresentam alta
densidade de portas, por utilizarem hardware específico (ASIC) para a função.
Switches segmentam domínios de colisão, mas não domínios de broadcast.
Fig. 6.1 - Switch Catalyst 3750
Fig. 6.2 - Switch Encore ENH908 - NWY
6.2
Funcionamento
Os switches mapeiam as suas portas com o endereço físico (MAC
Address) da NIC (Network Interface Card) de cada dispositivo conectado. Com
base nesses dados, eles constroem uma tabela, chamado Tabela MAC. Cada vez
26
que um dispositivo envia um pacote para o switch, ele analisa o endereço MAC
apresentado, e envia os dados diretamente para a porta onde está conectado o
dispositivo solicitado. Este mecanismo de envio de pacotes transforma cada porta
em um domínio de colisão separado, diminuindo drasticamente a perda de dados.
Entretanto, até que a tabela MAC seja construída, ocorre um grande tráfego de
broadcast.
6.3
Tecnologias
Switches são utilizados com diversos padrões de comunicação,
como Ethernet, IEEE 802.3, IEEE 802.3u. A velocidade de comunicação varia entre
10 Mbps a 10 Gbps, half ou full duplex, dependendo do padrão adotado. São os
equipamentos mais utilizados para comutação em LANs e até mesmo em algumas
WANs, dependendo é claro das funcionalidades do switch.
6.4
Marcas
Os principais fabricantes de switches, principalmente para uso
residencial são Encore, LG, N - Way. Para uso em empresas existem hubs 3Com,
Furukawa, D - Link, Cisco entre outras que possuem tamanhos e características
padronizadas para cascateamento e colocação em racks.
6.5
Diferenças de funcionamento
Os switches não - gerenciáveis fazem apenas a função de
comutação. Já os gerenciáveis possuem características mais interessantes,
principalmente para uso em grandes redes. Eles possuem um endereço IP próprio
para configuração via Web ou Telnet e acessos via porta console ou auxiliar. Além
destas há switches que podem fazer controle de usuários, suporte à links
redundantes, configuração de VLANs (Virtual Local Área Network) e muitas outras
funcionalidades, dependendo do fabricante do switch.
6.6
Comparação de Preços e Características
MARCA / MODELO
Dlink DES-1008D
PREÇO (R$)
79,90
Cisco Catalyst 2900
xl Modelo 2912
Gerenciável
Cisco 96 Portas
Catalyst 4000 WSC4003
1199,00
12000,00
CARACTERÍSTICAS
8 portas, não - gerenciável, Half /Full
Duplex, Velocidade 10 / 1 00 Mbps
12 Portas, Half /Full Duplex,
Velocidade 10 / 1 00 Mbps, Cisco IOS
12.0
Gerenciável, 2 módulos de 48 portas,
Velocidade 10 / 1 00, 64 MB Ram, Dual
Fonte, Cisco IOS 12.3
Tabela 6.1 - Tabela comparativa entre modelos, preços e suas características.
6.7
Variáveis a serem analisadas para compra
A velocidade de comunicação do switch é o primeiro fator a ser
considerado. As redes atuais estão migrando gradativamente para Gigabit
27
Ethernet, então é interessante adquirir um modelo já compatível com este padrão.
Outro fator a ser analisado é o tamanho da rede. Acima de 50 computadores o
investimento em switches gerenciáveis é justificável. A qualidade do equipamento
também de extrema importância. Marcas como Cisco e 3Com possuem grande
tradição neste segmento, em virtude principalmente da qualidade dos seus
produtos.
28
7.
Conclusão
O contínuo crescimento em número e diversidade de componentes
das redes de computadores tem tornado a atividade de gerenciamento de rede
cada vez mais importante. Os benefícios da integração dos sistemas
computacionais de uma empresa, de natureza e portes diferentes, como forma de
distribuir as tarefas e compartilhar os recursos disponíveis, são hoje uma
realidade.
As grandes redes corporativas, que são inter - redes formadas pela
interconexão de pequenas redes, assumiram um papel fundamental para os
negócios das empresas que delas se utilizam. Por este motivo, estas redes
requerem um sistema de gerenciamento eficiente para que as informações da
corporação estejam sempre disponíveis no local e no momento onde forem
requisitadas.
29
8.
Bibliografia
Todas as referências foram retiradas de sites na internet.
http: / / sti.br.inter.net / dho.dan / dica_adsl.html
http: / / www.3com.com
http: / / www.abusar.org
http: / / www.cisco.com
http: / / www.clubedohardware.com.br
http: / / www.dlinkla.com
http: / / www.dynalink.com.br
http: / / www.guiadohardware.net /artigos / 307 /
http: / / www.mercadolivre.com.br
http: / / www.quickconnect.com.br
http: / / www.realtek.com.tw
http: / / www.speedtouch.com
http: / / www.usr - lat.com
30

Documentos relacionados