Sociedade - Vivacidade

Transcrição

Sociedade - Vivacidade
Sociedade
Baguim do Monte:
Delegação
da Cruz Vermelha
de Gondomar
inaugurada na EB1
de Torregim
> P.6
Tapetes florais
vão colorir
festas religiosas
de Fânzeres
> P.12 e 13
Metro do Porto:
Linha F
em funcionamento
na madrugada
de S. João
> P.15
Atletismo . Basquetebol . Futebol . Futsal
Polo Aquático . Ténis de Mesa . Trail Running
Campeões de
Gondomar
> P.24 e 25
Reportagem
Vivacidade
São Pedro da Cova:
11 anos depois
as marchas
populares
regressam à vila
> P.8 e 9
Desporto
Meia maratona
D'Ouro Run:
Prova quer ser referência
no norte do país
> P.34
2
VIVACIDADE JUNHO 2015
Editorial
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A.
Economista e Docente Universitário
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]
POSITIVO
Sumário:
Breves
Página 4
A LIPOR e seus municípios associados lançaram recentemente o Observatório de Resíduos
(Reciclómetro), um portal com informação estatística atualizada relativa
à gestão e tratamento de
resíduos urbanos (RU)
na área de intervenção.
Reportagem Vivacidade
Páginas 8 e 9
Sociedade
Páginas 6 a 23
Destaque
Páginas 24 e 25
Cultura
Páginas 26 a 28
Política
Páginas 30 a 32
Caros Leitores,
É impressionante o impacto que o
programa semanal que o Vivacidade está
a realizar em parceria com a rádio “Gondomar FM” está a ter. Quer os ouvintes
desta rádio, quer aqueles que assistem aos
Podcasts em dispositivos móveis, quer
ainda aqueles que ouvem o programa no
nosso site têm demonstrado a sua satisfação com as notícias do concelho estarem
agora ao alcance de um simples clique todas as semanas.
Este impacto leva-me a partilhar com
os nossos leitores a importância de sermos leais e honestos nas nossas parcerias.
Muitas vezes, ter um parceiro de negócios
é ainda mais complexo do que ter um
casamento, mas o grau de lealdade e de
honestidade mútua, que deve existir na
relação, deve ser igualmente elevado, pois
só uma imensa confiança mútua pode fazer com que exista a cumplicidade essencial para o sucesso nos negócios e para o
sucesso da nossa satisfação e desenvolvimento pessoal.
E daqui passo para os políticos. Haver
uma profunda confiança entre os eleitores e os eleitos é essencial para que o desempenho de altas funções públicas possa
ter sucesso. E os exemplos que temos tido
não são os melhores e levam-nos a questionar e a concluir que a confiança que
entregamos aos políticos é muitas vezes
mal dirigida e mal utilizada por eles.
Felizmente a nova geração de políticos é muito mais transparente, o que faz
com que aumentemos a nossa confiança
no futuro. n
Desporto
Páginas 34 a 37
NEGATIVO
Opinião
Desde o dia que este
muro que indicava no
nome da localidade
“Gens” foi destruído
nunca mais ninguém
removeu os restos nem
houve nenhuma reparação.
Páginas 38 a 40
Empresas & Negócios
Página 41 a 43
Lazer
Páginas 44 e 45
Emprego
Página 46
António Cardoso, leitor
do Vivacidade
Próxima Edição
16 de julho
Outra vez a Rede de Água Doméstica
Bisturi
Henrique Villalva
No último número o
“Bisturi” denunciou nestas
páginas o estado lastimoso
em que se encontra a rede de
abastecimento de água doméstica, e cuja face visível são
os sucessivos rebentamentos
de condutas, com as consequências conhecidas nos
cortes, e, sobretudo, nas mal
amanhadas intervenções ao
nível dos pisos das rodovias
onde tal acontece.
Por muito que esta situação incomode os responsáveis
diretos e indiretos, os factos
são indesmentíveis, porque
a sua prova está ao alcance
de qualquer gondomarense.
Ninguém conseguiu contestar
esta realidade.
Todavia, e porque há sempre quem se doa com aspetos
secundários que não deixaremos de abaixo relevar, seria oportuno que a empresa
concessionária do serviço, ou
a própria Câmara de Gondomar tornassem públicas todas
as intervenções feitas na rede
ao longo de mês, e onde foram feitas, qualquer que seja
a sua dimensão.
Os gondomarenses poderiam assim ajuizar quem tem
razão, ou se esta denúncia é
aceitável ou exagerada. É que
o “Bisturi” estranha que ninguém tenha vindo a público
contestar a opinião que aqui
foi deixada. E estranha tanto mais quanto chegaram à
redação do Vivacidade dois
reparos que aqui damos a conhecer, e de que nos penitenciamos.
Um leitor atento veio esclarecer que a empresa que
abastece em alta o concelho
de Gondomar, e vários outros, é a empresa “Águas do
Douro e Paiva”, inserida na
“Águas de Portugal”, e não a
“Águas do Porto” como por
lapso aqui fora referido. É
uma correção oportuna, aliás
sobejamente conhecida, sendo que a “Águas do Porto” é
tão só a empresa municipal
que assegura a distribuição
em baixa à cidade do Porto.
Um pormenor efetivamente relevante, sobretudo
porque poderia deixar na penumbra a “Águas do Douro e
Paiva”, de resto uma empresa
de altíssima qualidade técnica
e de excelente desempenho.
Um outro reparo que foi
feito refere-se às perdas de
água na rede de Gondomar.
O mesmo leitor aproveitou
para informar quais são os
atuais níveis de perdas de
água, relevando que essas
mesmas perdas têm vindo a
ser sucessivamente reduzidas, de forma muito drástica,
nos últimos anos, encontrando-se hoje nos níveis padrão
do setor. Congratulamo-nos
com isso, e aqui deixamos o
nosso agradecimento àquele
leitor.
Mas voltamos ao início da
questão: é ou não verdade que
a rede rebenta pelas costuras,
com óbvios prejuízos para os
consumidores, que ainda por
cima pagam uma fatura de
água bem mais cara do que
os portuenses? Esta é que é a
essência da questão… n
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250931/06
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Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)
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José Vaz
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Colaboradores: Alcina Cunha, Ana
Gomes, Ana Portela, André Campos,
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Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira,
Domingos Gomes, Elisabete Castro,
Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva,
Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões,
João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa,
José António Ferreira, José Luís Ferreira,
José Pedro Oliveira, Luís Alves, Manuel
de Matos, Manuel Teixeira, Margarida
Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado,
Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes,
Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira e
Sandra Neves.
Impressão: Unipress
Tiragem: 10 mil exemplares
Sítio na Internet: www.vivacidade.org
Facebook: www.facebook.com/
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Agenda: [email protected]
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VIVACIDADE JUNHO 2015
Breves
32.º Concurso de Quadras Populares ao S. Pedro
em fase de avaliação
O Concurso das Quadras Populares ao
S. Pedro, promovido pela Junta da União das
Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova,
contabilizou a inscrição de 65 autores adultos com 310 quadras e nove autores sub-18
com 33 quadras registadas. Os trabalhos en-
tregues vão agora ser avaliados e classificados por um júri. Os prémios serão entregues
durante o período das Festas aos Padroeiros,
São Pedro e São Paulo, no dia 4 de julho, no
auditório da Junta de Freguesia de São Pedro
da Cova.
Caminhada Solidária pela Liga Portuguesa contra o Cancro
A Junta de Freguesia de Rio Tinto organizou a 7 de junho uma caminhada solidária a
favor da Liga Portuguesa contra o Cancro. A
inscrição para a caminhada reverteu com o
valor de três euros para o Núcleo Regional do
Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro.
Freguesias em Movimento em Fânzeres e S. Pedro da Cova
A União de Freguesias de Fânzeres e São
Pedro da Cova está a organizar caminhadas semanais, durante os domingos de junho e julho,
nas freguesias. Os participantes na caminhada têm também possibilidade de realizar uma
aula desportiva (body attack, body pump, body
combat, yoga). No próximo domingo, dia 21, as
caminhadas regressam a S. Pedro da Cova, com
partida às 9h30, no edifício da Junta de Freguesia local.
Club5 Basket encerrou a época em festa
O Club5 Basket, equipa de basquetebol
de Rio Tinto, encerrou a época desportiva com uma festa que reuniu os atletas de
todos os escalões da equipa, a 6 de junho
no pavilhão da Escola Secundária de Rio
Tinto.
II Jornadas de Emergência Hospitalar reuniram
mais de 300 pessoas
As II Jornadas de Emergência Hospitalar,
organizadas pela Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio
Tinto, reuniram mais de 300 pessoas na Sala
D’Ouro do Multiusos de Gondomar, no dia 30
de maio.
“40 Anos após a Ata Final de Helsínquia”
debatidos no Clube Gondomarense
A presidente da Comissão da Democracia,
Direitos Humanos e Assuntos Humanitários da
Assembleia Parlamentar da Organização para
a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE),
Isabel Santos, moderou a 12 de junho o debate
“40 Anos após a Ata Final de Helsínquia”, promovido pelo Clube Gondomarense, nas instalações da associação de S. Cosme. A falta de abertura para uma fiscalização mais eficiente dos
direitos humanos em certos países, entre outros
relatos sobre a posição da OSCE, motivaram a
plateia durante mais de duas horas de debate.
Topázio inaugura novo espaço em Lisboa
A Topázio inaugurou a 28 de maio um
novo espaço no Altis Grand Hotel, um dos
mais emblemáticos hotéis de Lisboa, situado na Rua Castilho. A marca passa assim a
dispor de um espaço com 80 m2. Para assinalar o momento da inauguração, a Topázio
apresentou a sua coleção de celebração dos
140 anos.
Tiago Vieira não resistiu à doença
Demonstração da PSP lotou Multiusos de Gondomar
A tradicional demonstração pública da
PSP voltou a lotar o Multiusos de Gondomar a
2 de junho, no âmbito das celebrações do Dia
Mundial da Criança.
“Verão Saudável” na Escola Secundária de Rio Tinto
A Escola Secundária de Rio Tinto organizou a 5 de junho um desfile de alunos que
alertou simultaneamente para as tendências
do próximo verão e para os cuidados a ter
com a pele. O desfile “Verão Saudável” realizou-se no átrio da Secundária de Rio Tinto
e contribuiu para a sensibilização das medidas de prevenção para a época mais quente
do ano.
Xilobaldes estreiam-se no Porto
O grupo musical Xilobaldes, formado na
Oficina de Música do Projet’Arte, estreou-se a 5 de junho no auditório do Centro de
Formação do IEFP no Cerco do Porto, no
Centro Republicano e Democrático de Fânzeres celebrou
Dia Mundial da Criança
Jogos, dança, demonstração de karaté, papagaios, fotos, pinturas e uma fábrica de bolachas animaram o Dia Mundial da Criança no
Centro Republicano e Democrático de Fânze-
res. A associação promoveu uma tarde de festa a 7 de junho que contou com a colaboração
do grupo Sururus Teatro, ARGO, Espaço da
Dança e o cartoonista Onofre Varela.
“Os Emigrantes” encerraram o 30.º FETAV
O Grupo de Teatro da Escola Dramática
e Musical Valboense encerrou a 30ª edição
do Festival de Teatro Amador de Valbom
com a peça “Os Emigrantes”, de Slaworir
Em maio de 2014, o Vivacidade noticiou
um caso de solidariedade em Gondomar. Milhares de pessoas angariaram cerca de 7.500
euros para ajudar Tiago Vieira, um jovem
gondomarense que combatia o Sarcoma de
Ewing. Tiago não resistiu à doença e faleceu
a 13 de junho no IPO do Porto, onde estava
a ser acompanhado. O funeral realizou-se em
Jovim.
Mrojek, numa versão de João Lourenço,
com encenação de João Ribeiro. O certame
de teatro promete regressar em 2016 para a
31ª edição.
espetáculo de encerramento das Oficinas
Trocas e Transformas do projeto Lagarteiro e o Mundo E5G. A banda promete mais
atuações para breve.
Batalhão “Vasco da Gama” comemorou 61.º aniversário
da partida para a Índia
Baguim do Monte acolheu a 6 de junho
o Encontro Comemorativo do 61.º Aniversário da Partida do Batalhão de Caçadores
Vasco da Gama para a Índia. Em 1954, o
batalhão português partiu para o território
indiano e voltou a reunir-se 61 anos depois
num encontro realizado na Igreja Paroquial
de Baguim.
Valbom vai ter polo da Universidade Sénior de Gondomar
A Universidade Sénior de Gondomar vai
passar a dispor de um polo em Valbom. As
inscrições para o ano letivo 2015/2016 já estão abertas e podem ser efetuadas na secretaria
da União das Freguesias em Valbom, até 15
de setembro de 2015. As aulas vão realizar-se
na Junta de Freguesia local e destinam-se a
fregueses com 50 anos ou mais que possuam
robustez física e mental e que se sintam motivados para a aprendizagem.
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VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade: Baguim do Monte
Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha
oficialmente inaugurada na EB1 de Torregim
As novas instalações da Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha, em Baguim do Monte, já estão em funcionamento. O espaço,
situado na antiga escola de Torregim, foi oficialmente inaugurado a 11 de junho.
MAIS FOTOS:
O edifício do antigo pavilhão
da EB1 de Torregim deu lugar à
Delegação de Gondomar da Cruz
Vermelha e as portas das novas
instalações foram abertas ao público. A inauguração oficial da
Delegação iniciou-se no dia 11 de
junho. A cerimónia contou com
a presença de várias personalidades ligadas ao projeto, como o
presidente da Câmara Municipal
de Gondomar, Marco Martins, o
presidente da Junta de Baguim,
Nuno Coelho, o administrador
da Lipor, Fernando Leite, e o
embaixador oficial da delegação,
Fernando Rocha. Guido, repre-
sentante da Cruz Vermelha Nacional, e o intendente Alberto
Martins, representante da divisão
de Gondomar da PSP, também
marcaram presença na inauguração e acompanharam de perto a
cedência do espaço à Delegação
de Gondomar da Cruz Vermelha.
Em discurso, Nuno Coelho relembrou a necessidade de apostar
em projetos como a Cruz Vermelha e considerou o ato inaugural
uma “prova de que uma autarquia
aposta nas instalações para dinamizar o espaço público devoluto”
e acrescentou que sente “grande
satisfação em ter uma delegação
com as funções humanitárias a
que se propõe”. Fernando Leite,
administrador-delegado da LIPOR, uma das instituições que
FOTO: JPS
Texto: João Pedro Sousa
> A Delegação de Gondomar estava instalada na Junta de Baguim
FOTO: JPS
> Marco Martins na chegada à antiga escola de Torregim
FOTO: JPS
FOTO: JPS
> Nuno Coelho, em discurso, no auditório Fernando Rocha
fundadoras da Delegação, garantiu que a instituição está sempre
atenta ao que a comunidade precisa e congratulou a Junta de Freguesia de Baguim por conseguir
erguer na cidade uma instituição
de cariz humanitário. O humorista Fernando Rocha também destacou a importância do prémio
ganho por um grupo organizado
pela Junta de Baguim, no programa “O Preço Certo”, da RTP. O
embaixador da delegação e comediante felicitou ainda o trabalho
desempenhado pelos voluntários
da Cruz Vermelha.
Já Marco Martins agradeceu o
apoio prestado para a inauguração
e afirmou que a Cruz Vermelha
pode contribuir para resolver os
“grandes problemas” do concelho
de Gondomar. “Ainda há muitas
lacunas de índole social”, lamentou
o autarca. Por sua vez, o representante da Cruz Vermelha Nacional,
afirmou ser “um grande milagre
congregar tantas forças em tão
pouco tempo”. Ao intendente Alberto Martins coube felicitar o
início do funcionamento da Cruz
Vermelha “em prol e benefício de
todos”.
A cerimónia terminou com um
gesto de agradecimento a Nuno
Coelho por parte de Genoveva
Souza, diretora técnica da instituição. Seguiu-se a apresentação do
livro “A Herança de Deus”, de José
Ribeiro Sá, e um arraial solidário a
favor da Cruz Vermelha. n
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VIVACIDADE JUNHO 2015
Reportagem Vivacidade
Em S. Pedro da Cova, as marchas
têm regresso marcado para julho
A expressão “a tradição já não é o que era” não se aplica à freguesia de S. Pedro da Cova. Pelo menos não este ano. As marchas
dariz, são vários os lugares e instituições da freguesia que preparam o grande dia. O Vivacidade acompanhou alguns dos ensaios.
FOTO: DR
Texto: Ricardo Vieira Caldas
A Associação Promotora das
Festas aos Padroeiros S. Pedro e
S. Paulo e a União das Freguesias
de Fânzeres e S. Pedro da Cova
uniram esforços e decidiram recuperar uma tradição considerada
como perdida no território sampedrense. Ao Vivacidade, o presidente da UF, Daniel Vieira, aponta um
conjunto de fatores que podem explicar o fim das marchas em 2004.
“Assumimos que um dos fatores
foi a perda de disponibilidade de
um conjunto de pessoas que estavam envolvidas todos os anos na
construção das marchas. Em 2004
deu-se o fim das marchas que deram lugar às rusgas. Perante uma
lacuna foi encontrada uma solução. Não é possível um povo pensar o seu presente e o futuro sem
conhecer as suas tradições e a sua
história. É fundamental reavivar
estas tradições”, declara o autarca.
“As rusgas cumpriram o seu papel
e animaram as nossas festas mas
não havia essa tradição. Arrisco
afirmar que, tirando as Festas do
Concelho, não havia iniciativa no
concelho que juntasse tanta gente como as marchas populares”,
acrescenta Daniel.
Nas marchas populares estão
envolvidas muitas pessoas, coletividade e instituições privadas,
garante o presidente. “Vão estar
representados os lugares de Tardariz, Passal, Silveirinhos, Covilhã e
a zona da Mó. Todos os lugares da
freguesia estão representados nestas marchas. Esperamos a 3 de julho dar um bom pontapé de saída
com milhares de pessoas envolvidas nesta iniciativa. Estão envolvidas mais de 300 pessoas”, explica o
presidente de Fânzeres e S. Pedro
da Cova.
Marchas convergem, a 3 de
julho, junto à Igreja de S.
Pedro da Cova
O ponto central é junto à
Igreja Matriz. No dia 3 de julho
centenas de marchantes desfilam
até ao terreno que se encontra à
frente da Junta de Freguesia, para
aí apresentarem as coreografias e
músicas preparadas, aos milhares
de pessoas que a autarquia espera
receber nesse dia. “Vai gerar-se
aqui um bairrismo saudável que
queremos impulsionar”, afirma
Daniel Vieira. “A ideia é dar continuidade a esta iniciativa nos próximos anos, iniciativa que envolve
muita disponibilidade e trabalho
voluntário”, acrescenta o presidente que admitiu ao Vivacidade já ter
estado do outro lado. “A primeira
vez que participei numa marcha
popular tinha 11 anos. Participei como músico e continuei até
ao fim das marchas. Participei na
marcha do Passal, Carvalhal, Tardariz e Silveirinhos. Admito que o
bichinho também está dentro de
mim”, confessa.
Para a realização destas marchas populares, a Comissão de Festas e a Junta de Freguesia atribuem
a cada grupo o valor de 1000€. No
entanto, alerta o presidente, “sabemos que os investimentos de cada
marcha são muito superiores.”
Hélder Magalhães, presidente
da direção da Associação Promotora das Festas aos Padroeiros S.
Pedro e S. Paulo, vai mais longe e
fala no grande esforço financeiro
que cada um dos grupos faz para
que tudo esteja pronto no dia das
marchas. “Cada marcha custa cerca de 3500€. Os apoios que nos
são dados não são suficientes para
cobrir as despesas mas as associa-
ções estão dispostas a suportar
esses custos, felizmente. Estas festas envolvem a comunidade nesta
organização”, explica. O objetivo
principal para o membro da comissão organizadora é “cativar as
pessoas de S. Pedro da Cova e enquadrar quem visita a freguesia”.
“Este ano estava na iminência de
não se realizarem as festas da freguesia porque a Comissão de Festas teve que abandonar a direção
por razões pessoais. No entanto,
houve um apelo de pessoas jovens
para continuarmos com as tradições”, refere ainda Hélder Magalhães.
Da parte da Paróquia, Fernando Rosas, pároco da freguesia,
explica que “as pessoas já tinham
saudades desta tradição”. “Estão
envolvidos com grande entusiasmo a preparar as músicas, as coreografias e as letras”, afirma ao Vivacidade. Na questão dos apoios o
padre afiança: “A paróquia precisa
de apoio financeiro, não pode dar.
No entanto, temos cedido as instalações para os ensaios de um grupo e dos que necessitarem. Sei que
a Comissão de Festas está a fazer
um grande esforço para a concretização das marchas.”
Em Tardariz, “Leões” e
crianças unem-se num só
grupo
Bruno Nogueira preside a Associação Recreativa e Desportiva
“Os Leões de Tardariz” e juntamente com Mafalda França Rodrigues, do Jardim de Infância
“Pedrocas”, decidiram pôr mãos
ao trabalho e formar um dos grupos, com cerca de 30 pessoas, que
vai integrar as marchas de S. Pedro. “A parceria está a ser benéfica. Começamos há duas semanas
a trabalhar juntos e tem que ficar
pronto no dia 3 de julho”, explicou
ao Vivacidade o presidente dos
“Leões”. “Esta preparação envolve
um grande espírito de sacrifício e
companheirismo, principalmente
da parte dos responsáveis. É difícil
juntar toda a gente, pessoas de várias idades, feitios diferentes e conseguir que no fim saia um bom espetáculo”, afirma ainda. “Às vezes é
difícil conseguir coordenar todas
as pessoas. As pessoas mais velhas
recorrem à sabedoria e por vezes
têm dificuldades em aceitar ideias
novas”, comenta também Mafalda
França Martins.
No Passal, há uma “rivalidade saudável” entre duas
associações
Num outro lugar da freguesia,
a zona do Passal, não há um, mas
dois grupos que preparam os marchantes para a grande noite. Do
Rancho Folclórico do Passal, com
84 anos, Camilo Oliveira ainda se
lembra de quando esta tradição
teve início em S. Pedro da Cova.
“Há cerca de 50 anos começaram
as marchas populares de S. Pedro da Cova em vários lugares da
freguesia. Eu não imaginava que
ia participar novamente nas marchas mas atendendo ao pedido do
Hélder e do presidente da Junta,
entendi que o lugar devia mostrar
mais uma vez as suas tradições”,
comenta com o Vivacidade. A escolha da música foi difícil, revelou
o octogenário, mas depois de definida os ensaios foram recorrentes.
“Este é o quarto ensaio e a terceira
semana. Os arcos e as roupas já
estão prontas e quando chegar a
hora vai estar tudo resolvido”, garante Camilo Oliveira. Da parte
do Centro Desportivo e Recreativo do Passal – um grupo distinto
no mesmo lugar – Sónia Ferreira
garante que “vai entrar a matar”.
Experiência não lhe falta porque
é “há 20 anos” que faz parte e organiza as marchas neste grupo. “A
preparação deste grupo é entrar
a matar. Não sabemos se vamos
ser o melhor grupo mas vai ser a
melhor marcha. Estão envolvidas
aqui 41 pessoas”, afirma a ensaiadora. “O Serafim Neves está a pre-
VIVACIDADE JUNHO 2015
9
Reportagem Vivacidade
populares
populares, um costume com cerca de 50 anos na terra mineira, regressam agora após um interregno de 11 anos. Do Passal a Tarparar a música e o letrista foi o José
Reis”, revela, ao Vivacidade, Sónia
Ferreira, enquanto dá ordens ao
grupo para que prossiga com a
marcha.
e a letra falam-nos de S. Pedro da
Cova como uma freguesia inclusiva, uma vez que temos pessoas que
vêm de vários lugares da freguesia.
Temos elementos de todas as idades. Somos cerca de 60 pessoas.
Vamos tentar incluir pessoas com
deficiência, acompanhados. Temos
também crianças, adultos e alguns
elementos da terceira idade”, explica a presidente da Associação
Social de Silveirinhos. No que diz
respeito às despesas, Matilde Monteiro confessa que “esta iniciativa
está a ser mais dispendiosa” do que
esperavam. “Mas está relacionado
com a escolha que fizemos para
os materiais. O envolvimento das
pessoas vem do gosto que têm pela
própria freguesia. O presidente de
Junta também envolve a comunidade nestas iniciativas e a comunidade quer o regresso das marchas
populares”, conclui. n
FOTO: RVC
> “Leões de Tardariz” e Jardim de Infância “Pedrocas”
> Rancho Folclórico do Passal
> Centro Desportivo e Recreativo do Passal
FOTO: DR
FOTO: RVC
> Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Vila Verde
> Associação Social Estrelas de Silveirinhos
FOTO: RVC
FOTO: DR
Associação Estrelas de Silveirinhos também assegura a participação na iniciativa
“A Junta e a Comissão de Festas estão a recuperar uma tradição
que estava parada há cerca de uma
década. É importante retomar esta
tradição que junta as pessoas e
anima a população”, começa por
dizer João Martins, presidente
da Associação Social Estrelas de
Silveirinhos. “Em Silveirinhos a
adesão da população não foi muita
mas após um forte impulso tivemos um primeiro ensaio e vamos
avançar com a marcha”, admite o
responsável. “Se a Junta e a Comissão de Festas continuarem a apostar nas marchas vamos analisar a
nossa continuidade. As marchas
S. Pedro da Cova, uma freguesia inclusiva
A liderar o grupo da Associação Recreativa Cultural e Social
de Silveirinhos está Matilde Monteiro. “Este grupo é uma junção de
três coletividades: o Órfeão de S.
Pedro da Cova, a Associação Social de Silveirinhos e o Núcleo de
Necessidades Educativas Especiais
do Agrupamento de Escolas de S.
Pedro da Cova”, esclarece a sampedrense. Matilde tem preparado
para as marchas música e letras
originais, tudo baseado num mote:
“a freguesia inclusiva”. “O mote da
marcha de rua vai ser feito com letra e música originais e queremos
recuperar as tradições. A música
FOTO: RVC
Vila Verde nasceu com as
marchas populares
A Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Vila Verde é
também uma das entidades envolvidas na organização deste evento.
O presidente da associação, Adão
Ribeiro, confessa que “as marchas
sempre disseram muito à associação”. “Nascemos em 2001 e começamos com as marchas populares.
Houve um interregno há sete anos
e as rusgas taparam o sol com a peneira mas não se podem comparar
às marchas. Aqui demonstramos o
trabalho das associações”, explica o
dirigente associativo. “As marchas
requerem mais coordenação e nesta altura já estamos a trabalhar há
cerca de um mês”, acrescenta Adão
Ribeiro.
necessitam de um investimento
maior do que as rusgas e de um
envolvimento reforçado”, lembra
João Martins.
>
Associação R.C.S. Silveirinhos, Orfeão de S. Pedro da Cova
e Núcleo de Necessidades Educativas Especiais
10 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
Opinião
Viva Moda
Alcina Cunha
www.alcinacunha.com
Consultora de Imagem
Sabe escolher o bikini perfeito?
O verão está aí mesmo á porta
mais claros e abertos e por padrões
e quem ainda não foi, com certeza
grandes. Pode também escolher um
deve de estar para ir à praia. Na
modelo com franjas. Se pelo con-
praia a roupa é pouca, mas não é
trário, quiser esconder o peito opte
motivo para descuidarmos da nossa
por tons mais escuros e fechados, de
imagem. A escolha certa do bikini
preferência sem padrão.
pode fazer verdadeiros milagres
Ao escolher a parte de baixo, se
pela nossa silhueta. Para a ajudar a
a sua intenção for disfarçar o volu-
escolher o bikini certo para si, vou
me da anca, tenha em atenção que
dar-lhe algumas dicas úteis.
os detalhes, como por exemplo os
Antes de escolher o seu bikini,
lacinhos, vão dar ainda mais volu-
tem que saber qual o seu tipo de
me. Opte por modelos simples, de
corpo, ou melhor que isso, tem que
preferência com a tira lateral mais
saber que parte quer realçar ou es-
grossa. Se pelo contrário, quiser
conder.
realçar a anca, use e abuse dos detalhes e padrões nessa zona. Opte por
cores mais claras e abertas do que
bom apoio, de preferência com arco
as cores que usar na parte de cima.
e alças. Esqueça de todo o famoso
Se optar por usar um bikini branco,
caicai e o bikini em triângulo. Se o
tenha em atenção se este tem forro,
seu peito for pequeno pode realçá-
para não ficar transparente depois
-lo com um modelo almofadado.
de ir á água.
Os almofadados em forma de triân-
Lembre-se que não tem que
gulo são ótimos para este caso. Os
usar as partes do mesmo conjunto
caicais nem sempre ficam bem para
para estar perfeita. Divirta-se a con-
quem tem o peito mesmo muito
jugar diferentes modelos. Tenha em
pequeno, pois pode achatar ainda
atenção às cores para haver sempre
mais. Se quiser optar por um cai-
uma harmonia entre o conjunto es-
cai, experimente vários modelos
colhido.
até encontrar um que lhe assente
Sinta-se confiante no seu bikini,
na perfeição. A nível de cores, se
pois no final o que importa é sentir-
quiser realçar o peito, opte por tons
-se bem. n
Organizado pelo Clube Gondoclássicos de Portugal, a VII concentração de
viaturas clássicas e pré-clássicas teve lugar, a 14 de junho, no Largo da Feira
de S. Cosme. As dezenas de viaturas desfilaram depois pelas ruas do concelho
até à hora do almoço, onde as dezenas de sócios se juntaram num convívio.
“Este é o nosso principal evento, onde concentramos cerca de
140 pessoas com 60 carros”, começa por referir ao Vivacidade
José Passos, presidente do Clube
Gondoclássicos de Portugal, coletividade sediada em S. Cosme.
“Neste momento o clube tem 314
sócios e está em crescimento, o que
é uma mais valia para o concelho
de Gondomar. Temos sócios de
Gondomar, Gaia, Porto, Monção e arredores do Porto”,
acrescenta o presidente da
associação que começou
com “uma paixão de dois ou três
sócios”. “Em Gondomar já existia
uma grande frota de carros clássicos que resolveram inaugurar um
grupo com o apoio da Câmara de
Gondomar e da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim”, conta José Passos.
O sétimo encontro organizado
para este ano levou os sócios num
passeio por S. Pedro da Cova. “Vamos passar por S. Pedro da Cova
a convite da Escola Profissional de
Gondomar. O percurso passa também pela Câmara Municipal e pelo
Museu Mineiro de S. Pedro da
Cova e dirigimo-nos a
Aguiar de Sousa para almoçarmos na Quinta da Eira”, explica o
dirigente associativo. “Na exposição do largo vamos ter carros de
1929, até 1956, dos anos 60, 70 e
80. Temos viaturas de grande valor
FOTO: RVC
Se tiver o peito grande opte por
uma parte de cima que lhe dê um
VII concentração do
Clube Gondoclássicos
juntou 60 viaturas clássicas
e pré-clássicas
histórico e a frota continua a crescer. Neste momento Portugal está
a exportar carros clássicos e isso
é mau para a frota de carros clássicos portuguesa”, comenta ainda
José Passos.
Luís Neves é sócio do clube há
três anos e também participou na
concentração mas a paixão pelos
carros clássicos já vem de antes.
“Julgo que esta paixão pelos carros clássicos
tem vindo a crescer.
Tenho participado
nestes encontros.
Felizmente não tenho
tido problemas mecânicos com
este carro”, confessa ao Vivacidade.
A VII Concentração de Carros
Clássicos e Pré-Clássicos contou
com a presença e atuação da Fanfarra de Gondomar. O presidente
da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, a vereadora
Sandra Brandão e a representante
da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, Cláudia Amaral, também
marcaram presença neste encontro
e receberam uma lembrança da coletividade.
Fundado em fevereiro de 2009,
o Clube Gondoclássicos de Portugal é uma associação sem fins lucrativos. n
12 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
Tapetes florais vão colorir procissões
em honra dos santos populares de Fânzeres
Em Fânzeres já se preparam as festas em honra dos santos populares. Pela vila multiplicam-se os grupos
envolvidos nas solenidades e na preparação dos tapetes florais, uma tradição com mais de meio século na
freguesia. Ao Vivacidade, os cinco grupos explicam o trabalho necessário para colorir as principais artérias da vila
fanzerense com flores, especiarias e outros produtos.
os outros grupos dão continuidade
ao nosso trabalho”, explica Fátima
Pinto.
O grupo começa a preparar as
flores e as verduras com um mês de
antecedência mas é na madrugada
que antecede a procissão que são
desenhados e montados os tapetes florais. “Todos os anos dizemos
que vamos deixar de participar
nesta tradição mas não conseguimos abdicar disto”, refere a conterrânea Elisa Gomes.
Ao grupo de Alcina Oliveira e
Bibiana Silva cabe a tarefa de continuar o trabalho da equipa anterior.
Durante o dia cortam-se os verdes
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Pedro Santos Ferreira
Para Elisa Gomes e Fátima Pinto, a arte de enfeitar as ruas com o
auxílio das flores já não é novidade.
Desde 1965, que o grupo em que
estão inseridas faz as honras ao Divino Salvador, santo padroeiro da
freguesia. “Nos últimos anos temos
variado os desenhos florais que
envolvem milhares e milhares de
flores. Desde 2005 que fazemos os
tapetes da Igreja até ao cruzamento
do Centro Republicano e Democrático de Fânzeres e a partir daí
> Festa ao Divino Salvador
liadora, Santa Bárbara e S. Vicente.
S. Tiago e Santa Luzia, celebram-se
de 24 a 26 do mesmo mês e as festividades em honra do Divino Salvador são de 7 a 9 de agosto.
Junta e paróquia enaltecem
esforço da comunidade
Maria José Cardoso, da UF de
Fânzeres e S. Pedro da Cova, tem
acompanhado os trabalhos dos
grupos envolvidos na preparação
dos tapetes florais de Fânzeres e
salienta o envolvimento da população. “No ano passado a junta já
apoiou a realização dos tapetes florais mas este ano a nossa aposta é
FOTO: DR
FOTO: DR
FOTO: DR
> Festa ao Divino Salvador
os moldes com diversos produtos
como o sal, café, flores e verduras
recolhidas na Associação do Moradores de Santa Bárbara.
Por fim, Aurora Nunes, representante do grupo que completa a
última parte do percurso, também
não esquece a tradição e mostra-se satsisfeita com o apoio prestado pela União de Freguesias de
Fânzeres e S. Pedro da Cova. Nos
últimos anos, a autarquia suportou
financeiramente parte dos custos
associados à preparação dos tapetes florais.
De 3 a 5 de julho, Fânzeres recebe as Festas em Honra da Srª Auxi-
e pela noite tratam-se as flores com
a ajuda dos cerca de 30 voluntários
que compõem o coletivo. “Estamos
habituadas a participar na realização dos tapetes. Estou casada há 25
anos e lembro-me que nessa altura
já existia esta tradição”, realça Alcina Oliveira ao Vivacidade.
Já Bibiana Silva lamenta as
condições da rua “envelhecida e
pouco uniforme” mas sublinha a
participação dos jovens nesta tradição.
Da Travesa de Santa Bárbara à
Rua de Santa Bárbara a preparação
dos tapetes são da responsabilidade
do grupo de Emília Silva e Marlene
Jesus que ainda mantém a tradição.
“Esperamos que esta tradição nunca acabe porque é motivo de grande
orgulho”, destacam as porta-vozes
do grupo composto por 15 pessoas.
Otília Oliveira e Luísa Mendes,
inseridas no grupo responsável por
colorir o percurso entre a Igreja e
o Largo Júlio Dinis [percurso que
termina na rua de Santa Bárbara]
participam na tradição há seis anos
em honra do padroeiro S. Tiago e
das festas à Srª. Auxiliadora, Stª.
Bárbara e S. Vicente e compõem
> Festa ao Divino Salvador
FOTO: DR
FOTO: DR
> Tapete em honra do padroeiro São Tiago
> Preparação dos tapetes para a Festa ao Divino Salvador
VIVACIDADE JUNHO 2015 13
Sociedade
maior. Queremos envolver cada vez mais a
comunidade nestas tradições e para isso contamos com a ajuda da paróquia que fez um
grande apelo para a participação nos tapetes
florais”, explica a representante da Junta ao
Vivacidade.
Para o padre Andrade, da paróquia de
Fânzeres, a tradição “está a ser conservada”
através do apoio voluntário dos populares.
“No início de julho temos a primeira festa e
os tapetes vão embelezar a procissão. A paróquia não dá apoio financeiro mas tem dado
apoio logístico aos grupos que participam
nos tapetes florais”, refere o sacerdote. n
EB 2,3 de Rio Tinto
líder na recolha de resíduos
elétricos e pilhas
FOTO: DR
A Escola EB 2,3 de Rio Tinto ocupa a primeira posição nas 80 escolas do distrito do Porto que participaram na 7ª Edição da “Geração Depositrão da ERP Portugal”. O projeto tem como objetivo
a recolha do maior número de resíduos de equipamentos elétricos, eletrónicos e pilhas. A escola riotintense venceu esta edição
com mais de 2000 quilos, dos 15 mil recolhidos na totalidade.
FOTO: DR
> Demonstração de tapete floral produzido em honra de São Tiago
FOTO: PSF
FOTO: DR
> Festa a Sra. Auxiliadora, Sta. Bárbara e S. Vicente
> Alunos envolvidos na campanha
> Joana Amaral, Sandra Domingues e Filipa Moita
A segunda fase da 7ª Edição da “Geração Depositrão da ERP Portugal” revela que, entre 80 escolas participantes do
Porto, já foram recolhidos mais de 15.000
quilos de REEE (Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resíduos de Pilhas e Acumuladores). A Escola
EB 2,3 de Rio Tinto alcançou a primeira
posição no ranking das escolas do distrito,
tendo recolhido cerca de 2000 quilos destes resíduos.
Até ao momento, entre as cerca de 600
escolas participantes, já foram recolhidos
mais de 220.000 quilos de resíduos (REEE
e RP&A) em todo o país.
A campanha da European Recycling
Platform (ERP) Portugal, implementada
em parceria com o Programa Eco-Escolas,
da Associação Bandeira Azul da Europa
(ABAE), conta com o apoio de entidades
parceiras, que oferecem os prémios finais
às escolas vencedoras: 600 euros em equipamentos Worten, 500 euros em cartão
Pingo Doce para doar a uma instituição de
cariz social e um micro-ondas Orima.
Para além dos prémios indicados, as
escolas que somarem 200 quilogramas e
300 quilogramas de pilhas usadas receberão cheques no valor de 50 euros e 100
euros, respetivamente, para a compra de
materiais diversos.
As escolas vencedoras são apuradas
por dois critérios, peso absoluto e peso por
aluno de resíduos recolhidos, elegendo o
top cinco do ranking do final do ano letivo,
em ambas as categorias. Além desta atividade, as escolas também serão reconheci-
das pela elaboração de trabalhos criativos
sobre a gestão de REEE e RP&A, segmentados por níveis de escolaridade.
“Toda a comunidade escolar participou na recolha”
Ao Vivacidade, Sandra Domingues,
professora de Física e Química da EB 2,3
de Rio Tinto e coordenadora do projeto
“Programa Eco-Escolas” na instituição,
mostra-se orgulhosa pela liderança na
recolha de REEE e RP&A alcançada a nível distrital. “Vamos passar a barreira dos
2000 quilos graças a um grande trabalho
de sensibilização e de motivação, com uma
grande ajuda de professores, auxiliares,
alunos e pais. As gerações mais novas estão
mais sensibilizadas para esta preocupação
ambiental mas têm que ser relembradas”,
afirma a professora.
Já Filipa Moita, responsável de comunicação da ERP Portugal, realça a “motivação para a entrega de resíduos de
equipamentos elétricos e eletrónicos que
apresentam risco de problemas de saúde
e requerem um tratamento específico”. “As
escolas têm uma grande capacidade de
mobilização, por isso têm tido um papel
fundamental na estratégia da ERP Portugal”, admite a porta-voz da empresa de
gestão de resíduos.
Este foi o terceiro ano consecutivo de
participação da EB 2,3 de Rio Tinto na
campanha. A escola regista uma evolução
positiva de 250 quilos (1.º ano), para 471
quilos (2.º ano) e que agora ultrapassa os
2000 quilogramas. n
14 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
Milhares de pessoas na primeira edição
do Rio Tinto em Festa
O espaço da antiga feira de Rio Tinto recebeu, de 5 a 10 de junho, o primeiro ‘Rio Tinto em Festa’, evento que veio substituir a Festa
da Cerveja. A música, a gastronomia e o artesanato levaram milhares de pessoas ao recinto e a organização promete melhorias
para a edição de 2016.
“Não tínhamos forma de comparar o número de entradas com
anos anteriores porque a entrada
era livre. Este ano conseguimos
vender 9.453 pulseiras que possibilitaram a entrada todos os dias”,
conta o autarca. “Tivemos três noites com o recinto completamente
cheio”, refere ainda Nuno Fonseca.
Segunda edição terá cartaz
melhorado
Já a pensar na segunda edição,
o autarca de Rio Tinto que organizou o evento em parceria com
uma empresa do concelho, quer
que o Rio Tinto em Festa seja reconhecido como “um grande evento
de música popular portuguesa.”
“Queremos melhorar o cartaz e
queremos que o cartaz seja um
chamariz para a festa. A Festa da
Cerveja estava mais orientada para
a restauração”, esclarece. Quanto a
artistas para 2016, Nuno Fonseca
não quer arriscar nomes. “Ainda
não temos nomes pensados para
o próximo ano mas queremos artistas conhecidos. Não apostamos
este ano porque não tínhamos
histórico. Queremos um cartaz
melhorado em 2016. Esta festa é
totalmente suportada pela Junta
de Freguesia e pela empresa organizadora com a ajuda das entradas
e das comparticipações dos expositores”, conclui o presidente de
Rio Tinto. n
FOTO: DR
Os Som Livre Band inauguraram a festa no dia 5 de junho. Pelo
palco do evento passou ainda a
Banda Iniciadores, o músico Paulo
Ribeiro (ex-Bandalusa) e o conjunto Prata Latina. Marcus Machado regressou à freguesia após o
concerto da Gondomar Band, no
dia 9, pelas 21h30. O último dia foi
para a banda Union Salsera, que
atuou pelas 21h30. A 14ª edição
da Feira de Artesanato foi também
motivo de visita no Rio Tinto em
Festa, com uma tenda montada
para o efeito.
Ao Vivacidade, o presidente
da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, afirma que “o
evento deste ano foi um sucesso.”
São Bento das Peras com cartaz alargado
A romaria a S. Bento das Peras e S. Cristóvão da cidade de Rio Tinto arranca a 3 de julho e prolonga-se até ao dia 12 com um
cartaz alargado de iniciativas recreativas, culturais e profanas.
No dia 3 de julho, o Largo do
Mosteiro vai receber um sarau desportivo promovido por um ginásio
local. A iniciativa marca o início
da romaria a S. Bento das Peras e
S. Cristóvão, organizada pela Comissão de Festas da freguesia e pela
Junta de Rio Tinto, em parceria
com a Câmara Municipal de Gondomar.
Seguem-se dezenas de iniciativas agendadas para o palco do largo
riotintense, junto à Igreja Matriz da
freguesia. No dia 4, a Orquestra dos
Alunos da Escola Básica Infanta D.
Mafalda atua pelas 16h. O espetáculo antecede a realização do XV
Festival de Folclore de Rio Tinto,
organizado pelo Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio
Tinto. Já no dia 5, a Igreja Matriz
recebe a missa solene em honra de
São Bento das Peras.
Cinco dias depois, a romaria
regressa à freguesia com o concerto
do conjunto musical Os Iniciadores, que atuou recentemente no Rio
Tinto em Festa.
Para os dias 11 e 12 estão previstas atuações musicais da Banda de
Música do Pejão (Castelo de Paiva),
da Banda de Música de Loureiro, da
Banda de Música São Cristóvão de
Rio Tinto e da Fanfarra Juventude
da Madalena. O dia 11 encerra com
a tradicional sessão de fogo de artifício, marcada para as 23h45.
Quando o relógio marcar as
18h do dia 12, sai para a rua a procissão em honra de São Bento das
Peras e S. Cristóvão.
Ao Vivacidade, Nuno Fonseca,
presidente da Junta de Rio Tinto,
destaca a melhoria da qualidade da
festa e o reforço da iluminação pública. “A Junta vai apoiar financeiramente com um valor semelhante
ao do ano passado e vai prestar o
apoio logístico necessário”, esclarece o autarca. n
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
VIVACIDADE JUNHO 2015 15
Sociedade
Metro do Porto:
Linha F em funcionamento
na madrugada no S. João
A Metro do Porto vai preparar uma vez mais um serviço especial durante a noite de 23 para 24 de junho. O metro vai assim
funcionar ininterruptamente durante a noite de São João e a
linha F (Gondomar) não é exceção.
A Linha Laranja (F) terá até às 2h da
manhã uma frequência de 10 minutos e de
30 minutos até às 6h.
Este ano, para além do serviço especial
durante a noite de 23 para 24, a grande novidade é a operação especial nos “Concertos
na Avenida”, de 19 a 22 de junho. O aumento das frequências e o reforço do número
de veículos vêm reforçar a mobilidade dos
utentes ao longo dos festejos de todas as
noites de animação na cidade, com epicentro na Avenida dos Aliados. Com a circulação automóvel proibida ou muito condicionada em grande parte do centro da cidade,
o Metro garante que “a única preocupação
dos cidadãos vão ser as marteladas típicas
de São João.”
Na noite de S. João, o reforço da circulação das várias linhas começa às 20h do dia
23 de junho e só termina às 6h do dia 24.
Quanto aos “Concertos na Avenida”,
promovidos pela Câmara do Porto na Avenida dos Aliados, o Metro assegura um reforço da capacidade em toda a rede e o prolongamento da operação até cerca das 2h,
assegurando que, após os concertos, todos
poderão regressar a casa de Metro.
A Metro do Porto recomenda “a todos
os seus clientes a compra ou carregamento
dos títulos de viagem antecipadamente, de
forma a evitar filas de espera”, assim como
“a correta validação de todos os títulos de
transporte.” n
Programa dos “Concertos na Avenida”:
19
20
21
22
23
de
de
de
de
de
junho,
junho,
junho,
junho,
junho,
22h
22h
22h
22h
22h
-
D.A.M.A
Rui Veloso
Deolinda
António Zambujo
DJs de Vacaciones e José Cid
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
Frequência das linhas:
Linha Azul (A) – frequência de 10 minutos até às 2h e de 15 em 15 minutos até à manhã do dia seguinte.
Linha Vermelha (B) – frequência de 20 minutos até às 3h e de 30 minutos até às 6h.
Linha Verde (C) – com destino à estação Fórum da Maia, frequência de 10 minutos até à 1h. Na mesma
linha mas com destino à estação ISMAI, frequência de 20 minutos até às 2h e de 30 minutos até às 6h.
Linha Amarela (D) – frequência de 6 minutos até às 2h e de 10 minutos das 2h às 6h, passando após esta
hora a oferecer a circulação habitual de um dia de feriado.
Linha Violeta (E) – não sofrerá qualquer tipo de alteração, estando em funcionamento até pouco depois
da 1h, como é habitual.
Linha Laranja (F) - frequência de 10 minutos até às 2h e de 30 minutos até às 6h.
O Funicular dos Guindais estará em funcionamento durante toda a noite e madrugada de São João.
16 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
Hospital-Escola apresenta
tratamento inovador
da doença da próstata
Gramido juntou milhares
no Dia Mundial da Criança
Durante os dias 30 e 31 de maio, Gramido foi o centro da festa organizada pelo Município no âmbito do Dia Mundial da
Criança. Milhares de pessoas deslocaram-se à marginal do
Douro para comemorar em família.
O Hospital Escola da Universidade Fernando Pessoa apresentou um tratamento inovador e diferenciado para os pacientes
que sofrem de dificuldades urinárias através da cirurgia por
vaporização anatómica.
FOTO: DR
Texto: Rita Lopes
munícipes à marginal gondomarense.
Boa disposição, alegria, música, dança e
algumas surpresas foram o principal atrativo
das famílias que optaram por celebrar a ocasião com o rio Douro como pano de fundo.
Recorde-se que em 2014 o Município
apostou pela primeira vez na comemoração
do Dia Mundial da Criança em Gramido. n
FOTO: DR
A unidade hospitalar da Universidade Fernando Pessoa, sediada em Valbom,
apresentou uma técnica minimamente
invasiva em que a remoção do tecido da
próstata , que provoca a obstrução da bexiga, é feita com um laser introduzido através da uretra.
O novo método utiliza a vaporização
anatómica prostática (VAP) para evitar feridas cirúrgicas e consequentes cicatrizes,
além de evitar tratamentos prolongados
exigidos pela cirurgia tradicional.
A técnica introduzida pelo coordenador do serviço de Urologia, Fábio Almei-
Insufláveis, escalada, jogos tradicionais,
demonstrações de canoagem, aeromodelismo,
jogos ambientais, póneis, “air bungee”, “rappel”,
jogos didáticos e caças ao tesouro animaram
durante dois dias a zona de Gramido. As atividades organizadas pela Câmara Municipal
de Gondomar no âmbito da comemoração do
Dia Mundial da Criança levaram milhares de
da, permite ao paciente ser operado de
manhã e poder regressar à sua atividade
habitual de tarde, com a função urinária
normalizada, independentemente do volume da próstata.
A intervenção inovadora proporciona
ainda melhor qualidade de vida ao paciente. n
> O Município voltou a apostar em Gramido
‘Bai-me à Loja’ juntou 62 expositores em S. Cosme
Bazar de artigos usados e artesanato volta a 5 de julho
O parque de estacionamento privativo da rua 25 de Abril, em S. Cosme, recebeu a 10 de junho a primeira edição do Bazar ‘Bai-me à Loja’. Ao
todo foram 62 os expositores que participaram nesta iniciativa com o objetivo de vender artigos usados e produtos de artesanato.
A ideia surgiu com a existência
de outras feiras do género na cidade do Porto, garante ao Vivacidade,
Nuno Martins, da organização do
‘Bai-me à Loja’. “Eu costumava ir ao
Silo Auto, no Porto, onde fazem uma
venda de artigos usados nos carros
com mala aberta. Como em Gon-
domar já não há Feira de Artesanato
pensei em fazer algo do género com
e sem carro. Nesta primeira edição
oferecemos aos expositores espaços
de cinco metros quadrados no parque privado da Rua 25 de Abril”, explica o porta-voz da iniciativa.
O conceito do ‘Bai-me à Loja’
> O parque privativo da Rua 25 de Abril recebeu o ‘Bai-me à Loja’
baseia-se na venda de artigos usados e produtos de artesanato feitos à
mão na bagageira de um automóvel
ou em mesas e estruturas, colocadas
pelos expositores no parque de estacionamento, para o efeito. “Isto permite vender produtos que não são
usados em casa”, explica ainda Nuno
Martins, que pretende organizar este
bazar uma vez por mês.
“Sendo este local uma zona de
comércio tradicional de Gondomar, esta iniciativa proporcionará
alguma dinamização, seja no cativar
de pessoas novas, tanto nos participantes do Bazar, como de todo o
> A 1ª edição foi um sucesso
comércio envolvente”, revelou ainda
a organização. O bazar de 10 de junho juntou mais de 60 expositores
das 10h às 19h, no parque de estacionamento da rua 25 de Abril, num
evento que “ultrapassou as expectativas”. O próximo evento é já a 5 de
julho no mesmo local. n
VIVACIDADE JUNHO 2015 17
Sociedade
Baguim do Monte acolhe
20.º aniversário da elevação
de Rio Tinto a cidade
O Centro Escolar de Baguim do Monte vai acolher a 20 de junho
a sessão solene comemorativa do 20.º aniversário da elevação
de Rio Tinto a cidade. Este ano, as obras sociais das paróquias
de Baguim, Rio Tinto e Corim vão ser distinguidas com a medalha de mérito da cidade.
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
“Sendo uma data redonda ainda é mais
importante para nós ter uma comemoração
condigna. Há 20 anos atrás houve a feliz
ideia de unir as populações de Rio Tinto
e Baguim do Monte pelo título de cidade
e para nós é muito importante comemorar esta data em comunidade”, começa por
dizer Nuno Coelho, presidente da Junta de
Freguesia de Baguim do Monte, que este
ano acolhe a sessão solene comemorativa
do 20.º aniversário da elevação de Rio Tinto
a cidade.
Para celebrar a data estão a ser preparadas várias iniciativas de cariz cultural,
recreativo e desportivo abertos à população
de Baguim e de Rio Tinto.
Por sua vez, Nuno Fonseca, presidente
da Junta de Freguesia de Rio Tinto, destaca a atribuição das medalhas de mérito da
cidade às obras sociais das paróquias de Baguim, Rio Tinto e Corim, distinguidas pelo
apoio diário prestado à comunidade.
No dia 20 de junho, a partir das 14h30,
tem início o X Encontro de Bandas da Cidade de Rio Tinto, organizado pela Banda
de S. Cristóvão de Rio Tinto, no Largo do
Mosteiro da freguesia. Já no dia 27 de junho, está marcado o concerto de verão do
Órfeão de Rio Tinto, às 21h30, no jardim
da Junta de Freguesia riotintese. No mesmo
dia, em Baguim, tem início o Torneio de
Futsal de Baguim do Monte, no Polidesportivo do Crasto.
1320 músicos marcam presença
no X Encontro de Bandas da Cidade de Rio Tinto
A 10ª edição do Encontro de Bandas da
Cidade de Rio Tinto vai receber 1320 músicos, divididos por 22 bandas filarmónicas,
que vão apresentar no Largo do Mosteiro,
Rio Tinto, um concerto conjunto da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto, da Banda de
Música de Pinheiro da Bemposta, da Banda
Filarmónica Severense e da Banda Musical
de Rio Mau.
Paralelamente, vai realizar-se o I Concurso Nacional de Composição da Cidade
de Rio Tinto.
Ao Vivacidade, Rodolfo Silva, da Banda
S. Cristóvão de Rio Tinto, destaca a iniciativa inserida nas comemorações do 20.º aniversário da elevação de Rio Tinto a cidade
como “um dos melhores encontros de bandas do Norte de Portugal”. n
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
> O Encontro de Bandas de Rio Tinto vai na sua 10ª edição
18 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
Opinião
Viva Saúde
Paulo Amado
Médico Especialista de Ortopedia e
Traumatologia
Diretor Clínico da
CLINICA RIO TINTO +
Qualidade na saúde...
imagens a não ser num CD de
fraca qualidade, obrigando o
clínico a cingir-se ao relatório
também ele inconclusivo. Logo
obrigou a repetir o exame, com
o dobro do prejuízo e de tempo. Efetivamente a qualidade
nem sempre se alia à economia,
e na saúde, isso é relevante. É
óbvio que o caro nem sempre
também será sinónimo de qualidade, tal como tudo na vida,
no equilíbrio, estará a virtude. O direito à saúde, livre e
tendencionalmente gratuita, é
uma das regras mais conhecidas da constituição portuguesa,
que é confundida com a ideia,
que é grátis. Em saúde, nem
sempre os critérios económicos
serão aliados à qualidade, logo
esse preço será uma opção que
deve ser tomada por todos nós.
Na decisão de um tratamento
médico, o profissional de saúde, deverá colocar em primeiro lugar critérios científicos e
de qualidade só depois virão
os necessários critérios de economia. Cada opção tem o seu
peso e medida, não devendo
ser confundidos, ou apenas
restritos aos critérios económicos. Mesmo em saúde, não
devemos esbanjar ou ser despesistas, pois a sustentabilidade e
a realidade económica do nosso país deverá estar patente na
nossa decisão, mas não deverá
ser nunca o primeiro critério
na nossa opção terapêutica. Daí
a necessidade de os serviços de
saúde serem avaliados e vigiados por critérios de qualidade.
Até breve, estimados leitores… n
O projeto de criação de hortas
biológicas da LIPOR tem mais um
espaço em Gondomar, o terceiro no
concelho. Desta vez foram inaugurados 56 talhões, cada um com 25
metros quadrados disponível, que
ficam agora à disposição de “novos”
agricultores no centro de S. Cosme.
Coube ao presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco
Martins, e presidente da União de
Freguesias de S. Cosme, Valbom
e Jovim, José António Macedo,
descerrar a placa que dá acesso ao
terreno cedido à comunidade por
Alice Castro Neves.
Após o ato formal os autarcas
destacaram a importância da implementação do mais recente espaço verde de Gondomar e sublinharam a necessidade de promover
parcerias com as entidades públicas
e privadas.
“Através da sinergia das instituições públicas e privadas tudo
é possível. Espero que os novos
agricultores possam usufruir deste
espaço”, afirmou o presidente do
Município antes de desafiar a Lipor
a abrir uma nova horta no concelho
“até ao final de 2015”.
Para José António Macedo, a
inauguração da Horta de Subsis-
> José António Macedo e Marco Martins inauguraram a horta
tência de S. Cosme representou o
“concretizar de um sonho antigo”.
Segundo o autarca, o objetivo da
Horta é “incentivar o sentimento
de partilha, a vida em comunidade,
a reutilização de produtos biológicos e a promoção de hábitos de
vida saudável”.
Por sua vez, a responsável da
LIPOR, Benedita Chaves, destacou
a evolução do projeto Horta à Porta, inaugurado em 2004 pela empresa de gestão de resíduos. “Onze
anos depois estamos a inaugurar
este espaço e temos neste momento
45 hortas semelhantes a esta, com
mais de 10 hectares cultivados com
produção biológica”, referiu a re-
presentante da LIPOR.
O Horta à Porta – Hortas Biológicas do Grande Porto, é um projeto que visa promover a qualidade
de vida da população, através de
boas práticas agrícolas, ambientais
e sociais.
Dos 56 talhões disponíveis em
S. Cosme, cerca de metade já foi
entregue a “novos agricultores”.
Contudo, José António Macedo
não descartou a possibilidade de
vir a ampliar o número de talhões
disponíveis para a comunidade.
Recorde-se que a Horta de Subsistência de S. Cosme privilegia a
atribuição de talhões a agregados
familiares carenciados. n
FOTO: PSF
Esta semana inicia-se no
nosso Hospital Lusíadas Porto,
uma recertificação de qualidade em saúde pela Joint Comission Internacional, um dos
mais conhecidos e exigentes
auditores de qualidade em saúde, a nível mundial. Sendo este
Hospital já distinguido por este
selo de qualidade, não interessa o ter sido no passado, mas
principalmente que se mantenha atualizado. Sei que para o
comum cidadão que utiliza os
serviços de saúde públicos ou
privados, esta qualificação não
lhe dirá nada ou muito pouco,
no entanto, para nós profissionais de saúde obriga-nos a uma
disciplina de atitudes e protocolos, no nosso dia a dia, hospitalar e clínico, com empenho
em manter os critérios de qualidade de saúde. Sei bem que,
perante as dificuldades económicas atuais, o fator preço tem
um papel muito importante
quando se trata de escolher o
serviço de saúde que precisamos de recorrer, mas tal como
o povo diz, “às vezes o barato
sai caro”. Lembro-me de um
doente que ainda esta semana,
na necessidade de realizar uma
ressonância magnética, exame
não disponível no seu médico
de família, perante a escolha do
local para realizar o respectivo
exame, perante as varias hipótese postas à disposição por
critérios de qualidade, preferiu fazer esse exame, no local
mais barato. Por cerca de 10
euros mais barato, (é dinheiro)
fez a RM, mas o seu resultado
se mostrou inadequado, sem
A Horta de Subsistência de S. Cosme foi inaugurada a 5 de junho. O projeto
integrado no programa “Horta à Porta” da LIPOR é composto por 56 talhões
disponíveis para agricultores de todas as idades.
FOTO: RITA LOPES
Coordenador da Unidade de
Medicina Desportiva e Artroscopia
Avançada do Hospital Lusíadas Porto.
Centro de Gondomar já tem
Horta de Subsistência
20 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
Opinião
Passeio em Rio Tinto
abate dois centímetros por ano
Câmara, Junta e condomínio discutem responsabilidade no assunto
Posto de Vigia
Manuel Teixeira
Parte da avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, em Rio Tinto, está a ser alvo
de análise pelo Município gondomarense. Em causa está um passeio que serve de
entrada ao edifício Estrela d’Avenida que tem vindo a abater de ano para ano.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Jornalista e Professor Universitário
Governos minoritários
serão sempre instáveis
deveria ter ido além de um
desejo, de um alerta, e de uma
lição de pedagogia política.
Mas nunca deveria chegar ao
patamar de uma ameaça, ainda
que subtil, velada ou indireta.
Porque ao fazê-lo, autolimita-se na sua condição de Chefe
do Estado, e corre o sério risco
de ter mesmo de empossar um
governo minoritário.
3 – Todas as sondagens
apontam para a impossibilidade de nenhum dos blocos
partidários dominantes conseguir obter maioria absoluta
nas próximas eleições. E assim
sendo, de duas uma: ou quem
ganhar consegue um acordo
com outras forças partidárias,
seja de incidência governativa
ou meramente parlamentar,
ou o Presidente terá mesmo
de optar entre dar posse a um
executivo minoritário ou passar para o seu sucessor a decisão final.
Ora, esta última opção seria desastrosa para o país. No
controlo de danos, será sempre
preferível dar posse a um governo minoritário do que deixar o país, durante longos meses, mergulhado num pântano
político. É claro que um governo minoritário, seja de quem
for, será sempre um governo de
transição, e de curta duração.
E ainda que consiga aprovar
o primeiro orçamento, com o
apoio da oposição moderada,
seguramente já não conseguirá aprovar o segundo. Todos
temos de pensar nisso, na hora
do voto… n
posta. Também nos queixamos às
Águas do Douro e Paiva que deram
resposta imediata e enviaram técnicos para analisar esta situação. As
Águas do Douro e Paiva garantiram
que tinham feito recentemente uma
análise mas também disseram que
o meu problema não acabaria aqui.
Disseram-me que se houvesse um
problema da parte deles, assumiam
a responsabilidade”, esclarece Paulo
Ribeiro.
Questionado sobre a possibiliFOTO: RVC
1 – O Presidente da República fez saber recentemente
que o país precisa de estabilidade política, pelo que alerta
os cidadãos para que votem
nas próximas eleições de forma a assegurar um governo de
maioria absoluta. Cavaco deu
ainda a entender que não estará
disponível a dar posse a quem
não assegure a desejada estabilidade governativa. Trata-se de
um desejo legítimo do Chefe
do Estado, mas com sérias implicações políticas.
De facto, há desejos que antes de serem anunciados devem
ser bem ponderados, sobretudo ao nível das suas potenciais
consequências. E este é claramente um deles. Porque sendo
razoável aceitar que o país precisa, na sequência das eleições,
de um governo estável, o Chefe
do Estado não pode deixar instalar a ideia de que só dará posse a um executivo com maioria
absoluta.
2 – Em democracia todas
as escolhas são legítimas, independentemente das consequências que delas podem decorrer.
Se o povo é soberano, tem de
lhe ser reconhecida a liberdade
de escolher como muito bem
entende. Mesmo que esse mesmo povo depois se arrependa, e
venha a alterar de novo as suas
opções. Tal como nas nossas
vidas, muitas vezes só aprendemos com o erro, e quantas
vezes pagamos bem caro pelas
nossas escolhas erradas.
Por tudo isto, a opinião do
Presidente da República não
O condomínio quer apurar responsabilidades junto da autarquia e
pede respostas. A Câmara e a Junta
de Freguesia alegam que a empresa
já foi notificada e o problema está na
reparação do sistema de drenagem,
responsabilidade do condomínio
[ver caixa].
“Nos últimos anos houve muita construção na zona envolvente
e houve uma grande impermeabilização dos solos envolventes.
A terra foi mexida para meter as
condutas e não acautelaram convenientemente a drenagem da zona
envolvente”, queixa-se ao Vivacidade Paulo Ribeiro, responsável da
empresa de condomínio do Edifício
Estrela D’Avenida, em Rio Tinto.
Na opinião do gerente da empresa,
“as águas freáticas encontram [no
subsolo] o prédio como obstáculo e
desviam para a estrada. No passeio
a Avenida começou a abater. No último ano o passeio abateu cerca de
dois centímetros”, refere ainda Paulo
Ribeiro. “Nos dias de chuva não há
escoamento das ruas. Por norma a
água vai pela Avenida porque isto
está tudo entupido e os tubos estão
partidos. Todas as condutas que
andam ali estão a ficar sem sustentação. No dia em que decidiram
repavimentar a avenida colocaram
papéis a informar-nos nas caixas
de correio e enviamos email para o
presidente da Câmara e o presidente
da Junta a dizer para não brincarem
com o nosso dinheiro porque iam
repavimentar uma avenida que está
a precisar urgentemente de obras e
que tem problemas graves por resolver. No entanto, a repavimentação
avançou e mascararam estes proble-
> O abatimento do passeio é visível junto à entrada do edifício
mas”, acrescenta o responsável.
A empresa, Nidus, confirmou
ao Vivacidade que já reuniu com o
presidente da Câmara, Marco Martins, numa audiência solicitada, e
que o mesmo “ficou de dar uma
resposta até hoje”. “Fomos recebidos
pelo presidente que conhece bem
o caso mas ainda não tivemos res-
Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar
A Câmara Municipal está a acompanhar o assunto?
A Câmara Municipal de Gondomar tem acompanhado em permanência todos os casos de que tem conhecimento, independentemente da área em
que se registam ocorrências. O caso do prédio na Avenida Dr. Domingos
Gonçalves de Sá, em Rio Tinto, não é exceção.
Sobre este caso em específico, pensa que a zona em questão poderá estar em risco, no que diz respeito a um possível aluimento
do piso ou rebentamento de uma conduta?
Não há risco. Ou melhor, há o mesmo risco que em qualquer outro local.
Confirma que a autarquia já reuniu com a empresa e foi alertada
sobre isto?
Sim, eu próprio reuni com responsáveis pela empresa que gere o condomínio do prédio em causa.
O que está / poderá vir a ser feito em relação a esta questão?
A empresa em causa já foi notificada por duas vezes, pessoalmente e por
escrito, de que tem de proceder à reparação do sistema de drenagem,
que é pertença do condomínio e, portanto, é da sua responsabilidade a
respetiva reparação. Apesar disso, o Município assumiu o compromisso
de fazer uma inspeção do passeio, o que acontecerá por estes dias até
porque sei que há contactos entre os serviços da Câmara e os gestores
do condomínio.
dade de haver risco para o edifício,
Paulo Ribeiro explica que “no imediato, não existe risco”. “O edifício
está impecável. É feito em betão por
isso aguenta com tudo. No entanto,
já tivemos infiltrações porque uma
das saídas da água passava por uma
janela que foi tapada e nunca mais
houve problemas”, conta.
Ao Vivacidade, o presidente da
Junta de Freguesia de Rio Tinto,
Nuno Fonseca, explica que “o assunto tem sido motivo de conversa
entre a Junta e a CMG.” “Os serviços técnicos da CMG já notificaram
o condomínio sobre a responsabilidade do prédio sobre as águas pluviais do edifício. Terá que ser o condomínio a fazer a obra mas parece
que o condomínio tem uma opinião
diferente e não tem verba para fazer
a obra. Independentemente disso a
CMG não pode autorizar que esse
problema se mantenha e já devia
até estar resolvido. No entanto a responsabilidade é do condomínio e
não do Município. A Junta é alheia
a esse processo”, esclarece. n
VIVACIDADE JUNHO 2015 21
Sociedade
Universidade Sénior
de Rio Tinto celebra
1.º aniversário
a pensar no futuro
A Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) comemorou, a 2 de junho, um ano de existência. A sessão solene dinamizada pelo conselho
executivo da instituição e pela Junta de Freguesia juntou alunos, professores e convidados no auditório da Escola Secundária de Rio Tinto.
Nuno Fonseca,
presidente do Conselho Executivo
da Universidade Sénior
e da Junta de Freguesia de Rio Tinto
“Há coisas que nos dão uma satisfação tremenda e posso dizer-vos que as iniciativas
da US Rio Tinto enchem-me de uma alegria
imensa. Este é o maior projeto que implementamos em Rio Tinto.”
FOTO: RVC
A cerimónia começou com um momento musical protagonizado por Francisco
Gouveia. De seguida, Onofre Varela brindou
o público presente com mais um momento,
de humor.
A diretora da USRT abriu as intervenções
dando palavra a Eugénio Saraiva, presidente
da Assembleia de Rio Tinto e à diretora do
agrupamento, Luísa Pereira. O presidente da
Assembleia Municipal, Aníbal Lira, seguiu-se nos discursos. “A USRT representa uma
instituição educativa muito digna e uma bela
forma de ocupar os tempos livres”, considerou.
Marco Martins, presidente do Município
de Gondomar, também marcou presença e
deixou duas notas breves: “um reconhecimento pelo projeto de qualidade e outra para
dar nota da nossa disponibilidade, apesar das
dificuldades financeiras graças aos processos
judiciais. Sempre que conseguimos, cedemos
apoios à USRT, como foi o caso do Centro
Cultural de Rio Tinto. Assim se constrói o
futuro”, afirmou.
Já Nuno Fonseca, em representação do
Conselho Executivo da USRT e da Junta de
Freguesia, agradeceu a disponibilidade e ajuda do agrupamento e da Câmara que cedeu
um espaço no Centro Cultural para acolher
a nova sede da instituição já no início do
próximo ano letivo. “Não temos dúvidas que
a US de Rio Tinto vai ser provavelmente a
maior Universidade Sénior que temos. Já temos na forja uma fornada de professores novos prontos a entrar, com novas disciplinas e
com novos alunos também”, referiu.
No final da cerimónia, vários alunos dedicaram algumas palavras à Universidade e
juntaram-se num Porto d’honra, mas não
sem antes apresentar a nova bandeira da
USRT. n
Marco Martins,
presidente da
Câmara Municipal de Gondomar
“Este projeto cresceu graças aos alunos e
professores. Finalmente o executivo da Junta
conseguiu pôr este sonho em prática. Sabemos que estes projetos demoram a crescer
mas é positivo registar que um ano depois da
inauguração a US Rio Tinto é um sucesso.”
22 VIVACIDADE JUNHO 2015
Sociedade
“O Repórter quer mostrar a grandeza
É, provavelmente, uma das pessoas mais conhecidas do concelho de Gondomar. Rui Gomes é o jornalista e diretor do Repórter de
Gondomar, jornal que nasceu precisamente há 25 anos no concelho. Com uma passagem pelo periódico Notícias de Gondomar –
já extinto - e pela Escola Superior de Jornalismo, Rui Gomes chegou a frequentar o curso de Direito da Universidade Portucalense
mas não chegou a concluir a formação. O Vivacidade esteve à conversa com o jornalista para tentar perceber como está o “repórter
de Gondomar”, 25 anos depois.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Pedro Santos Ferreira
Como e quando surgiu a ideia de
criar o “Repórter de Gondomar”?
A edição 0 do Repórter surgiu
no dia 16 de junho de 1990. Eu colaborava no “Notícias de Gondomar”,
onde aprendi muita coisa. Fui substituir a jornalista Magda Rocha, da
RTP, e depois acabou por surgir a
ideia de lançar um novo jornal, em
conjunto com o meu irmão José
Gomes que ainda hoje lidera o departamento comercial. Falamos
com o Aurélio Mesquita que tratou
do grafismo do jornal e paginou as
primeiras edições.
O jornal era feito de uma forma
artesanal?
Sim, naquela altura o texto era
todo fotografado e só depois disso
é que era impresso. Depois passava
para a película e ia à chapa.
Tudo isto feito em Gondomar?
Tudo feito em Gondomar.
A primeira sede que tivemos
foi em Jovim, depois tivemos
outra junto à Câmara Municipal e acabamos por passar
para Covelo, em 1995, onde
tínhamos uma pequena
gráfica totalmente equipada que nos tornou
autónomos. Agora
continua a ser feito
em Gondomar mas
já não é impresso
por nós.
O que trouxe de novo o
“Repórter de Gondomar”
ao concelho?
Privilegiamos sempre Gondomar, desde a Lomba até Rio Tinto. Naturalmente que o centro do
concelho (São Cosme) tinha mais
iniciativas mas sempre acompanhamos os eventos de todas as freguesias. Recordo-me que a 1ª edição
saiu no dia 30 de junho de 1990 e
trouxe um suplemento especial sobre S. Pedro da Cova. Acabamos
por fazer suplementos sobre todas
as freguesias, sobre a Agrindústria
[atual Ourindústria] e todas as outras iniciativas de relevo. Ainda hoje
fazemos.
O jornal foi sempre gratuito?
Nunca foi pago apesar de ter
um preço estipulado. Continuamos a achar que o
jornal gratuito continua a fazer sentido.
Por vezes diz-se
que o “Repórter
de
Gondomar”
mantém uma ligação com a Câmara
Municipal. Concorda
com esta afirmação?
A Câmara de
Gondomar
foi
um grande parceiro do jornal, como
as Juntas de Freguesia e a Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG). Sempre respeitamos
as instituições do concelho e quem
as preside. Respeitamos sempre os
presidentes eleitos e quem representa cargos públicos.
O jornal é bimensal mas não tem
data para ser lan-
çado nas bancas?
O jornal sai duas vezes por mês,
essa é a nossa aposta porque o concelho tem muitas iniciativas e exige
muito de nós. Além disso mantemos as edições especiais que continuamos a fazer.
A tiragem é de quantos exemplares?
São sempre impressos entre
2000 a 3000 exemplares.
Continuam a mostrar o que se faz
de melhor em Gondomar?
Continuamos nesse registo com
grande gratidão aos nossos anunciantes que têm sido um grande
apoio. Sabemos que as pessoas gostam de ler o jornal mas uma das
nossas mais valias é a consideração
e confiança que temos tido por parte dos anunciantes.
E também destacam os feitos desportivos dos clubes gondoma-
renses?
Foi sempre uma das nossas prioridades, nomeadamente o futebol.
Temos um enorme arquivo fotográfico de equipas de futebol. Quando
Portugal acolheu o Euro 2004 fizemos uma edição especial com todas
as equipas federadas e com todos
os escalões dos clubes do concelho.
Acompanhamos sempre as atividades desportivas, políticas e culturais
pela positiva.
Também travaram lutas políticas?
Estivemos envolvidos numa
grande luta contra o depósito dos
resíduos tóxicos em Covelo, entre
outras situações.
Em 25 anos passaram momentos
em que havia muito dinheiro mas
também por momentos de crise.
Como consegue gerir estes períodos?
É sempre difícil mas tem que ser
bem gerido. A crise veio dificultar a
vida das empresas e naturalmente a
imprensa local e regional. O que nos
valeu foram os nossos anunciantes.
Entretanto acabaram por surgir
outros jornais em Gondomar.
Atualmente, que avaliação faz da
imprensa local no concelho?
Quando surgimos tínhamos
“guerras” com o “Notícias de Gondomar” e o “Comércio de Gondomar” [risos]. Entretanto foram
surgindo outros títulos como o
“Gondomar Atual” e o “Progresso de Gondomar” que mais tarde
acabaram por desaparecer. O “Repórter” conseguiu manter-se com
grande esforço, sacrifício e dedicação. Queremos continuar a acreditar neste projeto que noticia o que é
bem feito em Gondomar.
O que podemos esperar do futuro
do “Repórter de Gondomar”?
No passado já tivemos o “Repórter de Valongo”, em 2005, e queremos reerguer esse projeto novamen-
VIVACIDADE JUNHO 2015 23
Sociedade
deste concelho”
FOTO: RVC
Última edição do Repórter de Gondomar (à esquerda)
Edição n.º 0, de 1990 (à direita)
te. Esse é um dos nossos objetivos. O jornal
continua a viver do meu esforço e do meu
irmão e dos nossos colaboradores.
Em 25 anos ficou alguma coisa por contar?
Ficaram por contar muitas histórias [risos]. Se eu escrevesse um livro de memórias
dava a conhecer muitas histórias empresariais
e institucionais de bastidores. O “Repórter de
Gondomar” esteve para ser comprado, essa é
uma delas.
Como vão ser comemorados os 25 anos do
jornal?
Não vamos fazer uma grande festa mas
vamos organizar pequenas iniciativas ao
longo do ano para lembrar os 25 anos do
“Repórter de Gondomar”. Durante as Festas
do Concelho está também programada uma
exposição alusiva aos 25 anos na Biblioteca
Municipal. Vamos expor algumas capas, fotos e artigos de relevo publicados ao longo
destes anos. n
FOTO: RVC
24 VIVACIDADE JUNHO 2015
Destaque
Estes são os campeões de Gondomar
A época desportiva aproxima-se da fase final e é tempo de apresentar os campeões de Gondomar, nas diversas modalidades. A conquista de títulos distritais, regionais e nacionais premiaram o trabalho diário, esforço e dedicação dos atletas gondomarenses. Ao
Vivacidade, os campeões e dirigentes desportivos explicam o segredo para o sucesso e apontam objetivos para a próxima época.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Pedro Santos Ferreira
Atletismo, basquetebol, futebol,
futsal, polo aquático, ténis de mesa
e trail running. É nestas modalidades que os atletas gondomarenses
foram premiados esta época. O
Vivacidade reuniu depoimentos
dos principais protagonistas e foi à
procura do segredo para o sucesso
desportivo assente no treino diário,
espírito de sacrifício, confiança e
motivação para alcançar os títulos.
Ala de Gondomar conquistou três títulos nacionais
Raquel Martins foi a Loulé
conquistar duas medalhas de ouro
e uma de bronze no Campeonato
Nacional Individual de Cadetes.
A mesatenista garantiu o título individual e de pares (com o apoio
da atleta Raquel Varejão, do CTM
Mirandela) e em pares mistos, com
Miguel Cunha, conquistou a medalha de bronze.
Para Pedro Oliveira, treinador
da atleta gondomarense, a conquista tem “grande significado” para o
clube e corresponde aos objetivos
traçados no início da época. No
próximo ano, Raquel Martins vai
manter-se no escalão de cadetes do
ténis de mesa da Ala de Gondomar.
De acordo com o técnico, a atleta
vai “apontar aos mesmos objetivos
e procurar melhorar o 3.º lugar
conquistado na categoria de pares
mistos”.
Já na 1ª Divisão Regional de Séniores Masculinos, a Ala foi campeã e garantiu a disputa pela subida da equipa de ténis de mesa à 2ª
Divisão Nacional, que vai disputar-se a 20 e 21 de junho, em Viseu.
“Queremos subir de divisão porque
seria positivo aumentar o nível de
dificuldade para os atletas”, disse
Mária Nogueira, treinador da equipa, ao Vivacidade.
Riotintense Pedro Ferreira,
da Casa do Benfica de Paredes, poderá representar
Portugal no Mundial da Colômbia
Carlos Tavares treina, já há
alguns anos, em Rio Tinto, verdadeiros campeões do atletismo.
André Pereira é um dos exemplos mais recentes do trabalho
do treinador riotintense mas as
atenções focam-se agora em Pedro Ferreira, também de Rio Tinto, que recentemente atingiu os
mínimos para competir no Campeonato Mundial de Juvenis, na
Colômbia. O treino, quase diário,
é feito no concelho de Gondomar mas é pela Casa do Benfica
de Paredes que Pedro Ferreira
compete. “É um feito gratificante. Mais uma vez vejo o meu trabalho a ser reconhecido e dá-me
força para continuar. No entanto,
o trabalho é do atleta e ele é que
merece ser reconhecido porque
vê compensado alguns anos de
sacrifício”, explica o treinador
Carlos Tavares. A participação
no mundial ainda não está garantida, já que a Federação impôs
um limite de quatro atletas a representar Portugal na Colômbia.
“Neste momento o Pedro atingiu
os mínimos mas ainda estamos à
espera da convocatória da Federação de Atletismo, só aí é que temos a certeza absoluta se o Pedro
vai representar Portugal”, afirma.
Para além da prova colombiana,
Pedro Ferreira parte para a China, em representação de Portugal
no desporto escolar, no dia 26 de
junho.
Infantis da Casa FCP de
Rio Tinto foram campeões
de série da 2ª Divisão
Apesar da derrota contra a
Associação Solidariedade Social
Amanhã da Criança, na final da
2ª Divisão de futsal da Associação de Futebol do Porto (AFP),
o escalão de Infantis (sub-13) da
Casa FC Porto de Rio Tinto garantiu, no final de maio, a conquista da Série 2 da competição.
O Vivacidade noticiou na edição
de maio o feito alcançado pelo
conjunto riotintense. Na altura,
José Carlos Rocha, presidente do
clube, realçou o “significado especial” do título de formação.
> Equipa campeã da 1ª Divisão Regional de Séniores Masculinos da Ala de Gondomar
> Carlos Tavares e Pedro Ferreira, da Casa de Paredes do SL Benfica
> Raquel Martins conquistou duas medalhas de ouro para a Ala
> Diogo Matias e João Pinto, atletas premiados do FIDES Gondobasket
Diogo Matias e João Pinto,
do FIDES Gondobasket, são
campeões distritais
A modalidade do basquetebol
também está bem representada em
Gondomar. Integrados na seleção
distrital, Diogo Matias e João Pinto foram campeões no Distrito do
Porto, uma vitória que também
soube bem ao clube gondomarense. “Esta é uma vitória individual
dos atletas mas também do clube.
Somos o clube com maior representatividade do concelho de Gondomar e para nós é muito importante ter estas conquistas”, disse ao
Vivacidade, o coordenador técnico do FIDES Gondobasket, Luís
Gonçalves. Segundo o treinador,
os dois atletas têm vindo a evoluir
muito. “O João Pinto é um atleta
que se entrega de corpo e alma ao
basquetebol e o Diogo, apesar de
ter começado mais tarde, vai ser
um atleta de grande nível”, refere o
técnico. De resto o clube vai também agora disputar a final four em
Guifões, nos escalões masculinos
de sub-14, sub-16 e sub-18 e sub14, sub-16 e sub-19 femininos. “Era
nossa expectativa chegar a esta fase
bem representados. Para nós é muito gratificante estar representados”,
conclui Luís Gonçalves.
Marco Vigário elogia campeões distritais nos sub-20
do Pinheirense
“Este era um objetivo do clube,
ser campeão distrital e ir à final-four da taça nacional. Ficamos
apurados para disputar a taça durante os dias 26, 27 e 28 de junho,
em Ponte de Sor. No próximo ano
vamos disputar o campeonato nacional de sub-20, é a segunda vez
que se realiza essa competição e já
estamos inseridos”, explica ao Vivacidade, o presidente do Futebol
Clube Unidos Pinheirense, Marco
Vigário. “Temos uma boa equipa
com dois internacionais portugueses que vão continuar no nosso
plantel no próximo ano. Temos esperança de trazer a taça para casa”,
acrescenta ainda o dirigente.
VIVACIDADE JUNHO 2015 25
Destaque
> Equipa de sub-15 do Gondomar Cultural
> Equipa de juvenis do Gondomar SC
> Equipa de sub-17 do Gondomar Cultural
> Equipa de juvenis da Juventude Desportiva de Gondomar
Gondomar Cultural sagrou-se campeão regional
de polo aquático
As equipas sub-15 e sub-17
de polo aquático do Gondomar
Cultural sagraram-se campeãs
regionais. José Santos, presidente da direção, realça a satisfação
garantida pelo título regional e
promete “continuar a desenvolver o trabalho feito na modalidade”.
No campeonato nacional feminino de polo aquático o Gondomar Cultural ficou classificado em 2.º lugar. Nas restantes
modalidade da associação, destacam-se o percurso da equipa
de andebol no campeonato INATEL, vencedor da zona norte, e
voleibol feminino, 2.º classificado na 3ª Divisão.
A chegada à meta foi difícil”, explica.
A atleta ficou contente com o
resultado obtido apesar de considerar que poderia ter ido mais
longe, caso não tivesse lesionadoa rótula. “Tentei gerir a prova
dentro do possível mas na fase
final fui ultrapassada. A classificação poderia ter sido muito
melhor”, admite a gondomarense. “O próximo passo agora é
recuperar da lesão e lutar para
ir à prova do Monte Branco, em
agosto”, acrescenta Lucinda Sousa.
Gondomarense
Lucinda
Sousa foi a melhor atleta
nacional no Campeonato
do Mundo de Trail Running
A atleta do Gondomar Futsal Clube, Lucinda Sousa, foi a
melhor atleta nacional no Campeonato do Mundo de Trail Running, terminando a prova The
Lake Annecy MaXi Race Trail
Run, em França, na 30.ª posição.
A gondomarense sofreu uma
queda na partida, que provocou
uma lesão na rótula, limitando
a atleta durante toda a prova,
especialmente nas descidas. Ao
Vivacidade, Lucinda Sousa admite que não desistiu apesar das
dificuldades após a queda. “A
prova correu muito bem, dentro
dos possíveis. A lesão da rótula
foi logo no arranque – nos primeiros 30 metros – e a partir daí
as subidas foram-se fazendo e as
descidas com muita dificuldade.
> Henrique Neves e Sara Moreira, campeões regionais do Luz e Vida
Juvenis do Gondomar SC
sagraram-se campeões distritais
A equipa de juvenis do Gondomar Sport Clube sagrou-se
campeã distrital de futebol. Ao
Vivacidade, Álvaro Cerqueira
explica a importância da conquista. “A vitória vem de encontro aos nossos objetivos. Houve
um grande empenho da secção
de formação e conseguimos que
a equipa subisse à 1ª divisão.
Para o clube, ter todos os escalões a competir a nível nacional
revela grande exigência e é motivo de orgulho”, refere o presidente do clube.
Juvenis da Juventude Desportiva de Gondomar conquistam título distrital e
sobem à 1ª divisão
“Ao longo dos 10 anos da sua
vida, a Juventude Desportiva de
Gondomar (JDG) foi-se consolidando nos diferentes escalões e desde os mais pequeninos até aos Veteranos, é hoje uma das equipas com
maior número de atletas em atividade no futsal da AFPorto”, lembra o
presidente do clube, Carlos Alberto.
O escalão dos juvenis da JDG sobem
à primeira divisão, após a conquista
do título distrital na segunda divisão. O clube está de parabéns, até
porque celebra este ano dez anos de
vida. “No mesmo momento em que
a JDG celebra o seu 10º aniversário
e tendo sempre como lema principal
o enfoque na formação de futsal, a
sua equipa de Juvenis acaba de conquistar o título Distrital da 2ª Divisão (consequente subida à 1ª divisão), numa época em que terminou
com um único empate em todos os
jogos realizados”, refere, com orgulho, o presidente da Juventude.
Atletas do Luz e Vida trouxeram medalhas para “casa”
No clube de atletismo Luz e Vida
Gondomarense, os atletas Henrique
Neves e Sara Moreira sagraram-se
campeões regionais de 1000 metros no Torneio Olímpico Jovem
Nacional, pela Seleção Regional do
Porto. O clube também conta com
três campeões regionais individuais.
Para David Fernandes, presidente e
treinador do clube gondomarense,
as conquistas “trazem boas perspetivas para o Luz e Vida” e demonstram
a evolução dos atletas. Também três
outras atletas do clube foram campeãs regionais de 4x60 metros, a 13
de junho, no escalão benjamins. n
> Campeãs regionais do escalão benjamins
26 VIVACIDADE JUNHO 2015
Cultura
“Não tenho dúvidas que
o Gasómetro é o evento
mais conhecido quer em
Gondomar quer nos
concelhos limítrofes”
Com o Gasómetro 2015 à porta [entre 10 e 12 de julho], o Vivacidade entrevistou o presidente da entidade organizadora, a
Associação Social Estrelas de Silveirinhos. João Martins espera
receber 20 mil pessoas no festival que, este ano, conta com a
banda UHF como cabeça de cartaz.
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Mais um ano, mais um festival. Foi fácil preparar o Gasómetro deste ano?
Contrariamente ao que se seria expectável, até porque nos últimos dois anos surgiram grandes dificuldades que puseram em
causa a sua realização, para este ano as coisas
correram muito bem e nunca se pôs em causa
a sua não realização. Prova disso é o contrato
com o grupo UHF que foi feito no início do
ano.
Por falar em UHF, está à espera de uma
maior afluência de público para esta edição?
De facto, os UHF assumem-se claramente como a principal referência do Gasómetro.
Se o tempo nos ajudar - note-se que nos últimos anos a chuva tem sido nota dominante
- durante os três dias do Gasómetro poderão
passar pelo recinto cerca de 20 mil pessoas.
Que novidades traz esta edição do Gasómetro?
Para além dos UHF, é importante referir o concerto de abertura. Não é surpresa para ninguém que a abertura do festival
assume-se como uma verdadeira
referência cultural, com concertos
únicos, únicos pela qualidade e únicos porque
muitas vezes só temos
oportunidade
de
os ver neste dia
e, este ano não
foge à regra. Os elementos do principal grupo
da noite, que já não atuam juntos há cerca de
40 anos, juntaram-se propositadamente para
esta atuação. Vai ser uma noite excelente de
grandes recordações com certeza. A ocupação do espaço andará muito próxima dos
anos anteriores, com ligeiras alterações, principalmente na parte dedicada ao Artesanato.
A Associação Estrelas de Silveirinhos assume uma vez mais a organização deste evento. Considera que o Gasómetro já é reconhecido noutros municípios?
Não tenho dúvidas de que o Gasómetro é
o evento mais conhecido quer em Gondomar
quer nos concelhos limítrofes. É para mim e
para a equipa que me acompanha um enorme
orgulho organizar o Gasómetro.
Qual o orçamento e com que apoios contam
para esta edição?
O orçamento para este ano rondará os
18 mil euros e para este ano contamos com
o apoio da Câmara Municipal de Gondomar,
IPDJ, Junta da União das Freguesias
de Fânzeres e S. Pedro da Cova e
comércio e indústria local. Desconhecemos ainda os valores
envolvidos por parte das entidades. Esperamos sinceramente receber valores que possam
ir de encontro à importância do evento e
àquilo que ele representa para
a freguesia e
para o concelho. n
28 VIVACIDADE JUNHO 2015
Cultura
“Um Grito Rompe o Silêncio” reeditado
pela UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova
O livro “Um Grito Rompe o Silêncio” de Serafim Gesta “Mazola” foi reeditado e lançado pela União de Freguesias de Fânzeres e
São Pedro da Cova, a 12 de junho, no auditório da Junta de São Pedro da Cova.
A obra “Um Grito Rompe o
Silêncio”, de 1981, do investigador
Serafim Gesta foi reeditada e lançada pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, numa
iniciativa inserida na comemoração
dos 40 anos do processo revolucionário mineiro da freguesia.
O livro conta inúmeros relatos de vida de homens e mulheres
que trabalham nas antigas minas
de carvão de São Pedro da Cova,
recolhidos pelo autor junto dos ex-mineiros. “Neste livro há relatos
de casos de fome, de desespero, de
mutilação para descansos forçados
FOTO: PSF
FOTO: PSF
> A 1ª edição do livro foi lançada em 1981
e de atos sórdidos dos capatazes que
sujeitavam as mulheres mineiras a
prostituírem-se”, explicou o autor
do livro durante a apresentação.
A iniciativa contou com a presença de Silvestre Lacerda, diretor
do Arquivo Nacional da Torre do
Tombo e amigo do autor, apresentou a reedição da obra e realçou a
“necessidade de conhecimento” de
Serafim Gesta. “O título dá voz os
que não a têm e aos que têm dificuldades em registar por escrito
os seus testemunhos dos trabalhos
realizados nas minas”, disse o arquivista.
Já Daniel Vieira, presidente da
União de Freguesias de São Pedro
da Cova, destacou a “importância
do conhecimento” e o contributo prestado pelo autor à freguesia.
“Com a reedição deste livro procuramos dar a conhecer a vida dura e
por vezes cruel dos mineiros”, refe-
> Após a apresentação Serafim Gesta autografou alguns exemplares da obra
riu o autarca.
Após o lançamento da reedição
do livro que reúne 130 depoimentos de homens e mulheres “Mazola”
deixou ainda um pedido à plateia:
“Não quero que me falem mais das
minas, estou cheio das minas”.
No final, Serafim Gesta sur-
preendeu Daniel Vieira com a entrega de uma réplica da medalha de
Mérito Industrial de Serafim Moreira – avô do autor – entregue em
1932, pelo presidente da República Óscar Carmona. A medalha foi
cedida pela neta do autor, Raquel
Gesta. n
Cerca de 1500 pessoas assistiram
ao Encontro Internacional de Marionetas
A 1ª edição do EI!!! – Encontro Internacional de Marionetas juntou cerca de 1500 pessoas entre os dias 4 a 7 de junho, em vários
pontos do concelho. Ao Vivacidade a organização faz um balanço “muito positivo” e promete regressar no próximo ano.
Marionetas. “O teatro de marionetas encontra-se a meio
caminho entre o real
e o sonho e a nossa
expectativa é que possamos sonhar”, disse
o autarca no discurso
inaugural.
Seguiram-se
três dias recheados
de espetáculos para bebés, crianças, jovens e adultos, que
despertaram a curiosidade de milhares de pessoas.
“Tivemos uma excelente adesão
do público nos espetáculos de rua e
de sala. As companhias que nos visitaram saíram de Gondomar com
uma imagem muito positiva deste
primeiro Encontro de Marionetas”,
realça Clara Ribeiro, porta-voz do
Teatro e Marionetas de Mandrágora, associação organizadora do
evento em parceria com a Câmara
de Gondomar.
Quanto ao futuro, a representante das Marionetas de Mandrágora reforça a aposta no “crescimento e diversificação” do número
de convidados e a necessidade de
“trazer companhias distintas com
propostas diferentes”.
FOTO: RVC
O espetáculo “Foral de Gondomar”, apresentado pelo Projeto
Educativo do Agrupamento de
Escolas de Valbom, a 4 de junho,
perante uma Sala D’Ouro do
Multiusos de Gondomar lotada,
foi o ponto de partida para o certame internacional de marionetas que percorreu o concelho
até 7 de junho.
Na inauguração,
Luís
Filipe Araújo,
vice-presidente
e vereador da
Cultura do Município, destacou o “momento de cultura ao mais alto nível” dos espetáculos agendados para a 1ª edição
do EI – Encontro Internacional de
No horizonte está já a próxima edição do EI!!!. Ao Vivacidade,
Clara Ribeiro aponta a divulgação
do evento como um dos aspetos a
corrigir no próximo ano de forma
a “cativar o público dos concelhos
envolventes do Grande Porto”.
A 1ª edição do Encontro Internacional de Marionetas contou
com um investimento superior a
6000 euros por parte do Município
gondomarense. n
30 VIVACIDADE JUNHO 2015
Política
Opinião
Pedro Bragança
Arquiteto e Investigador.
Faculdade de Arquitetura
da Universidade do Porto
90s Redux – Riscos potenciais
do novo PDM de Gondomar
O Plano Diretor Municipal deve
proporção, o princípio subjacente
ser um arquétipo do bem-público e,
persiste: a utopia das novas centra-
por isso, precisamos de aceitar como
lidades, corredores verdes e zonas
premissa a sua vocação eminente-
industriais para os terrain vague
mente política. Trata-se, pois, de
que permanecem na expectativa do
um documento estratégico de uso
“mercado libertador”, quando todos
comum, de organização, situação e
reconheceram há muito que os dis-
associação da sociedade no espaço.
positivos neomodernos do planea-
O conhecimento necessário é a ex-
mento, como o zoning, falharam
periência de habitar o território e,
estrondosamente.
nesse sentido, todos temos os recur-
O calendário que visa a apro-
sos suficientes para aprofundarmos
vação do PDM também nos deve
e debatermos a proposta. Não há
preocupar. Ele é pressionado pela
nem especialistas nem debates de
entrada em vigor da nova legislação
natureza especificamente técnica,
que muito brevemente obrigaria o
científica ou disciplinar. Neste tex-
longo processo de revisão a voltar
to, procuro, empiricamente, alertar
ao início. É compreensível a vonta-
para alguns riscos potenciais e con-
de de não desperdiçar o trabalho já
tribuir para um processo crítico de
realizado. Porém, o novo plano de
construção colectiva.
ação do Programa Nacional de Po-
Os pressupostos do plano,
lítica de Ordenamento do Território
produzidos há mais de nove anos
(PNPOT) e as novas leis, mais do
(2006), sofrem de uma desatualiza-
que um novo código burocrático,
ção crónica que fere de credibilida-
correspondem à incorporação de
de todo o documento. Referem-se
uma revisão crítica e de novos pro-
à IC29 como uma via que termina
cedimentos. Estamos numa espécie
num nó provisório com a estrada D.
de “dobra histórica” e nesta cronolo-
Miguel e que tem previsto outro em
gia, como noutras, Gondomar ficará
Gens quando, como sabemos, todo
do lado de trás.
o traçado está já concluído há mais
Os planos e o planeamento não
de quatro anos. Também a informa-
têm valor intrínseco; isto é, apesar de
ção estatística integrada é anterior
haver uma certa mitologia em torno
a 2011, ignorando os censos mais
dos conceitos, um território planea-
recentes e as significativas alterações
do não é necessariamente melhor
de tendência. Aponta, ainda, o ano
do que um território não planeado.
horizonte do PDM para 2015, quan-
A discussão pública atribui qualida-
do, afinal, ainda nem está, sequer,
de do plano – essa sim, uma questão
aprovado.
essencial – e os 30 dias mínimos que
Sendo certo que estes erros não
a lei prevê para que qualquer muni-
se refletem diretamente nas peças
cípio discuta um PDM são, no caso
desenhadas e regulamento, eles
do 12º mais populoso, objectiva-
manifestam uma frágil definição
mente insuficientes.
paradigmática sobre a qual assenta
As contradições e o anacronis-
o próprio Plano. Mais do que lapsus
mo desta proposta são uma espé-
linguae ou anacronismos retóricos,
cie de projeção contemporânea de
preocupa-me a desconsideração das
alguns erros dos anos 90. Um 90s
profundas transformações nas dinâ-
Redux, como lhe chamamos, que
micas sociais e territoriais que, des-
ainda que aperfeiçoado, está longe
de 2007, a crise tem acelerado.
de corresponder às expectativas e
Por outro lado, regular num
urgências do nosso tempo. A pro-
contexto hiperprodutivo e exceden-
posta do PDM será, previsivelmen-
tário não pode ser igual a regular
te, aprovada. Mas o bom governo
num contexto de retração. É certo
teria de determinar que o dia 1 do
que alguns progressos foram alcan-
Plano seria, também, o dia 1 da sua
çados. Porém, variando somente a
própria revisão. n
Posto Médico das Medas
com “saúde duvidosa”,
aponta Junta de Freguesia
A União das Freguesias de Melres e Medas está preocupada com o futuro do Posto
Médico das Medas. O presidente, José Andrade, aponta, ao Vivacidade, algumas
falhas na gestão da saúde na freguesia e diz não compreender algumas “doenças de
foro duvidoso” apresentadas pelos profissionais de saúde do posto.
“Há um sentimento claro de
que os médicos deste posto de saúde têm uma saúde duvidosa”, referiu
José Andrade, presidente da União
das Freguesias de Melres e Medas,
na reunião pública camarária que
decorreu a 9 de junho no edifício
de Medas. “Em boa verdade, já há
alguns anos que o posto de saúde
de Medas tem sido delapidado no
número de utentes. Já chegamos a
ter mais de 4000 utentes e, de um
momento para o outro, com a gestão danosa do Ministério da Saúde
e dos seus representantes locais, os
médicos foram sendo transferidos
para as Unidades de Saúde de Foz
do Sousa e de Melres e os utentes
foram migrando, numa intenção
clara de acabar com o modelo de
posto de saúde em detrimento das
Unidades de Saúde Familiar (USF)”,
acrescenta o autarca.
José Andrade explicou ao Vivacidade, à margem da reunião camarária, que não tem “nada contra as
USF” mas não compreende o porquê da freguesia “ter ficado em Medas com dois médicos que têm uma
qualidade de saúde duvidosa.” “Não
compreendo como os médicos conseguem estar constantemente doentes, com doenças de foro duvidoso.
Não tenho competência técnica
para avaliar as competências dos
médicos, baseio-me nas declara-
ções dos utentes. Já expusemos esta
questão e pedimos a substituição
dos médicos em questão ou um reforço do posto médico porque queremos evitar o seu encerramento.
No entanto, já percebemos que há
aqui uma intenção deliberada do
Ministério de encerrar o posto de
saúde”, adiciona o presidente.
Da parte do Ministério, o autarca afirma que as respostas que
lhe foram dadas indicam “que o
modelo legal existente não permite
aos responsáveis agir.” “Isto não traz
satisfação à população. É estranho
ir a uma consulta e perceber que o
médico está pior que o doente”, lamenta José Andrade. n
Pulmão Verde aprovado
por unanimidade
em reunião camarária
A Câmara Municipal de Gondomar aprovou a 9 de junho, por unanimidade,
uma proposta de acordo de colaboração a estabelecer entre os Municípios
de Gondomar, Paredes e Valongo, no âmbito da implementação do “Projeto
Pulmão Verde… Uma Paisagem Comum. Um Projeto Conjunto” que poderá
ter “movimentações no terreno” já em 2016.
A aprovação formaliza o
projeto técnico já apresentado
à Área Metropolitano do Porto
e aprovado pelo Conselho Metropolitano do Porto. O projeto
expressa as vantagens da promoção da “utilização sustentável do
território através das suas potencialidades naturais nas serras de
Santa Justa, Pias e Castiçais, área
que está incluída na Rede Natura
2000 (partilhada pelos três municípios), mas também nas serras
das Flores, Santa iria e Banjas”.
“Hoje estava em causa o acordo de colaboração e as obrigações de cada autarquia (Valongo,
Gondomar e Paredes) para formalizarem aquilo que se comprometem fazer, para iniciarem
as candidaturas aos projetos que
vão integrar o Pulmão Verde”,
explica Marco Martins, presidente do Município de Gondomar, à
margem da reunião. “Temos noção que este projeto vai demorar
vários anos a ser construído mas
achamos que no próximo ano já
poderão haver movimentações
no terreno para implementação
de trilhos e sinalética. Há um
plano de ação para cada concelho e o objetivo é avançar homogeneamente nos três municípios.
O processo de implementação do
Pulmão Verde poderá demorar
entre oito ou dez anos”, revela o
autarca.
Marco Martins afirma ainda
que “no PDM que está em revisão já está também prevista uma
área de parque e outra de pré-parque, ou seja, vão existir áreas
que limitam a construção”.
Questionado sobre a possibilidade de incluir no projeto o
Complexo Mineiro de S. Pedro
da Cova, Marco Martins assegura: “A área geográfica que corresponde ao Complexo Mineiro está
devidamente salvaguardada.” n
VIVACIDADE JUNHO 2015 31
Política
Candidaturas ao + Habitação Câmara evita nova sentença
abertas até ao final de junho de 4,5 milhões de euros
FOTO: DR
O período de entrega de candidaturas ao eixo “+ Habitação”, A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, a 27 de maio, a
no âmbito do programa Social +, abriu a 1 de junho e prolonga- celebração de um acordo que evitou nova sentença condenató-se até ao final do mês. O programa da autarquia visa atribuir ria no valor de 4,5 milhões de euros para o Município.
um apoio mensal para pagamento de renda da casa ou crédito
lecido o pagamento de mais um milhão de
à habitação.
A segunda fase do programa “+ Habitação” – um dos quatro vetores do “Social
FOTO: DR
+”, que dispõe de apoios nas áreas de habitação, alimentação e saúde, bem como um
fundo de emergência – está agora aberta
aos interessados, contudo exclui os beneficiados num semestre anterior, que não
deverão candidatar-se no seguinte.
O apoio do Município às famílias tem a
duração de meio ano e privilegia a privacidade dos candidatos, sendo salvaguardada
a identidade dos mesmos.
Segundo a autarquia, até ao final de
agosto devem ser conhecidos os resultados
das candidaturas agora abertas que vão
prolongar-se ao até 30 de junho.
A documentação oficial para a inscrição no programa “+ Habitação” está disponível no site da Câmara Municipal de
Gondomar. n
Em causa está a expropriação de um
terreno efetuada pela Câmara Municipal de
Gondomar em 2006. Na altura, a autarquia
indemnizou os proprietários em um milhão
de euros, mas estes nunca aceitaram o valor,
contrapondo lucros cessantes e danos emergentes, confirmados em peritagem judicial
não contestada pela autarquia, de que pretendem ser ressarcidos, além de uma reparação financeira pelo próprio ato.
No acordo agora alcançado fica estabe-
euros, de forma faseada e num período de
um ano. A proposta mereceu a aprovação
do Município, com a abstenção dos vereadores do PSD e da CDU.
Segundo o Gabinete de Informação e
Comunicação da autarquia, o acordo vai
possibilitar uma poupança de cerca de 2,5
milhões de euros face á petição inicial do
processo.
Município avança com delimitação
administrativa
Na mesma reunião, a Câmara Municipal
aprovou também, com a abstenção dos três
vereadores do PSD, o início do processo de
delimitação administrativa relativo às freguesias de Águas Santas, concelho da Maia,
e de Rio Tinto, Gondomar. O processo transita assim para a Assembleia Municipal. n
32 VIVACIDADE JUNHO 2015
Política
CDU critica revisão do PDM
que “impede o desenvolvimento sustentável do concelho”
No âmbito da discussão pública da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Gondomar, a CDU tomou uma posição
sobre os documentos criticando, em dez pontos, a autarquia por continuar a incluir, nesta matéria, “um ambiente de grande secretismo”.
“A forma como o presidente da
Câmara lançou a discussão pública
– sonegando ao Executivo municipal o conhecimento prévio da documentação que instrui o dossier e
sem esperar pelo parecer final da
Comissão de Acompanhamento
– é o corolário da falta de transparência de um documento que vai
condicionar o desenvolvimento do
concelho nas próximas décadas”,
começa por referir o comunicado
da CDU de Gondomar, enviado às
redações. Na opinião do partido,
o prazo de discussão pública do
PDM não deveria ser apenas o mínimo legal [30 dias] e “a proposta
em discussão não consegue estabelecer um Plano Estratégico de
Desenvolvimento do concelho a
médio prazo, apoiando-se apenas
num conjunto de medidas dispersas e desconexas de uma estratégia
que permita o desenvolvimento
sustentável do território gondomarense e das suas gentes”.
De resto, uma das críticas apresentadas baseia-se no “aumento do
solo urbano em territórios já densamente artificializados como é o
caso de Baguim do Monte, Fânzeres, Rio Tinto, S. Cosme e Valbom,
que aumentará a pressão sobre a
rede viária que serve as freguesias
urbanas – já saturada – sem que
estejam previstas alternativas rodoviárias ou a criação de uma rede
de transportes públicos eficiente.”
Outro dos pontos refere que a revisão “não identifica polos de desen-
volvimento turístico distribuídos
coerentemente pelo território municipal, nem áreas de intervenção
ao nível do urbanismo comercial
e de serviços” e que “lamentavelmente, a proposta que se encontra
em discussão não dá resposta à
desqualificação dos espaços urbanos, à falta de espaços verdes públicos com dimensão adequada,
ao desordenamento industrial, ao
atrofiamento e descontinuidade
dos sistemas e corredores ecológicos e à baixa cobertura territorial
da rede viária estruturante, que
caracterizam o ‘Baixo Concelho’,
nem apresenta soluções para as
deficientes acessibilidades, falta de
infra-estruturas básicas, dificuldades no acesso a equipamentos
e serviços e debilidade do tecido
empresarial do chamado ‘Alto
Concelho’”.
Em suma, a CDU de Gondomar avalia a revisão do PDM
como “demasiado vaga, carecendo
de maior detalhe quanto aos objetivos, prioridades e fontes de financiamento das ações propostas”.
PDM devia estar aberto a
discussão pública há mais
tempo, afirma vereador
Joaquim Barbosa
Ao Vivacidade, o vereador da
CDU, Joaquim Barbosa, considera
que “o PDM devia estar aberto a
discussão pública há mais tempo”.
“Votamos contra a ratificação do
despacho. Legalmente o presiden-
te pode fazer como fez mas achamos que independentemente da
questão legal – o PDM tem que ser
aprovado até 29 de junho, senão
tem que ser feito sobre a legislação mais recente e tem que voltar
a uma fase inicial - temos dúvidas.
Aceitamos a questão de urgência
mas achamos que nada impedia a
colocação à discussão. Na Lomba
o presidente viu-se confrontado
com algumas situações polémicas.
Isto devia ter sido resolvido antes
e a proposta da Câmara já devia
ter incluído a opinião dos habitantes das freguesias”, comenta o
vereador. “Nós pedimos algumas
informações sobre o PDM e não
as tivemos”, lamenta Joaquim Barbosa. n
Marco Martins acusa Estado de “desrespeito”
O presidente da Câmara de Gondomar acusou o Estado de não respeitar os autarcas da Área Metropolitana do Porto.
-geral da Metro do Porto, a 26 de
maio, na qual foram aprovadas
as contas de 2014 – ano em que
a empresa registou um prejuízo
de 400 milhões de euros e um
novo recorde anual no número de
clientes transportados – porque
“não permitiu a aprovação do plano de atividades e orçamento para
2015 e a eleição de novos órgãos
sociais”. n
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
Em causa está o impedimento da eleição de órgãos sociais da
Metro do Porto e a aprovação do
orçamento da empresa de transporte metropolitano para 2015.
Segundo Marco Martins, o Estado
revelou “mais uma vez” desrespeito pelo Conselho Metropolitano do Porto. Para o presidente da
Câmara Municipal de Gondomar,
o Estado bloqueou a assembleia-
34 VIVACIDADE JUNHO 2015
Desporto
Gens protagonizou surpresa
com descida de divisão na última jornada
Na última jornada da Divisão Elite Pro-nacional o Gens foi derrotado pelo Aliança de Gandra por 4-1 e ficou condenado à descida de divisão. O afastamento da principal divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP) levou o técnico/presidente Pedro
Ferreira a pedir a demissão.
“Uma equipa destroçada”. Foi
desta forma que Pedro Ferreira,
presidente e treinador do Gens
Sport Clube, classificou o rescaldo do último jogo da Divisão Elite Pro-nacional que sentenciou o
clube gondomarense à descida de
divisão, após uma derrota “caseira” por 4-1.
O desfecho do campeonato
levou mesmo o dirigente do Gens
a pedir a demissão depois de um
FOTO: DR
conjunto de maus resultados que
ditaram o afastamento da principal competição da AFP. “Após
o jogo decidi apresentar a minha
demissão. Estão já agendadas eleições para o dia 30 de junho e esperamos que haja uma lista para dar
continuidade ao trabalho desenvolvido no clube”, afirmou Pedro
Ferreira em entrevista ao Vivacidade.
Para o técnico principal, as
condições atípicas desta época
“prejudicaram a equipa” que até
aqui treinava no campo pelado do
Zebreirense, depois do início das
obras de instalação do relvado sintético no campo do Gens. “Tivemos que andar sempre com a casa
às costas e isso acabou por prejudicar-nos. Além disso, tivemos
algumas lesões mal tratadas mas
assumo a minha responsabilidade
e quero pedir desculpa aos adeptos. Agora temos que tirar ilações
do que correu mal para corrigir
no futuro”, referiu Pedro Ferreira.
Na próxima época o Gens vai
disputar a Liga de Honra da AFP.
SC Rio Tinto em 3.º lugar
após empate com o Rebordosa
O SC Rio Tinto não foi além
de um empate a uma bola na visita ao terreno do Rebordosa.
Ainda assim, a equipa riotintense
garantiu o 3.º lugar da Divisão Elite Pro-nacional com um impressionante registo de 20 vitórias em
38 jornadas. A possibilidade de
subida de divisão foi alimentada
até ao último minuto mas caiu
por terra após vitória do Varzim B
por 2-0 contra o Valadares Gaia.
Na próxima época o SC Rio Tinto volta a disputar a Divisão Elite
Pro-nacional.
S. Pedro da Cova garantiu
manutenção na última jornada
Em S. Pedro da Cova, o Estádio do Laranjal esgotou para
assistir ao último jogo da época
2014/2015, contra o Aliados Lordelo. A equipa mineira agarrou-se à última oportunidade para
garantir a manutenção e derrotou
o conjunto lordelense por 2-1. O
resultado levou o público ao delírio com festa nas bancadas até ao
fim do jogo. n
D’Ouro Run quer ser prova de “referência” no Norte do País
A II D’Ouro Run foi oficialmente apresentada a 9 de junho, junto à Casa Branca de Gramido. O maior evento desportivo de Gondomar está marcado para 28 de junho e vai estrear este ano a meia maratona de 21 quilómetros.
ção do evento.
Segundo Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de
Gondomar, a prova reúne as condições necessárias para tornar-se
uma “referência em Gondomar e no
Norte do País” e serve de “promoção turística e desportiva” do concelho ao longo do traçado da Estrada
Nacional 108.
O autarca não deixou de sublinhar a necessidade de “ampliar
FOTO: PSF
FOTO: PSF
“Aceitamos o desafio dos atletas
e aumentamos o traçado da prova
para 21 quilómetros”, começou por
dizer Carlos Ferreira, porta-voz da
organização da D’Ouro Run, à margem do lançamento da 2ª edição do
maior evento desportivo do concelho.
Este ano a principal novidade é
a inclusão da meia maratona, alteração muito solicitada pelos atletas
que participaram na primeira edi-
o sucesso” da 1ª edição que reuniu
milhares de atletas na marginal do
Douro. Marco Martins destacou
também a iniciativa de reflorestação
posterior à prova que permitiu plantar 3500 árvores em Covelo e na Foz
do Sousa, que deseja ver alargada a
outras zonas do Município.
Já Bernardino Alves, presidente da Associação de Atletismo do
Porto (AAP), marcou presença na
apresentação da II D’Ouro Run e
destacou igualmente o apoio da
Câmara Municipal de Gondomar à
realização da prova. “Queremos que
a prova mantenha este selo de qualidade”, reforçou o dirigente da AAP.
Albano Carneiro, do Centro Regional de Excelência (CRE) Porto,
Aníbal Lira, presidente da Assembleia Municipal de Gondomar, Sandra Brandão, vereadora do Desporto do Município, e António Ferreira,
representante da ex-atleta olímpica
Rosa Mota, embaixadora da prova
gondomarense, também marcaram presença na apresentação da II
D’Ouro Run.
Recorde-se que a D’Ouro Run é
organizada pela EventSport e pelo
Município de Gondomar. A prova
de atletismo conta com três categorias em competição: meia maratona,
de 21 quilómetros, mini maratona,
de 10 quilómetros, e caminhada, de
cinco quilómetros. n
VIVACIDADE JUNHO 2015 35
Desporto
Campeonato Nacional de Dardos
Eletrónicos trouxe 600 jogadores
ao Multiusos
A Associação Nacional de Dardos juntou, a 13 e 14 de junho, 600 pessoas a
competir no Campeonato Nacional de Dardos Eletrónicos. A Sala D’Ouro do
Multiusos de Gondomar recebeu as competições individuais no sábado e as
competições por equipa no domingo.
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Gondomar foi a localidade
escolhida para receber, este ano,
o Campeonato Nacional de Dardos Eletrónicos, organizado pela
Associação Nacional de Dardos
Multiusos. Houve também uma
grande recetividade por parte do
Município para acolher o nosso
evento”, referiu.
A prova é organizada quase sempre em sistema rotativo e
o concelho foi o eleito deste ano.
“Por norma apostamos neste sistema mas ficamos limitados a alFOTO: RVC
gumas zonas porque temos algumas obrigações a cumprir. Temos
aqui 600 jogadores e temos que
garantir-lhes logística hoteleira.
Gondomar não tem essa logística
mas tem todas as outras condições
necessárias para a realização deste evento”, explicou o responsável
da Associação Nacional de Dardos. Júlio Costa acrescentou que
Gondomar poderá acolher
Campeonato Europeu
O objetivo de AND para o próximo ano é trazer para Portugal o
Campeonato Europeu de Dardos
Eletrónicos, que este ano se realiza em Espanha. Gondomar aparece como possibilidade, garante
a organização. “No próximo ano
queremos trazer o Campeonato
Europeu a Portugal, que requer
uma grande logística e traz cerca
de 3000 atletas ao país. O Campeonato Europeu pode passar por
Gondomar, vamos estudar essa hipótese”, explicou a organização. n
Em época de férias, são cada vez mais os
consumidores que utilizam o transporte
aéreo, sendo, muitos deles, confrontados com a perda ou atraso de bagagem.
Perante esse facto, o que podem exigir?
As companhias aéreas são
responsáveis pelo extravio, atraso, destruição das bagagens que
transportam. O passageiro deve
apresentar uma reclamação
escrita à transportadora para
efeitos de indemnização ou ainda para que lhe adiantem uma
quantia destinada a cobrir os
gastos necessários à compra de
roupas e outros artigos, no caso
do atraso da bagagem. Nesta situação, é aconselhável guardar
todos os recibos das despesas
que efetuar. Há prazos - limite para as reclamações: Atrasos
- 21 dias a contar da data da
chegada; Perda definitiva – a
bagagem é dada como perdida 21 dias após a data em que
deveria ter chegado; Danos - 7
dias a contar da entrega da bagagem. Na reclamação deverá ser
descrita a bagagem, conteúdo e
valor de cada peça. O passageiro tem direito a uma indemnização, variável, com valor atual
de, aproximadamente, 1435 euros. Se transportar bens de valor
elevado, é aconselhável pedir no
check-in uma declaração especial para os descrever e valorizar
e poder, assim, se for o caso, provar os concretos prejuízos. n
FOTO: DR
(AND), edição que substituiu a de
Lisboa, dinamizada em 2014.
Júlio Costa, da organização,
destacou ao Vivacidade as condições “excelentes” que encontrou em Gondomar para o evento
desportivo. “Este ano decidimos
apostar na região do Porto e Gondomar foi escolhido porque oferece excelentes condições no
“é preciso paixão e dedicação para
competir neste campeonato”, com
atletas de todos os pontos do país.
“Neste momento temos os melhores atletas a nível nacional, que estão em competição desde janeiro
para se apurarem para o campeonato nacional”, indicou.
Foram 600 os dardistas que estiveram em competição individual
e coletiva. O Clube de Setas Fragata foi o vencedor no nível um, na
competição por equipas. Já no nível dois, o Rumos Bar, do Fundão,
ficou também em primeiro lugar.
O lugar cimeiro para o nível três ficou para a equipa Bobos da Corte.
Opinião
Para qualquer pedido de informação ou apoio para
resolução de conflitos de consumo e situações de
sobre-endividamento, dirija-se à DECO
([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa
do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar.
A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração
com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa
do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes.
Contactos: [email protected]
Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)
VIVACIDADE JUNHO 2015 37
Tabela Classificativa
de Futebol
CNS - Fase Subida
Zona Norte
P.
1
2
3
4
5
6
7
8
Equipa
Famalicão
Varzim
Fafe
Sousense
Mirandela
SC Salgueiros 08
Cesarense
Lusitano FCV
Pontos
38
30
24
16
15
15
11
10
Desporto
Escola North Shore
põe gondomarenses a surfar
Em maio, André Araújo, Nicole Ferreira e Luís Soares, professores de surf, fundaram a North Shore Surf
School, uma escola de surf e bodyboard móvel apta a transportar alunos de Gondomar até às praias.
“Trazer o mar até Gondomar” é o principal objetivo da academia.
FOTO: PSF
Texto: Pedro Santos Ferreira
CNS - Fase Manutenção
- Série C
P.
1
2
3
4
5
6
7
8
Pontos
Equipa
41
Gondomar
38
SC Coimbrões
35
Cinfães
27
Sobrado
27
Lusitânia Lourosa
27
FC Pedras Rubras
23
Sp. Espinho
20
Moimenta da Beira
Divisão Pro-Elite
Nacional - AF Porto
P.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Pontos
Equipa
78
S. Martinho
70
Varzim B
68
SC Rio Tinto
65
Valadares de Gaia
64
Oliv. Douro
64
Vila Meã
63
Rebordosa
62
Aliados de Lordelo
48
Serzedo
47
Lixa
46
Aliança de Gandra
45
AD Grijó
45
Perafita
44
Paredes
43
Candal
40
Padroense
40
Leça
S. Pedro da Cova 40
39
Gens
31
UD Valonguense
A parte norte da ilha do Havai
dá nome à mais recente escola de
surf de Gondomar, a North Shore Surf School. O projeto iniciado em maio por professores com
mais de 10 anos de experiência
na modalidade quer apostar nas
regiões mais afastadas do mar e
na possibilidade de transporte
coletivo dos alunos para marcar
a diferença. “Temos duas carrinhas, uma que transporta alunos
e outra que transporta material.
Em Gondomar, como o concelho
é grande, marcamos dois ou três
locais de fácil acesso aos alunos e,
excecionalmente, fazemos recolha e entrega em casa deles”, explica André Araújo, um dos fundadores do projeto.
A ideia surgiu com a mudança
do professor de surf para Gondomar. “Os meus vizinhos começaram
a falar-me de jovens interessados
em aulas de surf e a ideia acabou
por surgir. Já tinha tido uma escola
em Espinho e tenho uma grande ligação ao mar que quero trazer para
o concelho”, afirma o instrutor da
North Shore.
> Guilherme e André Araújo com o material da escola de surf na Quinta das Freiras, em Rio Tinto
No entanto, a escola também
está disponível para ensinar os fãs
do bodyboard e tem a ambição de
“realizar aulas de surf adaptado
para jovens e adultos com dificuldades físicas”.
Para atrair novos alunos – a
maior parte vem de Gondomar – a
escola iniciou um processo de parcerias com várias instituições do
concelho e continua aberta a novas
parcerias.
“Apostamos sempre no incentivo a aulas de grupo para fomen-
tar o espírito de entreajuda inerente à prática da modalidade. Além
disso, fornecemos todo o material
necessário às aulas e temos um
seguro opcional de acidentes pessoais”, refere o professor ao Vivacidade.
Até ao final de junho, a North
Shore Surf School tem disponível
uma promoção de oferta de uma
aula e convida os interessados a
“oferecer o convite aos pais para conhecerem a modalidade”.
Segundo André Araújo, GonFOTO: DR
> Morar em Gondomar já não é desculpa para não praticar surf ou bodyboard
domar é “cada vez mais procurado” pelas escolas de surf apesar da
distância ao mar. “Gondomar sem
mar tem cada vez mais uma ligação
ao surf ”, brinca o fundador da academia.
Assim, a praia de Espinho é o
destino preferencial para treinar
mas a escolha do local “varia consoante o estado do mar e a sazonalidade”.
“Queremos
implementar
um espírito de surf constante”
Sobre a ascensão mediática e
o crescimento do número de praticantes da modalidade, André
Araújo admite que o interesse “é
positivo” mas considera prejudicial
a “forma desorganizada e por vezes ilegal” da fundação das escolas
de surf. Para o fundador da North
Shore “a segurança dos alunos” é o
principal requisito.
Ao Vivacidade, o surfista realça
ainda que gostaria de “ajudar a trazer as boas referências de Peniche e
da Ericeira para as praias do Norte
de Portugal” e deixa um desafio aos
fãs da modalidade: “experimentem
o surf e o bodyboard porque o nosso aluno mais novo tem três anos e
o mais velho tem 72 anos”. n
38 VIVACIDADE JUNHO 2015
Opinião: Vozes da Assembleia da República
Remoção dos resíduos perigosos em São Pedro da Cova
Margarida Almeida
PSD
Recentemente o Partido Comunista Português, apresentou, na Assembleia da Republica, uma iniciativa
legislativa onde “Recomendavam ao
Governo a urgente e completa resolução dos problemas ambientais em São
Pedro da Cova”. Face a esta iniciativa,
os deputados do Partido Social Democrata, eleitos pelo círculo eleitoral do
Porto, manifestaram o seu desacordo a
esta iniciativa, não pelo tema em si, mas
sim, pelo seu oportunismo político.
Na verdade, os Deputados do Partido
Social Democrata, sempre estiveram,
estão e estarão, incondicionalmente,
ao lado das populações do concelho de
Gondomar, nas posições públicas que
sempre assumiram, assumem e assumirão, sobre os problemas ambientais
de São Pedro da Cova. Assim como, o
atual Governo, através do Ministério
do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) tem dado
prioridade à resolução dos passivos
ambientais e, por conseguinte, à remoção dos resíduos perigosos depositados
em São Pedro da Cova, e tem envidado todos os esforços no sentido da sua
concretização. Nesse sentido, todas as
providências foram tomadas com vista
a que se iniciasse o processo de remoção deste passivo, tendo o mesmo arrancado em outubro de 2014 e encontrando-se atualmente em curso. A este
nível, importa realçar todo o processo,
iniciado em 2012 por este Governo,
com vista à remoção dos referidos resíduos. A prioridade máxima do MAOTE sempre foi, assim, a de criar as
condições para iniciar os trabalhos de
remoção previstos, cumprindo todos
os procedimentos legais, para iniciar
a resolução de um passivo ambiental
com décadas de existência. O Governo,
ao contrário do que se diz, nunca considerou ou assumiu o arranque destes
trabalhos como o fim do processo. E,
nessa medida, após a conclusão da
remoção dos resíduos, seguiu-se uma
fase de avaliação do grau e extensão da
eventual contaminação dos materiais
das escombreiras existentes na camada
inferior e subjacente ao depósito dos
resíduos em remoção, bem como para
averiguar a existência, ou não, de resíduos perigosos adicionais, para então
se poder determinar qual a intervenção
adequada e necessária para concluir a
requalificação de toda a área. Com
essa requalificação mantém-se assim
um objetivo partilhado pelo Governo
e pelas entidades de governação local,
que será passível de concretizar após a
conclusão de todo o processo de avaliação ambiental e remoção de resíduos
e de eventuais solos contaminados nas
escombreiras de São Pedro da Cova.
Após este processo, que se mantém em
curso, será possível – e assim se pretende – a total requalificação ambiental
da área afeta, para benefício das populações e do território. Importa ainda
referir que, a área considerada para a
realização dos trabalhos de campo que
precederam a contratação da remoção
de resíduos, efetuados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil
(LNEC), correspondeu à área de projeto que havia sido autorizada, em 20 de
julho de 2001, pela ex-Direcção Regional do Ambiente e do Ordenamento
do Território - Norte (ex-DRAOT-N),
para a deposição de resíduos perigosos nas escombreiras das antigas minas de carvão de São Pedro da Cova.
Recentemente, tendo sido constatada
a existência de resíduos perigosos localizados fora da área da intervenção,
foram imediatamente desencadeados
no local os procedimentos de avalia-
ção dos mesmos. Após a determinação
da exata localização e verificação das
profundidades das camadas, cujo processo se encontra em curso, serão estimadas as quantidades de resíduos depositados nesses locais. A partir desse
momento, poderá o MAOTE, com as
restantes entidades competentes, atuar
no sentido da sua remoção, estando
já a ser preparados vários cenários de
atuação. No que respeita à responsabilidade pela deposição de resíduos
perigosos nas antigas minas de São
Pedro da Cova, refere-se que o MAOTE, através da CCDRN, tem atuado na
reposição de legalidade assumida pelo
Governo Português, que tomou a decisão de atuar por conta dos infratores,
mas sem prejuízo das diligências, que
se encontram em curso, com vista ao
apuramento das responsabilidades
pelas infrações praticadas. Face ao exposto, verifica-se que as recomendações propostas na iniciativa do Partido
Comunista Português, já encontram
expressão na atuação do Governo,
sendo redundantes e extemporâneas,
tratando-se, apenas, de um mero aproveitamento político-partidário em torno de uma causa comunitária. n
ciou que a venda não ocorreria próximo
das eleições, temos neste episódio mais
um curioso retrato do modus operandi
desta maioria. Há no ar um cheiro insuportável a fim de feira, mas há, sobretudo uma pergunta que não podemos
deixar de fazer: se dentro de menos de
três meses teremos eleições e um novo
Governo, qual é a pressa desta venda em
fim de mandato? Sim, caro/a leitor/a, a
resposta que lhe está a passar pela cabeça neste momento é a chave de toda esta
história.
2 . Com o aproximar das eleições
vão surgindo sondagens anunciadas
com um tom cada vez mais carregado
de dramatismo, de modo a fazer su-
bir as audiências e vender jornais. As
últimas sondagens têm, contudo, um
traço curioso que merece a nossa análise. Apontam para estarmos a viver um
período em que, no que diz respeito à
intenção de voto, o PS não sobe e, em
alguns momentos, regista mesmo uma
descida, permitindo uma aproximação
da coligação no Governo, deixando no
ar a inevitabilidade de uma maioria relativa ou até mesmo de uma surpresa
eleitoral depois do desastre destes quatro anos. Contudo, esta visão altera-se
completamente quando analisamos os
dados referentes à confiança nos líderes
e nos programas eleitorais apresentados.
Aí António Costa e o programa eleitoral
do PS vencem com uma diferença mais
de que estonteante. Ora, sabendo nós o
quanto estes dois fatores são condicionantes da decisão de voto só podemos
concluir que os portugueses não estão a
querer assumir claramente a sua verdadeira opção e que corremos o sério risco
de ver as sondagens derrapar nas urnas.
Seria absolutamente esdrúxulo que os
portugueses fossem votar num líder e
num projeto em que manifestamente
não se revêm, produzindo um distanciamento tão acentuado entre a sua
expressão de confiança e o voto. Penso
que não andarei longe da realidade ao
vaticinar uma noite eleitoral negra para
as empresas de sondagens. n
algumas reações. Recordemos que a
TAP tem dívidas na ordem de grandeza de mil milhões de euros. Isso em si
não seria de assustar, se tivesse ativos
(aviões, instalações, etc.) que cobrissem esse valor. Não tem. Se se vendesse tudo que pertence à TAP ainda
ficávamos a dever cerca de 500 milhões
de euros – os chamados capitais negativos. A TAP, como a generalidade das
transportadoras aéreas passa alguns
anos com números positivos (lucro)
mas num só ano de prejuízo deita abaixo cinco anos. Quando por isso António Costa (recordo que era responsável
no Governo que pela primeira vez quis
privatizar a TAP) diz que quer reverter
o negócio e que acha “escandaloso que
a TAP tenha sido vendida por um valor
inferior às das contratações dos mercados de futebol” a minha única reação
é perguntar “o que é que vai na cabeça
desta gente?”. Que raio de reações são
estas de quem quer chefiar o governo?
Como nunca lá chegará são “bocas”
sem consequência, mas é lamentável
que se tomem os portugueses por parvos, na luta por um votinho de alguém
menos esclarecido. Portugal junta-se
ao crescente número de países que não
detêm uma transportadora aérea com
os riscos que isso traz. Avancemos que
há mais país para governar. Sem comentários tristes e demagógicos. n
Qual é a pressa?
Isabel Santos
PS
1 . Quando faltam menos de três
meses para as eleições eis que o Governo decidiu avançar a passo acelerado
para a privatização da TAP, numa espécie de impulso juvenil, com os trabalhos
de avaliação dos processos de concurso
a serem feitos pela noite dentro, como
acontece com os alunos que deixam a
preparação dos exames para a véspera. Se juntarmos o facto de a TAP ser
vendida a um preço abaixo do valor
das contratações de muitos dos jogadores de futebol com a falta de informação sobre a formação dos consórcios
e o contrariar, mais uma vez, de um
compromisso assumido pelo Governo
quando o Ministro da economia anun-
Não TAP os olhos à demagogia
Michael Seufert
CDS-PP
Ficou concretizado o processo da
escolha dos novos donos da TAP. Finalmente. É um processo que dura há
quinze anos. Começou num governo
de António Guterres (!) quando já
era evidente que o estado português
não conseguia suportar os recursos
financeiros que uma transportadora
aérea moderna exige. Note-se que um
dos responsáveis, à data Minstro dos
Transportes era… Eduardo Ferro Rodrigues. O hoje líder parlamentar do
Partido Socialista subscreveu na altura
o Orçamento de Estado para 2002 que
previa explicitamente a reprivatização
da TAP até junho de 2002, decidida já
pelo mesmo governo em 2000. Senta-
do na mesma sala com o mesmo compromisso estava o Ministro da Justiça.
Chamava-se António Costa, talvez o
leitor o conheça. Desde então vários
Governos tentaram e por várias razões falharam em levar o desiderato
de Ferro e Costa a bom (aero)porto.
Pouco antes de telefonar à Troika porque tinha estourado o dinheiro do Estado português, Sócrates escreveu em
março de 2010 e em março de 2011
o mesmo objetivo: privatizar a TAP.
Igual inequívoca vontade está escrita
no Memorando com a Troika. Posto
isto, quando este Governo consegue
um objetivo que atravessou todos os
governos desde 2000, são de estranhar
VIVACIDADE JUNHO 2015 39
Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal
A força do Povo saiu à rua
Diana Ferreira
PCP
Foi um mar de gente que inundou Lisboa a 6 de junho, numa ação
de massas que se traduziu num momento notável, tanto pela sua organização como pela sua extraordinária participação.
Foram mais de cem mil pessoas
que, de forma convicta e firme, com
alegria e confiança, afirmaram nas
ruas a alternativa patriótica e de esquerda que a CDU transporta.
Uma extraordinária participação feita de comunistas, membros
d’Os Verdes, independentes e muitos
milhares de democratas e patriotas
que, descontentes com a política de
direita praticada por PS, PSD e CDS
ao longo dos últimos 39 anos, não se
resignam, rejeitam este caminho de
empobrecimento e exploração e não
aceitam a inevitabilidade que nos
querem vender.
Foi um mar de gente que sabe
ser possível a construção de uma
sociedade mais justa, ao serviço dos
trabalhadores e do Povo, dos seus interesses e aspirações.
Foram muitos mil a celebrar
Abril e os seus valores; a lembrar as
suas conquistas libertadoras e progressistas; a denunciar os objetivos
dos sucessivos governos de liquidação dos direitos que a luta dos trabalhadores e do Povo conquistou e
a Constituição da República consagrou.
Muitos mil a afirmar que toda
a ofensiva contra Abril encontrará
pela frente um mar de gente que sabe
resistir e que não deixará cair o que o
Povo alcançou.
Foram homens, mulheres e jovens; trabalhadores, desempregados,
reformados e muitas camadas da população, que vieram de todo o país e
demonstraram, com a sua participação neste momento de luta, a força
deste projeto, feito de convicção, de
verdade, de honestidade, de trabalho, de competência e de dignidade.
Foi mais confiança e mais possibilidade de concretizar uma forte
campanha eleitoral de massas, que
abra caminho à rutura com 39 anos
de afundamento.
Foi momento de protesto, mas
foi também momento de afirmação
de soluções para o país.
Soluções que passam pela urgente renegociação da dívida, pelo fim
das privatizações e pela defesa do
controlo público de setores e empresas estratégicas da nossa economia.
Soluções de valorização da produção nacional, dos salários e das
pensões.
Soluções que defendem as funções sociais do Estado e os serviços
públicos.
Soluções que passam por uma
política fiscal mais justa, que tribute
fortemente o capital, desonerando os
trabalhadores.
Soluções de afirmação da nossa
soberania e independência.
Foi a força do Povo na rua, com
vontade de mudança, e esperança e
confiança num futuro melhor.
É com a força do Povo que Portugal tem futuro! n
quer dizer despedir e encolher.
6. Privatiza-se, enfim, para acabar com os jobs for the boys e as famigeradas PPP. E Eduardo Catroga,
depois de negociar a venda do que
restava da EDP no memorando da
Troika, lá foi para o conselho geral
da EDP e para seu salário milionário. E José Luís Arnault, depois de
ter estado, ora do lado privado ora
do lado público, em quase todas as
privatizações, lá foi para a Goldman
Sachs, o maior acionista dos CTT. E
quem ficar com os autocarros e metros do Porto e Lisboa receberá por
quilómetro, quer tenha passageiros ou não, tal qual as PPP das ex-SCUTS, que o Estado paga aos privados passem ou não passem carros
nas autoestradas.
7. Privatiza-se porque é seguro
e dá menos dores de cabeça. As empresas privadas vão continuar a fazer
serviço público porque prometeram.
E nós acreditamos. Acreditamos que
alguém assumirá por nós a responsabilidade que é nossa. Que uma empresa estatal chinesa nos vai fornecer
sempre a energia de que precisamos,
que um senhor americano vai garantir as ligações aéreas que nos unem
à família lá longe, que um banco internacional será o garante do serviço
postal na aldeia perdida do interior,
que a empresa francesa garante que
teremos o autocarro ou o metro que
precisamos para ir para o trabalho
ou a escola com o passe a um preço
justo. Se não fosse um assalto, dir-se-ia que é um conto de crianças. n
rever os planos estratégicos propostos, uma vez que a realidade do concelho havia mudado e alterado com
o passar do tempo.
Assim, teria sido profundamente leviano se este executivo tivesse
avançado com a discussão pública desta revisão mais cedo, porque
havia trabalho a reavaliar e outro a
executar. Num documento tão caro
como este, seria infantil colocar em
discussão rascunhos e não propostas
concretas.
O período de discussão, previsto
na lei, foi usado ainda para levar a
cabo uma série de sessões de esclarecimento nas várias freguesias, de
forma a que o PDM fosse levado a
todo o concelho e estivesse acessível
a toda a população. Qualquer pessoa
poderia, por isso, fazer a proposta
para esta revisão.
Por fim, a revisão do Plano Diretor Municipal será levada a votação
à próxima Assembleia Municipal, o
órgão deliberativo na nossa Câmara
(quem decide em última instância),
que em caso de aprovação entrará
em vigor.
Mais uma vez, um processo de
extrema importância para o concelho, tratado com responsabilidade,
transparência e participação coletiva. Quem assim o não quis ver, não
deve estar familiarizado com a ação
executiva e deliberativa, perdendo-se apenas na retórica do lugar comum. n
Sete boas razões para (não) privatizar
Catarina Martins
BE
1. Privatiza-se porque os mercados liberalizados garantem os melhores preços para os consumidores.
E assim se venderam a EDP e a REN
e a conta da luz aumentou 30%. E assim se vendeu a ANA e as taxas de
aeroporto aumentaram outro tanto.
2. Privatiza-se porque a gestão
privada é que é boa e espera-se que
ninguém se lembre da PT, do GES,
do BES e as tantas outras falências de
gigantes privados.
3. Privatiza-se porque o país precisa de dinheiro e assim se venderam
os CTT por metade do preço que
valem hoje em bolsa, muito embora
mantenham exatamente os mesmos
bons resultados que tinham. Mas
com uma diferença: agora os dividendos não ficam no Estado. Como
os da EDP, da REN, da ANA, também os lucros dos CTT vão agora
para o estrangeiro.
4. Privatiza-se porque há uma
dívida das empresas para pagar. Mas
a dívida nunca vai com o negócio.
Na TAP, a dívida será paga, como
nos últimos 20 anos, em que o Estado nunca lá pôs dinheiro, pelos proveitos da própria empresa. E em último caso, volta a bater-nos à porta.
Nos transportes coletivos do Porto e
Lisboa, a dívida entrou toda para o
Estado e a concessão a privados é só
da parte que dá lucro.
5. Privatiza-se porque assim
novos investimentos surgem e mais
emprego se gera. E a cada empresa
privatizada só se ouve falar de reestruturações e ajustamentos, o que só
Plano Diretor Municipal
Joana Resende
PS
Decorreu entre o dia 21 de maio
e o dia 19 de junho o período de discussão pública dos documentos da
proposta de revisão do Plano Diretor
Municipal (PDM) de Gondomar e
respetivo relatório ambiental.
O PDM do nosso Município entrou em vigor em 1995, significando
que deveria ter sido revisto por lei
em 2005. Como na maioria dos assuntos, a vontade política do anterior executivo foi nula e resultou que
durante o seu mandato o assunto foi
esquecido.
Antes ainda de completar dois
anos de mandato, este executivo vem
mostrar a distância que o separa
do seu antecessor. Quer no que diz
respeito à celeridade dada aos docu-
mentos estratégicos, quer na eficácia
com que os trata.
Durante este período, e para que
se entenda a complexidade do assunto e não venha ninguém levianamente tentar acusar a Câmara sobre
o que for nesta matéria, foi necessário fechar questões relacionadas com
entidades como a Reserva Agrícola
Nacional e a Reserva Ecológica Nacional, rever as propostas de zonamento e redefinir planos de urbanização e de pormenor já elaborados.
A empresa que desde 2004 estudava a revisão ao PDM tinha muito
trabalho já elaborado, que como
referi não foi concretizado pela ausência de interesse do anterior executivo. Não obstante, foi necessário
40 VIVACIDADE JUNHO 2015
Opinião: Vozes da Assembleia Municipal
Libertação do Estado
Pedro Oliveira
CDS-PP
Os portugueses passaram nos últimos quatro anos por uma das mais
complicadas crises da sua já longa história, a qual obrigou, objetivamente, a
um crítico abaixamento da sua qualidade de vida, materializada num enorme aumento dos níveis de desemprego
no setor privado como também do
nível de rendimentos dos trabalhadores do setor público com uma redução
que, em média, atingiu os 20%.
Obviamente os portugueses acreditam tratar-se de uma realidade
transitória, necessária para que as finanças e a economia do país possam
ser reestruturadas e recolocadas em
patamares fundamentais de sustentabilidade para, a partir daí, começar a
produzir efeitos o já encetado processo
de retoma dos padrões de crescimento
e desenvolvimento económicos, tão
essenciais à recuperação da qualidade
de vida de toda a sociedade.
A profunda crise que muito tem
maltratado os portugueses e o processo em curso de reestruturação da
economia nacional, mostram-nos que
o país não pode continuar a viver de
romantismos anacrónicos e que, por
isso, deve adaptar a realidade do seu
setor público ao estritamente necessário, expurgando custos de milhões em
áreas que, no clima económico concorrencial em que nos encontramos,
podem melhor ser desenvolvidas fora
do âmbito do Estado.
Na verdade todos gostaríamos de
continuar a ver, e designadamente,
a TAP, com a maioria do seu capital
adstrito ao Estado. Contudo, todos
sabemos também que se trata de uma
empresa com dívidas superiores a 500
milhões de euros, permitindo a privatização não só a continuidade da sua
atividade em condições de dignificação da “bandeira” portuguesa, como
a libertação de um “peso” enorme nos
tão depauperados cofres nacionais.
Este exemplo, que é apenas um,
no amplo cômputo de entidades associadas ao setor público em situação
de objetiva falência técnica, é também
suficientemente demonstrativo da absoluta premência na libertação do Estado de custos desnecessários porque
privatizáveis, que sendo sistemáticos
ano após ano, limitam a canalização
de tais recursos para áreas bem mais
fundamentais da intervenção pública.
O pernicioso reiterar na manutenção
no seio do Estado de tais entidades,
tantas vezes por razões eminentemente emocionais, impedem a capacidade
de intervenção pública em áreas tão
inadiáveis como a educação, a saúde
ou a justiça.
Urge portanto que os partidos
políticos saibam neste processo de
recuperação da crise, perceber as exigências de redefinição do investimento público, objetivando prioridades
e desmistificando opções que se têm
mostrado apenas românticas e sorvedoras de recursos tão necessários à
potenciação da melhoria da qualidade
de vida dos portugueses. n
PCP questiona o Governo sobre a exigência de resolução urgente
dos problemas ambientais em S. Pedro da Cova
António Valpaços
CDU
Relativamente ao processo de remoção dos resíduos perigosos, depositados ilegalmente na freguesia de S.
Pedro da Cova, chegou recentemente
ao conhecimento do PCP que existem graves problemas no seu processo de remoção.
Na verdade, há a intenção de se
proceder ao reaterro de resíduos e à
compactação com os solos de cobertura limpos depositados em contacto
com os taludes contaminados. Esta
decisão parece merecer contestação
de técnicos envolvidos no processo
que, reiteradamente afirmam que
este procedimento é considerado
“fortemente desaconselhável” e é
“claramente contrário às melhores
práticas de gestão de resíduos” e “claramente prejudicial para todos os relevantes interesses em causa”. A empresa responsável pela remoção terá
inclusive manifestado profundas reservas, e recusado assumir qualquer
responsabilidade pelas consequências que possam advir desta solução
que lhe está a ser imposta.
Além disso, foram identificados
depósitos de resíduos perigosos fora
da área de intervenção e existe, também, um deferencial quantitativo
dentro dos limites de intervenção.
Ou seja, foram encontrados resíduos perigosos fora da área de intervenção e, dentro desta, em maior
quantidade do que inicialmente
previsto. Ora, com a remoção dos
resíduos, iniciada em setembro de
2014, rapidamente se constatou que
os resíduos perigos existentes ultrapassam as estimativas inicias de 88
mil toneladas, bem como a margem
de 20% de erro prevista, e detetou a
existência de resíduos perigosos fora
da área de intervenção que não tinha
sido inicialmente detetados. Mais, as
soluções encontradas e a prospeção
e investigação da totalidade de resíduos e sua localização estão condicionadas por questões financeiras.
Face a este cenário, os deputados
do PCP na Assembleia da República
dirigiram um conjunto de perguntas
ao Governo pugnando pela exigên-
cia de resolução urgente dos problemas ambientais em S. Pedro da
Cova, pelo que caracterizaram esta
situação como sendo de “características extraordinariamente gravosas e
assustadoras para a população local”,
requerendo o “apuramento cabal das
responsabilidades políticas e criminais”, bem como uma “compensação
às populações de São Pedro da Cova,
pelos prejuízos ambientais e de saúde pública provocados”, nomeadamente a “remoção da totalidade dos
resíduos e a requalificação do espaço
afetado”, não devendo por isso o Governo permitir que estes trabalhos
sejam condicionados por questões
financeiras. n
obter lucros elevados. Assim, na década de 80 foram construídos em média
28.000 “fogos” por ano para habitação
própria.
Este número aumentou para 64.000
entre 1990 e 1997 e atingiu, o número
incrível de mais de 100.000 “fogos”/ano,
o dobro da média europeia, entre 1998
e 2001.
O endividamento familiar que daí
decorreu, atingiu números brutais, nomeadamente: 5,8 mil milhões de euros
em 1990; 50 mil milhões de euros em
2000; 122 mil milhões de euros em
maio de 2010.
Resultado, hoje existem cerca de
um milhão de casas devolutas. Se atribuirmos a cada uma, o valor médio de
100 mil euros, isto significa que, o país
tem empatado em casas vazias a soma
descomunal de 100 mil milhões de
euros. Para além desta soma, nas aquisições de casa própria o Estado gastou
anualmente, entre bonificações e benefícios fiscais cerca de 1000 mil milhões
de euros!
É pois necessário, introduzir novas
preocupações no planeamento, isto é:
Que contrariem a expansão urbanística (limitação dos perímetros urbanos);
que reforcem as caraterísticas específicas dos locais, a identidade e memória histórica; que atendam aos aspetos
ambientais e a qualidade urbana; que
valorizem a participação pública nas
intervenções sobre o território.
São fundamentais para nós, as
questões do alojamento, estando sempre presente qualificar as periferias e
contenção dos perímetros urbanos,
prioridade ao edificado em detrimento de novas construções, ter em conta
os impactos energéticos, das escolhas
urbanísticas como meio de combate
às alterações climatéricas e concretizar
o planeamento através de unidades de
execução (em áreas urbanas mais sensíveis).
O Bloco de Esquerda defende o
princípio: a cidade é tua, usa-a! n
Para onde vai Gondomar?
Rui Nóvoa
BE
Está neste momento em discussão
pública o novo Plano Diretor Municipal (PDM) em Gondomar. Os Planos
Diretores surgiram em meados do século XX e incluem mapas com previsão
de crescimento da cidade (concelho).
Estes mapas prescrevem o uso dos solos
e apontam as caraterísticas das edificações (uso, função e altura…).
Qual a finalidade dos Planos? Primeiro definir regras para a ocupação
e utilização racional do espaço. Em
segundo, controlar a construção individual que se desenvolva no território.
O planeamento do território, deve
ter por objetivo o desenvolvimento e
não apenas o espaço físico. O exercício do planeamento é condicionado
por normas sobre a utilização do solo.
A RAN (Reserva Agrícola Nacional)
tem como objetivo resguardar os solos
de maior aptidão agrícola das intervenções urbanísticas. Já a REN (Reserva
Ecológica Nacional), visa a proteção
dos ecossistemas assim como a Rede
Natura 2000 que protege os habitats naturais e a fauna e flora.
Apesar destas finalidades e ao contrário do que seria de prever, a planificação urbanística agravou a devastação
dos recursos ambientais, florestais e
agrícolas.
Nos últimos 20 anos, a área construída no país cresceu 42% à custa do
desaparecimento da vegetação natural e
das zonas agrícolas em redor das grandes cidades.
Os PDM ampliaram brutalmente
a área do solo com capacidade edificadora para cerca de 30 milhões de habitantes.
O diploma legal que institui o crédito bonificado para aquisição de habitação própria (Resolução do Conselho de Ministros de 24 de fevereiro de
1976), visou o relançamento da construção civil e foi muito bem recebido
pela Banca que, encontrou na conceção
do crédito para aquisição de habitação
própria, um meio fácil e garantido de
VIVACIDADE JUNHO 2015 41
Empresas & Negócios
Escola Profissional de Gondomar
reuniu a “Geração Radical”
A iniciativa “Geração Radical”, promovida pela Escola Profissional de Gondomar, a 14 de junho, brindou os mais jovens com atividades radicais e um
desfile de carros clássicos em S. Pedro da Cova.
Um dia repleto de emoções e
com muito divertimento à mistura. Foi desta forma que a Escola
Profissional de Gondomar (EPG)
preparou a iniciativa “Geração Radical”, realizada a 14 de junho, nas
imediações da escola, em São Pedro
da Cova.
O evento contou com demonstrações da prática de atividades radicais como a escalada, rappel, slide,
touro mecânico, trampolim, “air
bungee”, bola zorb, tiro com arco e
zarabatana, em que participaram
crianças, jovens e adultos.
O evento aberto à comunidade
envolvente procurou “estreitar laços
entre a mesma e a EPG, através de
uma participação dinâmica nas atividades radicais”.
A iniciativa contou também
com um desfile de automóveis clássicos, integrado no encontro anual
promovido pelo Clube Gondoclássicos que recriaram uma “época romântica e de glória”, em que o ritmo
quotidiano seguia noutras velocidades. n
42 VIVACIDADE JUNHO 2015
Empresas & Negócios
Torta de Noz chegou a Fânzeres
A Torta de Noz inaugurou no início de junho um novo espaço em Gondomar. O estabelecimento situado nas Galerias Carvalha,
em Fânzeres, vai oferecer aos clientes os habituais bolinhos e um espaço de convívio na zona da cafetaria, para além da tradicional
torta de noz que dá nome à casa.
> Helena Teixeira e Sílvia Rebelo convidam os clientes a visitar o novo espaço
Pense num bolo com recheio
de chantili, raspas de chocolate e
nozes... Já pensou? Torta de Noz é
a resposta certa, pois claro. A empresa fundada em Matosinhos, a
25 de janeiro de 1969, expandiu-se e dez anos após a sua fundação apostou em Gondomar com a
abertura de um primeiro estabe-
lecimento em Rio Tinto. Hoje, a
empresa familiar conta com dois
espaços no concelho, o mais recente inaugurado em Fânzeres,
nas Galerias Carvalha, no início
de junho.
Helena Teixeira é a proprietária de ambos os espaços – Fânzeres e Rio Tinto – e mostra-se
> A Torta de Noz faz a delícia dos clientes desde 1969
orgulhosa com a mais recente
aposta. “Gondomar foi a nossa
primeira expansão por isso temos que a manter sempre”, explica a jovem de 28 anos.
Acompanhada pela avó, Maria Adelaide Branco, 76 anos,
fundadora da Torta de Noz, Helena revela a necessidade de ex-
pandir o negócio em resposta
“aos pedidos dos clientes da loja
de Rio Tinto”. Para Fânzeres está
pensado um conceito diferente. “Queremos vender as tortas
de noz mas também queremos
vender os nossos bolos à fatia na
zona de cafetaria onde os nossos
clientes poderão provar e desfrutar dos nossos produtos. Temos
também um espaço com mesas e
cadeiras ao dispor dos clientes”,
diz a responsável ao Vivacidade.
Maria Adelaide também
aprova o novo espaço e deseja os
maiores sucessos à mais recente aposta da jovem empresária.
“Foi o meu irmão, Américo Jorge Branco, quem teve a iniciativa
de abrir lojas para a família e cedeu a marca a alguns amigos de
confiança. A única regra era não
vender outros bolos para além
dos que são elaborados pela Torta de Noz, porque queremos que
os clientes sejam sempre servidos
com a qualidade a que estão habituados”, refere a fundadora da
Torta de Noz.
Quanto à receita, essa fica no
segredo dos deuses da doçaria,
mas a qualidade tem um selo de
confiança de três gerações.
Para além das tortas de noz,
Helena Teixeira destaca também
os bolos personalizados, os bolos
de comunhão e de batizados, que
continuam – alguns deles - a ser
decorados por Maria Adelaide.
“Volta e meia os clientes vão
poder contar também com umas
ações promocionais, basta ficarem atentos ao nosso Facebook”,
desafia a proprietária do espaço
que prefere pensar no presente e
“consolidar a aposta no espaço de
Fânzeres”.
Recorde-se que a Torta de
Noz conta com vários estabelecimentos espalhados por Gondomar, Porto, Gaia, Matosinhos
(centro), Senhora da Hora e Póvoa de Varzim. n
> A cafetaria é a principal novidade do espaço
VIVACIDADE JUNHO 2015 43
Empresas & Negócios
Próxima paragem: Taberna da Estação em Rio Tinto
Foi no dia 30 de maio que a estação de Rio Tinto começou uma nova jornada com a inauguração da Taberna da Estação, um espaço de restauração e de lazer que acolheu quatro novos postos de trabalho.
O objetivo, segundo o proprietário, Jorge Silva, é “adaptar a oferta de
acordo com as necessidades e gostos
do cliente, criar uma maior capacidade de público e essencialmente
servir bem.”
A especialidade baseia-se nos
“pratinhos, lanches a meio da manhã, da noite, os snacks e pratos
tradicionais”, acrescenta Jorge. Os
> Jorge Silva é o proprietário da Taberna da Estação
preços apresentam variedade, de
acordo com as diferentes classes sociais, existindo o conceito de prato
económico.
O espaço manteve traços da anterior gerência. As paredes mantêm
a decoração e o restaurante apresenta agora um ambiente de taberna,
fundamentalmente ligada a elementos rústicos. Na parte superior do
edifício, Jorge Silva pretende criar
uma sala de antiguidades e uma esplanada, com materiais reciclados,
tornando-se um espaço de lazer,
com área para fumadores.
Trata-se de um projeto inovador para a estação de Rio Tinto, de
acordo com o gerente. “É uma aposta diferente porque, costumo dizer,
quando vou a algum lado gosto de
ser bem servido e tem um conceito
que eu gosto. É uma aposta minha.
Faz parte de mim ser ambicioso, e
ter novos projetos. Não é um projeto
em que estou inserido a 100% mas
tenho de assumir a responsabilidade”, conta ao Vivacidade Jorge Silva.
A Taberna da Estação abre todos
os dias [domingos são reservados a
festas privadas] das 10h às 24h. n
Husse: cuidar dos animais a pensar em si
Fundada na Suécia, em 1987, a Husse está presente na Europa, Ásia e América. Gondomar não foge à regra e conta com os alimentos naturais da marca para cães e gatos, desde 2013, através da venda direta ao domicílio.
“A excelência do produto e o
melhor serviço para comodidade
dos clientes”. É desta forma que
Joaquim Silva, representante da
Husse em Gondomar explica o objetivo da marca que comercializa
alimentos naturais, complementos
e acessórios diversos para cães e gatos, através de uma gama completa
de qualidade e venda direta ao domicílio.
Os produtos Husse são produzidos segundo rigorosos padrões
de qualidade, de acordo com as
exigentes especificações do mercado escandinavo e adaptados às
diferentes etapas da vida e características particulares dos animais.
A marca de referência a nível europeu quer “primar pela qualidade”
no concelho através da “satisfação
completa dos clientes e fiéis amigos”.
Segundo Joaquim Silva, “nos
alimentos Husse os ingredientes de
origem animal provêm de animais
aprovados para consumo humano
e não são adicionados aos produtos corantes ou conservantes artificiais”. Soja e organismos geneticamente modificados também não
entram na composição dos alimentos para cães e gatos da Husse.
A comprovar a qualidade dos
produtos estão os vários certificados da marca sueca e o cumprimento das normas definidas pela
regulamentação da União Europeia.
De acordo com o responsável pelo concelho gondomarense,
a “facilidade de encomenda com
entregas gratuitas ao domicílio,
a simplicidade de pagamento, a
inexistência de roturas de stock,
o aconselhamento nutricional e a
flexibilidade de horários para entregas” são referências da Husse
Gondomar, que aposta em distribuidores qualificados para o aconselhamento nutricional dos amigos
de quatro patas.
As encomendas de produtos
podem ser realizadas por telefone,
sms, e-mail ou pela internet, no
endereço da loja online. “A internet
permite aos nossos clientes uma
maior comodidade, a simplicidade
das encomendas, um acompanhamento em tempo real, quer no site
quer na nossa página de Facebook,
que informa constantemente o
cliente acerca de promoções e novos produtos”, refere Joaquim Silva
ao Vivacidade.
Entre os produtos disponibilizados pela Husse Gondomar o
responsável destaca a alimentação
seca (ração) e húmida, os produtos de higiene, biscoitos, produtos
de fitoterapia e areão aglomerante,
entre outros elaborados pela marca.
“Não vendemos apenas um
produto, vendemos saúde e benefício, vendemos um serviço e uma
relação”, conclui Joaquim Silva. n
44 VIVACIDADE JUNHO 2015
Lazer
RECEITA CULINÁRIA
VIVACIDADE
Chef João Paulo Rodrigues
* docente na Actual Gest
VIVA PREVENIDO
Exames de rotina
Tarte de queijo e coco
Ingredientes:
. 450 g de açúcar;
. 2 Colheres de sopa de manteiga derretida;
. 4 ovos;
. 100 g de queijo de Castelo Branco;
. 2,5 dl de leite-de-coco;
. 1,5 dl de leite;
. 150 g de farinha com fermento;
. 150 g de doce de framboesa;
. 100 g de coco ralado;
. Manteiga, farinha e sal q.b.
Elisabete Castro
Médica, Interna de Medicina
Geral e Familiar na Unidade de
Saúde Familiar de Fânzeres
São frequentes as consultas
em que um adulto saudável,
sem sintomas, sem fatores de
risco ou considerado de baixo
risco, questiona o seu médico sobre a necessidade de fazer “exames de rotina” e “rastreios”. No entanto, a evidência
científica demonstra cada vez
mais que esta abordagem preventiva “em massa” apresenta
problemas potenciais, podendo
mesmo causar dano à saúde do
utente através da realização de
exames invasivos e tratamentos
dispensáveis. Atualmente as sociedades médicas e científicas
recomendam sim, a realização
do exame periódico de saúde,
adaptado ao utente em questão.
Se ainda não conhece o seu
médico de família é importante
fazê-lo, pois as consultas regulares podem ser bastante úteis.
Apesar de não existir uma periodicidade pré-definida para uma
consulta de rotina, esta deve
ser definida caso a caso, tendo
em conta alguns critérios como
o seu género, idade, estado de
saúde atual, antecedentes clínicos pessoais e familiares, hábitos e estilo de vida e eventuais
sintomas que possa ter.
Um caracol ia a atravessar a estrada e foi atropelado por uma tartaruga.
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Quando acordou nas urgências do hospital perguntaram-lhe
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o que é que lhe tinha acontecido:
- Como é que quer que eu saiba? Foi tudo tão depressa!
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Forre o fundo de uma forma com papel
vegetal, unte-a com manteiga e polvilhe-a com
farinha.
Junte numa tigela, o açúcar, a manteiga, uma pitada de sal e bata bem.
Adicione os ovos e misture tudo.
Ligue o forno a 180º C.
Rale o queijo, junte-o ao preparado e
mexa de forma delicada.
De seguida, acrescente os leites em
fio, mexendo sempre com a vara de
arames.
Por último, peneire a farinha e envolva-a no preparado anterior.
Deite a massa na forma e leve ao forno
a cozer, cerca de 50 minutos.
Deixe arrefecer e desenforme.
Cubra o bolo com o doce de framboesa
e polvilhe as laterais com o coco ralado.
SOLUÇÕES:
Socióloga, taróloga
e apresentadora
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Maria Helena
Preparação:
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O mais importante para
manter uma boa saúde é adquirir estilos de vida saudáveis:
adotar uma alimentação correta, praticar exercício físico regularmente, cumprir o Programa
Nacional de Vacinação, evitar
o consumo de tóxicos (tabaco,
álcool em excesso, drogas) e
evitar comportamentos sexuais
de risco.
Muito mais do que as análises e os exames, é a aquisição
de comportamentos saudáveis
que garante a sua saúde! Aconselhe-se com o seu médico de
família.
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210 929 000
[email protected]
Amor: O seu poder de atração vai abalar muitos
corações.
Saúde: Prováveis dores de dentes. Poderá passar
por uns dias de grande nervosismo sem que consiga
definir muito bem a sua origem.
Dinheiro: Será um bom período para fazer algumas alterações profundas na sua vida, no seu comportamento e nos seus objetivos profissionais.
Amor: Este período é um teste à forma como lida
com as outras pessoas, em especial as que lhe estão
mais próximas.
Saúde: Durante este período lutará para alcançar os seus objetivos a nível de forma física e ajudará
quem lhe está próximo a fazer o mesmo. Boa fase
para iniciar uma dieta.
Dinheiro: Situação financeira favorável.
Amor: Procure ser sincero nas suas promessas se
quer que a pessoa que tem a seu lado confie em si.
Saúde: Liberte-se mais, e a sua saúde irá melhorar.
É uma oportunidade para concluir as ideias que tem em
curso. Este mês será um encontro consigo mesmo.
Dinheiro: Desde que não gaste dinheiro em excesso, pode pôr os seus assuntos financeiros um pouco de
parte, ocupando-se com outras áreas da sua vida.
Amor: Encontra-se num período difícil, mas não
desespere que é passageiro.
Saúde: Poderá ser tempo de começar uma nova
vida. Corte com tudo aquilo que achar supérfluo ou
inútil.
Dinheiro: Boa altura para gastar e investir no que
mais gosta, mas com cuidado.
Amor: Tenha mais confiança em si e cuide da sua
aparência.
Saúde: Uma fase de tensão, insegurança e impaciência, com dificuldade em planificar a sua vida particular. Procure aliviar o stress que traz acumulado.
Dinheiro: Não se esqueça das suas obrigações.
Amor: Procure ser mais extrovertido.
Saúde: Possíveis dores nas articulações. A rotina
da sua saúde e a forma física são uma prioridade. Terá
tempo para regularizar o seu horário.
Dinheiro: Esta é uma ótima altura para tentar reduzir os seus gastos.
Amor: Viva fogosamente todos os momentos com
o seu amor. Este período é caracterizado por muita alegria, contentamento, otimismo e força interior.
Saúde: Previna-se contra os excessos.
Dinheiro: Pode aproveitar aquilo que tem vindo a
aprender com os outros para fazer uma coisa diferente
na sua vida, como por exemplo iniciar uma atividade
por conta própria.
Amor: Poderão surgir mudanças no seu comportamento no que diz respeito às relações afetivas. Seja
mais ousado neste campo da sua vida.
Saúde: A ansiedade não é benéfica para a sua
saúde.
Dinheiro: Não será um período fácil porque terá
dificuldade em analisar as situações com clareza.
Amor: A sua relação tem vindo a arrefecer e você
precisa de tomar uma atitude. Não exija tanto dos outros, dê mais de si próprio.
Saúde: Não faça dietas demasiado rigorosas.
Dinheiro: Invista neste momento em algo que planeia há muito. A sorte é-lhe favorável. Sentirá necessidade de se isolar para concluir o seu trabalho, mas
poderão ocorrer mudanças.
Amor: Será um período muito bom de entreajuda
e em que pode receber ou oferecer boas oportunidades a novas relações de amizade.
Saúde: Possíveis dores musculares.
Dinheiro: Não imponha as suas ideias de uma forma agressiva e tenha em consideração a opinião dos
outros.
Amor: Será uma fase importante para rever o que
não está bem na sua relação, compreendendo o que
lhe falta e o que pode ser melhorado.
Saúde: Vai sofrer de dores de cabeça.
Dinheiro: Em relação à sua situação profissional,
logo no início do mês poderão existir alguns conflitos
entre a sua vida familiar e a profissional.
Amor: Se não disser aquilo que sente verdadeiramente, ninguém o poderá adivinhar.
Saúde: Cuidado com o excesso de açúcar no seu
sangue.
Dinheiro: Poderá sentir-se subjugado pela sobrecarga de trabalho.
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VIVACIDADE JUNHO 2015 45
Lazer
AGENDA CULTURAL VIVACIDADE
Exposições:
Até 3 de julho – “Palavras
do Mundo”, na Biblioteca
Municipal de Gondomar
Até 31 de julho – Histórias
da Ajudaris’13 “Pequenos
Gestos Grandes Corações”,
na Biblioteca Municipal de
Gondomar
21h30, 4 de julho – Festival
de Folclore de Rio Tinto
2015, no Largo do Mosteiro
De 10 a 12 de julho – Festival Gasómetro 2015, no
largo da feira de
S. Pedro da Cova
Cinema:
Teatro:
11h e 16h30, 20 de junho –
Sessão de Cinema “Origem
dos Guardiões”, na Biblioteca
Municipal de Gondomar
21h30, 25 de junho – Ciclo
de Cinema – “Memento”, de
Cristopher Nolan, na Biblioteca Municipal de Gondomar
18h, 27 de junho – “Farsa do
Mestre Pathelin”, pelo Teatro
e Marionetas de Mandrágora, na Casa Branca de
Gramido
Desporto:
De 27 de junho a 6 de
setembro – Extensão
do PortoCartoon
2015, na Casa Branca de Gramido
11h, 20 de junho – 6ª
Jornada da Taça de Portugal da FPDD Douro
D’Ouro, no Multiusos
de Gondomar
Música:
21h30, 6 de junho – Encontro
de Tradições 2015, no Largo
do Mosteiro de Rio Tinto
VIVA FOTO
28 de junho – II D’Ouro
Run, Gramido
21h, 11 de julho – 2.º CCD
Urban Night Bike, na Câmara Municipal de Gondomar
Diversos:
21h, 19 de junho – Comemorações dos 500 Anos
do Foral de Gondomar, na
Biblioteca Municipal de
Gondomar
19 a 21 de junho – Feira
Quinhentista, na área circundante da Biblioteca Municipal
de Gondomar
VIVA TEC
Netflix em Portugal sem
“House of Cards”
Das 10h às 18h, 21 de junho
– Rio Tinto: Crianças em
Movimento, na Quinta das
Freiras
Rio Douro, Lomba
Foi anunciada este mês a aposta da Netflix em Portugal. O serviço que permite assistir a séries e filmes através da internet chega ao território nacional em outubro
com um custo mensal de subscrição de 7,99 euros. Contudo, a aposta da empresa norte-americana em Portugal
não engloba duas das séries mais populares e premiadas
do serviço: “House of Cards” e “Orange is the New Black”.
Os fãs de Frank Underwood (Kevin Spacey) poderão
continuar a acompanhar o percurso do político norte-americano na SIC e no canal por cabo TV Séries. Quanto
a “Orange is the New Black”, cuja ação decorre numa
prisão feminina americana, a série ainda não estreou em
Portugal, mas nos Estados Unidos a terceira temporada
estreou há poucos dias.
No entanto, os portugueses vão poder assistir a todos os episódios das séries originais da Netflix, nomeadamente “Sense8”, “Demolidor”, “Bloodline” e documentários como “Virunga” e “Mission Blue”, todos os conteúdos
legendados em português. A principal vantagem do serviço prende-se com a visualização ilimitada dos conteúdos
através de qualquer dispositivo com ligação à internet.
Para cativar os utilizadores o serviço tem preparada
uma campanha de um mês de teste gratuito com a possibilidade de cancelar em qualquer momento.
Recorde-se que o Netflix já está presente em cinquenta países e tem cerca de sessenta e dois milhões de
assinantes. Resta saber como vai ser a adesão ao serviço
por parte dos portugueses aficionados por séries.
Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.com
LELO e ZEZINHA
46 VIVACIDADE JUNHO 2015
Emprego
Profissão
Professor
Profissão
Trabalhador Madeira
Nº Oferta
588542553
Nº Oferta
588554578
Duração
Experiência
Freguesia
As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do
Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou
candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no
portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.
Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta
de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a
sua disponibilização e a sua publicação.
Centro de Emprego de Gondomar
Telefone 224 662 510
R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar
E-mail: [email protected]
Tempo completo. Contrato a termo
Licenciatura em Matemática ou Química
Baguim do Monte
Duração
Experiência
Freguesia
Tempo completo. Contrato sem termo
Experiência
Rio Tinto
Profissão
Servente Construção Civil
Profissão
Serralheiro Mecânico
Nº Oferta
588554455
Nº Oferta
588556629
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo
Com experiência em construção civil. Medida
Duração
Tempo completo. Contrato a termo
Experiência
Com experiência mínima de 2 anos
Estímulo-Emprego
Freguesia
Jovim
Freguesia
Foz do Sousa
Profissão
Pedreiro
Profissão
Canalizador
Nº Oferta
588566684
Nº Oferta
588567389
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo incerto
Obrigatoriamente Oficial de 1ª (acabamen-
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo
Estímulo Emprego
tos)
Freguesia
S. Cosme
Freguesia
Fânzeres
Profissão
Motorista Pesados
Profissão
Mecânico Auto
Profissão
Envernizador (madeira)
Nº Oferta
588558312
Nº Oferta
588562669
Nº Oferta
588566729
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo
Com experiência mínima de 6 meses
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato sem termo
Com experiência em reparação de veículos
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo
Com experiência mínima de 1 ano
pesados
Freguesia
Melres
Freguesia
Baguim do Monte
Freguesia
Fânzeres
Profissão
Pintor Auto
Profissão
Soldador
Profissão
Marceneiro
Nº Oferta
588519941
Nº Oferta
588556567
Nº Oferta
588554581
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo
Com experiência. Medida Estimulo Emprego
Duração
Experiência
Tempo completo. Contrato a termo incerto
Com experiência em soldadura mig/mag,
Duração
Experiência
eletrodo e tig.
Freguesia
Rio Tinto
Freguesia
Foz Sousa
Contrato sem termo
Confeção de peças originais de mobiliário e
design contemporâneo
Freguesia
Rio Tinto