Comprar ou vender: setor de engenharia vive fase de

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Comprar ou vender: setor de engenharia vive fase de
Comprar ou vender: setor de engenharia vive fase de consolidação
Veículo: IG
Localidade: SÃO PAULO - SP
Editoria: Notícias
Página: Online
Sub-mídia: Variedades
Publicação: 09/05/2011 - Inserção: 10/05/2011
Empresas médias precisam escolher entre se associar a grupos estrangeiros ou adquirir concorrentes, segundo
especialistas Depois de assistir à associação de ao menos duas concorrentes com empresas internacionais, a
companhia de engenharia Progen precisou tomar uma decisão: vender seus ativos ou comprar empresas menores. A
companhia optou pelas aquisições e partiu para as compras neste ano. A primeira aquisição foi da R. Peotta, empresa
especializada em projetos no ramo portuário, fechada em março deste ano. Na mira da Progen estão companhias que
atendem nichos específicos, entre eles os setores de petróleo e gás e infraestrutura. A empresa fez um mapa de
eventuais aquisições e colocou 30 ativos como alvo. “O momento no setor é de comprar ou ser comprado. Decidimos
nos posicionar como comprador”, diz Rodrigo Moralez, diretor administrativo da empresa. A decisão veio depois que
alguns concorrentes venderam suas ações para grupos estrangeiros. A canadense SNC-Lavalin comprou a mineira
Minerconsult em dezembro de 2007. Já a CNEC Engenharia, que pertencia ao grupo Camargo Corrêa, foi vendida
para a australiana WorleyParsons no início de 2010. “Muitos negócios vão acontecer neste setor. O mercado de
engenharia brasileiro é formado por empresas médias, que serão alvos de estrangeiros que querem atuar no país”,
afirma Miguel Abdo, diretor da consultoria Naxentia, especializada em reestruturar companhias antes da venda. Os
estrangeiros estão de olho no potencial de crescimento do mercado brasileiro. As obras de infraestrutura previstas no
país nos próximos anos devem aumentar a necessidade de empresas que realizem projetos de engenharia. “A Copa, a
Olimpíada, os investimentos do pré-sal e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) vão aquecer este
mercado”, diz Abdo. Arrumar a casa antes de negociar A busca por um crescimento via aquisições requer fôlego
financeiro e uma estrutura profissionalizada. A Progen contratou duas consultorias para auxiliá-la no processo de
expansão da empresa. A Vallue Point é responsável pela reestruturação da gestão da empresa. Já a IGC Partners está
à frente das aquisições. Os recursos para financiar as compras virão, inicialmente, do caixa da empresa. A Progen
faturou R$ 260 milhões no ano passado e pretende crescer 35% neste ano. A companhia não descarta vender parte de
suas ações a um investidor para se capitalizar e viabilizar sua expansão. “Pode ser uma opção”, diz Moralez. Se
comprar concorrentes requer uma reestruturação, vende também. “A saúde financeira de uma empresa pode elevar
seu valor”, diz Abdo. No segmento de engenharia e projetos, o risco trabalhista pode afastar eventuais compradores.
Muitas empresas do setor contratam trabalhadores como prestadores de serviços e não com carteira assinada.
Segundo o consultor da Naxentia, a situação pode depreciar o valor da empresa.
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http://economia.ig.com.br/empresas/comercioservicos/comprar+ou+vender+setor+de+engenharia+vive+fase+de+consol
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