O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira

Transcrição

O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Dimensões de atuação
em prol do fortalecimento,
cada vez maior,
da Maçonaria
na sociedade brasileira.
O Fortalecimento
da
Maçonaria Brasileira
Jair Tércio Cunha Costa
Salvador – Bahia | 2011
Tese aprovada por unanimidade na
XL Assembleia Geral Ordinária da
Confederação
da
Maçonaria
Simbólica do Brasil – CMSB,
realizada em Aracaju/SE, no período
de 02 e 05 de julho de 2011.
Projeto Gráfico e Editoração:
Sathyarte – Arte e Mídia Ltda
[email protected]
068
COSTA, Jair Tércio Cunha / O Fortalecimento da Maçonaria
Brasileira: dimensões de atuação em prol do
fortalecimento, cada vez maior, da Maçonaria na
sociedade brasileira. Salvador: Sathyarte, 2011.
86p.: il.; 15x21 cm.
v.1
1 Maçonaria. 2 Política. 3 Título.
133.9
CDD20. ed.
1ª Edição - Salvador/Bahia, 2011.
Direitos desta edição reservados à editora,
que permite e estimula a reprodução de parte do livro,
desde que seja citada a fonte.
Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................ 5
1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL .................................. 9
2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA/LITÚRGICA ...................19
3 DIMENSÃO ESPIRITUAL ........................................27
4 DIRECIONADORES DE IMPLANTAÇÃO/EXPANSÃO .35
4.1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL................................ 36
4.2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA/LITÚRGICA................. 39
4.3 DIMENSÃO ESPIRITUAL....................................... 41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................... 45
REFERÊNCIAS............................................................ 51
ANEXOS ....................................................................55
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
O FORTALECIMENTO
DA MAÇONARIA BRASILEIRA
APRESENTAÇÃO
Temos o dever moral de acreditarmos
na paternidade de Deus;
na maternidade da Natureza;
e na irmandade do Ser Humano.
Toda sociedade é, geneticamente, interligada.
Ciência sem espiritualidade não passa de uma filosofia.
Esta tese intitulada “O Fortalecimento da Maçonaria
Brasileira”, aprovada por unanimidade e com distinção pela
Assembleia de Grãos-Mestres, foi apresentada pelo
Respeitabilíssimo Irmão Jair Tércio Cunha Costa, Grande 2º
Vigilante da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia GLEB, na XL Assembleia Geral Ordinária da Confederação da
Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB, realizada em
Aracaju/SE, no período de 02 e 05 de julho de 2011.
Trata, como o título sugere, de uma proposta de reflexão e
análise, bem como intervenção das ações sociais e
maçônicas específicas, considerando o todo possível,
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conhecido e/ou disponível da tradição de nossa Sublime
Ordem. Coisa que, entendemos, deva ser tratada, inclusive,
no mínimo, como uma antecipação de tendências. Por
conseguinte, sempre visionária, futurista e, porque não
dizer, moderna, na acepção exata da palavra.
Ela, a citada tese, tem por objetivo apresentar
ações sociais e maçônicas, considerando as principais
dimensões de atuação de uma Potência Maçônica, com
o intuito de, no mínimo, fortalecer, cada vez mais, a
Maçonaria na sociedade brasileira, a partir de três
dimensões, que entendemos serem relevantes, cifrada a
sua finalidade.
Neste contexto, importa salientar que a Maçonaria
pode ser definida, também, como uma associação de
Seres Humanos que buscam a sabedoria, que se
consideram irmãos entre si, cujo fim é viver em perfeita
igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca
estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos
outros na prática efetiva das virtudes (GLEB, 2009).
No Brasil, por exemplo, é possível verificar que a
Maçonaria tem se destacado por sua contribuição às
reflexões, principalmente, no que respeita causas políticosociais, socioeducativas, humanitárias; constituição da
cidadania e civilidade; formação cultural; bem como pela
propagação de valores morais-éticos-estéticos relevantes
no meio em que está inserida. Isto porque, o maçom não
vem de outro ambiente, senão da sociedade. Ele deve
estar certo de que, assim como só se tira da vida o que
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nela se investe, também é o que se dá à sociedade que ela
lhe devolve. Até porque, no universo nada vive isolado;
nele tudo vive inextrincavelmente relacionado; portanto,
em relações, que significam sociedade; enfim, que
significam ajuda mútua.
Nessa perspectiva, esta tese propõe a discussão
teórica acerca da importância de laborar-se nas três
dimensões que, hoje se entende, devam ser
consideradas indispensáveis para a prospecção do
Fortalecimento da Maçonaria na Sociedade Brasileira, e
que são ilustradas pela figura a seguir:
RITUALÍSTICO/
LITÚRGICO
ESPIRITUAL
Figura 01 – Dimensões e atuação da maçonaria,
em prol do seu fortalecimento.
Fonte: Elaboração própria, 2011.
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Para que seja possível, ainda que relativamente, a
compreensão da importância de cada uma das citadas
dimensões, e de que forma elas atuam como
direcionadores de ações efetivas, essa tese foi estrutura
em capítulos teóricos, com títulos correspondentes e
indicações empíricas de atuação.
Assim, espera-se que, uma vez efetivadas essas
ações, as mesmas possam contribuir, factualmente, para o
Fortalecimento da Maçonaria na Sociedade Brasileira, bem
como, no que se refere o dever de Ela assumir uma eterna
e sempre nova posição em prol de, senão produzir e
disponibilizar valores elevados; valorizar, cada vez mais,
aqueles quais exacerbem o valor de ações voltadas para
forjar, no calor das relações, principalmente, a dignidade, a
moralidade e a espiritualidade do ser humano.
Questão de vontade!
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1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL
A Maçonaria, senão objetiva integrar, em nós mesmos,
todas as nossas entidades,
não só nos separa, mas também nos isolam uns dos outros;
e o que é pior, nos força à irracionalidade.
Enquanto a Maçonaria ensina o Ser Humano
só a traduzir, definir e comparar, então fortalece o ego,
que cria os desejos, que gera a frustração e que produz a violência,
bem como dá indícios de que, senão nada, pouco se importa
com a Finalidade da Vida
e com a Razão da Existência do Ser Humano
sobre o planeta.
Não é dos Seres Humanos pouco inteligentes
a paciência e a persistência na buscar do novo
que nos torna dignos em participar
da construção do edifício da nova humanidade,
cujas bases se mostram diante de nós.
Os indivíduos organizam sua vida em sociedade
formando instituições sociais. As instituições sociais são
formas de ação a que os seres humanos recorrem,
sistematicamente, visando satisfazer determinadas
necessidades. Portanto, é fato que o ser humano é um
ser social; e não há sociedade sem Rituais. E todo Rito
deve ser o depositário, e com justa razão, no mínimo, dos
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traços dos movimentos sócio-culturais que, até então, se
propagou pelo mundo, mas que, afeitos àquelas
qualidades indispensáveis ao gênero humano, que
inevitavelmente buscará sua identidade causal.
Assim, um dos pilares para se fortalecer a
Maçonaria são as instituições sociais; porquanto,
segundo Mill (1999) estas instituições deveriam cumprir
dois papéis cruciais na sociedade: fornecer as bases da
sua coesão e alavancar o seu progresso.
Afinal, “o desenvolvimento intelectual e moral dos
seres humanos demarcam o escopo das instituições
possíveis a cada momento” (MILL, 1999), e
aperfeiçoamentos no campo das instituições abrem
novas possibilidades para a sociedade.
O senso comum define uma instituição social como
uma organização que abrange pessoas, como por
exemplo, um hospital ou uma universidade. Esse conceito
também pode ser associado às entidades sociais que a
sociedade vivencia e que modela o padrão de conduta
sobre a vida do indivíduo, tal como “Estado”, “mercado”
ou o “sistema educacional”. Funciona como um padrão de
controle ou uma programação de conduta individual
imposta pela sociedade.
No sentido mais amplo, as instituições sociais
dizem respeito a práticas sociais que perduram através
do tempo, pela adesão que encontram na maioria dos
membros da sociedade. À semelhança dos papéis
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sociais, as instituições sociais estabelecem padrões de
comportamento, mas fazem-no a um nível mais geral,
que incorpora uma pluralidade de papéis. As principais
instituições sociais são: a Família, a Igreja, o Estado e a
Escola; estas que, têm papel fundamental no processo
de socialização.
A Família é considerada a célula máter da
sociedade, por se encontrar presente em todos os
agrupamentos humanos. É o primeiro grupo social a que
pertencemos.
A Igreja, ou melhor, a religião, é um fato social
universal, sendo encontrada em toda parte e deste os
tempos mais remotos. Conforme definida por
Durkheim, é “um sistema unificado de crenças e práticas
relativas a coisas sagradas, isto é, a crenças e práticas
que unem numa comunidade única todos os que as
adotam.” (LAKATOS, 1995, p. 179).
Já o Estado é uma instituição social permanente,
sendo, portanto, uma das agências mais importantes de
controle social. Executa suas funções por meio da lei,
apoiado em ultima instância no uso da força. Pode ser
entendido como “uma função institucional política,
quando e na medida em que o seu quadro administrativo
reclama com êxito o monopólio legítimo da coação para a
manutenção das ordenações.” (WEBER, 2000, p. 83).
A Escola, por sua vez, é um dos principais pilares de
uma sociedade, visto que sua missão precípua é a
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formação dos seres humanos que construirão o novo
edifício social.
Juntas, estas instituições devem, criativamente, agir
como transmissoras do conhecimento, principalmente que
importe, mas não como um fim em si mesmo, e sim como
um meio de se ter um viver realizador.
Berger (1998) define a instituição social com uma
estrutura relativamente permanente de padrões, papéis
e relações que os indivíduos realizam segundo
determinadas formas sancionadas e unificadas, com o
objetivo de satisfazer as necessidades sociais básicas
dos indivíduos.
Embora as instituições sociais sejam relativamente
constantes, não são entidades imutáveis. Constantes
mudanças em suas práticas sociais podem e devem servir
de base para novas instituições. Paralelamente, conceituase institucionalização o processo pelo qual os modos de
comportamento se tipificam e se tornam suficientemente
regulares e contínuos para constituírem instituições.
Ao mesmo tempo em que uma instituição social
atua sobre a conduta dos indivíduos que a compõe, ela
também é constantemente remodelada por estes
mesmos indivíduos, numa troca mútua e permanente.
No entanto, as instituições sociais devem servir aos
indivíduos. A sociedade tem por fim o ser humano. É
exatamente sobre essa relação ser humano / instituições
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sociais que deve incidir o olhar da Maçonaria. Nos casos
em que as instituições, ou parte delas, tornam-se rígidas,
distanciando-se dos motivos pelos quais foram criadas e
instituídas, cabe ver que isso não acontece como uma
tendência natural.
Sempre, nas instituições, estão presentes grupos
de seres humanos, a quem interessa, ou não, a
manutenção delas na forma como estão. As raízes da
manutenção ou da mudança das instituições são,
portanto, sociais e históricas, devendo ser analisadas
nessas perspectivas.
Numa análise crítica e relativamente aprofundada
do universo social no qual a Maçonaria está inserida, é
seu dever contribuir para que, de fato, ocorram as
transformações que são necessárias, indicando as
razões da tendência conservadora ou inovadora desta
Sublime Instituição.
Vista como uma instituição social, cujas mudanças
acompanham as transformações, principalmente sociais,
econômicas e políticas, a Maçonaria não pode ser tomada
como relação de exterioridade, pois seu caráter
democrático é determinado atualmente pelos seus ideais
de liberdade, igualdade e fraternidade. A Maçonaria é,
portanto, uma instituição social fraternal, que admite
seres humanos livres e de bons costumes, sem distinção
de raça, credo, ideário político ou posição social.
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Nesta perspectiva, a arquitetura do social tende, não
raro, a determinar outra forma de percepção do indivíduo
em relação ao mundo, ampliando a sua reflexão e a sua
capacidade de articular a multiplicidade de informações a
que tem acesso (BENJAMIN, 1983; GIDDENS, 1994). Assim,
tende, consequentemente, a introduzir uma leitura críticoreflexiva sobre o universo social e individual em cada
indivíduo. (SIMMEL, 1977; DUBET, 1996).
Numa abordagem sociológica, instituição social é um
constructo teórico que possui estrutura unificada e
valores. Para Oliveira (2004) ela é uma forma de
organização, ou organismo social, que tende a durar
independentemente da vontade de seus integrantes. São
igualmente definidas como um conjunto de regras e
procedimentos produzidos, reconhecidos, aceitos e
sancionados pela sociedade e que têm grande valor social.
O dicionário de sociologia (JOHNSON, 1997), ao
discutir esse conceito, problematiza diferentes constructos
teóricos, sintetizando que uma instituição social deve ter:
 função – a meta ou propósito do grupo, cujo
objetivo seria regular as suas necessidades;
 estrutura composta de pessoal – elementos
humanos;
 equipamentos – meios materiais ou imateriais;
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 organização – disposição de pessoal e do
equipamento, observando-se uma hierarquia –
autoridade e subordinação;
 comportamento – normas que regulam a
conduta e as atitudes dos indivíduos).
Setton (2005) discute o papel das instituições
sociais pautada no funcionalismo do sociólogo Émille
Durkheim, qual sustenta que, para compreender a ação
individual atrelada a um projeto exterior, construído por
um conjunto de instituições sociais, é necessária a
existência de um agente social. Ou seja, para a teoria
funcionalista, “a constituição de um ser social e o
desenvolvimento da dimensão humana dos indivíduos
estariam totalmente condicionados ao estabelecimento
de uma ordem coletiva em que se encontraria uma
perfeita harmonia entre estímulos externos, objetivos e
materializados em valores da coletividade, e estímulos
internos e subjetivos dos indivíduos”.
Segundo Durkheim (1978, p. 45):
O Ser Humano não é humano senão porque
vive em sociedade. [...] É a sociedade que nos
lança fora de nós mesmos, que nos obriga a
considerar outros interesses que não os
nossos, que nos ensina a dominar as paixões,
os instintos, e dar-lhes lei, ensinando-nos o
sacrifício, a privação, a subordinação dos
nossos fins individuais a outros mais elevados.
Todo o sistema de representação que mantém
em nós a ideia e o sentimento da lei, da
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disciplina interna ou externa, é instituído pela
sociedade (grifo nosso).
Por isso, é mister o relacionamento com
diferentes instituições sociais; uma vez que, a coerência
entre valores institucionais e individuais são fatores
condicionantes para a construção de um projeto, cada
vez mais, moderno de sociedade.
Sustentamos, pois que, para refletir sobre o
processo de socialização contemporâneo, se faz
necessário considerar alguns aspectos relativos à
formação da individualidade e da subjetividade do
indivíduo atual.
Apesar de o avanço das reflexões acerca do papel
da Maçonaria, no processo de socialização ser inegável,
e ainda procedente, é necessário, não obstante, trazer à
tona o caráter dessas contribuições, ou seja,
circunstanciar a socialização em um aprendizado
especializado e/ou na imersão de um universo de
símbolos vinculados a um mundo mítico, que se
baseiam na realidade social de uma época.
Desta forma, consideramos relevante refletir esse
processo, a partir da reconfiguração do papel da
Maçonaria, com o intuito de, inclusive, repensar suas
contribuições para a formação do indivíduo e
consequente transformação da sociedade, à luz das
principais visões paradigmáticas a respeito da função
das instituições sociais no processo de socialização dos
seres humanos.
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Constituem objetivos imprescindíveis, que devem
ser perseguidos por qualquer instituição, facilitar ao ser
humano aprender a Saber, Sentir e Ser; bem como saber
viver as relações em equilíbrio dinâmico; e ainda, saber
produzir o que faça sentido, considerando o processo da
evolução, inclusive, voluntária do gênero humano.
Neste aspecto, a Maçonaria se configura, pois, numa
socialização metódica das novas gerações. Corroborando
com o sociólogo Durkheim, destacamos que
[...] a sociedade se encontra, a cada nova
geração, como que diante de uma tabula rasa,
sobre a qual é preciso construir quase tudo de
novo. É preciso que, pelos meios mais rápidos,
ela agregue ao ser egoísta e associal, que
acaba de nascer, uma natureza capaz de vida
moral e social. Eis aí a obra da educação. Ela
cria no homem um ser novo (1978, p. 42).
Uma instituição do porte da Maçonaria deve
primar por assentar a unidade entre indivíduo e
sociedade, ambos concebidos como duas faces de uma
mesma realidade. Mais do que isso, suas ações devem
estar cada vez mais efetivamente focada na construção
de um ser social totalmente identificado com os valores
societários, em considerando, no mínimo, as virtudes da
época.
Até porque, é papel também da Maçonaria,
vislumbrar e demonstrar aquela velocidade necessária;
aquela direção inequívoca; e aquele sentido claro para
seus líderes, suas lideranças e seus liderados,
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considerando principalmente não só os objetivos do
grupo, mas também o de cada um deles, em suas
individualidades; contudo, sem deixá-los esquecer que,
para o bem comum, os interesses gerais devem
sobrepor-se aos interesses particulares; afinal, nada vive
no isolamento absoluto, no Universo. Bom que se rediga.
Para tanto, o processo de interiorização das regras
de comportamento moral, ético e estético, cada vez
mais elevado, não se constituiria como arbitrário ou
impositivo. Ao contrário, a coerção é entendida aqui
como uma etapa civilizatória em direção à liberdade.
Não pode haver ordem sem disciplina. Não pode haver
liberdade sem ordem. Assim, o poder de atuação da
nossa Sublime Ordem estaria longe de ter apenas um
valor instrumental. Ela exerceria, sobretudo, uma
influência total na formação moral de seus membros e,
por conseguinte, a transformação da sociedade.
Questão de socialização!
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2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA / LITÚRGICA
Um ritual é a transformação de regras inevitáveis
em ações rotineiras.
Um ritual serve para nos colocar
em estado de vigília, espera e receptividade,
principalmente da verdade que liberta.
Um ritual, somente quando bem praticado,
leva os Seres Humanos que o praticam,
a penetrar nas dimensões dos seus arquétipos.
“Todo Rito é carregado de sentido” (CARVALHO,
2002, p. 30). Com essa paráfrase inicia-se a discussão
sobre a dimensão ritualística dentro da Maçonaria, uma
vez que Ritos e Cerimônias permeiam os grupos sociais
desde as sociedades primitivas até as modernas
sociedades pós-industriais.
Os estudos antropológicos indicam que os Rituais
revelam os valores mais profundos do comportamento
humano e sua análise e compreensão tornou-se
fundamental para constituição das sociedades humanas.
Um Rito é um sistema de diversos ensinos
hierarquizados, que primam pela evolução abreviada
equilibrada
consciente,
onde
o
processo
ensino/aprendizagem é contínuo entre os que dele
participam, embora dependa muito mais da individualidade
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do que da coletividade; sendo essa a condição essencial
para que ele seja conservado intacto, portanto, mantendose imune à sedução da modernidade dispensável.
Para alcançar seus objetivos, um Rito labora,
inclusive, com lenda, mistérios e mitos. Em seu todo, ele
deve apresentar, de movimentos sócio-culturais
retrospectivos, as suas representações mais significativas,
no momento em que tal movimento atingiu o ponto
culminante de sua manifestação, quando produziu a ideia
pela qual mereceu perpetuar-se na memória da
humanidade. Representações estas das quais se possa
retirar interpretações religiosas, filosóficas e cientificas,
além de morais e espirituais.
O funcionalista Durkheim (2003) em seus relatos
no livro As formas elementares da vida religiosa,
discorre sobre a teoria do Rito e das formas simbólicas
inerentes à sociedade. Ele argumenta que o Rito, como
forma externa da sociedade, é composto de atos, como
significantes; e das “crenças”, ou seja, seus significados
simbólicos que expressam e organizam a sociedade.
Ainda num enfoque funcionalista, Malinowski
(Appud Crema, 2006) focaliza o Ritual como exercendo
uma função de integração social, contribuindo para a
autoconservação da cultura e da sociedade, sobretudo
diante de conflitos e de questões incontroláveis.
Terrin (2004, p. 25) sustenta que o Rito não é algo
que sobrevive com dificuldade no interior das mudanças
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próprias do moderno e pós-moderno, mas, ao contrário,
“constitui o verdadeiro ordenador da experiência de
sentido antes ainda que esta experiência possa ser
adequadamente tematizada”.
Segundo Langdon (1995), o Rito funciona como
uma ruptura no fluxo da ação social, um limite
temporal, e os indivíduos envolvidos, manifestam
simbolicamente valores e ideais sobre seu mundo e
constituem sua própria identidade.
Considerado como um sistema de numerosos graus
de conhecimento, cujo processo ensino-aprendizagem é
tão mutável quanto eterno, um Rito deve primar, todavia,
não só pelo ensino, mas também pelo aprendizado dos
que o praticam; e isso é a condição essencial para que ele
seja e mantenha-se assim: essencial.
Pode-se compreender, portanto, que um Rito é
composto por um sistema de regras, normas e
procedimentos criados, implantados e mantidos por
certa instituição social com o fim de também ministrar,
progressivamente seus princípios mais específicos, para
os devidos fins.
Portanto, um Rito nada mais é do que um sistema
de conduta, normas e instruções destinado a coordenar
os ensinamentos de uma religião, filosofia e/ou ciência
com o fim de fazer, e fazer bem, se pesquisar e analisar
até compreender, bem como praticar-se até se sentir o
que indica os fundamentos por elas prescritos.
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Numa instituição tradicional, cuja ênfase é o
aprimoramento moral do gênero humano, como a
Maçonaria, o Rito, por sua vez, se configura como o
alicerce das relações. E todo Ritual é sagrado, bem como
deve ser, tão venerado, quanto exaltado, como adorado,
por parte dos seres humanos; pois ele é a pedra angular e
final de toda e qualquer sociedade, principalmente
quando esta prima, peremptoriamente, pela evolução
voluntária, mas realizada em equilíbrio dinâmico.
Ora, um Ritual de uma sociedade iniciática, como
a nossa, tem por fim, no mínimo, despertar, construir
e/ou desenvolver a consciência de nós, seus membros;
os seus iniciados, objetivando induzi-los a autoiluminação, através do processo iniciático, que nada
mais é do que o favorecimento de se saber utilizar da
luz interior de cada um, em sua individualidade.
Somente quando bem praticado, um Ritual leva os
seres humanos, que o praticam, a penetrar nas
dimensões dos seus arquétipos, tempo em que, com
suas liturgias, lhes induzem na busca do que são,
possam ser ou devam ser, fazendo-lhes não mais
ignorar, esquecer e/ou inobservar que vivemos
evoluindo, enfim, nos divinizando.
O autor maçom Carvalho (2002) apresenta a
distinção entre Rito e Ritual. Aslan (apud CARVALHO,
2002, p. 47-48) argumenta que
Rito é a cerimônia estabelecida pela Lei, ou
pelo costume, tendo efeito religioso ou
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mágico. Ritual é um sistema de Ritos e
cerimônias. Chama-se também de Ritual o
livro que indica os Ritos ou que consigna as
formas que se devem observar na prática de
uma religião ou de um cerimonial. Chama-se
Ritual, em Maçonaria, o livro que contém a
ordem, as fórmulas e demais instruções
necessárias para a prática uniforme e regular
dos Trabalhos Maçônicos em geral.
Os Ritos e Rituais, nas sociedades, são
considerados como processos de formação identitária
do sujeito, uma vez que ele passa por um ciclo único:
separa o sujeito do seu grupo social original; depois o
sujeito passa por um período de transição e adaptação
de identidade social em outras posições; e, finalmente
sua identidade é efetivamente marcada pela integração
nesse novo grupo social.
O processo descrito pode, inclusive, promover
transformações biopsicológicas no indivíduo que passa por
um Rito. Esse argumento é sustentado por Geertz (1989),
o qual afirmou que os símbolos são estimuladores e
motivadores de estados internos dos sujeitos e provocam
modificações na ação dos mesmos em face de uma nova
percepção da realidade criada pelo Ritual.
Os Rituais de cura narrados pelos estudos
antropológicos de Lévi-Strauss (1975) e Turner (2005),
por exemplo, ilustram como o poder simbólico do Rito
modifica os estados psicobiológicos dos indivíduos e,
por isso, alguns são de caráter esotérico, ou seja, só são
divulgados entre os pares que já vivenciaram o Rito.
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Carvalho (2002, p. 48) ratifica essa assertiva ao
descrever a dinâmica de uma Loja Maçônica:
o método de abrir e fechar uma Loja, de
conferir Graus, de instalar a Loja, o Venerável
Mestre, os Oficiais e desempenhar outros
deveres, constituir o sistema de cerimônias a
se dá o título de Ritual. Muitos desses
conhecimentos dos Rituais são esotéricos e
por esse motivo não devem ser escritos, sendo
comunicados unicamente por meio de
instruções orais.
O autor (CARVALHO, 2002) sinaliza ainda que “a
Maçonaria, por mais de quatro séculos, não sofreu
alterações”. A partir de 1740 teve uma grande
evolução, especialmente fora da Inglaterra. Hoje foi
possível catalogar mais de 200 Ritos com graus que
variam de 1 a 97.
Assim considerado, é importante ressaltar que um
Rito não obstaculiza ser melhorado, principalmente
quando alguns dos seus conceitos se tornam
antiquados, complexos e de valor claramente
transitório; porquanto, dentre as suas funções inclui-se
a de buscar e manter, no mínimo, a simplicidade, a
unidade e a identidade.
Portanto, faz-se imprescindível reafirmar que
O Rito Maçônico é o alicerce, a base, a
sustentação, a coluna mestra, a espinha dorsal
da maçonaria em qualquer de suas
ramificações. Cada Rito tem seu conteúdo, a
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sua própria característica que o diferencia dos
demais Ritos. Há Ritos que possuem uma
estrutura maciça de Liturgia e de Simbolismo e
Ritualística. Uns são simples demais, enquanto
há outros que são complicados demais
(CARVALHO, 2002, p. 31).
Há uma clara e generalizada tendência, no mundo
contemporâneo, de resgatar o valor do Rito, que
conformam todas as grandes tradições sapienciais.
Neste sentido, a arte e ciência da hermenêutica é
fundamental, no seu aspecto mais amplo e inclusivo.
Considero a abordagem transdisciplinar a mais valiosa
contribuição neste sentido, pois representa a
necessária dialogicidade da ciência com a arte, a
filosofia e a tradição espiritual.
Portanto, um Rito nada mais é do que um sistema
destinado a ordenar os ensinamentos de uma Instituição,
com o fim de fazer ser estudado e pesquisado, até ser
compreendido, bem como ser praticado, até ser sentido,
o objeto que tais ensinamentos têm como proposta.
O que importa, portanto, é que o ser humano
possa vivenciar um Rito. Afinal, ele, o Rito, para
alcançar seus objetivos, deve primar, no mínimo, pela
prática da Moralidade Universal; prática do trabalho;
prática da virtuosidade; apologia do direito e do dever;
fé no progresso; busca de métodos e recursos à luz da
vontade, consciência e ciência; bem como a confiança,
convicção e certeza de que deve ser preferido caminhar
com conhecimento, mas que propõe retidão.
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Até porque, um Rito, que se preze, deve
demonstrar-se primando por virtuosidade; ele deve
laborar seus elementos, de forma que se purifique cada
vez mais a ideia de divindade em tudo que existe;
tempo em que afirma a indestrutibilidade do espírito
humano; bem com a perenidade e imutabilidade da Lei.
É pertinente considerar, exemplificando, que a
Ordem Universal também tem seu próprio Rito, qual se
nos impõe, mas não sem dispor-se a nos ajudar a
conhecê-lo, compreendê-lo e praticá-lo, para os devidos
fins. E é próprio da essência de um Rito, cujo arquétipo
é tão espiritual quanto é seu modus operandi, subsistir
idêntica a si mesma, tanto na admirável continuidade
histórica, quanto na formidável obra evolucionária.
Eis que a Maçonaria deve estar não só imbuída,
mas também consubstanciada, principalmente do
espírito das tradições nunca decadentes, qual deve estar
refletida no modus operandi que ela propõe; bem como
no modus faciendi e/ou vivendi da parte de quem labora
na realização dos seus trabalhos.
Questão de disciplina!
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
3 DIMENSÃO ESPIRITUAL
O primeiro direito do Ser Humano é viver materialmente;
e o primeiro dever é viver espiritualmente.
A verdade, assim como a arte, a ciência e a espiritualidade
estão nos olhos de quem olha, mas a ponto de ver.
Arte, ciência e espiritualidade devem caminhar juntas,
para o bem do Ser Humano, portanto, da humanidade.
Um Rito deve propor, efetivamente, um Ritual
cujo arquétipo conduza o iniciado na Senda do Sagrado,
à autorrealização, ou seja, à sua realização espiritual. O
arquétipo espiritual de um Rito é bem demonstrado se,
em sua práxis litúrgica, de fato, induz ao gênero humano
à prática da virtude, a ponto de iluminá-lo à
emancipação equânime, pacífica e progressiva vida da
humanidade como um todo.
Portanto, quanto mais espiritualista é o seu
arquétipo, mais ele atrai e reúne sobre sua égide, e
genuínos princípios, seres humanos que já buscam
compreender, a partir de si mesmo, acerca da Origem,
Amor e Bem fundamentais; portanto, para doarem-se
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
por inteiro à magnânima Obra da Nova Solidariedade
Universal.
Assim, é importante considerar que um Rito não
deve nascer de um idealismo, senão o de tornar o
gênero humano idêntico à sua Origem Causal. Ele, o
Rito, deve expressar o essencial, ainda que por
símbolos, mas deve claramente orientar, instruir e/ou
conduzir o Ser Humano em todas as fases de seu
processo evolutivo, a saber: conhecer, autoconhecer e
autorrealizar.
Williams (2003, p. 5) entende espiritualidade
como “o desejo de encontrar o máximo propósito na
vida, e viver de acordo”. É um bem humano básico
essencial para a sua prosperidade. Heaton et. al. (2004,
p. 63-74) apresentam três vertentes para definição e
distinção da espiritualidade:
1) Espiritualidade pura. Refere-se à silenciosa e
ilimitada experiência interior de pura
autoconsciência. É o estágio destituído de
percepções, pensamentos e sentimentos préconcebidos. É um nível de espiritualidade em
que é acionada quando o indivíduo se propõe a
atender ao chamamento de outras instâncias,
muito mais superiores, que afetam o self.
2) Espiritualidade aplicada. Refere-se às aplicações
práticas e aos resultados mensuráveis que advém
da experiência interior acionada pela
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
espiritualidade pura. Por conseguinte, engloba
uma ampla variedade de aspectos, tais como:
insights e as já aludidas intuições e sabedoria que
podem ser ativadas por lampejos de pura
espiritualidade; dimensões emocionais, como
respeito, amor, humildade e coragem; moldura
intelectual da ética; mecanismos sensoriais que
recebem informação do mundo exterior; e
comportamento coerente.
3) Desenvolvimento espiritual. É um processo
holístico de transformação claramente positivo,
no qual todos os aspectos concernentes à
personalidade crescem, também decorrente da
espiritualidade pura. Nesse estágio, os
pensamentos, sentimentos e ações de um
indivíduo são espontaneamente transformados
com vistas a expressar valores da mais alta
categoria.
Vasconcelos (2008, p. 17), em interessante
publicação sobre espiritualidade no âmbito do trabalho
e das organizações contemporâneas, conceitua
espiritualidade como
[...] o processo de movimentação de
poderosas forças universais que jazem no
nosso íntimo em direção ao mundo exterior.
No contexto [da sociedade] implica em
externar plenamente todo o arsenal de
virtudes e qualidades intelectuais que já
possuímos com vistas à construção de
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
experiências enriquecedoras e realizadoras
para nós e para os que nos cercam ou
dependem do nosso esforço.
O autor (Id. Ibid., p. 22) reitera que espiritualidade
pode ser compreendida como “um tipo de energia que,
para ser adequadamente canalizada, deve ser
desdobrada em ações coerentes e consistentes”.
Espiritualidade tem relação com a consciência do
indivíduo, é fonte de inspiração, criação e sabedoria, o
que permite inferir que a experiência espiritual processa
na intimidade e profundidade do ser humano. Enfim, é
algo que existe no ente humano e que demanda
atualização e alimento diário.
Para Wilber (1997) o crescimento espiritual é algo
que vem depois de um “amadurecimento”. Em outras
palavras, para ele, nós não perdemos Deus; nós
crescemos junto com Ele, como um processo de gradual
desenvolvimento.
Lozano & Ribera (2004, p. 178), ao contextualizar a
temática, argumentam que espiritualidade
torna-se uma dimensão que nos permite
experimentar o mundo com total consciência,
intensidade
e
liberdade.
Desenvolver
espiritualidade
é
desenvolver
nossa
sensibilidade, abrindo-a para os mais sutis e
profundos aspectos da realidade. É nos
colocarmos em contato com as extremidades,
com os desafios que conduzem a criatividade
(o que não é surpreendente que muitos
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
artistas e cientistas tenham se interessado por
espiritualidade).
Porém, importa considerar que espiritualidade
não significa religião. Um indivíduo pode ser altamente
espiritualizado e não ter religião. Ainda que
espiritualidade possa ser encontrada também no âmbito
da religião, elas são dimensões distintas. Guillory (2001,
p. 33) ratifica essa afirmativa ao afirmar que
espiritualidade e religião são muitas vezes
consideradas como a mesma coisa, mas, de
fato, elas são diferentes. Espiritualidade é um
jeito de ser que predetermina como nós
respondemos às experiências da vida;
enquanto religião lida com a incorporação e
implementação de sistemas de crenças
organizados. Religião é, na verdade, uma
forma que espiritualidade toma como prática.
Espiritualidade é a fonte atrás da forma.
Todos os seres humanos têm o dever moral de
favorecer, conscientemente, a elevação dos nossos
semelhantes a um nível de espiritualidade em que as
possibilidades deles nos acompanhem e nós a eles,
sejam não só uma promessa, mas uma realidade, enfim,
não só uma possibilidade, mas uma disponibilidade.
É preciso que pensemos, cada vez mais
profundamente, acerca disso, pois a sociedade, em face da
nossa atual qualidade de vida individual e coletiva, já nos
solicita a prática de ações que realmente contemple a
plenitude do ser humano, ou seja, que integre
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
efetivamente suas dimensões física, psíquica-racional e
moral-espiritual, integrando-o, primeiro, consigo mesmo
e, concomitantemente, com o todo que faz parte.
Agora, como podemos falar e empreender
esforços para a implantação de práticas que primem
pelo desenvolvimento integral do ser humano, se não
colocarmos à disposição, dos indivíduos e da sociedade,
modelos psicopedagógicos e sociais mais abrangentes,
que possam dar sustentação às mesmas?
A prática da espiritualidade reflete diretamente
nas ações dos indivíduos, e se desdobra em dignidade,
respeito, honestidade entre outros. Vasconcelos (2008,
p. 49) coaduna com Giacalone & jurkiewicz (2003, p. 14)
ao exemplificar ações de indivíduos que praticam a
espiritualidade ao:
 agir de maneira positiva nas atitudes e
relacionamentos com o mundo;
 agir de forma virtuosa;
 vivenciar os seus mais profundos valores
pessoais;
 agir com amor;
 agir com autenticidade;
 desenvolver
habilidade em viver com
inconsistências e contradições dos outros;
 transcender os aspectos físicos e materiais da
existência;
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
 experimentar
um
elevado
estado
de
consciência;
 utilizar
recursos
dificuldades;
espirituais
para
superar
 abraçar as experiências que a vida proporciona
como oportunidades de crescimento;
 procurar integração pessoal;
 buscar autorrealização;
 viver o momento; e
 sentir
necessidade de contribuir para a
melhoria dos outros.
Vislumbramos, pois, a possibilidade de uma
abordagem integral da formação humana, que contemple
todas as dimensões do ser humano, assim como de seus
níveis de ser e de conhecer; portanto, a unidade de
conhecimento entre religião, filosofia e ciência.
Com esse processo, estaremos integrando a
ciência empírica e lógica, hoje predominante em nossa
sociedade, com as dimensões da espiritualidade e da
ética. Ou seja, os seres humanos seriam introduzidos em
recursos vitais, que englobariam, ao mesmo tempo, o
interno e o externo; o individual e o coletivo; dimensões
que só são separadas didaticamente, mas que, na vida,
se dão como um todo em operação, em ação, em
movimento.
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Neste sentido, estaríamos aprendendo que, cada
experiência nossa, pode e deve conduzir a uma vivência,
simultaneamente, espiritual-ética-científica e não
separadamente: de um lado, o espiritual; de outro, a
ética; e, de outro, a científica.
Portanto, a Maçonaria tem a missão de favorecer,
efetivamente, a que o ser humano invista, cada vez
mais, na sua espiritualidade do que em sua
materialidade, porquanto, nada há de tão duradouro na
materialidade quanto o que há na espiritualidade.
Questão de sensibilização!
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
4 DIRECIONADORES DE
IMPLANTAÇÃO/EXPANSÃO
A organização é fundamental;
a desorganização é o nosso primeiro e pior inimigo.
Sem unidade, não se tem objetividade;
sem objetividade não se alcança metas.
Um bom resultado deve ser resultado
de um bom planejamento.
O Ser Humano deve viver direcionando suas
energias para as suas prioridades. É cediço que o ser
humano não tem construído uma sociedade que denote
uma qualidade de vida individual e social justa e solidária.
Conceber a existência de princípios universais fará com
que o indivíduo denuncie juízos morais mais elevados,
que por sua vez lhe oportunizará um sentir, pensar e agir
mais integrado, logo, uma ação social mais equânime.
Kant sustentava racionalmente, como imperativo
categórico, a máxima de que a finitude geográfica de
nosso planeta, impõe aos habitantes o princípio da
hospitalidade universal. Daí importar que o ser humano
sempre almeje noções de códigos universais:
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
(...) a antropo-ética foi recoberta, obscurecida,
minimizada pelas éticas culturais diversas e
fechadas, mas não deixou de ser mantida nas
grandes religiões universalistas e de ressurgir
nas éticas universalistas, no humanismo, nos
direitos do homem no imperativo kantiano.
(MORIN, 2000, p. 113)
Portanto, considerando que o ser humano tem
Vontade, Consciência e Ciência de si, é perceptível que
ele já denota condições de representar tais Leis o mais
perfeitamente possível, através de seus raciocínios e
condutas morais.
Considerando a justificativa antes e aqui anunciada
para cada dimensão, apresenta-se a metodologia para
implantação empírica, que envolve ações no universo de
cada Potência/Loja Maçônica que estão relatadas a seguir:
4.1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL
São, dentre muitas, ações planejadas para o nível
institucional:
1) Adequação e atualização da Constituição
Maçônica, como um todo, ao Código Civil
Nacional.
2) Manutenção e ampliação das relações com
todos os poderes constituídos, a saber:
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
a. Sociopolítico
I. Federal
II. Estadual
III. Municipal
b. Eclesiástico
c. Comunicativo
d. Militar
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
VII.
Marinha
Exército
Aeronáutica
Polícia Militar
Polícia Civil
Polícia Federal
Guarda Municipal
e. Paramaçônico
I.
II.
III.
IV.
V.
VI.
Lawton
Demolay
Filhas de Jó
Filhas do Arco Iris
Estrela do Oriente
etc
3) Manutenção e ampliação das relações e
fortalecimento de ações com as Academias de
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Letras, principalmente Maçônica, regional,
nacional e/ou internacional.
4) Implantação e manutenção de Organização
Não Governamental, sem fins lucrativos
(Fundação, Associação, Sociedade Civil,
Instituto, Cooperativa etc).
5) Regularidade fiscal e parafiscal de todas as
Lojas, no âmbito das esferas municipal,
estadual e federal.
6) Realização periódica de Atividade Científica das
Fraternidades Femininas, tais como: Congresso,
Jornada, Simpósio, Colóquio, Encontro,
Workshop, Mesa Redonda, Seminário e/ou
Palestra.
7) Dar visibilidade à Ordem Maçônica de todas as
formas conhecidas, possíveis e disponíveis, a
partir de ações sociais/maçônicas.
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
4.2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA / LITÚRGICA
São, dentre muitas, ações planejadas para o nível
Ritualístico/Litúrgico:
1) Adoção e prática de diversos Ritos Maçônicos
autorizados pela Assembleia da Potência
Maçônica.
2) Instituição da Comissão de Liturgia para
funcionar como Loja, e/ou algo que equivalha,
onde e quando a Ordem do Dia seja relativa aos
assuntos advindos das dificuldades/demandas
Ritualística-Litúrgicas relativas a cada Rito, por
parte das Lojas.
3) Realização periódica
Aprendizes Maçons.
de
Seminários
de
4) Realização periódica de
Companheiros Maçons.
Seminários
de
5) Realização periódica de Seminários de Mestres
Maçons.
6) Realização periódica de Seminários Ritualísticos
e Litúrgicos.
7) Realização periódica de Palestras, e/ou algo
que equivalha, acerca de particularidades e
generalidades da Tradição, Doutrina e Nobreza
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Maçônicas, como um todo, considerando as
indicações de suas principais escolas, a saber:
a. escolástica,
b. mítica,
c. filosófica,
d. mística,
e. histórica,
f. antropológica,
g. espiritualista,
h. científica etc.
8) Realização periódica de Congressos e
Seminários Maçônicos (estadual, nacional e
internacional).
9) Implantação da Loja de Marca e Real Arco, e o
que mais complementem-se, de forma que
todo conhecimento relativo à Maçonaria
Universal seja contemplado.
10) Participação em congressos, seminários,
Encontros, e/ou algo que equivalha (nacional e
internacional).
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
4.3 DIMENSÃO ESPIRITUAL
São, dentre muitas, ações planejadas para o nível
Espiritual:
1) Instituição e manutenção do Dia da
Espiritualidade, por parte da Loja, para que o
Obreiro Maçom empreenda em, cada vez mais,
intensificar sua espiritualização, genuinamente.
2) Instituição de Horário para estudos dialéticos da
Tradição, Doutrina e Nobreza Maçônicas, para
que o Obreiro Maçom saiba, cada vez mais,
discernir o todo de suas dimensões interiores,
segundo o incentivo da cultura espiritual que
importe.
3) Realização periódica de Palestras, e/ou algo
que equivalha, acerca de particularidades e/ou
generalidades, acerca da espiritualidade da Loja
como um todo, para que o Obreiro Maçom viva
em ambiente propício ao seu crescimento
espiritual, a ponto de se ver vivendo em estado
de eterno renascimento, de semear o bem,
espalhar o amor e perpetuar a verdade.
4) Promoção de trabalhos específicos no Templo,
em Loja aberta, que impliquem na construção e
melhoramento, inclusive, da egrégora espiritual
da jurisdicionada, como um todo, para que o
Obreiro Maçom possa, cada vez mais e melhor,
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
fazer a unidade do pensamento entre a Religião,
Filosofia e Ciência; com o fim de saber discernir
entre as culturas decadentes e as não
decadentes, em razão do seu destino moral.
5) Propagação de ações de formação sobre
“Engenharia Vital” junto à Sociedade Maçônica,
para que o Obreiro Maçom, na medida em que
cresça, espiritualmente, possa melhor discernir
acerca da importância de dar, cada vez mais e
concomitantemente, exercícios aos seus órgãos
físicos, pasto ao seu intelecto e moralizar-se, em
grau cada vez mais significativo.
A partir do até então exposto, bem como do que
disso possa advir, ressalta-se que as ações anunciadas nas
três dimensões, anteriormente descritas, são linhas
norteadoras e cabe a cada Potência Maçônica, através de
suas Oficinas, a elaboração de um Plano de Ação e
Gerenciamento de Projetos específicos para que o objetivo
geral desta tese seja alcançado.
Para tanto, indicamos, como sugestão, ressaltadas
as devidas adequações, o uso dos documentos a seguir, a
saber:
a) REALIZAR - Modelo para apresentação do mínimo
das pretensas Realizações da Administração da Loja
candidata à eleição/reeleição, considerando os ditames
das dimensões institucional, ritualística/litúrgica e
espiritual da Maçonaria (Vide Anexo 1); e
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
b) PROGRAMAR - Modelo para apresentação da
Estratégia da Administração da Loja candidata à
eleição/reeleição, considerando o todo de suas pretensas
realizações, nas dimensões institucional, ritualística/litúrgica
e espiritual (Vide Anexo 2).
Documentos estes que, devem ser considerados,
como SUGESTÃO; e que tem como finalidade, nortear o
pretenso realizador de uma Loja Maçônica, quanto aos
principais indicadores de organização e gerenciamento de
uma Instituição Maçônica, obviamente que levando-se em
consideração as virtudes da época, tal como se inseriu o
desenvolvimento sustentável, a sustentabilidade; e agora se
insere a autossustentabilidade.
Quiçá possamos fazer com que cada Loja Maçônica
se constitua como uma Organização Social, uma
Instituição Social, cada vez mais comprometida,
responsável e atuante na transformação, tanto individual
quanto social da humanidade, como um todo.
Questão de autoconvocação!
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Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A situação da coletividade, da sociedade, ou melhor, do mundo,
é o produto dos nossos sentimentos, pensamentos, atos e obras,
enfim, de nossas realizações individuais.
Toda crise, principalmente se global, enquanto atual,
demonstra a indubitável necessidade de reformulações
em um dado sistema no qual a noção de especulação individual
deve ceder lugar à noção de responsabilidade social.
A sociedade é como uma corrente.
Temos dever moral de nos unir,
fortalecendo os elos mais fracos
ou nunca seremos realmente fortes.
Em todas as realizações são necessárias as
argumentações e as demonstrações; quando termina a
argumentação, deve começar a demonstração;
porquanto, quem argumenta, de forma racional, sensata
e bem intencionada, mantém ampliando sua sabedoria.
Todo
Maçom
deve
viver
buscando
incessantemente o mérito de não gastar esforços no
terreno que a humanidade já conquistou. A beleza,
riqueza e significação de suas argumentações deve
embasar-se no fato de que ele já adentrou sem medo,
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
sem culpa e sem apegos os limites da última fronteira
que deve ser descoberta pelo gênero humano.
Portanto, os argumentos aqui apresentados sobre
as dimensões institucional, ritualístico/litúrgico e
espiritual de uma Loja Maçônica só farão sentido se
forem integrados por fortes líderes, lideranças e
liderados sensibilizados e comprometidos com a Causa
Maçônica; portanto, com causas nobres e valores
virtuosos. Isto porque, lideranças, liderados e líderes,
que importam, trabalham em prol do grupo, como um
todo, bem como do meio no qual se inserem.
Todo ser humano, enquanto agente social, deve
ter o compromisso moral de construir e desconstruir
constantemente as próprias condutas e atitudes, tantas
vezes, quantas a necessidade exigir, o seu sentimento
ditar e a razão justificar, em prol da coletividade no qual
está inserido. Por conseguinte, a responsabilidade dos
cidadãos é primordial, salutar, necessária e urgente, o
que exige deles mais do que difundir conhecimentos,
mas sim ser responsáveis pelas suas próprias ações que,
direta ou indiretamente, podem influenciar a sociedade.
Em nossa época de globalização, ou de
modernização, sem controle, temos sido muitas vezes
submetidos há um intenso processo de informações, que
tem nos levado a abandonar, inconscientemente, valores
morais, éticos, hábitos, crenças e costumes. Como possível
consequência, é notório o autoconfronto e a
autodestruição da sociedade. (AGUIAR, 2002).
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Todo bom líder sabe liderar e lidera seus liderados
segundo o fato de que todo grupo é a união entre
criaturas iguais em direitos e deveres, ainda que, com
ideias e funções diferentes. E um bom líder traz sua equipe
unida, aproveitando o que cada um de seus membros tem
de melhor em prol do grupo como um todo.
Stanislav Grof (1987 Apud BARRETO, 2005),
evidencia que os problemas que enfrentamos
atualmente não são apenas econômicos, políticos e
tecnológicos. Eles são reflexos do estado emocional,
moral e espiritual da humanidade contemporânea; da
alienação da humanidade moderna de si mesma; e da
vida e dos valores espirituais.
Todo cidadão deve, perante a sua própria
consciência, responsabilizar-se por suas ações,
principalmente em prol da coletividade. Afinal, primeiro
porque no Universo não há causa sem efeito; e
segundo porque devemos demonstrar ser senhores de
nossa vontade, porém escravos da nossa consciência.
Portanto, desenvolver-se integralmente (em nível
físico, psíquico e moral/espiritual) é um degrau
imperativo a todo ser humano, principalmente aquele
que prima por lapidar o seu ser, quer por consciência já
desperta, quer por encontrar-se desiludido diante da
onda de corrupção, violência e volúpia de um mundo
que parece não ter mais sentido de se viver, por estar
envolto num caos parecedor sem fim e sem precedente.
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Diante disso, entendemos que os sujeitos sociais,
teoricamente mais gabaritados para que a formação
moral, ética e estética não seja perdida de vista, são os
maçons. Sim, OS MAÇONS! Isto porque, são estes que
têm laborado, em seu conjunto, e em ambiente propício
específico, em prol da formação de um ser humano,
atualmente mais sensível, consciente e atuante na
sociedade.
Propõe-se, através desta tese “O Fortalecimento
da Maçonaria Brasileira”, que os direcionadores aqui
apresentados e as justificativas racionalmente
fundamentadas, possam ser desdobrados por líderes
visionários que empreendam esforços para encaminhar
ações para além das palavras, inclusive, de um texto e
concretizarem-se em estratégias, projetos, planos e
ações efetivas que contribuam, cada vez mais, com a
intensificação, principalmente da espiritualização dos
membros da maçonaria e, por conseguinte, da
sociedade brasileira, e porque não dizer, mundial. Ora,
temos uma Centelha Divina em nós; e muito antes de
sermos profissionais, por exemplo, somos seres
humanos, ou melhor, seres espirituais tendo
experiências humanas; e não seres humanos tendo
experiências espirituais.
É notório o fato de que, os nossos sentimentos
criam, vivificam e conduzem os nossos pensamentos;
estes que, juntos, criam, vivificam e conduzem nossos
atos; estes que criam, vivificam e conduzem as nossas
ações, portanto, as nossas obras.
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Oxalá seja possível que todos compreendam que
iniciar-se na Senda do Sagrado significa expandir a
consciência para um nível maior, tão inevitável, quanto
desejável, como autossustentável.
Questão de autodeterminação!
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
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OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia. 24. ed. São Paulo:
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SETTON, M. G. J. A particularidade do processo de
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TURNER, V. A floresta de símbolos. Rio de Janeiro: EDUFF,
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VASCONCELOS, A. F. Espiritualidade no ambiente de trabalho:
dimensões, reflexões e desafios. São Paulo: Atlas, 2008.
Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB
52
52
Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
WILBER, Ken. Sexo, ecología, espiritualidad: el alma de la
evolución. Madrid: Gaia, 1997. v.1, t. 2. (Colección Conciencia
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new synthesis. Notre Dame: University of Notre Dame Press,
2003.
Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB
53
53
Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
ANEXOS
 Anexo 1 – Realizar
Objeto: Pretensas realizações da administração da Loja
Candidata à eleição/reeleição.
 Anexo 2 – Programar
Objeto: Estratégia para a programação e controle das
atividades da Loja, em sua gestão.
Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB
55
Jair Tércio Cunha Costa
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Jair Tércio Cunha Costa
Sereníssimo Grão-Mestre
Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia – GLEB
[email protected] / [email protected]
71 3503-3994
Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB
SÍMBOLO
DA LOJA
Salvador - Bahia
2013
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
REALIZAR
Trabalho estratégico apresentado pela
Administração Candidata a ser eleita/reeleita
pela Loja; trabalho este dedicado aos seus
Obreiros, considerando o mínimo de suas
pretensas realizações, nas dimensões
institucional, ritualística/litúrgica e espiritual
da Maçonaria.
Salvador - Bahia
2013
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
Uma sociedade é o lugar onde os Seres Humanos se
reúnem para realizar transformações, considerando
a possibilidade da evolução, inclusive, abreviada
consciente, em razão da inevitável busca ao
Princípio Criador; a compreensão, em si mesmo, da
Finalidade da Vida; bem como da realização da
Razão de Nossa Existência.
Portanto, importa saber que realizar significa,
também, prever as dificuldades, os obstáculos, e até
mesmo as ditas impossibilidades. E para aqueles
que são, naturalmente eleitos, importa ter a devida
consciência de que liderar significa, também, ajudar
aos liderados saberem sentir, pensar e agir, para
melhor realizarem tudo que necessitam ou desejam,
tanto individual quanto socialmente.
Não é preciso muita análise para se concluir que,
numa realização, é de suma importância ter-se
paciência, persistência e inteligência em grau
significativo; até porque, a paciência não nos
deixa desesperar; a persistência não nos deixa
desistir; e a inteligência não nos deixa fazer o
incorreto, pois ela é a faculdade que capacita o
Ser Humano a iluminar e ver claramente; a andar
esclarecidamente; e a realizar factualmente.
Assim, principalmente quando líder, um Ser
Humano tem o dever moral de aliar o que idealiza
com o que realiza, sob pena de viver da
irresponsabilidade, omissão ou preguiça,
porquanto, ao contrário de sonhar, realizar custa.
Jair Tércio
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
SUMÁRIO
1 OBJETO .............................................................................. 5
2 FINALIDADE ......................................................................... 5
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................... 5
4 TEOR DO OBJETO ................................................................ 5
4.1 FORMULÁRIO 01
Título: Nominata ......................................................................6
4.2 FORMULÁRIO 02
Título: Avaliando uma Loja Maçônica .....................................7
4.3 FORMULÁRIO 03
Título: Pretensas Realizações ..................................................8
4.4 FORMULÁRIO 04
Título: Ideário ........................................................................... 9
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
REALIZAR
1 OBJETO
 Modelo para apresentação, à Loja, do mínimo das pretensas
Realizações da Administração Candidata à eleição/reeleição,
considerando os ditames das dimensões institucional,
ritualística/litúrgica e espiritual da Maçonaria.
2 FINALIDADE
 Demonstrar à Loja, como um todo, a Equipe e o mínimo das suas
pretensas realizações e justificativas, tanto racionais, quanto
legais, como morais.
3 FUNDAMENTO / JUSTIFICATIVA
 Todo Ser Humano, quando responsável, demonstra ter a
consciência despertada; logo, tem o discernimento de “o que é
necessário realizar”; “o para quê e o porquê de realizá-lo”; “o
como, onde, quando e quanto realizá-lo”; bem como “o com
quem, com quanto e com quê realizá-lo”. No entanto, assim
como a retidão, a confiança, convicção e certeza são qualidades
indispensáveis àqueles que pretendem realizar alguma Obra que
mereça, concomitante, apreciação material e espiritual.
Há quem possa negar, mas a razão, por exemplo, não se recusa a
aceitar a teoria de que, realizar desejos sem o assessoramento da
inteligência, do sentimento e de valores morais, éticos e
estéticos elevados, que se tenha, bem como da razão, do bom
senso ou da boa intenção que se deve ter, torna inevitável o
fracasso, por conseguinte, a fragmentação, senão de todos, de
muitos envolvidos em tal processo. Todavia, deve estar claro,
para todos nós, que quem ainda não consegue realizar coisas que
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
auxiliam, conscientemente, a si mesmo, aos seus semelhantes e
ao meio em que vive, para que todos vivam em equilíbrio
dinâmico, então a sua vida, até então, terá sido, senão em vão,
pouco vivida.
Deve ser de nossa consciência que, em se tratando de uma
equipe, cabe considerar, o fato de que, quando quisermos
realizar, se “o grande”, devemos conhecer “o pequeno”; se “o
complexo”, devemos compreender “o simples”; e se “o útil”,
devemos conhecer “o fútil”.
Assim, considerando que realizar de qualquer maneira, é a pior
maneira para se realizar, esta equipe, que ora se apresenta,
através da Nominata anexa, deseja expressar aquilo que, neste
momento, se caracteriza como o mínimo do que pretende realizar
e suas justificativas racionais, legais e morais.
Para melhores esclarecimentos, colocamo-nos ao inteiro dispor.
4 TEOR DO OBJETO
 Vide Formulário 1
Objeto: Nominata.
Objetivo: Demonstrar à Loja a Administração Candidata à
eleição/reeleição.
 Vide Formulário 2
Objeto: Avaliando uma Loja Maçônica.
Objetivo: Demonstrar à Loja uma avaliação da mesma, em todas
as suas dimensões, por parte da Administração
Candidata à eleição/reeleição.
 Vide Formulário 3
Objeto: Pretensas Realizações.
Objetivo: Demonstrar à Loja todas as ações que pretende-se
realizar, que contemple todas as dimensões de uma
Loja Maçônica, portanto, da Administração Candidata à
eleição/reeleição.
 Vide Formulário 4
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
Objeto: Ideário.
Objetivos: Demonstrar aos irmãos da Loja, por parte da
Administração Candidata à eleição/reeleição, estar
receptiva às ideias que possam advir para a
construção do novo programa de trabalho da Oficina.
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Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
FORMULÁRIO 01 - NOMINATA
À GL.˙. DO GR.˙. ARQ.˙. DO UNIV.˙.
SÍMBOLO
DA
LOJA
Nome da Loja
Sob os Ausp.˙. da Gr.˙. Loj.˙. Maçônica do Estado da Bahia-GLEB
NOMINATA
Período
Nº
01
02
03
1 - AS LUZES
Venerável Mestre
1º VIG.˙.
2º VIG.˙.
2 - AS DIGNIDADES
01
02
03
04
Orador
Secretário
Tesoureiro
Chanceler
3 - COMISSÕES
3.1 - ASSUNTOS GERAIS
01
02
03
3.2 - FINANÇAS
01
02
03
3.3 - JUSTIÇA
01
02
03
4 - OS OFICIAIS
01
1º Experto
02
2º Experto
03
1º Diácono
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Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
FORMULÁRIO 01 - NOMINATA
04
2º Diácono
05
M.˙. de Banquete
06
Hospitaleiro
07
G.˙. do Templo
08
P.˙. Estandarte
09
P.˙. Espada
10
M.˙. de Harmonia
11
Arq.˙. do Templo
12
Cobridor
13
M.˙. de Cerimônia
14
Bibliotecário
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Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
FORMULÁRIO 02 – AVALIANDO UMA LOJA MAÇÔNICA
SÍMBOLO
DA
POTÊNCIA
MAÇÔNICA
ITEM
I
II
III
AVALIANDO UMA LOJA MAÇÔNICA
ARLS
Nº
DIMENSÕES
Nº
INSTITUCIONAL
1
2
3
A Loja é organizada, de forma Fiscal e Para-Fiscal?
A Loja mantém algum Órgão Não-Governamental?
A Loja tem reconhecimento como Sociedade de Utilidade Pública?
4
A Loja tem relacionamento direto, próximo e intenso com os Poderes
Sociais constituídos?
1
A Loja pratica, de forma cotidiana, sistemática e intensa, as Práticas
Ritualísticas do Rito que decidiu praticar, conforme o que cita o Manual
de Normas e Práticas Ritualísticas do citado rito, corroborado pelos
princípios da Moral e da Razão?
2
A Loja realiza, de forma cotidiana, sistemática e intensa, as Cenas (São
João, Câmara de Instrução etc), Cerimônias (iniciação, filiação,
regularização, elevação, exaltação, sagração etc) e Atos Litúrgicos
(abertura e fechamento do Livro da Lei, concessão de grau etc), do Rito
que decidiu praticar, conforme o que cita o Manual de Normas e
Práticas Ritualísticas do citado rito, corroborado pelos princípios da
Moral e da Razão?
1
A Loja estuda, de forma DIALÉTICA, sistemática e hierárquica, em suas
Sessões Econômicas, a cultura espiritual relativa à Tradição, Doutrina e
Nobreza Maçônicas, cujos temas são, então, contemplados nas
Instruções dos Graus Simbólicos, na livre investigação da verdade,
corroborados pelos princípios da Moral e da Razão?
RITUALÍSTICO/
LITURGICO
ESPIRITUAL
INDICADORES
OR
INTENSIDADE
Insuf.
Regular
Bom
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Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
FORMULÁRIO 03 – PRETENSAS REALIZAÇÕES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Nº
PRETENSAS REALIZAÇÕES
Descrição
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Folha
de
.
Observações
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
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Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
FORMULÁRIO 03 – PRETENSAS REALIZAÇÕES
Folha
Nº
Descrição
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
de
.
Observações
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
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Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
FORMULÁRIO 04 – IDEÁRIO
SÍMBOLO DA
LOJA
IDEÁRIO
1 TÍTULO:
 IDEÁRIO
2 OBJETO:
 Formulário para apresentação de “I D E I A S” razoavelmente úteis, por parte de seus
responsáveis, direto e/ou indireto, relativas a assuntos construtivos quanto às
ELABORAÇÕES, CONSTRUÇÕES e/ou REALIZAÇÕES da nossa Instituição, como um
todo.
3 FINALIDADE:
 Oportunizar aos membros da nossa Instituição espaço para expressarem-se, o
quanto possível, acerca do que entendem ser relevante para as ELABORAÇÕES,
CONSTRUÇÕES e/ou REALIZAÇÕES da mesma.
4 TEOR DA IDÉIA:
4.1 Título: (Nome)

4.2 Objeto: (o que é)

4.3 Finalidade (para que é)

4.4 Justificativa/Fundamento: (por quê é)

4.5 Método: (como, quando e onde fazer)

4.6 Recursos: (com quem, com quanto e com quê fazer)
4.6.1 Humanos:
4.6.2 Financeiros:
4.6.3 Técnicos:
4.6.4 Materiais:
4.6.4.1 De consumo:
4.6.4.2 De uso permanente:
Nome do irmão
Loja
PARECER TÉCNICO DA ADMINISTRAÇÃO
PROCEDE
Sim
Em:
Não
/
/
Data
/
/
Oriente
Protocolo Nº
1. ANÁLISE
Em:
/
/
3. PROJETO
Em:
/
/
2. CONSTRUÇÃO
Em:
/
/
4. EXECUTADO
Em:
/
/
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição.
SÍMBOLO
DA LOJA
Endereço da Loja:
Contato da Loja:
e-mail da Loja:
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SÍMBOLO
DA LOJA
Salvador - Bahia
2013
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
a Programação e Controle de Reuniões
PROGRAMAR
Trabalho apresentado pela Administração
Candidata da Loja a ser eleita/reeleita,
relativo à sua estratégia para a construção
da programação e controle de reuniões de
sua gestão.
Salvador - Bahia
2013
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
Facilitar ao Ser Humano aprender a saber, sentir e ser,
bem como saber viver as relações em equilíbrio dinâmico
e ainda, saber produzir o que faça sentido,
considerando a evolução voluntária do gênero humano, constituem
objetivos imprescindíveis
que devem ser perseguidos por qualquer instituição que se preze.
Líder que deseja desenvolver melhoramentos
deve volver seu pensamento para nova ordem de trabalho,
tanto para com indivíduos, quanto para sua equipe.
Planejar é por em Ordem as fases de construção
daquilo que se deseja ou se necessita realizar.
Jair Tércio
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
SUMÁRIO
1 OBJETO ................................................................................ 5
2 FINALIDADE .......................................................................... 5
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................... 5
4 TEOR DO OBJETO ................................................................ 5
4.1 FORMULÁRIO 01
Título: Estratégia para a construção da programação e
controle de atividades .................................................. 6
4.2 FORMULÁRIO 02
Título: Programação de Sessões .............................................. 30
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão.
PROGRAMAR
1 OBJETO
 Modelo para apresentação da Estratégia da Administração da
Loja candidata à eleição/reeleição, considerando o todo de
suas pretensas realizações, nas dimensões institucional,
ritualística/litúrgica e espiritual da Maçonaria.
2 FINALIDADE
 Facilitar o trabalho de demonstração da Administração da Loja
candidata à eleição/reeleição, quanto à construção, inclusive, das
programações e controles das atividades de sua gestão.
3 JUSTIFICATIVA
 Não é necessária muita inteligência para concluir que viver, além
de outras definições, é planejar, gerenciar, bem como produzir e
controlar, enfim, bem administrar, aquilo que são as nossas
pretensas realizações. A própria razão, também, não se recusa a
aceitar a teoria de que consumar um plano, exige ter-se uma
estratégia exequível; isto porque, a estratégia deve antecipar o
plano, que por sua vez, antecipa o resultado desejado. Cita ainda
a razão que, Seres Humanos sem planos são semelhantes a
marinheiros navegando em navio sem bússola, num mar
revolto, à mercê de ventos fortes e errantes.
Portanto, um dos desafios de um verdadeiro líder, por exemplo,
não é só examinar os objetivos, prioridades e metas de um
grupo, mas também elaborar os planos para viabilizá-los, bem
como o procedimento exato para realizá-los.
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão.
Assim, considerando que aqueles que não sabem planejar,
ao tentar, preparam-se, mas para o fracasso. No entanto,
vale salientar que somente os tolos se desesperam quando
seus planos falham e seus problemas se agigantam. Até
porque, os pouco inteligentes não são os únicos a usarem de
estratégias, mas são os únicos que não têm planos.
Portanto, uma liderança, no que respeita as suas pretensas
realizações, deve primar pelo melhor plano, e não só por um
bom plano; contudo, o melhor é para os grandes Seres
Humanos; isto porque, grandes Seres Humanos, grandes
estratégias, grandes planos, grandes ações, e grandes
realizações.
Desejamos discernimento, iniciativa e realizações.
4 TEOR DO OBJETO
 Vide Formulário 1
Título: Estratégia para a construção da programação e
controle de atividades.
- Este que é dedicado ao trabalho de construção interna por
parte da administração.
 Vide Formulário 2
Título: Programação de Sessões.
- Este que é dedicado aos obreiros da Loja; e que deve ser
divulgado entre todos para os devidos fins.
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Julho
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Agosto
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Setembro
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Outubro
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Novembro
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Dezembro
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Janeiro
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Fevereiro
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Março
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Abril
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Maio
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO
DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES
Mês
Junho
Atividades
Dimensões da Sociedade Maçônica
Institucional
Ritualístico/Litúrgico
Espiritual
Ano
Observação
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
ANEXO 02 – PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES
À GL.˙. DO GR.˙. ARQ.˙. DO UNIV.˙.
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
Grau
PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES
Tipo
Hora
Julho de: _______
a Junho de: _______
Atividades
Observações
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Mês
A.˙. R.˙. L.˙. S.˙. (nome da Loja) - Nº (número da Loja)
RECESSO
Jun
Maio
Abr
Mar
Fev
Jan
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Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões
FORMULÁRIO 02 – PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES
À GL.˙. DO GR.˙. ARQ.˙. DO UNIV.˙.
SÍMBOLO
DA
LOJA
Data
Dia
Grau
PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES
Tipo
Hora
Julho de: _______
a Junho de: _______
Atividades
Observações
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Mês
A.˙. R.˙. L.˙. S.˙. (nome da Loja) - Nº (número da Loja)
RECESSO
Jun
Maio
Abr
Mar
Fev
Jan
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O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão.
SÍMBOLO
DA LOJA
Endereço da Loja:
Contato da Loja:
e-mail da Loja:

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