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Legislação aplicada às comunicações Discussão – PNBL Carlos Baigorri Brasília, março de 2015 Plano Nacional de Banda larga Objetivo • Agora que já conhecemos os fundamentos da regulação e da promoção da competição, iremos usar esses conhecimentos para avaliar algumas discussões e medidas tomadas nos últimos anos. • Inicialmente iremos discutir o PNBL e na próxima aula discutiremos a neutralidade de rede e a regulação econômica da mídia. • Na discussão sobre o PNBL iremos focar em apenas umas das medidas previstas no plano, qual seja, a promoção da competição no mercado de transporte por meio da Telebrás. • Essa análise encontra-se no trabalho “A ESTRUTURA CONCORRENCIAL DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES E OS IMPACTOS DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DA BANDA LARGA NO BRASIL” Plano Nacional de Banda larga Revisão da literatura 1.1 – Impactos do uso da banda larga na economia 1.2 – Fechamento vertical 1.3 – Regulação de insumos essenciais Plano Nacional de Banda larga Revisão da Literatura Autores Resultados Dados utilizados • Diferentes estudos tentam avaliar o impacto do uso da banda larga considerando: Macedo e Carvalho (2010a) Aumento de 1 ponto percentual da penetração de banda larga gera um crescimento do PIB entre 0,037 e 0,178 pontos percentuais Dados de 27 estados brasileiros entre 2000 e 2006 Dados nacionais entre 1980 e 2002, utilizando 66 países desenvolvidos e 120 países em desenvolvimento – Qiang et al (2009) Aumento de 10 pontos percentuais da penetração gera um aumento do crescimento do PIB de 1,21 pontos percentuais nos países desenvolvidos e 1,38 pontos percentuais nos países em desenvolvimento 1) aumento da produtividade da economia – 2) Adoção de novos serviços e inovação Koutroumpis (2009) Aumento de 10 pontos percentuais da penetração gera um crescimento do PIB de 0,25% 22 países da OCDE entre 2002 e 2007 – Czernich et al (2009) Aumento de 10 pontos percentuais da penetração gera um aumento do 25 países da OCDE crescimento do PIB per capita entre 0,9 e 1,5 entre 1996 e 2007 pontos percentuais Thompson e Garbacz (2008) Aumento de 10 pontos percentuais da penetração gera um aumento de 3,6% do PIB Dados de 46 estados americanos no período de 2001 a 2005 Crandall et al (2007) Resultados sem significância estatística Dados de 48 estados americanos no período de 2003 a 2005 3) Ganhos de eficiência das empresas • Essas evidências levaram os governos de diversos países a desenvolver Planos Nacionais de Banda Larga Plano Nacional de Banda larga Fechamento Vertical • Surgimento no direito da concorrência • Criticada pela Escola de Chicago • Consistência teórica e formal dada por Rey & Tirole (2006), considerando o problema de comprometimento iniciado por Coase (1972) • Premissas: – Mercados integrados verticalmente – Um dos insumos da cadeia caracterizado por concentração de mercado – Insumo é essencial para produção do bem final Plano Nacional de Banda larga Regulação de Insumos Essenciais • Não há consenso na literatura sobre efeitos dessa regulação • Trade-off entre promoção da competição e incentivos a investimento e inovação (Schumpeter) • Propostas: – Efficient Cost Pricing Rule (ECPR) – Regulação de preços orientados a custos – Regulação transitória (ladder of investments) Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL O produto EILD: Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL A oferta de EILD 35,6% Percentual da população Quant. de municípios 4357 892 1 2 178 81 26 19 7 2 2 3 4 5 6 7 8 9 Quant. de ofertantes 15,9% 10,5% 11,7% 9,9% 5,8% 4,9% 4,5% 1,1% 1 2 3 4 5 6 Quant. de ofertantes 7 8 9 Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Para avaliar qual a estrutura de mercado (Bertrand ou Cournot) que se adequa melhor ao comportamento dos preços de EILD rodamos 2 modelos • Dados utilizados são referentes a 2010 para os municípios brasileiros (não há dados temporais de preço de EILD) Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL Modelos testados: ln( p j ) 1 2 ln(m j ) 3 ln( j ) 4 ln( A j ) 5 N j 6 ln( R j ) 7 ln( I j ) j ln( p j ) 1 2 ln(m j ) 3 ln( j ) 4 ln( A j ) 5 B j 6 ln( R j ) 7 ln( I j ) z j Onde: p = preço da EILD m = PIB per capita do município δ = parâmetro associado à elasticidade de substituição da banda larga em relação a outros bens A = Quantidade de domicílios urbanos no município N = Quantidade de ofertantes de EILD no município B = variável binária que assume o valor 1 quando há monopólio e 0 caso contrário R = área urbana do município I = Alíquota de ICMS sobre banda larga Plano Nacional de Banda larga Variáveis Constante m δ A N B I R R² (adj.) F Observações Modelo 1 - Cournot Modelo 2 - Bertrand 6,81683*** 6,76260*** 7,01466*** 7,00742*** 6,45E-91 4,31E-106 7,14E-101 2,63E-127 -0,10357*** -0,105331*** -0,12148*** -0,121693*** 0,0022 0,0013 0,0002 0,0001 -0,945658*** -0,943970*** -0,944521*** -0,944320*** 4,26E-52 1,02E-52 3,74E-50 1,73E-50 -0,162861*** -0,163174*** -0,194065*** -0,194090*** 2,06E-12 1,65E-12 2,68E-19 2,18E-19 -0,0384736*** -0,0379252** - - 0,009 0,0094 - - 0,0619748 0,0296608 0,0299084 0,4318 0,4206 0,00800243 0,0397998* 0,0406847* 0,0418908* 0,0420043* 0,0756 0,0643 0,0555 0,05 0,6161 72,478 0,6168 87,116 0,6097 70,767 0,6106 85,079 4,98E-61 5,53E-62 5,84E-60 6,39E-61 406 406 406 406 0,7191 0,9624 Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Discussão sobre fechamento vertical no mercado de banda larga Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Se de fato há fechamento vertical, então nos municípios em que há concentração do mercado de EILD a penetração do serviço de banda larga deveria ser menor • Macedo e Carvalho (2010) utilizaram dados municipais de 2007 para identificar quais os possíveis determinantes da penetração da banda larga. • Utilizaram como variáveis explicativas o nível de concentração do mercado de banda larga, bem como o nível de competição entre diferentes plataformas tecnológicas, conforme Distaso et al (2006). Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Conclusão dos autores: “(...) houve resultados que não corresponderam ao esperado. As análises de regressão, neste caso específico, utilizando-se este conjunto de dados disponíveis em particular, não indicaram um relacionamento positivo entre aumento da competição entre empresas e aumento da penetração do serviço.” (Macedo e Carvalho, 2010b, p. 26) Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Uma forma de avaliar a existência de evidências quanto ao fechamento vertical é o de utilizar dados sobre preços de EILD e quantidade de ofertantes de EILD como variáveis explicativas. • Assim, rodamos novamente os modelos de Macedo e Carvalho (2010), atualizando para dados de 2010 e colocando variáveis de EILD nos modelos. Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL Variável %Agro %Ind. %Serv. IFDM_Edu Definição Percentual do PIB do município decorrente de atividades agropecuárias Percentual do PIB do município decorrente de atividades industriais Percentual do PIB do município decorrente de atividades de prestação de serviços Índice FIRJAN de desenvolvimento da educação Fonte IBGE IBGE IBGE FIRJAN IFDM_Emp Índice FIRJAN de desenvolvimento do emprego e renda FIRJAN IFDM_Saude Índice FIRJAN de desenvolvimento da saúde FIRJAN DPPU Quantidade de Domicílios Permanentes Urbanos IBGE PIBpc PIB per capita IBGE HHI do mercado de banda larga ANATEL HHI_tecnologias HHI entre as tecnologias DSL e HFC ANATEL N Quantidade de ofertantes de EILD ANATEL Preço médio da EILD ANATEL HHI_empresas EILD Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Modelos ln( Penet . j ) 1 2 ln(% Agro j ) 3 ln(% Ind j ) 4 ln(% Serv j ) 5 ln( IFDM _ Edu j ) 6 ln( IFDM _ Emp j ) 7 ln( IFDM _ Saude j ) 8 ln( DPPU j ) 9 ln( PIBpc j ) 10 N j j ln( Penet . j ) 1 2 ln(% Agro j ) 3 ln(% Ind j ) 4 ln(% Serv j ) 5 ln( IFDM _ Edu j ) 6 ln( IFDM _ Emp j ) 7 ln( IFDM _ Saude j ) 8 ln( DPPU j ) 9 ln( PIBpc j ) 10 ln( EILD j ) j Plano Nacional de Banda larga Variáveis Constante %Agro %Ind. %Serv. IFDM_Edu IFDM_Emp IFDM_Saude DPPU PIBpc HHI_empresas HHI_tecnologias N EILD R² (adj.) F Observações Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Modelo 4 Modelo 5 -10,2549*** -10,1962*** -10,2368*** -9,88881*** -9,94863*** 1,53E-120 3,50E-121 1,40E-121 1,97E-116 5,26E-119 0,00245631 0,0087553 0,00579605 0,0212209 0,0157471 0,8658 0,5445 0,6899 0,1427 0,2818 0,154058*** 0,162405*** 0,158383*** 0,190167*** 0,184318*** 1,09E-08 1,52E-09 4,29E-09 2,37E-12 1,20E-11 0,788711*** 0,798151*** 0,795391*** 0,829030*** 0,827484*** 1,45E-20 3,19E-21 4,95E-21 1,07E-23 1,16E-23 1,87253*** 1,85183*** 1,84210*** 1,93866 *** 1,91990*** 5,98E-51 4,19E-50 2,07E-49 6,07E-55 6,46E-54 0,111263** 0,107457** 0,110792** 0,0937472** 0,100573** 0,0206 0,0248 0,0208 0,0482 0,0341 0,561779*** 0,560605*** 0,570675*** 0,458523*** 0,471898*** 0,0001 0,0001 7,88E-05 1,40E-03 1,00E-03 0,191696*** 0,187367*** 0,191251*** 0,154155*** 0,159528*** 2,74E-34 2,67E-34 3,13E-34 4,08E-22 2,13E-23 0,786242*** 0,785919*** 0,786087*** 0,765480*** 0,762823*** 2,94E-61 5,61E-62 5,20E-62 2,22E-61 1,89E-61 -0,156712 - 0,229399 - 0,688996*** 0,11 - 0,1431 - 1,52E-05 - -0,604683*** -0,825877*** - -0,656971*** - 2,45E-10 3,25E-06 - 0,0002 - - - 0,177779*** 0,204566*** - - - 3,03E-25 9,64E-25 - - - - - - - - - - 0,5067 741,675 0,5079 905,602 0,5080 810,490 0,5145 842,467 0,5162 687,630 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5312 5312 5312 5312 5312 Plano Nacional de Banda larga Variáveis Constante %Agro %Ind. %Serv. IFDM_Edu IFDM_Emp IFDM_Saude DPPU PIBpc HHI_empresas HHI_tecnologias N EILD R² (adj.) F Observações Modelo 6 Modelo 7 Modelo 8 -3,46345*** -3,60745*** -3,37006*** 6,00E-04 1,10E-03 9,00E-04 -0,0031397 -0,00246715 -0,00407076 0,8381 0,8797 0,7976 -0,0472566 -0,054051 -0,0424913 4,82E-01 4,50E-01 5,32E-01 0,130174 0,120876 0,146609 3,30E-01 3,84E-01 2,80E-01 2,49634*** 2,47537*** 2,44814*** 1,19E-12 2,01E-12 1,58E-11 0,452417*** 0,451165*** 0,448770 *** 0,0027 0,0027 0,003 1,67362** 1,69779** 1,65823** 0,0145 0,0177 0,0169 0,122469*** 0,134692*** 0,110775*** 0,0000591 0,0064 0,0021 0,305879*** 0,31311*** 0,303634*** 1,10E-03 1,60E-03 1,20E-03 - - - - - - - - -0,125352 - - 0,3298 - -0,0154688 - - 0,6609 - -0,175981*** -0,179238** -0,172258** 0,01 0,0115 0,0132 0,5727 39,015 0,5720 49,055 0,5724 51,436 1,82E-49 3,61E-63 2,08E-65 406 406 406 Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Assim como em Macedo e Carvalho (2010b), as estimativas dos parâmetros associados à competição entre empresas têm sinais contrários aos esperados nos modelos 1, 3 e 5. Por outro lado, identificamos que as estimativas referentes à concentração de mercado entre plataformas tecnológicas tem o sinal esperado nos modelos 2, 3, 5 e 8, entretanto, apenas tem significância estatística nos modelos 2, 3 e 5. • Em todos os modelos em que é utilizada, a quantidade de competidores no mercado de EILD apresenta sinal coerente com o esperado, entretanto, não se verifica significância estatística desse parâmetro no modelo 8. • Quando avaliamos a utilização dos preços médios de EILD, identificamos que em todos os modelos as estimativas têm sinal de acordo com o esperado, além de terem significância estatística em todos os modelos em que a variável é utilizada. Plano Nacional de Banda larga ESTRUTURA DO MERCADO DE REDES DE TRANSPORTE DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL • Conclusões 1. A estrutura do mercado de EILD é parecida com um estrutura de Cournot do que Bertrand 2. A pequena quantidade de ofertantes de EILD e o alto preço da EILD podem ser associadas com uma redução na penetração da banda larga 3. Há evidência de prática de fechamento vertical no mercado de banda larga por meio do abuso de poder no mercado de EILD Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Modelagem i 1,2,3...I cidades, caracterizadas pela quantidade n 1,2,3...N i de famílias Cada família é caracterizada por (M n ; n ) que corresponde à sua renda e à probabilidade de terem acesso à banda larga Vamos supor que é possível ordenar as n famílias de uma cidade pela sua renda, segundo uma função Z(n) com as seguintes características Z i (n) 0, i n Z i ( N i ) 0, i 1 Z i ( N i ), i Assim, a cada cidade i será associada um Zi(N) Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Modelagem Vamos considerar que ter ou não acesso ao serviço de banda larga é uma variável aleatória com distribuição binomial, sendo n a probabilidade de uma família n ter acesso ao serviço de banda larga. Vamos supor que n (mn ) 0, n m Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Modelagem Ainda, considere que em cada cidade i há Ti N i domicílios têm disponibilidade do serviço, sendo que destes, apenas Li Ti decidem por adquirir o serviço. Dentre as famílias que têm acesso ao serviço, a sua decisão quanto à aquisição da banda larga é uma decisão binária, baseada em uma função de utilidade do tipo CES. Assim, considerando que x representa o consumo do serviço de banda larga e m representa o gasto da família com demais produtos e serviços, temos então: u n ( x, m) [ n x (1 n )m ] x {0;1} m [0;[ 1 Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Temos que em uma cidade i, Ti famílias têm disponibilidade do serviço de banda larga, sendo que destes, apenas Li Ti decidem por adquirir o serviço. • Considerando que apenas um subconjunto L de T adquire o serviço, vamos supor que a l-ésima família a adquirir o serviço, o faz em indiferença entre ter ou não o serviço. • Assim, seja M L a renda da l-ésima família, ou família marginal, temos então que: u L ,i ( x 1, mL ) u L ,i ( x 0, mL ) i i U L ,i ( M L , pi ) [ L x (1 L )( M L pi ) ] 1 i i [(1 L )(M L ) ] 1 i 0 Plano Nacional de Banda larga • Assim, em uma cidade i, dadas as informações disponíveis ~ de L, p, M L e L , podemos então calcular i , e então obter a função de utilidade indireta das famílias dessa cidade. • Finalmente, de posse de todos os parâmetros da função U n,i , podemos calcular os efeitos de variações na renda das famílias ou no preço do serviço. U ( M n , p) U ( M n , p' ) T 0 n L N Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Construção de Z(n) é feita usando dados de distribuição de renda do Censo/IBGE • Valores de α baseada na POF/IBGE • Dimensionamento das redes é feito considerando parâmetros de compartilhamento de 5% (aderente às práticas de mercado e aos dados de receita do setor) • Para simular o aumento do crescimento econômico, utilizamos os resultados de Macedo e Carvalho (2010a) que indica que Brasil um aumento de 1 ponto percentual da penetração da banda larga aumenta o crescimento do PIB entre 0,037 e 0,178 pontos percentuais Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Cenários simulados 1. Entrada de novo competidor em todo território nacional (Telebrás Ótimo) 2. Entrada de novo competidor em algumas cidades (Telebrás Real) 3. Isenção de ICMS • Avaliação dos cenários considera: 1. Penetração do serviço por faixa de renda 2. Receita do setor de telecom 3. Receita tributária federal e estadual 4. Excedente do consumidor 5. PIB Plano Nacional de Banda larga Cenário: Telebrás Ótimo Brasil Domicílios atendidos Penetração DPPU com mais de 10 SL Penetração DPPU com mais de 5 a 10 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 3 a 5 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 2 a 3 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 1 a 2 salários mínimos Penetração DPPU com até 1 salário mínimo Penetração Receita anual Banda Larga Receita Tributária Estadual Anual Receita Tributária Federal Anual Excedente do consumidor PIB Base Simulado 19.696.662 40% 4.272.728 100% 7.210.578 96% 6.073.114 65% 1.734.947 22% 401.407 4% 3.888 0% 22.900.120.277 5.725.030.069 1.179.356.194 228.365.428.248 20.173.891 41% 4.280.478 100% 7.267.087 97% 6.295.656 68% 1.863.888 24% 460.913 4% 5.284 0% 22.656.289.027 5.664.072.257 1.168.168.129 232.775.114.353 3.770.084.871.577 3.776.598.611.550 3.771.438.851.236 Plano Nacional de Banda larga Cenário: Telebrás Real Brasil Domicílios atendidos Penetração DPPU com mais de 10 SL Penetração DPPU com mais de 5 a 10 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 3 a 5 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 2 a 3 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 1 a 2 salários mínimos Penetração DPPU com até 1 salário mínimo Penetração Receita anual Banda Larga Receita Tributária Estadual Anual Receita Tributária Federal Anual Excedente do consumidor PIB Base Simulado 19.696.662 40% 4.272.728 100% 7.210.578 96% 6.073.114 65% 1.734.947 22% 401.407 4% 3.888 0% 22.900.120.277 5.725.030.069 1.179.356.194 228.365.428.248 19.826.671 40% 4.275.413 100% 7.215.732 96% 6.101.679 66% 1.779.073 23% 449.520 4% 5.254 0% 22.744.707.646 5.686.176.911 1.171.789.092 228.562.960.763 3.772.162.087.171 3.770.084.871.577 3.770.516.652.347 Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Para o cenário de redução de ICMS é preciso considerar que em uma concorrência a la Cournot a redução de custo não é integralmente repassada ao preço caso a quantidade de firmas seja finita • Nesse sentido, consideraremos que a proporção da redução de custo repassada ao usuário final será função da quantidade de competidores (N) no município, e será dada por N/(N+1). Plano Nacional de Banda larga Cenário: Isenção de ICMS Brasil Domicílios atendidos Penetração DPPU com mais de 10 SL Penetração DPPU com mais de 5 a 10 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 3 a 5 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 2 a 3 salários mínimos Penetração DPPU com mais de 1 a 2 salários mínimos Penetração DPPU com até 1 salário mínimo Penetração Receita anual Banda Larga Receita Tributária Estadual Anual Receita Tributária Federal Anual Excedente do consumidor PIB Base Simulado 19.696.662 40% 4.272.728 100% 7.210.578 96% 6.073.114 65% 1.734.947 22% 401.407 4% 3.888 0% 22.900.120.277 5.725.030.069 1.179.356.194 228.365.428.248 22.318.306 45% 4.288.333 100% 7.393.062 99% 7.158.514 77% 2.546.438 32% 907.151 8% 21.777 0% 21.057.377.183 5.264.344.296 1.092.276.785 244.032.398.793 3.770.084.871.577 3.807.177.808.935 3.777.795.201.252 Plano Nacional de Banda larga AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS DE MASSIFICAÇÃO DE BANDA LARGA • Ao simular um conjunto de cenários com diferentes variações de preço é possível avaliar a sensibilidade dos resultados Demanda por banda larga (domicílios) Plano Nacional de Banda larga Receita do setor de telecom (R$) Plano Nacional de Banda larga Receitas tributárias (R$) Plano Nacional de Banda larga Excedente do consumidor Plano Nacional de Banda larga Plano Nacional de Banda larga Plano Nacional de Banda larga Conclusões • Estrutura de mercado • Fechamento vertical • Políticas de competição x políticas de redução de custos • Regionalização e enfoque das políticas • Efetividade da Telebrás • Possíveis melhorias Obrigado