saúde notícias 12 de abril 2015 - Hemope

Transcrição

saúde notícias 12 de abril 2015 - Hemope
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
Ajude a barrar a epidemia de dengue
Em apenas um trimestre a epidemia de dengue se espalhou rapidamente em quatro
regiões de Pernambuco. Na capital, o crescimento supera os 700%. Embora
aparentemente mais leve, a doença tem sua face grave e pode matar. São mais de 14 mil
doentes e dez mortes em investigação. Para ajudar a sociedade a compreender a nova
dengue, o JC começa neste domingo uma série de reportagens, que terá conteúdo
ampliado no JC Online. É parte de uma campanha educativa que o SJCC inicia esta
semana em todos os seus veículos em parceria com o governo de Pernambuco. Informese, compartilhe e se engaje na luta #eucombatoadengue, postando a partir de hoje no
comuniQ como você, sua família, seu grupo de amigos ou colegas de trabalho têm feito
para ajudar a comunidade a vencer essa guerra.
Veronica Almeida
A epidemia de dengue que intriga médicos e a população de Pernambuco, confundida
com rubéola e chicungunha, é a primeira com circulação ativa de quatro vírus. O
Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-PE) isolou cada um deles, confirmando o
que antes era só suposição de epidemiologista. Além disso, constatou, assim como o
Departamento de Virologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Estado, outra
novidade: doentes infectados por dois vírus ao mesmo tempo. A situação é crítica e
exige mobilização não só dos governantes, mas de todos os cidadãos. O mosquito
transmissor se prolifera na água parada, em reservatórios e no lixo deixado nas ruas e
quintais.
"Fiquei surpreso ao saber que minha doença foi causada por dois vírus, o 2 e o 4. Tinha
adoecido há 15 anos e dessa vez foi diferente", conta o funcionário público João Pereira,
64 anos. "Comecei sentindo quentura na pele e uma agonia no peito. Dois dias depois
estava todo pintado. A médica do trabalho suspeitou de dengue, o que só foi confirmado
agora, pelo exame. Eu melhorei no quinto dia, mas logo em seguida me senti pior, com
muita dor nas pernas. Cheguei a cuspir sangue", completou o morador de Dois Unidos,
Zona Norte do Recife, uma das áreas mais atingidas pela epidemia. "Não quero isso
mais não", reagiu a dona de casa Maria Lúcia Rodrigues, 61, do Morro da Conceição,
também na Zona Norte. Ela ficou acamada em março. "A médica do posto pensou em
chicungunha. Tive intensa dor de cabeça, fiquei vermelha, doeu o corpo todo e vomitei
muito. Agora confirmei. O exame de laboratório deu dengue", diz.
Aparentemente mais branda, e com várias formas clínicas, a nova dengue pode causar
complicação e morte, alertam especialistas com mais de 20 anos de experiência no
tratamento do mal transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Predominam febre mais
baixa (37,5º C na maioria), prurido mais cedo (no terceiro dia em média) e pode vir
acompanhado de inchaço nas articulações (punho, tornozelo ou joelho). Não despreze a
atenção se ela aparecer apenas com uma molezinha e manchas vermelhas. O vírus e a
reação das defesas do organismo a ele causam extravasamento de líquido internamente.
A gente não vê, mas vai se desidratando, o maior perigo. No ano passado, 15 morreram
no Estado.
Rosilene Hans, diretora de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de
Pernambuco, explica que a coinfecção já era esperada. É que o mosquito da dengue tem
condições de transmitir vários vírus ao mesmo tempo. Poderia, então, a mudança no
padrão da dengue resultar desse coquetel viral? Ela acredita que sim, embora a hipótese
mais forte seja a sucessiva exposição a vírus diferentes. "Encontramos os vírus dengue
1 e 4 num morador do Recife e o Departamento de Virologia da Fiocruz detectou o 2 e o
4 no sangue de outro residente da capital", explica Valdete Oliveira, responsável pelo
diagnóstico de dengue no Lacen. "O mosquito pode se infectar com os quatro sorotipos
e transmitir todos eles ao mesmo tempo. Coinfecção é mais provável do que a pessoa
ser picada por dois mosquitos ao mesmo tempo", reforça Marli Tenório, virologista da
Fiocruz-PE.
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
Entrevista Vicente Vaz -> "Manter-se hidratado é o melhor remédio"
O infectologista Vicente Vaz, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de
Pernambuco, entrou na medicina vendo seu primeiro caso de dengue. Isso foi em 1987.
Considerado um dos principais especialistas do Brasil no diagnóstico e tratamento da
doença, aponta como lidar com ela.
JC - Por que a dengue mudou?
VICENTE VAZ - Esses casos são a expressão nova de uma velha doença. Temos uma
versão mais leve em muitos aspectos, com surgimento de manchas no corpo muito
precoce. É diferente provavelmente por causa de um tipo de vírus que está circulando
mais agora. O que menos circulou foi o 4, e pode estar havendo então uma resposta
diferente do que havia aos outros tipos. É comum, quando epidemias atingem seu ponto
agudo, mudança na apresentação da doença. Na leptospirose, que cursa mais
frequentemente com insuficiência renal, já vimos muito acometimento pulmonar.
JC - O que a pessoa com dengue deve fazer?
VICENTE VAZ - É fundamental uma ótima hidratação para que ela atravesse o período
do quarto ao sétimo dia sem maiores riscos. Deve se manter hidratada e procurar o
serviço de saúde se vomitar, sentir falta de ar, dor abdominal ou sangramento. A falta de
ar pode sinalizar derrame pleural e as dores na barriga, o extravasamento de líquido na
cavidade abdominal. Pode haver queda na pressão arterial e o paciente entrar em
choque.
JC - Como se manter hidratado ?
VICENTE VAZ - Os adultos devem beber de três a quatro litros de líquido por dia. Os
de fácil digestão são melhores, como água de coco, refresco de limão e de laranja.
Bebidas à base de leite, que podem piorar a sensação de peso no estômago, e as
alcoólicas, que desidratam, devem ser evitadas.
JC - Que remédios podem ser usados?
VICENTE VAZ - A dipirona é boa indicação para febre e dores do corpo. A dosagem
máxima é de um grama a cada seis horas. Remédios para enjoo e vômito também
podem ser tomados. Não devem ser usados anti-inflamatórios e remédios com ácido
acetilsalicílico, que podem causar sangramentos.
JC - Como os médicos devem tratar a dengue?
VICENTE VAZ - Com cuidado e atenção. É uma doença potencialmente grave. Devem
hidratar o doente antes de mandá-lo para casa. E entender que a dengue está diferente,
num padrão não usual do que a gente conhece.
JC - Qual a diferença da dengue para a febre chicungunha?
VICENTE VAZ - A chicungunha é muito parecida, mas o comprometimento das
articulações é muito maior. É uma doença mais longa. O mais importante, diante de
uma virose, tendo certeza ou não de dengue, é o médico não prescrever antiinflamatórios.
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
Suspeitas de chicungunha descartadas
Dos 71 casos suspeitos de chicungunha comunicados à Secretaria Estadual de Saúde
nos três primeiros meses do ano, 30% já foram confirmados como dengue, segundo
exames realizados no Laboratório de Saúde Pública (Lacen-PE), uma referência
regional do SUS. Os demais ainda estão sendo investigados. A febre chicungunha é
transmitida pelo mesmo mosquito, mas a doença causa de forma mais exacerbada dores
articulares, que se prolongam por meses. Por isso, os epidemiologistas acreditam que a
maioria dos casos pré-diagnosticados como chicungunha são na verdade dengue.
No Lacen, 1.700 amostras de sangue deram entrada no setor de diagnóstico de dengue
no trimestre, o equivalente ao analisado em todo o ano passado. "Os casos suspeitos de
rubéola e sarampo descartados também estão sendo comprovados como dengue", conta
a virologista Valdete Oliveira, confirmando o adoecimento generalizado, com manchas
vermelhas no corpo, como a nova dengue.
Há 14 anos no setor, ela já isolou o vírus em amostras de sangue de pacientes e de
vísceras retiradas dos que não sobreviveram. "O da dengue parece ter afinidade com
células do fígado, o que pode explicar hepatites associadas. Mas já detectamos sua
presença em fragmentos do cérebro", conta Valdete. Isso poderia explicar complicações
neurológicas constatadas em epidemias anteriores.
No Lacen, são realizados na rotina quatro tipos de exames para confirmar o diagnóstico
de dengue. Além da sorologia IgM (que verifica a infecção atual, de sete a 10 dias após
o início dos sintomas) e está disponível na rede particular, o laboratório usa outras
técnicas mais sensíveis que podem esclarecer o quadro já no início da infecção até o
terceiro dia da doença. O laboratório dispõe do teste rápido que faz a pesquisa do
antígeno NS1. "No início da doença há uma produção intensa de uma proteína pelo
vírus, alvo do teste", explica Valdete.
O Laboratório de Saúde Pública faz ainda o isolamento viral, utilizando células
clonadas da glândula salivar do mosquito, e também identifica o microrganismo por
meio de biologia molecular. Para dar melhor cobertura ao Estado, diante da atual
epidemia, todas as regionais de saúde dispõem do exame de sorologia, que pesquisa
anticorpos de uma infecção recente por dengue, o IgM.
Dos 184 municípios de Pernambuco e o distrito de Fernando de Noronha, menos de
15% não registraram casos da doença este ano. Quatro dos 12 territórios em que a
saúde organiza sua rede estão em epidemia: o Grande Recife, a região de Arcoverde,
Limoeiro e Goiana. São 14.346 doentes suspeitos até agora, 22 graves e dez mortes em
investigação.
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
OSs e as "lacunas" nos gastos públicos
O modelo de gestão na Saúde tem cinco anos, mas só em 2013 o governo passou a
publicar relatórios sobre as OSs
Carolina Albuquerque
São cinco anos desde que o modelo de Organização Social (sociedades sem fins
lucrativos) foi adotado para gerir grande parte das unidades de saúde do Estado. De lá
para cá, o número de unidades e o valor dos repasses cresceram vigorosamente. Em
2015, são nove hospitais, nove unidades de pronto-atendimento e 15 Upas
Especialidades em atividade sob a administração de oito OSs de Saúde. De acordo com
o Portal da Transparência, o volume de recursos passou de R$ 207 milhões, em 2010,
para 493,9 milhões, em 2014. A expansão do modelo, contudo, não foi acompanhada
por uma rede sofisticada de controle dos gastos públicos.
Somente nos anos de 2013 e 2014, por força da lei estadual 15.210, é que a Secretaria
de Saúde passou a publicar os relatórios trimestrais e anuais das OSs. Na documentação,
é possível verificar que houve descontos no repasse por conta de falhas no cumprimento
das metas acordadas no contrato de gestão, instrumento de pactuação entre governo e
OS. Em 2014, um total de R$ 3,9 milhões deixou de ser repassado a algumas dessas
organizações.
Os principais problemas estavam em lacunas na escala média ou falha na qualidade da
informação, duas metas presentes nos contratos de gestão. A Comissão Técnica de
Acompanhamento Interno dos Contratos de Gestão, formada por dez profissionais da
Secretaria de Saúde, tratou o serviços de todas as unidades de saúde, mesmo as que
pontuaram falhas, como "eficientes" e recomendou a continuidade do contrato.
Quanto aos anos anteriores a 2013, o governo do Estado afirmou, por meio de nota, que
a equipe técnica elaborou anualmente os relatórios, enviados ao Tribunal de Contas do
Estado (TCE), um dos órgãos externos responsáveis pela fiscalização. No entanto, de
acordo com relatórios produzidos pelo TCE quando da análise das contas de governo de
2011 e 2013, insistentes diagnósticos atestam a falta de transparência. Com relação a
2011, a equipe técnica de auditores chegou a pedir à Secretaria de Saúde os relatórios
trimestrais e anuais produzidos naquele ano.
Na prestação de governo de 2013, o mesmo problema de falta de documentação, o que
motivou, inclusive, a abertura de uma auditoria especial dedicada apenas a analisar a
gestão desses repasses.
Um outro dado que vai de encontro ao que foi dito pelo governo estadual é a
informação, repassada pela assessoria do TCE, de que foram apontadas "ausências ou
deficiências" nas prestações de contas anuais dessas OS quando da análise de, pelo
menos, cinco prestações de contas, duas da Secretaria de Saúde e três do Fundo
Estadual, entre os anos de 2010 a 2013. É justamente na análise das contas dessas duas
unidades de governo que devem ser apuradas a boa ou má gestão dos recursos públicos
recebidos pelas OS, segundo resolução do TCE de 2005.
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
MPPE e Arpe sem força para fiscalizar
Além do TCE e da própria Secretaria de Saúde, dois órgãos detém a responsabilidade de
fiscalizar os recursos públicos geridos pelas OSs de Saúde, o Ministério Público e a
Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe). O primeiro dispõe apenas de duas
promotorias e uma equipe diminuta diante de um volume de trabalho que ultrapassa
mais de 80 fundações sem fins lucrativos (não necessariamente são OS) e mais de 2 mil
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). O segundo não tem
"pernas" para exercer tal função, uma vez que carece de recursos, estrutura e pessoal
especializado.
O JC procurou a promotora de Fundações da Capital, Maria da Glória Gonçalves. Ela
comanda uma equipe mínima formada por três contadores e três assistentes, cedidas por
outros órgãos. "Não temos uma boa estrutura: eu trabalho com apenas três contadores.
Eu teria que ter um assessor formado em direito, para fazer a inspeção, pesquisar
jurisprudência, um estagiário de direito e um oficial de gabinete, para notificar
pessoalmente. Por correio, toma muito tempo", queixa-se. Ela, contudo, explica que as
prestações anuais de todas as OSs, sejam de Saúde ou não, que mantém contrato com o
governo do Estado tem sido analisada ano a ano.
No final de março, de saída do cargo, o ex-presidente da Arpe Roldão Joaquim, na
função desde 2011, denunciou a falta de quadros efetivos para realizar tal tarefa. Para se
ter uma ideia, o monitoramento e fiscalização das OSs estava sendo feita apenas por
uma servidora comissionada que, ainda assim, conseguiu produzir ao longo de quatro
anos 23 pareceres prévios e termos de parceria, três fiscalizações de OSs, nove informes
de esclarecimentos e um plano de monitoramento das atividades.
Até o TCE, por ocasião da prestação de contas de governo de 2013, se pronunciou sobre
a "precária" atuação da Arpe no monitoramento e fiscalização das OSs. "No tocante à
análise de prestação de contas dos recursos repassados às entidades do terceiro setor,
não houve análise de nenhuma prestação de contas das OSs por parte da Arpe em
decorrência da insuficiência de pessoal".
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
Editorial
Esta é uma briga de todos
Em nenhum momento, nos últimos anos, foi tão importante convocar os pernambucanos
para uma causa comum a todos os credos: combater o mosquito da dengue e adotar
rigorosas medidas para evitar que ele prolifere. Esse é um alerta emergencial de saúde
pública porque Pernambuco está sendo agredido por uma epidemia que não pode ir
além dos grandes males que já causou, com números tão assustadores: aumento de
350% de casos em relação ao mesmo período do ano passado, mais de 600% na capital
e dados inquietantes em todas as regiões. Considerando-se os 10 principais focos, oito
estão no Agreste e Sertão, como o ponto vermelho no mapa da doença, o município de
Custódia, visto pelas autoridades de saúde como de alta incidência.
Pior que em outras oportunidades, o mal agora está chegando em dose dupla, uma grave
combinação de vírus conhecido com outro ainda desconhecido, agravando os sintomas e
atingindo quem já se considerava imune. A Secretaria de Saúde do Estado já vem
fazendo sua parte, este jornal entra na luta contra o perigoso mosquito, e cabe agora à
população se advertir de que uma epidemia como a que está se alastrando pode bater à
porta de qualquer um e a obrigação de montar barricadas é de todos.
A tática de combate vem sendo alardeada há muito tempo, não apenas em Pernambuco,
mas tem agora de ser aplicada com mais rigor, com a atenção redobrada aos menores
sinais da doença para que ela seja atacada. A edição de hoje deste JC mostra como
algumas vítimas dessa guerra foram atingidas de surpresa, como foram abatidas por
sintomas mais fortes do que comumente se descrevia e, sobretudo, a preocupação das
autoridades sanitárias em chamar o povo à batalha.
Basta uma ideia propagada entre agentes da Secretaria da Saúde para se advertir sobre o
poder de fogo desse inimigo: uma tampinha de refrigerante jogada ao léu é suficiente
para aumentar o número de vítimas. Por isso o Sistema Jornal do Commercio de
Comunicação está se engajando na luta, através de uma campanha educativa em todos
os seus veículos, em parceira com o Governo do Estado.
A figura da tampinha de garrafa pode parecer prosaica, mas dá a dimensão gravíssima
dessa doença que traz as consequências de todas as epidemias, agora mais ainda –
quando ora é vista como dengue, ora como chicungunha, ora sequer se tem ideia exata
do vetor que está atacando em combinação com o já conhecido. É fundamental que se
entenda que não se trata de disseminar pânico, mas agir como qualquer população deve
fazer em face de um inimigo insidioso. Daí a importância de se dar toda atenção
necessária ao plano de contingência que foi lançado pela Secretaria de Saúde para
impedir o avanço da doença, com capacitação de agentes de saúde, orientação da
população e reforço do abastecimento dos insumos usados no tratamento da doença nos
postos de saúde.
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
JC Negócios
Prédio novo
Sexta-feira, o governador Paulo Câmara inaugurou o novo prédio da Escola de
Referência de Capoeiras, que vai beneficiar 1.200 alunos de Jucati, Caetés e Capoeiras.
Escola é fácil, difícil é UPA.
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Bêbados e livres para dirigir
De cada sete motoristas flagrados alcoolizados pela Lei Seca em Pernambuco, só um
perde o direito de dirigir. Burocracia favorece o infrator
Tânia Passos
Apenas um em cada sete motoristas flagrados na Operação Lei Seca no estado perdeu,
de fato, o direito de dirigir. Um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde,
que coordena a operação junto com a Polícia Militar e o Detran, desde dezembro de
2011, aponta o recolhimento de mais de 25 mil habilitações por infração de alcoolemia.
Desse total, segundo o Detran, apenas 15% tiveram o processo finalizado. Isso significa
que quase 22 mil condutores infratores, autuados desde o início da operação, continuam,
até agora, dirigindo impunemente, sem nenhuma preocupação com a suspensão por um
ano da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Os processos administrativos: da penalidade da multa (R$ 1.915,33) e da suspensão do
direito de dirigir levam de dois anos a três anos para serem concluídos. Pelo menos dois
fatores são apontados por especialistas na área para a demora: a pouca estrutura dos
órgãos, que não conseguem atender à demanda e o número de instâncias com até seis
possibilidades de recursos administrativos, podendo o infrator ainda apelar para a
Justiça Comum.
Somente no Detran chega por mês uma média de 900 processos para serem analisados
referentes à alcoolemia. O órgão dispõe de oito funcionários para atender esse tipo de
demanda que também são responsáveis pelo recebimento de cerca de 1,5 mil processos
de outras infrações. O Detran é a primeira instância, o motorista ainda pode recorrer
para a Jari (Junta de Recurso Administrativo de Infração) e por último ao Cetran
(Conselho Estadual de Trânsito). O mesmo caminho é percorrido para recorrer da multa
e para evitar a suspensão da CNH. “Na prática, são seis possibilidades. Se o motorista
percorrer três instâncias para se livrar da multa e novamente as mesmas três instâncias
para não perder a CNH, significa trabalhar duas vezes no mesmo caso”, alertou a
presidente do Cetran-PE, Simíramis Queiroz, cujo órgão dispõe de seis funcionários
para atender todo o estado em todas as áreas de trânsito.
A motorista Juliana Soares, 30 anos, foi flagrada numa operação em 2011 e mesmo sem
recorrer teve a CNH suspensa somente em outubro de 2014. “Eu paguei a multa antes
do vencimento e não recorri. Mesmo a multa sendo educativa é importante retirar das
ruas quem tem esse tipo de comportamento. No meu caso, fiquei dois anos sem carro,
mas continuava habilitada”, criticou.
O diretor jurídico do Detran Bruno Régis admite a dificuldade em agilizar os processos.
“Depende da qualidade da autuação, que não pode ter falhas, e da qualidade da defesa,
que pode conseguir protelar o caso por mais tempo”, afirmou. E Juliana nem se
defendeu. Livre para dirigir normalmente, após receber de volta a CNH em até 48 horas
da autuação, o mesmo motorista pode ser novamente pego pela blitz. “Nós temos, até
agora, 63 casos de motoristas reincidentes e um caso de um motorista flagrado três
vezes no ano de 2013”, revelou Bruno.
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Diario Urbano
O nó da Lei Seca
Ninguém provavelmente duvida da importância da Lei Seca na mudança de costume
dos motoristas. Há menos de sete anos era comum jovens e adultos saírem para beber e
voltar dirigindo. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) já proibia esse tipo de infração,
mas depois da Lei Seca, em vigor desde 2008, o brasileiro passou a olhar e a temer as
sanções de ser pego em flagrante. A preocupação aumentou ainda mais a partir de 2012,
quando a lei se tornou mais rigorosa. E não por acaso, os próprios bares passaram a
oferecer serviços de táxi e a incentivar o amigo da vez.
Qual o problema então da lei que vem mudando hábitos e salvando vidas? Na lei,
propriamente nada. O nó está na burocracia dos serviços. Os órgãos de trânsito não
estão conseguindo acompanhar a demanda das operações com as autuações dos
motoristas infratores, que podem perder o direito de dirigir por um ano. Quem poderia
imaginar que apenas 15% dos processos administrativos foram concluídos pelo Detran
do estado, desde o início da Operação Lei Seca em 2011? O fato é preocupante, uma
vez que o gargalo pode resvalar no conceito da impunidade e jogar por terra um
trabalho importantíssimo das equipes de fiscalização. O estado precisa tomar
providências para equipar tão bem os setores administrativos quanto os de fiscalização,
que ostentam um importante aparato nos pontos de bloqueio. Mas não basta só fazer
fita.
Jornal do Commercio - PE
12/04/2015 - 08:17
Voz do Leitor
Longa caminhada
O Imip só permite aos seus pacientes um único acesso ao complexo hospitalar. As
pessoas que vêm do interior do Estado descem na Praça Miguel de Cervantes, pois os
ônibus ali ficam estacionados. De lá até o portão principal, na parte frontal, é quase um
quilômetro. Se fosse liberado o portão lateral, na Rua dos Prazeres, o percurso ficaria
reduzido pela metade. Carlam B. Salles, por e-mail
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Parto em casa requer critérios e planejamento
Gestante deve contratar equipe especializada e até preencher documento com
expectativas. Diario acompanhou parto
Aline Ramos
Durante a noite, Laura, 2 anos, tocou na barriga da mãe e disse: “Bebê, nasce logo!”. Ao
acordar, seu pedido havia sido atendido. Ela encontrou o irmão Vicente nos braços da
mãe. O mais novo integrante da família nasceu de parto natural, em casa. O
DiariodePernambuco.com.br acompanhou o nascimento em uma videorreportagem.
Aos 31 anos, Marília Lupe realizou o sonho de parir, pela segunda vez, ao lado do
marido, no aconchego do lar. “É em casa onde eu me sinto segura e tranquila”, enfatiza.
Laura e Vicente nasceram na água. Marília contratou profissionais especializados e
contou com equipamentos como banheira inflável, bola de ginástica (que auxilia durante
as contrações), e banqueta de parto, onde a mãe pode sentar para facilitar a saída do
bebê.
Antes de fazer um parto domiciliar, é preciso ficar atento ao planejamento e aos
critérios recomendados pela Organização Mundial deSaúde (OMS) e Federação
Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo).
“É necessário que seja uma gravidez de baixo risco e que haja um hospital a no máximo
30 minutos. Precisa haver também equipe treinada com enfermeiros, obstetras ou
médicos de família que disponham de equipamentos para atender emergências maternas
e neonatais”, explica a enfermeira obstetra Tatianne Frank. Ela faz parte do DeMáter,
grupo que atende no Recife, em média, seis partos em casa por mês.
É recomendado também que a mulher faça um plano de parto detalhado. O documento
estabelece as expectativas da mãe e os interesses ou desejos do casal para sua
experiência de parto. “É importante a mulher estar em seu ambiente, com seu cheiro,
sua comida, seus objetos”, reforça Tatianne. A enfermeira obstetra ainda orienta que os
futuros papais interessados no parto domiciliar devem buscar informações em grupos de
orientação para gestação, parto e pós-parto.
Serviço
Grupos de assistência ao parto
DeMatér
9933.2598/ 9942.7144/ 9838.0775/ 9766.5123
[email protected]
Grupo Boa Hora
Rua Jacó Velosino, 101, Casa Forte, Recife
89604721/ 88631239/ 95511000/
[email protected]
Sádhana Yoga
Rua das Graças 178, Graças, Recife
9602 0471/ 9664 7831/ 9269 4187
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
A epidemia das cesarianas no mundo
OMS reforça o alerta contra a quantidade de partos cirúrgicos. Situação é alarmante no
Brasil, onde o procedimento chega a 84,6% na rede privada
A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a fazer um alerta sobre a quantidade de
cesarianas no mundo. O aviso chega reforçado ao Brasil, país campeão nesse tipo de
cirurgia. Enquanto a taxa considerada ideal pela OMS é de 10% a 15%, o índice de
partos cirúrgicos aqui é de 55%. Na rede privada, o número é ainda mais assustador e
chega a 84,6%.
Na declaração feita sexta-feira, em Genebra, a OMS afirma que as cesarianas podem ser
essenciais para salvar vidas, mas não podem ocorrer sem a devida indicação. “Quando
realizadas por motivos médicos, as cesarianas podem reduzir a mortalidade e morbidade
materna e perinatal. Porém, não existem evidências de que fazer cesáreas em mulheres
ou em bebês que não necessitem dessa cirurgia traga benefícios”, diz o comunicado. A
OMS completa ao informar que, como qualquer cirurgia, o procedimento traz riscos
“imediatos e a longo prazo”.
A organização orienta os médicos a fazerem as cirurgias em casos de necessidade, e não
para atingir a meta estabelecida internacionalmente. Medidas para o controle das
cesáreas no Brasil entrarão em vigor a partir de julho. Por meio delas, os hospitais
deverão sempre apresentar um documento chamado partograma, pelo qual é possível
ver se a gestante pelo menos entrou em trabalho de parto. As pacientes também terão
acesso aos índices de partos normais e cesáreas de cada médico e hospital.
Pelo receio de se verem obrigadas a fazer a cirurgia, muitas mulheres recorrem ao SUS
para dar à luz de forma natural. Muitas alegam que os médicos preferem agendar os
partos e, assim, pode haver nascimentos prematuros. Estudos indicam que o
procedimento de retirar o bebê antes de a mulher ter o trabalho de parto está associado a
asma, diabetes e consequências no aprendizado da criança. Para a mulher, há os riscos
da cirurgia, como hemorragia.
A obstetra Jussara Beatriz Pasquali avalia que já há uma mudança na cultura dos partos
para reduzir as taxas de cesáreas. “Mas ainda vai demorar, porque, apesar de o parto
normal ‘estar na moda’, ainda há muitos pacientes que já chegam pedindo cesárea. Isso
tem que mudar na cabeça da paciente. E a outra situação é a conveniência do médico,
que tem de mudar também”, analisa. “Esses partos acontecem quando não há nenhum
sinal de que o bebê está na hora de nascer.”
Segundo Jussara, ainda há pacientes que optam pela cesariana por pensar que vão sentir
menos dor. “Havia a ilusão de que, na cesárea, não tinha dor, mas, depois do
procedimento cirúrgico, a mulher vai sentir dor durante muito mais tempo. No parto
normal, a recuperação é mais rápida”.
Presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia,
Etelvino Trindade acredita que é necessário reduzir as taxas no Brasil, mas que o índice
almejado pela OMS é quase inatingível. “Entendemos que a taxa é muito alta, sabemos
do problema mundial, que precisa ser alterado, e o modo é melhorar os níveis.
Mas achamos a meta da OMS é pouco exequível, a não ser em países sem assistência”,
diz.
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Vacina perto de virar realidade
O ano de 2015 tem sido marcado por um aumento expressivo no número de casos de
dengue, que volta a assustar as autoridades após um número considerado baixo em
2014. Por não ter métodos de prevenção além do controle do transmissor, o Aedes
aegypti, as infecções apresentam ciclos que dependem de fatores como clima e
migração do mosquito. No entanto, uma nova arma pode estar nas mãos das autoridades
de saúde já no ano que vem: a vacina contra a enfermidade.
No Brasil, as pesquisas mais adiantadas para o desenvolvimento do imunólogo são
feitas pelo Instituto Butantan em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos
Estados Unidos (National Institutes of Health). O estudo se encontra no fim da segunda
fase de testes clínicos, nos quais se verifica a segurança do produto e o aumento da
capacidade imunológica dos pacientes. Para tentar adiantar em até dois anos o prazo
para o registro da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
inicialmente previsto para 2018, o Instituto Butantan protocolou ontem pedido na
Anvisa para iniciar a terceira fase de estudos, na qual serão feitos os testes de campo
para comprovar a efetividade do produto, mesmo antes de terminar a segunda etapa.
Segurança
De acordo com Jorge Kalil, diretor do Instituto Butatan, os dados já analisados durante
a segunda fase de testes clínicos asseguram a segurança da vacina e permitem iniciar a
terceira etapa sem riscos para os pacientes. “Os dados mostram que a vacina é segura e
induz uma resposta imunológica grande, o que já nos permite passar para a terceira fase
de estudos”, afirma. A opinião é rebatida por Celso Granato, membro do Comitê de
Virologia da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Tenho um pouco de medo desse
adiantamento de processo, porque acredito que a análise da fase dois tem que ser muito
bem feita para evitar problemas que, às vezes, só afetam uma amostra muito pequena”,
avalia.
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Mais da metade da população brasileira está acima do peso
Maria Amazonas, endocrinologista - Presidente da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia %u2013 Regional – PE
A obesidade é um dos problemas mais importantes que a saúde pública enfrenta hoje no
Brasil e em outros países do mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS)
considera que, atualmente, nos países desenvolvidos, ela seja o principal problema de
saúde a enfrentar. Levantamento do Ministério da Saúde revela que 51% da população
brasileira está acima do peso. Em 2006, o percentual era de 43%. Homens são maioria,
54%. Nas mulheres, o índice chega a 48%. Os números avançam rapidamente entre
todas as idades e classes sociais.
É preciso estar alerta. O excesso de peso está associado a uma série de doenças que
comprometem a qualidade e a duração da vida. Apesar de a obesidade estar relacionada
a fatores genéticos, há influência significativa do estilo de vida. Sedentarismo e padrões
alimentares inadequados são, nos tempos atuais, os principais responsáveis por tal
epidemia. Mudança comportamental se faz necessário para prevenção da obesidade e
demais doenças associadas a ela, como Diabetes Mellitus, diversos tipos de câncer e
doenças cardiovasculares. Redução na ingesta dos carboidratos simples, como doces e
todos os alimentos à base de trigo, aumento na ingesta de frutas e hortaliças, associada à
atividade física regular são grandes aliados na prevenção e tratamento da obesidade.
Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 31,5% da
população não dispensam a carne gordurosa e mais da metade (53,8%) consome leite
integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fieis - 26% dos
brasileiros tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana. Hábitos
saudáveis devem ser incorporados à rotina das pessoas para que possam ter qualidade de
vida.
O EndoRecife 2015 e o Colaen - Congresso Latinoamericano de Endocrinologia , que
ocorrerá no mês de maio, em Porto de Galinhas, será uma grande oportunidade para
discutir não apenas a obesidade, mas outros temas importantes como diabetes,
osteoporose, tireoide, dislipidemia, endocrinologia pediátrica, cirurgia bariátrica,
neuroendocrinologia, entre outros. O evento é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia - Regional PE e da Federação Latinoamericana de
Endocrinologia.
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Cartas e emails
Vítimas do trânsito
Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam para
perdas de R$ 1,79 bilhão por ano em acidentes, congestionamento e gasto na saúde
pública. Desse dinheiro a maioria é gasto com acidentes de motos que estão matando
mais do que armas de fogo. Os acidentados de motos que ficam vivos superlotam as
urgências públicas. As emergência parece um hospital de guerra. A maioria dos
motoqueiros
trafega
sem
habilitação
e
equipamento
de
segurança.
Bartolomeu Moraes – Paulista
Diário de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 08:05
Manhã de bem-estar no 13 de Maio
O Parque 13 de Maio recebe hoje uma programação para comemorar o Dia Mundial da
Atividade Física. Às 7h15 começará uma caminhada. A partir das 8h, tem tai chi chuan,
palestra sobre saúde mental, álcool e drogas, aulão de ritmos e Maracatu Guilherme
Abath.
Folha de Pernambuco - PE
12/04/2015 - 07:32
A incômoda dor de cabeça
Existem cerca de 150 tipos da enfermidade, sendo primários ou secundários, diz o
especialista Pedro Sampaio
Desde a adolescência a estudante Mariana Farias, 28 anos, tenta controlar e evitar crises
de dor de cabeça. Por isso, realizou uma bateria de exames passados por um
especialista, mas nenhum deles identificou o problema. Alguns médicos chegaram a
apontar um nódulo na arcada dentária. A esperança de que uma cirurgia para a remoção
do nódulo seria a solução caiu por terra. A dor continuou e se tornou ainda maior. O
resultado? Mariana recorria a mais e mais analgésicos, que foram perdendo efeito. O
histórico é parecido com o da maioria das pessoas com frequentes dores de cabeça.
“Fiz eletroencefalograma, tomografias e exames de sangue. Disseram que tenho dor de
cabeça comum e enxaqueca. Na primeira, sinto a cabeça latejando. Na enxaqueca tenho
enjoo, vômito e já fui parar no hospital”, contou. A mãe e a irmã também apresentam o
incômodo, mas em menores proporções. Mariana se policia para descobrir a origem do
mal. Por isso, ela procura identificar o que pode motivar as dores.
O neurologista e professor da UFPE Pedro Sampaio contou que existem cerca de 150
tipos de dores de cabeça. “São primárias, quando não há lesão estrutural, como a
enxaqueca. E secundárias quando há lesão estrutural, como dores de cabeça provocadas
por sinusite, infecção ou tumor”.
A maior parte são cefaleias primárias, por isso, é esperado que os exames deem
normais. “O diagnóstico se dá pelas características da dor”, disse. Estudos apontam que
46% da população adulta apresenta cefaléia, 11% apresenta enxaqueca ou migrânea,
42% cefaléia do tipo tensional (CTT) e 3% cefaléia crônica diária (CCD). “A CTT é a
segunda doença mais frequente no homem, depois da cárie, e advém de causas físicas”,
comentou.
O segundo tipo mais comum é a enxaqueca, que tem sintomas além da dor. “O cérebro
de uma pessoa com enxaqueca reage diferente, lida mal com sensações como estresse
demais, luminosidade, alguns cheiros. São frequentes as alteração da visão, como ver
pontos brilhando, linhas brilhantes”, indicou.
O professor identifica falha na condução dos casos da cefaleia primária. “Normalmente,
quando o médico vai atender o paciente, a primeira preocupação é afastar uma doença
mais séria. Muitos profissionais deixam de valorizar a queixa da dor”, comentou.
Conduta que pode tornar as cefaléias primarias em crônicas. “No Brasil a prevalência da
cefaléia crônica diária chega a quase 7%. Uma das causas disso é o abuso de medicação
para passar a dor porque não se faz tratamento de prevenção”, criticou.