Comércio tradicional em Braga 2-5 Ex
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Comércio tradicional em Braga 2-5 Ex
Comércio tradicional em Braga 2-5 Ex-alunos alcançam sucesso 9-11 À conversa com PEIXE : AVIÃO 24-26 abertura editorial O que queres ser quando fores grande? Todos nós já respondemos a esta pergunta! No meu caso, quis ser enfermeira, advogada e, por fim, professora… E eis que, depois de uma experiência de sete anos pelo mundo empresarial, realizei o dito “sonho”. Passada a idade da inocência, porém, há quem opte por não apontar uma área específica, mas afirmar que pretende tirar “um curso com saída” e ter uma “carreira promissora”. Atualmente, o mercado de trabalho encontra-se de tal ordem em permanente mutação que, provavelmente, daqui a cinco anos, algumas das funções de hoje já não existirão e outras, que venham a existir, podem ser, ainda hoje, desconhecidas. Neste contexto e sem ter a pretensão de fazer a apologia das áreas em alta, permito-me apenas provocar a reflexão sobre as competências comportamentais mais procuradas, uma vez que é na construção dessas competências que reside o verdadeiro desafio dos profissionais da EPB! Bem sabemos que as empresas já não se limitam a recrutar profissionais tecnicamente bem preparados, mas pessoas excecionais ao nível estratégico e comportamental. Entramos no campo das soft skills, as competências relacionadas com as atitudes e comportamentos que se desenvolvem através da prática em situações reais de trabalho. Ora, foi precisamente esta realidade que implicou uma revolução na educação e ditou o sucesso do ensino profissional. O aluno deixou de ser um mero “depósito” de conhecimentos tecnológicos, para passar a assumir a sua parte de responsabilidade no seu desenvolvimento, em termos de inteligência emocional e competências comportamentais. Os profissionais mais desejados serão, então, aqueles que mantêm uma atitude positiva e autoconfiança, dão provas de ter pensamento criativo, têm gosto pelo desafio, orientação para os resultados, espírito de empreendedorismo, propensão para a mudança, mobilidade e capacidade de trabalhar em equipa e atuar sinergeticamente com os outros. E se a estas competências conseguirmos juntar outras de caráter relacional, como a liderança, tomada de decisão, capacidade de negociação, forte sentido ético e capacidade de aceitar e aprender com os erros e críticas, então obteremos o perfil perfeito. Pensando bem, quando fores grande, queres ter uma carreira promissora ou ser um profissional promissor? Uma mensagem final: Aos alunos finalistas, parabéns e votos de muito sucesso! Aos atuais alunos, continuem com a determinação que caracteriza os alunos epbianos! Aos futuros alunos, sejam bem-vindos à família EPB! 2 6 8 16 24 27 33 38 42 Destaque Como anda o comércio tradicional emBraga? Revisitamos espaços de referência. Entrevista Francisco Miguel à conversa com a epb Revista, nos 20 anos do Grupo Rumos. Fora de portas Casos de sucesso de ex-alunos da escola são exemplo para os alunos do presente e do futuro. Cursos Cursos cheios de saúde e energia em áreas criativas, técnicas e de serviços. À Conversa com... Alexandra Corunha à conversa com a banda Peixe : Avião Iniciativas Comunidade escolar dinamiza atividades em vários domínios do saber. Opinião Professores e alunos transmitem um olhar crítico sobre temas da atualidade. Em rede Escola acentua as parcerias visando uma mais forte interligação ao meio empresarial. Escola Diversas atividades enriquecem a vida da escola e dos que a visitam. 1 destaque Como anda o comércio tradicional em Braga? Visitámos algumas das casas emblemáticas do centro Geralmente designada por capital do comércio, Braga habituou-nos a ter um centro histórico pejado de lojas. Ao longo das últimas duas décadas, foram várias as ruas onde o paralelo e o alcatrão foram substituídos pela suavidade do granito e pela leveza arquitetónica da calçada à portuguesa. Surgiram os parques de estacionamento subterrâneos e até as velhas praças, de traço medieval, foram revisitadas pela régua e esquadro de alguns desenhadores contemporâneos. Ora, não se discutindo as motivações, o gosto e o modo de execução, é inquestionável que tudo foi preparado para que, à semelhança do que se passa noutras cidades de média e grande dimensão, Braga tenha transformado o seu coração urbano num imenso centro comercial a céu aberto. Porém, apesar da preparação da cidade para receber uma cidade contemporânea, cosmopolita, é com muito agrado que ainda encontramos, sobretudo no centro da cidade, alguns resistentes do comércio dito tradicional. Para darmos a conhecer esta realidade, decidimos ir ao encontro dos “velhos” comerciantes de Braga, ficando por dentro de algumas das suas angústias e anseios, mas também de alguns dos segredos que os ajudaram a tornar-se verdadeiras referências da economia local. Gostámos de saber que as pessoas ainda apreciam a deferência própria do atendimento personalizado, e que a criatividade e inovação destes empresários têm permitido aguentar este setor da economia. economizar ao fazermos os nossos próprios bordados? É que quem não sabe fazer sempre pode aprender… Frigideiras do Cantinho Já as Frigideiras do Cantinho são uma referência da cidade de Braga, a fazer história desde 1796. Uma empresa bem antiga, que faz as delícias dos apreciadores do género. A frigideira é o produto de eleição, confecionado por fases com uma massa artesanal que demora cerca de três horas a embelezar-se. A maior preocupação da gerência é o decrescente poder de compra da população e a pesada carga fiscal. “É preciso fazer com que a economia volte a funcionar!”, salienta. Apesar de ser uma casa muito procurada, considera que as épocas festivas como o Natal e a Páscoa são os momentos de maior impacto, pelo incentivo ao consumo do Bolo Rei e do Pão de Ló, respetivamente. Pereira das Violas Começámos pela Casa Pereira das Violas, que serve os clientes desde 1918, assentando a sua diferenciação no atendimento personalizado, visando sempre reforçar a relação com o cliente. E ficámos a saber que os produtos mais vendidos são as linhas de croché e as linhas para bordados. O setor passa por uma conjuntura que tem vindo a diminuir o poder de compra e, consequentemente, o volume de negócios do comércio tradicional. Pensando bem, não estaremos a 2 Mercearia Azevedo A Mercearia Azevedo é o tipo de mercearia bem à moda antiga, contando com mais de 100 anos de existência. Passou de destaque mãos em mãos, superando obstáculos que surgiram ao longo dos tempos, mas resiste, continuando a ocupar o seu lugar de destaque na cidade. Os clientes são habituais e contam com um atendimento de excelência, para além de se depararem com produtos de elevada qualidade e com o sorriso ímpar de quem os recebe. Casa das Bananas Casa das Velas Há 70 anos a dar que falar, a Casa das Velas nasceu apenas com artigos de cera, mas, com o passar dos anos, adaptou o seu sortido diversificando-o com outros artigos, como a tapeçaria. Mas os produtos de cera ainda são os mais procurados, sendo de salientar que a maior preocupação dos seus responsáveis no momento atual recai sobre manter a estrutura estável. Pode-se contar com o atendimento como cartão de visita e com a garantia de encontrar “bons rapazes”. Mas a surpresa maior reside na Casa das Bananas, criada há 60 anos, sendo considerada, hoje, o palco principal do convívio da população bracarense na véspera de Natal. A tradição do Bananeiro nasceu de um grupo restrito de amigos, aí pelos anos setenta (do século XX), e ganhou amplitude, há uma década atrás, através do passa-palavra. Desde então, centenas de pessoas reúnem-se na rua do Souto e degustam uma combinação invulgar, o moscatel e a banana. Fora da época do Natal e do verão, a Casa das Bananas passa por épocas muito baixas. Ana Cristiana Rocha, Ana Daniela Silva e Helena Magalhães 2º ano de Secretariado 3 destaque Braga, capital do comércio Comércio de rua ou tradicional? Não é correto designarmos por comércio tradicional todo aquele que prolifera e ocupa os espaços disponibilizados pelas novas construções ou pela reconversão dos velhos edifícios. Na verdade, a maioria das antigas mercearias e armazéns, lojas de ferragens, barbearias, retrosarias, bazares e drogarias, foram paulatinamente dando lugar ao aparecimento de grandes cadeias de distribuição e à implantação de instituições financeiras. Hoje, a cidade vende vestuário e calçado, produtos para o lar, está repleta de esplanadas que pertencem a inúmeros estabelecimentos da área da restauração e similares, oferece serviços jurídicos e financeiros e realiza os sonhos de quem procura estética e beleza. Os negócios de família, aqueles que preservam décadas de história são, atualmente, casos de estudo, não só pela singularidade dos produtos que mantêm mas, sobretudo, pela astúcia dos colaboradores de sempre, a quem o tempo não perdoou os cabelos brancos, mas ensinou que o cliente tem sempre razão. boradores se situe em escalões etários superiores. Paralelamente, enquanto que, no comércio de bens materiais, a inapropriada formação dos trabalhadores vai sendo disfarçada pelo ocaso do atendimento personalizado, o mesmo já não se verifica na área dos serviços, principalmente na hotelaria e restauração, onde essa lacuna se torna demasiado evidente. Agonia dos «velhos» centros comerciais Surgiram nos anos oitenta, e rapidamente se tornaram em locais de referência. Atraíram as melhores marcas e receberam o «glamour» de quem por lá desfilou. Foram ponto de encontro e, porventura, de alguns desencontros. Designações como Santa Cruz, Avenida, La Fayette, Gold Center, Rechicho, Santa Bárbara ou Galéxia fazem parte do imaginário real da maioria dos bracarenses. Hoje, são espaços despidos de movimento, mas cheios de lojas vazias e corredores vandalizados. Quem resiste espera, em vão, que o tempo que aí vem se pareça com o que já foi. É necessário, por isso, encontrar uma solução para estas estruturas por constituírem, atualmente, um problema de difícil reparação. Emprego e formação profissional Estrutura de custos e preços de venda ao público Apesar de assistirmos à terciarização da economia local, onde o comércio e os serviços se constituem como grandes empregadores da região, continuamos a constatar que os níveis de escolaridade e formação profissional dos recursos humanos que trabalham neste setor são insuficientes e inadequados às exigências do mercado. Nas grandes cadeias de distribuição, persiste a tendência para o recrutamento temporário ou sazonal de jovens, geralmente sem possuírem a escolaridade mínima ou formação profissional especializada. No comércio mais tradicional, a falta de preparação escolar é mais acentuada, embora a maioria dos cola- Na generalidade, as estruturas comerciais implantadas estão a praticar preços de venda absurdos e irrealistas, considerando o poder de compra vigente no país. Esta tendência, que se verifica sobretudo nas áreas do vestuário e calçado, produtos para o lar e artigos de higiene e beleza, obriga a maioria dos empresários a adotar, de forma permanente, políticas de promoção e desconto, que descredibilizam e desacreditam os representantes das marcas. Simultaneamente, constata-se que a estrutura dos gastos de exploração das empresas apresenta valores insuportáveis, fundamentalmente aqueles que se relacionam com rendas e alugueres, 4 seguros e licenças. Assim, é urgente a constituição de uma entidade reguladora que permita a adequação da oferta à procura, sob pena de continuarmos a assistir ao encerramento de estabelecimentos ou à insatisfação permanente dos consumidores. Vale das grandes superfícies Situa-se nas margens de um eixo rodoviário que não ultrapassa os 2 Km. Liga as freguesias de Fraião e S.Vitor e, para além de dar abrigo a cerca de 40000 habitantes, foi a área escolhida para a implantação das maiores superfícies comerciais do concelho. Por muitos, é considerada uma zona caótica e desordenada mas, para outros, é símbolo da qualidade de vida de uma cidade onde a maioria dos serviços e equipamentos se encontra a distâncias relativamente curtas e acessíveis a todos. Paulo Leitão Coordenador de Curso escola Estudo de notoriedade da EPB Através de um inquérito estruturado com perguntas abertas, o curso de marketing 2009/2012 conduziu um estudo, levado a cabo em junho de 2012, que visava medir o grau de notoriedade da EPB – Escola Profissional de Braga. Foram auscultadas, presencialmente, 183 pessoas, no centro de Braga. Os dados foram tratados pelo 2º ano do Curso Técnico de Gestão, no âmbito do módulo sobre estudos de mercado. Conclui-se que metade dos inquiridos conhece a EPB, nomeadamente através de amigos e das redes sociais, e assume recomendá-la. Já a localização suscita algumas dúvidas. EPB participa nos Encontros AR RISCAR da Universidade Católica do Porto A EPB marcou presença promocional nos Encontros AR RISCAR da Universidade Católica do Porto, que se realizaram no dia 22 de maio, através de um stand promocional e com participação no Seminário Temático - As provas de aptidão profissional e o conhecimento em ação. Assim, para além da divulgação da escola ao longo do dia, de tarde, o nosso aluno finalista José Carlos Rodrigues, do Curso Técnico de Design Gráfico, integrou um conjunto de dezasseis testemunhos de alunos e ex-alunos do ensino profissional sobre as suas experiências nas provas de aptidão profissional (PAP). Testemunhos de projetos pessoais de referência que vieram das mais diferentes áreas profissionais e de todo o país. A PAP do José Carlos Rodrigues foi apresentada no stand da escola, onde passaram muitos visitantes, destacando-se a presença do Secretário de Estado dos Ensinos Básico e Secundário, Pedro Grancho. 5 entrevista Francisco Miguel, administrador do Grupo Rumos: “Pretendemos que a escola mantenha a sua missão de ensino de referência em Braga” Francisco Miguel é Administrador no Grupo Rumos desde 1996, depois de Diretor de Formação (92-94) e Diretor de Planeamento e Controlo (94-96). Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Ramo de Sistemas e Computadores, pelo Instituto Superior Técnico, possui, ainda, um MBA com especialização em Gestão Internacional, pela Universidade Católica. Frequentou uma escola técnica (anteriores às escolas profissionais), pois, na época, objetivava ser técnico de eletrónica, mais concretamente no ramo de reparação de televisores. Os 20 anos do Grupo Rumos serviram de pretexto para esta entrevista, onde Francisco Miguel destaca alguns aspetos da vida do Grupo e da formação profissional. Com o foco no binómio pessoas e tecnologia, o Rumos posiciona-se nas áreas da Educação, Formação e Serviços Profissionais. Assim, o Grupo conta com uma série de projetos. Na Educação: 10 polos escolares, com as marcas EPB, Profitecla, Escola Digital, Escola Ruiz Costa e Colégio Vieira de Castro, num total superior a 2.500 alunos; na Formação Profissional, 12 centros de formação de Norte a Sul de Portugal, com as marcas Rumos, Galileu e Flag; e nos Serviços Profissionais: mais de 500 colaboradores colocados em clientes, metade dos quais consultores certificados em tecnologias de informação, atuando com as marcas Rumos e GOWork. Contamos, ainda, com escritórios em Madrid e Luanda, para além de executar projetos regulares em outras zonas do globo. Encontrando-se o Grupo a viver os seus 20 anos, faça-nos um breve balanço da sua atividade. Considero um balanço bem interessante. Temos crescido em dimensão e, profissionalmente, aumentado a qualidade do serviço que prestamos e alargado o âmbito de atuação. Acho que todos os colegas que colaboram ou que já colaboraram no Grupo se podem orgulhar do contributo que todos temos dado para o desenvolvimento da estrutura de recursos humanos do país, para a competitividade das empresas e organizações portuguesas. Como nasceu o Grupo Rumos? O Grupo teve a sua génese na Rumos, na formação em tecnologias de informação. A este projeto, iniciado há duas décadas, têm-se associado outras valorosas marcas e empresas. Como é o caso da EPB. Todos juntos, temos contribuído para a valorização profissional de milhares de recursos humanos e potenciado a competitividade de empresas e organizações. Queremos continuar a crescer, baseados na nossa visão e nos nossos valores, por muitos mais 20 anos. Qual é a sua missão/vocação? O Grupo Rumos é um projeto cujo principal foco de atividade assenta no binómio pessoas e tecnologia. Atua através da valorização de recursos humanos que potenciam a cadeia de valor e a competitividade de empresas e organizações, em estreita relação com as tecnologias. Fale-nos das diversas áreas de atividade em que o Grupo Rumos se posiciona. 6 Que objetivos pretende o Grupo atingir com a aposta na educação e ensino profissional? A aposta na educação e, em particular, no ensino profissional, não é recente. Tendo o Rumos iniciado a sua atividade com a formação e certificação de profissionais, desde cedo nos apercebemos de que a nossa missão ficaria mais completa se integrássemos igualmente no Grupo o ensino profissional. E iniciámos essa aprendizagem, ao criarmos de raiz a Escola Digital, em 1999, altura em que as escolas profissionais mais antigas, como a EPB, já contavam com uma década de existência. Acreditamos que a sociedade necessita, cada vez mais, de técnicos especializados para o mercado de trabalho e, para isso, o ensino profissional é uma aposta basilar que deve ser privilegiada como formação de base, mesmo que o objetivo de alguns jovens seja o prosseguimento de estudos. O que levou a apostar na EPB? Essencialmente, o facto de a EPB ser uma escola profissional de referência. O Grupo já tinha uma estrutura de ensino profissional com sucesso no Norte do país, e quis reforçar essa dimensão com uma escola que, sabendo nós ser de elevada qualidade no ensino, reforçasse a nossa aposta nesta área. Passado o primeiro ano como entidade proprietária da EPB, que expetativas tem o Grupo sobre esta instituição? A EPB é uma forte aposta do Rumos e é também um símbolo desta região. Temos na EPB um conjunto de colegas docentes e não docentes com grande qualidade e espírito de missão. entrevista Pretendemos que a escola mantenha a sua missão de ensino de referência em Braga e apostamos na melhoria contínua de competitividade do seu serviço. Que papel atribui às empresas e às entidades representativas de empresas, nomeadamente a AIM e a ACB? Têm um papel indispensável. Quando os cursos são criados, quando os nossos alunos são formados, é nas empresas e nas entidades representativas destas que pensamos. Ninguém se pode realizar profissionalmente se não tiver onde colocar em prática o seu potencial. Por outro lado, as organizações, sejam privadas, estatais ou do terceiro setor, sejam grandes ou pequenas, são o motor de uma sociedade. As associações empresariais, como representantes das empresas da região, a par da escola, prestam um serviço complementar fundamental. Que sinergias podem ser desenvolvidas entre as diversas unidades do Grupo Rumos? Cada unidade é gerida de forma autónoma. Mas, ob- Que respostas poderão ser adotadas para fazer face aos cerca de 40% de jovens desempregados? Prosseguir o trabalho que está a ser feito nas nossas escolas profissionais, na EPB em particular. Não só de criar recursos humanos competitivamente qualificados para o mercado profissional, como também promover a inovação e o empreendedorismo. Este é um fator essencial para a criação de emprego, para o desenvolvimento económico e social do nosso país. Que importância atribui à realização de estágios transnacionais? Não só os estágios como todo o conceito de mobilidade transnacional é muito interessante para um desenvolvimento económico e social que se deseja maior e menos assimétrico. Dar novos mundos ao nosso mundo é algo bem português. É experienciar outras culturas, observar outras maneiras de pensar, aprender outras formas de fazer. Ver que, na prática, um mesmo problema tipicamente não tem uma solução única. Para além dis- “alguns dados apontam para o facto de os jovens que efetuaram estágios transnacionais terem menor dificuldade em encontrar oportunidades de trabalho” viamente, pertencendo nós todos ao mesmo Grupo, as sinergias, a troca de experiências e de boas práticas, o trabalho em equipa, a cooperação em grupo, são valores a consolidar. Tentamos fazer um benchmark interno nas diversas unidades do grupo e implementar as melhores práticas de uns nas restantes unidades, permitindo que cada unidade fique mais competitiva e melhore o serviço a seu cliente. so, alguns dados apontam para o facto de os jovens que efetuaram estágios transnacionais terem menor dificuldade em encontrar oportunidades de trabalho nas áreas para as quais se encontram qualificados. Que perfil é exigido a um colaborador do Grupo Rumos? No curto prazo, normalmente são as competências técnicas que prevalecem. Mas, no médio e longo prazos, são os valores de base que acabam por ganhar o papel principal. O espírito de missão, a vontade, a responsabilidade, o bom senso. Bem como a cooperação e a capacidade de trabalho em equipa. Particularmente em conjunturas menos positivas, Gostava de deixar uma mensagem de sentido positivo, na qual acredito particularmente e que, julgo, espelha também um pouco do que tem sido o espírito do Grupo Rumos ao longo das nossas duas décadas de como a que atravessamos atualmente, ninguém ultrapassa adversidades sozinho. existência: todos temos potencial. Para o descobrirmos e explorarmos, necessitamos de formação adequada e de oportunidades para o colocarmos em prática. Há quem chame a estas oportunidades uma questão de sorte. Mas a sorte, mais do que um acaso, é sobretudo uma consequência da perseverança, de trabalho continuado e insistente. Em particular, encontramo-nos numa fase económica difícil, mas a história faz-se de momentos bons e menos bons; este é um momento que vai privilegiar a inovação e o empenho, pelo que, se acreditarmos e trabalharmos com motivação, mais tarde ou mais cedo o nosso potencial encontra a oportunidade certa. Refira-nos o principal desafio de um Administrador. Motivar recursos humanos, gerindo expetativas e desempenhos profissionais. Praticamente, para todos os outros recursos de uma organização há fórmulas e práticas de aplicação mais ou menos universais. Já os recursos humanos, ao mesmo tempo que são o ativo mais importante de uma organização, em particular numa organização com as características da nossa, cada recurso é único. Tem competências, características e necessidades de motivação distintas. Quer deixar uma mensagem à sociedade bracarense, em particular aos estudantes da EPB? Entrevista conduzida por Fernando Silva 7 fora de portas Encerramento da Braga CEJ 2012 Todos somos Braga O dia 22 de dezembro de 2012 foi marcado pelo encerramento da Braga Capital Europeia da Juventude 2012. As iniciativas comemorativas começaram no Arco da Porta Nova, que celebra este ano o seu 5º centenário, estendendo-se por toda a cidade. Ainda manhã cedo, a Porta abria-se a mais de 50 mil pessoas, que inundaram o centro histórico da cidade, para assistirem a concertos musicais, artes circenses e outras atividades artísticas que decorreram na Praça da República, no Largo do Paço, na Praça do Município (nesta atuaram Os Azeitonas, Orelha Negra e Expensive Soul), e no Largo Carlos Amarante, onde se exibiu [EM] CAIXOTE, a companhia residente da Capital Europeia da Juventude. Neste dia, a Capital Europeia da Juventude ofereceu, a título de recordação, o jornal da Braga CEJ 2012 com as notícias dos eventos mais emblemáticos, e convidou todos os visitantes a deixarem a sua marca no livro de visitas da CEJ 2012 instalado no Largo do Paço. A Porta ficou aberta para o futuro, pois, segundo o Conselho de Administração da Fundação Bracara, a partir deste “ano zero” podem os bracarenses “aproveitar a dinâmica, criatividade e empreendedorismo que se viveu em 2012”, e beneficiar de uma cidade “mais cosmopolita, mais inovadora, mais inclu- 8 siva” e com melhores recursos. Os bracarenses têm agora outras condições para desenvolverem o associativismo, a arte, o empreendedorismo, a cultura e a inovação, o que poderão fazer no espaço Generation, talvez a principal “conquista” deste ano dirigido à juventude. A Escola Profissional de Braga, a exemplo do que havia feito na abertura da Braga CEJ 2012, marcou presença nesta cerimónia de encerramento, através da atuação do Grupo de Percussão sob a orientação do Prof. Rui Rodrigues, composto por formandos de vários cursos e de funcionários. E também com uma equipa de reportagem que, na cobertura do evento, sentiu a alegria contagiante do momento e ouviu as pessoas, recolhendo opiniões de muitos dos presentes, a apontarem, na sua maioria, para a importância do momento e do orgulho bracarense. Os voluntários da Capital Europeia da Juventude consideram que a Capital Europeia da Juventude 2012 foi uma boa iniciativa, pois proporcionou a todos os bracarenses um bom ano e, acima de tudo, serviu “para preservar a nossa cidade, a nossa juventude, a nossa cultura e criar amizades e realizarmos algumas atividades”. Ajudou Braga a “ser mais reconhecida na Europa”. 2º ano de Secretariado fora de portas Ex-aluno do curso de Design Gráfico João Loureiro, autor do logo da GNRATION João Loureiro, já com vários trabalhos reconhecidos pela crítica, como a conceção do logo da Agere ou a identidade de vários cartazes (Pont Part People, Fast Forward…), acrescentou ao seu palmarés o logo da GNRATION. Um trabalho que serviu de pretexto para uma breve conversa sobre o seu projeto. Como chegou a este logo? Como chegou a estes cortes? Este logótipo surge da necessidade de se criar uma identidade única e intemporal para um espaço com um cariz tão forte como é o GNRATION. Havia necessidade de criar algo que se identificasse com o espaço físico mas que, ao mesmo tempo, fosse dinâmico ao ponto de se poder transmutar de modo a adaptar-se a todas as suas atividades. Como poderá ser visto no Manual de Identidade Visual da marca (disponível em www.gnration.pt), este pode sofrer mutações, assim como assumir diferentes cores e texturas, desde que se respeitem as regras construtivas. É uma identidade aberta à criatividade, assim como todo o conceito do espaço. Como diz no projeto, inspirou-se nos cortes da fachada para criar uma forte identidade. Porquê os cortes e não outro elemento? Quando tive oportunidade de ver o projeto arquitetónico do GNRATION, tive o cuidado de o analisar com a devida atenção de modo a que me fosse possível chegar a um elemento que desse asas para a construção de uma marca dinâmica. O elemento mais arrojado na sua fachada é o portão lateral e, como tal, achei que este seria o melhor ponto de partida para a criação da identidade que apresentei a concurso. Daqui surge uma marca arrojada, forte e com ligação ao seu espaço. Foi um processo demorado, pois requereu muito investimento pessoal, estudo e dedicação para que pudesse chegar à versão final apresentada a concurso. Foi, como quase todos os projetos, sofrendo modificações com o tempo. A experimentação é algo muito importante para o processo criativo. Houve, também, o cuidado de se pensar a sua comunicação como um todo. Sabendo que o edifício foi todo reconstruído e ainda é pouco reconhecido pelos bracarenses, porquê fazer uma identidade tão forte ligada ao edifício? O edifício onde está situado o GNRATION é o antigo quartel da GNR e, como tal, sempre esteve presente no quotidiano dos bracarenses. Agora surge com uma nova interpretação e é importante que se mostre, através da identidade e toda a comunicação criada. Esta é uma nova etapa. Quanto tempo demorou a criar esta identidade? Foi desenvolvida sinalética exclusiva para este projeto de modo a que haja uma harmonia entre todos os seus elementos. É o tipo de projeto que gosta de fazer? Quem conhece o meu trabalho sabe que me fascina a criação de identidades. É sempre um desafio, pois temos a responsabilidade de criar algo que será a cara de uma empresa ou instituição durante um longo período de tempo e pela qual estas deverão ser reconhecidas pelo público. São sempre trabalhos que exigem muito de nós, mas é isso que me faz querer fazer sempre mais e melhor. Sara Dias 3º ano de Design Gráfico 9 fora de portas Cláudia Viana, jornalista da RTP, ex-aluna da EPB A reportagem da Epb Revista foi ao encontro de Cláudia Viana, jornalista da RTP. Natural da África do Sul, foi aluna da Escola Profissional de Braga entre 1993 e 1996, no curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade. O repórter, seu antigo professor, recorda a aluna de estilo sereno e reservado, de olhar atento e perspicaz, detentora de uma escrita fácil e um discurso fluente. Dezassete anos depois, tentamos reconstituir as memórias que, afinal, não foram destruídas pela voracidade do tempo. Olá, Cláudia, conseguiste guardar recordações da tua passagem pela escola? Recordo o primeiro dia na EPB. Os corredores carregados de energia, de vontade, de expetativas. Alunos e professores cruzavam-se com largos sorrisos. Era um novo conceito de escola. Aqui rompia-se a tradicional formalidade na relação docente/estudante. Estreitar os laços na aprendizagem facilitava o saber. Salas pequenas, na altura, aconchegavam a turma. Professores jovens, na altura (risos), davam o melhor de si, enquanto profissionais, enquanto seres. “Recordo o primeiro dia na EPB. Os corredores carregados de energia, de vontade, de expetativas. Alunos e professores cruzavam-se com largos sorrisos. Era um novo conceito de escola.” Partilhávamos momentos para lá dos muros da escola. Ana Sales, João Lobo, Paulo Leitão, Zé Carlos, Arlindo Fagundes, Jorge Inácio, Rosa Ferreira, Maria João Lobato (orientadora da PAP), Paulo Sousa, entre outros, foram nomes que marcaram a minha passagem pela EPB. Fruto do empenho de todos, tive o privilégio de realizar alguns estágios como em Fotografia e Publicidade (NorthernTrainingTrust), em Newcastle, Agenda e 10 Reportagem (Antena Minho) e Relações Públicas (Torre de Babel), em Braga. Multimédia, no Porto TV - Informação e Multimédia, o curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, no Nexus – Centro de Estudos, em Braga, e o curso de Apresentação, no Centro de Formação da RTP. “Queria agarrar o mundo do trabalho à força. Estudar, apenas, não chegava num tempo que se adivinhava. Fazia entrevistas para estudos de mercado (INE). Batia porta a porta com inquéritos na mão, que me garantiam o à-vontade necessário, a insistência e persistência na obtenção da resposta. Aprendi e cresci.” E nasceu o sonho de ser jornalista… Sim, foi aqui que nasceu o sonho de ser jornalista. A componente prática é uma vantagem do ensino profissional. Os trabalhos desenvolvidos ao longo dos 3 anos do curso permitiram fazer as escolhas certas. O bichinho da televisão começava a nascer! Recordo as disciplinas de Integração e Audiovisuais que nos davam a liberdade de fazer, de criar. Aqui iniciei a primeira relação com as objetivas. Terá sido o prenúncio de um admirável mundo novo! Qual foi o teu percurso académico pós EPB? Entre 1996 e 2000, realizei o Bacharelato em Comunicação Social, na Escola Superior de Jornalismo. Depois, entre 2001 e 2003, fiz a licenciatura de Comunicação Social, na Escola Superior de Jornalismo. Além disso, frequentei outras ações de formação, nomeadamente o Curso de Informação e Comunicação na Sociedade Atual, na Universidade Popular do Porto, Formação Profissional em Jornalismo Podes falar-nos do teu percurso profissional? Ainda estudava na Escola Superior de Jornalismo do Porto quando comecei a trabalhar. Queria agarrar o mundo do trabalho à força. Estudar, apenas, não chegava num tempo que se adivinhava. Fazia entrevistas para estudos de mercado (INE). Batia porta a porta com inquéritos na mão, que me garantiam o à-vontade necessário, a insistência e persistência na obtenção da resposta. Aprendi e cresci. E aqui começou a minha luta pelo sonho de um dia ser jornalista. E surgiu a rádio e a televisão… Claro. Mas enviei dezenas de currículos (curriculum vitae)! A rádio era uma opção. Faltava a oportunidade que acabou por surgir um ano depois. Entrei para a Radiomar (Póvoa de Varzim), em 2000. Fazia os noticiários nacionais e internacionais e a revista de imprensa. A par disso, escrevia a página de cultura do Póvoa Semanário. Entretanto, a NTV, hoje RTP Informação, abriu casting para jornalistas. Fui ao primeiro acreditando que tudo estaria já decidido. Realizei o primeiro apenas por descargo de consciência. Chamaram-me para o segundo, terceiro, quarto...e assim foi durante um fora de portas ano. A expetativa ia crescendo. O friozinho no estômago também (risos). Acabei por ser chamada para a abertura da NTV. Comecei em reportagem e acabei na apresentação de jornais. A RTP, na altura acionista minoritária, acabou por adquirir na totalidade a televisão por cabo. Nasce aqui a RTPN, agora RTP Informação. Hoje trabalho para o universo RTP. A equipa da redação é um todo - RTP1, RTP2, RTP África, etc.. Tiveste ainda tempo para outros projetos… Sim, fiz Jornalismo, Edição e Reportagem na Radiomar/Póvoa Semanário, na Póvoa Varzim. Além disso, nos últimos anos, fui formadora no Curso de Técnicas Audiovisuais/Fotografia, na EPATV, em Vila Verde. Que dificuldade tens sentido e como as superaste? A grande dificuldade, nos dias de hoje, é sobreviver à vertigem do “já”, do “para ontem” ou do “direto”. Corremos contra o tempo. É necessária, em doses industriais (risos), capacidade de improviso e muita energia de todos no trabalho em equipa. Se um falha, falham todos. E para o bem e para o mal é, regra geral, o jornalista que responde. É ele o motor da reportagem. Qual é a tua perspetiva sobre a evolução do audiovisual em Portugal? A evolução do audiovisual traduz-se na vertigem do ime- diato que retira, muitas vezes, a profundidade temporal e distribui uma superficialidade informativa. Vivemos num mundo virtual, aos pés de uma sociedade consumidora de informação, em que tudo parece fácil. O meio on-line ganha cada vez mais terreno no universo audiovisual. A evolução acontece num momento de crise económica em Portugal, que afeta também as empresas mediáticas. Os orçamentos são cada vez mais reduzidos. Produz-se cada vez mais com menos. A Internet ganha corpo nas opções dos media. Quanto a projetos pessoais … Sonho em fazer apenas Grande Reportagem. Sair do desgaste que é a agenda do dia. Respirar e mergulhar bem fundo no que há de mais bonito no jornalismo! Tudo é novo, sempre! Nada se esgota. É o gozo desta profissão. Para terminar, tens um conselho a dar aos atuais alunos da EPB? Acreditar, sempre! E ir à luta. Entrevista conduzida por Paulo Leitão Coaching & Branding - Uma União Bombástica CARLOS COELHO, uma referência na construção e gestão da marca e presidente da Ivity Brand Corp, e João Catalão, especialista em coaching e motivação e “pai” do conceito Atitude UAUme, partilharam o palco do Auditório Vita, no dia 14 de maio. A organização do evento esteve a cargo de Kátia Fernandes, finalista do Curso Técnico de Gestão, cuja Prova de Aptidão Profissional visa realçar a importância do Marketing nas empresas. Se, por um lado, o branding - gestão da marca é fundamental para cimentar a imagem da instituição ou produto no mercado, gerando valor e confiança, por outro, o coaching faculta ferramentas que permitam reforçar esse objetivo. A primeira intervenção coube a Carlos Coelho, que contou várias experiências profissionais que elucidaram o público sobre o “segredo” das marcas. João Catalão falou com muito humor sobre a importância do coaching no contexto da atividade económica atual. Uma plateia heterogénea, convidada a partir das redes sociais, reagiu muito positivamente aos conteúdos apresentados. Kátia Fernandes 3º ano de Gestão 11 fora de portas Braga Romana – Reviver Bracara Augusta A EPB marcou presença na “Braga Romana – Reviver Bracara Augusta”, este ano na sua X edição, evento que decorreu na cidade entre os dias 22 e 26 de maio de 2013. Os alunos do 2º ano do Curso Técnico de Secretariado foram responsáveis pela participação da EPB nesse evento, assegurando a comercialização de produtos na banca do mercador e supervisionando o cortejo noturno. A banca do mercador da EPB teve à disposição dos visitantes mel caseiro, compotas, chá, marmelada, biscoitos, flores, bolos, bolachas, broas de pão e bijuteria artesanal. Quanto ao cortejo noturno realizado no dia 24, foram mobilizados cerca de sessenta epbianos - alunos, colaboradores e professores - vestidos com trajes a rigor, totalmente confecionados pelo Ateliê da D. Flávia, em Tibães. Numa malha visual brilhante, que remete para o azul, cor predominante da EPB, cruzaram-se os tons de dourado e castanho. A liderar o cortejo, esteve o Grupo de Percussão da EPB, contagiante com o seu dinamismo e vasto repertório musical. E foi com muita alegria, irreverência, cor, som e dança que a escola deu o seu contributo para mais um êxito do reviver a presença dos romanos em Braga! 2º ano de Secretariado Estágios transnacionais Catorze formandos da EPB farão um estágio na Europa, durante quatro semanas, no mês de julho, sendo distribuídos pelo seguinte quadro de cooperação: quatro formandos efetuam o seu estágio em Granada, Espanha, orientados pelo Instituto Europeo de Lenguas Modernas, S.L.; quatro realizam-no em Mosta, Malta, orientados pela Paragon Europe; e outros seis, em Leipzig, Alemanha, orientados pela Vitalis. 12 http://www.sights-and-culture.com A EPB obtém, pela primeira vez, o certificado de mobilidade Leonardo da Vinci, para o projeto “Acquiring Different Work Experiences” que irá proporcionar a 14 jovens formandos experiências laborais e socioculturais diferentes, em Malta, Alemanha e Espanha. “14 alunos realizam estágios transnacionais em julho Projeto de mobilidade certificado pela Agência Nacional Leonardo da Vinci” Os formandos usufruirão igualmente de cursos de língua (inglesa e espanhola) e de um diversificado programa turístico-cultural, os quais contribuem para o enriquecimento dos seus curricula vitae e, consequentemente, potenciam a sua inserção no mercado de trabalho. O “Acquiring Different Work Experiences” assume, como os anteriores projetos de mobilidade em que a EPB participou desde 2002, um papel inovador na modernização dos modelos profissionais da região, aproximando-os dos mercados europeus mais competitivos. A EPB continua, assim, a reforçar a sua dimensão europeia na formação. Alexandra Corunha Departamento de Comunicação e Marketing fora de portas Escola Profissional ruma ao Bom Jesus A comunidade educativa da EPB rumou em caminhada ao Bom Jesus do Monte, no dia 3 de maio, para promover a saúde e o bem-estar, combater o sedentarismo e a obesidade, e consolidar a vertente social e humana, numa iniciativa do grupo curricular de ciências humanas e sociais. Manhã cedo, alunos, professores, funcionários e direção reuniram-se junto do Instituto Ibérico de Nanotecnologia, iniciando a caminhada pelas 10h. E, devidamente equipados com camisolas epb e com farnel a tiracolo (aceitavam-se outros registos!), foram serpenteando encosta acima, até atingirem, primeiro, o pórtico de entrada do Bom Jesus, depois, o Santuário. Isto depois de subirem os escadórios, rodeados de árvores centenárias, de capelas que exprimem a Paixão de Cristo, e de fontes que se erguem majestosamente e que lançam água pelos órgãos do sentido, representados por esta ordem: visão, audição, olfato, paladar e tato. “local de história e cultura, mas também de encantamento, mistério, romance – a obra da Natureza e a obra do Homem em perfeita harmonia” O grupo parou no Santuário para um breve descanso. E para se reorganizar, visitar sítios de interesse, e absorver o espírito de tranquilidade daquele local de história e cultura, mas também de encantamento, mistério, romance – a obra da Natureza e a obra do Homem em perfeita harmonia. “Toca a levantar!”, pois esperavam outras atividades e o descanso é só quando o comandante disser! Então, o grupo deu mais um saltinho até ao cimo do monte, chegando em contagiante boa disposição, a contrastar com a ausência dos tradicionais garranos do Bom Jesus, uma nota de tristeza sentida por alguns, que não puderam dar aquela voltinha! Mas houve tempo para outras voltas! A primeira foi mesmo a instalação dos grupos pelo amplo espaço do Bom Jesus, tendo cada turma escolhido a sua mesa, devidamente decorada e recheada de comes e bebes. Seguiu-se o lanche, havendo um “bolinho de bacalhau” para todos, mesmo para os mais esquecidos que não levaram farnel. E depois veio o almoço, para restabelecer harmonia na dieta dos caminhantes. O encontro da EPB continuou tarde fora, imperando alegria, humor, boa disposição e franco convívio entre todos os epbianos, com conversas alinhadas e desalinhadas, todas elas, porém, a apontar para a aprovação da atividade e para a ideia de missão cumprida. Era bem visível o sentimento de certa nostalgia nos finalistas, que se preparam para, dentro de algumas semanas, deixar a escola e rumar ao mercado de trabalho ou prosseguir estudos no ensino superior. Houve ainda tempo para um peddy paper multidisciplinar, que envolveu diversas turmas que realizaram provas de Português, Inglês, Integração, Educação Física, Matemática e Componente Técnica. Todos procuraram dar o seu melhor! O encontro terminou com a descida, notando-se rostos cansados, mas felizes, à espera da próxima caminhada. Parabéns à organização e a todos os participantes. Fernando Silva 13 fora de portas Entusiasmo marcou III Troféu EPB No presente ano letivo, por iniciativa dos grupos curriculares de ciências humanas e sociais, línguas e ciências exatas, a Escola Profissional de Braga levou a cabo a sua 3.ª edição do Troféu EPB. Com esta atividade pretendemos fomentar uma competição sadia, mas, sobretudo, reforçar alguns valores e atitudes estruturantes para a formação integral dos jovens do presente e do futuro, tais como o companheirismo, a entreajuda, o gosto pelo desafio, o esforço e a empatia entre colegas/adversários. Tal como já acontecera na edição anterior, esta 3.ª edição do Troféu EPB comportou três provas. Na primeira prova, realizada a 10 de janeiro, os alunos inscritos responderam, individualmente, a três questionários de escolha múltipla sobre Cidadania e Ambiente, Literacia e Desafios de Matemática. Esta prova decorreu nas instalações da EPB, sendo de relevar, como notas dominantes, o empenho e o entusiasmo postos pelos jovens “epbianos” na procura do melhor resultado possível. A segunda prova, que teve lugar no dia 26 de abril, decorreu em dois momentos. Em primeiro lugar, foram testados os conhecimentos dos alunos sobre a obra “Cão como nós”, de Manuel Alegre. Depois, os alunos percorreram as ruas da cidade de Braga, onde identificaram aspetos relevantes do património histórico, arquitetónico e cultural da cidade, relacionados sobretudo com o a obra do arquiteto bracarense André Soares. Nessa manhã, os “atletas”, em representação da EPB, caminharam pelas ruas da cidade, onde deixaram bem impressa a sua alegria, juventude e espírito “epbiano”. Por último, realizou-se, em 23 de maio, uma corrida de orientação. Nesta prova, foi lindo de ver os nossos “atletas”, entre folhas, árvores, edifícios, parques e “céu azul” bracarense, procurar, procurar, até encontrar os “alvos/balizas” que pontuavam (matematicamente) certinho para poder obter a melhor pontuação. Em jeito de balanço, é justo destacar o comportamento excecional que os alunos souberam colocar nesta iniciativa, dando, desta forma, mais uma vez, um 14 bom contributo para consolidar a boa imagem externa da EPB. O espírito jovial e alegre, o empenho e o entusiasmo, o companheirismo e a empatia pelos colegas, aliados a uma competição sadia foram as notas dominantes que pudemos observar ao longo das três fases em que decorreu esta 3.ª edição do Troféu EPB. Bem hajam todos aqueles que nela participaram! António Dias Pereira Grupo Curricular de Ciências Humanas e Sociais CLASSIFICAÇÃO ELE / CC 1.º Matos2.º Ges 113.º As 11B4.º As Super Poderosas 5.º 7 Anões 6.º FC / DG 7.º 8.º The Best conquistas No projeto Start Point - Orienta o Teu Futuro Alunos da EPB conquistam 2º lugar A Feira do Emprego e do Empreendedorismo decorreu nos dias 16 e 17 de novembro e acolheu o projeto “Start Point - Orienta o Teu Futuro”. A iniciativa foi promovida pela empresa Betweien - Challenge and Success, Lda., no âmbito da iniciativa “Modern Skills - Academia de Empreededorismo”, e constava de um desafio lançado a alunos de seis escolas e centros de formação de Braga: conceção de um projeto em tempo limitado. A escola foi representada a ideia criativa e arrecadaram o 2º lugar, na conceção de uma ponte em papel, tendo evidenciado boas competências em liderança, trabalho em equipa e gestão do tempo. As turmas dos alunos vencedores e o 2º ano do Curso Técnico de Secretariado visitaram o certame e estiveram em contacto com empresários e instituições de ensino. pelos alunos Diogo Eirinha e José Carvalho, do Curso Técnico de Multimédia, e Jaime Oliveira e José Macedo, do Curso Técnico de Frio e Climatização, que aproveitaram Lucília Cardoso Diretora de Turma No Corta Mato Distrital Escola conquista 3º lugar Decorreu, no dia 6 de fevereiro, a final do Corta Mato Distrital, numa iniciativa da Coordenação Local de Desporto Escolar de Braga. A prova teve lugar nos terrenos anexos à pista de atletismo Gémeos Castro, em Guimarães, e contou com a participação de 3715 alunos de 94 escolas do distrito. A Escola Profissional de Braga esteve representada por cinco atletas em ambos os sexos dos escalões Juvenis e Juniores, depois de apurados no III Corta Mato EPB, sendo devidamente orientados pelos professores de Educação Física. Em termos de resultados, a EPB alcançou um honroso 3º lugar no escalão de Juvenis Masculinos, e um 4º lugar no escalão de Juniores Masculinos. Ao nível individual, destaca-se o 4º lugar obtido por João Ferreira, aluno do 2º ano do Curso Técnico de Frio e Climatização, na categoria de Juvenis Masculinos, num universo de 415 atletas participantes. Os professores que orientaram os alunos participantes nestas provas destacam o forte espírito coletivo e sentido de entreajuda dos alunos da EPB, fatores que os levaram aos excelentes resultados desportivos alcançados e ao crescimento como pessoas. Grupo Disciplinar de Educação Física 15 cursos Comemoração do Dia Mundial da Saúde A EPB comemorou, a 9 de abril, o Dia Mundial da Saúde, sob o lema “Pela tua rica Saúde”. Esta iniciativa foi promovida por alunos e professoras do Curso Técnico de Saúde, que pretenderam, com a realização de rastreios, palestras e peddy paper, prevenir a doença, mas, essencialmente, fomentar a Saúde na escola. sibilizar jovens e adultos para estilos de vida saudáveis, através de comportamentos preventivos de saúde, como uma boa nutrição e controle de peso, lazer, exercícios regulares e a privação de substâncias nocivas ao organismo. E, porque quanto mais jovem melhor, um estilo de vida saudável deve ser adotado o mais cedo possível. A Organização Mundial de Saúde define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. Este ano, sensibiliza para a prevenção da tensão arterial alta, para melhorar os índices de sobrevivência. E foi neste contexto que surgiu a necessidade de sen- Assim, ao longo deste dia, os alunos do curso de Saúde e a restante comunidade escolar tiveram oportunidade de participar em diversas atividades, destacando-se um peddy paper, rastreios e dois workshops: num, a enfermeira Irene Silva, do IPDJ, desenvolveu o tema Fome Física/ Fome Emocional; noutro, os alunos João Lopes, Sara Dias, Natália Costa e Rita Marques, do 2º ano de Saúde, fizeram demonstrações de Noções Básicas de Primeiros Socorros. O envolvimento e a responsabilidade dos jovens e adultos na sua Saúde é um passo primordial na adoção de estilos de vida saudáveis, 16 para, dessa forma, se viver uma melhor Saúde. Por isso, segue o conselho: olha pela tua rica saúde! Ana Isabel e Liliana Magalhães Professoras cursos Construção civil solidária Está o curso de Construção Civil da Escola Profissional de Braga a tentar solidificar o trabalho de colaboração com outras instituições, no sentido de proporcionar aos seus alunos condições para uma intervenção que seja em simultâneo solidária e de aplicação prática dos conhecimentos que vão adquirindo. Assim, foram estabelecidos contactos com a Junta de Freguesia de S. Victor, que funcionou como intermediária para uma intervenção numa habitação situada no bairro social das Enguardas, de renovação e adaptação de uma instalação sanitária. De igual modo, tem sido dada continuidade ao trabalho de colaboração com a instituição Habitat for Humanity, estando a ser feito o agendamento das intervenções a realizar. Consideramos estas intervenções e a participação dos nossos alunos da maior importância, não só pela aplicação dos conhecimentos adquiridos, mas essencialmente pelos valores inerentes e subjacentes a uma atitude crítica e interventiva na sociedade. Jorge Franqueira Coordenador de Curso Obras que contam No Baixo Sabor No dia 21 de maio, as três turmas do Curso Técnico de Construção Civil realizaram uma visita de estudo à obra do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor. Esta obra é constituída por dois escalões, permitindo produzir energia elétrica durante o dia e proceder à bombagem para a albufeira de montante durante a noite, de modo que a mesma água possa produzir energia na manhã seguinte. Os alunos foram organizados em grupos e acompanhados por engenheiros da EDP, apreciando tanto a parte exterior da obra como os subterrâneos para instalação das turbinas. Esta atividade teve múltiplas potencialidades pedagógicas e formativas, tais como desenvolver o espírito crítico e de observação, reforçar a coesão do curso e promover um clima interpessoal saudável. Maria Cândida Lacerda Professora A EXPERIÊNCIA de voluntariado em função da HABITAT foi bastante proveitosa e interessante. Executamos tarefas para o bem-estar de uma família carenciada e com condicionalismos na sua mobilidade do dia a dia. No dia em que fizemos o voluntariado, foi-nos apresentada a dona da casa, bem como os problemas que a sua filha detém, para que estivéssemos mais a par das suas necessidades e, desse modo, estarmos mais familiarizados com a obra. O voluntariado foi concretizado com a realização de várias tarefas que contribuíram para a construção da habitação: a execução de argamassas para reboco e laje aligeirada para fossa séptica. A família estava condicionada não só em termos financeiros, mas também em termos de mobilidades, aspetos que chamaram a atenção da HABITAT, levando-a à construção da habitação da família através de voluntários. E a nossa escola integrou esse voluntariado, contribuindo com a HABITAT na execução da habitação desta família, através de alguns contactos efetuados. Aquele dia foi bastante exaustivo e, ao mesmo tempo, muito proveitoso e benéfico, pois apesar do cansaço com que ficámos, sentimos o dever cumprido bem como a satisfação de ajudar o próximo. Obrigado, EPB, pela oportunidade desta experiência e, acima de tudo, obrigado, HABITAT, pelo trabalho incansável que tem na melhoria de vida de várias famílias. Pedro Coelho 3º ano de Construção Civil 17 cursos Encontros de Design e Multimédia A 5ª edição dos Encontros de Design e Multimédia da EPB realizou-se na semana de 22 a 26 de abril, e foi marcada por momentos de inspiração, de envolvimento entre alunos e profissionais, e de grande entusiasmo pelas áreas do Design e Multimédia. A MezzoLab abriu a 5ª edição dos Encontros com uma palestra onde foi abordado o desenho para web. Durante o dia, tivemos atividades ligadas ao empreendedorismo (Betweien), realidade virtual (João Delgado), técnicas de produção audiovisual (Creative Lemons) e um workshop de criação de personagens, dinamizado por Ricardo Coelho, antigo aluno do curso de Design Gráfico da escola. No segundo dia, a criatividade invadiu os Encontros com a presença da psicóloga Filipa Rodrigues, que dinamizou uma palestra dedicada aos processos criativos. Seguiram-se dois workshops em simultâneo: um dinamizado no Factory Business Center, com a Filipa Rodrigues, que tratou o tema “Treino de Processos Criativo”, e outro de introdução ao adobe lightroom, com o fotógrafo Gonçalo Delgado. Ao longo deste dia, abordou-se, ainda, o mundo da mobilidade web com a temática “A web está onde tu estiveres”, com Carlos Castro; Branding e motion graphics, pela empresa GEN Design; a publicação digital pela Mac Service, e um workshop de edição de vídeo, dinamizado pela empresa Tais do Vídeo. O segundo dia acabou já tarde com o designer Rafael Serra, numa tertúlia sobre tipografia na Velha-a-Branca. “Marketing Pessoal” foi o tema de abertura do terceiro dia dos Encontros 2013, a cargo da professora Natália Rebelo, seguindo-se “Apresentações para Totós”, com o ex-aluno de Design Gráfico, Eduardo Silva (Geiras). A parte da tarde foi dedicada à temática “De alunos para alunos”, realizando-se workshops de wordpress (Márcio Rodrigues), metodologia projetual (José Rodrigues), modelação 3D (José Carvalho) e motion graphics (Jorge Henriques). O último dia dos Encontros ficou reservado para a inspiração e motivação da Paleta de Letras, representada pelos ilus- 18 tradores Pedro Seromenho e Sebastião Peixoto, e pelo designer Sérgio Ribeiro, com o mote “Livradição”. O fotojornalista Hugo Delgado encerrou a 5ª edição do evento com uma sessão sobre fotojornalismo. A edição de 2013 dos Encontros Design e Multimédia foi um sucesso: mais de 150 pessoas estiveram presentes, o suficiente para encher 87% de um Airbus A320; mais de 1725 minutos de atividades ao longo de 4 dias, tempo suficiente para ir do Porto a Nova York 4 vezes; foram partilhadas mais de 320 fotografias, o equivalente ao uso de 27 rolos de filme; mais de 26 convidados partilharam experiência nos Encontros, um aumento de 40% em relação a 2012; e foram alcançadas nas redes sociais mais de 10 mil pessoas, rentabilizando 100% do investimento. José Carlos Rodrigues 3º ano do curso de Design Gráfico cursos Pensar a energia que consumimos Nos tempos que correm, faz todo o sentido pensar a energia que consumimos, transformada em diferentes eletrodomésticos que utilizamos diariamente. o termo “eficiência energética”, devendo o futuro técnico ser um conhecedor capaz de ajudar/aconselhar qualquer consumidor final a obter o melhor rendimento da energia que paga. O técnico-projetista desenvolve as suas ideias, pensando não só na função do produto, mas também no seu consumo de energia, incluindo conforto na sua utilização e ainda a integração do equipamento no meio onde este vai operar. Só assim se podem satisfazer as necessidades e exigências do consumidor final. De facto, é uma preocupação permanente gerir a “nossa energia” – porque a pagamos - para que seja utilizada de forma eficiente, tirando o maior rendimento com a maior quantidade de trabalho útil. No âmbito dos projetos que os nossos alunos vão desenvolvendo ao longo dos cursos, nomeadamente nos cursos de Energias Renováveis e de Frio e Climatização, é fundamental que se inclua José Esteves Coordenador de Curso Dicas para um conhecimento sobre energia É NO MOMENTO da compra que o consumidor deve ter algum conhecimento que lhe permita fazer a escolha mais acertada para as suas necessidades, sendo, por isso, importante deter informação sobre as seguintes questões: O que é a etiqueta energética? A etiqueta energética foi criada com o objetivo de informar o consumidor, no momento da compra, sobre determinadas características e desempenho dos eletrodomésticos, utilizando uma escala de classificação para identificar os mais e os menos eficientes energeticamente. Para além do consumo de energia, apresenta informação sobre outras características dos equipamentos como, por exemplo, a água que consomem ou o ruído que produzem. Quais os eletrodomésticos que devem estar rotulados? A rotulagem através desta etiqueta, regulamentada desde 1992, é já obrigatória para lâmpadas e vários eletrodomésticos, como máquinas de lavar loiça e roupa, de secar roupa, equipamentos de refrigeração (frigoríficos, combinados e arcas), aparelhos de ar condicionado e ainda fornos elétricos. Como são então classificados os eletrodomésticos? Os primeiros grupos de aparelhos abrangidos pela nova regulamentação são as máquinas de lavar roupa e louça, aparelhos de refrigeração e televisores. Estes eletrodomésticos são classificados de acordo com uma escala de 7 classes, que vão desde A+++ (mais eficiente) a D (menos eficiente). Duas categorias de equipamentos de refrigeração apresentam 10 classes (de A+++ a G): os aparelhos de refrigeração por absorção (ao contrário dos tradicionais de refrigeração por compressão) e os aparelhos de armazenagem de vinho (categoria criada de raiz). A etiqueta dos televisores, também criada de raiz, tem uma classificação inicial de A a G, migrando para A+++ a D, de forma faseada, até 2020. Como posso saber as diferenças entre as várias classes energéticas de um eletrodoméstico? Com a criação das classes energéticas, subentende-se que, quanto mais alta for a classificação atribuída (Ex. A++), maior será a poupança por parte do consumidor. Um exemplo prático destas diferenças e respetiva poupança é o caso que se apresenta a seguir, com a comparação de três classes superiores de uma máquina de lavar roupa: Classe A+++ - Consome 32% menos que A; Classe A++ Consome 24% menos que A; Classe A+ - Consome 13% menos que A. Como ler a etiqueta energética? Embora as etiquetas possuam um design igual, na realidade, os dados que nos fornecem variam consoante o eletrodoméstico, pois os parâmetros de classificação de um frigorífico são diferentes de uma máquina de lavar roupa. A título exemplificativo, apresentamos a nova etiqueta de uma máquina de lavar roupa e respetiva legenda. 1 - Marca do fabricante e modelo 2 - Classe de eficiência energética 3 - Consumo anual de energia 4 - Consumo anual de água (em 220 ciclos normalizados) 5 - Capacidade standard em Kg 6 - Eficácia de centrifugação 7 - Potência sonora em decibéis (durante a lavagem e centrifugação no programa da norma) Fontes: www.ecocasa.pt; www.balay.pt João Cunha Professor 19 cursos Olimpíadas Nacionais de Informática As Olimpíadas Nacionais de Informática são um concurso de âmbito nacional, promovido e organizado pela APDSI - Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, em colaboração com o Departamento de Ciência de Computadores, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e a Universidade do Algarve. Têm como objetivos promover o gosto pela programação e pelas tecnologias de informação entre os jovens, constituir um ponto de encontro de âmbito nacional para professores e alunos, e selecionar uma equipa para representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Informática. “Os alunos da Escola Profissional de Braga aderiram de forma entusiástica a esta iniciativa” É destinada a todos os jovens nascidos após 30 de junho de 1993 e que, no ano letivo 2012-2013, frequentem o ensino básico, secundário ou equivalente. A prova nacional desenvolveu-se em duas fases: a primeira consistiu na reso- esta iniciativa, na expetativa de alcançarem bons resultados. Mas, o importante mesmo foi participar. Júlio Bigas Professor lução de três problemas apresentados simultaneamente a todos os concorrentes através da Internet. A classificação foi atribuída automaticamente e validada por um júri nacional nomeado pela APDSI; os melhores participaram na segunda fase, os quais realizaram uma prova final, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Os mais bem classificados na prova final foram selecionados para participarem em junho num estágio de formação, findo o qual serão escolhidos (1 a 4), para representar Portugal, nas Olimpíadas Internacionais de Informática, que se realizarão em Brisbane, na Austrália, em julho. Os alunos da Escola Profissional de Braga aderiram de forma entusiástica a Foi na 24ª Conferência da UNESCO, realizada em Paris em 1987, que nasceu a ideia de criar umas Olimpíadas Internacionais de Informática (IOI) para alunos do secundário. Uma ideia concluída no programa da UNESCO no biénio 1988/89 e, em maio de 1989, a UNESCO patrocinou a primeira edição das IOI, realizada em Pravetz, na Bulgária. As IOI vão já na 25ª edição e são uma das atuais seis grandes Olimpíadas Científicas, sendo umas das mais recentes. As outras são Matemática (realizada desde 1959), Física (desde 1967), Química (desde 1968), Biologia (desde 1990) e Astronomia (1996). À descoberta de Camilo Castelo Branco A ideia andava no ar e, entre as atividades para o ano letivo corrente, foi proposta uma visita de estudo à Casa-Museu de Camilo Castelo Branco. Justificava-se porque, para além de ser um autor cuja obra se poderia explorar em diversos módulos de aprendizagem, se comemoravam os 150 anos da publicação de Amor de Perdição. Assim, os alunos dos 1º e 2º anos de Secretariado e seus professores deslocaram-se a São Miguel de Seide, Famalicão, no dia seis de dezembro, sendo recebidos por dois monitores que acompanharam cada qual uma turma. A visita começou com a contextualização, à entrada da casa, onde o monitor destacou alguns aspetos históricos da mesma, acentuando a vida de Camilo e Ana Plácido e o incêndio que a casa sofreu. De seguida, entrámos na casa e percorremos os vários com- 20 partimentos: hall de entrada, sala de jantar, sala principal, escritório, cozinha, quarto de Camilo, quarto de Ana Plácido, saleta de Ana Plácido, quarto dos filhos e, finalmente, a Galeria de Exposições, onde se encontrava patente uma exposição sobre as mulheres de Camilo. A visita de estudo valeu pelo contacto dos alunos com um ambiente de elevação cultural e literária, pela viagem a uma época que os vai ocupar nos próximos módulos de aprendizagem, com autores como Garrett ou Eça de Queirós, escritores (a par de Camilo) de elevado critério na arte de bem escrever, e ainda pelo interesse suscitado por um melhor conhecimento de Camilo Castelo Branco. 1º ano de Secretariado cursos Futuros profissionais no terreno “O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu faço, eu entendo.” Confúcio Antes de irem para o terreno, os alunos trabalham, em contexto de sala de aula, as competências fundamentais para serem excelentes profissionais. E que competências são essas? O profissionalismo assenta não só no rigor técnico como também em qualidades pessoais, que conferem uma postura dita “profissional”... Polivalência, proatividade, capacidade de relacionamento interpessoal, elevado grau de responsabilidade, espírito crítico, assiduidade e pontualidade. É precisamente a conjugação destas características que diferencia os futuros profissionais da EPB! Apresentam-se algumas iniciativas que aliaram o rececionismo efetuado pelo Curso Técnico de Secretariado e a cobertura mediática pelos Cursos Técnicos de Design Gráfico e de Multimédia: I Jornadas de Segurança e Saúde no Trabalho “Gerir com sucesso SST” | 19/10/2012 | PEB Cordão Humano da Liga contra o Cancro | 24/10/2012 | Braga Feira do Emprego e do Empreendedorismo | 16 e 17/11/2012 | PEB Concerto Teresa Salgueiro | 01/12/2012 | Auditório Vita Seminário “A Solidariedade entre as Gerações” | 03/12/2012 | PEB XII Ciclo de Conferências da Fundação Bracara Augusta | abril/junho 2013 V Congresso Cidadãos Educadores | 16 e 17/05/2013 | PEB Natália Rebelo Coordenadora de Curso “Vimos reconhecidamente agradecer toda a colaboração prestada pelos alunos de Secretariado, de Design Gráfico e de Multimédia neste evento, a qual foi fundamental para os resultados positivos alcançados.” Dra. Palmira Maciel Vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Braga “(…) alguns alunos do Curso Técnico de Secretariado da Escola Profissional de Braga (…) colaboraram connosco na logística da frente de sala deste Evento. Foi para nós uma ajuda preciosa. O requinte e profissionalismo com que desempenharam as suas funções dignificaram ainda mais o evento em si. Acolher e acomodar nos seus lugares 491 pessoas num curto espaço de tempo não é tarefa fácil. O Auditório Vita prima no acolhimento e simpatia de todos os que usufruem dos seus espaços. (…)” “O nosso muito obrigada pela parceria estabelecida na organização e execução das Jornadas de Segurança e Saúde no Trabalho. Queremos partilhar o sucesso da iniciativa também com os alunos de Secretariado e Design, e felicitá-los pelo excelente desempenho. Estamos certos de que esta foi a primeira de outras iniciativas conjuntas.” Padre Marc Monteiro Diretor do Auditório Vita Dra. Gisela Azevedo Diretora dos Recursos Humanos da Câmara Municipal de Braga 21 cursos IV Jornadas Administrativas da Escola Profissional de Braga O melhor Povo do Mundo Realizaram-se, no passado dia 20 de fevereiro, as IV Jornadas Administrativas da Escola Profissional de Braga. O evento foi, neste ano letivo, organizado por mim, no âmbito da minha PAP – Prova de Aptidão Profissional do Curso Técnico de Gestão, tendo como temática de fundo “O Melhor Povo do Mundo”. Seguidamente, Jorge Remondes, do ISVouga, baseou a sua intervenção na importância do Marketing Pessoal e da utilização das redes sociais na divulgação de mensagens de comunicação individual e empresarial. A abrir o segundo painel da manhã, Miguel Dias, da empresa MMM + A Branding, falou na primeira pessoa, evidenciando a sua experiência pessoal mas valorização do empreendedorismo, nomeadamente aquele que levou à criação da empresa em questão. Posteriormente, seguiu-se o vídeo de João Catalão, conceituado coach que, por não poder estar presente, nos disponibilizou via vídeo uma sessão de valorização motivacional, onde se salientou a máxima “Façam acontecer!”. Finalmente, teve O grande auditório do Parque de Exposições de Braga recebeu um conjunto de intervenções centradas na motivação, para todos quantos assistiram aos dois painéis das Jornadas. A sessão da manhã foi aberta por Palmira Maciel, vereadora da Câmara Municipal de Braga, que fez alguns esclarecimentos relacionados com a Braga Capital Europeia da Juventude 2012. A esta intervenção seguiu-se a desenvolvida por Ricardo Peixe, Trainer & Career Sepecialist “Emprego Bom e Já”, desmistificando alguns dos maiores mitos associados à procura de emprego. também empresarial. Os trabalhos da manhã encerraram com Francisco Teixeira, administrador da comunidade Consumer Behavior Portugal, com uma intervenção dirigida à forma como o nosso país se deveria posicionar a nível externo. Retomadas as Jornadas à tarde, Tânia Pinto, embaixadora do empreendedorismo feminino em Portugal na Comissão Europeia, baseou a sua intervenção na apresentação da sua própria experiência profissional, como administradora da empresa Asuasecretária. Mais tarde, coube a Narciso Moreira, da empresa Betweien, expor as suas ideias assentes na lugar a intervenção do jovem empresário Marco Barbosa da Bewarket, um caso de sucesso em Braga, que valorizou a importância da mudança do local de trabalho e da capacidade de apostar numa nova carreira profissional. Foi um dia preenchido com diversos motivos de interesse, onde foram abordados temas da atualidade que muito contribuíram para enriquecer a formação dos alunos. 22 Margarida Pinto 3º ano de Gestão cursos Participação no Festival Nacional de Robótica Pelo oitavo ano consecutivo, a Escola Profissional de Braga participou no Festival Nacional de Robótica, organizado pela primeira vez por uma escola secundária. A 13ª edição da competição de robótica decorreu entre os dias 25 e 28 de abril, na Escola Secundária D. Dinis em Lisboa, reunindo aproximadamente quatro centenas de participantes. A EPB fez-se representar com três equipas em diferentes competições - Robot@Factory, Futebol Robótico Júnior e Busca & Salvamento B –, envolvendo a participação de sete alunos e dois professores. Uma nota especial para a inscrição de mais três ex-alunos desta escola, que se juntaram às equipas da EPB, dando uma contribuição significativa no apoio aos seus antigos colegas de curso. Pela primeira vez, a EPB participou na prova Robot@Factory, habitualmente dirigida a alunos de grau universitário. Com uma equipa composta por dois alunos do Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, e dois do Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, o terceiro lugar obtido (muito próximo do segundo classificado) foi um prémio merecido para o esforço, empenho e entreajuda que os alunos evidenciaram na preparação do robô e na realização das diferentes provas. No Futebol Robótico Júnior, uma participação que se tem consolidado, a EPB obteve um resultado meritório, tendo a equipa ficado apurada para integrar a representação nacional no Robocup 2013 (competição internacional de robótica que junta as melhores equipas de todo o mundo), que este ano decorrerá em Eindhoven – Holanda, no final do mês de junho. Já na prova de Busca & Salvamento B, os bons resultados do primeiro dia de competição não se repetiram nas finais e a equipa quedou-se pela sexta posição, a meio da tabela classificativa. Para além dos resultados obtidos, fica desta participação a significativa evolução técnica, pessoal e humana a que os alunos foram sujeitos por força de uma competição em que o convívio entre participantes acompanha o stresse das provas, a diversão do momento fica afastada pela responsabilidade assumida, e o cansaço crescente é adiado pela vontade de fazer cada vez melhor. Assim sendo, o balanço só pode ser bastante positivo, sem dúvida! João Garcia Coordenador de Curso Lan Party atraiu jovens de várias escolas A EPB Lan Party decorreu nos dias 20 e 21 de dezembro, nas instalações da EPB, com o objetivo de divulgar a Escola Profissional de Braga e, em especial, o Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. O evento integrou os tradicionais jogos “League of Legends” e “FIFA 13”, tendo os participantes ainda a oportunidade de se divertir com outros jogos não oficiais. No dia 20 foi criado, em parceria com a Spark Agency, o “Open & Connected on Zappeo”, um momento único neste evento que consistiu na demonstração de uma aplicação móvel que permite encontrar pessoas e informações sobre as mesmas num determinado evento ou conferência, desde que estejam conec- tados. O Zappeo é um projeto inovador gerador de oportunidades de emprego, negócios, valorização profissional, enfim, um conjunto de experiências e partilhas únicas. O design desta aplicação foi concebido por um ex-aluno de Design Gráfico, o Eduardo Silva (Geiras). A organização considera que atingiu os objetivos e congratula-se pelo elevado nível de adesão, principalmente pela capacidade de atrair participantes externos à EPB, pelo elevado civismo e educação que estes demonstraram durante todo o evento. Um dia com muitos momentos de competição, convívio e adrenalina entre os cerca de 60 participantes. Filipe Alves Professor 23 à conversa com PEIXE : AVIÃO Numa tarde solarenga de abril, sentados numa esplanada de Braga, a conversa com dois elementos da banda Peixe : Avião*, o Luís e o José, decorreu de forma bem disposta, fluída e transparente como água. Não se consideram grandes faladores, mas foram assertivos num registo descontraído e “cool”. Uma banda com iniciativa, polivalente e criativa. O novo single, que estreou no dia 22 de abril, na Antena 3, chama-se Avesso. É um exclusivo na rádio. Uns dias depois, sairá um videoclip e nas redes sociais. O novo álbum (que ainda não tem nome), o sucessor de Madrugada (em 2010), será lançado em setembro e representa uma rutura (gostam de pensar que sim) com os restantes trabalhos, quer a nível da composição, quer na sua sonoridade final. O que vos distingue das demais bandas rock no cenário musical português? As bandas, de uma forma geral, distinguem-se umas das outras (José). Mas, pelo facto de sermos as 5 pessoas que somos e que fazemos música que tem alguma personalidade e um cunho próprio, isso é o que nos distingue (Luís). “Não se pode viver em função dessa fama, euforia.” Como encaram o facto de serem comparados com os Radiohead, graças à voz de Ronaldo Fonseca e ao estilo musical com particular aten- 24 ção às texturas e às camadas de instrumentos? Não somos, infelizmente (risos). Essa comparação era mais feita, no início, quando nascemos. Aliás, o som não tem grande ligação. Compreendemos que seja uma referência mais fácil de dar porque é uma banda famosa e as pessoas têm sempre a tendência de colocar um “rótulo”. Agora que já se conhecem melhor, certamente, acham que isso vos entusiasma mais para criar? Há um processo de crescimento em conjunto... Isso tem a ver com a confiança que temos uns nos outros. Há sempre uma certa exposição a que nos sujeitamos quando criamos, principalmente o Ronaldo a escrever letras. A confiança cresce e só se consegue através da nossa convivência, sobretudo quando vamos para os concertos que é quando acontecem as maiores aventuras (risos do José) e esses momentos reforçam mais as nossas ligações. Mas, mesmo a nível musical, no próximo disco (já gravado), optamos por ter uma abordagem que reforça mais a individualidade de cada um; os temas foram compostos de uma forma mais partilhada, em ensaio, ao contrário de outros discos (uma ideia geral que partia de uma pessoa e era explorada por todos). Adolfo Luxúria Canibal classificou-vos como “o novo fado do século XXI”, a propósito de “40.02” (o primeiro álbum lançado em 2008). Sentem que já geraram um “culto” desde a vossa existência? Culto é muito forte, um pouco exagerado. Há pessoas que gostam de nós e que nos seguem. Essa expressão aplicava-se mais há umas décadas atrás, quando apareceram os Mão Morta. Os tempos atuais são diferentes. As coisas funcionam muito por ciclos. “Culto é muito forte, um pouco exagerado. Há pessoas que gostam de nós e que nos seguem. Essa expressão aplicavase mais há umas décadas atrás, quando apareceram os Mão Morta.” Têm formação musical? De que forma contribuiu para o que a vossa banda é hoje? Eu (José) estudei Produção, na Escola Superior do Porto, e contribuiu muito do ponto de vista crítico da música, mas também a nível técnico, do ponto de vista da criação musical, me expus a coisas que desconhecia. Aprendi e ajudei. No entanto, a história da música popular é feita es- sencialmente de pessoas que não têm formação musical. Como é que se conseguem gerir e reunir a criatividade e ideias de 5 pessoas diferentes num disco? E quando as coisas ficam difíceis e estão divididos em relação ao caminho a seguir quem tem a última palavra? Não há últimas palavras. Em geral, debatemos muito as ideias, principalmente quando há pontos em que divergimos. Em última instância, usamos o método do voto (a maioria). Em cada álbum há sempre um outro pormenor em que isso acontece, porque os álbuns são “filhos difíceis de parir” (Luís). A banda tem 2 designers (André e Pedro) - as capas dos álbuns são feitas por nós. Quais são as vossas fontes de inspiração? Pode ser um livro, mas essencialmente música que ouvimos. Uma das vossas referências musicais são os Clã, até porque já colaboraram juntos. O que ouvem? à conversa com Sim, uma referência sobretudo sobre a forma de trabalhar. São uma banda que consegue “pôr a cabeça por cima da água” e fazer boa música (José). Rock, Eletrónica (exploratória), Pop,... Não ouvimos muita música nacional, contra nós falamos. Quando estão a trabalhar em estúdio e a inspiração falta, o que fazem? Não levamos a inspiração para o estúdio. Quando vamos para estúdio (Valentim de Carvalho), o processo de criação já aconteceu. A composição já vai feita; há apenas pequenos ajustes técnicos a fazer. Quando a inspiração falta, é melhor deixar para o dia seguinte. As boas ideias aparecem, muitas vezes, quando estamos distraídos. Em primeiro, compomos a música, melodias de voz e só depois a letra. Funciona assim para nós. No entanto, o processo ao contrário é possível. “Para a cidade que é, não está a correr mal, mas claro que pode ser sempre melhor. Há muita gente a fazer música, boa ou má.” Depois do grande boom dos anos 80, o que vos parece o atual panorama musical bracarense? Não está mal. Cresceu um bocado. Há mais acesso a tudo, seja música para consumir, seja instrumentos para tocar, salas para ensaiar, mais bandas, mas continua a não haver muitos sítios para Peixe : Avião é uma banda nascida no verão de 2007, na cidade de Braga. Conquistaram a atenção da imprensa nacional através de um EP promissor, “Finjo a Fazer de Conta Feito Peixe Aviao”. Em 2008 lançam o primeiro álbum 40.02, seguindo-se Madrugada, em 2010. O disco Madrugada permaneceu 5 semanas no Top da Associação Fonográfica Portuguesa e o disco enquadrou várias listas dos melhores discos do final do ano no panorama nacional português, como a revista Blitz, Cotonete, Sapo, Jornal i, RUC, RUA, e o blogue Provas de Contacto. Em tocar... Para a cidade que é, não está a correr mal, mas claro que pode ser sempre melhor. Há muita gente a fazer música, boa ou má. Das novas bandas portuguesas, há alguma(s) que apreciam particularmente? Nós criamos uma editora na altura em que avançamos com o último disco “Madrugada”. Como todos nós tínhamos projetos paralelos e tínhamos amigos que tinham projetos com quem colaborávamos e gostávamos, decidimos criar uma editora que basicamente é um selo. A nossa editora não tem nenhuma estrutura física; agrupamos todos esses projetos num selo editorial. As bandas que apreciamos são as que ajudamos 2011, compuseram as canções originais da banda sonora da longa-metragem O Que Há De Novo No Amor?, interpretadas no filme pela banda fictícia Os Ursos Pardos. Elementos da banda: Baixista: José Figueiredo Vocalista: Ronaldo Fonseca Baterista: Pedro Oliveira Guitarristas e Teclas: Luís Fernandes e André Covas 25 à conversa com Breves Qual o grupo/artista português e/ou estrangeiro com quem gostariam de tocar juntos? (pergunta espetacular, diz o José). Beatles, não é possível, mas é verdade. E também os Portishead. Número de concertos que já deram? Talvez, cerca de uma centena. Ao fim dos 30, paramos de contar. a pôr discos cá fora, de amigos, por exemplo, Long Away To Alasca (outra banda de Braga), Smix Smox Smux (onde o José também toca), Dear Telephone (banda do nosso baterista), Old Jerusalem,... A editora chama-se PAD (pad-online.com). Consideram que se faz boa música em Portugal? Sim. Há muita música de consumo generalizado, mas, como em qualquer país, com estilos diferentes. Uns têm Tony Carreira e outros têm Britney Spears (José). Há muita gente a fazer boa música, que não se conhece e que merecia mais destaque. Aqueles artistas a que se dá mais destaque são pobres a nível artístico (Luís). O país é pequeno e a margem de pessoas que sobram para consumir música é pequena (José). E no estrangeiro, já foram convidados? Já esteve para acontecer. Quais são os vossos maiores fãs? Sexo feminino/ masculino? Equilibrado. De que faixa etária? Dos 20/40. Qual foi a coisa mais louca e/ou curiosa que um dos vossos fãs já fez? Uma senhora que mostrou os seios num concerto. Quais os projetos para o futuro? Até onde pretendem chegar? O que falta conquistar? O projeto imediato é o nosso novo álbum, o qual ainda não tem nome e cujo lançamento será em setembro. Falta conquistar muita coisa: disco de platina ou ouro (risos). Está fora do nosso alcance. O nosso objetivo não é esse, mas gostaríamos, obviamente. Vendemos 2 mil discos, o que é bom para a nossa dimensão. Alguma canção ou grupo(s) que tenham marcado a vossa adolescência? Nirvana e Pixies. Que conselho(s) dão aos jovens alunos da EPB para singrarem no mercado de trabalho cada vez mais competitivo? E aos que gostam de tocar e até têm uma banda de garagem? Ter espírito de iniciativa e querer fazer as coisas, ir à luta. Nós tiramos fotografias, colocamos autocolantes nos discos... “O espírito é: faz tu próprio; não estejas à espera de ninguém para o poderes fazer” (Luís). Quanta mais valorizada uma pessoa for, mais possibilidade terá para singrar. As pessoas mais capazes profissionalmente arranjam sempre trabalho. “Estudar; o saber não ocupa espaço.” (José) Como músicos, dizemos que ouçam muita música e que não se contentem com aquilo que lhes dão a ouvir. Praticam desporto? Não temos muito tempo. O Luís joga futebol com os amigos. São adeptos do S.C.Braga. O Zé é portista e é sócio do S.C.Braga. O que dizem as vossas cordas (guitarra e vocais) e as vossas teclas? São o veículo para expressarmos a nossa personalidade artística. Está lá um pouco de todos nós, quase como se fosse uma radiografia dos 5 elementos. Entrevista conduzida por Alexandra Corunha 26 Programa(s) de TV preferido(s)? Documentários (José) e Baby.TV (“até sei as músicas de cor” - Luís). Já vos pediram para dar um concerto em prol de uma causa social? Se sim, qual? Já, mas ainda não foi possível por vários motivos, inclusive a nível de recursos logísticos. Estamos sempre recetivos. A que dão mais valor na vida? À família, saúde e trabalho. O vosso verdadeiro desafio é... Melhorar, sempre. iniciativas III Corta Mato EPB O III Corta Mato EPB decorreu no dia 29 de novembro, no Estádio 1º de maio e no Parque da Ponte. Este evento, que se enquadrava no plano anual de atividades da escola, foi dinamizado pelo grupo disciplinar de Educação Física e contou com forte adesão dos alunos. A atividade tinha por objetivos: facilitar a integração social dos alunos no meio escolar, reforçar os benefícios proporcionados por uma prática de atividade física regular e sistematizada, sobretudo ao nível cardiovascular e no combate ao sedentarismo, e estimular e reforçar os conceitos de criatividade, autonomia e desportivismo como valores essenciais à dignidade humana intrínsecos à Educação Física e ao Desporto. Bem cedinho daquele dia de novembro, cerca de duas centenas de alunos entregavam-se entusiasticamente às provas, na procura da melhor posição possível, apurando-se a classificação final expressa na tabela ao lado(3 primeiros de cada categorias). Juvenis Masculinos João Ferreira António Ferreira Eduardo Ferreira FC11 MEC12 GES12 Juvenis Femininos Ana Teixeira Ana Lages Letícia Almeida GES12 CCI12 DG12 Juniores Masculinos João Lopes Pedro Ribeiro Hugo Cunha AS11 ELE11 GPSI11 Juniores Femininos Maria do Carmo Joana Galvão Daniela Silva SEC11 DG10 SEC11 Grupo Disciplinar de Educação Física 27 iniciativas Campanha de sensibilização Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho No dia 7 de fevereiro de 2013, a turma do 1º ano do Curso Técnico de Secretariado alertou a comunidade escolar para conceitos básicos sobre Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, com a colaboração da Nortemed. Os resultados deste dia, diferente da rotina habitual da escola, foram bastante positivos, pois levaram ao envolvimento de cerca de 300 alunos, professores e funcionários, colocando-os em contacto com situações práticas. Toda a organiza- A manhã foi marcada por diversas atividades, destacando-se: • Uma exposição e workshops sobre equipamentos de proteção individual e meios de combate ao incêndio, onde marcaram presença, de forma rotativa, turmas que frequentam cursos com maior propensão para lidar com situações de emergência; • Exibição de vídeos elucidativos sobre cuidados a ter em matéria de higiene e segurança em trabalhos específicos; • Realização de exames complementares de diagnóstico médico, feitos por profissionais de saúde, tais como eletrocardiograma, audiometria, visão, espirometria, tensão arterial e IMC. De tarde, realizou-se um workshop no auditório EPB, no qual Vítor Teixeira, administrador da Nortemed, e Ângelo de Sousa, consultor da mesma empresa, abordaram os temas Saúde Ocupacional e Como Gerir a Emergência em Ambiente Escolar. Alunas da turma responsável desafiaram ainda os participantes para uma sessão de ginástica laboral. ção deste dia, desde a divulgação às reuniões de trabalho, passando pela formalização de convites, exposição e receção aos visitantes, permitiu desenvolver competências que não são tão evidentes no contexto de sala de aula. Para além disso, é com gosto que partilhamos o nosso know-how. 28 1º ano de Secretariado Dados estatísticos (ACT | 2010) 1. O setor da construção civil lidera no número de acidentes de trabalho, seguido da agricultura e pecuária 2. Os acidentes de trabalho mortais ocorrem em maior número no Porto, Lisboa e Aveiro 3. As principais causas assentam na queda em altura, choque de objetos e esmagamento de máquina 4. De 2001 a 2010, os acidentes de trabalho mortais reduziram para metade iniciativas Pensar com alegria, a matemática do dia a dia! toda a comunidade escolar relativamente à ciência em geral, nomeadamente a dos formandos. O balanço foi positivo devido, essencialmente, ao entusiasmo, proatividade e participação da grande maioria dos visitantes do Cantinho. A Matemática e a Físico-Química enfeitam o Natal Foram dezenas as formas como os alunos deram a forma de Natal a objetos oriundos da Matemática e da Física. Esta adesão, que contou com participações dos diferentes cursos, foi um contributo ao embelezamento do Natal na EPB, numa perspetiva criativa dos nossos alunos em festejar o Natal. Troféu-EPB A Imagem da Matemática Cada projeto teria de contemplar uma ideia matemática, sustentada por uma imagem e um texto. E os alunos participaram entusiasticamente na iniciativa, criando cerca de 160 projetos. Um júri selecionou dez, tendo a comunidade escolar escolhido os três melhores: Pedro Coelho, do 3º ano de Construção Civil, Romeu Alves, do 2º ano de Frio e Climatização, e Roberto Martins, do 3º ano de Construção Civil, respetivamente 1º, 2º e 3º classificados. Desta iniciativa resultou a exposição de 17 a 30 de maio, pelo quinto ano consecutivo, promovida e dinamizada por professores do grupo curricular de ciências exatas, importante contributo para a imagem da EPB na cidade de Braga e que o Bragaparque apadrinha e acolhe nas suas instalações. Participação entusiasta e concentrada por parte dos alunos nos desafios matemáticos com que foram confrontados, em provas com a participação de diferentes áreas disciplinares. 5º Torneio de Jogos Matemáticos No torneio, que contou com a participação das 27 turmas dos cursos profissionais, jogaram-se os jogos Hex, Avanço e Produto, desenvolvidos em duas fases: por grupos e por eliminatórias, sagrando-se vencedor o 3º ano de Eletrónica, seguido do 3º de Gestão e 3º de Frio, respetivamente. 9º Campeonato Nacional de JM Cantinho das Ciências No dia 20 de março decorreu o Dia das Ciências Exatas, no âmbito da semana cultural. Professoras da disciplina de Física e Química criaram o Cantinho Das Ciências, no qual realizaram e demonstraram algumas atividades experimentais. As atividades selecionadas foram as seguintes: “Cocktail colorido”; “ encher um balão sem soprar”; “ extintor caseiro”; “mergulhador em mar alto”; “introdução de um ovo cozido inteiro dentro de uma garrafa”;” queimar dinheiro” e “simulação de um vulcão”. O objetivo da iniciativa foi captar o olhar e a curiosidades de Este ano realizou-se, na Arena D’Évora, a 1 de março de 2013, e contou com uma representação de três alunos da nossa escola. Apesar de nenhum deles se ter sagrado campeão nacional como sucedeu no ano passado, estes alunos bateram-se com empenho e alegria. As atividades organizadas pelo grupo curricular de ciências exatas permitiram o envolvimento lúdico de toda a comunidade educativa, através do olhar atento e perspicaz da Matemática e da Física, sobre tudo o que nos rodeia, na forma de imagem, de jogo ou através de uma simples experiência, e promoveram, junto dos alunos, o fortalecimento do convívio, a partilha, a cooperação, a entreajuda e o gosto pelo desafio. José Pedrosa Grupo Curricular de Ciências Exatas 29 iniciativas Lembrar a Carta dos Direitos Humanos A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma, no seu artigo 1º, que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” Artigo que serve de ponto de partida para percebermos o alcance da Carta dos Direitos Humanos. De facto, os Direitos Humanos visam salvaguardar a dignidade de todas as pessoas, fornecendo-lhes liberdade de pensamento, expressão e igualdade. Trouxeram o que há de mais essencial à vida humana, a dignidade e a liberdade, independentemente da nacionalidade, cultura, religião ou raça. Uma mais-valia para os povos. Mas é necessária uma permanente leitura, reflexão e consciencialização dos Direitos Humanos expressos na Carta (a que muitos não têm acesso) que levem os homens a atos concretos que validem o seu cumprimento. É necessário que cada pessoa se informe sobre os seus direitos e deveres, para, em liberdade, defender o seu estilo de vida. Ora, foi a pensar nestas ideias que a Escola Profissional de Braga realizou diversas iniciativas no dia 10 de dezembro de 2012, nas quais alunos e professores se entregaram à reflexão do conteúdo dos artigos da Carta, visando atitudes interventivas. De entre elas, são de destacar a exibição, para todas as turmas, de um filme relacionado com o tema, ilustrações e uma exposição de 30 cartazes com os 30 direitos, numa organi- zação dos alunos do 3° ano do curso de Design Gráfico, para além de diversos momentos de reflexão no decurso das aulas. Esta foi uma iniciativa dos grupos curriculares de Línguas e de Ciências Humanas e Sociais, lembrando que os direitos humanos deverão ser praticados quotidianamente por todos os cidadãos. Patrícia Oliveira e Andreia Lima 1º ano de Secretariado No dia 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou e proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o que aconteceu em Paris pelos 56 representantes dos 58 Estados membros das Nações Unidas. E, em 1950, determinava o dia 10 de dezembro como Dia Internacional dos Direitos Humanos. Dia dos namorados Com a crise, onde fica o amor? Costuma dedicar-se o dia 14 de fevereiro ao Dia de S. Valentim, numa tradição recente que tem como principal objetivo celebrar a união amorosa entre casais, sendo comum a troca de cartões e presentes, como gesto simbólico de manifestar o Amor, e até um jantar romântico a dois, para tornar um dia diferente e único! Na EPB, a efeméride ficou marcada por diferentes gestos, desde uma exposição de trabalhos, à conceção de marcadores e produção escrita, passando pelo cinema e debate. A escola vestiu-se com poemas de amor de autores de língua portuguesa para, por um lado, homenagear os grandes vultos da literatura portuguesa que trabalharam o tema Amor e, por outro, promover a escrita criativa. Os alunos puderam ainda levantar na Mediateca marcadores de livros conce- 30 bidos por alunos de Design Gráfico e assistir ao filme norte-americano Cartas para Julieta, de 2010, dirigido por Gary Winick. Esta foi uma iniciativa do Grupo Curricular de Línguas, a que se associou o Grupo Curricular de Educação para a Saúde que dinamizou uma palestra sobre “Violência no namoro; (des) construção de realidades e mitos”. Enfim, desafios do Amor em tempo de crise, alimentados por atos concretos do dia a dia das relações das pessoas que se amam. Na EPB, lembrado de uma forma diferente, simples e original. Ana Pinto 1º ano de Secretariado iniciativas Doenças Sexualmente Transmissíveis “A sexualidade é um tema muito sensível, não só pela natureza mas pelo tipo de caraterísticas que pode ter”. Foi desta forma que o Dr. Vítor Coutinho iniciou a palestra, no dia 6 de fevereiro, dirigida a uma plateia repleta de um público jovem interessado na temática. Na sua intervenção, realçou o facto de, nos dias de hoje, a sexualidade ser bastante abordada entre os jovens, pois dispõem de muita e variada informação sobre a mesma, desde o tipo de doenças relacionadas com tal prática até aos contracetivos mais comuns disponíveis. Num registo bem agradá- vel, passou à explicação da fisiologia dos nossos órgãos reprodutores e dos cuidados que devemos ter com eles. Vitor Coutinho deu, depois, destaque à sexualidade em diferentes culturas, esclarecendo os presentes como cada cultura trata a sua sexualidade e as diversas maneiras de a interpretar. Já a terminar, abordou o tipo de doenças que existem e como estas são transmitidas, sensibilizando a plateia para a necessidade (e dever) de todas as pessoas, de qualquer idade, terem em atenção alguns “pormenores” que podem mudar a sua vida e poderão até fazer a diferença na sua qualidade de vida. Esta palestra ultrapassou as nossas melhores expectativas. Achamos muito interessante e proveitosa a apresentação do Dr. Vítor Coutinho, esperando ter mais oportunidades para assistir a palestras interessantes e úteis como esta. Ana de Amorim e Natália Bronze 2º ano de Auxiliar de Saúde Desmistificando alguns mitos da sexualidade As professoras Liliana Magalhães e Ana Isabel Oliveira desmistificaram alguns mitos da sexualidade. Existe probabilidade de engravidar se não tomar um dia a pílula? No caso de esquecer de tomar a pílula anticoncecional, existem duas situações diferentes: 1º: Esquecimento inferior a 12 horas: o risco de gravidez é quase nulo. Deve tomá-la assim que se lembrar e tomar a dose seguinte no horário habitual; 2º: Esquecimento maior do que 12 horas: deve ter-se uma atenção maior, pois existe o risco de gravidez, caso tenha relações sexuais neste dia ou nos próximos. Deverá ser utilizado método barreira nos dias seguintes e consultar o médico. Há probabilidade de engravidar com penetração mesmo sem ejaculação? O coito interrompido é um método contracetivo natural com muito pouca eficácia. Pode tornar-se um problema, pois além do risco de gravidez existe o risco de contraírem uma Infeção Sexualmente Transmissível. Antes da ejaculação, o rapaz liberta um líquido chamado de pré-ejaculatório que pode carregar os espermatozoides retidos no canal da uretra, se o rapaz ejaculou, não urinou e se excitou em seguida. Portanto, a probabilidade de engravidar é muito elevada. Se a relação sexual for feita na água, há probabilidade de engravidar? Sim, o risco de gravidez é o mesmo, independentemente do meio em que se proporciona a relação sexual, dado que existe penetração e, por isso, libertação de espermatozoides nos genitais femininos. O pénis e os testículos diminuem com a idade? Com a idade o pénis tende a diminuir de tamanho, mas isso só acontece quando houver disfunção erétil ou acentuada diminuição da atividade sexual. Os testículos têm sempre tendência para diminuir de dimensão, o que determina que produzam cada vez menos testosterona. Os testículos de um homem de 30 anos podem medir três ou quatro centímetros de eixo maior, mas aos 60 anos podem já medir apenas dois ou três centímetros. O pénis pode partir-se? Apesar de o pénis não ser composto por um osso, pode partir-se. É uma situação rara mas por vezes acontece nos homens mais jovens, impulsivos e inexperientes. A lesão é geralmente provocada por um “falso passo” do coito, desencadeando uma forte dor que obriga a suspender a relação sexual e determina o rápido aparecimento de um hematoma no pénis. O tratamento pode ter de ser cirúrgico. Ter um pénis muito grande não é sinal de virilidade? Cerca de 50 mil portugueses têm um mega pénis mas, em muitos deles, existe uma relação direta entre o grande volume peniano e a disfunção erétil. Um pénis muito grande pode não conseguir uma ereção completa, por ser demasiado volumoso para ser totalmente preenchido pelo fluxo sanguíneo. O problema pode ser grave e só passível de resolução através de uma cirurgia de redução peniana. 31 opinião Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia O Memorando de Entendimento assinado entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal e o Ministério da Educação e Ciência de Espanha, em 2005, que estabelecia a criação de um Instituto de Investigação e Desenvolvimento conjunto, deu origem ao INL - Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia. A primeira fase da construção teve início em 2008 e o INL foi inaugurado em 2009. Com a criação do INL pretendeu-se reforçar a colaboração científica e tecnológica entre Portugal e Espanha. O objetivo era abrir um novo ciclo nas relações entre os dois países e contribuir para a construção de economias nacionais baseadas no conhecimento, e na afirmação científica e tecnológica no plano internacional. Braga foi o local escolhido, em 2005, pelos chefes de governo dos dois países, para a instalação do novo instituto. A construção do Laboratório, no Norte de Portugal, permitiu aos dois Estados ibéricos beneficiar de uma forte comparticipação da União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. O INL é dirigido por José Rivas, diretor-geral do INL e professor catedrático de Física da Universidade de Santiago, e por Paulo Freitas que ocupa o cargo de diretor-geral adjunto e é também professor catedrático de Física do Instituto Superior Técnico de Lisboa. Na sua fase inicial, o Laboratório envolveu apenas Espanha e Portugal, no entanto, esta organização de direito internacional está aberta à adesão de outros países e à participação de instituições e de especialistas de todo o mundo. O objetivo é que o INL se afirme como polo de investigação internacional de excelência. O desenvolvimento de parcerias com instituições de ensino superior e com o setor económico é já uma realidade. É missão do INL promover a transferência de conhecimento e de valor acrescentado para economia, gerar emprego, e formar profissionais altamente especializados. As áreas estratégicas de investigação são a nanotecnologia aplicada à segurança alimentar e ao controlo ambiental, nanomedicina, nanoeletrónica e manipulação à nanoescala.Os parceiros do INL são oriundos de toda a comunidade europeia, América do Norte, América Latina, e também Ásia. A infraestrutura científica do Laboratório Ibérico de Nanotecnologia compreende uma sala limpa de cerca de 1000 m2, com 600 m2 de área útil; laboratórios de alta precisão para caracterização de filmes finos, interfaces e nanoestruturas; laboratório central de biologia e bioquímica, entre outros laboratórios. O edifício principal acolhe ainda 40 laboratórios individuais para grupos de investigação. Do ponto de vista da construção, as instalações do INL tiveram exigências técnicas únicas associadas à especificidade e aos requisitos inerentes a atividade laboratorial de nanotecnologia, em especial em termos de controlo de vibrações e campos eletromagnéticos. O INL dispõe também de vários equipamentos de apoio onde se destaca a biblioteca, o auditório com capacidade para 200 pessoas, e a creche. O laboratório foi desenhado para acolher 400 pessoas. Atualmente, trabalham no INL cerca de 100 pessoas, com 19 nacionalidades diferentes. O recrutamento de investigadores prossegue, estando em curso um processo de seleção de cerca de vinte novos investigadores. O INL é financiado quer pelos estados membros, quer por projetos de investigação de origem comunitária ou por colaborações e transferências de tecnologia para parceiros industriais. Contactos recentes estabelecidos com o Brasil permitem antever uma forte colaboração com investigadores desse país, a ter início ainda este ano. O INL tem colaborações com vários laboratórios dos dois estados membros. Em particular, investigadores da Universidade do Minho participam em projetos de investigaçao em áreas como a bionanotecnologia, nanomedicina e nanoelectronica. A nanotecnologia lida com objetos da dimensão do nanómetro (nm), ou seja, da ordem de 100 mil vezes mais pequenos do que a espessura de um cabelo humano. Neste contexto, pode ser vista como sendo a engenharia à escala atómica e molecular. Por esta razão, a nanotecnologia pode influenciar praticamente todos os setores tecnológicos e tem o potencial de conduzir a importantes inovações em áreas de grande relevância para a sociedade, como em aplicações médicas de diagnóstico e de administração de fármacos, em tecnologias da informação com maiores capacidades de processamento e armazenamento de dados, em novas formas de produção e armazenamento de energia, e no controlo de qualidade e segurança alimentar. Rosa Martins Professora 33 opinião Motivar para educar Prendendo o olhar na janela, sente-se o frio agreste lá fora que parece invadir a alma. Dias cinzentos, alguns quase pretos, a cadência da chuva apresenta um ritmo harmoniosamente melancólico. Têm estado uns dias de invernia… mas não é o tempo o tema deste texto. Melhor, poderá ser sobre o tempo e o efeito que o mesmo tem em nós ou até sobre esse palavrão das categorias da narrativa, tão estranho e que soa a processo científico e levanta o sobrolho aos alunos: o tempo psicológico. “Mas o tempo é psicológico, pois afeta a nossa psicologia, stôr?, ou é psicológico porque não passa?”. “Em boa verdade”, lá responde o paciente professor, “pode ser os dois…” Poderia achar-se então aqui o tema central deste texto, mas conversas sobre o tempo são, arriscamos a dizer, mais vulgares que as cartas de amor. No fundo, todos sabemos que falta de sol, de dias que aquecem a alma são essenciais na constru- trilho fácil de percorrer, muitas vezes temos alunos desmoção do sorriso fácil, da vontade de fazer, de construir, de ser… tivados, tristes e queixosos, sem iniciativa e sem vontade. A “Toda a aula poderia caber num tempo psicológico”, explicou capacidade de motivar será, sem dúvida, ferramenta fulcral o professor. “Para uns, é tão chata que parece não ter fim, são para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, tornar a intermináveis horas psicológicas de discurso loquaz onde os aprendizagem significativa, facilitar a aquisição e memorizasobrolhos, outrora levantados, vão lenta e pesadamente des- ção da competência e, claro está, não tornar penoso, lento e cendo até encontrar unidas as pálpebras. Para outros, a aula sufocante esse processo. Não são precisos assaltos intensivos aos doutores da teoria é como um intervalo, a nossa música favorita escoando dos inquirindo sobre como motivar phones ao ritmo da marcha “A capacidade de motivar será, sem os alunos, pois, como o aluno maquinal da cabeça, tão rápido que acaba!” Até que surge a dúvida, ferramenta fulcral para facilitar o do fundo da sala que teve o seu momento de revelação, tereconfirmação da compreensão: processo de ensino e aprendizagem” mos agora o nosso (perdoem-se “quando me motivo e gosto a arrogância da minha humilde de algo, o tempo passa a voar, quando me desmotivo, desanimo, desisto, não gosto, parece afirmação): se um professor fizer o que gosta, estará genuique o tempo custa passar”, refere um aluno, discreto quase namente motivado e saberá motivar os seus alunos; o sorriso sempre, atento quase nunca, do fundo da sala. E um brilho de será rasgado, o olhar será sincero e dirá: “esqueçamos o tempo triste lá fora, aqui e agora está todo um universo de saber missão cumprida resplandeceu nos olhos do professor. E é assim a motivação, faz-nos dar pulos de alegria, fazer, a acontecer, a ser…” E, nos dias em que o sol não brilha e o acontecer e o tempo passa mais rápido. Mas o professor não professor se sentir como o tempo feroz lá fora, poderá olhar pode ir buscar o sol para motivar os seus alunos, ele mesmo os seus alunos e encontrar neles a motivação que precisa para precisa desse sol para enfrentar o inverno lá fora, para ter o os motivar de volta, a eles. sorriso aberto e olhar franco para ensinar. Se pudesse, ia, viMarta Gavina nha, voltava a ir e trazia o astro-rei para todos. Confirma-se que o percurso educacional nem sempre é um Professora visite-nos em www.epb.pt e www.facebook.com/epb.pt 34 opinião EPB e Betweien colaboram na promoção do empreendedorismo Casos de Sucesso de Empreendedores Portugueses é o tema do magazine “Parece Fácil”, criado pela Betweien.TV, para dar a conhecer percursos profissionais de diferentes personalidades do nosso meio artístico e empresarial. Para concretizar este projeto, nasceu um protocolo entre a Escola Profissional de Braga e a Betweien, colocando o know how na área dos audiovisuais dos formandos de design gráfico da EPB, ao serviço de um projeto real e multidisciplinar. Com este novo magazine, a empresa pretende fazer o lançamento do canal Betweien.TV, promovendo um produto audiovisual de referência na área do empreendedorismo, pela divulgação da criatividade, empenho, estratégias e qualidades de novos profissionais que conquistaram o seu espaço nos seus meios profissionais graças à atitude empreendedora. Este programa consiste numa entrevista informal e breve, com o convidado a falar das suas motivações e do seu percurso profissional. A empresa acredita que este magazine será importante na definição do futuro de outros jovens, mostrando que a atitude empreendedora do profissional, face aos seus desafios, é fundamental para se alcançar o sucesso. Os alunos de Design participaram ativamente na produção desta primeira temporada, com 10 programas, sendo responsáveis pela gravação de vídeo, captação de som e gestão logística de equipamento audiovisual. A EPB considera esta parceria um exemplo de sucesso da formação profissional, que promove uma aproximação dos formandos ao mercado de trabalho, integrando-os em casos reais, com desafios que estimulam a autonomia, capacidade de resolução de problemas e contacto direto com o mundo empresarial. João Paulo Teixeira Coordenador de Curso Blindness - Ensaio sobre a Cegueira POLÉMICO, controverso, sublime, intenso, pesado, soberbo, chocante, revoltante, adjetivos que me ocorrem para descrever o filme que analiso. Talvez nenhum deles o caracterize na sua essência, ou talvez, todos o façam. A sua intensidade e intemporalidade não passam despercebidas. Ninguém conseguirá sentir-se indiferente após visualizar esta obra, de inspiração portuguesa e interpretação multinacional. Esta obra, composta por uma vertente multicultural e contemporânea, transpõe para o grande ecrã as mensagens ousadas de um escritor português que apenas pretendia acordar o mundo, fazendo-o fechar os olhos por um momento. E se num momento nos roubassem o sentido que nos é mais importante? Se abríssemos os olhos e tudo fosse branco e fôssemos obrigados a viver às escuras sob uma luz intensa que nos forçasse a ver as coisas de uma outra forma? E se isso nos libertasse de todos os estereótipos sociais que nos aprisionam? Esta obra dá-nos uma resposta simples, curta e objetiva. Basicamente, seríamos apenas aquilo que somos e não quem parecemos ou gostaríamos de ser. Restar-nos-ia apenas a nossa essência, nua e crua. São-nos retratadas a fragilidade e a instabilidade humanas face às situações de crise, através de uma teia de relações de cooperação, dominação, subjugação e hostilidade. Um filme cheio de significados ocultos. A luz branca vista por todos os que se tornaram cegos simboliza a pureza, no sentido de verdade, de essência, passando a ver a vida para lá do superficial, descobrindo-se a si mesmos. Pessoalmente, pela forma como simboliza a essência da vida, este foi o melhor filme a que já assisti no sentido da sua capacidade imensa de tocar a consciência humana. Beatriz Carvalho Oliveira 1º ano de Secretariado 35 opinião Sensações de um viajante Se é verdade que a ideia de uma viagem iminente me provoca um encantamento quase infantil e gera uma excitação adolescente própria de um primeiro encontro atrás do ginásio da escola, logo a realidade desbarata estes impulsos e borrata estes contornos sem romantismos, apresentando-se sob a forma de um aeroporto. De facto, a mera existência de um aeroporto tem o efeito imediato de conseguir duplicar o tempo de uma viagem para um qualquer destino tão ansiado, pela inevitável separação. Efeito que poderá equivaler à sensação de preparar um prato especial e cuidadosamente ornamentado para ser trucidado em minutos por bocas esfomeadas e apetites sem gratidão de uns primos afastados que convidamos. Ainda assim, acredito que a antipatia que sinto por aeroportos, excetuando a contemplação dos impressionantes pássaros de metal, só ficaria horizontalmente explicada num divã, com o apoio habilitado de um psicanalista perspicaz. O fascínio por máquinas voadoras é, desde novo, diretamente proporcional à aversão por hospitais. E haverá algum outro local onde coabitem estes sentimentos tão ambivalentes? Talvez não...ou então o meu subconsciente é ligeiramente inconsciente. Tudo começa no check-in De qualquer forma, tudo começa com um check-in onde me apresento com a expectativa de não exceder o limite de peso. Para a bagagem, claro está! Então, vou elaborando mentalmente um ranking onde ordeno os meus pertences por grau de dispensabilidade, encabeçado inevitavelmente pelas peúgas quentinhas que os primos afastados teriam feito questão de oferecer. Só aguardo um educado “Lamentamos, mas…”, dito com um sorriso condescendente, enquadrado no rosto impecavelmente maquilhado da funcionária que me atende. Dois problemas resolvidos. Depois de reconhecido pelo complexo sistema informático e me despedir da bagagem, seguindo-a até a perder de vista, num olhar de uma possível última vez, dirijo-me à zona de inspeção. Ali me aguarda uma espécie de ritual iniciático que a própria Maçonaria não desdenharia, não fosse o caso da máquina de raios-X não combinar com 36 um chão de azulejo xadrez e o pórtico de deteção de metais ficar a competir com as colunas de Salomão já encomendadas a um marmorista aprendiz. Logo na entrada, sou confrontado com um inexpressivo segurança que nos acolhe e encaminha com um inócuo “Boa viagem” (sem direito a ponto de exclamação), que me soa a um mecânico “Corpo de Cristo” debitado por um acólito esforçado. Segue-se o momento da verdade: dentro de minutos, poderei ver-me redimido do pecado original. Incomoda-me a ideia de que, até à máquina de raios-X, somos todos considerados potenciais malfeitores prontos a pôr em risco a vida dos nossos concidadãos, com recurso a 200 ml de Um Bongo letal e um corta-unhas afiado, em pleno voo. Irrefutável é que o meu comportamento se vai tornando mais suspeito quanto mais descontraído quero parecer, quase desfalecendo quando até as minhas insuspeitas botas passam a ser olhadas com desconfiança ou o pórtico detetor apita furiosamente, imaginando-lhe um dedo acusador em riste na minha direção. Então, sou desviado por um zeloso funcionário que me indica uma pose a la Homem de Vitrúvio, olhando-me com a profunda convicção de que irá descobrir uma lâmina de x-ato ardilosamente escondida na gola da camisa! Mas há ainda muito a melhorar ao nível da revista… E insistem num procedimento impessoal e apressado que envolve duas pessoas do mesmo sexo. É evidente que tem tudo para correr mal… O embarque Já recomposto do momento de maior tensão, mas ainda a tentar reorganizar a roupa que impecavelmente se acomodava até o senhor das luvas de borracha entender que o meu cinto tinha um aspeto ameaçador, avanço confiante em direção à porta de embarque. Aí, deparo-me com um ambiente próximo de uma sala de espera de hospital, diferindo apenas no número de pessoas com ar deprimido e de aspeto doente. Para evitar a partilha da depressão coletiva, retiro um livro da mochila, cuja leitura irei alternar com um exercício mental que me permite criar alguma empatia com os meus futuros companheiros no autocarro voador. Tento encontrar a mistura de duas caras conhecidas que pudessem justificar o surgimento de uma terceira que vejo pela primeira vez e que, por infelicidade, se cruzou comigo neste insípido lugar. Rapidamente a minha atenção se vira para os funcionários diligentes que procuram assegurar o cumprimento do horário do voo. Tarefa facilitada pelos que prontamente se organizam numa fila bastante ordeira (não é todos os dias que se vai ao estrangeiro!) e dispõem a manter-se de pé, alternando a perna que suporta o peso do corpo, mesmo que os lugares estejam previamente marcados e assegurados, independentemente dos humores do piloto. Continuo tranquilamente sentado, até porque tenho mais umas quantas caras recém-chegadas, daqueles tipos esbaforidos de fato preto que aparecem sempre no final e que se procuram recompor limpando o suor, enquanto olham em volta com o ar de quem tem a situação perfeitamente controlada. Aí, sim, dirijo-me calmamente para o final da fila, tranquilizando o indivíduo que começa a sentir o suor a ensopar-lhe a imaculada camisa, mas que deixará naquele momento de ocupar a última posição. Se isto fosse uma fábula, certamente terminaria com um “Para subir na vida, é preciso suar muito”. Não sendo, deixaremos o destino entregue a um desodorizante eficiente, até porque as janelas do avião permanecerão fechadas, por muito que isso cause estranheza a um tal Mitt Romney. Agora, sim, poderia começar a falar da viagem à Turquia, mas só agora deixarei o aeroporto. E se aguentou até esta parte, terá sido com o objetivo de saber mais sobre a Turquia. É exatamente esse o motivo que me leva a continuar a utilizar os aeroportos… Alexandrino Silva Professor opinião CNO, um importante motor de novas dinâmicas formativas “A escola da experiência é a mais significativa.” Jean Molière A educação não se confina à escola e ao aparelho escolar. Há também o outro lado da educação, a não-formal constituída por espaços de formação bastante significativos numa sociedade com as características da portuguesa. Na perspetiva da Educação/Formação - particularmente no domínio da formação de adultos -, os Centros Novas Oportunidades constituíram-se como um importante motor de novas dinâmicas formativas, promovendo a visibilidade e a legibilidade das aprendizagens “ocultas” de adultos que viram nos CNO uma estrutura que contribuiu para a elaboração de projetos pessoais, profissionais e sociais, articulando os saberes detidos com as motivações e as aspirações da pessoa. No CNO da EPB, abrimos caminho a novas oportunidades de educação/formação - não numa lógica “carencialista” mas, sim, de “experiencialidade” -, facilitando a integração e a mobilidade formativa e promovendo a aprendizagem ao longo da vida. Estamos conscientes de que implicamos os adultos no seu processo de aprendizagem, contribuindo para o reforço e a construção de identidades pessoais, sociais e profissionais, e promovendo o desenvolvimento da autoestima e da autonomia. Findo o projeto, reafirmamos que a aprendizagem e experiência são interdependentes e que, quando acompanhadas de um processo de reflexão crítica e de formalização, como aquele que toda a equipa técnica e pedagógica do CNO da EPB desenvolveu com empenho e dedicação desde junho de 2008, podem ser traduzidas e transformadas em saberes e competências. Finalizamos com o sentimento de um dever cumprido e conscientes de que contribuímos para um desígnio nacional que, de repente, deixou de fazer sentido, sabe-se lá porquê. Ricardo Costa Técnico Superior de Educação 37 em rede EPB na rota da internacionalização Entre os dias de 4 e 8 de fevereiro, o professor Alexandrino Silva deslocou-se a Malta para participar numa visita preparatória relativa ao processo de candidatura numa ação de parcerias do Programa Setorial Leonardo da Vinci, cujo projeto proposto tem como denominação “Robotics Over IP” e início previsto para agosto de 2013 com duração de 2 anos, caso seja aprovado. Este projeto assenta na ideia fundamental de juntar áreas distintas (mas complementares) como Robótica, Eletrónica, Mecânica, Mecatrónica e Informática, na perspetiva de se possibilitar o controlo de robôs, através de diferentes plataformas que possam usar a Internet como meio de suporte. Está ainda subjacente a ideia de partilha de recursos físicos, habitualmente com um valor monetário significativo, através da Internet, que funcionará como base para a utilização à distância desses recursos, democratizando-se, assim, o acesso à tecnologia. Para isso, o projeto conta com a participação de dez instituições escolares de nove países: França (Lycée Félix Le Dantec), Polónia (Zespol Szkol Zawodowych w Wodzislawiu Slaskim), Hungria (Weiss Manfred Szakkozepiskola, Szakiskola es Kollegium), Itália (Instituto Superiore Statale “E.Montale-Nuovo IPC” e Scuola di Robotica), Inglaterra (Saint Luke’s Science and Sports College), Espanha (Escoles Profesionals Salesianes de Sarria, I.P.), Portugal (EPB), Malta (MCAST) e Turquia (Ulus Tecnical High School). Associaram-se, ainda, quatro empresas de França (Aldebaran Robotics), Inglaterra (Untitled Kingdom Limited), Portugal (SAR - Soluções de Automação e Robótica, Lda.) e Malta (Smart Solutions Ltd.). Com este grupo alargado de parceiros pretende-se que haja uma partilha de conhecimentos através de formações específicas nas diferentes áreas envolvidas, a participação num evento didático de Robótica, o desenvolvimento no domínio da língua inglesa, o contacto com outras línguas, a interação multicultural e a mobilização da comunidade escolar. Esta candidatura vem no seguimento do envolvimento da EPB na área da Robótica, coincidindo também com a abertura recente do Curso Técnico de Mecatrónica, para além de procurar alargar as participações da escola em projetos de âmbito europeu. Alexandrino Silva Professor PUB 38 em rede Academia de Empreendedorismo® da Betweien desafia alunos da EPB Numa primeira fase, que consistiu no Projeto Intergeracional, os alunos abraçaram o desafio de planear, organizar e implementar uma entrevista à Dra. Sameiro Araújo, treinadora de atletismo do Sporting Clube de Braga, a ser publicada em livro, em coautoria com outras escolas. Sameiro Araújo: “Sejam bons naquilo que projetarem para o vosso futuro.” No âmbito da iniciativa “Braga 2012 – Capital Europeia da Juventude”, a turma do 2º ano do Curso Técnico de Secretariado integrou o projeto-piloto denominado “Academia de Empreendedorismo”, desenvolvido pela empresa Betweien - Challenge and Success, com o objetivo de dotar os alunos de competências transversais e fomentar a sua atitude empreendedora. Detentora de uma experiência ímpar, a Dra. Sameiro Araújo, que está ao serviço do atletismo bracarense há 35 anos, deixou a seguinte mensagem para as atuais e futuras gerações, na época tão conturbada em que nos encontramos: “Quando somos bons naquilo que fazemos, seja em que área for, em que profissão for, acabamos por encontrar sempre uma saída. Sejam bons naquilo que projetarem para o vosso futuro. Sejam bons profissionais e, com certeza, encontrarão soluções. Lutem pelos vossos objetivos e acreditem que é possível cumpri-los.” 2º ano de Secretariado Alunos de Saúde participam em Congresso de Assistentes Operacionais No dia 6 de abril, no Fórum da Maia, realizou-se um Congresso de Assistentes Operacionais de Saúde do Norte, no qual participaram os alunos do 2º ano do Curso Técnico Auxiliar de Saúde, juntamente com as docentes Ana Isabel Oliveira e Liliana Magalhães. Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as diferentes realidades dos Assistentes Operacionais, vi- venciar/conhecer as várias experiências desta atividade e começar a integrar-se na sua profissão futura. Esta foi uma forma de os alunos contactarem com práticas do dia a dia da área de Saúde para a qual estão a prepara-se, consolidando, assim, as aprendizagens realizadas em contexto aula. 2º ano de Auxiliar de Saúde 39 em rede Paulo Ribeiro à revista da epb: ”os estagiários que seguiram a sua vocação devem entregar-se à oportunidade de estágio como algo muito positivo e irrepetível.” associadas à produção fotográfica e vídeo (uma vez que esse é o cerne da minha atividade). Atualmente, procuro também estar atualizado em termos de tendências de Marketing e suas ferramentas, uma vez que pode fazer a diferença na sustentabilidade do negócio. Paulo Ribeiro é dono e gerente da empresa Ritmos e Reflexos - reportagem de eventos. E, respondendo ao nosso desafio, deixou-nos a sua opinião sobre o desempenho dos estagiários: Quais as áreas de formação em que tem mais interesse? As áreas de formação que mais me interessam estão Qual o desempenho dos estagiários em termos técnicos e a nível atitudinal? Atualmente, alguns dos estagiários que recebemos de diversos cursos profissionalizantes não estão dispostos a sacrificar-se por uma vocação profissional. É importante que os estagiários estejam cientes de que os trabalhos das 8 às 5 são ra- ros e, mesmo aí, coloca-se o problema de encontrarmos um trabalho, em vez de encontrarmos a nossa vocação profissional. O problema do desempenho é consequência disso mesmo. Assim, na minha opinião, os estagiários que seguiram a sua vocação devem entregar-se à oportunidade de estágio como algo muito positivo e irrepetível. Só assim teremos comportamentos ativos em ambiente de estágio. Em que medida considera que receber estagiários da EPB é uma mais-valia para a sua empresa? É sempre positivo receber pessoas que queiram viver ativamente as experiências profissionais. É desmotivador receber pessoas inertes ou que querem simplesmente cumprir o estágio para terminar o curso. De certo modo, as pessoas encontram o que procuram. E eu gosto de tentar contribuir com algo prático, quando é prática empresarial que o estagiário procura. Da EPB têm vindo alguns dos bons exemplos de pessoas que procuram fazer alguma coisa para criarem o próprio futuro, e isso acaba por se refletir em mais-valias também para nós enquanto empresa. Acaba por ser uma troca mais justa. José Carvalho 3º ano de Multimédia EPB divulga oferta formativa em feiras das profissões e road shows A Escola Profissional de Braga participa, de abril a junho, em campanhas promocionais da sua oferta formativa em feiras das profissões das escolas da região e em road shows promovidos pelo Departamento de Comunicação e Marketing, com a colaboração de alunos dos cursos técnicos de Secretariado, Eletrónica, Automação e Comando, Design Gráfico, Gestão e Programação de Sistemas Informáticos. O corpo humano, o computador transparente, os robôs e os vídeos de design e multimédia têm sido elementos de relevo no stand da EPB. Destacamos a presença nas seguintes escolas: . Escola Secundária D. Maria II . EB 2,3 Nogueira . Agrupamento de Escolas Fernando Távora – Fermentões/ Guimarães . Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso – S. João da Ponte/Guimarães . EB 2,3 Prado . EB 2,3 Lamaçães . Agrupamento Escolas Trigal de Santa Maria – Tadim 40 . EB 2,3 Real . EB 2,3 André Soares . Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches Alexandra Corunha Departamento de Comunicação e Marketing em rede EPB recebe Escola Profissional de Água Grande A escola recebeu, no dia 29 de abril último, o Dr. Ekeneyde dos Santos, Presidente da Câmara Distrital de Água Grande, São Tomé, e principal responsável pela Escola Profissional daquela cidade santomense. Nesta reunião, procedeu-se à análise do processo de formação profissional na Escola Profissional de Água Grande, com realce para a conclusão da formação das primeiras turmas, num total de cerca de 60 finalistas que terminam agora o primeiro ciclo de formação, em áreas onde se identificam carências em diversos setores. O responsável da EPAG aproveitou a ocasião, para solicitar apoio da EPB na sugestão de investimentos necessários em matéria de instalações e equipamentos, e de outras áreas de formação a serem lançadas na Escola Profissional de Água Grande, que atualmente conta apenas com turmas nas áreas de serviços, nos dois cursos pioneiros, tendo, para isso, o senhor presidente contextualizado as necessidades do país em matéria de recursos qualificados. Na reunião, foram ainda destacados os atuais constrangimentos na continuidade da integração de alunos dos PALOP em escolas profissionais portuguesas, decorrentes das alterações em matéria de atribuição de subsídios. A EPB partilhou diligências que estão a ser feitas pela ANESPO – Associação Nacional de Escolas Profissionais, no sentido de encontrar respostas que permitam a continuidade da integração dos alunos dos PALOP nas escolas profissionais e a garantia dos respetivos subsídios. Recorde-se que a EPAG foi apadrinhada pela EPB desde o seu lançamento, com apoio de consultadoria e de acompanhamento do seu funcionamento em termos pedagógicos. Uma cooperação que decorre de um protocolo educativo e de formação profissional - estratégia para a cooperação e desenvolvimento - assinado no dia 25 de novembro de 2009, entre a EPB e a Câmara Distrital de Água Grande, envolvendo ainda o Ministério da Educação de S. Tomé e Príncipe, que aprovou a criação da escola. A sua inauguração teve lugar em 25 de janeiro de 2011, sendo a primeira escola profissional neste país com as características das escolas profissionais portuguesas. Abriu com os cursos profissionais de Serviços Jurídicos e de Gestão, baseados na matriz dos cursos existentes na EPB, devidamente adaptados e selecionados por um corpo docente de S. Tomé e Príncipe. Ana Cláudia Rodrigues Direção Pedagógica Desfile de moda Femme Fatale No dia 26 de maio realizou-se, no Hotel Golden Tulip (Falperra), um desfile de moda “Femme Fatale”, promovido pelo aluno finalista Rui Gomes, do Curso Técnico de Design Gráfico, no âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional. Um desfile de moda onde o aluno lançou a sua coleção de roupa, desenhada e confecionada por si. O tema “Femme Fatale” aponta para uma mulher atraente, com forte personalidade. Neste conceito eleva-se a mulher a um patamar superior, fazendo com que o homem se torne submisso à sua vontade, tendo como base um conjunto de palavras como dinheiro, fama, luxo, glamour, sensualidade, moda e mistério. Femme Fatale é uma coleção que tenta transmitir desde uma mulher mais rebelde até uma mulher mais glamorosa tendo sempre um toque de sensualidade, uma mulher dos tempos modernos que toma posse do mundo e enfrenta todos os problemas. O evento foi produzido pela agência Nobodymodls, havendo ainda lugar para mais dois desfiles, um da marca Mano Mio (desfile de criança) e outro da marca Tunnels (desfile de homem). Rui Gomes 3º ano de Design Gráfico 41 escola Um dia de voluntariado Foi no primeiro ano do meu percurso escolar no Curso Técnico de Construção Civil que nos foi dada a oportunidade de trabalhar em conjunto com a associação HABITAT, uma organização sem fundos lucrativos, destinada a ajudar famílias carenciadas, neste caso o acesso a uma habitação digna. De manhã cedo, rumamos ao local da construção que estava a ser edificada para uma família carenciada, que comportava uma filha com incapacidade motora e psíquica. E, feito o ponto de situação, pegámos “com a mão na massa!”, dando-se a distribuição de tarefas: uns iriam trabalhar no interior da casa, visto que a mesma já se encontrava na parte de acabamentos, outros iriam acabar a construção da fossa séptica, e um grupo estaria ainda designado para o fabrico de argamassas. Eu fui trabalhar no interior, onde fiz revestimento a reboco areado nas paredes, algo completamente diferente daquilo a que estávamos acostumados a fazer, mesmo nas aulas práticas de oficina na escola. Bem desgastante e ainda estávamos na primeira parte do nosso longo dia… A manhã passou, chegámos à hora da pausa para o almoço, num pequeno res- taurante localizado perto da construção e, após o pequeno descanso, voltámos ao trabalho; eu tive a oportunidade de trocar de tarefas e de ajudar na betonagem da laje da fossa séptica, o que se repetiu no resto do dia, momento para fazermos novamente um ponto de situação sobre a construção. Então, foi agradável ouvir palavras de agradecimento por parte dos futuros proprietários da habitação. A meu ver, esta ação de voluntariado foi de extrema importância na “construção” da minha pessoa, foi algo único, principalmente por ajudar da melhor forma que pude, pois estou num curso cuja área é a de Construção Civil e, certamente, irá ser uma experiência a repetir no futuro. Só de pensar que a nossa cidade, Braga, tem a sede principal situada aqui mesmo, ainda mais fácil poderá ser a participação noutra ação. E tu, que lês isto, pensa, reflete, não precisas de saber nada sobre construção, nem de nada específico. Se tiveres vontade de ajudar, isso é o que importa e basta para que tu mesmo possas ajudar uma família carenciada! Hoje eles, amanhã tu! Alexandre Almeida 3º ano de Construção Civil Falemos de futuro FUTURO É uma palavra de vanguarda, mas não deixa de ser uma palavra nobre que julgamos alcançar com o crescimento psíquico, físico, cultural e até económico. Não depende inteiramente de nós, depende, em parte, do mundo em que vivemos. De qualquer forma, a palavra futuro tem a ver com os nossos objetivos que devemos atingir com muito esforço, dedicação e trabalho, porque os outros que assim não pensam podem até julgar os seus sonhos perdidos ou inalcançáveis. Se pensarmos bem, o futuro não existe como tempo real, existe realmente o ontem, existe o hoje e o futuro, que depende da nossa vontade, por isso o hoje é uma dádiva imperdível. Ivanilson Pereira 3º ano de Frio e Climatização PORTUGAL foi, outrora, um grande Império que deixou a sua marca na história universal, levando o nome do “povo lusitano” ao patamar dos heróis. O apelo ao futuro fora já feito por Fernando Pessoa, como é feito, também, por todos os anónimos que se preocupam com a vida dos jovens e a sus própria sobrevivência. O que fará um jovem português no palco atual do nosso país? Desconhece o dia de amanhã, sente-se esmagado com as notícias da atualidade portuguesa e europeia e…o que pensar? Somos por tradição um povo de migrações, como o somos de vitórias, conquistas e grandes feitos. Por isso, teremos de nos inspirar na nossa história, na capacidade de luta dos nossos antepassados e seguir-lhes o exemplo. O futuro tem de ter um lugar ao sol de Portugal. Rui Lages 3º ano de Frio e Climatização 42 O FUTURO é tudo aquilo que resulta do fruto do nosso trabalho e do nosso esforço. Cada um de nós pode escolher que futuro quer, desde que o plante no dia de hoje. Cada dia que vivemos nas nossas vidas temos de semear para colher. Se a semente não for deitada à terra, corremos o risco de nem viver o presente, nem preparar o futuro. Nós, os jovens estudantes, não devemos pensar “Depois de acabar o curso, talvez arranje emprego”, mas acreditar que o caminho que se faz a seguir é de batalhar, agir, com determinação, de modo a gerarmos um novo pensamento e um novo modo de estar na vida, num espírito de cooperação e de empreendedorismo. Devemos ser nós próprios os donos do nosso futuro. Ardinaldo Rodrigues 3º ano de Frio e Climatização escola A União em crise A Escola Profissional de Braga comemorou, pelo décimo segundo ano, a 9 de maio, o Dia da Europa, numa iniciativa do Departamento de Comunicação e Marketing da EPB, que teve por objetivos informar a comunidade escolar sobre questões atuais da comunidade europeia, do seu processo de construção, dos seus desafios e contribuir para uma integração mais efetiva dos jovens no espaço europeu. a dar”, julgando mesmo que será esse o pensamento existente em parte da UE. Mas, para muitos interessa mais a mão de obra barata de outros países e os benefícios para as suas empresas implementadas em países em crise. A concluir, afirmou que “não podemos ver só os aspetos negativos”, pois “a Europa recebeu há pouco tempo o prémio Nobel da Paz”, sinal de que a Uniao também tem coisas positivas. a maior potência económica da Europa. A terminar, relembrou que está a surgir o “renascimento de ódios na Europa” e que “é necessário romper com as políticas que estão a ser aplicadas em Portugal”. “Melhor seria pensarem a uma só voz, tanto nas políticas a desenvolver, como na superação das dificuldades surgidas, numa verdadeira União.” ram respostas adequadas, estabelecendo-se uma viva troca de opiniões. Enfim, foi uma sessão marcada por ideias que vão de encontro ao tema do debate, pois “a Europa está a partir-se e a voltar para trás”, o desastre já há muito estava anunciado, e uma das saídas é que os países se unam no combate à crise. Mas há que ter esperança, sendo urgente corrigir trajetórias e pôr fim ao ressurgimento de fantasmas antigos que, em vez de unirem, têm contribuído para o desprestígio da própria União. Melhor seria pensarem a uma só voz, tanto nas políticas a desenvolver, como na superação das dificuldades surgidas, numa verdadeira União. Já na parte final do debate, os presentes puderam intervir no mesmo, com a apresentação de perguntas colocadas aos deputados presentes, que merece- Gabriela Canavilhas (deputada - PS), Ilda Figueiredo (ex-eurodeputada - PCP) e Luís Fazenda (deputado - BE) trataram o tema “Europa: a união em crise”, num debate moderado por Paulo Monteiro, diretor do Correio do Minho, perante um olhar atento e repleto de alunos da EPB, sendo de referir que os partidos da coligação que governam o país recusaram o convite feito pela escola. Crise originada no euro O debate foi iniciado por Luís Fazenda, que começou por comentar o tema proposto, afirmando que “a origem da crise está na própria arquitetura do euro”. A seguir, disse que a moeda está frágil devido a essa arquitetura, mas acredita que há alternativas às políticas de capitalismo financeiro que estão a ser impostas, para o que defende “a construção de uma Europa democrática dos povos”. Quanto à falada saída do euro, disse que “a Europa está a partir-se e a andar para trás”. E, referindo-se às palavras do nosso primeiro-ministro que convida os jovens a emigrar, fechou a sua intervenção com a ideia de que “a alternativa é criar emprego”. Uma Europa unida Por sua vez, Gabriela Canavilhas, lamentando a ausência de representantes por parte dos partidos do governo, defendeu a manutenção do “ideal da Europa unida”, acrescentando que “o governo tem responsabilidades e o dever de salvaguardar o interesse nacional”; do seu discurso sai uma frase interessante e, a nosso ver, correta, quando afirmou que “cada país tem as suas mais-valias Mudar de políticas Já Ilda Figueiredo disse que “os erros já vêm de longe” e, na altura, o seu partido votou contra a entrada na UE “mas fizeram querer que o partido não queria estar no pelotão da frente”. Depois, criticou as políticas erradas, salientando “o pelotão do desemprego e das desigualdades económicas”. Na sua opinião, as regras implementadas em Portugal nunca poderiam ser as mesmas que foram implementadas na Alemanha, pois é visível o desnível entre o nosso país e Rui Moreira, Hélder Rodrigues e João Mota 3º ano de GPSI 43 escola Semana Cultural A semana cultural, agendada de 18 a 21 de março, ficou marcada por diversas atividades que transformaram a escola num espaço lúdico e mais dinâmico, contando com a participação de alunos, professores e funcionários. A semana iniciou-se com o Torneio de Futebol de 7, masculino e feminino, cujos vencedores alcançaram a tão desejada taça. Destaca-se a turma do 1º ano de Construção Civil, juntamente com elementos de outras turmas, e Auxiliar de Saúde (b) do 2º ano. A celebração do Dia Mundial da Poesia ficou assinalada pela declamação de alguns trechos poéticos, onde professores, alunos e funcio- nários tiveram a oportunidade de recitar os seus poemas favoritos, incluindo alguns da sua autoria. A semana ficou ainda mar- cada por palestras na área de Informática e celebração do Dia das Ciências Exatas, onde os professores de Físico-Química fizeram algumas demonstrações, revelando alguns segredos da área. Por último, a comunidade escolar teve a oportunidade de votar nos melhores projetos da Imagem da Matemática. As fotografias apresentadas revelaram que a Matemática se encontra onde menos se espera. Ana Filipa Teixeira Professora Cultura japonesa na escola No dia 16 de março, a Escola Profissional de Braga acolheu o AONIME 2, um evento de cultura japonesa que já vai na segunda edição nesta escola. Nele estiveram presentes aproximadamente 300 pessoas das várias partes do país, para participar em diferentes 44 atividades, destacando-se torneios de vídeo-jogos, palestras, workshops, demonstrações de artes marciais, karaoke, visualização de animes e, para finalizar, um desfile de cosplays (disfarces idênticos a personagens de animações japonesas, séries e vídeo-jogos). O evento contou com a colaboração de outros alunos da escola e amigos que têm interesse pela cultura de um país diferente do nosso. Estiveram presentes lojas relacionadas com o assunto e também um DJ que animou o evento. Rafael Nobre 3º ano de Design Gráfico escola Escola de portas abertas Pelo sétimo ano consecutivo, a Escola Profissional de Braga abriu, entre os dias 8 e 10 de abril, as suas portas à comunidade, para receber todos aqueles que tivessem curiosidade em conhecer o seu “modus operandi”, designadamente as instalações, oferta formativa e serviços de apoio disponibilizados. “Os grupos observaram atentamente laboratórios de eletrónica, saúde, física e química, oficinas de instalações elétricas, multimédia, construção civil, entre outros espaços,” Assim, sob o lema “Vem descobrir a EPB!”, durante três dias, alunos de várias escolas básicas e secundárias da região, acompanhados por professores das suas escolas e profissionais da EPB, puderam visitar as instalações da escola, assistir a palestras, ouvir esclarecimentos, conversar com alunos em aula, enfim, contactar com a realidade do ensino profissional. Os grupos observaram atentamente laboratórios de eletrónica, saúde, física e química, oficinas de instalações elétricas, multimédia, construção civil, entre outros espaços, onde obtiveram explicações sobre o funcionamento de cada curso. Puderam até aprender nos mesmos, experimentando máquinas, equipamentos, técnicas e projetos sobre os quais poderão, no futuro, exercer a sua profissão. Em alguns casos, foram mesmo alunos em aula a esclarecerem dúvidas sobre o curso em que estão inseridos. Enfim, esta iniciativa cumpriu todos os seus objetivos, revelando-se uma excelente forma de divulgação da escola e dos cursos à comunidade escolar. O feedback dos visitantes foi bem positivo, tanto pela interessante adesão das escolas da região, como pela reação dos alunos que se mostraram particularmente encantados com o ambiente escolar, as condições da escola e o conjunto de cursos oferecidos. Luís Correia e Joaquim Silva 3º ano de Eletrónica, Automação e Comando 45 a fechar Laços de sucesso Numa aula de gestão, um de nós resolveu lançar a pergunta “Conhecem o novo logótipo da Nike, criado por um português?”, tendo-se aguçado a curiosidade da turma e da professora Natália. o design, não teve dúvidas em optar pela liberdade do design em vez da rigidez da arquitetura. O Hugo Silva iniciou o seu percurso profissional em 2007, como estagiário numa pequena agência de design durante 3 meses. É freelancer e participa em concursos. Em 2012, representou Portugal, juntamente com a designer Catarina Antunes, no Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade, onde ficou na quinta posição num total de 13 duplas mundiais. site da Behance, uma montra para todos os criativos, que permite obter o feedback de outros criativos e, através dos projetos apresentados, chegar até às grandes marcas. Até ao momento, o projeto Nike Laces foi o que teve maior visibilidade, permitindo-lhe dar uma maior notoriedade ao seu trabalho e abrir algumas portas: “foi algo bom que aconteceu, devemos sempre querer mais e melhor, por isso, a ideia é continuar a trabalhar e viver a vida, num equilíbrio às ve- Uma colaboração que está para durar, “sendo importante não esquecer que a Nike é uma marca global, existem milhares de grandes designers e ilustradores de todo o mundo a fazerem um bom trabalho neste momento”. O Hugo Silva perspetiva o seu futuro em Portugal, mas, a médio prazo, não exlui a ideia de ir para fora, quer pelas oportunidades de trabalho quer pela experiência de viver noutro país. Em março, iniciou uma nova etapa profissional, indo para a Bliss, Então, fomos à procura de Hugo Silva, designer gráfico e autor do logótipo Nike Laces, que nos explicou as suas motivações pela área do design gráfico, do seu gosto de desenhar desde pequeno, bem como de construir legos, de tentar resolver problemas de forma criativa, afinal, “as bases do design gráfico, a aliança entre criatividade e resolução de problemas”. Esse gosto pelo desenho levou-o a optar pelo curso de Artes no ensino secundário e, uma vez concluído sem saber muito bem o que era Ao nível pessoal, destacou o desenho do novo logótipo da Nike, ideia surgida quando estava à espera de um avião. Depois de desenhar tudo e mais alguma coisa, começou a olhar para os ténis e para o logótipo da Nike e a questionar-se se seria possível criar algo diferente para uma marca tão massificada. No design, “o nosso trabalho é ligar os pontos, mesmo os que não fazem sentido. Ou seja, comecei a pensar na marca, em ténis, atacadores... logótipo da Nike, em atacadores, bingo!” Colocou o projeto no zes difícil, para quem é um workaholic como eu.” Este criativo sabe lidar com o mediatismo, considerando que é uma boa oportunidade para expor o seu trabalho e falar um pouco do design gráfico em Portugal. “Temos designers e ilustradores muito bons tendo em conta a dimensão do país, somos mesmo um país de criativos, só falta serem dadas maiores oportunidades.” O projeto conduziu-o a contactos de outras marcas, apesar de existir um contrato de exclusividade com a Nike. uma agência especializada na criação de aplicações para smartphones e tablets, um desafio gigante. Por fim, Hugo Silva deixou uma palavra aos jovens deste país, recomendando-lhes que “gostem daquilo que fazem, trabalhem muito, pesquisem, vão a eventos da área, contactem com as pessoas da área e exponham o vosso trabalho, não tenham medo de errar. Divirtam-se!” 46 1º ano de Gestão a fechar Não quero, não Não quero, não quero, não Sentir a ilusão Quero voar, Quero aprender, Quero caminhar, Quero crescer Não quero, não quero, não Sentir a ilusão Quero ser feliz, Quero paixão, Não quero tormentos, Quero um grande coração Não quero, não quero, não Sentir a ilusão Ângela Soares 1º ano de Secretariado Algumas efemérides: há 100 anos 8 de março nasce, em Lisboa, Manuel Maria de Sousa Calvet de Magalhães, professor, artista plástico, jornalista e publicitário. Notabilizou-se como pintor, tendo recebido, entre outros, o Prémio Nacional de Arte Luis Lupi e o Prémio Amadeu Sousa Cardoso. 20 de março nasce Ilse Losa, escritora de origem alemã, conhecida sobretudo como autora de textos para crianças e pelas memórias das perseguições aos judeus. Da sua obra destacam-se Mundo em que Vivi, Sob Céus Estranhos e Caminhos Sem Destino. Colaborou, ainda, em vários periódicos como O Diabo, Seara Nova, JL, Vértice, Colóquio/Letras. 10 de maio nasce João Vilaret, ator e declamador de excecional talento. Enveredou pelo teatro de revista, provando em êxitos sucessivos que era possível conciliar o género dramático e o de revista. Também se destacou no cinema, em peças como Inês de Castro e Camões, de Leitão de Barros, Frei Luís de Sousa e O Primo Basílio, de António Lopes Ribeiro. 11 de maio nasce, no Porto, Edgar Cardoso, célebre engenheiro civil, responsável por numerosas pontes, entre as quais a ponte da Arrábida e a ponte de São João, ambas sobre o Douro entre o Porto e Gaia. Foi um génio da arquitetura que deixou a sua marca em dezenas de obras espalhadas pelo mundo. 10 de novembro nasce em Coimbra o político português Álvaro Cunhal, histórico líder do Partido Comunista Português. Foi também romancista, contista, ensaísta e pintor. Da sua vasta obra, escrita em grande parte sob o pseudónimo Manuel Tiago, destacamos Até Amanhã, Camaradas, e Cinco Dias, Cinco Noites. Banda de Música Popular da EPB A ideia de criação de uma banda de música popular na escola surgiu em meados de março de 2013, por iniciativa do aluno Manuel Fernandes que já pertencia ao Grupo de Percussão. O objetivo é formar um grupo musical, uma banda de música popular, que possa representar e promover a Escola Profissional de Braga, dentro e fora de portas em festas, casamentos, eventos culturais, entre outros. A banda terá o nome de SONS da EPB e conta já com sete elementos – Daniela Sá (funcionária), Roberto Martins (3º CC) e Cláudia Sá (2º ELE) como vocalistas, Diogo Eirinha (3º MTM) como guitarrista, Dominique Vila Nova (3º CC) como baterista, Ricardo Ribeiro (1º FC) e Manuel Fernandes (3º GES) como tocadores de concertina. Inicialmente, a SONS da EPB não terá fins lucrativos, contando, assim, com a ajuda de membros voluntários e, mais tarde, após vários ensaios, será divulgada para participar em eventos. A banda é uma forma de convívio entre alunos, funcionários e professores que poderão participar direta e indiretamente como elementos na banda e/ou divulgar a iniciativa junto de locais que nos poderão receber. A banda necessita de um teclista para que possa dar continuidade com esta iniciativa. Ora, se estás interessado em pertencer à banda SONS da EPB, podes falar com o aluno Manuel, do 3º GES, ou com a funcionária Daniela. Todos poderão dar voz a esta iniciativa. Apareçam! Daniela Sá Funcionária administrativa 47 agenda DATA LOCAL ACONTECIMENTO/ EVENTO 15 a 24 de junho Braga João S. de as Fest nas EPB 26 junho a 01 de julho en – Holanda hov Eind 3 201 a) ótic Rob de Robocup (Competição Int. junho EPB IV Sarau Cultural abril a julho EPB 3/14 201 vo Leti Inscrições Ano 21 de junho EPB João S. de ar Jant 11 de junho a 31 de julho s resa Emp ano Estágios Curriculares do 12º 01 de julho a 31 de julho Empresas ano 11º do s Estágios Curriculare 1 a 26 de julho Malta, Alemanha e Espanha ais cion sna Estágios Tran 3 e 4 de julho EPB Certificação da to men nha mpa Aco de ia itor Aud Dubai O DUBAI situa-se no Golfo Pérsico e é um dos sete Emirados que formam os Emirados Árabes Unidos. Durante esse século não passava de uma vila de pescadores, mergulhadores de pérolas e comerciantes beduínos, indianos e persas; mas desenvolveu-se com a criação de uma zona franca, dinamizando o investimento estrangeiro a que a descoberta e exploração do petróleo nas últimas décadas do século XX conduziu a um dos mais dinâmicos e empreendedores países do planeta. Com um clima subtropical árido, o Dubai não tem uma cultura própria, sendo uma amálgama de várias culturas. Particularidade que se reflete na gastronomia e no artesanato, onde o turista encontrará exclusivamente produtos importados dos vizinhos emiratos, da Índia, do Irão ou de Omã. O Dubai oferece quilómetros de praias, hotéis de arqui- tetura audaciosa, espírito tolerante. É um local onde está presente a diversidade da cultura muçulmana. Aqui apreciamos magníficas praias de água azul-turquesa, enormes shoppings que recriam países ou mesmo do deserto que o cerca. Mas o que surpreende mais neste país é a conceção arquitetónica dos seus edifícios, que não conhece barreiras. Ali não há “passado”, mas o futuro desenha-se para o bem-estar e conforto. Factores que, aliados ao clima ameno, a águas transparentes e mornas numa praia de extenso areal, convidam a querer estar e voltar. Carla Rocha Professora Espelho Meu! (Tendências 2013) Padrões - riscas, bolinhas e formas geométricas. Estampados - animal print, motivos florais e elementos da natureza. Rendas - mais coloridas. Leggings e calças de cabedal - com blusas, tops e casacos simples. Saias plissadas - compridas, curtas, em cetim, lisas ou estampadas. Transparências - num look mais feminino, ousado ou descontraído. Tachas, apliques, spikes - estilo punk rock dos anos 80. Cores - néon, tons pastel, preto e branco, tons metalizados, laranjas, tangerina, azul e cores da natureza. Sapatos – com brilhos, tachas e spikes e tons metálicos, rasos ou com saltos bastante altos e compensação à frente. Óculos de sol - modelos vintage cat eye, Jackie O e aviador. Anéis e pulseiras – usar sem moderação. Cabelos - iluminados com luz e madeixas, vermelhos mais vivos e menos profundos, castanhos mais suaves, pretos mais trabalhados e tingimento Ombré (a raiz com cor natural e pontas mais claras). Penteados - risco ao lado, tranças, volumes, rabos de cavalo. Shirley 2º ano Secretariado 48 Acontece Braga Pintura e Escultura | Casa dos Crivos | 1 a 29 de junho A capital Europeia da Juventude no Centro Histórico | Museu da Imagem | 1 a 23 de junho Guimarães Mostra de Teatro de Amadores | Centro Cultural Vila Flor | 20 a 22 de junho | 22h00 Lago dos Cisnes | Centro Cultural Vila Flor | 22 de junho | 21h30 Barcelos 31ª Feira do livro de Barcelos | 5 de julho 31ª Amostra de Artesanato e cerâmica | 2 de agosto Famalicão Recital de Música e Poesia | Fundação Cupertino de Miranda | 25 de junho | 21h30 Loucura dos 50 | Casa das Artes | 29 de junho | 21h30 12 razões para escolher a EPB Qualidade de ensino Ambiente familiar Excelente imagem junto das empresas Oferta formativa diversificada Excelência das instalações Escola inclusiva e multicultural Reconhecimento oficial do papel da escola na região e na sociedade Personalização do ensino Ensino que associa a formação técnica e científica à humana e social Maior taxa de aproveitamento escolar e inserção profissional Apoio aos seus formandos mesmo depois de terminarem o curso Possibilidade de aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho e prosseguir estudos no ensino superior Ficha Técnica Coordenadora: Natália Rebelo Redação: Alexandra Corunha, Ana Teixeira, Fernando Silva e Tatiana Lima Colaboraram: Ana Oliveira, Paulo Leitão (professores), Albertina Abrantes, José Duarte (funcionários), Helena Magalhães, Tiago Rodrigues (alunos) Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (ex-alunos de DG) Fotografia: Alexandre Ribeiro (aluno de DG), José Carvalho (aluno de MTM) e arquivo EPB Edição gráfica: João Delgado Capa: Cláudia Pereira, foto de Alexandre Ribeiro Ano IV nº 6 Junho de 2013 Tiragem: 4000 exemplares [email protected] Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda. Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga tel: +351 253 203 860 fax: +351 253 203 869 site: www.epb.pt e-mail: [email protected] Com um muito obrigado, apresentamos as empresas que acolhem os nossos alunos em estágio, no ano letivo de 2012-13. •ACG Assessoria Contabilidade/Gestão •Agência do Contribuinte •Agilfrio •AKI Bricodis •Alubilete •Ambieco •Amigos da Terceira Idade de Palmeira •António Peixoto Dias & C.ª •Antunes e Durães •ArcoHotel •Arq. Abel Bruno Gomes •Arq. Teotónio Santos •Associação Nacional de Professores •Associação Solidariedade Social S. Tiago de Fraião •Atrito •Audiminho •Balanças Marques •Balanças Paulo •Bec Braga2 •Bernardo da Costa & Filhos •Betweien •Bosch Car Multimédia Portugal •Boxcolor •Bracril •Bragaconta •BragaRedes •Brás & Vasconcelos •Brasolar •Britalar •Bússola •Bysteel •Cantinhos •Cápsula •Carpincasais •Casa de Caldelas •Casais •Centro Cultural e Social Santo Adrião •Centro de Matemática UMinho •Centro Social Paroquial da Aveleda •Centro Técnico da Pedrinha •Clínica Médico-Cirúrgica Santa Tecla •Clixmais •Construções Artur da Silva Ribeiro •Construções Phaesis •Cruz Vermelha Amares •Dape •Delphi Automotive Systems Portugal •Diaca •Diamante Solar •Direnor •Diviminho •DoctorLar •Domus Solaris •DST •Edigma •Energia em Conserva •Escola de Economia e Gestão UMinho •Escrineiva •Estrada & Costa •Estúdios Santa Cruz •Europa Ar-Lindo •ExpressAr •F3M •Farmácia S. 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