Comércio tradicional em Braga 2-5 Ex

Transcrição

Comércio tradicional em Braga 2-5 Ex
Comércio tradicional em Braga 2-5
Ex-alunos alcançam sucesso 9-11
À conversa com PEIXE : AVIÃO 24-26
abertura
editorial
O que queres
ser quando
fores grande?
Todos nós já respondemos a esta pergunta! No
meu caso, quis ser enfermeira, advogada e, por fim, professora… E eis que, depois de uma experiência de sete anos
pelo mundo empresarial, realizei o dito “sonho”. Passada a idade da
inocência, porém, há quem opte por não apontar uma área específica,
mas afirmar que pretende tirar “um curso com saída” e ter uma “carreira promissora”.
Atualmente, o mercado de trabalho encontra-se de tal ordem em permanente mutação que, provavelmente, daqui a cinco anos, algumas
das funções de hoje já não existirão e outras, que venham a existir,
podem ser, ainda hoje, desconhecidas.
Neste contexto e sem ter a pretensão de fazer a apologia das áreas em
alta, permito-me apenas provocar a reflexão sobre as competências
comportamentais mais procuradas, uma vez que é na construção dessas competências que reside o verdadeiro desafio dos profissionais da
EPB!
Bem sabemos que as empresas já não se limitam a recrutar profissionais tecnicamente bem preparados, mas pessoas excecionais ao nível
estratégico e comportamental. Entramos no campo das soft skills, as
competências relacionadas com as atitudes e comportamentos que se
desenvolvem através da prática em situações reais de trabalho.
Ora, foi precisamente esta realidade que implicou uma revolução na
educação e ditou o sucesso do ensino profissional. O aluno deixou de
ser um mero “depósito” de conhecimentos tecnológicos, para passar a
assumir a sua parte de responsabilidade no seu desenvolvimento, em
termos de inteligência emocional e competências comportamentais.
Os profissionais mais desejados serão, então, aqueles que mantêm
uma atitude positiva e autoconfiança, dão provas de ter pensamento
criativo, têm gosto pelo desafio, orientação para os resultados, espírito de empreendedorismo, propensão para a mudança, mobilidade
e capacidade de trabalhar em equipa e atuar sinergeticamente com
os outros.
E se a estas competências conseguirmos juntar outras de caráter relacional, como a liderança, tomada de decisão, capacidade de negociação, forte sentido ético e capacidade de aceitar e aprender com os
erros e críticas, então obteremos o perfil perfeito.
Pensando bem, quando fores grande, queres ter uma carreira promissora ou ser um profissional promissor?
Uma mensagem final:
Aos alunos finalistas, parabéns e votos de muito sucesso!
Aos atuais alunos, continuem com a determinação que caracteriza os
alunos epbianos!
Aos futuros alunos, sejam bem-vindos à família EPB!
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Destaque
Como anda o comércio tradicional emBraga?
Revisitamos espaços de referência.
Entrevista
Francisco Miguel à conversa com a epb Revista,
nos 20 anos do Grupo Rumos.
Fora de portas
Casos de sucesso de ex-alunos da escola são exemplo
para os alunos do presente e do futuro.
Cursos
Cursos cheios de saúde e energia em áreas criativas,
técnicas e de serviços.
À Conversa com...
Alexandra Corunha à conversa
com a banda Peixe : Avião
Iniciativas
Comunidade escolar dinamiza atividades
em vários domínios do saber.
Opinião
Professores e alunos transmitem um olhar crítico
sobre temas da atualidade.
Em rede
Escola acentua as parcerias visando uma
mais forte interligação ao meio empresarial.
Escola
Diversas atividades enriquecem a vida
da escola e dos que a visitam.
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destaque
Como anda o comércio tradicional em Braga?
Visitámos algumas das casas emblemáticas do centro
Geralmente designada por capital do comércio, Braga habituou-nos a ter um centro histórico pejado de lojas. Ao longo das últimas duas décadas, foram várias as ruas onde o
paralelo e o alcatrão foram substituídos pela suavidade do
granito e pela leveza arquitetónica da calçada à portuguesa. Surgiram os parques de estacionamento subterrâneos
e até as velhas praças, de traço medieval, foram revisitadas
pela régua e esquadro de alguns desenhadores contemporâneos.
Ora, não se discutindo as motivações, o gosto e o modo de
execução, é inquestionável que tudo foi preparado para que,
à semelhança do que se passa noutras cidades de média e
grande dimensão, Braga tenha transformado o seu coração
urbano num imenso centro comercial a céu aberto.
Porém, apesar da preparação da cidade para receber uma
cidade contemporânea, cosmopolita, é com muito agrado
que ainda encontramos, sobretudo no centro da cidade, alguns resistentes do comércio dito tradicional.
Para darmos a conhecer esta realidade, decidimos ir ao encontro dos “velhos” comerciantes de Braga, ficando por dentro de algumas das suas angústias e anseios, mas também de
alguns dos segredos que os ajudaram a tornar-se verdadeiras referências da economia local. Gostámos de saber que as
pessoas ainda apreciam a deferência própria do atendimento
personalizado, e que a criatividade e inovação destes empresários têm permitido aguentar este setor da economia.
economizar ao fazermos os nossos próprios bordados?
É que quem não sabe fazer sempre pode aprender…
Frigideiras do Cantinho
Já as Frigideiras do Cantinho são uma referência da cidade
de Braga, a fazer história desde 1796. Uma empresa bem antiga, que faz as delícias dos apreciadores do género.
A frigideira é o produto de eleição, confecionado por fases
com uma massa artesanal que demora cerca de três horas a
embelezar-se.
A maior preocupação da gerência é o decrescente poder de
compra da população e a pesada carga fiscal. “É preciso fazer
com que a economia volte a funcionar!”, salienta.
Apesar de ser uma casa muito procurada, considera que as
épocas festivas como o Natal e a Páscoa são os momentos de
maior impacto, pelo incentivo ao consumo do Bolo Rei e do
Pão de Ló, respetivamente.
Pereira das Violas
Começámos pela Casa Pereira das Violas, que serve os clientes desde 1918, assentando a sua diferenciação no atendimento personalizado, visando sempre reforçar a relação com
o cliente. E ficámos a saber que os produtos mais vendidos
são as linhas de croché e as linhas para bordados.
O setor passa por uma conjuntura que tem vindo a diminuir
o poder de compra e, consequentemente, o volume de negócios do comércio tradicional. Pensando bem, não estaremos a
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Mercearia Azevedo
A Mercearia Azevedo é o tipo de mercearia bem à moda antiga, contando com mais de 100 anos de existência. Passou de
destaque
mãos em mãos, superando obstáculos que surgiram ao longo
dos tempos, mas resiste, continuando a ocupar o seu lugar de
destaque na cidade.
Os clientes são habituais e contam com um atendimento
de excelência, para além de se depararem com produtos de
elevada qualidade e com o sorriso ímpar de quem os recebe.
Casa das Bananas
Casa das Velas
Há 70 anos a dar que falar, a Casa das Velas nasceu apenas
com artigos de cera, mas, com o passar dos anos, adaptou o
seu sortido diversificando-o com outros artigos, como a tapeçaria.
Mas os produtos de cera ainda são os mais procurados, sendo de salientar que a maior preocupação dos seus responsáveis no momento atual recai sobre manter a estrutura estável.
Pode-se contar com o atendimento como cartão de visita e
com a garantia de encontrar “bons rapazes”.
Mas a surpresa maior reside na Casa das Bananas, criada há
60 anos, sendo considerada, hoje, o palco principal do convívio da população bracarense na véspera de Natal.
A tradição do Bananeiro nasceu de um grupo restrito de
amigos, aí pelos anos setenta (do século XX), e ganhou amplitude, há uma década atrás, através do passa-palavra.
Desde então, centenas de pessoas reúnem-se na rua do
Souto e degustam uma combinação invulgar, o moscatel e a
banana.
Fora da época do Natal e do verão, a Casa das Bananas passa por épocas muito baixas.
Ana Cristiana Rocha, Ana Daniela Silva e Helena Magalhães
2º ano de Secretariado
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destaque
Braga, capital do comércio
Comércio de rua
ou tradicional?
Não é correto designarmos por comércio tradicional todo aquele que
prolifera e ocupa os espaços disponibilizados pelas novas construções ou
pela reconversão dos velhos edifícios.
Na verdade, a maioria das antigas mercearias e armazéns, lojas de ferragens,
barbearias, retrosarias, bazares e drogarias, foram paulatinamente dando lugar
ao aparecimento de grandes cadeias de
distribuição e à implantação de instituições financeiras.
Hoje, a cidade vende vestuário e calçado, produtos para o lar, está repleta
de esplanadas que pertencem a inúmeros estabelecimentos da área da restauração e similares, oferece serviços jurídicos e financeiros e realiza os sonhos de
quem procura estética e beleza.
Os negócios de família, aqueles que
preservam décadas de história são, atualmente, casos de estudo, não só pela
singularidade dos produtos que mantêm mas, sobretudo, pela astúcia dos
colaboradores de sempre, a quem o
tempo não perdoou os cabelos brancos,
mas ensinou que o cliente tem sempre
razão.
boradores se situe em escalões etários
superiores.
Paralelamente, enquanto que, no
comércio de bens materiais, a inapropriada formação dos trabalhadores vai
sendo disfarçada pelo ocaso do atendimento personalizado, o mesmo já não
se verifica na área dos serviços, principalmente na hotelaria e restauração,
onde essa lacuna se torna demasiado
evidente.
Agonia dos «velhos»
centros comerciais
Surgiram nos anos oitenta, e rapidamente se tornaram em locais de referência. Atraíram as melhores marcas e
receberam o «glamour» de quem por
lá desfilou. Foram ponto de encontro e,
porventura, de alguns desencontros.
Designações como Santa Cruz, Avenida, La Fayette, Gold Center, Rechicho,
Santa Bárbara ou Galéxia fazem parte
do imaginário real da maioria dos bracarenses. Hoje, são espaços despidos de
movimento, mas cheios de lojas vazias
e corredores vandalizados. Quem resiste espera, em vão, que o tempo que aí
vem se pareça com o que já foi.
É necessário, por isso, encontrar uma
solução para estas estruturas por constituírem, atualmente, um problema de
difícil reparação.
Emprego e formação
profissional
Estrutura de custos
e preços de venda ao
público
Apesar de assistirmos à terciarização
da economia local, onde o comércio e
os serviços se constituem como grandes empregadores da região, continuamos a constatar que os níveis de escolaridade e formação profissional dos
recursos humanos que trabalham neste
setor são insuficientes e inadequados às
exigências do mercado.
Nas grandes cadeias de distribuição,
persiste a tendência para o recrutamento temporário ou sazonal de jovens, geralmente sem possuírem a escolaridade
mínima ou formação profissional especializada. No comércio mais tradicional,
a falta de preparação escolar é mais
acentuada, embora a maioria dos cola-
Na generalidade, as estruturas comerciais implantadas estão a praticar preços de venda absurdos e irrealistas, considerando o poder de compra vigente
no país. Esta tendência, que se verifica
sobretudo nas áreas do vestuário e calçado, produtos para o lar e artigos de
higiene e beleza, obriga a maioria dos
empresários a adotar, de forma permanente, políticas de promoção e desconto, que descredibilizam e desacreditam
os representantes das marcas.
Simultaneamente, constata-se que a
estrutura dos gastos de exploração das
empresas apresenta valores insuportáveis, fundamentalmente aqueles que
se relacionam com rendas e alugueres,
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seguros e licenças. Assim, é urgente a
constituição de uma entidade reguladora que permita a adequação da oferta
à procura, sob pena de continuarmos a
assistir ao encerramento de estabelecimentos ou à insatisfação permanente
dos consumidores.
Vale das
grandes superfícies
Situa-se nas margens de um eixo rodoviário que não ultrapassa os 2 Km.
Liga as freguesias de Fraião e S.Vitor
e, para além de dar abrigo a cerca de
40000 habitantes, foi a área escolhida
para a implantação das maiores superfícies comerciais do concelho.
Por muitos, é considerada uma zona
caótica e desordenada mas, para outros,
é símbolo da qualidade de vida de uma
cidade onde a maioria dos serviços e
equipamentos se encontra a distâncias
relativamente curtas e acessíveis a todos.
Paulo Leitão
Coordenador de Curso
escola
Estudo de notoriedade da EPB
Através de um inquérito estruturado com perguntas abertas, o curso de marketing 2009/2012 conduziu um estudo,
levado a cabo em junho de 2012, que visava medir o grau
de notoriedade da EPB – Escola Profissional de Braga.
Foram auscultadas, presencialmente, 183 pessoas, no centro de Braga.
Os dados foram tratados pelo 2º ano do Curso Técnico de
Gestão, no âmbito do módulo sobre estudos de mercado.
Conclui-se que metade dos inquiridos conhece a EPB, nomeadamente através de amigos e das redes sociais, e assume
recomendá-la. Já a localização suscita algumas dúvidas.
EPB participa nos Encontros AR RISCAR da Universidade Católica do Porto
A EPB marcou presença promocional nos Encontros AR RISCAR da Universidade Católica do Porto, que se realizaram
no dia 22 de maio, através de um stand promocional e com
participação no Seminário Temático - As provas de aptidão
profissional e o conhecimento em ação.
Assim, para além da divulgação da escola ao longo do
dia, de tarde, o nosso aluno finalista José Carlos Rodrigues,
do Curso Técnico de Design Gráfico, integrou um conjunto
de dezasseis testemunhos de alunos e ex-alunos do ensino
profissional sobre as suas experiências nas provas de aptidão
profissional (PAP). Testemunhos de projetos pessoais de referência que vieram das mais diferentes áreas profissionais e de
todo o país.
A PAP do José Carlos Rodrigues foi apresentada no stand
da escola, onde passaram muitos visitantes, destacando-se a
presença do Secretário de Estado dos Ensinos Básico e Secundário, Pedro Grancho.
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entrevista
Francisco Miguel, administrador do Grupo Rumos:
“Pretendemos que a escola mantenha a sua missão
de ensino de referência em Braga”
Francisco Miguel é Administrador no Grupo Rumos desde
1996, depois de Diretor de Formação (92-94) e Diretor de
Planeamento e Controlo (94-96).
Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Ramo de Sistemas e Computadores, pelo Instituto Superior Técnico, possui, ainda, um MBA com especialização
em Gestão Internacional, pela Universidade Católica. Frequentou uma escola técnica (anteriores às escolas profissionais), pois, na época, objetivava ser técnico de eletrónica,
mais concretamente no ramo de reparação de televisores.
Os 20 anos do Grupo Rumos serviram de pretexto para esta
entrevista, onde Francisco Miguel destaca alguns aspetos
da vida do Grupo e da formação profissional.
Com o foco no binómio pessoas e tecnologia, o Rumos
posiciona-se nas áreas da Educação, Formação e Serviços Profissionais. Assim, o Grupo conta com uma série de projetos.
Na Educação: 10 polos escolares, com as marcas EPB, Profitecla, Escola Digital, Escola Ruiz Costa e Colégio Vieira de Castro, num total superior a 2.500 alunos; na Formação Profissional, 12 centros de formação de Norte a Sul de Portugal, com
as marcas Rumos, Galileu e Flag; e nos Serviços Profissionais:
mais de 500 colaboradores colocados em clientes, metade
dos quais consultores certificados em tecnologias de informação, atuando com as marcas Rumos e GOWork. Contamos,
ainda, com escritórios em Madrid e Luanda, para além de executar projetos regulares em outras zonas do globo.
Encontrando-se o Grupo a viver os seus 20 anos, faça-nos um
breve balanço da sua atividade.
Considero um balanço bem interessante. Temos crescido
em dimensão e, profissionalmente, aumentado a qualidade
do serviço que prestamos e alargado o âmbito de atuação.
Acho que todos os colegas que colaboram ou que já colaboraram no Grupo se podem orgulhar do contributo que todos
temos dado para o desenvolvimento da estrutura de recursos
humanos do país, para a competitividade das empresas e organizações portuguesas.
Como nasceu o Grupo Rumos?
O Grupo teve a sua génese na Rumos, na formação em tecnologias de informação. A este projeto, iniciado há duas décadas, têm-se associado outras valorosas marcas e empresas.
Como é o caso da EPB. Todos juntos, temos contribuído para
a valorização profissional de milhares de recursos humanos e
potenciado a competitividade de empresas e organizações.
Queremos continuar a crescer, baseados na nossa visão e nos
nossos valores, por muitos mais 20 anos.
Qual é a sua missão/vocação?
O Grupo Rumos é um projeto cujo principal foco de atividade assenta no binómio pessoas e tecnologia. Atua através
da valorização de recursos humanos que potenciam a cadeia
de valor e a competitividade de empresas e organizações, em
estreita relação com as tecnologias.
Fale-nos das diversas áreas de atividade em que o Grupo Rumos se posiciona.
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Que objetivos pretende o Grupo atingir com a aposta na educação e ensino profissional?
A aposta na educação e, em particular, no ensino profissional, não é recente. Tendo o Rumos iniciado a sua atividade
com a formação e certificação de profissionais, desde cedo
nos apercebemos de que a nossa missão ficaria mais completa se integrássemos igualmente no Grupo o ensino profissional. E iniciámos essa aprendizagem, ao criarmos de raiz a
Escola Digital, em 1999, altura em que as escolas profissionais
mais antigas, como a EPB, já contavam com uma década de
existência. Acreditamos que a sociedade necessita, cada vez
mais, de técnicos especializados para o mercado de trabalho
e, para isso, o ensino profissional é uma aposta basilar que
deve ser privilegiada como formação de base, mesmo que o
objetivo de alguns jovens seja o prosseguimento de estudos.
O que levou a apostar na EPB?
Essencialmente, o facto de a EPB ser uma escola profissional
de referência. O Grupo já tinha uma estrutura de ensino profissional com sucesso no Norte do país, e quis reforçar essa
dimensão com uma escola que, sabendo nós ser de elevada
qualidade no ensino, reforçasse a nossa aposta nesta área.
Passado o primeiro ano como entidade proprietária da EPB,
que expetativas tem o Grupo sobre esta instituição?
A EPB é uma forte aposta do Rumos e é também um símbolo
desta região. Temos na EPB um conjunto de colegas docentes
e não docentes com grande qualidade e espírito de missão.
entrevista
Pretendemos que a escola
mantenha a sua missão de
ensino de referência em Braga e apostamos na melhoria
contínua de competitividade
do seu serviço.
Que papel atribui às empresas e às entidades representativas de empresas, nomeadamente a AIM e a ACB?
Têm um papel indispensável. Quando os cursos são
criados, quando os nossos
alunos são formados, é nas
empresas e nas entidades
representativas destas que
pensamos. Ninguém se pode
realizar
profissionalmente
se não tiver onde colocar
em prática o seu potencial.
Por outro lado, as organizações, sejam privadas, estatais
ou do terceiro setor, sejam
grandes ou pequenas, são
o motor de uma sociedade.
As associações empresariais,
como representantes das
empresas da região, a par da
escola, prestam um serviço
complementar fundamental.
Que sinergias podem ser desenvolvidas entre as diversas
unidades do Grupo Rumos?
Cada unidade é gerida de
forma autónoma. Mas, ob-
Que respostas poderão ser
adotadas para fazer face aos
cerca de 40% de jovens desempregados?
Prosseguir o trabalho que
está a ser feito nas nossas
escolas profissionais, na EPB
em particular. Não só de criar
recursos humanos competitivamente qualificados para o
mercado profissional, como
também promover a inovação e o empreendedorismo.
Este é um fator essencial para
a criação de emprego, para o
desenvolvimento económico
e social do nosso país.
Que importância atribui à
realização de estágios transnacionais?
Não só os estágios como
todo o conceito de mobilidade transnacional é muito
interessante para um desenvolvimento económico e
social que se deseja maior e
menos assimétrico. Dar novos mundos ao nosso mundo é algo bem português. É
experienciar outras culturas,
observar outras maneiras de
pensar, aprender outras formas de fazer. Ver que, na prática, um mesmo problema
tipicamente não tem uma
solução única. Para além dis-
“alguns dados apontam para o facto de os
jovens que efetuaram estágios transnacionais
terem menor dificuldade em encontrar
oportunidades de trabalho”
viamente, pertencendo nós
todos ao mesmo Grupo, as
sinergias, a troca de experiências e de boas práticas, o
trabalho em equipa, a cooperação em grupo, são valores a
consolidar.
Tentamos fazer um benchmark interno nas diversas
unidades do grupo e implementar as melhores práticas
de uns nas restantes unidades, permitindo que cada
unidade fique mais competitiva e melhore o serviço a seu
cliente.
so, alguns dados apontam
para o facto de os jovens que
efetuaram estágios transnacionais terem menor dificuldade em encontrar oportunidades de trabalho nas áreas
para as quais se encontram
qualificados.
Que perfil é exigido a um
colaborador do Grupo Rumos?
No curto prazo, normalmente são as competências
técnicas que prevalecem.
Mas, no médio e longo prazos, são os valores de base
que acabam por ganhar o
papel principal. O espírito
de missão, a vontade, a responsabilidade, o bom senso.
Bem como a cooperação e a
capacidade de trabalho em
equipa. Particularmente em
conjunturas menos positivas,
Gostava de deixar uma
mensagem de sentido positivo, na qual acredito particularmente e que, julgo,
espelha também um pouco
do que tem sido o espírito
do Grupo Rumos ao longo
das nossas duas décadas de
como a que atravessamos
atualmente, ninguém ultrapassa adversidades sozinho.
existência: todos temos potencial. Para o descobrirmos
e explorarmos, necessitamos de formação adequada
e de oportunidades para o
colocarmos em prática. Há
quem chame a estas oportunidades uma questão de
sorte. Mas a sorte, mais do
que um acaso, é sobretudo
uma consequência da perseverança, de trabalho continuado e insistente. Em particular, encontramo-nos numa
fase económica difícil, mas a
história faz-se de momentos
bons e menos bons; este é
um momento que vai privilegiar a inovação e o empenho,
pelo que, se acreditarmos e
trabalharmos com motivação, mais tarde ou mais cedo
o nosso potencial encontra a
oportunidade certa.
Refira-nos o principal desafio de um Administrador.
Motivar recursos humanos, gerindo expetativas e
desempenhos profissionais.
Praticamente, para todos os
outros recursos de uma organização há fórmulas e práticas de aplicação mais ou menos universais. Já os recursos
humanos, ao mesmo tempo
que são o ativo mais importante de uma organização,
em particular numa organização com as características
da nossa, cada recurso é único. Tem competências, características e necessidades de
motivação distintas.
Quer deixar uma mensagem à sociedade bracarense,
em particular aos estudantes
da EPB?
Entrevista conduzida por
Fernando Silva
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fora de portas
Encerramento da Braga CEJ 2012
Todos somos Braga
O dia 22 de dezembro de 2012 foi marcado pelo encerramento da Braga Capital Europeia da Juventude 2012. As iniciativas comemorativas começaram no Arco da Porta Nova,
que celebra este ano o seu 5º centenário, estendendo-se
por toda a cidade.
Ainda manhã cedo, a Porta abria-se a mais de 50 mil pessoas, que inundaram o centro histórico da cidade, para assistirem a concertos musicais, artes circenses e outras atividades
artísticas que decorreram na Praça da República, no Largo
do Paço, na Praça do Município (nesta atuaram Os Azeitonas,
Orelha Negra e Expensive Soul), e no Largo Carlos Amarante,
onde se exibiu [EM] CAIXOTE, a companhia residente da Capital Europeia da Juventude.
Neste dia, a Capital Europeia da Juventude ofereceu, a título de recordação, o jornal da Braga CEJ 2012 com as notícias
dos eventos mais emblemáticos, e convidou todos os visitantes a deixarem a sua marca no livro de visitas da CEJ 2012 instalado no Largo do Paço.
A Porta ficou aberta para o futuro, pois, segundo o Conselho de Administração da Fundação Bracara, a partir deste “ano
zero” podem os bracarenses “aproveitar a dinâmica, criatividade e empreendedorismo que se viveu em 2012”, e beneficiar
de uma cidade “mais cosmopolita, mais inovadora, mais inclu-
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siva” e com melhores recursos. Os bracarenses têm agora outras condições para desenvolverem o associativismo, a arte,
o empreendedorismo, a cultura e a inovação, o que poderão
fazer no espaço Generation, talvez a principal “conquista” deste ano dirigido à juventude.
A Escola Profissional de Braga, a exemplo do que havia feito
na abertura da Braga CEJ 2012, marcou presença nesta cerimónia de encerramento, através da atuação do Grupo de Percussão sob a orientação do Prof. Rui Rodrigues, composto por
formandos de vários cursos e de funcionários.
E também com uma equipa de reportagem que, na cobertura do evento, sentiu a alegria contagiante do momento e
ouviu as pessoas, recolhendo opiniões de muitos dos presentes, a apontarem, na sua maioria, para a importância do
momento e do orgulho bracarense. Os voluntários da Capital
Europeia da Juventude consideram que a Capital Europeia da
Juventude 2012 foi uma boa iniciativa, pois proporcionou a
todos os bracarenses um bom ano e, acima de tudo, serviu
“para preservar a nossa cidade, a nossa juventude, a nossa
cultura e criar amizades e realizarmos algumas atividades”.
Ajudou Braga a “ser mais reconhecida na Europa”.
2º ano de Secretariado
fora de portas
Ex-aluno do curso de Design Gráfico
João Loureiro, autor do logo da GNRATION
João Loureiro, já com vários trabalhos reconhecidos pela crítica, como a
conceção do logo da Agere ou a identidade de vários cartazes (Pont Part
People, Fast Forward…), acrescentou
ao seu palmarés o logo da GNRATION.
Um trabalho que serviu de pretexto
para uma breve conversa sobre o seu
projeto.
Como chegou a este logo? Como chegou a estes cortes?
Este logótipo surge da necessidade
de se criar uma identidade única e intemporal para um espaço com um cariz
tão forte como é o GNRATION.
Havia necessidade de criar algo que
se identificasse com o espaço físico mas
que, ao mesmo tempo, fosse dinâmico
ao ponto de se poder transmutar de
modo a adaptar-se a todas as
suas atividades.
Como poderá ser visto no
Manual de Identidade Visual
da marca (disponível em www.gnration.pt), este pode sofrer mutações, assim como assumir
diferentes cores e texturas,
desde que se respeitem as regras construtivas. É uma identidade aberta à criatividade,
assim como todo o conceito
do espaço.
Como diz no projeto, inspirou-se nos
cortes da fachada para criar uma forte
identidade. Porquê os cortes e não outro
elemento?
Quando tive oportunidade de ver o
projeto arquitetónico do GNRATION,
tive o cuidado de o analisar com a devida atenção de modo a que me fosse
possível chegar a um elemento que desse asas para a construção de uma marca
dinâmica. O elemento mais arrojado na
sua fachada é o portão lateral e, como
tal, achei que este seria o melhor ponto
de partida para a criação da identidade
que apresentei a concurso. Daqui surge
uma marca arrojada, forte e com ligação
ao seu espaço.
Foi um processo demorado, pois requereu muito investimento pessoal,
estudo e dedicação para que pudesse chegar à versão final apresentada
a concurso. Foi, como quase todos os
projetos, sofrendo modificações com o
tempo.
A experimentação é algo muito importante para o processo criativo. Houve, também, o cuidado de se pensar a
sua comunicação como um todo.
Sabendo que o edifício foi todo reconstruído e ainda é pouco reconhecido pelos
bracarenses, porquê fazer uma identidade tão forte ligada ao edifício?
O edifício onde está situado o GNRATION é o antigo quartel da GNR e, como
tal, sempre esteve presente no quotidiano dos bracarenses.
Agora surge com uma nova interpretação e é importante que se mostre,
através da identidade e toda a comunicação criada.
Esta é uma nova etapa.
Quanto tempo demorou a criar esta
identidade?
Foi desenvolvida sinalética exclusiva
para este projeto de modo a que haja
uma harmonia entre todos os seus elementos.
É o tipo de projeto que gosta de fazer?
Quem conhece o meu trabalho sabe
que me fascina a criação de identidades. É sempre um desafio, pois temos
a responsabilidade de criar algo que
será a cara de uma empresa
ou instituição durante um
longo período de tempo e
pela qual estas deverão ser
reconhecidas pelo público.
São sempre trabalhos que
exigem muito de nós, mas é
isso que me faz querer fazer
sempre mais e melhor.
Sara Dias
3º ano de Design Gráfico
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fora de portas
Cláudia Viana, jornalista da RTP,
ex-aluna da EPB
A reportagem da Epb Revista foi ao encontro de Cláudia Viana, jornalista da
RTP. Natural da África do Sul, foi aluna
da Escola Profissional de Braga entre
1993 e 1996, no curso de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e
Publicidade.
O repórter, seu antigo professor, recorda a aluna de estilo sereno e reservado, de olhar atento e perspicaz, detentora de uma escrita fácil e um discurso
fluente.
Dezassete anos depois, tentamos reconstituir as memórias que, afinal, não
foram destruídas pela voracidade do
tempo.
Olá, Cláudia, conseguiste guardar recordações da tua passagem pela escola?
Recordo o primeiro dia na EPB. Os corredores carregados de energia, de vontade, de expetativas. Alunos e professores cruzavam-se com largos sorrisos.
Era um novo conceito de escola. Aqui
rompia-se a tradicional formalidade na
relação docente/estudante. Estreitar
os laços na aprendizagem facilitava o
saber. Salas pequenas, na altura, aconchegavam a turma. Professores jovens,
na altura (risos), davam o melhor de si,
enquanto profissionais, enquanto seres.
“Recordo o primeiro dia na
EPB. Os corredores carregados
de energia, de vontade,
de expetativas. Alunos e
professores cruzavam-se com
largos sorrisos. Era um novo
conceito de escola.”
Partilhávamos momentos para lá dos
muros da escola. Ana Sales, João Lobo,
Paulo Leitão, Zé Carlos, Arlindo Fagundes, Jorge Inácio, Rosa Ferreira, Maria
João Lobato (orientadora da PAP), Paulo
Sousa, entre outros, foram nomes que
marcaram a minha passagem pela EPB.
Fruto do empenho de todos, tive o privilégio de realizar alguns estágios como
em Fotografia e Publicidade (NorthernTrainingTrust), em Newcastle, Agenda e
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Reportagem (Antena Minho) e Relações
Públicas (Torre de Babel), em Braga.
Multimédia, no Porto TV - Informação e
Multimédia, o curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, no Nexus
– Centro de Estudos, em Braga, e o curso
de Apresentação, no Centro de Formação da RTP.
“Queria agarrar o mundo
do trabalho à força. Estudar,
apenas, não chegava num
tempo que se adivinhava. Fazia
entrevistas para estudos de
mercado (INE). Batia porta a
porta com inquéritos na mão,
que me garantiam o à-vontade
necessário, a insistência e
persistência na obtenção da
resposta. Aprendi e cresci.”
E nasceu o sonho de ser jornalista…
Sim, foi aqui que nasceu o sonho de
ser jornalista. A componente prática é
uma vantagem do ensino profissional.
Os trabalhos desenvolvidos ao longo
dos 3 anos do curso permitiram fazer as
escolhas certas. O bichinho da televisão
começava a nascer! Recordo as disciplinas de Integração e Audiovisuais que
nos davam a liberdade de fazer, de criar.
Aqui iniciei a primeira relação com as
objetivas. Terá sido o prenúncio de um
admirável mundo novo!
Qual foi o teu percurso académico pós
EPB?
Entre 1996 e 2000, realizei o Bacharelato em Comunicação Social, na Escola
Superior de Jornalismo.
Depois, entre 2001 e 2003, fiz a licenciatura de Comunicação Social, na Escola Superior de Jornalismo. Além disso,
frequentei outras ações de formação,
nomeadamente o Curso de Informação e Comunicação na Sociedade Atual, na Universidade Popular do Porto,
Formação Profissional em Jornalismo
Podes falar-nos do teu percurso profissional?
Ainda estudava na Escola Superior de
Jornalismo do Porto quando comecei a
trabalhar. Queria agarrar o mundo do
trabalho à força. Estudar, apenas, não
chegava num tempo que se adivinhava. Fazia entrevistas para estudos de
mercado (INE). Batia porta a porta com
inquéritos na mão, que me garantiam
o à-vontade necessário, a insistência e
persistência na obtenção da resposta.
Aprendi e cresci. E aqui começou a minha luta pelo sonho de um dia ser jornalista.
E surgiu a rádio e a televisão…
Claro. Mas enviei dezenas de currículos (curriculum vitae)! A rádio era uma
opção. Faltava a oportunidade que acabou por surgir um ano depois. Entrei
para a Radiomar (Póvoa de Varzim), em
2000. Fazia os noticiários nacionais e internacionais e a revista de imprensa. A
par disso, escrevia a página de cultura
do Póvoa Semanário. Entretanto, a NTV,
hoje RTP Informação, abriu casting para
jornalistas. Fui ao primeiro acreditando
que tudo estaria já decidido. Realizei o
primeiro apenas por descargo de consciência. Chamaram-me para o segundo,
terceiro, quarto...e assim foi durante um
fora de portas
ano. A expetativa ia crescendo. O friozinho no estômago também (risos). Acabei por ser chamada para a abertura da NTV.
Comecei em reportagem e acabei na apresentação de jornais.
A RTP, na altura acionista minoritária, acabou por adquirir
na totalidade a televisão por
cabo. Nasce aqui a RTPN, agora
RTP Informação. Hoje trabalho
para o universo RTP. A equipa
da redação é um todo - RTP1,
RTP2, RTP África, etc..
Tiveste ainda tempo para outros projetos…
Sim, fiz Jornalismo, Edição e
Reportagem na Radiomar/Póvoa Semanário, na Póvoa Varzim. Além disso, nos últimos
anos, fui formadora no Curso
de Técnicas Audiovisuais/Fotografia, na EPATV, em Vila Verde.
Que dificuldade tens sentido e como as superaste?
A grande dificuldade, nos dias de hoje, é sobreviver à vertigem do “já”, do “para ontem” ou do “direto”. Corremos contra o
tempo. É necessária, em doses industriais (risos), capacidade
de improviso e muita energia de todos no trabalho em equipa. Se um falha, falham todos. E para o bem e para o mal é,
regra geral, o jornalista que responde. É ele o motor da reportagem.
Qual é a tua perspetiva sobre a evolução do audiovisual em
Portugal?
A evolução do audiovisual traduz-se na vertigem do ime-
diato que retira, muitas vezes, a profundidade temporal e distribui uma superficialidade informativa.
Vivemos num mundo virtual, aos pés de uma sociedade
consumidora de informação, em que tudo parece fácil. O
meio on-line ganha cada
vez mais terreno no universo audiovisual.
A evolução acontece num
momento de crise económica em Portugal, que afeta
também as empresas mediáticas. Os orçamentos são
cada vez mais reduzidos.
Produz-se cada vez mais
com menos. A Internet ganha corpo nas opções dos
media.
Quanto a projetos pessoais …
Sonho em fazer apenas
Grande Reportagem. Sair do desgaste que é a agenda do dia.
Respirar e mergulhar bem fundo no que há de mais bonito
no jornalismo! Tudo é novo, sempre! Nada se esgota. É o gozo
desta profissão.
Para terminar, tens um conselho a dar aos atuais alunos da
EPB?
Acreditar, sempre! E ir à luta.
Entrevista conduzida por Paulo Leitão
Coaching & Branding - Uma União Bombástica
CARLOS COELHO, uma referência na construção e gestão
da marca e presidente da Ivity Brand Corp, e João Catalão,
especialista em coaching e motivação e “pai” do conceito Atitude UAUme,
partilharam o palco
do Auditório Vita,
no dia 14 de maio.
A
organização
do evento esteve a
cargo de Kátia Fernandes, finalista do
Curso Técnico de
Gestão, cuja Prova
de Aptidão Profissional visa realçar a importância do Marketing nas empresas.
Se, por um lado, o
branding - gestão da marca é fundamental para cimentar
a imagem da instituição ou produto no mercado, gerando
valor e confiança, por outro, o coaching faculta ferramentas
que permitam reforçar esse objetivo.
A primeira intervenção coube a Carlos Coelho, que contou várias experiências profissionais que elucidaram o público sobre o “segredo” das marcas.
João Catalão falou
com muito humor
sobre a importância
do coaching no contexto da atividade
económica atual.
Uma plateia heterogénea, convidada
a partir das redes
sociais, reagiu muito
positivamente aos
conteúdos apresentados.
Kátia Fernandes
3º ano de Gestão
11
fora de portas
Braga Romana – Reviver Bracara Augusta
A EPB marcou presença na
“Braga Romana – Reviver
Bracara Augusta”, este ano
na sua X edição, evento que
decorreu na cidade entre
os dias 22 e 26 de maio de
2013.
Os alunos do 2º ano do
Curso Técnico de Secretariado foram responsáveis pela
participação da EPB nesse
evento, assegurando a comercialização de produtos
na banca do mercador e supervisionando o cortejo noturno.
A banca do mercador da
EPB teve à disposição dos visitantes mel caseiro, compotas, chá, marmelada, biscoitos, flores, bolos, bolachas,
broas de pão e bijuteria artesanal.
Quanto ao cortejo noturno realizado no dia 24, foram mobilizados cerca de
sessenta epbianos - alunos,
colaboradores e professores
- vestidos com trajes a rigor,
totalmente confecionados
pelo Ateliê da D. Flávia, em
Tibães. Numa malha visual
brilhante, que remete para
o azul, cor predominante da
EPB, cruzaram-se os tons de
dourado e castanho. A liderar
o cortejo, esteve o Grupo de
Percussão da EPB, contagiante com o seu dinamismo e
vasto repertório musical.
E foi com muita alegria, irreverência, cor, som e dança
que a escola deu o seu contributo para mais um êxito
do reviver a presença dos romanos em Braga!
2º ano de Secretariado
Estágios transnacionais
Catorze formandos da EPB farão um
estágio na Europa, durante quatro semanas, no mês de julho, sendo distribuídos pelo seguinte quadro de cooperação: quatro formandos efetuam o seu
estágio em Granada, Espanha, orientados pelo Instituto Europeo de Lenguas
Modernas, S.L.; quatro realizam-no em
Mosta, Malta, orientados pela Paragon
Europe; e outros seis, em Leipzig, Alemanha, orientados pela Vitalis.
12
http://www.sights-and-culture.com
A EPB obtém, pela primeira vez, o
certificado de mobilidade Leonardo
da Vinci, para o projeto “Acquiring
Different Work Experiences” que irá
proporcionar a 14 jovens formandos
experiências laborais e socioculturais
diferentes, em Malta, Alemanha e Espanha.
“14 alunos realizam estágios
transnacionais em julho
Projeto de mobilidade certificado
pela Agência Nacional
Leonardo da Vinci”
Os formandos usufruirão igualmente de cursos de língua (inglesa e espanhola) e de um diversificado programa
turístico-cultural, os quais contribuem
para o enriquecimento dos seus curricula vitae e, consequentemente, potenciam a sua inserção no mercado de
trabalho.
O “Acquiring Different Work Experiences” assume, como os anteriores projetos de mobilidade em que a EPB participou desde 2002, um papel inovador
na modernização dos modelos profissionais da região, aproximando-os dos
mercados europeus mais competitivos.
A EPB continua, assim, a reforçar a sua
dimensão europeia na formação.
Alexandra Corunha
Departamento de Comunicação e Marketing
fora de portas
Escola Profissional ruma ao Bom Jesus
A comunidade educativa da EPB rumou em caminhada ao Bom Jesus do
Monte, no dia 3 de maio, para promover a saúde e o bem-estar, combater o
sedentarismo e a obesidade, e consolidar a vertente social e humana, numa
iniciativa do grupo curricular de ciências humanas e sociais.
Manhã cedo, alunos, professores, funcionários e direção reuniram-se junto
do Instituto Ibérico de Nanotecnologia,
iniciando a caminhada pelas 10h. E, devidamente equipados com camisolas
epb e com farnel a tiracolo (aceitavam-se outros registos!), foram serpenteando encosta acima, até atingirem, primeiro, o pórtico de entrada do Bom Jesus,
depois, o Santuário. Isto depois de subirem os escadórios, rodeados de árvores
centenárias, de capelas que exprimem
a Paixão de Cristo, e de fontes que se
erguem majestosamente e que lançam
água pelos órgãos do sentido, representados por esta ordem: visão, audição,
olfato, paladar e tato.
“local de história e cultura, mas
também de encantamento,
mistério, romance – a obra da
Natureza e a obra do Homem
em perfeita harmonia”
O grupo parou no Santuário para um
breve descanso. E para se reorganizar,
visitar sítios de interesse, e absorver o
espírito de tranquilidade daquele local
de história e cultura, mas também de
encantamento, mistério, romance – a
obra da Natureza e a obra do Homem
em perfeita harmonia.
“Toca a levantar!”, pois esperavam outras atividades e o descanso é só quando o comandante disser! Então, o grupo
deu mais um saltinho até ao cimo do
monte, chegando em contagiante boa
disposição, a contrastar com a ausência
dos tradicionais garranos do Bom Jesus,
uma nota de tristeza sentida por alguns,
que não puderam dar aquela voltinha!
Mas houve tempo para outras voltas!
A primeira foi mesmo a instalação dos
grupos pelo amplo espaço do Bom Jesus, tendo cada turma escolhido a sua
mesa, devidamente decorada e recheada de comes e bebes. Seguiu-se o lanche, havendo um “bolinho de bacalhau”
para todos, mesmo para os mais esquecidos que não levaram farnel. E depois
veio o almoço, para restabelecer harmonia na dieta dos caminhantes.
O encontro da EPB continuou tarde
fora, imperando alegria, humor, boa disposição e franco convívio entre todos
os epbianos, com conversas alinhadas
e desalinhadas, todas elas, porém, a
apontar para a aprovação da atividade e
para a ideia de missão cumprida.
Era bem visível o sentimento de certa
nostalgia nos finalistas, que se preparam para, dentro de algumas semanas,
deixar a escola e rumar ao mercado de
trabalho ou prosseguir estudos no ensino superior.
Houve ainda tempo para um peddy
paper multidisciplinar, que envolveu diversas turmas que realizaram provas de
Português, Inglês, Integração, Educação
Física, Matemática e Componente Técnica. Todos procuraram dar o seu melhor!
O encontro terminou com a descida,
notando-se rostos cansados, mas felizes, à espera da próxima caminhada.
Parabéns à organização e a todos os
participantes.
Fernando Silva
13
fora de portas
Entusiasmo marcou III Troféu EPB
No presente ano letivo, por iniciativa
dos grupos curriculares de ciências
humanas e sociais, línguas e ciências
exatas, a Escola Profissional de Braga
levou a cabo a sua 3.ª edição do Troféu
EPB.
Com esta atividade pretendemos fomentar uma competição sadia, mas,
sobretudo, reforçar alguns valores e
atitudes estruturantes para a formação
integral dos jovens do presente e do futuro, tais como o companheirismo, a entreajuda, o gosto pelo desafio, o esforço
e a empatia entre colegas/adversários.
Tal como já acontecera na edição
anterior, esta 3.ª edição do Troféu EPB
comportou três provas. Na primeira
prova, realizada a 10 de janeiro, os alunos inscritos responderam, individualmente, a três questionários de escolha
múltipla sobre Cidadania e Ambiente,
Literacia e Desafios de Matemática. Esta
prova decorreu nas instalações da EPB,
sendo de relevar, como notas dominantes, o empenho e o entusiasmo postos
pelos jovens “epbianos” na procura do
melhor resultado possível.
A segunda prova, que teve lugar no
dia 26 de abril, decorreu em dois momentos. Em primeiro lugar, foram testados os conhecimentos dos alunos
sobre a obra “Cão como nós”, de Manuel
Alegre. Depois, os alunos percorreram
as ruas da cidade de Braga, onde identificaram aspetos relevantes do património histórico, arquitetónico e cultural da
cidade, relacionados sobretudo com o
a obra do arquiteto bracarense André
Soares. Nessa manhã, os “atletas”, em
representação da EPB, caminharam pelas ruas da cidade, onde deixaram bem
impressa a sua alegria, juventude e espírito “epbiano”.
Por último, realizou-se, em 23 de maio,
uma corrida de orientação. Nesta prova,
foi lindo de ver os nossos “atletas”, entre
folhas, árvores, edifícios, parques e “céu
azul” bracarense, procurar, procurar, até
encontrar os “alvos/balizas” que pontuavam (matematicamente) certinho para
poder obter a melhor pontuação.
Em jeito de balanço, é justo destacar o
comportamento excecional que os alunos souberam colocar nesta iniciativa,
dando, desta forma, mais uma vez, um
14
bom contributo para consolidar a boa
imagem externa da EPB. O espírito jovial
e alegre, o empenho e o entusiasmo, o
companheirismo e a empatia pelos colegas, aliados a uma competição sadia
foram as notas dominantes que pudemos observar ao longo das três fases em
que decorreu esta 3.ª edição do Troféu
EPB. Bem hajam todos aqueles que nela
participaram!
António Dias Pereira
Grupo Curricular de Ciências Humanas e Sociais
CLASSIFICAÇÃO
ELE / CC
1.º
Matos2.º
Ges 113.º
As 11B4.º
As Super Poderosas 5.º
7 Anões
6.º
FC / DG
7.º
8.º
The Best
conquistas
No projeto Start Point - Orienta o Teu Futuro
Alunos da EPB conquistam 2º lugar
A Feira do Emprego e do
Empreendedorismo decorreu nos dias 16 e 17 de novembro e acolheu o projeto
“Start Point - Orienta o Teu
Futuro”.
A iniciativa foi promovida pela empresa Betweien
- Challenge and Success,
Lda., no âmbito da iniciativa
“Modern Skills - Academia de
Empreededorismo”, e constava de um desafio lançado a
alunos de seis escolas e centros de formação de Braga:
conceção de um projeto em
tempo limitado.
A escola foi representada
a ideia criativa e arrecadaram
o 2º lugar, na conceção de
uma ponte em papel, tendo
evidenciado boas competências em liderança, trabalho
em equipa e gestão do tempo.
As turmas dos alunos vencedores e o 2º ano do Curso
Técnico de Secretariado visitaram o certame e estiveram
em contacto com empresários e instituições de ensino.
pelos alunos Diogo Eirinha e
José Carvalho, do Curso Técnico de Multimédia, e Jaime
Oliveira e José Macedo, do
Curso Técnico de Frio e Climatização, que aproveitaram
Lucília Cardoso
Diretora de Turma
No Corta Mato Distrital
Escola conquista 3º lugar
Decorreu, no dia 6 de fevereiro, a final do Corta Mato Distrital, numa iniciativa da Coordenação Local de Desporto
Escolar de Braga.
A prova teve lugar nos terrenos anexos à pista de atletismo
Gémeos Castro, em Guimarães, e contou com a participação de 3715 alunos de 94 escolas do distrito.
A Escola Profissional de Braga esteve representada por cinco atletas em ambos os sexos dos escalões Juvenis e Juniores,
depois de apurados no III Corta Mato EPB, sendo devidamente orientados pelos professores de Educação Física.
Em termos de resultados, a EPB alcançou um honroso 3º
lugar no escalão de Juvenis Masculinos, e um 4º lugar no escalão de Juniores Masculinos. Ao nível individual, destaca-se
o 4º lugar obtido por João Ferreira, aluno do 2º ano do Curso
Técnico de Frio e Climatização, na categoria de Juvenis Masculinos, num universo de 415 atletas participantes.
Os professores que orientaram os alunos participantes
nestas provas destacam o forte espírito coletivo e sentido de
entreajuda dos alunos da EPB, fatores que os levaram aos excelentes resultados desportivos alcançados e ao crescimento
como pessoas.
Grupo Disciplinar de Educação Física
15
cursos
Comemoração do Dia Mundial da Saúde
A EPB comemorou, a 9 de
abril, o Dia Mundial da Saúde, sob o lema “Pela tua
rica Saúde”. Esta iniciativa
foi promovida por alunos
e professoras do Curso Técnico de Saúde, que pretenderam, com a realização de
rastreios, palestras e peddy
paper, prevenir a doença,
mas, essencialmente, fomentar a Saúde na escola.
sibilizar jovens e adultos para
estilos de vida saudáveis,
através de comportamentos
preventivos de saúde, como
uma boa nutrição e controle
de peso, lazer, exercícios regulares e a privação de substâncias nocivas ao organismo. E, porque quanto mais
jovem melhor, um estilo de
vida saudável deve ser adotado o mais cedo possível.
A Organização Mundial de
Saúde define a saúde como
“um estado de completo
bem-estar físico, mental e social e não somente ausência
de afeções e enfermidades”.
Este ano, sensibiliza para a
prevenção da tensão arterial
alta, para melhorar os índices
de sobrevivência.
E foi neste contexto que
surgiu a necessidade de sen-
Assim, ao longo deste dia,
os alunos do curso de Saúde
e a restante comunidade escolar tiveram oportunidade
de participar em diversas atividades, destacando-se um
peddy paper, rastreios e dois
workshops: num, a enfermeira Irene Silva, do IPDJ, desenvolveu o tema Fome Física/
Fome Emocional; noutro, os
alunos João Lopes, Sara Dias,
Natália Costa e Rita Marques,
do 2º ano de Saúde, fizeram
demonstrações de Noções
Básicas de Primeiros Socorros.
O envolvimento e a responsabilidade dos jovens e
adultos na sua Saúde é um
passo primordial na adoção
de estilos de vida saudáveis,
16
para, dessa forma, se viver
uma melhor Saúde. Por isso,
segue o conselho: olha pela
tua rica saúde!
Ana Isabel e Liliana Magalhães
Professoras
cursos
Construção civil solidária
Está o curso de Construção
Civil da Escola Profissional
de Braga a tentar solidificar
o trabalho de colaboração
com outras instituições, no
sentido de proporcionar aos
seus alunos condições para
uma intervenção que seja
em simultâneo solidária e
de aplicação prática dos
conhecimentos que vão adquirindo.
Assim, foram estabelecidos contactos com a Junta
de Freguesia de S. Victor, que
funcionou como intermediária para uma intervenção numa
habitação situada no bairro social das Enguardas, de renovação e adaptação de uma instalação sanitária. De igual modo,
tem sido dada continuidade
ao trabalho de colaboração
com a instituição Habitat for
Humanity, estando a ser feito
o agendamento das intervenções a realizar.
Consideramos estas intervenções e a participação dos
nossos alunos da maior importância, não só pela aplicação dos conhecimentos adquiridos, mas essencialmente
pelos valores inerentes e subjacentes a uma atitude crítica
e interventiva na sociedade.
Jorge Franqueira
Coordenador de Curso
Obras que contam
No Baixo Sabor
No dia 21 de maio, as três turmas do Curso Técnico de Construção Civil realizaram uma visita de estudo à obra do Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor.
Esta obra é constituída por dois escalões, permitindo produzir energia elétrica durante o dia e proceder à bombagem
para a albufeira de montante durante a noite, de modo que a
mesma água possa produzir energia na manhã seguinte.
Os alunos foram organizados em grupos e acompanhados
por engenheiros da EDP, apreciando tanto a parte exterior da
obra como os subterrâneos para instalação das turbinas.
Esta atividade teve múltiplas potencialidades pedagógicas e formativas, tais como desenvolver o espírito crítico e de
observação, reforçar a coesão do curso e promover um clima
interpessoal saudável.
Maria Cândida Lacerda
Professora
A EXPERIÊNCIA de voluntariado em função da HABITAT
foi bastante proveitosa e interessante. Executamos tarefas para o bem-estar de uma família carenciada e com
condicionalismos na sua mobilidade do dia a dia.
No dia em que fizemos o voluntariado, foi-nos apresentada a dona da casa, bem como os problemas que a sua
filha detém, para que estivéssemos mais a par das suas
necessidades e, desse modo, estarmos mais familiarizados com a obra.
O voluntariado foi concretizado com a realização de várias tarefas que contribuíram para a construção da habitação: a execução de argamassas para reboco e laje aligeirada para fossa séptica. A família estava condicionada não só em termos financeiros, mas também em termos de mobilidades, aspetos
que chamaram a atenção da HABITAT, levando-a à construção da habitação da família através de voluntários. E
a nossa escola integrou esse voluntariado, contribuindo
com a HABITAT na execução da habitação desta família,
através de alguns contactos efetuados.
Aquele dia foi bastante exaustivo e, ao mesmo tempo,
muito proveitoso e benéfico, pois apesar do cansaço com
que ficámos, sentimos o dever cumprido bem como a satisfação de ajudar o próximo.
Obrigado, EPB, pela oportunidade desta experiência e,
acima de tudo, obrigado, HABITAT, pelo trabalho incansável que tem na melhoria de vida de várias famílias.
Pedro Coelho
3º ano de Construção Civil
17
cursos
Encontros de Design e Multimédia
A 5ª edição dos Encontros de Design e Multimédia da EPB
realizou-se na semana de 22 a 26 de abril, e foi marcada por
momentos de inspiração, de envolvimento entre alunos e
profissionais, e de grande entusiasmo pelas áreas do Design e Multimédia.
A MezzoLab abriu a 5ª edição dos Encontros com uma palestra onde foi abordado o desenho para web. Durante o dia,
tivemos atividades ligadas ao empreendedorismo (Betweien),
realidade virtual (João Delgado), técnicas de produção audiovisual (Creative Lemons) e um workshop de criação de personagens, dinamizado por Ricardo Coelho, antigo aluno do
curso de Design Gráfico da escola.
No segundo dia, a criatividade invadiu os Encontros com a
presença da psicóloga Filipa Rodrigues, que dinamizou uma
palestra dedicada aos processos criativos. Seguiram-se dois
workshops em simultâneo: um dinamizado no Factory Business Center, com a Filipa Rodrigues, que tratou o tema “Treino de Processos Criativo”, e outro de introdução ao adobe lightroom, com o fotógrafo Gonçalo Delgado. Ao longo deste
dia, abordou-se, ainda, o mundo da mobilidade web com a
temática “A web está onde tu estiveres”, com Carlos Castro;
Branding e motion graphics, pela empresa GEN Design; a publicação digital pela Mac Service, e um workshop de edição
de vídeo, dinamizado pela empresa Tais do Vídeo. O segundo
dia acabou já tarde com o designer Rafael Serra, numa tertúlia sobre tipografia na Velha-a-Branca.
“Marketing Pessoal” foi o tema de abertura do terceiro dia
dos Encontros 2013, a cargo da professora Natália Rebelo,
seguindo-se “Apresentações para Totós”, com o ex-aluno de
Design Gráfico, Eduardo Silva (Geiras). A parte da tarde foi
dedicada à temática “De alunos para alunos”, realizando-se
workshops de wordpress (Márcio Rodrigues), metodologia
projetual (José Rodrigues), modelação 3D (José Carvalho) e
motion graphics (Jorge Henriques).
O último dia dos Encontros ficou reservado para a inspiração e motivação da Paleta de Letras, representada pelos ilus-
18
tradores Pedro Seromenho e Sebastião Peixoto, e pelo designer Sérgio Ribeiro, com o mote “Livradição”. O fotojornalista
Hugo Delgado encerrou a 5ª edição do evento com uma sessão sobre fotojornalismo.
A edição de 2013 dos Encontros Design e Multimédia foi
um sucesso: mais de 150 pessoas estiveram presentes, o suficiente para encher 87% de um Airbus A320; mais de 1725 minutos de atividades ao longo de 4 dias, tempo suficiente para
ir do Porto a Nova York 4 vezes; foram partilhadas mais de 320
fotografias, o equivalente ao uso de 27 rolos de filme; mais
de 26 convidados partilharam experiência nos Encontros, um
aumento de 40% em relação a 2012; e foram alcançadas nas
redes sociais mais de 10 mil pessoas, rentabilizando 100% do
investimento.
José Carlos Rodrigues
3º ano do curso de Design Gráfico
cursos
Pensar a energia que consumimos
Nos tempos que correm, faz todo o
sentido pensar a energia que consumimos, transformada em diferentes
eletrodomésticos que utilizamos diariamente.
o termo “eficiência energética”, devendo o futuro técnico ser um conhecedor
capaz de ajudar/aconselhar qualquer
consumidor final a obter o melhor rendimento da energia que paga. O técnico-projetista desenvolve as suas ideias,
pensando não só na função do produto,
mas também no seu consumo de energia, incluindo conforto na sua utilização
e ainda a integração do equipamento
no meio onde este vai operar. Só assim
se podem satisfazer as necessidades e
exigências do consumidor final.
De facto, é uma preocupação permanente gerir a “nossa energia” – porque
a pagamos - para que seja utilizada de
forma eficiente, tirando o maior rendimento com a maior quantidade de trabalho útil.
No âmbito dos projetos que os nossos alunos vão desenvolvendo ao longo
dos cursos, nomeadamente nos cursos
de Energias Renováveis e de Frio e Climatização, é fundamental que se inclua
José Esteves
Coordenador de Curso
Dicas para um conhecimento sobre energia
É NO MOMENTO da compra que o consumidor deve ter algum conhecimento que lhe permita fazer a escolha mais acertada para as suas necessidades, sendo, por isso, importante
deter informação sobre as seguintes questões:
O que é a etiqueta energética?
A etiqueta energética foi criada com o objetivo de informar o
consumidor, no momento da compra, sobre determinadas características e desempenho dos eletrodomésticos, utilizando
uma escala de classificação para identificar os mais e os menos
eficientes energeticamente. Para além do consumo de energia,
apresenta informação sobre outras características dos equipamentos como, por exemplo, a água que consomem ou o ruído
que produzem.
Quais os eletrodomésticos que devem estar rotulados?
A rotulagem através desta etiqueta, regulamentada desde
1992, é já obrigatória para lâmpadas e vários eletrodomésticos, como máquinas de lavar loiça e roupa, de secar roupa,
equipamentos de refrigeração (frigoríficos, combinados e arcas), aparelhos de ar condicionado e ainda fornos elétricos.
Como são então classificados os eletrodomésticos?
Os primeiros grupos de aparelhos abrangidos pela nova regulamentação são as máquinas de lavar roupa e louça, aparelhos de refrigeração e televisores. Estes eletrodomésticos são
classificados de acordo com uma escala de 7 classes, que vão
desde A+++ (mais eficiente) a D (menos eficiente). Duas categorias de equipamentos de refrigeração apresentam 10 classes (de A+++ a G): os aparelhos de refrigeração por absorção
(ao contrário dos tradicionais de refrigeração por compressão)
e os aparelhos de armazenagem de vinho (categoria criada de
raiz). A etiqueta dos televisores, também criada de raiz, tem
uma classificação inicial de A a G, migrando para A+++ a D, de
forma faseada, até 2020.
Como posso saber as diferenças entre as várias classes energéticas de um eletrodoméstico?
Com a criação das classes energéticas, subentende-se que,
quanto mais alta for a classificação atribuída (Ex. A++), maior
será a poupança por parte do consumidor. Um exemplo prático destas diferenças e respetiva poupança é o caso que se
apresenta a seguir, com a comparação de três classes superiores de uma máquina de lavar roupa:
Classe A+++ - Consome 32% menos que A; Classe A++ Consome 24% menos que A; Classe A+ - Consome 13% menos
que A.
Como ler a etiqueta energética?
Embora as etiquetas possuam um design igual, na realidade,
os dados que nos fornecem variam consoante o eletrodoméstico, pois os parâmetros de classificação de um frigorífico são
diferentes de uma máquina de lavar roupa. A título exemplificativo, apresentamos a nova etiqueta de uma máquina de
lavar roupa e respetiva legenda.
1 - Marca do fabricante e modelo
2 - Classe de eficiência energética
3 - Consumo anual de energia
4 - Consumo anual de água
(em 220 ciclos normalizados)
5 - Capacidade standard em Kg
6 - Eficácia de centrifugação
7 - Potência sonora em decibéis
(durante a lavagem e centrifugação
no programa da norma)
Fontes: www.ecocasa.pt; www.balay.pt
João Cunha
Professor
19
cursos
Olimpíadas Nacionais de Informática
As Olimpíadas Nacionais de Informática são um concurso de âmbito nacional, promovido e organizado pela
APDSI - Associação para a Promoção
e Desenvolvimento da Sociedade da
Informação, em colaboração com o
Departamento de Ciência de Computadores, da Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto e a Universidade do Algarve.
Têm como objetivos promover o
gosto pela programação e pelas tecnologias de informação entre os jovens,
constituir um ponto de encontro de âmbito nacional para professores e alunos,
e selecionar uma equipa para representar Portugal nas Olimpíadas Internacionais de Informática.
“Os alunos da Escola
Profissional de Braga aderiram
de forma entusiástica a esta
iniciativa”
É destinada a todos os jovens nascidos após 30 de junho de 1993 e que, no
ano letivo 2012-2013, frequentem o ensino básico, secundário ou equivalente.
A prova nacional desenvolveu-se em
duas fases: a primeira consistiu na reso-
esta iniciativa, na expetativa de alcançarem bons resultados. Mas, o importante
mesmo foi participar.
Júlio Bigas
Professor
lução de três problemas apresentados
simultaneamente a todos os concorrentes através da Internet. A classificação
foi atribuída automaticamente e validada por um júri nacional nomeado pela
APDSI; os melhores participaram na
segunda fase, os quais realizaram uma
prova final, na Faculdade de Ciências
da Universidade do Porto. Os mais bem
classificados na prova final foram selecionados para participarem em junho
num estágio de formação, findo o qual
serão escolhidos (1 a 4), para representar Portugal, nas Olimpíadas Internacionais de Informática, que se realizarão
em Brisbane, na Austrália, em julho.
Os alunos da Escola Profissional de
Braga aderiram de forma entusiástica a
Foi na 24ª Conferência da UNESCO, realizada em Paris em 1987,
que nasceu a ideia de criar umas
Olimpíadas Internacionais de
Informática (IOI) para alunos do
secundário. Uma ideia concluída no programa da UNESCO no
biénio 1988/89 e, em maio de
1989, a UNESCO patrocinou a
primeira edição das IOI, realizada em Pravetz, na Bulgária.
As IOI vão já na 25ª edição e
são uma das atuais seis grandes
Olimpíadas Científicas, sendo
umas das mais recentes. As outras são Matemática (realizada desde 1959), Física (desde
1967), Química (desde 1968),
Biologia (desde 1990) e Astronomia (1996).
À descoberta de Camilo Castelo Branco
A ideia andava no ar e, entre as atividades para o ano letivo corrente, foi proposta uma visita de
estudo à Casa-Museu de Camilo Castelo
Branco. Justificava-se porque, para além
de ser um autor cuja obra se poderia explorar em diversos módulos de aprendizagem, se comemoravam os 150 anos
da publicação de Amor de Perdição.
Assim, os alunos dos 1º e 2º anos de
Secretariado e seus professores deslocaram-se a São Miguel de Seide, Famalicão,
no dia seis de dezembro, sendo recebidos
por dois monitores que acompanharam
cada qual uma turma.
A visita começou com a contextualização, à entrada da casa, onde o monitor
destacou alguns aspetos históricos da mesma, acentuando a
vida de Camilo e Ana Plácido e o incêndio que a casa sofreu.
De seguida, entrámos na casa e percorremos os vários com-
20
partimentos: hall de entrada, sala de jantar, sala principal, escritório, cozinha, quarto de Camilo, quarto de Ana Plácido, saleta de Ana Plácido,
quarto dos filhos e, finalmente, a Galeria
de Exposições, onde se encontrava patente uma exposição sobre as mulheres de
Camilo.
A visita de estudo valeu pelo contacto
dos alunos com um ambiente de elevação cultural e literária, pela viagem a uma
época que os vai ocupar nos próximos
módulos de aprendizagem, com autores
como Garrett ou Eça de Queirós, escritores (a par de Camilo) de elevado critério
na arte de bem escrever, e ainda pelo interesse suscitado por um melhor conhecimento de Camilo Castelo Branco.
1º ano de Secretariado
cursos
Futuros profissionais no terreno
“O que eu ouço, eu esqueço. O que eu vejo, eu lembro. O que eu
faço, eu entendo.” Confúcio
Antes de irem para o terreno, os alunos trabalham, em contexto de sala de aula, as competências fundamentais para
serem excelentes profissionais. E que competências são
essas? O profissionalismo assenta não só no rigor técnico
como também em qualidades pessoais, que conferem uma
postura dita “profissional”... Polivalência, proatividade, capacidade de relacionamento interpessoal, elevado grau de
responsabilidade, espírito crítico, assiduidade e pontualidade.
É precisamente a conjugação destas características que diferencia os futuros profissionais da EPB!
Apresentam-se algumas iniciativas que aliaram o rececionismo efetuado pelo Curso Técnico de Secretariado e a cobertura mediática pelos Cursos Técnicos de Design Gráfico e de
Multimédia:
I Jornadas de Segurança e Saúde no Trabalho “Gerir com
sucesso SST” | 19/10/2012 | PEB
Cordão Humano da Liga contra o Cancro | 24/10/2012 |
Braga
Feira do Emprego e do Empreendedorismo | 16 e
17/11/2012 | PEB
Concerto Teresa Salgueiro | 01/12/2012 | Auditório Vita
Seminário “A Solidariedade entre as Gerações” |
03/12/2012 | PEB
XII Ciclo de Conferências da Fundação Bracara Augusta |
abril/junho 2013
V Congresso Cidadãos Educadores | 16 e 17/05/2013 | PEB
Natália Rebelo
Coordenadora de Curso
“Vimos reconhecidamente agradecer toda a colaboração
prestada pelos alunos de Secretariado, de Design Gráfico
e de Multimédia neste evento, a qual foi fundamental para
os resultados positivos alcançados.”
Dra. Palmira Maciel
Vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Braga
“(…) alguns alunos do Curso Técnico de Secretariado da
Escola Profissional de Braga (…) colaboraram connosco na
logística da frente de sala deste Evento. Foi para nós uma
ajuda preciosa. O requinte e profissionalismo com que
desempenharam as suas funções dignificaram ainda mais
o evento em si. Acolher e acomodar nos seus lugares 491
pessoas num curto espaço de tempo não é tarefa fácil. O
Auditório Vita prima no acolhimento e simpatia de todos
os que usufruem dos seus espaços. (…)”
“O nosso muito obrigada pela parceria estabelecida na
organização e execução das Jornadas de Segurança e
Saúde no Trabalho. Queremos partilhar o sucesso da
iniciativa também com os alunos de Secretariado e Design,
e felicitá-los pelo excelente desempenho. Estamos certos
de que esta foi a primeira de outras iniciativas conjuntas.”
Padre Marc Monteiro
Diretor do Auditório Vita
Dra. Gisela Azevedo
Diretora dos Recursos Humanos da Câmara Municipal de Braga
21
cursos
IV Jornadas Administrativas da Escola Profissional de Braga
O melhor Povo do Mundo
Realizaram-se, no passado dia 20 de
fevereiro, as IV Jornadas Administrativas da Escola Profissional de Braga.
O evento foi, neste ano letivo, organizado por mim, no âmbito da minha
PAP – Prova de Aptidão Profissional do
Curso Técnico de Gestão, tendo como
temática de fundo “O Melhor Povo do
Mundo”.
Seguidamente, Jorge Remondes, do ISVouga, baseou a sua intervenção na importância do Marketing Pessoal e da utilização das redes sociais na divulgação de
mensagens de comunicação individual e
empresarial. A abrir o segundo painel da
manhã, Miguel Dias, da empresa MMM +
A Branding, falou na primeira pessoa, evidenciando a sua experiência pessoal mas
valorização do empreendedorismo, nomeadamente aquele que levou à criação
da empresa em questão.
Posteriormente, seguiu-se o vídeo de
João Catalão, conceituado coach que, por
não poder estar presente, nos disponibilizou via vídeo uma sessão de valorização
motivacional, onde se salientou a máxima “Façam acontecer!”. Finalmente, teve
O grande auditório do Parque de Exposições de Braga recebeu um conjunto
de intervenções centradas na motivação,
para todos quantos assistiram aos dois
painéis das Jornadas.
A sessão da manhã foi aberta por Palmira Maciel, vereadora da Câmara Municipal de Braga, que fez alguns esclarecimentos relacionados com a Braga Capital
Europeia da Juventude 2012. A esta intervenção seguiu-se a desenvolvida por
Ricardo Peixe, Trainer & Career Sepecialist
“Emprego Bom e Já”, desmistificando alguns dos maiores mitos associados à procura de emprego.
também empresarial. Os trabalhos da
manhã encerraram com Francisco Teixeira, administrador da comunidade Consumer Behavior Portugal, com uma intervenção dirigida à forma como o nosso
país se deveria posicionar a nível externo.
Retomadas as Jornadas à tarde, Tânia
Pinto, embaixadora do empreendedorismo feminino em Portugal na Comissão
Europeia, baseou a sua intervenção na
apresentação da sua própria experiência profissional, como administradora
da empresa Asuasecretária. Mais tarde,
coube a Narciso Moreira, da empresa Betweien, expor as suas ideias assentes na
lugar a intervenção do jovem empresário
Marco Barbosa da Bewarket, um caso de
sucesso em Braga, que valorizou a importância da mudança do local de trabalho
e da capacidade de apostar numa nova
carreira profissional.
Foi um dia preenchido com diversos
motivos de interesse, onde foram abordados temas da atualidade que muito
contribuíram para enriquecer a formação
dos alunos.
22
Margarida Pinto
3º ano de Gestão
cursos
Participação no Festival Nacional de Robótica
Pelo oitavo ano consecutivo, a Escola
Profissional de Braga participou no
Festival Nacional de Robótica, organizado pela primeira vez por uma escola
secundária. A 13ª edição da competição de robótica decorreu entre os dias
25 e 28 de abril, na Escola Secundária
D. Dinis em Lisboa, reunindo aproximadamente quatro centenas de participantes.
A EPB fez-se representar com três
equipas em diferentes competições
- Robot@Factory, Futebol Robótico Júnior e Busca & Salvamento B –, envolvendo a participação de sete alunos
e dois professores. Uma nota especial
para a inscrição de mais três ex-alunos
desta escola, que se juntaram às equipas da EPB, dando uma contribuição
significativa no apoio aos seus antigos
colegas de curso.
Pela primeira vez, a EPB participou na
prova Robot@Factory, habitualmente
dirigida a alunos de grau universitário.
Com uma equipa composta por dois
alunos do Curso Técnico de Eletrónica,
Automação e Comando, e dois do Curso Técnico de Gestão e Programação
de Sistemas Informáticos, o terceiro lugar obtido (muito próximo do segundo
classificado) foi um prémio merecido
para o esforço, empenho e entreajuda
que os alunos evidenciaram na preparação do robô e na realização das diferentes provas.
No Futebol Robótico Júnior, uma participação que se tem consolidado, a EPB
obteve um resultado meritório, tendo
a equipa ficado apurada para integrar
a representação nacional no Robocup
2013 (competição internacional de robótica que junta as melhores equipas
de todo o mundo), que este ano decorrerá em Eindhoven – Holanda, no final
do mês de junho.
Já na prova de Busca & Salvamento B,
os bons resultados do primeiro dia de
competição não se repetiram nas finais
e a equipa quedou-se pela sexta posição, a meio da tabela classificativa.
Para além dos resultados obtidos,
fica desta participação a significativa
evolução técnica, pessoal e humana a
que os alunos foram sujeitos por força
de uma competição em que o convívio
entre participantes acompanha o stresse das provas, a diversão do momento
fica afastada pela responsabilidade assumida, e o cansaço crescente é adiado
pela vontade de fazer cada vez melhor.
Assim sendo, o balanço só pode ser bastante positivo, sem dúvida!
João Garcia
Coordenador de Curso
Lan Party atraiu jovens de várias escolas
A EPB Lan Party decorreu nos dias 20
e 21 de dezembro, nas instalações da
EPB, com o objetivo de divulgar a Escola Profissional de Braga e, em especial, o Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.
O evento integrou os tradicionais
jogos “League of Legends” e “FIFA 13”,
tendo os participantes ainda a oportunidade de se divertir com outros jogos
não oficiais.
No dia 20 foi criado, em parceria com
a Spark Agency, o “Open & Connected
on Zappeo”, um momento único neste
evento que consistiu na demonstração
de uma aplicação móvel que permite
encontrar pessoas e informações sobre
as mesmas num determinado evento ou
conferência, desde que estejam conec-
tados. O Zappeo é um projeto inovador
gerador de oportunidades de emprego, negócios, valorização profissional,
enfim, um conjunto de experiências e
partilhas únicas. O design desta aplicação foi concebido por um ex-aluno de
Design Gráfico, o Eduardo Silva (Geiras).
A organização considera que atingiu
os objetivos e congratula-se pelo elevado nível de adesão, principalmente
pela capacidade de atrair participantes
externos à EPB, pelo elevado civismo e
educação que estes demonstraram durante todo o evento. Um dia com muitos
momentos de competição, convívio e
adrenalina entre os cerca de 60 participantes.
Filipe Alves
Professor
23
à conversa com
PEIXE : AVIÃO
Numa tarde solarenga de
abril, sentados numa esplanada de Braga, a conversa com dois elementos
da banda Peixe : Avião*, o
Luís e o José, decorreu de
forma bem disposta, fluída
e transparente como água.
Não se consideram grandes
faladores, mas foram assertivos num registo descontraído e “cool”. Uma banda
com iniciativa, polivalente e
criativa.
O novo single, que estreou
no dia 22 de abril, na Antena 3, chama-se Avesso. É
um exclusivo na rádio. Uns
dias depois, sairá um videoclip e nas redes sociais. O
novo álbum (que ainda não
tem nome), o sucessor de
Madrugada (em 2010), será
lançado em setembro e representa uma rutura (gostam de pensar que sim) com
os restantes trabalhos, quer
a nível da composição, quer
na sua sonoridade final.
O que vos distingue das demais bandas rock no cenário
musical português?
As bandas, de uma forma
geral, distinguem-se umas
das outras (José). Mas, pelo
facto de sermos as 5 pessoas que somos e que fazemos
música que tem alguma personalidade e um cunho próprio, isso é o que nos distingue (Luís).
“Não se pode viver em
função dessa fama,
euforia.”
Como encaram o facto de
serem comparados com os
Radiohead, graças à voz de
Ronaldo Fonseca e ao estilo
musical com particular aten-
24
ção às texturas e às camadas
de instrumentos?
Não somos, infelizmente
(risos). Essa comparação era
mais feita, no início, quando
nascemos. Aliás, o som não
tem grande ligação. Compreendemos que seja uma
referência mais fácil de dar
porque é uma banda famosa e as pessoas têm sempre
a tendência de colocar um
“rótulo”.
Agora que já se conhecem
melhor, certamente, acham
que isso vos entusiasma mais
para criar? Há um processo de
crescimento em conjunto...
Isso tem a ver com a confiança que temos uns nos
outros. Há sempre uma certa exposição a que nos sujeitamos quando criamos,
principalmente o Ronaldo a
escrever letras. A confiança
cresce e só se consegue através da nossa convivência, sobretudo quando vamos para
os concertos que é quando
acontecem as maiores aventuras (risos do José) e esses
momentos reforçam mais as
nossas ligações. Mas, mesmo
a nível musical, no próximo
disco (já gravado), optamos
por ter uma abordagem que
reforça mais a individualidade de cada um; os temas
foram compostos de uma
forma mais partilhada, em
ensaio, ao contrário de outros discos (uma ideia geral
que partia de uma pessoa e
era explorada por todos).
Adolfo Luxúria Canibal classificou-vos como “o novo fado
do século XXI”, a propósito de
“40.02” (o primeiro álbum lançado em 2008). Sentem que já
geraram um “culto” desde a
vossa existência?
Culto é muito forte, um
pouco exagerado. Há pessoas que gostam de nós e que
nos seguem. Essa expressão
aplicava-se mais há umas
décadas atrás, quando apareceram os Mão Morta. Os
tempos atuais são diferentes.
As coisas funcionam muito
por ciclos.
“Culto é muito forte,
um pouco exagerado.
Há pessoas que
gostam de nós e que
nos seguem. Essa
expressão aplicavase mais há umas
décadas atrás, quando
apareceram os Mão
Morta.”
Têm formação musical? De
que forma contribuiu para o
que a vossa banda é hoje?
Eu (José) estudei Produção,
na Escola Superior do Porto,
e contribuiu muito do ponto de vista crítico da música,
mas também a nível técnico,
do ponto de vista da criação
musical, me expus a coisas
que desconhecia. Aprendi e
ajudei. No entanto, a história
da música popular é feita es-
sencialmente de pessoas que
não têm formação musical.
Como é que se conseguem
gerir e reunir a criatividade e
ideias de 5 pessoas diferentes
num disco? E quando as coisas
ficam difíceis e estão divididos
em relação ao caminho a seguir quem tem a última palavra?
Não há últimas palavras.
Em geral, debatemos muito as ideias, principalmente
quando há pontos em que
divergimos. Em última instância, usamos o método do
voto (a maioria). Em cada
álbum há sempre um outro
pormenor em que isso acontece, porque os álbuns são
“filhos difíceis de parir” (Luís).
A banda tem 2 designers (André e Pedro) - as capas dos álbuns são feitas por nós.
Quais são as vossas fontes
de inspiração?
Pode ser um livro, mas essencialmente música que
ouvimos.
Uma das vossas referências
musicais são os Clã, até porque já colaboraram juntos. O
que ouvem?
à conversa com
Sim, uma referência sobretudo sobre
a forma de trabalhar. São uma banda
que consegue “pôr a cabeça por cima
da água” e fazer boa música (José).
Rock, Eletrónica (exploratória), Pop,...
Não ouvimos muita música nacional,
contra nós falamos.
Quando estão a trabalhar em estúdio e
a inspiração falta, o que fazem?
Não levamos a inspiração para o estúdio. Quando vamos para estúdio (Valentim de Carvalho), o processo de criação
já aconteceu. A composição já vai feita;
há apenas pequenos ajustes técnicos a
fazer. Quando a inspiração falta, é melhor deixar para o dia seguinte. As boas
ideias aparecem, muitas vezes, quando
estamos distraídos. Em primeiro, compomos a música, melodias de voz e só
depois a letra. Funciona assim para nós.
No entanto, o processo ao contrário é
possível.
“Para a cidade que é, não está
a correr mal, mas claro que
pode ser sempre melhor. Há
muita gente a fazer música,
boa ou má.”
Depois do grande boom dos anos 80, o
que vos parece o atual panorama musical
bracarense?
Não está mal. Cresceu um bocado.
Há mais acesso a tudo, seja música para
consumir, seja instrumentos para tocar,
salas para ensaiar, mais bandas, mas
continua a não haver muitos sítios para
Peixe : Avião é uma banda nascida no verão de 2007, na cidade de Braga. Conquistaram a atenção da imprensa nacional
através de um EP promissor, “Finjo a Fazer de Conta Feito Peixe
Aviao”. Em 2008 lançam o primeiro álbum 40.02, seguindo-se
Madrugada, em 2010. O disco Madrugada permaneceu 5 semanas no Top da Associação Fonográfica Portuguesa e o disco
enquadrou várias listas dos melhores discos do final do ano no
panorama nacional português, como a revista Blitz, Cotonete,
Sapo, Jornal i, RUC, RUA, e o blogue Provas de Contacto. Em
tocar... Para a cidade que é, não está a
correr mal, mas claro que pode ser sempre melhor. Há muita gente a fazer música, boa ou má.
Das novas bandas portuguesas, há
alguma(s) que apreciam particularmente?
Nós criamos uma editora na altura
em que avançamos com o último disco
“Madrugada”. Como todos nós tínhamos
projetos paralelos e tínhamos amigos
que tinham projetos com quem colaborávamos e gostávamos, decidimos criar
uma editora que basicamente é um
selo. A nossa editora não tem nenhuma
estrutura física; agrupamos todos esses
projetos num selo editorial. As bandas
que apreciamos são as que ajudamos
2011, compuseram as canções originais da banda sonora da
longa-metragem O Que Há De Novo No Amor?, interpretadas
no filme pela banda fictícia Os Ursos Pardos.
Elementos da banda:
Baixista: José Figueiredo
Vocalista: Ronaldo Fonseca
Baterista: Pedro Oliveira
Guitarristas e Teclas: Luís Fernandes e André Covas
25
à conversa com
Breves
Qual o grupo/artista português e/ou estrangeiro
com quem gostariam de tocar juntos?
(pergunta espetacular, diz o José). Beatles, não
é possível, mas é verdade. E também os Portishead.
Número de concertos que já deram?
Talvez, cerca de uma centena. Ao fim dos 30,
paramos de contar.
a pôr discos cá fora, de amigos, por exemplo, Long Away To
Alasca (outra banda de Braga), Smix Smox Smux (onde o José
também toca), Dear Telephone (banda do nosso baterista),
Old Jerusalem,... A editora chama-se PAD (pad-online.com).
Consideram que se faz boa música em Portugal?
Sim. Há muita música de consumo generalizado, mas, como
em qualquer país, com estilos diferentes. Uns têm Tony Carreira e outros têm Britney Spears (José). Há muita gente a fazer
boa música, que não se conhece e que merecia mais destaque. Aqueles artistas a que se dá mais destaque são pobres a
nível artístico (Luís). O país é pequeno e a margem de pessoas
que sobram para consumir música é pequena (José).
E no estrangeiro, já foram convidados?
Já esteve para acontecer.
Quais são os vossos maiores fãs? Sexo feminino/
masculino?
Equilibrado.
De que faixa etária?
Dos 20/40.
Qual foi a coisa mais louca e/ou curiosa que um
dos vossos fãs já fez?
Uma senhora que mostrou os seios num concerto.
Quais os projetos para o futuro? Até onde pretendem chegar?
O que falta conquistar?
O projeto imediato é o nosso novo álbum, o qual ainda não
tem nome e cujo lançamento será em setembro. Falta conquistar muita coisa: disco de platina ou ouro (risos). Está fora
do nosso alcance. O nosso objetivo não é esse, mas gostaríamos, obviamente. Vendemos 2 mil discos, o que é bom para
a nossa dimensão.
Alguma canção ou grupo(s) que tenham marcado a vossa adolescência?
Nirvana e Pixies.
Que conselho(s) dão aos jovens alunos da EPB para singrarem
no mercado de trabalho cada vez mais competitivo? E aos que
gostam de tocar e até têm uma banda de garagem?
Ter espírito de iniciativa e querer fazer as coisas, ir à luta.
Nós tiramos fotografias, colocamos autocolantes nos discos...
“O espírito é: faz tu próprio; não estejas à espera de ninguém
para o poderes fazer” (Luís). Quanta mais valorizada uma pessoa for, mais possibilidade terá para singrar. As pessoas mais
capazes profissionalmente arranjam sempre trabalho. “Estudar; o saber não ocupa espaço.” (José) Como músicos, dizemos que ouçam muita música e que não se contentem com
aquilo que lhes dão a ouvir.
Praticam desporto?
Não temos muito tempo. O Luís joga futebol
com os amigos. São adeptos do S.C.Braga. O Zé é
portista e é sócio do S.C.Braga.
O que dizem as vossas cordas (guitarra e vocais) e as vossas
teclas?
São o veículo para expressarmos a nossa personalidade artística. Está lá um pouco de todos nós, quase como se fosse
uma radiografia dos 5 elementos.
Entrevista conduzida por Alexandra Corunha
26
Programa(s) de TV preferido(s)?
Documentários (José) e Baby.TV (“até sei as
músicas de cor” - Luís).
Já vos pediram para dar um concerto em prol de
uma causa social? Se sim, qual?
Já, mas ainda não foi possível por vários motivos, inclusive a nível de recursos logísticos.
Estamos sempre recetivos.
A que dão mais valor na vida?
À família, saúde e trabalho.
O vosso verdadeiro desafio é...
Melhorar, sempre.
iniciativas
III Corta Mato EPB
O III Corta Mato
EPB decorreu no
dia 29 de novembro, no Estádio
1º de maio e no
Parque da Ponte.
Este evento, que
se enquadrava no
plano anual de atividades da escola,
foi
dinamizado
pelo grupo disciplinar de Educação Física e contou
com forte adesão
dos alunos.
A atividade tinha por objetivos: facilitar a integração social dos alunos
no meio escolar, reforçar os benefícios
proporcionados por uma prática de
atividade física regular e sistematizada,
sobretudo ao nível cardiovascular e no
combate ao sedentarismo, e estimular e
reforçar os conceitos de criatividade, autonomia e desportivismo como valores
essenciais à dignidade humana intrínsecos à Educação Física e ao Desporto.
Bem cedinho daquele dia de novembro, cerca de duas centenas de alunos
entregavam-se entusiasticamente às
provas, na procura da melhor posição
possível, apurando-se a classificação final expressa na tabela ao lado(3 primeiros de cada categorias).
Juvenis Masculinos
João Ferreira
António Ferreira
Eduardo Ferreira
FC11
MEC12
GES12
Juvenis Femininos
Ana Teixeira
Ana Lages
Letícia Almeida
GES12
CCI12
DG12
Juniores Masculinos
João Lopes
Pedro Ribeiro
Hugo Cunha
AS11
ELE11
GPSI11
Juniores Femininos
Maria do Carmo
Joana Galvão
Daniela Silva
SEC11
DG10
SEC11
Grupo Disciplinar de Educação Física
27
iniciativas
Campanha de sensibilização
Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho
No dia 7 de fevereiro de 2013, a turma do 1º ano do Curso
Técnico de Secretariado alertou a comunidade escolar para
conceitos básicos sobre Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, com a colaboração da Nortemed.
Os resultados deste dia, diferente da rotina habitual da escola, foram bastante positivos, pois levaram ao envolvimento
de cerca de 300 alunos, professores e funcionários, colocando-os em contacto com situações práticas. Toda a organiza-
A manhã foi marcada por diversas atividades, destacando-se:
• Uma exposição e workshops sobre equipamentos de
proteção individual e meios de combate ao incêndio, onde
marcaram presença, de forma rotativa, turmas que frequentam cursos com maior propensão para lidar com situações de
emergência;
• Exibição de vídeos elucidativos sobre cuidados a ter em
matéria de higiene e segurança em trabalhos específicos;
• Realização de exames complementares de diagnóstico
médico, feitos por profissionais de saúde, tais como eletrocardiograma, audiometria, visão, espirometria, tensão arterial e
IMC.
De tarde, realizou-se um workshop no auditório EPB, no
qual Vítor Teixeira, administrador da Nortemed, e Ângelo de
Sousa, consultor da mesma empresa, abordaram os temas
Saúde Ocupacional e Como Gerir a Emergência em Ambiente Escolar. Alunas da turma responsável desafiaram ainda os
participantes para uma sessão de ginástica laboral.
ção deste dia, desde a divulgação às reuniões de trabalho,
passando pela formalização de convites, exposição e receção
aos visitantes, permitiu desenvolver competências que não
são tão evidentes no contexto de sala de aula. Para além disso, é com gosto que partilhamos o nosso know-how.
28
1º ano de Secretariado
Dados estatísticos (ACT | 2010)
1. O setor da construção civil lidera no número de acidentes
de trabalho, seguido da agricultura e pecuária
2. Os acidentes de trabalho mortais ocorrem em maior número no Porto, Lisboa e Aveiro
3. As principais causas assentam na queda em altura, choque
de objetos e esmagamento de máquina
4. De 2001 a 2010, os acidentes de trabalho mortais reduziram para metade
iniciativas
Pensar com alegria, a matemática do dia a dia!
toda a comunidade escolar relativamente à ciência em geral,
nomeadamente a dos formandos. O balanço foi positivo devido, essencialmente, ao entusiasmo, proatividade e participação da grande maioria dos visitantes do Cantinho.
A Matemática e a Físico-Química
enfeitam o Natal
Foram dezenas as formas como os alunos deram a forma
de Natal a objetos oriundos da Matemática e da Física. Esta
adesão, que contou com participações dos diferentes cursos,
foi um contributo ao embelezamento do Natal na EPB, numa
perspetiva criativa dos nossos alunos em festejar o Natal.
Troféu-EPB
A Imagem da Matemática
Cada projeto teria de contemplar uma ideia matemática,
sustentada por uma imagem e um texto. E os alunos participaram entusiasticamente na iniciativa, criando cerca de 160
projetos. Um júri selecionou dez, tendo a comunidade escolar
escolhido os três melhores: Pedro Coelho, do 3º ano de Construção Civil, Romeu Alves, do 2º ano de Frio e Climatização,
e Roberto Martins, do 3º ano de Construção Civil, respetivamente 1º, 2º e 3º classificados. Desta iniciativa resultou a exposição de 17 a 30 de maio, pelo quinto ano consecutivo, promovida e dinamizada por professores do grupo curricular de
ciências exatas, importante contributo para a imagem da EPB
na cidade de Braga e que o Bragaparque apadrinha e acolhe
nas suas instalações.
Participação entusiasta e concentrada por parte dos alunos
nos desafios matemáticos com que foram confrontados, em
provas com a participação de diferentes áreas disciplinares.
5º Torneio de Jogos Matemáticos
No torneio, que contou com a participação das 27 turmas
dos cursos profissionais, jogaram-se os jogos Hex, Avanço e
Produto, desenvolvidos em duas fases: por grupos e por eliminatórias, sagrando-se vencedor o 3º ano de Eletrónica, seguido do 3º de Gestão e 3º de Frio, respetivamente.
9º Campeonato Nacional de JM
Cantinho das Ciências
No dia 20 de março decorreu o Dia das Ciências Exatas, no
âmbito da semana cultural. Professoras da disciplina de Física
e Química criaram o Cantinho Das Ciências, no qual realizaram e demonstraram algumas atividades experimentais. As
atividades selecionadas foram as seguintes:
“Cocktail colorido”; “ encher um balão sem soprar”; “ extintor caseiro”; “mergulhador em mar alto”; “introdução de um
ovo cozido inteiro dentro de uma garrafa”;” queimar dinheiro”
e “simulação de um vulcão”.
O objetivo da iniciativa foi captar o olhar e a curiosidades de
Este ano realizou-se, na Arena D’Évora, a 1 de março de 2013,
e contou com uma representação de três alunos da nossa
escola. Apesar de nenhum deles se ter sagrado campeão nacional como sucedeu no ano passado, estes alunos bateram-se com empenho e alegria.
As atividades organizadas pelo grupo curricular de ciências
exatas permitiram o envolvimento lúdico de toda a comunidade educativa, através do olhar atento e perspicaz da Matemática e da Física, sobre tudo o que nos rodeia, na forma
de imagem, de jogo ou através de uma simples experiência, e
promoveram, junto dos alunos, o fortalecimento do convívio,
a partilha, a cooperação, a entreajuda e o gosto pelo desafio.
José Pedrosa
Grupo Curricular de Ciências Exatas
29
iniciativas
Lembrar a Carta dos Direitos Humanos
A Declaração Universal dos Direitos
Humanos afirma, no seu artigo 1º,
que “Todos os seres humanos nascem
livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os
outros em espírito de fraternidade.”
Artigo que serve de ponto de partida
para percebermos o alcance da Carta
dos Direitos Humanos.
De facto, os Direitos Humanos visam
salvaguardar a dignidade de todas as
pessoas, fornecendo-lhes liberdade de
pensamento, expressão e igualdade.
Trouxeram o que há de mais essencial à
vida humana, a dignidade e a liberdade,
independentemente da nacionalidade,
cultura, religião ou raça. Uma mais-valia
para os povos.
Mas é necessária uma permanente
leitura, reflexão e consciencialização
dos Direitos Humanos expressos na Carta (a que muitos não têm acesso) que
levem os homens a atos concretos que
validem o seu cumprimento. É necessário que cada pessoa se informe sobre os
seus direitos e deveres, para, em liberdade, defender o seu estilo de vida.
Ora, foi a pensar nestas ideias que a
Escola Profissional de Braga realizou diversas iniciativas no dia 10 de dezembro
de 2012, nas quais alunos e professores
se entregaram à reflexão do conteúdo
dos artigos da Carta, visando atitudes
interventivas. De entre elas, são de destacar a exibição, para todas as turmas,
de um filme relacionado com o tema,
ilustrações e uma exposição de 30 cartazes com os 30 direitos, numa organi-
zação dos alunos do 3° ano do curso de
Design Gráfico, para além de diversos
momentos de reflexão no decurso das
aulas.
Esta foi uma iniciativa dos grupos
curriculares de Línguas e de Ciências
Humanas e Sociais, lembrando que os
direitos humanos deverão ser praticados quotidianamente por todos os cidadãos.
Patrícia Oliveira e Andreia Lima
1º ano de Secretariado
No dia 10 de dezembro
de 1948, a Organização
das Nações Unidas (ONU)
adotou e proclamou a
Declaração Universal dos
Direitos Humanos, o que
aconteceu em Paris pelos 56
representantes dos 58 Estados
membros das Nações Unidas.
E, em 1950, determinava o
dia 10 de dezembro como
Dia Internacional dos Direitos
Humanos.
Dia dos namorados
Com a crise, onde fica o amor?
Costuma dedicar-se o dia 14 de fevereiro ao Dia de S. Valentim, numa tradição recente que tem como principal objetivo celebrar a união amorosa entre casais, sendo comum
a troca de cartões e presentes, como gesto simbólico de
manifestar o Amor, e até um jantar romântico a dois, para
tornar um dia diferente e único!
Na EPB, a efeméride ficou marcada por diferentes gestos, desde uma exposição de trabalhos, à
conceção de marcadores e produção escrita,
passando pelo cinema e debate. A escola
vestiu-se com poemas de amor de autores de língua portuguesa para, por um
lado, homenagear os grandes vultos da literatura portuguesa que
trabalharam o tema Amor e, por
outro, promover a escrita criativa.
Os alunos puderam ainda levantar na
Mediateca marcadores de livros conce-
30
bidos por alunos de Design Gráfico e assistir ao filme norte-americano Cartas
para Julieta, de 2010, dirigido por
Gary Winick.
Esta foi uma iniciativa do Grupo Curricular de Línguas, a que se
associou o Grupo Curricular de Educação para a Saúde que dinamizou uma
palestra sobre “Violência no namoro; (des)
construção de realidades e mitos”. Enfim, desafios do Amor em tempo de crise, alimentados
por atos concretos do dia a dia das relações das
pessoas que se amam. Na EPB, lembrado de uma forma diferente, simples e original.
Ana Pinto
1º ano de Secretariado
iniciativas
Doenças Sexualmente Transmissíveis
“A sexualidade é um tema
muito sensível, não só pela
natureza mas pelo tipo de
caraterísticas que pode ter”.
Foi desta forma que o Dr.
Vítor Coutinho iniciou a palestra, no dia 6 de fevereiro,
dirigida a uma plateia repleta de um público jovem interessado na temática.
Na sua intervenção, realçou o facto de, nos dias de
hoje, a sexualidade ser bastante abordada entre os jovens, pois dispõem de muita
e variada informação sobre a
mesma, desde o tipo de doenças relacionadas com tal
prática até aos contracetivos
mais comuns disponíveis.
Num registo bem agradá-
vel, passou à explicação da
fisiologia dos nossos órgãos
reprodutores e dos cuidados
que devemos ter com eles.
Vitor Coutinho deu, depois,
destaque à sexualidade em
diferentes culturas, esclarecendo os presentes como
cada cultura trata a sua sexualidade e as diversas maneiras de a interpretar.
Já a terminar, abordou o
tipo de doenças que existem
e como estas são transmitidas, sensibilizando a plateia
para a necessidade (e dever)
de todas as pessoas, de qualquer idade, terem em atenção alguns “pormenores” que
podem mudar a sua vida e
poderão até fazer a diferença
na sua qualidade de vida.
Esta palestra ultrapassou
as nossas melhores expectativas. Achamos muito interessante e proveitosa a
apresentação do Dr. Vítor
Coutinho, esperando ter
mais oportunidades para assistir a palestras interessantes e úteis como esta.
Ana de Amorim e Natália Bronze
2º ano de Auxiliar de Saúde
Desmistificando alguns mitos da sexualidade
As professoras Liliana Magalhães e
Ana Isabel Oliveira desmistificaram
alguns mitos da sexualidade.
Existe probabilidade de engravidar se
não tomar um dia a pílula?
No caso de esquecer de tomar a pílula anticoncecional, existem duas situações diferentes:
1º: Esquecimento inferior a 12 horas:
o risco de gravidez é quase nulo. Deve
tomá-la assim que se lembrar e tomar
a dose seguinte no horário habitual;
2º: Esquecimento maior do que 12
horas: deve ter-se uma atenção maior,
pois existe o risco de gravidez, caso tenha relações sexuais neste dia ou nos
próximos. Deverá ser utilizado método barreira nos dias seguintes e consultar o médico.
Há probabilidade de engravidar com
penetração mesmo sem ejaculação?
O coito interrompido é um método
contracetivo natural com muito pouca eficácia. Pode tornar-se um problema, pois além do risco de gravidez
existe o risco de contraírem uma Infeção Sexualmente Transmissível. Antes
da ejaculação, o rapaz liberta um líquido chamado de pré-ejaculatório que
pode carregar os espermatozoides
retidos no canal da uretra, se o rapaz
ejaculou, não urinou e se excitou em
seguida. Portanto, a probabilidade de
engravidar é muito elevada.
Se a relação sexual for feita na água,
há probabilidade de engravidar?
Sim, o risco de gravidez é o mesmo,
independentemente do meio em que
se proporciona a relação sexual, dado
que existe penetração e, por isso, libertação de espermatozoides nos genitais femininos.
O pénis e os testículos diminuem com
a idade?
Com a idade o pénis tende a diminuir de tamanho, mas isso só acontece quando houver disfunção erétil ou
acentuada diminuição da atividade
sexual. Os testículos têm sempre tendência para diminuir de dimensão, o
que determina que produzam cada
vez menos testosterona. Os testículos
de um homem de 30 anos podem medir três ou quatro centímetros de eixo
maior, mas aos 60 anos podem já medir apenas dois ou três centímetros.
O pénis pode partir-se?
Apesar de o pénis não ser composto por um osso, pode partir-se. É uma
situação rara mas por vezes acontece
nos homens mais jovens, impulsivos
e inexperientes. A lesão é geralmente provocada por um “falso passo”
do coito, desencadeando uma forte
dor que obriga a suspender a relação
sexual e determina o rápido aparecimento de um hematoma no pénis. O
tratamento pode ter de ser cirúrgico.
Ter um pénis muito grande não é sinal
de virilidade?
Cerca de 50 mil portugueses têm
um mega pénis mas, em muitos deles, existe uma relação direta entre o
grande volume peniano e a disfunção
erétil. Um pénis muito grande pode
não conseguir uma ereção completa, por ser demasiado volumoso para
ser totalmente preenchido pelo fluxo
sanguíneo. O problema pode ser grave e só passível de resolução através
de uma cirurgia de redução peniana.
31
opinião
Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia
O Memorando de Entendimento assinado entre o Ministério
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal e o Ministério da Educação e Ciência de Espanha, em 2005, que estabelecia a criação de um Instituto de Investigação e Desenvolvimento conjunto, deu origem ao INL - Laboratório Internacional
Ibérico de Nanotecnologia.
A primeira fase da construção teve início em 2008 e o INL foi
inaugurado em 2009. Com a criação do INL pretendeu-se reforçar
a colaboração científica e tecnológica entre Portugal e Espanha.
O objetivo era abrir um novo ciclo nas relações entre os dois países e contribuir para a construção de economias nacionais baseadas no conhecimento, e na afirmação científica e tecnológica
no plano internacional.
Braga foi o local escolhido, em 2005, pelos chefes de governo
dos dois países, para a instalação do novo instituto. A construção
do Laboratório, no Norte de Portugal, permitiu aos dois Estados
ibéricos beneficiar de uma forte comparticipação da União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional.
O INL é dirigido por José Rivas, diretor-geral do INL e professor
catedrático de Física da Universidade de Santiago, e por Paulo
Freitas que ocupa o cargo de diretor-geral adjunto e é também
professor catedrático de Física do Instituto Superior Técnico de
Lisboa.
Na sua fase inicial, o Laboratório envolveu apenas Espanha e
Portugal, no entanto, esta organização de direito internacional
está aberta à adesão de outros países e à participação de instituições e de especialistas de todo o mundo. O objetivo é que o INL
se afirme como polo de investigação internacional de excelência.
O desenvolvimento de parcerias com instituições de ensino superior e com o setor económico é já uma realidade. É missão do
INL promover a transferência de conhecimento e de valor acrescentado para economia, gerar emprego, e formar profissionais
altamente especializados.
As áreas estratégicas de investigação são a nanotecnologia
aplicada à segurança alimentar e ao controlo ambiental, nanomedicina, nanoeletrónica e manipulação à nanoescala.Os parceiros do INL são oriundos de toda a comunidade europeia, América do Norte, América Latina, e também Ásia.
A infraestrutura científica do Laboratório Ibérico de Nanotecnologia compreende uma sala limpa de cerca de 1000 m2, com
600 m2 de área útil; laboratórios de alta precisão para caracterização de filmes finos, interfaces e nanoestruturas; laboratório central de biologia e bioquímica, entre outros laboratórios. O edifício
principal acolhe ainda 40 laboratórios individuais para grupos de
investigação.
Do ponto de vista da construção, as instalações do INL tiveram
exigências técnicas únicas associadas à especificidade e aos requisitos inerentes a atividade laboratorial de nanotecnologia, em
especial em termos de controlo de vibrações e campos eletromagnéticos. O INL dispõe também de vários equipamentos de
apoio onde se destaca a biblioteca, o auditório com capacidade
para 200 pessoas, e a creche. O laboratório foi desenhado para
acolher 400 pessoas. Atualmente, trabalham no INL cerca de 100
pessoas, com 19 nacionalidades diferentes. O recrutamento de
investigadores prossegue, estando em curso um processo de seleção de cerca de vinte novos investigadores.
O INL é financiado quer pelos estados membros, quer por
projetos de investigação de origem comunitária ou por colaborações e transferências de tecnologia para parceiros industriais.
Contactos recentes estabelecidos com o Brasil permitem antever
uma forte colaboração com investigadores desse país, a ter início
ainda este ano.
O INL tem colaborações com vários laboratórios dos dois estados membros. Em particular, investigadores da Universidade do
Minho participam em projetos de investigaçao em áreas como a
bionanotecnologia, nanomedicina e nanoelectronica.
A nanotecnologia lida com objetos da dimensão do nanómetro (nm), ou seja, da ordem de 100 mil vezes mais pequenos do
que a espessura de um cabelo humano. Neste contexto, pode ser
vista como sendo a engenharia à escala atómica e molecular.
Por esta razão, a nanotecnologia pode influenciar praticamente todos os setores tecnológicos e tem o potencial de conduzir a
importantes inovações em áreas de grande relevância para a sociedade, como em aplicações médicas de diagnóstico e de administração de fármacos, em tecnologias da informação com maiores capacidades de processamento e armazenamento de dados,
em novas formas de produção e armazenamento de energia, e
no controlo de qualidade e segurança alimentar.
Rosa Martins
Professora
33
opinião
Motivar para educar
Prendendo o olhar na janela, sente-se o frio agreste lá fora
que parece invadir a alma. Dias cinzentos, alguns quase
pretos, a cadência da chuva apresenta um ritmo harmoniosamente melancólico. Têm estado uns dias de invernia…
mas não é o tempo o tema deste texto. Melhor, poderá ser
sobre o tempo e o efeito que o mesmo tem em nós ou até
sobre esse palavrão das categorias da narrativa, tão estranho e que soa a processo científico e levanta o sobrolho aos
alunos: o tempo psicológico. “Mas o tempo é psicológico,
pois afeta a nossa psicologia, stôr?, ou é psicológico porque
não passa?”. “Em boa verdade”, lá responde o paciente professor, “pode ser os dois…”
Poderia achar-se então aqui o tema central deste texto, mas
conversas sobre o tempo são, arriscamos a dizer, mais vulgares que as cartas de amor. No fundo, todos sabemos que falta
de sol, de dias que aquecem a alma são essenciais na constru- trilho fácil de percorrer, muitas vezes temos alunos desmoção do sorriso fácil, da vontade de fazer, de construir, de ser… tivados, tristes e queixosos, sem iniciativa e sem vontade. A
“Toda a aula poderia caber num tempo psicológico”, explicou capacidade de motivar será, sem dúvida, ferramenta fulcral
o professor. “Para uns, é tão chata que parece não ter fim, são para facilitar o processo de ensino e aprendizagem, tornar a
intermináveis horas psicológicas de discurso loquaz onde os aprendizagem significativa, facilitar a aquisição e memorizasobrolhos, outrora levantados, vão lenta e pesadamente des- ção da competência e, claro está, não tornar penoso, lento e
cendo até encontrar unidas as pálpebras. Para outros, a aula sufocante esse processo.
Não são precisos assaltos intensivos aos doutores da teoria
é como um intervalo, a nossa música favorita escoando dos
inquirindo sobre como motivar
phones ao ritmo da marcha
“A capacidade de motivar será, sem os alunos, pois, como o aluno
maquinal da cabeça, tão rápido que acaba!” Até que surge a dúvida, ferramenta fulcral para facilitar o do fundo da sala que teve o seu
momento de revelação, tereconfirmação da compreensão:
processo de ensino e aprendizagem” mos agora o nosso (perdoem-se
“quando me motivo e gosto
a arrogância da minha humilde
de algo, o tempo passa a voar,
quando me desmotivo, desanimo, desisto, não gosto, parece afirmação): se um professor fizer o que gosta, estará genuique o tempo custa passar”, refere um aluno, discreto quase namente motivado e saberá motivar os seus alunos; o sorriso
sempre, atento quase nunca, do fundo da sala. E um brilho de será rasgado, o olhar será sincero e dirá: “esqueçamos o tempo triste lá fora, aqui e agora está todo um universo de saber
missão cumprida resplandeceu nos olhos do professor.
E é assim a motivação, faz-nos dar pulos de alegria, fazer, a acontecer, a ser…” E, nos dias em que o sol não brilha e o
acontecer e o tempo passa mais rápido. Mas o professor não professor se sentir como o tempo feroz lá fora, poderá olhar
pode ir buscar o sol para motivar os seus alunos, ele mesmo os seus alunos e encontrar neles a motivação que precisa para
precisa desse sol para enfrentar o inverno lá fora, para ter o os motivar de volta, a eles.
sorriso aberto e olhar franco para ensinar. Se pudesse, ia, viMarta Gavina
nha, voltava a ir e trazia o astro-rei para todos.
Confirma-se que o percurso educacional nem sempre é um Professora
visite-nos em www.epb.pt e www.facebook.com/epb.pt
34
opinião
EPB e Betweien colaboram na
promoção do empreendedorismo
Casos de Sucesso de Empreendedores Portugueses é o
tema do magazine “Parece Fácil”, criado pela Betweien.TV,
para dar a conhecer percursos profissionais de diferentes
personalidades do nosso meio artístico e empresarial.
Para concretizar este projeto, nasceu um protocolo entre a
Escola Profissional de Braga e a Betweien, colocando o know
how na área dos audiovisuais dos formandos de design gráfico da EPB, ao serviço de um projeto real e multidisciplinar.
Com este novo magazine, a empresa pretende fazer o lançamento do canal Betweien.TV, promovendo um produto audiovisual de referência na área do empreendedorismo, pela
divulgação da criatividade, empenho, estratégias e qualidades de novos profissionais que conquistaram o seu espaço
nos seus meios profissionais graças à atitude empreendedora.
Este programa consiste numa entrevista informal e breve,
com o convidado a falar das suas motivações e do seu percurso profissional. A empresa acredita que este magazine será
importante na definição do futuro de outros jovens, mostrando que a atitude empreendedora do profissional, face aos
seus desafios, é fundamental para se alcançar o sucesso.
Os alunos de Design participaram ativamente na produção
desta primeira temporada, com 10 programas, sendo responsáveis pela gravação de vídeo, captação de som e gestão logística de equipamento audiovisual.
A EPB considera esta parceria um exemplo de sucesso da
formação profissional, que promove uma aproximação dos
formandos ao mercado de trabalho, integrando-os em casos
reais, com desafios que estimulam a autonomia, capacidade
de resolução de problemas e contacto direto com o mundo
empresarial.
João Paulo Teixeira
Coordenador de Curso
Blindness - Ensaio sobre a Cegueira
POLÉMICO, controverso, sublime, intenso, pesado, soberbo, chocante, revoltante, adjetivos que me ocorrem para
descrever o filme que analiso. Talvez nenhum deles o caracterize na sua essência, ou talvez, todos o façam.
A sua intensidade e intemporalidade
não passam despercebidas. Ninguém
conseguirá sentir-se indiferente após
visualizar esta obra, de inspiração portuguesa e interpretação multinacional.
Esta obra, composta por uma vertente
multicultural e contemporânea, transpõe para o grande ecrã as mensagens
ousadas de um escritor português que
apenas pretendia acordar o mundo, fazendo-o fechar os
olhos por um momento.
E se num momento nos roubassem o sentido que nos é
mais importante? Se abríssemos os olhos e tudo fosse branco e fôssemos obrigados a viver às escuras sob uma luz intensa que nos forçasse a ver as coisas de uma outra forma?
E se isso nos libertasse de todos os estereótipos sociais que
nos aprisionam?
Esta obra dá-nos uma resposta simples, curta e objetiva. Basicamente, seríamos apenas aquilo que somos e não
quem parecemos ou gostaríamos de ser. Restar-nos-ia apenas a nossa essência, nua e crua.
São-nos retratadas a fragilidade e a
instabilidade humanas face às situações de crise, através de uma teia de
relações de cooperação, dominação,
subjugação e hostilidade. Um filme
cheio de significados ocultos. A luz
branca vista por todos os que se tornaram cegos simboliza a pureza, no
sentido de verdade, de essência, passando a ver a vida para lá do superficial, descobrindo-se a
si mesmos.
Pessoalmente, pela forma como simboliza a essência da
vida, este foi o melhor filme a que já assisti no sentido da
sua capacidade imensa de tocar a consciência humana.
Beatriz Carvalho Oliveira
1º ano de Secretariado
35
opinião
Sensações de um viajante
Se é verdade que a ideia de uma viagem
iminente me provoca um encantamento
quase infantil e gera uma excitação adolescente própria de um primeiro encontro
atrás do ginásio da escola, logo a realidade
desbarata estes impulsos e borrata estes
contornos sem romantismos, apresentando-se sob a forma de um aeroporto.
De facto, a mera existência de um aeroporto tem o efeito imediato de conseguir
duplicar o tempo de uma viagem para um
qualquer destino tão ansiado, pela inevitável separação. Efeito que poderá equivaler
à sensação de preparar um prato especial
e cuidadosamente ornamentado para ser
trucidado em minutos por bocas esfomeadas e apetites sem gratidão de uns
primos afastados que convidamos.
Ainda assim, acredito que a antipatia
que sinto por aeroportos, excetuando a
contemplação dos impressionantes pássaros de metal, só ficaria horizontalmente explicada num divã, com o apoio habilitado de um psicanalista perspicaz. O
fascínio por máquinas voadoras é, desde
novo, diretamente proporcional à aversão por hospitais. E haverá algum outro
local onde coabitem estes sentimentos
tão ambivalentes? Talvez não...ou então
o meu subconsciente é ligeiramente inconsciente.
Tudo começa no check-in
De qualquer forma, tudo começa com um
check-in onde me apresento com a expectativa de não exceder o limite de peso. Para a
bagagem, claro está! Então, vou elaborando
mentalmente um ranking onde ordeno os
meus pertences por grau de dispensabilidade, encabeçado inevitavelmente pelas
peúgas quentinhas que os primos afastados
teriam feito questão de oferecer. Só aguardo um educado “Lamentamos, mas…”, dito
com um sorriso condescendente, enquadrado no rosto impecavelmente maquilhado da
funcionária que me atende. Dois problemas
resolvidos.
Depois de reconhecido pelo complexo
sistema informático e me despedir da bagagem, seguindo-a até a perder de vista, num
olhar de uma possível última vez, dirijo-me
à zona de inspeção. Ali me aguarda uma espécie de ritual iniciático que a própria Maçonaria não desdenharia, não fosse o caso
da máquina de raios-X não combinar com
36
um chão de azulejo xadrez e o pórtico de
deteção de metais ficar a competir com as
colunas de Salomão já encomendadas a um
marmorista aprendiz.
Logo na entrada, sou confrontado com
um inexpressivo segurança que nos acolhe
e encaminha com um inócuo “Boa viagem”
(sem direito a ponto de exclamação), que
me soa a um mecânico “Corpo de Cristo” debitado por um acólito esforçado.
Segue-se o momento da verdade: dentro
de minutos, poderei ver-me redimido do pecado original. Incomoda-me a ideia de que,
até à máquina de raios-X, somos todos considerados potenciais malfeitores prontos a
pôr em risco a vida dos nossos concidadãos,
com recurso a 200 ml de Um Bongo letal e
um corta-unhas afiado, em pleno voo.
Irrefutável é que o meu comportamento
se vai tornando mais suspeito quanto mais
descontraído quero parecer, quase desfalecendo quando até as minhas insuspeitas
botas passam a ser olhadas com desconfiança ou o pórtico detetor apita furiosamente,
imaginando-lhe um dedo acusador em riste
na minha direção. Então, sou desviado por
um zeloso funcionário que me indica uma
pose a la Homem de Vitrúvio, olhando-me
com a profunda convicção de que irá descobrir uma lâmina de x-ato ardilosamente
escondida na gola da camisa! Mas há ainda muito a melhorar ao nível da revista…
E insistem num procedimento impessoal
e apressado que envolve duas pessoas do
mesmo sexo. É evidente que tem tudo para
correr mal…
O embarque
Já recomposto do momento de maior
tensão, mas ainda a tentar reorganizar a roupa que impecavelmente se acomodava até
o senhor das luvas de borracha entender
que o meu cinto tinha um aspeto ameaçador, avanço confiante em direção à porta de
embarque. Aí, deparo-me com um ambiente
próximo de uma sala de espera de hospital,
diferindo apenas no número de pessoas
com ar deprimido e de aspeto doente. Para
evitar a partilha da depressão coletiva, retiro
um livro da mochila, cuja leitura irei alternar
com um exercício mental que me permite
criar alguma empatia com os meus futuros
companheiros no autocarro voador. Tento
encontrar a mistura de duas caras conhecidas que pudessem justificar o surgimento
de uma terceira que vejo pela primeira vez e
que, por infelicidade, se cruzou comigo neste insípido lugar.
Rapidamente a minha atenção se
vira para os funcionários diligentes que
procuram assegurar o cumprimento do
horário do voo. Tarefa facilitada pelos
que prontamente se organizam numa
fila bastante ordeira (não é todos os dias
que se vai ao estrangeiro!) e dispõem a
manter-se de pé, alternando a perna que
suporta o peso do corpo, mesmo que os
lugares estejam previamente marcados
e assegurados, independentemente dos
humores do piloto.
Continuo tranquilamente sentado, até
porque tenho mais umas quantas caras
recém-chegadas, daqueles tipos esbaforidos de fato preto que aparecem sempre no
final e que se procuram recompor limpando
o suor, enquanto olham em volta com o ar
de quem tem a situação perfeitamente controlada. Aí, sim, dirijo-me calmamente para
o final da fila, tranquilizando o indivíduo
que começa a sentir o suor a ensopar-lhe a
imaculada camisa, mas que deixará naquele
momento de ocupar a última posição.
Se isto fosse uma fábula, certamente terminaria com um “Para subir na vida, é preciso suar muito”. Não sendo, deixaremos o
destino entregue a um desodorizante eficiente, até porque as janelas do avião permanecerão fechadas, por muito que isso
cause estranheza a um tal Mitt Romney.
Agora, sim, poderia começar a falar da
viagem à Turquia, mas só agora deixarei o
aeroporto. E se aguentou até esta parte, terá
sido com o objetivo de saber mais sobre a
Turquia. É exatamente esse o motivo que me
leva a continuar a utilizar os aeroportos…
Alexandrino Silva
Professor
opinião
CNO, um importante motor
de novas dinâmicas formativas
“A escola da experiência é a mais significativa.” Jean Molière
A educação não se confina à escola
e ao aparelho escolar. Há também o
outro lado da educação, a não-formal
constituída por espaços de formação
bastante significativos numa sociedade com as características da portuguesa.
Na perspetiva da Educação/Formação - particularmente no domínio da
formação de adultos -, os Centros Novas
Oportunidades constituíram-se como
um importante motor de novas dinâmicas formativas, promovendo a visibilidade e a legibilidade das aprendizagens
“ocultas” de adultos que viram nos CNO
uma estrutura que contribuiu para a
elaboração de projetos pessoais, profissionais e sociais, articulando os saberes
detidos com as motivações e as aspirações da pessoa.
No CNO da EPB, abrimos caminho a
novas oportunidades de educação/formação - não numa lógica “carencialista”
mas, sim, de “experiencialidade” -, facilitando a integração e a mobilidade formativa e promovendo a aprendizagem
ao longo da vida.
Estamos conscientes de que implicamos os adultos no seu processo de
aprendizagem, contribuindo para o
reforço e a construção de identidades
pessoais, sociais e profissionais, e promovendo o desenvolvimento da autoestima e da autonomia.
Findo o projeto, reafirmamos que
a aprendizagem e experiência são interdependentes e que, quando acompanhadas de um processo de reflexão
crítica e de formalização, como aquele
que toda a equipa técnica e pedagógica
do CNO da EPB desenvolveu com empenho e dedicação desde junho de 2008,
podem ser traduzidas e transformadas
em saberes e competências.
Finalizamos com o sentimento de um
dever cumprido e conscientes de que
contribuímos para um desígnio nacional que, de repente, deixou de fazer
sentido, sabe-se lá porquê.
Ricardo Costa
Técnico Superior de Educação
37
em rede
EPB na rota da internacionalização
Entre os dias de 4 e 8 de fevereiro, o professor Alexandrino
Silva deslocou-se a Malta para participar numa visita preparatória relativa ao processo de candidatura numa ação
de parcerias do Programa Setorial Leonardo da Vinci, cujo
projeto proposto tem como denominação “Robotics Over
IP” e início previsto para agosto de 2013 com duração de 2
anos, caso seja aprovado.
Este projeto assenta na ideia fundamental de juntar áreas
distintas (mas complementares) como Robótica, Eletrónica,
Mecânica, Mecatrónica e Informática, na perspetiva de se
possibilitar o controlo de robôs, através de diferentes plataformas que possam usar a Internet como meio de suporte.
Está ainda subjacente a ideia de partilha de recursos físicos,
habitualmente com um valor monetário significativo, através
da Internet, que funcionará como base para a utilização à distância desses recursos, democratizando-se, assim, o acesso à
tecnologia.
Para isso, o projeto conta com a participação de dez instituições escolares de nove países: França (Lycée Félix Le Dantec),
Polónia (Zespol Szkol Zawodowych w Wodzislawiu Slaskim),
Hungria (Weiss Manfred Szakkozepiskola, Szakiskola es Kollegium), Itália (Instituto Superiore Statale “E.Montale-Nuovo
IPC” e Scuola di Robotica), Inglaterra (Saint Luke’s Science
and Sports College), Espanha (Escoles Profesionals Salesianes
de Sarria, I.P.), Portugal (EPB), Malta (MCAST) e Turquia (Ulus
Tecnical High School). Associaram-se, ainda, quatro empresas
de França (Aldebaran Robotics), Inglaterra (Untitled Kingdom
Limited), Portugal (SAR - Soluções de Automação e Robótica,
Lda.) e Malta (Smart Solutions Ltd.).
Com este grupo alargado de parceiros pretende-se que
haja uma partilha de conhecimentos através de formações específicas nas diferentes áreas envolvidas, a participação num
evento didático de Robótica, o desenvolvimento no domínio
da língua inglesa, o contacto com outras línguas, a interação
multicultural e a mobilização da comunidade escolar.
Esta candidatura vem no seguimento do envolvimento da
EPB na área da Robótica, coincidindo também com a abertura recente do Curso Técnico de Mecatrónica, para além de
procurar alargar as participações da escola em projetos de
âmbito europeu.
Alexandrino Silva
Professor
PUB
38
em rede
Academia de Empreendedorismo®
da Betweien desafia alunos da EPB
Numa primeira fase, que consistiu no Projeto Intergeracional, os alunos abraçaram o desafio de planear, organizar e implementar uma entrevista à Dra. Sameiro Araújo, treinadora
de atletismo do Sporting Clube de Braga, a ser publicada em
livro, em coautoria com outras escolas.
Sameiro Araújo: “Sejam bons naquilo que
projetarem para o vosso futuro.”
No âmbito da iniciativa “Braga 2012 – Capital Europeia da
Juventude”, a turma do 2º ano do Curso Técnico de Secretariado integrou o projeto-piloto denominado “Academia de
Empreendedorismo”, desenvolvido pela empresa Betweien
- Challenge and Success, com o objetivo de dotar os alunos
de competências transversais e fomentar a sua atitude empreendedora.
Detentora de uma experiência ímpar, a Dra. Sameiro Araújo,
que está ao serviço do atletismo bracarense há 35 anos, deixou a seguinte mensagem para as atuais e futuras gerações,
na época tão conturbada em que nos encontramos: “Quando
somos bons naquilo que fazemos, seja em que área for, em
que profissão for, acabamos por encontrar sempre uma saída.
Sejam bons naquilo que projetarem para o vosso futuro. Sejam bons profissionais e, com certeza, encontrarão soluções.
Lutem pelos vossos objetivos e acreditem que é possível
cumpri-los.”
2º ano de Secretariado
Alunos de Saúde participam em
Congresso de Assistentes Operacionais
No dia 6 de abril, no Fórum
da Maia, realizou-se um
Congresso de Assistentes
Operacionais de Saúde do
Norte, no qual participaram
os alunos do 2º ano do Curso Técnico Auxiliar de Saúde, juntamente com as docentes Ana Isabel Oliveira e
Liliana Magalhães.
Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as
diferentes realidades dos
Assistentes Operacionais, vi-
venciar/conhecer as várias
experiências desta atividade
e começar a integrar-se na
sua profissão futura.
Esta foi uma forma de os
alunos contactarem com
práticas do dia a dia da área
de Saúde para a qual estão
a prepara-se, consolidando,
assim, as aprendizagens realizadas em contexto aula.
2º ano de Auxiliar de Saúde
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em rede
Paulo Ribeiro à revista da epb:
”os estagiários que seguiram a sua vocação devem entregar-se à
oportunidade de estágio como algo muito positivo e irrepetível.”
associadas à produção fotográfica e vídeo (uma vez que
esse é o cerne da minha atividade). Atualmente, procuro
também estar atualizado em
termos de tendências de Marketing e suas ferramentas,
uma vez que pode fazer a diferença na sustentabilidade
do negócio.
Paulo Ribeiro é dono e gerente da empresa Ritmos e
Reflexos - reportagem de
eventos. E, respondendo ao
nosso desafio, deixou-nos a
sua opinião sobre o desempenho dos estagiários:
Quais as áreas de formação
em que tem mais interesse?
As áreas de formação que
mais me interessam estão
Qual o desempenho dos estagiários em termos técnicos e
a nível atitudinal?
Atualmente, alguns dos
estagiários que recebemos
de diversos cursos profissionalizantes não estão dispostos a sacrificar-se por uma
vocação profissional. É importante que os estagiários
estejam cientes de que os
trabalhos das 8 às 5 são ra-
ros e, mesmo aí, coloca-se o
problema de encontrarmos
um trabalho, em vez de encontrarmos a nossa vocação
profissional. O problema do
desempenho é consequência disso mesmo. Assim, na
minha opinião, os estagiários
que seguiram a sua vocação
devem entregar-se à oportunidade de estágio como algo
muito positivo e irrepetível.
Só assim teremos comportamentos ativos em ambiente
de estágio.
Em que medida considera
que receber estagiários da EPB
é uma mais-valia para a sua
empresa?
É sempre positivo receber
pessoas que queiram viver
ativamente as experiências
profissionais. É desmotivador
receber pessoas inertes ou
que querem simplesmente
cumprir o estágio para terminar o curso. De certo modo,
as pessoas encontram o que
procuram. E eu gosto de
tentar contribuir com algo
prático, quando é prática
empresarial que o estagiário
procura. Da EPB têm vindo alguns dos bons exemplos de
pessoas que procuram fazer
alguma coisa para criarem o
próprio futuro, e isso acaba
por se refletir em mais-valias
também para nós enquanto
empresa. Acaba por ser uma
troca mais justa.
José Carvalho
3º ano de Multimédia
EPB divulga oferta formativa em
feiras das profissões e road shows
A Escola Profissional de Braga participa, de abril a junho,
em campanhas promocionais da sua oferta formativa em
feiras das profissões das escolas da região e em road shows
promovidos pelo Departamento de Comunicação e Marketing, com a colaboração de alunos dos cursos técnicos de
Secretariado, Eletrónica, Automação e Comando, Design
Gráfico, Gestão e Programação de Sistemas Informáticos.
O corpo humano, o computador transparente, os robôs e
os vídeos de design e multimédia têm sido elementos de
relevo no stand da EPB.
Destacamos a presença nas seguintes escolas:
. Escola Secundária D. Maria II
. EB 2,3 Nogueira
. Agrupamento de Escolas Fernando Távora – Fermentões/
Guimarães
. Agrupamento de Escolas Arqueólogo Mário Cardoso – S.
João da Ponte/Guimarães
. EB 2,3 Prado
. EB 2,3 Lamaçães
. Agrupamento Escolas Trigal de Santa Maria – Tadim
40
. EB 2,3 Real
. EB 2,3 André Soares
. Agrupamento de Escolas Dr. Francisco Sanches
Alexandra Corunha
Departamento de Comunicação e Marketing
em rede
EPB recebe Escola Profissional de Água Grande
A escola recebeu, no dia 29 de abril último, o Dr. Ekeneyde dos Santos, Presidente da Câmara Distrital de Água
Grande, São Tomé, e principal responsável pela Escola Profissional daquela
cidade santomense.
Nesta reunião, procedeu-se à análise
do processo de formação profissional
na Escola Profissional de Água Grande,
com realce para a conclusão da formação das primeiras turmas, num total
de cerca de 60 finalistas que terminam
agora o primeiro ciclo de formação, em
áreas onde se identificam carências em
diversos setores.
O responsável da EPAG aproveitou a
ocasião, para solicitar apoio da EPB na
sugestão de investimentos necessários
em matéria de instalações e equipamentos, e de outras áreas de formação
a serem lançadas na Escola Profissional
de Água Grande, que atualmente conta
apenas com turmas nas áreas de serviços, nos dois cursos pioneiros, tendo,
para isso, o senhor presidente contextualizado as necessidades do país em
matéria de recursos qualificados.
Na reunião, foram ainda destacados
os atuais constrangimentos na continuidade da integração de alunos dos
PALOP em escolas profissionais portuguesas, decorrentes das alterações em
matéria de atribuição de subsídios.
A EPB partilhou diligências que estão a ser feitas pela ANESPO – Associação Nacional de Escolas Profissionais,
no sentido de encontrar respostas que
permitam a continuidade da integração dos alunos dos PALOP nas escolas
profissionais e a garantia dos respetivos
subsídios.
Recorde-se que a EPAG foi apadrinhada pela EPB desde o seu lançamento,
com apoio de consultadoria e de acompanhamento do seu funcionamento em
termos pedagógicos. Uma cooperação
que decorre de um protocolo educativo
e de formação profissional - estratégia
para a cooperação e desenvolvimento
- assinado no dia 25 de novembro de
2009, entre a EPB e a Câmara Distrital de
Água Grande, envolvendo ainda o Ministério da Educação de S. Tomé e Príncipe, que aprovou a criação da escola.
A sua inauguração teve lugar em 25
de janeiro de 2011, sendo a primeira
escola profissional neste país com as
características das escolas profissionais
portuguesas. Abriu com os cursos profissionais de Serviços Jurídicos e de Gestão, baseados na matriz dos cursos existentes na EPB, devidamente adaptados
e selecionados por um corpo docente
de S. Tomé e Príncipe.
Ana Cláudia Rodrigues
Direção Pedagógica
Desfile de moda Femme Fatale
No dia 26 de maio realizou-se, no Hotel Golden Tulip (Falperra), um desfile
de moda “Femme Fatale”, promovido
pelo aluno finalista Rui Gomes, do
Curso Técnico de Design Gráfico, no
âmbito da sua Prova de Aptidão Profissional.
Um desfile de moda onde o aluno lançou a sua coleção de roupa, desenhada
e confecionada por si. O tema “Femme
Fatale” aponta para uma mulher atraente, com forte personalidade. Neste conceito eleva-se a mulher a um patamar
superior, fazendo com que o homem
se torne submisso à sua vontade, tendo como base um conjunto de palavras
como dinheiro, fama, luxo, glamour,
sensualidade, moda e mistério.
Femme Fatale é uma coleção que tenta transmitir desde uma mulher mais rebelde até uma mulher mais glamorosa
tendo sempre um toque de sensualidade, uma mulher dos tempos modernos
que toma posse do mundo e enfrenta
todos os problemas.
O evento foi produzido pela agência
Nobodymodls, havendo ainda lugar
para mais dois desfiles, um da marca
Mano Mio (desfile de criança) e outro da
marca Tunnels (desfile de homem).
Rui Gomes
3º ano de Design Gráfico
41
escola
Um dia de voluntariado
Foi no primeiro ano do meu
percurso escolar no Curso
Técnico de Construção Civil
que nos foi dada a oportunidade de trabalhar em conjunto com a associação HABITAT, uma organização sem
fundos lucrativos, destinada a ajudar famílias carenciadas, neste caso o acesso a
uma habitação digna.
De manhã cedo, rumamos
ao local da construção que
estava a ser edificada para
uma família carenciada, que
comportava uma filha com
incapacidade motora e psíquica. E, feito o ponto de situação, pegámos “com a mão
na massa!”, dando-se a distribuição de tarefas: uns iriam
trabalhar no interior da casa,
visto que a mesma já se encontrava na parte de acabamentos, outros iriam acabar
a construção da fossa séptica, e um grupo estaria ainda
designado para o fabrico de
argamassas.
Eu fui trabalhar no interior,
onde fiz revestimento a reboco areado nas paredes, algo
completamente
diferente
daquilo a que estávamos
acostumados a fazer, mesmo
nas aulas práticas de oficina
na escola. Bem desgastante e
ainda estávamos na primeira
parte do nosso longo dia…
A manhã passou, chegámos à hora da pausa para o
almoço, num pequeno res-
taurante localizado perto da
construção e, após o pequeno descanso, voltámos ao
trabalho; eu tive a oportunidade de trocar de tarefas e
de ajudar na betonagem da
laje da fossa séptica, o que se
repetiu no resto do dia, momento para fazermos novamente um ponto de situação
sobre a construção. Então,
foi agradável ouvir palavras
de agradecimento por parte
dos futuros proprietários da
habitação.
A meu ver, esta ação de voluntariado foi de extrema importância na “construção” da
minha pessoa, foi algo único,
principalmente por ajudar da
melhor forma que pude, pois
estou num curso cuja área é
a de Construção Civil e, certamente, irá ser uma experiência a repetir no futuro. Só de
pensar que a nossa cidade,
Braga, tem a sede principal
situada aqui mesmo, ainda
mais fácil poderá ser a participação noutra ação.
E tu, que lês isto, pensa, reflete, não precisas de saber
nada sobre construção, nem
de nada específico. Se tiveres
vontade de ajudar, isso é o
que importa e basta para que
tu mesmo possas ajudar uma
família carenciada!
Hoje eles, amanhã tu!
Alexandre Almeida
3º ano de Construção Civil
Falemos de futuro
FUTURO É uma palavra de vanguarda,
mas não deixa de ser uma palavra nobre
que julgamos alcançar com o crescimento psíquico, físico, cultural e até económico. Não depende inteiramente de nós,
depende, em parte, do mundo em que
vivemos. De qualquer forma, a palavra
futuro tem a ver com os nossos objetivos
que devemos atingir com muito esforço,
dedicação e trabalho, porque os outros
que assim não pensam podem até julgar
os seus sonhos perdidos ou inalcançáveis.
Se pensarmos bem, o futuro não existe como tempo real, existe realmente o
ontem, existe o hoje e o futuro, que depende da nossa vontade, por isso o hoje
é uma dádiva imperdível.
Ivanilson Pereira
3º ano de Frio e Climatização
PORTUGAL foi, outrora, um grande Império que deixou a sua marca na história
universal, levando o nome do “povo lusitano” ao patamar dos heróis.
O apelo ao futuro fora já feito por Fernando Pessoa, como é feito, também,
por todos os anónimos que se preocupam com a vida dos jovens e a sus própria sobrevivência. O que fará um jovem
português no palco atual do nosso país?
Desconhece o dia de amanhã, sente-se
esmagado com as notícias da atualidade
portuguesa e europeia e…o que pensar?
Somos por tradição um povo de migrações, como o somos de vitórias, conquistas e grandes feitos. Por isso, teremos de nos inspirar na nossa história, na
capacidade de luta dos nossos antepassados e seguir-lhes o exemplo. O futuro
tem de ter um lugar ao sol de Portugal.
Rui Lages
3º ano de Frio e Climatização
42
O FUTURO é tudo aquilo que resulta
do fruto do nosso trabalho e do nosso
esforço. Cada um de nós pode escolher
que futuro quer, desde que o plante no
dia de hoje.
Cada dia que vivemos nas nossas vidas
temos de semear para colher. Se a semente não for deitada à terra, corremos
o risco de nem viver o presente, nem
preparar o futuro. Nós, os jovens estudantes, não devemos pensar “Depois de
acabar o curso, talvez arranje emprego”,
mas acreditar que o caminho que se faz
a seguir é de batalhar, agir, com determinação, de modo a gerarmos um novo
pensamento e um novo modo de estar
na vida, num espírito de cooperação e
de empreendedorismo. Devemos ser
nós próprios os donos do nosso futuro.
Ardinaldo Rodrigues
3º ano de Frio e Climatização
escola
A União em crise
A Escola Profissional de Braga comemorou, pelo décimo segundo ano, a 9
de maio, o Dia da Europa, numa iniciativa do Departamento de Comunicação e Marketing da EPB, que teve por
objetivos informar a comunidade escolar sobre questões atuais da comunidade europeia, do seu processo de
construção, dos seus desafios e contribuir para uma integração mais efetiva
dos jovens no espaço europeu.
a dar”, julgando mesmo que será esse
o pensamento existente em parte da
UE. Mas, para muitos interessa mais a
mão de obra barata de outros países e
os benefícios para as suas empresas implementadas em países em crise. A concluir, afirmou que “não podemos ver só
os aspetos negativos”, pois “a Europa recebeu há pouco tempo o prémio Nobel
da Paz”, sinal de que a Uniao também
tem coisas positivas.
a maior potência económica da Europa.
A terminar, relembrou que está a surgir
o “renascimento de ódios na Europa” e
que “é necessário romper com as políticas que estão a ser aplicadas em Portugal”.
“Melhor seria pensarem a
uma só voz, tanto nas políticas
a desenvolver, como na
superação das dificuldades
surgidas, numa verdadeira
União.”
ram respostas adequadas, estabelecendo-se uma viva troca de opiniões.
Enfim, foi uma sessão marcada por
ideias que vão de encontro ao tema do
debate, pois “a Europa está a partir-se e
a voltar para trás”, o desastre já há muito estava anunciado, e uma das saídas
é que os países se unam no combate à
crise. Mas há que ter esperança, sendo
urgente corrigir trajetórias e pôr fim ao
ressurgimento de fantasmas antigos
que, em vez de unirem, têm contribuído para o desprestígio da própria União.
Melhor seria pensarem a uma só voz,
tanto nas políticas a desenvolver, como
na superação das dificuldades surgidas,
numa verdadeira União.
Já na parte final do debate, os presentes puderam intervir no mesmo, com a
apresentação de perguntas colocadas
aos deputados presentes, que merece-
Gabriela Canavilhas (deputada - PS),
Ilda Figueiredo (ex-eurodeputada - PCP)
e Luís Fazenda (deputado - BE) trataram
o tema “Europa: a união em crise”, num
debate moderado por Paulo Monteiro,
diretor do Correio do Minho, perante
um olhar atento e repleto de alunos da
EPB, sendo de referir que os partidos da
coligação que governam o país recusaram o convite feito pela escola.
Crise originada no euro
O debate foi iniciado por Luís Fazenda, que começou por comentar o tema
proposto, afirmando que “a origem
da crise está na própria arquitetura do
euro”. A seguir, disse que a moeda está
frágil devido a essa arquitetura, mas
acredita que há alternativas às políticas de capitalismo financeiro que estão
a ser impostas, para o que defende “a
construção de uma Europa democrática dos povos”. Quanto à falada saída do
euro, disse que “a Europa está a partir-se e a andar para trás”. E, referindo-se
às palavras do nosso primeiro-ministro
que convida os jovens a emigrar, fechou
a sua intervenção com a ideia de que “a
alternativa é criar emprego”.
Uma Europa unida
Por sua vez, Gabriela Canavilhas, lamentando a ausência de representantes
por parte dos partidos do governo, defendeu a manutenção do “ideal da Europa unida”, acrescentando que “o governo tem responsabilidades e o dever de
salvaguardar o interesse nacional”; do
seu discurso sai uma frase interessante
e, a nosso ver, correta, quando afirmou
que “cada país tem as suas mais-valias
Mudar de políticas
Já Ilda Figueiredo disse que “os erros
já vêm de longe” e, na altura, o seu partido votou contra a entrada na UE “mas
fizeram querer que o partido não queria
estar no pelotão da frente”. Depois, criticou as políticas erradas, salientando
“o pelotão do desemprego e das desigualdades económicas”. Na sua opinião,
as regras implementadas em Portugal
nunca poderiam ser as mesmas que foram implementadas na Alemanha, pois
é visível o desnível entre o nosso país e
Rui Moreira, Hélder Rodrigues e João Mota
3º ano de GPSI
43
escola
Semana Cultural
A semana cultural, agendada de 18 a 21 de março,
ficou marcada por diversas
atividades que transformaram a escola num espaço
lúdico e mais dinâmico,
contando com a participação de alunos, professores e
funcionários.
A semana iniciou-se com
o Torneio de Futebol de 7,
masculino e feminino, cujos
vencedores alcançaram a tão
desejada taça. Destaca-se a
turma do 1º ano de Construção Civil, juntamente com
elementos de outras turmas,
e Auxiliar de Saúde (b) do 2º
ano.
A celebração do Dia Mundial da Poesia ficou assinalada pela declamação de alguns trechos poéticos, onde
professores, alunos e funcio-
nários tiveram a oportunidade de recitar os seus poemas
favoritos, incluindo alguns
da sua autoria.
A semana ficou ainda mar-
cada por palestras na área
de Informática e celebração
do Dia das Ciências Exatas,
onde os professores de Físico-Química fizeram algumas
demonstrações, revelando
alguns segredos da área.
Por último, a comunidade escolar teve a oportunidade de votar nos melhores projetos da Imagem da
Matemática. As fotografias
apresentadas revelaram que
a Matemática se encontra
onde menos se espera.
Ana Filipa Teixeira
Professora
Cultura japonesa na escola
No dia 16 de março, a Escola Profissional de Braga acolheu o AONIME 2, um
evento de cultura japonesa que já vai
na segunda edição nesta escola.
Nele estiveram presentes aproximadamente 300 pessoas das várias partes
do país, para participar em diferentes
44
atividades, destacando-se torneios de
vídeo-jogos, palestras, workshops, demonstrações de artes marciais, karaoke,
visualização de animes e, para finalizar,
um desfile de cosplays (disfarces idênticos a personagens de animações japonesas, séries e vídeo-jogos).
O evento contou com a colaboração
de outros alunos da escola e amigos
que têm interesse pela cultura de um
país diferente do nosso. Estiveram presentes lojas relacionadas com o assunto
e também um DJ que animou o evento.
Rafael Nobre
3º ano de Design Gráfico
escola
Escola de portas abertas
Pelo sétimo ano consecutivo, a Escola Profissional de Braga abriu, entre
os dias 8 e 10 de abril, as suas portas
à comunidade, para receber todos
aqueles que tivessem curiosidade em
conhecer o seu “modus operandi”, designadamente as instalações, oferta
formativa e serviços de apoio disponibilizados.
“Os grupos observaram
atentamente laboratórios de
eletrónica, saúde, física e
química, oficinas de instalações
elétricas, multimédia, construção
civil, entre outros espaços,”
Assim, sob o lema “Vem descobrir a
EPB!”, durante três dias, alunos de várias
escolas básicas e secundárias da região,
acompanhados por professores das
suas escolas e profissionais da EPB, puderam visitar as instalações da escola,
assistir a palestras, ouvir esclarecimentos, conversar com alunos em aula, enfim, contactar com a realidade do ensino profissional.
Os grupos observaram atentamente
laboratórios de eletrónica, saúde, física e química, oficinas de instalações
elétricas, multimédia, construção civil,
entre outros espaços, onde obtiveram
explicações sobre o funcionamento de
cada curso. Puderam até aprender nos
mesmos, experimentando máquinas,
equipamentos, técnicas e projetos sobre os quais poderão, no futuro, exercer
a sua profissão. Em alguns casos, foram
mesmo alunos em aula a esclarecerem
dúvidas sobre o curso em que estão inseridos.
Enfim, esta iniciativa cumpriu todos
os seus objetivos, revelando-se uma excelente forma de divulgação da escola
e dos cursos à comunidade escolar. O
feedback dos visitantes foi bem positivo, tanto pela interessante adesão das
escolas da região, como pela reação
dos alunos que se mostraram particularmente encantados com o ambiente
escolar, as condições da escola e o conjunto de cursos oferecidos.
Luís Correia e Joaquim Silva
3º ano de Eletrónica, Automação e Comando
45
a fechar
Laços de sucesso
Numa aula de gestão, um de
nós resolveu lançar a pergunta “Conhecem o novo
logótipo da Nike, criado por
um português?”, tendo-se
aguçado a curiosidade da
turma e da professora Natália.
o design, não teve dúvidas
em optar pela liberdade do
design em vez da rigidez da
arquitetura.
O Hugo Silva iniciou o seu
percurso profissional em
2007, como estagiário numa
pequena agência de design
durante 3 meses. É freelancer
e participa em concursos. Em
2012, representou Portugal,
juntamente com a designer
Catarina Antunes, no Cannes
Lions - Festival Internacional
de Criatividade, onde ficou
na quinta posição num total
de 13 duplas mundiais.
site da Behance, uma montra
para todos os criativos, que
permite obter o feedback de
outros criativos e, através dos
projetos apresentados, chegar até às grandes marcas.
Até ao momento, o projeto Nike Laces foi o que teve
maior visibilidade, permitindo-lhe dar uma maior notoriedade ao seu trabalho
e abrir algumas portas: “foi
algo bom que aconteceu, devemos sempre querer mais
e melhor, por isso, a ideia é
continuar a trabalhar e viver
a vida, num equilíbrio às ve-
Uma colaboração que está
para durar, “sendo importante não esquecer que a Nike é
uma marca global, existem
milhares de grandes designers e ilustradores de todo
o mundo a fazerem um bom
trabalho neste momento”.
O Hugo Silva perspetiva o
seu futuro em Portugal, mas,
a médio prazo, não exlui a
ideia de ir para fora, quer pelas oportunidades de trabalho quer pela experiência de
viver noutro país. Em março,
iniciou uma nova etapa profissional, indo para a Bliss,
Então, fomos à procura de
Hugo Silva, designer gráfico e
autor do logótipo Nike Laces,
que nos explicou as suas motivações pela área do design
gráfico, do seu gosto de desenhar desde pequeno, bem
como de construir legos, de
tentar resolver problemas
de forma criativa, afinal, “as
bases do design gráfico, a
aliança entre criatividade e
resolução de problemas”.
Esse gosto pelo desenho
levou-o a optar pelo curso
de Artes no ensino secundário e, uma vez concluído sem
saber muito bem o que era
Ao nível pessoal, destacou
o desenho do novo logótipo
da Nike, ideia surgida quando
estava à espera de um avião.
Depois de desenhar tudo e
mais alguma coisa, começou
a olhar para os ténis e para
o logótipo da Nike e a questionar-se se seria possível
criar algo diferente para uma
marca tão massificada. No
design, “o nosso trabalho é ligar os pontos, mesmo os que
não fazem sentido. Ou seja,
comecei a pensar na marca,
em ténis, atacadores... logótipo da Nike, em atacadores,
bingo!” Colocou o projeto no
zes difícil, para quem é um
workaholic como eu.”
Este criativo sabe lidar com
o mediatismo, considerando
que é uma boa oportunidade para expor o seu trabalho
e falar um pouco do design
gráfico em Portugal. “Temos designers e ilustradores
muito bons tendo em conta
a dimensão do país, somos
mesmo um país de criativos,
só falta serem dadas maiores
oportunidades.”
O projeto conduziu-o a
contactos de outras marcas,
apesar de existir um contrato
de exclusividade com a Nike.
uma agência especializada
na criação de aplicações para
smartphones e tablets, um
desafio gigante.
Por fim, Hugo Silva deixou uma palavra aos jovens
deste país, recomendando-lhes que “gostem daquilo
que fazem, trabalhem muito,
pesquisem, vão a eventos da
área, contactem com as pessoas da área e exponham o
vosso trabalho, não tenham
medo de errar. Divirtam-se!”
46
1º ano de Gestão
a fechar
Não quero, não
Não quero, não quero, não
Sentir a ilusão
Quero voar,
Quero aprender,
Quero caminhar,
Quero crescer
Não quero, não quero, não
Sentir a ilusão
Quero ser feliz,
Quero paixão,
Não quero tormentos,
Quero um grande coração
Não quero, não quero, não
Sentir a ilusão
Ângela Soares
1º ano de Secretariado
Algumas efemérides: há 100 anos
8 de março nasce, em Lisboa, Manuel Maria de Sousa Calvet de Magalhães, professor,
artista plástico, jornalista e publicitário. Notabilizou-se como pintor, tendo recebido, entre
outros, o Prémio Nacional de Arte Luis Lupi e o Prémio Amadeu Sousa Cardoso.
20 de março nasce Ilse Losa, escritora de origem alemã, conhecida sobretudo como
autora de textos para crianças e pelas memórias das perseguições aos judeus. Da sua obra
destacam-se Mundo em que Vivi, Sob Céus Estranhos e Caminhos Sem Destino. Colaborou, ainda, em vários periódicos como O Diabo, Seara Nova, JL, Vértice, Colóquio/Letras.
10 de maio nasce João Vilaret, ator e declamador de excecional talento. Enveredou pelo
teatro de revista, provando em êxitos sucessivos que era possível conciliar o género dramático e o de revista. Também se destacou no cinema, em peças como Inês de Castro e
Camões, de Leitão de Barros, Frei Luís de Sousa e O Primo Basílio, de António Lopes Ribeiro.
11 de maio nasce, no Porto, Edgar Cardoso, célebre engenheiro civil, responsável por
numerosas pontes, entre as quais a ponte da Arrábida e a ponte de São João, ambas sobre
o Douro entre o Porto e Gaia. Foi um génio da arquitetura que deixou a sua marca em
dezenas de obras espalhadas pelo mundo.
10 de novembro nasce em Coimbra o político português Álvaro Cunhal, histórico líder
do Partido Comunista Português. Foi também romancista, contista, ensaísta e pintor. Da
sua vasta obra, escrita em grande parte sob o pseudónimo Manuel Tiago, destacamos Até
Amanhã, Camaradas, e Cinco Dias, Cinco Noites.
Banda de Música Popular da EPB
A ideia de criação de uma banda de música popular
na escola surgiu em meados de março de 2013, por
iniciativa do aluno Manuel Fernandes que já pertencia ao Grupo de Percussão.
O objetivo é formar um
grupo musical, uma banda de música popular, que
possa representar e promover a Escola Profissional de Braga, dentro e fora
de portas em festas, casamentos, eventos culturais,
entre outros.
A banda terá o nome de
SONS da EPB e conta já
com sete elementos –
Daniela Sá (funcionária),
Roberto Martins (3º CC) e
Cláudia Sá (2º ELE) como vocalistas, Diogo Eirinha (3º
MTM) como guitarrista, Dominique Vila Nova (3º CC)
como baterista, Ricardo Ribeiro (1º FC) e Manuel Fernandes (3º GES) como tocadores de concertina.
Inicialmente, a SONS da EPB não terá fins lucrativos,
contando, assim, com a ajuda de membros voluntários
e, mais tarde, após vários ensaios, será divulgada para
participar em eventos.
A banda é uma forma de convívio entre alunos, funcionários e professores
que poderão participar direta e indiretamente como
elementos na banda e/ou
divulgar a iniciativa junto
de locais que nos poderão
receber.
A banda necessita de um
teclista para que possa dar
continuidade com esta
iniciativa. Ora, se estás interessado em pertencer à
banda SONS da EPB, podes falar com o aluno Manuel, do 3º GES, ou com a
funcionária Daniela.
Todos poderão dar voz a esta iniciativa. Apareçam!
Daniela Sá
Funcionária administrativa
47
agenda
DATA
LOCAL
ACONTECIMENTO/ EVENTO
15 a 24 de junho
Braga
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01 de julho a 31 de julho
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3 e 4 de julho
EPB
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Dubai
O DUBAI situa-se no Golfo Pérsico e é um dos sete Emirados
que formam os Emirados Árabes Unidos.
Durante esse século não passava de uma vila de pescadores, mergulhadores de pérolas e comerciantes beduínos, indianos e persas; mas desenvolveu-se com a criação de uma
zona franca, dinamizando o investimento estrangeiro a que
a descoberta e exploração do petróleo nas últimas décadas
do século XX conduziu a um dos mais dinâmicos e empreendedores países do planeta.
Com um clima subtropical árido, o Dubai não tem uma cultura própria, sendo uma amálgama de várias culturas. Particularidade que se reflete na gastronomia e no artesanato,
onde o turista encontrará exclusivamente produtos importados dos vizinhos emiratos, da Índia, do Irão ou de Omã.
O Dubai oferece quilómetros de praias, hotéis de arqui-
tetura audaciosa, espírito tolerante. É um local onde está
presente a diversidade da cultura muçulmana. Aqui apreciamos magníficas praias de água
azul-turquesa, enormes shoppings
que recriam países ou mesmo do
deserto que o cerca.
Mas o que surpreende mais
neste país é a conceção arquitetónica dos seus edifícios,
que não conhece barreiras. Ali
não há “passado”, mas o futuro
desenha-se para o bem-estar
e conforto. Factores que, aliados ao clima ameno, a águas
transparentes e mornas numa praia de extenso areal, convidam a querer estar e voltar.
Carla Rocha
Professora
Espelho Meu! (Tendências 2013)
Padrões - riscas, bolinhas e formas geométricas.
Estampados - animal print, motivos florais e elementos da natureza.
Rendas - mais coloridas.
Leggings e calças de cabedal - com blusas, tops e casacos simples.
Saias plissadas - compridas, curtas, em cetim, lisas ou estampadas.
Transparências - num look mais feminino, ousado ou descontraído.
Tachas, apliques, spikes - estilo punk rock dos anos 80.
Cores - néon, tons pastel, preto e branco, tons metalizados, laranjas, tangerina, azul e cores da natureza.
Sapatos – com brilhos, tachas e spikes e tons metálicos, rasos ou com
saltos bastante altos e compensação à frente.
Óculos de sol - modelos vintage cat eye, Jackie O e aviador.
Anéis e pulseiras – usar sem moderação.
Cabelos - iluminados com luz e madeixas, vermelhos mais vivos e menos
profundos, castanhos mais suaves, pretos mais trabalhados e tingimento
Ombré (a raiz com cor natural e pontas mais claras).
Penteados - risco ao lado, tranças, volumes, rabos de cavalo.
Shirley
2º ano Secretariado
48
Acontece
Braga
Pintura e Escultura | Casa dos Crivos | 1 a 29 de
junho
A capital Europeia da Juventude no Centro Histórico
| Museu da Imagem | 1 a 23 de junho
Guimarães
Mostra de Teatro de Amadores | Centro Cultural Vila
Flor | 20 a 22 de junho | 22h00
Lago dos Cisnes | Centro Cultural Vila Flor | 22 de
junho | 21h30
Barcelos
31ª Feira do livro de Barcelos | 5 de julho
31ª Amostra de Artesanato e cerâmica | 2 de agosto
Famalicão
Recital de Música e Poesia | Fundação Cupertino de
Miranda | 25 de junho | 21h30
Loucura dos 50 | Casa das Artes | 29 de junho |
21h30
12 razões para escolher a EPB
Qualidade de ensino
Ambiente familiar
Excelente imagem junto das empresas
Oferta formativa diversificada
Excelência das instalações
Escola inclusiva e multicultural
Reconhecimento oficial do papel da escola na região e na sociedade
Personalização do ensino
Ensino que associa a formação técnica e científica à humana e social
Maior taxa de aproveitamento escolar e inserção profissional
Apoio aos seus formandos mesmo depois de terminarem o curso
Possibilidade de aprender uma profissão, entrar no mercado
de trabalho e prosseguir estudos no ensino superior
Ficha Técnica
Coordenadora: Natália Rebelo
Redação: Alexandra Corunha, Ana Teixeira, Fernando Silva e Tatiana Lima
Colaboraram: Ana Oliveira, Paulo Leitão (professores), Albertina Abrantes, José Duarte (funcionários),
Helena Magalhães, Tiago Rodrigues (alunos)
Conceito visual: Ana Gomes e Ricardo Coelho (ex-alunos de DG)
Fotografia: Alexandre Ribeiro (aluno de DG), José Carvalho (aluno de MTM) e arquivo EPB
Edição gráfica: João Delgado
Capa: Cláudia Pereira, foto de Alexandre Ribeiro
Ano IV nº 6
Junho de 2013
Tiragem: 4000 exemplares
[email protected]
Propriedade: EPB - Escola Profissional de Braga, Lda.
Morada: Rua Augusto Veloso N.º 140 - 4705-082 Braga
tel: +351 253 203 860
fax: +351 253 203 869
site: www.epb.pt
e-mail: [email protected]
Com um muito obrigado, apresentamos as empresas que acolhem os nossos alunos em estágio, no ano letivo de 2012-13.
•ACG Assessoria Contabilidade/Gestão
•Agência do Contribuinte
•Agilfrio
•AKI Bricodis
•Alubilete
•Ambieco
•Amigos da Terceira Idade de Palmeira
•António Peixoto Dias & C.ª
•Antunes e Durães
•ArcoHotel
•Arq. Abel Bruno Gomes
•Arq. Teotónio Santos
•Associação Nacional de Professores
•Associação Solidariedade Social S.
Tiago de Fraião
•Atrito
•Audiminho
•Balanças Marques
•Balanças Paulo •Bec Braga2
•Bernardo da Costa & Filhos
•Betweien
•Bosch Car Multimédia Portugal
•Boxcolor
•Bracril
•Bragaconta
•BragaRedes
•Brás & Vasconcelos
•Brasolar
•Britalar
•Bússola
•Bysteel
•Cantinhos
•Cápsula
•Carpincasais
•Casa de Caldelas
•Casais
•Centro Cultural e Social Santo Adrião
•Centro de Matemática UMinho
•Centro Social Paroquial da Aveleda
•Centro Técnico da Pedrinha
•Clínica Médico-Cirúrgica Santa Tecla
•Clixmais
•Construções Artur da Silva Ribeiro
•Construções Phaesis
•Cruz Vermelha Amares
•Dape
•Delphi Automotive Systems Portugal
•Diaca
•Diamante Solar
•Direnor
•Diviminho
•DoctorLar
•Domus Solaris
•DST
•Edigma
•Energia em Conserva
•Escola de Economia e Gestão UMinho
•Escrineiva
•Estrada & Costa
•Estúdios Santa Cruz
•Europa Ar-Lindo
•ExpressAr
•F3M
•Farmácia S. José
•Faz impressão
•Fernandes & Pimenta
•Ferreira & Martins
•Flosel
•Forte Store
•Foto Viva
•FotoLandya
•Frioliveira
•Frisa - Klim White
•Fritempo
•Grau R
•Greener
•HM - Aquecimentos
•Homens & Métodos
•Hospital Privado Misericórdia Vila Verde
•HPN Consultores Engenharia
•IDT Consulting
•Imago
•Inforlink
•IPCA
•IPDJ Braga
•Irmãos Oliveira & Silva
•ITEC - Iberiana Technical
•J. Castro & Filhos
•Jaime da Silva Magalhães
•KClima
•KOY – Laboratórios digitais
•Lar D. Diogo de Sousa
•Lar de Santa Cruz
•Lar Hotel Condes de Barcelos
•Lar Nevarte Gulbenkian
•Lar Nossa Senhora da Misericórdia
•LINCIS
•Livraria Centésima Página
•Mafirol
•Maquifrio
•Maria do Céu Correia – Contabilidade
•Maria do Céu Elias – Contabilidade
•MBM Mobile
•MinhoGrafe
•MMCI – Multimédia
•Mobiware
•Nextbracom
•Nobodymodels
•Notas e Assuntos
•Novafrio
•Oficina da Empresa
•On Out – Contabilidade/Administração
•Palhagua
•Palmeira Frio
•Patronato Nossa Senhora da Torre
•Pavimentos Império
•Peakit
•Pichelaria dos Biscaínhos
•Pichelaria Veiga
•Poverrello - Montariol
•Primavera
•Printland
•Profijecto
•Proworld
•Publicidade é connosco
•Qualifica
•Quantum
•ReD - Desenv. Automação Industrial
•Refrivia
•Ritmos e reflexos
•RIVAGLOBAL
•Ronal - Rodrigues e Nascimento
•Rota Náutica
•Ruviconta - Gabinete Contabilidade
•S.E.E.F—Soc. Estudos Económicos/
Financeiros
•Schmitt
•Sercolor
•SIE Braga
•Signa
•Socimorcasal
•Solavac
•Solinca
•Soprestígio Bandeiras
•SOS Informática
•ST Prinpack, Gráfica e embalagem
•Steelgreen
•Suevos
•Tais do Vídeo
•TLCI
•Toldigest
•Toursolutions Multimédia
•Trialarmes
•Tripolar
•Trisoma
•Tv Minho
•Undel •Vestidos Sonho
•Vieira & Lopes
•Vimasol
•WAPA
•Worten
•XZ Consultores
•Zef Color

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