Corrida de rua como conteúdo da educação física

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Corrida de rua como conteúdo da educação física
Bases do treinamento
aeróbio para
Corrida e Emagrecimento
Profª Ma. Kamilla Bolonha Gomes
Profº Dr. Anselmo José Perez
PLANO DE DISCIPLINA
• EMENTA
 A corrida como modalidade do esporte atletismo. Corrida como
opção de atividade corporal para a saúde. O “boom” da corrida de
rua no Brasil e no mundo. Provas de corrida de rua: distâncias,
organizadores, participação de atletas e não-atletas. Programas,
principais métodos de preparação para a corrida de rua e locais de
prática.
• OBJETIVO GERAL
 Subsidiar a ação e reflexão sobre a corrida de rua como prática
corporal.
PLANO DE DISCIPLINA
• OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Conceituar corrida de rua e sua relação com os conteúdos da
educação física.
 Diferenciar participação em corridas de rua para atletas e nãoatletas.
 Refletir e analisar a função do professor de educação física na
orientação da população sobre a participação nas corridas de rua.
 Identificar e descrever as principais corridas de rua no exterior, no
Brasil, no estado do Espírito Santo, e na realidade de cada um.
 Correr em diferentes locais: praia (areia, calçadão), asfalto, pista,
parques, “cross training”, e outros.
 Elaborar um projeto de plano de treinamento de corrida de rua
para uma temporada.
PLANO DE DISCIPLINA
• CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 1 – Corrida de rua como conteúdo da educação física
 1.1 O esporte atletismo e a corrida.
 1.2 O “boom” da corrida na sociedade contemporânea.
 1.3 Os principais organizadores de corridas no Brasil e suas provas.
Unidade 2 – Fundamentos biológicos e técnicos para a prática da
corrida de rua
 2.1 Princípios científicos do treinamento para a corrida.
 2.2 Técnica da corrida e exercícios coordenativos.
Unidade 3 – Plano de treinamento para a corrida
 3.1 Processo do treinamento: metas, objetivos, métodos, plano e
periodização do treinamento e participação em corridas de rua.
PLANO DE DISCIPLINA
• METODOLOGIA DE ENSINO
 Aulas expositivas teóricas e práticas, desenvolvidas por professores
e alunos, a partir da identificação coletiva dos conteúdos a serem
abordados, baseando-se nos conteúdos cientificamente elaborados
e descritos na literatura específica. As apresentações dos conteúdos
das unidades poderão ser individuais ou em grupos.
• METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO
 Serão realizadas três avaliações:
 Dois questionários individuais: 15 pontos cada.
 Projeto de plano de treinamento em grupos (3 pessoas no máximo):
70 pontos [40 pontos (trabalho escrito) + 30 pontos (apresentação)].
PLANO DE DISCIPLINA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
• FOSS, M.L.; KETEYIAN, S.J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte de Fox. Guanabara
Koogan: Rio de Janeiro, 2000.
• HEGEDUS, J. Teoría y prática Del entrenamiento deportivo. Buenos Aires: Stadium, 2008.
• McARDLE, W .D.; KATCH, F .I.; KATCH, V .L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. pp.369-433.
• PEREZ, A.J. Quem são os atletas e os não-atletas no processo de treinamento? Revista
Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, n. 21, v . 2/3, p. 129-132, 2000.
• TUBINO, M.J.G; MOREIRA, S.B. Metodologia científica do treinamento desportivo. Rio de
Janeiro: Shape, 2003.
• TUBINO, M.J.G.; GARRIDO, F .A.C.; TUBINO, F .M. Dicionário enciclopédico Tubino do
esporte. Rio de Janeiro: Editora Senac Rio, 2007.
• WEINECH, J. Manual de treinamento esportivo. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1986.
• _____. Biologia do esporte. São Paulo: Manole, 1991.
• _____. Treinamento ideal. São Paulo: Manole, 1999.
• ZAKAROV, A. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport,
2003.
• EVANS, Fernando. A história da corrida. Disponível em:
<http://www.multiesportes.com.br/?p=363>. Acesso em: 29 de out. 2014
PLANO DE DISCIPLINA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
• Revistas online e Sites
 http://www.revistacontrarelogio.com.br/
 https://www.clubeo2.com.br/
 http://www.acor-es.org/
 http://www.ativo.com/index.php
 http://www.cbat.org.br/
 http://www.copacabanarunners.net/index.html
 http://www.corredorderua.com.br/
 http://www.webrun.com.br/corridasderua/
• Livros
 Guia Completo de Corrida (James F. Fixx; Ed. Record)
 Correndo Sem Medo (Dr. Kenneth H. Cooper; Editora Nórdica)
 Programa Aeróbico para o Bem-Estar Total (Dr. Kenneth H. Cooper; Editora Nórdica)
Depoimento
Para mim, a corrida é um antidepressivo maravilhoso. Sou muito agitado, faço muitas
coisas e a corrida também me ajuda a relaxar. É o momento em que fico em contato
comigo mesmo, vejo minhas limitações, e isso me deixa mais com o pé no chão. Por isso
não corro ouvindo música e prefiro treinar sozinho.
Não tenho nenhum cuidado especial com alimentação. Antes do treino, bebo uma água
de coco ou como uma fruta. Depois tomo café com leite e como pão, azeite e tomate.
Não estou convencido de que existe um benefício real nesses géis e vitaminas,
aminoácidos. Durante a maratona só bebo água, não tomo nem isotônico. Como cortei
açúcar da minha alimentação há 34 anos, tenho medo de ficar enjoado e passar mal.
O exercício só é bom quando ele termina. Durante, é sofrimento. Às vezes você até
libera uma endorfina no meio e dá uma sensação boa, mas o prazer mesmo vem
quando você acaba.
Depoimento
Quem faz atividade física tem um envelhecimento muito mais saudável. Tenho quase 70 e não
tomo nenhum remédio, peso 3 kg a mais do que na época da faculdade. As pessoas dizem: “Você
é magro, hein? Que sorte!” Não é sorte, tenho que suar a camisa todos os dias.
Eu corro porque estou convencido de que o exercício físico é contra a natureza humana.
Precisamos combater essa inércia. Nenhum animal desperdiça energia, ele gasta sua força para ir
atrás de comida e de sexo ou para fugir de um predador. Com essas três necessidades satisfeitas,
ele deita e fica quieto. Vá a um zoológico para ver se você encontra uma onça correndo à toa. Ou
um gorila se exercitando na barra. Por isso é tão difícil para a maioria das pessoas fazer atividades
físicas.
Um exemplo disso são meus pacientes. A grande maioria são mulheres com câncer de mama.
Muitas passam por quimioterapia, perdem o cabelo, têm enjoos, fazem cirurgia para retirar parte
do seio. E enfrentam esse processo com tanta coragem que fico até emocionado. Depois disso
tudo, falo para elas que, se caminharem 40 minutos por dia, cortam pela metade a chance de
morrer de câncer de mama. Esse índice é maior do que o da quimio, mas menos de 1% das
minhas pacientes começam a fazer exercício. Vai contra a natureza humana.
EU CORRO – POR DRÁUZIO VARELLA on jun 9, 2013 Revista Runner´s – Brasil Publicado por
Lizanka Marinheiro e Wallace Machado.
Unidade 1 - Corrida de rua como
conteúdo da educação física
1.1 A corrida e o esporte atletismo
1.2 O “boom” da corrida na sociedade
contemporânea
1.3 Os principais organizadores de
corridas no Brasil e suas provas
Corrida como fenômeno social, cultural e
esportivo desde a antiguidade
A corrida era o esporte mais nobre das
Olimpíadas da Era Antiga. Até os 13ºs
Jogos, em 728 a.C., foi a única
competição disputada.
Os atletas corriam nus uma distância
de um estádio (600 pés ou 192,27 m).
Em Olímpia, o estádio tinha formato
de "U" e capacidade para 45 mil
pessoas.
http://esporte.uol.com.br/olimpiadas/historia/ [acesso em 12/11/2014]
Ânforas panatenaicas
São grandes vasilhames de cerâmicas que continham o óleo que eram
dados como prêmios nos Jogos Panatenaicos. O óleo vinha do sagrado
jardim de Atena, na Academia. Os vasos continham figuras em pinturas
negras, geralmente mostravam Atena (deusa da guerra), e eram
encomendados pelo Estado aos famosos ceramistas da época,
como Exéquias.
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82nfora_panatenaica ; http://veja.abril.com.br/historia/olimpiada-1896/especialestadio-olimpico-atenas-gigante-marmore-impressao.shtml [acesso em 12/11/2104]
MARATONA
É uma corrida que reproduz, segunda a lenda, a distância que Filípides
(soldado grego), percorreu para anunciar que os Helenos haviam vencido
uma batalha contra os Persas, desde o local da batalha (planície de
Maratona – daí vem o nome) até a cidade de Atenas, em 490 a.C.
O ATLETISMO
Para falar de corrida não podemos deixar de comentar sobre o chamado
esporte-base que, de maneira geral, corresponde a movimentos naturais
do ser humano (correr, saltar, lançar), conhecido por Atletismo.
Atualmente é um esporte com provas de pista (corridas), de campo
(saltos e lançamentos); provas combinadas como decatlo e heptatlo (que
reúnem provas de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua,
como a maratona), corridas em campo (cross country), corridas em
montanha e marcha atlética.
Minozzo, F.C.; Vancini, R.L; Lira, C.A.B. História da corrida de rua. In: http://bbel.com.br/arquivo/post/historia-da-corrida-de-rua
O ATLETISMO
História da corrida de rua
O Pedestrianismo
Surgiu na Inglaterra no século XVIII
onde se tornou bastante popular.
Posteriormente, a modalidade
expandiu-se para o resto da Europa e
Estados Unidos.
http://www.webrun.com.br/h/noticias/historia-da-modalidade-corridas-de-rua/43 [acesso em 12/11/2014]
O ATLETISMO
História da corrida de rua
O Pedestrianismo
No final do século XIX as Corridas de
Rua ganharam impulso depois do
grande sucesso da primeira Maratona
Olímpica (1896), popularizando-se
particularmente nos Estados Unidos
(1897).
http://www.webrun.com.br/h/noticias/historia-da-modalidade-corridas-de-rua/43 [acesso em 12/11/2014]
O ATLETISMO
História da corrida de rua
JOGGING BOOM
Nas décadas de 1960 e 1970 aconteceu
o “jogging boom” baseado na teoria do
médico norte-americano Kenneth
Cooper que difundiu seu famoso “Teste
de Cooper”. A partir de então, a prática
da modalidade cresceu de maneira sem
precedentes na história.
http://www.webrun.com.br/h/noticias/historia-da-modalidade-corridas-de-rua/43 [acesso em 12/11/2014]
O ATLETISMO
História da corrida de rua
JOGGING BOOM
Paralelamente, ainda na década de
70, surgiram provas onde era
permitida a participação popular
junto com os corredores de elite –
cada grupo largando nos respectivos
pelotões.
http://www.webrun.com.br/h/noticias/historia-da-modalidade-corridas-de-rua/43 [acesso em 12/11/2014]
PROVAS
Muito antes do Boom! das maratonas
Boston
Em 1897  15 corredores  dez terminaram a prova.
Embora poucos se aventurassem em correr a maratona nos primeiros anos, desde o princípio
uma multidão já acompanhava a prova. Em 1902 o Boston Globe estimou que 100 mil
espectadores assistiram a maratona.
Em 1909  164 maratonistas e esse número não aumentou muito nas décadas seguintes. O
primeiro ensaio do que seria o Boom! das maratonas na década de 70 foi um artigo de 1963
na Sport Illustrated sobre a Maratona de Boston. No ano seguinte a corrida teve 369
participantes e continuou crescendo até quebrar a barreira de 1.000 maratonistas em 1969.
PROVAS
Muito antes do Boom! das maratonas
Boston
Em 1966 a maratona de Boston começou a aceitar a participação de mulheres.
No início dos anos 70, durante o Boom! das corridas, Boston introduziu tempos
classificatórios para entrar na prova. Entretanto isto não diminuiu a participação na
corrida, pelo contrário, os tempos classificatórios deram maior status à maratona.
A edição de 1996, comemorando os 100 anos desta maratona, tornou-se a maior
maratona de todos os tempos com 38.708 mil participantes.
PROVAS
Nova York
A Maratona de Nova York é realizada desde 1970, quando foi fundada por
iniciativa de Fred Lebow, um corredor norte-americano nascido na
Romênia e grande entusiasta por corridas de rua.
Em seu ano de estreia ela teve apenas 127 participantes. Destes, somente
55 concluíram o percurso de quatro voltas dentro do Central Park, onde
então a prova era totalmente realizada, com Lebow participando dela e
chegando em 45º lugar.
PROVAS
Nova York
Hoje ela tem, em média, 50.000 participantes de mais 120 países em cada
edição – muitos deles aceitos através de um sorteio, pois o número de
pedidos de inscrições pode chegar a 90.000.
É televisionada ao vivo para o mundo todo e leva mais de 2 milhões de
pessoas às ruas para acompanhar a competição, realizada sempre no
primeiro domingo do mês de novembro atravessando todos os cinco
bairros que formam a cidade de Nova York.
Ponte Verazzano-Narrows – Nova York, 2014
CORRIDA DE RUA
JOGGING BOOM
NO BRASIL
O 'boom' das corridas de rua no Brasil
aconteceu na década de 80, tendo
como um dos marcos a 1ª Maratona
Internacional do Rio de Janeiro de 1979
(com 94 concluintes). Já a 2ª contou
com a participação de 700 corredores.
Desde então, o crescimento das provas
tem sido progressivo.
http://revistacontrarelogio.com.br/materia/maratona-do-rio-e-jose-baltar-historias-inseparaveis/ [acesso em 12/11/2014]
CORRIDA DE RUA
JOGGING BOOM
NO BRASIL
Em 2001 foi registrado um grande
aumento do número de participantes
na provas de rua, como exemplo, os
mais de 30 mil corredores que
participaram neste mesmo ano das
etapas do Circuito de Corridas
Corpore Pão de Açúcar disputado em
São Paulo.
CORRIDA DE RUA
JOGGING BOOM
NO BRASIL
Sem falar da Corrida de São Silvestre que a cada ano se torna mais popular e
atrai mais corredores do mundo inteiro.
A prova foi disputada à noite até 1990
http://www.saosilvestre.com.br/historia/a-prova/ [acesso em 13/11/2014]
CORRIDA DE RUA
JOGGING BOOM
NO BRASIL
A primeira corrida aconteceu à meianoite de 31 de dezembro de 1924, e a
participação ficou restrita aos
homens. A primeira participação
feminina só aconteceu em 1975.
http://www.saosilvestre.com.br/historia/a-prova/ ; http://tokdehistoria.com.br/tag/marilson-gomes-dos-santos/ [acesso em 13/11/2014]
CORRIDA DE RUA
ESPÍRITO SANTO
DEZ MILHAS GAROTO
A primeira corrida foi em 1989 comemorando o aniversário de 60 anos da fábrica. Em 1990
passou a se chamar “Dez Milhas Garoto”, quando o trajeto aumentou e se estendeu para
Vitória (16.090 m).
Um dia antes da prova acontecia (o último foi em 2013) o jantar de massas, com o objetivo de
oferecer aos participantes uma refeição ideal para quem fosse desenvolver atividades físicas.
Em 2014 7.000 corredores participaram das Dez Milhas Garoto, havendo alteração no percurso
para comportar um maior número de participantes.
http://www.garoto.com.br/linha-do-tempo.php#!ano-de-1989 [acesso em 13/11/2014]
http://www.folhavitoria.com.br/esportes/blogs/corridaderua/files/2014/06/Linha-do-Tempo-Dez-Milhas.jpg [acesso em
18/11/2014]
CORRIDAS DE RUA HOJE
 Pedestrianismo (corridas de rua)
 Oficializada pela Associação Internacional das Federações de
Atletismo (IAAF) e Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt),
seção VIII – corridas de rua, regra 240.
http://www.iau-ultramarathon.org/
http://www.aimsworldrunning.org/
CORRIDAS DE RUA HOJE
 Organizadas e realizadas por órgãos públicos, associações, e empresas
particulares.
PORQUE A CORRIDA DE RUA ?
Corrida de Rua é uma modalidade popular do esporte Atletismo.
Além dos efeitos benéficos sobre a saúde, a corrida tem sua
popularidade associada a três outros fatores:
1) Pode ser praticada
por qualquer pessoa
minimamente
saudável, nos mais
diversos locais e
horários;
2) Não impõe a
formação de grupos ou
times nem a existência
de adversários,
podendo ser
desenvolvida de forma
individual com a
mesma eficiência;
3) É uma prática
relativamente barata,
não exigindo gastos
vultosos.
Mas correr tem lá suas
desvantagens.
Há muitas informações
e “verdades” sobre a
corrida.
Em que acreditar?
Conhecimento científico – toda evidência
deve ser empírica, isto é, depende da
comprovação feita pela experiência.
O método científico consiste na coleta
de dados por meio
de observação e experimentação, bem
como na formulação e teste de hipóteses.
PRESSUPOSTOS
• Maior procura pela corrida como atividade corporal
• Importância da corrida para saúde
• Perspectiva profissional oferecida a professores e corredores
Maior procura pela corrida como
atividade corporal
Como comprovar que as pessoas
estão procurando mais a corrida?
Maior procura pela corrida como
atividade corporal
POR MEIO DE DADOS DEMOGRÁFICOS
Levantamentos Estatísticos
e
Artigos Científicos
LEVANTAMENTOS
ESTATÍSTICOS
New York Road Runners
Nos EUA, o nº de
finalistas em
maratonas aumentou
de 25.000, em 1976
Para o ponto mais alto
em 2011, com 518 mil
finalistas
Statistics. Running USA. Disponível em: http://www.runningusa.org/statistics [acesso em 14/08/2014]
TABELA 1. Finalistas de corridas nos EUA 1990-2013
http://www.runningusa.org/statistics
TABLE 2: Finishers in 2013 U.S. Running Events
DISTANCE
2013 Totals
% of Total
5K
8,300,000
43.6%
34%
Half-Marathon
1,960,000
10.3%
6%
10K
1,480,000
7.9%
1%
541,000
2.8%
11%
Others
6,744,000
35.4%
22%
TOTAL
19,025,000
Marathon
http://www.runningusa.org/statistics
‘12 – ‘13 Change
22%
TABLE 3: Number of 2013 U.S. Running Events
DISTANCE
# of Events
% of Total
5K
15,200
54%
10K
3,200
11%
Half-Marathon
2,100
8%
8K/5mile
2,000
7%
Marathon
1,100
4%
Others
4,600
16%
TOTAL
28,200
http://www.runningusa.org/statistics
TABLE 4: Age Group Distribution of U.S. Timed Race Finishers 2013
Age Group
Female
Male
Overall
6-17 yrs
9%
12%
10%
18-24 yrs
10%
8%
9%
25-34 yrs
30%
23%
27%
35-44 yrs
27%
25%
26%
45-54 yrs
16%
19%
18%
55-64 yrs
6%
10%
8%
65+ yrs
2%
3%
2%
http://www.runningusa.org/statistics
TABLE 6: Race Demographics of Timed Finishers in 2013
DISTANCE
WOMEN
MEN
5K
58%
42%
Median Time
34:53
28:46
Average Age
33.0
33.6
10K
56%
44%
Median Time
1:04:47
56:00
Average Age
35.7
38.4
Half-Marathon
61%
39%
Median Time
2:19:49
2:01:37
Average Age
35.6
38.7
Marathon
43%
57%
Median Time
4:41:49
4:16:37
Average Age
36.6
40.2
http://www.runningusa.org/statistics
ARTIGOS
CIENTÍFICOS
Recentes estudos da Maratona de Nova York mostram que
o aumento de participantes foi principalmente devido a
um aumento nos corredores masters (> 40 anos de idade)
e mulheres.
O número de homens > 40 anos triplicou de 1980 para o
2000-2009, ao passo que o número de mulheres
aumentou ainda 7 vezes.
Jokl P et al., 2004; Lepers R & Cattagni T, 2012.
Lepers, R; Cattagni T, 2012
Lepers, R; Cattagni T, 2012
Tempo médio
de
desempenho
Lepers, R; Cattagni T, 2012
O percentual de diferença entre os sexos vem diminuindo a cada década, principalmente nas
faixas etárias a partir de 50 anos.
Lepers, R; Cattagni T, 2012
Maior procura pela corrida como
atividade corporal
Aschmann A et al. 2013 - Institute of General Practice and for Health Services Research, University of Zurich, Zurich,
Switzerland
Maior procura pela corrida como
atividade corporal
Há um aumento de
participantes nas
Domínio africano
corridas de rua na
entre os vencedores.
Suíça.
Aschmann A et al., 2013.
Africanos são mais
jovens do que não
africanos.
REALIDADE
NO BRASIL
Maratonas atuais no Brasil
entre 1.500 a 3.000 finalistas
http://revistacontrarelogio.com.br/pdfs/Principais_Maratonas_1980_2008.pdf
http://revistacontrarelogio.com.br/pdfs/Principais_Maratonas_1980_2008.pdf
SALGADO, J.V.V.; CHACON-MIKAHIL, M.P. Corrida de rua: análise do
crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões (UNICAMP),
Campinas, v. 4, n. 1, 2006.
OBJETIVO
Analisar o crescimento do número de provas e de praticantes do
pedestrianismo no Estado de São Paulo e levantar algumas
implicações do fenômeno.
METODOLOGIA
Coleta de dados em arquivos oficiais e sites especializados da
internet dos organizadores de provas de pedestrianismo.
SALGADO e CHACON-MIKAHIL, 2006.
SALGADO e CHACON-MIKAHIL, 2006.
Evolução da CORPORE (1994 a 2013)
http://www.corpore.org.br/cor_corpore_estatisticas.asp
SALGADO, J.V.V.; CHACON-MIKAHIL, M.P. Corrida de rua: análise do
crescimento do número de provas e de praticantes. Conexões (UNICAMP),
Campinas, v. 4, n. 1, 2006.
CONCLUSÕES
Este levantamento e análise inicial nos permitem inferir ser muito
expressivo o fenômeno de crescimento do número de provas e de
praticantes de corridas de rua, fenômeno este cujas explicações e
implicações precisam ser mais bem exploradas e relacionadas às
práticas de atividades físicas da população em geral.
Maior procura pela corrida como
atividade corporal
Por que as pessoas estão querendo
correr mais?
Maior procura pela corrida como
atividade corporal
Os eventos de corrida de
endurance, incluindo meiamaratona e maratona, tem se
tornado um fenômeno social.
(Jokl et al., 2004. Burfoot, 2007)
Possuem forte influência
coletiva e da família, sendo uma
opção saudável e coletiva de
lazer. (Goodsell TL; Harris BD, 2011)
Corrida
Fenômeno social
A sociedade brasileira vive muito de “moda”.
A corrida como atividade corporal regular não é moda, mas as
provas de rua e os seus produtos são modismos, ou seja, consumo
tendencioso e igualitário.
Importância da corrida
para saúde
Wen CP et al., 2014
A corrida promove saúde?
Lee et al. (2014) encontraram que correr no mínimo de 5 a 10 min/dia estava
associado com uma redução da mortalidade por todas as causas (30%) e doença
cardiovascular (45%), e poderia acrescentar 3 anos de expectativa de vida
(follow-up de 15 anos com 55.137 adultos na Clínica Cooper, em Dallas, Texas).
Mostraram benefícios significativos em corredores mais motivados e com menos
fatores de risco, como tabagismo ou obesidade, comparados a não corredores
que tinham mais comorbidades, como diabetes ou hipertensão.
Preocupação
com lesões
relacionadas à
corrida
Revisão de van Gent et al. 2007
Além de seus efeitos positivos de saúde, a corrida também pode causar
lesões, especialmente para as extremidades inferiores.
A incidência de ocorrer lesões nos membros inferiores em corredores de
longa distância varia de 19,4% a 92,4%.
O local mais comum de lesões em corrida em membros inferiores foi o
joelho.
Há fortes evidências de que a distância de treinamento maior por semana
em corredores do sexo masculino e um histórico de lesões prévias são
fatores de risco para lesões menores de funcionamento das extremidades.
Joelho
(7,2% a
50,0%)
Quadril
Pelve
(3,3% para
11,5%)
Localização mais
comum de lesões
da extremidade
inferior
Tornozelo
(3,9% para
16,6%)
Perna
parte
inferior
(9,0% a
32,2%)
(van Gent et al. 2007)
Pé
(5,7% a
39,3%)
Perna
parte
superior
(3,4% de
38,1%)
Volume semanal mínimo para uma maratona
vs risco de lesão
(Rasmussen CH et al., 2013)
Risco de lesão significativamente
aumentado para 134% entre os
corredores com um volume de treino
Homens e mulheres parecem estar no
semanal médio abaixo de 30
mesmo risco de lesões, mas os
km/semana, em comparação com os
diagnósticos variam entre os sexos.
corredores com um volume de treino
semanal médio de 30-60 km/semana.
Perspectiva profissional oferecida a
professores e corredores
Entre os motivos que levam os africanos a buscarem
resultados em provas de corrida, inclui os financeiros.
(Cribari M et al., 2013)
Perspectiva profissional oferecida a
professores e corredores
Como se vive de atletismo?
Estudo sociológico
(Miranda CF, 2007)
Problemas para profissionalização
do atletismo
Comercialização da modalidade – o atletismo como bem simbólico,
como produto que pode ser consumido (Bourdie, 1983, 1990),
assistido em presença física ou intermediada por rádio, TV (aberta
ou por assinatura), possui pouco apelo comercial, pouca
espetacularização no Brasil.
(Miranda CF, 2007)
Jogos Olímpicos - Atenas 2004
Esporte
negócio
Esporte
espetáculo
Esporte
negócio
Esporte
espetáculo
Espetacularização restrita do atletismo
[Pilatti, 2000 (citado por Miranda, 2007)]
Incapacidade
administrativa da
CBAt
Falta de apoio da
mídia
Tradição que
associa o esporte
amador ao apoio
do Estado
PROVAS DE CORRIDAS DE RUA
CAPIXABAS 2013 (42)
com premiação
22%
sem premiação
78%
sem premiação
com premiação
Premiações em Provas Capixabas de
Corrida de Rua no ano de 2013
(valores brutos)
$35.000,00
$30.000,00
50% Dez Milhas Garoto
$25.000,00
$20.000,00
$15.000,00
$10.000,00
$5.000,00
$0,00
1º
2º
3º
4º
5º
Avaliação #1
Como está o campo de trabalho no
atletismo capixaba para os professores
de educação física?
A educação física tem contribuído para o
atletismo?

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