Cancro da cavidade oral e orofaringe
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Cancro da cavidade oral e orofaringe
Cancro da cavidade oral e orofaringe 1. O que é o cancro da cavidade oral e orofaringe? O cancro oral é um tumor maligno que pode ocorrer em qualquer parte da cavidade oral, dos lábios à garganta. 2. Qual é a aparência do cancro da cavidade oral e da orofaringe e das lesões pré-malignas? O cancro da cavidade oral e da orofaringe pode assemelhar-se a uma úlcera, um nódulo, uma pequena ferida ou uma placa vermelha e / ou branca, que não têm relação com outras lesões anteriores e que não cura ou melhora substancialmente dentro de duas semanas. 3. Quais os seus principais sintomas? A maior parte das lesões numa fase inicial são assintomáticas, podendo tornar-se dolorosas. Exemplos de sinais e sintomas: úlceras persistentes, zonas endurecidas, áreas aumentadas, feridas que não cicatrizam, mobilidade dentária, perda de sensibilidade, dor ao engolir… 4. O cancro da cavidade oral e orofaringe é frequente? O cancro da cavidade oral e da orofaringe representa cerca de 2-3 % de todos os cancros, surgindo mais frequentemente em homens (taxa de 2:1 masculino/feminino) após os 40 anos, embora se verifique em todo o mundo o seu aumento em adultos mais jovens e em mulheres. Em Portugal registam-se por ano cerca de 1.500 casos novos de cancro oral, dos quais cerca de 1.250 em homens e de 250 em mulheres, sendo este responsável por 4% das mortes nos homens, afirmando-se como a 5ª causa de morte por doença oncológica. 5. Quais os fatores de risco do cancro da cavidade oral e orofaringe? Hábitos tabágicos Consumo imoderado de álcool Exposição solar excessiva Dieta podre em vitaminas e minerais Doentes imunodeprimidos Falta de higiene oral Idade superior a 40 anos Trauma constante (por ex.: próteses removíveis mal adaptadas, dentes mal posicionados…) Antecedentes de cancro da cavidade oral e orofaringe Contudo, a incidência do cancro oral tem vindo a aumentar em jovens nãofumadores e não consumidores de álcool, sugerindo uma forte associação deste cancro com a infeção pelo vírus do papiloma humano (HPV). 6. É possível prevenir o desenvolvimento do cancro oral? Sim! Reduzindo o consumo de álcool e tabaco; Utilizar batom com fator de proteção solar; Vacinação contra o HPV; Suprimir os traumas; Aumentar o consumo diário de frutas, legumes, peixes e azeite. Visitas regulares ao médico dentista que permitam que estas lesões sejam diagnosticadas precocemente. 7. É importante fazer o diagnóstico precoce? A taxa de sobrevivência está diretamente relacionada com o estádio da doença na altura da deteção. Assim, a deteção precoce depende da capacidade do doente ou do médico para identificar uma lesão suspeita ou um sintoma ainda numa fase inicial. Isto só se consegue através de campanhas promovendo o autoexame da cavidade oral e de consultas de diagnóstico de cancro por rotina. 8. Como pode fazer o autoexame da cavidade oral? Fig.1: Na frente do espelho, olhar de perto os lábios. Fig.2: Com a boca fechada, dobre o lábio superior para cima seguido do lábio inferior para baixo. Fig.3: Com a boca aberta, e com a ajuda de uma espátula, incline o rosto ligeiramente para trás, de modo a observar as paredes internas das bochechas. Fig.4: Abrir bem a boca de maneira a observar o palato (céu da boca). Fig.5: Projetar bem a língua de maneira a observar a úvula e amígdalas. Fig.6: Encostar a língua ao palato de maneira a ver a parte inferior da língua. Fig.7: Projetar a língua para o lado esquerdo e direito de modo a ver os seus bordos. Fig.8: Examinar a parte interior dos dentes inferiores com a ajuda de uma espátula.